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26 DE MARÇO DE 2018

017ª SESSÃO SOLENE pela OUTORGA DO COLAR DE HONRA AO MÉRITO LEGISLATIVO DO ESTADO DE SÃO PAULO AO ENGENHEIRO ANTONIO JOSÉ RODRIGUES PEREIRA, SUPERINTENDENTE DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

 

Presidente: MILTON VIEIRA

 

RESUMO

1 - MILTON VIEIRA

Assume a Presidência e abre a sessão. Anuncia a composição da Mesa e demais autoridades presentes. Informa que a Presidência Efetiva desta Casa convocara a presente sessão solene, por solicitação deste deputado, para "Outorgar o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao Superintendente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Engenheiro Antonio José Rodrigues". Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro". Anuncia a apresentação de video institucional do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

 

2 - ITAMAR BORGES

Deputado estadual, cumprimenta os presentes. Enaltece a figura de Antonio José Rodrigues Pereira, superintendente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, homenageado da noite. Destaca a importância da Comissão de Saúde desta Casa.

 

3 - ALBERTO JOSÉ DA SILVA DUARTE

Presidente do Conselho Diretor do Instituto Central do Hospital das Clínicas da FMUSP e professor titular de patologia clínica da FMUSP, saúda os presentes. Faz histórico de sua trajetória dentro do Hospital das Clínicas. Cita dificuldades da instituição. Elogia a atuação do superintendente do hospital, Antonio José Rodrigues Pereira em sua gestão. Enaltece demais membros que compõem a gestão da instituição de saúde.

 

4 - LUIZ AUGUSTO CARNEIRO D¿ALBUQUERQUE

Professor titular da disciplina de transplantes de fígado e órgãos do aparelho digestivo do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP e diretor da Divisão de Transplantes de fígado e órgãos do aparelho digestivo do HCFMUSP, cumprimenta as autoridades presentes. Discorre sobre a atuação Antonio José Rodrigues Pereira, superintendente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Elogia sua capacidade de administração e planejamento estratégico. Lembra crise recente do hospital e homenageia os funcionários, médicos e não médicos, da instituição de saúde.

 

5 - ELOISA SILVA DUTRA DE OLIVEIRA BONFÁ

Professora titular da disciplina de reumatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora clínica do MCFFMUSP, cumprimenta as autoridades presentes. Elogia a atuação profissional de Antonio José Rodrigues Pereira, superintendente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Considera que a autoridade personifica o lema do Hospital das Clínicas, "O orgulho de fazer o melhor pelas pessoas".

 

6 - JOSÉ OTAVIO COSTA AULER JUNIOR

Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e presidente do Conselho Deliberativo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, cumprimenta os colegas presentes nesta solenidade. Destaca a importância do Hospital das Clínicas para a saúde da população em todo o Estado de São Paulo.

 

7 - PRESIDENTE MILTON VIEIRA

Anuncia a entrega do Colar de Honra ao Mérito do Legislativo do Estado de São Paulo ao superintendente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, o engenheiro Antonio José Rodrigues Pereira.

 

8 - ANTONIO JOSÉ RODRIGUES PEREIRA

Superintendente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, agradece as autoridades presentes nesta homenagem. Saúda o deputado estadual Milton Vieira, responsável pela iniciativa desta solenidade. Agradece o apoio do governador Geraldo Alckmin. Destaca a importância do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e faz histórico da instituição. Discorre sobre a gestão do hospital e sobre a excelência de seu atendimento. Explica como chegou ao cargo de superintendente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, sendo formado em engenharia civil. Comenta a atuação dos profissionais do hospital durante a crise febre amarela que tomou o Estado. Lembra a memória de seu pai, Sr. Artur.

 

9 - PRESIDENTE MILTON VIEIRA

Faz comentários sobre sua atuação nesta Casa na área da Saúde. Relata visita do superintendente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Antonio José Rodrigues Pereira, à Comissão de Saúde desta Casa. Enaltece a a atuação do homenageado na gestão do Hospital das Clínicas. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Milton Vieira.

 

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O SR. PRESIDENTE - MILTON VIEIRA - PRB - Boa noite a todos. Esta sessão solene tem a finalidade de outorgar o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao superintendente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, o engenheiro Antonio José Rodrigues Pereira.

Esta Presidência compõe agora a Mesa principal. Quero convidar o homenageado, Dr. Antonio José Rodrigues Pereira, superintendente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; José Otávio Costa Auler Junior, diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e presidente do Conselho Deliberativo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; Eloisa Silva Dutra de Oliveira Bonfá, professora titular da disciplina de reumatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora clínica do HCFMUSP.

Convidamos também o Dr. Luiz Augusto Carneiro D’Albuquerque, professor titular da disciplina de transplantes de fígado e órgãos do aparelho digestivo do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP e diretor da Divisão de Transplantes de Fígado e Órgãos do Aparelho Digestivo; e o Dr. Alberto José da Silva Duarte, presidente do Conselho Diretor do Instituto Central do Hospital das Clínicas.

Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos do Regimento Interno, e  com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, minhas senhoras e meus senhores, esta sessão solene foi convocada pelo presidente desta Casa, deputado Cauê Macris, atendendo solicitação deste deputado, com a finalidade de outorgar o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao superintendente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, o engenheiro Antonio José Rodrigues Pereira.

Convido todos os presentes para, em posição de respeito, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do maestro 2º sargento da Polícia Militar, Izael.

 

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- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

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O SR. PRESIDENTE - MILTON VIEIRA - PRB - Quero comunicar também a presença do meu colega, deputado Itamar Borges. Muito obrigado por sua presença.

 Esta Presidência agradece à Patrulha Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Comunicamos aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV Web, e será retransmitida pela TV Assembleia no sábado, dia 31 de março, às 21 horas pela NET - canal 7; pela Vivo - canal 9; e pela TV digital aberta - canal 61.2.

Temos aqui algumas autoridades presentes: o professor Dr. Vanderson Rocha, presidente da Fundação Pró-Sangue do Hemocentro de São Paulo; Edson Rogatti, diretor-presidente da Fehosp - Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo; Flavio Fava de Moraes, diretor-geral da Fundação Faculdade de Medicina; Yassuhiko Okay, vice-diretor-geral da Fundação Faculdade de Medicina; Eduardo Moacyr Krieger, vice-presidente da Fapesp - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo; Dra. Waleska Santos, presidente da Hospitalar Feira + Fórum.

Professora Dra. Rosa Maria Rodrigues Pereira, titular da disciplina de reumatologia da FMUSP e diretora da Divisão de Clínica Médica I e II do Instituto Central do Hospital das Clínicas, que é irmã do nosso homenageado; professor  Dr. Ivan Cecconello, titular da Divisão de Clínica Cirúrgica II do ICHC; Dra. Aurora Rosaria Pagliara Waetge, do Direx - Instituto da Criança do Hospital das Clínicas; Diego Castanheira Resende, delegado do DPPC - Delegacia de Crimes Contra a Administração Pública de São Paulo; Ivan Pandini, representando o deputado estadual Gil Lancaster; Dr. Rafael Pitanga Guedes, da Defensoria Pública de São Paulo.

Temos também aqui um grupo de voluntários do Projeto Saúde, da Igreja Universal, que fazem um trabalho de visita aos hospitais. Muito obrigado pela presença de todos.

Neste momento assistiremos a um vídeo institucional do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

 

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- É exibido o vídeo.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - MILTON VIEIRA - PRB - Quero comunicar também a presença da Dra. Lucila, diretora-executiva do Instituto Central, e também a Dra. Ludhmila, diretora clínica do InCor.

Neste momento convido o deputado Itamar Borges para fazer uso da palavra. Esse meu colega, um grande lutador em prol da Saúde, juntos na Comissão de Saúde, temos travado grandes batalhas. Fique à vontade, deputado Itamar.

 

O SR. ITAMAR BORGES - PMDB - Muito boa noite a todas e a todos. Meu querido amigo, deputado Milton Vieira, confesso que esta sua iniciativa, que tivemos o privilégio de partilhar do momento do anúncio dela, eu ao lado do nosso amigo e parceiro desta Casa, deputado Cezinha de Madureira, presidente da nossa Comissão, quando a convite dela, me permita, o Tom Zé ali estava acompanhado do nosso Zé Otávio, prestando informações a esta Casa, do trabalho desenvolvido à frente do nosso Hospital das Clínicas, e de todo o complexo.

Quando você teve a brilhante iniciativa de propor, abraçar e ao mesmo tempo nos levar com você para apoiar sua ideia e iniciativa, confesso que você fez justiça, não só ao Tom Zé pelo brilhante trabalho que realiza à frente da sua missão, mas também a todo o complexo e mais de 25 mil profissionais, médicos, docentes, colaboradores, parceiros da instituição. Portanto, quero te parabenizar, você que exerce um mandato brilhante nesta Casa e honra esta Casa, mais uma vez agrega ainda mais valor ao seu mandato, com esta propositura e ao presidir esta sessão solene. Parabéns, você realmente faz com que esta Casa mostre que, além das importantes leis e interlocuções que realiza com os municípios e entidades, também reconhece o valor daqueles que têm ajudado a construir a história, em especial a história da saúde que o Hospital das Clínicas tem feito aqui em São Paulo e em todo o Brasil. Por isso quero saudá-lo.

Saúdo o Zé Otávio, nosso diretor da Faculdade de Medicina e presidente do Conselho Deliberativo, nosso amigo. A Dra. Eloisa, estivemos juntos lá também, o Dr. Luís Augusto, o Dr. Alberto, os componentes da nossa Mesa. Me permitam estender mais uma saudação, cumprimentando a ele, que não sei nem se está aqui, porque acabei de chegar de fora, ainda falei para o deputado Milton Vieira, encontrei ele hoje aqui já nos preparativos e falei “Quero muito vir trazer um abraço especial, tenho um compromisso antes e outro depois, mas quero muito vir aqui”, na figura do nosso ex-secretário da Saúde, que tem uma história importante dentro do nosso complexo, o Dr. Giovanni Guido Cerri, ao saudá-lo, quero saudar a todos, as mais de 25 mil pessoas que compõem a família do nosso HC e de todo o complexo da Faculdade de Medicina.

Permitam também estender aos demais visitantes e autoridades, saudando aqui o nosso presidente da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos e Públicos do País e de São Paulo, Dr. Rogatti, ao saudá-lo, estendo esse cumprimento a todos. Tom Zé, eu já te disse em uma oportunidade, numa delas o deputado Milton Vieira estava lá, e juntos dialogávamos. Te disse aqui na sua visita quando veio atender à Comissão de Saúde desta Casa, e nas oportunidades que tenho tido, o quanto esta Casa tem o dever de reconhecer o que o Hospital das Clínicas, o Instituto do Coração, a faculdade e todo o complexo têm desenvolvido em prol da Saúde e do povo de São Paulo e do Brasil.

Mas mais do que isso, nos momentos em que muitos leitos são fechados ou muitos serviços cessados, o Hospital das Clínicas se torna o acolhimento desses serviços interrompidos em outras unidades hospitalares, sem a compensação remuneratória injusta, que o deputado Milton Vieira lidera nesta Casa. Eu abraço ele junto nesse apoio, para que possamos sempre defender que se faça justiça e se dê tratamento a quem faz bem feito, com eficiência, o mesmo que se dá aos demais parceiros. Falo isso por minha conta, pelo o que acompanho como presidente da Frente Parlamentar das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, e todo o serviço de Saúde deste Estado, que tem apoio irrestrito não só da Confederação e Federação, mas em especial do meu parceiro, o deputado Milton Vieira. Portanto, não podia deixar de vir aqui.

Eu que tive o privilégio de começar na vida pública como vereador, muito jovem, depois prefeito por três mandatos. Desde o meu primeiro mandato de deputado estadual, trouxe para esta Casa a experiência que vivi como prefeito, que o Poder Público local, estadual e nacional têm o dever de dar respaldo e contribuir com o financiamento, e dar condições para que os serviços de Saúde sejam prestados e executados. É por isso que aqui criamos a Frente Parlamentar, e desde o meu primeiro mandato participo da Comissão de Saúde, sempre fazendo questão de participar, para que eu possa continuar defendendo a saúde, o fortalecimento, os nossos hospitais.

Para que eu possa continuar sendo um instrumento, e junto com o deputado Milton Vieira ter a oportunidade de vir aqui e participar desta homenagem que você, Tom Zé, recebe desta Casa. Esta é a maior Casa do Povo de São Paulo e deste País, depois do Congresso Nacional, ela representa e expressa a vontade e o reconhecimento do povo. Esta homenagem ainda é pouco, é pequena para reconhecer o trabalho que todos os senhores e parceiros apoiam no HC, mas em especial o Tom Zé, para reconhecer sua história e trajetória. Tenho certeza que você está orgulhoso, que sua família que aqui está com certeza também se sente orgulhosa, porque neste momento você tem o reconhecimento deste Estado pelo belo e brilhante trabalho que realiza.

Continue nessa missão, com apoio de todos os seus parceiros. Conte com esta Casa, conte com o Milton Vieira no que ele nos convocar. Estaremos com ele juntos, apoiando naquilo que pudermos, seja na sensibilização, que eu sei que tem,  mas quanto mais melhor da Secretaria da Saúde, do nosso Executivo, do Governo do Estado, para que possa apoiar e dar condições justas e reais para que vocês continuem vossas missões. O reconhecimento do valor de quem tem feito mais, com menos recursos. Parabéns. Boa noite a todos e muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - MILTON VIEIRA - PRB - Esta Presidência agradece a presença e as palavras tão bem postas pelo meu colega Itamar Borges. Muito obrigado, deputado. Anuncio também a presença da professora Cláudia, titular da Fonoaudiologia; Dra. Marisa, diretora executiva do InRad - Instituto de Radiologia.

Vamos ouvir agora as palavras do professor Dr. Alberto José Silva Duarte, presidente do Conselho Diretor do Instituto Central do Hospital das Clínicas.

 

O SR. ALBERTO JOSÉ SILVA DUARTE - Boa noite a todos. Queria inicialmente saudar o Dr. Milton Vieira, deputado estadual da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, e membro da Comissão de Saúde da Alesp.

O professor Dr. José Otávio Costa Auler Junior, diretor da Faculdade de Medicina da USP e presidente do Conselho Deliberativo do Hospital das Clínicas da USP; a professora Eloisa Silva Dutra de Oliveira Bonfá, diretora clínica do HC da Faculdade de Medicina da USP; o professor Dr. Luiz Augusto Carneiro D’Albuquerque, professor titular da disciplina de transplantes de fígado e órgãos do aparelho digestivo, do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP, e diretor da Divisão de Transplantes de Fígado e Órgãos do Aparelho Digestivo do HCFMUSP.

Ao homenageado, o engenheiro Antonio José Rodrigues Pereira, superintendente do HC da Faculdade de Medicina da USP. O professor Dr. Flávio Fava de Moraes, diretor-geral da Fundação Faculdade de Medicina; e o professor Dr. Yassuhiko Okay, vice-diretor-geral da Fundação Faculdade de Medicina.

Vou tentar ser breve, mas não podemos deixar de dizer duas coisas: a primeira que para mim é uma honra estar aqui representando o Instituto Central, que corresponde a 65% do complexo do HC. Aprendi muito lá, e posso dizer que temos tido uma grande chance de ver um trabalho exemplar de todos nós professores titulares que participam da Diretoria Executiva. O trabalho dentro do Hospital das Clínicas, indiscutivelmente, é uma coisa especial, a atenção ao paciente está em primeiro lugar. Eu chego a dizer que não se está ali por vaidade, o que nós percebemos é uma sensação de dever em relação à sociedade, eM cumprir na visão daqueles que mais precisam, e que mais podem oferecer.

A segunda observação que queria fazer é que vivemos hoje em crise. Todos nós sabemos das dificuldades que o hospital passa, e não são poucas, principalmente por ser um hospital terciário, em que muito se gasta e talvez pouco se receba proporcionalmente. Haja visto por exemplo, a situação da febre amarela, em que houve um gasto tremendo no sentido de salvar vidas de uma forma importante, nós temos uma dificuldade econômica prevista muito séria. Mas toda essa crise que estamos passando teria sido muito difícil, para ser sincero, se não tivesse sido a visão que antecipou essa crise, do engenheiro Tom Zé. A modificação que esse hospital sofreu em sua gestão é muito grande, e posso testemunhar isso porque estou dentro desse hospital, talvez o mais velho dessa turma, porque estou desde 1971.

Vi muita coisa, vi modificações importantíssimas, mas indiscutivelmente, o trabalho que foi feito por um engenheiro, que fica pouco na sua sala e visita tudo que é possível, participando de uma forma muito fluente de toda a organização. Aquela pessoa que na realidade, primeiro é apaziguador, nunca vi o Tom Zé criticar ou brigar com ninguém. Consegue trabalhar e entender as necessidades, consegue inclusive afagar os egos dos professores titulares, que geralmente não é uma coisa tão simples, mas consegue fazer, e faz com muito gosto.

Eu queria dizer que fico muito honrado de estar aqui falando sobre o Tom Zé, porque não tenho a menor dúvida de que ele é um exemplo para nós. Esperamos que no futuro possamos ter outros superintendentes da mesma qualidade. Finalmente, esse grupo todo que estamos falando aqui, apresentando a professora Eloisa Bonfá, por exemplo, que não há dúvida de que é outro clube extremamente importante. Talvez eu não tenha visto na minha vida nenhuma diretora clínica tão boa no hospital, tão eficiente, da mesma forma que o Zé Otávio, com toda essa presteza. O Carneiro é meu colega de conselho e trabalha bastante bem.

Mas o que quero dizer é que essa uniformidade que se criou dentro da atual visão e gestão do hospital tem permitido de fato, que esse hospital não caia e se mantenha firme, sempre atendendo as necessidades daqueles que mais precisam, e consequentemente que muito nos envaidece. Muito obrigado a todos.

 

O SR. PRESIDENTE - MILTON VIEIRA - PRB - Vamos ouvir agora as palavras do Dr. Luiz Augusto Carneiro D’Albuquerque, professor titular da disciplina de transplantes de fígado e órgãos do aparelho digestivo do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP.

 

O SR. LUIZ AUGUSTO CARNEIRO D’ALBUQUERQUE - Boa noite a todos. Deputado Milton Vieira, membro da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa; nosso diretor, professor e Dr. José Otávio; a maior diretora clínica de todos os tempos, ela foi a única mas, nossa amiga Eloisa Bonfá; a professora Rosa Maria Rodrigues Pereira, professora de reumato e chefe de departamento de Clínica Médica, parabéns; engenheiro Antônio José Rodrigues Pereira, nosso superintendente homenageado; Sr. Flávio Fava de Moraes, nosso diretor-geral da Fundação Faculdade; professor Okay, vice-diretor da Fundação Faculdade de Medicina; professor Alberto da Silva Duarte, presidente do Conselho Diretor. Queria homenagear todos os professores titulares aqui presentes, e meus parceiros do departamento, professor Flair e Ivan Ciconello, e na figura deles homenagear a todos os outros professores.

Deputado Milton Vieira, queria congratulá-lo pela brilhante iniciativa de conceder este Colar de Honra ao engenheiro Antonio José Rodrigues Pereira, nosso Tom Zé. Prezados senhores e senhoras, recebi a missão de saudar nosso amigo Tom Zé neste momento tão gratificante para todos nós da comunidade hciana. Primeiramente, gostaria de falar do superintendente do HC, o engenheiro Antonio José. O HC faz parte da minha vida há mais de 44 anos, e nesse período de história sempre estivemos habituados com os superintendentes médicos. A passagem do engenheiro para superintendente trouxe uma pergunta natural para todos nós: seria um engenheiro capaz de conduzir o Hospital das Clínicas com a expertise necessária? Embora viesse da atividade privada e muitas vezes correlata, que tivesse grande experiência administrativa, não saberíamos se ele seria sensível aos problemas tão grandes que o HC sempre enfrenta em sua história.

Mas com o passar do tempo, constatamos ter um líder ativo, que não fica restrito a sua sala, como já foi dito aqui, circula pelo complexo HC e é visível. É um superintendente que se pode encontrar, que observa tudo ao vivo, pessoa acessível e com gentileza em sua personalidade, ouve a todos e anota. Nos conselhos sempre faz apresentações muito didáticas e com grande volume de informações densas, sempre procurando argumentar de modo isento e decidindo de forma muito tranquila e segura.

Enfim, toda essa atuação mudou a visão administrativa do HC, hoje muito mais sólida e profissional. Instalou equipes de planejamento, e hoje as decisões que o HC toma são fundamentadas em estudos muito bem elaborados, sempre procurando se antecipar aos problemas e crises. Foi graças a esse planejamento seguro e estratégico, como o professor Alberto falou, que o HC atravessou esses últimos anos de crise de modo tão seguro e exemplar. Temos a sensação de que o HC vai bem graças a essas estratégias de planejamento baseadas nos dados fornecidos por essas equipes de planejamento, lideradas pelo engenheiro Antonio.

Seria agora uma observação, que o modo que atravessamos essa crise nos leva a dizer que o HC está sendo vítima do seu próprio sucesso, sua administração competente e responsável, forçando aquilo que o deputado Milton disse, que estamos num esforço hercúleo realizado pelos funcionários, a quem quero homenagear aqui, médicos e não médicos, para superar essa crise, trabalhando no limite de nossas forças. Necessitamos urgentemente de reposição das vagas de pessoal, que não estão sendo nem repostas. Então não é só o lado de reposição econômica, mas do pessoal humano, que temos uma carência terrível. Mas este é um momento de comemoração, e agora queria falar do meu amigo Tom Zé.

Alegre, preocupado, trabalhador incansável, que às vezes têm que sacrificar seus treinos de maratonista e virar a noite fazendo planejamentos. Mas está sempre alegre e disposto, sempre preocupado com todos comentando e falando do seu filho Artur, que está aqui, que é motivo de muito orgulho para ele. Parabéns Artur por esta honraria ao seu pai, ele preza demais a família, tem um grande apreço e sempre coloca a importância da família na sua vida, mas o que notamos é que ele tem um medo danado das irmãs. Rosinha, não sei o que vocês fazem em casa, porque ele tem um medo dessas irmãs. Também, cinco irmãs não são fáceis, eu tenho quatro e já acho difícil, Tom Zé.

Enfim, posso dizer que este colar encaixa perfeitamente no peito de um homem digno, de família, um profissional exemplar. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - MILTON VIEIRA - PRB - Esta Presidência anuncia também a presença do Sr. William Nahas, professor titular de urologia; Dr. Fábio Agimura, diretor-executivo do Hospital de Suzano; Dr. Felipe Neme, diretor-executivo da FMUSP; Dr. Luciano Patah, diretor-executivo do Instituto de Psiquiatria; Margarida Miyazaki, diretora-executiva do Imrea.

Vamos ouvir as palavras agora da Dra. Eloisa Silva Dutra de Oliveira Bonfá.

 

A SRA. ELOISA SILVA DUTRA DE OLIVEIRA BONFÁ - Boa noite a todos. Queria inicialmente cumprimentar o Dr. Milton Vieira, deputado estadual da Assembleia Legislativa, e agradecer por esta homenagem que está sendo feito para o HC. Cumprimento o deputado Itamar Borges; o professor José Otávio Costa Auler Junior, diretor da faculdade e presidente do Conselho Deliberativo, em nome de quem cumprimento todos os colaboradores do HC e da Faculdade de Medicina.

Queria cumprimentar o professor Dr. Alberto Duarte, presidente do Conselho Diretor; o professor Luiz Augusto Carneiro D'Albuquerque, titular da disciplina de transplante de fígados e órgãos do aparelho digestivo; professora Dra. Rosa Pereira, minha amiga e companheira, titular de reumatologia e diretora da Divisão de Clínica Médica I, chefe de departamento; o homenageado, engenheiro Tom Zé, superintendente do hospital; o professor Flávio Fava de Moraes, diretor-geral da Fundação Faculdade de Medicina; o professor Okay, vice-diretor da Faculdade de Medicina, e todos os professores e funcionários do hospital aqui presentes.

Queria dizer que é uma alegria enorme participar desta homenagem, mais que merecida para o nosso superintendente, agradecemos esta Casa por este reconhecimento. Eu fui privilegiada por trabalhar ao seu lado nesses últimos anos, e sou testemunha da transformação que o nosso hospital teve sob sua liderança, Tom Zé, que se caracterizou pela ética, companheirismo e empreendedorismo. Mais do que isso, sua dedicação e entusiasmo nos levaram para um horizonte de excelência, que é difícil imaginar durante uma das mais graves crises financeiras que nosso HC vivenciou. O desafio de contar com o engajamento de todos, com a falta de dinheiro, sem possibilidade de contratação ou promoção, foi um estímulo para aproximar a assistência da gestão, para juntos fazermos o melhor.

Parabenizo, portanto, nosso querido Tom Zé, por personificar o lema do HC, que é o orgulho de fazer o melhor pelas pessoas. E por fim, gostaria de agradecer imensamente sua família, em nome do seu filho Artur, por terem compartilhado as muitas horas dedicadas ao nosso HC. Para nós, valeu muito a pena. Muito obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - MILTON VIEIRA - PRB - Ouviremos agora também as palavras do Dr. José Otávio Costa Auler Junior.

 

O SR. JOSÉ OTÁVIO COSTA AULER JUNIOR - Mais uma vez, boa noite. Deputado, é com imensa alegria que vim aqui hoje, muito feliz. Todos nós temos grandes dificuldades no dia a dia, pelo menos todos nós que trabalhamos na área da saúde. Mas hoje é um dia especial, e vim muito orgulhoso por participar desta homenagear, agradeço a sua iniciativa, que honra toda a nossa comunidade do Hospital das Clínicas. Aqui vejo inúmeros funcionários, médicos, professores, todos que trabalham em prol de uma grande causa, a saúde da nossa população. Deputado, faço meus cumprimentos a vossa senhoria, bem como ao deputado Itamar Borges e toda a Comissão de Saúde, que tem sempre nos acolhido aqui em nossas necessidades.

Agradeço em nome do Hospital das Clínicas, por esta deferência à nossa instituição e pela homenagem ao Antonio José, uma pessoa que eu diria a todos os senhores e senhoras presentes, extremamente competente e transparente, afável e trabalhadora. Dentro de uma instituição pública, exerce com uma dedicação e presteza na resolução dos problemas, que é difícil de encontrarmos hoje dentro dos claros de qualquer instituição. Tom Zé, venho aqui muito feliz de trazer meu abraço e parabenizá-lo, com isso toda a instituição fica grande. Você é um exemplo para todos nós.

Queria também cumprimentar meus colegas de Mesa, professor Carneiro, professora Eloisa, professor Alberto, com quem divido todos os dias nossas aflições, deputado. Mas que sob a liderança administrativa do Tom Zé, temos conseguido operar verdadeiros milagres, numa situação hoje que todos já demonstraram aqui, principalmente lidando com vidas humanas. No momento em que a pessoa está extremamente fragilizada, quando ela perde sua saúde, e todos nós sabemos que a saúde é bem o maior que possuímos, a única esperança hoje é ser tratado, e as pessoas sabem disso e nos procuram para que isso seja feito da melhor maneira possível.

O HC busca, dentro de sua competência, fazer o melhor possível para a Saúde pública do nosso Estado e Brasil. Se o senhor mesmo passar lá perto de manhã, vai ver ambulâncias não só daqui, mas de Minas, da Bahia, de tudo quanto é lado, e os pacientes sendo atendidos pelo HC.

Queria cumprimentar todos os outros presentes, e dizer mais uma vez da minha alegria em estar aqui representando a Faculdade de Medicina, e ter como Tom Zé o nosso superintendente, que sempre nos tem trazido segurança administrativa frente às questões públicas, pela transparência. Recentemente o Tom Zé e mais a Diretoria Clínica lideraram a chamada Cartilha de Compliance do Hospital das Clínicas, uma iniciativa pioneira para uma instituição pública, que traz os feixes éticos que regem o relacionamento do corpo clínico, entre nós e com o mundo exterior.

Então deputado, mais uma vez muito obrigado. Esta homenagem para o Tom Zé representa muito para nós. Ficamos muito felizes e agradecidos por sua iniciativa e de todo o parlamento. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - MILTON VIEIRA - PRB - Muito bem. Depois de ouvirmos tantas declarações, neste momento faremos a entrega do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao superintendente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, o engenheiro Antonio José Rodrigues Pereira, Tom Zé.

 

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- É entregue o Colar de Honra ao Mérito do Legislativo do Estado de São Paulo.

 

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O SR. PRESIDENTE - MILTON VIEIRA - PRB - Muito bem. Agora com a palavra, nosso homenageado, Dr. Antonio José Rodrigues Pereira, Tom Zé. Vossa Excelência tem o tempo que quiser, a Casa é sua. Ele disse que ia falar só duas horas.

 

O SR. ANTONIO JOSÉ RODRIGUES PEREIRA - Boa noite a todos. Como não tenho a habilidade dos professores, fiz um rasurado. Senhoras e senhores, todos os presentes, é uma alegria e uma honra estar aqui com vocês nesta noite, na Casa do povo, para ser homenageado pelo trabalho feito no hospital do povo paulista, o nosso Hospital das Clínicas da FMUSP. Um momento marcante na minha vida, que levarei para sempre comigo.

Gostaria de iniciar agradecendo a presença do professor José Otávio Auler Junior, diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e presidente do Conselho Deliberativo do Hospital das Clínicas; minha amiga, professora Eloisa Silva Dutra de Oliveira Bonfá, diretora clínica do Hospital das Clínicas; ao meu amigo, professor Dr. Luiz Augusto Carneiro D’Albuquerque, professor titular da disciplina de transplante de fígado e órgãos do aparelho digestivo do Departamento de Gastro da Faculdade de Medicina.

Professor Dr. Flávio Fava de Moraes, diretor-geral da Fundação Faculdade de Medicina, um grande apoiador; professor Dr. Okay, vice-diretor da Fundação Faculdade de Medicina; professor Flair, titular da disciplina de gastro clínica; Dr. Edson Rogatti, meu grande amigo e presidente da Federação das Santas Casas; professor Dr. Eduardo Moacyr Krieger, da Comissão de Relações Internacionais.

Professor Dr. Alberto José da Silva Duarte, presidente do Conselho Diretor do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina; professor  Dr. Ivan Cecconello, titular da Divisão de Clínica Cirúrgica II do ICHC; professora Dra. Ludhmila; Wanderson, e tantos outros. As minhas irmãs, Lelé, Fátima, Rosa, Euvira, Filó, meus sobrinhos Rafael, Luisa, Fabiana, Cláudia, e meu filho Artur. Aos deputados Milton Vieira e Itamar Borges, Cezinha de Madureira, que não está presente, em nome de quem cumprimento os demais parlamentares da Casa, e todos os amigos aqui presentes.

Estar nesta Casa, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, tem um significado muito especial para mim. O enorme apoio que o Hospital das Clínicas sempre recebeu dos Srs. Deputados, o entendimento de que o HC é referência maior da população para enfrentar seus problemas de saúde de maior gravidade, um hospital terciário, faz com que aqui nossos pacientes colaboradores tenham fortes aliados. Aqui encontramos um Poder Legislativo sério, atuante e comprometido com a saúde da população. Aproveito também para saudar o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, médico que se afastou da prática da medicina para se dedicar com afinco à gestão pública, mas que nunca perdeu seu olhar e cuidado de médico para com os pacientes e a população.

Por isso o HC sempre teve seu apoio, um amigo de todas as horas. Ser parte do Hospital das Clínicas é um enorme privilégio, sobretudo uma enorme responsabilidade. Contribuir para que essa instituição siga avançando e sendo o porto seguro da saúde da nossa população é trabalho incessante, toma nossos dias e noites, cada hora e cada minuto, mas nos enche de satisfação.

Falo no plural porque sei que represento nesta homenagem cada um dos 22 mil funcionários do Hospital das Clínicas, sei que sozinhos não podemos nada, juntos podemos muito. Fazer parte da história do HC é fazer parte da história da medicina deste País, o que ela tem de melhor. Essa história começou em 1912, quando a Escola de Medicina e Cirurgia de São Paulo abre seu primeiro concurso.

Quatro anos depois, a Fundação Rockefeller inicia as negociações para que fosse construído o primeiro hospital-escola do País, e assim, em 1944, é inaugurado o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, que em perfeita sinergia e parceria com o HC, está há décadas mantendo os mais altos níveis de excelência no ensino, pesquisa e assistência de nossa instituição.

 É sobre essa absoluta afinidade dentro do sistema de saúde formado pela Faculdade de Medicina e pelo HC, que quero fazer uma saudação especial ao professor Dr. José Otávio Costa Auler Junior, diretor da faculdade; ao professor Tarcísio, vice-diretor; e à professora Eloisa Bonfá, diretora clínica do complexo. Sobre essa liderança, conseguimos avançar em tantas áreas, mantendo sempre a excelência e cuidado humanizado. Obrigado, professores.

Já em seus primeiros anos o HC mostrou sua vocação inequívoca para a grandiosidade, para se tornar o principal centro de saúde do País, inaugurado com 423 leitos. Em 1950 já possuía mil. Naquele ano, mais de 50 mil pacientes foram registrados no HC, e 40 mil passaram pelos ambulatórios. Uma década após sua inauguração, o HC atendia praticamente todos os casos de emergência de São Paulo, e mais, chegava em suas dependências doentes de outros estados, e até de outros países que precisavam de tratamento de alta complexidade. Até hoje é assim.

Pioneiro como hospital-escola, manteve-se pioneiro ao longo de décadas. Foi no HC, por exemplo, que foi realizado o primeiro transplante de coração da América Latina. A todo tempo nossas pesquisas são elevadas ao redor do mundo, nossos médicos são reconhecidos por seus pares nos mais importantes centros de saúde internacionais, e os exemplos não param de se multiplicar. Semana passada tivemos a honra de lançar o primeiro programa de compliance de um hospital público no País. O compromisso com o que há de melhor e mais moderno na gestão é uma marca que fazemos questão de manter e ampliar.

No HC, o estado da arte da saúde encontra o estado da arte da gestão, gestão que ao longo do tempo permitiu que os números do HC seguissem crescendo. Hoje são 2.700 leitos nos oito institutos que formam o complexo, são quase 50 mil cirurgias todos os anos, 60 mil atendimentos de urgência e emergência, mais de 900 mil exames de imagem, mais de um milhão e meio de exames laboratoriais por mês, entre tantos outros números que impressionam pela grandiosidade. Mas que impressionam ainda mais pelo grau de excelência e humanização que está por trás de cada um deles.

E como cheguei aqui? Como entrei para essa família do Hospital das Clínicas? Esse mundo de professores titulares, que alguns comentaram, não é fácil, mas é soberbo. Reconheço que foi uma trajetória improvável. Ao me formar em engenharia civil, não poderia prever naquele momento para onde a vida iria me levar, afinal, como poderia um engenheiro contribuir com o maior complexo hospitalar da América Latina? Uma resposta curiosa, mas com bastante significado foi dada logo no meu primeiro ano de HC.

Em 1996, fui levado ao Instituto de Radiologia pelo professor Brêtas, em memória. Depois de trabalhar numa grande multinacional, foi lá que tive a oportunidade de começar a trabalhar com aquele que seria uma espécie de mentor nessa minha trajetória, o professor Dr. Giovanni Guido Cerri.

Um dia, ao final daquele ano, me deparei com um desafio diferente e inusitado. Início da noite um residente corre até a minha sala e diz que um importante equipamento para realização de exames de imagem havia quebrado. A aflição do residente era evidente, o paciente estava desde às dez horas da manhã esperando no hospital e há mais de 48 horas em jejum. Um residente comentou com o paciente que ele estava fragilizado, sobre a importância da realização do exame para o diagnóstico e tratamento. E lá fui eu, um engenheiro civil com fartos conhecimentos de eletrônica, mas poucas ferramentas na mão. O paciente me vê e pede: “Doutor, por favor, arrume esse bicho, moro longe demais e preciso voltar para comer”. Eu não sei bem como me mexi aqui, ali, e o equipamento voltou a funcionar. Deus, com certeza. O exame pôde ser feito e o paciente foi para casa.

Será que era isso que o engenheiro poderia fazer num hospital? Naquele momento era, mas seria muito mais. Porque naquela noite, naquele pedido do residente, no olhar do paciente, percebi que um hospital só funciona quando todos trabalham juntos em sinergia. Quando a equipe se une para que o paciente receba o melhor, e para que o paciente saiba que poderá sempre olhar em nosso olho e ser acolhido. Aprendi que o diferente da nossa instituição é o cuidado absoluto com o paciente, aprendo isso todos os dias com os professores, enfermeiros e multiprofissionais.

É colocado como foco de cada decisão que tomamos, é a humanização que permeia todo o atendimento, desde a portaria na chegada, até a alta na saída. Preparado e ainda procurado pela iniciativa privada, acabei passando um período fora do País, como diretor de uma grande multinacional. Foi uma fase importante para me aproximar ainda mais dos métodos de gestão, em linha com o que havia de mais moderno no mundo.

A busca por resultados mensuráveis que pudessem ser facilmente traduzidos, e melhoria na eficiência e eficácia da instituição se aprofundaram, no meu modo de enxergar a gestão. Com isso, em 2008 voltei para o universo do Hospital das Clínicas, dessa vez para fazer parte de uma equipe que estava implementando o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, o Icesp, que rapidamente se transformou em sinônimo de excelência e acolhimento dentro do Sistema Único de Saúde.

De lá para cá passei para a chefia de gabinete e em 2014 assumi a superintendência do maior complexo hospitalar da América Latina. Estava diante do maior desafio da minha carreira, uma enorme responsabilidade fazer a gestão de um gigante que une dois feitos: seus números superlativos, e seu atendimento sempre único. Um local onde a assistência, o ensino e a pesquisa caminham juntos, se apoiando, fortalecendo e ajudando a conduzir a medicina nacional para um patamar de excelência internacional. Os exemplos são inúmeros, em cada instituto e sala eu poderia buscar novos modelos de dedicação, competência, respeito e inovação. Por isso a população admira e quer o HC.

É verdade que a população gostaria que houvesse um HC em cada esquina na região de São Paulo, mas somos únicos. À frente da superintendência pude contribuir para que os avanços no complexo não parassem, para que pudéssemos quebrar alguns paradigmas. Gostaria de citar alguns desses feitos rapidamente. Fizemos o referenciamento do pronto atendimento de todo o complexo, com a liderança da Diretoria Clínica com a professora Eloisa Dutra Bonfá e sua equipe, e da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Com isso, pudemos garantir que os pacientes mais graves, aqueles que mais precisam de nós, tivessem seu atendimento garantido.

Realizamos a reforma e construção de mais cem mil metros quadrados de área. No período, entregamos novos prontos socorros no Instituto Central, com equipamentos de última geração, mais conforto para pacientes e profissionais. A criação de uma central logística foi um avanço que permitiu um ganho enorme na logística, com economia de recursos públicos e mais segurança para os pacientes. A implementação de um prontuário eletrônico acessível por todo o complexo. As conquistas sucessivas de creditações nacionais e internacionais, mostrando que estamos de acordo com as mais exigentes práticas, e aqui faço um adendo a todos os diretores-executivos e de núcleo que permearam por isso.

Numa fase de crise aguda no País, tanto do ponto de vista econômico quanto ético, é com muito orgulho que afirmo que o HC se manteve como uma ilha de excelência, com resultados positivos, avanços nos tratamentos e tecnologia utilizada, sempre com humanização e muito respeito à população que precisa do Sistema Único de Saúde. Quando todos os índices econômicos apontavam para baixo, ficou claro que era preciso fazer mais com menos. E fizemos; mantivemos o HC como um farol da medicina nacional. Nesse momento é impossível não ver no meu trabalho, a minha conexão com todos do HC, os frutos que aprendi com meu pai, minha mãe e minhas irmãs.

Sr. Artur, meu pai, imigrante português, que não teve a oportunidade de estudar, mas fez o possível e impossível para que seus seis filhos tivessem as melhores oportunidades. Todos se formaram nas melhores faculdades, exceto eu. É brincadeira, porque todas as minhas irmãs fizeram USP, menos eu. Meu pai, que nos jantares de família com todos unidos, transmitia seus valores de ética, responsabilidade e humildade, e como absolutamente todos deveriam ser sempre bem tratados, independente de sua origem ou classe social.

Foi na padaria do meu pai, vendo-o trabalhar, que aprendi a importância de formar um time unido, e ser uma liderança justa e correta. Aprendi a focar nos resultados, medir e traduzir tudo em números. Aprendi a fazer gestão, e não por acaso, nas reuniões da diretoria com meus diretores de núcleo, ainda é comum soltar, “lá na padaria do Seu Artur a coisa funcionava”.

Trago tudo comigo desde meu primeiro emprego até hoje, e aqui tento transmitir aos meus amigos, colaboradores, gestores, e principalmente para meu filho. Não posso deixar de falar da minha mãe, uma professora na concepção completa da palavra, sempre pronta a ensinar e nos fazer aprender. Quando sento com meu filho ainda hoje para fazer a lição, é o exemplo dela que procuro seguir, se não com toda sua sabedoria, pelo menos com todo o coração. Tirou 9,5 em matemática.

Vejo muitos desses valores familiares dentro do HC, e sem eles não seria possível uma instituição cuidar tão bem de tanta gente, não seria possível uma lista de avanços tão significativos, sei que o trabalho de todos, a dedicação que vejo em toda a equipe tornam esse crescimento possível. O que me dá convicção de que muitas outras conquistas virão.

Temos um passado brilhante como instituição, e certamente um futuro grandioso, mantendo compromisso com a excelência para nossos pacientes, familiares e colaboradores. Por isso, antes de terminar, gostaria de contar a história de um outro Artur, um jovem de 21 anos, morador de Cotia, que foi transferido em fevereiro do hospital local para o HC. Ele estava com febre amarela, um caso gravíssimo.

Como todos sabem, o HC foi a principal referência para todos os casos da doença, durante essa crise que afetou a todos. Com absoluto profissionalismo, foi acionado um grupo de crise com protocolos específicos para situações como essa, treinamentos e experiências foram aplicados no calor da hora, enquanto os mais graves não paravam de chegar. Planejamento e gerenciamento, isso é gestão de crise em mais alto nível, só encontrados em empresas de altíssima performance. Mas havia mais, havia amor pela profissão e pelos pacientes.

Na UTI, pudemos ver a toda a equipe, as horas de plantão precisando lidar com pressão e com os esforços incessantes para salvar vidas, e lidar com inevitáveis perdas, apesar de todos os esforços. Pude ver ainda, e mais uma vez, o HC reafirmar sua história no pioneirismo, realizando o primeiro transplante de fígado em pacientes de febre amarela no mundo. Uma decisão corajosa, que apenas uma equipe com excelência, característica do nosso hospital, poderia tomar. Graças a ela, hoje a Gabriela é a primeira paciente transplantada, e já está em casa.

Pois bem, voltemos ao Artur. Ele chegou ao nosso hospital já em estado bastante grave da doença, e foi imediatamente internado na UTI de infectologia, sob cuidados da equipe da Dra. Ro. Ele era um entre muitos casos, mas como aprendi ver e entender o HC, ele era único, e como uma pessoa única, ele foi tratado. O cuidado, acolhimento, olho no olho dos médicos e enfermeiros, fono, fisio, todos os multiprofissionais e a parte administrativa certamente fizeram toda a diferença.

Além de ter podido contar com o que há de mais avançado na medicina, Artur contou com o tratamento humanizado da nossa equipe, da qual me orgulho muito de fazer parte e ser mais uma peça dessa engrenagem. E após quase um mês de internação, Artur finalmente teve alta e pôde voltar para sua família.

Antes de sair, ele nos deu esse pequeno depoimento que leio aqui: “Aqui no HC fui superbem tratado pelos médicos. Fui para a UTI e não lembro de muita coisa, mas me lembro de ter sido tratado com muito carinho, como se fosse uma criança, como se fosse filho deles. Graças aos médicos, a Deus e ao HC, fui me recuperando aos poucos, e hoje estou saindo do hospital. Eu nasci de novo”. Artur, que tem o nome do meu pai, nasceu de novo no hospital que eu tenho a honra de trabalhar.

É isso que acontece no HC, o maior complexo hospitalar da América Latina. Diariamente, cada paciente, cada Artur que volta para casa, para junto da sua família, todos nós renascemos todos os dias. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - MILTON VIEIRA - PRB - Quero pedir desculpas por não fazer uso da tribuna. Vou proferir algumas palavras aqui, do porquê desse evento e da nossa satisfação. Por não haver outro deputado presente, não posso deixar a Presidência para fazer uso da tribuna. Mas quero agradecer a todos os senhores e senhoras que estão aqui presentes. Muitos me perguntaram, até a própria TV Assembleia, o que motivou este deputado em fazer esta homenagem. É uma homenagem da Assembleia Legislativa, não minha, embora sou a pessoa que solicitou, cada deputado tem o direito de homenagear uma pessoa de expressão dentro do nosso Estado.

No dia que o Dr. Tom Zé veio aqui na Comissão de Saúde, eu que já faço parte da comissão, em alguns períodos fiquei fora porque fui deputado federal, e fiquei fora desta Casa. Mas nos 20 anos que estou aqui, já travamos grandes batalhas neste plenário, doutores, diretores e médicos, pessoas que cuidam da nossa vida e da nossa família, que estudam e vivem. Não tenho aqui as palavras do deputado Itamar Borges, não tenho números ou expressão para falar do agradecimento que temos da vida de vocês, que cuidam do nosso Estado, e de pessoas de outros estados. Porque o Hospital das Clínicas não cuida só do nosso Estado, sabemos que o Brasil inteiro vem para cá em busca de um tratamento especializado que os senhores são responsáveis.

Para nós é uma satisfação muito grande, porque como o deputado Itamar Borges colocou aqui, nós vivemos aqui dentro um mundo que parece ser diferente, uma vala comum onde todos são iguais e não merecem mais o respeito da sociedade. A classe política hoje está nivelada por baixo, mas isso não é verdade. Nós que trabalhamos aqui temos orgulho de representar o povo paulista dentro desta Casa. Eu represento hoje aproximadamente cem mil pessoas que votaram em mim, e me deram um cheque em branco “vai lá mais uma vez nos representar”. Pelo meu quinto mandato, estou aqui representando essa população. Não diferente, somando todos os deputados aqui, que tem cada um o seu trabalho, representam uma fatia da sociedade do nosso Estado.

Sabemos da dificuldade da Saúde pública do nosso País, e principalmente de um estado como São Paulo, que é grande, a locomotiva do País. Aqui nós temos esse complexo reconhecido, e vou dizer que no mundo inteiro, doutor, porque conheço bem o trabalho do HC. Falo às vezes para minha assessoria, já fiquei internado lá na UTI, e vou falar igual ao Artur “graças a Deus fui tão bem tratado”, não porque eu era deputado, porque nesse período nem aqui eu estava. Eu estava secretariando na Prefeitura de São Paulo, mas fui muito bem tratado. E falo para meus funcionários: “Se der algum piripaque em mim vocês me jogam lá no pronto atendimento do HC, só não fala que é deputado. Coloca que o pessoal dá um jeito, porque é especialidade”.

Para nós é uma honra muito grande, então quando tivemos a oportunidade, o Dr. Tom Zé veio à Comissão de Saúde e nesse dia eu estava lá, ele veio junto com outros companheiros, o professor estava lá também. Ele fez uma explanação e fiquei observando, eu não o conhecia de perto. Fiquei observando a forma como colocou, o carinho que tem com aquela instituição, o carinho que tem com os senhores funcionários, a vontade dele. Sabemos que ele trabalha diuturnamente para fazer aquilo andar, como vocês todos colocaram aqui. Ele não é somente o superintendente, mas o mediador, o apaziguador. A própria Palavra de Deus diz que são bem-aventurados os apaziguadores, o senhor é uma pessoa feliz por ser assim.

Então, nós nos sentimos honrados, para mim é uma honra, um privilégio. Vários deputados me disseram, me ligaram hoje pedindo desculpas, inclusive o Cezinha de Madureira, porque estamos vivendo um momento de transição política no Estado e no País. Teremos eleições em outubro, então os partidos estão se movimentando, e a vida política de muitos depende das articulações, com trocas de partidos. O deputado Cezinha está assinando a filiação dele hoje em outro partido, já tivemos várias reuniões durante o dia. O Itamar, por ser uma pessoa que respeita muito o Hospital das Clínicas, a saúde do Estado, disse que tinha vários compromissos, mas não podia deixar de estar aqui para cumprimentar o Dr. Tom Zé e os funcionários do HC, todos os professores.

Enfim, para encerrar, para nós doutor, a honra é do Legislativo em poder homenagear pessoas como o senhor, porque nosso Estado só é o que é, o senhor citou aqui o governador Geraldo Alckmin e tiro o chapéu para ele, nós que apoiamos o trabalho e somos da base, sabemos do esforço que o governador, muitas das vezes não compreendido por algumas categorias, e entendemos as associações e funcionários públicos que vêm aqui e ocupam essa galeria, que fazem suas manifestações querendo reajustes salariais, querendo melhores condições de trabalho.

Entendemos tudo isso, mas também entendemos que o cobertor está pequeno, que não existem recursos. Vivemos uma crise nacional, não somente política, mas financeira, em que o governador tem sido mão de ferro para os funcionários estarem pagos, nós não temos salários atrasados, 13º atrasado. Temos funcionários e policiais recebendo 13º do ano passado ainda, em dez parcelas, isso é um absurdo. Mas nós respeitamos as dificuldades dos outros estados, mas isso vai do gestor, como o HC.

Vários falaram aqui, o HC enfrenta crise, mas estaria pior se não fosse a mão que hoje está sob o HC, do Dr. Tom Zé, inspirado com seu trabalho e história de vida que falou aqui, que vem do pai português, meu pai também é português. Saber que tudo isso contribui para que hoje a crise seja menor.

Nós temos feito esforços tremendos aqui, não só a comissão, mas toda a Assembleia, no intuito de fazer mais em nossas emendas, de trabalhar o orçamento, enxugando tudo para atender à Saúde. Eu particularmente, as emendas parlamentares que o governo disponibiliza para mim, envio tudo para a Saúde. Vai 200 mil para um município, cem para outro, uma ambulância para cá, hospital aqui de Interlagos, já mandamos para o HC várias vezes.

Enfim, todo ano vamos distribuindo, e faço isso com o maior prazer, porque vejo que a Saúde necessita muito, são muitas pessoas. Eu ando pelas ruas e comunidades, nos lugares, e vejo o sofrimento das pessoas que precisam dos senhores, precisam do Hospital das Clínicas. Muito obrigado doutor, por dar essa oportunidade para mim como parlamentar, honrar o senhor.

Quero agradecer toda sua família que está aqui, na pessoa do Artur, esse garoto que está ali e parece muito com o Dr. Tom Zé, tem um futuro brilhante. Enfim, suas irmãs, família, todos os senhores. Meu muito obrigado por comparecerem aqui, é um momento único para nós, e vou levar isso em meu currículo. Ano que vem espero não estar mais nesta Casa, mas em outra Casa onde as discussões são maiores. Estaremos lá também lutando pela Saúde, como fiz em todos esses anos que estivemos aqui na Assembleia. Meu muito obrigado a todos vocês.

Esgotado o objeto da nossa presente sessão, agradeço todas as autoridades, à minha equipe, aos funcionários dos serviços de Som, da Taquigrafia, de Atas, do Cerimonial, da Secretaria Geral Parlamentar, da Imprensa da Casa, da TV Alesp, e das assessorias policiais Civil e Militar, bem como a todos que, com suas presenças, colaboraram para o êxito desta sessão.

Está encerrada a sessão. Muito obrigado a todos.

 

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- Encerra-se a sessão às 21 horas e 23 minutos.

 

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