23 DE
MAIO DE 2018
069ª
SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: DOUTOR ULYSSES e MARCOS ZERBINI
Secretaria: CORONEL TELHADA
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - DOUTOR ULYSSES
Assume a Presidência e abre a sessão.
Dá as boas-vindas aos vereadores mirins da Câmara Municipal de Paulínia, em
visita a esta Casa, a convite do presidente Cauê Macris.
2 - CARLOS GIANNAZI
Faz considerações sobre os problemas
que afetam os professores categoria "O". Pede apoio a projeto de lei,
de sua autoria, relativo ao tema. Cobra do governo estadual o pagamento de
reajuste ao Magistério. Ressalta que São Paulo não cumpre o piso nacional da
categoria.
3 - CORONEL TELHADA
Comemora a aprovação, em 22/05, do PL
951/15, de autoria sua e do deputado Delegado Olim,
que garante assistência jurídica a policiais que precisem dela por conta de
ocorrências em serviço. Descreve casos envolvendo a morte de policiais, em
vários pontos do Brasil.
4 - CORONEL CAMILO
Concorda com o pronunciamento do
deputado Coronel Telhada, quanto à aprovação do PL 951/15. Justifica a
importância da matéria. Pede o apoio de seus pares a projeto similar, de sua
autoria. Diz que trabalha, nesta Casa, a favor dos policiais militares.
5 - CORONEL TELHADA
Para comunicação, relata caso que, a
seu ver, demonstra a importância do PL 951/15.
6 - ABELARDO CAMARINHA
Para comunicação, parabeniza os
deputados Coronel Telhada e Coronel Camilo. Descreve a morte de seu filho,
vítima de um latrocínio.
7 - CORONEL CAMILO
Para comunicação, concorda com o
pronunciamento do deputado Abelardo Camarinha.
8 - ABELARDO CAMARINHA
Argumenta que os problemas da
Educação pública afetam todo o Brasil, e não apenas São Paulo. Apoia a
paralisação dos professores de escolas particulares. Exibe e comenta vídeo
sobre as dificuldades que afligem pequenos produtores rurais. Defende a greve
dos caminhoneiros.
9 - CARLOS GIANNAZI
Para comunicação, caracteriza como
suprapartidárias suas críticas àqueles que, a seu ver, prejudicam a Educação.
Apoia a greve dos professores da rede particular de ensino.
10 - ABELARDO CAMARINHA
Para comunicação, opina que o
deputado Carlos Giannazi deveria ser mais enérgico em
suas críticas ao governo federal.
11 - CARLOS GIANNAZI
Para comunicação, responde ao
deputado Abelardo Camarinha. Fala sobre suas atividades a favor das
universidades federais.
12 - ABELARDO CAMARINHA
Para comunicação, rebate a fala do
deputado Carlos Giannazi.
13 - WELSON GASPARINI
Manifesta sua satisfação pela
aprovação do PL 951/15. Menciona projeto anterior, de sua autoria, de teor
parecido. Expressa seu descontentamento com diversos aspectos da política
brasileira. Defende mudanças na legislação eleitoral.
14 - ED THOMAS
Afirma que ser deputado significa
representar a toda a população, não importando o número de votos. Faz elogios
ao governador Márcio França, por direcionar recursos às prefeituras. Discorre
sobre a questão do repasse da arrecadação aos municípios.
GRANDE EXPEDIENTE
15 - CARLOS GIANNAZI
Pelo art. 82, explica a divisão de
obrigações entre os governos federal, estadual e municipal no que tange à
Educação. Presta apoio às paralisações de professores de Cubatão e de
funcionários da rede particular de ensino. Critica a reforma trabalhista feita
pelo governo Michel Temer.
16 - CARLOS GIANNAZI
Solicita a suspensão dos trabalhos
até as 16 horas e 30 minutos, por acordo de lideranças.
17 - PRESIDENTE DOUTOR ULYSSES
Anota o pedido.
18 - GERALDO
CRUZ LULA
DA SILVA
Para comunicação, defende as ações
dos governos Lula e Dilma na área da Educação. Tece críticas aos governos do
PSDB.
19 - PRESIDENTE DOUTOR ULYSSES
Defere o pedido do deputado Carlos Giannazi e suspende a sessão às 15h42min.
ORDEM DO DIA
20 - MARCOS
ZERBINI
Assume a Presidência e reabre a
sessão às 16h35min. Dá conhecimento e coloca em votação requerimento de
alteração da Ordem do Dia.
21 - TEONILIO BARBA LULA
Encaminha a votação do requerimento
de alteração da Ordem do Dia, em nome do PT.
22 - MARCO VINHOLI
Para comunicação, solidariza-se com
os caminhoneiros do Brasil. Afirma que vários municípios estão paralisados em
razão da greve dos caminhoneiros. Culpa o PT pela crise que atinge a categoria,
devido a ações que quebraram a Petrobras. Dá como exemplo a compra da refinaria
de Pasadena.
23 - LUIZ CARLOS GONDIM
Para comunicação, discorre sobre o
despejo de 300 famílias em Mogi das Cruzes. Exibe fotos das famílias
despejadas. Diz ter acionado as Secretarias de Desenvolvimento Social e
Educação para tentar conseguir um espaço para alojar estas famílias. Informa que
as mesmas estão embaixo de fios de alta tensão. Diz estar comovido com a
situação. Pede ajuda para os desabrigados, principalmente com comida e
cobertores. Critica a falta de planejamento no despejo destas famílias,
situação já prevista há mais de 10 anos. Questiona a possibilidade de uso de
algum imóvel desocupado, escola ou ginásio.
24 - PRESIDENTE MARCOS ZERBINI
Encerra a discussão, coloca em
votação e declara aprovados os PLs nºs 932/15; 515, 841 e 940/16;
307, 315, 337, 354, 535, 729 e 762/17; rejeitando os respectivos vetos.
25 - MARCO VINHOLI
Solicita o levantamento da sessão,
por acordo de lideranças.
26 - PRESIDENTE MARCOS ZERBINI
Defere o pedido. Convoca os Srs.
Deputados para a sessão ordinária de 24/05, com Ordem do Dia. Levanta a sessão.
* * *
-
Assume
a Presidência e abre a sessão o Sr. Doutor Ulysses.
* * *
O SR.
PRESIDENTE – DOUTOR ULYSSES - PV - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a
proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Com base nos termos do
Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em
plenário, está dispensada a leitura da Ata.
Convido o Sr. Deputado Coronel Telhada para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.
O SR.
1º SECRETÁRIO – CORONEL TELHADA – PP - Procede
à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.
* * *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
* * *
O
SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Esta
Presidência tem a grata satisfação de anunciar e dar as boas-vindas em nome de
toda a Assembleia Legislativa aos vereadores mirins da Câmara de Paulínia,
acompanhados pelo professor Valmiran Leonardo, a
convite do nobre deputado Cauê Macris. Sede bem-vindos,
queremos saudá-los com uma salva de palmas. (Palmas.)
Srs. Deputados, Sras.
Deputadas, tem a palavra o primeiro orador inscrito,
nobre deputado Carlos Giannazi.
O SR. CARLOS GIANNAZI -
PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr.
Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público presente, eu quero saudar
os vereadores mirins do município de Paulínia, sejam bem-vindos a Assembleia
Legislativa. Senhor Presidente, eu tenho dois assuntos importantes hoje para
tratar na tribuna nesse pouco tempo que tenho de cinco minutos.
O
primeiro, é relacionado à questão dos professores da rede estadual, os
professores da categoria “O” contratados pela malfadada Lei Complementar nº
1.093, de 2009, que criou a quarentena, depois a duzentena,
que depois de um certo tempo o professor é impedido de
continuar lecionando na escola, na rede estadual. Ele fica um ano praticamente
afastado por conta dessa lei que foi aprovada inclusive aqui na Assembleia
Legislativa. Eu votei contra, denunciei, obstruí na época, mas o governo tinha
maioria e aprovou a lei, prejudicando milhares de professores e milhões de
alunos da rede estadual, porque quando o professor é proibido de voltar para a
escola durante o ano os alunos ficam sem aulas, aí é difícil substituir esse
professor.
Um
absurdo a lei que foi aprovada aqui em 2009, mas ela continua em vigor apesar
de todo o nosso esforço para tentar modificá-la. Ela continua ainda em vigor e
prejudicando muitos professores. Eu apresentei um projeto de lei em 2015, que é o PLC 24/15, que resolve definitivamente a situação que estou
elencando, porque o projeto que eu apresentei acaba com a duzentena,
com esse intervalo na contratação do professor e também garante ainda que
o professor possa ter direito a assistência médica, a utilização do Iamspe, do Hospital do Servidor Público Estadual, porque
ele não tem direito por essa Lei Complementar nº 1.093, de 2009.
Então,
o projeto é simples. Ele acaba com a interrupção do contrato, o professor
permanece. Ele só perde aula se chegar um professor efetivo ou com mais
pontuação que ele no processo de escolhas, daí logicamente que ele perde
aquelas aulas, mas isso sempre foi até 2009, porque a contratação era feita a
partir da Lei nº 500, de 1974, mas com a alteração feita em 2009, nós tivemos
muitos prejuízos para os professores e para os alunos. Só nesse ano mais de 20
mil professores da categoria “O” foram demitidos por conta da Lei Complementar
nº 1.093, de 2009.
Um
absurdo, um crime, um atentado contra a dignidade do Magistério paulista e
contra os alunos, sobretudo, porque o professor existe para o aluno, a escola
existe para o aluno e quando você ataca o professor nos seus direitos básicos,
você está atacando os alunos, está atacando a escola, atacando a Educação. E
foi isso que o governo do PSDB fez e está fazendo. Não é mais o PSDB, é o PSB,
mas tem continuidade esse mecanismo, por isso que eu faço um apelo. O projeto
que eu apresentei já está como prioritário na lista de projetos que serão
votados. Tem uma lista, cada deputado apresentou um, eu apresentei esse, o PLC
24/15. Faço um apelo ao líder do Governo, Carlos Cezar, para que ele libere o
nosso projeto, seja votado imediatamente e essa situação seja resolvida.
Outro assunto
importante, que não posso deixar de cobrar do novo governo Márcio França, é que
haja o pagamento dos 10,15% do reajuste salarial dos professores do Magistério
estadual. Foi conquistado na Justiça. Ganhamos na Justiça, através da Apeoesp, em todas as instâncias. O governo perdeu e tem que
pagar. Ele, covardemente, recorreu ao Supremo Tribunal Federal. Recorreu à
ministra Cármen Lúcia, ministra do STF.
Ela deu uma liminar
suspendendo o reajuste, que foi ganho na Justiça de São Paulo. Ela suspendeu,
atendendo ao pedido do governo estadual. É um absurdo, mais uma afronta contra
os servidores do Magistério e da Educação. Com isso, o governo estadual está
deixando de pagar o piso nacional salarial. É o estado mais rico do Brasil, que
tem o maior orçamento. Só perde para o governo federal, depois vem o estado de
São Paulo.
Não paga o piso
nacional salarial, sendo que o estado do Maranhão, que é um estado pobre, paga
o piso nacional salarial. Sergipe, que é um estado pobre do Nordeste brasileiro,
paga o piso nacional salarial. O estado de São Paulo não paga o piso. É uma
vergonha! É uma vergonha que o estado mais rico da Federação não pague o piso,
que é baixo. É um piso muito baixo por 40 horas semanais. Mesmo assim, o
governo não paga.
Esse governo estadual é
um exterminador da Educação Pública e da escola pública. É isso o que tenho a
dizer sobre o governo. É um governo que ataca a Educação, ataca os professores
e ataca os alunos. Ele está exterminando o futuro, está exterminando a
Educação. Tem que conceder o reajuste de 10,15% e aprovar o nosso projeto, o
PLC 24, de 2015, que acaba com a duzentena para os professores categoria “O” e
garante a utilização do Iamspe por esses professores.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV -
Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tem a palavra o nobre deputado Coronel Telhada,
pelo tempo regimental. (Palmas.)
O SR. CORONEL TELHADA - PP - Sr. Presidente, Srs.
Deputados, funcionários, assessores, senhora policial militar aqui presente,
público aqui presente, sejam bem-vindos. A todos que nos assistem pela TV
Assembleia, boa tarde.
Sr.
Presidente, eu queria, antes de entrar no assunto, agradecer aos deputados
porque ontem foi votado o Projeto de lei nº 951, de 2015, do deputado Delegado Olim, com a nossa coautoria. Determina que o Estado proceda
a apoio jurídico aos policiais militares, policiais civis e policiais
técnico-científicos. Eu queria lembrar a todos que é um pleito antigo nosso,
dos três deputados, Delegado Olim, Coronel Camilo e
meu, no sentido de apoiar os policiais militares.
O que acontece? Hoje, quando
um policial militar, um policial civil ou um policial técnico-científico se
envolve em uma ocorrência, ele é obrigado a pagar o advogado do próprio bolso.
Muitos policiais estão endividados, vendendo carro, vendendo casa. É uma
situação terrível, pois, além do problema, acaba gastando o que não tem. Quero
agradecer a todos pela aprovação desse projeto, que eu peço ao governador que
seja sancionado. Ajudará em muito a vida dos policiais.
Fui consultado acerca dos
nossos amigos da Secretaria de Administração Penitenciária. Quero dizer a todos
que estamos fazendo um projeto no mesmo teor para a Administração Penitenciária
do Estado de São Paulo, pois são servidores valorosos, que necessitam desse
apoio jurídico. Mas em um primeiro momento, temos que fazer para a Secretaria
de Segurança Pública. Em seguida, faremos para a Secretaria de Administração
Penitenciária.
Sr.
Presidente, tivemos quatro mortes de policiais nesses dias. A primeira
fatalidade que quero falar é de um PM de São Paulo, o cabo Tiago Rodrigues. Acabou, ao que parece, se acidentando com a própria arma.
Nós policiais militares temos uma mania de, quando estamos em um veículo,
colocarmos a arma debaixo da perna. É uma mania que todo policial militar tem.
Nesse caso foi fatal, pois a
arma disparou e acertou a perna do policial, atingindo a veia femoral. Ele
morreu sozinho dentro do carro, sem condições de socorro, pois, quando ele foi
encontrado já estava morto, completamente exaurido de sangue. O cabo Tiago era
lotado no 36 Batalhão de Polícia Militar em Embu das
Artes.
Queremos consolar a família
por essa perda tão grande do cabo Tiago Rodrigues, com os amigos do 36 BPM/M também.
No estado de Pernambuco,
houve uma ocorrência muito grave dias atrás. Semana passada, terça-feira, dia
15 de maio, os policiais militares estavam numa ocorrência na área do 16 Batalhão de Polícia de Pernambuco.
Era uma equipe de quatro
homens do grupo de apoio tático itinerante - GATI. Eles precisaram, durante uma
ocorrência, entrar na linha do metrô perseguindo um criminoso que havia tentado
um homicídio.
Esses homens não perceberam a
aproximação de um dos trens do metrô, que acabou atropelando três policiais
militares. Um dos PMs, o
sargento Enéas, morreu no local, não teve nem como ser socorrido. O outro PM, o
cabo Adeílton, faleceu no hospital.
E na segunda-feira, o
terceiro policial, o soldado Clécio Fagner Santos do
Nascimento, que estava internado desde aquele dia 15, acabou falecendo no dia
21, no hospital da restauração, no bairro do Derby, área central de Recife.
É uma ocorrência muito grave
em que três policiais militares, infelizmente, perderam suas vidas perseguindo
um criminoso - fatalidade.
Quero aqui, em nome a
Assembleia Legislativa, mandar ao comandante da Polícia Militar de Pernambuco e
a todos aqueles policiais nossos pêsames pela perda do soldado Clécio Fagner Santos do Nascimento na última segunda-feira
e, também, retomando o falecimento do sargento Enéas e do soldado Adeílton na semana passada. Isso foi uma coisa terrível,
também.
Paraíba: nós perdemos um
policial militar na Paraíba, o sargento Lucimário
Ferreira. Esse sargento foi executado.
* * *
- É feita exibição de
fotografia.
* * *
Esse sargento foi executado com
tiros nas costas e na nuca. Ele foi executado, os criminosos levaram a arma
dele. Porque isso é uma coisa do crime organizado: quando o crime organizado
executa os policiais, eles querem dar a impressão de que foi um latrocínio.
Não é latrocínio. É execução.
Então, o sargento Lucimário Ferreira foi executado no
litoral paraibano, na manhã de terça-feira, ontem. Ele estava na Polícia
Militar há 26 anos e pertencia à Força Tática da
Primeira Companhia Independente da Polícia Militar.
Essa ocorrência foi triste,
com mais um passamento de policial militar.
O último policial militar de
quem quero falar é de Belém, do Pará. O sargento
Sebastião Rosário Miranda foi assassinado ontem, dia 22, pela manhã. Ele atuava
no 20 Batalhão de Polícia Militar em Belém do Pará e
foi executado na Rua 10 de Maio.
Ele estava no trânsito quando
foi interceptado por dois homens numa moto e, ao reagir à ação, ele acabou
sendo baleado com um tiro na cabeça. Desses dois homens que o mataram, um deles foi perseguido pela Polícia Militar e, no
entrevero, foi morto também. Mas, o segundo indivíduo fugiu.
Ficam aqui
nossos sentimentos à Polícia Militar do Pará pelo falecimento por execução do
sargento Sebastião Rosário Miranda. Que foi assassinado na data de ontem.
Vejam bem: são quatro policiais
militares. Um é da Paraíba, um de Pernambuco, um do Pará e um da Polícia
Militar de São Paulo. No caso do policial militar de São Paulo, infelizmente,
foi um disparo de arma. Mas, é sempre uma fatalidade.
Homens e mulheres que morrem
lutando pelo bem do seu estado e pelo bem da população.
Eu e o Coronel Camilo estamos
trabalhando no sentido de melhorar a vida desses policiais. Esse projeto de lei
que foi aprovado ontem aqui, Sr. Presidente, é de suma
importância para os policiais militares.
O Coronel
Camilo, acho que nas redes sociais, deve ter sido muito
criticado também. Porque muita gente, ao invés de reconhecer o nosso trabalho,
pergunta sobre o aumento.
Quem dera nós tivéssemos o
poder de dar aumento aos nossos funcionários públicos, policiais, professores,
médicos. Tenho certeza de que um professor, um policial, um médico e um
enfermeiro não ganhariam menos de 20 mil reais.
Mas, essa prerrogativa é do Sr. Governador. Tenho certeza de que enquanto estivermos
aqui, estaremos brigando pelas polícias militar e civil, polícia
técnico-científica, administração penitenciária, pela nossa Educação, pelos
nossos professores, pela Saúde, enfim, por todo o funcionalismo público, porque
nós queremos um funcionário público mais valorizado. Tendo a valorização do
funcionário público, nós teremos um melhor atendimento e, com certeza, um
cidadão no estado de São Paulo muito mais valorizado e melhor atendido.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES
- PV - Tem a palavra o nobre deputado Coronel Camilo.
O SR. CORONEL CAMILO - PSD - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras.
Deputadas e Srs. Deputados, cidadãos que nos acompanham pela TV Alesp, funcionárias e funcionários desta Casa.
Eu queria parabenizar o Coronel Telhada e o Delegado Olim pelo projeto de ontem. Foi aprovado o projeto nº
951/2015, que foi feito lá atrás por iniciativa do Delegado Olim.
Eu e o Coronel Telhada apresentamos uma emenda naquele momento para expandir
para a Polícia Militar e, agora, no Congresso de Comissões, foi feito um
substitutivo e nós estendemos esse projeto para todos os policias de São Paulo:
Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Científica.
Se esse projeto for sancionado pelo governador do
estado, que tem sido sensível com a polícia de São Paulo, a Defensoria vai
fazer a defesa dos policiais de São Paulo.
Para você entender, o policial, além de correr risco,
além de ser a profissão que tem cinco vezes mais risco de morte no estado de
São Paulo do que o cidadão comum, ainda tem que contratar um advogado para se
defender e pagar do bolso dele. Isso é um absurdo!
O que os policiais fazem? Eles contratam advogados
através das associações de classe. Então, eles acabam pagando o seu
atendimento.
Nós ajudamos a fazer as alterações no projeto e, com a
aprovação de nós três, ele foi expandido. Se tudo der certo, em pouco tempo o
policial de São Paulo terá o atendimento jurídico.
Ainda nessa linha, eu fiz um projeto para que os
policiais que gastarem com advogado (vamos supor que eles não tenham sido
defendidos pela ouvidoria) sejam reembolsados pelo
estado, se a defesa foi para atos de serviço ou em função de ser policial.
Esse projeto está tramitando na Casa e eu espero que
os nobres deputados o aprovem.
O importante é o seguinte: com crítica ou sem crítica,
nós vamos trabalhar sempre pela família policial militar e pelo cidadão de bem.
A gente sabe que é difícil. A cada atitude que a gente toma, muitas pessoas
acham que não era aquilo que eles queriam naquele momento, mas todas as
atitudes nossas são para melhorar a vida das pessoas e da família policial
militar.
Nós sabemos que uma polícia bem paga, motivada, faz um
trabalho melhor ainda. A polícia de São Paulo, no comando do coronel Sales, já
faz um bom trabalho, mas tenho certeza que fará um trabalho melhor ainda sendo
bem paga. É nessa linha que vamos trabalhar sempre.
Muito obrigado e parabéns a todos os deputados por
terem aprovado o projeto nº 951 ontem nesta Casa.
O SR. CORONEL TELHADA - PP - PARA COMUNICAÇÃO -
Aproveitando que o Coronel Camilo está tribuna, eu gostaria de citar um exemplo
vivo. A cabo Cristiane, que pertence à nossa
assessoria militar, tem 20 anos de Polícia Militar. Quando ela servia no II
Batalhão, ela teve uma ocorrência em que morreu um criminoso.
Os senhores sabem quanto ela pagou de advogado?
Cinquenta mil reais do próprio bolso e está pagando a última parcela agora,
depois de muitos anos.
Por isso que foi de suma importância o apoio dos
senhores deputados para a aprovação desse projeto.
Esperamos
que o governador sancione, talvez até que melhore o projeto, para que haja esse
atendimento a todos os policiais militares, civis e técnico-científicos. Falava
há pouco, Coronel Camilo, que temos que fazer um projeto em conjunto,
estendendo esse benefício para a Secretaria de Administração Penitenciária, que
tem o mesmo problema que nós temos.
O SR. ABELARDO CAMARINHA - PSB -
PARA COMUNICAÇÃO - Eu queria, nas palavras do Coronel
Telhada e do Coronel Camilo, dizer que, enquanto os policiais da Polícia
Militar - talvez da Polícia Civil também - pagam os advogados, a Associação de
Cabos e Soldados paga, os Direitos Humanos dão advogados de graça para os
bandidos. Os Direitos Humanos chegam antes do IML, chegam antes do padre para
fazer a extrema-unção, para dar o advogado de graça.
Quero
cumprimentá-lo, parabenizá-lo e mostrar à sociedade que nos ouve e que nos
escuta a inversão de valores. O homem que está a serviço da ordem, do bem, da
lei, tem que pagar pelo resto da vida, em prestações, como aquela militar
pagou. Já os bandidos aparecem na televisão, no Ratinho, em tudo quanto é
lugar. Vai o PT, o PSOL, vai todo mundo lá.
Eu
posso dizer, tristemente, que nunca fiz apologia e nem demagogia com isso, que
tive um filho assassinado, morto por um menor. Eles foram dar assistência para
o menor. Na minha casa não foi um vagabundo desses aí. Um vagabundo desses aí
não visitou minha esposa, com a dor de um filho de 25 anos assaltado por um
menor. E ele foi carregado em um andor. E era o segundo que ele tinha matado.
Então,
parabenizo a iniciativa e dou o testemunho vivo aqui. Não é lenda, não é
história, não é matéria de jornal - jornal aceita tudo -, é a realidade da vida
vivida por mim, de 60 e poucos anos, com 42 de mandato eletivo. Fico aqui
registrado parabenizando os dois coronéis e a iniciativa de proteger
juridicamente a instituição, porque esses bandidos, esses lacaios, têm gente
para aparecer na televisão que vão lá defendê-los.
O SR.
CORONEL CAMILO - PSD - PARA COMUNICAÇÃO - Primeiro,
gostaria de agradecer a nosso orador, nosso deputado Camarinha. Infelizmente é
isso mesmo que acontece.
Lamento,
deputado Camarinha, o fato lamentável que aconteceu com V. Exa.,
me solidarizo, e isso é a realidade. Queria repetir, deputado Camarinha, o que
falou o nosso delegado-geral, sempre delegado-geral, não é mais, mas foi, o delegado Mauricio Freire.
Recentemente
ainda, semana passada, nesta Casa, ele fez um convite. Ele fez um convite a
todos esses advogados, ativistas, que são defensores, que
usam o manto dos Direitos Humanos, que usam o manto sagrado dos Direitos
Humanos, para defender infrator da lei, que é o que V. Exa. estava citando.
Ele
fez um convite: tivemos, aqui, duas ocorrências, uma ocorrência no Guarujá, um policial,
dentro do mercado, infelizmente, teve que alvejar um marginal e acabou
falecendo, e temos o caso da cabo Sastre,
em Suzano, que também alvejou.
O
que o delegado Mauricio fez? Fez aqui um convite público, inclusive pela TV,
para todos esses advogados, para que eles se ofereçam, também, para prestar
assistência jurídica a esses dois. Não só do lado de lá, mas para que eles
venham, também, prestar assistência jurídica aos policiais militares.
Então,
precisamos acabar com essa inversão de valores, deputado Camarinha, com essa
hipocrisia que reina em nossa sociedade, de saber que tudo que é contra o que é
certo, o que é direito, o que é legal, é errado. Na
verdade não é isso.
O
infrator precisa de defesa? Precisa. Mas o policial também precisa.
Muito
obrigado. Muito obrigado, presidente. Boa tarde. Obrigado, deputado Camarinha.
O SR.
PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Tem a palavra o nobre
deputado Abelardo Camarinha.
O SR. ABELARDO CAMARINHA - PSB -
Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários,
imprensa, telespectadores da TV Assembleia, eu, inicialmente, gostaria de
parabenizar as palavras do deputado Giannazi, que tem o nosso apoio quanto à
questão da Educação no estado de São Paulo. A Educação que não foi priorizada
há 30, 40 anos, e que hoje se encontra em uma situação terrível.
Porém, mas não vou
fazer uma crítica míope, como fez o nobre deputado Carlos Giannazi.
O deputado Carlos Giannazi se situou no estado de São
Paulo. Eu quero dizer que essa contaminação do abandono da Educação se deu
nesses oito anos do governo Fernando
Henrique Cardoso, oito anos do presidente Lula, mais alguns anos da
presidente Dilma e do vice da Dilma, do Temer.
As nossas universidades
federais estão abandonadas. Os hospitais estão fechados, os refeitórios estão
fechados, matérias não contratam professor. Então, não é só o estado de São Paulo. O estado de São Paulo merece um puxão de
orelha, mas o governo federal, que arrecada, que paga um bilhão e meio de juros
por dia, abandona a universidade pública federal.
Quero fazer coro com as
palavras do Carlos Giannazi e completar, para fazer
uma crítica de 360 graus. Quero deixar registrado em ata o artigo hoje do
jornal “Folha de S. Paulo”, dia 23, quarta-feira, página três, na seção
“opinião: tendências, debates”, escrito pelos
professores da rede privada de São Paulo que farão paralisação hoje, a Luana, o
Fernando e o Dedé Ribeiro.
Eles dizem que ganham
34% a menos do que ganha um professor do Estado. Os professores do Estado já
não ganham nada. Os alunos não pagam no Estado, e eles estão fazendo greve para
reivindicar ser igual a do Estado.
Então, é uma vergonha essas grandes escolas, esses grandes
conglomerados educacionais, esse cartel que foi montado no Brasil, pagando
pessimamente os professores. Eles estão ganhando, em média, segundo a matéria,
34% a menos do que os professores do Estado.
Então, fica o apoio do
deputado Abelardo Camarinha ao movimento das professoras da rede particular,
para uma paralisação dos direitos que estão sendo tolhidos pela Lei Trabalhista
e pela saga de lucro dos proprietários das escolas.
Gostaria que fosse
exibido um vídeo, para que os telespectadores vejam que o Brasil está à beira
de uma desobediência civil.
* * *
- É exibido o vídeo.
* * *
Sr. Presidente,
vimos o depoimento de um pequeno produtor rural do sul do País, de Querência,
Rio Grande do Sul, brasileiro de primeira ordem, homem do campo, microprodutor.
Ele não é latifundiário, não pertence a grandes cartéis de soja, de milho, nada
disso. Ele é um produtor familiar.
O
que tem esse depoimento desse lavrador com as palavras que vou dizer? O governo
do presidente Temer, o governo da presidente Dilma e o
governo do presidente Lula deram 340 bilhões por ano de isenção, emprestaram
bilhões para o exterior. Semana passada, o Brasil pagou um bilhão de dólares de
empréstimos para a Venezuela e para Cuba, junto ao BNDES, mas os agricultores
brasileiros não têm financiamento, não têm custeio, não têm subsídio. Vimos o
desespero desse pai de família que foi em frente ao Banco do Brasil se expor
publicamente, dizendo que a colheita dele não tem preço. O que ele gastou para
semear não vai ser reposto.
Quero
hipotecar a minha solidariedade aos motoristas e aos caminhoneiros do Brasil. É
uma vergonha o que o presidente Temer, vice-presidente da Dilma, o Padilha,
assessor da Dilma, e o Moreira Franco, ex-assessor da Dilma, propuseram aos
caminhoneiros, tirar 0,5% da Cide.
E
esse roubo dos pedágios? Caminhoneiro disse ontem que está pagando sete mil por
mês com pedágios. Sete mil por mês! A “Folha” de domingo cita que as agências
do estado de São Paulo de pedágio, as firmas organizadas de pedágio, a
associação dos cobradores de pedágio, deram 43 milhões para o PSDB. Vamos
repetir para não ter dúvida: as agências de pedágio do estado de São Paulo,
encabeçadas pela Camargo Corrêa, deram 43 milhões para a campanha. A Dilma
recebeu 300 milhões da Odebrecht. Aqui, no PSDB, 43 milhões para a campanha.
Sabem quem está pagando essa conta? Esses pobres caminhoneiros.
O
que tem que fazer é tirar os impostos do óleo diesel. O óleo diesel, além do
frete, transporta os coletivos, os trabalhadores, os estudantes e as crianças
pela manhã, à noite, de madrugada. O estado de São Paulo cobra 25% de ICMS.
Vergonha! Faço um apelo ao governador Márcio, para que reveja essa alíquota do
ICMS. O governo federal cobra mais 30, 40% de imposto. Depois tem a Cide, o PIS, a Cofins,
o Pasep. Os motoristas não aguentam mais.
Sr. Presidente, V. Exa. tinha vizinhos que eram
motoristas de caminhão, V. Exa. tinha
conhecidos que eram motoristas de caminhão. Meu finado pai tinha amigos,
compadres que eram motoristas de caminhão. Cadê eles agora, Sr.
Presidente? Foram massacrados pelo sistema da revolução e pelo sistema do PT,
que não melhoraram as ferrovias e as hidrovias do País. Eles estão de costas,
estão de bruços para a Pirelli, para a Goodyear, para a
Mercedes, para a Scania, para a Ford, para a Chevrolet, dando subsídios, dando
isenções para eles. Isenções bilionárias, que, se somadas, chegam a
trilhões. E o coitado do produtor de arroz vai à porta do Banco do Brasil pedir
subsistência. Muito obrigado, Sr. Presidente, pela sua
generosidade.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, sem prejudicar nossos colegas que estão na
fila, eu tenho que rapidamente responder ao deputado Abelardo Camarinha. Ele
disse que eu tinha uma visão míope em relação à Educação, que eu só faço
críticas ao governo estadual. Deputado, em primeiro lugar eu sempre fui um
crítico dos governos que atacam a Educação; minha crítica é suprapartidária,
atingindo Fernando Henrique Cardoso, que privatizou a Educação, bem como os
governos Lula e Dilma. Inclusive, participei da greve dos professores e alunos
das universidades federais aqui em São Paulo em 2012.
Sempre denunciei o
golpe que a ex-presidente Dilma deu na Educação em 2015, quando, logo ao ser
reeleita, retirou 10 bilhões do orçamento da Educação. Inúmeras vezes, utilizei a tribuna denunciando isso, assim como denunciei
também o prefeito Haddad. Tivemos duas greves dos professores da rede
municipal, em 2013 e 2014. Estive lá apoiando a greve. Então, minha crítica à
Educação é suprapartidária.
Em relação à greve dos
professores das escolas particulares, estou totalmente engajado nessa greve.
Saindo daqui, hoje, vou participar de um ato no vão livre do Masp. Estou organizando, para
amanhã, uma audiência pública aqui, e V. Exa. está convidado a participar. Será uma audiência em apoio aos
professores da rede particular, amanhã, às 19 horas, no plenário José
Bonifácio. E participei da Assembleia do Sinpro.
Então, estou engajado
em todas as lutas dos professores, seja das redes municipais, da rede estadual,
dos professores das universidades federais. Estive, agora, no movimento da USP,
da Unicamp, da Unesp, do
Centro Paula Souza e do Fórum das Seis, apoiando a luta dos servidores e dos
professores. Então, onde há luta em defesa dos professores e servidores da
Educação, nosso mandato está presente, independentemente do partido político.
O
SR. ABELARDO CAMARINHA - PSB - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, cumprimento o deputado Carlos Giannazi
quando ele cita sua luta cotidiana e incansável em prol da Educação. Mas eu não
tive a oportunidade - talvez o erro seja meu - de ouvir o deputado Giannazi
falar do desmonte que o PT, que a Dilma e o Temer fizeram com as universidades
públicas federais. É só ir ao ABC, a 30 quilômetros daqui. É só ir a Guarulhos
ou a Ribeirão Preto para ver o desmonte dos hospitais de São Paulo. Então, eu
gostaria que ele tivesse a mesma energia nessa crítica. Reconheço publicamente
aqui - digo isso aos professores e educadores - que Carlos Giannazi é a maior
voz em defesa da Educação desta Casa. Mas eu pediria que ele fosse bem justo,
como o rei Salomão. Não leve isto como um desafio, mas eu gostaria que Carlos
Giannazi falasse, ao microfone, quanto o governo federal aplica na Educação.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Deveria investir 18% do
orçamento federal.
O
SR. ABELARDO CAMARINHA - PSB - A pergunta foi positiva
- quanto aplica hoje? O deputado Carlos Giannazi não sabe que o governo aplica
3,8% - uma vergonha. E paga 1,5 bilhão de juros por dia aos banqueiros. Por
isso, me somo à luta dele. Jogou a responsabilidade aos municípios. Sabe quanto
gastam os municípios, deputado?
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Quanto investem em
Educação? Em tese, 25% ou o que consta na Lei Orgânica de cada município.
O
SR. ABELARDO CAMARINHA - PSB - Em tese, não!
Obrigatoriamente, com as contas rejeitadas.
Então, o governo empurrou para os municípios a
Educação, que deveria ser prioridade do governo federal, como é no mundo
inteiro, no Japão, na Alemanha, nos Estados Unidos, nos países que conseguiram
atingir o primeiro mundo.
Eu o cumprimento e não quero que fique nenhuma
rusga. Repito: é o deputado que mais veste a camisa da Educação, mas precisa
colocar o dedo na ferida. Do PIB, quanto nós precisamos investir? Quanto
investe o Japão, os Estados Unidos, a Inglaterra, a Rússia? Basta ver quanto
eles investem.
Ficam espremendo os prefeitos, que depois têm todas
as contas rejeitadas. São presos, condenados e o governo
federal segue dando ambulância para as prefeituras.
Obrigado, deputado Giannazi. É um prazer debater com
Vossa Excelência.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, apenas para concluir esse assunto: queria
esclarecer ao deputado Camarinha que aprovamos o Plano Nacional de Educação em
2014, obrigando o Brasil a investir 10% do PIB em Educação.
Porém, foi aprovada agora a famosa PEC 55, a Emenda
Constitucional nº 95, do Temer, que congelou os investimentos por 20 anos nas
áreas sociais, sobretudo na Educação. Isso praticamente inviabilizou o Plano
Nacional de Educação.
Queria lembrar a V. Exa. que,
na semana passada, realizei aqui uma grande audiência pública com professores e
alunos das universidades federais de São Paulo, denunciando o sucateamento, a
degradação das nossas universidades federais. Isso aconteceu aqui, em uma noite
dessas, na semana passada.
Então, tenho feito essa crítica constante ao governo
Fernando Henrique, ao governo Lula, ao governo Dilma e, sobretudo, ao governo
Temer, que está destruindo as universidades federais, como o Alckmin destruiu
as nossas universidades públicas. Espero que o governador do seu partido, do
PSB, não dê continuidade.
O
SR. ABELARDO CAMARINHA - PSB - Não é do meu partido.
O
SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV -
Vou ter que suspender o debate, pois há um orador para falar.
O
SR. ABELARDO CAMARINHA - PSB - Antes de suspender, um
segundo só...
O
SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV -
Vossa Excelência tenha paciência, agora não dá mais.
Tem a palavra o nobre deputado Welson Gasparini.
O
SR. ABELARDO CAMARINHA - PSB - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, com anuência do orador, gostaria de fazer
uma breve comunicação.
Eu queria deixar bem claro que o deputado Giannazi,
que é um abnegado pela Educação, citou aqui a suspensão dos investimentos na
Educação. Mas esse investimento não foi feito no governo do Lula, nem no
governo da Dilma. Não foi feito. As escolas ficaram sucateadas.
Eu gostaria que ele, que é um homem da Educação,
apontasse uma escola de primeiro ou segundo grau do governo federal aqui no
estado de São Paulo.
Deputado Welson Gasparini, V. Exa. foi prefeito de Ribeirão Preto por três ou quatro vezes.
Qual é a escola federal do município de Ribeirão Preto? Nenhuma. Lá em Marília,
não há nenhuma.
Obrigado, Sr. Presidente,
pela boa vontade de Vossa Excelência.
O SR.
WELSON GASPARINI - PSDB - Excelentíssimo Sr.
Presidente Doutor Ulysses, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, em primeiro lugar,
eu quero demonstrar a minha grande satisfação por termos aprovado o projeto de
lei do deputado Delegado Olim, com emendas dos
deputados Coronel Telhada e Coronel Camilo, atendendo áreas da Segurança no relacionado
à assistência jurídica integral e
gratuita aos policiais civis e militares e a outras profissões de grande
importância do estado.
Fiquei feliz, pois, há cinco anos, apresentei o Projeto nº 300,
segundo o qual “o Estado oferecerá
assistência jurídica integral e gratuita aos policiais militares que, no
exercício de suas funções, envolvam-se ou sejam implicados em casos que
demandem tutela jurídica, seja judicial ou extrajudicial”.
Cinco anos, Sr. Presidente! Depois de todo esse tempo esta Casa aprovou, praticamente, um
projeto nas mesmas condições; ainda vamos ver se o governador sanciona o
projeto.
Tenho na minha família um
policial militar aposentado, coronel Ampélio Gasparini, meu
irmão, e por isso entendo bem as dificuldades daqueles que atuam, no setor da
Segurança Pública, como policiais militares.
Sr.
Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados: gostaria de aproveitar esta
oportunidade para dizer: está uma
porcaria a política no Brasil. Mas o que estamos fazendo para corrigir essa
porcaria? Muito pouco, Sr. Presidente, Sras.
Deputadas, Srs. Deputados!
Vejam aqui no nosso plenário!
É um dia, às vezes trabalhamos também à noite, para aprovar um ou dois
projetos. Mas o que está sendo feito, qual a nossa reação, a nível
político-partidário, para demonstrar a nossa revolta contra os políticos roubando não um
milhão mas bilhões de reais.
O que estamos conseguindo
fazer para haver uma punição mais severa para aqueles empresários que adoram
dar propina? Porque não são só políticos os corruptos. Temos corruptores em todas as áreas. Parece
que no Brasil hoje é uma doença. O dinheiro mexe com o comportamento das várias
profissões.
É preciso uma reação, Sr. Presidente. E a grande reação poderia vir através do
processo eleitoral. Vamos ter eleições neste ano, mas a previsão é que 60% dos
eleitores ou vão votar em branco, ou não vão votar, ou não vão comparecer para
votar. Como podemos consertar a situação dessa maneira? Quer gostemos ou não da política, a política
manda na nossa vida.
Temos de mudar tudo isso, a
começar pela bagunça que os partidos em geral estão fazendo. Por que não mudam
as leis eleitorais? Por exemplo, agora um candidato a presidente da República
terá de pagar, para as campanhas eleitorais, uma verdadeira fortuna, porque ele
tem de ter voto
em todas as cidades de todos os estados do Brasil, enquanto se nós tivéssemos o
regime parlamentarista, não custaria nada. E os bilhões de reais, aplicados nas
campanhas eleitorais para presidente, cairiam para zero, porque o Parlamento
federal poderia eleger o presidente da República. E se ele não correspondesse
poderia, inclusive, interromper o seu mandato e eleger um novo presidente da
República.
Candidatos a deputados
estaduais e federais têm de buscar votos em todas as cidades do seu estado. Por
isso campanhas eleitorais custam tão caro. Deveríamos ter a eleição distrital,
fazer em cada região aqueles eleitores escolherem os representantes regionais.
Se o estado de São Paulo fosse dividido em 10 regiões, e cada região elegesse quatro
deputados, as regiões estariam bem representadas.
E nós não precisaríamos de 94
deputados estaduais; com 40 deputados, reduzindo pela metade as despesas nesta
Casa nós estaríamos tendo todas as regiões representadas. Eu fui deputado
federal. São 513 deputados federais, custando uma fortuna ao nosso Parlamento.
Poderia diminuir pela metade o número de deputados federais. Mas, onde está a reação e o que o povo vai fazer para exigir que seus
líderes, através do voto, modifiquem a situação? O povo vai continuar votando
em malandros, em corruptos, como uma grande maioria da classe política hoje
está fazendo, ou não vai votar, ou vai anular o voto, ou então vai votar em
branco? Não é assim que se conserta esse País.
Desculpe, Sr.
Presidente, mas eu tinha de desabafar hoje. E acredito que o povo vai reagir.
Vamos aproveitar a eleição deste ano e escolher melhor os nossos
representantes. Se os eleitores assim fizerem, nós mudaremos a situação
política e administrativa do País.
O
SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Tem
a palavra o nobre deputado Ed Thomas, pelo tempo regimental.
O
SR. ED THOMAS - PSB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente em exercício, nobre deputado Doutor Ulysses,
Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
telespectador da TV Alesp, funcionários desta Casa, munícipes e cidadãos
do estado de São Paulo que também nos visitam, esse Pequeno Expediente não tem
nada de pequeno porque assuntos grandiosos são tratados aqui. A grandiosidade
da colocação do sempre prefeito, sempre deputado federal e estadual, é uma
reserva de trabalho e de moral. É sempre uma alegria poder ouvir V. Exa. na sua transparência, nas suas colocações, o que nos faz
acreditar que a Política boa é a que vai prevalecer com certeza. Até porque o
eleitor vai apreciar, vai olhar, pois a arma maior chama-se voto.
Mas nós estamos aqui
representando não somente regiões, cidades, mas representando pessoas, trabalhadores
e trabalhadoras, representando crianças, adolescentes, jovens e idosos. Estamos
aqui representando a todos, não importando a quantidade de votos que tenha
realmente recebido. Ser deputado do estado de São Paulo estar entre aqueles que
podem representar 645 municípios, somos representantes de todos.
Vivemos um momento novo
na Política do estado de São Paulo, uma esperança nova para a política do
estado de São Paulo. Tive e tenho a oportunidade de ter amizade com o
governador Márcio França, de estar perto dele e de saber do grande prefeito que
ele foi, do grande deputado, secretário e tenho certeza de que neste ano o
espaço ainda é pouco, porém, sabemos que os projetos dele são grandiosos; e ele
tem dado demonstração disso.
Eu pude acompanhá-lo,
deputado Ricardo Madalena, meu irmão de estrada, da rodovia Raposo Tavares, de
Santa Cruz do Rio Pardo, nós vimos lá do mesmo sol do interior do Estado, e
pude e tenho tido a oportunidade de acompanhá-lo. Estive em Araçatuba, na
cidade de Irapuru, na entrega de residências remanescentes do governador
Geraldo Alckmin, onde foi terminada a entrega e a realização da casa própria.
Temos o período eleitoral onde devido às regras da lei eleitoral não poderemos
mais fazer isso ou aquilo e temos que ter essa obediência. E aí tem um fato
corriqueiro acontecendo nos encontros que o novo governador Márcio França tem
tido com os prefeitos, que eu pude ouvir e observar os prefeitos dizendo “eu
estou ‘prefeitando’, eu estou alegre em ser prefeito, pois os recursos estão
voltando, os recursos estão chegando”. E aqui não é novidade
de emendas parlamentares que nós, deputados, temos o direito de fazer hoje,
temos um Orçamento Impositivo, mas antes disso não, há uma dívida grande de
emendas com deputados e suas regiões, e pessoas que eles representam, com todos
os segmentos, desde a infraestrutura, passando pela Educação, chegando à Saúde
recursos que não chegaram, que por direito seriam dos deputados apontarem.
Nós
moramos lá, nós sabemos das dificuldades das cidades que nos elegeram. Mas esse
dinheiro não foi pago. Esperamos que isso possa acontecer para que melhoremos a
vida das pessoas, e que haja respeito pelos deputados e deputadas desta Casa,
que estão aqui pelo voto e que moram lá e sabem da dificuldade de um asilo, de
uma Apae, de uma entidade de
soropositivo, da dificuldade de transporte de pacientes, da falta de remédio. E
falando em falta de remédio, fica aqui um apelo ao secretário, Dr. Zago, em relação aos medicamentos de alto custo. A judicialização da Saúde está uma vergonha, não se está
obedecendo nem ordem de juiz, ou seja, há pessoas na fila esperando esses
medicamentos. Então, é uma grande responsabilidade do secretário da Saúde e
também, com certeza, do nosso governador. É importante que esse recurso seja
pago. Não é de agora. Há pessoas na fila há muito tempo.
Temos
uma demanda enorme de exames, e aqui temos o deputado Dr. Ulysses, que é
médico, meu amigo, sabe das dificuldades das consultas, dos exames e das
cirurgias eletivas que precisam ser feitas. O que resolve isso? Recurso. Venho
de uma região que planta muita cana-de-açúcar, é a maior produtora, junto com
Ribeirão Preto, São Paulo é o maior produtor, e que todo o recurso do álcool,
desse combustível alternativo, vai para Paulínia, que não planta um pé de cana.
É simples dessa forma. Então, há aí, com certeza, algo muito disparatado.
E
a outra situação que me animou, além desse projeto, que tive oportunidade de
mostrar e dar uma cartilha, deputado Welson, porque
vivemos as mesmas dificuldades, que é o repasse de ICMS, foi ouvir do
governador Márcio França que cidades impactadas por presídios terão um repasse
maior de ICMS. Por isso que numa audiência muito próxima com as Santas Casas,
provedores e prefeitos de cidades impactadas por presídios estaremos com o
secretário da Saúde, com o governador do Estado, porque essas Santas Casas
estão correndo o risco de fechar. É claro que eles merecem também o
atendimento, mas o trabalhador, esse tem, com certeza, uma prioridade.
Então,
repartir. Tem que haver uma justiça orçamentária, uma justiça tributária para
aqueles que produzem, porque muitos estão ficando apenas com o ônus, e o bônus
ainda não chegou.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O SR.
PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esgotado o tempo
destinado ao Pequeno Expediente, vamos passar ao Grande Expediente.
* * *
-
Passa-se ao
* * *
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr.
Presidente, peço a palavra para falar pelo Art. 82.
O SR.
PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - É regimental o pedido
de Vossa Excelência. Tem a palavra o nobre deputado Carlos Giannazi,
pelo Art. 82.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PELO
ART. 82 - Sr. Presidente, de volta a esta tribuna,
continuando ainda a nossa temática, nosso debate sobre Educação, debatemos
agora há pouco com o deputado Camarinha, que fez várias intervenções, algumas
até me criticando injustamente, dizendo que eu não havia feito críticas ao
governo federal. Ao contrário, é o que eu mais faço,
principalmente ao governo Temer. Mas só esclarecendo para o deputado quando ele
cobrou escolas do Ensino Fundamental- ele fala em escola de 1º grau, mas não
existe mais, é Ensino Fundamental, depois da aprovação da LDB em 1996. A
terminologia mudou. Então, o governo federal não é responsável pelo
funcionamento e pela manutenção das escolas de Ensino Fundamental, como
determina a Constituição Federal. Ele pode entrar com auxílio suplementar, com
financiamento suplementar, mas a obrigação é dos municípios e dos estados. O
ensino médio é obrigação do estado, e as universidades, do governo federal.
Existe uma divisão ali de tarefas, de competências e de prerrogativas. Mas eu
queria rapidamente dizer que nós apoiamos integralmente - e quero manifestar
mais uma vez, já fiz isso ontem - a greve dos professores da rede municipal de
Cubatão, que entraram ontem em greve por conta dos ataques que o prefeito do
PSDB tem feito contra o Magistério, contra os servidores da Educação.
Ele publicou vários
decretos retirando direitos, atacando a aposentadoria dos professores, atacando
o reajuste. Ele ofereceu apenas 2% de reajuste salarial para os professores de
Cubatão, sendo que eles estão há muitos anos com os
salários arrochados e defasados. São vários ataques, retirada de direitos em
série, o que vem acontecendo na Prefeitura de Cubatão. E também manifestar mais
uma vez o nosso total apoio à greve, à paralisação, que está acontecendo hoje
dos professores e auxiliares das escolas particulares do estado de São Paulo,
que estão lutando em defesa da sua convenção coletiva do trabalho.
Essa convenção está
sendo desrespeitada, está sendo anulada pelo sindicato patronal. O Sindicato
dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo está atacando os
professores da rede particular, retirando direitos conquistados historicamente,
por quê? O sindicato patronal está se aproveitando da reforma trabalhista do
criminoso governo Temer, que fez uma reforma contra os trabalhadores
brasileiros para precarizar e enfraquecer ainda mais os trabalhadores e a força
de trabalho do Brasil.
O
sindicato patronal, os donos das escolas particulares, estão
se aproveitando agora para atacar os direitos, os salários e a convenção,
sobretudo a convenção coletiva, que tem força de lei no Brasil. Por isso que os
professores estão reagindo, porque esses ataques vão precarizar ainda mais
também a qualidade de ensino nas escolas particulares, porque quando os donos
das escolas particulares através do seu sindicato, que é intransigente, que é
autoritário, que não está aberto para uma negociação séria, atacam a convenção
coletiva, na verdade eles estão atacando os alunos que pagam mensalidades e em
muitas escolas altas mensalidades.
Um absurdo que os pais
estejam pagando altas mensalidades para que os donos das escolas ataquem a
convenção coletiva que vai prejudicar os seus próprios filhos. É um absurdo
total, uma incoerência. Por isso que tem muitos pais, muitos alunos, apoiando a
paralisação dos professores. Agora mesmo está sendo realizada uma grande
assembleia no Sinpro-SP, que
ficou lotado de tantos professores e tiveram que fechar a Rua Borges Lagoa por
conta da assembleia.
Depois, à tarde, eles
estarão no vão livre do Masp.
Eu estarei lá com eles como já estive em várias assembleias dos professores -
já fui filiado ao Sinpro-SP
como professor universitário durante 18 anos aqui em São Paulo.
Sr.
Presidente, quero manifestar esses dois apoios: aos professores da rede
municipal de Cubatão, que estão em greve contra o prefeito do PSDB que está
atacando os direitos dos professores e, também, apoio total e irrestrito aos
professores da rede particular do estado de São Paulo, que estão paralisados
hoje em defesa da convenção coletiva.
Aproveito para convidar
todos e todas para amanhã, às 19 horas, participarem de uma audiência pública
em defesa da convenção coletiva dos professores da rede particular aqui na
Assembleia Legislativa. Eu chamei essa audiência pública em parceria com o Sinpro-SP, o Sindicato dos
Professores de São Paulo, e com a Federação dos Professores do Estado de São
Paulo.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr.
Presidente, havendo acordo entre as lideranças partidárias com assento nesta
Casa, solicito a suspensão dos trabalhos até as 16 horas e 30 minutos.
O
SR. GERALDO CRUZ LULA DA SILVA - PARA COMUNICAÇÃO -
Acabei chegando no início ou no fim do debate que
falava da questão da Educação, da qual o deputado Carlos Giannazi voltou a
falar. Infelizmente, o Camarinha, que retrucou, não
está aqui.
Só para lembrar: o
Giannazi lembrou a LDO de 96. É verdade que as escolas municipais de ensino
fundamental são dos municípios. Mas também é verdade que o governo do
presidente Lula criou o Fundo Nacional da Educação, atendendo a criança desde o
berçário até o ensino superior.
Isso foi obra do
governo Lula, que estava sendo colocada em prática pelo governo da presidenta
Dilma. Todos os municípios do Brasil que apresentaram projetos para a
construção de equipamentos de creche foram atendidos também no governo da
presidenta Dilma.
Infelizmente, com o
golpe que deram na presidenta, hoje podemos observar - em vários municípios -
prédios de escolas e creches municipais parados porque o governo golpista não
tem compromisso com a Educação. Tenham em vista que o
primeiro projeto de lei deles foi o de diminuir o custo da Educação.
Aqui também podemos
dizer: é verdade que as escolas estaduais estão sucateadas, como disse o
deputado. É verdade. Mas aqui é o governo do PSDB que tem, como propósito,
exatamente a desvalorização do ensino público. Não valoriza os funcionários
públicos, para mostrar a ineficiência e a incapacidade deles, quando
administram estados e municípios.
Tenham
em vista a Prefeitura de São Paulo. O João Doria ficou um ano e três meses, ou
um ano e quatro meses. Houve uma greve interminável porque ele estava querendo
tirar direitos dos professores. Como registrado, agora, na história de Cubatão.
Lá teve um governo
petista anterior, em que houve correção de salários dos professores daquela
cidade. Temos, como base, a valorização dos trabalhadores públicos,
especialmente na Educação, na Saúde, e nas políticas públicas sociais.
Obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV -
Sras. Deputadas, Srs. Deputados,
tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência acolhe o solicitado pelo
nobre deputado Carlos Giannazi e suspende a sessão até as 16 horas e 30
minutos.
Está suspensa a sessão.
* * *
- Suspensa às 15 horas
e 42 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 35 minutos, sob a Presidência
do Sr. Marcos Zerbini.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - MARCOS ZERBINI - PSDB - Sras.
Deputadas, Srs. Deputados, vamos
passar à Ordem do Dia.
* * *
- Passa-se à
ORDEM DO DIA
* * *
O SR.
PRESIDENTE - MARCOS ZERBINI - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, há sobre a Mesa
requerimento de inversão da Ordem do Dia na seguinte conformidade:
Que
o item 170 passe a constar como item 01;
Que
o item 228 passe a constar como item 02;
Que
o item 246 passe a constar como item 03;
Que
o item 252 passe a constar como item 04;
Que
o item 268 passe a constar como item 05;
Que
o item 270 passe a constar como item 06;
Que
o item 272 passe a constar como item 07;
Que
o item 273 passe a constar como item 08;
Que
o item 277 passe a constar como item 09;
Que
o item 284 passe a constar como item 10;
Que
o item 285 passe a constar como item 11;
Renumerando-se
os demais itens.
Em
votação.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Sr. Presidente, peço a palavra para encaminhar a votação pela liderança do PT.
O SR. PRESIDENTE - MARCOS ZERBINI - PSDB - Para encaminhar a votação pela liderança do PT, tem a palavra o nobre deputado Teonilio Barba Lula.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras.
Deputadas, Srs. Deputados, venho a esta tribuna hoje para debater um tema que
está em toda a mídia nacional, a luta dos caminhoneiros autônomos deste País em
função daquilo que a Petrobras vem fazendo na atual gestão do governo golpista
e bandido do Michel Temer, junto com o PSDB.
Ele
montou um modelo da Petrobras que privilegia pagar dividendos para os
acionistas, portanto, todo dia tem aumento, ou da gasolina ou do diesel. Com a
ajuda do PSDB do Carlão Pignatari e do Marco Vinholi,
o Serra ajudou a desmontar o modelo de partilha da Petrobras. No antigo modelo,
o Brasil ficava com grande parte dos recursos produzidos pelo pré-sal, mas o
Serra, como é entreguista - aliás, não é questão do Serra, é questão do PSDB,
junto com DEM e PMDB -, montou um modelo de preços liberados pela Petrobras.
Assim,
a Petrobras, que tem uma função republicana, um papel social de controlar os
preços dos combustíveis, não está fazendo isso. Ela liberou aumento à vontade,
reajuste todo dia. Na média, hoje, o reajuste dos combustíveis do País foi de
30%, no óleo diesel o reajuste foi de 54% até o momento.
Esses
reajustes são para se pagar os americanos, os acionistas da Petrobras, as empresas
americanas. Esse é o modelo que o PSDB defende, por isso tem esse absurdo. E já
começam a faltar vários produtos e a parar a produção de algumas fábricas em
função da luta dos caminhoneiros, a quem quero parabenizar. Parabéns ao
Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos deste País, que até que enfim foi às ruas
fazer a luta. Falta o restante dos caminhoneiros, por enquanto estão só os autônomos.
Cinquenta e quatro por
cento do preço do óleo diesel, 30% na média dos combustíveis. Agora foram
obrigados a mexer no Cide. Os governos dos Estados
estão quietinhos porque o ICMS do combustível é 18% em todos os estados. Não
querem mexer em nada, e o impasse continua.
Quero ver qual é a
saída agora. Quero ver qual vai ser o discurso do PSDB para a saída. Eu quero
ver qual vai ser o discurso. Vocês são contra o controle de preços. Quero ver
como é que vocês vão fazer.
O Parente, um capacho
das empresas americanas, assim como é o PSDB, vive de joelhos para as empresas
americanas, são subordinados ao capital estrangeiro financeiro empresarial.
Olha o que nós fazemos hoje. Estamos extraindo petróleo, mandando ele bruto
para os Estados Unidos e importando o refinado de lá para cá.
Se você somar tudo que
tem de importação no Brasil hoje, só a questão da gasolina e do óleo diesel
representam 20% do total das importações deste País. Neste ano, comparado ao
ano passado, subiu 93% a importação de gasolina e de óleo diesel dos Estados
Unidos para cá.
Esse é o modelo tucano
de governar, junto com PMDB, junto com o DEM, junto com outros partidos de
direita, que defendem a livre concorrência do mercado, mas o mercado é sempre
para os ricos. Não é mercado para os mais pobres, não é mercado para quem mora
na periferia. A questão do lucro da Petrobras hoje é para o próprio governo brasileiro
e para os acionistas da Petrobras.
São milhões e milhões
de investimento, e o debate da grande mídia toda hora é que
tem que privatizar a Petrobras mesmo, tem que botar na mão do mercado e deixar
que o mercado resolva, e o mercado serve apenas para atender essa casta
endinheirada que existe no mercado nacional e internacional, no sistema
financeiro nacional e internacional.
Então, eu tinha que
subir na tribuna para falar disso hoje, e não creio que seja um conflito que
vai se resolver rápido, porque os caminhoneiros estão com muita disposição de
luta, porque os caras estão ficando quase sem nada, não dá nem para pagar a
prestação do caminhão mais.
Hoje, o que está
acontecendo no País é isso. A outra parte do debate que eu quero fazer é chamar
atenção para a questão do ensino privado no País. Nós teremos, daqui a pouco,
uma manifestação no vão do Masp,
a partir das 17 horas, conduzida pelo Sinpro, que é o
sindicato dos professores e dos trabalhadores da Educação do setor privado.
A maneira como o setor
privado está tratando a Educação no estado de São Paulo, seja no ensino
Fundamental, seja no Infantil, no Médio ou no Superior, é desrespeitosa. Não
cumprem data-base, não negociam com os sindicatos de professores, de
trabalhadores na Educação do setor privado.
Estão seguindo a mesma
cartilha que segue o governo do estado de São Paulo, que também não paga nem a inflação
para os professores desde 2014, para os trabalhadores da Educação e outras
categorias dentro do serviço público.
Aplicaram um reajuste
de 7% e mais 4% em outro setor, e até agora não resolveram nem o problema da
inflação. A mesma coisa vem fazendo o setor patronal da Educação, dos estabelecimentos de ensino do setor privado no
estado de São Paulo.
Eu quero parabenizar e
declarar toda minha solidariedade aos trabalhadores da Educação do setor privado. Daqui a pouco estarei lá com eles no
vão do MASP, para poder participar do ato deles, porque é
um absurdo as coisas que andam acontecendo neste País.
Finalizando. Hoje à
noite vamos fazer em Diadema um ato de desagravo em defesa do companheiro
Manoel Eduardo Marinho, o Maninho, que era assessor do meu mandato. Ele teve o
pedido de prisão preventiva feito por uma juíza da 1ª Vara
Popular da Barra Funda. Ele não tinha nenhum pedido de prisão, foi
envolvido no conflito do dia cinco de abril, se defendeu e quase teve uma
fatalidade. A juíza alega que eles tentaram matar, mas se quisessem matar - a
pessoa que foi vítima estava caída no chão - bastava chutar, pisar em cima. Não
teve nada disso. As pessoas recuaram, foram se defender, foram se apresentar.
Estranhamente,
no subterrâneo do mundo jurídico do Brasil, de São Paulo - a coisa é
subterrânea, estão acontecendo coisas estranhas -, uma promotora pegou o caso
dele, tirou da delegacia do Ipiranga, mandou para a Vara da Barra Funda,
transformou o que era uma lesão corporal grave em tentativa de homicídio
eventual e pediu a prisão preventiva do Maninho.
Ele
foi vereador da cidade de Diadema por mais de quatro mandatos, morador de
Diadema há mais de 40 anos, trabalhador. Foi metalúrgico junto comigo, nas
metalúrgicas do ABC, foi da assessoria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e
hoje está preso em Tremembé, em função do conflito que teve no dia cinco. O
Maninho afirma que é inocente. Eu acredito na inocência dele. Ele vai provar
sua inocência.
É
estranho que jogaram bomba no Instituto Lula dia 31 de julho de 2016. Nós
estamos cobrando, mas a Secretaria da Segurança Pública não responde. Na época
do Alexandre de Moraes, não respondeu; agora, com o Mágino
Alves, também não responde nada. Deram um tiro na caravana do Lula, mas, até
agora, ninguém apurou nada. Atiraram no pescoço do Jefferson, em Curitiba,
atiraram em uma advogada, mais de 20 tiros, e ninguém até agora apurou nada.
Delegado da Polícia Federal foi quebrar o som das pessoas que estão na vigília
do acampamento Marisa Letícia, em Curitiba, e o Poder Judiciário e o Ministério
Público não apuram nada. Só apuram alguma coisa se a denúncia for contra o PT.
Se for contra o PT eles vão por apurar na hora, uma celeridade fantástica. O
processo do Lula pulou 97 processos para ser julgado no TRF4 do Rio Grande do
Sul. São coisas estranhas que estão acontecendo. Acho que é a primeira vez que
um tribunal derruba o recesso dele, as férias forenses do mês de janeiro para
fazer o julgamento. São coisas estranhas desse Poder
Judiciário parcial que existe neste País.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O SR. MARCO VINHOLI -
PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Primeiro, quero dizer da minha
solidariedade aos caminhoneiros do Brasil. Agora, a SP-323, que liga Vista
Alegre do Alto a Pirangi, recebi a informação de que
está parada, assim como Itápolis. Vários municípios do estado estão paralisados
por conta da greve justa dos caminhoneiros.
Diferentemente
da retórica utilizada pelo deputado Barba, a culpa não
é daqueles que ele indicou. Eu lembro que no governo Lula e depois, no governo
Dilma, esses processos de partilha, de leilões da ANP, o Haroldo Campos saiu do
governo por discordar disso. A prática do governo Lula e do governo Dilma foi
muito diferente daquilo que disse o deputado Barba. O que foi real foram ações
que quebraram a Petrobras completamente, como a compra de Pasadena,
por exemplo. Gerou a maior empresa do Brasil e quase quebrou o nosso País,
respondendo processos no mundo inteiro por aquilo que o PT com a Petrobras.
Então, se tem algum culpado nessa crise na qual hoje os caminhoneiros estão
passando, os brasileiros estão passando, é o Partido dos Trabalhadores, que
levou a situação deste País na Petrobras.
A
minha solidariedade aos caminhoneiros do Brasil. Nós estamos juntos nessa luta.
Que possamos superar esse momento.
O SR. LUIZ CARLOS
GONDIM - PTB - PARA COMUNICAÇÃO - Sr.
Presidente e Srs. Deputados, eu estive no despejo de 300 famílias na cidade de
Mogi das Cruzes. Vejam a roupinha das crianças, dentro de uma igreja. As
crianças foram despejadas, tiraram tudo. Na foto, vemos o momento da
alimentação na igreja, com os padres Orlando e Juvi,
bem como o padre Francisco Deragil. Nós estávamos lá
junto com eles vendo essa calamidade.
Acionei a Secretaria de
Desenvolvimento Social, do Gilberto Nascimento, e a Secretaria de Educação,
para ver se conseguimos algum espaço para colocar essas famílias. Amanhã,
marquei com o secretário da Casa Civil e da Defesa Civil, para que possamos
fazer alguma coisa. Essas pessoas estão debaixo de fios de alta tensão.
Sabíamos que elas iriam ser tiradas, mas a prefeitura não providenciou nada,
não tomou uma conduta. A Secretaria da Habitação do estado foi comunicada. Essa
é a situação desses moradores. E nós sabemos de pessoas que se infiltraram
nesse local.
Ficamos muito
comovidos. As pessoas chegaram e disseram: “estou dormindo no mato, tremendo”.
Há pessoas com fome, pedindo prato de comida, pedindo um sopão ou cobertores;
algo que esquente essas famílias. Vou me dirigir, amanhã, à primeira-dama, para
que consigamos cobertores. E vou pedir alguma condição ao governador Márcio
França. Essa situação tinha sido cantada há mais de 10 anos, e não se fez
nenhuma programação para a retirada dessas famílias nem para aonde elas vão.
Quero mandar um abraço
ao bispo Dom Pedro, que acionou os padres dali, para que essas crianças que
estão com roupa de escola não fiquem tão longe de sua escola. Uma das situações
é que as crianças estão se aquecendo com madeira e fogo ao lado da casa,
podendo ter intoxicação. Ou pode haver algum incêndio, com possibilidade de
perdermos algumas crianças. É uma situação bastante difícil que está
acontecendo em Mogi das Cruzes, embaixo da linha de alta tensão.
Eu queria dizer a todos
os deputados: quem tiver cobertor ou roupa de frio que não esteja usando, se
puder deixar aqui na Assembleia, nós levamos a essas famílias. São 300
famílias, por enquanto, que vão sair de baixo dessa rede de alta tensão de
Furnas, e não sei para onde vão. Qualquer coisa resolve: escola para colocar,
algum imóvel que esteja desocupado. A prefeitura negou, ontem, o ginásio, mas
vai ter que ceder, porque não vai deixar aquelas pessoas morrerem.
Então, essa é a situação
que estou trazendo neste momento a todos os deputados. Que o governo saiba o
que está acontecendo e vá, se puder, até o local. Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - MARCOS ZERBINI - PSDB -
Em votação o requerimento. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados
que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.
1 - Veto - Discussão e votação - Projeto de lei nº
932, de 2015, (Autógrafo nº 32194), vetado totalmente, de autoria do deputado
Mauro Bragato. Dá a denominação de "Joice Alves Pereira Brito" ao
pontilhão localizado no km 5 da Rodovia Julio Budisk
- SP 501, em Presidente Prudente. (Artigo 28, § 6º da Constituição do Estado).
Em discussão. Não
havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras.
Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis ao projeto e contrários ao
veto permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o projeto e rejeitado o
veto.
2 - Veto - Discussão e votação - Projeto de lei nº
515, de 2016, (Autógrafo nº 32207), vetado totalmente, de autoria da deputada
Maria Lúcia Amary. Dá a denominação de "Guido Guazzelli"
ao viaduto localizado no km 58 da Rodovia Raposo Tavares - SP 270, em São
Roque. Parecer n° 493, de 2018, da Comissão de Justiça e Redação, favorável ao
projeto. (Artigo 28, § 6º da Constituição do Estado).
Em discussão. Não
havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras.
Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis ao projeto e contrários ao
veto permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o projeto e rejeitado o
veto.
3 - Veto - Discussão e
votação - Projeto de lei nº 841, de 2016, (Autógrafo nº 32195), vetado
totalmente, de autoria do deputado Pedro Tobias. Dá a denominação de
"Antonio Simões Fontes" ao viaduto localizado no km 273+500m da
Rodovia João Baptista Cabral Rennó - SP 225, em
Cabrália Paulista. (Artigo 28, § 6º da Constituição do Estado).
Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está
encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que
forem favoráveis ao projeto e contrários ao veto permaneçam como se encontram.
(Pausa.) Aprovado o projeto e rejeitado o veto.
4 - Veto - Discussão e votação - Projeto de lei nº
940, de 2016, (Autógrafo nº 32196), vetado totalmente, de autoria do deputado
Itamar Borges. Dá a denominação de "Edelcio Leme
de Almeida" ao complexo viário localizado no km 243, da Rodovia Engenheiro
Thales de Lorena Peixoto Junior - SP 318, em São Carlos. Parecer nº 316, de
2018, da Comissão de Justiça e Redação, favorável ao projeto. (Artigo 28, § 6º
da Constituição do Estado).
Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está
encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que
forem favoráveis ao projeto e contrários ao veto permaneçam como se encontram.
(Pausa.) Aprovado o projeto e rejeitado o veto.
5 - Veto - Discussão e votação - Projeto de lei nº
307, de 2017, (Autógrafo nº 32197), vetado totalmente, de autoria do deputado
Roque Barbiere. Dá a denominação de "Jéssica Rosado Correia" ao
dispositivo de acesso e retorno com viaduto, localizado no km 72 + 850m, da
Rodovia Doutor Elyeser Montenegro Magalhães, SP 463,
em Santo Antonio do Aracanguá. Parecer nº 314, de
2018, da Comissão de Justiça e Redação, favorável ao projeto. (Artigo 28, § 6º
da Constituição do Estado).
Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está
encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que
forem favoráveis ao projeto e contrários ao veto permaneçam como se encontram.
(Pausa.) Aprovado o projeto e rejeitado o veto.
6 - Veto - Discussão e votação - Projeto de lei nº
315, de 2017, (Autógrafo nº 32226), vetado totalmente, de autoria do deputado
Barros Munhoz. Dá a denominação de "Eliana Natalina Zonta Merli Giantomassi", ao
Ambulatório Médico de Especialidades- Ame, em Casa Branca. (Artigo 28, § 6º da
Constituição do Estado).
Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está
encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que
forem favoráveis ao projeto e contrários ao veto permaneçam como se encontram.
(Pausa.) Aprovado o projeto e rejeitado o veto.
7 - Veto - Discussão e votação - Projeto de lei nº
337, de 2017, (Autógrafo nº 32198), vetado totalmente, de autoria da deputada
Maria Lúcia Amary. Dá a denominação de "Dr. Luiz Maurício Souza Blazeck", ao DEINTER-07 - Departamento de Polícia
Judiciária do Interior - 7, em Sorocaba. (Artigo 28, § 6º da Constituição do
Estado).
Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está
encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que
forem favoráveis ao projeto e contrários ao veto permaneçam como se encontram.
(Pausa.) Aprovado o projeto e rejeitado o veto.
8 - Veto - Discussão e votação - Projeto de lei nº
354, de 2017, (Autógrafo nº 32221), vetado totalmente, de autoria da deputada
Célia Leão. Dá a denominação de "Marcelo Heber Kuhl", à passarela localizada no km 135 da Rodovia
Luiz de Queiroz - SP 304, em Santa Bárbara D´Oeste. (Artigo 28, § 6º da Constituição
do Estado).
Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está
encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que
forem favoráveis ao projeto e contrários ao veto permaneçam como se encontram.
(Pausa.) Aprovado o projeto e rejeitado o veto.
9 - Veto - Discussão e votação - Projeto de lei nº
535, de 2017, (Autógrafo nº 32199), vetado totalmente, de autoria do deputado
Edson Giriboni. Dá a denominação de "Paulo Trinca" à passarela
localizada no km 103 + 300m da SP - 264, em Votorantim. (Artigo 28, § 6º da
Constituição do Estado).
Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está
encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que
forem favoráveis ao projeto e contrários ao veto permaneçam como se encontram.
(Pausa.) Aprovado o projeto e rejeitado o veto.
10 - Veto - Discussão e votação - Projeto de lei nº
729, de 2017, (Autógrafo nº 32200), vetado totalmente, de autoria do deputado
Welson Gasparini. Dá a denominação de "Pedro Barbosa de Oliveira" ao
viaduto localizado no km 47 + 680m da Rodovia Elieser
Montenegro Magalhães - SP 463, em Araçatuba. (Artigo 28, § 6º da Constituição
do Estado).
Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está
encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que
forem favoráveis ao projeto e contrários ao veto permaneçam como se encontram.
(Pausa.) Aprovado o projeto e rejeitado o veto.
11 - Veto - Discussão e votação - Projeto de lei nº
762, de 2017, (Autógrafo nº 32220), vetado totalmente, de autoria do deputado
Welson Gasparini. Dá a denominação de "Reynaldo Germano Stein" ao
trevo localizado no km 45 da Rodovia Prefeito Aziz Lian - SP 107, em Artur Nogueira. (Artigo 28, § 6º da
Constituição do Estado).
Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está
encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que
forem favoráveis ao projeto e contrários ao veto permaneçam como se encontram.
(Pausa.) Aprovado o projeto e rejeitado o veto.
O SR. MARCO VINHOLI - PSDB - Sr.
Presidente, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, solicito
o levantamento da presente sessão.
O SR.
PRESIDENTE - MARCOS ZERBINI - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo entre
as lideranças presentes em plenário, esta Presidência vai levantar a sessão.
Antes, porém, convoca V. Exas. para a sessão ordinária
de amanhã, à hora regimental, com o remanescente da Ordem do Dia de hoje.
Está
levantada a sessão.
* * *
-
Levanta-se a sessão às 16 horas e 58 minutos.
* * *