22 DE
JUNHO DE 2018
087ª
SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: LECI BRANDÃO
Secretaria: CARLOS GIANNAZI
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - LECI BRANDÃO
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - CARLOS GIANNAZI
Apela ao Governo que sancione o PLC
1/13, que trata da aposentadoria especial para professores readaptados da Rede
Estadual de Ensino. Menciona que a jurisprudência nacional já reconhece esse
direito à categoria. Cita que o governador Márcio França regulamentou, através
de decreto, a progressão funcional dos servidores do quadro de apoio escolar.
Pede a seus pares apoio para a aprovação do PLC 24/15,
que beneficia os professores categoria "O".
3 - CARLOS GIANNAZI
Solicita o levantamento da sessão,
por acordo de lideranças.
4 - PRESIDENTE LECI BRANDÃO
Defere o pedido. Convoca os Srs.
Deputados para a sessão ordinária de 25/6, à hora regimental, sem Ordem do Dia.
Lembra a realização das seguintes sessões solenes: hoje, às 20h, em
"Homenagem aos 70 anos da Sociedade Bíblica do Brasil", e dia 25/6,
às 10h, para "Comemoração dos 95 Anos do Sindigraf-Sp
- Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo". Levanta a
sessão.
* * *
-
Assume
a Presidência e abre a sessão a Sra. Leci Brandão.
* * *
A SRA.
PRESIDENTE – LECI BRANDÃO – PCdoB - Havendo
número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os
nossos trabalhos.
Com base nos termos do
Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em
plenário, está dispensada a leitura da Ata.
Convido o Sr. Deputado Carlos Giannazi para,
como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da
matéria do Expediente.
O SR.
1º SECRETÁRIO – CARLOS GIANNAZI – PSOL - Procede
à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.
* * *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
* * *
A
SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB -
Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tem a palavra o primeiro orador inscrito,
nobre deputado Carlos Giannazi.
O SR. CARLOS GIANNAZI -
PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra.
Presidente, nobre deputada Leci Brandão,
telespectador da TV Assembleia, queria fazer um apelo hoje ao governador Márcio
França para que ele sancione o nosso projeto de lei, o Projeto de lei
Complementar nº 1, de 2013, que nós aprovamos aqui no plenário na última
terça-feira.
Ele
trata da questão da aposentadoria especial para os professores readaptados da
rede estadual que até então foram privados desse direito, foram excluídos de um
direito já garantido pela Constituição Federal e até mesmo pelo Supremo
Tribunal Federal, mas o estado de São Paulo, que foi administrado durante quase
30 anos pelo PSDB, não reconheceu esse direito. Boicotou
os professores readaptados, professores que já foram prejudicados nas precárias
condições de trabalho. Adoeceram em serviço por conta da superlotação de salas,
da jornada estafante de trabalho e de tantas outras condições que atentam
contra o trabalho dos profissionais da Educação.
Então,
esses professores além de terem adoecido, já terem sido punidos e estarem fora
da sala de aula, mas trabalhando na escola, ajudando no projeto pedagógico,
eles agora foram punidos pelo governo estadual durante todo esse tempo,
impedidos de terem acesso à aposentadoria especial, que é uma conquista
histórica do Magistério nacional essa aposentadoria especial.
Ela
foi ameaçada agora também pelo governo Temer, quando ele propôs a reforma da
Previdência que nós conseguimos congelá-la por um tempo. Ele também acaba com a
aposentadoria especial do Magistério nacional, tanto do Magistério público,
como dos professores que lecionam nas escolas particulares, mas a reforma não
foi aprovada e não será porque o povo brasileiro é contra a reforma da
Previdência.
Mas,
enfim, em São Paulo, a política de ódio do PSDB contra os servidores sempre
impediu que pudéssemos garantir esse direito aos professores e depois de muita
luta aqui na Assembleia Legislativa nós aprovamos o projeto que eu apresentei
em 2013. O projeto tramitou, foi aprovado em todas as comissões e teve uma ajuda
muito importante da Associação dos Professores Readaptados do Estado de São
Paulo e, enfim, na última terça-feira, a Assembleia Legislativa tomou a decisão
importante de aprovar o nosso projeto.
Hoje,
foi publicado no Diário Oficial já o autógrafo do projeto. Ele está sendo
encaminhado agora, hoje ou amanhã, para o governador Márcio França e nós aqui
rogamos a ele, pedimos ao governador para que ele sancione,
que transforme o nosso PLC 1/2013 em uma lei, até porque já tem a
jurisprudência. O Supremo Tribunal Federal já tomou a decisão favorável.
Existem outros estados e outras prefeituras. Enfim, em outros entes federativos
que já reconhecem esse direito, como a Prefeitura de Santo André, que já
aprovou a lei na Câmara Municipal. Inclusive, inspirou-se no nosso projeto. O
nosso projeto foi fonte de inspiração para o projeto aprovado em Santo André.
Lá o projeto foi sancionado. Já é lei no município de Santo André e em vários
outros municípios e estados do Brasil.
Apelamos ao governador
Márcio França para que sancione a lei e garanta esse direito aos professores
readaptados, que estão trabalhando nas escolas e continuam na carreira do
Magistério estadual. Só não estão em sala de aula por conta do adoecimento.
Eles têm laudo médico impedindo o trabalho em sala de aula. O professor
readaptado é aquele que perdeu a voz, por exemplo, e não pode mais lecionar,
não tem mais condição de falar com os alunos.
Ele não pode mais ficar
em sala de aula, mas ele cumpre outra tarefa importante dentro da escola:
ajudando na gestão e auxiliando a coordenação pedagógica, sobretudo, na
efetivação do projeto político-pedagógico de cada escola. São profissionais
valorosos, que estão dando uma grande contribuição para a Educação em todo o
estado de São Paulo e merecem respeito.
Há um direito já
conquistado pelo Magistério nacional, que é a aposentadoria especial. Isso não
tem nenhum custo para o estado porque já é um direito do professor. É o estado
de São Paulo que está impedindo que ele tenha. A deputada Leci
Brandão votou favoravelmente ao projeto e nos apoiou sempre, na luta que temos
aqui em defesa da Educação. Vossa Excelência é uma grande aliada nessa luta dos
educadores do estado de São Paulo.
O projeto foi aprovado
e agora está nas mãos do governador Márcio França. Espero que ele não tenha a
mesma política de ódio que sempre teve o PSDB no estado de São Paulo. Seja com
o Mário Covas, com o Alckmin, com o Serra, todos os governos tucanos daqui de
São Paulo massacraram os nossos servidores.
O governador Márcio
França já deu algumas demonstrações, está fazendo algumas concessões, tentando
se diferenciar dos tucanos. Quando, recentemente, regulamentou por decreto a
Lei 1.144, do quadro de apoio escolar, que garante a progressão funcional e a
evolução na carreira. Isso estava congelado. Aprovamos a lei em 2011 aqui no
plenário e, até ontem, a lei não tinha sido regulamentada pelo PSDB. Em 2011, a
lei foi aprovada. Só agora foi regulamentada. Estávamos lutando muito por isso.
Agora o governador,
atendendo aos nossos apelos, resolveu regulamentar, através de um decreto
publicado no Diário Oficial, a progressão funcional dos servidores do quadro de
apoio escolar. O governador também mudou uma interpretação da PGE, Procuradoria
Geral do Estado, que tinha apresentado uma interpretação de uma situação que
penalizava os servidores, em relação às faltas médicas e licenças médicas, que
não eram consideradas como dia de efetivo exercício para a contagem de tempo de
aposentadoria.
Durante todos esses
anos, essa orientação do governo, que a PGE acabou dando o fundamento
jurídico... A PGE faz as coisas e apresenta os pareceres de acordo com as
orientações políticas. Ela não é tão neutra e tão técnica, porque mudou a
orientação agora. Com o Alckmin, não considerava. Agora considera. Há alguma coisa
errada. Me engana que eu gosto, PGE! “Não, é uma
questão jurídica e técnica.” Sabemos como funciona isso.
O fato é que, agora, a
PGE, em um novo entendimento, diz que as faltas e licenças médicas serão
consideradas como tempo de contribuição para a contagem de tempo na
aposentadoria. Espero que o Márcio França, que agora tem exatamente 15 dias
para sancionar... Ele tem até o dia 13 de julho para sancionar ou vetar o nosso
PLC 1, de 2013.
Faço esse apelo ao
governador para que ele tenha sensibilidade com os professores readaptados, que
compõem a carreira do Magistério e a ele pertencem; logo, têm direito à
aposentadoria especial - até porque continuam contribuindo com a São Paulo Previdência.
Mesmo adoentados, mesmo
readaptados, eles continuam contribuindo. Então, eles têm todo o direito.
Apelamos ao governador Márcio França para que, até o dia 13 de julho, ele
sancione a lei; que ele não reproduza a mesma política de ódio do PSDB, do
Alckmin e do Doria.
O Doria, na Prefeitura
de São Paulo, tentou acabar com a aposentadoria dos servidores municipais com o
Sampaprev, que era um confisco salarial e uma
privatização da Previdência municipal.
Mas, os servidores,
sobretudo o Magistério municipal, derrotou Doria. Então, espero que o Márcio
França, governador do estado de São Paulo, aja de forma diferente e sancione o
nosso PLC 1, de 2013.
Só para concluir, deputada Leci Brandão, faço um
apelo para que a Assembleia Legislativa, nestes últimos dias do primeiro semestre,
vote o PLC 24, de 2015, que é o nosso projeto que vai beneficiar os nosso
professores categoria “O”. O projeto acaba com a duzentena,
que é uma interrupção do contrato de trabalho dos professores da rede estadual,
e garante a utilização do Iamspe pelos professores
categoria “O”.
Temos um absurdo,
deputada Leci Brandão. Em São Paulo, professor
categoria “O” não tem direito à assistência médica. Não tem direito ao Iamspe. Ele não fica totalmente descoberto, do ponto de
vista da sua saúde.
Ele é um funcionário
público, um servidor público, mas ele não tem acesso ao Iamspe,
porque isso é vedado pela lei. A Lei 1093 foi aprovada aqui no plenário. Nós
votamos contra, logicamente, mas o Governo tinha maioria, como tem ainda.
Foi aprovada essa
perversa lei, que prejudicou os professores categoria “O”, professores
admitidos em caráter temporário. São mais de 50 mil, hoje, na rede estadual. O
professor categoria “O” é um dos mais prejudicados, porque ele tem sempre o
rompimento do contrato, ficando impedido de voltar à sala de aula durante um
ano. Ele fica desempregado, os alunos, normalmente, ficam sem as aulas desse
professor, porque o Estado não contrata novos professores.
O professor fica um
ano, 180 dias, fora da sala de aula, fora da escola. Então, a nossa luta é para
resolver essa situação. Em 2015, apresentei o PLC 24, de 2013. Foi construído
coletivamente por vários grupos de professores categoria “O”. Realizamos
audiências públicas, várias reuniões.
Ele já está pronto para
ser votado, está em regime de urgência. Só falta votar, deputada Leci Brandão. Então, quero apelar à Assembleia Legislativa,
aos 94 deputados e deputadas, para que possamos, agora, até sexta-feira que vem, votar o projeto e resolver definitivamente essa
situação.
O governo, às vezes, ameaça
resolver, manda um projeto, não resolve, transforma duzentena
em quarentena. Mas, depois, volta a ser duzentena,
como fez no ano passado, apresentando um projeto e transformando a duzentena em quarentena, mas só para os professores
contratados em 2014.
Isso não funcionou.
Mais de 20 mil professores categoria “O” foram demitidos no início do ano. O
nosso projeto, o PLC 24, de 2013, que eu
apresentei, resolve, porque ele acaba definitivamente com a duzentena,
com a quarentena e com qualquer tipo de interrupção do contrato. Além disso,
garante a utilização do Iamspe, do Hospital do
Servidor Público por todos os professores nessa situação, admitidos pela Lei
1093, de 2013.
Essa é a nossa luta, e eu faço esse apelo para que o
projeto seja aprovado em caráter de extrema urgência, até porque já há um
requerimento de urgência que eu aprovei nesta Casa. Os 94 deputados votaram a
favor do requerimento de urgência, agora se trata de votar definitivamente o
PLC nº 24, que acaba com a duzentena, com a
quarentena, com a interrupção dos contratos dos professores da categoria O e
garante a utilização do Iamspe. Muito obrigado.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
Sra. Presidente, havendo acordo entre as lideranças
presentes em plenário, solicito o levantamento da presente sessão.
A SRA.
PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo entre
as lideranças presentes em plenário, esta Presidência vai levantar a sessão.
Antes, porém, convoca V. Exas. para
a sessão ordinária de segunda-feira, à hora regimental, sem Ordem do Dia,
lembrando-os ainda da sessão solene a realizar-se hoje, às 20 horas, com a
finalidade de homenagear os 70 anos da Sociedade Bíblica do Brasil, e da sessão
solene a realizar-se segunda-feira, às 10 horas, com a finalidade de comemorar
os 95 anos do Sindigraf - Sindicato das Indústrias
Gráficas do Estado de São Paulo.
Está
levantada a sessão.
* * *
-
Levanta-se a sessão às 14 horas e 50 minutos.
* * *