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20 DE OUTUBRO DE 2017

067ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO AO DIA DO POLICIAL MILITAR PORTADOR DE DEFICIÊNCIA FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

 

Presidentes: CORONEL CAMILO e CORONEL TELHADA

 

RESUMO

 

1 - CORONEL CAMILO

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - VERA BUCHERONI

Mestre de cerimônias, anuncia a composição da Mesa.

 

3 - PRESIDENTE CORONEL CAMILO

Informa que a Presidência efetiva convocara a presente sessão solene, em "Comemoração do Dia do Policial Militar Portador de Deficiência do Estado de São Paulo", por solicitação deste deputado, na direção dos trabalhos, bem como do deputado Coronel Telhada. Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro". Anuncia a exibição de vídeo institucional, sucedida da execução da "Canção da Polícia Militar".

 

4 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência. Anuncia as demais autoridades presentes.

 

5 - CORONEL CAMILO

Assume a Presidência.

 

6 - CORONEL TELHADA

Deputado estadual, destaca o valor do trabalho que a Associação dos Policiais Militares Portadores de Deficiência Física do Estado de São Paulo realiza em prol não apenas daqueles que representa diretamente, mas de todos os policiais. Considera a entidade um exemplo de serviço e abnegação. Coloca-se à disposição da associação. Afirma que a Polícia Militar precisa mudar a sua mentalidade e valorizar a si própria, buscando seu fortalecimento.

 

7 - PRESIDENTE CORONEL CAMILO

Endossa o pronunciamento do deputado Coronel Telhada. Declara que os policiais devem valorizar seus colegas e, sobretudo, os veteranos, solidificando a unidade da corporação. Pede que todos se associem às entidades de classe da Polícia Militar. Parabeniza os policiais portadores de deficiência, pelo serviço prestado.

 

8 - MAJOR OLÍMPIO

Deputado federal, argumenta que os policiais portadores de deficiência são, por sua disposição a se sacrificar pelo bem da sociedade, um símbolo importante de heroísmo para um mundo que, a seu ver, tem deixado os valores de lado. Comemora a aprovação de lei que transformou em crime hediondo o ataque a policiais e seus familiares. Faz coro ao pronunciamento do deputado Coronel Telhada, quanto à necessidade de uma mudança de mentalidade. Reitera seu apoio à luta da PM. Parabeniza a Associação dos Policiais Militares Portadores de Deficiência Física do Estado de São Paulo, a qual, acrescenta, é modelo para outros estados.

 

9 - CORONEL TELHADA

Deputado estadual, lê breve histórico da Associação dos Policiais Militares Portadores de Deficiência Física do Estado de São Paulo, destacando aqueles que foram fundamentais para a criação da entidade.

 

10 - PRESIDENTE CORONEL CAMILO

Enfatiza a importância de ter sempre em mente a história da Polícia Militar. Anuncia a entrega da Medalha Eterno(a) Guerreiro(a), criada em 2005, a diversos representantes da sociedade brasileira que, direta ou indiretamente, lutam pela valorização da Polícia Militar, com leitura de breve resumo biográfico de cada homenageado.

 

11 - ROGÉRIO PRAXEDES MARCOLINO

Primeiro sargento da Polícia Militar e um dos homenageados, agradece a todos os que contribuem para a continuidade dos trabalhos da Associação dos Policiais Militares Portadores de Deficiência Física do Estado de São Paulo. Elenca os serviços prestados pela entidade. Relata a importância dela em sua vida.

 

12 - PRESIDENTE CORONEL CAMILO

Detalha o processo de criação do Dia do Policial Militar Portador de Deficiência do Estado de São Paulo. Anuncia declamação do poema "Nossa Bandeira", de Guilherme de Almeida.

 

13 - ANTONIO FIGUEIREDO SOBRINHO

Soldado da Polícia Militar e presidente da Associação dos Policiais Militares Portadores de Deficiência Física do Estado de São Paulo, expressa sua satisfação por fazer parte da entidade, embora o trabalho ali seja árduo. Destaca que, sozinho, não poderia fazer nada, e que o bom funcionamento da associação depende de todos os seus integrantes. Parabeniza os homenageados desta sessão. Apresenta aos deputados presentes uma proposta de projeto de lei favorável aos policiais militares.

 

14 - CORONEL TELHADA

Deputado estadual, enfatiza a importância do seu trabalho conjunto com o deputado Coronel Camilo. Manifesta apoio à proposta apresentada pelo soldado Antonio Figueiredo Sobrinho. Reitera a necessidade de união entre os policiais.

 

15 - PRESIDENTE CORONEL CAMILO

Parabeniza os homenageados e os integrantes da Associação dos Policiais Militares Portadores de Deficiência Física do Estado de São Paulo. Faz histórico de sua colaboração com o deputado Coronel Telhada na polícia, antes que ambos se tornassem parlamentares.

 

16 - IVO HOLANDA

Faz agradecimento aos policiais militares e bombeiros, pelo serviço prestado à sociedade.

 

17 - PRESIDENTE CORONEL CAMILO

Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Camilo.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - VERA BUCHERONI - Bom dia a todos. Neste instante, daremos início à sessão solene com a finalidade de comemorar o Dia do Policial Militar Portador de Deficiência do Estado de São Paulo. Para compor a Mesa principal, convido os deputados proponentes desta sessão: Coronel Camilo e Coronel Telhada. Convido o coronel PM Marcelo Miranda de Santana, neste ato representando o coronel PM Nivaldo César Restivo, comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo; soldado PM Antônio Figueiredo Sobrinho, presidente da APMDFESP; o deputado federal Major Olímpio; coronel PM Júlio de Freitas Gonçalves, superintendente da Cruz Azul de São Paulo.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Senhoras e senhores, bom dia a todos. Sejam todos bem-vindos a esta Casa de Leis. Agradeço nossa Mesa; ao Coronel Telhada, proponente desta sessão solene; ao nosso grande defensor da área federal, deputado Major Olímpio; ao coronel Santana, representando o nosso comandante-geral Nivaldo; ao nosso coronel Freitas, da Cruz Azul de São Paulo; e ao Antônio Figueiredo, nosso presidente da APMDFESP. Muito obrigado e sejam todos muito bem-vindos à nossa Casa de Leis.

Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata da sessão anterior.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, minhas senhoras e meus senhores, esta sessão solene foi convocada pelo presidente da Casa, nosso deputado Cauê Macris, a pedido dos deputados Coronel Telhada e Coronel Camilo, com a finalidade de comemorar o Dia do Policial Militar Portador de Deficiência do Estado de São Paulo.

Para começarmos bem, em posição de respeito, vamos cantar o Hino Nacional, executado pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do 1º sargento Cristiano Vaz Coelho.

 

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- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Muito obrigado, agradeço em meu nome e do Coronel Telhada, o nosso sargento Cristiano da Banda do CPAM8. Uma salva de palmas para nossa banda. (Palmas.)

Comunicamos a todos que estão nesta plateia e nos acompanhando ao vivo pela TV Assembleia, que o programa será retransmitido no domingo, dia 22 de outubro, às 21 horas pela NET - canal 7; pela TV Digital - canal 61.2; e pela Vivo - canal 9.

Gostaria de iniciarmos chamando nossos representantes para falar deste trabalho tão importante feita pela nossa Associação de Deficientes Físicos. Mas, antes, vamos apresentar um vídeo institucional.

 

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- É exibido o vídeo institucional.

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Parabéns à nossa associação. Vamos inverter um pouquinho a ordem, porque fazemos questão de cantar a nossa canção, e a banda não vai poder ficar até o final. Vamos à execução da “Canção da Polícia Militar”.

 

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- É executada a “Canção da Polícia Militar”.

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Obrigado Cristiano e a todos da banda do CPAM8. Bom retorno e bom trabalho a todos vocês. Muito obrigado.

Dividindo a sessão, passo a palavra ao nosso Coronel Telhada, que vai fazer a nominata dos que estão aqui. Os que não foram citados, por favor, procurem o Cerimonial, porque fazemos questão de citar todos das associações e representantes que prestigiam este grande trabalho feito pela Associação dos Deficientes Físicos e os homenageados de hoje com a Medalha Eterno Guerreiro.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Coronel Telhada.

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Bom dia a todos, é um prazer recebê-los aqui. Queria nomear algumas pessoas que se apresentaram ao Cerimonial, agradecendo pela presença de todos.

Coronel Sebastião Corrêa de Carvalho, comandante da Academia e hoje representando a Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Clube Panathlon; coronel PM Ieros Aradzenka, seja bem-vindo; coronel PM Reginaldo Antônio Blaskowski, representando o comandante militar do Sudeste, João Camilo Pires de Campos; coronel PM Manoel Carlos Abissi Nogueira, diretor social e de marketing da Associação dos Oficiais Militares do Estado de São Paulo; a tenente-coronel Cláudia Virgília Raposo de Faria, chefe do Centro de Reabilitação da Polícia Militar de São Paulo; Artur Berberian Filho, coordenador de Relações Institucionais Externas da União dos Escoteiros do Brasil; 1º tenente Felix, chefe de divisão da Diretoria de Ensino e Cultura.

André Bandeira, vereador de Piracicaba; Ronaldo Carlos Scheibel, diretor de Comunicação Social, representando o presidente da Associação dos Cabos e Soldados da PM, Wilson de Oliveira Morais; 1º tenente Leal, representando a Diretoria de Polícia Comunitária e Direitos Humanos da Polícia Militar; major PM Miguel Junior, da Coordenadoria de Assuntos Jurídicos da Polícia Militar; comandante regional José Luis Matuliones, representando o inspetor superintendente Adelson de Souza, do Comando da Guarda Civil Metropolitana; 2º tenente Silvio Roberto Pupo, representante regional de Santos; nosso querido amigo Vitor Carvalho, representando a deputada estadual Célia Leão; capitão PM Fernando, representando o chefe da Assessoria Militar da Alesp, o coronel PM Carlos Ricardo Gomes; 1º tenente Vitor Esteves, representando o vice-almirante Guerreiro, comandante do 8º Distrito Naval; Danilo Domingos, representando o deputado Gil Lancaster; Hamilton Prado Alves, representando o deputado Antonio Salim Curiati.

Também queria fazer menção da querida coronel Carla; coronel Delafina; nosso amigo Ivo Holanda, sempre presente. Obrigado pela presença de todos. Aos que não foram citados, sintam-se todos homenageados. Se alguma autoridade não foi citada, passe o nome ao protocolo para que possamos fazer a menção. Estão aqui também os nossos representantes da APMDFESP.

Não puderam comparecer, mas mandaram seus abraços e agradecimentos os deputados João Caramez, Aldo Demarchi, Celino Cardoso, Celso Nascimento, Enio Tatto; o vereador Celso Jatene; e o Dr. Silvio Hiroshi Oyama, nosso presidente do Tribunal de Justiça Militar.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Coronel Camilo.

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Obrigado Coronel Telhada. Queria fazer uma referência especial à deputada Célia Leão, também portadora de deficiência. Ela sempre está presente, mas hoje não pode vir e mandou o Vitor. Ela sempre prestigia nossas solenidades, não só dos portadores de deficiência física, mas todas da Polícia Militar. Passaremos agora a ouvir nossos representantes.

Chamo nosso amigo e defensor da polícia que está sempre comigo batalhando, nosso Coronel Telhada, para fazer uso da palavra. Nós trabalhamos juntos nesta Casa fazendo projetos e temos o mesmo objetivo, que é a defesa do policial militar. Estamos presidindo esta sessão em conjunto. Telhada, a palavra é sua.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PSDB - Muito obrigado, Sr. presidente, deputado Coronel Camilo e demais autoridades da Mesa; nosso representante em Brasília, deputado Major Olímpio, que junto com o deputado Capitão Augusto tem se destacado. Aliás, parabéns pela premiação que você recebeu ontem: de 513 deputados, foi um dos dez mais destacados. Qual foi mesmo?

 

O SR. MAJOR OLÍMPIO - Deputado de destaque da seguridade social.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PSDB - Não é fraco mesmo, foram dois prêmios muito bem dados. Parabéns, Olímpio. Nós sabemos da combatividade do Olímpio e do Augusto, e, desculpem a modéstia, mas minha e do Camilo também, que temos trabalhado forte no sentido de valorizar as forças de segurança, não só a Polícia Militar. O Olímpio tem sido um guerreiro neste aspecto também.

Cumprimento o coronel Santana, representando aqui não só o comandante-geral, mas toda a Polícia Militar; nosso amigo coronel Freitas, um batalhador na Cruz Azul, que tem feito a diferença junto com seu grupo de elite para manter a saúde. Sabemos da dificuldade da saúde em todo o Brasil, e não é exceção da Cruz Azul. É muito criticado, como todos nós somos, mas tem levado a missão à frente. Saúdo o Figueiredo, hoje na presidência da APMDFESP, e em nome dele quero saudar todos os senhores e senhoras desta tão valorosa Associação. Não poderia começar minhas palavras sem fazer uma referência elogiosa e especial ao nosso querido amigo Élcio Inocente, que não pode estar presente por motivos de saúde, mas sabemos que, espiritualmente, ele está aqui conosco, pensando em nós, porque talvez ele esteja doente de tanto que se dedica à causa.

É difícil falar da APMDFESP, do trabalho que vocês executam diuturnamente. Nós temos acompanhado há anos e sabemos do que têm feito em prol não só do policial portador de deficiência, mas pela família destes policiais também. Aliás, têm atendido alguns casos até fora da PM, estando sempre prontos para atender quem os procura. Sempre que estamos em eventos, tanto o Camilo, como o Olímpio e eu, em qualquer atividade que estamos, vira e mexe falamos da APMDFESP, porque é uma referência para nós. É uma referência de trabalho, de dedicação, de transparência, de honestidade e abnegação. Tenho muito contato com o Praxedes no M5, e ele sabe disso. Sabemos dele, que é o mais próximo de mim, das figuras aguerridas que os senhores são, sem exceção. Às vezes o Praxedes me liga de madrugada, final de semana. O cara é chato, tem problema ele liga, mas está ali cobrando e pedindo, correndo, saindo no carro dele para atender as pessoas. Acho que sua referência serve para os demais. Não tem tempo ruim.

E sempre foi assim na Polícia Militar: não tem tempo ruim. Deu a missão, nós vamos e executamos. Vamos para cima. Isto é a APMDFESP, um grupo de policiais militares dedicados que abraçaram uma causa e não têm hora e nem dia para trabalhar. Então, falar de vocês é fácil, mas, ao mesmo tempo, difícil, porque não temos como fazer mais elogios a vocês. O que podemos dizer é o seguinte: que estamos com vocês para o que der e vier. Estamos à disposição. Tenho certeza que posso falar em nome dos demais deputados que falarão em seguida, que vocês têm total apoio nosso. Às vezes até não apoiamos mais Figueiredo, e falo isso para o Élcio também, porque o pessoal não traz para nós, porque já resolvem no meio do caminho, mas, no que pudermos ser úteis, nos procurem e contem conosco.

A Polícia Militar tem um problema muito grave, e acho que aqui quem não é policial militar, é parente de um e sabe do que estou dizendo. A Polícia Militar não precisa de inimigos, porque ela é inimiga dela mesma. A PM não precisa de crítica, ela mesmo se critica. O que faz com que, muitas vezes, nós não consigamos nos desenvolver por culpa nossa, que não consigamos obter mais direitos e vantagens por culpa nossa. Nós precisamos mudar esta filosofia e mentalidade. Eu tenho certeza que os senhores e senhoras, em suas atividades junto a APMDFESP, têm sentido isso. Muitas vezes, vocês querem ajudar a pessoa, e ela não quer ser ajudada. Ou vocês vão, ajudam, tiram dinheiro do bolso, se extrapolam em suas atividades, acaba de fazer e a pessoa fala mal de você.

Então, isto é nato do ser humano, mas, na Polícia Militar, é quase uma tradição. Nós precisamos mudar esta triste realidade. Na Bíblia, está escrito que dez leprosos foram curados e só um voltou para agradecer, então, vejam que isso já não é de hoje. Mas nós precisamos aprender a mexer e mudar esta mentalidade. Nós temos que aprender a nos ajudar. Eu ouço desde o dia 29 de janeiro de 1979, quando o Camilo e eu entramos na Academia do Barro Branco - e o Olímpio já era veterano, tinha um ano no curso preparatório, e não deu trote porque logo virou amigo - discursos como: “Nós temos que ajudar a população, a Polícia Militar está à disposição. Nós juramos morrer, se necessário”. Vocês não morreram, mas estão em uma cadeira de rodas, porque são policiais.

Estamos sempre dispostos à luta, ao combate, ao sacrifício. Mas nós esquecemos de ajudar a nós mesmos, a valorizar a nós mesmos. Nós temos que mudar esta mentalidade. Ontem fui ao canil da Guarda Civil e fui recebido de uma maneira que fiquei até lisonjeado. E onde nós vamos, é assim. Quando você chega em um quartel da PM as pessoas têm receio de falar com você, de encostar em você, de ser seu amigo. Esta mentalidade na polícia precisa ser mudada. Eu tenho certeza que, na APMDFESP, vocês têm o mesmo problema, que às vezes quando chegam ao quartel são atendidos meio como: “O que estes caras vieram pedir, o que eles querem?” Tenho certeza, não precisa me falar. Esta é a mentalidade.

Então, todos vocês aqui, oficiais e praças que envergam o fardamento da Polícia Militar, porque nós já estamos na reserva, aprendam esta máxima daqui para frente. Comecem a se valorizar, e a valorizar sua polícia. Valorizem seus soldados e comandantes. Precisamos mudar a mentalidade da Polícia Militar no sentido de valorização total. A sociedade nos valoriza e reconhece nosso serviço. Nos critica muito, mas reconhece e sabe da necessidade dos nossos serviços. Agora é hora de nós reconhecermos isto também. Senhores policiais militares que estão aqui fardados, este reconhecimento começa no apoio à APMDFESP.

Por incrível que pareça, quanto está a mensalidade da APMDFESP? R$ 53,90. Milhares de policiais militares não são sócios, como não são sócios do Pró-PM, que paga cinco reais. “Eu não quero ser de HM, é uma porcaria.” Nós nunca nos ajudamos. “Vou sair da Cruz Azul porque é uma porcaria, chego lá e pego fila.” Nós pagamos convênio fora por uma nota, chegamos ao hospital e ficamos uma, duas horas para sermos atendidos e não reclamamos, já da Cruz Azul, do HM, da APMDFESP, nós reclamamos.

Isto é mais um desabafo do que um discurso, mas é verdade. Desculpe, presidente, mas temos que ouvir isto. Vamos parar de reclamar e de falar do colega. Vamos trabalhar e nos ajudar, vamos um carregar o outro. Não vamos deixar soldados no campo de batalha. Não vamos deixar soldados caídos para trás. Nós temos que carregar no colo, no ombro. Eu ouço tanta reclamação atualmente. Estas redes sociais viraram um poço de reclamação, todo mundo reclamando. Não é hora de reclamar, é hora de trabalhar. É hora de se unir e fortalecer nossa Polícia Militar. É hora de fazermos mais representantes. É hora de valorizarmos o colega; o oficial valorizar a praça, e a praça valorizar o oficial.

É só dar uma olhada ao nosso redor, em toda a sociedade, do que está acontecendo, para vermos que a Polícia Militar tem problemas sim, mas muito menos do que as pessoas estão aí fora trabalhando de sol a sol e ganhando salário mínimo. E estão dando graças a Deus quando conseguem ganhar o salário mínimo. E nós reclamando. Então é um momento de reflexão. Acho que a solenidade, além de ser uma homenagem à APMDFESP e algumas pessoas que têm ajudado - e já quero parabenizar antecipadamente, é um momento de reflexão. É vermos o que queremos para o nosso futuro. Ou resolvemos o problema do País, do estado e da polícia, e começamos a reerguer algumas paredes que foram derrubadas, ou vamos continuar sempre com elas derrubadas.

É um momento de união e de força. É um momento de pensamento positivo. Vamos parar com as reclamações e com o disse me disse. Vamos parar de apontar o dedo para o outro. Vamos unir e fortalecer nossa Polícia Militar, onde todos nós ingressamos como voluntários. Não sei quem é mais antigo, temos policiais com mais de 40, 50 anos de serviço. Mas todos nós que ingressamos aqui, sem exceção, somos voluntários. Fomos lá, assinamos, fizemos o curso, corremos, pulamos, fizemos exames psicológicos, brigamos para entrar na polícia e estamos reclamando dela.

É um momento de reflexão. Se juntem a nós nesta causa. Ano que vem temos campanha, vamos fazer mais representantes. Esta Casa tem 94 deputados, e hoje só dois policiais militares. Vamos para Brasília junto com o Olímpio e o Augusto. Nossa representação e força hoje no Brasil é política. Então, vamos fortalecer, melhorar, valorizar e nos unir. Tenham certeza de que, unidos, nós vamos melhorar a vida de todo mundo, e vamos fortalecer nossa polícia, para darmos um futuro melhor aos nossos filhos e netos.

Parabéns, Figueiredo, toda a diretoria e todos os funcionários da APMDFESP, sem os quais ela não funcionaria. Vocês são eternos guerreiros, homens e mulheres que fazem a diferença não só na vida de milhares de pessoas, mas na Polícia Militar. Vocês estão nos ensinando muita coisa. Continuem firmes na missão. Deus abençoe a todos. Brasil acima de tudo.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Parabéns ao nosso Coronel Telhada. Não posso deixar de fazer um complemento ao que o deputado fez, e já fazendo parte da minha fala a todos os senhores e senhoras. Tudo começa dentro de nossos quartéis, dentro do tratamento que damos aos nossos próprios policiais, principalmente os comandantes Delafina, Carla, Virgínia, todos que estão aqui. Policiais, primem sempre pela valorização dos nossos policiais. Nos meus três anos de comando, e mesmo antes disto, sempre premi pela valorização. Tratem bem quando vierem aos nossos quartéis, os nossos veteranos.

Procurem um boletim, que inclusive foi feito em 2011, trazido pelo nosso Exército Brasileiro, do que eles fazem no atendimento ao veterano, inclusive quando ele retorna ao quartel. Vocês que estão na ativa hoje, um veterano, seja cadeirante ou não, é o cerne da nossa instituição. Se hoje temos uma boa instituição é porque os veteranos que passaram aqui a construíram. Heróis anônimos que ficam em um cantinho sem falar nada, aqueles que defenderam e não apareceram. Cito para vocês o Franklin, herói do bombeiro do Joelma, pouca gente sabe disso. Ou seja, muitos acabam tendo um tratamento inadequado nos quartéis. Nós fazemos isso.

Até o termo nós mudamos, por causa daquele homem que está ao fundo lá, o coronel Corrêa de Carvalho, meu instrutor. Ele sugeriu uma vez, em uma solenidade, assim que assumi o comando, que o termo “inativo” era um termo muito forte. O senhor lembra disto, comandante? Foi em uma solenidade da Coopmil. Dali para a frente, muita gente me ajudou, o coronel Antão, o coronel Ieros Aradzenka, para mudarmos esta mentalidade. Hoje, quando você vai às unidades, as pessoas evitam usar o termo “inativo”, embora o termo legal seja este. Mas usamos o termo de veterano.

Infelizmente, não temos o apoio do Estado que gostaríamos. A APMDFESP cobre esta lacuna que falta do Estado, de estar ali no apoio da família. Vejam o que aconteceu com a Adriana, o Turíbio e outros policiais. Somos nós que temos que nos ajudar. Por isto o Coronel Telhada acerta novamente, quando fala para todos ficarem sócios da Pró-PM. Ela ajudou muitos destes nossos policiais com deficiência, e todos que não têm deficiência. É um cafezinho que você paga por mês, para comprar equipamentos que ela coloca nos centros de reabilitação, no Hospital da Polícia Militar, em nossas UIS, sem perguntar quem vai ser atendido, ou se aquele atendido é sócio ou não. É fundamental que todos divulguem a Pró-PM, e peço, inclusive, que mais fiquem sócios.

Mas só para não perder, tratem bem nossos veteranos quando vierem às nossas unidades policiais. Eles têm uma história por trás deles que nós não conhecemos. O coronel Nogueira sabe disto na associação. Se pegar cada um dos nossos veteranos e pedir para contar uma história, são bonitas histórias de vida. E, aos nossos deficientes, fica nosso agradecimento por darem a vida pelo cidadão de São Paulo. Alguns perdem a vida, como o PM que perdeu ontem à noite em um assalto. Todos vocês estão de parabéns. No meu comando, eram 500, não sei hoje, mas não deve ser muito diferente. Eram 300 em serviço. Acidente de viatura, tira baleado, problema de cair em ocorrência, cair de laje. Teve de tudo.

Isto não chega para a mídia. Ela mal comenta a morte, que é o mais grave, mas o ferido dificilmente alguém dá valor. Nós precisamos nos valorizar. E o que pudermos fazer, eu e o Telhada nesta Casa, tenho certeza que o Olímpio e o Augusto na área federal, para que melhore o trabalho e a dignidade de todos vocês, será feito. Volto a insistir naquele ponto: tratem bem o nosso veterano.

Agora. com a palavra. nosso representante na área federal, Major Olímpio, grande guerreiro a olhos vistos, para falar a estes eternos guerreiros. Todo dia está batalhando e não deixando nada passar.

 

O SR. MAJOR OLÍMPIO - Exmos. Deputados e irmãos de luta, Camilo e Telhada, proponentes e presidentes de mãos dadas desta solenidade; coronel Santana, representando o Comando-Geral da Polícia Militar; coronel Freitas, grande amigo, meu eterno comandante. Cada vez que estávamos de folga e o coronel Freitas ligava e falava: “Como está esta força?” Nós já sabíamos que tínhamos que voltar para o quartel. Figueiredo, presidente em exercício da APMDFESP, leve o nosso abraço ao Élcio, que está convalescendo, mas se Deus quiser brevemente estará, como sempre esteve, à frente do campo de luta.

Eu prestava atenção, no momento em que o Coronel Camilo anunciou o Hino Nacional e depois a Canção da Polícia Militar, na emoção com que todos nós cantamos, e a emoção que se traduz na altivez daqueles nossos que estão no serviço ativo. Mas eu prestava muito mais atenção e fiquei emocionado quando vi meus companheiros desta primeira fila cantando o Hino Nacional. Ali está o Santos, na cadeira de rodas, com o uniforme da Polícia Militar, e tantos outros. Eu pensava comigo, no mundo em que vivemos hoje, onde os valores estão cada vez mais deixados de lado - o respeito à família, à religião, às instituições e tradições - vi aqui símbolos de verdadeiros heróis. Homens e mulheres que foram lesionados defendendo a sociedade e cumprindo um juramento.

Quando se fala isto, dizem que é fora de moda. O que é juramento, morrer por uma causa? Estar permanentemente por uma causa, por alguém que nunca vimos, pelo patrimônio, pelo celular, pelo brinco de uma menina que você nunca tinha visto na vida? Depois de todo o sofrimento que acaba sendo permanente, vir a um ato público e dar uma demonstração que vocês deram, cantando o Hino Nacional e a Canção da Polícia Militar, não com a voz, mas com o coração, com a alma, dizendo a todos os nossos que estão ali atrás, uniformizados, ou para nós veteranos, que tudo aquilo que nós aprendemos desde o primeiro dia que ingressamos em uma escola de formação na Polícia Militar, é uma verdade internalizada no nosso coração.

Devo dizer que os senhores são verdadeiramente símbolos de uma guerra permanente, do esquecimento do Estado covarde e vil, e um alerta permanente a todos nós que estamos no front, sujeitos à fatalidade que aconteceu com vocês. E dão um recado: se isto acontecer, tenha a mesma altivez e comportamento, a mesma defesa da sociedade e da instituição. Vocês são verdadeiros símbolos, e nós precisamos e usamos estes símbolos. Poucas pessoas sabem, mas foi votado no Congresso, e hoje é lei que torna crime hediondo quem ataca policiais e familiares, colaterais até terceiro grau.

Este projeto não foi pautado por causa do Major Olímpio, que grita alto. Na Comissão-Geral que foi feita de manhã no plenário da Câmara, estava lá o sargento Élcio, uniformizado, e uma dezena de vocês uniformizados. A única coisa que fiz foi anunciar a presença de vocês e o Élcio falar em nome de vocês, o que é a profissão do policial militar, o que é que vocês realizam e realizaram pela sociedade, e o quanto o Estado, através de uma lei mais efetiva, era falho em relação aos senhores. O símbolo não seria o meu discurso e do Coronel Camilo e do Telhada, dentro da área política somos instrumentos. Estes dois deputados e policiais militares têm a grandeza de estarem aqui representando a família policial militar, com a condição de abrirem portas da Casa do Povo para que se possa fazer este alerta à sociedade.

Não se trata nem de homenagem, mas de um alerta à sociedade. Centenas e centenas de policiais dão suas saúdes e os melhores anos de suas vidas, dão suas vidas. Não conheço outra profissão que precise ter cemitério próprio. Talvez os imortais da Academia Brasileira de Letras, mas estes já são imortais. Agora, nossos mausoléus, cada vez mais cheios. Inexiste dentro da área da Segurança Pública uma entidade representativa semelhante à APMDFESP. Vários estados querem criar, pedindo estatutos. Esta semana, esteve comigo um pessoal de Roraima, e recomendei justamente que estivesse com vocês. Muitas vezes reclamamos de nossas entidades, agora imaginem sem. Vocês vão ver a grandeza que podemos fazer por nós mesmos.

Eu gostaria de encerrar minhas considerações fazendo coro a uma manifestação do Coronel Telhada. Nós temos, dentro das instituições policiais - e está lá coronel Corrêa de Carvalho e o Gianone, que foram meus comandantes - uma coisa chamada Sada: Sociedade de Amigos da Desgraça Alheia. Nós não conseguimos erradicar, tirar dos nossos quartéis esta Sada. Nós não nos aguentamos em estar mal da vida, mas precisamos dar uma notícia muito, mais ruim para o colega. Era aquele que, na escola de soldados, voava da sala de aula ameaçado de ser anotado para ir na outra sala avisar o amigo de que ele foi anotado, que a cama não estava bem arrumada.

Muitas vezes percebemos isto no nosso dia a dia. Eu também confesso a vocês que muitas vezes falam: “Por mais que possamos fazer, de repente, vem uma sequência de bordoadas questionando muitas das ações.” Vou dar um exemplo: essa semana, houve uma audiência preliminar, e nem pública, da Assembleia, para tratar do Projeto de lei nº 920. Estou lá na CCJ brigando, Michel Temer é ladrão, vou tentar colocar este cara na cadeia. Este é meu papel lá. E não era nem uma audiência pública daqui da Casa ,por convocação e estímulo dos dois, mas sendo na próxima quinta-feira. De repente, comecei a receber nas redes sociais: “Major Olímpio nos abandonou, é covarde, largou nossa causa e vai deixar o Estado nos arrebentar.”

E eu perguntava como foi a audiência, e depois vejo o Cauê Macris convocando, a partir de uma deliberação do Colégio de Líderes, uma audiência verdadeira. Então, digo aos senhores para prestigiarem os nossos que estão aqui. Procurem fazer uma mobilização maior em defesa do que nós acreditamos, porque estes homens e mulheres aqui são verdadeiros símbolos. Quero dizer da minha satisfação, fiquei até de madrugada e recebi dois prêmios. Este da seguridade social foi uma surpresa, porque me interpretaram como o quarto parlamentar que mais defende a seguridade social na Câmara dos Deputados e Senado, porque o prêmio era entre os dois, e, na seguridade social, estamos com a saúde, a assistência e a previdência, e toda esta luta está em ebulição. Ela não vai acabar agora, mas estaremos mobilizados nisto.

Como policial militar veterano, quero dizer da minha satisfação de ter estes exemplos de vida: Figueiredo, a todos da sua direção e conselho, a toda a entidade e todos aqueles que os procuram e que vocês procuram. Muitas vezes as pessoas não sabem que vocês proveem tratamento, reabilitação, medicação, assistência. Não é só no momento da lesão, em alguns casos, há o acompanhamento para a vida toda. Que vocês sejam um grande alerta. Nós vamos lutar para mudar as omissões e covardias governamentais. Nós sabemos onde é o foco do inimigo e o caminho para a solução, mas vamos construir isto juntos, irmanados. Até o último dia do meu mandato, como será com o Camilo e o Telhada, nós jamais vamos virar as costas ou tirar a atenção do que nós acreditamos.

Se tem uma instituição hoje que mantém, apesar de toda a balburdia, o nosso País em pé, e que está em todos os municípios brasileiros - e tenho aqui irmãos das Forças Armadas e outras instituições, é a Polícia Militar. Não tem outra que esteja 24 horas do dia, em todas as circunstâncias, dando a vida e o melhor de si, dando a alma e muitas vezes a saúde em prol da população brasileira. Viva a nossa Polícia Militar. Viva o povo paulista, iluminado por ter uma instituição feito a nossa. Viva a nossa APMDFESP. Que a luz, a dor e o sofrimento de muitos ajudem a construir esta realidade que hoje está minimizando a dor de tantos. Que Deus os abençoe sempre.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Parabéns ao nosso brilhante deputado Major Olímpio. Muito sucesso. E obrigado por sua defesa da nossa instituição, das PMs do Brasil e do cidadão de bem em Brasília. Coronel Telhada.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PSDB - Nosso amigo coronel Corrêa de Carvalho mandou um recado para que nos lembrássemos, muito bem colocado. A história da APMDFESP tem em sua origem as figuras inesquecíveis de Jefferson Patriota dos Santos e José Roberto Pinatti, que, internados no HPM, tiveram a ideia da criação desta grande obra. É de inteira justiça acrescer a estes pioneiros duas grandes heroínas: a Diva Venâncio Martins Pinatti, quase tetraplégica desde os 15 anos de idade, que se tornou a alma gêmea de um Pinatti que foi levado para Ribeirão Preto, praticamente para morrer; e sua mãe, a Sra. Maria Venâncio Martins, que dedicou toda a vida à filha, e, por extensão, ao próprio Pinatti e a APMDFESP. Não podem ser esquecidos nunca.

Então, fica nossa lembrança ao saudoso Jefferson Patriota e ao saudoso José Roberto Pinatti, e às senhoras Diva Venâncio Martins Pinatti e Maria Venâncio Martins. Que descansem em paz. Obrigado por tudo que fizeram.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Obrigado Coronel Telhada. Queria citar nosso representante da OAB, Dr. José Francisco Vidotto, representando nosso amigo Dr. Marcos Antônio da Costa, presidente da OAB. Obrigado pela presença. Agora teremos nossa homenagem.

Só para citar o que já comentamos, cada um de nós tem uma história, e o coronel Corrêa de Carvalho trouxe uma bonita da associação também. Por isto, devemos nos respeitar cada vez mais, nos atender bem onde quer que estejamos e usar os espaços dos nossos quartéis para receber a família policial militar.

Agora vamos fazer a homenagem aos nossos grandes guerreiros. Faremos a entrega da Medalha Eterno Guerreiro, criada em 2005 pela APMDFESP com o objetivo de homenagem os diversos representantes da sociedade brasileira que, direta ou indiretamente, lutam pela valorização da Polícia Militar. Jornalistas, políticos, empresários, policiais, comerciantes, profissionais da área da saúde, esportistas, comandantes da nossa própria PM, diferentes representantes da sociedade.

Passo ao Cerimonial para que faça a nominação dos homenageados. Durante a entrega das medalhas nós vamos ler um pequeno currículo de cada um dos homenageados.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - VERA BUCHERONI - Convido a tenente-coronel Carla Daniele Basson Niglia, comandante do 35º BPMI, para vir à frente receber sua homenagem. Desde que chegou a Campinas, a coronel Carla abriu as portas das unidades policiais especialmente para os veteranos, reintegrando-os à corporação. Seu comando prestigia e respeita o trabalho da APMDFESP.

 

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- É entregue a medalha.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - VERA BUCHERONI - Convidamos para receber sua homenagem o soldado André Rocha. Após sofrer um grave acidente em serviço, André se reabilitou na APMDFESP e se tornou orgulho para a entidade ao conquistar a medalha de ouro no Mundial Paraolímpico de Londres, em 18 de julho deste ano. Hoje carrega consigo a honra de ser um campeão mundial, e, com esta missão, leva nosso nome para todo o mundo.

 

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- É entregue a medalha.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - VERA BUCHERONI - Convido agora o tenente-coronel Antonio Aparecido Delafina para receber sua homenagem. Ao descobrir as dificuldades financeiras que a APMDFESP atravessava, o coronel Delafina promoveu um dos maiores eventos da Mooca, reunindo dezenas de famílias. Toda a renda foi revertida para a entidade. Com esta atitude, a APMDEFESP conseguiu atender aos pedidos que chegaram à associação. Obrigado, coronel Delafina.

 

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- É entregue a medalha.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - VERA BUCHERONI - Convido o jovem João Gabriel da Silva Neubauer, um exemplo maravilhoso, porque realizou uma campanha entre os amiguinhos da escola e recolheu lacres de latinhas que preencheram 130 garrafas pets. Com isso, ele doou para a APMDFESP cadeiras de roda para os policiais portadores de deficiência.

 

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- É entregue a medalha.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - VERA BUCHERONI - Convido agora Célio Barbosa Ferraz. Morador do litoral, não é policial e não tem familiares policiais, mas respeita tanto a corporação que não abre mão de atender mensalmente aos pedidos de cestas básicas feitas por nossos policiais reformados por invalidez. A ele, nossa homenagem e eterno agradecimento.

 

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- É entregue a medalha.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - VERA BUCHERONI - Para receber sua homenagem, convido o 2º sargento Ricardo Zandonella, associado há muitos anos da APMDFESP. Sempre foi um dos divulgadores do trabalho que a associação realiza, defendendo a missão e dando chances de atender outros companheiros que necessitam de ajuda.

 

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- É entregue a medalha.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - VERA BUCHERONI - Convido o 2º sargento PM rodoviário Ricardo de Araújo Drummond. Este é um daqueles associados que levam o nome da APMDFESP para onde ninguém pode imaginar. Graças a seu empenho e esforço, a associação realizou grandes parcerias que já proporcionaram o recebimento de dezenas de cadeiras de rodas, revertidas aos nossos policiais.

 

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- É entregue a medalha.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - VERA BUCHERONI - Recebe agora sua homenagem o 3º sargento PM Gildesmar Canuto. Desde que era aluno, o sargento Canuto é nosso voluntário. Além de doar materiais para manutenção e reformas da nossa regional Zona Oeste, ele doa seu tempo e sua própria força de trabalho a serviço da APMDFESP.

 

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- É entregue a medalha.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - VERA BUCHERONI - Nosso próximo homenageado é o cabo Renato Rocha Ribeiro. Destacado para o policiamento em hospitais públicos, o cabo Rocha, por inúmeras vezes, encaminhou crianças em estado grave e socorreu familiares de policiais militares sem assistência. Por fazer sempre além do seu dever, nossa homenagem a ele.

 

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- É entregue a medalha.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - VERA BUCHERONI - O próximo homenageado é o 3º sargento Luiz Carlos dos Santos. Desde que foi ferido em serviço, confiou em nosso trabalho, se tornando membro efetivo da nossa família, buscando sua recuperação para seguir em frente. Ao atender nosso companheiro, sentimos nossa missão cumprida. Obrigada pela confiança.

 

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- É entregue a medalha.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - VERA BUCHERONI - Encerrando as homenagens, convido o 1º sargento Rogério Praxedes Marcolino, representante da APMDFESP na Zona Oeste. Um guerreiro que não tem hora e nem dia para atender ao pedido de um associado ou seus dependentes. É um companheiro de todos os momentos, que hoje recebe a Medalha Eterno Guerreiro.

 

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- É entregue a medalha.

 

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O SR. ROGÉRIO PRAXEDES MARCOLINO - Senhoras e senhores, peço um minuto para ressaltar minha gratidão eterna. Primeiramente a Deus, por ter dado a oportunidade de estar vivo e dar continuidade em nossa missão de policial militar e ser humano. Tenho uma pessoa que não posso deixar de citar, que é Deus. Ele me fortaleceu e me reestruturou para continuar este trabalho. Agradeço muito a minha esposa Andreia, há 19 estamos juntos. Infelizmente, ela está adoentada e não pode comparecer, mas está junto comigo em espírito e pensamento. São 19 anos me dando força e não me deixando desistir, cuidando da minha vida para que eu pudesse continuar cuidando da vida dos irmãos policiais militares.

Agradeço muito o Jefferson Patriota, nosso eterno presidente. Foi um homem que me convidou, me ajudou, me deu estrutura para cuidar da família policial militar. Nós não tínhamos nem espaço. E algumas pessoas diziam: “Por que este policial deficiente está aqui dentro do quartel todo esse tempo conosco?” Até que aconteceram os AVCs, as amputações, e eles sabiam o porquê das cadeiras de rodas estarem à disposição em um quartinho do P4 do 16º. Agradeço muito aos meus irmãos de farda, meus comandantes, os oficiais e praças, os colaboradores e parceiros que continuam acreditando no trabalho, a minha equipe da APMDFESP que acompanha por seis anos o CPAM5, a todos os colaboradores e funcionários da associação.

Eu tenho que agradecer aos senhores, porque se não fossem vocês, eu não teria escrito minha história. Vocês fazem parte da minha história. Quando o Coronel Telhada e o Coronel Camilo citaram aqui, eu falo que perturbo mesmo, eu ligo e tudo mais, porque sei que além de ótimos comandantes, são ótimas pessoas. Quando Deus guia essas pessoas em nossos caminhos, é para fortalecer e agradecer. Às vezes, a entidade não dá conta, porque tem um estatuto e fica limitada. Mas o que tem de gente boa neste mundo que faz a diferença, que faz nos fortalecer e continuar lutando, não dá para contar.

Agradeço muito aos voluntários como o sargento Canuto, que passou por lá e nos ajudou tanto; o Rochinha, em questão de pessoas com câncer e amputação por diabetes no HC; o Coronel Telhada; o Major Olímpio, por ajudar estas pessoas que não tinham a quem recorrer. Eu fico até constrangido por estar recebendo esta medalha, mas falo que vou fazer 20 anos divulgando a associação, em março de 2018. É chegada a hora deste reconhecimento sim, porque minha missão está quase no final.

Eu estava para me entregar, quando o presidente Figueiredo, meu irmão que sempre me acolheu, no final de semana e me atendendo para liberação de corpo, com materiais, mandando motorista para me ajudar, falando com outros diretores que me apoiam, para atender policiais militares com alta em um sábado ou domingo com este material chegando à porta da casa dele. Então, quando alguém fala de R$ 53,90, é só para os colegas multiplicarem, e isto não paga dois pacotes de fraldas geriátricas. Os colegas pegam no mínimo cinco por mês, que equivale a quase um ano.

Tem pessoas que nunca usaram a associação, e quando acontece a fatalidade em um acidente de moto ou de veículo, ele perde uma perna, e a APMDFESP paga 30, 40, 50 mil por esta perna. Isto demora 200 anos para voltar aos cofres da associação. Eu falo para vocês que R$ 53,90 não paga uma pizza lá fora, mas nos ajuda muito a fazer solidariedade onde ficamos no esquecimento. Não desistimos porque temos amigos verdadeiros e leais. Deus abençoe a todos. Figueiredo, que você faça uma trajetória nesta nova empreitada da sua vida, porque sei que, além de um ser humano, é uma pessoa especial e abençoada por Deus. Nunca me abandonou e acreditou na minha vida. Só tenho a agradecer. Obrigado a todos. Deus abençoe.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - VERA BUCHERONI - Solicito às autoridades que retornem aos seus lugares, e peço uma salva de palmas a todos os homenageados. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Senhoras e senhores, o Dia do Policial Portador de Deficiência Física existe nesta Casa desde dez de março de 2001, quando foi publicado no Diário Oficial do Executivo a Lei 10.778, de 09 de março de 2001, originada após aprovação pela Assembleia do Projeto de lei nº 660, de autoria do deputado estadual Wilson de Oliveira Morais, nosso cabo Wilson. Parabéns a todos vocês.

Antes de darmos por encerrada nossa solenidade, com a fala do nosso presidente, se dispôs a declamar o poema “Nossa Bandeira”, de Guilherme de Almeida, e fazer um pouquinho de civismo, nosso José Gentalha.

 

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- É lido um poema.

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Parabéns, Gentalha. Depois deste momento de civismo, e mais uma vez agradecendo a todos, passo a palavra ao nosso presidente, para que possa falar da nossa associação e destes eternos guerreiros. Para aprendermos um pouco mais com estas pessoas que fizeram a diferença na vida das outras pessoas. Figueiredo, a palavra é sua.

 

O SR. ANTONIO FIGUEIREDO SOBRINHO - Bom dia a todos e a todas. Primeiramente, quero agradecer a Deus, que nos permitiu estar aqui nesta manhã. Senhor Jesus Cristo, muitas vezes as pessoas não entendem, mas a Palavra diz que ele é o caminho, a verdade e a vida. E por esta vida nós estamos aqui hoje. Quero agradecer a Deus por este momento, e também falar da ausência do nosso companheiro Élcio, que, de tanto trabalhar, pediu afastamento para tratamento de saúde, mas continuamos nesta luta que muitas vezes é árdua. Às vezes penso em ficar um pouco mais em casa, acordar umas nove, dez horas, mas não aguento.

A associação é minha vida, eu amo estar nela encontrando nossos amigos. Outrora, logo quando levei um tiro, fiquei um ano no HPM, e quando fui para casa não tinha ninguém para desabafar ou que me ajudasse. Eu ficava dentro de casa. Então peguei minha arma e por, duas vezes, tentei me matar. Mas a Bíblia também diz que quando Deus tem um propósito na vida de um homem, ele não morre enquanto não se cumprir. Eu estou aqui hoje à frente da APMDFESP, mas não sozinho. O presidente sem diretores, estes que estão aí, não é nada. Sem os conselheiros deliberativos e fiscais não é nada. Sem os representantes e funcionários não é nada. Nós somos uma família.

A Bíblia também diz que casa dividida não prospera, e por isto somos unidos. Nós temos união, amor. Quando chegamos, um dia fui visitar um policial militar porque gosto de visitar, de colocar na cabeça dele que a vida não acabou, ela continua. Isso é só uma vírgula, e não um ponto final. Quem dá o ponto final na vida de um homem é Deus, e não o homem. Fui na casa de uma pessoa chamada Bispo, e ele está aqui hoje, e falei: “Bispo, posso fazer uma oração?” E ele e a esposa concordaram. Eu orei e falei para ele: “Você está tetra hoje, mas vai estar bem como eu. Você crê?” “Eu creio.”

Outro dia eu estava jogando tênis de mesa e ele falou: “Figueiredo, você não lembra de mim?” E eu falei: “Não.” “Você foi me visitar, sou o Bispo.” E eu pensei como Deus é tremendo em nossas vidas. A Bíblia diz que importa que Deus cresça e eu diminua. Tudo que Deus coloca em nossas vidas, para cada situação Deus tem um propósito. Eu quero agradecer os deputados estaduais Coronel Camilo e Coronel Telhada; o deputado federal Major Olímpio; o coronel Freitas; o coronel Santana, representando o comandando da PM de São Paulo; aos senhores, e aos deputados estaduais Coronel Camilo e Coronel Telhada, que nos abraçaram hoje aqui.

Eu creio que as pessoas que receberam estas medalhas não sabem quão importante é não só para nós, mas para aqueles que vocês ajudam, dão apoio e a mão. Estas pessoas nem sabem, mas vocês estão aqui hoje e são dignos de receber estas medalhas. Muito obrigado por terem nos ajudado. Os parlamentares desta Casa, que abrilhantaram e conseguiram dar este espaço para nós, nos ajudando. Muito obrigado.

Muitas vezes falamos em agradecer, e temos parceiros como a Check Point Corretora, a Capano e Passafaro, o nosso departamento jurídico. São parceiros que cresceram conosco e nos ajudam. E nós precisamos. Agora, quero agradecer minha esposa que está ali atrás, porque todo homem tem que ter uma adjutora, aquela pessoa que ajuda e dá força. Minha esposa Aidê, meu filho Hudson, pessoas que muitas vezes, quando vem o estresse, servem como amparo, uma coluna em casa. Eu agradeço a eles. Também quero agradecer aos senhores.

Vou aproveitar, porque primeiro nós elogiamos e depois pedimos. Eu quero pedir porque, neste momento, simultaneamente, temos os deputados estaduais Telhada e Camilo: um projeto de lei que preveja que todo policial militar seja promovido ao posto ou graduação superior imediatamente, para receber, a partir da reforma, vencimentos integrais que teria direito ao completar 30 anos de serviços, acrescido de um terço.

Deputados, quando pedimos para alguém, é porque confiamos. Quando pedimos a Deus é porque confiamos, mas Ele nos ajuda no impossível. No possível nós acreditamos e confiamos, por isso entregamos em suas mãos. Eu imploro pela vida dos policiais militares que não estão aqui hoje e não puderam vir, igual o sargento Turíbio, que queria estar aqui hoje, mas por dificuldades, não está. Nós imploramos que sejam leões nestes corredores e plenários da Assembleia Legislativa, nos defendendo com unhas e dentes. Muito obrigado a todos.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Figueiredo, recebemos sua proposta e vamos fazer um empenho para que este projeto passe na Casa. Pode ser que não possamos apresentar aqui, mas vamos falar com o governo para que mande para cá por causa do vício de iniciativa. Vamos nos empenhar para que isto aconteça. Fica como nosso compromisso. Antes de encerrar, passo ao nosso presidente em conjunto, Coronel Telhada.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PSDB - Quero deixar uma coisa bem clara. Vocês notaram que fizemos uma solenidade em conjunto, e é assim que eu e o Camilo temos trabalhado. Muitas vezes, as pessoas acham que, por estarmos como deputados, há uma concorrência entre nós, uma disputa. Não há. Nós trabalhamos em conjunto. Lógico que em época de campanha nós corremos atrás de voto, isto é normal e faz parte do jogo. Mas aqui, nós trabalhamos, está lá o coronel Antão, Zé Paulo, chefes de gabinete, em um entrosamento muito bom. Todas as ações e pedidos que entram referentes à Polícia Militar são trabalhados em 20 mãos praticamente. Trabalhamos em conjunto.

Falo isto com muita tranqüilidade, pela amizade que tenho com o Camilo há quase 40 anos, a mesma coisa com o Olímpio. Quanto ao pedido, Figueiredo, tenha certeza que vamos encaminhar ao Governo do Estado e à própria Polícia Militar. Vamos fazer o trâmite necessário. É uma ideia muito interessante, porque fala, inclusive, em uma ajuda de promoção para que o policial possa custear seu cuidado. Nós sabemos que a pessoa que se torna deficiente física acaba tendo um gasto a mais do que o cidadão que não é. Ela tem que gastar com remédio, equipamentos, uma série de procedimentos.

Tragam suas ideias para nós, porque, às vezes, estamos aqui e não percebemos o problema. Você que está sentado aí tem a solução deste problema. Como falou o Olímpio, o Camilo e eu, nós estamos no mesmo barco. Vamos trabalhar juntos, vamos nos unir e mudar a realidade da polícia, não só no estado de São Paulo, mas no Brasil. Vamos recuperar estes quase 186 anos que serão completados daqui dois meses, que não fizemos política e não cuidamos de nós. Agora chegou a hora. Eu tenho certeza que todos nós, indistintamente, vamos ganhar com isso. E a cidade e o estado vão ganhar também, porque, com uma polícia valorizada e motivada, toda a sociedade ganha.

Muito obrigado pela participação de todos os senhores e senhoras familiares, os policiais que vieram representando suas unidades. Levem esta mensagem para suas unidades, não deixem o recado acabar aqui. Gente, nós precisamos muito do apoio de vocês. E a APMDFESP precisa mais ainda. Mais uma vez, parabéns a APMDFESP, diretoria, funcionários, colaboradores. Parabéns, Polícia Militar. Deus abençoe a todos.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Parabéns, Coronel Telhada. Senhoras e senhores, na realidade, o Figueiredo falou aqui que foi uma satisfação e privilégio termos oferecido o espaço desta Casa, e falo o contrário. Para nós é que é um privilégio e uma grande honra tê-los aqui nesta Casa de Leis, sejam sempre bem-vindos. Vocês fizeram a diferença na vida das pessoas, por quem se sacrificaram e perderam higidez física. Não tenham dúvida nenhuma de que é um orgulho muito maior para mim e para o Coronel Telhada poder trazê-los a esta Casa de Leis.

Só frisando, eu e o Coronel Telhada trabalhamos juntos a vida inteira, cada um no seu lado. Entramos na Academia juntos, no mesmo dia, em 29 de janeiro de 79. Assim que fui promovido a coronel, convidei o Telhada para trabalhar comigo na região central de São Paulo. Trabalhou comigo no M1 e depois fui para o comando da PM, e também continuei convidando ele para trabalhar comigo, onde foi comandante da Rota. Ele me ajudou a construir os programas de TV, porque ele era bom de mídia. Colocamos ele para ser protagonista de um monte de episódios de Operação de Risco, que foi uma forma de mostrar a polícia. Nós criamos quatro programas de TV: Operação de Risco, Polícia 24 Horas, Emergência 193 e o Águias da Cidade. Ele foi protagonista de vários, porque já tínhamos a intenção de que ele viesse para cá. Eu que vim depois.

Muito obrigado a todos vocês que estão aqui. Praxedes, seus diretores, todo mundo que ajuda, vocês da Marinha, da nossa Guarda Civil, do Exército Brasileiro, dos Consegs que vi aqui presentes, vocês que ajudaram a fazer esta festa. Ivo Holanda, que saiu da Zona Norte para nos prestigiar. Pessoal, está na nossa mão, é uma questão de atitude e de modificar daqui para a frente, da data de hoje, o nosso trabalho, para sermos cada vez melhores com todos. Pode falar Ivo.

 

O SR. IVO HOLANDA - Senhoras e senhores, eu simplesmente não poderia deixar de falar, principalmente para eles que foram professores do meu filho, que fez Barro Branco. Por isto, tem um motivo para eu estar aqui. Eu também pertenci à Polícia Militar, na época que usavam aquelas polainas, isto em 1900 e pouco. Só quero agradecer de coração pelo convite que vocês me fizeram, e também a você e sua expressão. Parabéns. Outro agradecimento, principalmente porque meu filho também foi 1º tenente do Corpo de Bombeiros.

Domingo minha esposa estava fazendo caminhada, caiu e fraturou. Quem foi socorrê-la imediatamente? Vocês, os bombeiros ali na Santa Inês, com um atendimento espetacular. Ela já fez cirurgia e não podia cair. Quando eles ligaram e me falaram: “Ivo Holanda, não é pegadinha. É verdade, sua esposa está aqui aos nossos cuidados.”

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Obrigado, Ivo. Parabéns a ele. Quem é mais experiente como eu e o Telhada lembra das pegadinhas no SBT, era ele que apanhava da polícia. Depois ele colocou o filho na polícia. Queria agradecer também aos nossos escoteiros presentes, e todos que vieram. Mais uma vez, para nós é um privilégio recebê-los nesta Casa. Isso nos encanta. O que pudermos fazer, estamos sempre à disposição. Como falou o Telhada, nosso gabinete está aberto a todos, aqui e nas redes sociais, por telefone, por e-mail. Procurem e tragam suas sugestões para que nós possamos fazer mais e melhor.

Santana, agradeço pela sua presença, dê um grande abraço em nosso comandante-geral. Coronel Freitas, muito obrigado, um abraço a todos os nossos companheiros da Cruz Azul. Figueiredo, na sua pessoa, um abraço a todos que aqui estão. Telhada, obrigado pela parceria e grande oportunidade de trabalhar junto com você sempre. Nós saímos da polícia e fomos vereadores juntos, fizemos projetos juntos e viemos para cá. O primeiro projeto que aprovamos foi a Lei do Pancadão. Estamos trabalhando sempre juntos.

Parabéns a todos vocês que dedicaram suas vidas ao cidadão de São Paulo. Muito obrigado a todos vocês. Levem meu reconhecimento e do Coronel Telhada a todos que não estão aqui e que fizeram este grande trabalho e hoje, por algum motivo, estão carecendo de alguma mobilidade. Todos são nossos heróis.

Esgotado o objetivo da presente sessão, esta Presidência agradece às autoridades, à Mesa, à minha equipe, aos funcionários dos serviços de Som, da Taquigrafia, de Atas, do Cerimonial, da Secretaria-Geral Parlamentar, da Imprensa da Casa, da TV Legislativa, e das Assessorias das Polícias Civil e Militar, bem como a todos que, com suas presenças, colaboraram para o êxito desta solenidade.

Encerro a sessão pedindo uma grande salva de palmas a todos os nossos PMs portadores de deficiência. Muito obrigado. (Palmas.)

Está encerrada a presente sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 12 horas e 1 minuto.

 

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