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22 DE JUNHO DE 2018

044ª SESSÃO SOLENE EM  HOMENAGEM AOS 70 ANOS DA SOCIEDADE BÍBLICA DO BRASIL

 

Presidência: VAZ DE LIMA

 

RESUMO

1 - VAZ DE LIMA

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - IZABEL DE JESUS PINTO

Mestre de cerimônias, anuncia a composição da Mesa.

 

3 - PRESIDENTE VAZ DE LIMA

Informa que a Presidência convocara a presente sessão solene, em "Homenagem aos 70 anos da Sociedade Bíblica do Brasil", por solicitação deste deputado, na direção dos trabalhos. Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro". Lê mensagens alusivas à homenagem prestada nesta sessão, enviadas por diversas autoridades.

 

4 - GILBERTO NASCIMENTO

Deputado federal, expressa sua alegria por participar desta solenidade. Parabeniza o deputado Vaz de Lima pela iniciativa. Discorre sobre a importância da Bíblia e a dificuldade de distribuí-la em diversos países. Enfatiza a contribuição da internet para a difusão do texto bíblico. Considera que é preciso transformar as pessoas para resolver os problemas do mundo. Fala sobre o grande número de cristãos no Brasil.

 

5 - PRESIDENTE VAZ DE LIMA

Anuncia a leitura de trecho bíblico, feita pelo Sr. Luiz Antonio Forlim, secretário da Gráfica da Bíblia, sucedida de uma oração, para a qual chama o reverendo Paulo Teixeira, secretário de Traduções e Publicações da SBB. Convida o Coro Masculino Unido para que faça uma apresentação musical. Lê breve histórico da trajetória da Sociedade Bíblica do Brasil. Exibe vídeo acerca da instituição. Destaca a justeza da homenagem prestada à SBB.

 

6 - ERNÍ WALTER SEIBERT

Diretor-executivo da Sociedade Bíblica do Brasil, narra a história da primeira sociedade bíblica do mundo, criada no Reino Unido. Faz histórico da SBB, fundada em 1948. Reflete sobre passagem bíblica acerca da esperança. Agradece pela homenagem prestada à entidade.

 

7 - PRESIDENTE VAZ DE LIMA

Defende projeto de lei que, a seu ver, dá esperança aos presidiários.

 

8 - ASSIR PEREIRA

Presidente da Sociedade Bíblica do Brasil, agradece ao deputado Vaz de Lima pela iniciativa desta solenidade. Lê e comenta versículo bíblico, o qual, acrescenta, define a missão da SBB. Ressalta a contribuição da Reforma Protestante para a tradução da Bíblia para as línguas locais. Menciona as várias versões em português da Bíblia. Faz considerações sobre a relevância do texto bíblico para a formação de um povo.

 

9 - PRESIDENTE VAZ DE LIMA

Anuncia nova apresentação musical do Coro Masculino Unido. Expressa sua satisfação por presidir esta solenidade. Discorre sobre a presença da Bíblia em sua vida. Anuncia oração, feita pela pastora Luciane. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Vaz de Lima.

 

* * *

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - IZABEL DE JESUS PINTO - Senhoras e senhores, boa noite. Sejam todos bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Neste momento, daremos início à sessão solene em Homenagem aos 70 anos da Sociedade Bíblica no Brasil.

Comunicamos aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV WEB e será retransmitida pela TV Assembleia no domingo, dia 24 de junho, às 22 horas e 10 minutos, pela NET - Canal 7; pela TV Vivo - Canal 9; e pela TV Digital - Canal 61.2.

Convidamos para compor a Mesa o deputado estadual Vaz de Lima; o reverendo Assir Pereira, presidente da Sociedade Bíblica no Brasil; o deputado federal Gilberto Nascimento; o reverendo Dr. Erní Walter Seibert, diretor-executivo da Sociedade Bíblica do Brasil; o reverendo Paulo Teixeira, secretário de Tradução e Publicações da Sociedade Bíblica do Brasil; e o Sr. Luiz Antônio Forlim, secretário da Gráfica da Bíblia. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Senhoras e senhores, esta sessão foi convocada pelo presidente efetivo desta Casa, deputado Cauê Macris, atendendo à solicitação deste deputado, com o intuito de comemorar o Aniversário de 70 anos de Fundação da Sociedade Bíblica do Brasil, celebrado no último dia 10 de julho.

 Desde logo, quero cumprimentar o deputado Gilberto Nascimento, que foi deputado nesta Casa e hoje é deputado federal em Brasília. Aliás, nós fomos colegas aqui e lá. Fui deputado federal de 2011 até 2014, naquela legislatura. É uma alegria recebê-lo aqui, é muito bom tê-lo aqui.

Convido todos os presentes para, de pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro.

* * *

 

- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Irei fazer um pequeno protocolo. Quero cumprimentar o reverendo Assir Pereira, que é presidente da Sociedade Bíblica no Brasil; o reverendo Dr. Erní Walter Seibert, diretor-executivo da Sociedade Bíblica do Brasil; o reverendo Paulo Teixeira, secretário de Tradução e Publicações da Sociedade Bíblica do Brasil; o Sr. Luiz Antônio Forlim, secretário da Gráfica da Bíblia; e o deputado federal Gilberto Nascimento, todos estão aqui.

Quero citar também algumas outras autoridades, Pelo menos as que chegaram à minha mão: Orivaldo Veloso Santos, secretário de Administração Geral da Sociedade Bíblica do Brasil; pastor Luiz Florentino, presidente do diretório estadual da Sociedade Bíblica do Brasil; pastora Luciana Ribeiro da Silva, presidente da União Evangelizadora Feminina Batista Nacional; pastor Marcio Luiz da Silva, secretário jurídico da Convenção Batista Nacional; pastor Agnaldo Almeida, da Igreja Assembleia de Deus - Ministério Independente; a gerente de Comunicação da Sociedade Bíblica do Brasil, Márcia Carneiro; Bianca Colepicolo, representando o deputado federal Roberto de Lucena e o pastor Manoel Nascimento, representando o pastor Alcides Fávaro, grande amigo, presidente da Assembleia de Deus - Ministério Ipiranga.

Ao mesmo tempo, quero agradecer autoridades que, não podendo comparecer, fizeram questão de registrar, por ofício, a data: governador Márcio França; prefeito Bruno Covas; o presidente desta Casa, deputado Cauê Macris; deputado João Caramez; deputado Estevam Galvão, da Igreja Metodista; deputado Coronel Telhada, da Igreja Cristã no Brasil; o secretário do Emprego e Relações do Trabalho, Cícero Firmino da Silva; o desembargador Wilson Fernandes, presidente Regional do Trabalho da 2ª região.

Nós estamos fazendo uma sessão solene. Portanto, há algum formalismo em tudo isso, mas, quebrando um pouco formalismo, eu vejo muitos irmãos sentados lá atrás. Se quiserem ocupar as cadeiras que são aqui destinados aos deputados, vão se sentir deputado por algumas horas. Têm toda a liberdade. Podem ficar aqui, à frente, se quiserem.

Está também entre nós o pastor Marcos Silva, secretário de Distribuição da Sociedade Bíblica do Brasil.

Vamos fazer o nosso roteiro. Vou, desde logo, passar a palavra ao representante da Câmara Federal, o deputado e pastor evangelista Gilberto Nascimento, que pode se dirigir à tribuna.

 

O SR. GILBERTO NASCIMENTO - Quero dizer da minha grande alegria. Quero  agradecer a Deus por um momento tão importante como este. Agradeço ao meu amigo, deputado Vaz de Lima, exemplo de homem público a ser seguido, tem sido uma benção na nossa vida. Cumprimento os demais membros da Mesa na pessoa do Dr. Assir Pereira, também delegado de polícia, de longa data, portanto meu amigo de longa data.

Quero dizer, deputado Vaz de Lima... Primeiro parabenizá-lo pela feliz iniciativa de um momento como este. Não é todo o tempo que nós comemoramos 70 anos de impressão de Bíblia em algum país.

Eu estava pouco falando que tive a oportunidade de visitar um país comunista, ou algumas vezes países comunistas, e a grande preocupação dos comunistas é com o que nós carregamos na bagagem.

Eles procuram três coisas: drogas, armas ou Bíblia. As drogas viciam as pessoas, as armas matam, as Bíblias dão vida, e quando elas dão vida, elas transformam as pessoas de dentro para fora. Então, independente do regime que se queira implantar, se impor a alguém, quando a mensagem de Deus entra, ela transforma a vida da pessoa de dentro para fora.

Isso me faz lembrar um determinado professor de geografia, que estava lá cuidando dos seus afazeres para as aulas do dia seguinte. Em determinado momento, vem o seu filho e acaba dizendo, fazendo perguntas sobre uma coisa e sobre outra, tinha um grande mapa mundial sobre a mesa.

Ele, perguntando sobre as coisas, e o pai sabendo que o menino gostava muito de montar quebra-cabeça, era especialista nisso. O pai logo pega aquele mapa, com certa ansiedade, e recorta em vários pedaços, dá um pedaço de cartolina e um tubinho de cola, e diz: “Meu filho, vá, monte esse quebra-cabeças, esse mapa, e, quando você voltar, eu te respondo todas as coisas”.

Ele imaginou, talvez, meu querido pastor, que fosse ficar uma semana livre das perguntas daquela criança. Para sua surpresa, duas horas depois o menino volta com o mapa totalmente montado, e diz para o pai o seguinte: “Pai, está pronto o mapa”.

O pai olha com certa surpresa e pergunta: “O que aconteceu? Como é que você conseguiu? Você não conhece a América, não conhece a Ásia, não conhece nada de fora do Brasil, como é que você conseguiu fazer isso?

Ele disse: “Pai, na parte de trás do mapa tinha figura de um homem. Eu fui montando o homem, passei a cola, coloquei a cartolina e virei. Quando eu virei, então estava montado o mapa”.

Moral dessa história toda: quando você conseguir consertar o homem, você conserta o mundo. A única forma de nos vermos homens consertados, deputado Vaz de Lima, é quando nós temos a Palavra de Deus vindo sobre a vida dele. A palavra é uma palavra que transforma, uma palavra que muda, uma palavra que, de qualquer forma, traz um novo conceito para uma sociedade.

A Bíblia nos mostra todas as fases. É profundamente lamentável que nós temos hoje algumas pessoas dizendo que o Estado é laico. Esses dias, recebi, por exemplo,  alunos de uma escola aqui de São Paulo em Brasília, dizendo “olha, por que vocês têm um crucifixo aqui, se o Estado é laico?”.

O Estado é laico, mas o povo é cristão. Noventa e sete por cento das pessoas acreditam em Deus. Oitenta e tantos por cento das pessoas são cristãos. Eu disse: “Olha, se vocês querem mudar isso, façam uma mudança então, mudem a sociedade, e aí vocês mudam coisas como essa”.

Mas a sociedade nunca vai mudar. Eles nunca vão conseguir fazer essa mudança, porque nós temos alguma coisa que nos faz a diferença, que é exatamente a Palavra de Deus sobre nossas vidas.

Eu termino aqui dizendo  que este livro, eu tenho dito lá em Brasília, é o único livro no mundo que as pessoas leem e que o autor está do lado. Esta é a grande diferença. Eu tenho no meu cartão de deputado um versículo atrás, que diz: “Crê no Sr. Jesus Cristo, e serás salvo, tu e a tua casa”.

Eu dou tamanha importância a isso. No dia em que pude tentar entrar na Alemanha Oriental não queriam que eu entrasse sequer com qualquer coisa que tivesse escrito o nome desse Senhor que pode transformar uma vida.

Mas, hoje, deputado Vaz de Lima, eu saio daqui com um aprendizado muito grande. Há pouco nós estávamos dizendo, e o diretor da Sociedade Bíblica estava dizendo o seguinte, que agora nós estamos colocando a Bíblia na internet. Eu sempre pensei o seguinte, Mateus 24:14: “E quando o Evangelho do reino for pregado a toda essa gente, virá o fim.” Eu logo pensava: “Mas, Senhor, como é que vai ser pregado o Evangelho nesses países comunistas, nos países árabes, como é que vai chegar isso, como é que a Sua Palavra vai chegar lá?”

Logicamente, hoje, felizmente, alguns falam que a internet é uma coisa que veio para o mal, mas não, eu acho que nesse caso veio muito para o bem, porque é a forma de nós termos um mundo todo evangelizado na medida em que o Senhor estiver operando na vida dessas pessoas. Portanto, eu estou entendendo, e saio daqui hoje entendendo que Ele vai voltar mais rápido do que nós podemos pensar. Por isso, digo: “Ora, venha, Senhor Jesus, porque nós aguardamos um novo céu e uma nova terra.

Parabéns, Sociedade Bíblica do Brasil. Tivemos a felicidade de estar em Brasília também, em um grande evento como este. Louvo a Deus pela vida de todos vocês. Continue levando esse Evangelho, continue espalhando, continue nessa grande missão que é, exatamente, imprimir Bíblias, colocar Bíblia na internet, porque essa é a palavra de Deus. Deus abençoe em nome de Jesus, amém.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Vou convidar o Dr. Forlim para a leitura de um trecho da Bíblia, da palavra de Deus. Todos poderemos acompanhar. Salmo 65, versos de 1 a 5.

 

* * *

 

- É feita a leitura bíblica.

 

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O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Na sequência, vou pedir para que o pastor Paulo Teixeira nos dirija em uma oração. Vou convidar a todos para ficar de pé.

 

* * *

 

- É feita a oração.

 

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O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - É momento de adoração. Vou convidar o coral Coro Masculino Unido para apresentar dois hinos, Majesty e Graça.

O deputado Gilberto Nascimento está aqui, dizendo também Grande Deus.

 

* * *

 

- É feita a apresentação musical.

 

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O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Quero aproveitar e agradecer ao maestro Cremilson e a todos os integrantes do Coro Masculino Unido, que vai voltar a se apresentar em algum momento. O reverendo Assir estava me dizendo que esse coro teve início em 1997, mais ou menos, aqui na Igreja Presbiteriana Independente do Cambuci. Depois, integrantes de várias igrejas foram se juntando e formaram este Coro Masculino Unido, que hoje é regido pelo maestro Cremilson.

Quero aproveitar e registrar também a presença de Márcia Kelly, que representa o vereador Kiko Beloni, de Valinhos; e também o pastor Mário Rost, gerente de Desenvolvimento Institucional da Sociedade Bíblica do Brasil. Umas breves palavras de apresentação da Sociedade Bíblica:

“Em 10 de junho de 2018, a Sociedade Bíblica do Brasil completou 70 anos de fundação. Para celebrar a data, diversos eventos como este estão sendo promovidos em todo o País ao longo do ano.

Fundada em 1948, no Rio de Janeiro, a Sociedade Bíblica do Brasil é uma entidade beneficente de assistência social, de finalidade filantrópica, educativa e cultural, que faz parte de uma organização mundial, as Sociedades Bíblicas Unidas, presente em mais de 200 países e territórios. Ao longo desses 70 anos, a Sociedade Bíblica do Brasil construiu sua trajetória com base na missão de promover a difusão da Bíblia Sagrada e sua mensagem como instrumento de transformação e desenvolvimento integral do ser humano.

Sua finalidade é traduzir, produzir e distribuir a Bíblia Sagrada, um verdadeiro manual para a vida, que promove o desenvolvimento espiritual, cultural e social do ser humano, provocando, assim, a transformação daquele que com ela entra em contato. Para cumprir a missão de distribuir, de forma relevante, a Bíblia Sagrada a todas as pessoas, desenvolve programas bíblicos de impacto social em todo o País, promovendo e contribuindo para o desenvolvimento espiritual, ético e social da população brasileira.

Vamos conhecer um pouco mais do trabalho vendo agora um vídeo institucional.

 

* * *

 

- É feita a exibição de vídeo institucional.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Entre várias outras razões, estamos aqui reunidos hoje para agradecer a Deus pelo trabalho realizado pela Sociedade Bíblica do Brasil, como demonstrado no vídeo, nesses 70 anos de trajetória.

Eu vi ali a Bíblia em braile. Quantos anos faz isso? Dezoito anos! Eu lembro que estava lá ajudando e fizemos um evento no Memorial da América Latina para lançá-la. É um trabalho lindíssimo de inclusão. Muito bom.

Vou passar a palavra ao diretor-executivo da Sociedade Bíblica do Brasil, o Dr. Erní Walter Seibert, que pode se pronunciar daqui ou da tribuna, como achar melhor.

 

O SR. ERNÍ WALTER SEIBERT - Excelentíssimo deputado Vaz de Lima, que convocou esta sessão solene, deputado federal Gilberto Nascimento, em nome dos dois saúdo toda a Mesa e as autoridades presentes.

Também quero saudar de forma especial os pastores e pastoras presentes, líderes das igrejas. Todos nós somos pessoas tementes a Deus e eu digo que a graça e a paz do Senhor Jesus estejam com todos nós.

 

TODOS - Amém.

 

O SR. ERNÍ WALTER SEIBERT - Este ano, 70 anos, é um ano de história. Eu vou contar um pouquinho de história para vocês. Sei que todo mundo gosta de ouvir histórias e a Bíblia é um livro de história. A maioria não se dá conta, mas mais da metade da Bíblia é história.

A história da Sociedade Bíblica, que completa 70 anos, começa no fim do século XVIII, em 1790, aproximadamente. Na história, há personagens e, ao longo do contar da história, queria chamar a atenção para os personagens.

O primeiro personagem importante na história da Sociedade Bíblica é uma menina, uma menina que aprende a ler e que gostava de ouvir histórias bíblicas, mas não tinha uma Bíblia em casa. Era uma menina do País de Gales, uma galesa. O nome dela era Mary Jones.

Ela falou em casa: “Como é que poderíamos ter uma Bíblia?” De casa, ela foi à igreja: “Como é que poderíamos ter uma Bíblia?” E aí disseram: “Há um pastor que vende Bíblias em uma localidade a aproximadamente 40 quilômetros de distância. E é caro!

A menina economizou dinheiro, foi até lá e, quando pediu a Bíblia na língua galesa, o pastor disse que só tinha uma e que já estava prometida para outra pessoa. Então, ela disse ao pastor: “Posso contar a minha história?” Ela contou tudo o que tinha feito para conseguir comprar a Bíblia e o pastor disse: “Esta Bíblia tem que ser sua”. E a entregou a ela.

Essa Bíblia está na Biblioteca da Universidade de Cambridge. Eu a tive em mãos e emocionei-me ao ver essa Bíblia. É muito bonita essa história: uma menina e como ela influenciou o mundo. Uma menina com sua família. Vejam os personagens. E o pastor de uma igreja. Esse pastor disse que alguém que quer uma Bíblia não deveria ficar sem. Ele reuniu outros pastores e membros de igreja e, no ano de 1804, em Londres, na Inglaterra, ele fundou, com essas pessoas, a primeira Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira. Essa Sociedade Bíblica, fundada em 1804, começou com esse propósito de dar a Bíblia a todos.

E aí quero fazer um pulo de quatro anos na história, vindo ao Brasil, em 1808. O que aconteceu em 1808 no Brasil? A vinda da família real. Aí entrou um novo personagem; nós vamos dizer que entraram os políticos. O rei e toda a sua corte vieram ao Brasil e entraram na história. Interessante, quando eles chegaram ao Brasil, fugindo da Europa, Napoleão tinha cercado Lisboa e eles juntaram rapidamente o que deu para juntar e vieram para essa colônia deles e transformaram o Brasil em Reino Unido de Portugal; e o rei abriu os portos às nações amigas. Quem era nação amiga que foi beneficiada com isso? Inglaterra.

Na Inglaterra, quatro anos antes, havia sido fundada o quê? A Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira. Quando eles ouviram essa notícia, o que fizeram? Eles publicaram Novos Testamentos, 22  mil, se não me falha a memória, que queriam enviar para Portugal e acabaram enviando grande parte dos Novos Testamentos aqui para o Brasil. E esses Novos Testamentos chegaram aqui em 1809 - porque naquele tempo era demorado, o navio dependia do vento, entre outras coisas, por obra e graça de uma abertura de portos de uma lei assinada por gente que estava no governo. Foi a primeira distribuição de Bíblias, a palavra de Deus no Brasil.

  Até 1850, já havia um escritório dessa Sociedade Bíblica Britânica. Logo em seguida, a Sociedade Bíblica Americana, que era filha da Sociedade Bíblica Britânica, abriu escritórios no Brasil. Esses escritórios funcionaram no Brasil até 1946. O que era 1946? Praticamente o fim da Segunda Guerra Mundial. Naquele período de pós-guerra - evidentemente eu ainda não tinha nascido, pois temos cara de mais velho, mas não tínhamos nascido -, naquele horror que tinha sido a guerra na Europa, se pensava como reconstruir a humanidade, porque tudo o que havia de humanidade e civilização se esqueceu e um se colocava numa trincheira e outro numa outra e começaram a atirar um no outro - e assim destruíram a Europa. E essa guerra se espalhou para a Ásia, se espalhou para a América.

Como reconstruir a humanidade? No Brasil, essas duas sociedades bíblicas fundaram o que foi chamado de Sociedades Bíblicas Unidas. Aqui no Brasil, não a que hoje é, mas aqui deram um nome, se juntaram e disseram: “Quem deve cuidar desse trabalho no Brasil são os brasileiros”. Então, foram dois anos de intermediação ali, em 1948, no Rio de Janeiro, na Primeira Igreja Batista, na rua Frei Caneca, uma igreja grande, bonita, com colunas. Ali se reuniram a liderança das igrejas e vários cristãos que queriam dar apoio. E é assim o trabalho bíblico. Fundaram a Sociedade Bíblica do Brasil há 70 anos - história.

Vamos lembrar os personagens? Uma menina, uma família, igrejas, políticos, sociedade, e tudo isso formou esse trabalho que chega aqui, hoje, e nós comemoramos os 70 anos.

Pois bem, e hoje? Poderíamos falar dos grandes feitos daqueles que chegaram até agora. Mas eu queria chamar atenção ao texto que foi lido há pouco, especialmente o versículo 5, que diz assim, do Salmo 65: “Com tremendos feitos nos respondes em tua justiça, Deus salvador nosso, esperança de todos os confins da terra e dos mares longínquos”.

  O que é que o Brasil de hoje precisa? O que tem todos nós sabemos. Eu fiz pessoalmente a pergunta “qual é o grande problema do Brasil, hoje?” E a resposta, uma das palavras que todo mundo fala, é corrupção. Depois, vêm outras: família, crianças - estão vendo os personagens? -, políticos. As igrejas são apontadas como problema. O País é laico e tem toda essa confusão. De que o Brasil precisa? Esperança. E aí a Bíblia é fundamental, porque a Bíblia traz esperança. A Bíblia é um livro tão interessante que ele não esconde os problemas. Se as igrejas tivessem escrito a Bíblia seria diferente. Se escritores tivessem escrito a Bíblia seria diferente. Se os políticos tivessem escrito a Bíblia também seria diferente. Se eu tivesse escrito não seria a Bíblia. Veja que a Bíblia teve a coragem de escrever que o rei de Israel, o povo escolhido de Deus, matou o vizinho para ficar com a mulher dele. E registrou. E disse que ele foi da ascendência de Jesus. Interessante. Quem colocaria isso?

“Vamos esquecer isso, vamos colocar uma coisa mais honrosa lá dentro.” A Bíblia mostra que os filhos de Adão e Eva, um matou o outro, que brigaram, ficaram com inveja e um matou o outro.

A Bíblia retrata o drama humano como ele é.

No entanto, a Bíblia traz esperança. Por que ela traz esperança? Porque a Bíblia diz que a solução do drama humano passa por duas palavrinhas que poderíamos até chamar de palavrinhas mágicas: perdão e amor. Pode inverter: amor e perdão. Deus ama as pessoas, e Deus perdoa as pessoas. O amor e o perdão combinados fazem com que exista oportunidade de mudar. Quando há oportunidade de mudar, há esperança.

É por isso que a Bíblia aponta para Jesus. Deus manda o seu filho, Jesus, para trazer esperança. Nós precisamos de esperança. Há um samba velho que eu escuto. Quando vejo a situação do Brasil, sempre me lembro dele: “Se gritar pega ladrão...” Há esperanças de botar na cadeia? Não sou contra botar na cadeia, tem que pôr, mas não há esperança disso.

Há esperança quando existe amor, perdão e nova oportunidade. Isso vai contra todo o sentimento humano, é uma mensagem revolucionária, que revolucionou a história e revoluciona até hoje. Quando falamos para um drogado: “Tem esperança para você, irmão. Você não precisa se destruir, você pode reconstruir a sua vida”. Ele acredita nessa esperança e vive de novo.

Quando você diz para uma criança: “O seu futuro é lindo, quando você olha o que Deus preparou para você”. Ela enche os olhinhos de brilho e diz: “De fato, tem esperança”. Há esperança para as famílias. Elas veem tanta mensagem querendo destruí-las. Dizemos: “Existe perdão, existe amor e existe vida”. Existe esperança para a sociedade.

Esse é o livro da esperança, que conhece o problema humano e traz esperança. Por isso, essa noite é simbólica e bonita. Celebrar 70 anos da Sociedade Bíblica não é celebrar só uma instituição, é celebrar um livro que traz esperança. É por isso que somos tão gratos a esta sessão solene. Pedimos que Deus nos anime com esse livro. Que ele nos ajude, dando esse livro à Pátria, como diziam há 70 anos, ou seja, trazer esperança para o nosso País.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - É tão gostoso. Poderíamos ouvir mais um pouquinho. Fala mais um pouquinho, Erní. É uma coisa muito bonita e edificante. Parabéns pela bela palavra. Agora iremos dar a palavra para o reverendo Assir Pereira. Lá funciona assim: ele é o presidente, e o reverendo Erní é o executivo. São coisas distintas que eles têm lá, a forma de administrar.

Então, vou passar a palavra para o reverendo Assir Pereira, presidente da Sociedade Bíblica do Brasil. Quero lembrar que nesses dias, Gilberto, nós aprovamos aqui - está em fase de ver se vai ser ou não sancionado, existe um problema jurídico - um projeto de lei que diz assim: se tiver alguém preso e ler um livro da Bíblia, ele diminui a pena um tempo “x”, não me lembro bem como é.

Quem está lá hoje, se ler livro... Aliás, dizem que o Lula está lendo como nunca, não é? Está lendo livro porque diminui a pena. No Federal tem isso, não tenho muito claro como é. Aqui passou um projeto que não queriam aprovar, porque seria inconstitucional, não seria de competência do Legislativo estadual fazer esse tipo de projeto.

Acabamos aprovando, ainda que venha a ser vetado, eu acho que pode vir a ser. Delegado, é isso mesmo? No caso, é meu chefe de gabinete, nosso irmão, e delegado de polícia. O senhor também é, não? Muitos aqui são da área do Direito.

Eu defendi a seguinte tese: às vezes, mesmo com algum vício de iniciativa, no caso, nós temos que aprovar para suscitar a discussão, para permitir que aquele que for competente use essa ideia e a transforme em lei, que possa ser aplicada.

Exatamente dentro daquilo que você acaba de dizer. Quem tem contato com a Bíblia,  com coragem, com o coração aberto, recupera a vida, recupera a esperança. Gostei muito, muito da palavra.

 

O SR. ASSIR PEREIRA - Meu querido amigo, irmão, colega, pastor, deputado Vaz de Lima. Somos colegas pastores da mesma igreja. Eu fico feliz e grato a Deus pela sua vida, o irmão que preside esta cerimônia. Receba gratidão por parte da Sociedade Bíblica por esta iniciativa.

Meu querido amigo, irmão, deputado Gilberto, muitas vezes caminhamos juntos. Em nome do nosso presidente, eu cumprimento os demais companheiros da Mesa, que estão aqui na frente. Queria agradecer também, em nome da governança da Sociedade Bíblica, esse magnífico coral, regido pelo meu querido irmão, Cremilson. Que Deus continue iluminando vocês na pregação da palavra através da música.

Eu queria ler um versículo apenas para entendermos um pouco da importância e do significado das Escrituras Sagradas. Nosso querido reverendo Erní já falou e eu deveria me calar diante das coisas bonitas que ele já falou sobre as Escrituras, sobre ter a Bíblia na mão, mas há um versículo fantástico lá no livro de Neemias, no capítulo oitavo, também versículo oitavo, que diz assim: “Eles iam lendo o Livro da Lei e traduzindo e davam explicações para que todo o povo entendesse o que estava sendo lido”.

A Bíblia aqui tem três verbos importantes. A Bíblia é um livro para ser lido. Tem muita gente que tem a Bíblia, mas não a lê. A Bíblia é um livro para ser traduzido. Então, o verbo “traduzir”, o verbo “ler” e finalmente o verbo “entender”. Por isso, é missão e tarefa da Sociedade Bíblica ter esse livro numa língua que todos possam entender. Aquela menininha, Mary Jones, queria ter a sua Bíblia para ler na sua língua, para entender o que estava sendo lido na sua língua e o movimento da Reforma, que nós celebramos no ano passado 500 anos, teve essa grande preocupação de que a Bíblia estivesse na mão do povo e que o povo a lesse na sua própria língua.

Antes de Lutero, Wycliffe, na Inglaterra, já tinha trabalhado numa tradução. Aqui, parece um pouco estranho quando Neemias na reconstrução de Jerusalém, depois de reconstruir os muros, aí vamos reconstruir a religião, esse vínculo que a nossa nação tem com o seu Deus, e se reúnem na praça e vão ler esse livro. E aqui usa a palavra “traduzir”. É significativo que eles tivessem que traduzir o Livro da Lei para aquela gente. Não podemos esquecer que aquele povo tinha passado 70 anos no cativeiro babilônico e havia perdido, portanto, a sua língua original.

Quando voltaram eles estavam falando aramaico. Então, tiveram que traduzir do hebraico para o aramaico e alguns séculos depois veio a tradução para o grego, porque os judeus estavam na dispersão, espalhados pelo mundo e a língua e o helenismo levou a língua grega para o mundo. Então, houve mais uma tradução e depois no mundo romano a vulgata latina e finalmente, irmãos, depois da reforma e da tradução de Lutero, vários países começaram a fazer as suas traduções e há três séculos e meio a nossa tradução em português por João Ferreira de Almeida.

Ele conseguiu concluir até mais que a metade do livro de Ezequiel. Depois, isso foi completado por um dos seus discípulos e nós temos as Escrituras na nossa língua para que nós possamos entendê-la. Hoje, só a Sociedade Bíblica do Brasil tem cinco versões que podem ser e que estão sendo utilizadas pela população evangélica brasileira e uma das nossas traduções também pelos católicos, a Nova Tradução na Linguagem de Hoje, que hoje inclusive tem o imprimatur da própria CNBB. Mas nós temos a Revista e Corrigida, a Revista e Atualizada, que passou por uma revisão e recebeu o nome de Nova Almeida Atualizada.

E a tradução brasileira lá de 1917, nós tivemos grandes luminares brasileiros, ilustres brasileiros que trabalharam naquela tradução, entre eles Rui Barbosa, por exemplo. Então, irmãos e irmãs, isso para que nós tivéssemos a Bíblia, as Escrituras na nossa língua para ser entendida e compreendida desde os tabletes, as tabuinhas de barro, até o tablet hoje. Vejam que caminho as escrituras percorreram para virem daquela tecnologia rudimentar dos tabletes para essa sofisticação em termos de tecnologia que são os tablets.

Queria deixar como mensagem a importância das Escrituras Sagradas na formação da nacionalidade de um povo. A tradução de Lutero teve profundas influências na formação do povo alemão, da nação alemã, como a de Wycliffe na Inglaterra na formação da cidadania na Inglaterra. E nós também temos a chance de ter esse livro num momento crítico da nossa história, onde os valores estão sendo vilipendiados, onde vivemos essa escuridão, essa treva que nós vivemos, trevas morais, treva espiritual e todo tipo de treva que nós estamos vivendo.

A luz, a Bíblia, lá no Livro dos Salmos 119, diz que ela é lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos. Que ela continue iluminando a nossa Nação. Em 1978 – isso pra mostrar a importância deste livro – nas Guianas aconteceu um episódio terrível.

Um pastor e líder religioso, que na década de 50 iniciou a sua igreja nos Estados Unidos – ele se chamava James Warren Jones – se tornou mundialmente conhecido em 1978 como Jim Jones, que levou a um suicídio coletivo onde morreram, nas Guianas, 913 pessoas. Entre elas, 275 jovens e adolescentes, e 12 bebês.

A polícia foi vistoriar o acampamento. Depois de percorrer todo o acampamento, ele foi entrevistado e, respondendo a uma pergunta da repórter, disse o que mais o impressionou naquele evento. Ele respondeu com poucas palavras: “O que mais nos impressionou e o que mais nos impactou foi o fato de não encontrarmos, em todo o acampamento, uma Bíblia sequer.

Irmãos e irmãs que estão aqui, e aqueles que vão acompanhar esta sessão solene através do vídeo: é bom lembrar a importância desse livro na formação de um povo, no resgate da dignidade humana, no resgate de valores que estão perdidos no meio desse deserto moral, desse deserto da religião. É o momento de refletirmos sobre a importância e o valor das escrituras sagradas nestes 70 anos que ela está acontecendo no Brasil.

Que Deus nos ilumine. Que Deus ilumine esta Casa, para que partam, desta Casa, fachos e faróis de luz, iluminando não só o nosso Estado e, a partir do nosso Estado, todo o nosso País. Que Deus esteja conosco. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Ele falou bonito também. Obrigado, Assir. Muito bom, muito boa reflexão. Vamos, de novo, à apresentação do Coro Masculino Unido. Agora vai cantar mais dois hinos. Um é o “Castelo Forte”, que é o hino da Reforma, a “Marseillaise” protestante. O outro, “Há um Caminho de Esperança”. Até para referendar as palavras que foram colocadas aqui.

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Muito bonito. Linda a letra, está aqui comentando o deputado. Obrigado, mais uma vez. Parabéns. Muito, muito lindo.

Estamos já dando uns passos para o encerramento. Está conosco, ainda, a pastora Luciane? Vou pedir para que a irmã faça, daqui a pouco, a oração de encerramento. Fizemos uma composição aqui para que fosse uma mulher. Por quê? Se não fizesse isso tomaria uma puxada de orelha das minhas colegas deputadas. Não é possível uma coisa só de homens.

Aliás, a legislação obriga que haja candidatura de 30% de mulheres. Tem fundo partidário, tem tudo. Também não dá para obrigar a votar. São as mulheres que têm que fazer esse movimento.

Aqui temos várias deputadas. Não fosse por isso, tem a minha mulher lá em casa, não é? A dona Ivani.

Antes de encerrar, quero dar uma palavrinha. Fico feliz em ter podido participar deste momento; ter sido o autor e estar presidindo aqui junto com o colega Gilberto Nascimento esta sessão tão edificante, tão boa.

Temos feito muitas sessões aqui na Casa, muitas. Ao longo desses mandatos todos - foram quatro aqui, depois mais uma em Brasília e mais uma aqui: são seis, portanto - tenho feito muitas homenagens, muita coisa assim. Fizemos aqui com os batistas, com os presbiterianos, fizemos dos 150 anos dos jovens da verdade, mais recentemente, e Vencedores por Cristo; da Apec, inclusive, fez também um número redondo assim; o Centenário da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil.

Enfim, quando teve aqui o da Apec, depois eu ouvi uma das servidoras da Casa, que estava trabalhando aqui, para cuja vida aquele momento foi tão importante, que contava testemunhos do trabalho com criança. Eu diria que hoje nós tivemos outro momento assim, uma coisa muito, muito, edificante.

A minha experiência com a Bíblia vem desde sempre. Minha mãe nasceu em 1916. Meu avô morava num sítio chamado Córrego das Abelhas. Foi lá, em 1920, que a minha família foi atingida pelo Evangelho.

A mamãe nos dizia - ela tinha, portanto, quatro ou cinco anos - que, na verdade, ela acabou aprendendo a ler na Bíblia. Naquela época nós morávamos no sítio. Era uma coisa assim.

Vai daí que a Bíblia, para nós, lá em casa, tornou-se um livro de leitura obrigatória. Não tinha brincadeira. Dava o texto e tomava o texto. Muitas vezes tinha que decorar. Quando eu cheguei aos 16 anos eu já tinha lido a Bíblia três vezes. Riscavam na Bíblia da gente. “Depois nós vamos ver o que vocês aprenderam aí.”

É uma coisa muito interessante, então, eu tenho muita gratidão pela vida da minha mãe. Ela já faleceu.

Uma coisa interessante: eu me casei com a Ivani em 1974. Quando vim para cá estudar encontrei a Ivani. E, aí, vou conhecer a história da Ivani. A minha família vai fazer 100 anos agora. A família da Ivani, a mesma coisa. Só que na família da Ivani de uma maneira muito mais interessante. Os dois avós se encontraram com o Evangelho lendo, um o São João, Evangelho de São João, e o outro, por uma folhinha do Evangelho, ele encontrou leu e acabou se encontrando com o Evangelho e se encontrando com Cristo. É muito interessante. Então, para nós, assuntos de Bíblia são muito presentes, muito.

Aí, quando eu vim estudar, me encontro logo no início dos estudos teológicos com um autor alemão que dizia que, para ele, na opinião dele, que eu entendi como verdadeira, o verdadeiro pastor, o verdadeiro homem de Deus, é aquele, dizia ele, que tem que ter a Bíblia em uma das mãos e o jornal do dia na outra. Era alemão ou suíço.

Isso me impregnou, eu era muito garoto, estudamos na mesma escola, ele dois anos antes de mim, se formou dois anos antes. Mas foi uma revolução na minha vida. Dizer que aquele que tem, nesta mão, esta preciosidade, não pode deixar de ser um homem moderno, atual, presente, e viver dentro da sociedade sem nenhum medo, sem nenhum risco.

É preciso que a igreja perca o medo de estar presente, porque ela está alicerçada, fundamentada, na Bíblia. Eu queria agradecer muito e cumprimentar todos. Nós vamos fazer essa oração de gratidão a Deus pela Sociedade Bíblica do Brasil, pelo seu trabalho, pela sua história que foi contada aqui desde os seus primórdios, desde a menininha Mary Jones, uma gaulesa.

Então nós vamos fazer uma oração, vamos ficar em pé, todos, a pastora vai vir ao microfone para fazer e, a seguir, vou precisar terminar a sessão. Estamos em uma sessão, está tudo registrado em ata, então eu preciso fazer o encerramento. Os irmãos aguentem mais 30 segundos e que Deus abençoe a todos. Obrigado pela presença.

 

A SRA. LUCIANE - Glória a Deus. Vamos orar ao Senhor. Em primeiro lugar, eu quero agradecer à Sociedade Bíblica. Este mês nós tivemos o congresso da União Feminina Batista do estado de São Paulo, em Águas de Lindóia, com mais de mil mulheres. Quero agradecer o apoio pela Sociedade Bíblica do Brasil, que sempre tem nos apoiado. A Fabiana esteve lá conosco, representando, e eu quero agradecer. Que Deus abençoe.

Vamos orar.

 

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- É feita oração.

 

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O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB -            Esgotado o objeto da presente sessão, esta Presidência agradece às autoridades, à Mesa, à minha equipe, aos funcionários dos serviços de Som, da Taquigrafia, de Atas, do Cerimonial,da  Imprensa, à TV Legislativa, às assessorias das Polícias Civil e Militar, bem como a todos que, com suas presenças, colaboraram para o êxito desta solenidade.

Relembrando que toda a sessão foi transmitida pela nossa TV Net, canal 7, pela TV Vivo, canal 9, e será retransmitida no domingo pela TV digital canal 61.2, no domingo às 22 horas.

Obrigado a todos e que Deus nos abençoe.

Está encerrada a sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 21 horas e 55 minutos.

 

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