13 DE
JUNHO DE 2018
030ª
SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
Presidência: CAUÊ MACRIS
RESUMO
ORDEM DO DIA
1 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Abre a sessão.
2 - ED THOMAS
Para comunicação, faz apelo a
desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho para que seja mantida a Vara
do Trabalho do município de Rancharia.
3 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Encerra a discussão e coloca em
votação o PL 638/14.
4 - CAMPOS MACHADO
Encaminha a votação do PL 638/14, em
nome do PTB.
5 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Coloca em votação e declara aprovado
o PL 638/14, e rejeitado o veto. Encerra a discussão, coloca em votação e
declara aprovado o PL 1055/15, e rejeitado o veto.
6 - JOÃO PAULO RILLO
Para comunicação, expõe sua opinião
sobre o andamento dos trabalhos e o processo de votação.
7 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Encerra a discussão, coloca em
votação e declara aprovado o PL 355/16, e rejeitado o veto. Encerra a
discussão, coloca em votação e declara aprovados o PL 5/17 e 352/17. Encerra a
discussão, coloca em votação e declara aprovado PL 904/17, e rejeitado o veto.
8 - CORONEL CAMILO
Para comunicação, agradece a seus
pares pela aprovação do projeto que tornou lei o programa "Vizinhança
Solidária".
9 - ANTONIO
SALIM
CURIATI
Para comunicação, manifesta
satisfação pela derrubada do veto ao PL 355/16, que cria o Serviço de Naturologia nas Unidades de Saúde mantidas ou vinculadas ao
poder público estadual.
10 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Encerra a discussão, coloca em
votação e declara aprovado o PL 922/17.
11 - CARLOS GIANNAZI
Declara voto contrário ao PL 922/17,
em nome do PSOL.
12 - LUIZ TURCO LULA DA SILVA
Declara voto contrário ao PL 922/17,
em nome do PT.
13 - JOÃO PAULO RILLO
Declara voto contrário ao PL 922/17.
14 - MARCO VINHOLI
Declara voto contrário ao PL 922/17.
15 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Registra as manifestações. Encerra a
discussão, coloca em votação e declara aprovado o PL 949/17.
16 - MARCO VINHOLI
Declara voto contrário ao PL 949/17.
17 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Coloca em discussão o PL 367/18.
18 - MARCO VINHOLI
Discute o PL 367/18.
19 - JOÃO PAULO RILLO
Discute o PL 367/18.
20 - CAMPOS MACHADO
Para comunicação, lembra que hoje é
dia de Santo Antônio. Menciona que o poeta Fernando Pessoa, a quem faz
referência com frequência em seus discursos, recebera o nome de Fernando
Antônio em homenagem ao santo padroeiro.
21 - CARLOS GIANNAZI
Discute o PL 367/18.
22 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Encerra a discussão, coloca em
votação e declara aprovado substitutivo ao PL 367/18, restando prejudicado o
projeto. Convoca reunião extraordinária da Comissão de Constituição, Justiça e
Redação, hoje, cinco minutos após o término desta sessão. Encerra a sessão.
* * *
-
Abre
a sessão o Sr. Cauê Macris.
* * *
O
SR. PRESIDENTE – CAUÊ MACRIS - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob
a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Com
base nos termos do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de
bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.
* * *
- Passa-se à
ORDEM DO DIA
* * *
O
SR. ED THOMAS - PSB - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, esta minha fala eu gostaria que fosse
colocada como informação aos dignos desembargadores e desembargadoras do
Tribunal Regional do Trabalho.
Venho fazer um apelo aos desembargadores e
desembargadoras em nome da cidade de Rancharia. Pode haver uma mudança e a
cidade pode perder a Vara do Trabalho. A cidade de Rancharia pertence à região
de Presidente Prudente. Com certeza, não ficando em Rancharia, essa vara
ficaria acomodada, e bem acomodada, no Fórum Trabalhista de Presidente
Prudente.
Tivemos uma reunião com o digno juiz do trabalho Dr.
Fernando. Estivemos lá a convite do digno juiz Dr. Dantas Oliva. Fomos
acompanhados pelo Major Olímpio, por entidades, associações, pelo prefeito
municipal de Presidente Prudente e muitas autoridades. Fomos fazer esse apelo,
pois a região do oeste tem perdido muito. É uma das regiões mais distantes do
estado. Temos muitos problemas. Nós temos muitos trabalhadores que precisam de
atendimento e, com certeza, não ter essa Vara do Trabalho em Rancharia afetaria
nossos trabalhadores.
E não ficando lá,
ficasse em Presidente Prudente, é o apelo que faço aos desembargadores Dr.
Fernando da Silva Borges, Dra. Helena Rosa, Dr. Edmundo Fraga, Dr. Samuel Hugo
Lima, desembargadora Suzana Graziela, desembargador José Pedro de Camargo,
desembargadora Olga Aida Joaquim, desembargador Eduardo Benedito de Oliveira,
desembargador Henrique Damiano, desembargador Luiz Antonio Lazarin,
desembargador José Pitas, desembargador Luís Roberto Nunes, desembargador
Lourival Ferreira dos Santos, desembargador Manuel Soares Ferreira,
desembargador Gerson Lacerda, desembargadora Gisela Rodrigues, desembargadora
Ana Amarylis Vivacqua de
Oliveira, desembargador Fábio Cravelli,
desembargadora Rita de Cássia Penkal, desembargador
Luiz José Dezena, desembargadora Ana Paula Pellegrina,
desembargador Roberto Nóbrega, desembargador Edson dos Santos
Pelegrini, desembargador Wilton Borba e
desembargador Jorge Luiz Costa.
Faço este apelo aos
desembargadores que, com certeza, vão ter sensibilidade com o oeste paulista, e
a necessidade dessa Vara de Trabalho para a região de Presidente Prudente.
Sr.
Presidente, solicito que estas informações possam chegar aos dignos
desembargadores do estado de São Paulo.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Sras.
Deputadas, Srs. Deputados, Proposições em Regime de Urgência.
Item 1 - Veto - Discussão e votação - Projeto de lei
nº 638, de 2014, (Autógrafo nº 32134), vetado parcialmente, de autoria dos
deputados Fernando Capez e Bruno Covas. Dispõe sobre
a regulamentação das atividades das farmácias no Estado. (Artigo 28, § 6º da
Constituição do Estado).
Em discussão. Não
havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação.
O
SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr.
Presidente, peço a palavra para encaminhar em nome do PTB.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem
a palavra o nobre deputado Campos Machado, para encaminhar pelo PTB.
O
SR. CAMPOS MACHADO - PTB -
Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, inicialmente quero manifestar
meu mais total e incondicional apoio ao projeto apresentado pelo deputado
Carlos Giannazi, um projeto que foi conversado,
acordado, discutido no Colégio de Líderes.
Quero dizer, deputado Giannazi, que eu confio plenamente na palavra do líder
Marco Vinholi. Aprendi a respeitar esse jovem líder,
que tem como lema o que sempre defendo aqui. Três coisas não voltam mais na
vida: a palavra dada, a flecha lançada e a oportunidade perdida.
A palavra do deputado
Marco Vinholi, para mim, é suficiente. Quero reiterar
o mais total e incondicional apoio do PTB a seu projeto, que é um grande
projeto, um projeto sério, correto e dedicado a uma classe que merece o nosso
respeito.
Srs. Deputados,
ponto por ponto, venho a esta tribuna, sempre com aquela máxima que
acompanha minha vida, de que política não é lugar para covardes, política é
lugar para gente de coragem. Apanha, mas permanece com a palavra.
Ontem, abordei essa
grande mentira que percorreu o Estado inteiro, de que a PEC 5 dizia respeito a
aumento de salário desta Assembleia. Mas que mentira! Que infâmia, que injúria,
que leviandade! Não mexeu um real no salário dos deputados que, por sinal,
estão congelados.
Segundo, para que seria
essa PEC 5? Professores universitários, que estão indo para todas as universidades dos outros
estados do País porque em São Paulo não paga professor universitário com
dignidade. No último concurso da Unicamp, nenhum professor se inscreveu; nenhum!
Que fazemos com nossos talentos? Exportamos?
Eu me atrevi a fazer um
projeto para importar, para ter o retorno dos talentos. Caí na realidade, pois
ninguém se importa com o alicerce. (Pausa.)
Sr.
Presidente, está correndo o meu tempo. Eu não consigo encaminhar o meu
raciocínio.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esta
Presidência solicita aos deputados que por favor possam prestar atenção ao
orador que está encaminhando a votação na tribuna.
O
SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr.
Presidente, que dizia eu mesmo? Aqui se perde o raciocínio como se perde a
vontade de usar a tribuna. Como o raciocínio foge do nosso controle. Basta uma
simples troca de palavras para que percamos o raciocínio.
Eu, por exemplo, tenho
um projeto aqui para o retorno dos talentos e ninguém quer votar. Votar pra quê?
Como é que nós podemos deixar as nossas universidades sem professores
habilitados e capazes? De que vive uma nação? Da inteligência dos seus mestres
e professores.
Segundo, detalhe que
deve ser muito bem pensado e posicionado: essa PEC 05, através da Assembleia
Legislativa, fez com que o estado de São Paulo, que era o único Estado que não tinha subteto - todos os demais estados tinham subteto, só
São Paulo é que não tinha - decidiu que São Paulo tinha que seguir o
último dos estados. Na semana retrasada, foi aprovado o subteto no Ceará. Até
no Acre, onde o crime organizado tomou conta, tem o subteto; aqui não tem. “Ah,
os deputados aumentaram os salários, criaram despesa”. Vamos lá pessoal, São
Paulo não é apenas um Estado, é um país maior do que a Argentina, muito maior
do que o Paraguai e Portugal. São 270 bilhões de Orçamento, mas vai ter um
bilhão para quatro anos. E os fiscais de renda, os delegados tributários
praticamente estavam em operação tartaruga; desculpe-me a expressão. Quantos
sonegadores de bilhões e bilhões existem nesse Estado que não foram
fiscalizados. Qual o destino do dinheiro arrecadado? Vai para a Educação, para
Saúde, para a habitação. Eu já não aguento mais ouvir deputados falar aqui em
segurança, em habitação e Educação. E o recurso, vão buscar
aonde? Como dizia o deputado João Paulo Rillo um dia desses: “é a degeneração
da política”. Aqui, socialistas e tucanos se matam e se confrontam acusando uns
aos outros. Enquanto isso, a política vai descendo. E ninguém quer mais entrar
na política.
Eu digo que a política
é o único caminho capaz de dar ares de felicidade, através da democracia, a um
país. “Ah, mas eu não gosto de político”. Não gosta porque é covarde, porque se
fosse corajoso, entrava na política e tomava o lugar de vereadores prefeitos e
deputados que existem aí. Dispute a eleição, deputado Turco; tome o lugar de
quem acha que é corrupto, bandido. Não fique nos
botecos da vida. Não perde uma novela das oito... o
que quer? O que mais quer?
Por
isso, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, é que venho aqui. Importa-me mais é a
consciência do deputado, Coronel Camilo. E estou com a consciência tranquila.
Vamos lá. Como será esse um bilhão que existe aqui? No primeiro ano, em 2019,
não tem um real a ser pago. Só teremos pagamentos em 2020, 21 e 22. E eu queria
fazer um manifesto aqui de motivação aos fiscais de renda: arrecadem, vamos às
ruas, busquem os sonegadores para buscar os recursos para melhorar a Educação,
a Segurança. “Mas, deputado Campos Machado, V. Exa.
está propondo que delegados de polícia ganhem o que ganham os defensores
públicos?” Mas uma instituição tem 150 anos de história e outra tem seis anos.
Como é possível? A Polícia Militar tem 150 anos, 150 longos
anos. Não, o defensor público já entra com salário inicial de 21 mil reais. E
há uma proposta aqui, um projeto na Casa, para pagar os sábados e domingos,
gratificações para os defensores públicos. A polícia, por acaso, recebe
gratificação para trabalhar sábado e domingo, deputado Coronel Camilo? Não.
Deputado
João Paulo Rillo, V. Exa. me dizia há pouco – há uns dois, três meses - que nós éramos
os culpados, estávamos degenerando a classe política, maltratando a classe
política. Agressões uns aos outros traziam como resultado o descrédito da
classe política. E V. Exa. nos
alertava sobre isso desde o ano passado. É o que está acontecendo agora. Por
isso quero render minhas homenagens a V. Exa., que muito antes de eu pensar nisso V. Exa.
dizia aqui que nós somos os culpados: eu quero acusar
outro partido, quero acusar outro político, e não vejo que a classe está se
deteriorando.
Sr.
Presidente, a campainha sempre toca quando chega minha vez, mas eu voltarei
aqui na próxima oportunidade, quem sabe amanhã - não, amanhã não teremos sessão
-, mas todos os dias vou defender um ponto da PEC 5. Enquanto eu estiver em paz
com a minha consciência, não arredarei pé. No dia em que eu arredar pé, só
terei um caminho: a renúncia do meu mandato.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS -
PSDB - Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que
forem favoráveis ao projeto e contrários ao veto permaneçam como se encontram.
(Pausa.) Aprovado o projeto; rejeitado o veto.
Item 2 - Veto -
Discussão e votação - Projeto de lei nº 1055, de 2015, (Autógrafo nº 32179),
vetado totalmente, de autoria do deputado André Soares. Considera pessoa com
deficiência, para os fins de ingresso na reserva percentual de vagas para o
provimento de cargos e empregos públicos, o indivíduo diagnosticado com audição
unilateral. (Artigo 28, § 6º da Constituição do Estado).
Em
discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em
votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis ao projeto
e contrários ao veto permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o projeto;
rejeitado o veto.
O SR. JOÃO PAULO RILLO - PSOL - PARA
COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, na verdade é uma
sugestão aqui. Acredito que o deputado Marco Vinholi
vá se posicionar, vai argumentar sobre o projeto que vamos votar, e talvez
também o líder do Governo possa se posicionar sobre o projeto. Há um acordo
aqui de que vai ser aprovado, o Butantã está presente na luta. Seria importante
um compromisso público de todos nós sobre o projeto. Era só minha sugestão. Não
precisamos fazer um longo debate, mas um esclarecimento político, público é
importante.
O SR.
PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Item 3 - Veto -
Discussão e votação - Projeto de lei nº 355, de 2016, (Autógrafo nº 31771),
vetado totalmente, de autoria do deputado Antonio Salim Curiati.
Autoriza o Poder Executivo a criar o Serviço de Naturologia
nas Unidades de Saúde mantidas ou vinculadas ao poder público estadual, através
da Secretaria de Estado da Saúde. (Artigo 28, § 6º da Constituição do Estado).
Em
discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em
votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis ao projeto
e contrários ao veto permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o projeto;
rejeitado o veto.
Item 4 - Discussão e votação - Projeto
de lei nº 5, de 2017, de autoria da deputada Rita Passos. Dispõe sobre a
utilização de Massa Asfáltica produzida com borracha de pneumáticos inservíveis
provenientes de reciclagem. Pareceres nºs 1314, 1957 e 2142, de 2017,
respectivamente, das Comissões de Justiça e Redação, de Meio Ambiente e de
Finanças, favoráveis.
Em discussão. Não
havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras.
Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se
encontram. (Pausa.) Aprovado.
Item 5 - Discussão e votação - Projeto
de lei nº 352, de 2017, de autoria do deputado Luiz Turco. Dispõe sobre a
prioridade da mulher na titularidade da posse e/ou propriedade de imóveis
oriundos dos Programas Habitacionais do Governo do Estado. Pareceres nºs 730 e
731, de 2017, respectivamente, da Comissão de Justiça e Redação e da Reunião
Conjunta das Comissões de Infraestrutura e de Finanças, favoráveis.
Em discussão. Não
havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras.
Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se
encontram. (Pausa.) Aprovado.
Item 6 - Veto - Discussão e votação - Projeto de lei
nº 904, de 2017, (Autógrafo nº 32188), vetado totalmente, de autoria do
deputado Coronel Camilo. Institui o programa "Vizinhança Solidária"
no Estado. (Artigo 28, § 6º da Constituição do Estado).
Em discussão, o veto.
Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Está no item 6?
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Estou
no item número 6.
Em votação. As Sras.
Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis ao projeto e contrários ao
veto permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o projeto, rejeitado o
veto.
O
SR. CORONEL CAMILO - PSD - PARA
COMUNICAÇÃO - Queria fazer um agradecimento, Sr. Presidente. Um agradecimento a
V. Exa., e um agradecimento aos demais deputados da
Casa, pela aprovação deste projeto que foi aprovado agora, com a derrubada do
veto. Vira lei o projeto de programa de “Vizinhança Solidária”.
É uma solução que tem
dado certo no estado de São Paulo e agora se transforma em um programa do
Estado. Muito obrigado. Parabéns à nossa Casa de leis, que trabalhou em um
grande projeto para o cidadão de São Paulo.
Muito obrigado a todos
os deputados. Obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. ANTONIO SALIM CURIATI - PP - PARA COMUNICAÇÃO -
Para registrar, com satisfação e com orgulho, a rejeição do veto ao Projeto de
lei nº 355, de 2016, que dispõe sobre a autorização ao Poder Executivo para
criar o Serviço de Naturologia nas Unidades de Saúde mantidas ou vinculadas ao
poder público estadual, através da Secretaria de Estado da Saúde. E dá
providências correlatas.
Sr.
Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, fico muito satisfeito. Tudo o que
acontece com a Saúde, participo ativamente e peço a Deus por novas
oportunidades para que possamos oferecer o melhor à população. Formei-me pela
Escola Paulista de Medicina em 1953. De lá para cá, só tenho trabalhado no
setor médico, para fazer o bem ao próximo.
Agradeço, com o coração
elevado, a todos os deputados que participaram desse problema. Saúde! Viva, Sr. Presidente!
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Item
7 - Discussão e votação - Projeto de lei nº 922, de 2017, de autoria do
deputado Celso Nascimento. Dispõe sobre a classificação indicativa em
exposições e mostras de artes visuais no âmbito do Estado. Parecer nº 1756, de
2017, da Comissão de Justiça e Redação, favorável. Parecer nº 765, de 2018, da
Reunião Conjunta das Comissões de Defesa dos Direitos da Pessoa e de Finanças,
favorável.
Em discussão. Não
havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras.
Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se
encontram. (Pausa.) Aprovado.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Quero declarar voto
contrário, meu e de toda a bancada do PSOL.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Registro
o voto contrário de toda a bancada do PSOL ao Projeto de lei nº 922, de 2017.
O
SR. LUIZ TURCO LULA DA SILVA - PT - Gostaria de declarar o
voto contrário da bancada do PT.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Registro
o voto contrário de toda a bancada do PT ao Projeto de lei nº 922, de 2017.
O
SR. JOÃO PAULO RILLO - PSOL - Gostaria de declarar
voto contrário, cuja declaração passo a ler.
DECLARAÇÃO DE VOTO CONTRÁRIO AO PL 922/2017
Trata-se
do projeto de lei 922/2017, de autoria do Deputado Celso Nascimento, que dispõe
sobre a classificação indicativa em exposições e mostras de artes visuais no
âmbito do Estado de São Paulo, e dá outras providências.
Ao
contrário do intuito do PL, entendo que exposições e mostras artísticas são por
definição contextualizadas e não podem ser analisadas
sob outra luz além daquela pertinente à expressão artística - da qual o
incômodo muitas vezes é parte essencial.
Além
disso, por serem inacessíveis a crianças desacompanhadas e mesmo a adultos
desavisados, não é pertinente que se imponha a necessidade de legislar para
selecionar o conteúdo de acordo com o público.
Considero
que o objetivo do PL 922/2017 não é de fato um benefício social real e sim a
exploração da sensibilidade da população em autêntico desvio de finalidade
normativo que contraria a doutrina e o sistema jurídico.
Ademais,
estabelecer como infração administrativa o que esteja em desconformidade com o
previsto no PL 922/2017 além de inconstitucional, posto que haveria
de ser previsto em lei federal, não atende aos princípios da liberdade de
expressão e da livre manifestação da vontade, assegurados pela Carta de 1988.
A
polêmica gerada em relação à exposição “Queermuseu”
em Porto Alegre, não pode ser mote para retrocessos na liberdade e garantias
individuais e, usando os termos da justificativa, considero que instrumento de
defesa da sociedade contra possíveis conteúdos inapropriados é a educação, a
promoção da cultura, do convívio social sadio, diverso e seguro, sem moralismos
quanto à imagens ou cenas de sexo e nudez, ou drogas e
violência.
Isto posto, manifesto meu voto contrário ao PL 922/2017.
São Paulo, 19 de junho de
2018.
João Paulo Rillo
Deputado Estadual – PSOL
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está
registrado o pedido de Vossa Excelência.
O
SR. MARCO VINHOLI - PSDB - Gostaria de declarar o meu voto
contrário.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está
registrado o voto contrário do deputado Marco Vinholi.
Item 8 - Discussão e votação - Projeto
de lei nº 949, de 2017, de autoria do deputado Gil Lancaster. Obriga pet shops,
clínicas veterinárias e estabelecimentos similares a fixarem cartazes que
facilitem e incentivem a adoção de animais. Pareceres nº 226 e 766, de 2018,
respectivamente, das Comissões de Justiça e Redação e de Saúde, favoráveis.
Em discussão. Não
havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas
e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram.
(Pausa.) Aprovado.
O
SR. MARCO VINHOLI - PSDB - Gostaria de declarar o meu voto
contrário.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está
registrado o voto contrário do deputado Marco Vinholi.
Item 9 - Discussão e votação - Projeto
de lei nº 367, de 2018, de autoria do deputado Marco Vinholi. Altera a Lei nº
16.646, de 2018, que orça a receita e fixa a despesa do Estado para o exercício
de 2018. Com 16 emendas. Parecer nº 767, de 2018, da Reunião Conjunta das
Comissões de Justiça e Redação e de Finanças, favorável com substitutivo e
contrário às emendas.
Em discussão. Para falar favoravelmente, tem a
palavra o nobre deputado Marco Vinholi.
O
SR. JOÃO PAULO RILLO - PSOL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
- Pela ordem, deputado João Paulo Rillo.
O
SR. JOÃO PAULO RILLO - PSOL - É o item sexto, mas qual é o
número do projeto? Novecentos e quatro, de 2017? Registro apenas a declaração
de voto contrário ao projeto, a qual passo a ler:
DECLARAÇÃO DE VOTO CONTRÁRIO
AO PL 904/2017
Trata-se do projeto de lei 904/2017
de autoria do Coronel Camilo, que institui o Programa Vizinhança Solidária no
Estado de São Paulo.
É louvável a participação da
população nas políticas publicas porém há limites que
não podem ser ultrapassados sob risco de funções exclusivas serem transferidas
e o Estado desobrigado.
É o caso em tela. Cabe ao
Estado mapear ‘os locais e
horários de maior incidência de delitos na região para monitoramento e busca de
redução dos indicadores criminais’, e não ao individuo, cidadão comum, ou a um
colegiado como o CONSEG, como prevê o PL 904/2017.
Conferir
ao representante dos moradores, ou ao CONSEG, o dever de informar para a
Policia Militar quem é suspeito, quem pode ser sujeito de
delito, quem deve ser monitorado, quem pode fazer aumentar indicadores
criminais, é promover o conflito social, a exclusão social, o preconceito e a
perseguição. Condutas como essas pressupõem uma isenção que decorre de
treinamento, sendo sabido que mesmo os agentes públicos que são treinados erram
ao não considerar as premissas da igualdade e a impessoalidade necessárias para
legitimar as ações públicas de segurança.
Considero
que ações complementares para potencializar a segurança pública deveriam
privilegiar a inteligência na investigação, o preparo dos agentes de segurança
pública, a cooperação entre os entes públicos encarregados da segurança pública
e, sobretudo, políticas publicas efetivas de educação,
assistência social, desenvolvimento econômico e social.
O que há de louvável no Programa Vizinhança Solidária é a
indicação de que a Polícia Militar promoverá reuniões com os moradores e
proferirá palestras periódicas para orientações e esclarecimentos sobre ações
comunitárias preventivas e medidas de segurança – mas de fato não é preciso
nova lei para isto, posto que há um esforço de diálogo
na corporação, a ser sempre reforçado e apoiado.
Entendo
que o previsto no artigo 144 da Constituição Federal, invocado
na justificativa, ao contrário do alegado nega o intuito do PL 904/2017, posto
que inicia afirmando a segurança publica como dever do
Estado e indica os órgãos que se incumbirão desse mister – e entre eles não se
encontra o cidadão ou o CONSEG.
Finalmente, o dispositivo que
estabelece que custos com
aquisição de materiais de identificação, equipamentos de segurança e sistemas
de vigilância serão suportados pelos particulares integrantes do Programa
indicam que a longo prazo o Estado deixará de investir
ou reduzirá os investimentos em certas áreas das cidades, e caberá aos cidadãos
arcar com tais custos, que se iniciarão com a compra do material permanente de
segurança, correndo risco do custeio também ser incluído – instaurando-se assim
mais desigualdade entre bairros e regiões da cidade, posto que certamente esta
possibilidade de custeio de serviços públicos alcançará poucos.
Reiterando o apoio à segurança publica
exercida pelo Estado, o apoio à melhoria das condições de trabalho em todos os
órgãos encarregados deste dever do Estado, o apoio à remuneração digna e
compatível com as funções exercidas pelos agentes e servidores da segurança
publica, manifesto meu voto contrário ao PL 904/2017.
São Paulo, 19 de junho de
2018.
João Paulo Rillo - Deputado Estadual - PSOL
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
- Está registrado.
O
SR. MARCO VINHOLI - PSDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados,
telespectador da TV Alesp, visitantes, funcionários
desta Casa, muito boa noite.
Este é um dia
importante na Casa, estamos votando vários projetos de deputados, derrubando
vetos, demonstrando a produtividade dos parlamentares desta Casa e, também,
alterando o projeto que fixou o Orçamento no ano passado; além da alteração das
emendas impositivas dos deputados, que contemplam suas bases, contemplam, de
forma democrática, as comunidades que eles representam.
Alterações importantes
fazendo justiça com alguns setores do Governo do Estado que estamos alterando
agora. Quero citar três deles, importantes.
Um deles, o Itesp. O deputado Ed Thomas, que tem uma militância grande
nessa área, na hora da concepção do Orçamento do Estado, construiu junto comigo
essa emenda.
Está sendo corrigido
agora um recurso para o Itesp, para que possa
melhorar a reforma agrária no estado de São Paulo - vários assentamentos estão
precisando de uma melhora de infraestrutura.
Também um projeto da
Unicamp. Um recurso importante para a Unicamp. São dez milhões de reais que
serão encaminhados para lá e que também estão sendo corrigidos por meio dessa
emenda.
Por fim: está aqui o
Coletivo Butantã. Parabenizo vocês pela brava luta que vocês tiveram nesta
Casa. Parabenizo o deputado Giannazi, o deputado Rillo, o deputado Carlos Neder,
que estava aqui mais cedo, também foi um construtor dessa luta, enfim.
Bastante gente
participou desse processo que, hoje, chega a mais um passo. Digo “mais um
passo” porque tenho certeza de que a luta ainda vai ser grande para frente.
Mas, estamos corrigindo. Na época da elaboração dessa emenda, fizemos em
custeio, e, depois, mais tarde, em reunião na própria universidade - estávamos
presentes o deputado Giannazi, o deputado Neder e eu - entendemos melhor por que esses recursos não
poderiam ficar em custeio na universidade; mas, sim, a importância de que isso
se transformasse em recursos humanos, para que se pudesse chegar aos níveis de
2013 - são 406 profissionais que perdemos no HU de 2013 para cá.
Agora, com a
expectativa da efetivação dessa emenda, espero que possamos retomar esses
profissionais no HU. Então, parabéns a vocês e aos deputados que lutaram para
que isso acontecesse.
Esperamos poder ter o
HU a pleno vapor, graças à luta de vocês, pessoal. Independente de qualquer
questão partidária, questão ideológica, tocamos essa luta com seriedade.
Cumprimento os
deputados que aprovam esse projeto esta noite. O deputado Campos Machado foi um
lutador dessas emendas; o deputado Carlos Cezar avançou semanalmente trazendo
vetos e projetos de deputados para aprovarmos nesta Casa.
Então, cumprimento
todos os parlamentares que aprovam esse importante projeto esta noite.
Muito obrigado, Sr. Presidente e Srs. Deputados.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Para
falar a favor, tem a palavra o nobre deputado João Paulo Rillo.
O
SR. JOÃO PAULO RILLO - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados,
telespectador da TV Alesp, visitantes, funcionários
desta Casa, cumprimento especialmente os moradores da região do Butantã e os
organizadores dessa luta importante.
Serei breve, mas seria
importante registrar, tornar pública, a movimentação política aqui, para que
saibamos detectar qualquer tropeço e poder superá-lo.
O deputado Marco Vinholi foi o relator do Orçamento. Houve algum desencontro
técnico que possibilitou uma interpretação, a nosso ver, absolutamente
equivocada do atual reitor da USP quanto à execução da emenda apresentada,
dinheiro aqui destinado, deslocado, para a manutenção do Hospital
Universitário.
Foi feito um pedido ao
governo, para que o governo fizesse a correção a tempo. Ainda era o governador
Geraldo Alckmin.
Óbvio que o governador
Geraldo Alckmin, o mesmo que ajudou a esvaziar e sucatear as universidades, por
consequência todo o trabalho de extensão, entre eles o HU, o Hospital Universitário,
se recusou a sequer receber essa demanda.
Hoje, nós somos
obrigados a fazer uma lei, que pode ser considerada inconstitucional pelo
governo, pode ser vetada. Espero que tenhamos todos o
compromisso de derrubarmos o veto, caso isso aconteça, para fazer uma correção
técnica que o governo não fez. Ele não enviou o projeto.
Então, existe um pacto.
Quero fazer referência, o reconhecimento público do esforço de todos os deputados,
também do relator, Marco Vinholi, que fez a lei, no
sentido de acelerar um processo político que deveria partir do Governo do Estado e que não partiu.
O que pode acontecer? O
governador pode sancionar, e rapidamente as correções serem aceitas na peça
orçamentária. Ou o governador pode vetar, e Assembleia Legislativa pode
derrubar o veto.
Então, nós precisamos
de um compromisso aqui entre nós, e um compromisso com vocês, que ocupam as
galerias aqui hoje. Compromisso de que nós lutaremos - e temos que ter um
compromisso entre todos nós - para derrubar o veto, caso aconteça, o quanto antes.
O movimento também está
fazendo um pedido que serve para todos os deputados, independente dos partidos,
para que nós nos posicionemos publicamente, para que gravemos um vídeo apoiando
e pedindo para que o governador Márcio França sancione a lei e receba, o quanto
antes, o movimento. (Manifestação nas galerias.)
O nosso mandato já fez
este pedido há quase um mês, há mais de um mês. O nosso mandato já fez o pedido
para que o governador receba esse coletivo. Vamos reiterar. Vou também gravar
um vídeo, vou fazer movimentações políticas nesse sentido, e peço para que
todos os deputados façam.
Quero registrar que,
pelo menos, uma coisa mudou. Isso tem que ser registrado. Quando nós
conseguiremos aprovar algumas demandas, derrubar alguns vetos, fazer algumas movimentações políticas, com o governador
Geraldo Alckmin? Jamais isso foi possível.
Então, pelo menos, tem
uma mudança tática, política, que deve ser reforçada, intensificada. Não é um
mérito do governo permitir que a Casa transite, ande,
de uma maneira mais democrática, e deveria ser obrigação. Porém, infelizmente,
com Geraldo Alckmin nunca foi. Ele se comportava como o verdadeiro imperador de
São Paulo, um homem que destruía e vendia o estado de São Paulo, e que não permitia
ser fiscalizado, ser contestado, e não permitia que a Casa Legislativa fizesse
o papel de equilíbrio democrático.
Então, é bom registrar
que registrar essa participação, além da participação de vocês. Estamos tendo
muitos exemplos de conquistas graças à mobilização.
Para finalizar, o
resumo da história: um hospital público que serve como extensão universitária,
aperfeiçoamento, treinamento, melhoramento daquele que vai se formar médico por
uma universidade pública, deveria ser uma obrigação. O governador não poderia
dormir em paz enquanto houvesse uma ameaça de fechar um leito, de fechar um
departamento de um hospital desses. No entanto, eles foram os protagonistas do
descaso e do desmonte.
O que aconteceu aqui é
que a população, essa é uma conquista... Não se trata aqui de fazer demagogia
barata. A verdade é que se não fossem as pessoas que usam o HU, que compreendem
a importância desse hospital para a comunidade, como para aperfeiçoamento dos
profissionais, que compreendem o HU com uma extensão da universidade, se não
fossem eles, muito provavelmente nós não estaríamos nessa condição de impedir,
de interditar o desmonte. É um exemplo muito saudável.
Nós estamos
acompanhando um momento tão triste, de negação absoluta da política, das
instituições. O País de ponta cabeça, na mão de uma quadrilha que vende o País a todo momento, mas ainda têm relâmpagos, tem gotas de
acontecimentos que nos animam, e esse é um deles.
Essa mobilização em
torno do HU é um microcosmo do que deveria acontecer entre sociedade e política
institucional.
Parabéns a vocês e
parabéns à Casa também. (Manifestação nas galerias.)
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Tem a palavra o nobre deputado Carlos Giannazi, para
discutir a favor.
O
SR. CAMPOS MACHADO - PTB – Com
a anuência do nobre orador, grande deputado, defensor das causas nobres e
chamado por mim de professor perpétuo, tamanha dedicação que ele tem com o
Magistério paulista.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
O deputado Carlos Giannazi dá a anuência?
O
SR. CAMPOS MACHADO - PTB -
PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, há 130 anos nascia o grande poeta Fernando
António Nogueira Pessoa, o grande Fernando Pessoa, deputado, que V. Exa. sempre repete quando eu falo
que “tudo vale a pena se a alma não é pequena”. Tudo, menos o ridículo,
acrescentava-me agora o nobre deputado, meu querido irmão e amigo, pai do Yago, João Paulo Rillo. Em função
de Fernando Pessoa, nasceu uma grande raiz poética em todo o mundo.
Fernando Pessoa recebeu
o nome de Fernando António em homenagem a Santo Antônio. Hoje é o dia de Santo
Antônio. Rendo, portanto, homenagem ao santo padroeiro Santo Antônio, santo
casamenteiro das meninas aqui presentes. Quem não se casou ainda, aproveite até
o final do dia para orar aos pés de Santo Antônio, pleiteando um amor, um
companheiro para momentos alegres e tristes. Que Deus ilumine todos nós,
principalmente aqueles que cultuam o nome de Santo Antônio, que reconhece
Fernando Pessoa como um dos maiores poetas de toda a história.
Obrigado, deputado Giannazi. Reitero uma vez mais: nós tivemos centenas de
divergências este ano, mas nunca retirei de V. Exa. o amor à classe menos favorecida, mais humilde, mais decente
e honrada da nossa população. Que Deus o proteja, meu amigo, deputado Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR
- Obrigado, deputado Campos Machado. Sr. Presidente,
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público presente e telespectador da TV
Assembleia, hoje nós estamos votando um projeto importante que corrige um erro
cometido na aprovação do Orçamento para 2018, que nós aprovamos no final de
dezembro. Esse projeto, sem dúvida nenhuma, é fruto de uma grande mobilização,
do movimento feito na Universidade de São Paulo por funcionários, por moradores
da região do Butantã, da zona oeste. Nós só estamos votando esse projeto porque
houve essa grande mobilização, senão não seria possível aprovar esse projeto
hoje. Essa luta do pessoal da USP, do “Butantã na luta em defesa do HU”, tem a
ver com uma luta muito maior, que é a defesa também da universidade pública.
Se nós estamos vivendo
essa crise no HU foi porque o ex-reitor Zago destruiu a Universidade de São Paulo, sucateou vários setores, fechou vagas nas creches, fechou a
Creche Oeste, está sucateando e destruindo a Escola de Aplicação da USP, enfim,
faz parte desse contexto também a tentativa de destruir o Hospital
Universitário e o Hospital de Bauru, que vive uma situação extremamente precarizada. O que nos preocupa muito é que o atual reitor,
Vahan, segue a mesma linha.
Nós estamos aprovando o
projeto hoje. Existe, possivelmente, um veto ao projeto, mas, ao mesmo tempo,
existe um compromisso de derrubada do veto pela Assembleia Legislativa. Acho
que isso será resolvido. A minha grande preocupação é outra, e nós temos que
ter a participação de todos os deputados. É na Universidade de São Paulo,
porque nós queremos que esses recursos sejam, de fato, investidos na
contratação de funcionários, de servidores, porque faltam funcionários no HU.
O ex-reitor
Zago deixou o hospital, praticamente, em estado
terminal. Ele fechou várias alas, vários setores, vários
serviços de atendimento à população. Nosso grande desafio após a derrubada do
veto do governador Márcio França é pressionar o reitor Vahan
a investir o dinheiro, porque ele está fazendo pouco caso. Ele não reconhece a
emenda, até ontem não reconhecia, dizia que não sabia de nada, um absurdo. Como
um reitor não sabe de uma emenda aprovada na Assembleia Legislativa de 48
milhões?
A nossa grande luta
será para pressionar o Vahan, que tem argumentado
dizendo que a universidade tem autonomia e que a Assembleia Legislativa não
manda na universidade. Portanto, nós teremos esse desafio, e acho que deve
haver o compromisso de todos nós, os 94 deputados e deputadas, de pressionar o
reitor Vahan a investir esse recurso não em custeio,
mas em contratação de servidores. É para isso que nós nos mobilizamos, é para
isso que o movimento fez toda essa mobilização. Nós temos que salvar o HU.
Termino minha fala de
hoje dizendo que foi patética a participação do ex-reitor
Zago na Comissão de Saúde duas semanas atrás.
Estranhamente ele foi nomeado secretário da Saúde do Estado de São Paulo pelo
governador Márcio França. Um reitor que destruiu um hospital foi nomeado
secretário da Saúde do estado de São Paulo.
Quando perguntei a ele se ele tinha um projeto para atender toda a população daquela
região do Butantã, já que ele estava fechando o Hospital Universitário, ele
disse que não tinha projeto e que não iria responder. Eu disse a ele: “Vossa
Excelência é o secretário da Saúde, tem que ter um projeto”. Um absurdo total.
Portanto,
este é o nosso desafio agora: obrigar o reitor Vahan,
que segue a mesma linha neoliberal de Estado mínimo de fechamento de
equipamentos da Saúde, a investir os 48 milhões na contratação de servidores.
Muito obrigado e parabéns ao movimento. Vocês foram os responsáveis pela
aprovação desta correção. Muito obrigado, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Item 9 - Discussão e votação - Projeto de lei nº 367, de 2018, de autoria do
deputado Marco Vinholi. Altera a Lei nº 16.646, de
2018, que orça a receita e fixa a despesa do Estado para o exercício de 2018.
Com 16 emendas. Parecer nº 767, de 2018, da Reunião Conjunta das Comissões de
Justiça e Redação e de Finanças, favorável com substitutivo e contrário às
emendas.
Em discussão. Não
havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação o
substitutivo apresentado pelo Congresso de Comissões. As Sras. Deputadas e os
Srs. Deputados que estiverem de acordo queiram conservar-se como se encontram.
(Pausa.) Aprovado o substitutivo e prejudicado o projeto e as demais emendas.
Srs. Deputados, Sras.
Deputadas, nos termos do Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art.
45, parágrafo 5º, ambos do Regimento Interno, esta Presidência convoca reunião extraordinária
da Comissão de Constituição e Justiça e Redação a realizar-se hoje, cinco
minutos após o término da presente sessão, com a finalidade de oferecer a
redação final ao Projeto de lei nº 367, de 2018.
Sras. Deputadas, Srs.
Deputados, esgotado o objeto da presente sessão, está encerrada a sessão.
* * *
- Encerra-se a sessão
às 19 horas e 42 minutos.
* * *