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07 DE AGOSTO DE 2017

038ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO AOS 10 ANOS DA UNIÃO GERAL DOS TRABALHADORES - UGT

 

Presidente: DAVI ZAIA

 

RESUMO

 

1 - DAVI ZAIA

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - ROGÉRIO BALA

Mestre de cerimônias, anuncia a composição da Mesa.

 

3 - PRESIDENTE DAVI ZAIA

Informa que a Presidência efetiva convocara a presente sessão solene, a pedido deste deputado, na direção dos trabalhos, para "Comemoração dos 10 anos de fundação da União Geral dos Trabalhadores. Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro", reproduzido pelo Serviço de Audiofonia desta Casa.

 

4 - GILBERTO KASSAB

Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, saúda as autoridades presentes e os militantes de direitos dos trabalhadores. Considera a relevância da atuação dos sindicatos. Tece elogios à União Geral dos Trabalhadores.

 

5 - RAMALHO DA CONSTRUÇÃO

Deputado estadual, cumprimenta os presentes. Aponta formas de atenuar a crise de desemprego no Brasil. Acentua a importância do setor de construção civil para a economia do País. Frisa o papel das centrais sindicais na preservação dos direitos dos trabalhadores. Defende a união dos diversos sindicatos.

 

6 - JOSÉ ROBERTO SANTIAGO GOMES

Vice-presidente da União Geral dos Trabalhadores, faz saudações. Frisa a representatividade da UGT. Tece críticas à retirada da contribuição obrigatória aos sindicatos, pelo governo federal. Considera a relevância das centrais sindicais na geração de empregos e na renovação política do Brasil.

 

7 - ROBERTO DE LUCENA

Deputado federal, faz cumprimentos. Considera que a União Geral dos Trabalhadores representa, a seu ver, uma alternativa ao modo velho de fazer política. Informa que votara contra projetos de lei, do governo federal, relacionados com terceirização de mão-de-obra e reforma trabalhista.

 

8 - JOSÉ AMÉRICO

Deputado estadual, saúda as autoridades presentes. Comenta a organização, nos últimos anos, dos sindicatos brasileiros. Critica alterações recentes nos direitos dos trabalhadores no País. Considera o histórico da arrecadação da Previdência Social. Aponta a importância de escuta às centrais sindicais para realização de reformas trabalhistas.

 

9 - ROGÉRIO BALA

Mestre de cerimônias, pontua a relevância da UGT na atualidade nacional. Anuncia exibição de vídeo sobre a história dessa instituição. Anuncia apresentação da Orquestra do Grupo Pão de Açúcar, sob regência do maestro Daniel Misiuki. Anuncia homenagem, com entrega de placas de agradecimento, pelo Sr. Ricardo Patah, aos convidados que enumera.

 

10 - ENILSON SIMÕES DE MOURA

Sindicalista, faz agradecimentos a colaboradores da União Geral dos Trabalhadores. Defende a unidade dos sindicatos. Lamenta a crise institucional enfrentada pelo Brasil na atualidade. Acentua a necessidade de recuperar a credibilidade das centrais sindicais junto à população. Pontua o papel da UGT nesse contexto. Reprova atos de violência encabeçados por lideranças sindicais.

 

11 - ANTONIO CARLOS DOS REIS

Sindicalista, saúda as autoridades presentes. Relembra atividades de fundação da União Geral dos Trabalhadores. Comenta objetivos e realizações históricas da instituição. Frisa a dificuldade de atuação dos líderes sindicais no Brasil. Destaca a diversidade do País. Defende a necessidade de renovação dos sindicatos brasileiros, bem como sua unificação.

 

12 - ROGÉRIO BALA

Mestre de cerimônias, anuncia apresentação musical de Rodrigo Monforte.

 

13 - RICARDO PATAH

Presidente da União Geral dos Trabalhadores - UGT, cumprimenta os presentes. Relata ideário e atividades da UGT, salientando a busca por inclusão social e valorização da diversidade. Ressalta a abrangência da instituição. Defende a renovação e ampliação do movimento sindical para enfrentar os desafios atuais, com protagonismo da UGT. Reprova críticas da mídia e de universidades a sindicatos. Aponta enfrentamentos históricos das centrais sindicais. Declara-se favorável à reforma política no Brasil. Acentua a necessidade, a seu ver, de revisar altos salários de funcionários públicos. Combate a corrupção. Faz defesa da igualdade social.

 

14 - PRESIDENTE DAVI ZAIA

Tece elogios à organização e posicionamento da União Geral dos Trabalhadores. Desaprova a abordagem midiática acerca de sindicatos e políticos. Lembra lutas das centrais sindicais durante a ditadura militar, as quais promoveram, segundo ele, unidade entre diversas bandeiras e lideranças políticas. Reprova desigualdades salariais existentes no Brasil. Ressalta a importância das campanhas salariais. Deseja a prosperidade da UGT e seu protagonismo nas reivindicações pela melhoria das condições de trabalho no País. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Davi Zaia.

 

* * *

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ROGÉRIO BALA - Senhoras e senhores, bom dia. Bem-vindos à Assembleia Legislativa do estado de São Paulo, para a sessão solene com a finalidade de comemorar os Dez anos de Fundação da União Geral dos Trabalhadores - UGT. Comunicamos aos presentes que esta sessão solene será transmitida pela TV Alesp, na NET canal 7, Vivo canal 9, e TV Digital canal 61.2. E, no dia 12 de agosto, será exibida às 21 horas.

 Para compor a Mesa principal anunciamos: o deputado estadual Davi Zaia; Gilberto Kassab, ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações e Comunicação; Ricardo Patah, presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores; Eduardo Anastasi, superintendente do Ministério do Trabalho, representando o ministro do trabalho, Ronaldo Nogueira.

E agora a composição da extensão da Mesa: Edson Rabello; Marides Afonso de Oliveira; Marcos Afonso de Oliveira; Francisco Canindé Pegado; José Moacir Pereira; Francisco Pereira de Souza; Luiz Gustavo Walfrido; Nilson Simões de Moura; Roberto Santiago; Luiz Carlos Mota; Regina Zagretti; Cleonice Caetano; Antonio Carlos dos Reis.

Agradecemos a presença das seguintes autoridades: José Maria, presidente da CSP, Com Lutas; Cândido Neto, presidente da Associação das bandas carnavalescas de São Paulo; Roberto Cunha, secretário para assuntos econômicos da UGT nacional; Rogério Gomes, tesoureiro da UGT de São Paulo; doutor Márcio, presidente da Câmara Municipal de Itapira; pastor Everaldo, representando o deputado estadual Pedro Kaká; Rafael Pinheiro, representando a vereadora Edir Sales, da Câmara de São Paulo; Alfredo Portinari, presidente do Sindicato dos Agentes Fiscais de Rendas do estado de São Paulo; professor Anselmo Nicolau dos Santos, representando o secretário de relações internacionais da UGT; Andrea Feliponi Garcia, representando o deputado estadual Itamar Borges; Washington dos Santos, assessor especial da presidência, presidente da Fundacentro, do Mato Grosso; Antônio Rogério Magri, ex-ministro do trabalho; Luiz Gustavo Walfrido Filho, secretário da Juventude da UGT nacional.

Eu quero convidar para a Mesa: Ramalho da Construção; Ailton Barros, representando o vereador Cláudio Fonseca, da Câmara Municipal de São Paulo e Natal Léo, da SindnApi.

Com a palavra o deputado Davi Zaia.

 

O SR. PRESIDENTE - DAVI ZAIA - PPS - Bom dia a todos.

Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Senhoras e senhores, quero cumprimentar a todos aqui presentes, e dizer que esta sessão solene foi convocada pelo presidente desta Casa, o deputado Cauê Macris, por solicitação que encaminhei ao presidente, com a finalidade de comemorar os 10 Anos de Fundação da União Geral dos Trabalhadores - UGT.

E, neste momento convido a todos para de pé, podermos ouvir o Hino Nacional Brasileiro.

 

* * *

 

- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - DAVI ZAIA - PPS - Bem, queria cumprimentar aqui a todos que nos honram com a presença e todos que participam hoje deste evento, vocês todos que estão na Assembleia Legislativa ocupando aqui o espaço dos nossos deputados, as nossas galerias, muito bom ver esta participação ativa de todos e esta homenagem para a UGT.

Quero cumprimentar o ministro Kassab, de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação, e agradecer a presença, cumprimentar o Patah, presidente da UGT, e em seu nome, Patah, cumprimentar a toda a diretoria; o Eduardo Anastasi que está representando o ministro do Trabalho; o deputado estadual Ramalho da Construção, nosso companheiro aqui na Assembleia Legislativa, e também sindicalista, dirigente sindical. Quero cumprimentar a todos os demais membros que nos honram na extensão da Mesa, a todos os que já foram aqui nominados, o Roberto Santiago, sempre deputado federal, e dizer da satisfação de ter todos aqui participando. Cumprimento também o Salim e o Alemão, que junto com o Patah, são da Fundação da UGT, cumprimento então a todos e a todas.

Cumprimento também o sempre deputado Simão Pedro, representando o PT de São Paulo, que também tem uma longa história no Sindicato dos Comerciários, é um funcionário que o Patah está aqui lembrando. Então eu passo a palavra neste momento ao ministro Gilberto Kassab, para que faça a sua saudação a todos.

 

O SR. GILBERTO KASSAB - Meu bom dia a todas e a todos, eu quero de uma maneira muito especial registrar a imensa satisfação de estar aqui presente e cumprimentar o deputado Davi Zaia, que preside estes trabalhos e saudar também os demais parlamentares aqui presentes, o Ramalho da Construção, o sempre deputado Roberto Santiago, e dizer que o ministro do Trabalho está aqui representado pelo Eduardo e saudar aqueles que militam há muito tempo no sindicalismo e nos movimentos em favor dos trabalhadores, saudando aquele que há muito tempo milita na área, o Magri.

Quero saudar as mulheres presentes, e eu o faço saudando a Cláudia, esposa do Patah, e por fim, Patah, dizer que nesses dez anos, não apenas a UGT se fortaleceu e se consolidou, mas você também junto com os seus diretores, junto com os seus associados, vocês se tornaram grandes líderes nacionais, e vejo lá ao fundo uma faixa, onde está escrito: “Com a missão de defender os interesses dos trabalhadores em dez anos, a UGT fortaleceu o conceito de sindicalismo cidadão, ético e inovador.” E é exatamente desta maneira que todos nós brasileiros enxergamos a UGT.

E em um momento tão difícil onde os sindicatos passam por uma situação de incompreensão por parte da sociedade brasileira, a UGT - e eu sou testemunha disso -, com seu equilíbrio, com as suas convicções, tem conseguido com a sua atuação em Brasília, atenuar os resultados dessa visão míope da sociedade brasileira. E temos que continuar nesse trabalho, de recuperar a capacidade dos sindicatos e das suas centrais de trabalhar pelos trabalhadores, de fazer ações que fortaleçam a economia brasileira, mas com um trabalhador cada vez mais prestigiado nos seus direitos.

A minha presença aqui hoje, Patah, sinaliza a nossa solidariedade, o nosso apoio e a nossa certeza de que composições, como a UGT vêm adotando, nos últimos meses, nós vamos atingir os objetivos estabelecidos. E esta missão é sua e dos seus diretores, então, eu peço desculpas por não poder ficar ao longo de todo o evento, e desta importante solenidade e onde aqui estamos festejando, hoje é dia de festa.

E poucas organizações conseguem chegar aos dez anos de vida, poucas, pouquíssimas, e a UGT não apenas atravessou esse rubicão, e chega aos dez anos da sua existência, mas chega com muita credibilidade e com muita liderança, com muitos serviços prestados e com uma expectativa, com uma perspectiva de um trabalho renovado e intensificado, melhorado, com a experiência adquirida, para agora ao longo dos próximos anos.

Então, eu deixo aqui um abraço fraterno e registrada a nossa admiração pelo que aqui acontece dentro da UGT e a certeza de que o papel de vocês junto ao desenvolvimento do Brasil cada vez será mais expressivo e cada vez será mais importante, e com certeza será reconhecido por toda a sociedade brasileira, parabéns a todos vocês.

 

O SR. PRESIDENTE - DAVI ZAIA - PPS - Nós agradecemos a palavra do ministro Gilberto Kassab, e dado aos compromissos não vai poder nos acompanhar aqui, mas agradecemos então a sua presença, e eu passo a palavra agora para a saudação ao deputado estadual Ramalho da Construção.

 

O SR. RAMALHO DA CONSTRUÇÃO - PSDB - Cumprimento o ministro Gilberto Kassab, da Ciência, Tecnologia que precisa sair; o presidente da Mesa, nosso companheiro e deputado Davi Zaia, companheiro sindicalista; o nosso presidente Ricardo Patah, e agradecer pelo convite, de grande liderança, ao Eduardo, superintendente do Ministério do Trabalho, que está aqui representando o nosso ministro; e eu não poderia deixar também de cumprimentar o Roberto Santiago, o nosso sempre deputado; o Simão Pedro, outra grande liderança do PT.

Ao ministro Magri e, cumprimentando o sempre ministro, eu quero cumprimentar a todo o movimento sindical presente, e eu acho que um dos poucos ministros e que foi ministro de duas partes simultaneamente. Cumprimentando aqui a Claudia, a esposa do Patah, quero cumprimentar a todas as mulheres presentes. Então, com grande liderança, Patah, eu não podia deixar de vir aqui prestigiar e rever também vários companheiros e diretores de todo o Brasil, parabenizá-lo por esses dez anos de iniciativa e, nós, que agora sabemos que estamos passando por uma das maiores crises de toda a história do planeta, o Brasil passa por uma das maiores crises econômicas do momento.

Eu acabo de chegar. Nós chegamos agora cedo com o Paulinho e o Paulo Skaf, e nós já estamos construindo uma pauta positiva, que o Paulinho estendeu o convite a todas as centrais, porque não dá mais para suportarmos 14 milhões de desempregos, sete milhões de pessoas vivendo de subempregos, e o Brasil anoitece e amanhece só com mídia negativa. Nós temos que construir uma pauta positiva.

E uma das pautas positivas é a política de geração de emprego através do crescimento. Não tem outro, presidente Davi, se não for através disso, e é claro que não só serviço, mas uma das mais discutidas foi o setor da construção aqui com muitos representantes na UGT. Muitos sindicatos são filiados à UGT, e eu acho que se não recuperar, muitas obras paradas, se não criar uma forma de geração de emprego para investir na habitação, e é um dinheiro barato, porque com um bilhão de reais você constrói 13.157 mil unidades.

E considerando que para cada unidade você gera 1.2 de emprego, gera 15.888 mil empregos, e considerando que para cada emprego direto no setor da construção você gera mais 2.2 empregos indiretos, no setor como um todo, um bilhão você gera 50 mil empregos, porque gera em todas as áreas e em especial do comércio, Patah. Porque quando você movimenta a construção, são 50 mil depósitos de materiais de construção e nós sabemos que 72, sendo todos os materiais fabricados no Brasil, são vendidos através de depósitos materiais de construção.

E o setor do comércio só vai funcionar se nós criarmos uma fórmula de consumismo. As obras paradas têm dinheiro sim, Patah, para investir, é só ir buscar esse fundo de investimento do fundo de garantia, e isolando a corrupção do propinoduto que foi construído ao longo dos anos. Em cima disso, cria-se uma comissão de empresários, de governos e de trabalhadores, vias das centrais, dá sim para liberar dinheiro para a construção de infraestrutura e retomada das obras.

Quer dizer, sem falar que nós precisamos construí-las com uma fonte para um custeio dos movimentos sindicais. É claro que tem alguns partidos, em especial o meu, que estão muito raivosos com os sindicalistas, muito provavelmente porque alguns desses parlamentares e tem os trabalhadores escravos nas suas fazendas e até nas suas casas. Mas nós precisamos, presidente Patah, buscar isso de uma forma de consenso, conversando e explicando que cada um dos senhores e das senhoras dirigentes aqui podem conversar com o Sr. Deputado e os senhores parlamentares, para que não enfraqueçam tanto o movimento sindical.

E eu acho que é possível ainda, conseguir alguns remendos mesmo com a reforma trabalhista, dá para construir isso, mas dá para construir com conversa e com consciência. E, mostrando com os parlamentares, que não é possível afundar o Brasil e deixa que a Polícia Federal e a Justiça resolvam os problemas que acontecem no dia a dia.

Mas, os trabalhadores não podem pagar com falta de emprego, com falta de crescimento por conta da corrupção que se instalou aí. Eu acho que é um problema da Polícia Federal e que ela deve continuar fazendo e é papel dela. Mas, o Brasil precisa voltar a crescer.

E os trabalhadores, não é possível, arrebentar essa reforma que passou aí lamentavelmente. Se aplicado a partir de novembro tira quase 170 direitos dos trabalhadores, e, o pior, vai enfraquecer a representação nos locais de trabalho através dos sindicatos. Então, são medidas que precisam ser reparadas e que a central como a UGT, que é uma força sindical da qual eu sou vice-presidente e o Patah foi tesoureiro por muito tempo lá e o Chiquinho, tantos companheiros aqui que vieram em dar força, e junto com a CUT e com outras centrais, eu acho que é o momento de darmos as mãos, esquecendo o partido político e esquecendo a cor, desta ou daquela central.

Mas, com um olhar e a preocupação do direito dos trabalhadores e nós juntos vamos reconstruí-los com uma saída para que o Brasil volte a crescer e para crescer precisa ser com uma pauta positiva. E, vamos deixar um pouco para trás de tudo que é pior, ou melhor, para o Brasil e que não é melhor nem para o Brasil e nem para os trabalhadores, pode ser melhor para o interesse de um ou de outro partido, mas não será bom para aqueles que precisam e que anoitece e amanhece sem emprego, e sem saber como que vão dar os sustentos das famílias.

Então, eu quero deixar aqui um grande abraço para toda a diretoria da UGT, mas deixar aqui uma mensagem de otimismo, uma mensagem de que mais do que nunca nós precisamos recuar, precisamos avançar, presidente Patah, para que possamos rapidamente sair dessa e o Brasil tem jeito porque o mundo inteiro tem investido no Brasil, e quantos investidores não querem investir?

O que nós precisamos é mostrar credibilidade e abrir créditos. Tem várias contas - e eu não vou tomar o tempo dos senhores e das senhoras falando do assunto, porque eu acho que isso aqui com certeza é uma missão do presidente Patah, que vai fazer isso -, mas eu acho que todos estamos convidados para dar as mãos e procurarmos de uma vez por todas a defender os trabalhadores que, eles sim, precisam de política.

Rico não precisa de política, quem precisa de política são as pessoas mais pobres e, principalmente os trabalhadores que precisam de emprego e renda. Um grande abraço a todos, parabéns.

 

O SR. PRESIDENTE - DAVI ZAIA - PPS - Obrigado, Ramalho, pela sua participação, sempre presente aqui nesta Assembleia Legislativa.

 Eu quero convidar aqui também para tomar assento à Mesa o deputado federal Roberto de Lucena, que também é vice-presidente da UGT nacional.

E eu passo a palavra neste momento para, a sua saudação, representando também todos os vice-presidentes da UGT e os diretores, o também sempre deputado, o Sr. Roberto Santiago.

 

O SR. JOSÉ ROBERTO SANTIAGO GOMES - Bom dia a todas e a todos, eu quero saudar o nosso companheiro Davi Zaia, por ter provocado aqui nesta Casa a realização deste evento, dez anos da nossa central sindical. Gostaria de saudar o nosso deputado Roberto Lucena que veio nos prestigiar; o Ramalho, o nosso grande companheiro; saudar ao Simão que também veio aqui nos prestigiar com uma grande história de luta, não é Simão?

Gostaria de saudar os nossos vice-presidentes aqui e em especial o Alemão, que foi presidente da SDS, e Salim, presidente da CGT, juntamente com um grupo que articulou a criação da central com os independentes, aquela oportunidade, e o Patah, o Chiquinho, o Moacir, enfim, vários companheiros e dirigentes sindicais que conseguiram unir aqueles trabalhadores em um processo ao contrário daquilo que vinha acontecendo ao longo do tempo e que era o processo de construção das novas centrais.

Naquele momento, esse grupo de liderança sindical teve a consciência que a importância era estar fazendo a fusão, era estar agregando companheiros em vários sindicatos de várias categorias profissionais para que pudéssemos criar essa grande central e que muitos não acreditavam e, hoje, estamos aqui comemorando dez anos da UGT, a segunda maior central sindical do País.

E retirando o servidor público ou não retirando por retirar, mas uma contabilidade do setor privado, retirando o servidor público da Central Única dos Trabalhadores, a UGT é a maior central sindical do Brasil, portanto, uma das maiores centrais sindicais do planeta. E isso se deve a todos nós que estamos aqui, a todas as lideranças que estão aqui.

E ao grupo de mulheres que trabalha firmemente no sentido de buscar um espaço de garantir o espaço das mulheres, não só no movimento sindical, mas no mundo do trabalho e no movimento político, enfim, lutando para que possamos ter igualdade de condições no nosso País. Muito rapidamente falamos agora pouco em uma gravação para os Anais da UGT, em que a pergunta foi: “De onde viemos? E para onde vamos?” De onde viemos eu já falei um pouco sobre o tema, e agora para onde vamos?

Esta é a grande interrogação que o movimento sindical tem agora, em especial a UGT, a responsabilidade de buscar os novos caminhos, a responsabilidade da recriação do movimento sindical. É evidente que o ataque nós sofremos alguns dias atrás pelo Congresso Nacional, pelo presidente da República, retirando o sistema de contribuição de maneira imediata do movimento sindical, em uma atitude irresponsável, em uma atitude que só interessa a grupos econômicos e que só interessa ao capital, porque desmobilizar o movimento sindical, desmobilizar os sindicatos significa fortalecer aqueles que querem atropelar os trabalhadores.

Estabelecer que negociação coletiva possa acontecer entre empresários, entre empregadores e trabalhadores, é achar que o trabalhador tem condições de fazer isso. E o trabalhador todos nós sabemos que não tem essa condição, portanto, esse novo modelo, esse novo momento de reflexão, de reconstrução do movimento sindical faz parte da nossa tarefa e da nossa missão urgente.

Porque nós não podemos continuar também com essa estrutura sindical que está posta, com esse movimento que está posto e onde o trabalhador não reconhece o sindicato da forma e da maneira como deveria reconhecer, e eu concordo aqui e eu acho que o Ramalho tem razão e essa pauta positiva vai fazer com que possamos caminhar, no sentido de resgatar os empregos do nosso País, na construção civil, em especial, que é a categoria que o deputado Ramalho representa, mas, em vários setores da economia nós podemos trabalhar no sentido buscar a criação de empregos, e não há a menor dúvida disso.

Mas, também é importante, e o momento que nós estamos passando, de passar o País a limpo, não é possível continuar a esculhambação e a roubalheira que ao longo do tempo vem acontecendo no nosso País e a conta, no final da história, quem paga são os trabalhadores.

Então, portanto, presidente Patah, parabéns, eu sempre disse que se o Patah não fosse presidente da UGT nós teríamos muita dificuldade de construir a central com essa paciência que o Patah tem, de escutar todo mundo e a todos, de fazer a grande articulação política. Portanto, a nossa central está desse tamanho, graças a sua intervenção, Patah, a sua vontade de fazer de fato a condução de uma central que possa atender os trabalhadores e, em especial, os trabalhadores prestadores de serviço.

Eu quero saudar também a todos os presidentes das estaduais que vieram aqui prestigiar esses dez anos, e também uma saudação especial ao meu amigo, querido companheiro Rogério Magri, que foi presidente do Sindicato dos Eletricitários, foi ministro e foi um lutador pelo movimento sindical brasileiro. Um grande abraço a todos e obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - DAVI ZAIA - PPS - Muito obrigado então ao Roberto Santiago, pelas suas palavras, aqui também compondo a Mesa já o deputado estadual José Américo, a quem também nós agradecemos a presença.

Passo a palavra então neste momento ao deputado federal Roberto de Lucena, para a sua saudação.

 

O SR. ROBERTO DE LUCENA - Sr. Presidente e ilustre deputado Davi Zaia, eu cumprimento a V. Exa. pela iniciativa brilhante desta justa homenagem que, a partir da sua articulação, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo promove honrando esta importante instituição que é a nossa querida UGT.

Eu quero ao tempo que eu cumprimento V. Exa., cumprimentar a toda a Assembleia Legislativa, na pessoa destes amigos, deputado estadual Ramalho da Construção, a grande liderança dentro do movimento sindical e uma grande liderança no cenário político do estado de São Paulo, com destaque aqui na Assembleia Legislativa, e reconhecidamente como um dos mais atuantes e um dos mais aguerridos deputados que nós temos no estado. Meu amigo pessoal, particular, o deputado José Américo, um grande lutador e reconhecido pelas suas posturas, pelo seu comprometimento, e quero saudar com muita satisfação o ministro do Trabalho e do Emprego aqui representado pelo meu amigo e meu companheiro o Eduardo Anastasi, superintendente do Ministério do Trabalho e do Emprego, aqui em São Paulo.

E, por fim, quero saudar o meu presidente e o meu amigo, de grande liderança nossa e do movimento sindical nacional, e não somente isso, mas, uma das grandes lutas sociais do nosso País, Ricardo Patah. Eu também gostaria de saudar a todas as companheiras, companheiros, cumprimentando os vice-presidentes aqui posicionados na pessoa do amigo Roberto Santiago.

Gostaria de cumprimentar nesta ilustre plateia que se reúne nesta manhã, neste plenário, todas as mulheres presentes na pessoa da Dra. Cláudia, e na pessoa da Marta Lívia Suplicy. Quero saudar também, e eu faço questão de registrar os meus cumprimentos, aos aposentados do Brasil e do estado de São Paulo, e através do amigo Natal Léo, quero cumprimentar as demais autoridades.

Eu não me estenderei no meu cumprimento e na minha saudação, apenas dizer da minha satisfação de participar aqui hoje, meu amigo Gonzaga, esta data festiva para todos nós e que é o momento de celebrarmos os dez anos da nossa UGT, que vai à contramão de muito do que acontece hoje no cenário nacional e do que aconteceu nessa última década quando nós falamos da organização sindical, quando nós falamos dos movimentos sociais.

É claro que em todas as áreas Chiquinho, Pereira, em todas as áreas nós precisamos com muita responsabilidade e com muita sabedoria, meu ministro querido, discernir segundo o ensinamento do próprio Jesus, o joio e o trigo. E a sociedade chega a um determinado momento que tem muita dificuldade de fazer esse discernimento assim como nós em muitos momentos temos também essa dificuldade de fazer esse discernimento, e é por isso que Jesus diz: “Deixa o tempo passar.” Quando os seus discípulos queriam já cortar, “nos permita arrancarmos o joio”, ele disse: “Mas, quando os dois pequenos são muito parecidos, vocês podem correr o risco de arrancar trigo pensando que estão arrancando joio, deixa o tempo passar.”.

E o tempo passou, passou essa primeira década da UGT, e já com os seus rebentos, com os seus frutos, hoje à mostra, é possível olhar para esse ambiente e ver a luta que estas companheiras e estes companheiros fazem cada um na sua base, cada um na sua representação e discernir que nós temos aqui e representamos parte do trigo do Brasil, daqueles que levam este País a sério e querem fazer uma representação, uma discussão e um debate sindical de alto nível, comprometido não com aquilo que nós reprovamos na velha postura, na velha política, no velho comportamento, mas, aquilo que representa as nossas aspirações para o novo Brasil, para a nova sociedade e para aquilo que nós desejamos.

Eu quero, portanto, trazer aqui o meu abraço a todas as companheiras e companheiros. Eu quero parabenizar o nosso presidente Ricardo Patah, ninguém faz, presidente Patah, nada sozinho e não existe quem faça uma obra sozinho e, sobretudo, uma obra importante e que pretenda permanecer.

Portanto, uma das grandes virtudes de um líder é não crescer só, é permitir que outros líderes se levantem ao seu lado - e essa é uma das suas grandes virtudes e dar espaço para que as lideranças vicejem e se consolidem, apareçam.

Hoje, nós temos aqui na central, na UGT, uma central que nós não precisamos abaixar os olhos, não precisamos abaixar a cabeça. Nós podemos andar de cabeça erguida discutindo o Brasil e debatendo o País, e continuando a luta de proteção dos direitos dos trabalhadores, no Congresso Nacional. Roberto Santiago, eu tive a satisfação de mesmo contra a orientação partidária votar contra a reforma trabalhista e votar contra a terceirização irrestrita e o nosso mandato tem sido uma trincheira do pensamento e dos ideais que movem a UGT na aspiração da construção do Brasil que nós desejamos.

E o meu respeito àqueles que fizeram a luta da UGT nesses dez anos, àqueles que muitos deles não aparecem, mas são as engrenagens que movem esta máquina poderosa que nos orgulha e faz com que em todo o mundo o movimento sindical, olhando através e na perspectiva da UGT, seja visto como sério aqui no Brasil e como responsável e consequente.

Meus amigos, parabéns UGT, que Deus abençoe a UGT e que Deus abençoe o Brasil, muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - DAVI ZAIA - PPS - Muito obrigado, Lucena, pelas palavras, e, completando aqui a fala dos que compõem a Mesa, o deputado José Américo.

 

O SR. JOSÉ AMÉRICO - PT - Bom dia a todos e a todas, em primeiro lugar eu quero parabenizar o nosso querido amigo e deputado Davi Zaia por esta iniciativa, queria saudar aqui o deputado Roberto Lucena, que acabou de fazer um discurso muito interessante e que mostra o seu compromisso com os trabalhadores, o que eles mais precisam, e que lutam para recuperar os seus direitos no Brasil.

Eu queria saudar o Eduardo, representante do Ministério do Trabalho; nosso querido amigo Ramalho da Construção; o nosso sempre presidente, Ricardo Patah; o nosso amigo batalhador, lutador, que lidera em primeiro lugar o Sindicato dos Comerciários de São Paulo, que é um grande sindicato da nossa cidade, combativo, lutador e que não deixa barato os interesses dos trabalhadores da cidade de São Paulo, eu acho que é um exemplo de liderança sindical na nossa cidade, e presidentes da UGT, que está fazendo dez anos.

Eu acho que a UGT faz parte do esforço da sociedade brasileira, das centrais sindicais, de organizar os trabalhadores brasileiros que nos últimos 30 anos passam por um processo de organização muito interessante, e é responsável para que os direitos dos trabalhadores não sejam afetados como foram em vários países do mundo. Inclusive o México, por exemplo, que foi citado como um exemplo para o Brasil durante muito tempo. Nós vemos hoje o México como um país em decomposição e, principalmente, porque as grandes conquistas dos trabalhadores mexicanos recuaram 20 ou 30 anos, a partir das mudanças, dos últimos governos que o México teve.

Bom, no governo atual nós passamos por um momento muito difícil, a reforma trabalhista, como o disse o Lucena aqui, que retira, pelo menos do papel, direitos muito importantes dos trabalhadores e deixa que a livre negociação passe a ser um critério que substitui as decisões jurídicas. Eu estava até outro dia, Ramalho, falando em um debate, e falei assim: “se você coloca, vamos supor, um sindicato em São Paulo, um Sindicato dos Comerciários, que tem força para fazer um bom acordo e o seu sindicato também tem, o Sindicato dos Bancários também tem, os Químicos também tem, os metalúrgicos tem em São Paulo, os Metalúrgicos do ABC também tem, mas, e quando nós falamos em termos de Brasil? Em termos de Brasil, pelo interior de São Paulo, o Sindicato dos Comerciários pelo interior de São Paulo não é a mesma coisa que esses sindicatos fortes que temos aqui, com essas lideranças fortes que temos, não é a mesma coisa, então, é um retrocesso em minha opinião muito grande para os trabalhadores.

Temos que nos preocupar também com o que vem aí da reforma previdenciária. Quer dizer, até hoje existe uma falta de consenso sobre o que é o financiamento da Previdência. Em 88 quando se criou a seguridade social, sabia-se que a arrecadação de patrão e de trabalhador não era o suficiente para financiar a Previdência, nem a Saúde e nem a Assistência social. Então, criou-se o IOF, que é um imposto que complementaria o pagamento das despesas da Previdência, da Assistência Social e da Saúde.

Hoje, por conta da DRU, que desvincula 30% das receitas dos dinheiros que são amarrados em alguma coisa, é importante que esse dinheiro não seja usado pela Previdência para ser rateado para outras coisas, inclusive pagar os juros da dívida. E se nós colocarmos tudo aquilo que a Constituição de 88 previa, em matéria de seguridade social, a Previdência ainda não é deficitária.

Não que nós não devamos fazer uma reforma da Previdência, é claro que precisa fazer, algumas coisas precisam ser mudadas, mas não contrárias aos interesses dos trabalhadores, e, principalmente tinha que fazer isso em um diálogo com os sindicatos e com as centrais, não é? Quer dizer, chamar o Patah, chamar outros líderes sindicais, sentar e discutir. Eu acho que é isso que não está acontecendo e aí fica uma sugestão para o Eduardo levar para o ministro do Trabalho, levar para o governo federal, de que nenhuma reforma que mexa com o interesse dos trabalhadores é legítima se não ouvir as centrais sindicais, que tanto esforço fazem para organizar os trabalhadores brasileiros e que têm legitimidade. As centrais têm legitimidade e a UGT tem legitimidade sobre uma legião de milhões de trabalhadores, as outras centrais, a Força, a CUT, também têm legitimidade sobre aquilo que representam, então, nós temos o Brasil central, e que representa efetivamente os trabalhadores.

Então, nada como ouvi-los, e aí fazer as reformas que são necessárias em função da modernização. Bom, eu queria deixar isso aqui para uma pequena reflexão, eu acho que a UGT é parte importante dessa luta, é parte importante dessa batalha, na cidade de São Paulo é a grande central sindical, Ramalho, o nosso chefe e líder Patah, ouviu, Davi, aqui o nosso chefe e líder, porque o Davi não é São Paulo, certo?

O Davi é do interior, então, foi o nosso chefe Patah que nos lidera nas lutas que o movimento comerciário e dos comerciários teve na cidade e em outras lutas importantes, que o movimento sindical teve na cidade de São Paulo. Então, que você continue comandando o Sindicato dos Comerciários e que continue principalmente tocando a UGT pela importância que ela tem, pela importância que ela tem no movimento sindical, e na luta importante que os trabalhadores travam nesse momento no Brasil, muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - DAVI ZAIA - PPS - Agradeço ao deputado José Américo pelas palavras, o deputado que é paulistano e não sei se nascido aqui, mas foi secretário inclusive aqui na Administração municipal.

E agora eu passo a palavra ao mestre de cerimônias para que ele conduza algumas apresentações e homenagens que serão realizadas.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ROGÉRIO BALA - Registramos também a presença de Mário Covas Neto, vereador e presidente do PSDB; Demetrius Moura, assessor do deputado Marco Vinholi.

O Brasil vive um dos mais difíceis momentos da sua história política e econômica, temos 14 milhões de desempregados e uma economia cambaleando e uma nova legislação trabalhista que tira direitos dos trabalhadores.

E, em alguns casos transforma o trabalho análogo à escravidão. A UGT que representa mais de dez milhões de trabalhadores no Brasil tem por obrigação lutar para mudar este quadro. Luta que faz parte deste momento e que para mudar esse quadro luta que faz a central, ela foi fundada e para resumir essa década de luta que vamos resumir em alguns segundos, é difícil.

Mas, vamos mostrar com muita emoção pontos importantes desta história de lutas e conquistas, através da apresentação de um vídeo.

 

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- É exibido vídeo.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ROGÉRIO BALA - Gostaríamos de registrar a presença de Silvana Mesquita, secretária de acessibilidade da UGT nacional e Josineide Camargo, secretária de formação da UGT nacional. Ouviremos agora o hino da UGT, carinhosamente composto pelo saudoso amigo, Edmárcio Felício da Silva.

 

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- É feita apresentação musical.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ROGÉRIO BALA - Nossa união nos faz mais fortes. Podemos compará-las às notas e acordes dos instrumentos musicais, e a união de talentos notáveis forma a Orquestra do Grupo Pão de Açúcar, GPA, e quem vai nos apresentar esse belíssimo trabalho com as crianças e adolescentes é a diretora artística da Orquestra do Grupo Pão de Açúcar, Renata Jaffé.

 

A SRA. RENATA JAFFÉ - Muito obrigada, bom dia a todos, eu gostaria de uma salva de palmas muito calorosa para a entrada dos meninos ao nosso palco, com vocês a Orquestra Instituto GPA, palmas para eles. (palmas.)

 E nós teremos a regência do maestro Daniel Misiuk, que entra com muito mais aplausos do que vocês fizeram agora. Então, com vocês o maestro Daniel Misiuk, palmas para ele. (Palmas.)

O Instituto GPA é o braço social do Grupo Pão de Açúcar, e o programa de música que ensina violino, viola, violoncelo e contrabaixo desde a primeira nota, existe há 18 anos ininterruptos, e nós temos turmas em São Paulo, e também na cidade de Santos, e esses jovens chegam sem nenhum conhecimento musical prévio e escolhem qual desses instrumentos vão começar a tocar e depois de um certo tempo eles fazem parte da orquestra.

Hoje, nós viemos com um pedacinho da orquestra aqui para vocês nesse dia tão especial. Vamos começar com um baião, maestro, um baião erudito, com vocês o Mourão do Guerra-Peixe.

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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A SRA. RENATA JAFFÉ - E para participar do programa de música do instituto GPA é muito fácil, tem que ter entre 10 e 18 anos de idade, não saber nada de música porque a gente ensina tudo desde o comecinho, tanto a ler partitura, como tocar um instrumento, seguir o maestro, tocar em conjunto, tudo isso é ensinado ao longo de dois anos do curso. As aulas acontecem duas vezes por semana uma hora e meia cada, e nós estamos com inscrições abertas para as turmas novas aqui em São Paulo e também em Santos até essa próxima sexta-feira. Então se vocês conhecem alguém que tem entre 10 e 18 anos de idade e nunca tocou nenhum destes instrumentos antes pode mandar para a gente que a gente ensina direitinho. Vamos seguir nossa apresentação agora com um tributo a Dorival Caymmi.

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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A SRA. RENATA JAFFÉ - Não sei se todo mundo conhece todos esses instrumentos de cordas, mas nós sempre costumamos apresentar cada um deles, então eu gostaria de mostrar para vocês que os violinos, que são os mais famosos de todos ficam bem ali, levantem os violinos, por favor, cadê as palmas para os violinos? (Palmas.)

Dos quatros eu acho que tem um menos famoso que é a viola, que está bem aqui, hoje ele está sozinho. Nossa, a viola é tão parecida com o violino, na verdade, é idêntica, só é um pouco maior, e por ser um pouco maior tem um som um pouco mais grave. E aí vocês tiveram a belíssima oportunidade de ouvir um solo maravilhoso no violoncelo da Ana aqui, então esses são os violoncelos.

E o maior de todos, portanto, o mais grave deles é o contrabaixo, que são esses aqui. Então, no programa de música do Instituto GPA, vocês teriam tido exatamente o comecinho da primeira aula, que é quando nós apresentamos cada um desses instrumentos e aí os jovens escolhem qual desses instrumentos eles vão começar a aprender a tocar e durante dois anos sempre em conjunto, já em formação de orquestra, como vocês estão vendo aqui, em grupos de até 45 adolescentes, de dez a 18 na mesma sala, é assim que fazemos.

Pois é, obrigada. E nós vamos tocar agora para vocês uma música, maestro, eu estou vendo uma aqui e outra ali, qual é? É “Aquarela” mesmo? Então está bom, vamos tocar para vocês “Aquarela”, do Toquinho, e nas apresentações da orquestra gostamos muito de colocar essa música no programa justamente por causa da letra que ela tem que aparentemente é uma letra tão simples, quase até infantil.

Mas não, é uma letra muito profunda e tem a ver com a vida de todos nós que temos realmente que aproveitar quando as coisas mudam muito e transformar essa mudança em uma aquarela ainda mais bonita, para que a nossa vida possa ser sempre da melhor maneira possível, porque sabemos que um dia descolorirá.

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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A SRA. RENATA JAFFÉ - E como eu disse no começo, o Instituto GPA é o braço social do Grupo Pão de Açúcar, e então esse é um dos programas sociais do grupo, e é claro que como ensinamos música, muitos dos nossos alunos acabam se apaixonado por um instrumento e pela música em si e resolvem seguir como uma carreira, como uma profissão, e hoje nós já temos mais de duas centenas de músicos profissionais atuando no Brasil e também fora do Brasil, que tiveram o início do aprendizado deles exatamente conosco.

E, tocaram nessa orquestra durante algum tempo e alguns alunos ficam quatro, cinco, sete anos na orquestra de depois eles seguem carreiras profissionais ou em estudos avançados. Nós temos aqui nessa pequena orquestra uma aluna de faculdade aqui em São Paulo, que é a Milena, fique de pé, palmas para ela; e nós temos outros dois que estão aqui há duas semanas indo embora para fazer o bacharelado nos Estados Unidos que é o Vinícius e a Nicole, fiquem de pé pessoal, palmas para eles. E temos mais um aluno que está no aguardo do visto para saber se vai conseguir ir para a Inglaterra estudar violino lá, que é o Mateus que está ali, palmas para ele também. (Palmas.)

E vocês devem estar pensando: “Mas, metade da orquestra vai embora, como é que vocês fazem?” É aí que está o segredo. Todos os semestres nós começamos pelo menos 45 novos jovens no aprendizado, é claro que quando eles começam, o som que eles tiram dos instrumentos não é assim tão bonito como o que vocês estão ouvindo aqui não, é bastante diferente, mas com o tempo e com muita dedicação, com muito amor, com muita perseverança e, que, também claro com muito estudo conseguimos sempre manter a orquestra funcionado.

Então, eles saem para novas aventuras, novas oportunidades e novos desafios e começamos de novo do zero com o pizzicato na primeira nota com outros que vão começar, e bom, tudo isso nos deixa muito felizes e gostaríamos de convidar vocês também a participarem dessa alegria com uma música tradicional judaica chamada Hava Nagila.

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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A SRA. RENATA JAFFÉ - Maestro, eu já ia dizer que o concerto acabou, mas pelo visto eu acho que eles precisam de mais uma, certo? Tem como fazer mais uma? Qual? Mas, eu acho que nós não temos esse aí no repertório, é muito nova essa, você já viu, é? Tem jeito maestro, dessa? “Despacito”? Tem mesmo? Vocês têm a partitura?

Então, eles vão fazer “Despacito” para vocês e nos despedimos e agradecemos imensamente o convite, mais uma vez de participarmos desse momento tão importante, e, desde já deixamos os nossos parabéns a vocês.

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ROGÉRIO BALA - Orquestra do Grupo Pão de Açúcar. Parabéns pela apresentação, gostaria de agradecer também ao Sr. Edson Roberto dos Santos pela presença, secretário de Finanças e Crédito da UGT nacional, representando o Sr. Lourenço Ferreira do Prado, secretário de Relações Internacionais da UGT e presidente da Contec.

E, também agradecemos a todos os secretários da UGT presentes nesta homenagem e nesta solenidade. Ao vereador Paulo Bezerra, vice-presidente da Câmara Municipal de Diadema, o nosso muito obrigado. E agora teremos homenagens, para uma justa homenagem, solicitamos que o Sr. Enilson Simões de Moura se levante para receber uma placa de agradecimento das mãos do Sr. Ricardo Patah.

 

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- É entregue a homenagem.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ROGÉRIO BALA - Feita a homenagem, Sr. Enilson Simões faz o uso da palavra. Gostaria de registrar aqui a presença do assessor Genilson Silva, do deputado Barba.

 

O SR. ENILSON SIMÕES DE MOURA - Esta homenagem eu recebo em nome de todos os meus companheiros que aqui estão, e que junto comigo foram lutadores para fazer a nossa organização, a nossa UGT. Eu quero, sobretudo, lembrar do altruísmo que esteve presente naqueles momentos iniciais, altruísmo por parte de um grande ausente que teve passar por uma cirurgia e que não pôde estar, que é o nosso querido companheiro Laerte, que era presidente da então Central Autônoma de Trabalhadores; e do meu querido Salim, presidente da CGT, e os dirigentes da SDS que contribuíram de uma maneira decisiva e importante para que nós pudéssemos construir a UGT. Tivemos a graça de encontrar outros sindicatos que aderiram em um primeiro momento aquele esforço como sindicato aqui dos Padeiros, representado pelo nosso Chiquinho, e, sobretudo, o Sindicato dos Comerciários que nos ofereceu o então presidente da central digno presidente de exercê-lo até esse momento, porque foi tolerante, porque foi paciente e porque teve que dirigir um processo que não era simples.

O movimento sindical até então vinha de um processo de divisão de pequenas centrais se proliferando pelo País e nós resolvemos nadar contra esta maré, nós resolvemos entender que da maneira que nós estávamos, nós não éramos capazes de responder aos desafios que estavam postos para os trabalhadores brasileiros.

Era necessário buscar e resolvermos, não é Salim? E buscar então a nossa união, a nossa unidade e construirmos assim a união geral dos trabalhadores. Os desafios são maiores ainda, nós estamos vivendo uma situação muito difícil, mas muito difícil mesmo do nosso País, estamos fazendo uma festa e talvez não seja um momento muito adequado para falar das nossas dificuldades. Mas, estamos vivendo aqui um momento, e eu estava lendo um livro que parece muito com a instalação do fascismo, do nazi-fascismo lá na Alemanha, que se caracteriza, sobretudo, pela falta de fé que o povo alemão passou a ter nas instituições.

O povo alemão não acreditava mais nos seus políticos, não acreditava mais nos seus sindicatos, nos seus partidos e desacreditava das instituições e aí apareceu um maluco qualquer salvador da pátria chamado Hitler e construiu a grande desgraça da humanidade. E precisamos ter cuidado com as coisas que estão acontecendo aqui no Brasil, e pelo esforço dobrado, nós que temos consciência da dificuldade deste momento, meu caro Patah, precisamos do esforço dobrado para que possamos recuperar a credibilidade do povo brasileiro.

E, é verdade que nós temos sindicatos que não valem absolutamente nada, e nós temos sindicatos que só tem nome de sindicatos. É verdade que nós temos partidos que também não valem absolutamente nada e que foram fundados para arrecadar recursos dos fundos partidários, e sindicatos que foram fundados para arrecadar recursos da maldita contribuição sindical. E foi isso que fez com que ao longo do tempo nós fossemos perdendo a credibilidade.

Eu sou presidente de um pequeno sindicato, pequeno, mas é aguerrido e tem histórias de lutas, de conquistas e de anos e anos de greves seguidas, e, por isso temos grandes acordos coletivos. E não são sindicatos grandes, há sindicatos grandes, Patah, e o senhor sabe disso, mas aqui nós somos capazes de mobilizar.

O sindicato que não é capaz de mobilizar, que não é capaz de negociar e que não é capaz de fazer uma assembleia não merece existir enquanto sindicato e é por isso que nós estamos perdendo a credibilidade. E, é por isso que nós perdemos e muitos de nós não significamos mais esperança para os trabalhadores brasileiros. A UGT tem que corrigir esses rombos, e tem que contribuir para corrigir esses sindicatos.

E eles têm que merecer existirem como tal, e se mudarem, fechem as suas portas se não forem capazes de organizar, se não forem capazes de negociar em nome dos seus representados. E esse papel do sindicato assim como o papel da central é de unificar esses sindicatos e dar-lhes força e dar-lhes consistência nas suas negociações, e não fazer essa bobagem que nós fizemos um dia desses onde fomos coadjuvantes de uma besteira de tacar fogo em ministério lá em Brasília.

Isso é coisa que o fascismo gosta - agredir as pessoas que não têm opinião igual a nossa -, como o caso de um deputado agredido esses dias lá em Fortaleza. Para que isso, gente? Nós estamos fazendo o quê? Nós estamos fortalecendo esse sentimento de repulsa às instituições e aos políticos, nós estamos fortalecendo o fascismo quando agredimos as pessoas, os jornalistas dentro de avião, para quê isso?

Nós estamos errados ao fazer esse tipo de coisa, nós não podemos ter tolerância com a intolerância. E a intolerância não pode se alastrar no nosso meio, porque ela conduzirá este País à desgraça maior ainda que nós estamos vivendo. Quatorze milhões de desempregados não é problema deste governo que aí está não, é uma herança de 15 anos atrás, de desgovernos, de populismo, de desmandos e de malfeitos que existiram no nosso País, e nós todos aqui somos testemunhas disso.

E, portanto, meus companheiros, eu acho que nós construímos uma central e ainda estamos construindo para que nós possamos dar novos rumos ao nosso País, sermos representados e que possamos representar um mínimo de esperança para os trabalhadores brasileiros que merecem muito mais do que têm.

É preciso lembrar aqui, e eu me lembro das palavras que dizem “uma nação rica só existe quando o povo é rico”, Adam Smith. Muito obrigado.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ROGÉRIO BALA - Chamamos também para ser homenageado o Sr. Antonio Carlos dos Reis, o Salim, para receber uma placa de agradecimento das mãos do Sr. Ricardo Patah.

 

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- É entregue a homenagem.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ROGÉRIO BALA - Recebida a homenagem, o Sr. Salim faz o seu pronunciamento.

 

O SR. ANTONIO CARLOS DOS REIS - Bom dia a todas e a todos, queria cumprimentar aqui o presidente desta sessão solene, o nosso querido companheiro Davi Zaia, cumprimentar o nosso grande presidente Ricardo Patah, o deputado Ramalho, grande companheiro e defensor da classe trabalhadora também.

Cumprimento o nosso grande amigo e vice-presidente da UGT e deputado Roberto Lucena, deputado federal; o representante do ministro do Trabalho, aqui representado pelo companheiro Eduardo; e o Bruno Mário Filho. Sabe que tivemos grandes embates com o velho, viu? Mas, era um grande camarada, um grande colega e amigo.

Eu não poderia deixar de cumprimentar algumas pessoas aqui: Simão, um grande companheiro e sempre deputado, e quando secretário, a Secretaria sempre aberta para que nós pudéssemos discutir os problemas das nossas cidades. E também o companheiro que é o responsável e que é o culpado de eu estar aqui hoje neste momento recebendo esta homenagem, o companheiro e ex-presidente do Sindicato dos Eletricitários, ex-presidente da CGT e ex-ministro do Trabalho e da Previdência, o companheiro Antônio Rogério Magri, que foi me buscar para parar de subir em escadas, para ser representante sindical e depois fazer mais algumas coisas. Eu queria cumprimentar todas as mulheres presentes em nome da nossa secretária da Mulher ugetista e, companheira, a santa Regina.

O Alemão contou alguma coisa e eu queria dizer que há 11 anos, não foi há dez, 11 anos atrás se começou uma discussão para que nós pudéssemos unificar as centrais sindicais e o movimento sindical para fazermos um novo movimento sindical.

Foi uma discussão acalorada, uma discussão salutar, onde deixamos todos os egos de lado para construir a grande União Geral dos Trabalhadores. E eu digo sempre, desde aquela época, que não era uma fusão, eu não considero a união das três centrais uma fusão, mas união do movimento sindical.

Naquele tempo, reuniu-se Alemão, Moacir, Roberto, entre outros companheiros da social democracia sindical para discutirmos. Reuniu-se também o companheiro Laerte - que não está presente aqui hoje, porque sofreu uma cirurgia delicada, mas graças a Deus passa bem e está lá na sua São José do Rio Preto. Reuniu-se também, naquele momento, o saudoso companheiro Benedetti, de Ribeirão Preto. Também estava presente nessas discussões, o presidente desta sessão, companheiro Davi Zaia, pela CAT - Central Autônoma dos Trabalhadores. E pela CGT, nós reunimos este humilde companheiro que vos fala e o nosso companheiro Canindé Pegado aqui presente. E representando as mulheres, também estava a nossa companheira Cássia, da CGT, para que nós pudéssemos fazer este movimento. Reunimos-nos e fizemos uma grande discussão para fazer essa unidade.

Eis que no calor dessa discussão, apareceram companheiros que queriam também fazer parte da história do novo movimento sindical brasileiro, o companheiro Ricardo Patah, nosso grande presidente, e o companheiro Chiquinho também, neste momento representando o movimento independente, para nós construirmos. E decidimos entre nós, tirando qualquer questão de cor, de ego, com a humildade que nós tínhamos, decidimos que o nosso companheiro Ricardo Patah seria o presidente da União Geral dos Trabalhadores. Uma central que nasceu para fazer do movimento sindical uma central cidadã, ética e inovadora. E nós conseguimos construir e crescemos muito, hoje sendo a segunda maior central sindical do Brasil.

Tem muita gente que diz que o movimento sindical precisa renascer e nós precisamos lembrar de uma coisa: nós somos dirigentes sindicais de um País onde a Europa toda cabe dentro e sobra algum espaço para mais alguma coisa. A central sindical não representa o movimento sindical somente radicado aqui na cidade de São Paulo, ou na cidade do Rio de Janeiro, ou na Esplanada dos Ministérios. Nós temos dirigentes sindicais que, para fazer uma assembleia, andam uma semana de barco do Amazonas e no Pará. E nós precisamos saber disso, que fazer uma discussão do que é uma reforma trabalhista, do que é uma reforma da Previdência e o que é uma reforma sindical, nós precisamos olhar e ter a abrangência que tem o Brasil. Por isso, nós da UGT propomos e queremos fazer uma autocrítica do movimento sindical, para refazer este movimento sindical, refundar um movimento sindical brasileiro em defesa da classe trabalhadora, da ética, da inovação, do cidadão e da cidadã brasileira.

Por isso, aqui eu conclamo os companheiros ugetistas, os companheiros de partidos políticos, para que nós possamos olhar o Brasil como um todo. Não vou olhar o Brasil somente de lá da minha Carapicuíba, Simão. Mas vou olhar do Brasil do Nordeste, do Norte, do Centro-oeste e também aqui do interior do estado de São Paulo, aonde, muitas vezes, a notícia chega muito atrasada. Nós precisamos refundar esse movimento sindical, Edson - digo esse recado também ao presidente do seu partido, Roberto Jefferson, ele que é presidente de um partido tradicional trabalhista do Brasil. Nós precisamos buscar a unidade de ação, como já disse aqui, das centrais sindicais, dos partidos políticos, verdadeiros defensores, e também dos movimentos sociais, para fazer do movimento sindical uma situação onde nós possamos buscar atender a todos.

Outro dia, em uma sessão da Câmara Federal, eu ouvi um deputado dizer: “Nós estamos fazendo as reformas que nós queremos”. Eu pergunto: será que eram as reformas que nós queremos? Ele estava dizendo para os 513 deputados do Congresso Nacional e esquecendo-se dos 204 milhões de trabalhadores e dos mais de 20 milhões de trabalhadores e trabalhadoras que estão desempregados ou no subemprego - ou mais, porque nas pesquisas se você trabalha um dia, a cada seis meses, você não é desempregado.

Por isso, eu conclamo a todos aqui, os dirigentes sindicais, os dirigentes partidários, para que nós possamos fazer do movimento sindical brasileiro um novo movimento social que conclame e que premia todos os trabalhadores brasileiros, que somos a grande maioria. Não podemos fazer reformas pensando só naqueles que têm empresas e que, infelizmente, têm uma cadeira no Congresso Nacional, que são a grande maioria. Por isso, conclamo, vamos juntos construir este novo movimento sindical. Viva o trabalhador brasileiro, viva a UGT.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ROGÉRIO BALA - Convidamos os presentes a ouvirem a belíssima apresentação do Sr. Rodrigo Monforte.

 

O SR. RODRIGO MONFORTE - Bom dia a todos, vamos cantar, vamos animar um pouco. Parabéns UGT pelos dez anos. Eu, que tive o prazer de conhecer o nascimento desta central, hoje a maior central do País, fico muito feliz em estar acompanhando este crescimento. Parabéns, Patah, parabéns a todos. Vamos cantar, quem souber canta comigo.

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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O SR. RODRIGO MONFORTE - Durante todas estas apresentações, eu sempre fico devendo uma canção para três pessoas. O Patah sempre me pede: “Rodrigo, não se esqueça de cantar para minha esposa, doutora Claudia”. Então esta canção eu ofereço para três pessoas, em especial para doutora Claudia. E a segunda pessoa, quero realmente desejar, do fundo do coração, que é para uma pessoa muito importante dentro do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, um grande dirigente, que é o Sr. Rubens Romano, que está presente aqui. Uma pessoa que sempre me liga e ele sempre diz muito ao meu canto, à minha profissão, ao meu jeito, à forma como eu lido com a música e com o trabalho, e eu sempre fico muito feliz e muito grato. Muito obrigado, esta canção também vai para o senhor em especial. E a terceira dedicação: é claro que é para vocês, eu quero fazer e eu espero que todo mundo cante. Vamos lá. Vamos lembrar, vamos acompanhar “Minha Gioconda”.

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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O SR. RODRIGO MONFORTE - Obrigado, uma ótima festa para vocês. Parabéns UGT pelos dez anos. Até a próxima, obrigado.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ROGÉRIO BALA - Obrigado Rodrigo Monforte. Com a palavra o nobre deputado estadual, Davi Zaia.

 

O SR. PRESIDENTE - DAVI ZAIA - PPS - Depois destas brilhantes apresentações que tivemos, as homenagens, agora para coroar nosso evento, a palavra do presidente da UGT, companheiro Ricardo Patah.

 

O SR. RICARDO PATAH - Meus amigos e amigas, muito boa tarde. Eu queria aqui cumprimentar as mulheres, em nome da minha querida mulher, Claudia. Eu queria cantar como o Rodrigo, mas não consigo, por isso pedi a ele que cantasse. Eu quero cumprimentar aqui esta Mesa, amigos e amigas que construíram a UGT, em nome do meu querido Davi Zaia, também vice-presidente da UGT, presidente da sessão, deputado estadual altamente qualificado.

Meus companheiros, chegamos a dez anos. E nós chegamos aqui por quê? Por conta de vocês. Vocês militando, lutando, dialogando e construindo uma central que luta por aqueles trabalhadores da base da pirâmide, que não tinham voz, que não tinham capacidade, muitas vezes, de articular. E a UGT nasceu de forma a agregar, nós somos contra divisões, nós somos contra aquilo que cria sindicatos para ganhar dinheiro, que não fazem negociação. Nós queremos sindicatos fortes, que têm um compromisso para com a sociedade.

Por isso, a UGT tem uma série de atividades que nos orgulham. Nós temos as da acessibilidade: temos aí a nossa sempre vereadora, Silvana Mesquita, que nos lidera muito na capacidade de transformar aqueles que são invisíveis para a sociedade, mas que para nós são batalhadores e lutadores, que ajudam a construir uma sociedade mais digna. Nós temos a questão da diversidade: temos dentro da UGT e do sindicato uma série de trabalhos feitos para inclusão social, porque muitas vezes nós percebemos o afrodescendente discriminado, ganhando baixos salários e muitas vezes não tendo emprego e oportunidade. Nós estamos muitos anos lutando nessa direção, no caso do sindicato, com a nossa querida Cléo, que é diretora nacional da saúde na UGT. A questão do LGBT, que muitas vezes também as pessoas são altamente discriminadas e a UGT abraça com força, porque nós queremos igualdade de oportunidade, queremos um Brasil que seja para todos e não só para alguns, como muitas vezes se desenha no nosso País.

Como já foi dito, tanto pelo Salim quanto pelo Alemão - e nosso querido Laerte, que não está presente por questões de saúde - graças a esses homens abnegados, que abriram mão de estarem dirigindo centrais, para que nós pudéssemos construir outra, com outro conceito: o conceito da inclusão, do respeito, de ser protagonista. Por isso, nascemos com 180 sindicatos e hoje temos 1.386 sindicatos filiados na nossa querida UGT.

Não tem sindicato pequeno, grande ou médio. Como foi dito, em muitas oportunidades, sindicatos pequenos dão exemplo de serem aguerridos, de serem capazes de conquistas para os seus representados. Esses é que são os exemplos.

Queria também, aqui, fazer uma homenagem a uma pessoa muito especial para todos nós, e para mim especialmente, que é o nosso querido Rubens Romano, que está presente. Foi presidente do sindicato e nos deu muita oportunidade para alcançarmos o que hoje é a UGT.

Mas meus amigos e amigas, nós estamos vivendo realmente um momento muito adverso em todos os sentidos. A reforma trabalhista já está aí, também não adianta chorar em leite derramado. Nós temos que ter a capacidade, diante do que foi sancionado, de mostrar a nossa criatividade e a nossa capacidade de superação. O movimento sindical está sendo maculado, em todos os instantes, e me preocupa muito.

Eu recebi uma mensagem da minha filha, que está estudando no Mackenzie, no 4º ano de Direito. Em uma aula de Direito Sindical, Davi Zaia, o professor falou sobre o sindicalismo, que só tem bandido, que o sindicalismo está lá só para roubar. Professor de Direito do Mackenzie, já nos dando essa condição. Alguns jornalistas já colocam em algumas matérias querendo, de certa forma, destruir aquele movimento, um movimento que ajudou a acabar com a ditadura. Muitos que aqui estão, lutaram contra balas, contra aquele conceito fascista que foi instalado, para estarmos hoje falando e termos o maior objetivo do ser humano, que é a liberdade. Entre eles, o meu companheiro Alemão, que lutou muito; o Chiquinho, apesar de não aparentar idade, ele estava lá nas batalhas também, o Magri, o Gustavo, não sei. O Salim, e assim por diante.

Nós tivemos tantas lutas e não podemos, neste momento, ficar atemorizados. Se já enfrentamos balas, enfrentamos a ditadura, não são alguns deputados de plantão da Câmara que vão nos atemorizar. Pelo contrário, nós temos que agora dialogar, temos que estar diuturnamente no Congresso Nacional para fazer com haja alguns reparos, mas que nós possamos construir o que há de melhor.

Nós pregamos as reformas, a UGT é reformista desde que nasceu. E agora, a partir desse momento, a reforma que vamos lutar intensamente é a reforma política, a reforma do Estado. Temos que acabar com o ativismo do Judiciário, que muitas vezes interfere e faz com que haja muitos prejuízos para nossa sociedade.

Na reforma previdenciária, vamos discutir, sim. Não podemos concordar, por exemplo, com algumas aposentadorias absurdas que ainda acontecem no Judiciário, no Ministério Público e, muitas vezes, no Executivo. Nós representamos os servidores públicos, nos orgulhamos muito disso. A maior parte daqueles que estão conosco são pessoas que carregam o Brasil e ganham salários miseráveis. Para eles nós vamos ter que lutar. Mas não podemos permitir ter ainda gente de terceira e quarta categoria. Todos somos de primeira. Então faremos, sim, um enfrentamento importante para que haja mudanças, mas que a mudança não prejudique aqueles que ganham pouco, que são os milhões de brasileiros do nosso País.

Ou seja, nós temos um caminho importante a perseguir e assim faremos. Nós fomos escolhidos como parceiros da ONU nos objetivos de sustentabilidade. Então nós temos um trabalho fundamental nas mudanças importantes, na valorização de todas as questões que fazem parte de uma sociedade digna, as mulheres, os afrodescendentes, as minorias que muitas vezes são esquecidas - não nos esquecemos de minoria nenhuma, nós queremos um Brasil de inclusão, um Brasil grande, um Brasil de brasileiros e brasileiras. Isso nos orgulha muito.

Para chegarmos aonde chegamos nesses dez anos, percorremos o Brasil todo. Vários companheiros me acompanharam, o Pegado, o Moacir, mas em especial o Chiquinho do Brasil, que foi em todos os estados do nosso País para levar a voz da UGT e construir no interior do Brasil. Não nos interessa estar exclusivamente nas capitais, que são importantes, mas nos interessa estar nos rincões do nosso País, onde nós temos uma pobreza muito grande, uma discriminação muito violenta - em especial, no Nordeste, que construiu nossa Capital, e que muitas vezes ainda é discriminado. E nós vamos continuar, pari passu, nestas andanças pelo nosso País, para levar o que é de melhor daquilo que compreendemos de um País cidadão, de inclusão social, que nos orgulhemos de sermos brasileiros, com distribuição de renda, acabar com essa corrupção absurda que assola o nosso País e rouba o nosso futuro. Até agora, mesmo com a Lava-Jato, nós ainda encontramos situações que nos envergonha no nosso País. Não é esse Brasil que nós queremos, nem para nós, muito menos para os nossos filhos.

Dez anos, é uma década que precisamos comemorar, mesmo na adversidade que nós estamos vivenciando. Porque nos custou muito caro estarmos aqui, construindo o que é de melhor para nosso País. Muitos dos dirigentes que aqui estão - e eu me incluo, aqui está minha mulher como testemunha - largaram a família para poder fazer um País melhor para sociedade, para deixar um legado, para valer a pena este sacrifício que todos nós fazemos a todo momento e a todos os dias.

É por isso, meus queridos amigos e amigas, que nós estamos em um momento muito especial. Não vamos nos atemorizar. Nós temos que ter a garra, sermos aguerridos e combater aquilo que pretende fazer um sindicalismo menor aqui no nosso País. Pelo contrário, nós vamos fazer um sindicalismo cada vez maior, vamos sindicalizar a todo o momento, a todo instante, e vamos trazer para a UGT esse protagonismo. Porque é dessa forma que a UGT nasceu, para construir um Brasil melhor. Viva a UGT.

 

O SR. PRESIDENTE - DAVI ZAIA - PPS - Cumprimentando a todos que nos honraram aqui com a presença nesta solenidade para homenagear a UGT, e cumprimentando as palavras do Patah, antes de caminhar para o encerramento da nossa sessão, gostaria também de fazer uma breve saudação.

A UGT, como já foi dito aqui, nasceu no movimento inverso daquele que nós estamos acostumados a ver muitas vezes na política e no sindicalismo, que era a divisão. Três centrais e mais um grupo de sindicalistas independentes se juntaram para fazer a UGT dez anos atrás. Então é uma central muito jovem ainda, mas que já marcou, nesse tempo, a coragem de em muitos momentos cruciais mostrar a pluralidade de ideias, a tolerância no sentido de combater a intolerância, que a busca da articulação política é para além da representação ou da identificação com uma corrente política ou com outra, é o que pode fazer a unidade dos trabalhadores avançar.

Aqui, neste breve espaço de tempo, vários companheiros fizeram referências ao grave momento que o Brasil está passando. O Patah mesmo agora falou que a filha estava em uma aula, o pai é dirigente sindical, e o professor denegriu o movimento sindical. Eu, que vivo o movimento sindical e a política, passo isso então duas vezes. Porque hoje também a política está muito desgastada, todo mundo acha que é todo mundo igual, porque liga a televisão de manhã, à tarde e à noite, e o que se vê é o que está errado na política. Esta sessão aqui é em homenagem à UGT e à história dos trabalhadores, quem acompanha a TV Assembleia, vai ter a oportunidade de ver isso transmitido em determinados horários. Mas, provavelmente, não vai passar nos jornais a homenagem à UGT, então não fica isso registrado para a grande maioria da população.

Ao mesmo tempo falamos da necessidade de mudanças importantes. Não só porque, de um lado, nós precisamos atualizar muita coisa. Primeiro, porque o próprio mundo do trabalho muda aceleradamente: profissões são extintas, novas são criadas. Tudo isso, exige um dinamismo e um protagonismo das centrais sindicais. E a UGT tem se voltado para isso.

O Patah também fez referência aqui à luta contra a ditadura, que aqui neste País o movimento sindical participou de maneira firme e muito clara - citou aqui algumas pessoas que participaram disso. Eu estava lendo neste fim de semana um artigo do Fernando Henrique Cardoso, no “Estadão”, onde ele dizia que os partidos hoje, por si só, não dão conta mais da representação da sociedade e de apresentar uma alternativa para o País. Quando o Patah falava aqui das lutas da ditadura, eu me lembrava que, naquele momento, havia uma grande unidade nacional para enfrentar a ditadura. Nós estamos vendo que a ditadura não foi uma coisa que atingiu só os partidos políticos e os políticos, atingiu muitos trabalhadores anônimos, inclusive. Um professor estudou o que a Volkswagen fez - o Alemão que está aqui e acompanhou mais direto isso lá, é citado nessa reportagem assim como o Lúcio Bellentani e inúmeros outros que não estão registrados na nossa memória. A atuação da Volkswagen naquele momento, não só fazendo a repressão dos trabalhadores no local de trabalho, mas agindo em conjunto com as forças policiais, que faziam o combate a todos aqueles que estavam lutando pela liberdade. Trabalhadores foram presos dentro da própria fábrica.

Mas naquele momento, havia uma grande unidade nacional. Em vários eventos, no ABC, estavam Lula, Ulysses Guimarães, Fernando Henrique Cardoso, Mário Covas - e estava aqui o Mário Covas Neto - e tantos outros que, naquele momento, não tinham uma atuação no movimento sindical. Mas estavam lá a favor da democracia, da Constituinte, que nos deu esta Constituição que hoje garante fundamentalmente os direitos dos trabalhadores, a anistia para aqueles que tinham lutado, bandeiras importantes que hoje permitem que nós estejamos aqui falando desta história dos dez anos da UGT. Porque a democracia permite isso, que os trabalhadores se reúnam, constituam as suas entidades, suas organizações e deem forças para ela.

Talvez isso seja o maior exemplo de como nós devemos enfrentar este momento difícil. Não é separando, nós e eles. Isso ficou um pouco famoso nesses últimos anos: temos nós e temos eles, como se a sociedade estivesse dividida. A sociedade tem opiniões diferentes, tem divisões: tem trabalhadores, tem patrões, tem capital, tem trabalho, tem vários segmentos. Aliás, a sociedade está hoje cada vez mais plural. Mas é possível encontrar aquilo que pode ser o denominador comum para construir uma sociedade com mais justiça. Esse é o desafio se nós queremos ter transformações: saber identificar isso, saber juntas os progressistas, os democratas todos. E aí, dentro do debate democrático, construir os caminhos que precisam ser feitos e as mudanças que precisam ser feitas.

Se for verdade, como foi dito aqui, por exemplo, que a Previdência não é financiada - o Zé Américo que passou aqui e falou - só com a minha contribuição de trabalhador e com a contribuição do patrão, mas é financiada com impostos outros que vão para a Previdência, é evidente que nós não podemos ter uma Previdência que a grande maioria se aposenta com um salário mínimo e que uma pequena parcela, mas que causa um extremo déficit, se aposenta com altos salários e recebe isso para o resto da vida.

Então, talvez mais importante do que dizer que nós somos contra uma determinada mudança, seja nós dizermos a favor de quais mudanças nós somos favoráveis, para poder fazer o enfrentamento que junte a sociedade do nosso lado. Eu costumo dizer que campanha salarial dá certo, umas mais, outras menos. Por quê? Porque na campanha salarial, quando nós fazemos uma pauta, ela é sempre positiva. É uma pauta de dizer o que nós queremos: quanto nós queremos de aumento, qual a jornada de trabalho que nós queremos, qual a regulação no local de trabalho que nós queremos. É uma pauta afirmativa, positiva. É isso que nós temos que fazer para o nosso Brasil, qual é a pauta positiva que nós queremos, e em torno dela, juntar não só os trabalhadores, mas todos os democratas, para fazer as transformações que construam uma sociedade mais justa, mais fraterna e que dê oportunidades iguais para todos, que é o que o Patah também muito destacou.

Eu tenho certeza, Patah, que sob a sua liderança - que como foi dito aqui, é uma pessoa que sabe conversar com todos, sabe mediar muitas vezes essas divergências que surgem no nosso meio - a UGT vai ter mais dez, mais dez e mais dez anos, para construir essa pauta positiva. E para ser protagonista das transformações que vão levar o Brasil a um caminho melhor, a um País bom para todos. Parabéns a UGT, continue construindo isso, você, toda a sua diretoria e todos nós, tendo a UGT como um farol para orientar as nossas lutas. Parabéns a todos.

Dito isto e esgotado o objeto da presente sessão, eu quero agradecer aqui a todas as autoridades presentes, que nos honraram com sua presença. Quero agradecer aos funcionários aqui da Assembleia; a toda a equipe da Taquigrafia; do serviço de Som; todo o Cerimonial; Secretaria-Geral Parlamentar; o presidente Cauê Macris, que deu todas as condições para que toda a assessoria da UGT, durante esta semana, trabalhasse aqui para organizar todos os detalhes, para que esta sessão pudesse se realizar com o brilhantismo com que se realizou; as assessorias todas, da Polícia Civil, Polícia Militar; TV Assembleia que esteve aqui registrando todos esses momentos; a equipe do meu gabinete, também. Agradeço a todos que, com seu trabalho, permitiram que nós pudéssemos realizar esta homenagem merecida para a UGT.

Está encerrada a sessão. Muito obrigado a todos.

 

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- Encerra-se a sessão às 12 horas e 58 minutos.

 

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