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21 DE AGOSTO DE 2018

119ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: DOUTOR ULYSSES e CAUÊ MACRIS

 

Secretaria: CORONEL TELHADA, GUSTAVO PETTA e CLÉLIA GOMES

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - DOUTOR ULYSSES

Assume a Presidência e abre a sessão. Cancela a sessão solene anteriormente convocada para as 20 horas de 23/08, em "Homenagem à comunidade libanesa", por solicitação do deputado Fernando Capez.

 

2 - CARLOS GIANNAZI

Afirma que esta Casa está paralisada por conta de obstruções feitas pela bancada do PSDB e por deputados contrários ao PL 31/18. Cita proposituras que, a seu ver, são importantes e devem ser deliberadas com urgência. Pede o apoio de seus pares para que os trabalhos sejam retomados.

 

3 - PRESIDENTE DOUTOR ULYSSES

Cancela a sessão solene anteriormente convocada para 28/08, às 10 horas, para realizar a "Outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo à senhora Maria Clara Machado da Silva", a pedido do deputado Vitor Sapienza.

 

4 - LECI BRANDÃO

Comemora o recebimento de prêmio por sua carreira artística. Menciona reportagem da "Folha de S. Paulo", acerca de empresária que criou cosméticos destinados às mulheres negras. Comenta projeto de lei, de sua autoria, aprovado neste Parlamento, que criou o "Dia do Orgulho Crespo".

 

5 - CARLÃO PIGNATARI

Para comunicação, tece elogios à deputada Leci Brandão. Parabeniza-a pelo prêmio recebido.

 

6 - ED THOMAS

Para comunicação, faz coro aos elogios do deputado Carlão Pignatari à deputada Leci Brandão. Enaltece sua atuação nesta Casa.

 

7 - ORLANDO BOLÇONE

Para comunicação, parabeniza a deputada Leci Brandão pelo prêmio em homenagem à sua carreira musical.

 

8 - CORONEL TELHADA

Discorre sobre a situação da Segurança no Rio de Janeiro. Comenta a morte de dois soldados do Exército, naquele estado. Afirma que o País está em guerra. Dá detalhes sobre o assassinato de um policial militar, no Rio Grande do Norte. Tece críticas à imprensa.

 

9 - PRESIDENTE DOUTOR ULYSSES

Cancela, por solicitação do deputado Fernando Capez, a sessão solene em "Homenagem aos líderes evangélicos", anteriormente convocada para as 20 horas de 13/09.

 

10 - MARCOS LULA MARTINS

Cumprimenta a deputada Leci Brandão pela honraria recebida. Descreve reunião, a que esteve presente, a respeito dos problemas enfrentados pelo Iamspe. Responsabiliza o governo estadual pela situação, visto que o instituto é mantido apenas pela contribuição dos servidores públicos, sem repasse equivalente do Poder Público.

 

11 - ORLANDO BOLÇONE

Tece considerações sobre o déficit da União. Considera que as estratégias de desenvolvimento sustentável têm sido pouco discutidas pelos presidenciáveis. Classifica a Constituição Paulista como exemplar quanto à visão de longo prazo para o desenvolvimento científico e tecnológico.

 

12 - CARLÃO PIGNATARI

Combate projetos de lei, a seu ver de caráter eleitoreiro, do governador Márcio França. Acusa-o de tentar enganar o povo paulista. Declara que o Executivo não repassou verbas destinadas às Santas Casas por emendas parlamentares. Afirma que o Iamspe tem sofrido por falta de recursos.

 

13 - ED THOMAS

Responde ao pronunciamento do deputado Carlão Pignatari. Avalia que toda a população está revoltada com a classe política. Declara que a falta de repasse de emendas parlamentares é um problema que já existia em governos anteriores. Defende o governador Márcio França das críticas recebidas.

 

14 - CARLÃO PIGNATARI

Para comunicação, reitera seu pronunciamento anterior. Critica as nomeações feitas pelo governador Márcio França. Ressalta que as emendas a que se referiu são impositivas.

 

15 - ED THOMAS

Para comunicação, presta esclarecimentos a respeito da nomeação citada pelo deputado Carlão Pignatari.

 

16 - CÁSSIO NAVARRO

Agradece aos deputados pela aprovação de projeto de lei, de sua autoria, para a inserção do símbolo do autismo nas placas de atendimento preferencial no Estado. Pede a seus pares que mantenham respeitosas as discussões, neste período eleitoral.

 

GRANDE EXPEDIENTE

17 - CORONEL CAMILO

Pelo art. 82, cita matéria do jornal "Folha de S. Paulo" que trata do aumento do número de policiais concorrendo a uma vaga de deputado estadual nestas eleições. Considera que a população deseja ordem, por isso sente-se inclinada a votar em candidatos militares. Defende a aprovação de projeto de lei, de sua autoria, que institui o programa "Lições de Ética e Cidadania" no ensino fundamental e médio da rede pública e privada de ensino do Estado.

 

18 - PAULO CORREA JR

Para comunicação, anuncia a presença dos pastores Carlinhos, Claudemir e Arthur Riverson, lideranças religiosas da Igreja Evangélica.

 

19 - ED THOMAS

Defende a apreciação do PL 34/18, que prevê a inclusão dos cirurgiões-dentistas na mesma categoria dos médicos em relação a cargos e salários, em âmbito estadual. Demonstra-se preocupado com o aumento de casos de feminicídio e estupros no País. Lamenta o veto ao PL 238/10, que propõe a criação de casas-abrigo, um local mantido para acolher, em caráter emergencial ou provisório, mulheres vítimas de violência e seus filhos.

 

20 - CARLOS GIANNAZI

Manifesta-se favoravelmente à aprovação do PLC 34/18, que trata da carreira dos cirurgiões-dentistas. Defende também que seja pautado o PL 788/17, que discorre sobre a criação de cargos para servidores do Ministério Público. Destaca a necessidade da instauração de CPI a fim de investigar irregularidades na Sabesp. Tece críticas à celeridade na aprovação de projeto de lei que autoriza empréstimos ao governo estadual para a limpeza dos rios Pinheiros e Tietê (aparteado pelo deputado Cezinha de Madureira).

 

21 - SEBASTIÃO SANTOS

Dirige-se ao deputado Carlos Giannazi considerando que este não deve fazer acusações vagas que podem causar prejuízo a todos os parlamentares. Defende a aprovação de vinte e cinco projetos de lei que classificam novos municípios como de interesse turístico. Explica que esta classificação traz grandes benefícios financeiros aos municípios em questão.

 

22 - CARLOS GIANNAZI

Pelo art. 82, faz esclarecimentos ao deputado Sebastião Santos sobre a questão dos empréstimos para a despoluição dos rios Pinheiros e Tietê. Defende a aprovação, com urgência, do PLC 42, a respeito dos professores categoria "o". Comemora despacho do governador autorizando a realização de concursos públicos para professores na rede estadual de ensino. Considera que seria desejável a realização periódica de concursos públicos para o Magistério.

 

23 - CARLOS CEZAR

Tece elogios ao governador Márcio França em relação ao tratamento dirigido aos funcionários públicos durante sua gestão. Lista as realizações de seu mandato no governo estadual. Elogia projeto de lei, de autoria do Governo, que autoriza a CPTM a reparar os danos causados aos usuários dos trens por atrasos ou paralisações. Considera que, apesar de seu apoio ao PLC 34/18, que trata da carreira dos cirurgiões-dentistas, há lei que impede a aprovação de matérias que proponham aumento de despesas com pessoal nos 180 dias anteriores ao final de mandato.

 

24 - CARLOS GIANNAZI

Para comunicação, considera que, apesar da lei de responsabilidade fiscal, esta Casa poderia pautar o PLC 34/18, que trata da carreira dos cirurgiões-dentistas, para passar pelo Congresso de Comissões.

 

25 - CARLOS CEZAR

Para comunicação, informa que o PLC 34/18 está pronto para ser votado, não havendo necessidade de passar pelas comissões temáticas da Casa.

 

26 - CÁSSIO NAVARRO

Solicita a suspensão dos trabalhos por 20 minutos, por acordo de lideranças.

 

27 - PRESIDENTE DOUTOR ULYSSES

Defere o pedido realizado anteriormente pelo deputado Cássio Navarro e suspende a sessão por 20 minutos às 16h22min.

 

ORDEM DO DIA

28 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h44min. Coloca em votação e declara aprovado requerimento, do deputado Carlos Giannazi, de retirada do PL 871/13. Coloca em votação e declara aprovado requerimento de alteração da Ordem do Dia. Coloca em votação requerimento de método de votação ao PL 129/18.

 

29 - CARLOS GIANNAZI

Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao PL 129/18, em nome do PSOL.

 

30 - JOSÉ ZICO PRADO

Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao PL 129/18, em nome do PT.

 

31 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Informa que deve acionar a Procuradoria desta Casa, para que se posicione a respeito do PLC 34/18.

 

32 - FELICIANO FILHO

Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao PL 129/18, em nome do PRP.

 

33 - FELICIANO FILHO

Solicita verificação de presença.

 

34 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Defere o pedido. Determina que seja feita a chamada de verificação de presença, interrompida quando verificado quórum. Solicita à plateia comportamento regimental.

 

35 - JOÃO PAULO RILLO

Para comunicação, clama aos deputados que não solicitem verificação de presença, para que a sessão tenha andamento. Solicita à Presidência que acelere a consulta à Procuradoria, quanto ao PLC 34/18, a fim de que a votação do projeto seja realizada nesta data, caso possível.

 

36 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Afirma que já acionara a Procuradoria desta Casa, quanto à matéria.

 

37 - GILMAR GIMENES

Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao PL 129/18, em nome do PSDB.

 

38 - ENIO TATTO

Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao PL 129/18, em nome da Minoria.

 

39 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Solicita à plateia comportamento regimental.

 

40 - CÁSSIO NAVARRO

Para comunicação, rebate o pronunciamento do deputado Enio Tatto. Defende Geraldo Alckmin e João Doria.

 

41 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Solicita à plateia comportamento regimental. Tece considerações sobre a intolerância e o desrespeito ao Poder Legislativo.

 

42 - CARLOS GIANNAZI

Para comunicação, afirma que emenda aglutinativa ao PLC 34/18 pode permitir a aprovação da matéria nesta data. Clama a seus pares apoio.

 

43 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Sugere que comissão de deputados encaminhem-se à Procuradoria e solicite resposta breve, a respeito do PLC 34/18.

 

44 - DAVI ZAIA

Para comunicação, informa que a iniciativa do Governo do Estado, quanto ao PLC 34/18, revela avanço. Afirma que por não constar emendas, o projeto não comporta a adição de emenda aglutinativa.

 

45 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Enaltece a responsabilidade desta Casa. Reitera que solicitara o posicionamento da Procuradoria.

 

46 - ENIO TATTO

Para comunicação, indaga à Presidência se parecer favorável da Procuradoria condiciona o PLC 34/18 a ser votado hoje.

 

47 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Dá resposta afirmativa à questão. Coloca em votação e declara aprovado o requerimento de método de votação ao PL 129/18. Coloca em votação o PL 129/18, salvo mensagem aditiva e emendas.

 

48 - JOÃO PAULO RILLO

Encaminha a votação do PL 129/18, salvo mensagem aditiva e emendas, em nome da Minoria.

 

49 - DAVI ZAIA

Para comunicação, reitera elogio ao Governo do Estado, pela iniciativa do PLC 34/18. Lê e comenta texto legal que impede e torna nula a expedição de ato que vislumbre o aumento de despesa em período eleitoral.

 

50 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Lembra reunião de deputados com o procurador. Coloca em votação e declara aprovado o PL 129/18, salvo mensagem aditiva e emendas.

 

51 - ENIO TATTO

Solicita verificação de votação.

 

52 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Anota o pedido.

 

53 - JOÃO PAULO RILLO

Para comunicação, sugere à Presidência que convoque sessão extraordinária, a fim de acelerar o trâmite do PLC 34/18.

 

54 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Informa que são necessárias 48 assinaturas de deputados para a convocação de sessão extraordinária. Defere o pedido de verificação de votação, do deputado Enio Tatto. Determina que seja feita a chamada de verificação de votação, pelo sistema eletrônico.

 

55 - JOSÉ ZICO PRADO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PT.

 

56 - CARLOS GIANNAZI

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSOL.

 

57 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Indaga ao deputado Carlos Giannazi o posicionamento da Procuradoria, a respeito do PLC 34/18.

 

58 - CARLOS GIANNAZI

Para comunicação, informa que o procurador deve dar a resposta amanhã.

 

59 - MILTON LEITE FILHO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do DEM.

 

60 - FELICIANO FILHO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PRP.

 

61 - CÁSSIO NAVARRO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSDB.

 

62 - DELEGADO OLIM

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PP.

 

63 - ANDRÉ SOARES

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do DC.

 

64 - JORGE CARUSO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do MDB.

 

65 - GILMACI SANTOS

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PRB.

 

66 - RICARDO MADALENA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PR.

 

67 - EDSON GIRIBONI

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PV.

 

68 - LECI BRANDÃO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PCdoB.

 

69 - CORONEL CAMILO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.

 

70 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Critica a conduta de manifestantes presentes nas galerias.

 

71 - CAIO FRANÇA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.

 

72 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Anuncia o resultado da verificação de votação, que não alcança quórum, ficando adiada sua votação.

 

73 - GILMAR GIMENES

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

74 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 28/08, à hora regimental, com Ordem do Dia. Levanta a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Doutor Ulysses.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE – DOUTOR ULYSSES - PV - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Coronel Telhada para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO – CORONEL TELHADA – PP - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esta Presidência, atendendo solicitação do nobre deputado Fernando Capez, cancela sessão solene convocada para o dia 23 de agosto, de 2018, com a finalidade de Homenagear a Comunidade Libanesa.

Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tem a palavra o primeiro orador inscrito, nobre deputado Carlos Giannazi, pelo tempo regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente em exercício, nobre deputado Doutor Ulysses, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectador da TV Alesp, público aqui presente, funcionários desta Casa, nós queremos votar projetos de lei. Temos uma pauta imensa de projetos importantes, de projetos estratégicos para a população do estado de São Paulo e a Assembleia Legislativa está paralisada, está à deriva, sem norte e sem sul; não está votando absolutamente nada. Há, aqui, uma obstrução selvagem da bancada que eu dizia antigamente que era a bancada do boi, mas não é, pois na verdade é a bancada contra o boi, dos ruralistas, dos pecuaristas que estão obstruindo o PL 31, projeto que nós queremos votar imediatamente, ainda na data de hoje.

Por outro lado, há outra obstrução selvagem e rasteira, da bancada do PSDB, obstruindo o PL nº 123/18, do Ipesp, que é um projeto emergencial que tem que ser votado imediatamente, além de outros projetos igualmente importantes.

Mas, além desse, temos que votar aqui o projeto do Ministério Público Estadual, dos Servidores do Ministério Público, PL nº 788, que é o projeto que trata da criação dos cargos para um concurso que, inclusive, já foi realizado e várias pessoas foram aprovadas. Refiro-me aqui ao cargo de oficial de Promotoria.

O concurso foi prorrogado agora recentemente; na semana próxima passada, saiu a prorrogação.

Agora, a Assembleia Legislativa não pode se isentar da aprovação do projeto, até porque já tem dotação orçamentária.  Nós já tínhamos aprovado a realização do concurso aqui, e agora temos que aprovar a criação dos cargos, para que esses servidores sejam chamados imediatamente, porque o Ministério Público tem um déficit altíssimo de servidores. Não tem servidores no Ministério Público.

Esses cargos a que eu estou me referindo aqui não são para promotores. São para servidores, os oficiais de promotoria, porque sem eles o Ministério Público não funciona. Seria o equivalente ao cargo de escrevente do Tribunal de Justiça.

Então, nós pedimos para que a Assembleia Legislativa vote hoje esse importante projeto de lei. Aproveito também para fazer mais um apelo aqui pela aprovação do PLC 34, que é um projeto muito importante, um projeto que faz justiça com os cirurgiões dentistas.

É um absurdo. Eu fiquei sabendo recentemente que não havia a carreira. Não havia um plano de carreira para os cirurgiões dentistas do estado de São Paulo. Inclusive, eu quero registrar a presença da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas do Estado de São Paulo, representada aqui pelo Dr. Sidney Tadeu Manoel. Sejam bem-vindos. Parabéns pela luta de vocês.

Nós queremos votar o projeto. Na semana passada, quase que nós votamos, só que não deu quórum no congresso de comissões, mas hoje é possível. Nós temos aqui vários deputados. É possível chamar um congresso de comissões e aprovar imediatamente o PLC 34, que garante a isonomia da carreira dos cirurgiões dentistas com a carreira dos médicos. Nada mais justo, garantir a isonomia.

Da nossa parte, nós faremos todos os esforços para que o projeto seja votado ainda hoje, porque ele está em condições de ser votado. O PLC 34, que é o projeto que nós queremos votar, o PL 788, dos servidores do Judiciário, que cria o cargo de oficial de promotoria, além dos outros que eu citei aqui, que são os estratégicos, como o PL 31, que trata da questão da proibição de transporte de animais, de carga viva, o transporte marítimo, que é um projeto que temos defendido exaustivamente aqui, todos os dias na Assembleia Legislativa, e o PL dos advogados e cartorários, que é um projeto importante, que tem que ser votado imediatamente.

Existem outros, logicamente, mas esses são estratégicos. Depois, quero também falar de outro projeto que deu entrada agora aqui, que trata da questão dos professores categoria “O”, o PLC 42. Vou falar no meu próximo pronunciamento sobre esse projeto.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Esta Presidência, atendendo à solicitação do nobre deputado Vitor Sapienza, cancela a sessão solene convocada para o dia 28 de agosto de 2018, às 10 horas, com a finalidade de outorgar o colar de honra ao mérito legislativo do estado de São Paulo à Sra. Maria Clara Machado da Silva.

Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tem a palavra a nobre deputada Leci Brandão.

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários desta Casa, telespectadores da TV Assembleia, cidadãos que nos acompanham pelas galerias, eu estou aqui sorridente, porque nós temos que ter um pouquinho de alegria.

Todas as vezes que nós discursamos aqui é só para brigar. Temos que defender a nossa obrigação, mas estamos felizes por termos recebido esse prêmio da música popular. Afinal de contas, é como eu digo, eu estou deputada, mas sou artista há 43 anos, e foi muito bom para mim e para o meu coração. Nós precisávamos disso.

Sempre falamos aqui sobre coisas tristes, coisas ruins, questão de preconceito, enfim, mas, na verdade, nós não vamos sair da pauta. É que nós temos visto na mídia e nas reuniões dos movimentos a questão da presença da mulher negra no poder. É um assunto que está sendo bastante discutido. Todos falam sobre isso.

Fiquei muito contente no domingo enquanto lia a “Folha de S. Paulo”, primeiramente, porque reencontrei uma pessoa que conheci há alguns anos em São Paulo, na minha vida artística. Falo de uma senhora que tem 86 anos, a D. Maria do Carmo Valério. Ela é uma empresária de cosméticos, da marca Muene. Ela faz empreendedorismo com a estética da mulher negra. Ela tem batons e maquiagens.

Era muito difícil encontrarmos uma maquiagem que fosse do nosso agrado. Normalmente, as pessoas iam à televisão ou a uma festa, mas não havia batons e outras coisas no nosso tom, no tom da mulher negra ou miscigenada. De repente, a D. Maria do Carmo recebe a oportunidade de ter uma matéria na “Folha de S. Paulo”.

Temos que falar dessas coisas também, não é só falar de sofrimento, vitimização, nada disso. “Produtos para a pele negra ganham o País com revendedoras.” Quero exibir a foto da D. Maria do Carmo Valério, essa senhora paulistana, de 86 anos, que sempre batalhou pela questão da mulher negra e da valorização da beleza da mulher. Ficamos muito felizes em saber que ela continua fazendo o seu produto crescer.

 

* * *

 

- É exibida fotografia.

 

* * *

 

Aproveito a oportunidade para dizer que nós mandamos para o governador um projeto para dar uma estrutura melhor, um favorecimento, um foco para empreendedores e empreendedoras negras, porque essas pessoas estão trabalhando, são todas do pequeno mercado, são microempresas. As pessoas não estão tendo uma ajuda do poder público no sentido de expandir isso.

Só ficamos falando de coisas que não valem a pena. O foco é sempre para as coisas ruins. Ao mesmo tempo, também saiu uma matéria da Pamela Linhares. Ela é de São José dos Campos e está fazendo um trabalho lá sobre os cabelos cacheados. Tenho que falar sobre isso, porque tivemos aqui a felicidade de ter aprovado por todos os deputados o Dia do Orgulho Crespo, no dia 26 de julho. Alguns deputados me perguntaram, quando eu lancei o projeto de lei: “mas por que você está fazendo projeto para o cabelo crespo?”. Eu dizia que era por ser importante para a liberdade da mulher, para a autoestima da mulher negra.

Gostamos de poder assumir a nossa naturalidade. Muita gente não entendeu isso. Em muitos lugares que temos ido, as jovens negras do estado de São Paulo estão falando sobre isso. Que bom que agora também há uma lei que fala do nosso orgulho crespo. Isso tudo partiu de uma passeata que houve da Avenida Paulista há algum tempo. Nós assistimos à matéria e convidamos as meninas para virem ao nosso gabinete.

Elas vieram e nos deram todas as razões para explicar por que elas estavam fazendo aquela manifestação. Não era nada contra ninguém, nem manifestação de quebra-quebra, nada disso. Elas só queriam mostrar os seus cabelos e os seus penteados. Os deputados da Casa, graças a Deus, me ajudaram a transformar esse projeto em lei, o Dia do Orgulho Crespo.

Ficamos contentes porque nem sempre as leis são leis que fazem alguma coisa grandiosa, enfim. Pode não ser grandiosa como coisa material, mas há a questão do símbolo, da vaidade, do orgulho, da nossa liberdade. Não é apenas uma questão do cabelo, é uma questão de afirmação.

Ficamos felizes em ver que a “Folha de S. Paulo” também olhou essa questão, fazendo matéria com duas empreendedoras negras, uma de São Paulo, uma de São José dos Campos. Quero parabenizar a Dra. Maria do Carmo Valéria, que é advogada, e a Pamela, de São José dos Campos.

Sr. Presidente, obrigada.

 

O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Em primeiro lugar, quero cumprimentar essa grande deputada da Assembleia Legislativa, que eu tive o prazer de conhecer aqui na Assembleia Legislativa. A deputada, sambista, Leci Brandão, que recebeu o Prêmio Sharp na quinta ou sexta-feira da semana passada.

É uma pessoa que dedicou a vida toda ao samba brasileiro, à boa música, à música de qualidade. Vossa Excelência merece, Leci. É uma pessoa muito especial para todos nós. O Brasil merece ter uma deputada da sua qualidade, da sua estatura, defendendo suas causas com muita galhardia e tranquilidade.

Parabéns, deputada. Pode ter certeza de que me senti honrado em ser seu companheiro aqui na Assembleia Legislativa por essa grande homenagem. Acho que foi pequena pelo tanto que V. Exa. fez pelo samba brasileiro, mas parabéns. Muita sorte e saúde. Que V. Exa. continue por mais 30 ou 40 anos fazendo esse maravilhoso espetáculo que V. Exa. faz com o samba brasileiro.

 

O SR. ED THOMAS - PSB - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, na mesma linha do deputado Carlão Pignatari, acho que não podemos deixar passar um momento especial como esse.

Administramos, aqui, dificuldades e problemas, e fomos eleitos para isso, mas esta é uma Casa com 94 deputados, muitos de segmentos bastante diferentes, mas um dos mais importantes é defendido por essa mulher brasileira chamada Leci Brandão.

Eu tive e tenho a oportunidade de poder tocar sua música, tive um programa de rádio, principalmente aos sábados, chamado “Sambalanço” e só dava ela. Com certeza nas rodas de samba, nos momentos de alegria deste País, ela é uma das mais interpretadas e cantadas, sua simplicidade é como a música, seu jeito é de acolhimento. O coração da Leci é do tamanho deste País.

Senti muita falta, nesse Carnaval e nos outros, dos comentários dela, das explicações que ela nos dava quando as escolas de samba iam passando. Ela recebeu uma homenagem, que ainda foi pouca, e ganhou esse prêmio, mas é fácil premiar ela. É premiar a melhor. Claro que muita gente boa participou, mas ela é, realmente, a melhor.

Vê-la na política, ela trabalhando na política, é a solução do País. Como vamos solucionar toda essa dificuldade política que estamos vivendo? Com as pessoas entrando na política. Com as pessoas boas participando da política.

Dei um abraço nela, como costumeiramente faço, e a vi muito feliz. Ela disse que ficou maravilhada porque a Zélia Duncan confessou que acompanha o seu trabalho na Assembleia Legislativa. Então, se ela acompanha o trabalho da Leci, ela está vendo todo o trabalho aqui dentro.

Então, as pessoas estão acompanhando, sim. Tem aqueles que se interessam mais e aqueles que se interessam menos. Quero dizer que V. Exa. é muito importante para São Paulo, para a Assembleia Legislativa e para o nosso Brasil. Te amamos muito e ainda tem muita coisa bonita para acontecer para V. Exa. e para todo o estado de São Paulo.

Grande abraço e parabéns.

O SR. ORLANDO BOLÇONE - PSB - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu também não posso deixar de me irmanar. Tenho certeza de que esse pensamento que foi aqui externado pelos nossos colegas é o mesmo de todos os demais colegas da Assembleia Legislativa, de todos os deputados.

Tenho a honra de, desde a nossa diplomação, ter me tornado seu amigo, assim como minha família. O prêmio que V. Exa. recebeu é justo. Acompanho sua carreira há muito tempo, desde quando V. Exa. era pequenininha, há uns 30 anos. Sei que foi justo.

É uma honra trabalhar com você. Parabéns mais uma vez e um abraço fraterno a minha estimada amiga Leci Brandão.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Tem a palavra o nobre deputado Coronel Telhada.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, boa tarde. Nobre deputada Leci Brandão, queira receber meus parabéns pela conquista do prêmio. Vossa Excelência o merece, e todos sabem disso. Parabéns e que Deus a abençoe. A todos que nos assistem pela TV Alesp, aos policiais militares aqui presentes, aos funcionários e assessores, boa tarde.

Sr. Presidente, gostaria de falar hoje sobre a capa do jornal “O Estado de S. Paulo”, peço que seja mostrada a imagem da capa. A primeira matéria diz que Bolsonaro está isolado na liderança. Vamos continuar trabalhando forte. Mas eu queria falar desta foto. Adivinhem de onde é essa foto. Ela não foi tirada no Paquistão, na Síria ou em Kosovo, ela não é de nenhum país em guerra. Essa foto é do nosso estado vizinho, o Rio de Janeiro. Soldados fortemente armados aparecem trocando tiros com criminosos, uma verdadeira guerra instalada no nosso País.

Eu venho falando há anos dessa guerra contra a criminalidade, e isso, aliás, foi até motivo de críticas da famosa Rede Globo, que adora criticar quem trabalha com a Segurança. Segundo a Rede Globo, quando eu falava em guerra contra o crime, eu queria dizer que a Polícia estava em guerra contra a população. Para variar, uma hipocrisia total daquela rede de televisão, que critica tanto o governo militar, mas foi um de seus primeiros aliados. Pena que o Sr. Roberto Marinho morreu e não vai poder dizer, não é?

 Mas eu estava justamente falando disso, da loucura que está o nosso País. Ontem, o Exército brasileiro perdeu dois soldados mortos e teve um ferido. Perdeu três homens como baixas do combate ao crime no Rio de Janeiro. Normalmente eu venho a esta tribuna falar de policiais militares, policiais civis, guardas municipais, homens e mulheres da Segurança Pública estadual, mas desta vez o Exército sentiu na pele a dificuldade que é combater o crime.

Nós tivemos a morte de dois homens. O primeiro deles é o soldado João Victor da Silva, um jovem de 21 anos que foi baleado na cabeça, não resistiu e faleceu a caminho do hospital. O outro é este jovem que aparece na foto, o cabo Fabiano de Oliveira Santos. Esse rapaz tem uma história difícil, pois ele era motorista de ônibus e abandonou a carreira de motorista para ser militar do Exército, mas encontrou a morte ontem e passa a ser mais um dos heróis do nosso Exército brasileiro. Ele foi atingido no ombro, mas, para quem não sabe, um tiro de fuzil, quando acerta de raspão, arranca uma parte do corpo. Se ele foi atingido no ombro, com certeza ele perdeu toda essa parte, deve ter perdido inclusive parte do pescoço, o que com certeza o levou à morte.

Não bastasse isso, nós tivemos também ataques simulados a ônibus, porque os criminosos fazem isso. Quando eles querem dissimular a ação que está ocorrendo contra o crime, eles colocam fogo em ônibus. Vejam esta imagem do ônibus incendiado no Rio de Janeiro. Eles fazem isso para que a população volte sua atenção a isso, a própria Segurança Pública volte sua atenção a isso, e os criminosos fujam.

Gostaria de mostrar outra foto que demonstra bem o estado em que ficou esse ônibus, ou seja, prejuízo para o cidadão. Quem vai sofrer é o cidadão, que vai ficar sem ônibus. Não sei quanto vale um ônibus, se é 200, 300 ou 400 mil, mas esse valor foi jogado no lixo pelo crime organizado. A matéria ainda diz que 36 homens foram presos e alguns fizeram uma família como refém, mas essa família foi liberada com a intervenção do BOPE. Segundo a matéria: “Um grupo de criminosos ateou fogo em um ônibus na Linha Amarela. Os traficantes ordenaram que veículos fossem incendiados para atrapalhar e atrasar as forças de segurança”. 

O engraçado é que às vezes vemos ônibus incendiados e ouvimos a imprensa falar que foi a população que se revoltou, mas é mentira. Quem taca fogo em ônibus é bandido, é terrorista, e tem que ser combatido com o rigor da lei. Ontem, no Rio de Janeiro, não foi diferente. Dois militares foram mortos e um terceiro militar foi ferido, um saldo terrível. O militar ferido foi o Marcus Vinicius Viana Ribeiro, que foi ferido na perna e não corre risco de morte.

Essa foi a primeira notícia que eu queria trazer hoje. A segunda notícia é esta aqui. Vejam , em pleno Rio de Janeiro, um blindado sobre a calçada. Este é um país em guerra, ou eu sou louco. Nós não estamos em guerra? Militares trocando tiros em favela, ônibus queimado, blindados na rua... Que país é este? É um país em guerra.

O próximo assunto sobre o qual eu gostaria de falar é sobre o Rio Grande do Norte, onde um policial militar foi morto dentro de um ônibus, indo para a faculdade. O policial militar é um cabo da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, Ildônio, 43 anos. Foi morto por vários criminosos que sabiam que ele estava no ônibus. Sabem quem entregou esse cidadão? Uma jovem, também estudante de Direito, de 21 anos. Disse que frequentava o mesmo ônibus, Grécia Teodora Gurgel de Medeiros. Bastou os criminosos irem ao local e executarem esse policial militar, no ônibus que seguia de Caraúbas para Mossoró, ou seja, não morreu em ação, morreu, sim, estudando, querendo melhorar de vida, e pagou por ser policial militar. O local foi cercado. Vários criminosos foram presos. Lembram do Lampião e seus cangaceiros? Não mudou nada. É a mesma situação, o mesmo local, mesmo tipo de crime, tudo vítima da sociedade.

Essa é a triste realidade da nossa sociedade. Com o crime organizado, temos militares mortos, pais de família mortos, e o pessoal insiste em falar que são vítimas da sociedade.

Então, para fechar, Sr. Presidente, queria que meu discurso fosse encaminhado, por gentileza, ao comandante do Exército, general Villas Bôas, mandando os pêsames, em nome desta Casa, pelo falecimento do soldado João Victor da Silva, de 21 anos, e do cabo Fabiano de Oliveira Santos, de 36 anos, falecidos, ontem, em combate no Rio de Janeiro, e também pelo ferimento do soldado Marcos Vinícius Viana Ribeiro, que foi ferido nas pernas.

É uma triste realidade que o Brasil, infelizmente, enfrenta há anos, e muitas pessoas fingem que não existe. É mais fácil fecharmos os olhos do que encarar essa triste realidade.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, esta Presidência, atendendo solicitação do nobre deputado Fernando Capez, cancela a sessão solene convocada para o dia 13 de setembro de 2018, às 20 horas, com a finalidade de homenagear os líderes evangélicos.

Tem a palavra o nobre deputado Marcos Lula Martins.

 

O SR. MARCOS LULA MARTINS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, público presente e os que nos acompanham pelo Serviço de Som desta Casa; estamos hoje assumindo mais uma preocupação com relação ao Iamspe. Mas antes de entrar nesse assunto, gostaria de cumprimentar, em nome da minha bancada, nossos 14 deputados, a deputada Leci Brandão. Parabéns a Vossa Excelência.

Fizemos hoje uma reunião da Comissão Mista de Assistência Médica do Estado de São Paulo. Esteve presente a diretora do Hospital do Servidor, fazendo uma explanação do funcionamento, como se encontra o hospital. Depois foi aberta a palavra para diversos representantes de entidades, da Comissão Mista, pessoas de todos os cantos do nosso Estado. Após a explanação da Dra. Katia Antunes, foram feitas várias perguntas. E se repetem, mais uma vez, os problemas dramáticos que o Iamspe continua vivendo. Há problema de assistência. O Hospital do Servidor Público Estadual tem falta de segurança. Há problemas de marcações médicas. Quem mora no interior, até para fazer assistência, acaba tendo que vir aqui, ao Hospital do Servidor Público Estadual. Esse quadro, que se repete mais uma vez, diz respeito ao interesse de todos os servidores desta Casa. É a falta de recurso, que o governo do Estado não transfere para o Iamspe.

O governo anterior, o Alckmin, não repassava. Agora, estamos aguardando que o Governo do Estado faça a sua contribuição de 2% do que os servidores contribuem. Para poder, minimamente, atender os servidores públicos. Há várias necessidades. Isso já se repete há alguns anos.

Quando os servidores públicos vão dar a contribuição que é obrigação do Estado? Para que não se repita, mais uma vez, todo ano, o mesmo drama; falta de recurso do Estado para o Hospital do Servidor Público Estadual e para o Iamspe. Para poder, minimamente, haver atendimento aos servidores que contribuem. E que, de repente, na hora de utilizar, não têm como ser atendidos.

Sejam os professores, sejam os policiais civis e militares, sejam as pessoas da área da Saúde, sejam os penitenciários. Enfim, todas as áreas dos servidores públicos do estado de São Paulo. Que reclamam! Muitas reclamações nessa reunião. Estamos aguardando uma solução.

Vamos continuar cobrando. Não só do Governo do Estado, mas do secretário da Saúde. Juntamente com a comissão mista, representada pelo Guilherme, que é o presidente dessa comissão. Para que o estado de São Paulo dê um pouco de atendimento aos servidores públicos do estado de São Paulo, que têm mais que o direito, porque contribuem.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tem a palavra o nobre deputado Orlando Bolçone, pelo tempo regimental.

 

O SR. ORLANDO BOLÇONE - PSB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários desta Casa, público, telespectadores da TV Assembleia, boa tarde.

O motivo que me traz a esta tribuna é buscar acrescentar, através do plenário desta Casa, um tema que vem passando meio que ao largo dos debates. Embora estejamos no início. Os debates dos candidatos a presidente da República e, também, dos candidatos ao governo do estado de São Paulo.

É a questão do desenvolvimento econômico. A situação em que vive, hoje, a União - felizmente, não o estado de São Paulo - é uma situação difícil. É uma situação quase pré-falimentar. É obvio que os assuntos que vêm mais à tona são as questões financeiras.

Há um déficit a ser coberto de aproximadamente 200 bilhões de reais, ou seja, quase um orçamento do estado de São Paulo. A União, para o ano de 2019, terá que buscar recursos para cobri-lo.

Esse debate faz com que estejamos permanentemente discutindo estratégias de sobrevivência, quando sabemos que o importante é que não percamos de vista o futuro e possamos discutir estratégias de desenvolvimento sustentável, estratégias que irão nos colocar no futuro. Essas estratégias de desenvolvimento sustentável passam pela questão do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação.

São Paulo tem um exemplo muito bem arquitetado, muito bem fundamentado, que foi desenhado ainda à época do saudoso governador Carvalho Pinto e depois referendado por esta Assembleia Legislativa. Talvez, à época, já estivesse aqui o deputado Chico Sardelli, quando foi feita a Constituinte de São Paulo e colocou-se o tema da Ciência e Tecnologia, assim como a questão dos recursos da Fapesp, entre as estratégias de desenvolvimento do estado de São Paulo que constavam na Constituição do Estado.

Então, peço aos líderes e aos Srs. Deputados que não percamos de vista essa visão de longo prazo, tal qual se fez no passado, na época dos governadores Paulo Egydio Martins, Franco Montoro e Mário Covas, quando se desenhou esse modelo de desenvolvimento em cima do modelo de industrialização, dos distritos industriais. Agora, há que se buscar a questão da Ciência e Tecnologia.

A questão da Ciência e Tecnologia avançou e passou a ter uma participação maior nesta Casa por meio de uma emenda do nobre deputado Vitor Sapienza que passou a constar da Constituição do Estado de São Paulo. Como as universidades têm autonomia, pois recebem 9,54% dos recursos do ICMS, elas não dependem diretamente de recursos orçamentários. Então, o deputado Sapienza fez com que as universidades passassem também a prestar contas de seu trabalho, de seu planejamento, das metas atingidas e do número de alunos atendidos.

Então, é importantíssimo que o dia a dia não nos consuma no sentido de tratarmos apenas de estratégias de sobrevivência. Elas são indispensáveis, mas, para sobreviver e desenvolver e continuar esse processo de desenvolvimento, o único modelo plausível e viável é o da Ciência e da Tecnologia, que é onde se agrega valor.

Temos exemplos na região noroeste paulista, onde uma empresa, a Braile Biomédica, transforma pericárdio bovino, que custa um real, em uma válvula cardíaca que depois é vendida por mil dólares. É um exemplo típico de agregação de valor. É por meio da Ciência e da Tecnologia que agregamos os valores do conhecimento, colocando-nos em um processo de competitividade inerente ao comércio mundial e ao desenvolvimento de todos os países.

Então, peço aos líderes e aos colegas que discutamos, sim, a questão da sobrevivência do estado brasileiro, mas que não percamos de vista a questão da Ciência, Tecnologia e Inovação, da qual o estado de São Paulo é referência maior. Espero que possamos continuar aperfeiçoando e até mesmo inovando a política de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do estado de São Paulo.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Tem a palavra o nobre deputado Carlão Pignatari.

 

O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB – Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, cada dia desse governo nós temos uma surpresa. Na semana passada, foi a retirada de recursos do Iamspe. Os nossos funcionários públicos, infelizmente, não vão poder mais ser atendidos porque o Iamspe está sem recurso financeiro para fazer o pagamento das despesas hospitalares.

Segundo: eu escutei uma entrevista esses dias, do governador de São Paulo, dizendo que a partir do seu governo, quando quebrar os trens da CPTM, a pessoa pode ir de táxi embora. Aí fiquei pensando: como é que ia ser feito esse projeto de lei mirabolante do governador. Não tenho nenhuma dúvida de que é um projeto de lei eleitoreiro.

Na semana passada, sexta-feira, chega esse projeto de lei na Assembleia Legislativa. Vou até ler para não cometermos algum engano: “Com os meus cordiais cumprimentos, Deputado Cauê Macris. Estabelece obrigatoriedade da companhia a reparar os usuários prejudicados por ocorrências operacionais notáveis e internas.

Trata de uma proposta encaminhada pelo diretor-presidente da CPTM: “Consideram-se ocorrências notáveis e internas, para efeito do disposto dessa lei, as falhas no sistema da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos devidamente atestadas pela sua área técnica, que resultem a paralisação da circulação de trens por tempo prolongado em seu horário de operação comercial, e que acarretem a determinação do desembarque de todos os usuários da composição com o acionamento de sistemas alternativos de transporte. Não serão consideradas como ocorrências notáveis e internas possíveis reparações nos termos autorizados por essa lei. As paralisações imputáveis e fatores externos gerados por fenômenos da natureza, ou provocadas por terceiro.”

 Faz que diz, e não diz. A partir da hora em que parou o trem da CPTM, estamos todos nós dentro do trem da CPTM. Vamos pegar agora um laudo técnico da companhia; ou tem que chamar o técnico, fazer o laudo? Quer dizer, é puro engodo. E as pessoas têm que trabalhar, o trem não pode quebrar, precisa funcionar e fazer manutenção correta. Não é isso que a nossa população quer.

Aí abro o Diário Oficial de hoje: contratação de 15.000 novos professores para a rede pública do Estado de São Paulo. É período eleitoral e aparecem projetos de todas as qualidades. Eu espero que consigamos, São Paulo está precisando de novos professores. Estão há quase 150 dias no governo, e faltando 30 dias para a eleição manda projeto para contratar 15.000 professores.

É um governo que só pensa em política. Eu até não acho que é política. A política é uma coisa séria. Mas só pensa em politicagem fazendo projeto de lei para tentar enganar o eleitor paulista. Mas não está conseguindo, é um desespero, um deus nos acuda. Não é isso que o povo paulista quer. O povo paulista quer um governo sério, correto e decente que traga projetos, que faça investimento.

Pedi hoje ajuda ao deputado Orlando Bolçone, e peço ao deputado Ed Thomas, que temos emendas nossas autorizadas por esse governo; emendas impositivas que assinamos com as nossas Santas Casas, que atendem as pessoas, que atendem o paciente do Sistema Único de Saúde. Foram chamadas todas essas Santas Casas no Palácio, o governador Márcio França fez discurso, o secretário da Saúde falou e não se pagou nenhuma emenda até hoje. As Santas Casas foram enganadas por um governo que não tem nenhuma responsabilidade com a Saúde Pública do Estado de São Paulo. A partir da hora em que você não ajuda esses hospitais, você não está querendo que a população seja atendida. Você não complementa o recurso que falta ao Iamspe: você não quer que o servidor público do Estado seja atendido. Não paga as Santas Casas: não quer que a população seja atendida.

É uma pena um governo que está acabando com o nosso Estado de São Paulo em tão pouco tempo. A república de São Vicente não tem como... Aí, você abre a “Folha de S. Paulo” e vê: “ONG ligada ao governador do Estado de São Paulo recebe 56 milhões de reais”. É isso, é um governo para pouquíssimas pessoas. O cunhado e o sobrinho trabalham no governo. A qualidade das pessoas que estão no governo é característica desse governo pífio que está aí. Espero que todos vocês do povo paulista tenham essa noção e essa coerência no próximo dia sete de outubro.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Tem a palavra o nobre deputado Ed Thomas.

 

O SR. ED THOMAS - PSB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público que nos assiste pela TV Assembleia. Aos trabalhadores e trabalhadoras da Assembleia Legislativa, minha gratidão e respeito. À nossa gente do PL 34, meu compromisso desde cedo. Essa simetria com os médicos é muito importante, para que a gente possa valorizar e respeitar os dentistas no estado de São Paulo. Então, vocês têm o nosso compromisso.

Eu teria um manifesto a fazer. Mas, depois do manifesto do deputado Carlão Pignatari, a gente também se vê na obrigação prazerosa de poder responder. Nós vivemos um momento eleitoral, quem sabe o mais tenso de todos aqueles já vividos neste País, de todas as crises, porque nunca se praticou tanta sem-vergonhice e canalhice contra as pessoas, contra a população. O povo está revoltado - e com razão - com toda a classe política. Por culpa de quem? Da classe política. A política é um instrumento maravilhoso, transformador. Não deve se deixar de discuti-la jamais. O político recebe e merece todas as críticas.

O governador Márcio França assumiu há pouco tempo. Quanto às Santas Casas, primeiramente, deputado Carlão Pignatari, eu sou um trabalhador, como é V. Exa., das Santas Casas. Não há um deputado sequer desta Casa que não tenha revertido um recurso para as Santas Casas. Não é de hoje que elas não recebem; já faz um certo tempo. Eu vivi uma das maiores vergonhas na cidade de Bastos, de uma emenda de 90 mil reais que foi assinada e não foi paga. Isso me parece que foi há uns três anos. Quando vereador e presidente da Câmara, eu fiz a pergunta do dinheiro para custeio, e ele falou: “não chegou até hoje”.

E eu vi outras situações. Sou coordenador da Frente Parlamentar das Apaes no estado de São Paulo. Tenho muito orgulho disso. A maioria das minhas emendas, como as de muitos deputados que assinaram a frente aqui, é para crianças especiais - com síndrome de down, com autismo, deficientes. Trata-se de equipamentos, fisioterapia, piscinas, vans adaptadas. Eu tenho, assim como V. Exas. devem ter também - deputado Carlão Pignatari e outros -, praticamente uns cinco milhões de emendas que não foram pagas às entidades, como asilos, drogaditos, Apaes e muita coisa que ficou para trás.

Nem por isso deixo de respeitar o governador Alckmin. Sei que ele fez aquilo que foi possível fazer. Mas sei que o entorno dele não deixou fazer muita coisa. Vivi algumas situações de ser chamado de deputado de quinta coluna, deputado de “emendinha”, que não era para atender. Mas eu continuava votando. E continuarei, independente de qualquer situação.

Só acho que não cabe essa carga para o governador Márcio França. Não cabe. Se é eleitoreiro ou não, é para discutir. Mas é necessário que a população tenha respaldo, porque está na Constituição que transporte é um direito do cidadão. Se não funcionar, tem que ser resolvido, de uma forma ou de outra.

O homem ou a mulher, o trabalhador, precisa chegar, de trem, de ônibus, lógico que precisa ser bem cuidado, como V. Exa. colocou, dada a manutenção. Alguma coisa precisa ser feita, para que essa pessoa não fique no desconforto. E é muito desconforto que as pessoas vivem, todos os dias, ao acordar, quatro horas da manhã, para chegar às sete horas. É esse o pensamento do governador. É não deixar sem uma resposta.

Muita coisa precisa ser resolvida. São Paulo tem um diferencial enorme. O governador, com certeza, deixou o Estado saneado. Tenho certeza disso.

Estive ontem em Presidente Prudente, com a professora Lucia França. Ela foi para uma formatura de mulheres da construção civil, uma ou outra agenda, que eu pediria que acompanhasse, principalmente na Saúde. E ela esteve no Hospital do Câncer de Presidente Prudente, que é uma obra grandiosa, que está sendo construída.

Vivo há quase 700 quilômetros daqui. A pessoa doente, debilitada, tem que sair de Presidente Prudente, locomover-se até Jaú, até Barretos, ou até São Paulo, já debilitada, machucada. E lá foram prometidos, pelo governador Alckmin, num primeiro momento, 25 milhões para o hospital. Esse recurso não chegou. Depois, os 25 se transformaram em 6,5 milhões. Foi assinado esse convênio.

Eu não participei do último dia do governador Alckmin no governo de São Paulo, já se afastando para a Presidência da República. E esse dinheiro acabou não chegando. Na verdade, foi assinado um papel, que não foi convênio. Falaram que era um convênio. Falou comigo que teremos que resolver isso. Não deu outra, nós tivemos que resolver.

Com a visita da professora, conversei com o governador, que o hospital está precisando de dinheiro. Foi um comprometimento do governador Alckmin, e o atual governador precisa cumprir. E ele, como é cumpridor da palavra, palavra dada é palavra cumprida, o que ele nos pediu e pediu para a professora Lucia França? Falou para pedirmos ao hospital que tenha paciência, que ele pagaria em duas vezes, que vai pagar.

Tinha ido para a Saúde, mas não tinha um orçamento na Saúde, então tinha que mandar para o Planejamento. Há muitas situações. São Paulo é diferenciado, diferenciado por causa de Vossa Excelência, por causa de seu trabalho, pela sua honradez, pela sua seriedade.

Mas o governador é um cara sério, muito sério. Se não fosse sério, não tinha sido escolhido pelo governador Alckmin, para ser o vice dele na chapa. Essa foi a confiança.

Portanto, com certeza, todos os projetos que aqui chegarem, se forem para o bem da população, sei que estaremos votando. A verdade é que não estamos votando. Estamos aqui numa espera, num compasso, numa morbidez tão grande, e as pessoas esperando uma resposta da classe política, para que elas possam realmente melhorar de vida.

Sei que é essa a sua intenção, a minha, do governador e de todos os políticos que têm boa intenção. Obrigado.

 

O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, cumprimento o honrado deputado Ed Thomas, que está no seu papel de defender o seu governo. Em momento algum vou falar da honradez do governador Márcio França. Em momento algum. Primeiro, porque é um homem que eu respeito. Fui companheiro dele quando fui prefeito. Ele foi prefeito junto.

Mas, acabou de sair na revista “Época” um vídeo gravado no mês de março: a Sra. Fernanda Gouveia, atual presidente da Universidade Virtual de São Paulo, nomeada no mês de maio pelo governador Márcio França, admitiu jamais ter sido professora. Ela foi indicada em maio, para ser a presidente de uma universidade e sequer esteve numa sala de aula.

Mas foi um erro das assessorias do governador, de uma ONG fundada por Fernanda, de acordo com a reportagem do jornal “Folha de S. Paulo”, recebeu mais de 50 milhões de reais de recursos públicos, alguns convênios ainda de acordo foram firmados com essa ONG por secretarias ligadas ao governador Márcio França no período em que Geraldo Alckmin era governador. É isso.

Retirou-se do cargo o Sr. Carlos Vogt, que era reitor da Unicamp, para colocar a sua companheira de uma ONG que nem sequer chegou a ficar dentro de uma sala de aula. Mas isso nós sabemos como é que aconteceu, os seus apaniguados, os seus companheiros. E dizer ao deputado Ed Thomas que o governador Geraldo Alckmin não assinou o dinheiro do hospital em seu nome e sim em nome do governo de São Paulo e que o governo tem a obrigatoriedade de fazer o pagamento. Emendas que não foram pagas eu tenho, o nobre deputado tem, o deputado Cássio Navarro tem, todos os deputados têm, mas a partir deste ano foi diferente.

Essas emendas que eu estou dizendo a V. Exa. são emendas impositivas que receberam uma ordem de não fazer o pagamento. Não é a minha não. O deputado Bolçone tem no mesmo hospital, o deputado Vaz de Lima tem no mesmo hospital, então isso é muito preocupante. Essas pessoas contavam com esse recurso para fazer o atendimento da Saúde das pessoas mais pobres do norte e noroeste de São Paulo. É só essa a minha reclamação. 

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Tem a palavra o nobre deputado Cássio Navarro.

 

O SR. ED THOMAS - PSB - Que bom que avançamos, que as emendas agora são impositivas, não é deputado Carlão?

 

O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Esperamos votar a nossa PEC para fazer um valor maior a partir do ano que vem.

 

O SR. ED THOMAS - PSB – PARA COMUNICAÇÃO - E essa imposição vai até dezembro, ele tem que pagar até dezembro, então ele está dentro do prazo. Embora assinado, está dentro do prazo para depositar. Quanto à situação que V. Exa. colocou da Univesp e da senhora em questão, o governador Alckmin fez uma revogação de lei de não necessariamente ser professor, ser professora, então essa lei foi revogada.

O governador Márcio França colocou, mas tem lá uma obediência à lei numa revogação feita pelo governador Alckmin, certo? Claro que num momento muito especial trazemos até aqui o número dessa lei para colocar com transparência tudo isso que estamos realmente tratando e continuamos trabalhando com certeza para que o povo de São Paulo tenha acima de tudo o melhor, porque ele merece o melhor.

 

O SR. CÁSSIO NAVARRO - PSDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente Doutor Ulysses, todos os deputados presentes que fazem parte da Assembleia Legislativa, funcionários, todos que prestam esse brilhante serviço a esta Casa de Leis. Vocês que nos acompanham, gostaria de falar brevemente em razão até de já estar terminando o nosso Pequeno Expediente, mas utilizar deste momento para poder agradecer a todos os deputados que apoiaram o Projeto de lei nº 220, que virou lei no estado de São Paulo, que é sobre a simbologia do autismo nas placas de atendimento preferencial.

 Isto mostra um respeito, o respeito de toda a sociedade para essas pessoas que precisam da atenção e que é um símbolo mundial que hoje se torna lei obrigatória nas placas de prioridade no estado de São Paulo. Queria utilizar deste momento para agradecer a todos os deputados que apoiaram este projeto. Falar que o governo sancionou e como foi dito já por alguns deputados, os projetos que são colocados por esta Assembleia Legislativa que são projetos bons para a sociedade, o governo tem obrigação de sancioná-los para que possam de fato atender toda a sociedade.

Não me sinto muito à vontade de discutir momento eleitoral nesta Casa de Leis, mas tenho certeza de que faltando pouco mais de 40 dias para as eleições é natural que haja uma disputa, defesa de candidatos de cada um que tenha no seu partido, mas ainda peço respeito a todos os deputados, para que esta Casa de Leis possa continuar os seus trabalhos com o objeto para que ela foi criada e realiza tão bem há tantos anos, discutir todos os fatores e as causas que assolam o estado de São Paulo, estado pujante, mola propulsora do nosso País e que tem que ter o nosso respeito para que possa, com tranquilidade, ocorrer as ações dentro deste Parlamento.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esgotado o tempo destinado ao Pequeno Expediente, vamos passar ao Grande Expediente.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

* * *

 

O SR. CORONEL CAMILO - PSD - Sr. Presidente, gostaria de falar pelo Art. 82.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - É regimental. Tem a palavra o nobre deputado Coronel Camilo para falar pelo Art. 82.

 

O SR. CORONEL CAMILO - PSD – PELO ART. 82 - Boa tarde, Sr. Presidente. Boa tarde aos nobres deputados desta Casa, a vocês que nos acompanham da galeria, aos nossos assessores e a você que nos acompanha pela TV Alesp.

Queria falar sobre ordem. Nós precisamos de ordem. O povo quer ordem, por isso nós temos tantos militares concorrendo, como fala hoje a “Folha de S. Paulo”. Candidatos policiais ou militares dobram na Assembleia Legislativa de São Paulo. O que é isso? Isso é um reflexo do que nós vivemos na nossa sociedade, é um reflexo do que nós precisamos, é um reflexo do que a sociedade brasileira quer. É por isso que os militares estão em voga, não só aqui, mas também na Câmara Federal, no Senado, concorrendo a cargos majoritários pelo País, porque a população quer ordem, quer a coisa certa em todos os níveis. Quer comprar mil tijolos e receber um milheiro de tijolos. Nem 999, nem 1001. A população quer a coisa certa.

Por isso, o reflexo é nos militares. Por quê? Porque eles representam honestidade, representam ordem, representam dever cumprido ou missão. Ou seja, aqueles que representam o zelo pela coisa pública, fazer o que é certo, fazer o que tem que ser feito.

Vivemos uma inversão de valores. Nós não temos, hoje, na sociedade, perdemos ao longo do tempo, o respeito pelos pais, o respeito pelos professores, o respeito pelos policiais. Nós precisamos retornar isso na nossa sociedade, respeito em todos os níveis, respeito aos idosos, ao deficiente, à mulher. Nós nem precisaríamos de leis para isso. Eu não precisaria ter no Brasil uma lei para o idoso, para a mulher, para o deficiente.

Se nós tivéssemos uma educação adequada, a partir do momento em que um deficiente entrasse em um local as pessoas o ajudariam, cederiam o melhor lugar, não estacionariam o carro no lugar reservado para isso. Ou seja, nós precisamos voltar a ter ética, moral e valores sendo discutidos dentro da sala de aula.

Por isso, nós criamos um projeto chamado “Lições de ética e cidadania”, que está para ser votado na Casa, está na Ordem do Dia, para colocar nas escolas do estado de São Paulo valores nos nossos jovens. É a volta da antiga Educação Moral e Cívica, em que o professor conversava com o aluno sobre o que é certo e o que é errado. Falava, sim, que ele tinha direitos, mas falava também que ele tinha deveres e que isso não pode ser dissociado. Eu tenho direitos, mas eu tenho deveres na mesma proporção. Nessa matéria, os professores falavam também que as pessoas tinham liberdade para fazer o que quisessem, mas tinham responsabilidade de arcar pelos atos dessa liberdade que eles tinham.

Tudo isso se perdeu. Todos acham que só têm direitos, que podem fazer tudo, podem quebrar sem ser responsabilizados. Todos acham que têm liberdade para falar o que quiser, para agredir da forma que quiser, às vezes verbalmente, e não ser responsabilizados por isso. Isso precisa terminar. Nós precisamos voltar ao respeito, respeito entre as pessoas, respeito entre a própria família. Temos que valorizar a família. Temos que ter respeito aos pais, respeito aos idosos. E o fundamental do nosso respeito é o senso do meu direito, entender que o meu direito tem limite. Nenhum direito é absoluto. Nem os direitos fundamentais da nossa Constituição são absolutos. E qual é a regra básica? O meu direito acaba aonde começa o seu; as pessoas têm que se respeitar.

E por fim, uma mensagem a você que nos acompanha. Podemos mudar isso? Podemos. Quando? Hoje. Que hora? Agora. E nós teremos uma oportunidade muito grande agora no próximo dia 7 de outubro, com as eleições.

Escolham bem o seu candidato, seja deputado federal, estadual, senador, governador, presidente. A chance de mudar é agora. Você tem o maior poder que um cidadão pode ter, que é o poder do voto.

Vote bem. Vote consciente. Acompanhe o que cada um dos candidatos promete, o que cada um deseja fazer, seja lá na Presidência da República, seja no Estado, seja na Câmara Federal, seja na Assembleia Legislativa, e vote naquele que você acha que vai fazer a diferença na sua vida, na vida dos demais cidadãos brasileiros. Muito obrigado, Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas.

 

O SR. PAULO CORREA JR - PATRI - PARA COMUNICAÇÃO - Quero aqui comunicar a presença de ilustres pessoas que nos visitam, hoje, nesta Casa de Leis. Gostaria que ficassem de pé, por favor: pastor Carlinhos, pastor Claudemir e o pastor Arthur Riverson, que são lideranças religiosas da igreja evangélica, que visitam nossa Casa. É um prazer registrar nos anais desta Casa a visita dos nossos ilustres pastores. Que Deus os abençoe. Muito obrigado pela presença. É um prazer tê-los aqui.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Sede bem-vindos, em nome de toda a Assembleia Legislativa. Queremos saudá-los com uma salva de palmas. (Palmas.)

Tem a palavra o nobre deputado Ed Thomas, por permuta com o nobre deputado João Caramez, pelo tempo regimental.

 

O SR. ED THOMAS - PSB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente em exercício, nobre deputado Doutor Ulysses, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,  mais uma vez uma oportunidade de poder usar a tribuna. Primeiramente, no Pequeno Expediente e, agora, no Grande Expediente. Em qualquer um dos dois momentos todos os assuntos tratados aqui são de grande importância. Mas quero colocar como importante, mais uma vez, um compromisso que esta Casa tem com o PL 34, com os nossos dentistas, com essa simetria que é muito, mas muito importante.

Sr. Presidente, estamos aqui cumprindo com nossa obrigação de estar aqui; esse projeto já amadureceu faz muito tempo, não há o que se discutir mais. O que há para se fazer é votar e se fazer valer, com certeza, um direito dessa classe tão importante, mas muito importante mesmo.

Sejam bem-vindos a esta Casa. Os senhores têm o meu compromisso e sabem que não é de hoje. Quero dizer que é muito fácil defendê-los pela grandeza, pela honestidade, pelo trabalho que vocês desempenham na boca do estado de São Paulo, cuidando de todos nós. Muito obrigado.

Com a permissão de todos os senhores, quero aqui trazer um assunto que é muito importante. Estamos vivenciando um período eleitoral, em que teremos a eleição para presidente da República, a eleição para governadores, para senadores, deputados federais, deputados estaduais, e é importante que assunto seja trazido a um debate, deputado Antonio Salim Curiati, V. Exa. que é médico. É importante que todos os candidatos possam debater a morte das mulheres no nosso Brasil.

Todos os dias nós temos estampado nos jornais, nas emissoras de rádio, na Imprensa falada e escrita, a morte das nossas mulheres. Que aquele que jurou amar, hoje jura matar, e mata. Vemos que as medidas protetivas não têm, realmente, condições de serem cumpridas, não por falta da nossa polícia, porque nós temos a melhor polícia do País, que é a polícia do estado de São Paulo. Mas o que nós estamos vivendo é um momento de tragédia. É assustador o feminicídio, e não vemos esse debate ainda. O que é que vai ser feito para coibirmos no país inteiro a morte de mulheres, todos os dias? Neste momento, neste minuto em que eu estou falando aqui, sete mulheres estão sendo espancadas, estão sendo violentadas.

O estupro aumentou. Neste minuto em que eu estou me pronunciando, tem uma mulher sendo assassinada. São 12 mulheres todos os dias no nosso país, e parece que há uma situação invisível a isso. Parece que não é com a gente, e é. É com a política que tem a ver. É a nossa responsabilidade. É a responsabilidade daqueles que vão disputar uma eleição, e que colocam como patamar primeiramente a economia.

É lógico que a economia é importante. É lógico que 13 milhões de desempregados, de desesperados, é muito triste. E isso leva a o quê? Ao desagrego da própria família. Parece que falar de família hoje é uma coisa de quadrado. Parece que estamos superados. Parece que somos retro, e não é dessa forma, não é dessa maneira.

A família é o maior patrimônio, e nós precisamos fazer a defesa da mulher, e fazer a defesa das crianças. É muito triste o que nós estamos vendo. São 12 mulheres mortas todos os dias, e eu ouvi e guardei essa frase, que quem jurou amar, hoje jura matar, e mata. Mata na frente dos filhos.

A cada 2 minutos uma mulher está sofrendo algum tipo de violência, seja ela física, seja ela moral, seja ela carnal, seja ela espiritual, e a discussão não está vindo à baila. Parece que está tudo normal, e não está. Nós vimos de localidades, de segmentos, e esse ser precisa ser, com certeza, valorizado e debatido.

Esse não é apenas e tão somente o meu discurso neste momento, por um tema que seja atual, por algo que eu esteja pedindo. Já em 2010 eu apresentei aqui o projeto da Casa Abrigo, para que o governo do estado de São Paulo pudesse instituir de verdade a Casa Abrigo como medida de proteção, de recolhimento daquela mulher e de seus filhos.

A mulher seria levada para essa casa, para esse lugar, para ser cuidada, e o estado tem todas as ferramentas, tem todos os profissionais envolvidos para cuidar da mãe e dos filhos, porque a mulher acaba se submetendo a um pagamento de aluguel, a uma cesta básica, à conta de energia e de água, e ela fica ali.

Nós vivemos em uma sociedade machista, onde se repete muitas vezes o ditado: ruim com ele, pior sem ele. Aí a mulher morre. Ela precisa de oportunidade. Esse projeto que coloquei em 2010, e que foi vetado, levaria essa mãe, essa esposa, ou ex-esposa, essa mulher, junto com seus filhos, para proteger, e, por um período, fazer a qualificação profissional, para que ela tivesse a oportunidade de voltar a estudar, de buscar uma profissão, de buscar sua renda, de buscar um emprego, um aprendizado.

Será que nós vamos debater isso nesta eleição? Será que é normal nós perdermos, todos os dias, 12 mulheres brasileiras? O governo federal criou a Casa da Mulher Brasileira. Nós temos aqui Casa Abrigo, que muitas prefeituras bancam, mas o estado pouco tem feito, ou nada tem feito, para acolher essas mulheres que precisam.

Ontem, eu conversava com a primeira-dama do estado, com a professora Lúcia França. Eu sei que o governador Márcio França vai colocar isso como um projeto de governo, até devido à remodelação que o governador Márcio França vai fazer na Delegacia de Mulheres do estado de São Paulo, que já é grandiosa. É um grande projeto. A Lei Maria da Penha fez um avanço muito grande, mas precisamos discutir sobre aquela que gera a vida, aquela que nos entrega para o mundo, que é a mulher.

Até agora, realmente, não vimos esse debate. Que possamos fazê-lo aqui, dentro da Assembleia Legislativa. Fica aqui um apelo desse projeto tão importante, como tantos outros aqui, que é o Projeto 328, de 2010, que institui a Casa Abrigo para acolher mulheres vítimas de violência no estado de São Paulo.

Sr. Presidente, muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Por permuta com o nobre deputado Edmir Chedid, tem a palavra o nobre deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público aqui presente, de volta a esta tribuna, primeiramente, queria reforçar o nosso apelo para que hoje possamos aprovar os projetos estratégicos e importantes para o estado de São Paulo, a começar pelo PLC 34, que trata da carreira dos cirurgiões-dentistas, que ainda não foi consolidada no estado de São Paulo. (Manifestação nas galerias.)

É uma questão de isonomia e de justiça, porque já existe a regulamentação da carreira médica, mas não existe a do cirurgião-dentista. Há um consenso entre nós sobre o PLC 24. Na verdade, na semana passada, nós tentamos votar o projeto. Fizemos um apelo e conseguimos levar o PLC 24 para o congresso de comissões. É que não deu quórum, senão ele já teria sido aprovado.

Faço um apelo para que hoje tenhamos quórum no congresso de comissões, porque ele estava pautado. Espero que hoje seja pautado novamente, e depois que ele seja votado numa sessão extraordinária, na primeira ou na segunda. É um projeto importante e fundamental, que representa uma antiga reivindicação desse segmento dos profissionais da Saúde. Da nossa parte, haverá um empenho para que ele seja aprovado ainda hoje.  

Também gostaria de reforçar a aprovação do PL 788, que trata da criação de cargos para servidores do Ministério Público. Não é para promotores, mas para servidores, para os oficiais de promotoria. O concurso já foi realizado e já há uma lista de espera de pessoas aprovadas, porém, falta aprovar o projeto criando os cargos. Inclusive, já foi aprovado o orçamento, a autorização do concurso, que já foi realizado. Foi aprovado, inclusive, pela Assembleia Legislativa.

Além disso, há os outros projetos estratégicos que já estamos um bom tempo defendendo. Eles devem ser aprovados no dia de hoje. Cito o PL 123, dos cartorários e dos advogados do Ipesp, e o PL 31, que é um projeto que já deveria ter sido votado há muito tempo, não fosse a obstrução rasteira e selvagem da bancada ruralista, que defende os interesses desse setor que não gera nem emprego nem arrecadação para o estado de São Paulo. Essa bancada vem obstruindo sistematicamente esse projeto.

É lógico que também há uma obstrução selvagem e rasteira da bancada do PSDB em relação ao projeto do Ipesp, o PL 123.

 

O SR. CEZINHA DE MADUREIRA - PSD - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Muito obrigado, deputado Carlos Giannazi. Suas palavras são muito coerentes. Na semana passada, V. Exa. deu início, colhendo assinaturas para uma CPI, nomeada CPI da Sabesp.

Vossa Excelência progrediu no número de assinaturas? Está tendo apoio?

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Estamos recolhendo as assinaturas. Hoje voltamos porque, infelizmente, deputado Cezinha de Madureira, a Assembleia Legislativa aprovou um requerimento - eu votei contra, logicamente - para funcionar só às terças-feiras.

A Assembleia Legislativa, que consome mais de um bilhão - um bilhão e 300 milhões de reais - do erário público, só funciona às terças-feiras. Isso é um absurdo, uma afronta à população que paga impostos.

Então, só agora voltamos a ter deputados, depois daquela sessão. Vossa Excelência foi um dos primeiros a assinar nosso requerimento, agradeço a Vossa Excelência, mas continuamos coletando as assinaturas.

 

O SR. CEZINHA DE MADUREIRA - PSD - Além dos números dos projetos que V. Exa. citou aí, que precisamos votar e trabalhar, também temos um empréstimo por votar. Um empréstimo de mais de 500 milhões de dólares.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - De 550 milhões.

 

O SR. CEZINHA DE MADUREIRA - PSD - Sim, 550 milhões de dólares para a Sabesp. Queremos trabalhar um pouco com isso, fazer audiências públicas para sabermos, de fato, para onde está indo esse dinheiro, de que forma ele está sendo usado na Sabesp.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Eu me associo totalmente à reivindicação que V. Exa. está fazendo desde o momento em que o projeto foi protocolado aqui.

 

O SR. CEZINHA DE MADUREIRA - PSD - Até porque há mais de 20 anos ouvimos falar em limpeza do Rio Tietê e do Rio Pinheiros. Milhões são gastos e quando passamos na beira da Guarapiranga, do Rio Pinheiros, do Rio Tietê, continuamos vendo aquela sujeira com aquele cheiro horroroso. Você fecha o vidro do carro, abre, fecha o ar, mas é insuportável.

Temos que usar melhor o dinheiro público, por isso tenho me manifestado contra esse empréstimo antes de saber. Não sou contra fazer o empréstimo, sou contra fazê-lo de maneira muito na calada, de qualquer jeito.

Precisamos saber de que forma, exatamente, esse dinheiro vai ser usado.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Vossa Excelência tem todo o nosso apoio e está coberto de razão, até porque estranhamos, deputado Cezinha, que esse projeto, que deu entrada esses dias na Assembleia Legislativa, já tenha atropelado a pauta e seja o primeiro. Ele está como a prioridade do Governo aqui dentro e, também, da maioria da Assembleia Legislativa. Só não foi aprovado porque estamos segurando aqui. Estranho, porque é um projeto que, como V. Exa. disse, autoriza que o governo estadual faça um empréstimo junto ao BID e ao BIRD de 550 milhões...

 

O SR. CEZINHA DE MADUREIRA - PSD - Como outros que já foram feitos muitas vezes.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Milhões de reais.

E sabemos que, daí, o governo vai contratar empreiteiras para fazerem esse trabalho, porque isso nunca aconteceu. Bilhões de reais já foram enterrados, tanto no Rio Pinheiros como no Rio Tietê, e eles não foram despoluídos.

Mas a questão é outra. Em uma época pré-eleitoral o governo se apressa para aprovar um projeto desses, de 550 milhões de reais, e eu vi aqui um movimento de toda a Assembleia Legislativa para aprová-lo, até porque esses 550 milhões serão destinados às empresas que sempre foram financiadoras de campanhas eleitorais, inclusive de deputados estaduais e federais.

Então, de nossa parte, não vamos aprovar. Haverá uma forte obstrução da bancada do PSOL. Queremos, como V. Exa. disse, discutir, fazer audiência pública, e esse projeto só será aprovado depois que tivermos garantias de que haverá, de fato, a despoluição dos dois rios. O Tietê e o Pinheiros. Não vamos assinar um cheque em branco para o governo estadual e, sobretudo, para os deputados se beneficiarem de alguma forma.

Não estou acusando ninguém, mas estamos fazendo uma reflexão, porque ouvimos nos bastidores que as empresas contratadas ajudam os deputados nas campanhas eleitorais. Não vamos dar nenhum cheque em branco.

Nossa prioridade, aqui, é aprovar o PL 31 e o 134, dos cirurgiões dentistas. (Palmas.) Aproveito para parabenizar vocês, por estarem na Assembleia Legislativa, fazendo um movimento democrático, pacífico, dando uma aula de cidadania e de mobilização pela aprovação do projeto, que é um projeto importante que tem a ver com a saúde da população. Quando nós valorizamos uma carreira de servidores, Sr. Presidente, nós estamos também valorizando a própria população. Quanto mais valorizado for o servidor público, mais haverá qualidade na prestação dos serviços públicos de Saúde e de Educação. Portanto, é muito importante a presença de vocês aqui.

Hoje nós faremos um grande empenho nesta Casa, e espero que todos os partidos, que os 94 deputados e deputadas e que os líderes partidários colaborem para que nós possamos pautar hoje definitivamente o PLC 34. Isso é possível, pois, na semana passada, ele quase foi aprovado. Ele foi para o Congresso de Comissões e depois viria, em uma sessão extraordinária, para o plenário. Isso só não aconteceu porque não houve quórum.

Espero que hoje haja quórum, já que os deputados não trabalham mais, só na terça-feira. Não é possível que não haja quórum hoje, isso seria um verdadeiro escárnio, a Assembleia Legislativa estaria tripudiando na população do estado de São Paulo. Nós estamos dispostos a ficar nesta Casa hoje até as três horas da manhã para votar todos os projetos que citei até agora, que são os mais relevantes para este momento.

Depois voltarei a esta tribuna para falar do PLC 42, dos professores da categoria “O”, um projeto importante que eu quero debater em plenário. Muito obrigado.

 

O SR. SEBASTIÃO SANTOS - PRB - Sr. Presidente, peço a palavra para falar pelo Art. 82, pela liderança do PRB.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - O pedido de V. Exa. é regimental. Tem a palavra o nobre deputado Sebastião Santos pelo Art. 82, pela liderança do PRB.

 

O SR. SEBASTIÃO SANTOS - PRB - PELO ART. 82 - Nobre deputado Doutor Ulysses, que preside neste momento os trabalhos desta Casa, quero deixar aqui uma indagação. Deputado Carlos Giannazi, V. Exa. por várias vezes afirma que “os deputados serão beneficiados”. Eu gostaria que V. Exa. nominasse, por favor, esses deputados. Gostaria que V. Exa. viesse ao microfone de aparte e dissesse qual é a lista de deputados sobre a qual V. Exa. está falando, porque está deixando todos aqui em uma vala comum.

Gostaria que V. Exa. pudesse, com a mesma propriedade, dizer quem é que vai se beneficiar com a votação do empréstimo, empréstimo esse que eu não voto. Quem são? Vossa Excelência tem provas? Isso ficou muito vago. As pessoas estão assistindo e V. Exa. está colocando todos os deputados... Então fica aqui a nossa indagação.

Queria trazer também a esta tribuna um pedido para esta Casa, para que nós também pautássemos, nesta tarde, os 25 projetos que definem os municípios de interesse turístico. A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, com os seus 94 deputados, está deixando de beneficiar as 24 cidades que teriam direito ao valor de mais de 14 milhões de reais por terem concluído os seus projetos mediante a Lei nº 1261, que define os municípios de interesse turístico.

Os municípios já fizeram a parte deles, e esta Casa já fez sua parte protocolando os projetos, tratando esses projetos nas comissões com o devido valor que eles têm. Esses projetos geram, neste momento, emprego e renda. São projetos de suma importância para esta Casa, projetos que nós deveríamos, sim, estar debatendo, porque nos municípios é justamente onde são gerados impostos dos quais o Governo do estado de São Paulo se beneficia. Beneficia-se para fazer obras, para levar equipamentos para a Saúde, para a Educação, para a Segurança Pública, como foi falado hoje aqui da insegurança que está acontecendo no nosso Estado.

E estou aqui com uma lista, já há três meses debatendo nesta Casa, e essa lista não é trazida à pauta. Agora, por que votar alguma coisa se nós estamos desprestigiando então os municípios? E são municípios que já fizeram sua parte, uma lei da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Não é uma lei que o Sr. Governador enviou para cá. Não; foi uma lei desta Casa, produzida por esta Casa, uma lei que é exemplo para os outros estados, que criou aqui um novo formato para que os municípios pudessem ser beneficiados. Então, se tiver que entrar alguma coisa nesta Casa, só venho a votar qualquer projeto, se estiverem na pauta esses 25 projetos. Se não estiverem na pauta, não contem com este deputado, porque este deputado vai obstruir, vai pedir verificação, como tem pedido nas últimas sessões, porque nós não podemos deixar os municípios de Bebedouro, Ibirarema, Bocaina, Juquiá, Indiaporã, Pirapora do Bom Jesus, Porto Ferreira, Santa Clara do Oeste, Tamburi, Valentim Gentil, Jarinu, Paulicéia, Icém, Igarapava, Itariri, Palmeira do Oeste, Dois Córregos, Três Fronteiras, Pongaí, Guaíra, Barra do Turvo, Santa Albertina, Araçoiaba da Serra e Votorontim, que já estão na pauta dos trabalhos desta Casa, sem ter aquilo que é de direito.

Sr. Presidente, queria pedir que V. Exa. pudesse dar hoje a esses municípios o que é de direito a cada um deles. Espero que os projetos venham à Ordem do Dia, com consenso de todos os deputados, para que possamos votar e que eles possam, em tempo recorde, fazer os seus projetos nas suas cidades e requerer do Fundo do Turismo os recursos devidos para as obras e gerar assim emprego e renda.

Muito obrigado.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, peço a palavra para falar pelo Art. 82, em nome da liderança do PSOL.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Tem a palavra o nobre deputado Carlos Giannazi, pelo Art. 82.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, queria só esclarecer ao deputado Sebastião Santos, que me fez uma indagação justa e correta sobre o meu pronunciamento, quando falei aqui dos supostos benefícios de deputados em relação aos empréstimos feitos para a despoluição dos rios Pinheiros e Tietê. Na verdade eu fui muito claro aqui, dizendo que estava fazendo uma reflexão em voz alta. Se eu tivesse provas eu estaria acionando o Ministério Público, como tenho feito. Toda denúncia que investigo, onde há fortes indícios de provas, eu aciono imediatamente o Ministério Público. E digo a V. Exa. que talvez um dos deputados que mais tem acionado o Ministério Público seja o nosso mandato. Vossa Excelência pode procurar o Ministério Público e ver quantas representações eu já fiz nesses anos todos aqui na Assembleia Legislativa, e fazia também quando era vereador aqui na capital. Qualquer tipo de denúncia, irregularidade, malversação de dinheiro público, improbidade administrativa, pagamento de propina nós acionamos imediatamente o Ministério Público, para que ele tome providências. Infelizmente, não tenho as provas, ainda. Pode ser que eu tenha. O fato é que estranhamos que esse empréstimo seja tão defendido, às pressas, pela Assembleia Legislativa e pelo próprio Governo.

Eu gostaria de comentar o protocolo do Projeto de lei Complementar 42, que trata da questão dos professores categoria “O”. São os professores admitidos naquele contrato precarizado. É o professor que trabalha durante um tempo, e depois, pela legislação, é expulso da rede estadual. Fica impedido de lecionar durante 180 dias. Temos uma luta histórica contra esse tipo de precarização, de contratação  de professores.

Desde quando a lei foi aprovada, em 2009, aqui na Assembleia Legislativa - votei contra essa lei, a Lei 1.093 - venho fazendo gestões no sentido de que haja a modificação da lei. Já fui até à Justiça. Acionei o Ministério Público Estadual, o Tribunal de Contas do Estado, já tomei várias medidas nesse sentido.

Mas a medida mais concreta que tomamos foi a apresentação do PLC 24. É um projeto de lei complementar que está pronto para ser votado. Que apresentei em 2015 e foi construído coletivamente pelos professores categoria “O”. E que já tem até um requerimento de urgência para ser votado. Ele resolve, definitivamente, a questão do professor categoria “O”. Enquanto isso, estamos pressionando a Secretaria da Educação e o Governo como um todo, para que ele resolva a situação.

Agora chegou um projeto, o Projeto 42, que já é fruto dessa mobilização dos professores categoria “O”, da Apeoesp e de todas as pessoas que estão irmanadas na defesa do professor categoria “O”. O Governo deu um pequeno avanço, que ainda não é suficiente, porque ele adiou a duzentena para o ano de 2020. Mas ele diz o seguinte: que a duzentena se transforma em quarentena no ano que vem, em 2019. Depois, volta a ser duzentena de novo.

Temos que acabar com a quarentena e com a duzentena. Temos que acabar com a interrupção do contrato dos professores da Rede Estadual de Ensino, que é uma forma perversa de quebrar o vínculo empregatício desses professores.

No ano passado, aprovamos um projeto de lei, transformando a duzentena em quarentena para os contratos de 2014. Não adiantou muita coisa porque milhares de professores foram demitidos. Vinte mil professores perderam aulas no ano passado, mesmo com a aprovação da mudança da lei, que foi importante.

Mas não adianta nada aprovarmos esse projeto - vamos aprovar e queremos aprovar, em caráter de extrema urgência, o PLC 42 - se o Governo continuar fechando salas, escolas e turnos, e diminuindo o número de turmas. Aí gera desemprego em massa na rede estadual.

Vamos nos empenhar para que o PLC 42 seja aprovado em caráter de extrema urgência. Porém, queremos que o Governo dê uma solução definitiva para essa questão: nem duzentena, nem quarentena. O professor permanece até que venha o professor efetivo, o professor concursado.

Por fim, para concluir a minha explanação. Não posso deixar de comentar o despacho do governador, publicado no Diário Oficial de hoje, autorizando a realização de concurso público para professor PEB 1 e PEB 2. É uma autorização para a abertura de concurso público. Isso é um avanço.

É uma reivindicação que estamos fazendo há milhões de anos, eu diria! Porque está na Constituição Federal que o ingresso no Magistério público tem que ser feito através de concurso público de provas e títulos. Mas o governo estadual realiza poucos concursos. Por isso temos uma imensidão de professores categoria “O”, de professores contratados nesse regime precarizado de contratação. O concurso público ajuda muito a ir resolvendo essa questão.

Festejamos e saudamos essa autorização. O que é pouco. 15 mil vagas a serem preenchidas por concurso público, é pouco, porque a rede estadual é gigante, tem 250 mil professores. Quinze mil é pouco, precisamos de mais concursos. O estado deve realizar concursos periódicos, como determina a Constituição Federal, a Constituição Estadual e toda a legislação de ensino, para que os professores tenham carreira, evolução funcional, progressão e sejam efetivados de fato.

Não queremos mais professores contratados de forma precarizada, que são explorados e sequer têm direito ao Iamspe. É um absurdo, o que vem acontecendo. Então, nossa meta é essa: professores na carreira, concursados, e o fim dessa situação do professor da categoria “O”, que é duplamente explorado pelo governo, que é  considerado um professor de quinta categoria pelo governo estadual.

Gostaria de fazer esse registro e repetir mais uma vez: vamos votar os projetos hoje, o PLC 24, o PL 31 e o PL 123. Não é possível que a Assembleia Legislativa continue inerte, afrontando a população do estado de São Paulo nessa passividade e inoperância.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Tem a palavra o nobre deputado Carlos Cezar, por permuta com o nobre deputado Chico Sardelli.

 

O SR. CARLOS CEZAR - PSB - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público que nos acompanha das galerias da Assembleia Legislativa de São Paulo, telespectadores da TV Assembleia, as pessoas que nos confiaram o poder de representá-las como seus governantes ou legisladores esperam que aqueles que estão imbuídos do comando do estado e das prefeituras possam exercer suas funções de forma a levar resultados para elas.

Quero aqui exaltar o nosso governador Márcio França, que tem tido uma forma diferente de administrar, olhando, sobretudo, para as pessoas, para os sentimentos delas, para aquilo que elas mais precisam. Ele está olhando para pessoas que, há pouco tempo, eram esquecidas.

Deputado Giannazi, V. Exa. é autor de um projeto que visa garantir a aposentadoria especial para professores. Há algum tempo, ela jamais seria sancionada, mas o governador Márcio França a sancionou. Uma expectativa grande, que era a tão almejada quarentena, o governador Márcio França também operou nesse sentido.

Em defesa dos professores, que V. Exa. defende, o governador Márcio França, em um ato inédito, pegou a presidente do Sindicato dos Professores de São Paulo, a Bebel, e foi com ela até a presidente do STF para defender os professores em uma causa justa, levando seu secretário de estado, em um sinal de alguém que olha para o funcionalismo.

Ele olha para aqueles que estão na Polícia Militar, honrando uma policial que estava em seu serviço e pôde defender a sua filha, valorizando a mulher e convidando-a para ser sua candidata a vice-governadora. Uma mulher!

Enfim, o governador Márcio França tem uma forma diferente de olhar e de agir. Ele criou a subsecretaria de defesa animal. Ele tem mostrado essa forma correta.

Agora, temos uma notícia para dar, que já foi dada de forma equivocada por alguns. As pessoas esperam resultados, esperam que seus problemas sejam solucionados. Todos os dias, pela manhã, ligamos a televisão e vemos alguma matéria no jornal dizendo que determinado trem quebrou.

Aquela população que precisa do trem para chegar ao seu trabalho ou à escola, para honrar seus compromissos, acaba sendo prejudicada, muitas vezes perdendo verdadeiras oportunidades que poderiam mudar a história de suas vidas. Lamentavelmente, isso tem se repetido há muito tempo.

Pensando nesse problema, para solucionar esse problema, o governador Márcio França envia a esta Casa um projeto de lei que autoriza a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, a CPTM, a reparar os danos causados aos usuários prejudicados por paralisação na prestação de serviço que deveria prestar.

É bom lembrar que a CPTM é uma empresa pública, e que precisa prestar um serviço de excelência. Assim, o governador está olhando àqueles que utilizam trens. As pessoas que se utilizam de seu carro, que têm motorista particular, não sabem o que é isso, mas só quem tem esse olhar para a população consegue entender a sua necessidade. E esse projeto autoriza que outro meio de transporte seja bancado pela CPTM. Ou seja, para que o usuário não seja prejudicado.

Quero aqui crer que - esse projeto que a partir de hoje começa já a correr pauta na Assembleia, para passar pelas comissões e ser trazido ao plenário para ser votado - as pessoas possam entender que esse é um projeto que visa atender a população. Não há que se falar “Mas esse é um projeto eleitoreiro”, vamos parar de demagogia. Atender aqueles que precisam e usam trem, que precisam do transporte público: isso é eleitoreiro? Estamos aqui para dar resultado para as pessoas. Eu quero que o governador Márcio França continue a mandar projetos a esta Casa que possam resolver e solucionar o que muitos esqueciam e nem se lembravam.

Estou vendo nas galerias muitos servidores que são cirurgiões-dentistas, ou que são dentistas. (Manifestação nas galerias.) Queria só lembrar que nós estamos no período eleitoral e quero cumprimentar a todos vocês que estão aqui, e dizer que somos convertidos à causa de vocês, a suas necessidades. Entendemos que isso não é nenhuma benesse que se vai fazer aqui, mas ao que vocês têm direito e merecem ser atendidos. Mas nós estamos no período eleitoral.

Nesse período eleitoral, a Lei Complementar nº 101, de 2000, diz do controle das despesas com pessoal. É nulo de pleno direito o ato que provoque aumento da despesa com pessoal que não atenda às exigências do Art. 16 e Art. 17 dessa lei, e no disposto do inciso XIII do Art. 37, no § 1º do Art. 69 da Constituição. O limite legal de comprometimento aplicado às despesas com pessoal é inativo. Também é nulo de pleno direito o ato que resulte aumento de despesa com pessoal, expedido nos 180 dias anteriores ao final do mandato do titular do respectivo poder ou órgão do referido Art. 20.

Havia um pedido aqui, deputado Giannazi, V. Exa. se lembra bem disso, colocado pelo líder da minha bancada, deputado Caio França, para que esse projeto pudesse ser pautado, e pudéssemos ter votado aqui na semana passada. Foi um pedido do líder da minha bancada. Até construímos um congresso na semana passada para que pudéssemos votar esse projeto, mas infelizmente, pela legislação eleitoral, pelo período em que estamos vivendo, nós não podemos votar neste momento. É uma causa justa que merece ser votada, e nós queremos votar, mas não foi pautado. E aí, com todas as diferenças que podemos ter com alguns outros partidos, com alguém que dirige a Casa, só para prestar essa justificativa, que foi um pedido do líder da minha bancada, deputado Caio França, para que fosse pautado esse projeto. Tenho certeza de que o governador Márcio França teria a maior alegria em poder sancionar. Como já disse, é um direito de todos vocês, e todo trabalhador precisa e merece, uma vez que há muito tempo que isso está parado e precisava ser votado.

Sr. Presidente, apenas para fazer um justo reconhecimento nesta Casa de Leis hoje, dia 21 de agosto, terça-feira, e estamos, portanto, cerca de 46 dias do processo eleitoral. Nós estamos aqui prestando à nossa população todo o nosso empenho, para que ela seja respeitada acima de tudo. É apenas isso, Sr. Presidente. Muito obrigado.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu queria dizer que vamos estudar melhor e tentar entender o pronunciamento que o deputado Carlos Cezar fez, agora, em relação à Lei de Responsabilidade Fiscal, que pode afetar a aprovação do PLC 34. Porque nós, sinceramente, não tínhamos essa informação. Estou recebendo agora esse documento da liderança do Governo.

Mas nada impede, deputado Carlos Cezar, que enquanto debatemos essa questão o projeto seja aprovado no Congresso de Comissões. E ele fica pronto para ser votado. Porque ele não passou ainda pelas comissões. Mas nós podemos, ainda hoje, pautá-lo no Congresso de Comissões. Enquanto isso, a gente faz o debate. Quero fazer algumas consultas com nossa assessoria jurídica para entender melhor essa questão da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Mas, de qualquer forma, ele tem que passar pelo Congresso de Comissões, e nós queremos que isso aconteça exatamente hoje, até porque os cirurgiões dentistas estão aqui, esperando pelo menos isso. (Manifestação nas galerias.) Seria uma homenagem a eles, que vieram de várias regiões do estado de São Paulo: do interior, da Baixada Santista, da Grande São Paulo. É o mínimo. Então, faço um apelo a Vossa Excelência. Tenho certeza de que o deputado Carlos Cezar defende também o Congresso de Comissões. Espero que às 16 horas e 30 minutos nós possamos deliberar sobre esse assunto.

 

O SR. CARLOS CEZAR - PSB - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, quero apenas dar uma boa notícia ao deputado Carlos Giannazi. Por exigência constitucional, esse projeto já ficou pronto para a Ordem do Dia, então nem precisa mais passar pelo Congresso de Comissões. Ele já está pronto para ser votado. Essa é a boa notícia para todos os cirurgiões dentistas que estão aqui. (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. CÁSSIO NAVARRO - PSDB - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças partidárias com assento nesta Casa, solicito a suspensão dos trabalhos por 20 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência acolhe o solicitado pelo nobre deputado Cássio Navarro e suspende a sessão por 20 minutos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 16 horas e 22 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 44 minutos, sob a Presidência do Sr. Cauê Macris.

 

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O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, vamos passar à Ordem do Dia.

 

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- Passa-se à

 

ORDEM  DO  DIA

 

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O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Há sobre a mesa requerimento de autoria do nobre deputado Carlos Giannazi solicitando a retirada do Projeto de lei nº 871/2013, para reexame da matéria.

Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento de retirada.

Há sobre a mesa requerimento de inversão da Ordem do Dia, para que a matéria presente no Item 2, Projeto de lei nº 129, de 2018, passe a constar como Item 1, renumerando-se os demais.

Em votação o requerimento. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Item 1 - Votação do Projeto de lei nº 129, de 2018.

Em votação o requerimento de método de votação, na seguinte conformidade:

1 - Projeto de lei nº 129, de 2018, salvo mensagem aditiva e emendas;

2 - Mensagem aditiva;

3 - Emenda nº 4;

4 - Demais emendas, englobadamente.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, peço a palavra para encaminhar a votação pelo PSOL.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Para encaminhar a votação pelo PSOL, tem a palavra o nobre deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados,  de volta a esta tribuna hoje. Estava na liderança do governo conversando com a assessoria do deputado Carlos Cezar sobre a questão do PLC 34, porque surgiu aqui uma dúvida.

Na verdade, houve uma intervenção do líder, deputado Carlos Cezar, que é o líder do Governo. Ele veio com uma informação nova para todos nós, que, por conta da lei de responsabilidade fiscal, o PLC 34 não poderia ser votado agora neste período. Ele só poderia ser votado no ano que vem.

Eu disse então, quando ele fez essa intervenção, que estranhava exatamente essa nova informação e que nós faríamos uma consulta à nossa assessoria jurídica, mas que não haveria impedimento para que houvesse o congresso de comissões, que tinha sido, basicamente, cancelado na semana passada, porque não houve quórum.

Houve uma nova informação em relação também ao congresso de comissões. Não há mais necessidade de congresso, porque o projeto... Como ele veio em regime de urgência, já venceu o prazo dos 45 dias, e pela constituição estadual, Art. 26, quando vence o prazo  de tramitação de um projeto em regime de urgência, automaticamente ele está liberado para votação.

Então, o fato concreto que temos hoje é que o PLC 34, dos cirurgiões dentistas, está pronto já para ser votado. Essa é a boa notícia. (Manifestação nas galerias.)

Outra questão, uma dúvida, é em relação à lei de responsabilidade fiscal, que diz que nesse prazo de seis meses, de 180 dias, da atual gestão do Executivo, o projeto não poderia ser votado.

Nós estamos indagando. Nós entendemos que há brecha nessa legislação, para que o projeto seja aprovado, porque ele não trata de um aumento imediato. Não é a partir da aprovação do projeto que os servidores, que os cirurgiões dentistas teriam já um aumento nos seus salários.

Então, essa discussão está sendo feita agora com a nossa assessoria e com os líderes do movimento de vocês, que estão reunidos agora aqui na liderança do Governo, para tentar uma saída alternativa. Mas a nossa disposição é de que o projeto seja votado hoje, até em homenagem aos servidores, que vieram de longe.

Eu conversei com vários de vocês. Tem gente do interior. Tem gente da Baixada Santista, da grande São Paulo, da Capital. Então é inconcebível que a Assembleia Legislativa não vote o projeto, até porque nós podemos encontrar uma saída jurídica ainda hoje, para que o projeto seja votado.

Logicamente, nós não temos como não voltar ao tema da aprovação do PL 31, porque esse é um projeto estratégico para todos nós. É uma questão de honra para nós aqui da Assembleia Legislativa.

Que o PL 31 seja votado imediatamente. (Manifestação nas galerias.) Ele já está pronto para ser votado. Já foi aprovado, inclusive, no congresso de comissões, graças à mobilização dos protetores, que estão dia e noite aqui na Assembleia Legislativa, fazendo um trabalho importante.

É um movimento bem organizado, que vem conscientizando não só os deputados, mas toda a população, através da TV Assembleia e das audiências públicas. Então, já há um consenso aqui de que o projeto tem que ser votado. O que acontece - e eu denuncio mais uma vez - é que há uma obstrução  selvagem e rasteira da bancada contra o boi, dos ruralistas, que estão obstruindo o PL 31. Isso está inviabilizando a aprovação do projeto.

Trata-se de um pequeno grupo de deputados que, na verdade, representa os interesses desses grupos econômicos, os quais não geram emprego no estado de São Paulo, não geram nenhum tipo de arrecadação para o estado. São Paulo não ganha nada com esse setor. Nada! Nem emprego nem arrecadação! Ainda causam esse constrangimento, essa crueldade e esse sofrimento aos animais.

Esses deputados se comportam como verdadeiros empregados desses grupos econômicos. Além disso, também há uma obstrução selvagem e rasteira na mesma linha da bancada contra o boi. Eu dizia que era bancada do boi. Agora não falo mais; se fosse bancada do boi, eles estariam defendendo os bois, é a bancada contra os bois.

Portanto, Sr. Presidente, nós queremos votar o PL 31 e o PL 123 dos advogados e dos cartorários. Hoje é um dia importante na Assembleia Legislativa. Foi aprovado um requerimento. Nós do PSOL votamos contra, duas semanas atrás, dizendo que a Assembleia Legislativa só vai votar projetos na terça-feira, o que é um absurdo total. Isso é um escárnio, é uma afronta à população do estado de São Paulo.

Já que a Assembleia Legislativa vai funcionar só de terça-feira, pelo menos que ela vote todos esses projetos hoje, porque a nossa bancada do PSOL, que é pequena, mas aguerrida - Deputado Raul Marcelo, deputado João Paulo Rillo e eu -, vai ficar aqui até às 3 horas da manhã para votar todos esses projetos. Já que Assembleia não vai funcionar de segunda, de quarta, de quinta e de sexta, então vamos compensar minimamente, votando todos esses projetos.

Sr. Presidente, esse é o apelo que eu faço para todos os 94 deputados e deputadas. Também quero dizer que nós estamos obstruindo aqui a inversão da pauta para que o projeto do empréstimo seja votado, que é um absurdo total aprovar um cheque em branco para governo estadual num momento pré-eleitoral.

É engraçado porque, ao mesmo tempo em que utilizam essa argumentação para impedir a aprovação do PLC 34, eles não utilizam a mesma argumentação para aprovar o projeto que autoriza o governo estadual a fazer empréstimos junto ao Bird e ao BID de 550 milhões de dólares para a limpeza do Rio Tietê.

Isso é mentira. Há milhares de anos que o governo estadual faz empréstimos, e os rios não são limpos. Todos sabem, quem mora em São Paulo sabe disso há mais de 30 anos. Desde o governo Quércia há empréstimos. Lembro-me de que o governo Quércia fez empréstimo, o governo Fleury, o governo Covas e o governo Alckmin I também fizeram empréstimos. Todos os governos! Depois, o governo Serra e o governo Alckmin fizeram de novo.

Agora, há mais um empréstimo. Nós não vamos assinar esse cheque em branco. Vamos utilizar todas as formas regimentais de obstrução, porque é inconcebível que esse projeto tenha atravessado a pauta. Ele atravessou a pauta, chegou ontem e já passou na frente de todos os outros projetos, porque são 550 milhões de dólares.

É um absurdo. Num momento pré-eleitoral, muitas empresas e muitas empreiteiras serão beneficiadas, talvez algumas delas envolvidas na Operação Lava Jato. São empresas que, no passado, financiaram campanhas eleitorais de deputados, senadores e governadores, mas agora não podem mais financiar diretamente, está proibido por lei, mas elas financiaram.

Então, temo que os deputados estejam apressados para votar esse projeto. Há quase um consenso. Nós do PSOL não, nós não vamos aprovar. Estamos decididos a obstruir a aprovação desse projeto, que é uma afronta à população.

Então é isso, o apelo que eu faço é para que façamos a votação dos projetos. Vamos votar o PL 134, o 31, o 123, o projeto do Ministério Público, 788, o nosso PLC 24, dos professores categoria O, temos tantos projetos importantes para votar, de interesse, de fato, da população, que vão beneficiar várias áreas, como Saúde, Educação, assistência, Segurança Pública, Cultura, e vamos discutir um projeto que dá dinheiro a essas empresas em um momento eleitoral?

Essa é a nossa posição.

 

O SR. JOSÉ ZICO LULA PRADO - PT - Sr. Presidente, peço a palavra para encaminhar a votação pela liderança do PT.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Para encaminhar a votação pela liderança do PT, tem a palavra o nobre deputado José Zico Lula Prado.

 

O SR. JOSÉ ZICO LULA PRADO - PT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, companheiros e companheiras do plenário - bem vindos à Assembleia Legislativa -, quero começar dizendo que o que não falta aqui é projeto para votar.

Temos muitos projetos para serem votados, mas não queremos votar o da Sabesp. Já demos dinheiro demais para a Sabesp nesta Casa. Quanto custa o Rio Tietê por cada ano que eles dizem que vão despoluí-lo. Fazem empréstimos com japoneses, com o Banco Mundial e até hoje o Tietê continua poluído e poluindo a cidade de São Paulo.

Então, não vamos votar o projeto da Sabesp de forma alguma sem antes ouvirmos toda a comunidade e, principalmente, o Alto do Tietê. Não vamos deixar votar e vamos estar aqui.

Sobre o projeto 34, da carreira de dentistas, somos a favor de votar agora. (Palmas.) Não temos problemas em votar, porque é uma carreira importante. A bancada toda do PT está empenhada nesse projeto, assim como queremos votar o 31, que não está colocado. (Palmas.)

Não é falta de projeto na Casa, o que falta é fazermos uma discussão sobre qual o benefício para o estado de São Paulo de cada um desses projetos que temos.

Sobre o 34, levantado pelo líder do governo aqui na Casa, é uma preocupação fazermos um projeto de Lei - e o aprovarmos nesta Casa - que não sofra nenhuma Adin, para que seja legitimado.

Quero, então, sugerir ao presidente da Casa que peça um parecer à procuradoria geral para que possamos votar. Faz o parecer e, diante da resposta da procuradoria, votamos o projeto. (Palmas.)

Não é um projeto do PT, é um projeto para o estado de São Paulo. Estamos devendo isso aos paulistanos há muitos anos. É isso que queremos deixar registrado aqui na Casa. Não queremos ficar aqui discutindo se vota esse ou aquele. Projeto para votar nós temos, o que queremos é fazer uma lista de prioridades, de consenso da Casa. Temos condições de fazer isso, temos debates já feitos aqui na Casa.

Os deputados estão em campanha, temos que fazer campanha, ninguém é contra isso, mas precisamos mostrar ao estado de São Paulo a que viemos, porque estamos aqui com projetos importantes para serem discutidos e votados.

Deixo, assim, registrado, em nome da bancada do PT, que os senhores podem contar com nossos 15 deputados. Esse é um compromisso da bancada que vamos fazer juntos para que possamos resolver isso imediatamente. (Palmas.)

 

O SR. FELICIANO FILHO - PRP - Sr. Presidente, peço a palavra para encaminhar pelo PRP.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O pedido de V. Exa. é regimental. Antes, porém, gostaria de responder ao deputado José Zico Prado. Conversamos anteriormente, e eu acho que é uma ótima sugestão a que V. Exa. fez em relação ao PLC 34. Agora mesmo estou requisitando ao Sr. Rodrigo que possa fazer um requerimento não à Procuradoria-Geral, pois acho que a Procuradoria da Casa tem condição de poder nos posicionar sobre a possibilidade de aprovação.

Se tivermos um parecer favorável da Procuradoria da Casa, vamos conversar com o líder do Governo e trazer à pauta o PLC 34, que eu acho que é importante que seja votado. Portanto, é ótima a sugestão do deputado José Zico Prado. Estou determinando neste momento ao Sr. Rodrigo que faça formalmente essa requisição à Procuradoria da Casa. Esperarei uma resposta também formal da Procuradoria, com o prazo de no máximo dois dias, para nos responder sobre esse projeto. Não é possível uma resposta em menos de dois dias. (Manifestação nas galerias.)

Infelizmente essa intolerância por parte de poucos aqui na galeria é o maior mal que temos hoje na nossa sociedade. É uma intolerância e um desrespeito à Assembleia Legislativa por conta da posição de uma minoria que está na galeria hoje e que, de maneira intolerante, não deixa os nossos trabalhos continuarem. Àqueles que requisitam a provação do PLC 34 justamente, legitimamente, vou dizer que nós seguiremos a orientação e a sugestão do deputado José Zico Prado, questionando a Procuradoria. Se isso for aprovado, o PLC 34 será votado por esta Assembleia Legislativa.

Para encaminhar, tem a palavra o nobre deputado Feliciano Filho.

 

O SR. FELICIANO FILHO - PRP - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público presente nas galerias, eu queria manifestar meu apoio a alguns projetos que tramitam nesta Casa, fazendo uma distinção entre eles. Somos favoráveis ao PL 34 e com certeza votaremos a favor desse projeto, bem como somos favoráveis também ao PL dos enfermeiros, da deputada Analice Fernandes, e também votaremos a favor. Todos eles são PLs meritórios, com reivindicação justa, legítima.

Gostaria agora de especificar um pouco mais a questão do PL 31. O PL 31 é o único PL desta Casa em que nós estamos lidando com o sofrimento, o martírio. Esta semana mais caminhões desceram para São Sebastião com os boizinhos indo para o seu destino, sem poder se defender, coitadinhos.

Os dentistas presentes hoje nesta sessão talvez não conheçam esse projeto. O PL 31 proíbe o embarque de bois vivos para serem abatidos na Turquia, viagem que é uma verdadeira tortura. O cheiro das fezes, do vômito e também da urina gera amônia, que acaba derretendo os olhos de muitos animais. Outros animais quebram a perna no caminho, é uma tortura desde quando saem da fazenda até chegar à Turquia.

Quando chegam lá, eles são abatidos em um sistema que não tem processo de insensibilização, como fazemos aqui. Convido todos vocês aqui presentes e os telespectadores da TV Alesp a assistirem a um abate aqui no Brasil e a um abate no sistema hallal. A internet está cheia disso, nós passamos um vídeo aqui. Não há processo de insensibilização, os animais regurgitam o próprio sangue, é um sofrimento bárbaro, e o outro fica assistindo à morte do companheirinho.

Para que isso, não é? Geramos emprego lá fora e aqui geramos desemprego. Já estamos com 49,5% de desemprego nos abatedouros aqui, gerando aumento no preço da carne para o senhor, para a senhora que é aposentada. De repente seu filho pode trabalhar num segmento derivado da carne e pode perder o emprego, enquanto meia dúzia quer gerar emprego lá fora, a troco do sofrimento dos animais.

Então, queria dizer que os responsáveis por não pautar esse projeto, por trabalhar contra, que quem estuda um pouco a questão de espiritualidade sabe que eles estão gerando um carma para si, porque Deus é justo, gente. Existem pessoas que estão fazendo com que, por um ato de deliberação pessoal, esse projeto não seja votado aqui na Casa. A questão espiritual está atenta a isso. Aqui pode ser que tenha poder para isso, para parar por conta de um Regimento totalmente ridículo, que tem que ser alterado o mais breve possível. Mas a lei divina não segue esse Regimento. Os animais estão embarcando e estão sofrendo lá. É um sofrimento bárbaro.

Estão querendo deixar para votar depois das eleições, num acordo absurdo. Dizem que a maioria dos líderes - que não representa de fato todos os deputados, temos a lista aqui com mais de 60 deputados favoráveis ao projeto -  decidiu deixar para depois das eleições. Retiraram o direito da sociedade de saber como vota seu deputado. E tirou o direito deste deputado, favorável, de mostrar para a sociedade como vota. Nunca vi isso. Nunca vi uma ditadura dessas. Onde é que nós estamos? Estamos falando de vida, estamos falando de sofrimento. Não têm compaixão, não têm nada. O que vale é o interesse, não sei qual. Por que não põe para votar, se a maioria dos deputados quer? Cada um interpreta da forma que achar interessante. Mas acho muito triste isso. Convido vocês a assistirem o abate - repetindo aqui - lá e depois um abate aqui.

O Brasil está atravessando um momento muito difícil. Temos que deixar as coisas mais claras, mais transparentes. O Brasil clama por isso. Protocolei aqui um requerimento, pedindo para que o Colégio de Líderes aconteça aqui no plenário, com a presença de todos vocês, e sendo transmitido ao vivo pela TV Assembleia. E não lá dentro de quatro paredes onde nem assessoria pode entrar. Isso não está no Regimento, mas acontece assim aqui na Casa. Tem muita coisa que precisa mudar aqui. Mas a coisa mais importante que tem é deixar entrar luz aqui, entrar o sol, acender as luzes. Por que as coisas têm que acontecer dentro de um lugar fechado? Se não têm nada para esconder, por que não pode ser aqui onde todos podem ouvir a opinião de cada deputado, como está votando cada deputado? Há deputados que o que fazem lá não mantêm aqui, e vice-versa. Então, é muito importante que tenhamos uma clareza muito grande com relação a isso.

E os boizinhos continuam embarcando. Quando falaram aqui que os animais não sofriam, eu falei várias vezes, desafiei deputados a entrarem naquele navio e irmos juntos até a Turquia. Se eles não sofrerem no abate lá, renuncio ao meu mandato e peço também que renuncie o deputado que for comigo, os deputados que são contrários irem junto. Não tem outra maneira de resolver isso. Temos que, o mais rápido possível, pautar esse projeto.

Sr. Presidente, queria pedir uma verificação de presença. Queria saber dos 59 deputados que estão ali, quantos estão aqui na Casa.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Convido a deputada Clélia Gomes e o deputado Gustavo Petta para auxiliarem esta Presidência no processo de verificação de presença.

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- É iniciada a verificação de presença.

 

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O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, a Presidência constata número regimental de Srs. Deputados e Sras. Deputadas em plenário, pelo que dá por interrompido o processo de verificação de presença e agradece a colaboração dos nobres deputados Gustavo Petta e Clélia Gomes.

Continua com a palavra o nobre deputado Feliciano Filho.

 

O SR. FELICIANO FILHO - PRP - Muito obrigado. Eu queria continuar dizendo que temos que aproveitar. O tempo é muito escasso, porque agora as sessões estão acontecendo só às terças-feiras. Teremos mais quatro ou cinco? Acho que cinco sessões só, até as eleições. 

Quero acreditar que aqueles deputados que estiveram conosco, que conversaram com todos os ativistas, que tiraram foto assumindo compromisso, fazem parte hoje de um álbum maravilhoso que estão fazendo... Os deputados favoráveis ao PL, acho que esses deputados, acredito muito nisso, mesmo após as eleições, eles se manterão conosco.

Aqueles que mudarem de lado, já tinham opinião formada, ou resolveram mudar por conta de alguma outra questão. Mas continuo acreditando, mesmo assim.

Mas não podemos deixar, pois estamos tratando de vidas. Vidas não podem esperar até depois das eleições. Não dá. Salários e quaisquer outras coisas podem esperar, mas a vida não pode esperar, o sofrimento e a agonia não podem esperar.

Os protetores estão aqui por conta do amor que sentem. Eles não aguentam mais saber que estão em casa e os navios estão saindo. Isso deixa qualquer um que ame os animais, que tenha compaixão, totalmente fragilizado, triste, abalado emocionalmente. A impressão que dá é de que, se não estivermos presentes, lutando dia a dia...

Os animais estão embarcando, estão sendo mortos, os coitadinhos que não podem se defender. Não dá para pensar em deixar para depois das eleições. Eu até concordo, desde que parem os embarques. Se pararem os embarques, eles param lá e nós paramos aqui. (Manifestação nas galerias.) Não dá para parar só aqui e continuar lá, isso é uma estratégia muito baixa e muito feia. Estão tentando ganhar tempo para poder embarcar. Pegaram navios maiores para embarcar mais bois. Agora, são 25. Embarcavam de cinco em cinco. Daqui a pouco, chamarão o navio Nada de volta.

Essa é a ganância do poder econômico, que está prejudicando a sociedade, está prejudicando todo mundo, está prejudicando os empregos. Acho que tudo isso é inadmissível.

É por isso que as pessoas estão aqui, mais acaloradas. Não estão aqui de forma desrespeitosa. Acho que o respeito não é só verbalizado. É na forma de agir que mostramos o respeito.

Infelizmente, não tenho mais tempo, mas gostaria de contar de novo aquele caso da senhora que deu uma baforada e levou um tapa de outra senhora. O juiz falou: “Olha, a senhora deveria ter dado dois tapas, pois a agressão da baforada foi muito maior do que o tapa que a senhora deu”.

É isso, gente. Muito obrigado a todos. (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Gostaria de pedir que, por favor, as pessoas que acompanham os nossos trabalhos das galerias não se manifestem, uma vez que isso não é permitido pelo nosso Regimento Interno.

 

O SR. CÁSSIO NAVARRO - PSDB - Sr. Presidente, para encaminhar a votação pela bancada do PSDB, indico o nobre deputado Gilmar Gimenes.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É regimental. Tem a palavra o nobre deputado Gilmar Gimenes.

 

O SR. JOÃO PAULO RILLO - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, quero fazer um apelo aos deputados.

Nós temos um pacto com os ativistas de obstruir o projeto da Sabesp, a LDO e outros projetos. Em compensação, eles foram responsáveis pelo avanço de alguns projetos importantes, como o da redução de jornada dos enfermeiros, que nós já passamos no congresso de comissões. Além disso, eles não se opõem a esse projeto que beneficia os profissionais, os dentistas, os cirurgiões e a população de São Paulo.

Mas quero fazer um apelo aos deputados: se pedirmos verificação de presença e a sessão cair, não haverá chance alguma de votarmos o PL 34 hoje. Então, peço que os deputados permaneçam em plenário e não peçam verificação de presença. Vamos verificar depois, na votação do projeto da Sabesp, que é outro tipo de verificação de quórum. Se não tiver 24, vai cair.

Enquanto isso, quero reforçar o apelo ao presidente Cauê Macris para que adiante a consulta à procuradoria, pois, se houver a possibilidade - e eu entendo que tem -, podemos fazer uma correção e votar ainda hoje, em uma sessão extraordinária. Para isso, a sessão ordinária não pode cair.

Por isso, faço esse pedido aos deputados. Quem é a favor da carreira dos cirurgiões dentistas, por favor, não peça verificação neste momento, pois vamos atrapalhar essas tratativas. Enquanto isso, peço que a procuradoria, a pedido do presidente, faça um estudo intenso e apresente uma saída. Entendo que ainda é possível votar hoje.

Muito obrigado. (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Rillo, quero lembrar que acabei de assinar a consulta à procuradoria.

 

O SR. JOÃO PAULO RILLO - PSOL - Obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Estou pedindo, inclusive, para que os procuradores e o procurador responsável o façam o mais rápido possível; se conseguirem, ainda hoje. Seria o ideal. (Manifestação nas galerias.) Porém, não depende da nossa posição, mas sim da Procuradoria da Casa, que é um órgão independente e autônomo.

 

O SR. GILMAR GIMENES - PSDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos. Quero cumprimentar nosso presidente Cauê Macris, os nobres colegas deputados e os servidores da Casa. Vou falar da importância do PLC 34. (Manifestação nas galerias.) E deixar claro que o PSDB também não tem nenhuma objeção ao encaminhamento e à votação do PLC 34, deixando a bancada totalmente à vontade para trabalhar isso. (Manifestação nas galerias.)

É bom que se deixe claro que existem as questões jurídicas. Quanto a esse encaminhamento à Procuradoria, nós nos unimos, conversamos e entendemos que seria importante, porque existe um entendimento de um encaminhamento seis meses antes. Por isso, para não prejudicar e não colocar em risco o projeto, em nenhuma situação; para que depois não venha uma Adin a fim de derrubar uma eventual aprovação do projeto, a gente faz essa solicitação à Procuradoria, de modo que, em entendendo que pode ser colocado em votação, a gente o coloque em votação e, se possível, aprove.

Entendemos correto, em primeiro lugar, o reconhecimento da classe, uma vez que não há um reconhecimento da classe. (Manifestação nas galerias.) E na sequência, logicamente, o encaminhamento de um plano de carreira, para que a gente possa realmente ter os dentistas, cirurgiões e todo o quadro de dentistas com um quadro de carreira importante para essa classe de servidores estaduais. (Manifestação nas galerias.)

Temos as situações de vários projetos em andamento: o PL 31, a LDO, o projeto do Ipesp. Quero deixar claro que não estamos obstruindo, mas colocando situações de esclarecimentos, tanto para a LDO como para o projeto do Ipesp. Entendemos que há algumas situações em que queremos um esclarecimento melhor, para que possamos realmente aprovar um projeto e não ter, depois, problemas no Orçamento do Estado para o ano de 2019. No projeto da LDO, temos a colocação de perto de 500.000 bolsas. Não estamos conseguindo entender de onde vem o orçamento para pagar isso.

Então, deixo claro que queremos simplesmente fazer o casamento correto da aprovação da LDO, mas com as receitas necessárias, para que possamos continuar tendo um estado saneado, como vem sendo nos últimos anos de PSDB. Queremos que no ano que vem, seja quem for que venha a assumir o Governo do Estado, tenhamos um Orçamento tranquilo para podermos realmente continuar pagando os salários em dia, acima de tudo, com todas as dificuldades que o Estado possa ter neste momento difícil do País. Que a gente possa também ter a continuidade de pagar pelo menos os salários em dia, não como outros estados da Federação, em que há problemas, inclusive, de pagamento de salário.

Acho que é importante deixarmos claro esse momento de cidadania pelo qual estamos passando neste ano eleitoral. É um ano em que vamos ter seis eleições: presidente da república, governador, dois senadores, um deputado federal e um deputado estadual. Sabemos das dificuldades do entendimento do eleitor quanto ao esclarecimento, ao voto de esclarecimento, ao voto de opinião - deixar claro por que estou votando em alguém. Então, cabe a cada um de nós - e também a todos vocês que estão aqui em plenário - verificar os deputados que trabalham sério, vêm aqui fazer um trabalho sério, estão presentes. E respeitar a lei.

Acho que respeitar a lei é para todos. Há uma lei em que é simplesmente dito o seguinte: qualquer político que for julgado em colegiado em segunda instância é ficha suja. Se é ficha suja, não pode ser candidato. Então, é importante que todos tenham isso muito claro. Não é para seguir a Constituição? A Constituição é clara: político julgado em segunda instância colegiada e que, naturalmente, foi julgado culpado, de alguma forma, é ficha suja. Consequentemente, não pode ser candidato.

Isso vale para deputado estadual, federal, senador, governador; vale para presidente da República, vale para qualquer um. É bom que fique claro que lei é colocada para ser julgada e, em sendo julgada, cumprida. 

Quanto aos projetos que estão sendo colocados, quero deixar claro também. Como colocou aqui o deputado Feliciano, existe o PL 31, para ser colocado em pauta, para ser colocado em votação. E entendemos que, sim, deve ser colocado. Se vai ser agora, se vai ser depois da eleição, pouco importa. Importa é que se coloque em votação o mais rápido possível, para que se coloque e cada um coloque a sua posição. Temos que entender que é democracia. Pode ser a favor, pode ser contra, mas que se coloque em pauta.

Existem órgãos no Ministério da Agricultura, para que se faça a fiscalização. Não adianta fazer ironia. Existem órgãos. Se o órgão não está cumprindo a sua função, temos que punir o profissional que está ali fazendo essa função, para que ele possa, da melhor forma, cumprir. Ninguém quer, naturalmente, que o animal sofra. Para isso, realmente, se houver alguma coisa acontecendo, tem que ser punido, realmente.

São essas as palavras que eu queria deixar para vocês, e deixar claro: democracia sempre.

 

O SR. ENIO LULA TATTO - PT - Sr. Presidente, peço a palavra para encaminhar pela liderança da Minoria.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É regimental. Tem a palavra o nobre deputado Enio Tatto, para encaminhar pela liderança da Minoria.

 

O SR. ENIO LULA TATTO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público que nos assiste, companheiros que estão aqui na Assembleia, bravos lutadores do PL 31, parabéns mais uma vez pela luta de vocês, e também os nossos companheiros do PLC 34, que sabem muito bem que têm todo o apoio da bancada do PT.

O problema é que aqui na Casa foi decretado, há poucos dias, foi decidido no Colégio de Líderes que não se votaria mais nenhum projeto que não tivesse consenso. Simplesmente foi decretado que os deputados não trabalhariam mais até o dia 07 de outubro. Um absurdo!

Falei desta tribuna que o maior Parlamento do Brasil, da América Latina, e um dos maiores do mundo, decretou que não iria mais trabalhar. Como a população vai entender isso, se alguém vai entender? Se combinaram que só votariam projetos que têm consenso, e há projetos que não têm consenso, mas precisam ser votados, como é o caso do PL 31, obviamente até aqueles que têm consenso deixam de ter consenso.

Aqui é uma luta política. Aqui é um Parlamento, aqui é uma casa de negociações, negociações corretas, sérias. Se sou contra um projeto, mas quero aprovar outro, tenho que ceder, tenho que negociar, dentro dos limites.

Na medida em que se passaram, pelo menos, dois meses, e não foi pautado o PL 31, isso inviabilizou todos os projetos desta Casa. Eles se mobilizaram, se reuniram, protestaram, estão aqui sempre. É um projeto que, no mínimo, teria que ser pautado. Esse é o grande problema.

O deputado Gilmar Gimenes, que eu respeito muito, colocou aqui que teria que pautar o projeto da Sabesp, e cada um vote como quer. Mas por que ele não defende a mesma coisa, o PSDB, com os projetos, por exemplo, do 31, como nós falamos?

Então, para um vale, e para outro não vale? O PLC nº 34, por que não pauta? Vamos decidir no voto. Quem tem maioria leva. O projeto do Ipesp, a derrubada do veto do Hospital Universitário, que tira dinheiro do HU, precisava ser pautado.

Realmente, não pode ter medidas diferentes. O que eu sempre defendi aqui, falei para o presidente que, na dúvida, na discordância de um determinado projeto, ele tem a prerrogativa de pautar nas sessões extraordinárias, na primeira ou na segunda, mas ele não o faz. Ele fala que ouve os líderes, só que teve o PL 35 que ele pautou, mesmo tendo discordância, e foi decidido no voto. Então, a bancada do Partido dos Trabalhadores quer trabalhar. Ficaremos aqui até a hora que precisar. Não tem problema de vir na terça, na quarta, na quinta.

O problema é que não é pautado e agora foi feito um acordo, um acerto, para não se pautar mais nada, não se trabalhar depois da terça-feira. E na terça-feira, se não pautar aquilo que não tem consenso para decidir no voto, aquilo que tem consenso também não vai ser aceito, porque sempre vai ter alguém aqui que vai pedir verificação. A posição da bancada do Partido dos Trabalhadores é de que paute todos, que tenham consenso e que não tenham. E é possível, sim, trabalhar; é possível, sim, votar projetos no período eleitoral. Eu estou aqui já no quarto mandato; nós sempre votamos.

A Casa nunca ficou estagnada, parada, anestesiada, como está neste momento, neste período. Faz dois meses que isso aqui está parado. Como que você vai explicar? Tudo por conta de alguns caprichos e tudo por conta do PSDB não aceitar ficar fora do governo. Acho que se acostumaram por tanto tempo serem governo que, quando teve que ter a transição, a saída do governador Geraldo Alckmin para a entrada do Márcio França, eles entraram e não sabem fazer oposição.

Tanto é que até, imaginem, o PSDB propondo CPI. Nunca aceitaram uma CPI: Rodoanel, Metrô, CDHU, Calha do Tietê. Nunca aceitaram e, de repente, eles estão apresentando CPI contra o Márcio França, em três meses de governo Márcio França. Se tiver que ter, que tenha, mas que tenha das outras falcatruas no estado de São Paulo. O nome do governador Geraldo Alckmin já estão sugerindo que deveria ser “Geraldo Rodoanel Alckmin”, porque é um absurdo o que está acontecendo e o que está aparecendo sobre o governador Geraldo Alckmin.

Eu queria entrar, inclusive, na questão das eleições. Vocês sabiam que na pesquisa de ontem o governador Geraldo Alckmin não sai dos 4%, 5 por cento? Ele não sai, ele não se mexe. Aqui, no estado dele, em São Paulo, tem 12 por cento. Por quê? Porque a população começou a perceber o que é o PSDB, o que são os tucanos. Ele perde para o Lula, não é novidade, mas ele perde para o Bolsonaro, ele perde para a Marina e ele perde para o Ciro Gomes. Até para o Ciro Gomes. Por quê? Porque a população está percebendo, está vindo às claras.

Por mais que as instituições fiscalizadoras do estado de São Paulo encubram, não fiscalizem, não apareçam - o Tribunal de Contas, a Assembleia Legislativa, o Ministério Público, a Procuradoria -, estão vindo as investigações, as apurações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, e até de outros países, como foi o caso da Alstom e da Siemens. Então, não tem para onde correr. Está chegando o momento de o PSDB ter que acertar as contas com os tribunais. A situação deles: o governador esses dias foi depor e teve que entrar escondido pelas portas do fundo do Ministério Público.

O mesmo aconteceu com a mulher do ex-prefeito Doria, aquele que deu uma banana para o povo de São Paulo e que, com as pesquisas, também ele vai ver que é bom até o final da eleição. Já é o cara mais rejeitado em São Paulo. Por quê? Porque ele abandonou a cidade e pior: no ano em que administrou a cidade de São Paulo, ele fez coisas horríveis para a população. Ele fechou equipamento público de saúde, ele diminuiu o leite das crianças, ele cortou o tempo do Bilhete Único na cidade de São Paulo, ele tentou mudar a comida das crianças, trocar arroz, feijão, carne, salada e legumes para dar uma farinata, para dar uma ração. O que ele falou? Que pobre não tinha hábito alimentar. Os cachorros dele têm hábito alimentar. Agora, os filhos dos trabalhadores das creches, das escolas não tinham hábito alimentar, aí ele começou a querer dar a tal da farinata.

E ele estava tentando vender tudo no município de São Paulo, vendendo até o serviço funerário. Ou seja, aquele pobre que tem uma lei para fazer enterro gratuito quando não tem dinheiro, se entregar para a iniciativa privada ele vai perder até isso.

Então essa é a situação do PSDB no estado de São Paulo, a situação do Geraldo Alckmin. Agora tem outro detalhe. À medida que a campanha vai passando, a população vai percebendo. Quem é o candidato do Michel Temer no Brasil? Vocês pensam que é o Meirelles? O Meirelles saiu sozinho, à revelia. Mas o candidato do Temer, cujo programa de governo é a mesma coisa que o Temer está aplicando, é o Geraldo Alckmin. É o PSDB que deu sustentação àquela tal de “Ponte para o futuro”, que deixou o País nesta situação. Esses dias não teve jeito de esconder. O próprio Temer falou. Quando perguntaram quem era o candidato do governo, ele disse que era o Alckmin. A população está percebendo. É por isso que ele está com essa porcentagem e não sai do lugar.

Mais um detalhe, mais uma prova de que o Alckmin é o candidato do Temer: todos aqueles que votaram as reformas, as malfadas reformas com o Temer, saíram e estão apoiando o Geraldo Alckmin, que é o pessoal do “centrão”. Então está tudo provado. Realmente, o candidato do Michel Temer, o candidato do golpista, daquele que tem a maior reprovação de todos os tempos no Brasil se chama Geraldo Alckmin.

As pesquisas de ontem demonstram mais uma vez que aquele que está preso, o único que consegue unir o povo brasileiro, ter saída para a crise econômica, gerar emprego, gerar renda, de 33 pulou para 37 por cento. E essas pesquisas não são nossas. Essas pesquisas são deles. Vai vir o Datafolha, vai vir na mesma linha. O Lula, com 37%, ganharia no primeiro turno.

É isso que a população brasileira defende e quer. É Lula presidente da República. Pois bem, libertem o Lula. (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Gostaria de pedir ao plenário que, por favor, não se manifeste. Nós temos um orador na tribuna.

 

O SR. ENIO LULA TATTO - PT - Libertem o Lula, porque cada dia que ele ficar preso é um ponto a mais que ele vai crescer, e está crescendo. Isso é uma verdade. Isso é o povo brasileiro que quer. Lula livre, Lula presidente da República.

 

O SR. CÁSSIO NAVARRO - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Estava atento... (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Não é lícito ao plenário fazer qualquer tipo de manifestação enquanto tivermos oradores na tribuna. Gostaria de pedir gentileza, que os nossos convidados, por favor, respeitem o nosso Regimento Interno.

Continua com a palavra o deputado Cássio Navarro.

 

O SR. CÁSSIO NAVARRO - PSDB - Muito obrigado, Sr. Presidente. Peço a compreensão de todos, porque esta Casa de Leis é objeto de discussão para o desenvolvimento do nosso estado.

Escutei um pronunciamento falando muito sobre a questão política. Desculpem-me, mas aqueles que não têm, talvez, o que falar dos seus líderes políticos não venham criticar lideranças políticas como o Geraldo Alckmin, como o João Doria, que fizeram um grande trabalho pelo município de São Paulo e pelo estado de São Paulo. Estado esse que, diferente de outros estados que quebraram, ficaram devendo e precisam de ajuda do governo federal para... (Manifestação nas galerias.)

Por favor, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Gostaria de preservar o tempo do deputado Cássio Navarro.

 

O SR. CÁSSIO NAVARRO - PSDB - Muito obrigado, Sr. Presidente. Quero dizer que aqui é um espaço muito bonito para poder se discutir questões políticas, questões...

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Cássio Navarro, só mais um minutinho, por favor. Existe hoje um processo no País, que é um dos maiores problemas que nós temos, que é a intolerância, e o desrespeito ao processo democrático. Eu confesso a vocês que toda a manifestação é justa, acho que faz parte do processo. Porém, a intolerância e o desrespeito a quem tem o mandato popular é o maior problema que nós temos no País, o desrespeito que vocês estão causando ao Regimento Interno do nosso Parlamento paulista. Vocês podem observar que existem outras pessoas que também estão pleiteando uma demanda e que também estão respeitando o Parlamento. Essa prática intolerante por parte de vocês é que faz com que não consigamos avançar nas demandas. Intolerância! Essa é a palavra que nós temos por conta dessas pessoas, que não respeitam a população do estado de São Paulo.

A manifestação é lícita. Nós temos aqui a galeria lotada de pessoas que estão aqui se manifestando pelo PLC nº34, de maneira justa, todos eles respeitando o Legislativo. Por isso que estamos aqui totalmente abertos nesse processo, por conta do respeito que vocês têm tido pelo Legislativo paulista, diferentemente dessas pessoas que estão atuando de maneira intolerante, desrespeitosa, achando que na gritaria, no berro vão conseguir algo em cima do Legislativo. É uma vergonha esse tipo de posição por parte dessas pessoas. Vou tentar passar a palavra, mais uma vez, a V. Exa. para que possa tentar utilizar da comunicação, preservando o seu direito do tempo.

 

O SR. CÁSSIO NAVARRO - PSDB - Muito bem, Sr. Presidente. Primeiro quero falar que parece que eu sou contra o PL nº 31, sendo que já me manifestei favorável e estou sendo aqui criticado. Mas talvez, como o grande líder Campos Machado coloca muitas vezes, dá motivo até para mudar essa questão de voto.

Mas não quero me ater a isso e nem estou aqui nesta Casa para poder fazer campanha eleitoral. Eu estou aqui, simplesmente, para defender projetos, propostas eficientes em benefício do nosso Estado. E é isso que essas lideranças políticas do meu partido fazem pelo País. Um estado que se mantém com as economias em ordem tem que ser respeitado. Os líderes que fizeram com que isso fosse possível, diferente de outros estados quebrados em nosso País, têm que ser respeitados. E mais uma vez eu peço para que aquele que vá falar de Geraldo Alckmin, de João Doria, possa olhar um pouco tudo aquilo que foi construído no estado de São Paulo e no município, e não vir aqui falar e criticar sobre temas que seus líderes políticos, longe disso, possam ter um dia. Muito obrigado, Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas. 

 

 O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, nosso mandato está apresentando aqui uma proposta para resolver a situação do PLC nº 34, dos cirurgiões dentistas. Trata-se de uma proposta factível, concreta e com amparo jurídico.

A proposta é a seguinte: gostaria que V. Exa. analisasse, levasse para a procuradoria, mas ainda hoje, para que nós possamos votar o projeto em homenagem aos servidores que vieram de muito longe e estão aqui mobilizados; vieram, inclusive, do interior de regiões distantes. Seria a apresentação hoje de uma emenda aglutinativa Assembleia Legislativa PLC nº 34, dizendo que a proposta entra em vigor na data da publicação, produzindo efeitos a partir do dia 1º de janeiro, de 2019.

Gostaria que V. Exa. levasse a proposta, exatamente nesse instante, para a procuradoria e que houvesse um acordo das lideranças para que nós pudéssemos votar o projeto. Até porque é inconcebível o que está acontecendo. Como que o Governo apresenta um projeto sem que ele tenha condições de ser votado? Então, nós temos agora condições de resolver essa situação através da emenda aglutinativa. E peço apoio aqui de todos os líderes partidários, de todos os 94 deputados, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Nobre deputado Carlos Giannazi, eu gostaria primeiro de acolher a proposta de Vossa Excelência. É importante ouvir um pouco a posição do deputado Davi Zaia, como vice-líder do Governo, mas já, de antemão, como estou presidindo a Assembleia Legislativa, assinei o documento à Procuradoria.

Vou pedir que V. Exa. coordene uma comissão de dois, três deputados, que possam subir à Procuradoria, para conversar com o procurador-geral da Casa, Alexandre Kimura. Inclusive, peçam a ele para que ele, o mais rápido possível, dê essa resposta, se possível ainda hoje.

Eu acho que é importante. Como estou presidindo, não tenho como fazer isso, mas, se V. Exa. topar, como a proposta partiu de V. Exa., peço que lidere uma comissão, com a minha anuência inclusive, falando em nome da Presidência da Assembleia, com o nosso procurador-geral. Se V. Exa. puder fazer isso, ele estará aguardando Vossa Excelência.

Peço ao secretário-geral da Casa, Rodrigo Del Nero, para que já avise o procurador-geral que o deputado Carlos Giannazi está subindo com uma comissão de deputados que queiram participar dessa conversa, para poder ver se ele consegue, primeiro, dar uma resposta definitiva e, se possível, hoje, até porque nós temos aqui diversos convidados que esperam a votação desse projeto.

Concordo com V. Exa., que o governador enviou esse projeto, e deveria ter enviado desde que o projeto pudesse ser votado. Mas se tiver qualquer tipo de coisa que impeça essa votação, não deveria ter sido enviado dessa maneira. Eu acho que não é justo, inclusive, com os servidores. Porém, todo esforço para que possamos votar o PLC 34, com, inclusive, atuação positiva deste Presidente.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Faremos isso agora, Sr. Presidente.

 

O SR. DAVI ZAIA - PPS – PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, primeiro, quero dizer que todos nós estamos aqui empenhados para encontrar uma solução para essas questões.

As pessoas estão aqui, no justo direito de fazer a sua mobilização, uma mobilização que não é de hoje, já vem de vários anos, vários anos. Então, primeiro, registrar que, quando se trata de projetos que dependem da iniciativa do governo, é uma grande vitória quando se consegue que qualquer governador...

Neste caso, o governador Márcio França enviou o projeto para a Assembleia Legislativa. Na hora em que ele vem para Assembleia, ele permite que os deputados comecem a discutir o assunto. Até algum tempo atrás, nós não tínhamos oportunidade de discutir o assunto de que trata o PL 34, porque não havia projeto na Casa.

Então, isso já significou uma vitória importante para todos os servidores, que estão desde 2012 discutindo essa questão. Infelizmente, a aglutinativa, a assessoria me informa, não cabe, porque não houve emendas no projeto, na sua tramitação, mas nós acabamos de fazer também agora uma reunião, e estamos dispostos a buscar uma solução que esteja dentro da legalidade.

Quero lembrar aqui que, inclusive aqui, nesta Casa, nós já tivemos, em função dessa questão eleitoral, outras dificuldades. Votamos aqui o projeto do reajuste dos funcionários da Casa. Vossa Excelência rapidamente encaminhou isso ao governador. O governador Márcio França sancionou o projeto no primeiro dia, quando assumiu, mas, infelizmente, só foi publicado um dia depois no Diário Oficial, e acontecia a vedação.

Tivemos que suspender isso, mas sempre com a boa vontade de, no momento seguinte, recuperar. Então, o mais importante neste momento é que temos o projeto nesta Casa. O projeto, votado ou não, não sai da Casa, ele continua aqui, ele continua pronto para Ordem do Dia.

Nosso esforço é para que se encontre uma alternativa. Não sendo possível neste momento, vai ser possível em outro momento, mas o projeto já está aqui, tramitando, e acho que essa é a questão mais importante que temos neste momento.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Só discordo de V. Exa. em relação a um ponto, deputado Davi Zaia. O projeto votado sai da Casa sim, ele vai à sanção do governador. É o todo mundo aqui espera. Inclusive, essa tem que ser a nossa luta.

 

O SR. DAVI ZAIA - PPS - Sim, mas nós temos uma vedação que impede que o governador possa sancionar o projeto. Por isso é que nós temos, nesta hora, que atuar com muita responsabilidade, para também não fazer uma coisa simplesmente assim: “Vamos empurrar para frente, faz de conta que nós aprovamos”, e depois ele é vetado.

Então, acho que não é da nossa índole, nem da índole de V. Exa. produzir isso. Muito pelo contrário. A nossa índole e nosso trabalho é de conversar com as pessoas com muita transparência, para que ninguém seja enganado nesse processo. Acho que é isso que temos feito com muita responsabilidade.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Davi Zaia, apenas complementando a minha colocação, a responsabilidade do Legislativo está sendo tanta que entendemos tirar um parecer da Procuradoria da Casa a respeito disso. Poderíamos muito bem trazer o projeto à votação, e ele seria aprovado, mas todos nós compreendemos a responsabilidade que o Legislativo tem.

O deputado Carlos Giannazi está, inclusive, liderando uma comissão para poder conversar com o procurador-geral da Casa. Tendo parecer favorável, ficamos com uma posição jurídica, e nós vamos levar a voto. Tendo parecer contrário, vamos tentar sentar e buscar um consenso com todas as pessoas que estão aqui e com os líderes partidários a respeito da votação desse projeto.

Acho que essa é a posição que nós tiramos como um todo.

 

O SR. DAVI ZAIA - PPS - Nisso estamos todos de acordo.

 

O SR. ENIO LULA TATTO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, obviamente está sendo feita essa análise técnica. Eu tive a informação que a nossa assessoria técnica que está fazendo uma análise. A minha pergunta é a seguinte: havendo um parecer favorável, há um compromisso de esse projeto ser pautado ainda hoje, numa extra?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Hoje. O compromisso é hoje. (Manifestação nas galerias.)

Saindo hoje o parecer favorável, votamos hoje. Já queria, inclusive, ter convocado essa extra para votar o PLC 34. Só não votamos porque eu recebi um telefonema do líder do Governo nesta semana, o deputado Carlos Cezar, me informando que o procurador-geral do Estado havia dito ao governador que não era possível a sanção desse projeto, uma vez que existe entendimento eleitoral.

A princípio, essa conversa foi feita por telefone, então não há nada formalizado. Diante disso, estamos requisitando ao procurador da Casa que coloque no papel se existe ou não, para que não haja nenhuma dúvida ou qualquer tipo de ilegalidade na aprovação neste momento.

 

O SR. ENIO LULA TATTO - PT - Parabéns, presidente. Só queria deixar claro que esse é o tipo de projeto que a bancada do Partido dos Trabalhadores nunca votou contra nem obstruiu. Sempre votamos favorável e lutamos para que se vote. É um projeto que nunca iremos obstruir.

Pedimos também que seja votado o PL 31. Que ele seja pautado e votado! Já passou da hora de votarmos esse projeto.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Em votação o requerimento de método de votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Item 1 - Projeto de lei nº 129, de 2018, salvo mensagem aditiva e emendas;

Em votação.

 

O SR. JOÃO PAULO RILLO - PSOL - Sr. Presidente, peço a palavra para encaminhar a votação pela liderança da Minoria.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Para encaminhar a votação pela liderança da Minoria, tem a palavra o nobre deputado João Paulo Rillo.

 

O SR. JOÃO PAULO RILLO - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, meus queridos amigos e companheiros ativistas, vocês são incansáveis lutadores da causa animal. Cumprimento ainda os dentistas e cirurgiões-dentistas de todo o estado de São Paulo que estão presentes. (Manifestação nas galerias.)

Quero sugerir que outros líderes possam ocupar a tribuna, no sentido de dar qualidade ao nosso debate e de prorrogar o tempo, para que tenhamos um tempo maior de conversar com a Procuradoria. Caso vote o projeto agora, que está na sequência, aprovado ou não, irá esgotar a sessão, e perdemos um tempo.

Nós precisamos ganhar um tempo agora para tentar uma solução política e jurídica para votar o PLC 34. Primeiramente, com muito respeito às diversas posições, faz parte do amadurecimento político e do acúmulo político restabelecermos a verdade. Os dentistas e os médicos estavam na mesma plataforma de legislação até 2013.

Em 2013, houve uma desvinculação. O projeto de carreira dos médicos veio para a Assembleia e foi votado. O projeto dos dentistas não veio para a Assembleia. Então, não acho razoável, não tenho prerrogativa e nem vou fazer. Sou adversário político do governador Márcio França.

No entanto, se há alguém que atrasou o envio e a articulação política desse projeto, foi o ex-governador Geraldo Alckmin. (Manifestação nas galerias.) Essa é a verdade. Se quisesse mesmo votar, teria que ter enviado antes. Não teríamos, agora, essa dúvida.

E a dúvida não diz respeito aos possíveis gastos, ao impacto financeiro que não se pode ter durante o período eleitoral, diz respeito à democracia também. Porque parte do princípio de que aquele que é candidato a deputado, mas não tem o mandato, em tese, teria uma desvantagem. Você estaria votando algo importante para a população, para a categoria, e quem está no mandato acaba tendo o benefício da positividade da ação, e quem não está não teria.

É complicado porque nossa legislação é incongruente. Ela permite que você esteja no mandato e dispute uma eleição, mas acho que esse é um detalhe, um problema menor frente à urgência e a importância da regulamentação, da organização da carreira.

Gente, estamos falando de saúde bucal. Não estamos falando de prestigiar ou privilegiar servidores, estamos falando de servidores que são vitais para a saúde da população. É disso que estamos falando. (Palmas.)

Sabemos onde vai desaguar um país com problemas graves de saneamento básico e um país em que o povo não tem saúde bucal. Sabemos que parte das enfermidades, das doenças, começa pela boca, pela não saúde bucal. É uma incoerência muito grande se organizar a carreira dos médicos e não a dos dentistas. Isso mostra um desprezo do governador Geraldo Alckmin para com essa carreira.

Nós temos por hábito defender o fortalecimento de todas as carreiras sem exceção. Todas as de estado. Nós defendemos um estado forte. Essa história de estado mínimo nós sabemos onde vai dar. O estado mínimo é o estado da miséria, da violência, da desigualdade. Estado forte é aquele presente na Saúde, aquele que tem servidores.

Estou observando muito o debate eleitoral e vejo o governador Geraldo Alckmin falando. Ele vai até bem de forma, porque ele sempre foi muito bem de propaganda. As coisas vão muito mal no estado de São Paulo, a Saúde vai mal, a Educação pessimamente, a Segurança vai muito mal, os professores são os menos remunerados do País, os policiais também, mas a propaganda é boa. A propaganda do Alckmin sempre foi muito boa.

No debate percebo que são dois elementos que circundam o Geraldo Alckmin, o primeiro é o desespero, porque eles ajudaram a criar um monstro chamado Jair Bolsonaro, que agora saiu da garrafa e ninguém mais controla. Então, ele está um pouco desesperado, porque o Bolsonaro, de quem até então eles tiravam sarro, ficou politicamente muito mais forte do que ele.

A outra é a mentira. Porque eu olho ele falando tudo que vai fazer e, pior, quando ele fala “eu quero fazer no Brasil tudo o que eu fiz em São Paulo”. Para mim isso é ameaça. Você está ameaçando o povo brasileiro? Quer fazer no Brasil tudo o que fez no estado de São Paulo? (Palmas.)

Quando ele fala que vai fazer isso na Educação, isso na Saúde, isso no desenvolvimento, minha pergunta é: com quem o senhor vai fazer, governador? Com quem o senhor vai fazer se o senhor não valoriza o servidor público? Sabe por que a sua polícia não investiga nada e a Polícia Federal investiga? Porque olha o salário e a carreira da Polícia Federal e olha o salário e a carreira da Polícia Civil no estado de São Paulo.

É revoltante quando a desculpa do PSDB para não valorizar a carreira dos servidores é a de que falta dinheiro. O estado do Maranhão é um dos mais pobres do País. Um dos menores índices de desenvolvimento do País. O começo de carreira de um professor no estado do Maranhão é de mais de cinco mil reais, aqui no estado de São Paulo é de dois mil e poucos reais.

A pergunta que não se cala é, como um dos estados mais pobres consegue pagar o dobro do que o estado mais rico da federação paga a um professor?

Estou dialogando com vocês para falar o seguinte: já vi várias lutas aqui que tiveram êxito ao final. A PEC 31, por exemplo, tratava do achatamento de muitas carreiras. Fomos muito acusados aqui - quem votou a favor - de estar beneficiando marajá.

Não me incomodei porque sempre estive ao lado dos professores, dos policiais militares, dos policiais civis, daqueles que ganham menos no estado de São Paulo. E não nivelo por baixo, porque sei que muitos físicos hoje, um conjunto de físicos dos mais prestigiados do mundo, são brasileiros e não estão na universidade pública brasileira por causa de salário. Muitos auditores, que são responsáveis pela arrecadação, estavam saindo do estado de São Paulo e prestando concurso em outro estado por conta do achatamento de salário. O Geraldo Alckmin se negava a aumentar o salário dele por pura hipocrisia, porque ele não tem gasto nenhum na sua vida, mas ficava nessa demagogia e acabava achatando os salários dos demais servidores.

As pessoas que lutavam pela PEC 38 passaram dois anos na Assembleia Legislativa e aprovaram o projeto. Outras categorias, de defensores públicos, psicólogos, conseguiram, ao final de uma jornada, aprovar seus projetos. Eu sei que a mobilização que vocês fizeram é difícil, até porque são dentistas, trabalhadores que têm sua ocupação, moram longe. Por isso, nós vamos nos esforçar muito para que o projeto seja votado hoje, para prestigiá-los, para prestigiar aqueles que estão nesta Casa fazendo um trabalho cidadão, correto, uma pressão política saudável.

Nós vamos fazer isso, mas, caso não consigamos, não podemos desistir, não podemos desistir. Nós vamos tentar na semana que vem, tentar na outra, marcar outro dia de mobilização. Nosso esforço é para que se vote hoje, porque eu sei que é difícil fazer essa mobilização novamente, mas não dá para desistir, porque é um momento importante. Embora seja delicado, por conta dessa fragilidade jurídica, dessa insegurança para votar, em compensação ele é politicamente fértil.

É véspera de eleição, e você sensibiliza muito mais os políticos que estão na reeleição agora do que depois da eleição. Eu temo que, se não votarmos esse projeto agora, teremos mais dificuldade para votá-lo depois da eleição. Então esse é o compromisso da bancada do PSOL. O deputado Carlos Giannazi, nosso líder, já vai se encontrar com o procurador, e eu irei também. Vamos tentar uma saída para conseguir votar o projeto, nem que tenhamos que fazer uma emenda aglutinativa para não ter efeito nenhum antes do processo eleitoral. Isso já consta, mas, se precisar deixar mais claro, nós faremos o arranjo.

O esforço é esse, é o mínimo de satisfação que nós temos que dar para quem é um trabalhador do estado, para quem foi concursado, para quem presta um serviço público e se dirigiu à sua Casa, a Casa do Povo, para pedir algo que é muito justo. Portanto, contem com um total compromisso nosso e com o nosso esforço para tentar rearranjar esse projeto e votá-lo ainda hoje. Muito obrigado. (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. DAVI ZAIA- PPS - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, ainda sobre esse tema, e ouvindo os deputados que têm se manifestado, primeiro gostaria de registrar novamente o ato do governador, que mandou o projeto para esta Casa. De novo quero registrar que só é possível estarmos aqui discutindo isso porque o projeto veio para cá. De fato, o procurador da Casa está fazendo sua análise, e o procurador-geral do estado manifestou a sua posição.

Os representantes receberam a cópia da lei, e o parágrafo único do Art. 21 é bastante claro do meu ponto de vista. Ele diz “também é nulo de pleno direito o ato que resulte em aumento de despesa com pessoal expedido nos 180 dias anteriores ao final do mandato do titular”. Ele não se refere a quando vai entrar em vigor o reajuste, ele se refere à expedição do ato, que é vedada. Portanto, isso é que o coloca essa dificuldade.

Diferentemente do deputado João Paulo Rillo, que me antecedeu, eu acho que as posições que nós assumimos aqui são posições claras. Então, se todos os partidos que estão aqui têm uma posição favorável ao projeto, é perfeitamente possível que, na impossibilidade de votar o projeto nesta data, porque encaminharia ao governador e imporia uma necessidade de veto, o que seria uma questão extremamente ruim, nós podemos ter o compromisso de votar o projeto no final de dezembro. Somos nós mesmos que estaremos aqui, independente do resultado da eleição, porque o mandato termina em 15 de março e o projeto poderia ir a sanção logo no início de janeiro, sem nenhum problema.

Então, são questões como essa que estamos aqui discutindo com muita responsabilidade para que todos possam ter a melhor solução possível. A mobilização não termina num dia. A mobilização não se resume ao fato de ter gente aqui. Todos nós acompanhamos, as pessoas estão nas cidades onde estão os deputados, acompanham isso todos os dias, fazem contato. Sabemos como funciona. Então, estamos aqui com muita transparência, colocando a posição do governo, que enviou o projeto, e que agora, com muita responsabilidade, está colocando essa questão da dificuldade de aprová-lo nesse momento. Mas a responsabilidade e a coisa mais importante é o projeto ter vindo para esta Casa.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Só lembrando que estamos com o deputado Giannazi e o deputado Zico Prado em reunião, neste momento, com o procurador, para tentar tirar ainda hoje seu parecer a respeito do caso. (Manifestação nas galerias.)

Em votação o Item 1 do requerimento, projeto salvo emendas e mensagens aditivas. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. ENIO LULA TATTO - PT - Sr. Presidente, regimentalmente solicito uma verificação de votação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O pedido de V. Exa. é regimental. Esta Presidência vai proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que forem favoráveis deverão registrar o seu voto como “sim”, os que forem contrários deverão registrar o seu voto como “não”.

 

* * *

 

- É iniciada a verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

* * *

O SR. JOÃO PAULO RILLO - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, talvez seja uma sugestão. Como não há nenhum orador para fazer o encaminhamento, é uma preocupação que tenho. Mesmo que ainda não tenha um parecer da Procuradoria, que na oportunidade V. Exa. convocasse, se possível, uma extra com o PLC nº 34, mesmo que depois ela perca o objeto. Seria só por garantia.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vou pedir, deputado Rillo, para que os deputados assinem a lista da extra. Preciso de 48 assinaturas para poder fazer esse processo de convocação. (Manifestação nas galerias.) Peço inclusive que V. Exa., deputado Rillo, abra as assinaturas. Para deliberação, precisamos de 48 votos, portanto 48 assinaturas no mínimo.

 

O SR. JOSÉ ZICO LULA PRADO - PT - Sr. Presidente, gostaria de informar que a bancada do PT está em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esta Presidência registra a manifestação de obstrução da bancada do PT.

Já pergunto a V. Exa. e ao deputado Giannazi, que, pelo que fiquei sabendo,  participaram de uma reunião com o procurador-geral, qual é o resultado que temos, da reunião com o procurador-geral da Casa?

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Primeiro, gostaria de informar que a bancada do PSOL está em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esta Presidência registra a manifestação de obstrução da bancada do PSOL.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL – PARA COMUNICAÇÃO - Ele está descendo, o procurador-geral, que disse que dará uma resposta amanhã, que vai antecipar a análise. Levou em consideração a nossa proposta e vai fazer o estudo, mas não tem condições de fazer o estudo agora. Amanhã dará uma resposta definitiva sobre...

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossas Excelências não tentaram ver se conseguem a resposta ainda hoje?

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Tentamos, mas é uma posição da Procuradoria. Ele vai dar essa posição oficial para Vossa Excelência. Falei que há um consenso entre todos os deputados para que o PLC 34 seja aprovado hoje. E que V. Exa. está empenhado...

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Nós todos estamos.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - E a Assembleia Legislativa está empenhada em aprovar o PLC 34. Até defendo que, independente da aceitação da nossa proposta, façamos a aprovação do projeto. Porque ele veio do Executivo. (Manifestação das galerias.)

Se o Executivo encaminhou, ele tem que se responsabilizar, agora, pela sanção do projeto. Eu entendo e vários deputados entendem exatamente isso.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Com o que V. Exa. disse agora, acho que é sensato esperarmos essa posição da Procuradoria, conforme foi combinado entre todos os deputados.

 

O SR. MILTON LEITE FILHO - DEM - Sr. Presidente, gostaria de informar que a bancada do DEM está em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esta Presidência registra a manifestação de obstrução da bancada do DEM.

 

O SR. FELICIANO FILHO - PRP - Sr. Presidente, gostaria de informar que a bancada do PRP está em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esta Presidência registra a manifestação de obstrução da bancada do PRP.

 

O SR. CÁSSIO NAVARRO - PSDB - Sr. Presidente, gostaria de informar que a bancada do PSDB está em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esta Presidência registra a manifestação de obstrução da bancada do PSDB.

 

O SR. DELEGADO OLIM - PP - Sr. Presidente, gostaria de informar que a bancada do PP está em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esta Presidência registra a manifestação de obstrução da bancada do PP.

 

O SR. ANDRÉ SOARES - DC - Sr. Presidente, gostaria de informar que a bancada do DC está em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esta Presidência registra a manifestação de obstrução da bancada do DC.

 

O SR. JORGE CARUSO - MDB - Sr. Presidente, gostaria de informar que a bancada do MDB está em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esta Presidência registra a manifestação de obstrução da bancada do MDB.

 

O SR. GILMACI SANTOS - PRB - Sr. Presidente, gostaria de informar que a bancada do PRB está em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esta Presidência registra a manifestação de obstrução da bancada do PRB.

 

O SR. RICARDO MADALENA - PR - Sr. Presidente, gostaria de informar que a bancada do PR está em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esta Presidência registra a manifestação de obstrução da bancada do PR.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esta Presidência vai proceder à votação pelo sistema eletrônico. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que forem favoráveis deverão registrar o seu voto como “sim”, os que forem contrários deverão registrar o seu voto como “não”.

 

O SR. JOÃO CARAMEZ - PSB - Sr. Presidente, antes de votar, eu gostaria de ter um esclarecimento. O PLC 34 estava na Ordem do Dia para ser votado?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Não está na Ordem do Dia. Não pode haver qualquer tipo de inversão, mas existe um diálogo, com o governo, de ser aprovado o PLC 34. 

 

O SR. JOÃO CARAMEZ - PSB - Tudo bem. Mas ele não estava pautado?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Na verdade, quem faz a pauta é a Ordem do Dia. Ele está na Ordem do Dia, aditado como Ordem do Dia.

 

O SR. JOÃO CARAMEZ - PSB - Então voto “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência. (Palmas.)

 

O SR. VAZ DE LIMA - PSDB - Eu voto “sim”. Esse é o projeto do empréstimo, , para poder despoluir?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Isso, esse é o projeto da despoluição do rio Tietê.

Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.

 

O SR. EDSON GIRIBONI - PV - Sr. Presidente, declaro obstrução da bancada do PV.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esta Presidência registra a obstrução da bancada do PV. (Manifestação nas galerias.)

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - Sr. Presidente, declaro obstrução da bancada do PCdoB.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esta Presidência registra a obstrução da bancada do PCdoB. (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. CORONEL CAMILO - PSD - Sr. Presidente, declaro obstrução da bancada do PSD.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esta Presidência registra a obstrução da bancada do PSD. (Manifestação nas galerias.)

Registro também a intolerância por parte dos manifestantes, que não respeitam a democracia e os deputados que estão realizando seus votos. (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Sr. Presidente, declaro obstrução da bancada do PSB.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esta Presidência registra a obstrução da bancada do PSB. (Manifestação nas galerias.)

 

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- É feita a verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

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O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, participaram do processo de votação 37 Srs. Deputados: 35 votaram “sim”, um votou “não” e este deputado na Presidência, quórum insuficiente para concluir a votação do projeto, ficando ele aditado à Ordem do Dia com votação adiada.

 

O SR. GILMAR GIMENES - PSDB - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, solicito o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta Presidência vai levantar a sessão. Antes, porém, convoca V. Exas. para a sessão ordinária da próxima terça-feira, dia 28, à hora regimental, informando que a Ordem do Dia será a mesma da sessão de hoje.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 18 horas e 20 minutos.

 

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