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18 DE ABRIL DE 2018

047ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: DOUTOR ULYSSES e MARIA LÚCIA AMARY

 

Secretário: CARLOS GIANNAZI

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - DOUTOR ULYSSES

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - CORONEL TELHADA

Condena campanhas eleitorais baseadas em críticas a outros candidatos. Considera que, apesar de seus esforços em prol da Polícia Militar, os benefícios para a categoria não dependem apenas dele para serem conquistados. Destaca a importância da aprovação de projeto de lei, de sua autoria, que obriga o Estado a prestar assistência jurídica integral e gratuita aos policiais militares que, no exercício de suas funções, se envolvam em casos que demandem tutela jurídica. Lê carta de cidadão que relatou alívio com o fim de "pancadões" próximos a sua residência, após a aprovação da Lei 16049/15, de autoria deste deputado e do parlamentar Coronel Camilo.

 

3 - CARLOS GIANNAZI

Informa que o Tribunal de Justiça tornou réus diversos ex-presidentes do Metrô de São Paulo, devido a compras de trens com indícios de superfaturamento. Lembra que já havia denunciado o fato em várias ocasiões. Mostra imagens de trens abandonados e em estado de degradação em pátio do Metrô. Manifesta expectativa de que haja punição dos envolvidos por improbidade administrativa.

 

4 - LECI BRANDÃO

Parabeniza o partido dos Trabalhadores pela realização do ato solene "Lula Livre", ontem, nesta Casa. Elogia a organização do evento, que considera importante em prol da democracia. Defende o respeito entre seus pares.

 

5 - CORONEL CAMILO

Declara-se favorável à redução de diferença salarial entre os postos de primeiro e segundo tenentes da Polícia Militar. Cita a existência de PEC sobre o assunto. Considera que a referida proposta é insuficiente para alcançar toda a hierarquia policial.

 

6 - MÁRCIO CAMARGO

Para comunicação, anuncia a presença da abadessa Miao Yen e da mestra Miao You, do Fo Guan Chan, Templo Budista Zu Lai, de Cotia; do ministro de Relações Internacionais de Taiwan, Sr. Fernando Chien Uangui e da vice-ministra, Sra. Isabel Xu; do vice-prefeito da cidade de Cotia, Moisezinho; do secretário de Segurança Pública, Almir Rodrigues; do vereador Arildo Gomes; e do cabo Jean. Ressalta a importância da troca de experiências desta Casa com o Taiwan.

 

7 - PRESIDENTE DOUTOR ULYSSES

Saúda os visitantes anunciados pelo deputado Márcio Camargo.

 

8 - MARCOS LULA MARTINS

Exibe reportagem sobre a relação entre a exposição humana ao benzeno, presente em combustíveis veiculares, e o risco de desenvolvimento de câncer. Destaca a necessidade de que seja respeitada lei, de sua autoria, que proíbe o abastecimento de combustíveis após ser acionada a trava da bomba.

 

9 - LUIZ CARLOS GONDIM

Discorre sobre o problema de superlotação da maternidade da Santa Casa de Mogi das Cruzes. Critica a demissão de professores e maestros das bandas e fanfarras da rede municipal de ensino. Condena a decisão de a prefeitura realizar contratação de novos funcionários para a função, sem a exigência de serem maestros profissionais.

 

10 - CARLOS GIANNAZI

Faz coro às palavras do deputado Luiz Carlos Gondim em relação à demissão de maestros municipais. Anuncia a presença de Ademilson Marceneiro, da cidade de Pirapora do Bom Jesus, que reivindica a classificação do município como de interesse turístico. Protesta contra a aprovação de projeto de lei, do prefeito João Doria, que modifica lei, de autoria deste deputado, que proíbe a utilização de símbolos e logomarcas municipais que façam alusão a partidos políticos. Informa a realização de audiência púbica com servidores da Fundação Casa, que reivindicam a redução da jornada de trabalho para a categoria.

 

11 - PRESIDENTE DOUTOR ULYSSES

Saúda o Sr. Ademilson Marceneiro, de Pirapora do Bom Jesus.

 

12 - MARCOS LULA MARTINS

Comenta evento realizado nesta Casa a favor da liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Tece argumentos em defesa do político, cuja prisão considera injusta. Cita números a favor de Lula nas pesquisas eleitorais para Presidência da República.

 

13 - MARCOS LULA MARTINS

Solicita a suspensão da sessão até as 16 horas e 30 minutos, por acordo de lideranças.

 

14 - PRESIDENTE DOUTOR ULYSSES

Defere o pedido e suspende a sessão às 15h37min.

 

15 - MARIA LÚCIA AMARY

Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h34min.

 

16 - MARCOS LULA MARTINS

Para reclamação, lamenta que os elevadores da parte frontal da Casa estão constantemente quebrados. Critica a falta de ventilação na cozinha do plenário, que serve café para os deputados. Diz ser este um trabalho insalubre.

 

17 - MARCO VINHOLI

Para comunicação, informa a presença do deputado federal Adérmis Marini no plenário, para acompanhar a votação da criação da Região Metropolitana de Franca. Cumprimenta a deputada Maria Lúcia Amary pelo seu aniversário.

 

18 - CARLOS CEZAR

Para comunicação, cumprimenta a deputada Maria Lúcia Amary pelo seu aniversário.

 

19 - CORONEL CAMILO

Pelo art. 82, discorre sobre proposta de emenda constitucional, em tramitação nesta Casa, para a redução da diferença de vencimentos entre os postos de graduação da polícia. Afirma que esta proposta não contempla uma parte dos policiais. Informa que protocolou hoje ofício para que a diferença entre estes vencimentos passe a ser 7%, ao invés da proposta inicial de 10%. Destaca que a redução da diferença para 7% englobará tanto o soldado como o tenente coronel, o que tornará este aumento justo. Relata que sempre defenderá o policial militar e o cidadão de bem. Fala que trabalhará junto com o governador Márcio França, para que sejam enviadas a esta Casa propostas que façam o reconhecimento por inteiro de toda a carreira policial. Esclarece que as propostas de emenda constitucional precisam de assinaturas para que sejam protocoladas. Afirma que assinará a PEC se a proposta for alterada.

 

ORDEM DO DIA

20 - PRESIDENTE MARIA LÚCIA AMARY

Coloca em votação e declara aprovado requerimento de alteração da Ordem do Dia.

 

21 - CARLOS GIANNAZI

Solicita uma verificação de votação.

22 - PRESIDENTE MARIA LÚCIA AMARY

Defere o pedido. Determina que seja feita a verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

23 - MARCO VINHOLI

Para comunicação, informa a presença do presidente da Câmara Municipal de Franca, Marco Garcia, no plenário.

 

24 - CARLOS GIANNAZI

Informa que a bancada do PSOL está em obstrução ao processo.

 

25 - RICARDO MADALENA

Informa que a bancada do PR está em obstrução ao processo.

 

26 - EDMIR CHEDID

Informa que a bancada do DEM está em obstrução ao processo.

 

27 - TEONILIO BARBA LULA

Informa que a bancada do PT está em obstrução ao processo.

 

28 - MARCO VINHOLI

Informa que a bancada do PSDB está em obstrução ao processo.

 

29 - VITOR SAPIENZA

Informa que a bancada do PPS está em obstrução ao processo.

 

30 - GILMACI SANTOS

Informa que a bancada do PRB está em obstrução ao processo.

31 - CORONEL TELHADA

Informa que a bancada do PP está em obstrução ao processo.

 

32 - JORGE CARUSO

Informa que a bancada do PMDB está em obstrução ao processo.

 

33 - REINALDO ALGUZ

Informa que a bancada do PV está em obstrução ao processo.

 

34 - CORONEL CAMILO

Informa que a bancada do PSD está em obstrução ao processo.

 

35 - LECI BRANDÃO

Informa que a bancada do PCdoB está em obstrução ao processo.

 

36 - CAIO FRANÇA

Informa que a bancada do PSB está em obstrução ao processo.

 

37 - PRESIDENTE MARIA LÚCIA AMARY

Registra as manifestações.

 

38 - EDMIR CHEDID

Para comunicação, discorre sobre projeto de criação da Região Metropolitana de Ribeirão Preto, aprovado nesta Casa, no qual foi definido que a EMTU assumiria o transporte de ônibus, barateando as passagens. Critica decreto do Governo do Estado, que alterou a função de licitar da EMTU para a Artesp. Destaca que o mesmo irá acontecer com esta nova região metropolitana criada.

39 - PRESIDENTE MARIA LÚCIA AMARY

Dá conhecimento do resultado da verificação de votação, que confirma a aprovação do requerimento de alteração da Ordem do Dia. Coloca em discussão o PLC 7/18, com emendas.

 

40 - ENIO LULA TATTO

Discute o PLC 7/18.

 

41 - CAMPOS MACHADO

Discute o PLC 7/18.

 

42 - JOÃO CARAMEZ

Para comunicação, afirma que não é a primeira vez que o deputado Campos Machado se refere a sua mudança de partido, chamando-o de socialista. Informa que assinou a PEC 5 quando ainda estava no PSDB.

 

43 - CAMPOS MACHADO

Para comunicação, diz não ter entendido a comunicação feita pelo deputado João Caramez. Afirma que se referiu à mudança de partido dele de maneira elogiosa.

 

44 - JOÃO CARAMEZ

Para comunicação, diz estar feliz por ter sido uma menção elogiosa.

 

45 - CAMPOS MACHADO

Para comunicação, cumprimenta o deputado João Caramez pela sua coragem. Diz que o deputado definiu a sua posição, independentemente da posição do Governo Márcio França.

46 - MARCO VINHOLI

Discute o PLC 7/18.

 

47 - TEONILIO BARBA LULA

Discute o PLC 7/18.

 

48 - BARROS MUNHOZ

Discute o PLC 7/18.

 

49 - JOSÉ AMÉRICO LULA DA SILVA

Discute o PLC 7/18 (aparteado pelo deputado Marco Vinholi).

 

50 - ENIO LULA TATTO

Discute o PLC 7/18.

 

51 - PRESIDENTE MARIA LÚCIA AMARY

Coloca em votação e declara aprovado requerimento de método de votação ao PLC 7/18. Coloca em votação e declara aprovado o PLC 7/18, salvo emendas; e a emenda nº 7. Coloca em votação e declara rejeitadas as demais emendas englobadamente.

 

52 - BETH LULA SAHÃO

Declara o voto favorável da bancada do PT às emendas.

 

53 - ROBERTO ENGLER

Para comunicação, diz ser este um momento glorioso para todas as cidades que compõem a região de Franca. Lembra que esta é uma luta desde 2017. Agradece especialmente Edmundo Mesquita, secretário-adjunto de Desenvolvimento Metropolitano, o governador Geraldo Alckmin, o Colégio de Líderes que pautou o projeto para a Ordem do Dia de hoje, os prefeitos e vereadores de toda a região de Franca e todos os deputados que aprovaram este projeto. Afirma ser esta uma grande conquista para a cidade e região.

 

54 - BETH LULA SAHÃO

Para comunicação, cumprimenta a população de Franca e região. Afirma que a formação da região metropolitana permite o desenvolvimento, facilita e agiliza as medidas e otimiza os resultados. Menciona a necessidade de colocar em prática este aglomerado o mais rapidamente possível.

 

55 - CARLOS CEZAR

Para comunicação, cumprimenta o deputado Roberto Engler pelo seu trabalho. Afirma que este projeto beneficiará a cidade de Franca e toda a região.

 

56 - CARLOS CEZAR

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

57 - PRESIDENTE MARIA LÚCIA AMARY

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 19/04, à hora regimental, com Ordem do Dia. Levanta a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Doutor Ulysses.

 

* * *

 

  O SR. PRESIDENTE – DOUTOR ULYSSES - PV - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Carlos Giannazi para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO – CARLOS GIANNAZI – PSOL - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tem a palavra o primeiro orador inscrito, nobre deputado Coronel Telhada.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Sr. Presidente, deputado Doutor Ulysses, deputado Giannazi, Sras. Deputadas e Srs. Deputados aqui presentes, assessores, cabo Freire, representando a nossa Polícia Militar, venho nesta tarde, primeiro, para falar do nosso trabalho. Estamos em época de pré-campanha, então o que não falta é aparecerem os heróis da resistência, os que resolvem o problema.

Todo mundo tem a fórmula para resolver o problema na pré-campanha. Interessante isso. Vêm com as ideias mais esdrúxulas possíveis e aqueles que não têm ideia, ao invés de apresentarem uma proposta ou trabalho, o que eles fazem? Eles ficam criticando a gente. Criticam a gente porque não têm proposta. Então falam, principalmente dentro da Polícia Militar, que a gente não fez isso, não fez aquilo, que a gente não conseguiu aumento para a polícia, como se dependesse da gente o aumento, como se eu tivesse o poder, uma varinha mágica, de fazer o aumento aparecer da noite para o dia.

Tenham certeza de que se dependesse de mim, o soldado da Polícia Militar ganharia no mínimo 20 mil reais, mas não é assim que acontece. Temos feito vários trabalhos aqui, muitos em prol da PM. Eu queria dar ciência à Casa de um projeto de lei nosso, que demos entrada no dia 13 de abril. Sexta-feira passada demos entrada nesse projeto.

É um projeto de lei que prevê, no artigo 1º, que “O Estado, através da Procuradoria Geral do Estado, instituição responsável pela advocacia do Estado, deverá desempenhar assistência jurídica integral e gratuita aos policiais militares que, em serviço ou em razão dele, se envolvam ou sejam implicados em casos que demandem tutela jurídica, seja judicial ou extrajudicial.”

Por que fizemos isso? É aquilo que venho todos os dias falar aqui na tribuna para Vossas Excelências. O policial militar que se envolve em uma ocorrência, por exemplo, o policial sai em uma viatura em um patrulhamento, cruza com roubo ou alguma ocorrência grave, troca tiros e mata um ladrão. Graças a Deus, e que mate o máximo possível, porque vagabundo tem que ir para o inferno, essa raça maldita.

Mas o policial matou o ladrão. O que acontece? O Estado não garante o direito de defesa do policial. O policial apresenta a ocorrência no distrito, é processado e indiciado em inquérito. Lá na frente, quando ele for para o júri, ele tem que pagar o advogado do bolso dele. Soldado nosso que ganha 2 mil e 500 a 3 mil reais é obrigado a vender a casa, é obrigado a vender o carro para pagar o advogado.

Qualquer advogado defensor de policial militar - alguns são pré-candidatos - que se dizem defensores da PM, são defensores, mas por 30 mil reais. São 25 a 30 mil reais para defender um policial militar. Que policial e que cidadão tem 30 mil reais hoje? Ninguém, quanto mais um policial militar.

A essa lei, eu peço o apoio dos pares dessa Casa. Aliás, quero elogiar publicamente o deputado Raul Marcelo do PSOL, Giannazi. Há um projeto similar a esse aqui que o Raul Marcelo apresentou, muito bom, vou agradecê-lo pessoalmente. Não tive a oportunidade mas, como V. Exa. - salvo engano - é o líder do PSOL, queria agradecer a postura do PSOL em relação a isso. É um projeto similar, na defesa de policiais militares.

Se esse projeto for aprovado - peço o apoio dos pares para aprovar o nosso projeto - o policial militar terá uma assistência jurídica gratuita sim, e mais do que merecida. Porque ele vai para a rua trabalhar, ele não vai defender a família dele e a vida dele. Não, ele vai defender o Estado, ele vai defender a comunidade, ele vai defender a população.

Então, nada mais justo que o Estado retribua a esse policial militar, defendendo-o em casos jurídicos. Está aqui um projeto nosso, uma proposta que tenho certeza que vai ajudar muito o policial militar.

Recebi um email de uma pessoa que nos acompanha na rede social dizendo o seguinte... Recebemos muita reclamação, mas às vezes recebemos alguns elogios.

O cidadão diz o seguinte: “Caros deputados, boa tarde. Graças à lei 16.049, criada a partir do projeto proposto pelo Coronel Camilo e pelo Coronel Telhada, hoje temos paz em casa. Moro na zona leste da cidade de São Paulo, em Sapopemba, periferia. Acho que, desde sempre, nunca tivemos paz em casa, pois carros ficavam com som alto em frente ao estabelecimento, tirando o sossego da vizinhança. Após a multa, nunca mais o dono do estabelecimento ligou o som e o bairro está mais tranquilo. Inclusive, a minha rua está mais segura. Pesquisei no Google, e quem criou o projeto de lei foi essa Casa, através dos coronéis Telhada e Camilo, deputados dessa Casa, onde achei os nomes dos mesmos. Não votei nos senhores por não conhecê-los. Porém, vocês têm o meu respeito e admiração. Num momento de caos político tão grande, é bom saber que tem gente trabalhando em prol da população como um todo. Um abraço.” O cidadão assina embaixo.

Quero agradecer essa demonstração de reconhecimento do nosso trabalho. Todos lembram, a lei 16.049 é a chamada “Lei do Pancadão”. É um projeto de coautoria entre o Coronel Camilo e eu, que não surtiu efeito total porque os problemas ainda perduram na cidade e no estado de São Paulo, mas sim, já surtiu efeito, porque diminuiu muito. Solicitamos ao comandante geral da Polícia Militar que continue trabalhando forte no combate aos “pancadões”.

Lá na Vila Brasilândia, na área do 47º - salvo engano - e do 18º, está um terror na Vila Terezinha. As famílias não dormem à noite, as pessoas que precisam trabalhar, pessoas idosas, as que têm filhos pequenos, não conseguem dormir por causa dessa perturbação chamada “pancadão”.

Estamos acompanhando e vamos cobrar as autoridades. Estamos à disposição da população para o que pudermos fazer para melhorar a vida de todos.

Sr. Presidente, muito obrigado, e desculpe o tempo excedido.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Tem a palavra o nobre deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectador da TV Alesp, visitantes, funcionários desta Casa, estamos acompanhando pela imprensa que o Tribunal de Justiça - o TJ -, depois de muito tempo, transformou em réus várias pessoas que estiveram à frente do Metrô ou da Secretaria de Transportes de São Paulo, por conta da compra de 26 trens para o Metrô em 2011.

Já tínhamos denunciado este fato em relação aos indícios de superfaturamento dessas compras, mas, sobretudo, ao abandono desses trens. Inclusive, há dois anos fomos, com o Sindicato dos Metroviários, num dos pátios do metrô, o pátio Jabaquara, fazer uma diligência, junto com o deputado Raul Marcelo.

Constatamos, exatamente, o abandono de trens. São 26 trens abandonados no estado de São Paulo, que foram comprados e não tinham sido utilizados; estavam cobertos desde 2011.

Na época, acionamos o Tribunal de Contas, o Ministério Público e a Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa. Realizamos uma audiência pública em parceria com o Sindicato dos Metroviários, que é extremamente combativo e sério nesse sentido. Tenho, inclusive, fotos.

 

* * *

 

- É feita exibição de fotografia.

 

* * *

 

Isso foi em 2016. Em 2016, os trens estavam parados, abandonados, degradando-se, porque o Governo não fez o planejamento da compra desses veículos, que tinham, inclusive, problema de bitola.

Todas essas denúncias nós fizemos em 2016, acionando Ministério Público, Tribunal de Contas e Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa.

Agora, o secretário de Transportes de São Paulo, o presidente do Metrô e mais sete viram réus por compra de trens de 615 milhões, sem uso. Esses trens ficaram abandonados, Sr. Presidente. Isso é uma vergonha, um desperdício de dinheiro.

Espero que haja investigação rigorosa em relação a isso, e que as penas da lei recaiam com todo o vigor sobre essas pessoas envolvidas nesse escândalo.

Temos aqui duas pessoas que estão no comando, Sr. Presidente,...

Eu gostaria de continuar falando sobre esse escândalo que foi a compra dos 26 trens do Metrô, com indícios de superfaturamento, mas, sobretudo, com o abandono desses trens. Em 2016, fiz uma diligência em um dos pátios do Metrô, na região do Jabaquara, junto com Sindicato dos Metroviários e com o deputado Raul Marcelo, e nós constatamos, filmamos e fotografamos esses trens abandonados pelo Metrô.

Até que enfim, depois de muito tempo, e após as nossas denúncias feitas ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas e à Comissão de Transportes aqui da Assembleia Legislativa, o Tribunal de Justiça transformou em réus pelo menos oito pessoas, entre elas o atual secretário de Transporte de São Paulo e os ex-presidentes do Metrô. A denúncia é muito grave. Gostaria de exibir algumas fotos da diligência que realizamos em 2016 sobre essa improbidade administrativa. É um crime de responsabilidade, é um abuso. Temos fotos da diligência que mostram os trens abandonados, empacotados, se degradando.

 

* * *

 

- São exibidas fotografias.

 

* * *

 

Os trens ficaram se degradando no tempo. A compra foi feita em 2011. Por todo esse tempo, os trens ficaram parados. Faltou planejamento, faltou um mínimo de responsabilidade com o erário público e com o Orçamento público. Esse é um dos trens parados. São 26 nessa situação. É um absurdo e um crime contra a população do estado de São Paulo, que já vive um transporte caótico, um metrô que vive atrasado ou quebrado, que tem uma construção extremamente lenta.

Em comparação com outras cidades do mundo com o mesmo porte de São Paulo, o nosso metrô é uma vergonha. Temos apenas 74 quilômetros de metrô na cidade de São Paulo. Isso não é nada para uma cidade com o nosso potencial. O fato é que a denúncia foi feita, e temos as fotos. Em 2016, já tínhamos feito essa denúncia. Lembro-me de que realizamos uma audiência pública dentro da Assembleia Legislativa com vários militantes do movimento dos transportes, o sindicato dos metroviários e os deputados, denunciando esse fato.

Agora a denúncia foi levada ao Tribunal de Justiça. O atual secretário de Transportes Clodoaldo Pelissioni está sendo indiciado como réu. Também foram indiciados: Paulo Menezes de Figueiredo, que é o atual presidente do Metrô; Sérgio Avelleda, ex-presidente do Metrô e atual chefe de gabinete da Prefeitura de São Paulo, ou seja, ele é o chefe de gabinete do Bruno Covas, atual prefeito; Jorge Fagali, ex-presidente do Metrô; Peter Valker, ex-presidente do Metrô; Luiz Antonio Pacheco, ex-presidente do Metrô; Jurandir Fernandes, ex-secretário de Transportes Metropolitanos; Laércio Biazzotti, ex-executivo do Metrô; e David Turubuk, ex-executivo do Metrô. Todos eles foram transformados em réus nessa investigação.

Além do atual secretário de Transportes Clodoaldo Pelissioni, estão envolvidas ainda mais sete pessoas que trabalhavam no Metrô, sendo que o atual chefe de gabinete do prefeito da Capital Bruno Covas, Sr. Sérgio Avelleda, também foi indiciado, porque, à época, era presidente do Metrô.

Sr. Presidente, a denúncia é muito grave. Espero que haja punição e que as penas da Lei caiam, com todo o rigor, em cima dos culpados, dos responsáveis por esse descalabro e por essa afronta ao Orçamento público e à população do estado de São Paulo. Até que enfim a Justiça começa a investigar as denúncias que estamos fazendo.

É um absurdo a blindagem sem precedentes que existe no estado de São Paulo. Nada é investigado pela Justiça. Setores do Ministério Público, às vezes, estão fazendo blindagem, assim como o Tribunal de Contas e a Assembleia Legislativa, tanto é que não conseguimos investigar pela Assembleia Legislativa. Acionamos a comissão, tentamos a CPI do Metrô, e nada: obstrução e blindagem totais aqui na Alesp.

Vamos acompanhar as investigações. Isso nos dá uma esperança de que haverá um mínimo de investigação e punição aos responsáveis por essa improbidade administrativa.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tem a palavra a nobre deputada Leci Brandão.

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários desta Casa, telespectadores da TV Assembleia, cidadãos que nos acompanham pelas galerias, começo hoje meu rápido pronunciamento parabenizando o Partido dos Trabalhadores pelo ato solene que foi realizado ontem por essa bancada.

O deputado Marcos Martins está presente. Parabéns, deputado, a V. Exa. e a todos os seus colegas, porque eu acho que foi um dia histórico nessa Assembleia Legislativa, que vai ficar marcado, certamente. Afinal de contas, todo mundo diz que aqui é a casa do povo, mas dificilmente vemos o povo do jeito que vimos ontem aqui.

O povo realmente compareceu e lotou este plenário, e as manifestações foram feitas com muita calma, com muita paz. A Polícia estava aí fora, nós sabemos. Vieram cumprir o seu dever de guardar a Casa, o Parlamento, mas não foi necessário ninguém fazer nada, porque todo mundo veio aqui só para colocar o seu direito de escolher e dar direito àquele que foi guardado lá em Curitiba, que tem o direito a ser candidato.

Apenas isso. Ninguém veio para cá para fazer nenhum tumulto, absolutamente. Foi gritado aqui, várias vezes, “Lula livre”, e nós tivemos também um ato no dia anterior. Todos sabem que a nossa deputada estadual, Manuela d’Ávila, que é do  PCdoB, é pré-candidata, mas o ato não foi nada demais, foi “Lula livre” também. Estavam lá governadores, deputadas federais, pertencentes não só ao PCdoB, como também ao PT.

Foi uma reunião muito bonita, com a presença da juventude, o pessoal da UJS, estavam todos lá. Fizemos, na verdade, uma celebração, uma confraternização pela democracia e pela liberdade.

Eu acredito que a presença aqui de deputados também do PSOL e a nossa presença, representando o PCdoB, mostrou que essa frente ampla de esquerda que está lutando pela democracia tem um caminho só. O que nós queremos é que as coisas sejam realizadas de uma forma que respeite a Constituição.

É apenas isso. Não queremos nada além, nada de mais, nada é impossível, até porque aquilo que as pessoas achavam que era impossível, como, por exemplo, o povo mais pobre ter a sua casa, a sua geladeira, o seu carro, ter o seu filho na universidade, realizou-se na hora em que o metalúrgico entrou.

Todas essas coisas foram realizadas, todas essas coisas foram possíveis. Os sonhos foram realizados, e o que nós queremos é que volte. Nós só queremos a volta dessa boa realidade que as pessoas menos favorecidas tiveram.

Não dá nem para entender, às vezes, por que algumas pessoas que não têm a nossa ideologia - e eu respeito isso também - fiquem com raiva por nós pedirmos por aqueles que necessitam.

Eu falo com propriedade, porque venho dessa história. Eu sei exatamente o que é você não ter nada e um dia poder ter alguma coisa, até porque, quando todos fazem a sua campanha, todo mundo promete saúde, educação, habitação, todo mundo promete tudo, e nem sempre essas coisas são cumpridas.

Por isso estávamos ontem aqui com muita tranquilidade. Quero parabenizar a deputada Beth Sahão, porque ela foi realmente a proponente, rapidamente conseguiu  as assinaturas, e nós conseguimos realizar o ato. Então, parabéns mesmo.

Quero concluir dizendo que nós esperamos que agora, com essas mudanças todas que houve de governo, que as pessoas possam se entender mais, que haja mais espaço para aqueles que reclamaram que não tinham.

Ou seja, transformações devem acontecer e nós esperamos que isso aconteça de uma forma plena, de paz, de entendimento. Que não haja discórdia nem ofensas pessoais dentro desta Casa, porque isso é muito feio.

Esta é a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, a mais importante do Brasil - dizem ser a maior. Fazemos parte dela e respeitamos os 93 parlamentares desta Casa. Eu espero que esse respeito também continue vindo em nossa direção. A reciprocidade de respeito é uma coisa muito importante dentro de uma Casa Parlamentar, onde só tem pessoas, julgo eu, de bem, pessoas que querem o bem do Brasil, o bem do povo de São Paulo, o bem do povo brasileiro.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Tem a palavra o nobre deputado Coronel Camilo.

 

O SR. CORONEL CAMILO - PSD - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, vocês, que nos acompanham das galerias, nossos assessores e você, que nos acompanha pela TV Alesp, hoje eu queria falar para os nossos policiais militares de São Paulo, esses homens e mulheres valorosos que eu tive o privilégio de comandar. Quero deixar bem claro para todos que sou a favor da redução da diferença salarial que existe entre os postos de 2º e 1º tenente. Sempre fui, sempre defendo isso também.

O que está acontecendo na Casa agora, Sr. Presidente? Foi apresentada uma PEC, ou melhor, não foi apresentada ainda, está sendo construída uma PEC que vai propor a diferença, a redução entre os níveis hierárquicos para, no máximo, 10 por cento. Tem que ficar menor que 10 por cento. Isso está sendo proposto na Casa.

Eu acho que não é a melhor forma. Não é na Constituição que vamos trabalhar com questões salariais. Porém, eu vi um vídeo de um grande jurista, um conhecedor de Direito, que é o autor da PEC e que diz que isso é possível. Então, como eu já disse no meu vídeo, não tenho nenhum problema em modificar a forma. Ou seja, vamos trabalhar nessa PEC.

Essa PEC, do jeito que está sendo construída, com a diferença só, no máximo, até dez, deixa uma parcela da instituição de fora. Estou encaminhando, hoje, ao autor da PEC, porque ela não foi apresentada ainda, para que reduza essa diferença salarial entre os postos para 7%, porque reduzindo para 7% pega toda a estrutura da Polícia Militar, pega de soldado a coronel, não como essa PEC injusta que está colocada, que só pega uma parte dos níveis hierárquicos, prejudicando os demais. Não concordo com a forma, mas sou a favor da causa desse pessoal que tem diferença grande entre os postos.

Apresentarei, hoje, um ofício - já está sendo providenciado. Falarei isso em plenário mais tarde, se houver tempo, para reduzir para 7% a diferença. Voltarei a falar, porque tem alguns postos em que a diferença já é 6%, já é 8% e esse pessoal ficaria de fora se essa PEC fosse aprovada. Por isso que essa PEC é injusta. Vou apresentar esse ofício ainda hoje.

Mais uma coisa, pessoal. Independente da PEC, com a qual eu não concordo com a forma, vou continuar convicto da forma que eu acho que tem que ser, conversando com o Executivo, conversando com o governador do Estado. Estive, ontem, na posse do procurador-geral de Justiça. Fui convidado pelo nosso governador Márcio França para tomar um café com ele. Vou lá tomar um café. Estou esperando a secretária marcar essa audiência. Falarei, aí sim, do caminho que eu entendo ser o mais correto, falarei da importância do reconhecimento do policial militar, do reconhecimento do policial civil, do policial científico. Essa, eu acho, que é a forma certa. Tem mais, nessa fala com o governador, vou falar da importância de atender todas as instituições, porque quando faço a proposta ouvindo uma instituição, sai essa proposta injusta que está rodando, pegando só uma parte da instituição, esquecendo os demais.

Eu fui comandante-geral da Polícia Militar. Sempre trabalhei pela corporação como um todo e vou continuar trabalhando. Então, vou levar ao Governo do Estado para que ele monte uma proposta, seja de reestruturação, seja de algum tipo de reconhecimento, até esse, inclusive, mas que venha do Executivo para cá, porque, na minha visão, essa não é a forma correta para uma PEC.

Sr. Presidente, para finalizar, estou fazendo uma sugestão ao autor da PEC, para que a melhore e consiga abranger todos os policiais militares. Por isso, Sr. Presidente, quero deixar bem claro: embora eu discorde da forma, sou a favor da causa. A todos vocês policiais militares, contem sempre comigo nesta Casa de Leis, defendendo as minhas convicções e trabalhando da forma que eu acho correta, que é trabalhar junto ao Executivo para que propostas salariais venham para cá.

Eu não poderia deixar de apoiar a causa. Se for colocado nessa PEC 7% de diferença entre os níveis salariais, contem com o meu apoio e minha assinatura nesta proposta. Repito, para finalizar, que divirjo na forma, mas apoio a causa. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. MÁRCIO CAMARGO - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, estamos recebendo hoje esta nesta Casa a abadessa Miao Yen e a mestra Miao You, do Fo Guan Chan, Templo Budista Zu Lai, de Cotia; o ministro de Relações Internacionais de Taiwan, Sr. Fernando Chien Uangui; e a vice-ministra, Sra. Isabel Xu. Também estão presentes o vice-prefeito da cidade de Cotia, o secretário de Segurança Pública Almir Rodrigues e o vereador Arildo Gomes, nosso parceiro e amigo, juntamente com o cabo Jean.

É um prazer recebê-los nesta Casa de Leis. É muito importante essa presença e essa troca de experiências com o Taiwan. Estamos sempre de portas abertas e vamos conversar bastante a respeito de Taiwan e das experiências que o Brasil pode trocar. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Esta Presidência, em nome de toda a Assembleia Legislativa, gostaria de dar as boas-vindas aos nobres visitantes e saudá-los com uma salva de palmas. (Palmas.)

Tem a palavra o nobre deputado Marcos Lula Martins.

 

O SR. MARCOS LULA MARTINS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público presente nas galerias, telespectadores da TV Alesp, aqueles que acompanham pelo sistema de som nas várias salas da Assembleia Legislativa, boa tarde. Nós temos uma luta - aliás, algumas lutas - de combate ao câncer e a produtos cancerígenos como o amianto, o mercúrio e agora o benzeno. Como saiu uma reportagem interessante sobre o tema, peço que seja exibida no painel.

 

* * *

 

- É apresentado o vídeo.

 

* * *

 

Isso é uma demonstração de que a lei de minha autoria que foi aprovada nesta Casa e apoiada por todos os deputados precisa ser respeitada de tal forma que se cumpra o que está escrito. Mais do que isso, é necessária a conscientização não só do frentista que abastece os carros, mas também do motorista. Às vezes, o dono do posto, nessa disputa entre os postos de combustível, pede para o frentista abastecer um pouquinho a mais, arredondar, encher até a boca. Isso não representa nada. Um litro ou meio litro não vai resolver o problema do combustível.

Pensando na saúde, aquele médico acabou fazendo um resumo ao dizer que é cancerígeno: que atinge o pulmão, dentre uma série de outros problemas, que incluem tontura, vômitos, cansaço e esquecer onde está. O meio ambiente afeta a toda a população, a todos os que andam aqui na cidade. Todo mundo sabe que tem aumentado a quantidade de câncer no Brasil, e um dos problemas é que há amianto, mercúrio, agrotóxico. E há essa questão que abordamos na lei. Pedimos o apoio de cada um daqui para que ajude a divulgá-la.

É uma lei que precisa ser cumprida - não abastecer o veículo quando chegar ao posto. Diga: “só até o automático; só até a trava”. Porque a ganância sempre leva o frentista a abastecer mais. Não que o frentista seja ganancioso, mas ele recebe ordem do posto. Houve um que ficou com medo de perder o emprego. Esse é o quadro. E a saúde do frentista está em questão. Em caso de mulheres, isso atinge o feto, e as crianças podem nascer com defeitos. Deputado Luiz Carlos Gondim, V. Exa., que é médico, sabe da gravidade disso. Aqui, tivemos problemas para provar. Tive que repetir isso muitas vezes. E o governador vetou essa lei, que é sem custo para o estado; só respeitar o gatilho, não deixar abastecer além disso.

Mas é uma luta que continua. E queremos pedir que, depois de a lei ser aprovada, ela seja encaminhada e respeitada, a fim de preservar sua eficácia. Muito obrigado, Sr. Presidente. Muito obrigado a todos.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Tem a palavra o nobre deputado Luiz Carlos Gondim.

 

O SR. LUIZ CARLOS GONDIM - PTB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, realmente a sua lei é espetacular, deputado Marcos Martins. Quero me solidarizar a Vossa Excelência. Votei a favor dessa lei. Pela reportagem que se vê, realmente a liberação de gases tóxicos é muito grande, não só para o frentista, mas para nós que estamos ao lado do carro também.

Mas, Sr. Presidente, há dois assuntos que quero falar hoje. O primeiro é a superlotação da Santa Casa de Mogi, na maternidade. Somos uma maternidade referência para o Alto Tietê, com 1.800.000 habitantes. Estamos somente com nove leitos de UTI neonatal.  Precisamos de mais quinze. Temos em torno de 50 partos por dia, quando nosso normal seriam vinte e cinco. Quando chega a 35 ou 40, temos essa superlotação. E todos nós - eu, como médico e deputado - estamos aqui fazendo o apelo.

Já pedimos ao David Uip e ao Barradas. Pedimos a todos os secretários que dessem uma atenção a essa maternidade da Santa Casa de Mogi. Se você montar a UTI neonatal, a coisa é muito difícil. Vossa Excelência, como médico, sabe disso. Em primeiro lugar, há o número de intensivistas que devem ser contratados; em segundo lugar, a compra de todo o material de UTI; em terceiro, a maternidade também tem que se adequar. O berçário se adéqua à maternidade e a UTI neonatal se adéqua ao número de partos. Somos referência em alta complexidade e precisamos trabalhar em cima disso.

Também gostaria de falar sobre as bandas e fanfarras. Sou presidente da Frente Parlamentar em Apoio às Bandas e Fanfarras. O Sr. Doria dispensou os maestros que eram professores no município de São Paulo. É muito mau sinal. Depois disso, a Ocifaban, Associação das Bandas e Fanfarras, por meio de seu presidente...

Nós tivemos uma audiência pública com o deputado Giannazi. O Doria dispensou os maestros e agora está contratando pessoas que apresentam um documento dizendo que são músicos, que sabem tocar e que podem ser maestros nas escolas. O que acontece? Eles não têm currículo como professores, maestros ou maestrinas, mas são contratados. Enquanto isso, dispensaram os maestros que formaram aquelas bandas e fanfarras há vários anos. Na audiência pública que fizemos, tinha um professor de 32 anos.

Estamos perplexos. Como é que se destrói a Educação do estado de São Paulo e do Brasil dessa maneira? Estou preocupadíssimo com isso. Com a frente parlamentar, fizemos a audiência pública e mostramos o que poderíamos fazer, mas eles não querem readmitir ou contratar pessoas que realmente tenham um curso de maestro. Estão colocando qualquer pessoa para preencher o espaço, mas não vão preencher. Vão oferecer um ensino “meia-boca”, como diz a gíria.

Então, agora, precisamos que o Bruno Covas nos atenda, para que possamos mostrar a necessidade de maestros formados, com cursos, seja em universidades, seja em escolas de música, como a de Tatuí ou de outra cidade, para que eles possam dar aulas nessas escolas municipais. Mas não podemos aceitar profissionais que apenas se apresentam como profissionais, como maestros.

Essa é uma luta que estamos fazendo aqui. Pedimos encarecidamente: Bruno Covas, nos atenda, juntamente com a Frente Parlamentar em Apoio às Bandas e Fanfarras, com o presidente da Associação de Bandas e Fanfarras do Estado de São Paulo e com a Ocifaban. Assim, poderíamos demonstrar que a complementação da escola com música, cultura e esporte é a grande saída que temos para formar os nossos jovens.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Tem a palavra o nobre deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, primeiramente, gostaria de fazer coro com o deputado Gondim sobre essa questão das bandas e fanfarras da cidade de São Paulo.

É um absurdo a demissão de dezenas de professores e maestros. Pessoas com qualificação, que estavam há anos na rede municipal orientando nossas crianças e adolescentes, foram sumariamente demitidas. É um absurdo total. Já fomos ao Ministério Público, ao secretário de Educação e já fizemos uma audiência pública, da qual V. Exa. participou ativamente, mas a situação ainda não foi resolvida. Estamos nessa luta juntamente com Vossa Excelência.

Sr. Presidente, gostaria de dizer que estamos recebendo hoje um grande militante das causas sociais, de Pirapora do Bom Jesus, município do nosso Estado, o Ademilson Marceneiro. Seja bem-vindo à Assembleia Legislativa. Ele veio debater questões importantes, e trazer reivindicações para sua cidade, relacionadas às áreas sociais, à Educação pública, que ele defende muito na cidade, a questão da Saúde, a questão mesmo da implantação do Turismo mais afirmativo. É uma cidade turística, importante, mas não tem investimento.

Ele veio aqui falar também sobre a lei que tramita na Assembleia Legislativa, que transforma a cidade de Pirapora do Bom Jesus em Estância Turística, que isso ajuda a cidade a crescer, a arrecadar mais.

É uma honra recebê-lo aqui, fazer essa reunião com você, que tem dado uma grande contribuição para sua cidade.

Sr. Presidente, quero registrar nossa perplexidade e nossa revolta com a aprovação de um projeto de lei ontem, na Câmara Municipal de São Paulo, projeto do ex-prefeito Doria, que encaminhou para a Câmara municipal no apagar das luzes de sua gestão, antes de abandonar a cidade.

Ele protocolou o PL 76/2018, modificando a Lei estadual 14.166/2006, fruto de um projeto que eu aprovei na Câmara Municipal, quando ainda vereador. É uma lei que proíbe a utilização de símbolos e logomarcas de partidos políticos ou de símbolos que façam alusão a campanhas eleitorais nos equipamentos e materiais da prefeitura, para evitar que prefeitos de plantão utilizem a prefeitura para fazer propaganda de seus partidos ou de suas campanhas eleitorais.

A lei, que tinha amparo na Constituição Federal foi aprovada, logicamente. Mas o prefeito Doria transgrediu a lei e está respondendo a processo na Justiça, é réu hoje na Justiça, por conta disso, a “Cidade Linda”, que ele criou, com aquele coração bem cafona, aquele coração vermelho. Ninguém gosta daquilo, acho que só ele. Enfim, ele responde a um processo.

Mas, para enganar o Ministério Público e enganar a Justiça, ele apresentou esse projeto, modificando a lei que eu aprovei. Ele alterou a minha lei, dizendo que pode, sim, utilizar os símbolos e as logomarcas de campanhas eleitorais. É isso que ele faz. Na prática, não com essas palavras, logicamente, mas abre espaço para isso, talvez para se livrar desse processo a que ele responde no Tribunal de Justiça, por conta de uma ação do Ministério Público. Um absurdo total.

A lei foi aprovada pelos vereadores ontem, já em segunda votação, e deve ser sancionada pelo seu aliado, agora prefeito Bruno Covas, o que é um absurdo total.

Logicamente, hoje mesmo já estou entrando com uma ação na Justiça, uma representação no Ministério Público Estadual, para que o Ministério Público entre imediatamente com uma Adin, para revogar essa lei que será, logicamente, sancionada nos próximos dias, ou nas próximas horas, pelo Bruno Covas.

Sabemos que a lei só foi modificada agora, para tentar livrar o Doria do processo. Já acionei, hoje mesmo, através de uma representação no Ministério Público Estadual, pedindo para que o MP entre com uma Adin.

Ao mesmo tempo, já estou acionando a direção do nosso partido, o PSOL, para que possamos entrar também com uma Adin. Vamos fazer um cerco em cima dessa lei, uma pelo MP e outra pelo PSOL, porque o partido político pode ingressar com uma Adin. Eu, como deputado, não posso, individualmente, fazer isso. Posso fazer através de um partido político. O MP pode, a Assembleia pode, mas eu, como deputado, não tenho essa prerrogativa, do ponto de vista constitucional.

Essas medidas eu já estou tomando, mas fica aqui o nosso total protesto, Sr. Presidente, contra o que aconteceu na Câmara Municipal ontem, uma Câmara submissa, um “puxadinho” também do gabinete do prefeito, tanto do Doria, como também do Bruno Covas. Parece que as coisas não mudaram muito por lá. E se o Bruno Covas sancionar essa lei vai ser um retrocesso para a cidade de São Paulo.

Sr. Presidente, antes de encerrar o meu pronunciamento, quero dizer que nós realizamos aqui, também, na segunda-feira, uma grande audiência pública com os servidores da Fundação Casa. Estava presente aqui o sindicato e vários militantes. Fizemos uma grande reunião discutindo um projeto de lei, uma proposta que é uma luta histórica de todos os servidores da Fundação Casa que é justamente a redução da jornada de trabalho para 30 horas. Houve aqui no sábado próximo passado, uma reunião, uma assembleia sindical da campanha salarial e nós queremos aprovar um projeto de lei que está tramitando aqui na Alesp, dando conta dessa proposta que é o PLC nº 22/2015. Gostaria muito que isso acontecesse porque a luta deles é muito importante.

Essa luta dos servidores da Fundação Casa, que estão com os salários arrochados, defasados, que trabalham em condições extremamente precarizadas, que são vítimas do adoecimento no trabalho, não têm segurança Enfim, a situação deles é muito grave.

Sr. Presidente, neste momento passo a ler a pauta da campanha salarial de 2018 desses servidores.

 

“PAUTA CAMPANHA SALARIAL 2018

 

CLÁUSULAS GERAIS PARTE 1

 

CLÁUSULA 01a - DA DATA BASE E SUA ABRANGÊNCIA: Conforme vem sendo praticado bem como reconhecido pelo TRT-SP e TST, desde o dissídio coletivo de greve n° RO-81 90-24.201 0.5. 02. 0000, onde fica mantida a data base da categoria em 01 de Março de cada ano;

Parágrafo Único: O presente Acordo será extensivo a todos (as) os (as) servidores (as) admitidos (as) pela Fundação CASA, detentores (as) de cargos permanentes, temporários, de confiança ou comissionados, em todo Estado de São Paulo, tendo vigência das cláusulas consideradas económicas de 01 ano, e as sociais de 02 anos ficando assim revogadas quaisquer outras decisões anteriores em contrário.

CLÁUSULA 02a - ÍNDICES DA NEGOCIAÇÃO SALARIAL: Será concedid aos servidores (as) reajuste salarial no percentual de 8.5%

Item 1: 3,5% compreendem  a  recomposição conforme  índice de  reajuste concedido aos demais servidores do Estado de São Paulo, ano de 2018.

Item 2: 5% é a reivindicação de aumento real de salário, o mínimo referente às perdas acumuladas.

Parágrafo único: Fica estabelecido que, não havendo a conclusão definitiva, quando o indicie de reajuste a ser aplicado à categoria, e a Fundação CASA for repassar uma antecipação de reajuste salarial, este será imediatamente incorporado à remuneração, para todos os efeitos e reflexos, em hipótese alguma deverá vir separada nos holerites com o termo "transitório".

CLÁUSULA 03a - DAS PERDAS SALARIAIS - Considerando que, as perdas salariais históricas, acumuladas desde 1998 ate o presente equivale mais de 30%), a Fundação CASA providenciará o pagamento de 32% da seguinte forma em 10 anos, parcelas iguais acrescido no salário.

CLÁUSULA 04a - DO ADICIONAL DE QUALIFICAÇÃO: Será concedido adicional de qualificação para todos os servidores que tiverem diplomas além do  necessário exigido  na  sua  atribuição de  cargo,  valorizando  assim, formação continuada como preconiza o Sinase na conforme itens abaixo:

Iteml: ensino médio = graduação (sem especificidade exigida) +05% Item2: graduação = Pós-graduação (sem especificidade exigida) +06 % Item3: Pós-graduação = Mestrado (sem especificidade exigida) +10% Item4: Mestrado = Doutorado (sem especificidade exigida) +10%

CLÁUSULA 05a - DO QUINQUÉNIO E SEXTA PARTE: Todos os servidores (as) receberão a título de adicional por tempo de serviço o percentual, no mínimo de 5% (cinco por cento) sobre sua remuneração a partir do quinto ano de serviço público e, a partir do 20° ano perceberá a sexta- parte dos seus vencimentos integrais, com fundamento nos dispositivos previstos nos art.129, caput 115, inciso XVI da Constituição do Estado de São Paulo.

Parágrafo único: Para a aquisição do direito acima mencionado, deverá ser considerado todo o tempo de serviço público, exercido pelo (a) servidor (a) , inclusive em outros órgãos, ou entes públicos da administração direta ou indireta de quaisquer dos poderes, da união, dos estados, do distrito federal e dos municípios;

CLÁUSULA 06a - DAS HORAS EXTRAS: As horas extraordinárias trabalhadas nos dias úteis, no limite de até 2 (duas) horas, serão remuneradas com adicional de 50% (cinquenta por cento) e as demais serão remuneradas com o acréscimo de 100% (cem por cento), considerando como base de cálculo o salário, mais a GRET, e os adicionais de insalubridade e/ou periculosidade percebido pelos servidores (as) no mês do pagamento;

Parágrafo 1°: Em caso de jornada com prorrogação, todas as horas extraordinárias realizadas em continuação da jornada noturna serão remuneradas com a percepção do adicional de 100%, mais o adicional noturno nos termos da súmula 60, II do C.TST;

Parágrafo 2°: Nos feriados e pontos facultativos, todas as horas trabalhadas serão remuneradas nos termos dos parágrafos 1° e , desta cláusula, ou seja todas com adicional de 100% (cem por cento).

CLÁUSULA 07a - DA BONIFICAÇÃO POR RESULTADO: Fica estabelecido que os servidores (as) da Fundação CASA receberão uma Gratificação por Resultado (GR), em cada ano de serviço prestado, sempre no 5° dia útil do mês de março do ano imediatamente posterior ao exercício, conforme parágrafo único desta clausula;

Parágrafo Único: O valor da GR mencionado nesta clausula, será equivalente á 5 (cinco) salários mínimos do Estado de São Paulo, atualmente um valor de R$ 4.685,00 (quatro mil seiscentos e oitenta e cinco reais) sendo este valor, igual para todos(as) servidores (as), independente de cargos ou funções.

CLÁUSULA 08a - DA GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO - Todos os servidores que exercerem cargos de comissão ou de confiança, perceberão uma bonificação mínima de 50% (cinquenta por cento), da sua remuneração no cargo de origem:

Parágrafo 1° Os servidores que perceberem gratificação de função por cinco anos ou mais, em caso de retorno à função de origem, em hipótese alguma lhes serão suprimidas as respectivas gratificações, tendo em vista p principio da estabilidade económica.

Parágrafo 2° A mencionada gratificação, será integralizada aos vencimentos para todos os efeitos, inclusive férias, 13°, salário, FGTS e recolhimentos previdenciários, de maneira proporcional ou total, conforme lapso temporal que o servidor (a) exerce no cargo.

CLÁUSULA 09a - DO VALE REFEIÇÃO: Os servidores (as) receberão da Fundação CASA, sem quaisquer descontos, independente de cargo ou função, Vale Refeição no valor de R$ 900,00 (novecentos reais), por mês, sendo reajustado anualmente, nunca inferior ao reajuste repassado à remuneração da categoria, creditados nos respectivos cartões, até o primeiro dia útil de cada mês, inclusive período de férias, e dando a opção aos servidores de:

Parágrafo 1°: O (A) servidor (a), que sofrer acidente do trabalho, necessitando afastar-se pela Previdência, perceberá o Vale-Refeição por um período de até 6 (seis), meses de afastamento.

CLÁUSULA 10a - DO VALE-ALIMENTAÇÃO: Todos os servidores receberão vale-alimentação, mensal no valor de R$ 430,00 (Quatrocentos e trinta reais), sem quaisquer descontos em sua remuneração, creditados nos respectivos cartões, até o primeiro dia útil de cada mês, inclusive nos períodos de férias.

Parágrafo 1°: O servidor (a) que vier a ser afastado (a) do trabalho pela Previdência Social perceberá o Vale-Alimentação, durante todo período de afastamento.

CLÁUSULA 11a - DO PLANO DE CARREIRA, CARGOS E SALÁRIOS (PCCS): A Fundação CASA aplicará a reforma do PCCS nos moldes apresentados pelo SITRAEMFA em 22 de setembro de 2012, conforme compromisso assumido pela Secretaria de Planejamento do Estado em 19 de março de 2012 e reafirmado em 23 de março de 2013, inclusive serão repassados os valores retroativos a 1° de Março de 2015 e 1° de Março de 2016, aos respectivamente classificados nestes períodos;

Parágrafo 1°: A reforma do referido plano, será aplicada aos servidores a partir de 1° de março de 2013, conforme consta dos documentos proferidos pela Secretária de Planejamento e a presidência da Fundação CASA (Oficio GSPDR. 1/0049/2012 e Oficio GP 317/2013, ambos assinados pelo Ilustríssimo Sr. Secretário do Planejamento e Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo e lima. Senhora Presidente da Instituição Empregadora de 23 de março de 2012 e 23 de março de 2013 respectivamente);

Parágrafo 2°: Fica estabelecido que os servidores reabilitados e requalificados ou readaptados, á pedido do INSS deverão participar normalmente do processo de avaliação, bem como, ao atingir a pontuação serão enquadrados nas faixas ou classes salarial do PCCS, dentro das novas funções igualmente à todos (as) servidores (as) em situação comum.

Fundação CASA executará o pagamento imediato dos planos de 2014/2015/2016/2017.

CLÁUSULA 12a - DO CONCURSO PÚBLICO: A Fundação CASA deve realizar concurso Público imediatamente, para completar seu quadro permanente de servidores (as), nas diversas áreas de atuações da Instituição, considerando o que preconiza o SINASE efetivo do quadro.

Parágrafo 1°: Considerando a redução e supressão dos trabalhadores da área de vigilância patrimonial que, atualmente prestam serviços terceirizados à instituição, onde muitas vezes os postos de serviços são cobertos por agentes de apoio socioeducativo (atualmente com um quadro muito reduzido), a Fundação CASA deverá contratar servidores por meio de concurso público, para o cargo de vigilante ou guarda patrimonial, inclusive em caráter de urgência;

Parágrafo 2°: Fica estabelecido que os cargos do quadro permanentes na Fundação CASA, não poderão ser preenchidos por trabalhadores de empresas ou entidades prestadoras de serviços terceirizados ou organizações não governamentais, inclusive por gestões compartilhadas, por se tratar de atividade fim do estado, na forma da lei.

Parágrafo 3° - Tendo em vista a urgente necessidade de reposição do quadro de servidores, bem como havendo existência de candidatos (as) aprovados (as) em concursos anteriores em vigência, estes (as) deverão ser convocados (as) imediatamente para assumir os cargos vacantes, até que seja concluído um novo certame na instituição.

CLÁUSULA 13a - DOS CARGOS COMISSIONADOS - A Fundação CASA estabelecerá Concurso Interno aos servidores de Carreira, bem como Avaliação de Currículo e prova objetiva com prazo determinado de 02 anos a fim de tornar mais democrático o processo de comissionamento, além de dar oportunidade a outros servidores de diversos setores da instituição, respeitando assim TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA 2006.

CLÁUSULA 14a - DO VALE TRANSPORTE: A Fundação fornecerá vale transporte, integral e gratuitamente aos seus servidores (as), independente de cargo ou função, até o 5° (quinto) dia útil de cada mês, sendo observada a particularidade dos (das) servidores (as) que trabalham e moram em outros municípios, da seguinte forma:

Parágrafo 1°: A Fundação concederá transporte próprio e/ou vale combustível aos servidores (as) que trabalham em locais de difícil acesso ou. área não urbanizada não servida por transporte público.

Parágrafo 2°: Independentemente de haver ou não a catraca de acesso, quando o servidor (a) fizer uso do transporte intermunicipal.

Parágrafo 3°: A Fundação CASA deverá fornecer transporte para todos os servidores (as) para retorno ao lar quando os mesmos em serviço retornarem ao seu local de trabalho após as 23:00 horas.

CLÁUSULA 15a - DOS TURNOS DE TRABALHO: A Fundação em comum acordo com o SITRAEMFA/SITSESP manterá sempre canal aberto de negociações visando implantar escalas aos demais segmentos, que atendam ás necessidades dos servidores (as) a fim de estabilizar as relações de trabalho, melhorando a qualidade do serviço e o atendimento prestado.

Qualquer alteração na jornada diária de trabalho somente poderá ser implementada mediante Acordo Coletivo, sob pena de nulidade.

 

DAS CLÁUSULAS SETORIAIS DA SEGURANÇA GERAL

 

CLÁUSULA 16a - DA REGULAMENTAÇÃO DA CARREIRA DO PROFISSIONAL SOCIOEDUCATIVO: A Fundação CASA deverá alterar a nomenclatura dos Servidores de AGENTE DE APOIO SOCIOEDUCATIVO para AGENTE DE SEGURANÇA SOCIOEDUCATIVO:

Parágrafo 1°: os atributos funcionais da função, o agente contempla a função de segurança, inclusive com as garantias dos enquadramentos nos programas de formação profissional e hierarquicamente na carreira estabelecida através de um plano de carreira, respeitando os princípios de antiguidades, razoabilidade e isonomia;

Parágrafo 2°: A Fundação CASA providenciará Cursos de capacitação para todos os servidores da área de segurança, tais como Legislação, Defesa Pessoal, ECA, segurança pública, etc., sendo que serão obrigatoriamente disponibilizados na forma presencial com professores capacitados para os cursos.

Parágrafo 3°: Que a Fundação CASA autorize o uso e forneça camisetas com o escudo do Estado de São Paulo e o símbolo da Fundação CASA nas cores Branca e Preta.

Parágrafo 4°: Que a Fundação CASA providencie e confeccione a identidade funcional, conforme é preconizado pela lei estadual 7836/92.

Parágrafo 5°: A Fundação CASA providenciará a adequação de Grupos de Apoio em todas as Divisões e nos plantões noturnos a fim de manter a segurança preventiva

Parágrafo 6°: Que a Fundação CASA extinga o horário de trabalho das 09:00 hs. às 21:00 hs..

Parágrafo 7°: Que a Fundação CASA forneça Equipamento de Proteção Individual para a realização das revistas nos adolescentes

Parágrafo 8° A Fundação CASA providenciará armário ou cofre para a guarda de pertences especiais, particularmente arma do servidor com porte devidamente regulamentado.

DA SEGURANÇA INTERNA

CLÁUSULA 17a - DOS EQUIPAMENTOS PARA CONTENÇÃO DOS GRUPOS QUE ATUAM INTERNAMENTE - A Fundação CASA providenciará equipamentos não letais para os Grupos de Contenção Coletiva que atuam internamente, tais como, Spray de pimenta, taser, bomba de efeito moral, devidamente regulamentados.

DA SEGURANÇA EXTERNA

CLÁUSULA 18a - DOS EQUIPAMENTOS PARA CONTENÇÃO DOS GRUPOS QUE ATUAM NO SERVIÇO EXTERNO - A Fundação CASA, providenciará materiais e equipamentos de qualidade que compõem o EPI básico do Grupo, tais como, Fardamento adequado, Tonfa, Escudo.

CLÁUSULA 19a - DO GRUPO DE ESCOLTA EXTERNA: Que a Fundação CASA crie um grupo com servidores da área de segurança treinados e com equipamentos de proteção, e carros caracterizados especificamente para fazer a escolta ás saídas externas com adolescentes.

DOS OPERACIONAIS

CLÁUSULA 20a - DO REAJUSTE SALARIAL E VALORIZAÇÃO DO SETOR OPERACIONAL - Sendo o setor de ingresso no quadro funcional da Fundação CASA com o menor salário, que o piso salarial mínimo, deverá ser R$ 1. 500,00 para estes servidores do Estado de São Paulo, estes deverão ser reajustados seguindo-se cada profissão que o compõe e que exista na Fundação CASA (manunteção) por telefone.

Parágrafo 1°: Será entregue sempre que necessário equipamento de proteção individual ao Agente Operacional, bem como ferramental adequado para a execução do serviço exigido.

Parágrafo 2°: A Fundação CASA extinguira a nomenclatura de Agente de Apoio Operacional alterando para Agente Operacional e fará a Equiparação Salarial ao mesmo cargo.

Parágrafo 3°: Escala de Trabalho 2x2 para todos os servidores Operacionais.

Parágrafo 4°: A Fundação CASA abrirá também no portal de transferência BDT, inscrições para todos os cargos de Agente de Apoio Operacional, Agente Operacional, Agente Operacional/cargo.

DA ENFERMAGEM E AUXILIARES

CLÁUSULA 21a - JORNADA DE TRABALHO: Poderá haver jornada de trabalho 12X36, nos períodos noturno e diurno, não sendo computado nestas, 01 hora de refeição e descanso, respeitando-se a jornada semanal de 30 horas. (Sum. 444 TST);

Parágrafo 1° Tirar folgas depois do dia 20 de dezembro - escala especial (emendar folgas com portarias).

CLÁUSULA 22a - UNIFORMES PARA OS ENFERMEIROS E AUXILIARES DE ENFERMAGEM - A Fundação CASA fornecerá obrigatoriamente e gratuitamente, quatro uniformes por ano aos Enfermeiros e Auxiliares de Enfermagem, quando exigido pelas empresas na prestação de serviço ou quando exigido pela própria natureza do serviço.

DA PEDAGOGIA

CLÁUSULA 23a - DA JORNADA DE TRABALHO DA PEDAGOGIA - A

equipe da Pedagogia também compõe a equipe técnica de acordo com o art. 12 da Lei do SINASE 12.594/12. Conforme já garantido as (aos) Assistentes Sociais, através da Lei 12.317, 26 de agosto de 2010, e as (aos) psicólogos (as) através de acordo coletivo, a redução da jornada de trabalho, a Fundação CASA deverá estender os mesmos direitos, jornada máxima de 30 horas semanais ao setor de pedagogia que é composto por: profissionais de educação física, agentes educacionais, pedagogos, agentes técnicos, analistas técnicos, coordenadores pedagógicos concursados, sem redução de benefícios existentes e a serem criados, e sem redução de salários.

Parágrafo 1°: Formação continuada aos servidores da área pedagógica em parceria com as secretarias de educação, segurança pública, justiça e defesa da cidadania e outras que tenham temáticas a fim de aprimorar o trabalho pedagógico com os adolescentes, além de promover seminários, palestras, debates e congressos juntos ás Universidades e Faculdades, (USP, UNESP, UNICAMP, entre outras).

DOS ADMINISTRATIVOS

CLÁUSULA 24a - DOS ESPECIALISTAS ADMINISTRATIVOS: Fica estabelecido que todos os servidores do cargo de ESPECIALISTA

ADMINISTRATIVO terá os seus salários equiparados ao salário dos Especialistas Classe II faixa l com direito ao percentual de aumento do Dissídio da Categoria retroativo á data de 01/03/2017.

DOS MOTORISTAS

CLÁUSULA 25a - DAS MULTAS EM SERVIÇO QUANDO EM CARRO OFICIAL - A Fundação CASA em parceria com os Órgãos de Trânsito e Sec. de Transporte de São Paulo providenciará um selo/adesivo/passe, que possibilite o tráfego dos veículos da Fundação CASA sem a imputação de multas, especialmente quando em traslados com adolescentes nas Comarcas.

CLÁUSULA 26a - DIÁRIAS HOSPEDAGEM E ALIMENTAÇÃO: A Fundação CASA fornecerá para todos os funcionários quando em viagem a serviço da mesma uma diária de 9 UFESP igual para todos.

a. 20%(vinte por cento) da diária integral para deslocamento que dure entre
seis a doze horas;

b. 40% (quarenta por cento), da diária integral, para os deslocamentos que
durem entre doze e dezoito horas; e

c. Diária integral para deslocamentos que durem entre dezoito e 24 horas e
assim sucessivamente.

Parágrafo 1° - Será acrescido em 80 % (oitenta por cento) ao valor da diária integral, quando o deslocamento se der para outros Estados, obedecendo a quantidade de habitantes, mais de 200.000 habitantes, menos de 200.000 habitantes. Isto valendo para todos os servidores da Fundação CASA, sem distinção.

Parágrafo 2° - O valor destinado às despesas relacionadas nesta cláusula será repassado pela Fundação CASA ao servidor (a) de forma antecipada, quando da viagem em deslocamento a serviço fora de sua base de trabalho.

Parágrafo 3° Todos os servidor da Fundação CASA quando em viagem a serviço deverá cumprir o mesmo horário realizado em seu local de trabalho;

Parágrafo 4°: A Fundação CASA deverá disponibilizar a todos os servidores quando em viagem a serviços externos, a fazer uso dos veículos da Fundação para se locomover, para realizar as suas refeições e deslocamento para o lugar onde irá repousar.

CLÁUSULAS GERAIS SOCIAIS

CLÁUSULA 27a - DO HORÁRIO BANCÁRIO: A Fundação Casa concederá 2 horas por mês (dentro do expediente comercial) para atividades bancárias a todos os servidores que exercem 40 horas semanais sem distinção do inicio de jornada, ficando facultado ao servidor o seu usufruto ao inicio ou no final da jornada de trabalho, dentro do horário bancário ou juntar com o horário de almoço.

CLÁUSULA 28a - DO SALÁRIO SUBSTITUIÇÃO: O (A) servidor (a) que for designado (a) para substituir outro (a) que exerça função com remuneração superior inclusive gratificação, fará jus ao recebimento do salário. substituição e/ou gratificação, de forma proporcional aos dias que substituiu sem prejuízo ao substituído, da seguinte forma:

Parágrafo 1°: Na substituição mesmo em caráter eventual será garantido ao trabalhador substituto salário igual ao percebido pelo substituído; e

CLÁUSULA 29a - DA APOSENTADORIA - Todos os servidores terão adquirido a estabilidade pré aposentadoria quando estiver faltando 24 meses (02 anos) para o período da referida aposentadoria seja ela de qualquer espécie.

CLÁUSULA 30a - DO AUXILIO FUNERAL: A Fundação concederá a título de auxílio funeral ao cônjuge ou dependentes do empregado falecido o valor de R$ 5.600,00 (cinco mil e seiscentos reais), pagos em uma única parcela.

Parágrafo 1°: Em caso de falecimento por acidente do trabalho, será pago a título de auxílio funeral o equivalente a R$ 21.000,00 (vinte e um mil reais) ao falecido (a) aos dependentes legais;

CLÁUSULA 31a - DA ASSISTÊNCIA MÉDICA E ODONTOLÓGICA: A Fundação Casa - SP oferece aos seus servidores, dependentes e agregados que já estavam ativos no início da vigência do plano atual, Assistência Médica e Odontológica, com abrangência mínima no Estado de São Paulo, garantindo todos os procedimentos médicos e odontológicos e demais serviços cobertos no Rol de Procedimentos mais recentes da Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS e quaisquer outros regulamentos do setor de saúde que se apliquem ao objeto contratado. Fundação Casa manterá a transparência do indicie de sinistralidade, verificará a possibilidade da cobertura total da assistência médica e odontológica.

Parágrafo 1°: Os servidores demitidos sem justa causa ou aposentados têm assegurada a sua permanência no Plano de Assistência Médica e Odontológica, conforme estipulados nos Artigos 30 e 31 da Lei Federal n° 9.656, de 03/06/1998, regulamentada pela Resolução Normativa n° 279, da ANS, de 24/11/2011, alterada pelas Resoluções Normativas 287 e 297 de 2012 da ANS, nas mesmas condições e cobertura, desde que assuma o pagamento integral, devendo, neste caso, a cobrança ser efetuada diretamente ao titular.

Parágrafo 2°: Os servidores com o contrato de trabalho suspenso, em gozo de benefício previdenciário, permanecem como beneficiários do plano vigente, sendo responsáveis pelo pagamento de sua contribuição, através de cobrança administrativa diretamente à Fundação.

Parágrafo 3°: O Plano de Assistência Médica oferece ainda serviços destinados à reabilitação global dos servidores, dependentes e agregados ativos, envolvendo, fisioterapia, fonoaudiologia e psicologia, inclusive, garantindo a cobertura obrigatória de, no mínimo, 40 sessões de Psicoterapia para cada beneficiário.

Parágrafo 4°: O atendimento de saúde aos servidores, além de outras especialidades, deverá ser dada uma atenção especial ás questões de saúde mental, inclusive com atendimento psicológico aos servidores e seus dependentes.

CLÁUSULA 32a - DO SEGURO DE VIDA EM GRUPO: A Fundação CASA fornecerá a todos os(as) servidores (as) seguro de vida e acidentes, ampliando a indenização por danos psicológicos e físicos, da seguinte forma:

a)     R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), por morte no exercício laborai e na incapacidade total;

b)    R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) por morte fora do exercício laboral e na incapacidade total e;

c)     R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil e reais), por incapacidade relativa e com tratamento médico e psicológico para minimizar a perda;

Parágrafo 1°: O (a) servidor que sofrer acidente de trabalho de qualquer natureza receberá durante ao afastamento a título de auxílio acidentário o valor de R$ 150,00 (cento e cinquenta reais) reais por dia, a contar, iniciando do dia do acidente com afastamento até ao dia do seu efetivo retorno ao trabalho;

Parágrafo 2°: Fica estabelecido que a Fundação Casa forneça cópias das apólices de seguro de vida em grupo a todos os servidores (as), bem como, toda vez que a mesma for renovada no prazo de até 60 dias da anterior a celebração do novo contrato.

CLÁUSULA 33a - DO AUXILIO CRECHE: A Fundação pagará a título de Auxílio Creche o valor de R$ 670,00 (Seiscentos e sessenta reais) por filho aos servidores e servidoras que tenham filhos (as) na faixa etária de 03 meses a 06 anos e 1 1 meses e 29 dias.

Parágrafo 1°: O auxilio será igualmente concedido no período em que o servidor (a) estiver afastado (a) percebendo auxilio doença ou acidente de trabalho.

CLÁUSULA 34a - DO AUXILIO FARMÁCIA: Fundação Casa manterá o convénio com rede de farmácias, inclusive homeopáticas e de manipulações para compra de medicamentos, efetuando o desconto integral em folha de pagamento do empregado.

Parágrafo único: Durante o tratamento médico decorrente de acidente do trabalho, a empresa fornecerá gratuitamente, os medicamentos prescritos pelo médico.

CLÁUSULA 35a - DO AUXILIO EDUCAÇÃO: A Fundação CASA no intuito de incentivar a educação e a formação do Servidor e de seus filhos concederá Bolsa de Estudo integral, desde que ambos estejam regularmente matriculados em cursos de formação, graduação ou especialização em estabelecimento de ensino reconhecidos, comprovando a matricula e frequência.

CLÁUSULA 36a - DOS DEPENDENTES DE NECESSIDADES ESPECIAIS: A Fundação pagará Auxilio para Dependentes de Necessidades Especiais sem limite de idade no valor de um salário mínimo do Estado de São Paulo vigente mensal por dependente a todos os servidores (as).

Parágrafo único: Aos servidores que tiverem filhos com necessidades especiais deverá ser abonado as justificativas de falta e declaração de comparecimento sem limite de idade.

Parágrafo 1°: Que a Fundação Casa cumpra todos os benefícios já previstos em Lei Federal.

CLÁUSULA 37a - DOS ATESTADOS, DECLARAÇÕES MÉDICAS E PEDIDOS DE REQUISIÇÕES DE INSUMOS MÉDICOS: Será aceito para fins de justificativa e abono de ausência ao trabalho os atestados, declarações de comparecimento, e pedidos de requisição de insumos médicos emitidos, sendo vetada a obrigatoriedade da declaração de necessidade de acompanhante ou justificativa em quaisquer das circunstâncias; ( PORTARIA 308) CRIAR UMA CARTILHA EXPLICATIVA, REVOGADA A PORTARIA 297

I  - Pelos médicos/dentistas/fisioterapeutas, RPG e Acupuntura do Convénio da
empresa;

II - Outros convénios em que o servidor seja formalmente segurado;

III - Pelo médico do trabalho da Empresa;

IV - Por médico do Serviço Social do Comércio ou da Indústria-SESC/SESI;

V - Por médico do INSS ou seus atendentes/secretárias do INSS;

VI - Por médico/dentista/fisioterapeuta,   nos  casos  que  necessitem o empregado realizar consultas, cirurgias, internações, sendo em unidades da rede particular em situações excepcionais.

VII - No caso de Filhos com necessidades especiais, atestados e declarações
serão aceitas sem limite de idade.

VIII - Ficarão  aceitos  para  fins  de justificativa  e  abono  de  ausências  de
servidores ao trabalho todos os atestados e declaração de comparecimento.

IX - Todas as declarações de comparecimento e pedidos de requisição de insumos médicos, deverão ser aceitos quando emitidos pelos atendentes/secretárias do convénio, SUS ou particular, e em caso de recusa do atestado ou justificativa a Fundação CASA deverá informar o servidor dentro no prazo necessário para a regularização sem prejuízo do desconto na folha de pagamento.

CLÁUSULA 38a - DO ABONO DE FALTAS A ACOMPANHANTE: Caberá à chefia imediata avaliar e justificar os atestados de acompanhamento familiar e em caso de dúvida sobre veracidade cabe ao núcleo de segurança e medicina do trabalho avaliar e justificar os atestados de acompanhamento familiar.

I - A Fundação considera as seguintes relações familiares para justificativa para acompanhamento familiar:

a)    - O (a) cônjuge;

b)   - Os filhos, desde que menores de 18 (dezoito) anos;

c)    - Os pais, desde que maiores de 60 (sessenta) anos ou incapaz perante a lei.

II - Haverá a dispensa do CID na declaração de acompanhante, sendo que os efeitos desta dispensa ficam  vinculados a situações fáticas,   a  partir da publicação desta Sentença Normativa.

CLÁUSULA 39a - DOS EXAMES MÉDICOS PERIÓDICOS: A Fundação CASA promoverá exames médicos periódicos, semestralmente para todos os trabalhadores, sendo realizado no dia de trabalho, independente de cargo ou função e, exame de aptidão na ocasião do desligamento do servidor.

CLÁUSULA 40a - DA LICENÇA MATERNIDADE: Será concedida licença maternidade de 180 (cento e oitenta) dias, com garantia da remuneração, todos os direitos e efeitos do vínculo empregatício, conforme dispõe a Lei

Complementar Estadual de n° 1054, de 7 de julho de 2008, a todas as servidoras gestantes.

Parágrafo único: Terá direito a licença remunerada de 180 (cento e oitenta) dias os (as) servidores (as) que vierem a adotar crianças com idade até 06 anos nos exatos termos do dispositivo mencionado na cláusula acima.

CLÁUSULA 41a -DA LiCENÇA NÃO REMUNERADA: Depois de 5 (cinco) anos de exercício, o funcionário poderá obter licença, sem vencimento ou remuneração, pelo prazo máximo de 2 (dois) anos.

Parágrafo 1° - Poderá ser negada a licença quando o afastamento do funcionário for inconveniente ao interesse do serviço.

Parágrafo 2° - O funcionário deverá aguardar em exercício a concessão da licença.

Parágrafo 3° - O funcionário poderá desistir da licença, a qualquer tempo, reassumindo o exercício em seguida.

Parágrafo 4°- Não será concedida licença ao funcionário nomeado, removido ou transferido, antes de assumir o exercício do cargo.

Parágrafo 5° - Só poderá ser concedida nova licença depois de decorridos 5 (cinco) anos do término da anterior.

CLÁUSULA 42a - DAS FALTAS ABONADAS: Fica mantido o direito aos servidores (as) de 06 (seis) dias de faltas abonadas por ano, sendo facultado retirar 1 (uma) por mês, ou 1 (uma) a cada 2 (dois) meses, desde que solicitada ao superior imediato com 5 (cinco) dias a de antecedência;

Parágrafo Único: Caso o (a) servidor (a), por impossibilidade da Instituição não retirar algumas ou todas durante o ano será acumulada aos dias de férias a ser gozadas na ocasião especificada esse direito deve ser exercido, sob pena de multa prevista na cláusula 87a.

CLÁUSULA 43a - DA DISPENSA PARA ESTÁGIO OBRIGATÓRIO: Os (as) servidores (as) estudantes, desde que seu curso exija estágio prático para sua conclusão, serão dispensados (as) sem prejuízo nos vencimentos, pelas horas necessárias para realizá-lo;

Parágrafo Único: Quando existir atividade específica do estágio prático do (a) servidor (a) estudante este poderá desde que autorizado pela empregadora exercer na própria Fundação, com garantia da comprovação, em sua jornada de trabalho.

CLÁUSULA 44a - DOS SERVIDORES ESTUDANTES: Com o intuito de garantir a formação dos seus trabalhadores (as), a Fundação CASA tem a responsabilidade de flexibilizar o horário de estudante para que os mesmos possam fazer sua graduação, pós-graduação ou mestrado, mesmo quando houver um ou mais que queiram se formar.

Parágrafo Único: Será vedada a alteração de jornada de trabalho do servidor (a) que possa vir a prejudicar a frequência às aulas e/ou exames escolares..

CLÁUSULA 45a - DA  SEGURANÇA  NO AMBIENTE  DE TRABALHO: A Fundação CASA manterá condições salubres e adequadas de trabalho para os servidores de maneira a disponibilizar total segurança no exercício de sua função.

Parágrafo 1°: A Fundação CASA, em parceria com a Secretaria da Segurança Pública do Estado, garantirá a segurança de seus servidores (as), por meio de policiamento ostensivo nas dependências dos CAI's, CIP's e CASA's, as quais estejam situadas em localidades que ofereçam riscos a sua integridade física;

Parágrafo 2°: A Instituição no acompanhamento externo dos adolescentes, em quaisquer atividades, sabendo-se do alto risco de fuga e de ataque a ser vivo, levando-se em conta a realidade dos dias de hoje e, a fim de preservar a integridade, segurança e guarda de ambos, destacará sempre 02 funcionários para cada adolescente, independente do grau infracional;

Parágrafo 3°: A Fundação CASA disponibilizará refeitórios, banheiros, armários para guarda dos pertences e sala de convivência, com estrutura adequada para o conforto dos servidores (as);

Parágrafo 4°: Nos Centros de Atendimento situados em locais de difícil acesso, aonde fica distante do estabelecimento comercial para que os servidores façam suas refeições, a Fundação concederá meia hora a mais nos intervalos intrajornada.

Parágrafo 5°: Todos os Centros da Fundação CASA deverão providenciar vagas de estacionamentos para os veículos que estiverem a serviço, dando prioridade aos veículos oficiais;

Parágrafo 6°: Todas as Unidades deverão providenciar vagas de estacionamento em sua localidade para os veículos que estiverem a serviço da Fundação CASA dando prioridade aos veículos oficiais.

CLÁUSULA 46a - DA SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO: A Fundação CASA se obriga a implantar, conforme legislação vigente, portarias e normas regulamentadoras no tocante à segurança e medicina do trabalho, os seguintes programas e sistemas:

I   - Implantação, efetiva do SESMET - Serviço Especializado de Segurança e
Medicina do Trabalho.

II- Constituir o PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional no qual deverá constar, entre outras coisas, médico coordenador responsável pelas vistorias periódicas nas unidades com objetivo de identificar indícios geradores dos fatores de riscos, conforme estabelece o Quadro l da NR 4.

Parágrafo único: Deverá ainda, manter médico coordenador do PCMSO -Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, a fazer as vistorias periódicas nas unidades, com objetivo de constatar indícios geradores dos fatores de riscos contidos no Quadro l da NR 4.

CLÁUSULA 47a - DA PREVENÇÃO DE SAÚDE DO TRABALHADOR (A): A

Fundação CASA, nos casos que se apresentem quadro de abalo emocional/psicológico, ou abalo na higidez física ou mental, realizará imediatamente a detecção e diagnóstico por médico do trabalho do nexo de causalidade, sendo necessária a imediata comunicação ao SITRAEMFA/SITSESP para o devido acompanhamento;

Parágrafo único: A fim de promover a saúde do trabalhador a Fundação CASA disponibilizará um horário alternativo para que os servidores possam realizar atividades esportivas, laborais, recreativas, discursivas, visando maior integração entre as equipes multiprofissionais.

CLÁUSULA 48a - DO GRUPO DE TRABALHO BIPARTITE ANÁLISE DOS

AFASTAMENTOS DE SAÚDE NO AMBIENTE DE TRABALHO DA FUNDAÇÃO CASA: As partes ajustam entre si a criação de um grupo de trabalho, formado por Servidores, para análise das causas dos afastamentos de saúde no ambiente de trabalho dos empregados da instituição, conforme homologada no dissídio coletivo de 2015, seguindo as seguinte agenda abaixo, periodicidade bimestral;

JANEIRO

MARÇO

MAIO

JULHO

SETEMBRO

NOVEMBRO

Parágrafo 1°: O grupo de trabalho será criado de forma Bipartite, através de indicação do Sindicato e da Fundação CASA em igual número de representantes.

CLÁUSULA 49a - DO GRUPO DE TRABALHO BIPARTITE ANÁLISE DOS CASOS DE ASSÉDIO MORAL NO AMBIENTE DE TRABALHO DA FUNDAÇÃO CASA: As partes ajustam entre si a criação de um grupo de trabalho, formado por Servidores, para análise das causas do Assédio no ambiente de trabalho dos empregados da instituição, devendo a Fundação CASA encaminhar à Entidade Sindical todos os casos de Assédio Moral que cheguem á mesma e qual foi à conduta tomada perante o caso para encaminhar ao Ministério do Trabalho.

Parágrafo 1°: O grupo de trabalho será criado de forma Bipartite, através de indicação do Sindicato e da Fundação CASA em igual número de representantes.

CLÁUSULA 50a - DA COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES - CIPA: A Fundação CASA observará as regras legais acerca da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes -CIPA, conforme legislação em vigor, propiciando condições aos membros para sua atuação; promoverá ainda, dentro dos parâmetros legais, as eleições de representantes da CIPA em todos os Centros/Setores que tenham vinte ou mais funcionários. Com antecedência de 30 dias do pleito eleitoral a Instituição empregadora enviará comunicado ao SITRAEMFA.

Parágrafo único: Nos locais de trabalho onde o número de servidores (as) não atinge os vinte, deverá ser indicado o "Designado" e este se equipara a membro da CIPA, para todos os efeitos legais.

CLÁUSULA  51a  - CATS  (Comunicado  de Acidentes de Trabalho):  A

Fundação Casa deverá encaminhar mensalmente ao SITRAEMFA/SITSESP um relatório contendo todos os CATS que forem emitidos. Ate o dia 10 de cada mês.

CLÁUSULA 52a - FORNECIMENTO DE EPI'S: A Fundação Casa fornecerá aos seus servidores, sem quaisquer ónus, equipamentos de proteção individual (EPIs), quando for necessário ao desempenho da função exercida nos termos da legislação vigente.

Parágrafo único: Quando a atividade exigir o uso de uniforme fica a Fundação Casa obrigada a fornecê-los sem quaisquer ónus aos servidores.

CLÁUSULA 53a - CRIAÇÃO DO PORTAL DE TRANSPARÊNCIA: publicação dentro outra questões, a relação nominal da utilização dos recursos financeiros com o RH.

CLÁUSULA 54a – IMPLANTAÇÃO DO ORÇAMENTO PARTICIPATIVO:

servidores possam fazer efetiva colaboração com recurso da FUNDAÇÃO CASA

CLÁUSULA 55a - CONSIGNADOS COM OUTROS BANCOS - abertura de contratos com outros bancos - exemplo caixa económica (FGTS)

CLÁUSULA 56a PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL PARA A MELHORIA CONTÍNUA DAS RELAÇÕES DE TRABALHO que, por meio de Termo de Entendimento, aderirem ao Programa de Desenvolvimento Organizacional para a Melhoria Contínua das Relações de Trabalho, realizarão, até ABRIL, reunião de acompanhamento das iniciativas até então realizadas, em conjunto com a FUNDAÇÃO E SINDICATO

CLÁUSULA 57a - PROTOCOLO PARA PREVENÇÃO DE CONFLITOS NO AMBIENTE DE TRABALHO (ADESÃO VOLUNTÁRIA) Fica instituído, por adesão voluntária, Protocolo para Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho, que observará os seguintes princípios: a) Valorização -de todos os empregados, promovendo o respeito à diversidade, à cooperação e ao trabalho em equipe; b) Conscientização dos empregados sobre a necessidade de construção de um ambiente de trabalho saudável; e c) Promoção de valores éticos, morais e legais; e d) Comprometimento Da FUNDAÇÃO para que o monitoramento de resultados ocorra com equilíbrio, respeito e de forma positiva para prevenir conflitos nas relações de trabalho. Parágrafo Primeiro O objetivo do Protocolo para Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho, por Adesão Voluntária, é promover a prática de ações e comportamentos adequados dos empregados, que possam prevenir conflitos indesejáveis no ambiente de trabalho. Parágrafo Segundo A adesão ao Protocolo para Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho é voluntária e será formalizada por parte Da Fundação e sindicatos aderentes, por meio de ACORDO ADITIVO.

CLÁUSULA 58a - DO VALE CULTURA: A Fundação Casa visando melhor qualidade de vida, concederá a seus funcionários, que percebam remuneração mensal até o limite de 5 (cinco) salários mínimos nacionais, a que compreendido o salário-base acrescido das verbas fixas de natureza salarial, o Vale Cultura instituído pela Lei n° 12.761, de 27/12/2012, regulamentado pelo Decreto 8064, de 26/08/2013, IN MINC, n° 02/2013, de 06/09/2013, e Port. MINC n° 80, de 30/09/2013, no valor único mensal de R$ 65,00 (sessenta e cinco reais) sob a forma de cartão magnético, a fim de incentivar a cultura e promover a qualidade de vida de seu servidor para em seu tempo livre ir ao cinema, teatro, visitar exposições, museus, participar de eventos artísticos, musicais e afins.

Parágrafo 1°: O fornecimento do Vale Cultura depende de prévia aceitação pelo empregado e não tem natureza remuneratória, nos termos do art. 11 da Lei 12.761 de 2012.

Parágrafo 2°: O empregado usuário do Vale poderá ter descontos, nos seguintes percentuais, sobre o valor do Vale-Cultura estabelecidos no artigo 15° do Decreto n° 8.084, de 26/08/2013, como segue:

I - Até um salário mínimo - 2% (dois por cento)

II   - Acima de um salário mínimo até dois salários mínimos - 4% (quatro por
cento)

III - Acima de dois salários mínimos e até três 6% (seis por cento)

IV - Acima de três de salários mínimos e até quatro salários mínimos 8% (oito
por cento)

V   - Acima de quatro salários mínimos até cinco salários mínimos 10% (dez por cento) ;

CLÁUSULA 59a - GRÉMIO RECREATIVO - aos servidores a fim de possibilitar uma melhor qualidade de vida (o presidente também sinalizou acerca dessa pauta na campanha salarial do ano passado);

CLÁUSULA 60a - DO QUADRO MURAL: Será disponibilizado, em todos os centros e setores, espaço para quadro mural de fácil acesso, com as publicações do SITRAEMFA/SITSESP, vedadas as de conteúdo político partidário ou ofensivo.

CLÁUSULA 61a - CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL: Serão disponibilizados, por meio da Divisão de Recursos Humanos (DRH), estendido a todos (as) os(as) servidores (as), cursos de capacitação profissional, com formação na área especifica de cada função/cargo, sendo comunicado previamente ao SITRAEMFA/SITSESP, para que possa participar, fazendo os acompanhamentos, bem como ainda promover campanhas de estímulos por parte da Fundação Casa aos servidores (as) em todos locais de trabalho.

CLÁUSULA 62a - DA PERICULOSIDADE: Será pago adicional de periculosidade, fixado em 30% (trinta por cento) da respectiva remuneração, a todos os servidores que desempenham atividades nos CAI's, CIP's e CASA's, Centros de Semiliberdade e nos NAI's.

Parágrafo Único: A Fundação deverá proceder com o reconhecimento junto ao INSS, o adicional de periculosidade a todos(as) os (as) servidores (as), inclusive para os fins de aposentadoria.

CLÁUSULA 63a - DA INSALUBRIDADE: Será pago o adicional de insalubridade, no importe de 40% (quarenta por cento) do salário respectivo vigente, aos servidores (as) que laborarem atividade em locais onde são detectados agentes nocivos à saúde do trabalhador, conforme Normas Regulamentadoras do MTE.

Parágrafo Único: A Fundação deverá proceder com o reconhecimento junto ao INSS, o adicional de insalubridade a todos(as) os (as) servidores (as), inclusive para os fins de aposentadoria.

CLÁUSULA 64a - DAS TRANSFERÊNCIAS DE SERVIDORES (AS): Ficam mantidos os critérios de remoção para os servidores (as), ora adotados, com observância da conveniência e oportunidade, propiciando ao servidor (a) trabalhar o mais próximo possível de sua residência, conforme os parágrafos da cláusula; o que (Nova Portaria)

Parágrafo 1°: Fica estabelecidos que os servidores (as) reabilitados (as), requalificados (as) ou readaptados (as), a pedido do INSS, poderão participar normalmente do processo de remoção, dentro das vagas existentes para suas novas funções.

Parágrafo 2°: Considerando o que dispõe os artigos 14, 15, e 16 todos da Port. Norm. da Fundação CASA n° 258/2014, que prevê a possibilidade de remanejamentos dos servidores nos complexos da Fundação CASA, deverá atender exclusivamente ao critérios de oportunidade e conveniência devidamente comprovado, sendo vedadas as de natureza persecutória aos servidores.

Parágrafo 3° Nos casos de servidores que residem em outras cidades do interior, uma vez não dispondo de condições para ir e vir ao trabalho, nos dias de folga será permitido fazer troca de plantão entre colegas, previamente comunicado ao superior hierárquico, por meio de "papeleta" com antecedência mínima de 72 horas (setenta e duas horas)

Parágrafo 4° Todos os servidores poderão participar do Processo de transferência, nos termos da Portaria 258/14. Ficando revogado quaisquer dispositivos que impeçam a participação do trabalhador que estiver respondendo Processo Administrativo, considerando que as transferências não podem estabelecer caráter punitivo aos servidores . Parágrafo 2°: No prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data do julgamento desta demanda coletiva, as partes de comum acordo formularão o calendário de reuniões e Plano de Trabalho a ser fixado nos murais das Unidades.

CLÁUSULA 65a - DA LIBERDADE DE ORGANIZAÇÃO SINDICAL: Os (As) servidores (as) serão liberados(as) do ponto sem prejuízo nos seus vencimentos, na proporção de no mínimo 1 (um/uma) servidor(a) por Centro/Setor de trabalho para participação de eventos que o SITRAEMFA/SITSESP venha promover, tais como: assembleias, congresso, cursos, seminários, simpósios etc

CLÁUSULA 66a - DA LIBERAÇÃO DOS DIRIGENTES SINDICAIS: A Fundação CASA, com a finalidade de atender aos interesses da categoria profissional, bem como as obrigações sindicais, abonará mensalmente os respectivos apontamentos de quinze dirigentes do SITRAEMFA/SITSESP, tendo em vista a existência atualmente de 145 centros espalhados por todo estado de São Paulo, sem prejuízos de seus vencimentos, inclusive os benefícios advindos do contrato de trabalho, como em efetivo exercício das funções durante o mandato;

Parágrafo 1°: As liberações dos demais dirigentes para participar de doze reuniões ordinárias conforme calendário á enviar, e no mínimo seis extraordinárias, além assembleias, seminários, Congressos e cursos de formação deverão ser previamente requeridas, através de Oficio Sindical, assinado pela Presidência do SITRAEMFA/SITSESP e enviado à sede da Fundação CASA (alterada).

CLÁUSULA 67a - DA LIBERAÇÃO DOS DELEGADOS SINDICAIS: Os Delegados Sindicais serão liberados do ponto, sem prejuízos dos vencimentos e benefícios, sempre que for necessário à organização dos trabalhadores;

Parágrafo único; As solicitações de liberação mencionadas na cláusula deverão ser previamente requeridas, através de Oficio Sindical, assinado pela Presidência do SITRAEMFA/SITSESP e enviado à sede da Fundação CASA.

CLÁUSULA 68° - DO ACESSO AO DIRIGENTE SINDICAL AOS CAI'S, CIP'S E CASA'S, CENTROS DE SEMILIBERDADE E NAI'S DA FUNDAÇÃO CASA: A Fundação Casa garantirá livre acesso de Dirigente Sindical às dependências de seus CAI's, CIP's e CASA's, Centros de Semiliberdade e nos NAI's para o exercício de suas atividades de representação dos trabalhadores (as), vedada a divulgação de matéria político-partidária ou ofensiva.

CLÁUSULA 69 - DA  NEGOCIAÇÃO  PERMANENTE: A Fundação CASA manterá   uma   mesa   de   negociação   permanente   com   a   participação   de dirigentes do SITRAEMFA/SITSESP e trabalhadores eleitos em Assembleia para este fim, com pelo menos 01 (uma) reunião a cada 60 (sessenta) dias. De toda Reunião será lavrada uma ata.

FEVEREIRO                        A AGENDAR

ABRIL                       A AGENDAR

JUNHO                      A AGENDAR

AGOSTO                   A AGENDAR

OUTUBRO                A AGENDAR

DEZEMBRO                         A AGENDAR

CLÁUSULA 70a – DA COMISSÃO DE NEGOCIAÇÃO COLETIVA: A Comissão de Negociação Coletiva, será eleita em assembleia, composta por 7 (sete) membros titulares e 3 (três) suplentes, esta deverá participar das mesas de negociações em conjunto com os representantes do SITRAEMFA/SITSESP e, todas as ocasiões em que forem convocados para este fim, sem prejuízo dos seus vencimentos.

Parágrafo 1°: Todas as vezes que houver reuniões ou audiências de negociações coletivas, a Presidência do SITRAEMFA/SITSESP deverá enviar ofício sindical à Presidência da Fundação CASA, requerendo as liberações de ponto dos membros da Comissão, bem como convoca-los com antecedência mínima de 72 horas (setenta e duas horas) da data e horário do respectivo evento.

Parágrafo 2°: Em casos de impossibilidade de comparecimento do membro titular da Comissão, será convocado o suplente, por ordem de classificação dos votos obtidos na assembleia que os elegeram.

Parágrafo 3°: A Comissão terá vigência a partir da assembleia que a elegeu, com término na próxima data-base, podendo ser reeleita quantas vezes queira, de acordo com a decisão de assembleia geral convocada para esta finalidade;

Parágrafo 4° Em hipótese alguma, as negociações poderão acontecer sem a presença de pelo menos 3/5 (três quintos) dos membros da Comissão de Negociação, sob pena de nulidade absoluta dos atos praticados na respectiva reunião/audiência, seja ela nas dependências da Fundação CASA, nos Órgãos do Estado, no MPT ou no Judiciário competente, inclusive sendo comprovado qualquer participação de membros da Diretoria do Sindicato, nas dependências da Fundação CASA para tratar de quaisquer itens desta pauta, a Comissão terá autonomia a ser referendada em assembleia para afastar das negociações, sem prejuízo da competente representação ao MPT.

CLÁUSULA 71a - DA CADEIRA PERMANENTE PARA TRABALHADORES E USUÁRIOS NO CONSELHO ESTADUAL DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO DO ESTADO DE SÃO PAULO: A Fundação CASA deve promover no CONSELHO ESTADUAL DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO DO ESTADO DE SÃO PAULO uma cadeira para os trabalhadores e uma para os usuários das políticas Sociais públicas, medidas socioeducativas de internação e semiliberdade.

CLÁUSULA 72a - DA MANUTENÇÃO DAS VANTAGENS E BENEFÍCIOS PRÉ-EXISTENTES: Ficam mantidos todas as vantagens e benefícios atualmente praticados pela Fundação CASA aos servidores(as). Inclusive os estabelecidos através de Acordo Coletivo, Sentença Normativa e de Portarias Normativas.

CLÁUSULA 73a - DA VIGÊNCIA DO ACORDO COLETIVO: O presente Acordo Coletivo terá vigência de 12 (doze) meses nas Cláusulas consideradas Económicas, no período compreendido entre 1° de março de 2018 a 28 de fevereiro de 2019 e, as sociais terão vigência de 24 (vinte e quatro) meses, ou seja, mantendo desde 1° de março de 2018 a 28 de fevereiro de 2020.

Parágrafo único; Fica estabelecido pelos trabalhadores um prazo de trinta dias a contar do 1º dia útil subsequente ao protocolo da presente pauta, para que seja apreciada e negociada com a Fundação CASA, através do SITRAEMFA e Comissão de Negociação. Ao término deste prazo, deverá haver contraproposta concreta da instituição empregadora, que será avaliada em posterior pela Assembleia da Categoria.

CLÁUSULA 74a - DO DESCUMPRIMENTO DE CLÁUSULA: na hipótese de descumprimento de quaisquer das cláusulas ou condição contida no presente acordo, o SITRAEMFA/SITSESP notificará a Fundação Casa, solicitando reunião para solução do meio do diálogo de imediato, visando o cumprimento da condição ajustada.

CLÁUSULA 75a - DA MULTA: Caso haja descumprimento de quaisquer das cláusulas ou condições acordadas, incidirá multa no valor de um salário nominal do servidor prejudicado por cláusula infringida revertido o valor ao mesmo servidor.

 

Em tempo, seguem abaixo as correções da pauta, cláusulas 9,33,72;

CLÁUSULA 09a - DO VALE REFEIÇÃO: Os servidores (as) receberão da Fundação CASA, sem quaisquer descontos, independente de cargo ou função, Vale Refeição no valor de R$ 900,00 (novecentos reais), por mês, sendo reajustado anualmente, nunca inferior ao reajuste repassado à remuneração da categoria, creditados nos respectivos cartões, até o primeiro dia útil de cada mês, inclusive período de férias, e dando a opção aos servidores de:

Parágrafo 1°: O (A) servidor (a), que sofrer acidente do trabalho, necessitando afastar-se pela Previdência, perceberá o Vale-Refeição por um período de até 6 (seis), meses de afastamento.

CLÁUSULA 33a - DO AUXÍLIO-CRECHE: A Fundação pagará a título de Auxílio Creche o valor de R$ 670,00 (Seiscentos e sessenta reais) por filho aos servidores e servidoras que tenham filhos (as) na faixa etária de 03 meses a 06 anos e 11 meses e 29 dias.

Parágrafo 1°: O auxilio será igualmente concedido no período em que o servidor (a) estiver afastado (a) percebendo auxilio doença ou acidente de trabalho.

CLÁUSULA 73a - DA VIGÊNCIA DO ACORDO COLETIVO: O presente Acordo Coletivo terá vigência de 12 (doze) meses nas Cláusulas consideradas Económicas, no período compreendido entre 1° de março de 2017 a 28 de fevereiro de 2018 e, as sociais terão vigência de 24 (vinte e quatro) meses, ou seja, mantendo desde 1° de março de 2018 a 28 de fevereiro de 2019.”

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Esta Presidência, em nome de toda a Assembleia Legislativa, quer dar as boas-vindas ao nobre visitante Ademilson Miguel Fernandes, de Pirapora do Bom Jesus. Gostaríamos de saudá-lo com uma salva de palmas. (Palmas.)

Tem a palavra o nobre deputado Marcos Lula Martins, pelo tempo regimental.

 

O SR. MARCOS LULA MARTINS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente em exercício, nobre deputado Doutor Ulysses, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,  telespectador da TV Alesp, visitantes, funcionários desta Casa, queremos fazer aqui um agradecimento à deputada Leci Brandão, em nome da bancada do Partido dos Trabalhadores, pela realização daquela sessão solene. Havia nesta Casa muita gente do povo: “Lula livre” esse era o argumento. Por que as esquerdas do País e por que não dizer, do mundo estão voltadas para o Brasil? Esse desmonte que aconteceu contra a Dilma Rousseff e agora contra o Lula; amanhã poderá recair sobre qualquer um de nós, porque isso não é democracia, mas uma somatória da ditadura. Isso prejudica a população. Caiu o som; a TV Assembleia caiu - mau sinal. Mas vou continuar a minha fala aqui, porque nessa altura do campeonato não dá para parar de falar.

A TV Assembleia também precisa dar uma melhorada, pois está parecendo a TV Cultura - é uma intervenção na TV Cultura que virou um pacote ali. É a segunda vez que está caindo a energia aqui; não sei o que está acontecendo.A Eletropaulo presta um mau serviço para o estado de São Paulo. Agora está se repetindo aí.

Então, nós falávamos da acusação do Lula. A Justiça diz que Lula é dono de um apartamento, e esse apartamento pertence, na realidade, à construtora, que também está sendo condenada. Lula foi condenado por um apartamento que não é dele. Esse apartamento foi ocupado pelo MTST. Então, eles foram lá ocupar, porque o Lula disse que não é dele e quem quiser ocupar, que ocupe. Constataram que não é uma coisa tão grande como falam. E outra coisa é que não é do Lula. Ele foi condenado por um apartamento que não é dele. Pertence à construtora. Está hipotecado para pagar dívidas da empresa com a Acesp.

Isso é o que está acontecendo no País, pessoas sendo condenadas preventivamente por uma acusação que não existe. O apartamento não é dele. O que está por trás disso é que o Lula representa uma ideia, como ele disse no debate que houve em São Bernardo. Mesmo preso, Lula lidera as pesquisas de intenção de voto. Até cresceu nas pesquisas. Ele ganharia já no primeiro turno. É por isso que o Lula está sendo perseguido, porque eles não concordam. A população não se esquece de tudo o que recebeu. E por mais que falem, o povo diz que se ele for candidato, votará nele. Por isso Lula precisa estar livre, porque a maioria da população quer votar nele. Uma eleição sem o Lula, portanto, é uma farsa.

Como ficamos sem a TV Assembleia, fui recompensado com mais dois minutos para colocar minhas ideias. Lula está preso injustamente. Foi condenado preventivamente antes do fim do julgamento, sendo que a Constituição Federal garante que uma pessoa não pode ser condenada até que não vença a primeira, a segunda, a terceira instância e até o Supremo no julgamento. Fora disso, a presunção é a de defesa. É isso que a população percebeu.

Por que só contra o Lula? Por que tanta perseguição? E tanta gente que já foi facilitada, liberada, tem um monte de processos, aquelas malas de dinheiro, e só o Lula? Isso que a população percebeu. O Supremo, a Polícia Federal, não podem continuar dando dois pesos e duas medidas e isso que agora vem aí, uma condenação de alguns tucanos aqui em São Paulo, mas esperamos que isso vá em frente e não tratem diferente do que estão fazendo, que eu não gostaria para ninguém, mas essa perseguição contra um cidadão inocente, mas muito respeitado, inclusive no mundo inteiro.

Manifestações de todos os países do mundo e a mídia tem dificuldade de colocar algumas coisas que lá fora a imprensa está dizendo: que o Lula é inocente, que é um absurdo o que está acontecendo aqui no Brasil e que precisa ter democracia. Nós precisamos voltar com a democracia e parar de ter o desmonte dos serviços públicos, da população, da Previdência, do Ministério do Trabalho, a reforma do trabalho, e agora está aí o SUS sendo atingido, e que eu gostaria de falar nisso na próxima sessão.

 

O SR. MARCOS LULA MARTINS - PT - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças partidárias com assento nesta Casa, solicito a suspensão dos trabalhos até as 16 horas e 30 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência acolhe o solicitado pelo nobre deputado Marcos Lula Martins e suspende a sessão até as 16 horas e 30 minutos.

Está suspensa a sessão.

 

* * *

 

- Suspensa às 15 horas e 37 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 34 minutos, sob a Presidência da Sra. Maria Lúcia Amary.

 

* * *

 

O SR. CORONEL CAMILO - PSD - Sr. Presidente, peço a palavra para falar pelo Art. 82, pela liderança do PSD.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - O pedido de V. Exa. é regimental. Tem a palavra o nobre deputado Coronel Camilo pelo Art. 82, pela liderança do PSD.

 

O SR. MARCOS LULA MARTINS - PT - Com acordo do líder, peço a palavra para fazer uma reclamação.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Tem a palavra o nobre deputado Marcos Lula Martins.

 

O SR. MARCOS LULA MARTINS - PT - PARA RECLAMAÇÃO - Tenho duas reclamações de interesse de toda esta Casa.

Uma, é o funcionamento do elevador daquela entrada ali. São dois elevadores que disputam qual fica mais tempo quebrado. Precisa consertar isso. Eles ficam se revezando: dois meses um, depois dois meses o outro quebrado. E, agora, continua quebrado.

Outra reclamação é sobre essa cozinha, que serve café para a gente. A cozinha não tem ventilador. É desumano, insalubre! Eles saem molhados de lá! Como continuar com uma situação dessas?

Deixo aqui registradas essas duas reclamações graves da nossa Casa.

Muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Esta Presidência registra a reclamação de V. Exa. e a encaminha para a Mesa efetiva da Casa.

 

O SR. MARCO VINHOLI - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Gostaria de comunicar a presença do deputado federal Adermis Marini, que veio acompanhar a votação do aglomerado de Franca, grande deputado da região.

Também gostaria de cumprimentar uma das melhores parlamentares que esta Casa já teve, guerreira, batalhadora, brilhante deputada, Maria Lúcia Amary, que faz aniversário hoje.

 

O SR. CORONEL CAMILO - PSD - Parabéns! Uma salva de palmas para a nossa aniversariante! (Palmas.)

 

O SR. CARLOS CEZAR - PSB - PARA COMUNICAÇÃO - Gostaria de cumprimentar V. Exa., deputada conterrânea de Sorocaba. Eu liguei para V. Exa. para dar os parabéns, como faço todos os anos. Mas quero dizer pessoalmente: parabéns, que Deus te abençoe muito e acrescente, pelo menos, mais 100 anos de vida. Estando aqui nesta Casa, sempre abrilhantando com o maravilhoso trabalho que desempenha.

 

O SR. CORONEL CAMILO - PSD - Sra. Presidente, peço a palavra para falar pelo Art. 82, pela liderança do PSD.

 

 A SRA. PRESIDENTE - MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - O pedido de V. Exa. é regimental. Tem a palavra o nobre deputado Coronel Camilo pelo Art. 82, pela liderança do PSD.

 

O SR. CORONEL CAMILO - PSD - PELO ART. 82 - Sra. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, cidadãos que nos acompanham pela TV Alesp, funcionárias e funcionários desta Casa.

Venho falar aqui de um assunto de interesse de todo o público policial militar de São Paulo e, principalmente, de toda a população - porque, se nós tivermos uma polícia boa, contente e motivada, nós vamos ter também um serviço de melhor qualidade - já que nós temos um serviço excelente praticado pela Polícia Militar.

Eu vou falar de uma proposta de emenda constitucional que está tramitando na Casa, mas ainda não foi apresentada. A proposta trabalha na redução da diferença existente entre os postos e graduações da Polícia Militar, entre o soldado, o cabo, o sargento e até o tenente.

Essa PEC está aí e eu vou fazer uma proposta em cima. Como comandante-geral, eu não trabalhei, nunca, por uma parte da instituição - só por alguns postos de graduações. Eu sempre trabalhei de ponta a ponta, de soldado a coronel. Todos os reajustes que nós propusemos ao governo do estado atingiam a todos: é sempre no conjunto que a gente trabalha.

Desta forma, como deputado, eu não poderia apoiar uma proposta que não fosse nessa linha. Tem uma proposta que só atinge uma parte dos policiais, ficando a outra parte de fora. Isso é uma PEC injusta e que não deve prosperar desse jeito.

Embora eu até discorde da forma, estou fazendo uma proposta ao autor dessa PEC, que ainda não foi apresentada, para que passe a diferença para sete por cento. Eu protocolei, hoje, este ofício no gabinete do autor dessa proposta para que essa diferença que o autor propõe que seja de até 10%, que ela seja melhor, que ela seja até sete por cento.

Se for até 7%, duas coisas acontecerão: toda a base da carreira da Polícia Militar terá um aumento maior do que a PEC proposta. Vai ficar melhor a PEC - os níveis, sendo melhores, aumentam o salário da base. E, o mais importante, com 7%, pega do soldado ao tenente-coronel, praticamente todos os postos e graduações da polícia de São Paulo, tornando essa PEC justa.

Na realidade, não acho que PEC - proposta de emenda constitucional - seja a melhor  forma de tratar de questão salarial, mas não posso ser contra a causa, de maneira nenhuma. Sou a favor, quero deixar bem claro que sempre fui a favor da redução da diferença salarial entre o 2º e o 1º tenente e entre os postos em que há discrepâncias.

No entanto, não posso concordar com uma proposta injusta que está tramitando na Casa. Por isso, sugeri que ela fosse corrigida. Hoje, protocolei esse ofício, como autor, para que isso aconteça. Discordo da forma, mas sou a favor da causa. Sempre serei a favor da causa. Sempre defendo o policial militar, a família policial militar e o cidadão de bem do Brasil e de São Paulo.

Por outro lado, irei continuar a trabalhar da forma que entendo ser correta, trabalhando junto ao Governo do Estado e à Polícia Militar, principalmente o Governo do Estado de São Paulo. Vamos aproveitar esse novo governador, Dr. Márcio França, para que mande para a Casa propostas que façam reconhecimento por inteiro de toda a carreira policial militar, e não apenas uma parte, como está nessa proposta de emenda que está circulando na Casa.

A proposta de emenda precisa de assinaturas para que seja protocolada. Feita essa alteração, que irá reduzir o percentual máximo de dez para sete, elevando o salário dos policiais militares, eu assino essa PEC sem nenhum problema, porque ela vai contemplar toda a família policial militar. Continuando a discordar da forma, sou a favor da causa. Não tenham dúvidas de que vamos assinar a PEC, porque pode ser que ela seja votada. Acredito que não seja a melhor forma.

Sra. Presidente, era isso que queria deixar bem claro. O meu trabalho em prol da Polícia Militar é sempre para o todo, sempre de soldado até coronel - neste caso, de soldado até tenente-coronel - para que possamos sempre trabalhar de forma justa e correta, melhorando a dignidade do policial militar de São Paulo.

Sra. Presidente, muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, vamos passar à Ordem do Dia.

                       

* * *

 

- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

* * *

 

A SRA. PRESIDENTE - MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Há sobre a mesa requerimento solicitando a inversão da Ordem do Dia, a fim de que a matéria constante do Item 12 - PLC nº 07, de 2018 - passe a constar como Item 1, renumerando-se os demais itens.

Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, regimentalmente solicito uma verificação de votação.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - O pedido de V. Exa. é regimental. Esta Presidência vai proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que forem favoráveis deverão registrar o seu voto como “sim”, os que forem contrários deverão registrar o seu voto como “não”.

 

* * *

 

- É iniciada a verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

* * *

 

O SR. MARCO VINHOLI - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Sra. Presidente, o deputado Adérmis Marini está acompanhando a votação. Do Aglomerado de Franca, informo a presença do presidente da Câmara de Franca, vereador Marcos Garcia, nos honrando com a sua presença.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sra. Presidente, declaro a obstrução da bancada do PSOL.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Registrada a declaração de obstrução da bancada do PSOL.

 

O SR. RICARDO MADALENA - PR - Sra. Presidente, declaro a obstrução da bancada do PR.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Registrada a declaração de obstrução da bancada do PR.

 

O SR. EDMIR CHEDID - DEM - Sra. Presidente, declaro a obstrução da bancada do DEM.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Registrada a declaração de obstrução da bancada do DEM.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Sra. Presidente, declaro a obstrução da bancada do PT.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Registrada a declaração de obstrução da bancada do PT.

 

O SR. MARCO VINHOLI - PSDB - Sr. Presidente, gostaria de declarar a obstrução da bancada do PSDB.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Registrada a declaração de obstrução da bancada do PSDB.

 

O SR. VITOR SAPIENZA - PPS - Sr. Presidente, gostaria de declarar a obstrução da bancada do PPS.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Registrada a declaração de obstrução da bancada do PPS.

 

O SR. GILMACI SANTOS - PRB - Sr. Presidente, gostaria de declarar a obstrução da bancada do PRB.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Registrada a declaração de obstrução da bancada do PRB.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Sr. Presidente, gostaria de declarar a obstrução da bancada do PP.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Registrada a declaração de obstrução da bancada do PP.

 

O SR. JORGE CARUSO - PMDB - Sr. Presidente, gostaria de declarar a obstrução da bancada do PMDB.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Registrada a declaração de obstrução da bancada do PMDB.

 

O SR. REINALDO ALGUZ - PV - Sr. Presidente, gostaria de declarar a obstrução da bancada do PV.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Registrada a declaração de obstrução da bancada do PV.

 

O SR. CORONEL CAMILO - PSD - Sr. Presidente, gostaria de declarar a obstrução da bancada do PSD.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Registrada a declaração de obstrução da bancada do PSD.

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - Sra. Presidente, gostaria de informar que a bancada do PCdoB está em obstrução.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Esta Presidência registra a manifestação de obstrução da bancada do PCdoB.

 

O SR. EDMIR CHEDID - DEM - PARA COMUNICAÇÃO - Sra. Presidente, gostaria de fazer uma advertência ao Governo do Estado. Eu votei sim, até em função do deputado Roberto Engler, nosso colega, mas nós aprovamos nesta Casa a Região Metropolitana de Ribeirão Preto, e lá constava que o transporte de ônibus seria da EMTU. Quando nós transformamos em região metropolitana, quem assume é a EMTU, não é mais Artesp, e então não há mais ICMS, o que barateia o custo da passagem para o usuário.

A Artesp está fazendo uma licitação, e o Governo do Estado fez um decreto passando da EMTU para a Artesp a função de licitar. Assim, o decreto está valendo mais do que a nossa lei aprovada nesta Casa. Deputado Roberto Engler, vai acontecer a mesma coisa lá nesse aglomerado. Nós não podemos aceitar, em primeiro lugar, que um decreto possa valer mais do que uma lei; em segundo lugar, que se puna o usuário com um ICMS que nós aprovamos uma lei para não haver.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Sra. Presidente, gostaria de informar que a bancada do PSB está em obstrução.

A SRA. PRESIDENTE - MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Esta Presidência registra a manifestação de obstrução da bancada do PSB.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, participaram do processo de votação 56 Srs. Deputados: 55 votaram “sim”, e este deputado na Presidência, resultado que dá por aprovada a inversão da Ordem do Dia, de modo que a matéria constante do Item 12 - PLC nº 07, de 2018 - passa a constar como Item 1, renumerando-se os demais itens.

Item 01 - Discussão e votação - Projeto de lei Complementar nº 7, de 2018, de autoria do Sr. Governador. Cria a Aglomeração Urbana de Franca. Com 10 emendas. Parecer nº 355, de 2018, da Comissão de Justiça e Redação, favorável ao projeto e à emenda nº 7, e contrário às demais emendas. (Artigo 26 da Constituição do Estado).

Para discutir a favor, tem a palavra o nobre deputado Enio Tatto, pelo tempo regimental.

 

O SR. ENIO LULA TATTO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, parabéns pelo aniversário. Felicidades. Que Deus ilumine o seu caminho.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Obrigada.

 

O SR. ENIO LULA TATTO - PT - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público que nos visita, companheiros da PEC 5 e telespectadores da TV Assembleia. Alguém poderia melhorar o som? O deputado Teonilio Barba, especialista nessa área, disse que não está adequado. Sobre o projeto em debate, obviamente a bancada do PT e este deputado são favoráveis, mesmo porque lutamos bastante pela criação da Região Metropolitana de São Paulo, que demorou tanto. Fizemos diversas audiências públicas e conseguimos aprovar. Assim como aprovamos a Região Metropolitana de Campinas e a da Baixada Santista, que já existia, mas não funcionava. Depois, aprovamos as de São José dos Campos e de Ribeirão Preto.

Aprovamos a Aglomeração de Jundiaí e a de Piracicaba. E, obviamente, somos favoráveis à criação da Aglomeração Urbana de Franca. E também à da região de São José do Rio Preto - e eu não sei por que isso ainda não foi aprovado nesta Casa, até porque há uma representatividade enorme. Temos que aprovar a de Franca e a de São José do Rio Preto.

Mas assomei à tribuna para falar de outro assunto. É sobre a denúncia em que se tornaram réus seis ex-presidentes do Metrô de São Paulo. Mas não ficou só nisso. Também temos ex-secretários de Transporte e o atual secretário dessa pasta. Gostaria de exibir um vídeo de uma reportagem de hoje para ilustrar essa notícia.

 

* * *

 

- É feita a exibição de vídeo.

 

* * *

 

Pois é. Isso é de 2010. Passaram-se oito anos e só agora eles foram denunciados. E o Lula está preso em razão de uma denúncia que foi feita há um ano e meio. Essa é a realidade do Brasil. Essa é a realidade de São Paulo.

O interessante é que há seis ex-presidentes do Metrô e dois ou três ex-secretários. O telespectador fica imaginando: quem foi que nomeou essas pessoas? Quem foi que indicou essas pessoas para trabalharem no Metrô, na Secretaria de Transportes ou, até mesmo, na CPTM? Caíram do céu, foi o além que indicou!

Lembro-me do dia do lançamento da retomada das obras da Linha 5 - Lilás, em Santo Amaro. O governador era o José Serra. O deputado Barros Munhoz, se não me engano, era subprefeito de Santo Amaro. Foi feita uma grande festa para a retomada.

Naquela época, a “Folha de S. Paulo” publicou que a licitação já estava decidida seis meses antes, que os lotes já estavam divididos entre as partes há seis meses. O governador era o Serra. Tinha o secretário, tinha o presidente do Metrô. De repente, o Serra não aparece em nada, mas essas pessoas foram indicadas pelo Serra. Essas pessoas foram indicadas pelo PSDB. Mas essas pessoas não aparecem em lugar nenhum.

A mesma coisa está acontecendo com o Paulo Preto. Quem foi que indicou o Paulo Preto para presidir o Dersa e tomar conta do Rodoanel Sul? O Paulo Preto está preso, está no cadeião de Pinheiros com a cabeça raspada, mas quem o indicou está sossegado. Aliás, não está sossegado, está morrendo de medo, até porque sumiu do noticiário. Era um cara que disputava todas as eleições. Nos últimos 30 ou 40 anos, não houve uma eleição sequer em que o Serra tenha ficado de fora do pleito.

De repente, ele sumiu do mapa. De repente, ele não quer falar com ninguém. Sabem por quê? Porque isso tem tudo a ver com ele. Porque tem tudo a ver com o Aloysio Nunes Ferreira, que também não quer mais disputar eleições em São Paulo. Tem tudo a ver com o Geraldo Alckmin, aquele que deixou o governo agora e já está percebendo, após a primeira pesquisa, o desastre que é a sua candidatura à Presidência da República. Por quê? Porque essas pessoas todas foram indicadas pelo Serra e pelo Alckmin, que governaram este estado nos últimos 25 anos.

Ufa! Até que enfim o Ministério Público de São Paulo colocou alguma coisa, depois de tanta pressão, de tanta cobrança, com o Brasil todo cobrando e falando que as coisas aqui em São Paulo, no governo do PSDB, não andavam, não caminhavam.

Quantas vezes eu subi a esta tribuna, ou outros deputados subiram, para falar: “Aqui em São Paulo existe uma mistura entre o Poder Executivo, o Poder Legislativo e o Ministério Público”? Aqui é tudo misturado, é um encobrindo o outro. Mas a verdade está aparecendo, e nós falamos isso diversas vezes, que tinha que chegar a São Paulo.

São 615 milhões de trens que foram comprados antes da hora, e que não foram utilizados, dinheiro público que foi para o ralo. Isso só da Linha 5-Lilás, da zona sul de São Paulo. É aquela linha pela qual estamos lutando para que cresça do centro da cidade até a Chácara Klabin, mas que chegue até a periferia, até o Jardim Ângela, até o hospital do M’Boi Mirim, até o Menininha. Fizemos audiências públicas. Estamos fazendo abaixo-assinado, para chegar até lá.

Agora a população se dá conta de um escândalo desse tamanho. Seis ex-presidentes são denunciados, e mais dois ou três secretários de Estado. Onde estão os políticos daqui? Onde está a turma que governou o PSDB, em 25 anos? Eles não aparecem aqui. Sabem por que não aparecem? Coloquem meia dúzia na cadeia, durante um mês ou dois, que eles vão aparecer, os que indicaram e financiaram as campanhas do PSDB nesses últimos 25 anos aqui em São Paulo.

Essa é a verdade. É isso que tem que vir à tona. É isso que a população está esperando. Porque é muito fácil apontar o dedo no nariz do outro, e não cuidar do próprio quintal. É isso que o PSDB fez aqui em São Paulo. Tanto, que a população está acordando, está se informando, está percebendo o que aconteceu em São Paulo, nesses últimos tempos.

E não adiantou o governador, em 15 dias, inaugurar seis estações de metrô, pois ele ficou 25 anos numa paralisia danada, com a economia bombando, e não saía do lugar a quilometragem do Metrô e da CPTM em São Paulo.

As pesquisas demonstram isso. É a mesma coisa do outro traidor da capital de São Paulo, que enganou a população. Ganhou as eleições e, num ano e três meses, ele deu as costas para a população. Abandonou a cidade. A cidade está abandonada.

As pesquisas demonstraram. Se ele não sai agora, com mais dois ou três meses, a avaliação dele estaria pior que a do Temer. Estava morro abaixo. E agora ele traiu, e com um detalhe. Em um ano e três meses, já há pelo menos dois ou três escândalos na prefeitura de São Paulo: a questão da iluminação, a questão do material escolar. Isso, apenas em um ano e três meses. Esse era o gestor.

Portanto, a verdade está chegando a São Paulo. E está chegando no ninho tucano. Quero ver a hora em que esse pessoal estiver preso, quantas pessoas o PSDB vai mobilizar, para pedir para sair da cadeia. Quero ver quantos tucanos vão se manifestar favoravelmente ao ex-presidente, até poucos dias, Aécio Neves, que também virou réu ontem.

Interessante, virou réu ontem. Depois que prenderam o Lula, para passar um melzinho na boca do povo, para dizer que todos são iguais, passaram o melzinho e denunciaram o Aécio Neves. Deveria estar preso, com provas concretas. Não igual ao Lula, que não tem uma prova sequer.

O que dá alegria é ver o indivíduo preso, e recebendo todo dia mais de duas mil pessoas, em acampamentos em Curitiba. Eles não vão arredar o pé. Não vai haver arrego. Uma pessoa presa, que recebeu nove governadores de Estado, em visita. Uma pessoa presa que recebeu de 13 a 15 senadores. O prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel, está lá e uma juíza não o autorizou a visitar o Lula; isso vai repercutir mal no Brasil todo.

Em São Paulo, o PSDB realmente é protegido pela Justiça, os seus integrantes realmente são protegidos, caso contrário os escândalos, a roubalheira já teria aparecido. E podem ficar com a barba de molho porque a coisa está chegando, não tem como segurar porque está pegando mal. O Brasil todo está cobrando. Alguns setores da Imprensa que sempre defenderam, também não têm mais jeito. Eles têm, pelo menos, que começar a colocar algumas coisas, tal como essa matéria que colocaram sobre os trens no dia de hoje. Mas, é notícia sobre os trens, sobre o Rodoanel, é da Sabesp, é do CDHU, é da calha do Tietê. Agora colocam alguns dirigentes; mas não apareceu nenhum político. Vai aparecer. Tem que aparecer. Uma hora vai ter que abrir essa caixa como nós falamos aqui.

Para finalizar, vou falar uma verdade - eu sempre gosto - com todo o respeito: vai ser muito difícil deputados do PSDB defender o PSDB da tribuna, até porque, aqueles que poderiam defender o PSDB já se mandaram, abriram o olho e caíram fora porque não tem como defender o PSDB. E aí não tem jeito. Deputado Campos Machado, V. Exa., que é amigo e leal a Geraldo Alckmin, vai ter muito trabalho para defendê-lo aqui. Mas não sei até quando V. Exa. vai conseguir fazer isso, porque a vez dele também está chegando.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Tem a palavra para falar contra o nobre deputado João Paulo Rillo. (Ausente.) Tem a palavra o nobre deputado Campos Machado.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Minha cara presidente, deputada Maria Lúcia Amary, uma criatura bonita por fora e bonita por dentro, um exemplo de mulher, uma guerreira determinada, sonhadora, por quem tenho profundo respeito. Que Deus a proteja, minha irmãzinha. Vossa Excelência merece todos os qualificativos que possam existir no nosso dicionário.

Acabamos de ouvir o empresário do ódio. Como é possível que o deputado Enio Lula Tatto tenha tanto ódio para destilar em relação ao Geraldo Alckmin? O que é que move o deputado Enio Lula Tatto? Olha a diferença, deputada Leci Brandão, eu vou naquele microfone e digo que a prisão do Lula é irregular e ilegal e que se rasgou o Artigo 5º da Constituição, nunca vim a esta tribuna para falar mal do Lula, da Dilma Rousseff, ou de quem quer que seja do PT; pelo contrário. Quem é que vem aqui e defende José Dirceu? Quem é que defende aqui o João Paulo Cunha? Não é a bancada do Partido dos Trabalhadores. Não; eles se escondem, desaparecem como nuvens. E agora o deputado Enio Lula Tatto, se lembra de um tal Paulo Preto ou Paulo Branco, lá sei eu de que cor é esse tal de Paulo. Mas o problema todo é que o deputado Enio Lula Tatto podia usar o seu tempo para homenagear, por exemplo, a deputada Maria Lúcia Amary, fazendo uma poesia, uma trova, fale em amor, fale em saudade, fale em carinho, fale em felicidade, fale em horizonte, fale em estrelas. Não, ele tem uma obcessão por Geraldo Alckmin.

O deputado Enio Lula Tatto começou a falar e eu estava em minha sala. Então eu pensei: vou ter que ir ao plenário. Vossa Excelência começou falando de quem? Do Metrô. Daí ele passa para o Ministério Público, como se nós tivéssemos influência no Ministério Público, para dizer que o Ministério Público protege o PSDB. O que é isso? Aí ele caminha, usa o telão, mas não diz nada sobre eventuais desmandos do PT. Estou usando a expressão eventual porque não posso ser leviano e afirmar eventuais irregularidades, eventuais equívocos, eventuais crimes praticados por alguns membros do PT. É verdade? Não sei. Tem que transitar em julgado. Existe o Art. 5º, que é claríssimo, defende a presunção da inocência. Só agora, nessa época, no País, é que inverteram as coisas. Hoje a presunção é de culpa. Espere um pouco; rasgue o Art. 5º, que é uma cláusula pétrea, aí depois você pode acusar o próprio Lula.

Mas, deputado Enio Tatto, não há nenhum processo contra Geraldo Alckmin, ao contrário do ex-presidente que foi condenado duas vezes, a quem defendo aqui o direito de apelar em liberdade. Mas não há denúncia contra Geraldo Alckmin. Nem denúncia! Não foi nem ouvido ainda no inquérito. Como posso presumir a culpa de um homem que não tem denúncia, não tem nada ainda? Só o deputado Enio Tatto.

Hoje, filiei no PTB, em Bauru, o conhecido astrólogo João Bidu. Vossa Excelência deveria procurá-lo, deputado Enio Tatto. Ele vai mapear tudo o que V. Exa. tem, o famoso João Bidu. O partido do deputado Enio Tatto é o PDF, o Partido da Futurologia. Fico imaginando o que há no coração do deputado Enio Tatto, a não ser ódio em relação a Geraldo Alckmin. Prestem atenção: todos os dias é o mesmo discurso. Ele começa com o metrô de Santo Amaro, fala do Socorro, passa por Grajaú, vem vindo para cá, vai ao Largo Treze, volta para a Vila Carioca. Ele dá a volta. Depois ele entra no ponto que ele gosta, Geraldo Alckmin.

Estive com ele hoje, deputado Enio Tatto, de manhã. Fomos traçar a viagem que vai fazer na segunda quinzena de maio pelo norte e nordeste para visitar todos os diretórios do PTB. Vamos levar junto o presidente do PTB Sindical Nacional, presidente da Federação dos Caminhoneiros. Quatro milhões de caminhoneiros vão junto conosco. Vamos defender, sim, Geraldo Alckmin. É o nosso candidato. “Ah, ele não subiu.” Mas também não caiu. “Ah, mas agora surgiu o Joaquim Barbosa.” Espere um pouco. Não foi o mesmo ministro que ficou com medo e renunciou ao mandato antes da hora? Que não teve coragem para continuar no mandato de presidente? Como posso confiar num homem que tem medo, que renuncia, que se acovarda, que fraqueja? E ninguém venha dizer para mim que é preconceito, porque sou afrodescendente, com muito orgulho e muita honra. Criei o PTB Afro no Estado e no País. Não é isso, não. Minha amiga, deputada Leci Brandão, se há uma coisa que condeno é o preconceito em relação à cor. O que distingue as pessoas não é a cor, mas o caráter. Isso distingue as pessoas, as pessoas de caráter. E que me desculpe o Joaquim Barbosa. Depois do que ele fez - vejam o PT como é - com o Lula, quando ele sentiu que extrapolou os limites do Direito, simplesmente renunciou, aposentou-se seis anos antes. Por que não ficou até o fim? Por que não continuou a obra que diz ter iniciado, acabar com a corrupção? Por que ele fugiu? É muito fácil falar sobre preconceito. O difícil é viver o preconceito.

Amanhã teremos aqui um evento, 10 Anos do PTB Inter-Religioso. Quero convidar V. Exa., deputada Leci Brandão, porque vão estar aqui representantes de todas as religiões. E o que dizem as religiões? É justa essa perseguição às religiões de origem afro? É justo que por ocasião de uma celebração, de um culto ou de uma reunião de um centro de candomblé em São Miguel Paulista uma pessoa, em um sábado à noite, às 20 horas, achando que estava muito alto o som entre e apunhale duas crianças de quatro anos, sendo que uma morreu? Isso é justo?

Nós temos que sentir o que é justiça. Não é isso que o deputado Enio Tatto prega aqui. Justiça, deputado Enio Tatto, na minha ótica, é a gente defender o que é possível defender. A Constituição dizia que o Lula não podia ser preso. O argumento que eles usam: “Nós vamos prender o pessoal do colarinho, os ricos”. Mentira. Oitenta por cento dos que estão presos são pobres. Pobres que são recolhidos à prisão. É 2ª instância. É o camarada que assalta um salão de beleza, que rouba comida de supermercado. Esses caras foram condenados em 2ª instância e estão presos. Desses ninguém fala.

Nós estamos defendendo os direitos, independente de ser o Lula ou de ser o Manuel, o João, a Dona Maria. É um direito assegurado ao Lula. Por que eu reconheço isso e o deputado Enio Tatto não reconhece quando ele atropela os fatos e já determina a condenação? Não tem nem denúncia ainda. Encontrei o Geraldo Alckmin tranquilo hoje, sereno. A mesma serenidade que eu tenho hoje em relação a PEC 5.

Nunca estive tão convencido, tão determinado e tão certo que nós vamos aprovar a PEC 5. Ontem, dormi com as estrelas, olhando-as, e elas brincavam de esconde-esconde no céu. Acho que elas estavam anunciando o aniversário da Maria Lúcia Amary. Só podiam estar. Uma brincando de esconde-esconde com a outra e se encontravam no meio, quem sabe lhe prestando uma homenagem e dizendo do carinho e do amor que tenho por Vossa Excelência.

As estrelas também me diziam ontem: “Campos, não mais tenha pressa. Calma. Converse com o deputado Sapienza. A aprovação da PEC está no horizonte, porque os deputados desta Casa têm palavra. Aqui, não tem covarde. Covarde não frequenta esta Casa e os deputados que assinaram a PEC vão estar aqui para votar a aprovação da PEC”. Deputado Sapienza, tenha certeza de que nós estamos bem próximos, só que temos  a responsabilidade de denunciar aqui da tribuna quem não cumpriu a palavra com a gente.

É daqui que eu quero ouvir algum deputado falar: “Eu sou contra a PEC”. Aqui. Não é nos corredores, nem no Colégio de Líderes. É aqui, no mais sagrado ponto que existe nesta Casa: a tribuna. Aqui, é que os corajosos vão dizer: “Eu sou contra a PEC 5. Assinei porque o Sapienza pegou na minha mão e fez assinar”. É justo. Ele vai falar que não assina. Agora, se ele assinou, o que o fez mudar? Que ventos são esses que vão fazer com o deputado volte atrás? Por isso, nós estamos hoje vivendo dias de serenidade, dias de calma, de tranquilidade. Lembrei-me até do Paulinho da Viola, que diz que, nas tempestades, o marinheiro deve andar devagar, com calma. Está aí o deputado Barros Munhoz, um cancioneiro, um amante da boa música, que adora poesia, me lembrando do Paulinho da Viola. Faça como o velho marinheiro. Quando tiver nevoeiro, vá devagar. Nós, deputado Sapienza, estamos em um nevoeiro nesta Casa. Devagar, esperando os dias chegarem, para a aprovação da PEC 5.

Saúdo o deputado Vinholi, que compreendeu a necessidade de votar a PEC 5 e, democraticamente, vai reunir a bancada dele. É uma bancada que, por varias vezes, opinou favoravelmente. Vamos ouvir o deputado João Caramez. Aliás, me desculpe, Caramez. Equivoquei-me. Vossa Excelência agora é socialista. Equivoquei-me. Desculpe-me. Tenho que me dirigir aos deputados tucanos. E ao deputado Engler não posso falar, porque é socialista.

Caminhando, vejo o deputado Barros Munhoz no meio de dois socialistas. Aí começo a falar a mim mesmo: “Campos, siga Paulinho da Viola. Eu vou devagar. Tem nevoeiro? Faça como o velho marinheiro, vá devagar.” Vamos devagar, deputado Sapienza, assistindo essas alterações na Assembleia. São alterações de humor que não tiram a beleza da nossa Casa.

Termino saudando, mais uma vez, uma das princesas dessa Assembleia. Hoje pela manhã, 400 pessoas se acotovelaram no escritório da deputada Maria Lúcia Amary, em Sorocaba, para festejar o seu aniversário. Ela me dizia, com os olhos marejados, que ela estava felicíssima. Eu não vi apenas as lágrimas dos olhos. Vi que as lágrimas também rolavam pelo seu coração. Parabéns, minha amiga. Que Deus ajude, principalmente, nas eleições de outubro. Vossa Excelência merece.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Amém, muito obrigada. Obrigada, deputado Campos Machado, por suas palavras. Para falar a favor, tem a palavra o deputado Marcos Vinholi. Tem a palavra o deputado João Caramez, para uma Comunicação.

O SR. JOÃO CARAMEZ - PSB - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, quero fazer uma comunicação ao deputado Campos Machado. Já não é a primeira vez que ele se refere à minha mudança de partido.

Acredito que seja de forma elogiosa, me chamando de socialista. Mas quero comunicar a ele - e a todos os colegas - que assinei a PEC 5 quando ainda estava no PSDB. Não se V. Exa. se lembra. Vossa Excelência me solicitou, eu disse “conte comigo”, assinei e está lá minha assinatura, até hoje.

Só para isso, muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Peço a presidente, com a anuência do orador.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Tem a palavra o deputado Campos Machado.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB – PARA COMUNICAÇÃO - Confesso que não entendi essa Comunicação do deputado Caramez. Vou sair do plenário sem entender o que o deputado Caramez quis dizer. Eu queria que V. Exa. interpretasse o seu texto. Quer fazer de maneira teatral, está aqui o plenário, faça de maneira teatral. Quer que eu lhe apresente o meu candidato a deputado federal em Bauru, o astrólogo João Bidu? Posso.

Vossa Excelência, não sei por que, usou esse microfone. Só me enganei quando quis chamar a atenção do PMDB, dizendo ao líder que... Vossa Excelência está há 25 anos no PSDB. Como posso me lembrar, todos os dias, que V. Exa. agora é socialista? O que, em verdade, lhe engrandece. Se V. Exa. acha que desmerece, tem um problema de interpretação.

Eu me referi de maneira elogiosa a Vossa Excelência.

 

O SR. JOÃO CARAMEZ - PSB - PARA COMUNICAÇÃO - Agora, sim. Agora eu fico satisfeito, porque até então imaginava que fosse de maneira pejorativa. Mas, agora, com o senhor dizendo que é de maneira elogiosa, eu fico satisfeito. Um trabalhista falando com um socialista. Parabéns. Obrigado.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Vossa Excelência acha que ser socialista ou trabalhista ofende as pessoas? Vossa Excelência conhece o deputado Barros Munhoz? Sabia que ele era do PTB antes de mim? Sabia?

 

O SR. JOÃO CARAMEZ - PSB - Tem um deputado na tribuna, eu não quero polemizar. Mas, minha preocupação foi no sentido de deixar claro. Porque V. Exa. se dirigiu a mim: “Caramez, você é socialista.”

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - É lógico.

 

O SR. JOÃO CARAMEZ - PSB - Como se eu tivesse assinado a sua lista agora. Não. Eu assinei quando eu estava no PSDB ainda, com muito orgulho. Aliás, eu sou dono dos meus atos. Quando eu acho que uma entidade, como esta que está aqui, merece o apoio, eu estou lá para apoiar, como Vossa Excelência. (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - PARA COMUNICAÇÃO - Mas, eu quero cumprimentá-lo. Vossa Excelência me interrompeu aqui de maneira indevida, eu estava falando. Mas, vamos lá. Quero cumprimentá-lo pela sua coragem.

 

O SR. JOÃO CARAMEZ - PSB - Muito obrigado.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sua coragem foi a de expressamente definir o lado de V. Exa., independentemente da posição do governo Márcio França. Isso é importante, deputado Barros Munhoz, é importante as pessoas terem independência.

Eu agora vou sair satisfeito, porque V. Exa., embora pertença ao partido do governador Márcio França, está entendendo que a Casa, a Assembleia Legislativa, paira acima de tudo. Parabéns, deputado João Caramez.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Tem a palavra o nobre deputado Marco Vinholi.

 

O SR. MARCO VINHOLI - PSDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectador da TV Alesp, visitantes, funcionários desta Casa, muito boa tarde, uma tarde de gentilezas aqui no plenário.

Desejo uma boa tarde a todos, primeiro ao pessoal das entidades aqui presentes. Hoje, pedimos que se pautasse logo o veto do PLC nº 25 que foi acordado aqui em plenário, e que, esperamos, possa ser derrubado na semana que vem.

Fica o compromisso do PSDB. Pedimos que fosse pautado hoje, não teve concordância, mas vai vir para a semana que vem.

Quero, em segundo lugar, cumprimentar toda a região de Franca. Estavam aqui o Adermes, Marini, também, deputado federal de Franca, o presidente da Câmara...

Hoje, nós votamos um projeto importante. Esse Aglomerado de Franca é muito importante para a região. Toda essa coordenação, mobilização conjunta dos municípios, nos torna o estado moderno que queremos.

Franca, hoje, recebe essa justa conquista. Esperamos, assim como o deputado Enio Tatto colocou, que outras regiões possam ser contempladas, também, assim como Catanduva, São José do Rio Preto, e outras que também merecem ter essa articulação regional.

Isso é fruto de um trabalho que se iniciou no governo Geraldo Alckmin. Pudemos avançar muito a partir da criação da Secretaria Metropolitana e, com isso, essa coordenação-geral dos municípios.

Quero, então, parabenizar por esse projeto, e defender que possamos aprová-lo aqui em breve logo em seguida das falas dos companheiros.

Mas, eu queria, com muito respeito ao deputado Enio Tatto e à bancada do Partido dos Trabalhadores, que colocou aqui uma denúncia sobre improbidade administrativa hoje, que foi indicada para que o Tribunal de Justiça decida sobre o seu recebimento.

Mas, ele esqueceu de colocar a diferença sobre a improbidade administrativa colocada por conta de trens que estavam parados, com processo de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, que aconteceram, e muito, nesses últimos anos aqui no País.

Um processo de improbidade administrativa, Dr. Enio Tatto, advogado, é muito diferente de um processo crime que foi feito contra muitos membros do Partido dos Trabalhadores nos últimos anos.

Quero pedir, com muito respeito, que hoje à tarde todos aqui receberam no WhatsApp, nas redes sociais, um vídeo da presidente nacional do PT, a Gleisi Hoffmann, falando à rede Al Jazeera. Por favor.

 

* * *

 

- É feita exibição de vídeo.

 

* * *

 

O SR. MARCO VINHOLI - PSDB - Com todo o respeito à luta palestina, que eu tenho, com todo o respeito à questão árabe, a gente tem como interpretar a fala da presidente nacional do PT, chamando pela TV Al Jazeera os estados árabes a participarem da luta no Brasil?

Ora, eu entendo e respeitei até agora a narrativa feita pelo PT. Nós temos uma diferença fundamental: para nós, o Lula não é diferente de qualquer outro que faça corrupção no País, que tem que ser investigado - e não um herói, um preso político.

É um chamado completamente fora da realidade, passando uma narrativa, para os estados árabes, que venham ao Brasil participar da luta? Ora, se isso não é um atentado ao nosso País, o que seria, então? Respeitando toda a luta palestina e toda a luta árabe, isso que o PT faz, nesse momento, é transformar o estado brasileiro em uma chacota mundial.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Para falar contra, tem a palavra o nobre deputado Teonilio Barba Lula.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidenta, em primeiro lugar, parabéns pelo seu aniversário. Que Deus a proteja. Desejo muitos anos de vida, muita saúde e felicidades.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Amém. Muito obrigada.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, pessoal do Sinafresp que está firme na luta pela PEC 5, agradeço por vocês terem deixado a revista no meu gabinete. Ainda não a li, mas já dei uma folheada. Vocês contam a luta que fizeram, de 16 até agora, em defesa da PEC 5.

Acabamos de assistir a uma fala da presidenta, que pode ser ou pode não ser “fake news”. Não tem problema. Pode ser, mas pode não ser, porque ela tem dito essa fala para o Brasil inteiro, para a imprensa internacional inteira, no dia 5, 6 e 7 de abril. Mostra certo preconceito com a comunidade árabe que existe aqui no Brasil. Quando eu começo a questionar a TV “Al-Jazeera”, que é uma TV estatal.

A presidenta cita que o Lula foi um dos únicos presidentes do Brasil e do mundo que se posicionou contra a guerra no Iraque. Ele não botou porta-voz para falar. Ele foi publicamente à televisão para dizer que era contra a invasão do Iraque pelo Bush, que era contra a guerra no Iraque pelo Bush.

Deputado Marco Vinholi, V. Exa. tem que estudar história. Quando o Bush, que vocês tanto admiram, quando os Estados Unidos, para quem vocês ajoelham, estavam bombardeando o Iraque, o Lula teve a coragem de promover uma conferência árabe aqui no Brasil, em Brasília. Foi o único presidente que se posicionou contra, do ponto de vista geopolítico, reconhecer que as Farcs eram crime organizado. Os Estados Unidos queriam que o Brasil reconhecesse que as Farcs eram uma organização criminosa, porque com isso haveria intervenção internacional da Otan, e os Estados Unidos ocupariam de maneira geopolítica as fronteiras do País.

Se fosse o seu governo do PSDB, teriam reconhecido, porque vocês são entreguistas, vocês desmontaram a coisa do Pré-Sal. O modelo do Pré-Sal que nós construímos foi num modelo de partilha. Vocês defendem o modelo atrasado de concessão. O que é a concessão?

Os Estados Unidos vêm ao Brasil, alugam um pedaço do oceano, contratam a Petrobras, que extrai o petróleo, manda para eles de graça, e eles pagam 10% de royalties do petróleo. No Pré-Sal, modelo de partilha, 30% pertenciam a uma empresa estatal brasileira. Os outros 70% eram disputados. Os royalties do Pré-Sal saem de 10 para 15%. Aí os americanos não quiseram disputar. Quem entrou foram só os chineses, mas foi uma opção dos americanos.

Vocês, através de um projeto do Serra, desmontaram o Pré-Sal, entregando-o de graça nas mãos dos americanos, porque vocês são entreguistas e devem assumir isso. Vocês são privatistas. Quando vocês privatizaram a Vale do Rio Doce, vocês privatizaram por três bilhões de dólares, financiados pelo BNDES, com dinheiro do governo brasileiro, do povo brasileiro. Três anos depois, ela valia 300 bilhões de dólares.

Vocês precisam discutir o seu passado, porque vocês são entreguistas. Vocês tiveram a debandada de alguns deputados importantes. Tiveram uma debandada, perderam alguns quadros interessantes. Vocês precisam entender que essa fala da presidenta Gleisi Hoffmann é uma fala em que faz denúncias no mundo inteiro. Nós vivemos, dias cinco, seis e sete de abril, 26 horas, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, do qual eu tenho a honra de pertencer até hoje. Isso foi transmitido em todo noticiário nacional e internacional, com cinco, seis helicópteros das maiores emissoras de TV e rádio sobrevoando lá, por mais de 26 horas.

Na hora em que as acusações do Paulo Preto virem à tona, a denúncia dele vir à tona, eu quero ver quantos de vocês vão assomar à tribuna e quantos militantes vão para as ruas para defender o Geraldo Alckmin, o José Serra, o Aloysio Nunes ou o Aécio Neves, o famoso Senador dos 500 mil reais, dos dois milhões de reais. Ele falou que só é propina quando pede para o serviço público, se não pedir para o serviço público, não é propina. Pode pedir propina para os empresários.

Vocês vão ter que criar coragem para defender os ídolos de vocês. Vocês não tiveram coragem de defender o Fernando Henrique Cardoso durante os oito anos de governo Lula. Em três anos que estive nesta Casa, eu falei mal do Fernando Henrique Cardoso. Vocês não  tiveram coragem de assomar à tribuna para defender o governo de vocês, do Fernando Henrique Cardoso.

Lá na década de 70, eu o considerei um homem progressista. Eu li, estudei, e fiz campanha para ele em 78, para senador, para vocês terem uma ideia. Vocês não tiveram coragem para defender. Vocês, do PSDB, agora junto com PMDB e junto com os empresários, com muita gente, vocês mataram Dorothy, vocês mataram Chico Mendes,  mataram o Martin Luther King, porque é da lógica do capitalismo matar lideranças, é da lógica dos poderosos matar o Santo Dias.

É da lógica dos poderosos atacar os mais fracos, com os mecanismos mais sofisticados que existem. Parte de vocês aqui foi em uma van para a Paulista. Faz parte da democracia vestir a camiseta amarela da CBF. Alguns traziam uma camiseta amarela com quatro dedos.

Assim, gente desta Casa usou a camiseta da nossa gloriosa CBF, que não tem nada de corrupção. O presidente está preso, o outro não pode sair do Brasil, não pode acompanhar a seleção brasileira, e vocês vestem a camiseta da CBF com orgulho. Então, nós poderíamos discutir o projeto de Franca, mas, por conta do vídeo que V. Exa. apresentou, eu sou obrigado a entrar nesse debate, e tenho orgulho e honra.

Tomara que a presidenta Gleisi fale mesmo com a “Al Jazira”, para a “BBC”, para o “El País”, para o “New York Times”, que fale para todos os jornais importantes, porque nós vamos falar. Nós vamos denunciar que rasgaram a Constituição brasileira. Parte do Poder Judiciário, se não for corrupta, é mal intencionada.

Se quiser prender qualquer cidadão ou qualquer cidadã brasileira, tem que mudar o artigo quinto da Constituição, e quem tem poder para mudar é a câmara dos deputados federais, junto com senadores, no Congresso Nacional.

Tem deputado nesta Casa que já foi deputado federal, e sabe disso. Meia dúzia de juízes, parte deles fascista, parte deles de origem do nazi-fascismo, parte deles é Benito Mussolini, parte deles é Hitler.

Fascistas. Seja o TRF4, do Rio Grande do Sul, seja o Sérgio Moro lá em Curitiba. Inclusive, o pai  é partidário do PSDB. Então, eu tenho a honra de estar em um partido que tem gente para botar na rua, que vai defender o presidente Lula.

Vejam a pesquisa da “Vox Populi” agora. De todos os cinco candidatos para enfrentar o Lula, todos perdem, com mais de 54 por cento. O único que chega a 20% de intenção de voto no segundo turno é o Joaquim Barbosa.

Prenderam o Lula, porque era preciso tirá-lo da disputa. Isso faz parte do golpe parlamentar, arquitetado pelo PSDB, liderado pelo Aécio Neves, aquele corrupto bandido, que deveria estar preso, tem prova material.

Peguem a pesquisa da Datafolha: o Lula tinha 37 e ainda fica com 31%, e o segundo colocado não passa de 17%, que é mais uma criatura de vocês, o Bolsonaro. Daqui a pouco vocês vão ter que se aliar a ele, porque o Alckmin não decola.

Tem que olhar a história do que nós estamos debatendo neste País. Eu quero debater com V. Exa., deputado Marco Vinholi, porque toda vez que V. Exa. vem à tribuna, ataca o PT. Daqui para frente, cada fala que V. Exa. fizer contra o PT, eu vou mostrar um descalabro do PSDB nesta Casa, neste Estado e neste País, porque vocês enterraram este País.

Quando assumimos a Presidência da República, dia primeiro de janeiro de 2013, o Brasil tinha 29 milhões e 500 mil trabalhadores com carteira assinada, nos setores público e privado - são dados do IBGE, não são meus. Quando Lula deixou a Presidência da República, tinha mais de 40 milhões de trabalhadores com carteira assinada, nos setores público e privado. No dia 31 de dezembro de 2014 - está nos dados do IBGE - éramos 49 milhões e 830 mil trabalhadores com carteira registrada no Brasil, nos setores público e privado. Hoje nós somos 33 milhões de trabalhadores com carteira assinada. No governo Dilma, o índice de desemprego era 7%, 8%, que, nas economias capitalistas, é considerado pleno emprego.

E vocês se aliaram ao Temer. O PSDB se aliou ao Temer para dar o golpe e tirar a Dilma. De lá para cá, além de assaltar, roubar os trabalhadores, com 296 deputados canalhas que aprovaram a reforma trabalhista em Brasília para roubar os trabalhadores, para assaltar os trabalhadores e entregar na mão dos banqueiros, na mão dos empresários, na mão do corrupto do Paulo Skaf, da Fiesp, vocês votaram a reforma trabalhista. Eu quero ver vocês subindo no palanque com o deputado de vocês que votou a reforma trabalhista falando que ia gerar emprego e demonstrar quantos empregos foram gerados até agora com carteira assinada. Só cresceu a informalidade. Esse é o legado do PSDB, aliado a vários partidos de direita.

Vou me concentrar só no PSDB agora, porque já estou em uma briga. Não dá para enfrentar todos os elefantes de uma vez, então vamos enfrentar um por vez. Conforme a fala de cada deputado, nós vamos fazer esse enfrentamento.

Eu tenho a honra e tenho o orgulho de ter a Gleisi Hoffmann como nossa presidenta. Ela tem que fazer essa denúncia em todos os meios de comunicação possíveis, como o ato que nós fizemos aqui, ontem, para defender que o presidente Lula possa ser julgado pelo povo brasileiro, possa disputar as eleições. Ele nem precisa estar livre, viu? Só basta garantir que ele dispute as eleições, que ele ganha desses caras de dentro da cadeia, porque o povo brasileiro reconhece.

No primeiro mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, as linhas de crédito neste País eram de três meses. Qualquer coisa que eu fosse comprar, só podia comprar em três meses. Era para rico, é lógico. Uma TV de plasma custa quatro mil reais, então, para comprar em três meses, tem que ganhar um bom salário, tem que ser deputado estadual, federal, empresário, ou ganhar bem. Depois melhorou um pouquinho, aumentou para seis meses. Durante os oito anos de governo dele, a operação de crédito chegou a 12 meses. País altamente volátil. E nós recolocamos este País no lugar que ele merecia. Foi o governo do Partido dos Trabalhadores, por oito anos liderado pelo presidente Lula e mais quatro pela presidente Dilma.

Agora, tem uma mesma mídia que faz isso que fez o deputado Marco Vinholi. Foi muito infeliz o que ele fez. Eu reconheço, faz parte da idade, faz parte da juventude. Foi uma infelicidade muito grande. Não vou nem condená-lo porque ele acha que está disputando uma coisa e acaba provocando outra. Mas, do ponto de vista da disputa política, ele tem que assumir que é de direita, porque ele defende rico. Ele tem que começar a subir aqui e falar isso. Não é defeito nenhum. Eu vim de uma classe operária, vou ter que defender operário. Quem vem indicado e patrocinado pela Fiesp, que venha a esta tribuna e defenda a Fiesp, que é uma instituição importante enquanto instituição empresarial.

Eu, por exemplo, sou um trabalhador, operário, mas reconheço que o Sindmaq e a Abimaq são as duas instituições patronais, representantes de empresários, que defendem uma empresa nacional no Brasil. Eu tenho respeito por aquelas duas entidades, com quem sentei e negociei quando fui sindicalista. Elas defendem a empresa nacional, não defendem esse modelo de importação que o PSDB defende, que o Geraldo Alckmin defende, que o Fernando Henrique defendeu e que o Serra defende, de se ajoelhar em frente aos americanos e defender a importação.

Nós precisamos ter um Brasil onde a indústria vire, no mínimo, 25% do Produto Interno Bruto, porque os países do tamanho do Brasil têm no mínimo isso. Só o setor de serviços, o serviço público e o terceiro setor, mais o transporte, não vão garantir emprego para toda a população brasileira, se não tivermos uma indústria forte.

Eu não ligo se quer defender rico, faz parte. Quem vem de origem rica tem que defender os ricos mesmo. Eu não tenho nada contra quem defende rico, nem tenho nada contra os ricos. O que há aqui é uma disputa ideológica, é questão de quem defende um estado desenvolvimentista, um estado com bem-estar social, um estado que vai defender os trabalhadores e as trabalhadoras e os mais fracos deste país, e não defender os mais ricos.

Então, deputado Marco Vinholi, com todo respeito que tenho por V. Exa., jovem deputado, que deve ter seu futuro garantido, assuma as suas posições de direita, porque V. Exa. é de direita. É melhor assim, para que possamos fazer um embate possível.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Para falar a favor, tem a palavra o nobre deputado Barros Munhoz.

 

O SR. BARROS MUNHOZ - PSB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, colaboradores da Assembleia Legislativa, público que nos honra com sua presença, telespectadores da TV Alesp, eu queria pedir licença, mas eu achei um pente Flamengo. Como a minha mulher fala que só eu ainda uso pente Flamengo - nos últimos 50 anos não mais fabricado -, eu queria saber quem é o colega que também usa pente Flamengo. O pente está aqui, à disposição.

 Brincadeiras à parte, eu queria dizer o seguinte: foi obtido um financiamento internacional para fazer a Linha 5 do Metrô, de Capão Redondo até a Chácara Klabin. Aí o Brasil não tinha capacidade de endividamento, aquelas fases terríveis por que o Brasil passou, e o financiamento foi cortado, só dava para fazer um trecho.

O natural, o normal seria o governador da época, que era o Mário Covas, fazer o trecho da metade para o fim, lá para a Chácara Klabin, ou da Chácara Klabin para cá, em direção a Santo Amaro. Mas não, ele fez o trecho que atendia a população mais pobre, a população que mais precisava de metrô, do Capão Redondo até o Largo Treze, e esse trem vem funcionando há muito tempo.

Aí não houve condição de ter continuidade a Linha 5. O Serra ganhou a eleição para governador - eu não era mais subprefeito, caríssimo deputado Enio Tatto, eu já era deputado -, e o Kassab ficou na prefeitura. Eu briguei, o deputado Enio Tatto brigou, todos nós brigamos, pois o povo de Santo Amaro inteirinho queria a continuidade da Linha 5. Do Largo Treze para a Avenida Adolfo Pinheiro são 13 estações, se não me falha a memória.

Muito bem. Com muita luta, meu querido deputado Vitor Sapienza, conseguiu-se um novo financiamento, conseguiu-se uma articulação. Foi a primeira vez que a Prefeitura de São Paulo colocou dinheiro no Metrô. O metrô de São Paulo é o único do mundo que o estado banca. Em todo lugar do mundo é o município, é a União. No Brasil, o único estado que não tem dinheiro da União no metrô é São Paulo.

Agora, o dinheiro que a Dilma prometeu em 2013 foi liberado agora, cinco anos depois.

Então, começou. Foi uma festa bonita. O deputado Enio Tatto tem razão. Havia um “checão” fantasiado - 198 milhões de reais. Eu estava lá, eu era deputado da região. O deputado Enio Tatto não foi, porque é do PT. Aliás, foi sim! Não sou daqueles que criticam partido. Acho que a bancada do PT aqui, por exemplo, é fantástica, maravilhosa. Só tenho elogios a fazer, em todos os sentidos, embora discorde em 95% das posições do PT.

Mas vejam bem: então, começou, de lá do Largo Treze para cá. E foi fantástico. Houve uma discussão de como seria feita a Estação Adolfo Pinheiro. Vejam que coisa maravilhosa - uma audiência pública aqui. O Sérgio Avelleda era do Metrô. Nós impusemos uma mudança do projeto. E nos falaram, arrogantemente: “o que vocês entendem de projeto de Metrô, para mudar?”. “Nós entendemos de povo, de diálogo; vamos conversar”.

A estação iria ocupar 30 mil metros quadrados, que seriam desapropriados. A Galeria Borba Gato, com suas 98 lojas, iria sumir. Fizemos uma luta conjunta - o PT e nós todos. E, de 30 mil, caiu para três mil metros quadrados a desapropriação. A Galeria Borba Gato foi mantida. Só oito lojas foram desapropriadas.

Assim, começou. E vinha vindo a todo vapor. Mas foi parada a obra, por conta de uma ação, não sei de quem. E nem quero saber. Mas foi parada, como tudo aqui. Fazer uma obra hoje, no Brasil, é uma coisa de louco. Há intervenção de todo tipo, há judicialização de todo tipo. A pessoa fica doida para conseguir fazer uma obra necessária para o povo, uma obra que está faltando.

Tivemos aí a Serra do Cafezal, na rodovia Régis Bittencourt, em direção a Registro, que ficou 30 anos paralisada por conta de um passarinho que não podia morrer. Os trens comprados não podiam ser devolvidos. Se a obra não teve sequência, é porque foi judicialmente paralisada. E a ação foi perdida. Quem tinha que pagar o prejuízo do estado - se houve algum - deveria ser quem propôs a ação. Mas o Ministério Público não responde por prejuízo que ele causa. É bacana ser do Ministério Público: você destrói uma vida, destrói um conceito, causa um prejuízo de bilhões, e nada lhe acontece.

Enfim, somente depois de muito tempo, conseguiu-se retomar a caminhada. Quanto aos trens, não há nada de errado com a bitola. Naquela linha, a bitola tem que ser a que é. Esses trens já vêm sendo usados há bastante tempo, sem nenhum tipo de problema. Então, retomou-se a obra. Tinham sido entregues cinco estações até 2011. Agora, de 2015 para cá, já foram entregues seis estações. E, até o final deste ano, todas as 13 estarão entregues. Já chegou à Igreja de Moema, já passou pelo shopping Ibirapuera, pela Roberto Marinho e já foi embora. Já passou pelo Borba Gato e por Adolfo Pinheiro. Está em pleno andamento.

O mais triste é esta situação que estamos vivendo. Sinceramente, acho que estamos sofrendo muito com essa situação. É verdade que tem que penalizar quem cometeu crimes, tem que punir, tem que ir para a cadeia. Ninguém pode ser contra isso. Mas não podemos dizer que todo réu é bandido, que todo réu é condenado. Não é essa a realidade.

Não é essa a realidade, até porque - parece mentira, mas é verdade - um dos indiciados, um dos que se tornaram réus hoje, o meu querido amigo Clodoaldo Pelissioni, assim como o atual presidente do Metrô, Paulo Menezes, entrou no Metrô quatro anos após a compra dos trens. Qual foi a responsabilidade que eles tiveram?

Tenho a honra de conhecer bem o Clodoaldo, desde que ele foi dirigente do DER, desde que ele foi secretário de Transportes do estado de São Paulo. Não tenho nada de muito valioso, ou mesmo de valioso, para oferecer a quem ajuda a minha terra. Tenho a coisa mais valiosa para nós, itapirenses, que peço aos vereadores que me acompanham na cidade para que ofereçam a quem ajuda a minha terra e a minha gente: é o título de cidadão itapirense. Faço isso raríssimas vezes, mas o fiz para o Clodoaldo Pelissioni. Pedi aos companheiros vereadores: “Vamos dar a ele um título de cidadão itapirense”. E ele se orgulha, pois ele é tão modesto e humilde que só tem esse. Ele deveria ter 200 títulos de cidadão. É uma pessoa séria, honesta, trabalhadora, competente. Desatou todos os nós do Metrô.

O Metrô, em razão da judicialização e - eu reconheço - de uma ação atabalhoada do ex-secretário do governo Serra. Ninguém é obrigado a acertar em todas as áreas, em todos os lugares, com todas as pessoas, meu Deus do Céu! Quem governa sabe disso! Eles pegaram um rabo de foguete e resolveram. O que São Paulo está fazendo, no presente momento, em matéria de metrô, é assombrar o mundo. E com muita competência e dedicação. Não vou comparar com outros estados, pois não há termos de comparação. Nem em matéria de preços há termos de comparação.

Mas eu queria olhar para a câmera e falar ao meu querido amigo Clodoaldo: Clodoaldo, eu já passei pelo que você está passando hoje. É a maior dor que um ser humano pode sentir. Nada fere mais do que a injustiça, nem a própria ingratidão. Como deputado estadual de São Paulo, como representante do povo paulista, quero dizer a você que não se abata, Clodoaldo. Você está sendo vítima de uma situação injusta. Você merece respeito de São Paulo, admiração e gratidão, por ser um dirigente honesto, competente e trabalhador, que está fazendo uma obra inigualável.

Estendo os meus cumprimentos e meu reconhecimento ao Paulo Menezes e a todos os companheiros. Não quero me estender e falar sobre cada um dos outros, pois acho que, na sua pessoa, dignifico aqueles que constroem São Paulo, apesar de tudo e apesar de todos.

Que Deus o abençoe, Clodoaldo, e te dê força, coragem e ânimo. Que Deus abençoe sua família, que deve estar sofrendo muito neste momento, a sua esposa, os seus filhos e todos aqueles que lhe querem bem. Vamos em frente, Clodoaldo. Deus é grande.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Para discutir contra, tem a palavra o nobre deputado José Américo Lula da Silva.

 

O SR. JOSÉ AMÉRICO LULA DA SILVA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos. Em primeiro lugar, quero fazer um esclarecimento aqui. Eu estava vendo, pela internet, o pronunciamento da senadora Gleisi Hoffmann, sobre a história da Al Jazeera.

Essa versão que o líder do PSDB representou aqui é a versão da senadora do PP/RS, uma das pessoas mais reacionárias do Brasil. Ela fez uma fala parecida com a sua, deputado Vinholi, na verdade, punindo o meio, não a mensagem.

A senadora Gleisi Hoffmann fez no pronunciamento uma denúncia sobre a situação que o Brasil está vivendo. O Brasil está vivendo uma situação de exceção. O presidente Lula foi condenado sem provas, aliás, através de provas forjadas.

Ontem ficaram claras as provas forjadas contra o presidente Lula. Está na Internet aquele pobre diabo, aquele farrapo vivo, chamado Léo Pinheiro, que trabalhou na OAS. Já não é mais um ser humano, é um farrapo. Ele disse que o apartamento das Astúrias tinha um elevador privativo. Pois é, precisaram os Sem-terra tomarem o apartamento para provarem que não havia elevador, coisíssima nenhuma.

Só para pegar um exemplo da prova forjada, que foi feita pelo juiz Moro, que não é um juiz... O juiz Moro é um militante político, e tem como tarefa retirar o presidente Lula do processo eleitoral, porque o poder econômico no Brasil, os meios de comunicação e o setor reacionário do Judiciário, o setor de extrema direita do Judiciário não é fascista, ou seja, Ana Amélia não é fascista. Ela é de extrema direita. Os fascistas, pelo menos, tinham uma coisa a favor deles, eram nacionalistas. Uma senadora, vendilhão da pátria, que vende o Brasil, não é fascista.

A extrema direita, que está no Judiciário, representada pelo Moro, pelo Dallagnol e por outros da direita, cristã ou não, os meios de comunicação, o poder econômico não podem vencer o PT, o setor progressista, pelo voto. Então, a saída é tirar o presidente Lula do caminho, ainda que seja necessário forjar provas. Não estou acusando o seu partido, não estou acusando ninguém. Estou dizendo que o Moro - estou dando nome aos bois - forjou provas, assim como o Bretas costuma fazer. O Bretas, aquele que é apaixonado por auxílio-moradia, lá do Rio de Janeiro, também é outro que forja as provas, nesse momento.

Essa situação de exceção é que leva a presidente do PT, leva o PT a buscar na imprensa internacional a repercussão sobre o que está acontecendo no Brasil. Nós não podemos aceitar. Nem todos lutaram por democracia no nosso País. Nós, que lutamos, sabemos o quanto é importante a democracia. Muito mais do que eleger o Lula, o importante é que temos eleições democráticas, e ganha quem ganhar. Quem tiver mais votos ganha.

Mas tirar no tapetão, não é possível. Quero dizer a vocês da brincadeira que fiz, mas é verdade. A Al Jazeera é uma emissora ligada aos países árabes, mas é de propriedade do emir do Catar, que eu acho que é simpatizante. Se ele fosse no Brasil, ele seria simpatizante do PSDB. Seria legal, porque ele tem feito uma boa TV.

A comunidade árabe do estado de São Paulo é de vários partidos, mas acho que é mais tucana, mais do DEM, mais do PP, do que do PT. Mas isso é normal, isso é um direito. Só acho que a Al Jazeera é um veículo de comunicação alternativo hoje no mundo, porque quem é preocupado, como a Ana Amélia, com o que acontece com os países árabes, que ela deve morrer de medo, ela deve estar totalmente fora de si com a derrota sofrida pelos Estados Unidos na Síria. A Rússia tem uma economia do tamanho da economia brasileira, que é dez vezes menor do que a economia americana. Pois eles, em coisa de seis meses, derrotaram os rebeldes armados pelos Estados Unidos, que deram origem ao Estado Islâmico. Os Estados Unidos não conseguiam vencer na Síria porque os generais americanos se recusavam a atacar o Estado Islâmico, porque o Estado Islâmico era aliado americano. Eles usaram o fundamentalismo islâmico para tentar derrubar o ditador Bashar al-Assad. Sem dúvida alguma, usaram e depois não tinham mais controle. A Rússia em seis meses resolveu o problema. Uma economia pequena, um país pobre foi lá e deu um samba.

Os Estados Unidos, hoje, estão mais perdidos do que cego em tiroteio. Há três dias eles pegaram aquele “Napoléon le Petit” - o Karl Max chamava o sobrinho do Napoleão Bonaparte de Napoléon le Petit, eu diria que o Macron é o “Napoléon le super Petit”, ou seja, o “super pequeno” - pegaram o Macron, pegaram também a Theresa Mary May,  da Inglaterra, do partido conservador inglês, fizeram um ataque na Síria que só engana americano trouxa - uma parte da imprensa americana é americana trouxa. Só engana a eles. Vocês acreditam que possa fazer um ataque, como o que eles fizeram, que não matou ninguém? Não matou ninguém, não aconteceu nada. Foi um ataque para  inglês ver com a participação dos ingleses e com a autorização dos russos. Esse ataque foi para livrar a barra. Os Estados Unidos estão desmoralizados. Quem divulga isso?  Quem divulga isso? A Globo não vai divulgar isso. Ao contrário, aquele Guga Chacra - aquele que dá os pulinhos para falar na Globo -, está mais perdido do que o Trump nos Estados Unidos, ele não sabe o que falar.

Portanto, nós precisamos da Al Jazeera para mostrar o ouro lado da coisa. É importante a democratização dos meios de comunicação do mundo, ainda que seja pelas mãos do Emir do Catar. E eu quero dizer aqui – e não é nenhuma crítica - seria do PSDB, seria simpatizante do PSDB. Vocês teriam uma emissora desse tamanho, que ótimo que seria. Seria bom.

Mas quero apenas dizer que você é muito melhor do que a Ana Amélia. Então, não a tome como medida, porque ela é uma extremista de direita, fala muita besteira, age, não como Karl Max dizia sobre o Tievis, o primeiro ministro do Napoleão o Pequeno, que dizia assim: “ele não pensa por ideias, mas por preconceito de classes”. Essa mulher só pensa por preconceito de classe.

Quero dizer a você, que está me assistindo hoje, que vale a pena assistir um filme que está no Netflix, produzido pela Al Jazeera, com diretores americanos e atores americanos, chamado “Freeway Rick Ross”, ou seja, Avenida Livre. Esse filme conta a seguinte história: nos anos 80 você teve a revolução na Nicarágua. A Nicarágua é um país pequenino da América Central. Lá surgiu um movimento chamado “Contras” e que o Ronald Reagan apoiava. Acontece que os Contras começaram a fazer muito desrespeito aos direitos humanos e o congresso cortou a ajuda para os Contras. Sabe o que eles fizeram? A CIA facilitou a montagem de uma operação de venda de cocaína em Los Angeles, São Francisco, por um agente da CIA, de origem nicaraguense, chamado Danilo Blandón. Pois Danilo Blandón montou essa rede de cocaína...

 

O SR. MARCO VINHOLI - PSDB – COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Tem outro filme intitulado “Feito na América”, que é a mesma história com o mesmo agente da CIA.

 

O SR. JOSÉ AMÉRICO LULA DA SILVA - PT - Perfeitamente. Tem esse que V. Exa. citou “Feito na América” e tem outro que é “O Mensageiro”. Então, esse Danilo Blandón montou uma operação. Eles levavam armas para a Nicarágua e traziam cocaína, exatamente a cocaína do Pablo Escobar via Nicarágua. Por quê? Porque entrava numa boa. O Rick Ross ficou 20 anos preso e hoje ele conta: o Danilo Blandón era agente da CIA. Tudo entrava numa boa e então era fácil vender. Só que entrou outra substância junto, o crack. Então, a CIA ajudou a introduzir o crack nos Estados Unidos.

Isso não é invenção de filme. Houve uma comissão do Congresso Americano, liderada pelo senador, que foi secretário de Estado depois da Clinton. Essa comissão puniu alguns agentes da CIA por terem permitido a entrada do crack nos Estados Unidos. Quem fez esse maravilhoso filme “Freeway Rick Ross”? Al Jazira. Há outro filme feito na América, que é importante, e o outro que é o “Mensageiro”, um jornalista americano, provavelmente morto pela CIA e que denunciou toda essa operação.

Então, é por isso que precisamos de meios de comunicação diferentes para fazer denúncia. Mas, além de tudo isso, e de dar essa sugestão de filmes, que são maravilhosos, V. Exas. têm que aprender um pouco o que são os Estados Unidos e por que as notícias ruins dos Estados Unidos não são divulgadas no Brasil.

Vossas Excelências sabiam que no momento em que estou falando aqui está havendo um dos maiores recalls de carros do mundo? É nos Estados Unidos; três bilhões de carros foram vendidos pela Volks, a óleo diesel, dizendo que seriam não poluidores. Descobriram que haviam mentido e então está havendo um recall. A Volks, provavelmente, vai quebrar, que não é sem tempo. Aí outra vai entrar no lugar. Pois a Volks, que está para quebrar nos Estados Unidos, por causa disso. Vossas Excelências veem os jornais brasileiros divulgarem isso? Não, nada. Eles não falam nada, ignoram até as notícias ruins dos americanos, tal o grau de servilismo que a nossa mídia aprendeu a seguir.

O Guga Chacra, por exemplo, que era um menino de boa cabeça, fica totalmente perdido, fica fazendo comentários na “Globonews” dando uns pulinhos. Mas vamos lá. Quero só falar mais uma coisa, vou falar com todos os partidos: a ditadura do Judiciário, já dizia Ruy Barbosa lá atrás, é a pior de todas.

O deputado Barros Munhoz, que me antecedeu aqui, estava fazendo uma defesa do Clodoaldo, um dos seis presidentes do Metrô processados pelo Ministério Público. Quero dizer para ele o seguinte: quando falamos ditadura do Judiciário, não estamos falando do pessoal de São Paulo, pode ficar tranquilo, deputado Barros. Aí não tem perigo, aí o leão é manso. Não vai acontecer nada. Dr. Smanio, aqui é José Américo que está falando; se o senhor estiver me assistindo, não vai acontecer nada, como nos últimos quatro anos não aconteceu nada. Nenhuma das denúncias que foram feitas por vocês deu em qualquer coisa. O estado de São Paulo não foi processado em nada. Vocês processaram e depois não deu em nada, porque vocês não aprofundaram as investigações. Não sei se o Dr. Clodoaldo é culpado disso. Espero que não seja. Não quero aqui usar a mesma medida que critico. Essas pessoas foram denunciadas, merecem ter direito de defesa. Não vou jogar a primeira pedra contra eles, espero que consigam provar que são inocentes. Mas se não forem, fiquem tranquilos, porque o leão é manso aqui em São Paulo. O Ministério Público é manso no estado de São Paulo, não vai acontecer nada. Infelizmente é assim, Dr. Smanio. O senhor tem a oportunidade, no novo mandato, de mudar um pouco isso, de fazer esse pessoal ir em frente, conversar com quem teve culpa em cartório e oferecer delação premiada. Fui conversar com vocês, uma vez, para propor que fizessem delação premiada para o Paulo Preto, que vocês propusessem delação premiada para o pessoal do Metrô, para que a gente não fique acusando inocentes. É importante que as denúncias vão até as últimas consequências. O Ministério Público de São Paulo não pode... Tem que fiscalizar o Estado.

Nos últimos cinco anos o Estado de São Paulo não foi condenado uma única vez. O que acontece? As denúncias eram infundadas? Espero que os rapazes do Metrô consigam provar praticamente o impossível. Se o Dr. Clodoaldo tiver razão, algum não vai ter, porque comprar antes da hora os vagões do Metrô por 650 milhões de reais, isso é uma coisa totalmente descabida.

Está um bom momento, Dr. Smanio, para o senhor conseguir processar e chegar ao responsável, oferecer delação premiada para ele entregar o chefe, para ele entregar o verdadeiro responsável por isso, que se chama Geraldo Alckmin.

Muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Para discutir a favor, tem a palavra a nobre deputada Ana do Carmo, pelo tempo regimental.

 

A SRA. ANA LULA DO CARMO - PT - Passo a palavra ao deputado Enio Tatto.

 

O SR. ENIO LULA TATTO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, subo a esta tribuna mais uma vez só para esclarecer algumas coisas. Primeiro, quando a gente fala o nome do ex-governador Geraldo Alckmin, o deputado Campos Machado sai do gabinete dele correndo para vir aqui defendê-lo. Talvez ele não ouviu o que eu falei durante o período em que ele estava vindo do gabinete dele até o plenário.

Ninguém está condenando antes da hora, sem apurar, mas eu falei o seguinte, da pressa, da agilidade, sobre as apurações contra o Partido dos Trabalhadores e eu vou repetir aqui. Em um ano, um ano e meio, o Lula foi denunciado, condenado na 1ª instância e condenado na 2ª instância, e esse processo aqui dos trens foi denunciado em 2010. Passaram-se oito anos e só agora que os dirigentes da empresa, do Metrô e o secretário de Transportes Metropolitanos foram denunciados. Agora que eles se tornaram réus e isso o Brasil todo está sabendo.

Isso todo mundo já está entendendo. Já caiu a ficha da população. Ela já está percebendo que quando é contra o PT, é de uma forma. Quando é contra os tucanos, é diferente. Aqui, em São Paulo, isso no Brasil todo, mas aqui em São Paulo, em especial, ninguém mexe nos tucanos, por quê? Porque quando o cara sai do Ministério Público ele vira secretário de Estado do governo do PSDB.

Quando o sujeito sai do Tribunal de Justiça, ele vira secretário do PSDB e quem tem que fiscalizar aqui em São Paulo é o Ministério Público, é a Polícia Civil e é a Assembleia Legislativa. E os três estão na mão do PSDB, por isso que aqui em São Paulo nada avançava. Nada. Aqui era um faz de conta e que agora está começando a vir à tona, porque perceberam que exageraram.

Essa foto é de 2015, deem uma olhadinha, o “trem da alegria”.

 

* * *

 

- É exibida a foto.

 

* * *

 

Olhem aí, que bonito. Sabe o que é essa foto? O PSDB, os tucanos - olhem quanta gente conhecida aí - se reuniram no Palácio, fizeram um almoço comemorando as denúncias, o pedido de impeachment da Dilma. Aí eles alugaram uma van - diversas vans - e ônibus, e começaram a se dirigir à Avenida Paulista, no grande ato pelo Brasil, com a camisa da CBF e com bandeira verde-amarela. Olha lá que bonito! Olha a alegria do Geraldo Alckmin ao lado do Aécio, que foi o candidato derrotado pela Dilma. Olha o Aloysio Nunes. Mais atrás, muita agente conhecida.

Pode deixar essa foto. Isso, em 2015. E aí vem aqui falar: “Enio, V. Exa. sobe lá e fala mal do Geraldo Alckmin. Prega o ódio.” Focaliza aqui, por favor. Focaliza aqui, pode chegar mais.

 “Temos que nos livrar dessa praga que é o PT. - diz Geraldo Alckmin em Cuiabá.” Sabem quando foi isso? Foi no dia 29 de agosto de 2015, às 15 e 44, lá em Cuiabá, quando estavam filiando o Pedro Taques ao PSDB. Olha o santinho, olha o homem religioso, o que ele fala! Agora temos que tratar o Geraldo Alckmin como bonzinho, como santo?

O que ele quis dizer, que tinha que acabar com essa praga do PT? Se tinha alguém que cometeu erro naquela época, ele podia muito bem falar: “Tem que apurar, tem que condenar, tem que estar preso.” Ele falou de todo o PT, chamou de praga. Ele não sabe o que significa o PT. Aliás, ele está sabendo agora.

Vossas Excelências querem que falemos bem? Com o nosso presidente, que foi o melhor presidente de todos os tempos do Brasil, foi um homem reconhecido no mundo todo. É por isso que a presidente Gleisi falou na AL Jazeera, denunciando a prisão política do Lula, deputado Marco Vinholi. Como ela falou para o pessoal da Ásia. Como ela falou para o pessoal da África e na Europa. Ela está falando em todos os meios de comunicação, e também falou na Al Jazeera.

Vossa Excelência usou de forma inadequada, e é tão novo. Espero que faça uma reavaliação, porque a conotação que V. Exa. quis dizer da TV Al Jazeera, é outra. A Gleisi, como presidente do PT, está fazendo isso no mundo todo. A Dilma está viajando no mundo todo. Está denunciando esse absurdo, da prisão do Lula sem prova.

É tão sem prova, que o MTST ocupou o prédio, porque o Lula falou: “Se o apartamento for meu, vocês estão autorizados a ir lá e ocupar, de forma pacífica.” Eles foram lá ocupar. A polícia imediatamente mandou desocupar. Se é do Lula e ele falou que podia ocupar! Na minha casa, se eu tiver um apartamento, se eu tiver um terreno, e eu autorizar alguém a ocupar, não tem problema, está autorizado. Mas foram lá e tiraram imediatamente o pessoal.

Essa é a grande diferença. E não venha, Geraldo Alckmin, falar isso do PT e se comportar como uma pessoa boazinha, o “Santo” como é apelidado na Lava Jato. Olhem aí, ele estava do lado - olha de quem - do Aécio Neves. Vossas Excelências sabiam que quem votou na Dilma, votaria novamente? Não tem vergonha nenhuma de falar que votou na Dilma. Eu votei nela e votaria novamente.

Será que alguém que votou no Aécio, votaria novamente? Alguém fala que votou no Aécio? Todo mundo sumiu. O Brasil, se estivesse na mão do Aécio Neves, estaria melhor? Ele foi o culpado de tudo isso que está acontecendo. Ele perdeu a eleição e não aceitou a derrota. Ele foi questionar no TSE. Ele se articulou com Eduardo Cunha e começou a pauta bomba na Câmara dos Deputados. E aí começou a crise econômica, que hoje tem 13 milhões de desempregados, e tem mais 6 ou 7 milhões que estão desesperançosos, que nem entram nos índices.

Quem derrubou a Dilma e colocou o Temer lá? Só tem um partido responsável por isso: o PSDB. O PSDB do Aécio, do Aloysio, do Serra e do Alckmin. Olha a felicidade deles ali. Sabe por quê? Porque era 2015, eles estavam naquela onda, o Brasil todo, aquela emoção, a Rede Globo, os meios de comunicação, o pato do Skaf na rua.

O PT era a praga do Brasil, como o Alckmin falava. Eram uns leões. Agora, estão todos se comportando como porquinhos da Índia, aquele bichinho tão bonitinho, pedindo a união do País, pedindo a paz.

Que paz, o quê? Enquanto o Lula estiver preso, não tem sossego neste Brasil.
Vai ter uma eleição onde 20, 30% não vota porque estão desanimados, e depois mais 35, 40% que querem votar no Lula? Vão fazer eleição com 25 ou 30% da população? É óbvio que não vai ter.

Se o Lula não participar, não adianta ganhar, não vai governar. Quanto mais batem, quanto mais denunciam... Agora prenderam. Sai a primeira pesquisa, ele continua em primeiro, ganhando de todo mundo no segundo turno, e não mudou nada, nada, nada.

Agora, o Santo, aquele que falou que o PT era uma praga que precisava acabar, despencou aqui em São Paulo. Ele não passa de 6 ou 7 por cento. Ele está atrás do Bolsonaro, ele está atrás de todo mundo, ele não deslancha. E, hoje, ele deu uma entrevista defendendo, quando foi feita uma pergunta, o que achava o amigo dele Aécio Neves, presidente do PSDB.

Ele falou que o Aécio Neves não deveria ser candidato em Minas Gerais; que ele está na dúvida se sai ao Senado ou se sai para deputado federal. O Geraldo Alckmin falou hoje, com todas as letras, que seria bom que ele não saísse para nada, para nada.

É diferente de nós, do PT. Nós queremos e vai ser nosso candidato. Nós vamos registrar candidatura dia 15 de agosto, do Lula. A Dilma vai ser candidata em Minas Gerais. Nós não temos problemas em defender os nossos dirigentes.

Agora, será que tem um tucano que defende o Aécio? Por que nós defendemos os nossos dirigentes. Levantem-me uma coisa errada com prova que o Lula fez. A única coisa que o Lula fez foi melhorar a vida da população brasileira. E é reconhecido por todos.

Quando o deputado Barros Munhoz falou aqui que o Kassab colocou um bilhão para construir metrô aqui na Capital de São Paulo, você sabe por que ele colocou? Porque foi em 2008 a 2010, quando a economia no Brasil estava bombando com Lula no governo, que tinha dinheiro. A economia estava aquecida. Quando o Lula viajava o mundo todo e não ficava ajoelhado na frente dos americanos.

Ele foi visitar o mundo árabe, a Ásia, a África, fortaleceu o Mercosul. Esse é o estadista que teve o reconhecimento no mundo todo, e está tendo. Essa é a pessoa que está presa em Curitiba, que lidera as pesquisas, que estão fazendo fila de autoridades brasileiras - e, agora, do mundo todo - para visitá-lo na prisão.

É essa pessoa que a Polícia Federal vai lá prendê-lo e ele sai no meio do povo, nos braços do povo. É essa pessoa que vai sair de lá, e vai sair no meio do povo, nos braços do povo, e vai ganhar as eleições e vai governar esse País - e é o único líder deste País que dá jeito, que une, que vai fazer um mandato fazendo com que as pessoas menos favorecidas no Brasil voltem a sorrir, voltem a ter vez e voz no País.

Ele está preso por aquilo que ele fez e não por aquilo que ele não fez. Isso está claro. Isso já está na cabeça da população! Pegue o estado de São Paulo e verifique quem está na frente entre Lula e Geraldo Alckmin, pegue o último Data Folha e verifique todas as regiões do Brasil, e não só norte e nordeste.

Será que não tem alguma coisa errada nos meios de comunicação, nessa elite brasileira? Alguma coisa errada tem. Será que, em um ano e meio, denunciam o cara e prendem o cara - enquanto que o processo aqui - nós acabamos de falar dos trens em São Paulo - dura cinco, 10, 15 anos?

O Azeredo, que foi presidente do PSDB, governador de Minas Gerais, um processo de mais de 20 anos. Condenado a 20 anos de cadeia, mas ele está solto! E o Lula está preso! E, aí, vem pregar que a gente tem que ser bonzinho e que a gente tem que unir o País?

Vocês desuniram o País, vocês pregaram o ódio! Lembram desse momento, em 2015? Como estava a Av. Paulista, capitaneada pela Fiesp, pelo MBL? E o Geraldo Alckmin chega ao Mato Grosso e fala: “essa praga do PT tem que acabar”.

Não acabou; se fortaleceu! A última pesquisa coloca o PT com 21% de simpatia; o PSDB está com 6, 7; e o PMDB com cinco. Por quê? Porque aquilo que o Lula fala é verdade. O Lula não é mais um personagem, não é mais o melhor presidente do Brasil, o Lula virou uma ideia que está na cabeça das pessoas. O Lula está preso, mas tem milhões de Lulas no Brasil defendendo o que ele pregou.

E, daqui a 200 anos, vocês podem ter certeza, ninguém vai falar de Serra, de Geraldo Alckmin, de Aécio, de Azeredo ou Temer. Mas todas as bibliotecas vão falar do Lula, vocês podem ter certeza.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão.

Há sobre a mesa requerimento do método de votação:

“Requeiro, nos termos regimentais, que a votação do Projeto de lei Complementar nº 7, de 2018, se processe na seguinte conformidade:

1.                  Projeto de lei Complementar nº 7, de 2018, salvo emendas;

2.                  Emenda de nº 7, com parecer favorável da Comissão de Constituição, Justiça e Redação;

3.                  Demais emendas, englobadamente.”

 Em votação o requerimento. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Item 1 do método de votação - Projeto de lei Complementar nº 7, de 2018, salvo emendas. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Item 2 do método de votação - Emenda nº 7, com parecer favorável da Comissão de Constituição, Justiça e Redação. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Item 3 do método de votação - Demais emendas, englobadamente. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem contrários permaneçam como se encontram. (Pausa.) Rejeitadas.

 

A SRA. BETH LULA SAHÃO - PT - Gostaria de declarar o voto favorável da bancada do PT às emendas.

 

O SR. ROBERTO ENGLER - PSB - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, cidadãos que nos acompanham pela TV Alesp, funcionárias e funcionários desta Casa.

Como deputado estadual há 28 anos nesta Casa, da cidade de Franca, devo dizer que esse momento é glorioso para Franca e para todas as cidades que compõem a nossa região. Afinal, foi uma luta que se desenvolveu a partir de 2017. Ao longo do ano, essa proposta da formação do Aglomerado Urbano de Franca foi colocada. Ela é instituída pela nossa Lei Maior. Está lá, é uma forma de governança em blocos, que são os aglomerados urbanos e as regiões administrativas. Nós encampamos essa ideia.

Contamos com a ajuda maravilhosa do deputado Edmur Mesquita, que é o subsecretário da região metropolitana, e do Pedretti, diretor da Emplasa, que é o órgão técnico que dá sustentação a essa subsecretaria. Por duas ou três vezes, eles estiveram em Franca e na região. Como manda o ritual, fizemos reuniões com todos os prefeitos da região.

Aliás, usando as palavras do próprio Edmur, nem na formação das regiões administrativas houve tanta gente presente, tanta gente interessada. Cabe agora os nossos agradecimentos. Quero agradecer especialmente ao Edmur Mesquita e ao Pedretti, que foram soldados nessa guerra. Quero agradecer ao governador Geraldo Alckmin, porque, montado o processo, ele vai para o Palácio para ser elaborado um projeto do governador, e ele o fez, remetendo-o a esta Casa.

Agradeço ao Colégio de Líderes, que pautou o projeto para a Ordem do Dia na tarde de hoje. Quero agradecer aos prefeitos e vereadores de toda a região de Franca, porque nós chegamos na fita. Conseguimos a grande conquista do Aglomerado Urbano de Franca. Quero agradecer ainda aos deputados presentes e aos não presentes por terem aprovado esse projeto tão importante para a nossa região de Franca. Acredito que muito em breve o nosso governador Márcio França estará na cidade de Franca, em uma grande reunião para sancionar, finalmente, esse projeto.

Sra. Presidente, muito obrigado.

 

A SRA. BETH LULA SAHÃO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Quero cumprimentar toda a população de Franca e região. Atitudes como esta são extremamente importantes, porque realmente permite um desenvolvimento. Acredito que facilita e agiliza determinadas medidas, racionaliza outras tantas e otimiza os resultados. São formas interessantes.

Agora, precisa colocar em prática o mais rápido possível. Às vezes, a Assembleia aprova; já aprovamos de outras regiões igualmente importantes, mas percebemos que há uma lerdeza nas ações. Fica também esse apelo para que não apenas aprovemos esse Aglomerado Urbano de Franca, mas também que ele possa se tornar efetivo. Portanto, parabéns a toda a população de Franca e região, agora um aglomerado.

 

O SR. CARLOS CEZAR - PSB - PARA COMUNICAÇÃO - Quero cumprimentar o nosso grande deputado Roberto Engler, parabenizando-o pelo trabalho. É uma grande conquista que tivemos, uma grande aquisição para o Partido Socialista Brasileiro. Agora o deputado Roberto Engler faz parte da nossa bancada, já chegando e aprovando um projeto tão importante e esperado, que vai beneficiar não apenas a cidade de Franca, mas toda a região.

 

O SR. CARLOS CEZAR - PSB - Sra. Presidente, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, solicito o levantamento da presente sessão.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta Presidência vai levantar a sessão. Antes, porém, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com o remanescente da Ordem do Dia de hoje.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 18 horas e 54 minutos.

           

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