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28 DE MARÇO DE 2018

035ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: EDSON GIRIBONI, JOÃO PAULO RILLO e DOUTOR ULYSSES

 

Secretária: LECI BRANDÃO

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - EDSON GIRIBONI

Assume a Presidência e abre a sessão. Convoca sessões extraordinárias a serem realizadas hoje: a primeira sessão para dez minutos após o término da presente sessão; e a segunda, dez minutos após o término da anterior. Convoca sessão solene, a pedido do deputado João Caramez, para 28/05, às 10 horas, com a finalidade de realizar a "Concessão do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo à Associação Israelita de Beneficência Beit Chabad em razão do Projeto Felicidade".

 

2 - LECI BRANDÃO

Condena o ataque sofrido pela caravana do ex-presidente Lula no estado do Paraná. Considera que o ódio não pode contaminar o debate político. Pede providências do governo federal diante do assassinato da vereadora Marielle Franco, do PSOL, no Rio de Janeiro.

 

3 - BETH SAHÃO

Afirma que o ataque sofrido pela caravana do ex-presidente Lula, no Paraná, é uma agressão a todos os cidadãos que defendem a democracia. Lamenta a declaração do governador Geraldo Alckmin a respeito do ocorrido. Pede que as autoridades responsáveis tomem atitudes para combater este tipo de violência.

 

4 - JOÃO PAULO RILLO

Assume a Presidência.

 

5 - EDSON GIRIBONI

Discorre sobre ações de seu mandato em benefício das regiões de Itapetininga e Vale do Ribeira. Lista necessidades dessas localidades, estabelecendo planos de ações futuras. Pede que o eleitor, neste ano, dê um voto consciente com a necessidade de desenvolvimento do Brasil.

 

6 - EDSON GIRIBONI

Solicita a suspensão da sessão até as 15 horas e 30 minutos, por acordo de lideranças.

 

7 - PRESIDENTE JOÃO PAULO RILLO

Defere o pedido e suspende a sessão às 14h58min.

 

8 - DOUTOR ULYSSES

Assume a Presidência e reabre a sessão às 15h31min. Suspende a sessão por dez minutos, por conveniência da ordem, às 15h31min, reabrindo às 15h43min.

 

GRANDE EXPEDIENTE

9 - JOÃO PAULO RILLO

Informa que se pronunciará a respeito de sua saída do PT e ingresso no PSOL na próxima semana, após entendimentos com a bancada. Frisa a gravidade do atentado à caravana do ex-presidente Lula na região sul do País. Faz críticas à postura do governador Geraldo Alckmin acerca das ocorrências, a qual, a seu ver, constitui medida desesperada para angariar poder e apoio político. Enumera aspectos negativos do Governo Alckmin. Compara a conjuntura política atual do Brasil com aquela que precedeu a ditadura militar no País. Classifica o posicionamento do governador como discurso de ódio e incitação à violência.

 

10 - PRESIDENTE DOUTOR ULYSSES

Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 02/04, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Lembra sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 19 horas. Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Edson Giriboni.

 

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O SR. PRESIDENTE - EDSON GIRIBONI - PV - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido a Sra. Deputada Leci Brandão para, como 1ª Secretária “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

A SRA. 1ª SECRETÁRIA - LECI BRANDÃO - PCdoB - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - EDSON GIRIBONI - PV - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária, a realizar-se hoje, às 19 horas, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

Projeto de lei Complementar nº 25, de 2017, de autoria do Sr. Governador. Institui o Programa de Estímulo à Conformidade Tributária - "Nos Conformes", define princípios para o relacionamento entre os contribuintes e o Estado de São Paulo e estabelece regras de conformidade tributária. Com 68 emendas. Parecer nº 1522, de 2017, da Comissão de Justiça e Redação, favorável ao projeto, às emendas nºs 3, 4, 37, 49 e 66, às emendas nºs 6 e 48 na forma da subemenda e contrário às demais emendas. (Artigo 26 da Constituição do Estado).

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma segunda sessão extraordinária, a realizar-se hoje, dez minutos após o término da primeira sessão extraordinária, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

Projeto de lei Complementar nº 25, de 2017, de autoria do Sr. Governador. Institui o Programa de Estímulo à Conformidade Tributária - "Nos Conformes", define princípios para o relacionamento entre os contribuintes e o Estado de São Paulo e estabelece regras de conformidade tributária. Com 68 emendas. Parecer nº 1522, de 2017, da Comissão de Justiça e Redação, favorável ao projeto, às emendas nºs 3, 4, 37, 49 e 66, às emendas nºs 6 e 48 na forma da subemenda e contrário às demais emendas. (Artigo 26 da Constituição do Estado).

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esta Presidência, atendendo solicitação do nobre deputado João Caramez, convoca V. Exas., nos termos do Regimento Interno, para uma sessão solene a realizar-se no dia 28 de maio de 2018, às 10 horas, com a finalidade de conceder o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo à Associação Israelita de Beneficência Beit Chabad do Brasil, em razão do Projeto Felicidade.

Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tem a palavra o primeiro orador inscrito, nobre deputado Ramalho da Construção. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado André Soares. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Delegado Olim. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado João Paulo Rillo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Marcos Martins. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Welson Gasparini. (Pausa.) Tem a palavra a nobre deputada Marcia Lia. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Milton Vieira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Carlos Neder. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Marco Vinholi. (Pausa.) Tem a palavra a nobre deputada Leci Brandão.

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, cidadãos que nos acompanham pela TV Alesp, funcionárias e funcionários desta Casa.

Eu venho a esta tribuna para falar sobre o que aconteceu ontem com o ex-presidente Lula. Todo mundo sabe que eu não sou do Partido dos Trabalhadores, mas eu respeito absolutamente todo e qualquer partido nesta Casa. Eu entendo que podemos discordar e divergir, mas essa questão de agressão, pedradas, ovadas e tiros não tem nada a ver. Eu fico imaginando o que vai acontecer quando a campanha, realmente, se iniciar. As pessoas estão levando o ódio para a discussão política e o caminho da política não é esse.

Todos nós, brasileiros, vivemos em um país em que, apesar de toda a crise, tem respeito e cordialidade para receber as pessoas com carinho. A gente não pode calar ninguém na democracia - ela existe para que tenhamos liberdade de se manifestar e de apresentar as nossas ideias, e é por isso que a gente colabora e respeita.

A história da humanidade já mostrou que quando a gente permite que esse tipo de crime aconteça o desfecho é apenas um: vira estado de exceção e vira fascismo.

Dizem que o PT se apressou e está colhendo o que plantou. Nobre deputada Beth Sahão, eu acho que não é por aí. Nós temos que respeitar os caminhos democráticos, tem que respeitar a ideologia de cada um.

Também aconteceu a volta para a pauta da Câmara, da criminalização de movimentos sociais. Ou seja, estão tentando, de todas as formas, calar o povo e quem o defende também. Qualquer morte é uma perda irreparável, qualquer crime é condenável, mas estão falando de agentes políticos que estão sendo ameaçados e impedidos de pensar e agir livremente. Estão sendo silenciados.

Antes dos tiros, os manifestantes que acompanhavam a caravana do Lula já tinham sido atingidos com ovos, pedras e até chicotes e nenhuma atitude foi tomada para proteger quem, democraticamente, tem o direito de se manifestar.

O que podemos esperar daqui para frente? Não sei. Estamos vendo o ódio sair do discurso e transformar em prática real e concreta as agressões.

Esse atentado acontece no mesmo dia em que o ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, relator da Lava Jato, denunciou que está sofrendo ameaças. E sempre vale lembrar que, há menos de duas semanas, a vereadora Marielle Franco e o seu motorista, Anderson Gomes, foram executados no Rio de Janeiro e, até agora, ninguém tem uma resposta para dar à sociedade. Isso tem sido citado todos os dias pela imprensa e a gente espera que haja uma resposta de forma rápida. Foi uma execução covarde e que a sociedade brasileira, principalmente os movimentos de Direitos Humanos, das mulheres e da população negra. Eles estão cobrando isso diariamente.

Ontem, inclusive, uma comissão de deputados estava lá em Brasília, reunidos com o ministro da Justiça, Raul Jungmann, para que haja uma resposta. Até agora todos estão calados, ninguém fala nada, ninguém sabe de nada, e exigimos que esse caso seja solucionado, afinal de contas, uma mulher negra foi abatida de forma covarde e cruel no Rio de Janeiro. Isso não pode ficar impune.

 

O SR. PRESIDENTE - EDSON GIRIBONI - PV - Tem a palavra a nobre deputada Beth Sahão.

 

A SRA. BETH SAHÃO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, hoje, como não poderia deixar de ser, nosso assunto é a total preocupação e indignação com o atentado que foi cometido contra a caravana do presidente Lula.

Como bem colocou a deputada Leci, essas ações, infelizmente, já vêm sendo construídas por grupos de extrema-direita, por grupos que desconsideram a democracia como um bem. A democracia é um bem de toda a população brasileira, de todos os cidadãos.

O presidente Lula é um ser político, e um ser político faz política. As pessoas sempre falam que os políticos precisam estar perto da população e, no momento em que um agente político vai ao encontro do povo, vai conversar com as pessoas, discutir este País, não só o momento atual, mas discutir com perspectiva de futuro, de trazer o debate do que queremos para o País, essa pessoa é violentamente agredida.

Quando agridem a caravana do presidente Lula, agridem a todos nós. Nós estamos sendo agredidos. Esses tiros foram dados nos ônibus que carregavam não apenas o presidente Lula, mas profissionais que estavam trabalhando com ele, e atingem não apenas a essas pessoas, mas a todos nós, cidadãos e cidadãs que defendem a democracia como um valor inestimável em um País como o Brasil.

E muito me chocou ver o governador Geraldo Alckmin estimular esse tipo de prática. Isso é inadmissível. Não vou nem dizer que foi uma frase infeliz, isso certamente os correligionários do governador vão dizer, que ele teve uma frase infeliz. Não, essa é uma frase inadmissível para quem ocupa o Governo do estado de São Paulo.

Há dias a senadora do Rio Grande do Sul já tinha falado algumas bobagens a esse respeito, já tinha estimulado as pessoas do Rio Grande do Sul para que, de fato, utilizassem a violência, o ódio e a intolerância contra a caravana do presidente Lula.

E ontem o governador coloca no Twitter essa frase, dizendo que o PT está colhendo aquilo que plantou. Se o PT tiver que colher o que plantou vai ter que colher a paz, a unidade, a distribuição de renda, a inclusão social, é isso que o PT tem que colher, porque o PT nunca estimulou a violência. O Lula tem andado por este País pregando a paz, é isso que ele tem feito.

E é um direito legítimo dele andar pelo Brasil e levar adiante o que ele considera como suas convicções, que também são as convicções do partido que ele representa e lidera. É um ex-presidente da República. Todo cidadão deve ter proteção neste País.

E a presidenta do PT colocou para as autoridades do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná o roteiro por onde passaria a caravana, e pediu para que houvesse proteção a essa caravana, já sabendo... Como hoje está nas redes sociais essa destilação de ódio e de pessoas dizendo que têm que matar os que estão acompanhando a caravana, não pode nem deixá-los descer do ônibus.

Quer dizer, que País é este? Onde é que nós estamos vivendo? O que é isso? E o ministro da Justiça, ainda, ao invés de colocar a Polícia Federal, que seria o papel institucional dele, diz o seguinte, com a maior cara de paisagem: “olha, nós vamos pedir para Polícia do Paraná averiguar”.

Não estou questionando a competência ou a incompetência da Polícia do Paraná, muito pelo contrário, mas este é um caso de atentado, e um caso de atentado nós resolvemos com a Polícia Federal, que é quem deveria já estar no caso, com o Ministério Público Federal.

Aí sim o Ministério Público Federal tem que entrar no caso, e não fazer com que alguns procuradores federais venham a público para falar bobagem, que é o que eles têm feito ultimamente, segmentos desse Ministério Público Federal, pelo menos.

Portanto, fica aqui o nosso repúdio e fica aqui a nossa conclamação, para que, imediatamente, descubra-se quem são os autores desses atentados, para que se punam esses autores e para que também se peça aos dirigentes do Facebook e de outras redes sociais para quem impeçam que nessas redes existam mensagens que estimulem o ódio, que estimulem e agressão, a violência.

Sr. Presidente, se atitudes como estas não forem tomadas, nós poderemos ter, nos próximos meses, infelizmente, um acirramento, uma polarização muito maior, que pode consumar alguma tragédia que nenhum de nós quer, e muito menos as autoridades, que deveriam estar conclamando a paz, conclamando a relação harmoniosa, de civilidade e de respeito. Os debates têm que ser em torno de ideias. É aí que se debate, e não do ponto de vista da força física.

Por enquanto é isso, Sr. Presidente. Retornaremos a esta tribuna ainda no dia de hoje, muito obrigada.

 

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- Assume a Presidência o Sr. João Paulo Rillo.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOÃO PAULO RILLO - PSOL - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tem a palavra o nobre deputado Edson Giriboni.

 

O SR. EDSON GIRIBONI - PV - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nobre deputado João Paulo Rillo, pessoas nas galerias, funcionários, telespectadores da TV Assembleia, nós estamos já entrando na fase final do nosso mandato, e sempre é importante prestar contas.

Além de nosso papel de deputado, aprovar projetos de lei, fiscalizar o Executivo, apresentar projetos, do nosso papel institucional enquanto Poder Legislativo, cada deputado tem também outras responsabilidades, outros compromissos que assume quando participa de uma campanha.

Eu, além do meu papel como deputado nesta Casa, tenho um compromisso com a minha região, a região Sudoeste, a nossa região, deputado Salim Curiati, o Vale do Ribeira. Tenho ficado contente com as ações que vêm acontecendo a favor dessa região que, começaram lá no Governo José Serra, e que têm acontecido nesses dois mandatos do governador Geraldo Alckmin.

Praticamente toda a nossa malha rodoviária, as principais rodovias, foram recuperadas. Outras estão em fase de recuperação e algumas poucas ainda se consolidaram. Tivemos inúmeras obras importantes, Itapetininga a Guareí, Castelo Branco, Itapetininga a Alambari, Itapetininga a São Miguel Arcanjo, Apiaí, Ribeirão Branco, em fase de execução, a Raposo Tavares, que o governador, nesses últimos dias, deu início ao trecho de Itapetininga a Ourinhos, 204 quilômetros.

Algumas ações importantes na SP-258, duplicação do entorno de Itapeva, do entorno de Itararé. Uma outra demanda para continuarmos essa duplicação com uma frente parlamentar que nós levantamos aqui. O trecho de Itapeva a Itaberá em execução.

Várias outras obras prestes a serem iniciadas, convênios com Apiaí, Barra do Chapéu, Itaóca, para recuperar as vicinais daquela região.

Enfim, avançamos bastante. Dois ambulatórios médicos de especialidades. Na verdade três, contando lá em Avaré também o do nosso querido deputado Salim Curiati, Itapeva, Itapetininga, recursos para hospitais de Itapeva, recursos para Itapetininga, ajuda para instalação de uma empresa madeireira por causa da guerra fiscal que outros estados praticam contra o estado de São Paulo, com a implantação de uma segunda fábrica da indústria madeireira na cidade de Itapetininga, apoio ao setor de avicultura - quando tivemos o risco de um grande frigorífico fechar na cidade de Itapetininga, o governador foi sensível a esse apelo.

Várias outras ações têm feito com que a região sudeste, o Vale do Ribeira possa se aproximar dos patamares de desenvolvimento econômico, desenvolvimento social das regiões mais desenvolvidas do estado de São Paulo. Logicamente, nós temos outras demandas importantes ainda para atender na região, como a recuperação, por exemplo, da SP-165, entre Apiaí e Iporanga.

Ali nós temos um grande potencial turístico. O turismo hoje é uma fonte de negócio, de geração de emprego, de geração de renda, ainda mais o turismo ecológico, o turismo rural. É o caso das cavernas, das trilhas, das cachoeiras, dos córregos e dos rios do Vale do Ribeira. Nós temos ainda uma demanda importante, que é Apiaí, Iporanga, SP-165. Eu tenho certeza de que nesse próximo governo nós estaremos convencendo o Executivo estadual a executar essa obra.

Precisamos trazer mais investimento, mais desenvolvimento, com ampliação de cursos técnicos, ampliação de cursos tecnológicos e de nível superior para que essa região possa realmente se desenvolver como vem ocorrendo nesses últimos anos. Precisamos dar continuidade. É um momento importante para o País. Esperamos que a população brasileira possa contribuir efetivamente.

Apesar de todo descrédito da classe política, nós temos gente boa no meio político, nós temos gente séria, gente que se dedica, gente que trabalha. Cabe ao eleitor, cabe ao cidadão brasileiro, na hora do voto, tomar consciência, tomar muito cuidado, analisar os candidatos para que possamos passar o Brasil a limpo e termos expectativa de ter um País como os melhores países do mundo.

Temos todas as condições: temos terras boas, grandes extensões territoriais, clima favorável, povo brasileiro trabalhador, povo correto, povo honesto. O que nós precisamos é dar condições para que o Brasil se desenvolva, cada um fazendo sua parte, cada município fazendo sua parte, melhorando as gestões dos seus municípios, cada estado brasileiro também administrando bem os recursos públicos, que têm que ser bem administrados. Dessa forma nós vamos melhorando o País pela base, pelos municípios, pelos Estados.

Que possamos ter em Brasília, ano que vem, pessoas sérias, pessoas comprometidas, pessoas corretas, pessoas com amor ao dinheiro público, pessoas com amor ao País e que trabalhem realmente, para que possamos ter um Brasil que traga orgulho a todos os brasileiros. Esse é o grande desafio que nós teremos nas próximas eleições. Eu tenho certeza de que o povo brasileiro saberá fazer a sua parte e que a classe política também honrará e fará sua parte para termos um Brasil melhor.

Muito obrigado.

 

O SR. EDSON GIRIBONI - PV - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças partidárias com assento nesta Casa, solicito a suspensão dos trabalhos até as 15 horas e 30 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - JOÃO PAULO RILLO - PSOL - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência acolhe o solicitado pelo nobre deputado Edson Giriboni e suspende a sessão até as 15 horas e 30 minutos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 14 horas e 58 minutos, a sessão é reaberta às 15 horas e 31 minutos, sob a Presidência do Sr. Doutor Ulysses.

 

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O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, por conveniência da ordem, a Presidência suspende a sessão por 10 minutos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 15 horas e 31 minutos, a sessão é reaberta às 15 horas e 43 minutos, sob a Presidência do Sr. Doutor Ulysses.

 

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O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esgotado o tempo destinado ao Pequeno Expediente, vamos passar ao Grande Expediente.

 

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- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra o nobre deputado João Paulo Rillo, por permuta de tempo com a não deputada Márcia Lia.

 

O SR. JOÃO PAULO RILLO - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente em exercício, nobre deputado Doutor Ulysses, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectador da TV Assembleia, funcionários desta Casa, primeiramente agradecer à deputada Márcia Lia pela permuta e dizer a todos que eu pretendia fazer um pronunciamento sobre a minha desfiliação do Partido dos Trabalhadores e a filiação ao PSOL, no entanto o farei na semana que vem, depois de uma conversa oficial com a bancada e também por que o dia de hoje merece, de todos nós, uma atenção especial. Talvez a expressão máxima da incivilidade e do ódio que está ocorrendo no Brasil, simbolizado no atentado à caravana do PT e do presidente Lula pelo sul do País. E mais grave, Sr. Presidente, muito mais grave do que o atentado pontual é que figuras públicas de expressão estadual, nacional, de alta responsabilidade, coloquem-se como avalistas de um gestor tão perigoso que pode ter desdobramentos irreversíveis à democracia brasileira. Eu me refiro aqui ao governador Geraldo Alckmin.

Somos levados a isso em momentos como esse, a adjetivar - levado pelo impulso da decepção - cidadãos como esse que têm o comportamento que o governador Geraldo Alckmin teve, mas eu não quero reproduzir aqui a mesma lógica de ódio contra o governador que ele tenta reproduzir contra militantes que lutam por um Brasil melhor, que lutam por democracia.

O governador Geraldo Alckmin teve um surto psicótico na minha avaliação que é desdobramento da crise de abstinência, de poder e de voto que ele vive. O governador, quando foi interessante, flertou com a chamada “esquerda do PSDB” há tempos atrás, por que percebia que estava sendo engolido pelo monstro que ele criou chamado João Doria. Chegou até a defender o fortalecimento do Estado que ele tanto sucateia, que ele tanto desmoraliza e vende, por que precisava flertar com o segmento mais progressista.

E agora, desesperado, em crise de abstinência, de poder, por que está deixando o Governo do Estado, e de votos, por que não empina nas pesquisas, ele teve esse surto e cometeu este grave, gravíssimo equívoco e gesto desumano de ser avalista de um atentado. Por que ele fez isso? Por que ele percebe que não crescerá no voto progressista.

Ele percebe que o monstro que eles ajudaram a alimentar chamado Jair Bolsonaro abocanhou o voto conservador do Brasil e eles não oferecem discurso ao centro, ao eleitorado de centro. Por quê? Porque eles apoiaram o golpe e o desmonte do Estado brasileiro. Não se tem uma agenda para apresentar para o Brasil. Geraldo Alckmin e aqueles que o cercam não têm discurso para apresentar para o Brasil, não têm programa para o Brasil, então lhe resta o desespero de tentar dialogar com o eleitorado.

Obrigado, Presidente. Houve queda de energia, um temporal muito forte aqui nos arredores da Assembleia. Volto a falar sobre a conjuntura, sobre o estado de violência ao qual todos estamos submetidos e sobre a irresponsabilidade desse senhor que, em breve, deixará o Governo do Estado, e começa muito mal a sua pré-campanha presidencial.

Primeiro, ele começou ameaçando o povo brasileiro, dizendo que pretende fazer no Brasil tudo aquilo o que fez em São Paulo. Isso soa como uma ameaça ao povo brasileiro. Agora, ele se coloca como um avalista de atentados. Repito: creio que ele teve um surto psicótico provocado pela abstinência de poder e de votos que não aparecem nas pesquisas.

Geraldo Alckmin virou um verdadeiro jardineiro do ódio. Ele disse que “eles” estão colhendo aquilo que plantaram, e eu vou dizer o que ele plantou em São Paulo.

Não cabe a mim avaliar quem são eles, nem o que eles plantaram, até porque ele não teve a coragem de dizer abertamente. Mas, como parlamentar que acompanho cotidianamente as maldades do governador, vamos aqui falar de algumas coisas que o governador tem plantado.

O governador tem plantado uma das piores educações do Brasil, e um dos piores salários do Brasil para professores; planta um desmonte da escola pública. O governador planta o desmonte e o sucateamento das universidades estaduais; a USP cai no ranking de avaliação, perdeu o status de maior universidade da América Latina, a Unesp não paga 13º.

Isso é uma das plantações do governador nas universidades e na Educação. O governador planta o desmonte e a entrega do estado de São Paulo, privatizando áreas, vendendo patrimônio do povo. O governador planta a desmoralização das Polícias Civil e Militar no estado de São Paulo, pagando o pior salário para delegados, para investigadores, e um dos piores para os policiais militares.

O governador planta corrupção, alimentando e sustentando os maiores esquemas de corrupção do Brasil, que acontecem aqui no estado de São Paulo.

A minha pergunta é: o que merece um cidadão que planta isso? Provavelmente não merece a Presidência da República.

Quando Geraldo Alckmin diz que eles merecem o que plantaram ao assistir um ônibus cheio de pessoas que trabalham - jornalistas, militantes e políticos; diz que merecem ser alvejados. Que diferença tem entre a frase de Geraldo Alckmin e a daqueles que dizem: “Olha, essa mulher de saia curta mereceu ser estuprada”? Nenhuma.

Ele tenta agora se misturar, se confundir, ao discurso de ódio irrepressível e irresponsável do Sr. Jair Bolsonaro. É difícil de se controlar para não adjetivar esse que, felizmente, está deixando o Governo do Estado.

Esse homem envergonha a todos nós e a mim, não como deputado de oposição, mas como cidadão paulista. Geraldo Alckmin, eu tenho vergonha do senhor, eu tenho vergonha de tê-lo como governador do meu estado. O senhor é pequeno. O senhor é um fracasso. O senhor é um equívoco. O senhor é um político menor, que não merece o respeito de todos nós.

Tomara que sua caminhada seja interrompida, não por um tiro, mas pelo voto popular e pela democracia, contra a qual o senhor atenta agora. O senhor sabe que o senhor e os seus companheiros, como o atual presidente da Assembleia Legislativa e o ex, são responsáveis pelos monstros criados neste País.

Vocês, que vestiram camisa amarela para vaiar a presidenta da República na abertura da Copa, vocês que vestiram camisa amarela e contrataram equipe para serem filmados como chefes de torcidas organizadas, defendendo o combate à corrupção, agora estão provando do veneno. Estão aí, tendo crises e mais crises de abstinência, porque os votos foram perdidos para os monstros que vocês criaram. Portanto, é lamentável a posição do governador Geraldo Alckmin.

É hora de unidade democrática e popular. É hora de apostar na democracia. Se ainda há um sopro de democracia, é isso que temos que fazer, e não com bravatas, não com palavras de ódio e, muito menos, com incitação à violência do nosso campo democrático popular também.

É hora de medir cada palavra. Aqueles que apostam na democracia, aqueles que querem continuar vivendo em um País livre precisam se unir minimamente. Precisamos de um pacto no campo democrático deste País, urgentemente, sejamos nós, ideologicamente, de centro, de esquerda ou de direita.

Quem tem apreço pela democracia não pode titubear neste momento. É sério o que estamos passando. Não podemos esquecer que em 1968 também poderia ter tido eleição, e não teve.

Portanto, é sério o que acontece no País, é muito grave o que acontece no País. Mataram a Marielle. Atiraram no ônibus do ex-presidente Lula. Ali estava Lula, estavam dirigentes do partido, jornalistas e amigos que eu considero como irmãos, que conviveram comigo.

Mas, não vou me deixar levar por esse estado de emoção, nem para um lado, nem para o outro, e nem vou adjetivar, da maneira que eu teria vontade, o Sr. Governador Geraldo Alckmin. Esse, sim, um político menor, um homem pequeno, pequeno e pequeno, que foi desmoralizado ao longo do seu percurso, que tem o seu cunhado exposto como operador financeiro. Esse homem que se traveste de bom moço, de um grande chefe de família, de um religioso moderado, não passa de um vingador.

Eu lembro muito bem, na minha época de infância e adolescência tinha um desenho chamado “A Caverna do Dragão”, que tinha o Mestre dos Magos e o Vingador. De vez em quando, o Vingador vinha travestido de Mestre dos Magos para enganar a turma que procurava uma saída. Este é Geraldo Alckmin, um homem que se disfarça de um democrata, de um homem que respeita o Estado e as coisas do povo mas, na verdade, é um vingador: tenta, desesperadamente, apresentar-se como um homem de confiança para essa que é a elite mais perversa do mundo, a elite escravocrata brasileira.

Geraldo Alckmin tenta ser o escolhido desses que deram um golpe no Brasil, que estão vendendo o Brasil, e querem que o Brasil volte a uma situação de colônia de americano e das grandes empresas nacionais e internacionais. Este é Geraldo Alckmin, um plantador de ódio, um jardineiro de gelo que não merece a nossa consideração e nem o nosso respeito. Quem brinca com fascismo, não merece respeito.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta Presidência vai levantar a sessão. Antes, porém, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de segunda-feira, à hora regimental, sem Ordem do Dia.

Lembrando-os, ainda, da sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 19 horas.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 16 horas.

 

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