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25 DE AGOSTO DE 2017

047ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AOS TRABALHADORES DA CONSTRUÇÃO CIVIL E DA INDÚSTRIA MOVELEIRA NO ESTADO DE SÃO PAULO

 

Presidente: LUIZ FERNANDO T. FERREIRA

 

RESUMO

 

1 - LUIZ FERNANDO T. FERREIRA

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - LAINE AMORIM

Mestre de cerimônias, anuncia a composição da Mesa.

 

3 - PRESIDENTE LUIZ FERNANDO T. FERREIRA

Informa que a Presidência Efetiva convocara a presente sessão solene, a requerimento do Sr. Deputado Luiz Fernando T. Ferreira, na direção dos trabalhos, com a finalidade de realizar "Homenagem aos Trabalhadores da Construção Civil e da Indústria Moveleira no Estado de São Paulo". Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro". Nomeia as demais autoridades presentes. Comenta a importância dos trabalhadores homenageadas nesta solenidade. Cita que há no País governo, no plano federal, fruto de golpe político, que visa acabar com direitos da classe trabalhadora. Critica políticos do PMDB e PSDB, atualmente no comando dos executivos federal e estadual, respectivamente. Deseja que em 2018 seja eleito um governo legítimo em prol dos trabalhadores. Defende a educação como instrumento de desenvolvimento pessoal e coletivo.

 

4 - JOSEMAR BERNARDES ANDRÉ

Presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção, do Mobiliário e da Madeira, da CUT de São Paulo, discorre sobre a importância dos trabalhadores da construção civil e da indústria moveleira para o País. Considera que a instável situação política atual é fruto da não aceitação da derrota pelo segundo colocado na eleição presidencial, em 2014. Destaca a importância da eleição de 2018 para se reverter esse quadro.

 

5 - ADMILSON LÚCIO OLIVEIRA

Presidente da Confederação Nacional dos Empregados nas Indústrias da Construção, afirma que os trabalhadores que mais sofrem com a crise econômica são os da construção civil. Discorre sobre a importância da categoria para o País. Destaca a necessidade de maior atenção das autoridades para com o setor.

 

6 - HÉLIO RODRIGUES DE ANDRADE

Integrante do Sindicato dos Químicos de São Paulo e secretário de Relações Internacionais da CUT, considera o atual governo federal fruto de um golpe. Destaca a importância da construção civil para a economia. Afirma que as reformas do Governo Temer, em especial a trabalhista, apenas retiram direitos dos trabalhadores. Considera que a eleição de 2018 será fundamental para se reverter esse quadro.

 

7 - PRESIDENTE LUIZ FERNANDO T. FERREIRA

Considera o governo do PT, no plano federal, o melhor da história do país para os trabalhadores.

 

8 - ANTÔNIO CORDEIRO DOS SANTOS

Vereador da Câmara Municipal de Salto e presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Salto, afirma que o governo federal atual é contrário ao interesse dos trabalhadores. Considera o impeachment da presidente Dilma um golpe contra a categoria. Pede a revogação da reforma trabalhista proposta pelo Governo Temer e aprovada pelo Congresso Nacional.

 

9 - PRESIDENTE LUIZ FERNANDO T. FERREIRA

Anuncia homenagem, com entrega de diploma, a trabalhadores da Construção Civil e da Indústria Moveleira do estado de São Paulo.

 

10 - LAINE AMORIM

Mestre de cerimônias, nomeia os trabalhadores da construção civil e da indústria moveleira do estado de São Paulo homenageados.

 

11 - PRESIDENTE LUIZ FERNANDO T. FERREIRA

Considera o voto o maior poder que o trabalhador tem. Afirma que é necessário a eleição de políticos comprometidos com a classe trabalhadora. Lista políticas públicas das gestões petistas no plano federal, destinadas aos mais necessitados, as quais o Governo Temer teria descontinuado. Destaca a importância do debate político ser feito no cotidiano. Admite que o Partido dos Trabalhadores cometeu erros, mas defende feitos de seus governos. Afirma ter certeza de que o ex-presidente Lula, se candidato, será eleito. Agradece a todos pela presença. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Luiz Fernando T. Ferreira.

 

* * *

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LAINE AMORIM - Senhoras e senhores, boa noite. Sejam bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo para a sessão solene com a finalidade de homenagear os trabalhadores da construção civil e da indústria moveleira no estado de São Paulo.

Comunicamos aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV Web, e será transmitida pela TV Assembleia Legislativa dia 27 de agosto, domingo, às 22 horas pela NET canal 7, pela Vivo, canal 9, e pela TV Digital, canal 61.2.

Anunciamos para compor a Mesa principal desta sessão o deputado estadual, Luiz Fernando Teixeira Ferreira, proponente desta sessão solene; o presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção do Mobiliário e da Madeira da CUT de São Paulo, Josemar Bernardes André, o “Bacaninha”; o presidente da Confederação Nacional dos Empregados Nas Indústrias Da Construção, Admilson Lucio Oliveira; vereador Antônio Cordeiro dos Santos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário.

Com a palavra, o deputado estadual Luiz Fernando Teixeira Ferreira.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO T. FERREIRA - PT - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Quero, mais uma vez, cumprimentar a todos e saudar esta Mesa, todas as trabalhadoras e trabalhadores. Senhoras e senhores, quero mais uma vez cumprimentar a todos, esta sessão solene foi convocada pelo presidente desta Casa, o deputado Cauê Macris, atendendo à solicitação deste deputado, com a finalidade de realizar uma homenagem aos trabalhadores e trabalhadoras, da construção civil e da indústria moveleira do estado de São Paulo.

Neste momento eu quero convidar a todos para que, de pé, ouçamos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do maestro subtenente PM Brizola.

 

                                                           * * *                          

 

- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

                                                           * * *

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO T. FERREIRA - PT - Neste momento, quero agradecer imensamente a Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, especialmente ao regente subtenente Brizola, muito obrigado a cada um de vocês. Eu sei que era difícil o calendário, mas quero agradecer em nome desta Casa a Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Muito obrigado, senhores.

Eu gostaria de citar os presentes, quero agradecer ao guarda da Marinha, Lima, que representa o comandante do 8º Distrito Naval, vice-almirante Guerreiro, muito obrigado pela presença, agradeça ao vice-almirante por nossa parte. Quero agradecer e cumprimentar meu irmãozinho, Hélio Rodrigues, secretário de Relações Internacionais da Confederação Nacional do Ramo Químico da CUT.

Quero agradecer ao José Adélio de Almeida, secretário-geral do Sindicato da Construção Civil de Guarulhos; o Marcos José Souza Fonseca, secretário de Finanças, esse é homem do dinheiro, do Sindicato da Construção Civil de Mogi das Cruzes, eu quero agradecer ao meu irmãozinho José de Andrade de Lima – só Zé de Andrade está bom. Não é, Zé?

Eu quero agradecer ao diretor do sindicato de São Bernardo e Diadema, do Sintracon, quero agradecer a Cida, Aparecida Maria Menezes, vice-presidente do Sintracon de São Bernardo e de Diadema, que já foi homenageada aqui nesta Casa, mas na época era presidente, não é, Admilson? Presidenta.

Eu quero agradecer o Alexandre Vieira, secretário dos Portos e do Sindicato de Construção Civil de São Bernardo; Luciano Antônio dos Santos, diretor do Sintracon de São Bernardo de Campo e Diadema; Luiz Roberto Farias, vice-presidente do Sindicato da Construção Civil de Guarulhos; o senhor Paulo Antônio Júnior, 2º secretário do Sindicato de Construção Civil de Guarulhos; Luiz Carlos José de Queiroz, secretário-geral do Sindicato da Construção Civil de Mogi das Cruzes.

Roberto Prestes de Oliveira, diretor de Formação e Pesquisa do Sintracon de São Bernardo; Edval Lima Santos, Conselho Fiscal do Sintracon de São Bernardo; Damião José da Silva, diretor do Sintracon de São Bernardo; Maicon Willians, diretor Fiscal do Sindicato de Construção Civil de Guarulhos; Gilson dos Santos Firmino, diretor do Sindicato de Construção Civil de Mogi das Cruzes; Roberto Alves Lopes, diretor do Sindicato de Construção Civil de Campinas; Luciana Brito de Jesus, diretora de base do Sindicato de Construção Civil de Campinas.

Quero cumprimentar o Adriano dos Santos, assessor da diretoria da Federação Solidária da CUT de São Paulo; Ismael dos Santos, diretor de Saúde e Segurança do Sindicato de Construção Civil de Guarulhos e Arujá; Leo Talil Ismail, secretário de Finanças do Sindicato de Construção Civil de Salto.

Vanessa Moreira, secretária-geral do Sintracon de São Bernardo do Campo; Antônio dos Reis Pereira, presidente da Associação dos Músicos do ABCD, MRR; Sr. Brasil Laerte Oliveira Santos, presidente nacional da Uniglobal, Trabalho e Cidades; Marcelo Ferreira dos Santos, presidente do Sindicato de Construção Civil de Guarulhos; Valmir Rodrigues da Silva, diretor do Sindicato de Construção Civil de Salto; Silvana de Souza Paiva, diretora do Sindicato da Construção Civil de Salto; Fernando Girão, jornalista da Associação Brasileira de Imprensa.

Quero neste momento saudar a todos os meus assessores, se eventualmente deixamos de citar o nome de algum dos presentes, eu peço escusas, temos uma garotada, uma criançada muito linda homenageando os presentes neste plenário, e uma das coisas que muito me honra é que esta aqui é chamada de Casa do Povo de São Paulo. E, hoje ela está ocupada pelo povo de São Paulo, pelos trabalhadores e trabalhadoras da construção civil, da indústria moveleira, eu quero uma salva de palmas a todos que citamos o nome aqui.(Palmas.)

Estas pessoas que estão aqui já foram todas citadas? Eu queria ainda, isso é problema da assessoria, me deram uma lista e agora deram a segunda, eu queria destacar ainda os presentes aqui que também muito nos honram com a presença: Daniel Salve dos Santos, aposentado e membro do sindicato de Campinas; a Francisca Aparecida da Silva, responsável pela Secretaria de Segurança do Trabalho, do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e Montagem do Mobiliário de Campinas e Região; o Paulo Martins, que é diretor e responsável pela Secretaria de Sindicalização e organização da base do sindicato de Campinas.

Quero citar também a presença pela Federação dos Trabalhadores das Indústrias da Construção do Mobiliário e da Madeira, da CUT de São Paulo, a Edna de Almeida Santos, suplente da Secretaria de Mulheres; a Neusa Soares da Silva Nogueira, membro do Conselho Fiscal; Nonito Crispim Gomes, membro do sindicato; o Adonildo Camara da Rocha, diretor do sindicato, ocupando o cargo de suplente do Conselho de Representantes; Roberto de Oliveira Calado, diretor do sindicato, ocupando o cargo de secretário de Imprensa e Comunicação; e pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias e do Mobiliário de Salto estão aqui o Ademir Galvão, assessor sindical; o vereador e irmãozinho nosso, Antônio Cordeiro dos Santos, presidente do sindicato e vereador pelo segundo mandato; Paulo Vicente de Oliveira, diretor do Conselho Fiscal; pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de São Bernardo de Campo e Diadema também o Antônio José Jesus Silva, diretor de Imprensa; o Voneide de Oliveira Santos, diretor de Secretaria de Formação Política e Socioeconômica, o Geovã Evangelista Brito, secretário-geral e administrativo. O José Almir de Azevedo Peixoto, trabalhador associado e o Mauro Lopes Coelho, diretor social.

Eu queria neste momento me dirigir a cada um de vocês para dizer o motivo disso aqui: há dois anos apresentamos um projeto de lei nesta Casa, para homenagear o trabalhador e trabalhadora da construção civil e da indústria moveleira no estado. É uma categoria, talvez uma das maiores que nós temos de trabalhadores do nosso País, muito mal valorizada, é uma categoria que por ali passa o trabalhador da construção civil, por ali passa o trabalhador e trabalhadora da indústria moveleira.

Eu tive um grande apoio no meu mandato, me elegi deputado estadual com grande apoio dessa categoria e eu não poderia deixar de prestar esta homenagem. Eu creio que homenagem é uma coisa que você presta em vida, é muito comum depois que o fulano ou beltrano morre prestarmos uma homenagem a esse trabalhador ou trabalhadora.

A nossa intenção, combinado com o Bacaninha, com o Admilson, com o Claudinho e outros companheiros, era instituir nesta Casa e aprovar o projeto de lei que demarca esta data de hoje como o “Dia do Trabalhador da Construção Civil e da Indústria Moveleira do estado de São Paulo”. Esta Casa aprovou esse projeto, e, no ano passado nós pudemos e tivemos a oportunidade de homenagear vários de vocês que estão aqui e outros que não estão.

Mas, a intenção é que todos os anos nós possamos nos reunir, tomarmos os assentos desta Casa, não tomada por deputados dessa vez, mas por aqueles que construíram. Que representa aqueles que construíram esta Casa e constroem esta cidade, este estado e País, mas que como diz a música: “Está vendo aquela casa, moço? Eu também trabalhei lá, e meu filho não pode entrar”. Nós vivemos em um momento em que o País, em que o governo federal, hoje representado por alguém que chegou lá através de um golpe político, vem tirando todos os direitos da classe trabalhadora.

Nós vivemos um momento em que eles querem acabar com os sindicatos, com os direitos de cada trabalhador e trabalhadora deste País. É um Brasil que sempre foi escravagista, onde os poderosos sempre lucraram em cima do sangue e do suor do trabalhador e da trabalhadora, e sempre que puderam trabalharam para tirar esses direitos.

E eu queria chamar a atenção: nem no momento em que os militares estavam no poder houve a retirada do direito dos trabalhadores, nem nos piores momentos deste País mexeram no direito dos trabalhadores. E esse governo que hoje está lá em Brasília, o governo do PSDB, do Alckmin, do Aécio, o governo do PMDB do Temer e de tantos outros, o governo do Kassab, esse governo que representa as elites no País, os patrões, vieram e estão fazendo o nosso País e o direito dos trabalhadores retroagirem.

Estamos andando para trás, é um momento de muita apreensão, então eu quero, neste dia de hoje, que esta homenagem possa simbolizar um momento de luta da classe trabalhadora. Nós queremos que isso fique registrado nos Anais da Assembleia Legislativa, que hoje, nós, os trabalhadores da construção civil e da indústria moveleira estivemos ocupando esta Casa com várias lideranças sindicais e vários trabalhadores para dizer: “Nenhum direito a menos”.

Nós não vamos aceitar o que querem fazer conosco, rasgaram esses dias a nossa CLT, que foi conquistada, esses direitos ano a ano. Não fui eu quem conquistou, foram os nossos pais, avôs, bisavôs e gerações que foram conquistando, e, hoje, em Brasília, em uma única fatídica noite, esse governo golpista rasgou os direitos da classe trabalhadora.

 E não para por aí, eles querem continuar esse problema. Eles querem agora tirar a aposentadoria, e daqui a pouco vão revogar a Lei Áurea, só falta isso. Desde que o Brasil é Brasil, vieram aqui, escravizaram os índios e depois os negros e agora os brancos. E, nós, neste dia, estamos no dia em que comemoramos o dia da construção civil do estado de São Paulo, do trabalhador da indústria moveleira, e que isto sirva de protesto. Que fique nas Atas desta Casa, que um grupo de trabalhadores e trabalhadoras esteve nesta noite na Assembleia Legislativa, para dizer: “Nós vamos resistir, nós vamos lutar para que a classe trabalhadora mantenha os seus direitos, retome os seus direitos”.

Por isso, eu finalizo a minha fala, proclamando um “Fora Temer”, que possamos eleger um presidente que nos represente, um legítimo, e, esse sim, eleito pelo povo pode querer rever que Brasil queremos construir. O Congresso que está hoje aprovando e tirando esses direitos é um Congresso em que a grande maioria é um bando de corruptos, estão sendo investigados, e que, agora, acabamos de assistir a uma situação muito triste: bilhões de dinheiro do nosso País sendo gastos para que aquele presidente sequer fosse denunciado.

Para não aceitar a denúncia dele, gastaram-se bilhões de dinheiro do nosso País, mas, quem pagou essa conta mais uma vez foi a classe trabalhadora, a mais humilde, porque do salário mínimo, este presidente tirou dez reais para poder pagar essa conta. É este o Brasil que vivemos, é um momento de muita tristeza, é um momento de muita seriedade, e eu quero dizer a cada trabalhador, a cada trabalhadora nesta noite, nós estamos nesta Casa, nós estamos na política resistindo, e não iremos esmorecer.

Vamos lutar até o fim, para que os direitos da classe trabalhadora e do nosso povo humilde deste País possam ser preservados e nós não queremos voltar, queremos conquistar. Então, fica aqui a minha homenagem a cada uma e cada um de vocês, que Deus nos abençoe, também os trabalhadores do nosso País e abençoe esses políticos para que eles possam parar de fazer o mal que vêm fazendo ao nosso povo. Fazer o mal que vêm fazendo às nossas crianças, aos nossos idosos, com todos os trabalhadores em geral.

O momento do Brasil é muito triste, o que assistimos acontecer em Brasília a cada dia. E São Paulo não é muito diferente: hoje nós vemos o filho do trabalhador, que vai para a escola e se não aprendeu absolutamente nada, o que eles fazem com essa criança? Passam o menino de ano. Aí ela que já não aprendeu no ano passado, o que eles fazem com essa criança? Passam o menino de ano de novo.

Vivemos um momento de muita violência, de muito assalto, de muito roubo, pais chorando pelos filhos na criminalidade, para a droga, mas por que isso? Porque o Estado não olha para as nossas crianças e jovens, não se combate à violência com revólver, com bala e com policial. A violência se combate com uma bola de futebol, escola de dança e giz. É cuidando da Educação, do Esporte, do Lazer, da Cultura do nosso povo é que se forma uma geração melhor.

Na medida em que você abandona as nossas crianças e os nossos jovens, o futuro que você vai ter é esse que São Paulo vem formando a cada ano: São Paulo perdeu para o crime organizado, São Paulo está exportando o crime organizado até para outros países, que não só para outros estados. E a cada dia que passa vemos a nossa juventude e as nossas crianças sem o menor cuidado do Estado.

Eu tenho a honra de Deus ter me colocado à frente de um projeto social que é o Projeto Tigrinho. O Admilson conhece bem, e os outros aqui também conhecem, Cordeiro, por exemplo, um projeto onde cuidamos das crianças. Nós levamos esse projeto, Expedito, para Salto, e aí o prefeito de Salto proibiu, porque o era o Cordeiro que estava à frente do projeto. Nós tínhamos quantas crianças lá, Cordeiro? Cento e setenta crianças em uma comunidade pobre, e como o Cordeiro é do Partido dos Trabalhadores e representa a categoria da construção civil, o prefeito falou: “Aqui você não vai tocar projeto”.

E agora eu quero chamar a atenção de cada um de vocês, para o governador de São Paulo, esse Sr. Geraldo Alckmin, que não tem um único projeto que cuida das nossas crianças, que cuida dos nossos jovens. E é aí que perdemos para a criminalidade. Quantas mães que nós aqui conhecemos têm chorado pelos seus filhos perdidos para a criminalidade e para a droga?

Então, nós precisamos, sobretudo, e eu quero deixar aqui finalizando a minha fala, um pedido a cada um de vocês: todos que estamos aqui hoje somos líderes, todos que estamos nesta Casa hoje, nesta noite, precisamos reverter isso aí, e a única forma de reverter isso hoje é na eleição do ano que vem, votando em deputados e deputadas que tenham compromisso com a classe trabalhadora.

Chega de votar na propaganda eleitoral: “Esse cara é dos nossos, vou eleger esse cara”. E assim é com deputado estadual, com deputado federal e com senador, assim é com o governador do estado e se Deus quiser, e a elite não conseguiu prender o Lula. E que nós possamos fazer, mais uma vez, o Lula presidente dos pobres, presidente dos trabalhadores. Muito obrigado, que Deus abençoe a cada um de vocês. Eu recebi um roteiro, mas eu vou invertê-lo, posso?

Antes de prestar as homenagens, eu queria convidar para fazer o uso da palavra, Sr. Josemar Bernardes André, eu acho que ninguém o conhece aqui, dessa forma. Mas, eu queria convidar para usar aquele microfone, o Bacaninha, presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção, do Mobiliário e da Madeira, e da CUT de São Paulo.

 

O SR. JOSEMAR BERNARDES ANDRÉ - Boa noite a todos e todas, falar após esta fala do deputado é complicado, ? Mas, como já disse, inclusive na entrevista que eu dei à TV da Assembleia Legislativa, este aqui é um momento ímpar, um momento muito especial que acontece na nossa vida, da classe trabalhadora, no setor da construção da madeira. E, ainda que tenhamos que falar após o deputado, de imediato, temos que valorizar este momento.

Primeiro eu quero agradecer, este é o segundo ano do deputado, por ter apresentado e aprovado esse projeto; eu entendo que a classe trabalhadora do setor da construção e do mobiliário é sim a maior classe trabalhadora deste País, e é sem sombra de dúvidas, a categoria e classe trabalhadora mais importante. Por quê? Porque para que se exista algo na cidade, no estado e no País, primeiro tem que passar, como diz o deputado, pelas mãos dos trabalhadores da construção e do mobiliário.

Estamos aqui na Assembleia Legislativa do maior estado da Federação, e, aqui nós temos a presença da mão de obra dos trabalhadores da construção e da madeira, então, por isso eu vejo que a nossa categoria é sim a mais importante, no entanto, não é valorizada. Precisávamos que os patrões valorizassem um pouco mais esses trabalhadores, assim como os próprios governos e aí falando de governo federal. É uma categoria que, devido à característica dessa atividade, tem-se um alto índice de acidente de trabalho e a aposentadoria desse trabalhador do setor da construção é, majoritariamente, por problemas de acidente e por idade, devido à alta rotatividade.

E estamos passando por um momento complicado, uma recessão econômica proposital, e implementada a partir da última eleição presidencial quando o outro candidato, o adversário não aceitou a derrota e já naquele momento organizou toda aquela cambada que está lá em Brasília para implementar uma política recessiva no Brasil, qual seja, não aprovando nada que a nossa presidenta Dilma encaminhasse naquele Congresso.

E, isso resultou nesse caos que estamos hoje, um caos onde estamos com algo em torno de 14 milhões de trabalhadores desempregados. Não bastasse isso, esse governo golpista vem com uma missão também de retroceder os direitos dos trabalhadores, retirar o seu direito. Tivemos neste ano a aprovação do projeto de terceirização e da reforma trabalhista. E posto isso, eles dizem que vai nos equiparar aos países desenvolvidos.

Tem um problema: o capitalismo no Brasil não foi discutido, ele foi jogado aqui, e não tem regra alguma. Os trabalhadores do Brasil são um dos piores remunerados em nível de países desenvolvidos. Nós estamos nessa situação porque se têm aí um golpe em curso, cujo resultado é internacionalizar a nossa economia, vender tudo para o capital internacional, e desregulamentar o direito trabalhista. Por isso, tudo que foi dito inclusive pelo deputado, é importante para que nós, sindicalistas e trabalhadores, tenhamos essa visão e assim ano que vem, ano de eleições gerais, nós possamos eleger governadores, presidentes, deputados estaduais e federais e senadores.

E temos que denunciar este caos que está posto aqui, colocar para a sociedade que isso tudo posto é política que foi desenvolvida por esse governo golpista e quiçá tenhamos um Legislativo voltado às necessidades da classe trabalhadora. E colocar também a questão do País, porque se perpetuar ou se tivermos um novo governo nacional com essa mesma linha de raciocínio, nós vamos ter um país sem autonomia alguma. Porque quando você faz a privatização com o uso de capital internacional, inclusive das atividades essenciais do País você perde a autonomia, e esse é um risco muito grande.

Então, companheiros e companheiras, eu vou parar por aqui, mas, eu creio que é possível reverter isso aí. Nós temos que denunciar cada dia essa situação que está acontecendo no Brasil, e conversar com os nossos trabalhadores para que possamos reverter isso nas eleições de 2018. Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO T. FERREIRA - PT - Todo mundo achava que nós íamos demorar uma meia hora, porque o Bacaninha quando pega o microfone é difícil soltar, Cordeiro. O último evento que fizemos no ano passado, ele fez um discurso rápido de 45 minutos, hoje até que foi rápido, e no passado ainda tinha um coquetel, e aí todo mundo queria comer e ele falando.

Nesse, nós não fizemos coquetel porque acharam que o Bacaninha ia falar 45 minutos e ele falou cinco. Mas, eu queria agradecer e te cumprimentar, quero passar agora nesta oportunidade a palavra para o presidente da Confederação Nacional dos Empregados nas Indústrias da Construção, Admilson Lucio Oliveira.

 

O SR. ADMILSON LUCIO OLIVEIRA - Boa noite a todos e a todas, eu gostaria de pedir uma salva de palmas para nós que, em plena sexta-feira, nove horas da noite, estamos aqui recebendo a homenagem do meu amigo e companheiro, deputado Luiz Fernando. O que é engraçado, já que recebemos a homenagem de um deputado estadual que é empresário, essa é a parte boa da coisa, é sinal de que temos um empresário que se preocupa com os trabalhadores.

O meu companheiro Bacaninha, da nossa federação da CUT de São Paulo, na qual eu faço parte, vereador Cordeiro e presidente do sindicato de Salto, grande amigo e companheiro, a vocês. Gente, nós estamos aqui recebendo uma homenagem de uma categoria, que, como todos já disseram, é responsável pelo crescimento do País e do mundo. Somos nós trabalhadores que construímos a cadeia para os nossos filhos serem presos.

Mas por que só os filhos dos filhos trabalhadores? Porque nós estamos vendo algumas coisas acontecendo em nosso País que, muitas das vezes, as pessoas entram pela porta da frente da cadeia e saem pela dos fundos. E muitas das vezes um pai de família que vai ali e pega uma cesta básica para matar a fome do seu filho em casa, porque foi obrigado a fazer isso, fica oito, nove, dez anos na cadeia.

Então, assim é um País que está complicado conviver, mas nós temos uma responsabilidade muito grande enquanto trabalhadores, nós temos uma responsabilidade enquanto sindicato. Nós tivemos, como o companheiro Bacaninha disse, uns 12 anos do PT em nosso País, e foi uma das categorias que mais cresceu. Nós tivemos em nossa categoria trabalhadores pedreiros, serventes, tivemos pedreiros que ganhavam seis, sete mil reais por mês.

A indústria brasileira da construção civil estava expandindo em nosso País, para nós deixou de ser uma indústria nacional e passamos a ser uma indústria internacional. E uma das indústrias que mais sofreu com a Lava-Jato e com outras coisas, que para mim, tem que existir e continuar fiscalizando e prendendo quem roubou. Mas, nós não podemos destruir com a nossa indústria brasileira, que é a da construção. E uma das indústrias que está desaparecendo no mercado, nós temos grandes empresas que hoje já não tocam mais obra em nosso País.

Nós temos grandes aeroportos que estão sendo vendidos, ou seja, nós tivemos uma política agora de acabar com tudo que foi construído durante anos e anos. E quem mais sofreu com tudo isso fomos nós, os trabalhadores da construção civil. A que mais sofreu, foi a categoria que mais cresceu durante os últimos anos e é a categoria que mais está sofrendo, com mais desempregados, é a nossa categoria.

Então hoje não podemos comemorar muita coisa, mas podemos sonhar com um futuro melhor para o nosso País. Isso nós temos condições, através de deputados que pensam igual a V. Exa. que pensou em homenagear o Dia do Trabalhador do Setor da Construção Civil. É esse espaço que hoje nós estamos, mas, só passamos por aqui quando construímos. Foi o convite do deputado que deixou que cada um desses trabalhadores sentasse neste local, que é privilegiado e que só os deputados sentam.

Então, essa é a nossa categoria, que construiu Brasília, de onde saem projetos que prejudicam a classe trabalhadora. É a categoria que constrói faculdades, mas o filho do pobre não pode participar da faculdade, porque nós temos o inverso do nosso País, nós temos a faculdade pública que é para os filhos dos ricos, e temos a faculdade privada que é para os filhos dos pobres. Então, coitado do filho do pobre, ele fica na escola pública até terminar o seu segundo grau, e após terminar o segundo grau ele não tem o mínimo direito de participar de uma faculdade que é pública.

Ele tem que procurar uma faculdade que é particular, e aí não somos nós trabalhadores do setor da construção imobiliária que vamos ter condições de pagar uma faculdade para nossos filhos. Não somos nós. E, gente, nós temos muito que fazer pelo nosso País, e a primeira coisa que nós trabalhadores da construção temos que fazer, é entender a importância da nossa profissão, da nossa mão de obra para o nosso País. Às vezes eu brinco nos debates que fazemos que muitas vezes nós temos um metalúrgico, uma montadora que produz o carro, todo mundo fica sem carro neste País e aí você anda de ônibus, dá um jeito.

Agora, nós temos uma classe trabalhadora e o cara que produz o carro, o trabalhador que produz o carro, tem certo valor em sua empresa, ele tem um salário bom, tem condições de vida melhores, mas, temos uma categoria que país e mundo nenhum vive sem ela, que é a mão de obra da construção civil. Você quer andar em asfalto? Passa por nossas mãos. Se quiser morar bem, passa pela mão do trabalhador; se quer votar projetos de lei nesta Casa, primeiros nós passamos e depois os deputados entram nesta Casa. Sequer veio para Brasília, e passou em nossas mãos, ou seja, tudo que acontece neste País passa na mão dos trabalhadores, passa em nossa mão para depois ir para qualquer outro lugar.

Então, é por isso que precisamos dar o valor necessário e imaginar o quanto esta categoria, o quanto nós trabalhadores somos importantes para este País, e é através da valorização da nossa profissão, dar um pouquinho mais de valor a nossa mão de obra, que teremos um País melhor e talvez teremos a categoria com melhores salários, com melhores condições de vida e é assim que eu penso que tem que ser o nosso País e o nosso mundo. Obrigado, deputado, obrigado a vocês, uma boa noite.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO T. FERREIRA - PT - Eu queria fazer um convite diferente agora, nós temos um dirigente sindical de uma outra categoria. É muito difícil o trabalhador discutir política, ouvir política, ouvir a conjuntura, nós trabalhamos o dia todo, um trabalho difícil e suado, vamos dormir e, no dia seguinte, trabalhar novamente.

Então, eu acho que são poucos os momentos que temos para debater política e quero trazer sob a visão de outra categoria, inclusive para prestar esta homenagem, eu quero convidar para falar conosco o secretário de Relações Internacionais da Confederação Nacional do Ramo Químico, da CUT, o meu irmãozinho, Hélio Rodrigues.

 

O SR. HÉLIO RODRIGUES DE ANDRADE - Boa noite, companheiros e companheiras. Saúdo os dirigentes da Mesa, nosso deputado estadual Luiz Fernando. Meu nome é Hélio Rodrigues, estou dirigente do Sindicato dos Químicos e secretário de Relações Internacionais da CNT CUT. E quero parabenizar todos os trabalhadores e trabalhadoras da construção civil. Eu também concordo com a fala do nosso companheiro de que o trabalhador da construção civil é importantíssimo. Quero estender esta homenagem ao meu pai que foi pedreiro a vida inteira, não distante, eu também sou formado em pedreiro pelo Senai.

Eu conheço a área, eu sou técnico em edificações também, e é sem dúvida uma das áreas mais importantes, e uma das áreas que mais sofre com governos que não têm interesse no crescimento do País, que é esse governo golpista que está aí e os governos que antecederam o presidente Lula. Nenhum deles investiram na construção civil que é um segmento importantíssimo que tem empregado milhares de trabalhadores e trabalhadoras. Eu migrei do Vale do Jequitinhonha com a minha família e meu pai veio aqui para trabalhar e o lugar que ele conseguiu trabalhar como semianalfabeto, foi na construção civil, começou como servente e depois se tornou pedreiro, um meia colher, foi “meia boca” como chamamos na construção, mas foi através da construção civil que meu pai criou cinco filhos na periferia de São Paulo, e eu sou um deles, que chegou até a universidade pública.

E eu devo isso a cada um de vocês que trabalham na construção civil e que foi onde meu pai tirou o sustento para criar os cinco filhos com muita dignidade e que hoje, falei com ele, está no Vale do Jequitinhonha passeando com 86 anos. E os trabalhadores da construção civil têm uma importância muito grande, dia 28 de abril é o Dia Internacional de Luta das Vítimas Fatais de Locais de Trabalho.

E, infelizmente, a construção civil é um segmento que mais colabora para que trabalhadores percam suas vidas no local de trabalho, porque nós sabemos a dificuldade que é trabalhar na construção civil. Quando você está em grandes alturas, em grandes processos de concretagem, o que acontece com os trabalhadores da construção civil?

Então, esta homenagem é justa, o deputado também prestou uma grande homenagem aos trabalhadores do ramo químico, mas eu venho aqui falar dos trabalhadores da construção civil, porque eu também tenho um pedacinho meu lá com os companheiros, é um pezinho lá com eles.

Parabenizo vocês hoje, nós temos que continuar na luta, parabenizo a militância da construção civil, e os nossos dirigentes, temos uma tarefa monstro de combater essa, que não é uma reforma, que foi a retirada de todos os direitos dos trabalhadores. Imagina só um trabalhador da construção civil agora ter direito a meia hora de refeição, ou como um dos dirigentes do sindicato patronal falou, ele pode comer com a mão e com a outra ele vai rebocando ou chapiscando, ou qualquer coisa que o valha. Então, é uma desumanização que fizeram no Brasil com a retirada de todos os direitos dos trabalhadores, e nós temos que não perder esse brilho da luta dos companheiros e companheiras da construção civil, que é continuar lutando para que essa reforma seja revogada.

Não tem outra opção, no ano que vem nós podemos eleger 513 deputados federais em nível de Brasil, 70 aqui em São Paulo, nós temos que eleger deputados comprometidos com os trabalhadores e que revogue essa lei, porque ela só traz prejuízo para os trabalhadores, e não tem nenhum benefício, nenhum! Aprovaram uma terceirização e, em seguida, uma retirada de todos os direitos dos trabalhadores, então, temos que estar unindo todas as categorias, e a categoria da construção civil é importantíssima. Porque nós já fizemos vários embates com os companheiros, várias lutas juntos, nós temos que continuar e reeleger deputados estaduais que tenham um compromisso com os trabalhadores, este momento é divisor de águas para nós.

Quem está do lado dos trabalhadores está aí colocado e quem não está, está contra. Deputado Luiz Fernando, o Partido dos Trabalhadores, o qual você representa como deputado, muito me orgulha de estar filiado há mais de 30 anos, e foi emplacado em votar contra essa reforma.

E eu sei que o deputado aqui lançou uma Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores, então, nós temos que estar nas trincheiras lutando, porque o que fizeram esse ano contra nós é inadmissível, e não tem vacilação mais, quem vem aqui deve defender deputados da direita no seio da classe trabalhadora, tem que no mínimo tomar um pau. Tem que tomar uma surra.

E, para finalizar, deputado, companheiros e companheiras, parabéns pela iniciativa, esses trabalhadores da construção civil estão massacrados, mas estão orgulhosos porque são eles que fazem as nossas casas, foi o meu pai que fez a minha casa, muito nos orgulha esta homenagem que agora o deputado presta para essa categoria tão importante. Um forte abraço e parabéns a cada um dos homenageados e cada um dos que veio aqui nesta sexta-feira prestar homenagem aos companheiros e companheiras. Boa sorte e vamos à luta.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO T. FERREIRA - PT - Gente, quando não tem quem me represente, eu vou lá e eu mesmo me represento. E tem sido assim que a classe trabalhadora tem feito no Brasil nos últimos anos. Nós chegamos a Presidência da República e fizemos um governo, se vocês perguntarem se foi perfeito? Não existe! Perfeito é Deus, mas, apesar de erros que cometemos, foi o governo que olhou para a classe trabalhadora.

Foi o governo do Partido dos Trabalhadores e seus aliados da época, que olhou de fato e realizou. Fizemos o maior projeto habitacional do mundo no “Minha Casa, Minha Vida”, foi um momento em que mais se construiu UBS, UPAs, que mais se construiu hospitais na área da Saúde, foi o governo, pasme, do trabalhador, de um semianalfabeto que mais construiu universidades em nosso País. Foi um governo que permitiu que o filho do trabalhador pudesse chegar à faculdade. E eu estou fazendo essa leitura e eu paro por aqui, além de tudo, mais do que nós sabemos, porque o trabalhador começou a entrar na política e começou a fazer a diferença.

E, nós temos aqui hoje um exemplo de alguém que era e que é da categoria e que se elegeu vereador na cidade de Salto, por duas vezes, é o companheiro Antônio Cordeiro dos Santos, que é presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário de Salto. É vereador e eu queria convidá-lo, dizem que nós deixamos o cara mais importante por último, então, eu queria convidar o Cordeirinho para trazer a sua mensagem, e é um de nós, um de vocês na política. Cordeiro faça o favor, querido. E segundo ele, é um dos parlamentares mais elegantes que São Paulo tem.

 

O SR. ANTÔNIO CORDEIRO DOS SANTOS - Primeiramente, fora Temer e Lula 2018. Quero cumprimentar o meu amigo, e deputado Luiz Fernando, o Admilson e o Josemar. Agradeço esta oportunidade, esta linda homenagem ao trabalhador da construção civil e, em nome da nossa companheira Cida, cumprimentar a todas as mulheres do plenário.

Em nome do meu companheiro de sindicato, Taleu, cumprimento o resto dos sindicalistas aqui presentes. O Josemar falou que era difícil falar depois do deputado, mas, depois das falas dos companheiros, falando da importância da construção civil, eu vejo as reformas que foram feitas e não trouxeram benefício algum para nenhum trabalhador sequer, de nenhuma categoria. E vemos aí nos andares a discussão da reforma da Previdência, que também hoje o trabalhador da construção civil raramente se aposenta por tempo de serviço. Com essa reforma que está se desenhando, uma reforma que não é discutida com os trabalhadores, com os representantes, provavelmente trabalhador nenhum da construção civil vai se aposentar a não ser por invalidez, então, é uma triste realidade deste nosso País.

O trabalho social que o deputado falou, que tínhamos lá em Salto é o nosso projeto que é uma extensão de São Bernardo, Projeto Tigrinho, do qual tínhamos uma parceria, deputado, na cidade de Salto também. Outro projeto social, e, com os dois projetos juntos, nós abrangíamos em torno de 600 crianças, e só o Tigrinho eram 170, mas também tinha a ajuda do Projeto Tigrinho que estendia para outros núcleos, todos foram acabados, e formaram um outro projeto lá que não traz e não tem a essência do projeto nosso, que era um projeto social em que não importava se a criança joga futebol, se ela é gordinha, se ela sabe jogar ou não sabe, o nosso projeto social era pra educação da criança.

E, hoje temos um projeto totalmente diferente de um governo que comunga com o Governo do Estado, que comunga com o governo federal, e não pensa no pobre, não pensa no trabalhador. Nós sindicalistas temos uma tarefa de levar, isso fizemos e fizemos muito bem, mas eu acho que neste momento que nós estamos vivendo em nosso País, e o trabalhador, - eu percebo isso quando estou na porta das empresas -, começa a perceber que de fato foi um golpe a retirada da presidenta Dilma. Começo a perceber quando levamos essa mensagem, porque nós é que temos que fazer isso, através dos nossos jornais, através das nossas assembleias, levar para o trabalhador o tamanho do prejuízo que ele terá daqui para a frente.

Eu tenho esperança, tenho fé em Deus que no ano que vem vamos eleger uma grande bancada de deputados federais, estaduais e essa reforma tem que ser revogada. A nossa tarefa na porta das empresas, em nossos jornais com o trabalhador é dizer para eles que não basta eleger o presidente Lula ou quem quer que esteja lá representando os trabalhadores, temos que eleger também os legisladores, aqueles que vão fazer as leis para que cumpramos depois.

E eu não tenho dúvida de que o movimento sindical é forte, que o movimento sindical quando ele é chacoalhado, como está sendo agora com essa reforma vai reagir e nós vamos, com certeza, para a rua, para a porta das empresas e vamos dar a volta por cima, se Deus quiser. Mais uma vez deputado, parabéns, obrigado, por esta linda homenagem ao trabalhador da construção civil, e viva o trabalhador da construção civil. Um abraço.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO T. FERREIRA - PT - Bom, neste momento, nós prestaremos estas homenagens aos trabalhadores da construção civil e da indústria moveleira no estado de São Paulo através da entrega de um diploma e eu solicito na medida que o Cerimonial chamar, que possam se aproximar e assim, como é que vocês escolhem esses trabalhadores?

Isso, na verdade, alguns dirigentes se reúnem, são poucos os homenageados e a ideia é que a cada ano nós possamos renovar estas homenagens. E como a Cida falou: “Eu quero ganhar três anos seguidos”. Não dá, Cida. Mas, a ideia é que possamos homenagear todos aqueles que lutam, seja na base, na luta sindical em prol da categoria.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LAINE AMORIM - Josemar Bernardes André, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção e do Mobiliário de Mogi das Cruzes e presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção do Mobiliário e da Madeira.

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LAINE AMORIM - Admilson Lucio Oliveira, presidente da Confederação Nacional dos Empregados nas Indústrias da Construção e presidente do Sintracon de São Bernardo e Diadema.

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LAINE AMORIM - Vereador Antônio Cordeiro dos Santos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário de Salto.

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LAINE AMORIM - Edna de Almeida Santos, suplente da Secretaria das Mulheres e da Diretoria da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção do Mobiliário e da Madeira.

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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           A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LAINE AMORIM - Neusa Soares da Silva Nogueira, membro do Conselho Fiscal no Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Guarulhos e do Arujá.

 

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LAINE AMORIM - Ademir Galvão, assessor sindical do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Salto.

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LAINE AMORIM - Adonildo Camara da Rocha, diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Mogi das Cruzes, ocupando o cargo de suplente do Conselho de Representantes.

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LAINE AMORIM - Antônio José Jesus Silva, diretor de Imprensa e Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de São Bernardo do Campo e Diadema.

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LAINE AMORIM - Daniel Salve dos Santos, aposentado e membro do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção, Montagem e do Mobiliário de Campinas e Região.

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LAINE AMORIM - Francisco Aparecido da Silva, responsável pela Secretaria de Segurança do Trabalho do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção, Montagem e do Mobiliário de Campinas e Região.

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LAINE AMORIM - Geovã Evangelista Brito, secretário-geral e administrativo do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. 

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LAINE AMORIM - José Almir de Azevedo Peixoto, trabalhador associado do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústria da Construção e do Mobiliário de Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LAINE AMORIM - Mauro Lopes Coelho, diretor social do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LAINE AMORIM - Nonito Crispim Gomes, membro do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Guarulhos e Arujá.

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LAINE AMORIM - Paulo Martins, diretor responsável pela Secretaria de Sindicalização e Organização de Base do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção, Montagem e Mobiliário de Campinas e região.

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LAINE AMORIM - Paulo Vicente de Oliveira, diretor do Conselho Fiscal, do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e Mobiliário de Salto.  

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LAINE AMORIM - Roberto de Oliveira Calado, diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e Mobiliário de Mogi das Cruzes, ocupando o cargo de secretário de Imprensa e Comunicação.

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LAINE AMORIM - Voneide de Oliveira Santos, diretor da Secretaria de Formação Política e Socioeconômica do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e Mobiliário de São Bernardo do Campo e Diadema.

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO T. FERREIRA - PT - Por que ele foi o mais festejado? Bom, gente, para finalizar este evento, muito foi dito e eu queria chamar a atenção de cada um de vocês, de cada uma de vocês para aquilo que tratamos aqui hoje, o momento em que passamos no nosso País e que pretendem, o que vem encaminhando por aí, nós só temos um único jeito: quando eu era menino eu via os mais velhos dizerem que a única arma que o trabalhador tem é o seu voto, e essa é a única arma que temos.

Quem é que está fazendo esse desmonte dos direitos dos trabalhadores? Quem está fazendo são os deputados federais, e então precisamos votar em deputados federais comprometidos conosco. Quem é que parou todos os projetos sociais? Todos aqueles programas que iniciamos e implantamos, que cuidavam do nosso povo, quando falamos do “Minha Casa, Minha Vida”, e nós falávamos que foi a oportunidade que o trabalhador teve para ter a sua casinha.

E na indústria da construção civil e moveleira, foi o momento em que mais se teve emprego. Nós vivemos um momento de pleno emprego, havia empregos para todo mundo, você precisava de um pedreiro e não tinha, você precisava de um moveleiro e não tinha. E os salários se valorizaram a partir daí, mas acabaram com tudo, acabaram com o “Minha Casa, Minha Vida”. Agora, você sabe para quem tem financiamento? Para os mais ricos, casas acima de 700, 800 mil reais, e a casa para o trabalhador? Esses não precisam de casa, esses já têm casa. Quem precisa de casa é o nosso trabalhador.

Acabaram com o “Brasil sem Fronteiras”, e o que ele era? Era dar oportunidade para o filho do trabalhador viver uma experiência de educação fora do Brasil. Acabaram com o “Brasil Sorridente”, e o que ele era? Era o governo devolvendo ao cidadão a oportunidade de sorrir de novo, com implantes, com dentaduras, para deixar o nosso trabalhador com mais orgulho e podendo sorrir sem ter que pôr a mão na frente. Acabaram com o ProUni e com o Fies. O que é isso? Eram financiamentos para que o filho do trabalhador pudesse fazer faculdade, pagar a universidade, que foi dito aqui, privada.

Porque a escola pública é para o rico e o filho do trabalhador não consegue entrar naquela escola pública, na USP, na Unicamp, em uma federal, como disse o Admilson, e o nosso governo, o governo do trabalhador, o que ele fez? Ele inventou um financiamento para o filho do trabalhador ir à universidade, só que incomodou muito a elite ao ver que o filho do servente de pedreiros estava virando doutor. Que o filho da dona Maria, muito rica, tinha que dividir o banco da escola, da faculdade com o filho da empregada dela.

Isso a elite nossa não aceita, e eles começaram a desmontar, mas, desmontaram também o “Luz para Todos”, e o que é? É o nosso governo levando luz para quem não tem. Nós levamos e tínhamos e todos nós assistíamos a história do flagelado da seca, vocês se lembram disso? O povo passando fome no Nordeste brasileiro, nós fizemos aquele Nordeste muito melhor, levamos água para quem não tinha, e nós levamos esperança, hoje, o nordestino está voltando de São Paulo para o Nordeste.

Acabaram com isso, agora, quem é que acabou? Foram os políticos e é importante conversarmos sabe com quem? Com o nosso vizinho, irmão ou irmã, com o nosso pai, com o nosso filho. Porque só através de conscientizarmos os nossos irmãozinhos, seja ele na igreja, no bar, de que: ou nós vamos votar naqueles que nos defendem, ou eles vão continuar elegendo mais deputados que queiram tirar mais dez reais. E que vão aplaudir o presidente, dizendo: “Pode roubar o quanto for, pode tirar dinheiro do salário do trabalhador, mas dê para nós não deixarmos o senhor ser investigado”.

É isso que tem acontecido em nosso País, e eu posso dizer uma coisa: nenhum político chega a Brasília, chega a Assembleia Legislativa, chega ao Governo do Estado, chega a Presidência da República, chega ao Senado, porque o Espírito Santo os coloca lá. Quem os coloca lá são os mais humildes, porque rico no Brasil temos meia dúzia, a grande parcela da nossa população é de gente humilde e trabalhadora.

E nós somos a maior força eleitoral, mas, nós estamos deixando muitos dos nossos votarem nos deles, e o que eles estão fazendo? Tirando direitos nossos, então, eu queria finalizar este evento chamando a cada um de vocês a consciência. O PT errou? O PT cometeu erros sim, nós vemos padres cometendo erros e você não pode condenar a igreja porque os padres cometeram erros. Nós vemos pastores cometendo erros, você não pode condenar a igreja porque pastores cometeram erros. O pastor, o padre é errado, aquele político que cometeu erro, esse cara tem que pagar caro, em especial se é um político que defende a classe trabalhadora.

O que nós não temos direito de errar, quem defende os mais humildes não pode errar, não tem esse direito. E eu quero dizer a cada um de vocês, nós erramos, muitos de nós, mas nunca foi feito tanto para a classe trabalhadora, para os mais humildes como o nosso governo fez.

E eu quero dizer a vocês, se você e eu temos dito uma coisa que é importante, se você acorda de manhã e ouve: “O João é ladrão”. Você muda de canal. Você ouve o rádio: “João é ladrão”. Você chega à noite e no “Jornal Nacional” aparece que o “João é ladrão”. Em um domingo você vai à missa e o padre: “João é ladrão”. Você vai ao culto e o pastor diz: “João é ladrão”. Aquele que tem religião de origem africana vai a seu culto e o cara fala: “João é ladrão”. Você conhece o João, Mauro? O Mauro não conhece. Mas, o que o João é? Ladrão. É isso que a elite tem dito do Partido dos Trabalhadores.

Nós não estamos sendo condenados pelos nossos erros, estamos sendo condenados pelos nossos acertos, porque fizemos um Brasil que era para meia dúzia ser para mais gente, e não atingimos todos não. Você não conserta 500 anos de discriminação contra a mulher, contra o negro, não tinha sequer liberdade religiosa em nosso País, você não conserta 500 anos de escravidão com 12 anos de governo. E fomos tirados à força. Se perguntarem: “A Presidente fazia o melhor governo?” Podemos discutir, eu também acho que vinha cometendo alguns erros.

Mas ela tinha sido eleita legitimamente, e ela saiu porque disseram que ela pedalou, não é isso? Tiraram a Dilma porque ela pedalou, é isso? E o Temer que está roubando, foi comprovado que correu mala para cá e mala para lá, comprando deputados para não aceitarem a investigação sobre ele. Esse está lá. Não tiraram a Dilma porque ela pedalou, tiraram a Dilma porque ela simbolizava vocês em Brasília.

É esse o nosso problema, não fomos condenados porque o nosso companheiro fez A ou B; os deles, o Aécio está demonstrado, foi provado. E aí tem trabalhador que aplaude o juiz Moro, o juiz que a direita pode roubar no Brasil. Você pode fazer o que for, se você for do PSDB você não vai para a cadeia. Em contrapartida, querem prender o Lula, por que querem prender o Lula? Porque se o Lula for candidato ele será o próximo presidente da República. E não é porque o deputado Luiz Fernando gostaria, é porque em todas as pesquisas se mostra que o povo brasileiro quer o Lula na Presidência da República.

Então, eu finalizo dizendo para vocês o seguinte: Gente, isso não está na minha mão, está na mão de cada de nós aqui dentro. Está na mão de cada um daqueles que não vieram aqui, mas, tem consciência política.

Nós precisamos mostrar para o nosso irmão que o que a “Globo” fala é contra a classe trabalhadora, assim como a “Record”, a “Bandeirantes”, a “Folha”, o “Estadão”, e a “Veja”. Trabalhador tem dinheiro para televisão? Algum de vocês é dono de uma rede de televisão? De quem é a televisão? São dos grandes anunciantes, e quem paga a banda, escolhe a música não é isso? Eles pagam a imprensa e, portanto, ela fala o que eles querem.

E eu queria dizer para vocês, gente, que temos que nos dar as mãos, temos que sair às ruas, porque eu vejo duas jovens, eu vejo mais uma jovem aqui, precisamos garantir o futuro dessas jovens.

Nós vimos essa netinha que veio ver o avô ser homenageado, o netinho ali do lado, precisamos garantir o futuro deles e nós temos a responsabilidade disso, porque somos líderes e temos consciência do que está acontecendo. Precisamos sair e convencer a cada eleitor, cada eleitora de votar em gente que nos defende.

Muito obrigado, que Deus abençoe a todas as trabalhadoras, todos os trabalhadores da construção civil e da indústria mobiliária. Um grande beijo.

Calma, gente, ainda não acabou. Só porque o Admilson e o Bacaninha levantaram, não acaba não, eles são importantes, porém eu quero agradecer em teu nome Susana, Luzia, a todos os membros da minha equipe.

 Esgotado o objeto da presente sessão, esta Presidência agradece às autoridades, à Mesa, à minha equipe, aos funcionários dos serviços de Som, da Taquigrafia, de Atas, do Cerimonial, da Imprensa, à TV Legislativa, às assessorias das Polícias Civil e Militar, bem como a todos que, com suas presenças, colaboraram para o êxito desta solenidade.

            Está encerrada a sessão.

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- Encerra-se a sessão às 21 horas e 59 minutos.

 

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