17 DE
JULHO DE 2018
042ª
SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
Presidência: ANALICE FERNANDES
RESUMO
ORDEM DO DIA
1 - ANALICE FERNANDES
Assume a Presidência e abre a sessão.
Convoca uma sessão extraordinária a ser realizada hoje, dez minutos após o
término desta sessão.
2 - JOÃO PAULO RILLO
Para comunicação, parabeniza a
deputada Analice Fernandes pela condução da sessão.
Defende projeto da parlamentar, em benefício de enfermeiras.
3 - FERNANDO CAPEZ
Para questão de ordem, interpreta e
defende a aplicação do art. 175, II, do Regimento Interno. Acrescenta que não
tomara prévio conhecimento do teor da emenda ao PL 31/18.
4 - BARROS MUNHOZ
Para comunicação, justifica a
necessidade da apresentação da emenda ao PL 31/18. Valoriza a pecuária
brasileira.
5 - ROBERTO TRIPOLI
Para questão de ordem, indaga à
Presidência se é possível colocar em votação, nesta data, o PL 31/18.
6 - PRESIDENTE ANALICE FERNANDES
Dá resposta negativa à questão.
7 - FELICIANO
FILHO
Para comunicação, rebate o
pronunciamento do deputado Barros Munhoz. Informa que a sociedade apoia a
aprovação do PL 31/18.
8 - PRESIDENTE ANALICE FERNANDES
Solicita à plateia comportamento
regimental. Dá conhecimento de emenda, do deputado Barros Munhoz, ao PL 31/18,
ficando adiada sua apreciação. Convoca as Comissões de Constituição, Justiça e
Redação, de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, e de Finanças,
Orçamento e Planejamento para uma reunião conjunta a ser realizada amanhã, às
16 horas e 30 minutos.
9 - ITAMAR
BORGES
Para comunicação, afirma que os
projetos pautados são inconstitucionas.
10 - ALENCAR
LULA SANTANA
Para comunicação, defende a aprovação
do PL 31/18, nesta data. Manifesta-se a favor de projeto em benefício de
estudantes.
11 - PRESIDENTE ANALICE FERNANDES
Dá conhecimento de emenda ao PL
31/18, ficando adiada sua apreciação. Convoca as Comissões de Constituição,
Justiça e Redação; Administração Pública e Relações do Trabalho; e de Finanças,
Orçamento e Planejamento para uma reunião conjunta a ser realizada amanhã,
cinco minutos após o término da primeira.
12 - GILMACI SANTOS
Para reclamação, rebate o
pronunciamento do deputado João Paulo Rillo.
13 - BETH LULA SAHÃO
Para comunicação, afirma que a
bancada do PT não assinara a emenda ao PL 31/18.
14 - MARCO VINHOLI
Para comunicação, manifesta-se a
favor da emenda ao PL 31/18.
15 - ENIO LULA TATTO
Para comunicação, critica o art. 5º
da emenda ao PL 31/18. Discorre acerca dos riscos de não ser possível pautar o
PL 31/18, na sessão de amanhã.
16 - VAZ DE LIMA
Para comunicação, lê e defende o
cumprimento do Regimento Interno. Parabeniza a deputada Analice
Fernandes pela condução da sessão.
17 - LUIZ
FERNANDO LULA DA SILVA
Para comunicação, manifesta-se
contrário ao teor da emenda ao PL 31/18.
18 - WELLINGTON MOURA
Para reclamação, afirma que não fora
cumprido o estabelecido no Colégio de Líderes, quanto à pauta da presente
sessão extraordinária. Assevera que deve obstruir a votação dos projetos
anunciados.
19 - BARROS MUNHOZ
Para comunicação, defende a constitucionalidade
da emenda ao PL 31/18.
20 - PRESIDENTE ANALICE FERNANDES
Convoca as Comissões de Constituição,
Justiça e Redação; e de Finanças, Orçamento e Planejamento para uma reunião
conjunta a ser realizada amanhã, cinco minutos após o término da reunião
precedente.
21 - ALENCAR
LULA SANTANA
Para comunicação, defende a não
concessão de parecer favorável à emenda ao PL 31/18, na Comissão de
Constituição, Justiça e Redação.
22 - PRESIDENTE ANALICE FERNANDES
Encerra a sessão.
* * *
- Assume a Presidência
e abre a sessão a Sra. Analice Fernandes.
* * *
A
SRA. PRESIDENTE – ANALICE FERNANDES - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob
a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Com
base nos termos do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de
bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.
* * *
A
SRA. PRESIDENTE - ANALICE FERNANDES - PSDB - Sras.
Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento
Interno, esta Presidência convoca V. Exas. para uma
segunda sessão extraordinária, a realizar-se hoje, dez minutos após o término
da primeira sessão extraordinária, com a finalidade de ser apreciada a seguinte
Ordem do Dia:
* * *
-
NR - A Ordem do Dia para a 43a sessão extraordinária foi publicada
no D.O. de 18/07/18.
* * *
O SR. JOÃO PAULO RILLO - PSOL – PARA
COMUNICAÇÃO - Sra.
Presidente, primeiro quero fazer aqui um destaque a V. Exa.
na condução da Presidência da Casa, parabenizá-la pela
coragem, pela atitude, pela competência em pautar projetos importantes e dar um
desfecho. Vamos lá, explicar para as pessoas que aqui estão,
especialmente os protetores e ativistas, que não vai ser pautado hoje, porque
tem uma emenda de plenário que regimentalmente suspende. No entanto, demos mais
um passo importante, porque amanhã não haverá essas possibilidades de
obstrução, o projeto será pautado e vai entrar em discussão. Então, amanhã, os
deputados vão ter que se revelar mais um pouco aqui, assomando à tribuna e se
colocando como verdadeiros algozes dos animais explorados e crucificados
naquele navio. Então é isso que aconteceu.
Outra
coisa, que fiquei muito triste. Vossa Excelência é autora de um projeto que tem
total apoio meu, da bancada do PSOL, da bancada do PT, daqueles que defendem os
trabalhadores, aliás que vai na contramão da reforma
trabalhista dos golpistas, que reduz a jornada de trabalho para enfermeiros,
auxiliares de enfermagem e técnicos de enfermagem. Fiquei sabendo agora que o
mesmo deputado que operou contra o PL 31, a favor dos pecuaristas gananciosos
no Brasil, operou também contra os enfermeiros, auxiliares
e técnicos, porque protocolou uma emenda de plenário que suspende o projeto de
Vossa Excelência.
Ou
seja, por mais dolorido que tenha sido esse processo, nunca a Assembleia esteve
tão exposta à verdade. Eles estão se revelando, são a favor da escravidão dos
bichos, das pessoas. E amanhã, ao publicar essas emendas, daremos o nome de
todos os deputados que assinaram a emenda que suspende o 31 e que suspende
também o processo de Vossa Excelência. Vamos mostrar para todo o estado de São
Paulo de que lado eles estão: estão do lado dos planos de saúde, da máfia que
escraviza e explora as pessoas. É isso, estão contra os trabalhadores, contra
os bichos, contra a natureza, contra o meio ambiente.
Pelo
menos valeu a pena ficar aqui no recesso, porque nunca a Casa esteve tão
exposta à verdade. Os deputados estão tendo que revelar o seu lado. Estamos
vendo qual o lado de cada um. Amanhã daremos o nome de um por um daqueles que
assinaram as duas emendas de plenário. (Manifestação nas galerias.)
O SR. FERNANDO CAPEZ - PSDB - PARA
QUESTÃO DE ORDEM - Sra. Presidente, nos termos do Art. 175, inciso II do
Regimento Interno, as proposições poderão receber emendas nas seguintes
oportunidades: inciso II - Ao iniciar a discussão, devendo nesse caso ter o apoiamento de um quinto, pelo menos, dos membros da
Assembleia, e ser comunicada ao Plenário.
Tenho
uma primeira questão de ordem a ser formulada: não tive acesso à emenda de
plenário, não sei quantas assinaturas existem e quem são os subscritores dessas
assinaturas para que eu verifique se efetivamente foram subscritas por um
quinto dos deputados ou não.
Segunda
questão de ordem: não verifico aqui no Regimento Interno nada que obrigue V. Exa. a adiar para a próxima sessão
o início desta votação. Vossa Excelência pode fazer a publicação neste ato
mesmo. Publicação significa tornar público. Tornar público ocorre no momento em
que se dá ciência a terceiros daquilo que ocorre. A leitura de V. Exa. tornará pública a emenda de plenário. Por conseguinte, se
dará por publicada, autorizando o prosseguimento da sessão.
O SR. BARROS MUNHOZ -
PSB - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, as 24 assinaturas
que constam da emenda apresentada ao PL 31/2018 são de deputados que não
necessariamente são contra o projeto. O que nós precisamos esclarecer, até
porque vai ser votado amanhã, isso não é obstrução de hoje para amanhã, não tem
nada a ver e não foi elaborado, é que nós não acreditamos que este projeto vá
resolver o problema da saúde dos animais, da proteção aos animais.
Simplesmente
o que vai acontecer é que ao invés do gado - aliás, já está começando a
acontecer isso - sair por São Sebastião, vai continuar saindo pelo Pará, que é
o maior exportador de boi vivo, vai sair pelo Rio Grande do Sul, que é o
segundo maior e vai sair pelo Rio Grande do Norte. Só isso que vai acontecer.
Não
vai haver nenhum outro problema, vai mudar de lugar e São Paulo, mais uma vez,
vai ser prejudicado, como na guerra fiscal, em que todas as indústrias de São
Paulo estão indo para Minas Gerais. Quem vai em
Extrema vê isso. Estão indo para o Paraná, estão indo
para o Mato Grosso e nós, aqui, castigando a população de São Paulo. Nós
queremos um projeto que melhore a qualidade de vida dos animais. É só ler a
emenda. A emenda está aí para quem quiser ler. Não vai ter também colher de chá
de pegar 2 bilhões de reais de multas para distribuir para instituições, o que
não pode.
Eu
queria fazer uma comunicação. O deputado Capez, outro dia, fez uma brilhante
exposição jurídica e terminou dizendo: “Certamente isso vai ser barrado pela
Justiça”. O pessoal que está aguardando e achando que esse projeto vai acabar
com o problema do sofrimento nos animais, eu lamento dizer. Eu respeito a luta de quem defende os animais. Defendo o idealismo do
deputado Feliciano, mas não vai acabar porque é rigorosamente inconstitucional.
O
que estamos querendo é eliminar a inconstitucionalidade. É melhor votar um
projeto que vai valer corrigido, e essa emenda foi feita por várias mãos. O
deputado Wellington ajudou, o deputado Vinholi
ajudou, a assessoria da Casa ajudou. O deputado Feliciano sabe que eu convidei.
Não é absolutamente nada disso. É uma posição nossa de aprovar algo correto que
atenda ao objetivo de quem quer proteger os animais e atenda aos interesses do
estado de São Paulo.
Nós
devemos muito neste estado e neste País à pecuária brasileira, aos homens e às mulheres
que nela trabalham e que nela mourejam e merecem a nossa consideração e o nosso
respeito.
O SR. ROBERTO TRIPOLI -
PV -
PARA QUESTÃO DE ORDEM - Presidente, é mais para poder
entender o Regimento Interno desta Casa. Primeiro, quero elogiar a atitude de
V. Exa. no sentido de pautar na primeira sessão
extraordinária o PL 31/2018. Pelo que eu entendo, dá para se pautar também um
congresso de comissões e votar no dia de hoje, se V. Exa. der
a publicação, a leitura. E essa emenda também que o deputado colocou agora, eu
desconheço. Eu não vi essa emenda.
Eu
também gostaria de saber qual é a emenda. Eu pergunto: é possível V. Exa. convocar a primeira sessão extraordinária com o PL 31/2018
e, ao mesmo tempo, convocar, já que existe uma emenda, um congresso de
comissões para o dia de hoje para que possamos votar hoje o PL 31/2018?
A SRA.
PRESIDENTE - ANALICE FERNANDES - PSDB - O tempo é
insuficiente, deputado Tripoli. Esta deputada na
Presidência gostaria imensamente, mas só temos dez minutos, mas convocaremos já
um congresso de comissões para amanhã às 16 horas e 30 minutos. Prepararemos o
projeto e pronto, ele já será pautado novamente, sem problema nenhum.
O
SR. FELICIANO FILHO - PRP – PARA COMUNICAÇÃO - Eu queria só
fazer duas correções na fala do deputado Barros Munhoz, que se empolgou aqui.
Quando ele diz que o
projeto é inconstitucional, eu não sei por que essa preocupação. Então, deixa
votar e barra na Justiça.
Eu recebo, praticamente
todos os dias, nas redes sociais e no zap, pareceres
e posicionamentos tanto do Ministério Público Federal e do Estadual como também
de desembargadores estaduais e da Justiça Federal totalmente
contrários ao embarque de animais vivos.
Temos recebido também
posicionamento de toda a sociedade. Até São Sebastião não está suportando mais.
Então, eu duvido que o Judiciário vá atender meia dúzia de pecuaristas e não
dar ouvidos à sociedade, que está clamando por isso.
Os próprios moradores
de São Sebastião não suportam mais, não aguentam mais, o cheiro onde param os
ônibus levados para lá... (Manifestação nas galerias.)
A
SRA. PRESIDENTE - ANALICE FERNANDES - PSDB
- Esta deputada na Presidência garante a palavra de V. Exa.
e pede para que os visitantes não se manifestem em
respeito ao deputado que está fazendo uso da tribuna.
O
SR. FELICIANO FILHO - PRP - A sujeira dos bois está indo
para as marinas. Em vez de ter ônibus de turista, tem caminhões parados com
boi, com o maior cheiro, enfim.
Quero dizer que o
deputado Barros só tem razão em uma das coisas que ele disse: ele não tinha 24
assinaturas. Algumas das pessoas que assinaram o fizeram na cordialidade, como
eu já disse.
Os deputados talvez já
nem estejam mais em plenário, mas se estiverem, eu peço que retirem a
assinatura, porque nós precisamos de dezenove. Mas, tem 24 porque eu vi gente
aqui que é totalmente favorável ao projeto e assinou sem saber o que estava
assinando. Eu sei que não estão aqui, mas, se estiverem ouvindo, peço que
venham retirar a assinatura.
O Brasil não suporta
mais, a sociedade não suporta mais, o Judiciário não suporta,
o Ministério Público e o mundo não suportam mais, tanto é que outros países
também já estão abolindo.
Esse navio que chegou
aqui agora é aquele em que morreram milhares de ovelhas indo da Austrália para
a Turquia. Porque esse navio é muito quente e os animais morreram por
hiperaquecimento.
Quando falo do Mapa, o
Mapa é um balcão para atender ruralistas. Desafio qualquer deputado que esteja
dizendo que os animais não sofrem, para que possam ir juntos comigo até a
Turquia para ver. Se não houver sofrimento nem aqui e nem lá eu renuncio ao meu
mandato. (Manifestação nas galerias.)
Muito obrigado, Sr. Presidente e Srs. Deputados.
A
SRA. PRESIDENTE - ANALICE FERNANDES - PSDB
– Sras. Deputadas e Srs. Deputados.
Item 1 - Discussão e
votação - Projeto de lei nº 31, de 2018, de autoria do
deputado Feliciano Filho. Proíbe o embarque de animais vivos no transporte
marítimo e/ou fluvial, com a finalidade de abate para o consumo, no Estado.
Pareceres nºs 224 e 960, de 2018, respectivamente, da
Comissão de Justiça e Redação e da Reunião Conjunta das Comissões de Meio
Ambiente e de Finanças, favoráveis.
Há sobre a mesa emenda
de plenário, motivo pelo qual o projeto retorna às comissões, conforme o Art.
175, inciso II, do Regimento Interno.
Sras. Deputadas, Srs.
Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado
com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das
comissões: Comissão de Constituição, Justiça e Redação,
Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e Comissão de Finanças,
Orçamento e Planejamento, a realizar-se amanhã, às 16 horas e 30 minutos, no
Salão Nobre, com a finalidade de apreciar a Emenda 1 ao Projeto de lei nº 31,
de 2018, de autoria do deputado Feliciano Filho, que proíbe o embarque de
animais vivos no transporte marítimo e/ou fluvial, com a finalidade de abate
para o consumo, no Estado.
O SR. ITAMAR
BORGES - MDB - PARA COMUNICAÇÃO - Primeiramente, quero dizer que esta Casa tem batido o
recorde dos recordes de tentar acelerar a votação de projetos e, o que é pior,
de tentar votar projetos sumariamente inconstitucionais, como são esses dois
projetos da primeira sessão extraordinária.
A competência para legislar sobre matéria trabalhista
é do Congresso Nacional, é federal. Nós não podemos vir aqui e ficar enganando
os enfermeiros e os cidadãos do estado de São Paulo, dizendo que
este projeto, se aprovado, vai ter valor, porque não terá. Já que existe essa
preocupação, o que as Santas Casas fizeram?
As Santas Casas e hospitais filantrópicos se
mobilizaram e pediram: “Srs. Deputados, por mais que esse projeto seja
inconstitucional, se ele entrar em vigor por um dia, se os sindicatos começarem
a fazer algum movimento e houver uma discussão, se tivermos que fazer algum
pagamento e depois ressarcir, mesmo que esse eventual pagamento seja
ressarcido, as Santas Casas e os hospitais filantrópicos terão que fechar as
portas, a maioria deles”.
Isso porque, de imediato, esse projeto aumenta de 25 a
40% a folha de pagamento das Santas Casas e hospitais filantrópicos. O que
pediram os representantes dessas entidades? Que fosse apresentada uma emenda
que tirasse as Santas Casas e os hospitais filantrópicos desse projeto de lei e
deixasse os demais hospitais que a deputada pretende colocar. Mesmo assim, será
inconstitucional, porque eles também irão contratar os escritórios e derrubar a
inconstitucionalidade.
Eles pediram para ser retirados para que não tivessem
que passar por essa situação. Isso consta da emenda que será publicada, e desde
já eu requeiro a publicação tanto do PL 31 quanto dessa. O que ele terá que
fazer? Ser tratado em lei própria. O Art. 2º, § 2º diz que a questão das Santas
Casas e hospitais filantrópicos deverá ser tratada em uma lei própria e não
nesta lei.
Para quê? Para dar tempo para as Santas Casas se
adaptarem, se o projeto vier a ser aprovado, prestigiando, assim, os
enfermeiros, assim como eu fiz, quando fui prefeito em Santa Fé do Sul, em que
prestigiei e reduzi a carga horária de 40 para trinta. A própria deputada
Analice...
A SRA. PRESIDENTE - ANALICE FERNANDES - PSDB - Para concluir, deputado.
Depois V. Exa. irá discorrer sobre o projeto.
O SR. ITAMAR
BORGES - MDB - Eu irei continuar, assim como o deputado Barros Munhoz e o deputado
Feliciano Filho continuaram.
A SRA. PRESIDENTE - ANALICE FERNANDES - PSDB - O tempo de V. Exa. está o mesmo. Já se passou um minuto, deputado.
O SR. ITAMAR
BORGES - MDB - Não, passou cinquenta e cinco. Só um minutinho, presidente. Assim,
teremos que tratar com eles. Se for o caso, as Santas Casas terão o prazo de um
ou dois anos, ou seis meses. A própria deputada tinha sugerido isso, para eu
tentar dialogar nesse sentido, não que ela concordasse.
Em relação ao PL 31, o deputado Barros Munhoz...
A SRA. PRESIDENTE - ANALICE FERNANDES - PSDB - Deputado, não! Deputado
Itamar Borges, V. Exa. terá tempo de falar sobre o PL
31. Não é justo! (Manifestação nas galerias.)
Tem a palavra o nobre deputado Alencar Santana.
O SR. ALENCAR
LULA SANTANA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Primeiramente, quero agradecer o espírito
democrático da presidenta que, no processo de encaminhamento, não nos deu a
palavra.
A SRA. PRESIDENTE - ANALICE FERNANDES - PSDB - Com todo o respeito, quero
ouvi-lo.
O SR. ALENCAR
LULA SANTANA - PT - Estou na minha palavra, por favor.
Daqui a pouco, irei fazer um movimento “Volta Cauê”. Sra. Presidente e demais líderes, é importante explicar para
as pessoas o que está acontecendo aqui. Se o espírito democrático não
prevalecer nesta Casa, daqui a pouco é capaz de pedirmos.
Foi apresentada uma emenda de plenário que obstrui a
votação na data de hoje, mas há uma possibilidade, se quisermos, de fato, votar
hoje. Se os líderes das bancadas abrirem mão da publicação, o projeto pode ser
pautado hoje, pode ser convocado um congresso de comissões, dando uma suspensão
nos trabalhos da sessão extraordinária, para resolvermos essa matéria, os
líderes - Art. 175 - e nós garantiríamos a votação que todo mundo aguarda há
muito tempo.
Barros, tem uma evolução já de consciência. Se V. Exa. estipula um prazo, é porque
V. Exa. sabe, no mínimo, que
existem os maus-tratos, porque V. Exa., no mínimo,
sabe que tem a crueldade, mas a crueldade não tem tempo, ela corre hoje, ela
não cessa nesse período. Já tem evolução. Vossa Excelência admite que ela existe. Como V. Exa. admite, recue. Vamos votar já, valendo desde já, e não daqui
a três anos. Por fim, Sra. Presidente, deputado Itamar Borges,
essa questão da enfermagem.
Eu acho que V. Exa. quer, de fato, é não garantir
direito aos trabalhadores. Eu estou surpreso em ver aqui um líder do MDB
preocupado com a Saúde Pública, com a Santa Casa. Estou muito surpreso.
Literalmente, muito surpreso, mas as coisas mudam. Quem sabe também é um
processo de evolução que nós temos.
Por fim, temos nosso
projeto, que garante a passagem gratuita aos alunos de cursinhos populares e
gratuitos, da mesma maneira que têm os alunos que estudam em universidades
públicas ou de uma determinada renda. Que ele também seja pautado, seja
apreciado, para que possamos garantir esse direito a esses estudantes, que
querem e lutam por uma oportunidade no ensino superior.
A
SRA. PRESIDENTE - ANALICE FERNANDES - PSDB
- Esta deputada agradece a sugestão de V. Exa., mas
já demos o comando para amanhã, deputado Alencar. Acho que essa sugestão foi a
melhor neste momento encontrada, a mais oportuna, mas agradeço imensamente a
sugestão de Vossa Excelência.
Item 2 - Discussão e
votação - Projeto de lei nº 347, de 2018, de autoria
da deputada Analice Fernandes. Dispõe sobre a jornada
de trabalho de 30 (trinta) horas semanais aos enfermeiros, técnicos de
enfermagem e auxiliares de enfermagem que exerçam as funções no poder público,
rede privada e filantrópica, no Estado. Parecer nº 951, de 2018, da Reunião
Conjunta das Comissões de Justiça e Redação, de Administração Pública e de
Finanças, favorável.
Há sobre a Mesa emenda
de plenário, motivo pelo qual o projeto retorna às comissões, conforme o Art.
175, inciso II, do Regimento Interno.
Esta Presidência convoca, nos termos do disposto
no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento
Interno, reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação,
Administração Pública e Relações de Trabalho e Finanças, Orçamento e
Planejamento, a realizar-se amanhã, cinco minutos após a última convocação, com
a finalidade de apreciar a Emenda nº 1 ao Projeto de lei nº 347, de 2018, de
autoria desta deputada, que dispõe sobre a jornada de trabalho de 30 (trinta)
horas semanais aos enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de
enfermagem que exerçam as funções no poder público, rede privada e
filantrópica, no Estado.
O
SR. GILMACI SANTOS - PRB - PARA RECLAMAÇÃO - Sra. Presidente, eu queria falar neste momento
com o deputado João Paulo Rillo. Ele já disse
aqui que amanhã estará revelando o nome dos deputados que assinaram a emenda de
plenário. Eu queria dizer a V. Exa. que V. Exa. não
precisa ter o trabalho de esperar até amanhã. Este deputado aqui assinou a
emenda de plenário do PL 31.
Então, V. Exa. não precisa ter a preocupação
de revelar o meu nome, porque eu estou revelando para todo mundo neste momento.
Este deputado, como líder da bancada, e nós temos deputados da bancada que são contrários ao projeto... Os deputados
não se encontrando hoje na Casa pediram para que eu assinasse, e eu assinei.
Então, Vossa Excelência
não precisa se preocupar com este deputado, porque é legítimo. Eu posso
assinar, todos podem assinar. Então, acho que eu não vejo nenhum problema
nisso. Só estou poupando V. Exa. desse
grande trabalho de amanhã revelar os nomes.
A SRA. BETH LULA SAHÃO
- PT – PARA COMUNICAÇÃO - Sra. Presidente, queria primeiramente dizer a todos que nenhum dos
nossos deputados da bancada do Partido dos Trabalhadores assinou a emenda que
prorroga a votação do PL 31, muito menos a emenda que prorroga o projeto de
autoria de V. Exa., porque consideramos que ambas protelam
tanto a votação de um quanto a de outro. Isso tem que ficar claro.
A outra coisa que
queremos colocar é que nós não nos incomodamos com a não publicação de ambos.
Eles não precisam ser publicados para nós para ser convocado um Congresso de
Comissões, até porque nós não temos nenhuma convicção de que amanhã esses
projetos serão aprovados no Congresso de Comissões, com todas as comissões que
V. Exa. acabou de chamar.
Essa também é uma discussão muito importante.
Nós, da bancada do PT,
em momento nenhum nos utilizamos de qualquer subterfúgio ou recurso que o
Regimento poderia nos garantir a fim de protelar o PL 31. Muito pelo contrário:
desde o início, colocamo-nos favoráveis a esse projeto e fomos coerentes com a
nossa proposta, inclusive num diálogo, hoje, com Vossa Excelência. Fomos
coerentes com a nossa proposta de votarmos favoravelmente ao PL 31. E vamos nos
manter firmes até vermos esse projeto ser aprovado por esta Casa.
Em relação ao projeto
de V. Exa., quero falar com
o deputado Itamar Borges. Não entendo isso, porque já há uma série de locais,
inclusive na esfera pública, onde as enfermeiras e enfermeiros executam seis
horas de trabalho. Não sei o porquê de sua defesa contra o projeto.
Mais do que isso: V. Exa. fala em
inconstitucionalidade. Aqui nesta Casa, a única justificativa do ex-governador
Alckmin para vetar nossos projetos era: “esse projeto é inconstitucional”.
Inclusive, podemos recuperar isso nos Anais desta Casa. E tanto isso é verdade
que vejam o número de vetos que temos aqui, em relação aos projetos de
deputados. Todos os deputados que têm mais de um mandato sabem do que estou
falando. Agora, V. Exa. vem
me dizer que os projetos são inconstitucionais? Inconstitucional é a falta de
vontade de vocês de aprovar esse projeto, não o nosso desejo de aprová-lo.
(Manifestação nas galerias.)
O
SR. MARCO VINHOLI - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - São dois
assuntos diferentes. Primeiramente, quero dizer que assinei a emenda sobre o PL
31. Ao longo dos últimos dias, vários deputados desta Casa e vários setores da
agricultura do estado de São Paulo.... A agricultura e a pecuária são um
orgulho para o País. Temos um orgulho muito grande de termos relação com o
setor, de representar o setor na Casa e trabalhar a favor disso. Mas nada nos
impede de construir, através do diálogo, saídas para a sociedade paulista. Essa
emenda é um símbolo disso. Amanhã, com ela publicada, a Casa e a sociedade
paulista como um todo vão ter oportunidade de conhecê-la.
Aqueles que forem pelo
diálogo, por essa construção; aqueles que entenderem que essa emenda pode
aglutinar tanto os interesses dos que querem a proteção dos animais quanto os
interesses dos pecuaristas - da agricultura do estado de São Paulo - vão ter
oportunidade para isso. Foi uma construção conjunta. Temos certeza de que ela
irá melhorar um projeto que visou proteger os animais, mas que tem, a nosso
ver, várias falhas, uma vez que seria um projeto com interesse maior, nacional.
Os países que fizeram isso fizeram a nível nacional. Proibir no estado de São
Paulo só iria levar ao Pará e ao Paraná. Por isso, peço a publicação.
O segundo assunto de
que eu rapidamente gostaria de falar é que nós deixamos de fora da segunda
extra - e também não conseguimos avançar na discussão - a derrubada do veto das
emendas, a alteração das emendas impositivas dos deputados desta Casa e as
alterações do Orçamento. Então, eu
queria solicitar aos líderes que pudéssemos fazer esse Congresso de Comissões e
aditar, na segunda sessão extraordinária, para corrigir falhas no Orçamento,
como HU, Unicamp e Itesp. E também alterar as emendas
dos deputados.
Por fim, queria pedir
perdão ao deputado Teonilio Barba, a quem me referi
mais cedo. Querido deputado Teonilio Barba, admiro
muito o seu trabalho.
O
SR. ENIO LULA TATTO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Sra. Presidente, parabéns por pautar, embora isso não
precise ser publicado. Poderia ser chamado um Congresso de Comissões hoje, e
nós agilizaríamos. Mas tudo bem, está pautado para
amanhã. Eu gostaria de chamar a atenção dos nossos apoiadores - os ativistas,
protetores - e dialogar com eles sobre a emenda substitutiva que foi
apresentada hoje. Com os Arts. 1º, 2º, 3º e 4º não há problema nenhum, são
tranquilos. O problema está no Art. 5º, que diz o seguinte: “Esta lei entra em
vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos após
decorridos três anos de sua vigência”. Essa é a emenda que foi apresentada, que
vai ao congresso de comissões e que vem ao Plenário amanhã. Não dá para esperar
três anos, não é?
Em segundo lugar, “orai e vigiai”. Onde pode estar o
golpe? O congresso de comissões de amanhã, às 16 horas e 30 minutos, será
formado por três comissões, só com os membros titulares. Não são os 94
deputados. Comissão de Constituição e Justiça, Comissão de Finanças, Orçamento
e Planejamento e Comissão de Meio Ambiente. Peçam a composição dessas três
comissões. Deem uma olhada na representatividade de cada partido. Olhando a
grosso modo, junto com o deputado Feliciano, a maioria é contra o PL 31. Então,
se não houver substituição - e quem pode fazer isso é o líder de cada partido
-, esse PL pode naufragar já no congresso de comissões. Ele fica inviabilizado
de entrar em pauta amanhã. Então, deem uma verificada.
Além disso, se uma das três comissões não der
quórum, também fica inviabilizado de ser pautado amanhã à noite. Então, amanhã
tem que ser “orai e vigiai”, marcar em cima e conversar com todos os líderes;
caso contrário, o golpe está sendo montado para acabar com esse projeto amanhã,
no congresso de comissões.
Gostaria de fazer esse alerta, reafirmando que todos
os deputados da bancada do Partido dos Trabalhadores... Nas três comissões,
temos representação. Os membros de nossa bancada estarão presentes nas três
comissões. Mas cobrem dos demais partidos. (Manifestação nas galerias.)
O
SR. VAZ DE LIMA - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Sra. Presidente, nós temos um Regimento e precisamos
cumpri-lo, independentemente da paixão. Todos nós temos que saber disso.
No caso específico da emenda de plenário, que está
prevista no Art. 175, ela tem que ser lida também por meio de outros artigos.
Por exemplo: o Art. 151 diz que “se forem apresentadas emendas, voltará o
projeto à comissão para parecer, após o que será incluído na Ordem do Dia para
discussão e votação”.
Então, é preciso também combinar isso com outro
artigo, o Art. 55, que diz que as comissões têm prazos para emitir o parecer,
sendo de dois dias para matérias em Regime de Urgência. Diz o Parágrafo Único:
“Para opinar sobre emendas oferecidas nos termos do artigo 175, inciso II, as
comissões disporão de prazos iguais à metade dos estipulados neste artigo”.
No caso presente, é preciso de um dia. O Plenário
não tem competência para abrir mão disso e V. Exa. não
tem competência para abrir mão disso. Tem que voltar, é simples assim, gostemos
ou não. Não importa se somos a favor ou contra o projeto.
Só há uma possibilidade - uma, não
é uma e meia, nem duas - de podermos deliberar aqui em Plenário: na hora da
emenda aglutinativa. Somente nessa hora. O Art. 175 faz a exceção. Diz o Art.
53: “salvo exceções previstas no Regimento Interno”. E há uma exceção, uma
única exceção. Recebida a emenda aglutinativa, que não é o caso, o presidente
adiará a votação da matéria por um dia, é a regra geral, para fazer publicar ou
distribuir e tal e tal.
E diz assim: exceto se
todos os líderes presentes na sessão concordarem em imediatamente dar
conhecimento ao Plenário, do inteiro teor, e então submetê-la à votação. Só
neste caso.
Vossa Excelência não
está fazendo, e nem poderia passar por cima do Regimento. Agora, desculpe,
custa acreditar que companheiros que fazem isso todos os dias, utilizam isso
todos os dias, queiram vir aqui fazer média. Aí, não dá, não pode. Simples
assim. O Regimento é claro, objetivo.
Então, quero pedir,
como fazem sempre, olhando para a galeria. Não entrem nesse jogo. Não pode, e
fim. Porque se acontecer, vão à Justiça e derrubam tudo o que foi feito aqui.
Por isso, tem que ficar um dia a mais, publicar, naturalmente. Faz-se o
congresso de comissões, como V. Exa. está bem determinando, e volta para cá para nós discutirmos
e votarmos a matéria.
Quero registrar isso em
benefício daquilo que V. Exa. está
fazendo, corretamente, com o Regimento.
A
SRA. PRESIDENTE - ANALICE FERNANDES - PSDB - Obrigada.
Esta deputada na Presidência agradece V. Exa. por esclarecer de uma maneira preciosa todos que estão no
plenário.
O
SR. LUIZ FERNANDO LULA DA SILVA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Sra. Presidente, como diz o nobre deputado, olhando a
tribuna, mas acho que todos nós estamos cansados dessas tentativas
protelatórias. Pasma-me ver o deputado, meu querido
amigo, que hoje defende uma causa. Estamos de lados opostos, mas o deputado
Itamar, ao defender uma emenda que fala de inconstitucionalidade, da própria lei.
A emenda é o absurdo
dos absurdos. Ela suspende a emenda apresentada pelos ruralistas, pelos
representantes desta causa, que querem fazer o boi andar, de toda forma,
independentemente do seu sofrimento. Ela pretende suspender a lei federal por
três anos.
É um absurdo. O Art. 5º
dessa proposta de emenda substitutiva diz que a lei entra em vigor na data da
sua publicação, produzindo efeitos após decorridos
três anos de sua vigência.
O Art. 1º diz que o
embarque de animais vivos, no transporte marítimo ou fluvial, com a finalidade
de abate para o consumo, deverá observar o disposto na legislação federal em
vigor. Depois, o Art. 5º suspende isso por três anos. Fica
claro que é uma proposta protelatória, eu diria que escrita sobre o joelho. Não
tomaram o cuidado de tentar aperfeiçoar uma lei.
Eu, particularmente,
defendo, como toda a bancada do PT, a suspensão do transporte fluvial, até
porque queremos gerar emprego aqui nos nossos matadouros. Agora, o que se
percebe é que essa medida protelatória, legítima, foi feita sem o menor cuidado
legislativo, tornando algo, cuja legalidade eles questionam, o mais ilegal
possível.
Queria pedir,
especialmente às comissões amanhã, que avaliassem sobretudo
o Art. 5º de uma proposta esdrúxula, que pretende suspender por três anos uma
lei federal.
Obrigado, Sra. Presidente.
O
SR. WELLINGTON MOURA - PRB - PARA RECLAMAÇÃO - Sra. Presidente, nós, deputados, no Colégio de Líderes,
acordamos que seria votada a urgência, aprovar as urgências, e logo depois
entraria o meu projeto, entraria o Ipesp. E agora V. Exa. escolheu, está sendo colocado
o 31 e logo em seguida o 347.
Não houve discussão
nesta Casa entre os deputados. Não foi feito um Colégio de Líderes, para que
isso acontecesse.
Quero deixar claro que
este deputado, hoje,
vai obstruir todos os projetos que forem colocados por falta de acordo. Não há
cumprimento de acordo nesta Casa. Porém, quando há o cumprimento de acordo,
acontece algo, como está acontecendo hoje.
Então,
eu não concordo que hoje sejam colocados tanto o PL nº 31, como o Projeto de
lei nº 347, sem que antes possam também ser colocados todos os outros projetos
de deputados que há acordo. Eu não falo só do meu projeto. Há vários projetos
de deputados que há acordo aqui, que estão sendo colocados, mas colocados para
a segunda sessão extraordinária, e não foi esse o acordo que foi feito no
Colégio de Líderes.
Quero
deixar isso claro: o acordo que foi feito foi para que aprovasse o meu projeto
de lei na Ordem do Dia e depois, se votasse outro projeto. Portanto, como não
há acordo e como vi que na quinta-feira passada foi isso que aconteceu quando
pediram verificação de votação do meu projeto, algo que estava acordado, e eu
nem estava presente. Eu não estava presente porque havia sido acordado. E eu
acho que aqui nesta Casa há homens e mulheres de palavra. Mas às vezes isso não
se verifica nesta Casa.
Por
isso, quero deixar registrado que este deputado, hoje, como já disse, vai
obstruir todos os projetos que estão sendo pautados tanto na primeira sessão
extraordinária, quanto na segunda sessão extraordinária devido ao não
cumprimento de palavra aqui de alguns deputados. Muito obrigado, Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas.
O SR. BARROS MUNHOZ
- PSB - PARA
COMUNICAÇÃO - A emenda foi inquinada de inconstitucional. Isso é absolutamente
contra toda a lógica. É uma exegese totalmente fora da realidade. Aqui fala, no
Art. 5º: “que entra em vigor obviamente o que esta lei está determinando”. Que
tem que cumprir a Constituição Federal é redundante. Isso é praxe de qualquer
lei. Além disso, eu gostaria de dizer que amanhã será publicado. Mas quero
dizer que só gente responsável se dispôs a discutir com todo mundo, para
encontrar um caminho que seja tornar constitucional o projeto para que ele,
realmente, se torne uma lei que possa ser aplicada. Quem assinou a emenda fui
eu, o deputado Carlão Pignatari, o deputado Marco Vinholi,
deputado Itamar Borges, deputado Davi Zaia, deputado
Fernando Cury, deputado Welson Gasparini, deputado
Adilson Rossi, deputado Gilmar Gimenes, deputado
Antonio Salim Curiati, deputado Cássio Navarro,
deputado Vitor Sapienza, deputado Marcos Damasio, deputado Ricardo Madalena, deputado Roberto
Morais, deputado Roque Barbiere, deputado Gilmaci
Santos, deputado Wellington Moura, deputado Coronel Camilo,
deputada Clélia Gomes, deputado Gileno Gomes,
deputado Campos Machado, deputado João Caramez
e falta um porque nós ficamos sem uma via. Só quero terminar elogiando também a
sua postura e dizendo o seguinte: nós temos responsabilidade, nós votamos aqui
o PRA, o Programa de Recuperação Ambiental. Foram 200 mil horas de conversas e
discussões, centenas de emendas e chegamos a uma conclusão, e disseram também
que era inconstitucional. E foram à Justiça e o Tribunal de São Paulo
considerou inconstitucional mas o STF, por
unanimidade, disse que era religiosamente constitucional, como vai ser essa
emenda se for aprovada; se for aprovada. Muito obrigado, Sra.
Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas.
A SRA. PRESIDENTE - ANALICE FERNANDES - PSDB - Antes de dar por encerrada a
presente sessão, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”,
combinado como Art. 68, ambos do Regimento Interno, esta Presidência convoca
reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação; Finanças,
Orçamento e Planejamento, a realizar-se amanhã, cinco minutos após a última
convocação, no Salão Nobre da Presidência, coma finalidade de apreciar o veto
ao Projeto de lei nº 367, de 2018, de autoria do deputado Marco Vinholi, que altera a Lei nº 16646, de 2018, que orça a
receita e fixa a despesa do Estado para o exercício de 2018.
O SR. ALENCAR LULA
SANTANA - PT - Pela
ordem, Sra.
Presidente.
A SRA. PRESIDENTE - ANALICE FERNANDES - PSDB - É a última palavra que eu vou
conceder, porque nós temos que encerrar a sessão encerrado o objeto para
chamarmos a segunda sessão extraordinária.
O
SR. ALENCAR LULA SANTANA - PT - PARA COMUNICAÇÃO -
Deputado Itamar, V. Exa. veio
aqui há pouco, disse da razão da publicação das duas emendas, defendendo a
Constituição Federal. O deputado Barros também disse aqui da
constitucionalidade. Primeiro, alguns colegas já
falaram que essa emenda mata o projeto. Essa emenda substitui o texto original
do projeto. Se aprovada, estamos aprovando outra coisa. Não tem nada a ver, deputado
Barros, com aquilo que está em debate já há semanas nesta Casa. Vossa
Excelência diz, o autor, assim como os demais
signatários, Art.1º: o embarque de animais vivos no transporte marítimo e
fluvial com a finalidade de abate para o consumo deverá observar o disposto na
legislação federal em vigor, respeitadas as normas estabelecidas pelo bem estar
animal. Ora, V. Exa. diz o
seguinte: esquece a lei estadual que vai valer a legislação federal, portanto
não tem proibição alguma no estado de São Paulo. Portanto vai seguir como está
hoje, com toda permissão, com toda crueldade que ocorre. Os exportadores que
descumprirem o disposto neste artigo ficarão proibidos, mas o exposto diz
legislação federal, deputado Barros. (Falas fora do microfone.) Do quê? Não diz
nada a lei, não diz nada. Agora, o que é pior é se amanhã algum colega aprovar
isso na Comissão de Justiça. Vai ser uma vergonha, porque o Art. 5º vai na contramão do que disse o próprio Barros no Art. 1º.
Vossa Excelência fala que essa lei, Art. 1º, tem que seguir a legislação
federal, portanto esquece a lei estadual. Aí no Art. 5º, só vai fazer efeito
depois de três anos. E nesse intervalo de três anos? Não vale nada? Desculpe, isso daqui, além de matar o projeto, é uma
aberração jurídica. Espero que ninguém da Comissão de
Constituição e Justiça aprove.
Deputado
que vai falar agora, disse que vai defender a Constituição. Defenda isso.
O SR. ITAMAR BORGES - MDB - Presidente,
bem rapidinho.
A SRA.
PRESIDENTE - ANALICE FERNANDES - PSDB - Esgotado o objeto da
presente sessão, lembrando-os da segunda sessão extraordinária, está encerrada
a sessão.
Está
encerrada a sessão.
* * *
-
Encerra-se a sessão às 20 horas e 11 minutos.
* * *