11 DE
JUNHO DE 2018
079ª
SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CORONEL TELHADA e CORONEL CAMILO
Secretaria: LECI BRANDÃO
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência a abre a sessão.
Convoca os Srs. Deputados para sessões solenes, a serem realizadas: dia 03/08,
às 20 horas, para "Comemorar o 37º aniversário do Grande Oriente Paulista
(GOP)", a pedido do deputado Itamar Borges; dia 24/08, às 20 horas, com a
finalidade de "Homenagear os trabalhadores da construção civil e da
indústria moveleira do Estado de São Paulo", por solicitação do deputado
Luiz Fernando Teixeira Ferreira; e dia 27/08, às 10 horas, com a finalidade de
"Outorgar o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao
Dr. Ernesto Zarzur", por solicitação do deputado
Antonio Salim Curiati.
2 - CARLOS GIANNAZI
Defende a implementação de políticas
públicas a fim de garantir a segurança nas escolas das redes municipal e
estadual de ensino. Relata visita ao Cemei Leila Galassi, na região da Vila Sônia, que já sofreu cinco
assaltos. Pede a presença permanente da Guarda Civil Metropolitana na
instituição de ensino. Apresenta imagens da escola após o último assalto.
Informa que o governador Márcio França anunciou que deverá publicar decreto
regulamentando a Lei estadual 1144/11, que discorre sobre a progressão
funcional dos servidores do quadro de apoio escolar.
3 - CORONEL CAMILO
Comenta artigo da revista Exame sobre
a desordem urbana em São Paulo. Combate o vandalismo e elogia a lei dos pancadões, de sua autoria. Discorre sobre solenidade
ocorrida hoje, por sua iniciativa, em homenagem ao Corpo de Bombeiros. Elogia a
atuação de bombeiros que trabalharam no combate ao incêndio que atingiu o
edifício Wilton Paes de Almeida, no Largo do
Paissandu, região central de São Paulo. Faz alerta em relação a tentativas de
assalto por indivíduos fingindo participar do programa Vigilância Solidária.
4 - CORONEL CAMILO
Assume a Presidência.
5 - CORONEL TELHADA
Informa que hoje, dia 11/06, a
Marinha do Brasil comemora a Batalha Naval do Riachuelo. Anuncia a morte de
militar do Exército e mais oito policiais militares em diversas partes do País.
Considera que os policiais estão sofrendo execuções. Critica a falta de
destaque na mídia em relação a essas mortes.
6 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência.
7 - CORONEL CAMILO
Solicita o levantamento da sessão,
por acordo de lideranças.
8 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA
Defere o pedido. Convoca os Srs.
Deputados para a sessão ordinária de 12/06, à hora regimental, com a mesma
Ordem do Dia. Levanta a sessão.
* * *
-
Assume
a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.
* * *
O SR.
PRESIDENTE – CORONEL TELHADA - PP - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a
proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Com base nos termos do
Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em
plenário, está dispensada a leitura da Ata.
Convido a Sra. Deputada Leci Brandão para,
como 1ª Secretária “ad hoc”, proceder à leitura da
matéria do Expediente.
A SRA.
1ª SECRETÁRIA – LECI BRANDÃO – PCdoB - Procede
à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.
* * *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
* * *
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Sras. Deputadas, Srs.
Deputados, esta Presidência, atendendo à solicitação do nobre deputado Itamar
Borges, convoca V. Exas., nos termos do Regimento Interno, para uma sessão
solene a realizar-se no dia 3 de agosto de 2018, às 20 horas, com a finalidade
de “Comemorar o 37º aniversário do Grande Oriente Paulista - GOP”.
Esta Presidência,
atendendo à solicitação do nobre deputado Luiz Fernando Lula da Silva, convoca
V. Exas., nos termos do
Regimento Interno, para uma sessão solene a realizar-se em 24 de agosto de
2018, às 20 horas, com a finalidade de homenagear os trabalhadores da
construção civil e da indústria moveleira do estado de São Paulo.
Esta Presidência,
atendendo a solicitação do nobre deputado Antonio Salim Curiati,
convoca V. Exas., nos termos
do Regimento Interno, para uma sessão solene a realizar-se em 27 de agosto de
2018, às 10 horas, com a finalidade de outorgar o colar de honra ao mérito
legislativo do estado de São Paulo ao Dr. Ernesto Zarzur.
Srs. Deputados, Sras.
Deputadas, tem a palavra o primeiro orador inscrito,
nobre deputado Carlos Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR -
Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
telespectadores da TV Assembleia, nós que atuamos na área da Educação,
sobretudo na Educação pública, sempre fizemos o debate em relação à segurança e
à violência nas escolas. Trata-se de algo muito profundo e forte no Brasil, mas sobretudo aqui em São Paulo. E faltam políticas públicas de
combate a essa violência e insegurança que vivemos nas escolas.
Visitei, na sexta-feira
passada, o Centro Municipal de Educação Infantil Cemei
Leila Gallacci, que fica na região da Vila Sônia e
pertence à Diretoria de Educação do Butantã. Lá, conversei com a comunidade
escolar, porque essa escola tem sido constantemente vítima dessa violência de
sucessivos assaltos. A escola já foi assaltada mais de cinco vezes. As
professoras estão totalmente vulneráveis por conta desses episódios.
A escola fica numa área
um tanto quanto isolada, e não há segurança. É uma escola municipal da
prefeitura de São Paulo. Ela tem dois anos de existência e foi fruto da
mobilização e pressão da comunidade para que fosse construída. Foi uma vitória
importante, mas a prefeitura ainda não equipou a escola de forma adequada,
sobretudo do ponto de vista de equipamentos de segurança. A escola não tem
vigilância contratada, e agora, recentemente, foi mais uma vez assaltada e
humilhada. Levaram todos os equipamentos e aparelhos da escola.
Enfim, a escola está um
tanto quanto traumatizada. Conversei com a comunidade escolar, que, com razão,
está revoltada com essa onda de assaltos. E constatei o seguinte: não há,
mesmo, segurança na escola. Ela não tem vigia nem equipamentos de segurança. Ou
seja, há uma omissão da prefeitura em relação a esse tópico. Então, o que
queremos é que as reivindicações da comunidade do Cemei
Leila Gallacci sejam atendidas imediatamente. Eles
querem equipamentos, como câmera de segurança, que é fundamental para que uma
escola tenha o mínimo de segurança, sobretudo no período noturno e nos fins de
semana e feriados, quando a escola fica fechada. Mas
sobretudo que a escola tenha vigilância.
A prefeitura tem que
contratar os vigias. Ali, deve haver vigilância dia e noite; se não, a escola
será assaltada novamente. Além do mais, é importante também uma
presença permanente da Guarda Civil Metropolitana, sobretudo nos horários de
risco, como no horário da saída, às 19 horas e 30 minutos, que já é noite, e a
escola fica mais vulnerável ainda. Isso é fundamental e é também
reivindicado pela comunidade. As professoras, os alunos e os pais não têm
segurança. Então, quero fazer esse apelo à prefeitura de São Paulo - ao
prefeito e à Secretaria da Educação - para que atenda imediatamente às reivindicações
da escola.
Eu trouxe fotos do
último assalto, que quero exibir aqui. É deprimente uma escola pública ser agredida dessa maneira por falta de política pública, de
empenho do Poder Público em equipar as escolas e em contratar funcionários.
Tenho fotos que mostram claramente a situação da
escola após o assalto. Esse foi um dos assaltos, mas foram vários, pelo menos
cinco. No telão, estamos mostrando fotos da situação em que a escola ficou após
o assalto. As professoras chegaram com os alunos e com os pais e viram esse
tipo de situação.
É uma escola municipal, uma escola nova, uma escola
de educação infantil que atende crianças de zero a quatro anos. É uma escola
que tem, dentro de seu prédio, um CEI - Centro de Educação Infantil, uma creche
e uma pré-escola. Vejam a situação da escola após o assalto.
Houve um trauma dentro da escola. As pessoas estão
preocupadas, as professoras estão traumatizadas, assim como a gestão e,
logicamente, os alunos e os pais com quem conversei.
Agora, isso tem que ser resolvido. Como? Tem que ser
resolvido imediatamente com a contratação de vigilantes. Tem que haver vigias
dentro da escola. É inadmissível que uma escola do tamanho do Cemei Leila Gallacci não tenha
vigilância. A GCM tem que estar presente o tempo todo, durante o período todo.
Só em um período não adianta. As professoras estavam preocupadas, pois no
período em que mais há necessidade, que é o período da saída, não há vigilância
da GCM. A GCM deve garantir a segurança das nossas escolas municipais. Então,
faço esse apelo ao prefeito e à Secretaria da Educação de São Paulo.
Sr.
Presidente, para concluir minha intervenção de hoje, quero rapidamente comentar
um fato importante: o governador Márcio França anunciou que publicará nos
próximos dias um decreto regulamentando uma lei estadual que aprovamos aqui no
plenário da Assembleia Legislativa, a Lei nº 1144, de 2011.
É uma lei que regulamenta a progressão funcional dos
servidores do quadro de apoio escolar. Nós a aprovamos em 2011 e, até hoje, ela
não foi regulamentada, prejudicando os servidores mais massacrados da Educação,
que são os servidores do quadro de apoio escolar, os agentes de organização
escolar, os agentes de serviço, que estão marginalizados, recebendo um salário
de 971 reais e um “vale-coxinha”. São vítimas de
assédio moral, de desvio de função e de uma sobrecarga excessiva de trabalho.
São os servidores mais massacrados.
Há muitos anos que venho denunciando e cobrando isso
do governo estadual. Já realizei várias audiências públicas aqui na Assembleia
Legislativa, fiz indicações e cobrei os secretários da Educação, tanto na
Comissão de Educação, com a presença deles, como também em reuniões e
audiências na Secretaria da Educação. Já tomei várias medidas ao longo dos
anos. A última medida que tomei foi acionar o Ministério Público Estadual.
Após muita pressão, o governador cedeu e
regulamentará a Lei nº 1.144, que trata da progressão desses servidores. Isso
fará com que eles tenham agora um mínimo de evolução na carreira. Não resolve a
situação, pois eles continuarão ganhando salários aviltantes, o que deveria ser
resolvido imediatamente com um reajuste salarial de verdade. Porém, a evolução
ajuda nesse sentido e essa é uma antiga reivindicação dos servidores, que são
profissionais da Educação, do quadro de apoio escolar.
Então, a nossa luta valeu, juntamente com a dos
servidores, que se mobilizaram. Fizemos várias manifestações, audiências
públicas aqui na Assembleia Legislativa, indicações e pronunciamentos na
tribuna. Além disso, acionei o Ministério Público Estadual. Tenho certeza de
que isso foi relevante para que essa medida fosse tomada, até porque estávamos
pedindo que o governo estadual fosse processado por improbidade administrativa,
pois estava desrespeitando uma lei aprovada pela Assembleia Legislativa. A lei
foi aprovada e sancionada pelo próprio governo.
Foi uma vitória importante para os servidores do
quadro de apoio escolar: a regulamentação da Lei Estadual nº 1144, de 2011.
Vamos continuar a luta em defesa do reajuste salarial e da melhoria das
condições de trabalho do quadro de apoio escolar.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE -
CORONEL TELHADA - PP - Tem a palavra o nobre
deputado Coronel Camilo.
O
SR. CORONEL CAMILO - PSD – SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente,
assessores, telespectadores da TV Assembleia, vamos falar de alguns assuntos
importantes.
Primeiro,
desordem urbana. Saiu na revista Exame, desta
quinzena, sobre a desordem que toma conta de São Paulo, no Estado todo, mas
principalmente na capital. Camelôs irregulares por todo lado, pessoas dormindo
por todo lado, pela cidade de São Paulo, drogaditos
espalhados pela cidade.
Nosso Poder Público
precisa tomar providências. Não venham me dizer que é
um crime menor, pancadão, que desordem é crime menor.
Não é. Prova disso é o que fez, em Nova York, o
prefeito Giuliani, com a tolerância zero, reduzindo quase 70% os homicídios,
combatendo os pequenos delitos.
É lamentável. A Exame fez uma boa reportagem desta vez, falando e
mostrando ruas de São Paulo, que parecem verdadeiras feiras livres do comércio
irregular. Isso é um absurdo, as pessoas tendo que andar na rua, porque não há
espaço na calçada.
Fica aí um alerta.
Fizemos aqui a lei dos pancadões, que a Polícia
Militar pode ajudar nessa questão. O município pode ajudar nessa questão. Mais
recentemente também fizemos o projeto sobre impedir o vandalismo, para punir,
com penas administrativas. Primeiro mandar recuperar aquilo que foi danificado,
e quem for identificado pagar o dobro da recuperação, como multa. Vamos ver se
isso vai para frente.
Sr.
Presidente, quero falar sobre a homenagem de hoje, sobre o Corpo de Bombeiros.
Parabéns ao nosso Corpo de Bombeiros. Parabéns, cel. Eduardo, parabéns cel.
Mauro Soares. Parabéns a todo o nosso Corpo de Bombeiros. Fizemos uma homenagem
à equipe do sargento Diego, que tentou salvar uma vítima que, infelizmente,
acabou não dando certo, no incêndio no Paissandu. Homens e mulheres que fazem a
diferença na vida das pessoas.
Tivemos a oportunidade
de homenagear também os patrulheiros. Se não fosse a Polícia Militar, aquele
incêndio teria causado muito mais mortes. A primeira patrulha, de Rádio Patrulha, que chegou naquele momento, fez a desocupação,
ajudou a tirar as pessoas do prédio. Mais de 110 famílias moravam naquele
prédio. E retiraram um pedaço do prédio da frente, que acabou pegando fogo
também.
Graças a isso não
tivemos um problema maior, um número maior de vítimas. Infelizmente, tivemos
algumas vítimas. Mas, parabéns ao nosso Corpo de Bombeiros. Parabéns à Polícia
Militar. Parabéns ao cel. Salles, pelo grande trabalho que tem feito, e essa
grande equipe, que é a nossa Polícia Militar de São Paulo.
Por último, quero fazer
aqui um alerta. Cuidado ao abrir a porta da sua casa. Tivemos uma reportagem,
no final de semana, dizendo de pessoas utilizando como desculpa a “vizinhança
solidária”, para tentar entrar nas casas, em Sorocaba.
Vamos deixar bem claro.
A polícia não vai entrar na sua casa para fazer vistoria nenhuma. A Polícia
Militar vai ver a vulnerabilidade da rua, do bairro. Outra coisa, a polícia não
manda ninguém entrar na sua casa, para verificar qualquer vulnerabilidade,
muito menos pessoas que não estejam fardadas.
Pelo contrário, para
implantar a “vizinhança solidária”, é feito um convite, que fica na sua caixa
de correio, convidando você para uma reunião, seja num salão, seja num salão de
um prédio, seja numa residência aberta, numa igreja, para implantar a
vigilância solidária, e sempre alguém fardado. A polícia não vai mandar ninguém
lá dizer que é da vigilância solidária, muito menos para entrar na sua casa.
Quando muito, alguns vizinhos se convidam para participar de uma reunião em
outro lugar, mas isso de vistoriar a casa não existe. Vou deixar bem claro para
vocês.
Graças a Deus as
pessoas lá foram muito bem orientadas, não deixaram entrar e comunicaram à
Polícia, que identificou que alguns marginais estavam tentando entrar nessas
residências.
Vigilância solidária, cuidado com aqueles que vocês colocam nos grupos. Identifique as pessoas para fazer parte do grupo. Só convidem para participar do grupo pessoas da própria rua, que são da própria comunidade. E outra coisa, cuidado com aqueles que batam na porta. Muito obrigado, Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, era o que tínhamos para hoje.
O SR.
PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Esta Presidência
solicita ao nobre deputado Coronel Camilo que assuma a direção dos trabalhos
para que este deputado possa fazer uso da tribuna.
* * *
- Assume a Presidência
o Sr. Coronel Camilo.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Tem a palavra o nobre
deputado Coronel Telhada, pelo tempo regimental.
O SR. CORONEL TELHADA - PP - Sr. Presidente em exercício, nobre deputado
Coronel Camilo, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectador da TV Alesp, visitantes, policiais militares aqui presentes,
quero saudar o cabo Juiz que está sempre conosco, saudar o cabo Lindembergue - que sei que está chegando agora na
Assembleia Legislativa, para o primeiro serviço que está tirando aqui - seja
bem-vindo, sucesso na missão.
Sr. Presidente, hoje nós estivemos, cedo, pela Marinha, onde
foi comemorado o Dia da Batalha de Riachuelo, que ocorreu há 153 anos. Esse é o
dia magno da Marinha do Brasil. Estivemos lá com o Almirante Guerreiro, onde
várias autoridades foram homenageadas, condecoradas. Parabéns à nossa Marinha
do Brasil.
Infelizmente,
Sr. Presidente, venho hoje aqui com uma missão muito
difícil. Desde quinta-feira - tendo em vista que sexta-feira não houve a sessão
ordinária - nós tivemos nove mortes de policiais militares. Vejam bem, em que
país do mundo acontece isso? É só no Brasil. Tivemos a morte de um soldado do
Exército brasileiro, oito policiais militares. Nove profissionais da Segurança
pública morreram desde quinta-feira: um homem do Exército e oito policiais
militares. Foram duas mortes no Rio de Janeiro, duas mortes na Bahia, uma morte
no Rio Grande do Norte, uma morte em São Paulo, uma morte na Paraíba, uma no
Amazonas e uma no Mato Grosso do Sul; um absurdo! Foram nove policiais.
O
primeiro militar que morreu é um militar do Exército, um jovem militar da
Polícia do Exército, que foi morto na última quinta-feira. Ele estava numa
escolta junto com as viaturas do Exército. O militar em questão é o soldado
Honório, do Exército brasileiro. Na quinta-feira próxima passada, ele como
motociclista militar, durante uma operação de escolta em um dos comboios,
acabou atropelando um civil, numa área conhecida como local de usuários de
droga. Então, esse civil era um usuário de droga. Por causa disso o soldado
Honório acabou falecendo - jovem militar - no último dia sete último, na
quinta-feira.
Outro policial militar, também morto na última quinta-feira, no Rio
de Janeiro, teve a sua vida ceifada. É o PM, sargento da Polícia Militar, Robson
Airon Coelho Alves, 49 anos, que pertencia ao 22º
Batalhão de Polícia Militar (Maré). Ele foi assassinado por disparos de arma de
fogo, na porta da própria casa, no bairro Maria Helena. Ele estava há 20 anos
DNA Polícia Militar e deixa mulher e cinco filhos. Cinco filhos órfãos de um
policial militar, mais uma vez vítima do crime. Essa é a realidade do Brasil.
Dessas duas mortes que ocorreram em
Salvador, uma delas é simplesmente absurda. Coloquem a foto dele no telão, por
favor. Esse policial militar não foi só morto, como ele sofreu atos de
requintes de perversidade, de tortura - fala-se tanto em tortura no Brasil.
Esse militar, de 44 anos, é o cabo da
Polícia Militar Gustavo Gonzaga da Silva, da Polícia Militar da Bahia, que,
além de ser morto com vários tiros na cabeça, teve os olhos arrancados, a
mandíbula, a mão direita, a orelha e a língua. O que é isso? Em que país nós
estamos? E ninguém fala nada. Era casado e deixa duas filhas. Um absurdo isso.
Na
Bahia, também na quinta-feira, foi morto o cabo da Polícia Militar, José Luiz
da Hora, 51 anos, casado, um casal de filhos. Era pastor de uma igreja
evangélica onde congregava há 17 anos, e não costumava andar armado. Foi vítima
de criminosos quando teve o carro roubado. Os malditos perceberam que ele era
policial militar e o mataram. Ele estava na Polícia Militar há
24 anos.
No dia
8, sexta-feira, no Rio Grande do Norte, outro policial militar foi cruelmente
assassinado, o cabo da Polícia Militar Melqui de Djalcy Rodrigues, de 41 anos. Estava passeando com uma
mulher quando dois indivíduos chegaram num carro branco, armados, e o
abordaram. Um dos indivíduos estava com capacete e atirou contra o policial
militar, atingindo-o na testa. Ele ainda foi socorrido, mas morreu ao chegar ao
hospital. Ou seja, mais um policial militar simplesmente fuzilado.
Outro
policial militar foi morto ontem, domingo, inclusive serviu comigo na Rota,
trabalhou com meu filho, o tenente Telhada. É o sargento Rogério de Oliveira
Alves, conhecido como R. Alves, 37 anos. Ele chegava em casa com sua motocicleta quando foi abordado por dois
indivíduos, que não se contentaram em roubar a motocicleta. Quando vistoriaram
o policial, viram que ele estava armado e não restou outra
alternativa a ele a não ser entrar em luta com os criminosos. Nessa luta
corporal, acabou matando um dos criminosos, mas foi morto também, e teve sua
arma roubada. Nossos sentimentos pela morte do sargento R.
Alves.
Na
Paraíba, mais um policial militar morto, hoje, segunda-feira. É o 3º sargento
da Polícia Militar, Francisco de Assis Pereira Marinho, que retornava para casa
após ter trabalhado no Parque Novo Mundo. Era do 2º Batalhão de Campina Grande.
Dois indivíduos, numa motocicleta, abordaram o policial e deram dois tiros nele.
Um tiro acertou o tórax, do lado esquerdo, e o outro a cabeça, do lado esquerdo
também. Tinha 27 anos de Polícia Militar. Mais um policial militar cruelmente
assassinado.
E o nono
policial militar assassinado nesses dias foi no Amazonas, o sargento Taynam Régis Barreto, 32 anos. Foi baleado no último dia
primeiro, numa ocorrência com traficantes. Morreu nesta madrugada. Foi ferido
num confronto com traficantes, na zona sul de Manaus. Era das Rondas Ostensivas
Cândido Mariano, Rocam, e era lotado no 2º Batalhão
de Polícia de Choque. Foi morto de maneira absurda.
Outro
policial militar foi morto em Mato Grosso do Sul, o 1º sargento Wilson Martins
de Figueiredo. Na porta de seu carro, foram encontrados tiros de fuzil. Tinha
62 anos. Era sargento da Polícia Militar do Mato Grosso do Sul, pai de um
coronel. Ele trabalhava na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Isso é
o típico fuzilamento, não ocorrência. É execução. Ele foi executado a tiros de
fuzil, na manhã desta segunda-feira, na Avenida Guaicurus, Jardim Moema, em
Campo Grande.
Ele ocupava o cargo de gerente de segurança e polícia
legislativa da Assembleia do Mato Grosso do Sul, há quatro anos. Ele seguia no
seu veículo KIA Sportage, quando foi atingido por disparos,
perdeu o controle e derrubou o muro de um comércio, morrendo na hora. No local,
foram encontrados um carregador de fuzil 556, um
extensor de coronha, equipamento para diminuir o impacto do fuzil, além de
calibres de uma arma não identificada. Ou seja, foi simplesmente executado. Não
houve nem voz de assalto, ele foi executado.
Sr. Presidente, é o nono
policial militar morto desde quinta-feira. Essa é a triste realidade da Polícia
Militar no Brasil. Essa é a triste realidade da Segurança em nosso País. Muito
obrigado.
* * *
- Assume a Presidência
o Sr. Coronel Telhada.
* * *
O
SR. CORONEL CAMILO
- PSD - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças
presentes em plenário, solicito o levantamento da presente sessão.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Sras.
Deputadas, Srs. Deputados, havendo
acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta Presidência irá levantar
a sessão. Antes, porém, convoca V. Exas. para a sessão
ordinária de amanhã, à hora regimental, informando que a Ordem do Dia será a
mesma da sessão da última quinta-feira.
Está levantada a
sessão.
* * *
-
Levanta-se a sessão às 15 horas e 01 minuto.
* * *