05 DE
JUNHO DE 2018
027ª
SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
Presidência: CAUÊ MACRIS
RESUMO
ORDEM DO DIA
1 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Abre a sessão. Coloca em discussão,
em 2º turno, a PEC 5/16.
2 - CARLOS CEZAR
Discute a PEC 5/16.
3 - PEDRO TOBIAS
Discute a PEC 5/16.
4 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Encerra a discussão, coloca em
votação e declara aprovada, em 2º turno, a PEC 5/16.
5 - PEDRO TOBIAS
Solicita verificação de votação, com
anuência do líder do PSDB, deputado Marco Vinholi.
6 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Defere o pedido. Determina que seja
feita a verificação de votação, pelo sistema eletrônico.
7 - CAMPOS MACHADO
Para questão de ordem, indaga acerca
da autorização do líder do PSDB, deputado Marco Vinholi,
para o pedido de verificação de votação feito pelo deputado Pedro Tobias.
8 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Presta esclarecimentos ao deputado
Campos Machado.
9 - ROGÉRIO NOGUEIRA
Declara obstrução do DEM ao processo
de votação.
10 - MARCO VINHOLI
Declara obstrução do PSDB ao processo
de votação.
11 - EDSON GIRIBONI
Declara obstrução do PV ao processo
de votação.
12 - ED THOMAS
Declara obstrução do PSB ao processo
de votação.
13 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Registra as manifestações. Dá
conhecimento do resultado da verificação de votação, que confirma a aprovação,
em 2º turno, da PEC 5/16. Expressa sua posição contrária à matéria. Diz que a
aprovação da propositura demonstra a pluralidade desta Casa. Afirma que cumpriu
suas obrigações regimentais como presidente.
14 - CORONEL CAMILO
Para comunicação, agradece ao
deputado Campos Machado e aos demais parlamentares pela aprovação da PEC 5/16.
15 - WELLINGTON MOURA
Para comunicação, parabeniza os seus
pares pela aprovação da PEC 5/16, a qual considera uma conquista dos servidores
públicos estaduais.
16 - JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR
Para comunicação, enaltece a luta dos
servidores da Secretaria de Estado da Fazenda a favor da PEC 5/16. Agradece aos
demais deputados.
17 - BETH LULA SAHÃO
Para comunicação, destaca a atuação
da bancada do PT em defesa da PEC 5/16. Acrescenta que o partido sempre foi
favorável às demandas dos trabalhadores. Parabeniza os servidores presentes na
sessão.
18 - VITOR SAPIENZA
Para comunicação, tece elogios ao
deputado Campos Machado, pelo apoio à PEC 5/16, bem como aos servidores que
participaram das sessões nesta Casa.
19 - ROGÉRIO NOGUEIRA
Para comunicação, declara que o DEM
foi favorável à PEC 5/16 desde o início. Agradece ao presidente Cauê Macris por colocar a
propositura em votação.
20 - EDMIR CHEDID
Para comunicação, enfatiza a atuação
dos deputados Vaz de Lima e Vitor Sapienza a favor da
PEC 5/16.
21 - JOÃO PAULO RILLO
Para comunicação, afirma que o
presidente Cauê Macris
obstruiu a deliberação da PEC 5/16 enquanto pôde. Argumenta que a propositura é
justa. Critica o pronunciamento anterior do deputado Pedro Tobias.
22 - PEDRO KAKÁ
Para comunicação, parabeniza os
deputados pela aprovação da PEC 5/16, cuja importância defende.
23 - ALENCAR
LULA SANTANA
Para comunicação, enaltece os
servidores que defenderam, nesta Casa, a aprovação da PEC 5/16. Recomenda a
valorização de todos os funcionários públicos.
24 - CORONEL TELHADA
Para comunicação, parabeniza o
deputado Campos Machado e a todos os demais deputados pela aprovação da PEC
5/16.
25 - LECI BRANDÃO
Para comunicação, elogia a atuação
dos servidores a favor da PEC 5/16. Ressalta que foi favorável à matéria desde
o início.
26 - GILENO GOMES
Para comunicação, cumprimenta os
funcionários da Secretaria de Estado da Fazenda, pela luta a favor da PEC 5/16.
27 - MARCO VINHOLI
Para comunicação, parabeniza os
auditores fiscais de rendas por terem batalhado pela aprovação da PEC 5/16.
28 - VAZ DE LIMA
Para comunicação, avalia que a
aprovação da PEC 5/16 é um meio de esta Casa fazer justiça
aos servidores públicos paulistas. Parabeniza os deputados pela sessão
de hoje. Tece elogios à postura do presidente Cauê Macris durante a tramitação da matéria.
29 - GILMAR GIMENES
Para comunicação, cumprimenta a todos
pela aprovação da PEC 5/16, destacando o deputado Campos Machado.
30 - LUIZ CARLOS GONDIM
Para comunicação, parabeniza os
servidores pela vitória em relação à PEC 5/16.
31 - CAMPOS MACHADO
Para comunicação, ressalta que o
presidente Cauê Macris
cumpriu suas obrigações regimentais. Considera que a aprovação da PEC 5/16 é uma
vitória desta Casa. Parabeniza os servidores presentes nas galerias.
32 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Encerra a sessão.
* * *
-
Abre
a sessão o Sr. Cauê Macris.
* * *
O SR.
PRESIDENTE – CAUÊ MACRIS - PSDB - Havendo número legal,
declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Com base nos termos do
Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em
plenário, está dispensada a leitura da Ata.
* * *
- Passa-se à
ORDEM DO DIA
* * *
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Sras.
Deputadas, Srs. Deputados, Proposta
de Emenda à Constituição.
Discussão e votação em
2º turno da Proposta de emenda nº 5, de 2016, à Constituição do Estado, de
autoria do deputado Campos Machado e outros. Altera o inciso XII do artigo 115
da Constituição do Estado. Parecer n° 146, de 2017, da Comissão de Justiça e
Redação, favorável.
Em
discussão. Para falar a favor, tem a palavra o nobre deputado Davi Zaia. (Ausente.) Para falar a favor, tem a palavra o nobre
deputado Pedro Kaká.
O
SR. PEDRO KAKÁ - PODE - Sr.
Presidente, quero abrir mão da fala, porque já dei meu posicionamento. Muito
obrigado. (Manifestação nas galerias.)
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está retirada a inscrição de Vossa Excelência.
Para falar a favor, tem a palavra o nobre deputado Marco Vinholi.
O
SR. MARCO VINHOLI - PSDB - Também abro mão da minha fala.
(Manifestação nas galerias.)
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está retirada a inscrição de Vossa Excelência.
Para falar a favor, tem a palavra o nobre deputado Carlão Pignatari. (Ausente.) Para falar a favor, tem a palavra o nobre deputado João Caramez. (Ausente.) Para falar contra, tem a palavra o nobre deputado Carlos Cezar.
O
SR. CARLOS CEZAR – PSB - Sr.
Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia,
valorosos servidores que se encontram nas galerias da Assembleia Legislativa de
São Paulo e todos que nos ouvem. Sr. Presidente, V. Exa. leu bem: a autoria desse
projeto é do nobre deputado Campos Machado e outros, entre os quais me incluo
como signatário.
Nós reconhecemos o
valor dos servidores, que são importantes e prestam um grande serviço à nossa
sociedade. A Fazenda Pública, as escolas, as universidades, o ambiente de
pesquisa - todos esses setores prestam um grande trabalho. Mas, como líder do
governo, já fiz algumas manifestações aqui, e mais uma vez as reitero. Vossa
Excelência, Sr. Presidente, usando de todas as
atribuições que o Regimento lhe dá, hoje, fez essa convocação aos deputados,
para que façam a apreciação, em segundo turno, dessa matéria que já foi
aprovada em primeiro turno e que é extremamente importante no momento que
estamos vivendo.
Hoje, estamos a
exatamente 123 dias das eleições. Enfrentaremos um processo eleitoral no nosso
País e no estado de São Paulo. Nossa lei eleitoral prevê algumas vedações nesse
período, e chamo atenção para alguns pontos. Quero fazer algumas considerações e
chamar os deputados a uma reflexão, para que possam considerar algumas vedações
que a lei nos impõe, principalmente nesse período. É por conta dessas vedações
que o ex-governador Geraldo Alckmin, por exemplo, precisou renunciar seis meses
antes a fim de poder disputar a eleição.
Quantos às vedações de
aumentos remuneratórios a servidores públicos em ano eleitoral, a legislação
proíbe que no período de 180 dias antes das eleições até o dia da posse dos
eleitos haja aumento de remuneração para o funcionalismo público, a fim de
evitar que o eleitor seja influenciado. Por óbvio, nem sempre que se deseje
conceder aumentos de remuneração haverá interesse eleitoral. No entanto, a lei
presume assim. Os aumentos concedidos nesse período, ainda que não sejam destinados
a influenciar o resultado das eleições, serão vedados a fim de garantir a
igualdade entre os candidatos.
Relembro,
Srs. Deputados e Sras. Deputadas, que uma das condutas vedadas aos gestores
públicos em ano eleitoral é fazer, na circunscrição do pleito, revisão geral da
remuneração dos servidores público que exceda a recomposição da perda de seu
poder aquisitivo ao longo do ano da eleição, conforme diz o Art. 73, inciso
VIII, da Lei Federal nº 9.504, de 1997.
Pela lei, tal conduta tende a afetar a igualdade de
oportunidades entre candidatos nas eleições de sete de outubro de 2018. Essa
duração está escrita, segundo a Resolução nº 22.252 do TSE, de 2006: ou seja, a
partir de 10 de abril de 2018 até a posse dos eleitos.
Quero ressaltar ainda que, do ponto de vista legal,
podemos destacar que o Art. 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal, embora não
dirigido especificamente à disciplina do processo eleitoral, ostenta regras que
primam pela austeridade e retidão dos gastos públicos em final de mandato.
A Lei de Responsabilidade Fiscal diz em seu Art. 42:
“É vedado ao titular de Poder ou órgão referido
no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação
de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha
parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente
disponibilidade de caixa para este efeito”.
Ora, Sr.
Presidente, se temos uma proposta de emenda à Constituição que deve ser votada
com quórum qualificado - é preciso que haja 57 votos -, em dois turnos, é
porque é uma matéria importante que permite a reflexão dos Srs. Deputados.
Por isso, como líder do Governo,
estou chamando à reflexão cada um de V. Exas., para
que reflitam sobre as ações que vamos tomar agora, sobre as ações que esse voto
poderá ocasionar.
E sem discutir o mérito, sem
discutir a questão da necessidade. Já disse aqui de minha coautoria desse
projeto. Mas é importante que repensemos e reavaliemos a decisão que poderemos
tomar na noite de hoje, que reavaliemos a decisão que foi tomada há algum
tempo, quando fizemos a votação em primeiro turno.
Há um princípio do direito que fala
da conveniência e da oportunidade, da necessidade e da oportunidade. É
necessário que haja uma correção, é necessário que tenhamos profissionais mais
bem remunerados em nosso estado? Sim, não há dúvidas disso. Mas este momento é
oportuno? Aí é outra história. Este momento é oportuno para votar isso? Não é o
momento oportuno.
Posso afirmar enfaticamente que não
há dúvida de que o servidor público deve ter uma remuneração compatível com o
grau de complexidade da função que ele exerce. Muitos dos que estão aqui são a
porta de entrada da riqueza de nosso estado. Sempre digo que é por meio do
trabalho desses servidores que conseguimos construir estradas, escolas,
hospitais, pagar servidores públicos, enfim, tudo
aquilo que o estado precisa fazer. Isso vem da porta de entrada da arrecadação.
Muitos servidores da Fazenda realizam um serviço de muita qualidade. Mas a
oportunidade, a conveniência da oportunidade... Este não é o momento.
Há um princípio que rege o direito
em que vivemos: a todo cidadão comum, aquilo que a lei não proíbe, é permitido.
Porém, o agente público, o servidor público só pode fazer aquilo que está
expresso na lei, aquilo que a lei determina que ele
faça, aquilo que está escrito: “Faça isso!”.
Nós estamos falando de uma proposta
de emenda à Constituição. E alguém vai dizer que não se pode fazer nenhum
subteto ou aumento remuneratório ou garantir algum aumento real às pessoas por
meio de lei. E aí a PEC não entra, pois é uma proposta de emenda à
Constituição.
Poxa, mas então estamos criando
duas categorias? Alguns servidores eu posso beneficiar por conta de uma
proposta de emenda à Constituição. Outros eu não posso,
porque teria que ser por lei. Parece que isso não é justo. Isso poderá ser
interpretado como algo que se está fazendo, inovando, para mascarar algo que a
lei não lhe permitiu fazer.
O princípio da
legalidade, que está expresso no Art. 37, inciso X, da Constituição Federal,
diz que a remuneração dos servidores públicos somente poderá ser fixada e
alterada por lei específica, observando-se para tanto a sua revisão geral
anual, concessão de maneira isonômica e sempre na mesma data. Ou seja, só por lei
específica.
O Art. 37 da
Constituição diz que a administração pública direta e indireta, de qualquer dos poderes da União, Estados,
Distrito Federal e municípios, obedecerá ao princípio da legalidade.
Legalidade,
impessoalidade, publicidade, moralidade e eficiência. Esses são os princípios
que regem. Princípio da legalidade, só aquilo que está especificado na lei.
Inciso X - a
remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o Art. 4º e o
Art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada a revisão
geral anual, sempre na mesma data, sem distinção de índices.
Não se trata de ser
contra o aumento da remuneração. Trata-se, em última instância, de observar os
prazos previstos na legislação eleitoral e a forma preconizada para tratar
desse tema tão importante.
Nesse ponto, eu
gostaria, Sr. Presidente, de ler um trecho que eu
considero extremamente importante, e que foi publicado no site do Tribunal
Superior Eleitoral, sobre as consequências de descumprir as condutas vedadas
pela lei eleitoral, entre elas, a de se conceder aumento de remuneração que
exceda a recomposição da perda do seu poder aquisitivo ao longo do ano da
eleição.
“O
agente público não deve descumprir essas determinações, sob pena de estar
sujeito às punições da lei, que são um tanto
quanto severas. Entre elas, há a
suspensão imediata da conduta vedada, a multa, a possibilidade de cassação do
registro de candidatura ou do diploma e a aplicação de Lei de Improbidade
Administrativa (Lei nº 8.429/1992) ao agente público infrator.
Percebe-se, nesses casos, o foco dado pelo legislador aos agentes públicos. A lei estabelece que tais condutas são vedadas a eles, no entanto, as consequências legais do descumprimento podem atingir não apenas a eles, mas também a qualquer pessoa que se beneficie dessas condutas. A lei trata diretamente de agentes públicos, pois nenhuma das vedações pode ser implementada sem a presença de um desses agentes, contudo, isso não significa que outras pessoas não possam se beneficiar da medida.
A primeira
medida legal a ser tomada contra as condutas vedadas é a suspensão imediata da
própria conduta ilegal. Nesse caso, então, o aumento remuneratório concedido
fora dos padrões permitidos deve ser suspenso imediatamente, com a intenção de
evitar sua influência nas eleições seguintes. Os aumentos de remuneração no
serviço público são concedidos apenas por meio de lei, o que implica dizer que
essa medida afetará diretamente a aplicabilidade de uma lei.
Outra possível medida é a multa, que pode ser aplicada tanto contra o responsável pela prática da conduta vedada, quanto contra o partido, a coligação ou o candidato beneficiado.”
Sr. Presidente, o meu tempo está se encerrando, mas quero deixar bem claro o posicionamento contrário, porque muitas pessoas poderão dizer que essa lei tem um escalonamento. Ela começa a vigorar a partir da aprovação agora; em 2019, cerca de 200 milhões, em 2020 mais uma quantidade de milhões, e chegando lá em 2022, custando um bilhão de reais.
Esse é o fato que está colocado na lei. Alguém pode falar que então ela não gera agora. Oras, todos nós aqui negociamos. Todos nós aqui compramos. Se você tem um crédito para receber, ainda que eu tenha um crédito para receber em três anos, esse crédito é meu, está garantido. Eu posso descapitalizar os juros e eu vou ter esse dinheiro à vista. Quer dizer, é um cheque que eu já estou dando, que eu estou garantindo, seja daqui três anos, dois ou um ano a um pagamento que já está garantido, que já está sacramentado.
Sr.
Presidente, o que nós estamos prestes a fazer daqui a pouco, quando V. Exa. colocar em votação esse projeto, poderá trazer sérias
consequências para aqueles que votaram e para aqueles que receberam. Por isso
chamo a reflexão de V. Exa. e, em nome do Governo, já faço encaminhamento,
deputado Campos Machado, respeitando V. Exa. e
respeitando a importância desse subteto, respeitando a importância das pessoas
que aqui estão, mas entendendo que o momento não é esse, que nós poderemos
fazer uma discussão e buscamos um entendimento, mas num outro momento e não
nesse momento agora. Temos uma grande gama de funcionários, de servidores, de
professores, de policiais militares, enfim, de várias categorias de
trabalhadores que precisam também ter as suas carreiras reconhecidas.
Sr.
Presidente, eu posso afirmar aqui a cada um, que esse não é o momento. E peço a
reflexão dos Srs. deputados. Em nome do Governo encaminho o voto contra a esse
projeto, contra a PEC 5. Neste momento, não encaminho o voto favorável, e sim,
encaminho o voto contrário à PEC 5, por entender que o momento não é oportuno,
não é conveniente de se fazer a votação. Era o que tinha a dizer Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Para
falar contra, tem a palavra o nobre deputado Chico Sardelli. (Ausente) Para
falar contra tem a palavra o nobre deputado Pedro Tobias.
O SR.
PEDRO TOBIAS - PSDB - Sr. Presidente,
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, o deputado precisa ser coerente durante todo o
seu mandato. E como o povo nos deu um mandato nós precisamos falar o que cada
um pensa ser o melhor para o País.
Até pouco tempo atrás as
pessoas achavam que eu era contra essa PEC por ser amigo do governador Geraldo
Alckmin. Mas não é só o governador Geraldo Alckmin, hoje é o governador Márcio
França, amanhã o Estado poderá ser governado pelo PT, ou seja
qual for o partido eu, de primeira hora, sou contra. E sou contra devido a toda
essa crise por que está passando este País, todos nós estamos passando, todos
vocês sabem, e em véspera de eleição com toda a população revoltada contra a
classe política e vamos aprovar uma PEC.
Hoje isso virou moda. Cada
deputado tem um grupinho e faz PEC. Não querem fazer mais lei para não deixar o
governador participar, vetar ou sancionar o projeto. Assim fica fácil. Se for
assim, a Assembleia Legislativa pode governar o Estado, não é preciso mais ter
governador. O governador foi eleito para poder autorizar ou não gastos, porque
nós ainda somos um regime presidencialista e não parlamentarista.
Lógico que é difícil falar
não para alguém, mas isso é dinheiro da população. Fomos eleitos pelo povo e
não podemos ter medo e nem vergonha
de assumir o que pensamos ser melhor para a comunidade. Eu já falei várias
vezes que sou contra essa PEC, porque tem funcionário que se ganhar pelo que
está produzindo, deveria ter o salário reduzido. Eu me aposentei com 4.800
reais e tenho mestrado e doutorado. Faço cirurgias de câncer. Tenho muita
responsabilidade. Nenhum país aguenta as corporações. Não é só corporação
pública, mas particular também.
Deputado
Campos, V. Exa. venceu, mas
eu sou seu amigo, não faço nada escondido. Como presidente de um partido, vou
entrar com uma Adin contra essa PEC. Vou ver onde a
lei permite, porque a meu ver despesa só o Executivo pode criar. Hoje estamos
criando despesa pelo Legislativo. Vou consultar um advogado; se cabe Adin, vou entrar no Superior
Tribunal de Justiça contra essa decisão.
Sabemos
o resultado da votação de hoje e lamento muito. O secretário da Saúde esteve
hoje na Comissão de Saúde. Não sei se o deputado Edmir
Chedid está aqui no plenário... o
secretário afirmou que falta remédio na maioria dos hospitais da região, está
faltando material mais essencial, não porque o hospital seja incompetente, mas
porque a verba que chega é insuficiente. E tiram um bilhão de reais; não é de
nós que vão tirar, mas da dona Maria, essa que mais precisa do Poder Público. Nós,
não, não precisamos. Nossa faixa não precisa de saúde pública, nem de Educação
pública. Quem vai pagar a conta cara é a dona Maria, essa pessoa mais humilde.
Cada um
vai votar com a sua consciência. Nós fomos eleitos para defender o coletivo,
não uma ou outra corporação. Quem está matando o Brasil são as corporações,
tanto na iniciativa privada como no serviço público. O povo humilde - desculpe
a expressão – paga a conta.
Um
grande abraço.
O SR.
PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Para discutir a favor,
tem a palavra o nobre deputado João Paulo Rillo. (S. Exa.
desiste da palavra.)
Não
havendo mais oradores inscritos, está encerrada a discussão.
Em
votação a PEC 5/2016. (Manifestação nas galerias.)
O SR. PEDRO TOBIAS - PSDB - Sr.
Presidente, peço que a votação seja nominal.
O SR.
PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Consulto o nobre líder
Marco Vinholi sobre a anuência ao pedido de
verificação nominal feito pelo nobre deputado Pedro Tobias.
Quero
só lembrar aos deputados que nós ainda não demos o comando de aprovado.
Portanto ainda não cabe o pedido de verificação de votação. Vossa Excelência
tem que fazer o pedido novamente assim que eu der o comando de aprovado.
Em
votação a PEC 5 de 2016. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem
de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovada em 2º turno.
(Manifestação nas galerias.)
O SR. PEDRO TOBIAS - PSDB - Sr.
Presidente, quero saber se eu, como vice-líder, posso pedir verificação de
votação.
O SR.
PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa Excelência pode
pedir verificação de votação, porém precisamos da anuência do líder.
Há
anuência para isso.
O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Estamos em uma situação nunca
vista nesta Casa. O deputado Pedro Tobias, mesmo na presença do líder, pediu a
verificação. Eu não vi a anuência verbal do líder, o que quer dizer...
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O deputado Campos Machado
está fazendo uma Questão de Ordem sobre o processo.
O SR. PEDRO
TOBIAS - PSDB - Pela ordem, presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Pedro...
O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Se V. Exa. permite, eu estou
com a palavra. Vossa Excelência fale quando quiser.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O deputado Campos Machado
está com a palavra. Depois eu passo a palavra a Vossa Excelência.
O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr. Presidente, muita calma. Embora eu não concorde,
quando o ilustre deputado Pedro Tobias, meu amigo e meu irmão, pediu, na presença
do líder, a verificação de votação, eu não vi...
A anuência do líder tinha que ser expressa. Ela não
foi expressa, o que invalida qualquer pedido de verificação. Não houve
autorização. Não existe autorização verbal. Existe autorização expressa.
Quero que me digam, no Regimento, onde está a
autorização verbal. Quando indico qualquer deputado para falar pela bancada, eu
falo daqui. Quando quero autorizar o vice, eu venho até aqui. A autorização tem
que ser expressa. Não existe, no Regimento, a autorização verbal.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado, lembrando que
este presidente viu a autorização expressa do líder Marco Vinholi,
que falou aqui, na minha frente. Bem na minha frente, falou: “Está autorizado.
Dou anuência ao pedido do vice-líder e presidente estadual do PSDB, Pedro
Tobias.”
O SR. MARCO
VINHOLI - PSDB - Reafirmo a anuência ao vice-líder, o deputado Pedro Tobias.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vi a sua anuência. E por
isso dei o comando “aceito”, pela liderança do PSDB.
O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Quero que V. Exa. me diga:
onde está, no Regimento Interno, se o consentimento, autorização ou anuência
pode ser verbal, sem ser expressa.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Campos, vou
levantar e passo já a resposta a V. Exa., antes de iniciar o processo de
votação.
Esta Presidência vai
proceder à votação pelo sistema eletrônico. Os Srs. Deputados e as Sras.
Deputadas que forem favoráveis deverão registrar o seu voto como “sim”, os que
forem contrários deverão registrar o seu voto como “não”.
* * *
- É iniciada a votação
pelo sistema eletrônico.
* * *
O SR. CARLOS
CEZAR - PSB - Há alguns líderes me questionando. A orientação do governo é votar
contra. Apenas isso.
O SR. ROGÉRIO NOGUEIRA - DEM - Sr.
Presidente, gostaria de informar que a bancada do DEM está em obstrução.
O SR.
PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esta Presidência
registra a manifestação de obstrução da bancada do DEM.
O SR. MARCO VINHOLI - PSDB - Sr.
Presidente, gostaria de informar que a bancada do PSDB está em obstrução.
O SR.
PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esta Presidência
registra a manifestação de obstrução da bancada do PSDB.
O SR. EDSON GIRIBONI - PV - Sr.
Presidente, gostaria de informar que a bancada do PV está em obstrução.
O SR.
PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esta Presidência
registra a manifestação de obstrução da bancada do PV.
O
SR. ED THOMAS - PSB - Sr.
Presidente, gostaria de informar que a bancada do PSB está em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esta
Presidência registra a manifestação de obstrução da bancada do PSB.
* * *
- É feita a votação
pelo sistema eletrônico.
* * *
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, participaram do
processo de votação 72 Sras. Deputadas e Srs. Deputados: 67 votaram “sim”,
quatro votaram “não”, e este deputado na Presidência, resultado que dá por
aprovada, em segundo turno, a PEC 5, de 2016. (Manifestação nas galerias.)
Em primeiro lugar, gostaria de cumprimentar o autor da
PEC, nobre deputado Campos Machado. Este presidente, neste momento, em que pese
ter registrado, em todos os momentos, a sua posição contrária à aprovação da
PEC, sente que a obrigação regimental o obrigou, fazendo com que este momento
acontecesse.
A Assembleia é plural, e todos os partidos políticos
se envolveram neste processo. O quórum deixa muito evidente a vontade do
Legislativo Paulista na tomada dessa decisão. Todos aqui estão muito cientes
dentro da votação que realizaram. É importante deixar isso claro. Não havia
nenhum deputado que não soubesse aquilo que estava votando ou o que significava
esta votação.
A Assembleia Legislativa dá um banho de democracia.
Eu acho que essa é a
democracia. Independente das posições, divergentes ou não, e eu sempre me
posicionei, assim como o deputado Pedro Tobias, com uma posição divergente da maioria da Assembleia Legislativa, mas eu tenho, como presidente da Casa, o dever regimental cumprir o
Regimento Interno da Casa, e o Regimento Interno da Casa foi cumprido.
Então, só queria fazer
esse esclarecimento a todos os senhores deputados e senhoras deputadas, e a
todos aqueles que os acompanham neste momento. (Manifestação nas galerias.)
O
SR. CORONEL CAMILO - PSD – PARA
COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente,
quero primeiramente agradecer a V. Exa. pelo pulso, pela postura de do colocar a PEC 5 em votação.
Isso fez justiça. Queria deixar um agradecimento ao nobre deputado Campos
Machado, (Manifestação nas galerias.) porque foi ele quem trouxe esse projeto e
que vem brigando há muito tempo.
Isso faz justiça ao
funcionalismo de São
Paulo.
Não tenha dúvida nenhuma de que é um momento em que se faz justiça no estado de
São Paulo, como já mais de 20 estados brasileiros fizeram.
Então, parabéns ao Campos Machado, parabéns a todos os deputados que
aprovaram esse projeto hoje. (Manifestação nas galerias.) Parabéns a vocês que
exerceram a cidadania, os fiscais, delegados, oficiais, professores,
pesquisadores. Parabéns pela conquista. Sai engrandecida a Assembleia
Legislativa de São Paulo.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. WELLINGTON MOURA - PRB - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, também quero agradecer a
todos os deputados. Foi uma luta do Campos Machado, e
uma luta que nós também abraçamos, que diz respeito ao servidor.
Quero parabenizar todos
vocês que sempre lutaram, (Manifestação nas galerias.) e que estiveram vários
meses aqui, lutando, batalhando, e ganharam, de voto a voto. Essa conquista não
é dos deputados. Essa conquista é de vocês. Vocês merecem. Parabéns por essa
luta, e que grandes vitórias vocês possam ter mais. Parabéns. (Manifestação nas
galerias.)
O
SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - PRB - PARA
COMUNICAÇÃO - Quero parabenizar esta Casa de Leis, esta Assembleia Legislativa, por esse projeto importante, essa votação
importante. Quero parabenizar cada um dos agentes públicos que estiveram
visitando os gabinetes dos deputados, colocando pessoalmente os seus pleitos, e
todas as bancadas, que assumiram o compromisso nesta Casa de que, se a PEC 5
fosse pautada, teria o voto, teria o apoio dos deputados.
Então, hoje é uma
vitória para o estado de São Paulo, é uma vitória para o agente público do
estado de São Paulo. Esta locomotiva que move o País, não poderia ser
diferente, Sr. Presidente. É votar “sim”, a favor do
agente público, que tanto serve a população do estado de São Paulo.
Parabéns a todos.
(Manifestação nas galerias.)
A SRA. BETH LULA SAHÃO
- PT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, o estado de São Paulo finalmente, depois de muitos
anos, tem um subteto, e esse subteto, hoje, se concretiza graças ao trabalho
dos deputados desta Casa, mas eu gostaria de destacar a bancada do Partido dos
Trabalhadores, que hoje eu tenho orgulho de liderar. (Manifestação nas
galerias.)
Bancada esta que, desde
o primeiro momento, não precisou mudar de governo. A bancada nunca mudou de
posição. Durante os governos do governador Geraldo Alckmin e agora do
governador Márcio França, a bancada do Partido dos Trabalhadores demonstrou a
sua coerência com esse projeto de lei, com essa PEC que foi apresentada aqui.
Desde o começo, nós
defendemos nesta tribuna, defendemos no microfone de apartes, porque entendemos
que não podemos ficar à mercê da demagogia de governadores poderem reajustar ou
não os seus salários, governadores que faziam média com a população, para poder
prejudicar trabalhadores que são qualificados, nós entendemos.
A bancada do PT aqui, é sempre bom lembrar, sempre lutou por todos os
trabalhadores aqui, desde aqueles que ganham menos. Em muitas e dezenas de
ocasiões, nós batalhamos aqui quando chegaram projetos do governo do estado, para reajustar, de
uma forma digna, os salários dos trabalhadores, dos servidores públicos aqui do
Estado.
Tivemos a coragem de
também assumir a defesa de vocês que estão aí. Nunca deixamos de defendê-los,
em nenhum momento, nunca fizemos média. Sempre fomos corajosos, sempre fomos
decentes na nossa posição. Por isso, quero parabenizar os doze deputados da
bancada do Partido dos Trabalhadores, que, em momento nenhum, se posicionaram
contrariamente, muito pelo contrário. Queria cumprimentar esses trabalhadores
todos, que estiveram aqui, que visitaram nossos gabinetes, que foram ao Colégio
de Líderes, que foram à nossa bancada. Hoje, ainda, a bancada do PT, na reunião
da manhã de terça-feira, como faz religiosamente, recebeu os representantes da
categoria dos auditores fiscais, que tiveram espaço para fazer suas
explanações. Entendemos as suas angústias, porque foram anos de angústia para
esperar esse resultado que hoje, finalmente, acaba acontecendo. Portanto, os
nossos cumprimentos.
Mais
uma vez, fica o compromisso do PT na defesa intransigente de todos os
servidores públicos do estado de São Paulo, em especial daqueles que ganham
menos. Nós continuaremos batalhando e lutando por eles, para que o trabalho
deles possa ser reconhecido por todos os governos. (Palmas.)
O SR. VITOR SAPIENZA -
PPS - PARA COMUNICAÇÃO - Sr.
Presidente e público amigo, neste momento quero fazer alguns destaques. Eu quero, primeiro, destacar a perseverança do deputado Campos
Machado, que, em momento algum, perdeu o seu entusiasmo. Da mesma maneira, eu
quero saudar toda classe que foi beneficiada pela perseverança durante dois
anos, acreditando na Assembleia. Finalmente, quero destacar a independência dos
Srs. Deputados que, quando viram uma causa justa, deixaram seus respectivos
partidos para lutar por ela. Finalmente, Sr.
Presidente, a imparcialidade de V. Exa. em conduzir os trabalhos. Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. ROGÉRIO NOGUEIRA
- DEM - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente,
eu quero parabenizar a bancada dos Democratas por ter dado apoio desde o
início. Desde a primeira assinatura nós, dos Democratas, estávamos juntos com o
deputado Campos Machado. Quero parabenizar o empenho do
Campos Machado. Eu fui testemunha no Colégio de Líderes do trabalho
incansável de defender a PEC 5. Mais do que isso, quero parabenizar o
presidente da Casa por ter coragem de pôr várias vezes esse projeto em votação,
como no dia histórico de hoje. Eu quero parabenizar o presidente, o Campos e todos os deputados presentes. Obrigado. (Palmas.)
O SR. EDMIR CHEDID -
DEM - PARA COMUNICAÇÃO - Quero cumprimentá-lo e
parabenizá-lo. Parabenizo também todos os deputados que votaram favoravelmente
e o incansável deputado Campos Machado. Tem duas pessoas nesta Casa, deputado
Campos Machado, que sempre defenderam essa tese desde o início. Um deles é o
ex-presidente desta Casa, deputado Vaz de Lima, que sempre lutou, esteve junto
e conhece bem a área, seu amigo. Outro é o querido deputado Vitor Sapienza, que
sempre foi um batalhador nessa área, o tempo todo. Temos que cumprimentá-lo
também. Digo que pessoas como o Vitor Sapienza não podem deixar de ser candidatas na próxima eleição. Ele deve ser reconhecido,
porque nós precisamos dele. Quero cumprimentar a firmeza do líder da nossa
bancada, Rogério Nogueira, pela determinação de estar sempre aqui, junto.
Cumprimento também toda a nossa bancada e os outros deputados. (Palmas.)
Todos
nós fomos procurados por todas as pessoas, principalmente da Secretaria da Fazenda,
do DR, das universidades. O que nós esperamos agora, com o voto consciente que nós demos, sabendo o que estamos fazendo, qual a despesa que o
Estado vai ter, é o retorno dessa categoria, para que possamos arrecadar
para pagá-los. É isso o que nós desejamos. Parabéns, deputado Campos Machado.
(Palmas.)
O SR. JOÃO PAULO RILLO
- PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr.
Presidente, com muito respeito eu gostaria de lhe dizer que não vou
cumprimentá-lo pela aprovação da PEC 5, até porque V. Exa.,
dentro de suas prerrogativas, obstruiu o que pôde quando presidia esta Casa sob
a regência do governador Geraldo Alckmin. Esta vitória política é uma vitória
de uma construção democrática, de um forte convencimento, de um trabalho de
deputados da Casa. Devo dizer que aprendi muito ouvindo os auditores e os
pesquisadores das universidades, que convenceram a todos nós da injustiça do
achatamento. E muitas vezes são confundidos com trabalhadores de elite do
estado.
Presenciei o discurso
do deputado Pedro Tobias, que se comporta como um franciscano,
se refere muito a Geraldo Alckmin e é dono de uma hipocrisia imensa. Na
verdade, Sr. Presidente, de franciscano ele não tem
nada. Aqueles que atacam trabalhadores do estado como se fossem de elite são os
grandes defensores dos bancos, dos latifúndios sonegadores, das desonerações
vergonhosas e sem critérios no estado de São Paulo. Estamos falando, este ano,
de 23 bilhões, quando se calcula, na verdade, uma despesa de aproximadamente um
bilhão. (Manifestação nas galerias.)
Eu gostaria de dizer
que defendi a PEC porque não voto contra nenhuma carreira, não voto contra o
aumento de nenhum trabalhador. Embora nós não tenhamos votado aumento para
ninguém. Votamos uma PEC que desobstruiu uma carreira achatada, com o pé pesado
de barro por conta da hipocrisia dos governadores Geraldo Alckmin e José Serra.
(Manifestação nas galerias.). E agora veremos a posição do atual governador.
Foi nítido aqui. É importante reconhecermos e fazermos uma clara leitura
política. O governo não operou contra a PEC. O governo teve uma posição quase
republicana na Casa. Vamos ver como vai ser daqui para a
frente; como vai ser em relação à justiça.
Termino dizendo que
votei de consciência tranquila, porque defendo um Estado forte, que saiba
arrecadar e que combata a sonegação; um Estado que tenha dinheiro para as
universidades, para o desenvolvimento regional, para pagar bem os professores.
(Manifestação nas galerias.) Não costumo inverter as coisas e nivelar por
baixo. Portanto, tenho a esperança e a certeza de que os pesquisadores,
auditores fiscais e outras carreiras do estado verão justiça em suas carreiras,
para que possam retribuir cada vez mais ao estado de São Paulo. (Manifestação
nas galerias.)
Que esse projeto
simbolize um marco, para que tenhamos coragem de fazer o bom debate e enterrar
a hipocrisia no estado de São Paulo, combatendo essa vergonhosa desoneração
para os ricos - a elite milionária e bilionária deste estado. É isso que
precisamos combater, Sr. Presidente.
Muito obrigado.
(Manifestação nas galerias.)
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Quero dizer ao deputado João Paulo Rillo que ele está
correto em não me cumprimentar. Apenas cumpri minha obrigação regimental.
O
SR. PEDRO KAKÁ - PODE - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, meus pares nesta Casa e todos os que foram,
nesta data histórica, agraciados com essa votação de iniciativa do não menos
brilhante deputado Campos Machado. Votei consciente, porque nosso papel é
promover aquilo de que nosso país precisa. Precisamos ter categorias
preparadas, das quais são inúmeros os presentes nessa plateia. (Manifestação
nas galerias.) Nunca fui contra a justa remuneração.
Essas categorias são
responsáveis não só pela arrecadação, como também pela segurança - e aqui os
deputados Coronel Camilo e Coronel Telhada representam a corporação que defende
a sociedade paulista e lhe dá segurança. Os professores, que estão aqui, são
responsáveis pela boa educação, para que nosso país consiga chegar, através do
estado de São Paulo, a um exemplo de desenvolvimento sustentado, e que toda a
população consiga alcançar uma justa remuneração, digna do que o estado de São
Paulo e o Brasil precisam.
Muito obrigado e parabéns a todos.
O
SR. ALENCAR LULA SANTANA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, também quero manifestar os nossos parabéns a
todos os servidores que estiveram nesta Casa, por mais de um ano, defendendo a
aprovação da PEC 5, demonstrando sua opinião e a importância dela.
Particularmente, como manifestei inclusive da
tribuna e em algumas reuniões, acho que a forma não era adequada, ao burlar o
teto do Executivo e passar para o teto do Judiciário.
Porém, o governador do estado de São Paulo tem um
cunhado que resolve a vida dele; ele tenta ser aquele “Santinho” descrito pela
Odebrecht e fica nessa posição de vender uma imagem daquilo que ele não é.
Como, historicamente, não só ele, mas também o seu partido, não valorizam os
servidores, achamos por bem não só votar, mas também defender o projeto,
inclusive no período em que éramos líderes da bancada.
E há outra razão importante. Apesar de termos o
entendimento de que não deveríamos confundir os tetos, por que votamos
favoravelmente? Porque as carreiras de estado devem ser valorizadas. É
importante que essas carreiras sejam fortes, é importante que essas carreiras
também recebam bem, assim como os demais servidores. Estamos tratando de
carreiras que requerem muito conhecimento, dedicação e pesquisa, sejam os
professores, sejam os auditores. Então, é fundamental que haja a devida valorização.
Também desejamos aos deputados do PSB e também das
demais bancadas que hoje votaram favoravelmente aos servidores que façam essa
luta sempre que os servidores precisarem. Sempre, a todo o momento. Não importa
a carreira, não importa o grau, não importa a remuneração que tenham hoje. Mas
que eles tenham o reconhecimento devido por parte desta Assembleia Legislativa.
Como disse a nossa líder, deputada Beth Sahão, a
bancada do PT sempre marchou na mesma direção, em respeito a eles, aos
servidores, e não jogando contra governo “A” ou contra governo “B”. Houve
alguns que, da noite para o dia, mudaram de posição porque mudou o governo de
plantão. Então, parece que não é uma opinião coerente com aquilo que defendem
em relação a essas carreiras, mas sim uma posição política frente ao governo
que aí está.
Então, senhoras e senhores, parabéns pela luta,
parabéns pela vitória. E que possam ajudar, como já foi dito por alguns, o
estado de São Paulo a ser cada vez mais forte. (Manifestação nas galerias.)
O
SR. CORONEL TELHADA - PP - PARA
COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, acho que tudo já foi dito. Então, queria
simplesmente parabenizar o deputado Campos Machado pela PEC e pela maneira como
conduziu todo esse processo.
Presidente Cauê Macris, queria parabenizar V. Exa. pela coragem de colocar a PEC em votação e pelo resultado
alcançado.
Quero parabenizar os senhores e as senhoras que, ao
longo desses meses, estiveram aqui praticamente todas as semanas lutando e que
conseguiram essa vitória espetacular.
Finalmente, parabenizo todos os deputados, que
fizeram justiça.
Muito obrigado. (Manifestação nas galerias.)
A
SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, rapidamente, queria reafirmar a todas as
senhoras e a todos os senhores que foram ao nosso encontro nos corredores, no
gabinete e em todas as áreas desta Casa que nós sempre dissemos o seguinte: nós
não mudamos de opinião. O deputado Campos Machado sabe que, logo que foi aberta
a lista apoiando a PEC 5, o PCdoB disse “sim”.
Só quero deixar clara uma coisa que eu sempre disse
aqui na tribuna e vou dizer novamente: gostaria muito que outras categorias de
trabalhadores deste estado pudessem ter a mesma coragem, a mesma oportunidade e
a mesma estrutura para vir aqui toda terça-feira para lutar por seus direitos.
Muito obrigada, Sr.
Presidente. (Manifestação nas galerias.)
O
SR. GILENO GOMES - PROS - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, quero parabenizar todos os deputados.
Parabéns ao presidente, que pautou a PEC 5, e todas as categorias que vêm há mais de um ano lutando. Tenho que tirar o chapéu,
porque vocês trabalharam bastante, gabinete, atrás dos deputados, para que
votassem a favor da PEC no primeiro e no segundo turnos, e hoje foi aprovada.
Parabéns, sabemos que a
luta de vocês foi muito justa e merecida. Sabemos que aqui não estamos
aumentando salário mas, sim, o teto. Parabéns a todos
pela luta, pelo trabalho e pela dedicação de todos. Boa sorte!
O
SR. MARCO VINHOLI - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, quero cumprimentar toda a categoria, há
tanto tempo lutando, e que hoje tem a sua vitória.
Peço ao nobre deputado
Vaz de Lima que fale por nós.
O
SR. VAZ DE LIMA - PSDB – PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, nobres colegas, quero agradecer ao meu líder
e dizer umas poucas palavras.
Estou na Casa há muito tempo, 24 anos menos quatro, são 20 anos. E poucas
vezes vi uma luta como essa, envolvendo tanta gente, com tantas nuances. Uma
hora temos que sentar e conversar sobre tudo isso.
Neste momento, quero
dizer que com essa PEC a Casa faz justiça a servidores
de São Paulo. Esposei essa tese na bancada, e acho que conseguimos,
na bancada, chegar a um bom entendimento de que a PEC era importante, porque
corrigiu uma injustiça para vários segmentos, e especialmente porque desvincula
do subsídio do agente político a vida de servidores.
É o que temos que
ressaltar aqui. Agradeço muito a minha bancada, em nome do deputado Vinholi, que lidera mais recentemente, mas tem sido muito
firme nos posicionamentos. Agradeço a todos os líderes que se posicionaram, a
todos os deputados.
Faço menção muito
particular ao deputado Campos Machado, que foi o grande guerreiro nesta luta.
Tenho a absoluta certeza de que fica registrado seu nome nesta conquista, e
tantas outras, pelo seu denodo, pela sua firmeza. Receba aqui, meu amigo e meu
irmão Campos Machado, a minha gratidão pessoal, em nome da amizade que nos une
há 25 anos, e também da categoria que represento, e de todas as outras que, de
alguma maneira, sairão dessa injustiça.
Por último, agradeço ao
deputado presidente Cauê Macris
que, por dever constitucional, pautou, presidiu, mesmo que tivesse um
posicionamento diferente da maioria esmagadora que estava presente nesta Casa.
Receba também a minha gratidão.
O meu entendimento, que
já presidi esta Casa, é que assim é que se preside. O presidente tem que estar
acima de seus desejos pessoais, dos seus entendimentos pessoais, das suas
paixões pessoais.
Portanto, quero aqui
cumprimentá-lo, e toda a Mesa, e terminar dizendo: obrigado, amigo Campos, Deus
te abençoe.
O
SR. GILMAR GIMENES - PSDB – PARA COMUNICAÇÃO - Quero
parabenizar nosso presidente, Cauê Macris, por cumprir o seu papel institucional, e no momento
oportuno pautar a PEC 5, tão importante para esse grupo de trabalhadores, que
aqui representam várias classes do estado.
Cumprimento, em
especial, o grande amigo deputado Campos Machado, que encampou esse trabalho,
que liderou esse trabalho, e lutou juntamente com vocês por meses e meses, aqui
defendendo dia a dia essa representação pelos deputados, dizendo sempre sim à
PEC 5.
Parabéns a todos os
deputados que cumpriram o seu papel e vieram aqui, que se comprometeram e que
honraram sua palavra para que a PEC 5 fosse aprovada. Parabéns a todos vocês
por essa grande vitória!
O
SR. LUIZ CARLOS GONDIM - PTB - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, peço a palavra porque assinei a PEC 5, como
líder do SD, e neste momento votei “sim”
à PEC5. Portanto, quero parabenizar todos os funcionários públicos, parabenizar
V. Exa., que colocou a PEC 5
em votação e, principalmente, ao meu líder, hoje, Campos Machado. Parabéns a
todos vocês.
O
SR. CAMPOS MACHADO - PTB - PARA
COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente,
deputado Cauê Macris,
apenas uma palavra: V. Exa. cumpriu
o Regimento Interno e a nossa Constituição. Vossa Excelência recebeu um
documento com assinaturas de 21 líderes, todos os líderes desta Casa. Quando
tinham 20 assinaturas V. Exa. cumpriu
o regimento, quando tinham 21 assinaturas, V. Exa. também cumpriu o Regimento Interno e, mais do que isso,
cumpriu a palavra, me dizendo “Campos, quando a PEC 5 estiver rigorosamente em
conformidade com o Regimento Interno eu vou pautá-la. E mais do que isso, para
valorizar a Casa, convocou, hoje, duas sessões extraordinárias.
Por isso, meu caro
presidente, esta não é a vitória de um deputado, não é a vitória de um bloco de
deputados, posto que todos assinaram a propositura.
Esta é uma vitória da Casa, desta Assembleia que V. Exa.
jurou aqui defender quando tomou posse como
presidente.
Essa não pode ser tida
como a vitória de um parlamentar; não. E se V. Exa. não tivesse cumprido o Regimento Interno, que exército iria
pressioná-lo a pautar a PEC 5? Eu tinha tanta confiança, tanta certeza de que
V. Exa., embora não fosse
favorável ao mérito, ia cumprir o regimento, que nós fizemos um chamamento a
todas as categorias da PEC 5: “Dia 5 vote a 5”. Tanta certeza nós tínhamos
disso, que vieram pessoas de todas as partes do Estado e até de outros Estados,
baseado apenas no compromisso que eu tinha de que V. Exa.
iria seguir a lei. Não há ninguém que possa mais do
que eu, não cumprimentá-lo, porque V. Exa. nada mais fez do que cumprir a lei. Disse V. Exa. para este deputado “eu não
quero que você me felicite”, digo eu a V. Exa. “você
merece ser cumprimentado.” Teve coragem, seguiu a lei, seguiu o Regimento
Interno e pautou a PEC 5. Quem pautou a PEC 5 foram 70 deputados, a Casa
inteira, Sr. Presidente, que só conseguiu vir aqui
porque V. Exa. pautou a PEC
5 baseado no Regimento Interno, na Carta maior.
Desculpe presidente,
mas nada mais tenho a dizer, a não ser que V. Exa. foi um cumpridor de regras regimentais e normas
constitucionais.
Cumprimento o nobre
deputado Carlos Cezar, que foi um dos primeiros signatários da PEC 5. Acontece
que hoje ele é o líder do Governo. Portanto, há que se entender a posição dele.
Sr.
Presidente, quero terminar cumprimentando esses guerreiros e guerreiras. Não se
esqueçam do que eu sempre disse aqui “tudo vale a pena quando a alma não é
pequena. ‘Dia 5 vote a PEC 5’”. Que Deus proteja os senhores e as senhoras.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Sras.
Deputadas, Srs. Deputados, está encerrada a presente sessão.
* * *
- Encerra-se a sessão
às 20 horas e 39 minutos.
* * *