25 DE
MAIO DE 2018
071ª
SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CORONEL TELHADA e RAMALHO DA
CONSTRUÇÃO
Secretaria: RAMALHO DA
CONSTRUÇÃO
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - RAMALHO DA CONSTRUÇÃO
Fala sobre conquistas alcançadas por
meio de greve da área da construção civil contra medidas da reforma trabalhista
federal. Critica a postura do PSDB na tramitação do projeto. Lista
direitos perdidos com a aprovação dessa legislação. Lamenta a má distribuição
de renda no Brasil. Discorre acerca da monopolização do mercado da construção
civil por 48 empresas, no País, as quais apoiam, segundo ele, a perda de
direitos dos trabalhadores. Faz agradecimentos às forças policiais que atuaram
nas mobilizações do setor. Desaprova a postura do governo e de empresas diante
das paralisações de caminhoneiros. Faz críticas ao presidente Michel Temer.
3 - RAMALHO DA CONSTRUÇÃO
Assume a Presidência.
4 - CORONEL TELHADA
Informa sua presença em formatura de
novos policiais militares, em Pirituba. Pede apoio dos parlamentares para a
aprovação da PEC 2/18, que prevê medidas de valorização da Polícia Militar do
Estado de São Paulo. Declara-se contrário a greves. Manifesta apoio às
reivindicações de caminhoneiros. Critica o uso das forças de segurança do País
para desobstrução de pistas ocupadas por grevistas. Faz apelo por providências do presidente Michel Temer nesse ínterim. Defende a
ampliação da rede ferroviária brasileira. Exorta o governador Márcio França a
reduzir os preços de pedágios em rodovias estaduais de São Paulo.
5 - CORONEL TELHADA
Solicita o levantamento da sessão,
por acordo de lideranças.
6 - PRESIDENTE RAMALHO DA CONSTRUÇÃO
Defere o pedido. Convoca os Srs.
Deputados para a sessão ordinária de 28/05, à hora regimental. Lembra sessão
solene a realizar-se em 28/05, às 10 horas, para "Concessão do Colar de
Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo à Associação Israelita de
Beneficência Beit Chabad do
Brasil em razão do Projeto Felicidade". Levanta a sessão.
* * *
- Assume a Presidência
e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.
* * *
O SR.
PRESIDENTE – CORONEL TELHADA - PP - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a
proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Com base nos termos do
Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em
plenário, está dispensada a leitura da Ata.
Convido o Sr. Deputado Ramalho da Construção para, como 1º Secretário
“ad hoc”, proceder à leitura da matéria do
Expediente.
O SR.
1º SECRETÁRIO – RAMALHO DA CONSTRUÇÃO – PSDB - Procede
à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.
* * *
- Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
* * *
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP -
Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tem a palavra o primeiro orador, nobre
deputado Ramalho da Construção, pelo tempo regimental.
O
SR. RAMALHO DA CONSTRUÇÃO - PSDB - Sr.
Presidente em exercício, nobre deputado Coronel Telhada, Srs. Deputados, Sras.
Deputadas, telespectador da TV Alesp,
funcionários desta Casa, vim a esta tribuna na tarde de hoje para fazer um
comentário sobre a greve da construção civil - claro que nós estamos vivendo
outra greve, que é a greve dos caminhoneiros - mas os trabalhadores da
construção civil estiveram em greve por seis dias e tudo por conta dessa
perversa reforma trabalhista que foi encaminhada ao Congresso Nacional e a
maioria dos deputados votaram isso, acho até que sem saber o que estavam
votando.
Lá nós tivemos um
relator, lamentavelmente do meu partido, o deputado Rogério Marinho, preposto
do Flávio Rocha, que fez uma lambança nessa reforma que não tem tamanho,
tirando direito dos trabalhadores. Para que os telespectadores tenham uma
ideia, quem tinha garantido conquistas em convenções coletivas ao longo do
tempo, acabou perdendo esses direitos. No nosso caso, há mais de 40 anos nós
fomos conseguindo várias conquistas, entre elas conquistas principais como o
café da manhã, com dois pães, com queijo, copo de café com leite, com a fruta
da época, alimentação, lanche da tarde, seguro saúde, enfim, as 37 cláusulas
com a Lei nº 13.467 isso termina, quando termina também a convenção coletiva. Antes,
eram chamados de direitos adquiridos, portanto, se estivesse na convenção
coletiva, não poderiam mexer. Agora, com a reforma trabalhista, podem mexer
nesses direitos conquistados.
E o que está
acontecendo? Várias categorias, por todo o Brasil, no setor da construção
civil, em vários estados, em várias cidades, até então não tinham assinado
nenhum acordo.
Infelizmente, o Brasil
funciona da seguinte forma: em duzentos e poucos milhões de habitantes, somente
cinco cidadãos no Brasil têm de patrimônio o equivalente a 103 milhões de
pessoas. Vejam o tamanho da má distribuição de renda que tem no Brasil.
Em se tratando da
construção civil, a coisa também não é muito diferente. E nem vou somar aqui as
empreiteiras cujos dirigentes, todos, os que não estão presos estão com a
tornozeleira em casa. Cito algumas como a Odebrecht, Camargo Correa, WTC,
Queiroz Galvão, enfim, os que ainda não estão na cadeia, estão usando a
tornozeleira eletrônica em casa.
Então, nós temos, só em
São Paulo, 26.750 empresas da construção civil. Quem manda no mercado? São 48
construtoras, e dessas 48 uma boa parte - mais de 20, foram 23 pelo
acompanhamento que nós fizemos - era para não fazer o acordo de jeito nenhum,
para deixar o trabalhador sem nada, perdendo todos os benefícios e voltar a
ganhar salário mínimo. Isso é de uma perversidade que não tem tamanho, porque
entre essas 48 construtoras, exatamente essas 23 são as maiores, são as que
comandam não só São Paulo, mas que comandam o Brasil. E aí eles se fecham no
sindicato patronal, mudam o cartel para acabar com o direito dos trabalhadores,
claro que usando de todas as manobras sujas - o mais provável possível. Eles
não acreditaram, nós fomos para a greve e garantimos os direitos adquiridos.
Eu queria agradecer a Polícia Militar, a Polícia Civil
e a CET. Eu nunca vi a polícia dar tanto apoio ao nosso movimento como deram na
nossa greve, coordenando e colaborando. Parece que a polícia começa a sentir na
pele o que esse governo federal quer fazer com os trabalhadores brasileiros.
Aí vem o federal, o estadual, os municipais olhando só
no umbigo e não olham para o povo que anoitece e amanhece trabalhando e
construindo esse País. Fizemos um acordo e não foi um acordo para aumento.
Temos uma inflação de menos de 2%, pelo menos é o que registram, a não ser que
seja uma informação falsa. A greve foi para garantir os direitos adquiridos que
já tínhamos.
Mas vou dar um recado para essas construtoras
perversas que acham que vão quebrar a espinha do trabalhador que anoitece e
amanhece trabalhando: vocês estão enganados. A greve vai continuar nessas
construtoras por participação no lucro e no resultado e por segurança no
trabalho, o que é uma vergonha. A construção civil é a que mais mata por
acidente de trabalho.
A partir de junho, estarei afastado do sindicato, mas
o sindicato não é só o Ramalho da Construção. O sindicato tem uma diretoria e
tem toda uma equipe que vai continuar parando dia e noite, fazendo essas
construtoras cumprirem com a lei e respeitarem os trabalhadores.
Nesse País, só funciona assim. Os caminhoneiros
precisaram parar e estão sendo chamados de baderneiros, mas o pessoal mal sabe
que o rombo que deram na Petrobras de desoneração de empresa estrangeira passa
de 17 bilhões. E, aí, querem passar para a conta do consumidor? Esse País é uma
zona para tudo, tanto é que estão vendendo a gasolina a cinco, sete, 10 reais e
ninguém faz nada.
E não querem que chame o país de zona? Zona, sim! Um
país sem presidente da República, sem autoridade e os estados estão indo junto.
Tem que ser o preço normal da gasolina! Nós não podemos deixar que marginais aproveitem da oportunidade para transformar o litro de
gasolina em até 15 reais.
A greve está acontecendo por irresponsabilidade do
governo, que deveria ter negociado antes e com responsabilidade. Mais uma vez,
a greve continua porque ouviram um grupo e não ouviram o outro. Porque não
chamaram todo mundo?
Isso é ruim porque a população toda paga com a greve.
A greve da construção civil prejudicou a população, passeatas atrapalham o
trânsito, nós estamos vendo o que vai faltar de mercadoria e a culpa, para mim,
não é dos caminhoneiros. A culpa é de um presidente irresponsável, cheio de
denúncias, que pouco - ou nada - está preocupado com o Brasil. Até dias atrás,
era pré-candidato a presidente da República. Agora que não é, é um anoitece e
amanhece cada dia com uma novidade.
Muito obrigado.
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Ramalho da Construção.
* * *
O SR.
PRESIDENTE – RAMALHO
DA CONSTRUÇÃO – PSDB - Tem a palavra o nobre deputado Coronel Telhada.
O SR. CORONEL TELHADA - PP - Quero saudar a todos os presentes,
funcionários e assessores, e a todos que nos acompanham pela TV Assembleia.
Hoje pela manhã, estive na Escola Superior
de Formação de Soldados, em Pirituba. Lá, acompanhamos a formatura de 120 novos
policiais militares, que estarão, a partir de alguns dias, trabalhando nas
ruas. A princípio, eles vão para a Operação Verão, em Campos do Jordão, mas, em
seguida, retornarão para apoiar o policiamento da capital de São Paulo.
Antes de falar da greve, nós estamos com a
PEC 5 nesta
Casa, uma PEC muito importante, mas eu queria concitar a todos que nos
apoiassem, também, na PEC 2, que tem a assinatura de 35 deputados.
Ela pede
que se inclua, no § 2º do Art. 138 da Constituição do Estado de São Paulo, o
seguinte texto “a diferença da remuneração nos salário padrão entre os postos e
graduações para o imediatamente superior não poderá ser superior a 10 por
cento”. Por quê? Porque temos, hoje, uma defasagem muito grande, inclusive
entre primeiro e segundo tenentes, que chega a quase 30 por cento.
Essa é
uma solicitação da Polícia Militar, em especial da categoria dos tenentes, essa
unificação de valores, porque daria um aumento no vencimento padrão de todos os
policiais.
Já que
não conseguimos, este ano, um reajuste salarial, porque aqueles 4% não foram
nem esmola, foi uma vergonha, aqui está uma proposta boa para nossa Casa
estudar, para valorizar a Polícia Militar. Essa proposta é encabeçada por
vários policiais militares, entre eles o tenente Torres, que tem batalhado
muito nessa missão, o tenente Canotilho, o tenente
Morais e vários outros que têm trazido esses pedidos.
A PEC 2
está aqui e vou falar diariamente dela para conseguir o apoio de todos os
deputados e colocá-la em votação. Já que estamos trabalhando a PEC 5, que é
importante, podemos trabalhar a PEC 2 também e valorizar a Polícia Militar.
Conto com o apoio de todos os deputados. Apesar de a Casa estar vazia hoje,
falarei novamente sobre isso na semana que vem, tentando fazer com que os
deputados nos apoiem para que essa PEC entre em votação nesta Casa.
Sr.
Presidente, V. Exa. falou há
pouco sobre a greve dos caminhoneiros. Já falei aqui ontem que sou contra
greve, até pela minha formação, contra greves e manifestações, mas V. Exa. disse muito bem que essa
greve já havia sido anunciada há muito tempo. Já estamos ouvindo reclamações
não é de hoje sobre a situação do trabalhador e do País. Estão
mexendo na previdência, na lei trabalhista, fora a situação dos caminhoneiros,
um assustador aumento, praticamente todo mês temos dois ou três aumentos. A
inflação é X, mas os aumentos são muito superiores. Temos não apenas o aumento
dos combustíveis, mas também o dos pedágios. O frete está encarecendo tudo e
quem paga a conta é o cidadão quando vai comprar algum alimento ou produto.
Então,
quero dizer aqui que, apesar do sacrifício da população - e isso me traz
preocupação, porque o combustível já acabou, agora vai
começar a faltar alimentação, remédios e muita coisa essencial ao cidadão -, a
briga dos caminhoneiros é legítima e deve ser apoiada pela população. Por quê?
Porque toda a população está sendo prejudicada.
Assim,
entendemos que, se a reivindicação dos caminhoneiros for atendida, toda a
população vai ganhar. E o Governo deve ter vergonha na cara. Eu não votei no
Temer, quem votou no Temer foi o pessoal que votou na Dilma, eu não votei no
Temer, mas ele é o presidente do Brasil. Bem ou mal ele é o presidente do
Brasil e deve entender que tem que ouvir o povo, que está clamando pelo socorro
do Governo para que se abaixem esses preços absurdos.
O que
vemos hoje, vi na televisão e no WhatsApp,
é que serão colocadas as forças de segurança federais para se desobstruir as
pistas. Ou seja, Exército, Forças Armadas e, como sempre, as polícias militares
estaduais, deverão ser usadas para desobstruir as pistas. Ou seja, mais uma vez
a Polícia Militar, as forças de segurança, terão de atuar em uma situação muito
incômoda e difícil, porque o soldado, quando recebe a ordem, é obrigado a cumpri-la, por força de lei ele é obrigado a cumprir a
ordem.
Presidente,
o senhor, que está dando essa ordem, ponha a mão na consciência, em vez de dar
a ordem para desobstruir, dê a ordem para a Petrobras diminuir o valor do
petróleo. O senhor pode conversar com todos os 27 governadores e, onde há
pedágio, fazer um acordo para que se diminua o preço. É simples assim. Será que
o pessoal não vê a simplicidade disso? Um com um são dois,
não tem dificuldade nisso.
Ele não
está ouvindo o povo e mantendo um preço absurdo. Como eu disse ontem, estamos
pagando 4,50 pela gasolina, pelo diesel. Vi uma reportagem hoje sobre um
safado, no Rio de Janeiro, vendendo gasolina a 14,99. E ele é tão safado que
não põe a 15, põe a 14,99. Ou seja, explorando o povo.
Para vocês verem como tem
gente bandida neste País. Deveria ir preso um cidadão desses, mas a culpa, como
V. Exa. disse e vou repetir,
é do governo. O governo foi eleito pelo povo para trabalhar pelo povo e pela
Nação. O povo está prejudicado, a Nação está prejudicada. Não é justo agora
colocar as forças de segurança para atuarem contra o trabalhador.
Isso porque as forças de
segurança também estão prejudicadas. Os homens e mulheres das forças de
segurança nacional, estadual e municipal, todos estão ganhando péssimos
salários. Todos têm uma série de dificuldades e dependem também do preço do
petróleo. Não só os caminhoneiros, mas o País todo depende do petróleo.
Aqui vai mais uma recomendação.
Como é que um país como o Brasil, um país continental, não tem uma rede
ferroviária adequada? Há quanto tempo nós falamos sobre isso? O País não tem
uma rede ferroviária adequada. Se nós tivéssemos, mesmo assim a ferroviária
precisa do petróleo, por causa das locomotivas, que são movidas a diesel, mas
nós temos que explorar novos meios de transporte também.
Então, o Brasil precisa
acordar. O Brasil precisa acordar, porque nós estamos caminhando para uma
situação muito difícil, e eu não quero chegar a esse ponto. Não quero ver
irmãos brigando, lutando contra irmãos, uma luta fratricida.
Eu não quero ver sangue
derramado e muito menos o sangue inocente, o sangue do trabalhador, o sangue do
nosso soldado. Nós não queremos ver isso de jeito nenhum. Então, Sr. Presidente, a responsabilidade é de
V. Exa., a responsabilidade é de todos os senadores,
que não estão trabalhando hoje, responsabilidade é dos deputados federais, que
não estão trabalhando hoje.
Nesta Casa a responsabilidade
é igual, e esta Casa está vazia. Os 94 deputados deveriam estar aqui hoje,
exigindo uma postura do governador, e só estamos nós aqui. É um absurdo isso
também.
Sr. Governador,
eu já falei, e direi novamente, e peço para a assessoria, mais uma vez,
encaminhar ao governador. Sr. Governador Márcio
França, tome a dianteira, faça uma diminuição nesse preço absurdo dos nossos
pedágios. Diminua o ICMS, faça uma diminuição. Vossa Excelência tem como fazer
isso, V. Exa. tem a força da
lei na sua mão. Faça isso em prol dos trabalhadores, e mostre que V. Exa. está com todos os
trabalhadores paulistas e brasileiros.
Eu quero saudar um amigo que
sempre nos acompanha. É o Peter Valsijevski, lá da
Freguesia do Ó. Ele sempre pede para eu falar o nome dele. “Você fala todo dia
e não fala o meu nome”. Então, Peter, um abraço para você e para toda a
família.
Nós estamos aqui diariamente
trabalhando. Não é o que nós queríamos. Nós não conseguimos o que queríamos
porque o negócio é complicado aqui. Porém, se depender de nós, nós estamos
diariamente aqui brigando e batalhando para poder atender o cidadão e conseguir
o melhor para o estado de São Paulo.
Muito obrigado, Sr. Presidente, desculpe o tempo
excedido.
O SR. CORONEL TELHADA - PP - Sr.
Presidente, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, solicito
o levantamento da presente sessão.
O SR.
PRESIDENTE – RAMALHO DA CONSTRUÇÃO - PSDB - Sras. Deputadas,
Srs. Deputados, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta
Presidência vai levantar a sessão. Antes, porém, convoca V. Exas.
para a sessão ordinária de segunda-feira, à hora
regimental, sem Ordem do Dia. Lembramos ainda da sessão solene que será
realizada na segunda-feira, às 10 horas, com a finalidade de conceder um colar
honra ao mérito legislativo do estado de São Paulo à Associação Israelita de Beneficência Beit Shabad do Brasil.
Está
levantada a sessão.
* * *
-
Levanta-se a sessão às 14 horas e 53 minutos.
* * *