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21 DE AGOSTO DE 2017

043ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AOS GUARDAS MUNICIPAIS

 

Presidentes: CORONEL CAMILO e CORONEL TELHADA

 

RESUMO

 

1 - CORONEL CAMILO

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - MARIA CRISTINA DE CASTRO SILVEIRA

Mestre de cerimônias, anuncia a composição da Mesa.

 

3 - PRESIDENTE CORONEL CAMILO

Informa que a Presidência Efetiva convocara a presente sessão solene, a pedido deste deputado, na direção dos trabalhos, para prestar "Homenagem às Guardas Municipais". Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro", executado pela Banda da GCM de São Paulo. Tece agradecimentos à Guarda Civil Metropolitana pelo trabalho desenvolvido nos municípios. Afirma a disponibilidade desta Casa em relação às demandas desse órgão. Pede que a GCM incentive o desenvolvimento de valores por crianças e adolescentes. Lamenta a ausência, segundo ele, desse objetivo nas escolas do Brasil.

 

4 - CORONEL TELHADA

Deputado estadual, saúda as autoridades presentes. Discorre sobre suas experiências profissionais junto ao deputado Coronel Camilo e à GCM. Defende o armamento dos servidores das Guardas Municipais. Exalta o papel do órgão para a sociedade brasileira. Critica a diferença de tratamento existente, a seu ver, em relação a bandidos e policiais. Reprova partidos políticos contrários a tornar o uso de fuzis crime hediondo. Defende a valorização das forças de segurança.

 

5 - PRESIDENTE CORONEL CAMILO

Critica a exaltação do crime pela mídia. Frisa seu compromisso com a valorização dos policiais. Anuncia a exibição de vídeo institucional da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo. Anuncia homenagem às guardas municipais do estado de São Paulo, com entrega, ao comando da GCM da cidade de São Paulo, de placa comemorativa.

 

6 - ADELSON DE SOUSA

Comandante-geral da Guarda Civil Metropolitana, cumprimenta os presentes. Faz agradecimentos aos parlamentares que se mobilizam em favor da GCM. Afirma compromisso com a continuidade do trabalho desenvolvido pela guarda. Lamenta o risco de vida enfrentado pelos profissionais desse órgão. Enumera falecimentos recentes de trabalhadores da Guarda Civil Metropolitana. Narra ocorrência de agressão a guardas municipais na Emef Prefeito José Carlos de Figueiredo Ferraz. Convida o deputado Coronel Camilo para entregar homenagem ao Sr. André Marcelo Marcolino Ferreira, GCM presente na ocorrência a que se referira.

 

7 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência.

 

8 - CORONEL CAMILO

Assume a Presidência. Entrega a homenagem anunciada.

 

9 - VANDERLEI RAMOS

Comandante do CPA/M-2, representando o Sr. Nivaldo Restivo, comandante geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, saúda os presentes. Defende a união das forças de segurança com vistas a uma cultura de paz.

 

10 - JOSÉ ROBERTO RODRIGUES OLIVEIRA

Secretário municipal de Segurança Urbana de São Paulo, cumprimenta as autoridades presentes. Relata seus compromissos, como secretário, com a GCM. Defende o uso, pelas guardas municipais, de armamento semelhante ao da Polícia Militar. Discorre sobre ações para melhoria da abrangência e valor do seguro de vida de profissionais do órgão.

 

11 - PRESIDENTE CORONEL CAMILO

Parabeniza a Prefeitura de São Paulo pelo trabalho desenvolvido na Cracolândia. Faz convite para debate acerca do tema, no dia 1º de setembro.

 

12 - RICARDO MIRANDA AVERSA

General de brigada, representado o Sr. João Camilo Pires de Santos, comandante do Comando Militar do Sudeste, saúda os presentes. Discorre sobre dificuldades enfrentadas pelos servidores das forças de segurança. Defende a integração dos órgãos de Segurança Pública. Afirma que, a seu ver, a saída para a crise enfrentada pelo Brasil encontra-se no lema da bandeira nacional.

 

13 - PRESIDENTE CORONEL CAMILO

Estende a homenagem desta solenidade a todos os servidores da GCM. Acentua a necessidade, a seu ver, de divulgação de boas práticas. Elogia iniciativas do ex-prefeito Gilberto Kassab em relação à Guarda. Afirma que o prefeito João Doria está, a seu ver, dando continuidade a esse trabalho. Faz apelo aos agentes das forças de segurança para que manifestem, nas redes sociais, pontos de vista pessoais e corporativos acerca de notícias divulgadas pela mídia. Lamenta o falecimento do delegado da Polícia Civil lotado nesta Casa, Sr. Cristian Sant'ana Lanfredi. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Camilo.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARIA CRISTINA DE CASTRO SILVEIRA - Esta sessão solene tem a finalidade de prestar homenagem às Guardas Municipais. Comunicamos aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV Web, e será retransmitida pela TV Assembleia dia 26, sábado, às 21 horas pela NET - canal 7; pela TV Vivo - canal 9; e pela TV Digital - canal 61.2.

Anunciamos neste momento, para compor a Mesa, o deputado Coronel Camilo; o general de brigada Ricardo Miranda Aversa, representando o comandante militar do Sudeste, general de exército João Camilo Pires de Campos; José Roberto Rodrigues de Oliveira, secretário municipal de Segurança Urbana; deputado Coronel Telhada; o inspetor superintendente Adelson de Souza, comandante-geral da Guarda Civil Metropolitana; comandante Vanderlei Ramos, do CPAM2.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Senhores e senhoras, bem-vindos a esta Casa de Leis. Vamos dar continuidade à nossa sessão. De imediato agradeço a presença de todos. Queria dizer para todos que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV Web, e será retransmitida pela TV Assembleia dia 26, sábado, às 21 horas pela NET - canal 7; pela TV Vivo - canal 9; e pela TV Digital - canal 61.2.

Só para saberem, uma sessão solene é autorizada por todos os deputados da Casa. Para ser feita neste salão tem que ter nossa anuência. É uma sessão convocada pelo presidente da Casa, Cauê Macris, que manda um abraço a todos, mas não pôde estar presente na abertura. Por solicitação minha ao presidente da Casa, estamos fazendo esta homenagem a todas as Guardas Municipais do estado de São Paulo. Esse grande valor que temos espalhado pelos municípios, e que muitas vezes acaba esquecido. Hoje nossa ideia é homenagear a todos.

Queria cumprimentar, além da nossa Mesa, nosso coronel José Roberto, nosso general, comandante da guarda, do M2, meu amigo Coronel Telhada; queria também cumprimentar a Lídia Maria de Gouvêa, subcomandante-geral da Guarda Civil Metropolitana, o comandante Nelson Batalha e o subcomandante Daniel Marcassa Lopes, da Guarda Civil de Cabreúva.

Por gentileza, esses que estou chamando agora e são representantes da Guarda, venham fazer parte da extensão da Mesa aqui em cima.

Além de cumprimentá-los, gostaria que participassem da nossa Mesa: comandante da Guarda Civil Metropolitana de Taubaté, Rodnei Monteiro Santos; José Romeu Dutra, nosso secretário de Defesa Social da cidade de Peruíbe; Dr. Júlio Cesar Figueiredo, diretor de trânsito da Guarda Civil Metropolitana; Paulo Cesar Oliveira Simon, comandante da Guarda Civil de Araçariguama; José Cícero de Sousa, comandante da Guarda Civil de Diadema; Valdinar Sirilo da Hora, secretário-adjunto de Defesa Social de Diadema; coronel Marcel Lacerda Soffner, secretário de Defesa Social de Diadema; Marcelo André Nascimento, secretário-adjunto de Segurança do Guarujá; Anderson Vitor Alves, comandante da Guarda Civil do Guarujá; Márcio Frizarin, comandante da Guarda Civil de Campinas; Mikaela Basso, primeira tenente, do Comando do 8º Distrito Naval, representando o nosso almirante Guerreiro; Daniel Augusto Ramos Ignácio, secretário de Segurança Pública de Mairiporã.

Sejam todos bem-vindos e muito obrigado pela presença. Este evento é para fazermos uma homenagem a todos vocês. Vamos cumprimentar alguns, outros vão falar, mas saibam que a homenagem é para todos vocês. Fica aqui o meu pedido para que tudo que acontecer aqui seja levado e transmitido a todos aqueles que não puderam estar aqui hoje para esta homenagem. Por último, agradeço meus amigos do Conseg; da Fundação Santos Dumont; Ivani do meu partido, e todos os presentes.

Convido a todos para que, em posição de respeito, possamos cantar o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo.

 

* * *

 

- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Já de início queria fazer um agradecimento a todos vocês, pelo grande trabalho que fazem junto ao cidadão de São Paulo. Eu e o Coronel Telhada somos defensores da Guarda Civil Metropolitana por onde passamos, não só em São Paulo. Como no comando da PM também prestigiamos muitas Guardas Civis de todo o estado. Trabalhei na Secretaria de Segurança Pública e também incentivamos aqueles municípios onde isso era possível, que os recursos permitissem que fossem formadas as Guardas Civis. São um grande apoio à segurança pública do nosso estado.

Estão perto do cidadão e trabalham na parte mais bonita que o município tem para desenvolver seus trabalhos junto aos cidadãos; trabalha na zeladoria urbana, na organização da cidade, nos espaços públicos municipais, nas feiras livres, no trânsito municipal, nas escolas municipais. E mais importante que isso, ajuda a todos nós que defendemos a coisa certa, o cidadão de bem, uma juventude sadia. Ajuda a todos nós a mostrar para a população, cada um dos senhores e senhoras nas cidades onde trabalham, que é importante respeitarmos o próximo, que é importante trabalharmos para que esses jovens internalizem valores morais, éticos, de cidadania, de civismo, de patriotismo, de honestidade e de trabalhar sempre pelo engrandecimento de todos através da disciplina, da hierarquia e da estética militar, que a maioria das nossas Guardas Civis trabalham dessa forma.

Desde já meu gabinete está aberto nesta Casa de Leis à frente de segurança, e a todos vocês naquilo que pudermos ajudar. Todos os projetos que passam por esta Casa e puderem engrandecer as Guardas Civis de todo o estado, faremos isso. Naquilo que pudermos ajudar aqui, contem sempre conosco nesta Casa de Leis. Continuem fazendo esse grande trabalho que fazem junto aos cidadãos brasileiros que moram em São Paulo ou nas cidades onde vocês estão. Aqueles que puderem, incentivem. Eu sei que muitos guardas aqui têm esse serviço, criem paralelamente as Guardas Mirins, os Bombeiros Mirins, e incentivem o escotismo; todas essas formas que levam valores para os jovens. Nós precisamos levar e internalizar valores nos jovens.

Tem outra área em que trabalhamos aqui, a Segurança. Fui da Polícia Militar por 33 anos, os últimos três como comandante-geral. Conhecemos Segurança e sabemos que precisamos trabalhar na Segurança. Tem muita coisa para melhorar. Mas também trabalhamos em outra frente, chamada Frente da Família, Cidadania e Cultura, para desenvolver e internalizar valores. Sabemos que isso foi esquecido ao longo do tempo. Comandante, tenho muita saudade do tempo em que tínhamos a disciplina que ensinava valores dentro da sala de aula, que infelizmente foi tirada. Aula de Educação Moral e Cívica, de Teoria Geral do Estado, eram coisas que disseram eram resquícios... Não eram.

Nossos grandes amigos do Exército Brasileiro souberam desenvolver mais isso, mas quem começou lá atrás essa aula, essa forma de internalizar valores foi Getúlio Vargas. Lá atrás em 1940, acabamos com isso. Hoje temos um problema muito sério de falta de valores, de carência de alguém falar para esses jovens o que é certo e errado. Eles não têm isso em casa, acabam não tendo na escola e vão aprender muitas vezes em fontes inadequadas - WhatsApp, Facebook, internet - e muitas vezes totalmente distorcido. Precisamos fazer isso, por isso concito a todos, desenvolvam atividades com os jovens nas cidades onde vocês estão. É dessa forma que vamos melhorar nossa cidade, nosso estado e País.

Muito obrigado pela presença de todos. Agora chamo para fazer uso da palavra o nosso amigo Coronel Telhada, um grande defensor da área de Segurança e das nossas Guardas Civis. Aproveito também para chamar o Sr. Ronaldo Pereira Pinto, comandante da Guarda Civil de Santos. Por favor, sente-se aqui conosco. E aproveitando, enquanto o Coronel Telhada vai para a tribuna, chamo aqui um que talvez seja o guarda civil mais antigo que temos nesta Casa, Nascimento. Sobe aqui, uma salva de palmas para ele. O tenente Nascimento está com essa farda da Guarda Civil de São Paulo, não da Metropolitana. Existia a Guarda Civil e a Força Pública de São Paulo. Ele é um representante da querida Guarda Civil, que depois se fundiu com a Força Pública e acabou virando nossa Polícia Militar de hoje. (Palmas.)

Coronel Telhada, por gentileza, a palavra é sua.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PSDB - Bom dia a todos, é um prazer estar aqui com todos os senhores e senhoras. Quero começar saudando nosso presidente da sessão solene, Coronel Camilo, meu amigo há mais de 38 anos. Fomos contemporâneos de academia, trabalhamos juntos no centro de São Paulo, depois ele como comandante-geral e eu comandando a Rota, depois vereadores e agora aqui deputados estaduais. Temos feito um trabalho uníssono e em conjunto pelas forças de segurança. Coronel Camilo, parabéns pela sessão que V. Exa. preside, é muito oportuna.

Quero saudar nosso general Miranda, representando nosso amigo General Campos,  comandante militar do Sudeste; nosso secretário de Segurança Urbana e amigo há muitos anos também, nosso vizinho, coronel José Roberto; nosso comandante da GCM, inspetor Adelson; nosso querido amigo e irmão na fé, comandante da região Sul de São Paulo, recém-promovido e hoje comandante do M2, coronel Ramos. Saúdo todos os senhores comandantes e representantes em nome do tenente Nascimento, meu amigo há muitos anos também, que nos ajudou num trabalho sobre a Força Expedicionária Brasileira. O Nascimento gosta muito da história militar.

Enfim, vim aqui hoje para cumprimentá-los e saudá-los, e mais uma vez lembrar da importância das nossas Guardas Municipais, em especial da Metropolitana de São Paulo, da qual sou amigo há muitos anos. Sempre digo que minha história com a GCM começa em 86, quando aplicam o primeiro exame, e eu tenente do 4º Batalhão acabei fazendo o policiamento ali no Pacaembu, daquela turma. Ali já começou nosso contato. Na época o comandante era o coronel do Exército Ávila, e depois o coronel Fiuza junto naquele dia também. Nosso contato começa aí e depois ao longo da carreira com vários amigos de infância e polícia que acabaram ingressando, e continuamos esse contato. Hoje temos parentes na GCM, enfim, um contato muito forte e próximo.

Enquanto vereadores, eu e o Coronel Camilo sempre procuramos valorizar e trabalhar pela nossa GCM. Hoje, na Assembleia, continuamos nesse trabalho. Eu até vim agora pouco na minha viatura, conversando com meu motorista tenente da Polícia Militar, e falava da dificuldade que nós, sempre uso o termo forças de segurança, englobando policiais militares - e não falamos só em nome da Polícia Militar aqui, mas da Polícia Civil, da Secretaria de Administração Penitenciária, das Guardas Municipais, das Forças Armadas, da Polícia Federal. Enquanto deputados, procuramos representar todas as forças de segurança, e sempre que possível estamos aqui brigando e defendendo nossas Guardas Municipais.

Há pouco tempo houve um problema em Campinas, e vocês lembram, um absurdo que aconteceu com aqueles dois guardas que foram atender uma ocorrência desarmados, com taser, e acabaram os dois sendo baleados, inclusive uma guarda feminina. O colega perdeu uma perna devido àquele tiro. E as pessoas não se ligam no que está acontecendo, não se apercebem, tanto que a Guarda Municipal de São José do Rio Preto continua trabalhando desarmada. Isso é um absurdo. Enquanto temos criminosos armados de fuzis, temos homens e mulheres trabalhando na Segurança Municipal desarmados. Nem em Londres, que tem aquela polícia famosa que andava desarmada - andava 20, 30, 40 anos atrás. Hoje quem for a Londres vê os caras com uma HK MP5, portando no policiamento. Acabou essa história de polícia desarmada.

Isso é história para boi dormir, para quem não gosta de polícia. Para quem quer valorizar o crime. Nós aqui não valorizamos o crime. Nós valorizamos as forças de segurança. Então esta sessão é muito apropriada, para lembrar a todos os senhores e senhoras da importância que os senhores têm para a sociedade; não é só para o município. A sociedade precisa de homens e mulheres fortes nas forças de segurança. Precisamos mudar nossa legislação em âmbito federal, mas enquanto isso não acontece temos que valorizar nossa base, nossa tropa. Valorizar e apoiar.

Eu conversava agora pouco com o coronel Zé Roberto, sobre o problema que estamos tendo lá na Cracolândia, onde vocês estão atuando diretamente. Semana passada, tivemos dois policiais militares atacados, um deles perdendo a ponta do dedo. O que aconteceu? Nada, ninguém está preocupado. Ah, meu Deus do céu, se fosse um “noia” que tivesse perdido o dedo, tinha parado São Paulo, até o papa teria descido do Vaticano para vir encher nosso saco aqui. Agora foi um policial militar que perdeu o dedo, general? Ninguém está preocupado. Soldado do Exército está tomando tiro lá na favela do Rio e ninguém está preocupado. Quando morrer soldado lá ninguém vai ficar preocupado.

Agora se morrer um vagabundo, um traficante, um vapor, aí sim a Globo vai comentar, vão queimar pneu, vão fazer manifestação. Nós precisamos mudar essa triste realidade. Eu sempre digo aqui que só vamos mudar essa realidade através da política. Muita gente fala em intervenção, em rebelião. Pelo amor de Deus, eu não quero isso. Se tivermos uma rebelião, uma intervenção, os primeiros que sofrerão seremos nós, nossos filhos, os senhores. Queremos tranquilidade e paz, queremos bandidos na cadeia. Mas para isso precisamos de políticos que representem o bem, e não o crime.

Só para fechar, Coronel Camilo, semana passada foi votado o projeto que torna crime hediondo quem praticar crime usando fuzil ou metralhadora. Alguns partidos de esquerda eram contra o projeto - não vou falar que são PT, PSOL e PCdoB, não vou falar. Agora, por que são contra o projeto? Estão defendendo quem? Estão lutando por quem? Por nós é que não é. Quem tem que usar fuzil e metralhadora são as forças de segurança, não o crime. Agora quem defende criminoso é porque valoriza o crime. Se valoriza o crime, não luta por nós. Não adianta vir depois dizer que luta pela polícia, porque não luta. Temos que definir bem isso, não existe meio grávida - ou está grávida ou não está, não tem meio termo. Precisamos decidir o que queremos, uma polícia forte e uma sociedade segura ou queremos o crime imperando na rua. É simples assim.

Agora principalmente nós, temos que tomar uma postura, meus amigos, e parar de ficar em cima do muro. Temos que valorizar quem está conosco, quem luta e quem nos valoriza. Ano que vem temos que eleger mais pessoas assim, que são do nosso time. É o único jeito de mudarmos a legislação e valorizarmos você que está nas ruas. Vejo os recrutas ali que têm uma carreira pela frente. O único jeito de valorizar essa rapaziada que vem aí é mudando a legislação para o nosso lado e valorizando não só na parte financeira, mas de trabalho e valorização pessoal. Contem conosco para isso, com o Coronel Camilo, um grande defensor das forças de segurança, comigo e outros vários deputados desta Casa. Tenho certeza que nós estamos do lado de vocês, aconteça o que acontecer.

Mesmo quando toda a sociedade estiver contra vocês, estaremos do lado. Lembram quando dois, três anos atrás, um guarda civil matou um vendedor de água na Zona Norte? Todo mundo lembra disso? Só nós dois levantamos para defender aquele guarda civil na Câmara Municipal. E no final foi provado que o guarda estava certo, tanto que infelizmente no final ele morreu. Depois que ele morreu apareceu um monte de defensor. Precisamos de gente que valorize nosso trabalho, que conheça nosso trabalho e seja policial, saiba o que é sentar numa viatura e enfrentar o crime. Que seja militar, que sabe o que é enfrentar o inimigo frente a frente. É isso que precisamos, pessoas que pensem, ajam e trabalhem como nós.

Assim o Brasil será melhor, tenham certeza disso. Vamos trabalhar, contem conosco. Brasil acima de tudo. Deus abençoe a todos.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Parabéns, Coronel Telhada. Faço coro a suas palavras, precisamos mudar essa forma. Há muito tempo houve uma inversão de valores e temos que retornar ao que tínhamos em nossa sociedade, valorizarmos o homem de bem. Nós gostávamos do “Vigilante Carlos”, não gostávamos de filmes como os de hoje... Nada contra os filmes, mas temos “Cidade de Deus”, “Carandiru” que são belas obras de arte, mas demonstram só um lado do que aconteceu. Vou dar um exemplo do próprio filme do “Carandiru”, o próprio Drauzio Varella, que é autor, fala que só viu um lado. Ele fala que precisa ver o outro lado também.

Precisamos parar de glamourizar o crime e glamourizarmos o cidadão de bem. Ao invés de ter esses filmes, ter mais “Polícia 24 Horas”, “Emergência 193”, ter mais “Águias da Cidade” e a população jovem admirar o policial que ganha do bandido, e não o inverso como está em nossa sociedade. Como bem falou o Coronel Telhada, faremos isso apoiando quem é de bem e trabalha pelo bem, quem pensa no próximo. É por isso que reafirmo o grande trabalho que temos de multiplicar isso daqui pelo estado de São Paulo, principalmente com os nossos jovens.

Agora vamos assistir, representando todos vocês da Guarda Civil do Estado de São Paulo, um filme sobre a GCM da Capital.

 

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- É exibido vídeo.

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Parabéns a todos vocês, guardas civis de São Paulo. Queria chamar aqui o Valdeci Maia, comandante da Guarda Civil de Santo André, que chegou agora. Pode subir aqui, por gentileza, uma salva de palmas para ele. (Palmas.)

Também queria citar que estão presentes neste evento e prestigiando nossos guardas civis a Mônica Reine, presidente da Divisão B1 do Lions Club de São Paulo; Juvenal Miranda, comandante superintendente da GCM Ambiental; Ivani Boscolo, do nosso partido e secretária nacional do PSD Mulher; Miriam Tanara, presidente do Conseg Pinheiros; Antônio de Souza Morato, presidente do Conseg Diadema centro; Moacir Fortes, secretário nacional de Políticas sobre Drogas; coronel Ronaldo Fontes Furtado, da cidade de Paulínia; o subinspetor Carlos Silva, assessor do deputado Chico Sardelli.

Agradeço a todos vocês da Guarda Civil Metropolitana, os alunos que se formaram. Parabéns pela decisão de todos vocês. De coração, sejam muito felizes na carreira, e que Deus os proteja. Mizael Antônio de Souza, representando aqui a fábrica da Sig Sauer.

Pessoal, em nome de todos vocês faremos uma homenagem à Guarda Civil Metropolitana de São Paulo, por ser a pioneira de todas as nossas instituições de São Paulo, que completa agora, no dia 15 de setembro, 31 anos de existência. Chamo nosso superintendente, o secretário Zé Roberto, para fazermos essa homenagem.

Agora chamamos para fazer uso da palavra o nosso comandante-geral da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo, o inspetor superintendente Adelson de Souza.

 

O SR. ADELSON DE SOUZA - Senhoras e senhores, bom dia. Gostaria de começar minha manifestação saudando o presidente desta sessão, Coronel Camilo. Muito obrigado, o reconhecimento é sempre muito importante, principalmente para nós da GCM, que sabemos o quanto trabalhamos, isso desde nossa fundação em São Paulo. Dedicamo-nos tanto pela cidade e temos tão pouca oportunidade de aparecer e ser reconhecidos.

Saudar também nosso general de brigada Miranda, que representa nosso general Camilo, comandante militar do Sudeste. Saudar nosso deputado, amigo e defensor Coronel Telhada; Vanderlei Ramos, comandante do CPAM2; nosso secretário de Segurança Urbana, coronel José Roberto Rodrigues de Oliveira; todos os comandantes de Guardas que nos prestigiam e também são homenageados neste momento; os demais integrantes de Guardas Municipais do estado; todos os guardas civis metropolitanos de São Paulo, meus comandados que aqui se encontram, nossos alunos, senhoras e senhores.

É sempre uma honra poder manifestar o agradecimento a parlamentares que, sensibilizados pelo real trabalho que a guarda realiza, nos homenageiam. Não são muitos; podemos contar com o Coronel Camilo, com o Coronel Telhada, que sempre se manifestam. Temos alguns parlamentares de nível federal que nos defendem; na Câmara Municipal temos muitos amigos que falam por nós.

A Guarda Civil Metropolitana de São Paulo, neste ano de 2017, tem se empenhado muito mais em fazer um bom trabalho. Nós queremos fazer parte da revolução que se opera na cidade de São Paulo. Desse modo é sempre bom saber que existem pessoas que estão vendo esse trabalho ser realizado, e que estão dispostas a nos homenagear. Mas eu quero alertar também que isso é uma responsabilidade a mais, e o trabalho precisa continuar. É o que faremos, continuaremos tentando levar o nome das Guardas Municipais sempre à frente.

Como é integrante das forças de segurança, como disse o Coronel Camilo, a Guarda também tem suas perdas. Eu acredito que já ficou muito claro que o risco da função de guarda civil metropolitano é semelhante ao risco que outras forças têm no exercício de suas funções. Este ano já perdemos alguns companheiros que vão fazer falta. Perdemos o Marcos Roberto, fazendo policiamento numa escola; mais recentemente, estando em folga - mas o pesar não é menor -, perdemos o Márcio Greic, das nossas Operações Especiais. Essas perdas acontecem porque estamos defendendo a sociedade. Os ataques infelizmente não cessam. Gostaríamos de dizer que foi o último, mas infelizmente não será.

Dentro dos ataques que sofremos, eu gostaria de falar sobre um que aconteceu na Escola Figueiredo Ferraz, há pouco mais de três semanas. Nós tínhamos três guardas escalados nessa escola, em nossa atividade complementar, e esses guardas foram injustamente atacados por pessoas que, segundo informações, estavam incomodadas com a presença dos guardas e o combate decorrente ao uso de drogas naquela escola. Nessa ocorrência tivemos dois guardas que foram alvejados: uma guarda, nossa classe especial Miriam Pereira, foi alvejada no braço e na boca. Não pôde estar aqui presente porque recentemente sofreu uma cirurgia e está se recuperando, graças a Deus. O GCM de primeira classe Ivamar Aparecido da Silva também foi alvejado. Para sua sorte o disparo atingiu o colete balístico. Ele sofreu um hematoma e graças a Deus ainda está conosco.

Eram quatro indivíduos, os quatro armados. A resposta da guarda foi suficiente para repelir a injusta ameaça. O terceiro dos nossos guardas que ali estava era o subinspetor André Marcelo Marcolino Ferreira, que está presente aqui conosco junto com sua mãe, e a quem gostaria de homenagear em nome de todos os guardas civis metropolitanos de São Paulo aqui presentes, e os que não estão presentes e em serviço, porque o serviço não para. Gostaria de homenagear também todas as Guardas Municipais presentes pelo trabalho que realizam.

É difícil fazer Segurança Pública ou urbana na cidade de São Paulo. Não é fácil. Imagino que nas outras Guardas e cidades também não seja, então temos sempre que agradecer quando os nossos trabalham bem e saem vivos. Queria chamar o subinspetor André Marcelo Marcolino Ferreira para que viesse à frente.

Queria convidar nosso secretário e o Coronel Camilo, para acompanhar nessa homenagem.

 

O SR. PRESIDENTE CORONEL CAMILO - PSD - Por uma questão formal, passo a Presidência ao nosso comandante Telhada, para que eu possa cumprimentar nosso guarda.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Coronel Telhada.

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Enquanto o Coronel Camilo se desloca para o local de homenagem, quero chamar para a Mesa extensiva o Sr. Sergio Rufino De Sena, comandante da cidade de Mairinque, e o Sr. Flávio Leão Rafael, comandante da GCM de São Bernardo do Campo. Estivemos juntos num evento outro dia, estava sentindo sua falta. Seja bem-vindo.

 

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- É feita a homenagem.

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Repasso a Presidência ao Coronel Camilo.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Coronel Camilo.

 

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O SR. ADELSON DE SOUZA - Senhoras e senhores, somente para encerrar. Muito obrigado pelo trabalho que você faz, e muito trabalho a todos os guardas de São Paulo ou quaisquer das cidades aqui presentes. Muito obrigado senhores, um bom dia.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Parabéns inspetor Adelson de Souza e a toda sua corporação. Parabéns por ter reconhecido um grande trabalho do Marcelo, que estava naquela ocorrência representando a todos. Isso é motivo de orgulho para todos nós. Gostaria de chamar agora para fazer uso da palavra nosso comandante da Polícia Militar da região, um dos mais novos coronéis da Polícia, Vanderlei Ramos. Por favor, a palavra é sua. Pode ocupar a tribuna, por favor.

Enquanto ele ocupa a tribuna, parabenizo mais uma vez o Adelson. Nós temos que reconhecer nosso trabalho. O que você falou é o que de fato acontece. Todos os senhores e senhoras estão sofrendo desde a criação das Guardas Civis em São Paulo, nos idos de 86, o que as forças de Segurança sofrem. Ou seja, muito trabalho, muito risco de vida, muita dedicação, muito amor ao que faz, e pouco reconhecimento. Muitas vezes esse reconhecimento só vem da própria instituição, como fez o Adelson em relação ao Marcelo. Graças a Deus, nós podemos fazer esse reconhecimento hoje a todos vocês.

Com a palavra, o comandante da região e representando nossa Polícia Militar de São Paulo, coronel Vanderlei Ramos.

 

O SR. VANDERLEI RAMOS - Bom dia a todos e a todas. Inicio minhas palavras dizendo ao Coronel Camilo, nosso eterno comandante-geral, que na condição de representante do comando da corporação, que pediu que viéssemos aqui, e do nosso comandante do CPC, coronel Celso, não poderia furtar e deixar de dizer algumas palavras. Peço licença para fazer uso, homenagear e enobrecer esta atitude da nossa Casa de Leis, de reconhecer esta instituição tão importante, reconhecida recentemente por um estatuto geral das Guardas Civis, uma lei muito importante.

Quero saudar nosso general de brigada, nosso deputado Coronel Telhada, nosso secretário e coronel da PM José Roberto, nossos coronéis da reserva que estão na labuta junto aos municípios, nosso coronel Soffner, coronel Ignácio. Mais uma vez quero parabenizar nosso defensor da sociedade que evitou uma tragédia maior na defesa dos colegas de serviço. Vou ser breve nas palavras, mas não poderia deixar de dizer a vocês que a competência das guardas, estabelecida em parágrafo único, prevê uma atuação conjunta e harmônica com as demais forças de Segurança.

É esse o nosso pensamento, crime e nosso inimigo é lá fora; é o criminoso, o infrator. Nós enquanto forças de Segurança estamos no mesmo time e participamos da mesma jogada. Nossa jogada é fazer o gol no inimigo, na defesa da sociedade, buscando sempre o que os senhores também fazem por força do estatuto de vocês, a defesa, a busca por uma cultura de paz na comunidade local. E por falar em cultura de paz, no próprio estatuto de vocês está lá a grande missão hoje, que vai ao encontro da missão da Polícia Militar, que é a preservação da vida, a redução do sofrimento e das perdas. São três colocações que enobrecem nossa profissão, que valorizam esse momento que está sendo reconhecido por nossa Casa de Leis, e com certeza por força e esforço direto dos nossos deputados Coronel Camilo e Telhada.

É um momento de satisfação poder representar a Polícia Militar neste evento, e dizer que somos parceiros e amigos. Não temos vaidade. Nossa defesa é a defesa social. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Parabéns ao nosso comandante Vanderlei Ramos, representando aqui o nosso comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, Nivaldo Cesar Restivo. Muito obrigado por suas palavras. A palavra que fica é essa mesmo, integração. Todos nós temos que nos integrar e trabalhar em conjunto pelo cidadão de São Paulo.

Chamo agora para fazer uso da palavra o nosso secretário de Segurança Urbana de São Paulo, coronel José Roberto, que até pouco tempo estava nas fileiras da instituição e passou pela Casa Civil do governador, e hoje é secretário da Prefeitura de São Paulo, junto com nosso prefeito João Doria. Enquanto ele se dirige, queria cumprimentar também, e sintam-se fazendo parte da extensão da Mesa, o nosso comandante Nelson Batalha Junior, da Guarda de Cabreúva; Paulo Alexandre de Morais, comandante da Guarda de Mogi Mirim; e Eduardo Leite, comandante da cidade de Embu-Guaçu. Muito obrigado pela presença, levem nossos agradecimentos a todos os integrantes de suas corporações.

Com a palavra, nosso coronel José Roberto.

 

O SR. JOSÉ ROBERTO RODRIGUES OLIVEIRA - Bom dia a todos e a todas. Quero cumprimentar o Coronel Camilo, presidente desta sessão solene, e ao mesmo tempo agradecer por esta justa homenagem que o senhor presta às Guardas Civis Metropolitanas do Estado de São Paulo. Cumprimento o general de brigada Ricardo Miranda Aversa, que neste ato representa o comandante militar do Sudeste, general Campos; o coronel Vanderlei Ramos, comandante do CPA/2. O sempre coronel e deputado amigo Telhada, grande vizinho, trabalhamos juntos no 4º Batalhão. A característica é que toda vez que ele chegava, eu passava por ele na unidade e saía. Foi assim no 4º Batalhão, no COPOM. É um prazer sempre estar com vocês.

Gostaria de cumprimentar o inspetor superintende Adelson, comandante-geral da GCM, e em seu nome todos os comandantes de guardas aqui presentes. Cumprimento o inspetor André Marcelo Marcolino Ferreira e sua mãe aqui presente, agradeço pelo gesto heroico e o trabalho que você fez defendendo seus amigos, nossos irmãos, a quem visitei no hospital lá em Matarazzo. Quero cumprimentar meu primo, o tenente Nascimento, da velha guarda aqui presente.

Em dezembro do ano passado eu ainda era coronel da ativa da Polícia Militar e tive a satisfação de ser convidado pelo prefeito João Doria para ser secretário de Segurança Urbana. Ao assumir, você se depara com alguns dilemas: o que vou fazer? O que tenho que fazer? Primeiro, dar condições para que os guardas possam exercer seu papel na plenitude, com segurança e tranquilidade. Em segundo, fazer com que o papel da Guarda seja também desenvolvido em sua plenitude, não pensando só no parágrafo oitavo o Art. 144, mas também na Lei 13.022, que ampliou em muito a atuação da Guarda, e assim desde o primeiro dia estamos atuando frente à Secretaria de Segurança Urbana, nesse trabalho conjunto com a Polícia Militar e Civil, dando às Guardas a tranquilidade para desenvolver seu trabalho e assumindo tudo aquilo que de algum modo determinamos pelas portarias, instruções, pela norma ou ordem verbal que damos todos os dias nesta cidade.

Mas também temos que dar condições para que os guardas possam exercer suas atividades com tranquilidade. Para mim é estranho que o guarda não possa ter uma .40. Estive semana passada no Exército protocolando um pedido para que o policial possa ter a .40. Fui no Ministério da Justiça, no secretário nacional de Segurança Pública, para que pudesse ter. A lógica que serve para a Polícia Militar, que a .40 tenha um stopping power que permite que com menos disparos eu possa parar o infrator, que tenha uma munição que possa não transfixar ao atingir o cidadão, logo essa lógica serve para o guarda. Nós estamos nos mesmos lugares, no mesmo campo, no mesmo teatro de operações, se assim chamarmos a cidade de São Paulo. Essa lógica se faz presente e temos que defender isso. É isso que estamos fazendo.

As Glocks que serão doadas, o meu pedido já foi a .40. Se por acaso não autorizarem, mudamos para 380. Mas o pedido já foi feito, e assim vamos trabalhar. As condições materiais com relação aos uniformes, ao seguro de vida. Quando aqui cheguei, o seguro de vida da guarda era de 50 mil reais, e pago por uma seguradora. Se eu quisesse pagar 100 mil reais como é hoje, teria que pagar 800 mil reais ao ano para uma seguradora, tendo ou não o sinistro. É mais lógico que eu pague do bolso dos cofres do serviço público, assim como faz a Polícia Militar. E assim fizemos, o decreto foi publicado recentemente.

Faltou uma coisa que já estamos corrigindo, quando for morto em razão da função que exerce. Se for reconhecido como guarda, como agente e isso não for contemplado, estamos retomando para que o seja. Isso será contemplado, até para que nosso companheiro Márcio Greic possa, sim, ser recompensado, e a família possa ter acesso a esse seguro. São coisas que podemos e devemos fazer, e é isso que vamos fazer. Enfim, o trabalho é difícil, mas gratificante. Poder fazer por vocês, porque fazem para o cidadão, é minha função. Eu tenho que criar dificuldades para a prática de crimes na cidade de São Paulo e ao mesmo tempo dar as condições que vocês merecem e precisam para desenvolver essa tarefa. Portanto, contem comigo e me cobrem todos os dias. Fiquem com Deus.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Parabéns ao nosso comandante, coronel Zé Roberto, pelas palavras e forma como está conduzindo a área de Segurança Urbana do Município. Da mesma forma que nosso comandante Zé Roberto, durante nosso comando na Polícia Militar, valorizamos muito o homem e a mulher policial. Fomos sempre atrás, e aliás, colocamos na polícia a pistola .40 e colete para todo mundo. Parabéns pelo seu trabalho. Eu também queria parabenizar você, o Adelson e nosso comandante Vanderlei. Uma coisa que comentamos aqui, mas não foi objeto de discurso, é o trabalho na Cracolândia.

Pessoal, sempre que alguém vai fazer alguma coisa, aparecem dez para criticar. A Guarda Civil Metropolitana, a Prefeitura de São Paulo, e falo com a maior tranquilidade, porque não é do meu partido político, mas parabenizo o prefeito João Doria, nosso secretário José Roberto e o Adelson da Guarda Civil, nossa Polícia Militar através do coronel Vanderlei Ramos pelo trabalho integrado que tem feito naquela região. Comandei por dois anos a região centro e sei da dificuldade de fazer, e sei que quando fazemos alguma coisa ninguém faz nada. Aliás, só fica lá a GCM noite e dia naquele pedaço, todo mundo some. Na hora que alguém resolve enfrentar o problema e tomar uma decisão, aparecem os especialistas de plantão criticando a ação. Então parabéns.

E nessa linha, para defender esse trabalho feito e o que deve ser feito lá, até acharmos melhores caminhos, eu convido a todos que estão aqui e vocês que nos acompanham pela TV Alesp. Dia primeiro de setembro faremos uma discussão pela Frente de Segurança Pública, sobre a Cracolândia, discutindo área jurídica, social, de saúde e política. Nosso coronel José Roberto também será um dos palestrantes aqui. Precisamos apoiar quem faz, e não quem fica atrás de um banco criticando. Mais uma vez quero pedir uma salva de palmas a você, leve isso a toda nossa prefeitura. Uma salva de palmas pelo que tem sido feito. (Palmas.)

Queria chamar agora para fazer uso da palavra, encerrando nossas falas, nosso comandante e general de brigada Ricardo Miranda, representando aqui nosso comandante militar do Sudeste, Camilo. Enquanto ele está indo, agradeço a presença do nosso Ricardo Zechin, secretário de Segurança da cidade de Sumaré; Sandra Helena da Cruz, subinspetora da GCM de São Roque; e a todos aqueles que por algum motivo não chegaram ao nosso cerimonial. Muito obrigado pela presença de todos. Levem sempre este nosso reconhecimento às Guardas Civis de todo o Estado.

Comandante, a palavra é sua.

 

O SR. RICARDO MIRANDA - Deputado Coronel Camilo, obrigado pela deferência. Para mim é uma satisfação estar aqui nesta homenagem às nossas Guardas Municipais. Que bom que temos representantes do povo que dedicam parte do tempo para uma sessão como esta, de reconhecimento aos nossos órgãos de Segurança Pública. Parabéns pela iniciativa, não é sempre que vemos nossos órgãos de Segurança Pública sendo homenageados e reconhecidos pelo trabalho que fazem. Cada uma das senhoras e senhores, a cada momento que estão nas ruas, estão correndo risco. Sabemos que a violência urbana no País cresceu e hoje não é uma exclusividade das grandes cidades; está espalhada, está disseminada em todos os municípios do nosso Brasil.

Reconhecer essa coragem de assumir uma profissão, uma servidão como é trabalhar em qualquer órgão de Segurança, e incluo as Forças Armadas, nossa Polícia Militar e as Guardas Civis, é saber reconhecer a dedicação e a vocação de um servidor público que coloca sua vida em risco em prol da nossa sociedade. Parabéns Coronel Camilo pela iniciativa desse evento. Deputado Coronel Telhada meu amigo, parabéns pelas palavras, de quem conhece a realidade, que não está fechado dentro de um gabinete e conhece nossas ruas, aquilo que está acontecendo em nosso País. Que traz a verdade independente de críticas, e que traz a verdade que precisa ser dita nesses locais onde o povo tem oportunidade de se manifestar. Parabéns.

Coronel Ramos representando nossa Polícia Militar do Estado de São Paulo, referência entre as Polícias Militares dos estados da Federação, e olha que conheço muitas. Parabéns por sua instituição. Coronel José Roberto, saúdo em seu nome todos os nossos integrantes do Poder Executivo do município de São Paulo. Inspetor Adelson, uma satisfação reencontrá-lo, parabéns pelas palavras e pela homenagem a seus subordinados. Esse é o papel de um comandante. E o inspetor Nascimento, gostaria de saudá-lo, e saudando-o, saudar a todos os integrantes das Guardas Civis, obrigado pela curta, mas importante aula de história. Uma instituição que não tem história, não tem raízes e valores; a Guarda Municipal tem sua história. Aqui está um exemplo vivo dela.

Cumprimentando, saúdo a todos e a todas que integram nossas Guardas Civis hoje aqui representadas, e aquelas que não puderam estar presentes, mas que desempenham um trabalho igual por esses Municípios do nosso Estado. O Exército Brasileiro cada vez mais tem atuado na área de Segurança. As operações de garantia da Lei da Ordem são uma realidade para nós, e aprendemos cada vez mais a trabalhar de forma integrada, interagências. Trabalhamos em grandes eventos, estamos hoje no Rio de Janeiro, e vemos que não há outra saída para combater o problema da segurança, e aí estendendo a defesa do nosso País, senão trabalhando de forma integrada.

É trocando experiências, compartimentando dados de inteligência, apoiando logisticamente e operando junto que vamos vencer esses desafios. Não há outra saída. Como muito bem disse o coronel Ramos, estamos unidos nessa luta. O País vive crises morais e éticas, e isso é uma realidade, um fato. E buscam saídas. A saída está expressa ali, em nossa bandeira nacional: Ordem e Progresso. Não há saída fora disso. Os senhores e senhoras que trabalham em contato com nossa população junto com nossos policiais militares representam na mais pura essência a ordem necessária para que o País encontre o caminho do seu desenvolvimento. Sejam orgulhosos de estarem representando a ordem e cobrando a mesma dos nossos cidadãos, porque não há saída fora disso. Somente com ordem e disciplina vamos atingir o progresso e o desenvolvimento social.

Parabéns a cada um de vocês pelo trabalho que realizam. Contem sempre com o Exército Brasileiro na luta pelo desenvolvimento, pela segurança e pela defesa do nosso País. Muito obrigado a todos.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Parabéns ao nosso comandante-geral de brigada Ricardo Miranda, por suas palavras. É exatamente como nós pensamos. Queria saudar também o nosso diretor da Guarda Civil, Márcio Paludeto, da cidade de Salto.

E chegamos ao fim dessa homenagem. Gostaria de mais uma vez agradecer a presença de todos que colaboraram comigo nesta Mesa, todos os comandantes presentes de todas as Guardas Civis. Aliás, faço um convite a nossos comandantes para após o evento nos reunirmos aqui na frente, comigo e o Coronel Telhada, para tirarmos uma foto coletiva. Muito obrigado a todos vocês. Agradeço a cada um dos senhores, mas que isso não fique aqui, levem isso para quem não está aqui. Para quem está agora na Cracolândia, como a Guarda Civil de São Paulo, que está lá nos defendendo. Levem isso a cada um dos integrantes das corporações que vocês integram. Façam sempre o reconhecimento do bom trabalho, se espelhem no comandante Adelson. Reconheçam aqueles que resolveram, que ajudaram.

É assim que vamos mudar a nossa sociedade, falando e mostrando as coisas boas. Com ordem, como falou nosso general, não existe nada sem ela. São Paulo mudou muito de 2007, 2008, 2009. Como isso mudou? Com a gestão do então prefeito Gilberto Kassab, com Cidade Limpa, com atividades delegadas e complementares que o Marcelo está fazendo lá, criada para a Guarda Civil justamente para ajudar. É dessa forma que vamos trabalhar com ordem, que foi o que nosso prefeito Gilberto Kassab fez naquela época, e o que nosso prefeito João Doria está fazendo agora. Nós precisamos valorizar esse trabalho.

Mas vai um desafio a todos vocês também, se manifestem nas redes sociais, nos sites, façam comentários nas notícias de jornais que vocês não gostarem, mas, principalmente, comentários naquelas notícias que vocês gostarem, que estão alinhados com o que nós pensamos, com a coisa certa, com a moral, a ética, com os valores da nossa sociedade. Aquilo que nós pudermos incentivar, vamos fazer, porque temos muito barulho do outro lado. Encerro com as palavras de Martin Luther King: “Não me preocupa o barulho dos maus, mas o silêncio dos bons.” Vamos nos manifestar.

Esgotado o objeto da presente sessão, agradeço às autoridades, à minha equipe, aos funcionários do Som, da Taquigrafia, das Atas, do Cerimonial, da Secretaria Geral Parlamentar, aos integrantes da Casa, da TV Alesp, das Assessorias Policiais Civil e Militar. Fica aqui meu lamento à morte do nosso delegado Cristian, integrante desta Casa, que faleceu no dia de ontem, que trabalhava na Assembleia Legislativa. Um fato lamentável. Mas agradeço a todos aqueles que colaboraram para o êxito deste evento. Muito obrigado a todos vocês pelo trabalho que fazem pelo cidadão de São Paulo. Continuem assim, sejam muito felizes e que Deus proteja a todos vocês.

Está encerrada a presente sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 11 horas e 47 minutos.

 

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