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19 DE SETEMBRO DE 2017

133ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: CORONEL TELHADA, DOUTOR ULYSSES, CAUÊ MACRIS e MÁRCIO CAMARGO

 

Secretários: CORONEL CAMILO, DOUTOR ULYSSES, GILMACI SANTOS, WELLINGTON MOURA e CEZINHA DE MADUREIRA

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência e abre a sessão. Saúda a presença dos alunos do curso de Direito da Universidade São Judas Tadeu, do Campus Butantã, acompanhados pelo Sr. Flavio William Bispo de Souza e pela professora Renata Camilo, a convite do deputado Fernando Capez.

 

2 - VITOR SAPIENZA

Critica as escolhas do governador Alckmin para o cargo de titular da Secretaria da Fazenda. Considera que a administração financeira do Estado tem sido medíocre.

 

3 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Convoca sessão solene a ser realizada em 23/10, às 10 horas, para "Homenagem ao Aviador do Grupamento de Radiopatrulha Aérea da Polícia Militar do Estado de São Paulo - GRPAE - Águia", por requerimento do deputado Coronel Camilo.

 

4 - LECI BRANDÃO

Discorre sobre liminar deferida pela Justiça Federal que libera o tratamento da homossexualidade, a ser realizado por profissionais de psicologia. Critica a medida, afirmando que o juiz que a determinou desconhece os preceitos da Organização Mundial de Saúde em relação ao tema. Trata o assunto como fruto de preconceito e desrespeito aos direitos humanos.

 

5 - DOUTOR ULYSSES

Assume a Presidência.

 

6 - FERNANDO CAPEZ

Para comunicação, pede salva de palmas à presença dos alunos do curso de Direito da Universidade São Judas Tadeu.

 

7 - PRESIDENTE DOUTOR ULYSSES

Convoca sessão solene a ser realizada em 30/10, às 19 horas e 30 minutos, para "Comemoração dos 500 anos da Reforma Protestante", por requerimento do deputado Carlos Bezerra.

 

8 - CORONEL CAMILO

Comenta ocupação, liderada pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) em terreno em São Bernardo do Campo. Trata o ocorrido como invasão de propriedade privada planejada pelo ativista político e social, o professor Guilherme Boulos. Critica a ação, considerando-a crime.

 

9 - CORONEL TELHADA

Relata participação em evento para Outorga de medalhas do Núcleo MMDC, em Atibaia, em homenagem a policiais militares, civis e guardas que trabalham naquela cidade. Lamenta morte acidental do cabo PM Marcelo Machado. Considera que a imprensa e parte da sociedade não prestam atenção aos óbitos de policiais. Pede ao governador revalorização salarial da categoria.

 

10 - CORONEL TELHADA

Solicita suspensão dos trabalhos até as 16 horas e 30 minutos.

 

11 - PRESIDENTE DOUTOR ULYSSES

Anota o pedido.

 

12 - ORLANDO BOLÇONE

Explica o trabalho das comissões temáticas da Casa. Discorre sobre decreto que regulamenta, em nível estadual, a Lei Federal nº 10.973, de 2004, que dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo.

 

13 - PRESIDENTE DOUTOR ULYSSES

Convoca reuniões conjuntas: das Comissões de Constituição, Justiça e Redação e de Transportes e Comunicações, a realizar-se hoje, às 16 horas, para exarar parecer sobre o PL 268/16, o PL 670/16 e o PL 866/16; das Comissões de Constituição, Justiça e Redação e de Educação e Cultura, a realizar-se hoje, um minuto após o término da reunião anterior, para exarar parecer sobre o PL 380/16. Defere o pedido do deputado Coronel Telhada e suspende a sessão, às 15h11min, reabrindo-a às 16h41min. Convoca as seguintes reuniões conjuntas: das Comissões de Constituição, Justiça e Redação e de Transportes e Comunicações, a realizar-se hoje, às 16 horas e 40 minutos; e das Comissões de Constituição, Justiça e Redação e de Educação e Cultura, a ter início um minuto após o término do primeiro congresso.

 

14 - VITOR SAPIENZA

Para comunicação, informa que ingressara com mandado de segurança contra o presidente desta Casa, por considerar que seus direitos como parlamentar estão sendo cerceados.

 

15 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Assume a Presidência. Responde ao deputado Vitor Sapienza que não deve criar cargos de comissão, nesta Casa.

 

16 - CAMPOS MACHADO

Solicita a suspensão da sessão por cinco minutos, por acordo de lideranças.

 

17 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Defere o pedido e suspende a sessão às 16h47min, reabrindo-a às 16h51min.

 

18 - ALENCAR SANTANA BRAGA

Pelo art. 82, comenta pesquisa que aponta Luiz Inácio Lula da Silva na liderança na disputa das eleições para Presidência da República em 2018. Tece críticas à gestão do presidente Michel Temer. Tece considerações sobre a posse de Raquel Dodge como procuradora-geral da República. Questiona se a recém-empossada será imparcial nas investigações que envolvem o governador Geraldo Alckmin.

 

19 - RAUL MARCELO

Pelo art. 82, comemora que a administração da Santa Casa de Sorocaba tenha retornado à Igreja Católica. Discorre sobre os problemas de corrupção e dívidas deixados pela antiga administração do hospital. Menciona que pretende elaborar projeto de lei para a criação de estrutura para o atendimento de pacientes com câncer na referida Santa Casa.

 

20 - LUIZ CARLOS GONDIM

Pelo art. 82, defende a união dos poderes municipal, estadual e federal para a criação de nova maternidade na Santa Casa de Mogi das Cruzes. Destaca a importância da construção de heliponto e unidade de pronto-atendimento para o socorro de vítimas de acidentes na região de Mogi das Cruzes.

 

21 - CAMPOS MACHADO

Pelo art. 82, rebate críticas do deputado Alencar Santana Braga em relação ao governador Geraldo Alckmin. Tece elogios à gestão estadual, porém, considera que há margem financeira para a aprovação da PEC 5, que altera o teto salarial dos servidores do estado de São Paulo, e que está sendo rejeitada pelo governo estadual.

 

22 - TEONILIO BARBA

Pelo art. 82, manifesta apoio aos fiscais de renda da Secretaria de Estado da Fazenda presentes em plenário. Declara-se solidário ao movimento MTST, que ocupa terreno em São Bernardo do Campo. Acrescenta que a área ocupada não tem função social atualmente. Tece críticas ao governo estadual em relação às políticas habitacionais para população de baixa renda.

 

ORDEM DO DIA

23 - CAMPOS MACHADO

Para Questão de Ordem, pergunta se o requerimento de inversão da Ordem do Dia pode ser feito verbalmente.

 

24 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Informa que o referido pedido deve se dar por escrito. Coloca em votação separada, por bancada, e declara aprovados os nomes dos seguintes parlamentares, para integrar o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, para um mandato de dois anos: PSDB - efetivos: Maria Lúcia Amary e Carlão Pignatari; suplentes: Vaz de Lima e Marcos Zerbini; PT - efetivo: João Paulo Rillo; suplente: Teonilio Barba; DEM - efetivo: André Soares, suplente: Aldo Demarchi; PSB - efetivo: Ed Thomas, suplente: Caio França; PV - efetivo: Afonso Lobato; suplente: Reinaldo Alguz; PSD - efetivo: Coronel Camilo; suplente: Marta Costa; PPS - efetivo: Davi Zaia; suplente: Fernando Cury; PTB - efetivo: Campos Machado; suplente: Roque Barbiere. Coloca em votação requerimento, do deputado Barros Munhoz, de alteração da Ordem do Dia.

 

25 - CAMPOS MACHADO

Encaminha a votação do requerimento em tela, em nome do PTB.

 

26 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Endossa o posicionamento do deputado Campos Machado e manifesta-se contrário à legalização das drogas.

 

27 - BARROS MUNHOZ

Para comunicação, considera que o problema das drogas seria pior se houvesse legalização. Dá exemplo da redução do fumo após sua proibição em ambientes fechados.

 

28 - WELLINGTON MOURA

Requer verificação de presença.

 

29 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Defere o pedido. Determina que seja feita a chamada de verificação de presença, interrompida com a constatação de quórum. Coloca em votação e declara aprovado o requerimento de alteração da Ordem do Dia.

 

30 - CAMPOS MACHADO

Requer verificação de votação.

 

31 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Defere o pedido. Determina que seja feita a verificação de votação, pelo sistema eletrônico.

 

32 - TEONILIO BARBA

Informa que a bancada do PT está em obstrução ao processo.

 

33 - CARLOS GIANNAZI

Informa que a bancada do PSOL está em obstrução ao processo.

 

34 - WELLINGTON MOURA

Informa que a bancada do PRB está em obstrução ao processo.

 

35 - JORGE CARUSO

Informa que a bancada do PMDB está em obstrução ao processo.

 

36 - FELICIANO FILHO

Informa que a bancada do PSC está em obstrução ao processo.

 

37 - ROGÉRIO NOGUEIRA

Informa que a bancada do DEM está em obstrução ao processo.

 

38 - EDSON GIRIBONI

Informa que a bancada do PV está em obstrução ao processo.

 

39 - CORONEL CAMILO

Informa que a bancada do PSD está em obstrução ao processo.

 

40 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Registra as manifestações. Anuncia o resultado da verificação de votação, que confirma a aprovação da alteração da Ordem do Dia. Coloca em discussão o PLC 10/17.

 

41 - WELLINGTON MOURA

Discute o PLC 10/17.

 

42 - MÁRCIO CAMARGO

Assume a Presidência.

 

43 - CAMPOS MACHADO

Discute o PLC 10/17 (aparteado pelo deputado Cezinha de Madureira).

 

44 - WELLINGTON MOURA

Requer verificação de presença.

 

45 - PRESIDENTE MÁRCIO CAMARGO

Defere o pedido. Determina que seja feita a chamada de verificação de presença, interrompida com a constatação de quórum.

 

46 - CARLÃO PIGNATARI

Para comunicação, rebate críticas feitas pelo deputado Campos Machado ao prefeito João Doria.

 

47 - BARROS MUNHOZ

Solicita a prorrogação da sessão por 2 horas e 30 minutos.

 

48 - PRESIDENTE MÁRCIO CAMARGO

Coloca em votação e declara aprovado o requerimento de prorrogação da sessão por 2 horas e 30 minutos.

 

49 - CAMPOS MACHADO

Solicita verificação de votação.

 

50 - PRESIDENTE MÁRCIO CAMARGO

Defere o pedido. Determina que seja feita a verificação de votação, pelo sistema eletrônico.

 

51 - CARLOS GIANNAZI

Informa que a bancada do PSOL está em obstrução ao processo.

 

52 - PRESIDENTE MÁRCIO CAMARGO

Registra a manifestação.

 

53 - CARLOS GIANNAZI

Para comunicação, declara ser favorável ao projeto em tela, por considerar que a matéria regulariza a situação de servidores ferroviários da Estrada de Ferro Campos do Jordão. Questiona o posicionamento do deputado Campos Machado em relação à propositura.

 

54 - EDSON GIRIBONI

Informa que a bancada do PV está em obstrução ao processo.

 

55 - JORGE CARUSO

Informa que a bancada do PMDB está em obstrução ao processo.

 

56 - FELICIANO FILHO

Informa que a bancada do PSC está em obstrução ao processo.

 

57 - RICARDO MADALENA

Informa que a bancada do PR está em obstrução ao processo.

 

58 - CORONEL CAMILO

Informa que a bancada do PSD está em obstrução ao processo.

 

59 - WELLINGTON MOURA

Informa que a bancada do PRB está em obstrução ao processo.

 

60 - ROGÉRIO NOGUEIRA

Informa que a bancada do DEM está em obstrução ao processo.

 

61 - LECI BRANDÃO

Informa que a bancada do PCdoB está em obstrução ao processo.

 

62 - ALENCAR SANTANA BRAGA

Informa que a bancada do PT está em obstrução ao processo.

 

63 - PRESIDENTE MÁRCIO CAMARGO

Registra as manifestações. Anuncia o resultado de verificação de votação, que não alcança número suficiente para a prorrogação dos trabalhos. Convoca os Srs. Deputados para uma sessão extraordinária, a realizar-se hoje, às 19 horas.

 

64 - ALENCAR SANTANA BRAGA

Discute o PLC 10/17.

 

65 - PRESIDENTE MÁRCIO CAMARGO

Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 20/09, à hora regimental, com Ordem do Dia. Lembra a realização de sessão extraordinária às 19h10min. Encerra a sessão.

 

* * *

           

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.

 

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O SR. PRESIDENTE – CORONEL TELHADA - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Coronel Camilo para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO – CORONEL CAMILO – PSD - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Esta Presidência  tem a grata satisfação de anunciar a visita dos alunos do curso de Direito da Universidade de São Judas Tadeu, campus Butantã, acompanhados dos responsáveis Flávio William Bispo de Souza e Profa. Renata Camilo. Eles visitam a Casa a convite do nobre deputado Fernando Capez.

Sejam bem-vindos. Espero que tenham uma tarde agradável na Casa. (Palmas.)

Tem a palavra o primeiro orador inscrito para falar no Pequeno Expediente nobre deputado Itamar Borges. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado José Américo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Vitor Sapienza.

 

O SR. VITOR SAPIENZA - PPS - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectador da TV Assembleia SP, alunos da Universidade São Judas Tadeu, Coronel Telhada, fiquei ausente da Assembleia por três anos e pouco. Mesmo assim, continuei acompanhando os trabalhos da Secretaria da Fazenda e para mim foi uma grande surpresa ver o nosso governador do estado trazer para a Secretaria da Fazenda o ex-secretário da Fazendo do Rio de Janeiro, Dr. Renato. A surpresa foi por conta da situação financeira e econômica do estado do Rio Janeiro, que era caótica.

Em São Paulo convivi com figuras como Nakano, Delfim Netto, Pastore dentre outros que marcaram a economia do nosso Estado.

Surpreendi-me quando foram buscar um ilustre desconhecido para ser secretário da Fazenda do maior estado do País, que depois de uma série de confusões, o governador resolveu substituí-lo. É mais ou menos quando ocorre alguma substituição no time do São Paulo: substitui-se um jogador medíocre por outro um pouco mais medíocre ainda. Foram buscar um nissei formado em Finanças para ser secretário da Fazenda do maior estado do País.

Dentre as confusões que ele aprontou, está a de relacionamento com as entidades de classe. Quando chegou num determinado ponto que não dava mais para administrar, Leci, eles vieram com outro passe de mágica: foram buscar o secretário de Finanças do Haddad, vou repetir: do Haddad! Vejam a confusão que estão fazendo com as finanças do estado de São Paulo, que já foi modelo.

Alguém poderá perguntar: por que estou dizendo isso?

Minha vida, Coronel Telhada, foi toda na Secretaria da Fazenda. Muito bem.

Gostaria que V. Exa. lesse o projeto e tentasse entender o projeto, porque eu não consegui.

Coronel Telhada, nunca vi um projeto de lei se reportar tanto a regulamento. Vejamos: quando surge uma dúvida aparece ‘o regulamento esclarecerá.

Ora, eu sempre entendi em Administração que temos que buscar igualar os estados, mas nunca por baixo. O único estado que ainda permanece livre das benesses do governo federal é o estado de São Paulo e me parece que a assessoria do Palácio do Governo não está atenta a isso porque a continuar desse jeito, deputada Leci, vamos fazer uma igualdade por baixo e nós iremos de repente ver o governador de São Paulo pedir ao Temer recursos para atender as necessidades do nosso Estado. Tenho que desabafar, mesmo porque, na minha maneira de ver, São Paulo não pode ser laboratório de experiência de pessoas incompetentes e estive conversando antes de fazer este pronunciamento, porque é um pronunciamento tipo desabafo. Deputado Bolçone, colega fiscal, professor de Finanças de São José do Rio Preto, peço que leia um pouco o projeto. Veja se V. Exa. conseguirá entender.

Gostaria de lembrar os Srs. Deputados que, em razão da presença do Hélcio como secretário da Fazenda em uma exposição, houve a necessidade do líder do Governo, Barros Munhoz, de socorrê-lo, porque as indagações que foram feitas pelo deputado Caruso não tiveram respostas. Caros deputados, Itamar Borges, Enio Tatto, Caruso, V. Exas. são conhecidas como experientes em contabilidade e auditoria. Por favor, deem uma analisada, pois esse projeto pode causar mais prejuízos do que aqueles que o PT imaginava que podiam vir a ser causados em decorrência daquela lei que aprovamos referente à Sabesp.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Obrigado, deputado Vitor Sapienza. O que o senhor nos coloca é muito preocupante, realmente.

Senhoras Deputadas, Srs. Deputados, esta Presidência, atendendo solicitação do nobre deputado Coronel Camilo, convoca V. Exas., nos termos do Art. 18, inciso I, letra “r”, do Regimento Interno, para uma sessão solene, a realizar-se no dia 23 de outubro de 2017, às 10 horas, com a finalidade de prestar homenagem ao Aviador do Grupamento de Radiopatrulha Aérea da Polícia Militar do Estado de São Paulo - GRPAE - Águia.

Tem a palavra a nobre deputada Leci Brandão.

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Exmo. Sr. Presidente, deputado Coronel Telhada, deputado Coronel Camilo, Doutor Ulysses, Orlando Bolçone, Srs. Deputadas, Srs. Deputados, assessores da nossa Assembleia Legislativa, público que nos assiste pela TV Assembleia, professores e alunos da Universidade São Judas Tadeu, muito obrigada pela presença. É sempre enriquecedor para nós vermos alguém nessa galeria podendo assistir a um pouquinho do que acontece na Assembleia Legislativa. Que Deus os abençoe e os proteja sempre.

 Ontem, estive aqui para falar sobre a questão da intolerância religiosa, que está acontecendo em vários estados e hoje vim trazer outro assunto bastante delicado, que inclusive acho que quase todos os jornais de hoje estão trazendo à baila. Na última sexta-feira, dia 15, o juiz federal Waldemar Cláudio de Carvalho, do Distrito Federal, deferiu uma liminar permitindo que psicólogos ofereçam tratamento contra o segmento LGBT.

Trago o assunto a esta tribuna porque não podemos nos calar diante de mais uma violência contra essa população. A decisão é tão absurda que o próprio Conselho Federal de Psicologia divulgou uma nota em que se posiciona contra essa medida da Justiça Federal. É um atentado contra os Direitos Humanos e contra a própria ética profissional dos psicólogos, profissionais que por dever de ofício devem contribuir para uma reflexão sobre o preconceito e a discriminação.

Não aguentamos mais um país que está sendo pautado por preconceito contra tudo e discriminação contra todos. Ninguém suporta mais isso. Eles querem associar a homoafetividade a uma doença. Isso já foi superado há muito tempo pelos debates de Direitos Humanos e também pela própria medicina, Doutor Bolçone, V. Exa. que também é médico.

Alegar liberdade de pesquisa em detrimento da proibição de prática de tortura física e psicológica e da discriminação de toda uma parcela da população é uma violação muito grave aos direitos humanos. As pessoas estão se esquecendo completamente de respeitar os direitos humanos.

O juiz que deu a liminar parece desconhecer as luzes das normas de direito internacional que têm falado sobre “terapias de cura”, as quais já se mostraram enganosas e desastrosas para aqueles que a elas são submetidos. Gostaria muito que essa decisão seja revogada e que o Conselho Nacional de Justiça tome providências. Não podemos aceitar que diante de tanta coisa errada - é corrupção, violência e assassinatos - um juiz, que deveria agir a serviço da sociedade, preste um desserviço aos cidadãos, classificando as pessoas que gostam das outras pessoas como doentes.

Precisamos de amor e paz. Doença, para mim, é o ódio, a discriminação, o racismo e a homofobia. Isso sim é doença, as outras coisas não são. Há muita coisa no Brasil que precisa ser observada e que deveria ter mais visibilidade do que esse preconceito contra as pessoas. Os psicólogos estão muito aborrecidos e contrariados com essa liminar.

Fica aqui o nosso posicionamento em relação ao respeito às pessoas. Afinal de contas, o nosso mandato trata de educação, cultura e direitos humanos. Ele trata de pessoas, de gente. Quando alguém tenta - de alguma forma, mesmo sendo um juiz - prejudicar a liberdade das pessoas, nós temos que nos pronunciar nesta tribuna.

Sr. Presidente, muito obrigado.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Doutor Ulysses.

 

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O SR. FERNANDO CAPEZ - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, venho aqui para anunciar, com muita honra, que estamos recebendo a visita dos alunos de uma das melhores faculdades de Direito do País. É a Faculdade São Judas Tadeu. Quero uma salva de palmas para os alunos que aqui se encontram. (Palmas.) Estou tentando fazer uma palestra lá, mas ainda não consegui. Vamos ver se vamos lá. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Fazemos questão de participar da sua homenagem. Desejo boas-vindas aos estudantes.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esta Presidência, atendendo à solicitação do nobre deputado Carlos Bezerra Jr., convoca V. Exas., nos termos do Art. 18, inciso I, letra “r”, do Regimento Interno, para uma sessão solene a realizar-se no dia 30 de outubro de 2017, às 19 horas e 30 minutos, com a finalidade de “comemorar os 500 anos da Reforma Protestante”.

Tem a palavra o nobre deputado Coronel Camilo.

 

O SR. CORONEL CAMILO - PSD - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente e Srs. Deputados. Boa tarde a vocês da Escola São Judas. Sejam bem-vindos a esta Casa. Boa tarde a vocês que nos acompanham pela TV Alesp.

Hoje iremos falar de mais um ato contra a Segurança Pública. É um ato de desordem urbana, uma megainvasão em São Bernardo do Campo, como falou a “Folha de S. Paulo”. Nós brigamos por valores, pela coisa certa e pela internalização de valores nos jovens. Na cidade de São Paulo, isso aconteceu muito. Agora, está acontecendo em São Bernardo do Campo, naquela vila comunitária.

Imagine você estar na sua casa e existir um terreno vazio ao lado dela. No dia seguinte, seis mil barracos estão montados lá. A sua calçada começa a virar um banheiro  

público, as coisas ficam tumultuadas, com camelôs vendendo comida... Você perde totalmente a sua tranquilidade. Foi isso o que aconteceu no Grande ABC e foi assim que aconteceu em Itaquera, na Copa do Povo, na Palestina e em Santo André.

Sabem por que isso está acontecendo? Também pela leniência do Poder Público, mas, principalmente, por um invasor profissional que arquiteta esses movimentos sob o manto da defesa dos mais vulneráveis e faz essa desordem urbana no estado de São Paulo. O nome dele é Guilherme Boulos, articulista da “Folha de S. Paulo”.

“Folha de S. Paulo”, vejam bem o que estão patrocinando. Guilherme Boulos: bem de vida, estudado, filho de médico, de um dos maiores infectologistas de São Paulo, que foi diretor da nossa faculdade de medicina. Mas seu filho se presta a isso.

Há pouco tempo, fez um acampamento na Av. Paulista, prejudicando todo mundo. Agora, está fazendo em São Bernardo do Campo. Quando foi instado a se manifestar, ele simplesmente disse assim: “Os incomodados que se mudem. A gente veio para ficar”.

Então, mais uma desordem urbana. No telão, vamos mostrar fotos de quem está morando do lado desse ambiente totalmente desordenado. Sabemos que a maioria dos crimes são decorrentes da desordem urbana, 60% dos crimes. Não é o Coronel Camilo que está falando, são dois pesquisadores: Clarke e Felson, em 1998. Eles estudaram isso no mundo.

A maioria dos crimes são crimes de oportunidade, causados pela desorganização do meio ambiente, pela desordem urbana, como chamamos, seja a desordem física, como é o caso... Nesse caso, há as duas. O que é a desordem física? É o lixo, a pichação, a ocupação irregular, a falta de iluminação. E há a desordem social, que é a mendicância, moradores de rua. Isso é crime. Guilherme Boulos, pode dar o nome que você quiser. É crime. Isso é crime, estão invadindo uma propriedade privada.

Esperamos que o nosso nobre amigo deputado Orlando Morando, prefeito de São Bernardo, tenha pulso firme para não deixar isso acontecer, faça essa reintegração de posse e acabe com essa desordem urbana.

Precisamos de pessoas que sejam trabalhadoras, pessoas que tenham prazer em produzir, não essas coordenadas por invasores profissionais como Guilherme Boulos, que querem pegar o pão feito sem trabalhar e, principalmente, cometendo crimes, invadindo locais e trazendo intranquilidade, como está acontecendo agora na Vila Comunitária, em São Bernardo do Campo.

Isso é um absurdo. Invasão é crime. Invasores são criminosos e quem os conduz - pode ser presidente do MTST, pode ser quem for - também é criminoso junto com eles. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Tem a palavra o nobre deputado Coronel Telhada.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PSDB -  Sr. Presidente, Srs. Deputados, funcionários, assessores, senhores policiais militares que fazem a segurança desta Casa Legislativa, telespectadores da TV Assembleia, queria dar ciência à Casa de que ontem estive na cidade de Atibaia, em um evento de valorização das forças de Segurança - Polícia Militar, Polícia Civil, Guarda Civil Metropolitana - junto com o MMDC de Atibaia e nosso amigo Hernanny Gutierres. Participamos de uma homenagem aos policiais militares, civis e guardas que trabalham naquela cidade.

Quero mandar um abraço ao prefeito Saulo, que nos recebeu lá, e tem feito um bom trabalho na cidade. Um abraço ao prefeito e a todos do Poder Legislativo, Executivo, enfim a todos os cidadãos de Atibaia, que acompanham a TV Assembleia.

Procuramos aqui, diariamente, trabalhar em prol das forças de segurança. Como é público e notório, diariamente estamos nesta tribuna cobrando do Sr. Governador um reajuste salarial, uma valorização do policial militar. Fazemos isso diariamente, e não vamos cessar de fazer isso.

Quero também trazer mais uma notícia, uma infeliz notícia de mais um negro pobre da periferia que morre. Um negro pobre da periferia, e sempre a esquerda vem aqui gritar que a polícia mata negro pobre. Vejam a foto do negro pobre da periferia. Só que esse negro pobre não interessa a ninguém, porque ele é um policial militar. Se fosse um criminoso, estariam aqui, como falou o coronel Camilo. O Guilherme Boulos vive cometendo crimes e todos valorizam, outros vêm aqui enaltecer bandidos, dizendo que são vítimas da violência.

Essas são as vítimas da violência, policiais militares, policiais civis, guardas civis metropolitanos, policiais rodoviários federais, homens e mulheres das Forças Armadas, que se dedicam à segurança da cidade, do Estado e do País, e nunca são reconhecidos.

Esse, senhores, é o cabo da Polícia Militar, Marcelo Machado, que trabalhava no 2º Batalhão de Polícia de Choque, aliás, batalhão onde meu filho trabalha. O cabo Machado, ontem, saindo do serviço, deslocando-se para sua casa - mora no Guarujá -, acabou morrendo numa queda de motocicleta. Morreu em itinerário e, portanto, morte considerada em serviço.

Mas essa morte não vai trazer nenhuma preocupação. Quando morre polícia, ninguém se preocupa. Quando morre trabalhador, ninguém se preocupa. E, depois, ainda vêm reclamar da violência. E esses são os grandes incentivadores da violência, esses que ficam valorizando o crime, esses que ficam valorizando ou elogiando invasões criminosas, crime contra o patrimônio, crime contra a cidade, crime contra a propriedade, crime contra os cidadãos.

Precisamos de uma tolerância zero aqui. Todo crime tem que ser combatido, independente do seu grau de violência. Ele tem que ser combatido. Os pequenos crimes, se juntando, se amontoando, levam aos grandes crimes.

Já estamos com quase 80 policiais militares mortos no estado de São Paulo. Agora pouco me passaram, pelo WhatsApp, uma filmagem dentro de uma favela, com mais de 200 criminosos armados com fuzil, um verdadeiro batalhão, pronto para a guerra. E são esses homens que têm sido vítimas dessa guerra.

Mas essa vítima a Globo não comenta. A Globo não fala. A Globo não valoriza. Essa vítima, a imprensa tendenciosa não mostra. Mostra, sim, aqueles que morrem trocando tiros com a polícia. Esses são considerados suspeitos. Bandido, armado de fuzil, atacando carro forte, atacando empresas, atacando pais de família. Quando morrem trocando tiros com a polícia, são chamados de “suspeitos”.

Então, parabéns a essas pessoas que têm valorizado o crime no Brasil e no estado de São Paulo. Essas pessoas são culpadas dessa escalada porque, a cada dia que passa, as forças de segurança têm sido mais atadas, mais apertadas na sua função. E o crime, a cada dia valorizado.

Estamos aqui há dois anos e meio cobrando do governador do estado de São Paulo um reajuste salarial. Há mais de três anos nossa polícia não recebe um reajuste salarial. É o penúltimo salário do País. Nosso Estado, que é um dos estados mais pujantes da Nação, o estado de São Paulo, tem o penúltimo salário da polícia do País. É uma vergonha, Srs. Deputados. É uma vergonha, Sr. Governador.

Mais uma vez estou aqui, em público, cobrando de V. Exa. um reajuste, um reajuste digno, não só para a polícia, para os professores, para a Saúde, para o funcionalismo, porque são esses homens e mulheres, Sr. Governador, que fazem o estado de São Paulo funcionar. Não é o senhor, mas esses homens e mulheres que estão nos seus quartéis, nas suas escolas, nos seus consultórios, no atendimento diário da população. São esses homens e mulheres desprezados e desvalorizados que fazem o estado de São Paulo funcionar. Então, Sr. Governador, mais uma vez, em público, eu venho solicitar, pedir a V. Exa. que se digne a dar um reajuste adequado e honrado a todo o nosso funcionalismo público, em especial à nossa Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Sr. Presidente, eu solicito - não sei se vai adiantar, todo dia eu solicito a mesma coisa -, mais uma vez, que as minhas palavras sejam encaminhadas ao Sr. Governador do estado e ao Sr. Secretário de Segurança Pública, Dr. Mágino, porque depende dele também esse reajuste, do aperto que ele der no governador, para que nós consigamos realmente um reajuste adequado para toda a polícia, em geral, no estado de São Paulo.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - O pedido de V. Exa. é regimental.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PSDB - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças partidárias com assento nesta Casa, solicito a suspensão dos trabalhos até as 16 horas e 30 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Tem a palavra o nobre deputado Orlando Bolçone.

 

O SR. ORLANDO BOLÇONE - PSB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nobre deputado Doutor Ulysses, na sua pessoa saúdo os deputados e as deputadas que trabalham, neste momento, em diversas comissões nesta Casa. Uma saudação especial aos alunos da São Judas Tadeu, que nos visitam e, neste momento, vão observar que, além do plenário, diversas comissões estão funcionando dentro da Assembleia Legislativa. Eu vim, pouco, da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Outras comissões funcionam paralelamente ao nosso Pequeno Expediente. Após o Pequeno Expediente, há uma sessão chamada Grande Expediente e, após essa, a sessão em que há as votações de diversos projetos. É uma experiência importante para vocês e, para nós, é importante recebê-los.

As suas presenças fizeram com que eu trouxesse um assunto de interesse da comunidade científica, das nossas escolas superiores, que é em relação ao decreto que foi assinado pelo governador, dia quatro de setembro. Vocês que se preparam para serem operadores de Direito, ele regulamentou a Lei federal nº 10.973, de 2004. Ela foi alterada em 2008, com a Lei Complementar nº 1.049, que estabelece a política de ciência, tecnologia e inovação no estado de São Paulo. A última alteração ocorreu através da Lei federal nº 13.243, de 11 de janeiro de 2016. O que fez o estado de São Paulo? Procurou adaptar a sua política de ciência, tecnologia e inovação dentro dessas exigências da lei federal.

Esse decreto regulamenta o trabalho de uma comissão, que ficou durante um ano estudando de forma metódica todas as implicações que tem, deputado Doutor Ulysses, nosso colega na Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação, ficou se estudando os diversos impactos que tiveram essas mudanças de 2016.

Esse decreto estabelece a atuação dos institutos, das chamadas instituições científicas, tecnológicas e de inovação do estado de São Paulo, e os núcleos de inovação tecnológica, que funcionam nas universidades públicas, mas que também estão abertos a sua constituição através também das nossas faculdades onde ocorram pesquisas, também dentro da iniciativa privada. Além disso, atualizou o Sistema Paulista de Inovação Tecnológica, que é constituído dessas instituições científicas, então de ciência e tecnologia; da Fapesp, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, onde também as próprias faculdades e universidades de iniciativa privada podem disputar recurso através de seus diversos programas, inclusive programas de iniciação científica; a Desenvolve São Paulo, que é uma agência de desenvolvimento que financia projetos, como startups, onde alunos da área de administração, de economia, das diversas áreas que pensam em criar um novo produto, um novo serviço, uma nova normatização têm a possibilidade de financiamento das suas atividades.

Outro instrumento importante para a política de desenvolvimento de São Paulo é a Investe São Paulo. As diversas empresas que chegam a São Paulo - lembrando que São Paulo tem uma economia quase três vezes a da Argentina -, como multinacionais que chegam do exterior, são encaminhadas para regiões onde haja uma expertise, uma especialidade onde elas possam atuar e investir.

E também o chamado Sistema Paulista de Ambientes de Inovação, que são parques tecnológicos, como por exemplo em São José dos Campos, que se dedica à Aeronáutica; caso da minha cidade, São José do Rio Preto, que se dedica à Medicina, em especial mais à Saúde, voltada para pesquisas, e à área cardiológica, para biotecnologia; no caso da região do deputado Ulysses, Itapeva, onde se trabalha a questão ambiental. Então, existe um sistema paulista que cobre todo o estado de São Paulo, criando novas oportunidades de negócios.

Sabemos que os estados que serão os mais desenvolvidos deste século são aqueles - tal qual se fez no passado com a industrialização, como São Paulo, que tem esse papel de liderar o Brasil - que vão ter ciência, tecnologia e inovação incorporadas a seus produtos. Mas para isso é muito importante a questão das instituições. Elas se fundamentam em normas de direito. Então qualquer ambiente - ambiente tecnológico, ambiente científico, ambiente de negócios - só ocorre se houver também o apoio, a orientação de um bom operador de Direito, que é para o qual vocês estão se preparando.

Sou um modesto economista e professor, mas acredito que o Direito, com respeito aos professores, caminha cada vez mais para o Direito dos Contratos que para o Direito dos Litígios.

Portanto, sejam bem vindos e peço que vocês divulguem esse decreto, inclusive nas outras áreas da Universidade São Judas Tadeu. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Convocação: Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, e a de Transportes e Comunicações, a realizar-se hoje, às 16 horas no Salão Nobre, com a finalidade de apreciar o PL nº 268 de 2016, de autoria do deputado Aldo Demarchi, o PL nº 670 de 2016, de autoria do deputado Pedro Tobias e o PL nº 866 de 2016, de autoria do deputado Roberto Engler.

Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, e a de Educação e Cultura, a realizar-se hoje, um minuto após o término do congresso anterior, no Salão Nobre, com a finalidade de apreciar o PL nº 380 de 2016, de autoria do deputado Welson Gasparini.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência acolhe o solicitado pelo nobre deputado Coronel Telhada e suspende a sessão até as 16 horas e 30 minutos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 15 horas e 11 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 41 minutos, sob a Presidência do Sr. Doutor Ulysses.

 

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O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Convocação: Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, e a de Transportes e Comunicações, a realizar-se hoje, às 16 horas e 40 minutos, no Salão Nobre, com a finalidade de apreciar o PL nº 268 de 2016, de autoria do deputado Aldo Demarchi, o PL nº 670 de 2016, de autoria do deputado Pedro Tobias; e o PL nº 866 de 2016, de autoria do deputado Roberto Engler.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, e a de Educação e Cultura, a realizar-se hoje, um minuto após o término do primeiro congresso, com a finalidade de apreciar o PL nº 380 de 2016, de autoria do deputado Welson Gasparini.

 

O SR. VITOR SAPIENZA - PPS - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, este deputado esteve ausente da Casa aproximadamente três anos e meio. Não votei no deputado Fernando Capez, não votei no deputado Cauê Macris para presidente. Estranho, e bastante, a forma como as coisas se sucedem nesta Casa. Da minha época, o único remanescente é o deputado Barros Munhoz; o deputado Campos Machado e o deputado Antonio Salim Curiati vieram posteriormente.

Dentro desse quadro, então, eu sou decano da Casa. Na qualidade de decano, quero comunicar que estou ingressando com mandado de segurança contra o presidente da Assembleia Legislativa, tendo em vista o cerceamento do meu direito.

Explico: retornei em decorrência do falecimento do deputado Celso Giglio. Dentro das normas que regem esta Casa, este deputado teria o direito a uma vaga em decorrência do remanescente, em decorrência da disciplina da Casa.

Muito bem. Decorrido, aproximadamente, 64 dias, está em um empurra-empurra. Desde o início, tentou com o líder do PSDB, que encaminhou a justa reivindicação, que estão nas normas da Casa, ao nosso presidente. O nosso presidente deu de volta. Então, estamos em uma briga em que ninguém sabe o que tem que ser decidido.

Volto a dizer: não tenho nada com tudo aquilo que os senhores deputados estão aceitando em decorrência da infringência das normas que regulamentam esta Casa. Mesmo porque, a maioria votou no presidente e eu respeito essa decisão. Porém, quero dizer que tive a oportunidade de conversar inúmeras vezes com o líder do PSDB. Estou  cansado de empurra-empurra.

Eu tenho sido pressionado pelo pessoal que tem interesse no PLC 25 para que eu converse com o nosso presidente. Eu tenho dito a eles: se eu não tenho força suficiente para fazer cumprir o meu legítimo direito, que força eu vou ter para conversar com o líder do PSDB e com o nosso presidente?

Será uma vergonha para esta Casa, mas vou ingressar com um mandado de segurança para fazer com que o meu legítimo direito seja respeitado.

Muito obrigado.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Cauê Macris.

 

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O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Vitor Sapienza, eu gostaria de esclarecer. Eu acho importante a posição pública de V. Exa. em relação à solicitação que me foi feita para que eu pudesse criar um novo cargo para Vossa Excelência.

Não vou, como presidente da Assembleia Legislativa do estado de São Paulo, criar nenhum cargo em comissão, como é a demanda de V. Exa., para atender um ato que foi colocado pela Mesa Diretora que não me prevê a designação de cargos em comissão sem a criação de cargo.

Eu tomei a decisão, como presidente da Assembleia Legislativa, de que não vou criar cargo em comissão para atender a demanda de Vossa Excelência. Infelizmente, não consigo atender Vossa Excelência.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr. Presidente, solicito a suspensão dos trabalhos por cinco minutos. 

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, a Presidência acolhe o solicitado pelo nobre deputado Campos Machado e suspende a sessão por cinco minutos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 16 horas e 47 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 51 minutos, sob a Presidência do Sr. Cauê Macris.

 

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O SR. ALENCAR SANTANA BRAGA - PT - Sr. Presidente, peço a palavra para falar pelo Art. 82.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O pedido de V. Exa. é regimental. Tem a palavra o nobre deputado Alencar Santana Braga, pelo Art. 82.

 

O SR. ALENCAR SANTANA BRAGA - PT - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários desta Casa, telespectadores da TV Assembleia, cidadãos que nos acompanham pelas galerias, quero falar, dentre outras coisas, que saiu uma nova pesquisa, publicada hoje - e tenho que deixar registrado aqui, mais uma vez - em que o presidente Lula está liderando.

Por isso essa gana, essa vontade, porque os grandes partidos não estão encontrando qual é o titular deles. Quem é que vai jogar? Quem é que vai disputar, do outro lado, contra o presidente Lula?

Por mais que tentem o João Doria e o Geraldo Alckmin, brigando para ver quem vai ser o candidato... Tomara que sejam os dois, assim eles têm a oportunidade de demonstrar, de fato, o que pensam pelo País, mas não conseguiram ainda demonstrar para o eleitor que eles estão pensando, de fato, no povo.

O presidente Lula, mesmo apanhando, tem defendido seu projeto, tem se posicionado, defendendo os trabalhadores e contra esse retrocesso que estamos vivendo no País, de destruição dos nossos marcos legais, de entrega da nossa riqueza, de uma submissão imensa às potências nacionais.

O Brasil voltou quase à época da colônia. Faz aquilo que lhe determinam os países de fora, submetendo-se à ordem externa, e não ao interesse do nosso povo. Então, o presidente também tem liderado porque o povo reconhece que naquele tempo a vida era melhor, que naquele tempo o País estava melhor.

Uma certa paz política, a capacidade de governar, com as instituições funcionando em harmonia, com a economia com uma velocidade, com um processo bem melhor, e com a garantia do emprego e inclusão social, e o povo reconhece isso, e tenho certeza de que reconhecerá no ano que vem.

Quero também aqui aproveitar para fazer uma outra reflexão, porque ontem tomou posse a nova procuradora da República, a escolhida pelo presidente Michel Temer, mesmo não sendo a primeira colocada, o que não tem problema nenhum. Essa competência cabe ao presidente.

Temos que entender a razão pela qual ele escolheu. Se porque ela é melhor ou se porque ela pode defender interesses, abafando, impedindo que as investigações se aproximem da cúpula do governo atual.

O presidente Michel Temer disse lá atrás, o golpista, que se qualquer um de seus ministros fosse investigado, ele exoneraria, porém essa não tem sido a prática, fosse assim ele mesmo teria pedido a renúncia, mas ele não tem essa grandeza, não tem capacidade de pensar no país dessa forma. Ele esteve na posse da nova procuradora-geral Raquel Dodge com a cara de pau que tem, fingindo que o mundo é maravilhoso, que está tudo bem.

Foi para os Estados Unidos.

Que vergonha será ele falar na ONU.

O que será que vai dizer na abertura da assembleia da ONU? Vai dizer que está tudo lindo, maravilhoso. Tomara que pelo menos não erre o nome dos países. O conteúdo com certeza não terá nada de bom, enfim.

O que esperamos desta nova procuradora é que se tiver de investigar que se investigue com transparência, com base no Direito e princípios de Justiça, mas que se faça contra todos.

Aqui em São Paulo, este que é o maior estado do País - Temer veio pedir a benção para se sustentar no governo e o governador Geraldo Alckmin deu seu apoio - vamos ver agora como fica. Estará entre a cruz e a espada para dizer se apoia ou não porque o povo está de olho. Ele veio aqui porque o estado é forte.

Mas qual a surpresa?

O ex-procurador encaminhou, depois que o ministro Fachin devolveu as delações que envolvem os governadores de estado - e aqui em São Paulo envolve o governador, o seu cunhado, o secretário de Planejamento, que mexe com o dinheiro - não mexeu uma palha (estou com a resposta no meu gabinete, vou trazer no momento oportuno para o Plenário) para sequer abrir inquérito de investigação contra o governador Geraldo Alckmin.

Será que a nova procuradora vai tomar alguma atitude contra na investigação para apurar as delações que envolvem o governador Geraldo Alckmin? Delação não é prova. Nós não estamos dizendo que o que está dito ali é verdadeiro. Nós não estamos dizendo que o santo é o santo, nem que o santo não é um santo verdadeiro, que a máscara dele é falsa. Mas para que possamos concluir isso - ou não - no mínimo tem de se investigar. Porém, compete a ela abrir o procedimento, compete a ela enviar para o STJ para que se tome providências.

Esperamos, passados mais de seis meses sem que o procurador-geral fizesse alguma coisa, que ela faça o mais breve possível.

Vamos ver se há imparcialidade na ação por parte da nova procuradora.

 

O SR. RAUL MARCELO - PSOL - Sr. Presidente, peço a palavra para falar pelo Art. 82, pela liderança do PSOL.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem V. Exa. a palavra para falar pelo Art. 82, pela liderança do PSOL.

 

O SR. RAUL MARCELO - PSOL - PELO Art. 82 - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esta é uma semana histórica para a cidade e toda a Região Metropolitana de Sorocaba porque depois de décadas a Santa Casa, um dos principais hospitais da cidade e da região, voltou para a Igreja Católica. Todas as Santas Casas no Brasil têm a sua origem no trabalho altruísta da Igreja Católica, que remonta já há séculos e séculos. No nosso país são 500 anos.

Em Sorocaba infelizmente, por um processo histórico, um grupo corrupto assumiu a direção da Irmandade e veio dilapidando todo o patrimônio da Santa Casa. Deixaram uma dívida de mais de 70 milhões de reais. Não pagaram os fornecedores, desviaram recursos, burlaram contratos. Os dirigentes da Irmandade foram presos. Estão respondendo processo. Os médicos que trabalhavam na Santa Casa ficaram sem receber. Entraram com ação na Justiça contra a Irmandade. Os imóveis que as famílias abastadas e fiéis à Igreja Católica deixaram para a Irmandade - 48 imóveis - todos malcuidados, dilapidados. Agora, depois de tantos anos, a Irmandade da Santa Casa de Sorocaba sofreu um processo de reformulação. Quero nomear o bispo Akamine e, sobretudo, o padre Flávio, que reestruturaram a Irmandade da Santa Casa de Sorocaba e o novo grupo, dirigido pela Igreja Católica, que assumiu a condução da Santa Casa de Sorocaba.

A expectativa do povo é imensa, porque, infelizmente, cidadãos da nossa região precisam se deslocar até Guarulhos para fazerem o tratamento de radioterapia. Há alguns dias, a TV Globo fez uma matéria mostrando pessoas de idade acordando às 3 horas da manhã para iniciarem o tratamento de radioterapia em Guarulhos, às 9, 10 horas da manhã. Depois, precisam aguardar e retornam para suas casas às 10 horas da noite. São aposentados e pessoas de idade.

Infelizmente, a corrupção na Santa Casa gerou dor, humilhação e perdas de vidas humanas na nossa região, mas agora é um novo momento. A prefeitura fez a requisição da Santa Casa, a Igreja Católica montou um projeto de administração para ela e agora a expectativa é imensa. Primeiro, quero parabenizar o trabalho da polícia, do Ministério Público e também da Polícia Federal por terem descoberto todos os desvios e conseguido responsabilizar as pessoas que roubaram a Santa Casa.

Segundo, quero também parabenizar e deixar a nossa expectativa para toda a Igreja Católica, sobretudo na pessoa do padre Flávio e do bispo Akamine, para que tenham um trabalho profícuo à frente da Santa Casa. A expectativa da população da nossa região é imensa. Gostaria de fazer um pedido. Nós precisamos não só ter a casamata para conseguir colocar o tratamento de câncer na Santa Casa, sobretudo a radioterapia, mas a região de Sorocaba já comportaria que dentro da própria Santa Casa houvesse uma estrutura com especialização para atender os pacientes com câncer de toda a nossa região, fazendo com que as pessoas não precisassem vir a São Paulo, a Guarulhos, a outra cidades, até a Barretos.

Podemos ter um centro especializado no tratamento do câncer e a Santa Casa, hoje, com esse novo momento, tem vontade de fazer isso. É a intenção da Igreja Católica, do padre Flávio, do bispo Akamine, de terem dentro da Santa Casa não só uma administração renovada, transparente e que presta contas, mas, sobretudo, o atendimento das pessoas que têm câncer. Todos sabem como é a situação e o drama para a família quando possui algum ente com câncer.

Para aqueles que têm renda, a dor é menor. Para aqueles que não têm, só há o Sistema Único de Saúde, que é o SUS. A Santa Casa terá um atendimento 100% SUS. Podemos ter um centro especializado para atender todos os pacientes da nossa região. Levarei esse projeto ao secretário de Saúde para que possamos ter também o apoio do governo do estado nessa área, porque a humilhação e a dor são imensas.

Agora, com essa renovação administrativa na Santa Casa, há a expectativa com o apoio do governo do estado, sobretudo do secretário de Saúde, Davi Uip, que tem intenção de alçar voos maiores, que tem um trabalho sério nessa área da Saúde. A Santa Casa está à disposição para fazer esse trabalho e pode contar com apoio deste parlamentar para ajudar, porque não é pouca coisa ter um hospital 100% SUS para ajudar no atendimento da nossa população, não só em Sorocaba, mas em toda a região metropolitana, que são 27 municípios.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. LUIZ CARLOS GONDIM - SD - Sr. Presidente, peço a palavra para falar pelo Art. 82, pela liderança do SD.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O pedido de V. Exa. é regimental. Tem a palavra o nobre deputado Luiz Carlos Gondim pelo Art. 82, pela liderança do SD.

 

O SR. LUIZ CARLOS GONDIM - SD - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Srs. Deputados, ouvi atentamente o deputado Raul Marcelo sobre a situação da Santa Casa de Sorocaba, que deve 70 milhões em dívidas.

Há a tentativa de se assumir uma Santa Casa e conseguir reajustar, pagar essas dívidas e, ao mesmo tempo, fazer funcioná-la. Hoje tive uma reunião na Santa Casa de Mogi das Cruzes justamente porque estamos fazendo, na Santa Casa de Mogi, em média, 450 partos por mês. É lógico que 99% são pelo SUS. Há apenas nove leitos de UTI neonatal.

Recebemos a informação de que o Ministério da Saúde teria condições de fazer o financiamento de uma nova maternidade e mais leitos de UTI, principalmente de UTI neonatal. Então, fizemos essa reunião dentro da Provedoria da Santa Casa para que pudéssemos adequar essa situação. Sabemos que a prefeitura é favorável. Os secretários municipal e estadual de Saúde também são favoráveis, porém falta o principal, que é o dinheiro, o financiamento.

Queremos juntar os três poderes executivos: o Poder Executivo federal, através do Ministério da Saúde; o estadual, através do secretário da Saúde David Uip, que conhece bem essa situação; e o municipal, através do atual prefeito de Mogi das Cruzes, Sr. Marcus Melo.

Para que possamos fazer isso, existe sempre a necessidade de estarmos nos movimentando, indo ao Ministério da Saúde. Ele queria marcar para hoje, para que pudéssemos solucionar dois problemas, um relacionado à Santa Casa de Monte Alto, o outro seria o assunto da Santa Casa de Mogi das Cruzes.

O que precisamos mesmo é resolver, porque todo o Alto Tietê está concentrando os partos na Santa Casa de Mogi. Aliás, agora que estamos passando o verão, todas as indicações de urgência e emergência se dirigem a Mogi das Cruzes. Então, é uma coisa em relação à maternidade da Santa Casa de Mogi, como também em relação ao Hospital Luzia de Pinho Melo, que é o nosso hospital de referência para atendimento.

Nesta semana, já tivemos o reflexo do que acontecerá no verão. O trajeto entre Mogi das Cruzes e Bertioga, para subir e descer, estava levando de três a cinco horas. Acidentes acontecem, mas não há nenhum heliponto, nenhum local para pousar um helicóptero, trazendo algum paciente após um acidente, principalmente na Mogi-Bertioga, na Ayrton Senna, na Carvalho Pinto, na SP-66, que liga Mogi a Suzano e a Guararema, na SP-56, que liga Itaquá a Arujá, até Igaratá.

Portanto, não há ali referência para o atendimento. Estamos cobrando do secretário David Uip a ampliação do pronto-socorro e, principalmente, esse heliponto para que vítimas sejam atendidas também no Hospital Luzia de Pinho Melo, no caso de urgência e emergência. Esse é um apelo que estamos fazendo ao secretário Davi Uip. Em primeiro lugar, queremos um empenho para o aumento dos leitos ou a nova maternidade para o Alto Tietê. Em segundo lugar, a ampliação do pronto-socorro, como também a construção desse heliponto para o atendimento de vítimas que venham a sofrer queimaduras ou acidentes nas nove estradas que cortam o Alto Tietê, principalmente Mogi das Cruzes.

Muito obrigado.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr. Presidente, peço a palavra para falar pelo Art. 82, pela liderança do PTB.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O pedido de V. Exa. é regimental. Tem a palavra o nobre deputado Campos Machado pelo Art. 82, pela liderança do PTB.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - PELO ART. 82 - Nobre Presidente, meu amigo deputado Cauê Macris, com quem sempre me desentendo e acabo sempre me entendendo, deputada Márcia Lia, infelizmente não está aqui no plenário o deputado Alencar Santana Braga. Não gosto de falar na ausência das pessoas. Se a assessoria puder, depois, passar a ele o que estou dizendo...

O que disse o deputado Alencar Santana? Disse várias coisas. Uma delas me chamou a atenção: que o Michel Temer teria vindo a São Paulo para falar em um estado forte. Então ele reconhece que o estado de São Paulo está forte? Se está forte, é porque é bem governado. Ele poderia ter citado o estado do Rio de Janeiro, mas não citou. Disse que o estado de São Paulo está forte, por isso a vinda do Sr. Michel Temer para conversar com o Geraldo Alckmin.

Isso é resultado de uma boa administração. É o único estado que não tem problemas com pagamentos de funcionários. O 13º salário está assegurado, garantido, todos vão receber. O Rio de Janeiro recebe? Os outros estados recebem?

Há alguns exageros: o governo tem um bilhão e meio em caixa. Tem um bilhão e meio em caixa e, infelizmente, algumas pessoas se posicionam contra a PEC nº 5, entendendo que pode fazer um grande rombo. Que rombo? São quatro anos, meus amigos: no primeiro ano, não tem nada, nenhuma despesa; no segundo ano, pouca despesa; só no quarto ano, daqui a quatro anos, com outro Orçamento... Eu não posso adivinhar qual vai ser o Orçamento daqui a quatro anos. O governo tem totais condições - tem, teria e terá - de votar essa PEC nº 5 sem nenhum problema. Pelo contrário, traria benefícios para o Estado.

Mas o deputado Alencar Santana, com leviandade, chama o governador Geraldo Alckmin de “Santo”. Por que chamá-lo de “Santo”? Alguém teria usado esse codinome para se referir ao governador? Ninguém conhece nada, ninguém sabe dos autos, ninguém sabe coisa nenhuma. O Dr. Rodrigo Janot não encontrou elementos para pedir a abertura de inquérito policial contra o governador. Se nada disso existe, eu indago: para que fazer referências, todas elas destituídas de bom senso e crédito, ao Geraldo Alckmin, o governador? 

Às vezes, pode parecer até contraditória, a minha posição. Defendo a PEC nº 5, segundo dizem, contra o interesse do governador Geraldo Alckmin. E defendo o governador Geraldo Alckmin como candidato a presidente, como bom governador. Por quê? Porque tenho que ser independente. Esta Casa é independente. Aqui não podemos trabalhar aos acordes das emendas. Toca uma música, e o que é? Os emendários? Não. Temos que votar com a nossa consciência, e nossa consciência insiste, exige que votemos em conformidade com aquilo em que acreditamos.

Mas não posso concordar com as palavras do deputado Alencar Santana. Ele não pode fazer comparações. Eu nunca levantei uma palavra aqui em relação ao presidente Lula, nem em relação à presidente Dilma. Nunca levantei uma palavra. Porque, se fosse levantar, não seria uma palavra, seria um dicionário. Mas eu tenho respeito. Porque ainda não transitou em julgado nenhuma condenação nem contra Dilma, nem contra Michel Temer.

Por isso, eu não poderia, neste exíguo tempo, deixar de manifestar duas posições. Uma, em relação ao ato injusto - eu me atrevo a dizer leviano -, do meu amigo deputado Alencar Santana, quando se refere, de maneira revoltante, em relação ao nosso governador Geraldo Alckmin. E a segunda, dizer que estamos na trincheira. Não quero aplausos. Estamos na trincheira da aprovação da PEC nº 05. Vamos aprovar essa PEC, custe o que custar, até por questão de justiça a essa gente. (Manifestação nas galerias)

 

A SRA. MÁRCIA LIA - PT - Sr. Presidente, indico o deputado Teonilio Barba, para falar pelo Art. 82, pela liderança da Minoria.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra o nobre deputado Teonilio Barba, pelo prazo regimental.

 

O SR. TEONILIO BARBA - PT - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, inicialmente agradeço à deputada Márcia Lia, nossa líder da Minoria, por ceder o seu tempo para eu falar pelo Art. 82.

Aproveito para cumprimentar os fiscais da Fazenda, novamente, pela luta pela PEC nº 05. Esperamos que, até o final deste mandato, consigamos resolver isso. Tenho fé. Lutei muito na vida, e não vou parar de lutar, nunca.

Assomo à tribuna hoje para abordar um tema que considero de extrema importância. Hoje ouvi uma fala, durante o Pequeno Expediente e depois no Grande Expediente, de um ataque ao MTST, um movimento que luta por moradia, no estado de São Paulo, junto com outros movimentos no Brasil, como a Central de Movimentos Populares.

São Bernardo do Campo é onde moro há 54 anos, e realmente o MTST ocupou um terreno lá, que se encontra vazio por 30 anos. Não há comprovação de que o dono pague os seus impostos, ou não. É o terreno de uma construtora, a MZM, que não discute política habitacional no País. Eles discutem a política de habitação no mercado: quem tem dinheiro vai lá e compra. Quem pode comprar compra, financia por 10 anos, por 15 anos, ou paga à vista. É o que fazem as construtoras.

Quem teve a ousadia de montar um plano para discutir programa de habitação, no Brasil, foi o presidente Lula, a partir de 2009, quando anunciou a construção de um milhão de casas populares para famílias de baixa renda.

É interessante ver a posição do meu amigo e companheiro, Coronel Camilo, hoje, atacando o MTST. Deve ter os seus motivos.

Eu sou defensor de todas as lutas sociais que existem neste País. Eu poderia estar muito tranquilo e dizer que não vou apoiar a PEC nº 05, porque os fiscais da Fazenda têm um bom salário. Eu poderia falar isso, mas jamais vou deixar de apoiar uma luta em defesa de salários, porque é uma correção e um plano de cargos e salários que eles estão discutindo. Isso não era para ser resolvido com PEC, era para ter sido resolvido já na negociação com o Sindifisco. Se o governo tivesse boa vontade, isso já teria sido resolvido. Então, eu defendo todas as lutas que têm neste País em defesa da proteção individual ou coletiva.

Por isso, estou aqui para defender, para ser solidário ao MTST. São quase oito mil pessoas ocupando lá. Por que não há um programa no estado de São Paulo? O Governo do Estado abriu mão de continuar com o programa da CDHU, de fazer casas, e entrou no programa “Minha Casa Minha Vida” com 20 mil reais por cada unidade que o governo federal vai construir junto com as prefeituras. Mas o governo federal também está parando o programa “Minha Casa Minha Vida”.

Como funciona o programa “Minha Casa Minha Vida”? Ele é feito para famílias de baixa renda. Depois tem de três a cinco salários e de seis salários para frente. Para as famílias de baixa renda, de zero a dois mil reais, o programa é muito simples. Trata-se da renda líquida da família. A renda líquida da família é o contracheque descontado de todos os encargos, que hoje em dia é descontado nos nossos empregos, e depois desconta todas as despesas da casa: alimentação, água, luz, telefone, internet, prestação das Casas Bahia, gastos com Educação. Acaba sobrando para as famílias 400 reais. De 400 reais, elas pagam 10% em prestação, o que dá 40 reais por mês. Pagam durante 10 anos 480 reais por ano, 4.800 em dez anos, e liquidam a dívida.

Quanto custa esse apartamento de 45 m² para ser construído pelas construtoras? Algo em torno de 85 mil reais. E as construtoras não se contentam em receber apenas os 85 mil reais, esse é um programa subsidiado pelo governo federal, criado no governo Lula e para o qual o governo Dilma deu sequência. Esse é um programa de moradia para atender famílias de baixa renda, mas o que as grandes construtoras querem?

Querem pegar esse mesmo terreno, de 45 m², gastar mais ou menos 95 mil para construir um apartamento um pouquinho melhor, com um pouquinho de luxo, e vendem no mercado por 250, 300, 350, 400, 450 mil a depender do bairro. Essa empresa, que é dona daquele terreno, não está preocupada em discutir, porque se ela quisesse discutir com o prefeito de São Bernardo, ela poderia chamar o prefeito Orlando Morando, que é do PSDB, para se sentar com as famílias, fazer um programa com a prefeitura para construir esse negócio, já que o terreno está parado há mais de 30 anos, dando uma função social para o terreno. Isso é fazer política de habitação.

Pode ser que tenha oportunista no meio. Eu estive no acampamento. Pode ser que tenha algum oportunista no meio, porque está cheio de oportunistas em qualquer local da sociedade. Em qualquer lugar da sociedade em que vivemos tem os oportunistas, então não vou dizer que não tem oportunista lá. Pode ser que tenha, mas a grande maioria não é. Tem gente que está lá e que eu conheço. Mora pendurado nos morros, mora em comunidade, não tem casa, mora em barraco feito por pedaço de madeira. Tem gente lá vivendo nessas condições.

Teve um conflito lá. Teve tiro no domingo. Atiraram dos prediozinhos, segundo as pessoas que estavam lá. Eu não estava, mas há informação de que teve tiro. Acho que os tiros vieram do prédio. É uma coisa que nós não podemos permitir. Nós não podemos incitar violência, mas não dá para esquecer que quando o MTST, quando a ULCM, quando os movimentos de lutas, nos bairros, estão discutindo moradia é porque os governos não pautam a danada dessa pasta chamada moradia. Seria obrigação de todos os governos. No estado de São Paulo, a CDHU existe há 30 anos. Produziu, em 30 anos, no máximo 260 mil casas, menos de 10 mil por ano. Então, se houvesse um programa da prefeitura, outro do governo do Estado, outro do governo federal, o problema da moradia, para as famílias de baixa renda, já estaria resolvido. E aqueles que podem pagar mais caro, que vão ao mercado e comprem das grandes construtoras.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, vamos passar à Ordem do Dia.

                       

* * *

 

- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

* * *

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Estou apresentando, por escrito, um pedido de inversão de pauta. Mas indagaria a V. Exa. se o Regimento, em outra oportunidade, poderia contemplar um pedido verbal.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É necessário que o pedido seja feito por escrito, só lembrando que V. Exa. tem um pedido de inversão...

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Não tenho.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Ou melhor, o deputado Barros Munhoz tem um pedido de inversão já protocolado, e agora V. Exa. está protocolando um pedido de inversão formal, figurando o deputado Barros Munhoz pela precedência.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Pois não.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, nos termos do Art. 23 da Resolução nº 766, de 16 de dezembro de 1994, que trata sobre o Código de Ética e Decoro Parlamentar, esta Presidência colocará a votos os nomes dos indicados pelos líderes para preenchimento de vagas, como membros titulares e suplentes no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, para um mandato de dois anos.

Vaga nº 1 - PSDB: efetivo, deputada Maria Lúcia Amary. Suplente: deputado Vaz de Lima.

Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovados.

Vaga nº 2 - PSDB: efetivo, deputado Carlão Pignatari. Suplente: deputado Marcos Zerbini.

Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovados.

Vaga nº 3 - PT: efetivo, deputado João Paulo Rillo. Suplente: deputado Teonilio Barba.

Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovados.

Vaga nº 4 - DEM: efetivo, deputado André Soares. Suplente: deputado Aldo Demarchi.

Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovados.

Vaga nº 5 - PSB: efetivo, deputado Ed Thomas. Suplente: deputado Caio França.

Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovados.

Vaga nº 6 - PV: efetivo, deputado Afonso Lobato. Suplente: deputado Reinaldo Alguz.

Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovados.

Vaga nº 7 - PSD: efetivo, deputado Coronel Camilo. Suplente: deputada Marta Costa.

Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovados.

Vaga nº 8 - PPS, efetivo, deputado Davi Zaia. Suplente: deputado Fernando Cury.

Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovados.

Vaga nº 9 - PTB, efetivo, deputado Campos Machado. Suplente: deputado Roque Barbiere.

Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovados.

Srs. Deputados, Sras. Deputadas, há sobre a mesa um requerimento de inversão da Ordem do Dia para que o Item 7, PLC nº 10, de 2017, passe a figurar como Item 1, renumerando-se os demais. Assinado pelo líder do Governo, deputado Barros Munhoz.

Em votação o requerimento.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr. Presidente, peço a palavra para encaminhar a votação pela liderança do PTB.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Para encaminhar a votação pela liderança do PTB, tem a palavra o nobre deputado Campos Machado.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários desta Casa, público, telespectadores da TV Assembleia, boa tarde.

Sr. Presidente, nobre deputado Cauê Macris, venho a esta tribuna hoje, por uma razão - a meu ver, deputado Teonilio Barba - de uma verdade impressionante. O Supremo Tribunal Federal está apreciando um processo que lá se encontra. Nesse processo corre-se o risco de ser liberada a maconha e, consequentemente, a cocaína.

O ministro Luís Roberto Barroso disse, em entrevistas várias, defendendo esse absurdo, dizendo que é preciso esvaziar cadeias. Eu digo: se esvazia cadeias, se lota cemitérios e se lota hospitais. Pensei até que fosse uma brincadeira de mau gosto do senhor ministro.

Qual não foi a minha angústia quando tomei conhecimento de que havia três votos favoráveis a esse absurdo! Imediatamente, consultei alguns partidos. Achei que era conveniente e necessário criar a Frente Nacional Contra a Liberação da Maconha e da Cocaína.

O que eu não pensava, é que eu fosse receber o apoio que estou recebendo. É um apoio impressionante. O evento aqui na Assembleia foi o maior que eu já vi em 20 anos. Temos hoje, 425 moções de apoio no estado e em outros estados. Prefeitos, deputados e, mais do que isso.

Eu vou ler agora um ofício de 29 de agosto de 2017 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a chamada CNBB.

“Prezado deputado Campos Machado...

Estou lendo aqui a manifestação do presidente da CNBB. Se não interessa a manifestação da CNBB, de todos os bispos do Brasil, o que interessa para nós? V. Exa. interromperia o papo para que eu possa ler aqui?

Vamos ler: “Prezado ...

É impressionante, Sr. Presidente. Aqui, parece brincadeira. Vou propor a V. Exa. que volte ao lugar de origem. É difícil, deputado Barba. Aqui, o presidente não presta atenção. Aqui, não é nem questão de atenção, é questão de respeito.

Vou tentar ler de novo, se V. Exa. me permite, deputado Massafera, o ofício da CNBB:

 

“Prezado deputado Campos Machado

Na qualidade de Secretário Geral da CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, e em nome do Presidente Cardeal Sérgio da Rocha, confirmo recebimento da carta que lhe foi enviada em julho passado, juntamente com cópia do Manifesto “Drogas Liberadas = Vidas Destroçadas”, da Frente Nacional Contra a Liberação da Maconha e da Cocaína, criação de V. Exa., face ao avanço assustador das drogas no País.

Agradecemos pelo envio e parabenizamos pela iniciativa. É, sem dúvida, uma das preocupações da ação Pastoral da Igreja no Brasil. A CNBB tem-se manifestado oficialmente, como através da ‘Nota sobre a descriminalização do uso de drogas’ de 26 de agosto de 2015 (cf. cópia anexa), na qual, entre outras, incentiva a intensificação da campanha de prevenção e combate ao uso de drogas, acompanhada de políticas públicas, exigindo, também, uma ação mais eficaz da parte do Estado no combate ao tráfico de drogas. Conte com a CNBB, deputado Campos Machado. Vossa Excelência não está sozinho nesta luta. Esta é uma luta em defesa das famílias brasileiras”.

Então eu indago de V. Exas.: estamos com o apoio de 12 bispos do Brasil e de vários arcebispos e líderes evangélicos. Estive recentemente na igreja do apóstolo Valdemiro Santiago, meu amigo, e, diante de 20 mil pessoas, ele disse cristalinamente: “Quero apoiar essa frente. Vou a todos os lugares do País e não vou permitir a liberação dessas drogas”. Eu fui a Avaré no último sábado, no Encontro Regional do PTB, e qual não foi minha surpresa quando não pude falar às 30 cidades do PTB, com dez prefeitos da região, na primeira meia hora. Todos queriam saber as entidades da Frente Parlamentar contra as Drogas.

Quero aqui, neste exato momento, pedir o mesmo que pedi ontem no Auditório Paulo Kobayashi. Esta não é uma luta minha, não é uma luta do PTB, é uma luta da família brasileira. Não há um município deste Estado, Sr. Presidente, que tenha menos de 20% de drogados e pequenos traficantes. Os grandes traficantes não são viciados, eles são empresários. Eles investem na droga como se fosse uma empresa.

Os traficantezinhos presos e os meros traficantes não conhecem os empresários que estão por trás disso, deputado Teonilio Barba. É um investimento. Dizem que um grande investidor, o maior investidor mundial, está por trás do financiamento das drogas em todo o mundo. Não me atrevo a dizer nesta oportunidade o nome desse investidor, mas todos sabem de quem estou falando. Seria leviano se eu fizesse essa afirmativa sem ter outros elementos de prova.

Conclamo esta Assembleia Legislativa, principalmente quem preside esta Casa. É fundamental, Sr. Presidente, que deixemos de lado as questões partidárias. Vossa Excelência teria uma posição de grandeza, que é a sua história e de sua família, de levar, em nome da Assembleia Legislativa ao Supremo Tribunal Federal a posição deste Estado contra a provável ou possível liberação da maconha e da cocaína neste País.

Já fiz uma campanha, Sr. Presidente, pela maioridade penal. Lá na praia, eu tinha um daqueles aviõezinhos com a mensagem: “Maioridade penal já”. Eu já sabia que tinha contra mim o pessoal dos direitos humanos e a Igreja Católica, eu tinha 30% contra. Esta campanha tem zero por cento.

Sr. Presidente, faço questão absoluta de que, em nome desta Casa, sua posição seja enviada a todas as lideranças evangélicas deste Estado e deste País. É uma declaração da Casa do povo em defesa das famílias. Portanto, Sr. Presidente, plantador de sementes e sonhos, V. Exa. tem a responsabilidade, em nome do povo de São Paulo, de fazer o encaminhamento contrário a essa loucura, esse crime contra as famílias brasileiras.

Peço isso a V. Exa., deputado Cauê Macris, até pela sua história, para que fique nos Anais desta Casa que V. Exa., em um momento difícil da sociedade, assumiu uma posição de luta em defesa das famílias. Vossa Excelência, que tem dois filhinhos, sabe o que é isso. Amanhã, mais tarde, seu filho ou seu neto fumando um cigarro de maconha, diz V. Exa.: “não faça isso” e ele fala: “mas a lei permite”. Em nome do casal de meninos, todos palmeirenses, palmeirenses fanáticos, eu lhe peço encarecidamente que assuma essa posição.

Passo a ler, na íntegra, o documento da CNBB:

“Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

Brasília-DF, 29 de agosto de 2017

SG-N°. 0526/17

 

Ilmo. Sr. Deputado Campos Machado

Assembleia Legislativa do Estado de S. Paulo Av. Pedro A. Cabral, 201 Palácio 9 de Julho - Ibirapuera 04097-900 - S. Paulo - SP

Na qualidade de Secretário Geral da CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, e em nome do Presidente Cardeal Sérgio da Rocha, confirmo recebimento da carta que lhe foi enviada em julho pp., juntamente com cópia do Manifesto: Drogas Liberadas = Vidas Destroçadas, da Frente Nacional Contra a Liberação da Maconha e da Cocaína, criação de V. Exa., "face ao avanço assustador das drogas no País".

Agradecemos pelo envio e parabenizamos pela iniciativa. É, sem dúvidas, uma das preocupações da ação Pastoral da Igreja no Brasil. A CNBB tem-se manifestado oficialmente, como através da "Nota sobre a descriminalização do uso de drogas", de 26 de agosto de 2015 (cf. cópia anexa), na qual, entre outras, incentiva "a intensificação de campanhas de prevenção e combate ao uso das drogas, acompanhado de políticas públicas", exigindo, também, uma ação mais eficaz da parte do Estado no combate ao tráfico de drogas.

Aproveitamos a oportunidade para saudar V. Exa., com voios de que, juntos, possamos trabalhar e usufruir-dos frutos desse cuidado.

Cordialmente,

Dom Leonardo Ulrich Steiner

Bispo Auxiliar de Brasília

Secretário-Geral da CNBB

 

Nota da CNBB sobre a descriminalização do uso de drogas

P-N°. 0581/15

"Escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e teus descendentes " (Dt 30,19).

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB, através do Conselho Episcopal de Pastoral, reunido nos dias 25 e 26 de agosto, declara-se contrária à descriminalização do uso de drogas. E importante a sociedade inteirar-se desta temática, pois a dependência química representa um dos grandes problemas de saúde pública e de segurança no Brasil.

O uso indevido de drogas interfere gravemente na estrutura familiar e social. Está entre as causas de inúmeras doenças, de invalidez física e mental, de afastamento da vida social. A dependência que atinge, especialmente, os adolescentes e os jovens, é fator gerador da violência social, provoca no usuário alteração de consciência e de comportamento. O consumo e o tráfico de drogas são apontados como causa da maioria dos atentados contra a vida.

A não punibilidade do porte de drogas, tendo como argumento a preservação da liberdade da pessoa, poderá agravar o problema da dependência química, escravidão que hoje alcança números alarmantes.

A liberação do consumo de drogas facilitará a circulação dos entorpecentes. Haverá mais produtos à disposição, legalizando uma cadeia de tráfico e de comércio, sem estrutura jurídica para controlá-la. O artigo 28 da Lei 11.343, ao tratar do tema, não prevê reclusão, mas a penalização com adoção de medidas de reinserção social. Constata-se que o encarceramento em massa não tem sido eficaz. É preciso desenvolver a prática da justiça restaurativa. Isso não significa menor rigor para aqueles que lucram com as drogas.

O caminho mais exigente e eficaz, a longo prazo, é a intensificação de campanhas de prevenção e combate ao uso das drogas, acompanhado de políticas públicas nos campos da educação, do emprego, da cultura, do esporte e do lazer para a juventude e a família. O Estado seja mais eficaz nas ações de combate ao tráfico de drogas.

Com a descriminalização das drogas, a crescente demanda de tratamento da parte de incontáveis dependentes aumentaria muito. A Igreja Católica, outras instituições religiosas e particulares, por meio de casas terapêuticas, demonstram o compromisso com a superação da dependência química e recuperação dos vínculos familiares e sociais ao acolher, cuidar e dar oportunidade de vida nova a milhares de adolescentes, jovens e adultos através da espiritualidade, do trabalho e da vida de comunidade.

Confiantes na graça misericordiosa de Deus e na materna proteção da Virgem de Aparecida, conclamamos o Estado e o povo brasileiro à necessária lucidez no trato deste tema tão grave para a sociedade.

Brasília, 26 de agosto de 2015.

 

 

Dom Sergio da Rocha

Arcebispo de Brasília – DF

Presidente da CNBB

 

Dom Murilo S. R. Krieger

Arcebispo de São Salvador da Bahia – BA

vice-Presidente da CNBB

 

Dom Leonardo Ulrich Steiner

Bispo Auxiliar de Braília – DF

Secretário-Geral da CNBB

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Campos Machado, de antemão posso adiantar a V. Exa. de que a minha posição como deputado,  parlamentar, cristão é totalmente favorável à posição que V. Exa. está colocando nessa discussão que está sendo feita no STF.

  Vou ratificar essa posição com todos os líderes desta Casa para verificar, em nome da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, e defender essa mesma tese que V. Exa. defende. Mas, de antemão, pessoalmente, discordando da posição em relação ao time pelo qual meus filhos torcem, afinal em casa a democracia é plena e com certeza todos, obrigatoriamente, vão ter que ser corintianos, mas não tenha dúvida de que a minha posição é muito clara e evidente em relação à contrariedade à liberação de qualquer tipo de droga, seja ela maconha, cocaína ou qualquer outro tipo de droga existente hoje no mercado. Então, ratifico a posição de V. Exa. e, de antemão, defendo também a mesma linha e o comprimento por esta grande campanha que o PTB e a Frente...

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr. Presidente, esta é uma campanha apartidária. É a Frente Nacional contra a Liberação da Maconha e Cocaína, cujo coordenador nacional é esse húmil deputado que vos fala.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Então, deputado Campos Machado, esta Presidência quer cumprimentá-lo por essa Frente Nacional contra a Liberação da Maconha e Cocaína. Tenho certeza de que a droga hoje é um dos maiores problemas que afligem a nossa sociedade. Então, não poderia aqui deixar de manifestar e ratificar o meu posicionamento pessoal e vou pegar o posicionamento de todos os líderes para poder formalizar em nome da Assembleia Legislativa porque não tenho certeza se todos eles também concordam com essa campanha.

 

O SR. BARROS MUNHOZ - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Só para fazer um esclarecimento rápido da minha adesão a essa campanha que é necessária, justa e meritória, brilhantemente encampada pelo nosso querido deputado Campos Machado, sempre defendendo boas causas, a essa que é uma luta justa e realmente importante. Eu confesso que muitas vezes indaguei o seguinte: “será que não seria melhor liberar?” Às vezes eu ouço opiniões de gente de respeito dizendo “não, que precisava liberar isso e aquilo”. Mas, enquanto o deputado Campos Machado estava falando, ocorreu-me o seguinte: esta Casa proibiu o fumo em quase todos os ambientes fechados do estado de São Paulo - praticamente todos. É impressionante a redução do número de fumantes e de consumo de fumo no estado de São Paulo após isso. É exatamente o que eu entendo que ocorreria em sentido contrário com a liberação da maconha - da droga. Ela está se alastrando? Sim, está. Mas, seria infinitamente pior, a meu ver, se não houvesse a proibição.

Então, parabéns ao deputado Campos Machado, e toda solidariedade, sem dúvida alguma, como bem disse Vossa Excelência.  

 

O SR. WELLINGTON MOURA - PRB - Sr. Presidente, solicito uma verificação de presença.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O pedido de V. Exa. é regimental. Convido os nobres deputados Doutor Ulysses e Gilmaci Santos para auxiliarem a Presidência na verificação de presença ora requerida.

 

* * *

 

- É iniciada a chamada. 

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, a Presidência constata número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados em plenário, pelo que dá por interrompido o processo de verificação de presença e agradece a colaboração dos nobres deputados Gilmaci Santos e Doutor Ulysses.

Em votação o requerimento. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.  

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr. Presidente, regimentalmente solicito uma verificação de votação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O pedido de V. Exa. é regimental. Esta Presidência vai proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que forem favoráveis deverão registrar o seu voto como “sim”, os que forem contrários deverão registrar o seu voto como “não”.

 

* * *

 

- É feita a verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

* * *

 

O SR. TEONILIO BARBA - PT - Sr. Presidente, gostaria de informar que a bancada do PT está em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esta Presidência registra a manifestação de obstrução da bancada do PT.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, gostaria de informar que a bancada do PSOL está em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esta Presidência registra a manifestação de obstrução da bancada do PSOL.

 

O SR. ANTONIO SALIM CURIATI - PP - Sr. Presidente, gostaria de informar que a bancada do PP está em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esta Presidência registra a manifestação de obstrução da bancada do PP.

 

O SR. WELLINGTON MOURA - PRB - Sr. Presidente, gostaria de informar que a bancada do PRB está em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esta Presidência registra a manifestação de obstrução da bancada do PRB.

 

O SR. JORGE CARUSO - PMDB - Sr. Presidente, gostaria de informar que a bancada do PMDB está em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esta Presidência registra a manifestação de obstrução da bancada do PMDB.

 

O SR. FELICIANO FILHO - PSC - Sr. Presidente, declaro a obstrução da bancada do PSC.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Registrada a declaração de obstrução da bancada do PSC.

 

O SR. ROGÉRIO NOGUEIRA - DEM - Sr. Presidente, declaro a obstrução da bancada do DEM.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Registrada a declaração de obstrução da bancada do DEM.

 

O SR. EDSON GIRIBONI - PV - Sr. Presidente, declaro a obstrução da bancada do PV.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Registrada a declaração de obstrução da bancada do PV.

 

O SR. JUNIOR APRILLANTI - PSB - Sr. Presidente, declaro a obstrução da bancada do PSB.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Registrada a declaração de obstrução da bancada do PSB.

 

O SR. CORONEL CAMILO - PSD - Sr. Presidente, declaro a obstrução da bancada do PSD.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Registrada a declaração de obstrução da bancada do PSD.

 

* * *

 

- É feita a verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Participaram do processo de votação 53 Sras. Deputadas e Srs. Deputados: 51 votaram “sim”, 1 “não” e este deputado na Presidência, quorum suficiente para alterar a Ordem do Dia.

   Item 1 - Discussão e votação - Projeto de lei Complementar nº 10, de 2017, de autoria do Sr. Governador. Altera a Lei Complementar nº 1.211, de 2013, que institui o Plano de Carreiras de Empregos Públicos e Sistema Retribuitório para os servidores ferroviários da Estrada de Ferro Campos do Jordão - EFCJ. Com emenda. Parecer nº 387, de 2017, da Comissão de Justiça e Redação, favorável ao projeto e contrário à emenda. (Artigo 26 da Constituição do Estado).

Inscrito para falar a favor, tem a palavra o nobre deputado Wellington Moura.

 

O SR. WELLINGTON MOURA - PRB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, vamos falar de uma propositura encaminhada pelo Sr. Governador que se encontra delineada, em seus contornos gerais, na Exposição de Motivos encaminhada pelo Titular da Pasta para conhecimento desta ilustre Casa Legislativa para apreciação em caráter de urgência.

Tenho muito respeito pelo nosso governador Geraldo Alckmin, aliás, quero parabenizá-lo pelo trabalho que tem feito no estado de São Paulo.

Recentemente acompanhamos a inauguração de três estações da Linha Lilás de metrô. Ali pudemos fiscalizar a abertura das estações. Foi algo maravilhoso. Foram as estações Brooklin, Alto da Boa Vista e Borba Gato. Foi um trabalho magnífico que a Secretaria fez. A população está bem representada pelo nosso governador, que pôde mostrar um transporte público eficaz e que vai trazer qualidade de vida para uma população que tanto carece de transporte público. Até o final do ano estarão sendo inauguradas mais estações, fazendo a interligação completa de toda a Linha Lilás.

Mas gostaria de falar do projeto que veio com pedido de urgência a esta Casa, o qual tem o meu apoio levando em conta a admiração que tenho pelo nosso governador, contudo existem alguns problemas que se verificam num dos artigos: “Considerando que o anteprojeto que estrutura em 12 capítulos com 34 artigos, mais dois artigos da disposição transitória e atende aos comandos da Lei nº 9.866/97, sendo objeto, ainda, de exame de consultoria jurídica desta pasta através de seu parecer. A lei que dá as diretrizes está em consultoria jurídica desta pasta através de seu parecer, se ele é constitucional ou não. Mandaram um projeto que não passou por nenhuma análise técnica na secretaria e não passou pelas comissões da Assembleia Legislativa.

Deixo a minha dúvida com respeito a esse projeto, ao qual sou favorável, mas gostaria de certas explicações que pedimos até mesmo ao líder do Governo, porque ele não passou pela Comissão do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, não passou pela CCJ e não passou pela Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento da Assembleia, da qual fazemos parte também, que fala sobre o plano de carreiras e empregos públicos do sistema retribuitório dos servidores ferroviários da Estrada de Ferro de Campos do Jordão.

O Tribunal de Justiça de São Paulo julgou a criação dos cargos comissionados como inconstitucional, pois os cargos não são em sua exigência como atribuição técnica própria de cargos de provimento efetivo. Se é para exercer cargos técnicos, não pode ser comissionado, pois se mede a técnica do funcionário através do concurso público. Está sendo aumentado o número de cargos - que estamos acompanhando, que é agora da Secretaria dos Transportes Metropolitanos, que pertence ao Sr. Clodoaldo - e o parágrafo diz que o regime jurídico dos ocupantes dos cargos em comissão é o estatutário, sendo que os vencimentos ficam fixados na conformidade do anexo, que antes era regime CLT.

O Art. 6º diz que: “Para fins da implantação do plano de carreiras e empregos públicos permanentes e sistema retribuitório de que trata a lei complementar, ficam instituídas no quadro pessoal da EFCJ das classes de carreira a seguir mencionados, nos subquadros e empregos públicos permanentes, de auxiliar ferroviário, agente administrativo ferroviário, operador ferroviário, técnico ferroviário I, analista ferroviário I”.

No Art. 31 é dito o seguinte: “Os empregos públicos e os cargos de comissão de que trata este artigo serão preenchidos gradativamente de acordo com as necessidades da estrutura organizacional a ser implantada”. Na lei anterior, não se falava em aumento dos cargos em comissão e agora se abre uma brecha para criação de novos cargos em comissão, que ficam acrescentados. Eu questionei isso ao líder do Governo, na liderança, e ao comentar com ele achei que se tratou de uma situação para a qual não houve explicação.

Ele disse que antes de votarmos esse projeto haveria uma explicação, porque estamos criando cargos que vão resultar em um milhão, 857 mil reais, fora os benefícios e o mês de férias. Fiz esse questionamento ao líder do Governo e no prezado momento não houve uma resposta. Mesmo assim, pedindo para que houvesse uma explicação antes de colocar em discussão, esse projeto foi colocado em plenário para que pudéssemos votar.

Onde está se criando o cargo de diretor de serviços, está se acrescentando esse cargo, que são seis cargos comissionados, e está dando o poder do seguinte: “Os cargos previstos nas alíneas ‘g’ e ‘h’ - que é o chefe de operação e o encarregado de serviço - deverão ser preenchidos, exclusivamente, por empregados públicos permanentes. Mas o que significa empregados públicos permanentes? Se o “g” e o “h” são comissionados e se o chefe de operação e o encarregado de serviço são cargos comissionados? Essa foi uma das perguntas que fizemos. Porém, não obtivemos uma resposta.

Sr. Presidente, gostaria de um esclarecimento melhor. Nada melhor do que este projeto voltar para as comissões pelas quais não passaram, como a Comissão do Meio Ambiente, Comissão de Constituição, Justiça e Redação, e Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento.

Para que tivéssemos mais transparência ao votar este projeto, gostaria de pedir ao líder do Governo para colocá-lo novamente nas comissões. O projeto não passou pelas comissões. Só assim poderemos votá-lo de uma forma mais transparente, que é a forma como o nosso governador tem agido.

Muito obrigado.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Márcio Camargo.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - MÁRCIO CAMARGO - PSC - Para discutir a favor, tem a palavra o nobre deputado Campos Machado.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr. Presidente, digno corregedor desta Casa, causa-me profunda estranheza o comportamento da bancada do PT e do PSOL.

Desculpe-me, deputado Carlos Giannazi, mas este projeto que estamos votando hoje não é simplesmente, como diz o líder do Governo, sobre o aumento dos funcionários públicos. Não! É um privilégio para quem tem cargos de confiança. E os pequeninos? E os efetivos pequenos que ganham salários de miséria?

Há 20 anos, os funcionários da Estrada de Ferro Campos do Jordão vêm a esta Assembleia para falar comigo. Há 20 anos eu tento a mesma coisa, fazer justiça a eles. Apresentei uma emenda. O que quer dizer essa emenda?

 

O SR. CEZINHA DE MADUREIRA - DEM - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Deputado Campos Machado, acaba de adentrar no plenário o deputado Rodrigo Moraes. Ele é papai choco. Acabou de nascer o Rafael. Queria pedir uma salva de palmas ao nosso companheiro, o deputado Rodrigo Moraes. (Palmas.)

 

O SR. WELLINGTON MOURA - PRB - Sr. Presidente, solicito regimentalmente uma verificação de presença.

 

O SR. PRESIDENTE - MÁRCIO CAMARGO - PSC - O pedido de V. Exa. é regimental. Convido os nobres deputados Wellington Moura e Cezinha de Madureira para auxiliarem a Presidência na verificação de presença ora requerida.

 

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- É iniciada a chamada.

 

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O SR. PRESIDENTE - MÁRCIO CAMARGO - PSC - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, a Presidência constata número regimental de Srs. Deputados e Sras. Deputadas em plenário, pelo que dá por interrompido o processo de verificação de presença e agradece a colaboração dos nobres deputados Wellington Moura e Cezinha de Madureira.

Continua com a palavra o nobre deputado Campos Machado.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr. Presidente, estranho projeto este, onde se verifica a união jacaré com onça, “jaconça”, PT e PSDB, impressionante! O deputado Alencar Santana, eufórico no Colégio de Líderes, dizia: “Estou votando com o governo”.

O que aconteceu nesta Casa hoje? Como se explica que o deputado Alencar Santana, que se diz representante dos trabalhadores, aquele que derrama lágrimas na defesa das pessoas, homens e mulheres de mãos calejadas?

Esse projeto não é simplesmente um aumento para os funcionários públicos da Estrada de Ferro. Não. É para os privilegiados. Onde estão os pequeninos aqui? Onde estão os humildes aqui?

Mas o PT e o PSDB se abraçaram hoje solenemente, um verdadeiro casamento de amor. Eu percebi a existência de amor entre PT e PSDB hoje, no Colégio de Líderes, a votar esse absurdo aqui, onde se vota privilegiando os que têm cargo de confiança, e se esquecem dos pequeninos.

Apresentei uma emenda, uma simples emenda, que as pessoas desfavorecidas, que o PT deveria defender, e não está fazendo hoje, com esse abraço forte, de peito aberto, de coração estendido, na bancada do PSDB. O que estamos pretendendo? Para que sejam beneficiados neste projeto, os funcionários têm que contar com, no mínimo, dois anos, no mesmo emprego público, não possuir mais de seis faltas injustificadas em cada ano civil, não ter sofrido qualquer penalidade administrativa nos últimos 12 meses que antecedem o processo de avaliação de desempenho.

O que querem os humildes? Avaliação de desempenho. O que querem os poderosos? Cargos de confiança. E o que faz a bancada do PT? Apoia.

Eu tenho uma emenda. Pretendo destacar essa emenda. Vou ficar ali, no canto, examinando qual a posição do PSOL, deputado Raul Marcelo, deputado Carlos Giannazi, da bancada do PSDB. Vou ficar analisando. O que posso esperar depois desse abraço de apaixonados, entre o PT e o PSDB, em detrimento dos mais humildes?

Como posso aprovar um projeto desses, onde os mais humildes estão sendo esquecidos, e outros estão sendo privilegiados, os que têm cargo de confiança? Está aqui a emenda. Não foi acolhida inicialmente, mas eu vou querer vê-la pautada, se assim eu tiver o apoio do PSOL. Veja o semblante do deputado Carlos Giannazi, defensor intransigente dos mais humildes, dos mais simples, dos pés no chão, daqueles que andam em fábrica e dos que são tratados de maneira desigual neste País. Hoje, V. Exa. votou “sim”. Eu confesso que não entendi. Pudesse eu perguntar para uma menina chamada Leila a posição do pai, eu não teria resposta. Deputado Raul Marcelo, que já não se encontra entre nós, também votou “sim”. Da bancada do PT eu só vejo aqui a minha querida amiga, deputada Márcia Lia, porque os outros deputados desapareceram.

Eu quero indagar, Sr. Presidente. Com quem estamos? Desse jeito me lembro de Frank Williams, que disse “não importa onde estamos, importa para onde vamos”. Para onde vamos com esse projeto, Doutor Ulysses? Para onde vamos com esse projeto, se ele for aprovado dessa maneira? Privilegiar - já não sei quantas vezes o verbo privilegiar, mas é isso o que está acontecendo.

Disse-me um vice-líder do governo: “Mas V. Exa. não é aliado do Dr. Geraldo Alckmin?”. Sou, sim. Aliado eu sou, não alienado.

Eis que chega o deputado líder da bancada do PT, meu querido amigo, advogado, deputado Alencar Santana, que está apoiando um projeto que privilegia os cargos de confiança e se esquece dos pequeninos, dos mais humildes da Estrada de Ferro Campos do Jordão. Eu quero ver a posição da bancada do PT na votação dessa emenda.

O que eu assisti hoje, deputado Roque Barbiere - V. Exa. não poderia ter perdido -, foi um abraço de apaixonados, Alencar Santana e Barros Munhoz. Coisa linda! A deputada Célia Leão assistiu. Vossa Excelência viu aquele abraço prolongado, o carinho estampado nos olhos, o bater mais forte do coração. É amor, a mais linda palavra do universo. Dizia o deputado Alencar Santana: “Vamos votar com o governo. O deputado Barros Munhoz tem razão”. É, tem razão, quando se trata de desprestigiar os mais humildes eu não vejo aqui a bancada do PT. O deputado Alencar Santana está se inscrevendo. Não sei se contra ou a favor. Evidentemente, depois daquele longo abraço, é a favor. É triste. Eu quase fui às lágrimas, hoje, no Colégio de Líderes, ao ver esse abraço. Sabe, deputado Alencar Santana, eu fiquei emocionado. Não é o PT de antigamente, é o novo PT. O PT do amor, o PT da paixão, o PT dos sonhos, o PT dos horizontes, o PT dos céus, o PT desse sentimento que bate forte no coração da gente, como se fosse um amor de adolescência. Foi isso que eu senti, hoje, no Colégio de Líderes.

Eu imaginava que o PT, naquela vontade indômita de se contrapor à bancada do PSDB, fosse manifestar sua oposição. O deputado Massafera assistiu, foi testemunha. Ou V. Exa. não testemunhou o acordo frenético entre o deputado Barros Munhoz e o deputado Alencar Santana a respeito desse projeto? Foi testemunha. Ou V. Exa. é daqueles que eu pergunto que dia é hoje e V. Exa. responde que é depois de segunda e antes de quarta? Veja que pergunta difícil, deputado: que dia é hoje? É depois de segunda, mas antes de quarta. A terça-feira não é citada. É assim que muita gente se manifesta e se posiciona nesta Casa: nem sim e nem não; nem ontem, nem hoje, e muito menos amanhã.

É por isso, deputado Roque Barbiere, que fiz questão de vir aqui. Desculpem-me, meus amigos da Estrada de Ferro de Campos de Jordão: possivelmente mais um ano vai se passar e vocês vão ser esquecidos.

Acaba de chegar ao plenário meu grande amigo, irmão, deputado Barros Munhoz. Já falava num abraço romântico de corações entre o PT e o PSDB. Confesso a V. Exa. que fiquei emocionado. Dizia um velho poeta que há lágrimas que descem pelas faces e outras pelo coração. As minhas desceram pelo coração, ao ver aquele semblante alegre do deputado Barros Munhoz e o semblante feliz do deputado Alencar Santana, testemunhado pelo líder do PSOL, deputado Raul Marcelo. Sábia deputada Clélia e deputada Márcia, que há pouco faziam coraçõezinhos para mim.

Estou descrevendo o que aconteceu hoje, e quero fazer um desafio aqui: que me provem que esse projeto atende os mais humildes, os pequeninos, aqueles efetivos que dão o coração e a vida para defender a história e a trajetória de Campos de Jordão. Essa engrenagem que diz que estamos apenas dando denominações não existe, é um jogo de palavras. A verdade é que vou tentar ver aprovada minha emenda.

Seguramente a bancada do PSDB vai votar contrariamente, como se fosse ela a única a apoiar aqui o Geraldo Alckmin. E por falar nisso, ainda não ouvi a palavra, exceção feita ao deputado Carlos Bezerra, dos deputados do PSDB de que apoiam Geraldo Alckmin para presidente, e não apoiam o traidor chamado João Doria. Onde estão os deputados do PSDB que não vêm aqui para defender a legitimidade? Não posso concordar com a maneira de os deputados do PSDB não virem aqui à tribuna para se manifestarem entre Geraldo Alckmin para presidente e João Doria, o prefeito do aplicativo. Ele governa com aplicativo e dizendo a toda hora que tem um jatinho, como se isso fosse privilégio, fosse medalha conquistada num campo de batalha para ostentar no peito. Não é não. Geraldo Alckmin não é rico. Se tiver que andar é de avião de carreira, mas é correto, simples, humilde, franciscano e não trai ninguém. Quero afirmar aqui, e reafirmo: o Sr. João Doria está traindo vergonhosamente o governador Geraldo Alckmin.

Não estou me imiscuindo em questões do PSDB; estou dizendo como eleitor, cidadão, líder de uma bancada, presidente de um partido e secretário-geral nacional do PTB. É por isso que estou aqui hoje. E aproveito para reiterar uma vez mais o nosso total e incondicional apoio - estou falando aqui como presidente do partido que mais cresceu no Estado no ano passado -, de maneira inquestionável, total, solidária, à campanha de Geraldo Alckmin à Presidência da República. Nós não temos dúvidas. Perdoa-se tudo em política, menos traição. É isso exatamente o que o João Doria está fazendo em relação ao Geraldo Alckmin.

Eu quero dizer, e V. Exa. é testemunha. Não sou demagogo. Não sou alienado, sou aliado. Estou contra esse projeto porque tenho as minhas convicções.

Voltarei daqui a pouco a esta tribuna, seguramente para responder ao nobre deputado Carlão Pignatari quando V. Exa. passar o tempo para mim.

 

O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Primeiro eu quero cumprimentar o deputado Campos Machado. Ele sabe do respeito que tenho a ele. Mas ouvindo-o falar sobre alguém do meu partido, de traidor, eu acho que cada um cuida do seu partido. O partido do deputado Campos Machado é o Partido Trabalhista Brasileiro - PTB.

Em momento algum posso deixar que chamem alguém de traidor dentro do partido PSDB. Isso não é verdade. O candidato do Partido da Social Democracia Brasileira à Presidência da República - o deputado Campos Machado sabe muito bem disso - é o governador Geraldo Alckmin, que é apoiado pelo prefeito do município de São Paulo, o prefeito João Doria.

Essa história de “traidor” é uma palavra muito forte. Imagino que o deputado Campos Machado, com todo seu tempo de Casa e de experiência, tenha se equivocado. Eu acho que cada um cuida do seu partido. Eu acho que é muito ruim chamar alguém de outro partido, que apoia o governador Geraldo Alckmin, que é companheiro do governador Geraldo Alckmin. O governador Geraldo Alckmin será o nosso candidato à Presidência da República sem nenhuma preocupação.

 

O SR. BARROS MUNHOZ - PSDB - Sr. Presidente, solicito a prorrogação dos trabalhos por 2 horas e 30 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - MÁRCIO CAMARGO - PSC - Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr. Presidente, regimentalmente solicito uma verificação de votação da prorrogação.

 

O SR. PRESIDENTE - MÁRCIO CAMARGO - PSC - O pedido de V. Exa. é regimental. Esta Presidência vai proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que forem favoráveis deverão registrar o seu voto como “sim”, os que forem contrários deverão registrar o seu voto como “não”.

 

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- É iniciada a verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

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O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, gostaria de informar que a bancada do PSOL está em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - MÁRCIO CAMARGO - PSC - Esta Presidência registra a manifestação de obstrução da bancada do PSOL.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Acompanhei atentamente a fala do deputado Campos Machado, eu gostaria até que ele me ouvisse daqui da tribuna. Não vou entrar nessa seara do PSDB - que é uma questão interna do tucanato daqui de São Paulo - mas em relação ao projeto de lei.

Nós, do PSOL, vamos votar a favor do projeto de lei porque ele regulariza a situação de servidores dessa empresa estatal de Campos do Jordão. Ele não trata de questão salarial. E também vamos votar favoravelmente à emenda que o deputado Campos Machado está apresentando. Essa é a nossa posição da bancada do PSOL.

Estranhei a posição do deputado Campos Machado, criticando principalmente a nós, do PSOL, dizendo que não estamos ao lado dos servidores, dos pequenos. Eu estranhei isso porque é o deputado Campos Machado quem nunca esteve. Parece que ele está tendo um surto, um arroubo, uma conversão, não sei o que está acontecendo com ele.

O deputado Campos Machado sempre criticou os servidores da Educação. Nunca vi o deputado Campos Machado fazendo pressão para que o governo estadual cumpra a data-base salarial dos servidores. Há mais de três anos a data-base salarial não é cumprida para os professores, os servidores da Educação, os servidores da Segurança Pública e do Sistema Prisional. Agora, de uma forma repentina, em um arroubo, um surto, o deputado Campos Machado vai à tribuna dizer que está do lado dos pequenos, dos servidores. Não entendi.

Deputado Campos Machado, nós vamos votar a favor desse projeto de lei que é do Executivo, do seu amigo Geraldo Alckmin, do seu irmão Geraldo Alckmin. Vamos votar a favor porque é um projeto importante que regulariza a situação dos servidores - não trata da questão salarial. Vamos votar também a favor da emenda que V. Exa. está apresentando. Queria fazer este registro da bancada do PSOL.

 

O SR. EDSON GIRIBONI - PV - Sr. Presidente, gostaria de informar que a bancada do PV está em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - MÁRCIO CAMARGO - PSC - Esta Presidência registra a manifestação de obstrução da bancada do PV.

 

O SR. JORGE CARUSO - PMDB - Sr. Presidente, gostaria de informar que a bancada do PMDB está em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - MÁRCIO CAMARGO - PSC - Esta Presidência registra a manifestação de obstrução da bancada do PMDB.

 

O SR. FELICIANO FILHO - PSC - Sr. Presidente, gostaria de informar que a bancada do PSC está em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - MÁRCIO CAMARGO - PSC - Esta Presidência registra a manifestação de obstrução da bancada do PSC.

 

O SR. RICARDO MADALENA - PR - Sr. Presidente, gostaria de informar que a bancada do PR está em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - MÁRCIO CAMARGO - PSC - Esta Presidência registra a manifestação de obstrução da bancada do PR.

 

O SR. CORONEL CAMILO - PSD - Sr. Presidente, gostaria de informar que a bancada do PSD está em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - MÁRCIO CAMARGO - PSC - Esta Presidência registra a manifestação de obstrução da bancada do PSD.

 

O SR. WELLINGTON MOURA - PRB - Para colocar o PRB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - MÁRCIO CAMARGO - PSC - Esta Presidência registra obstrução do PRB.

 

O SR. ANTONIO SALIM CURIATI - PP - Para colocar o PP em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - MÁRCIO CAMARGO - PSC - Esta Presidência registra obstrução do PP.

 

O SR. ROGÉRIO NOGUEIRA - DEM - Para colocar o DEM em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - MÁRCIO CAMARGO - PSC - Esta Presidência registra obstrução do DEM.

 

 A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - Para colocar o PCdoB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - MÁRCIO CAMARGO - PSC - Esta Presidência registra obstrução do PCdoB.

 

O SR. ALENCAR SANTANA BRAGA - PT - Para colocar o PT em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - MÁRCIO CAMARGO - PSC - Esta Presidência registra obstrução do PT.

 

O SR. CAUÊ MACRIS - PSDB - Para registrar abstenção.

 

O SR. PRESIDENTE - MÁRCIO CAMARGO - PSC - Esta Presidência registra abstenção do deputado Cauê Macris.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, participaram do processo de votação 31 Srs. Deputados: 28 votaram “sim”, 1 votou “não”, uma abstenção e este deputado na Presidência, quórum insuficiente para a prorrogação dos nossos trabalhos. Com a palavra o nobre deputado Alencar Santana Braga, para discutir contra.

Antes, porém, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, do inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária a realizar-se hoje, dez minutos após esta sessão, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia: Projeto de lei Complementar nº 10, de 2017, de autoria do Sr. Governador. Altera a Lei Complementar nº 1.211, de 2013, que institui o Plano de Carreiras de Empregos Públicos e Sistema Retribuitório para os servidores ferroviários da Estrada de Ferro Campos do Jordão - EFCJ. Com emenda. Parecer nº 387, de 2017, da Comissão de Justiça e Redação, favorável ao projeto e contrário à emenda. (Artigo 26 da Constituição do Estado).

 

O SR. ALENCAR SANTANA BRAGA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente em exercício, nobre deputado Márcio Camargo, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente, hoje no Colégio de Líderes tratamos de alguns itens, dentre eles o projeto que mexe na lei do deputado Rui Falcão, tratamos também do projeto que trata da ferrovia de Campos do Jordão e ainda um outro item que trata da região de Cotia. Dissemos no Colégio de Líderes da nossa divergência, que estamos trabalhando para buscar uma proposta alternativa da bancada do Partido dos Trabalhadores em relação ao primeiro item que trata da cobrança dos consumidores via AR. Entendemos e defendemos a lei do deputado Rui Falcão, que garante que consumidores não fiquem nas mãos das grandes empresas no processo de cobrança, onde acaba sujando o nome de muita gente de maneira indevida. Para a empresa tanto faz, mas, para o consumidor, isso gera um grande dano e prejudica muito a vida das pessoas.

Também dissemos que entendemos o argumento dos pequenos comerciantes de que deve haver alguma medida para agilizar esse processo e colocamos que nossa bancada vai discutir mais a matéria. Pedimos mais um tempo para que pudéssemos fazer esse debate e, dentre outras coisas, escutar as entidades de defesa do consumidor. O Governo entendeu que esse debate era necessário.

Disse ali que concordava com o deputado Barros Munhoz sobre o argumento de que, se uma lei é aprovada por esta Casa, seja de um ex-deputado ou de um atual, ela poderia ser objeto, ou não, de alteração. Disse que não tem sentido em seu objeto se a Casa entender que precisa melhorar. Não se trata só desse caso específico, mas no geral. Nossa função é fazer leis.

Essa foi a divergência que houve entre os deputados Campos e Barros. Nós nos manifestamos nesse entendimento, apesar de não concordarmos com o projeto do jeito que está.

Também dissemos que éramos contra o argumento do deputado Campos Machado, que dizia que a lei estava sub judice no STF. Há uma Adin que contesta a constitucionalidade da lei. O deputado Campos diz que não se pode votar enquanto não se resolver a Adin. Ele teria razão se os efeitos da lei estivessem suspensos, o que não é o caso. A lei está válida e está sendo aplicada. Há uma ação tramitando segundo a qual ela pode, porventura, ficar inconstitucional. E por que isso?

Se a decisão do tribunal for a de que a lei é inconstitucional, esta Casa pode alterá-la. Se a posição do tribunal for a de que a lei é constitucional, esta Casa também pode alterá-la.

Não sei por qual razão o deputado Campos ficou muito alterado devido a essa discussão. Fez uma defesa enfática e a respeitamos, mas, particularmente, ainda não entendi. Aliás, teve até reforço hoje. Além do deputado Campos, líder do PTB, estava o deputado Roque Barbiere, os dois com argumentos enfáticos em defesa dessa lei.

Nossa argumentação foi no sentido de que poderíamos alterar pelas duas razões, independentemente da ação no STF ou de ser uma lei de qualquer deputado desta Casa. Disse que tínhamos divergências no mérito, salvo se houver as alterações que têm diálogo. Também disse que a bancada ia se reunir.

Sobre o projeto dos servidores, deputado Campos, não é de hoje que a bancada do PT se manifesta sobre projetos em defesa dos servidores. Vossa Excelência disse que não tinha qualquer acordo em relação ao outro projeto, que envolve o AR, e queria obstruir, o que é legítimo, cada bancada faz o que deseja e o que acha correto, mas achamos que nãos seria o caso nesse projeto, que regulariza uma situação dos servidores e que envolve a rodovia em Campos do Jordão.

É uma situação que, segundo o Governo - e consultamos nossa assessoria - regulariza uma situação devido a uma decisão judicial. Achamos por bem, legítimo, que essa situação seja regularizada para não prejudicar os servidores que lá estão. Não tem sentido. Aliás, seria ilógico da nossa parte. A bancada do PT tem feito discursos em defesa dos servidores e, nesse caso, votar de forma contrária não faria sentido. E o número de cargos, inclusive, é reduzido de 70 para 53 cargos.

Essa é nossa posição, deputado Campos, e a expressamos aqui, legitimamente, em público. Também informo a V. Exa. em público, da mesma maneira que o informei hoje à tarde, que somos favoráveis à emenda de V. Exa. que trata da progressão, que reduz o tempo e que também beneficia o servidor. Votaremos favoravelmente sem problema algum.

Seu problema não é conosco, é com o Governo que V. Exa. diz defender, o seu aliado e irmão, Geraldo Alckmin.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - “Diz” não, defendo. Não sou covarde, não.

 

O SR. ALENCAR SANTANA BRAGA - PT - Posso falar? Acho que o nobre deputado está um pouco alterado. Posso falar, Sr. Presidente? Estou com a palavra.

 

O SR. PRESIDENTE - MÁRCIO CAMARGO - PSC - Com a palavra, deputado Alencar Santana Braga.

 

O SR. ALENCAR SANTANA BRAGA - PT - O nobre deputado Campos Machado está alterado o dia inteiro, desde o Colégio de Líderes. Estava eufórico. Calma, deputado, o seu problema não é conosco. O seu problema é com o deputado Barros Munhoz, tanto é que V. Exas. discutiram há pouco. Resolvam com o seu aliado, governador Geraldo Alckmin. Liga para ele e resolve, já que ele gosta também de Vossa Excelência.

 

O SR. PRESIDENTE - MÁRCIO CAMARGO - PSC - Peço licença ao nobre deputado Alencar Santana Braga. Será preservado o seu tempo restante de oito minutos.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esta Presidência adita a Ordem do Dia, os seguintes projetos de lei, vetados totalmente:

- PL nº 268/16, PL nº 380/16, PL nº 670/16 e PL nº 866/16.

Esgotado o tempo da presente sessão, antes de dar por levantados os trabalhos, convoco V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia do dia de hoje e os aditamentos anunciados, lembrando-os ainda da sessão extraordinária a realizar-se hoje, dez minutos após o término da presente sessão.

Está encerrada a sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 19 horas.

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