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13 DE MARÇO DE 2019

25ª SESSÃO ORDINÁRIA DO PERÍODO ADICIONAL

 

Presidência: DOUTOR ULYSSES e CARLÃO PIGNATARI

 

Secretaria: CORONEL TELHADA

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - DOUTOR ULYSSES

Assume a Presidência e abre a sessão. Convoca uma sessão extraordinária a ser realizada hoje, às 19 horas.

 

2 - MARCOS LULA MARTINS

Lembra-se de sua primeira posse, em 2007, nesta Casa. Lista políticas defendidas por seu mandato. Faz agradecimentos gerais. Comenta enchentes na região do ABC, falecimentos provocados por rompimento de barragens, a morte de Marielle Franco, a reforma da Previdência, e assassinatos seguidos de suicídio, em escola estadual de Suzano. Critica o governo federal e o Governo do Estado.

 

3 - PRESIDENTE DOUTOR ULYSSES

Convoca uma sessão extraordinária a ser realizada hoje, 10 minutos após o término da primeira.

 

4 - WELSON GASPARINI

Tece considerações sobre o término de seu terceiro mandato como deputado estadual. Faz breve relato de sua trajetória política. Afirma que todo cidadão tem o dever de participar da política. Destaca princípios norteadores de sua conduta profissional, notadamente em benefício de Ribeirão Preto e região. Cumprimenta seus pares.

 

5 - VITOR SAPIENZA

Informa que trabalha desde os 13 anos de idade. Lembra que há 32 anos ingressara nesta Casa, sem experiência política. Aduz que primeiramente estudara o Regimento Interno deste Poder. Lembra outrora intenção de ser membro da Comissão de Finanças. Rememora a CPI dos Marajás. Destaca momentos quando fora presidente desta Casa. Afirma que teme pelo futuro desta Assembleia Legislativa. Despede-se de seus pares e de servidores. Faz agradecimentos gerais.

 

6 - ORLANDO BOLÇONE

Faz breve relato de sua conduta como parlamentar, dedicada a São José do Rio Preto, principalmente. Lembra tratativas para solucionar dívida da Faculdade de Medicina e do Hospital de Base da referida cidade. Destaca atenção dada à consolidação do Parque Tecnológico do município. Ressalta a criação da Floresta do Noroeste Paulista e a conclusão das instalações do Fórum municipal. Tece considerações a respeito da modernização do aeroporto da citada cidade. Registra participação na Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas. Faz agradecimentos gerais.

 

7 - CORONEL TELHADA

Saúda deputados estaduais não reeleitos, presentes em plenário, aos quais agradece. Elogia os deputados Doutor Ulysses, Welson Gasparini, Vítor Sapienza, Orlando Bolçone, Davi Zaia, Edson Giriboni, Luiz Carlos Gondim, Dr. Itamar, Bruno Caetano, Antonio Carlos Junior, Julio César, e Marcos Martins. Cumprimenta a cidade de Sarapuí pela data comemorativa de seu aniversário. Clama pela nomeação de 668 excedentes no concurso de 2017, aptos ao ingresso na Polícia Militar. Lamenta o assassinato de adolescentes e funcionários na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano. Defende o endurecimento nas leis penais e o investimento em segurança, inclusive nesta Casa.

 

8 - LUIZ CARLOS GONDIM

Comenta tragédia ocorrida na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano. Lembra o PL 314/11, de sua autoria, que visa à instalação de detectores de metais em escolas. Informa conteúdo das redes sociais dos assassinos. Lamenta a inexistência de inspetores, como no passado. Defende a fiscalização nas entradas das instituições de ensino. Transmite condolências às famílias enlutadas. Clama ao governador João Doria que valorize a Educação.

 

9 - DR. ITAMAR

Informa que há 47 anos exerce função política. Faz breve resumo de sua atividade como deputado estadual, em benefício principalmente do Vale do Paraíba. Tece considerações sobre demandas em prol do atendimento em clínicas médicas. Clama por aparelho de ressonância magnética para o Hospital Regional de São José dos Campos. Defende a ampliação do número de transplantes de órgãos no Estado, para favorecer a descentralização na prestação do serviço. Defende a reestruturação da Santa Casa em Cruzeiro. Anuncia que projeto de lei de sua autoria visa a estabelecer prioridade para o transporte de órgãos, em helicópteros. Defende que São José dos Campos seja denominada como A Capital do Avião. Faz agradecimentos gerais. Lembra que participara do 1º Congresso de Vereadores do Brasil, em Aracaju, com Geraldo Alckmin.

 

GRANDE EXPEDIENTE

10 - VITOR SAPIENZA

Pelo art. 82, lê manifesto dos agentes fiscais de renda do estado de São Paulo, pedindo aos deputados a aprovação de proposições referentes à categoria.

 

11 - EDSON GIRIBONI

Pelo art. 82, faz histórico do seu mandato. Menciona medidas do governo estadual que beneficiaram a região do sudoeste paulista, da qual é representante. Agradece aos seus pares pelo trabalho realizado nesta Casa. Deseja boa sorte aos parlamentares que tomarão posse no dia 15/03.

 

12 - BRUNO CAETANO

Faz agradecimentos aos deputados e funcionários desta Casa. Destaca a transparência pela qual pautou o seu mandato, destacando o uso de aplicativo que permite à população acompanhar de perto o trabalho parlamentar. Discorre sobre os projetos de lei que apresentou.

 

13 - SEBASTIÃO SANTOS

Pelo art. 82, comenta os alagamentos na Grande São Paulo nos dias 10/03 e 11/03. Pede que o Poder Público tome providências para diminuir a incidência de enchentes. Afirma que os alagamentos podem favorecer a proliferação de doenças como a dengue.

 

14 - EVANDRO LOSACCO

Considera que é urgente fazer uma reforma política no País. Lamenta que os debates acerca do assunto tenham diminuído. Defende o sistema de voto distrital misto, o qual, a seu ver, refletiria melhor a vontade da população. Faz agradecimento aos deputados e aos funcionários desta Casa.

 

15 - SEBASTIÃO SANTOS

Solicita a suspensão dos trabalhos até as 16 horas e 30 minutos, por acordo de lideranças.

 

16 - PRESIDENTE DOUTOR ULYSSES

Defere o pedido e suspende a sessão às 16h19min.

 

ORDEM DO DIA

17 - CARLÃO PIGNATARI

Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h40min. Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovado requerimento, com o número regimental de assinaturas, de Urgência ao PL 24/19.

 

18 - TEONILIO BARBA LULA

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

19 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com Ordem do Dia. Lembra a realização da sessão extraordinária, a realizar-se hoje às 19 horas. Levanta a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Doutor Ulysses.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Muito boa tarde. Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e convida o nobre deputado Coronel Telhada para ler a resenha do expediente.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Sr. Presidente, temos uma indicação do prezado deputado Julio Cesar, que está nesse momento no plenário, indicando, nos termos regimentais, ao governador do estado e à Secretaria de Saúde para que determinem aos órgãos competentes a adoção de providências em relação à implantação de mais uma UTI móvel de grande porte no município de São Carlos.

Temos também uma indicação do prezado deputado Dr. Itamar, que também se encontra no plenário, indicando, nos termos regimentais, ao Sr. Governador João Doria a realização de estudos e urgentes providências no sentido de possibilitar, através de iniciativa própria daquele Poder, a contratação de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem para a reposição de funcionários da Divisão de Gastroenterologia e Patologia, Divisão de Transporte de Órgãos do Aparelho Digestivo e Unidade de Terapia Intensiva em Gastroenterologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP que foram demitidos, aposentados ou falecidos.

É somente isso, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Esta Presidência agradece ao nobre deputado Coronel Telhada pela leitura da resenha do expediente.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária, a realizar-se hoje, às 19 horas, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia: veto ao Projeto de lei nº 1.257, de 2014, de autoria do nobre deputado Adriano Diogo, que institui o Comitê Estadual de Prevenção e Combate à Tortura e o Mecanismo de Prevenção e Combate à Tortura no Estado.

Iniciamos a chamada dos oradores inscritos no Pequeno Expediente. Tem a palavra o nobre deputado Marcos Lula Martins.

 

O SR. MARCOS LULA MARTINS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, aqueles que acompanham o Serviço de Som pelos gabinetes de cada deputado e pelo som do plenário, pessoas que estão ouvindo - são poucos, mas estão ouvindo -, nós gostaríamos muito de dizer que havia alguns assuntos que eu pensei em falar.

Estamos, praticamente, concluindo. Eu olhava para o dia 13 de março. Eu me lembrava de 15 de março de 2007, quando tomei posse. Em 15 de março de 2007, assumi como deputado estadual. Poderia falar um pouco das realizações nesse período. Pensei em falar do amianto, que é um produto cancerígeno, uma lei de minha autoria, estadual; mercúrio, que é cancerígeno; benzeno; o Troféu Inezita Barroso, que realizam aqui; falar do Iamspe, da Frente Parlamentar em Defesa do Iamspe. Coitado do Iamspe, pobre Iamspe!

Mas, falei, diante desse quadro, não só agradecer a todos por todos esses anos, por eu ter podido contribuir com o meu trabalho, minhas ações, meus compromissos. Mas temos fatos urgentes, últimos, relevantes, que a gente não pode deixar de lado. O acidente das chuvas aqui em São Paulo e no ABC, fala-se em 13 ou 14 pessoas que morreram com enchentes. Olhe, todo ano, enchentes! Agora, se repete, novamente. Daí me lembrei de Mariana, aquela enchente lá de Minas Gerais, e Brumadinho. Lá em Mariana, foram uns dezoito. Em Brumadinho, passam de 500, ou aproximadamente quinhentos.

Lembrando aqui da Marielle, aquela vereadora lá de Minas Gerais, que agora, depois de um ano, descobre lá os assassinos da Marielle. Será que a missão está cumprida? Não! E os mandantes? Depois, mais recente agora, outro fato preocupante e relevante. Já pensávamos na reforma da Previdência, na reforma do trabalho, e o acidente lá em Suzano, onde dois estudantes - pelo menos são as informações da imprensa - entraram e atiraram em uma escola pública, atiraram em seus colegas. Não se sabe exatamente o que aconteceu, mas foram dez mortos em uma escola pública no estado de São Paulo.

O presidente da República, ao assumir, fez continência à bandeira americana. Todo mundo se lembra disso. Sobe lá e dá continência à bandeira americana. Esses acidentes, como nessa escola, são comuns acontecerem lá nos Estados Unidos. Escolas, clubes, locais públicos. Uma pessoa sai dando tiro, porque a arma é praticamente liberada. Aqui, quem faz continência para a bandeira brasileira quer liberar as armas.

Essa escola, provavelmente, se tivesse mais restrições a armas, talvez não tivesse ocorrido dessa maneira, não tivesse ocorrido isso. Imaginem vocês com a liberação de armas no Brasil. Parece que acompanha o agrotóxico. Estão liberando tudo. O que acontecerá com o nosso futuro? Porque nossa soberania, quem faz continência, entregando ou se já não entregou a soberania do País...

Eu espero continuar dando a minha contribuição, não mais como parlamentar, como deputado estadual. Em algum lugar estarei dando a minha contribuição, porque ninguém consegue escapar desse desmonte e dessa soberania que estão acabando com tudo. Não apenas as riquezas da Venezuela, que é o petróleo de lá, mas o nosso petróleo, os minerais nossos e todas as riquezas da América Latina estão sendo entregues. E nós? Qual o papel de cidadão, como pessoa, como aqueles que se preocupam com a nova geração?

A reforma da Previdência é mais um passo de angústia e sofrimento do povo. Agora vão vender tudo. Vai ser tudo privado. Cada um vai ter que comprar a sua Previdência.

Encerro trazendo aqui essas ponderações e essa preocupação com os últimos acontecimentos, inclusive o de hoje, das crianças que foram mortas por jovens lá em Suzano, em uma escola pública do estado de São Paulo. Até quando? As enchentes e tudo isso que ocorre. As enchentes se repetem. Todos os anos são do mesmo jeito. Não adianta culpar a chuva. A chuva é bem-vinda, ela precisa vir para produzir mais. Nós vamos condenar a chuva? A irresponsabilidade e a falta de planejamento no estado de São Paulo e no Brasil.

Deixo um grande abraço a todos. Boa sorte para cada um nessa caminhada, nessa tarefa gigantesca, para os que assumem agora nessa caminhada gigantesca que nós temos pela frente.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma segunda sessão extraordinária, a realizar-se hoje, dez minutos após o término da primeira sessão, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem Dia: discussão e votação em primeiro turno da Proposta de Emenda à Constituição nº 1, de 2019, de autoria do nobre deputado Jorge Caruso e outros, que altera o §º 2, do Art. 9º, da Constituição do Estado, e acrescenta o  Art. 1ºA ao ato das Diposições Constitucionais Transitórias.

Com a palavra o nobre Deputado Welson Gasparini.

 

O SR. WELSON GASPARINI - PSDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Excelentíssimo Sr. Presidente, deputado Ulysses Tassinari, senhoras e senhores deputados, termino neste próximo 15 de março, com a posse dos parlamentares eleitos no pleito de outubro último, o terceiro dos meus mandatos como deputado estadual.

Foram, acredito, 12 anos muito enriquecedores da minha vida, nos quais eu tive a oportunidade de conviver com inúmeros colegas e participar, direta ou indiretamente, de três governos estaduais, o de Laudo Natel, o de Geraldo Alckmin, em seus dois últimos mandatos, e agora no início do mandato de João Doria.

Deixo a Assembleia Legislativa com a sensação de quem sempre soube combater o bom combate e com a consciência do dever cumprido. Me empenhei no máximo, tanto no exercício dos meus mandatos de deputado estadual, quantos nos mandatos de deputado federal, de vereador de Ribeirão Preto, de prefeito por quatro vezes da cidade de Ribeirão Preto, para corresponder a confiança outorgada pelo eleitor por meio do voto.

Se mais não fiz, não foi por falta de interesse ou de empenho. Conforme afirmei em recente entrevista, entendi chegada a hora de parar de participar das eleições como candidato. Jamais, entretanto, deixarei de participar como cidadão. Aliás, frisei nessa entrevista: todo cidadão tem, não apenas, a obrigação, como, sobretudo, o dever de participar da política, pois quando a política é praticada com honestidade, idealismo e competência, é uma das maiores provas de amor ao próximo.

Não acumulei, Sr. Presidente, senhoras e senhores deputados, no decorrer desses mais de 60 anos de vida pública, grandes bens materiais. Minha vida ao lado da minha esposa, Aurizinha, minha ao lado dos meus filhos, dos meus netos, tem sido modesta, e assim continuará sendo. O que acumulei, entretanto, de bens materiais, me deixa plenamente realizado. Afinal, amizade, afeto, simpatia e confiança são valores não avaliáveis.

Procurei ser bastante criterioso na distribuição das verbas ensejadas pelas chamadas emendas parlamentares às quais tive direito. Contemplei, assim, entidades beneficentes de Ribeirão Preto e da região, conhecidas e reconhecidas pela qualidade do trabalho social por elas realizado. Destinei recursos, por outro lado, para as prefeituras realizarem obras indispensáveis, como pavimentação asfáltica, entre outras, extensão de redes de água e de esgoto.

Ensejei a aquisição de ambulâncias para prefeituras transportarem pacientes necessitados de atendimento médico especializado em outras cidades. Consegui, no ano passado, Sr. Presidente, senhoras e senhores deputados, a classificação de município de interesse turístico para 15 cidades da região de Ribeirão Preto, Altinópolis, Araraquara, Barretos, Brodowski Itápolis, Ituverava, Miguelópolis, Monte Alto, Orlândia, Patrocínio Paulista, Rifaina, Santo Antonio da Alegria, São Simão, Sertãozinho e Tambaú. Todas estas cidades receberão, anualmente, uma verba específica de 600 mil reais para investir em infraestrutura para o desenvolvimento do Turismo.

Tanto em meu escritório regional de Ribeirão Preto, quanto no meu gabinete da Assembleia, as portas estiveram permanentemente abertas para quem me procurasse. Desde o primeiro dia, sempre dei atenção especial a todos os problemas que foram apresentados. Procurei, sempre, encaminhar as melhores soluções.

Enfim, encerro mais uma etapa da minha vida. Mas a vida, com a graça de Deus, continua. Eu espero continuar sempre fazendo por merecer o carinho que recebo em todos os lugares aonde vou.

Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, levo saudade do tempo que passei nesta Casa. O meu abraço a todos os companheiros. E votos de felicidades para todos aqueles que participarão da próxima legislatura. E, principalmente, Sr. Presidente, eu lembraria que participar da política é uma obrigação para todo cristão. Porque, através da política, podemos desenvolver, sem dúvida alguma, grandes ações de amor e de confiança no próximo.

Muito obrigado, Sr. Presidente. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tem a palavra o nobre deputado Vitor Sapienza.

 

O SR. VITOR SAPIENZA - PPS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, caros amigos deputados, público que nos honra com a presença, boa tarde.

Relutei bastante se eu escreveria um artigo ou se eu escreveria um discurso. Mas eu gostaria que vocês acompanhassem o depoimento de alguém que trabalha desde os 13 anos de idade. E que agora, chegando aos 85, começa a imaginar: “O que eu faço depois?” Lembro bem. Há 32 anos eu entrava nesta Casa, sem experiência política alguma: “O que vou fazer agora?” é mais ou menos, de forma idêntica, porém talvez com um pouco mais de sabedoria, do que os novos que estão prestes a tomar posse.

Eu sabia que ia entrar num universo diferente. Eu sabia que ia me defrontar com verdadeiros cobras da política brasileira. Tentei fazer uma adequação do que poderia fazer.

Primeiro, decorei o Regimento Interno.

Segundo: naquele tempo existia o Pequeno Expediente de 10 minutos e o Grande Expediente de 20 minutos. “Vou ficar olhando os meus companheiros, o que eles pensam e o que eles falam.” Lembro bem que eu sentava quase no início. Havia um cadastro de todos os nomes. Eu ia ticando o que eles iam falando para sentir se eles eram iguais ou melhores que eu.

Defrontei-me com uma situação em que daria para encarar boa parte deles. A seguir, levantei aqueles que falavam por 20 minutos. Eu via o que eles falavam. E cheguei à conclusão que dava para me colocar, dentre os 84, dentre os 30. Comecei, e lembro bem, cheguei ao deputado Roberto Purini e disse o seguinte: “Deputado, gostaria de participar da Comissão de Finanças”. Ele falou “ótima ideia”. Eu quero que alguém ou algumas das pessoas que não me conheçam bem procurem entender como eu sempre fui. Ele me disse o seguinte: “Você vai para a Comissão de Finanças e você vai ser vice-presidente”. Eu falei para ele: “Quem vai ser o presidente?” Ele falou “o presidente vai ser o Milton Baldochi.” Eu falei “por quê?” Ele falou “o Milton Baldochi é gerente do Banespa.” Eu falei “pô, mas espera um pouquinho só, eu estou vindo para a Assembleia, eu fui delegado tributário que é mais do que gerente de Banespa”. E no grito eu acabei virando presidente da Comissão de Finanças. Muito bem. As coisas prosseguiram, houve uma CPI e, nessa CPI, na qualidade de mais antigo eu tive que presidir as comissões. Era aquela confusão por vários motivos, por vários momentos, eu rezei a Deus. E pedi isso? Onde que eu estava com a cabeça em querer ser presidente desse negócio nessa bruta confusão? Era a CPI dos Marajás. Para vocês terem uma ideia, logo a seguir o presidente da comissão, quer era contrário ao governo chama-se Barros Munhoz, e tiveram a infeliz ideia de me colocar como secretário da comissão. Logicamente o meu relatório foi colocado em votação e perdemos. Isso foi um processo de amadurecimento.

Terceiro ano no primeiro mandato o candidato a presidente da Casa, deputado Tonico Ramos. Faltavam quatro deputados para preencher o requisito de maioria. De um lado estava Arnaldo Jardim, Dimas Ramalho, eu e uma deputada falecida. Do outro lado estava Edinho Araújo, Nelson Nicolau, mais uma deputada que morreu e o Mauro Bragato, e tinha sido marcada uma reunião para às 16 horas para nós discutirmos quem seria o vice-presidente. Um dos deputados da outra ala... Vai me desculpar, deputado, hoje há uma tolerância. É uma despedida, então você tenha um pouco de paciência comigo... Contrariando tudo, ele alegou que a esposa dele estava doente, eles assinaram a lista dando maioria ao Tonico Ramos. Eu fiquei aqui e disse: “Eu sou candidato avulso a vice-presidente da Casa.” Eu só sei o seguinte: arrumei uma confusão e o Mauro Bragato não ganhou no primeiro turno. Tiveram que fazer uma nova reunião e eu acabei perdendo a eleição, no grito, por três votos como candidato avulso.

O tempo passou e na próxima eleição eu fiquei suplente por 120 votos. Um dos deputados foi ser secretário e eu assumi. No final dos quatro anos o Furlan foi eleito deputado. Eu fui efetivado no dia 1º de janeiro e, no dia 15 de março do mesmo ano, eu fui eleito presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. É a primeira vez nos Anais da Casa que um suplente vira presidente.

Dentro desse quadro tudo isso eu fiz contando essa história, mesmo porque de lá para cá, nesses 32 anos eu fui líder de bancada, vice-líder do Governo, presidente de CPI. Enfim, eu fiz tudo aqui o que podia ser feito por um deputado. E, sem dúvida alguma, alguém que trabalha desde os 13 anos, estando com 85 anos, sendo que o lugar que mais tempo eu fiquei foi na Assembleia Legislativa. Aqui eu amadureci, ganhei muitos amigos. E tem duas histórias que merece ser refletidas e contadas.

Na minha época de presidente, deputado Coronel Telhada, a Assembleia Legislativa foi invadida por um grupo que tomou da Assembleia. Tinha, dentre eles, alguns professores. Eu consegui resolver. Ninguém morreu e consegui, depois de uma semana, tirar todos.

Orgulho-me, também, de ter tido, graças, principalmente, aos meus assessores, a ousadia de fazer o velório do Senna na Assembleia Legislativa, contrariando o ponto de vista do governador Fleury e do Paulo Salim Maluf - um, governador de São Paulo, o outro, prefeito.

Eu disse o seguinte: "A Assembleia representa muito mais aquilo que é o Ayrton Senna do que simplesmente ou o governador, ou a prefeitura de São Paulo".

Tudo isso, sem dúvida alguma, eu sempre contei com o apoio dos meus colegas, dos quais, muitas vezes eu divergi, e bastante. Lembro-me bem algumas divergências com o professor Toninho, o professor Luizinho, do PT, Erundina, Zé Dirceu.

Mesmo porque, quando eu entrei nesta Assembleia, aqui parecia a seleção brasileira de política. E, hoje, eu temo um pouquinho pelo aguerrimento dos novos. Entendo que ouvindo alguns discursos eu começo a temer um pouquinho pelo futuro desta Assembleia. Mesmo porque ninguém ganha a Presidência no grito. Ninguém pode ter a ousadia de dizer que uma das formas de moralizar a nossa Educação é combater o alcoolismo de alguns professores. Não é por aí.

Então, dentro desse quadro, hoje, fiz um discurso em que dei mais vazão ao coração do que à razão. Despeço-me dizendo: meu coração, minha ambição, minhas orações sempre serão no sentido de desejar o melhor possível para esta Assembleia Legislativa.

Obrigado por todos os amigos, obrigado por todos os funcionários, que sempre me protegeram e me apoiaram. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Com a palavra o nobre deputado Orlando Bolçone.

 

O SR. ORLANDO BOLÇONE - PSB – SEM REVISÃO DO ORADOR - Excelentíssimo presidente, estimado amigo Dr. Ulysses Tassinari, saúdo os deputados e deputadas presentes na Casa na pessoa do deputado Marcos Martins, estimado deputado Welson Gasparini, Dr. Gondim, estimado amigo Coronel Telhada, deputado Bruno Caetano, sigo aqui a mesma linha de nosso mestre decano Vitor Sapienza.

Quero, de modo bem simples, se possível bem objetivo, fazer um relato, uma prestação de contas desses oito anos que vão se concluir no dia de amanhã.

Procurei marcar meu mandato buscando a solução de temas estruturais que se arrastavam ao longo da história de São José do Rio Preto, que já estavam sendo conduzidos por deputados, no caso, o deputado Rodrigo Garcia, o deputado Vaz de Lima, mas que tiveram que prestar serviço para São Paulo como deputados federais.

Um desses temas era uma dívida da Fundação Faculdade de Medicina, de São José do Rio Preto, juntamente do Hospital de Base, que é o segundo maior hospital universitário de São Paulo, e que se arrastava por mais de 30 anos, uma dívida que, à época, se estimava em mais de 120 milhões de reais.

Através de tratativas junto com o governo à época, com o secretário de Planejamento Júlio Semeghini, o governador Alckmin. Nós conduzimos para que fosse possível um acordo onde receber-se-ia a Santa Casa uma área que pertencia, então, ao Instituto Ecológico, mas não tinha essa finalidade, em pagamento dessa dívida, e o estado destinaria uma área quatro vezes maior para constituir um novo instituto florestal.

Dois grandes outros ocuparam as minhas atenções, como o parque tecnológico de São José do Rio Preto, que foi um trabalho que coloca o município entre os mais desenvolvidos do País. Com a ação inicial do então secretário de Desenvolvimento Econômico, Rodrigo Garcia, continuada depois pelo secretário, também de Desenvolvimento Econômico, Márcio França - e os dois se transformaram em vice-governadores, e depois o Márcio, inclusive governador -, consolidamos o Parque Tecnológico de São José do Rio Preto, com empresas de alta tecnologia, empresas de biotecnologia, e conseguimos colocar São José do Rio Preto no sistema paulista de parques tecnológicos e torná-la, inclusive, internacionalmente conhecida.

O terceiro grande tema que nós procuramos tratar foi a criação da floresta do noroeste paulista. Na época, contamos com o entusiasmo decisivo da então secretária Patrícia Iglesias, secretária de Meio Ambiente, quando se incorporou à cidade de São José do Rio Preto e à cidade de Mirassol, uma área de quatro milhões de metros quadrados, que possibilita a garantia e manutenção, na região de São José do Rio Preto, do aquífero Guarani, que é um aquífero que responde hoje por mais de dois terços da água que abastece a população tanto de São José do Rio Preto, quanto a população de Mirassol.

Um outro tema importante, que nós tratamos, foi a questão da conclusão do fórum de São José do Rio Preto, que se arrastava por mais de 10 anos. Investimentos de mais de 15 milhões de reais possibilitaram um fórum moderno, possibilitaram a economia para o Estado, e hoje a Justiça tem instalações excelentes, instalações dignas para o atendimento da população da comarca de São José do Rio Preto.

Outro tema que eu gostaria de ressaltar é com relação ao aeroporto de São José do Rio Preto que, juntamente com o aeroporto de Ribeirão Preto, são os aeroportos de maior desenvolvimento, de maior movimento no estado de São Paulo. Ultrapassa um milhão de passageiros/ano.

Foi feita uma reforma, onde se possibilitou que uma área antiga, de dois mil metros quadrados, fosse ampliada para seis mil metros quadrados, transformando-se num aeroporto moderno, dos melhores padrões internacionais.

O que mais quero deixar, mais importante que todos esses temas, é a atenção que tivemos com a Saúde, com o nosso Hospital de Base, que tivemos com nossas pequenas Santas Casas, com o Lar São Francisco de Assis, de Jaci.

E, falar no Lar São Francisco de Assis, de Jaci, é fazer um último registro. Amanhã eu concluo, Sr. Presidente, que é exatamente a nossa participação, que contou inclusive com a sua companhia, na Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, onde construímos, na Frente Parlamentar, um modelo que precisa evoluir muito, mas um modelo de tratamento e prevenção, e esse modelo, inclusive, foi replicado para o Brasil.

Portanto, é com orgulho, mas com muita humildade que a gente deixa esse trabalho. E a alegria de fazer um último registro: saio daqui melhor do que cheguei, tenho certeza. E esse meu crescimento pessoal, psicológico e individual se deve à companhia, à convivência e à amizade dos Srs. Deputados, muitos dos quais estão aqui presentes.

Obrigado, Sr. Presidente. (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Com a palavra o nobre deputado Coronel Telhada.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários, assessores, público aqui presente, a todos que nos assistem pela TV Assembleia, quero saudar também a nossa Polícia Militar, na figura do cabo Robson e do soldado Ferreira, que aqui fazem a guarda do plenário, representando a nossa Assistência Militar.

Sr. Presidente, antes de entrar no assunto que eu quero falar hoje, quero fazer uma saudação e um agradecimento. Quero agradecer a todos os senhores que estão aqui no plenário, Srs. Deputados. Acho que dos deputados presentes, hoje, aqui no plenário, eu fui o único que foi reeleito. E digo isso não com alegria, mas com tristeza de não poder contar com os senhores no nosso próximo ano legislativo.

Quero saudar a todos os senhores aqui que muito me ensinaram. Muitos dos senhores, enquanto eu estava na Polícia Militar já eram deputados, já tinham o meu apreço, e quando eu passei a conviver diretamente com os senhores, eu passei a admirá-los mais ainda.

Quero falar primeiro na figura do Doutor Ulysses, que eu não conhecia. Tive o prazer de conhecê-lo, Doutor Ulysses, dono de Itapeva e região. O senhor é uma pessoa que me inspirou muito, não só pelo seu trabalho, pela luta na sua idade - o senhor tem mais de 80 anos, é um exemplo para nós que somos mais jovens. Ontem mesmo o senhor, já sabendo que não estaria mais aqui a partir do dia 15, o senhor lutando por Itapeva conseguiu, inclusive, verba para a Santa Casa de Itapeva. Então, o senhor é um exemplo para mim. Muito obrigado por tudo o que o senhor fez. Sucesso, e continue contando comigo.

Welson Gasparini: Welson Gasparini também é uma figura ímpar dentro desta Casa, tem uma história dentro da política brasileira. Acompanhei sua história. Sei que o senhor conheceu John Kennedy pessoalmente quando o senhor era prefeito lá de Ribeirão Preto, e tem um filho que também foi aluno da Academia, foi meu bicho na Academia, e infelizmente não seguiu pela Polícia Militar, mas tem outra carreira, hoje. Então, Welson, sucesso, o senhor é outro exemplo também, um homem com mais de 80 anos lutando, fazendo uma política honesta, sendo um exemplo para nós aqui. Muito obrigado por tudo o que o senhor fez, e conte comigo também.

Vitor Sapienza na mesma linha, um homem também que conheço há muitos anos, mais de 80 anos, lutando, trabalhando. Sempre na Polícia Militar nós tivemos o contato com o senhor, somos amigos há muitos anos. Tenha a certeza de que o senhor me inspirou e me ajudou muito. Então, muito obrigado por tudo o que o senhor fez, e conte comigo.

Os demais deputados aqui: Orlando Bolçone, uma pessoa humilde, trabalhadora, que passou uma fase difícil no ano passado, não se abateu mesmo assim, continuou trabalhando pela sua região. Sinto não vê-los reeleitos, todos os senhores. Orlando Bolçone, o senhor tem um admirador aqui, uma pessoa que o admira como homem, como parlamentar. Parabéns por tudo o que o senhor fez, conte comigo.

Na mesma linha, Davi Zaia. Você também é um exemplo, um homem que fez muito por São Paulo, trabalhou forte. Infelizmente os senhores não foram reeleitos, porque muitas pessoas não sabem do nosso trabalho e não valorizam nosso trabalho. Às vezes valorizam mais gritos, mais xingamentos do que resultado prático. Então, Davi, você é um exemplo também. Não vou falar o senhor, porque nós temos quase a mesma idade, mas aprendi muito com você, inclusive ajudamos no projeto lá das cooperativas, que foi um passo muito grande que o senhor deu - nós demos um empurrãozinho só -, mas o projeto é do senhor, e ajudou muito as cooperativas, mas não foi devidamente reconhecido.

O meu amigo Giriboni: o Giriboni também outro exemplo, dono da região lá de Torre de Pedra. Encontramo-nos em vários eventos, uma pessoa também ímpar que trabalhou muito forte pela região, e continue contando com meu apoio, Giriboni. Você é uma pessoa que eu considero demais.

Na mesma linha o Gondim, lá de Mogi das Cruzes. Doutor Gondim trabalhou forte. É um homem que se dedica à causa, estava aqui quase todos os dias. Às vezes não estava, mas estava trabalhando na sua região. Mais um amigo que tenho certeza que conheci nesta Casa, que também pode continuar contando com meu apoio aqui.

Dr. Itamar, que chegou e ficou pouco tempo conosco, mas se mostrou uma pessoa muito íntegra, trabalhadora. Um médico bem - como eu diria? - conhecido da região; um médico que se dedica à causa da saúde da população. Itamar, eu passei a admirar você também, tenha certeza. Conte comigo para o que der e vier.

Bruno Caetano: jovem, ficou pouco tempo conosco, mas aprendi a admirar a sua inteligência, sua postura aqui no plenário. Você é um rapaz que tem um futuro muito grande pela frente; não desanime, continue firme nas suas convicções. Tenho certeza de que o senhor estará logo novamente conosco aqui, ou galgando outros cargos políticos, outros cargos públicos, onde o senhor também fará o melhor pela cidade de São Paulo.

E finalmente o Antonio Carlos, menino lá da região do litoral norte, pouco tempo conosco também. Sucesso. Sabe que pode continuar contando comigo. Estamos à disposição. Entrando aqui o Julio Cesar também, que ficou aqui pouco tempo, de São Carlos. Foi um prazer conhecer todos os senhores. Ficamos pouco tempo juntos: um mês, dois meses. Mas eu notei que os senhores são pessoas honestas, trabalhadoras, pessoas que merecem o meu respeito. Enfim, todos os senhores que estão indo, tenho certeza que deixam muito trabalho aqui e deixam muitos amigos.

Quero citar a figura do senhor Marcos Martins, que não se encontra mais em plenário. O homem do amianto, que me ensinou muito também. Somos de partidos diferentes, às vezes com algum antagonismo de ideologia, mas aprendi a admirar e respeitar muito a figura do deputado Marcos Martins.

A todos os senhores, sucesso. Não desanimem, não fiquem tristes. Eu sei que é complicado, eu também estaria numa situação difícil. Mas não foi culpa dos senhores. Os senhores fizeram o melhor que puderam, tenho certeza disso. E todos têm a nossa admiração. Parabéns a todos.

Sr. Presidente, eu quero rapidamente saudar a cidade de Sarapuí, que faz aniversário hoje. Hoje é uma data triste, porque nós estamos com uma grande catástrofe no Brasil, mas eu não posso deixar de saudar Sarapuí; um abraço a todos os amigos e amigas da cidade de Sarapuí.

Todos os senhores acompanharam... Só falar uma coisa antes disso: nós estamos com 668 excedentes no concurso de 2017, no Edital no 003321-17, que é válido até maio desse ano. Nós temos 668 pessoas aprovadas, prontas para ingresso na Polícia Militar, mas que não foram chamadas. Quero fazer um apelo ao senhor governador do estado e ao senhor secretário de Segurança Pública, para que chamem esses 668 homens e mulheres aprovados no Concurso no 003, de 2017, para que possam ingressar na Polícia Militar e prestar um apoio à população.

Para encerrar, Sr. Presidente, todos os senhores e todos que nos assistem acompanharam, hoje, a tragédia na cidade de Suzano. Não tem o que falar. Agora, achar culpados nesse momento é difícil. Todos nós temos que nos entristecer, ficarmos tristes - para ficar mais fácil - com a população de Suzano. Eu não consigo imaginar como esses pais e mães devem estar nesse momento. Eu imagino - eu que tenho neto agora - o meu neto ou a minha neta indo para a escola e morrendo num absurdo desse. Na mão de dois vagabundos, dois pilantras, dois safados. Espero que ardam no inferno esses malditos pelo que fizeram a essas crianças.

São oito mortos: seis alunos e dois funcionários, que estavam trabalhando, ganhando o pão de cada dia e são assassinadas por dois vagabundos. Os autores do crime: Guilherme Tauce Monteiro, 17 anos. É de menor; se tivesse sido preso, não ia acontecer nada. Ainda bem que ele se matou. E Luiz Henrique de Castro, de 25 anos. Vinte e três pessoas feridas, levadas para o hospital. Enfim, a PM esteve no local, recolheu um armamento, recolheu um arco e flecha.

A única coisa que eu posso dizer é o seguinte: nós precisamos melhorar as nossas leis. Isso, infelizmente, é uma situação... “Lá nos Estados Unidos acontece, em não sei onde acontece...”. Tudo bem, mas nós precisamos endurecer nossas leis. Nós não podemos admitir que uma escola pública, de um ótimo gabarito, como era a escola onde houve o atentado, a Escola Raul Brasil... Quem viu na televisão...

Nós não podemos admitir que uma escola dessa esteja aberta para entrar e sair quem quiser. É o que aconteceu. Escola aberta: entra e sai quem quer. Não tinha um segurança na porta. Talvez, se nós tivéssemos um segurança armado na porta, tivéssemos evitado isso, ou talvez ele tivesse morrido. A gente não sabe, mas talvez tivesse evitado esse número de mortos. Talvez essas pessoas nem tivessem ingressado no local.

Eu faço uma analogia, presidente, a esta Casa. Esta Casa não tem nenhum sistema de segurança. O dia em que alguém fizer a mesma coisa aqui, tem gente que vai aplaudir, porque acha que deputado tem que morrer mesmo, mas e aí? No dia que resolver fazer aqui? Nós vamos esperar fazer? Então, gente, segurança é uma coisa com a qual a gente não brinca. Não tem que esperar acontecer essas tragédias e essas loucuras para a gente tomar providência.

Não é a primeira vez que acontece. Anos atrás, aconteceu no cinema. Anos atrás, aconteceu em outra escola. O sargento da PM entrou e matou o cara, senão tinha matado mais gente. Então, é uma situação terrível, trágica. Não temos como consolar os pais e as famílias neste momento. O filho saiu de casa de manhã, beijou pai e mãe para ir à escola e não voltou. A essa hora, está em cima de uma mesa do IML. Vocês, que são médicos, sabem muito bem o que vai acontecer.

Nós precisamos endurecer as nossas leis. Precisamos valorizar as nossas forças de Segurança. “Ah, mas aí, se vai liberar armamento para todo mundo, vai acontecer mais.” Para parar uma pessoa armada, só outra pessoa armada. Então, dizer que, se liberar armamento, vai piorar, é uma outra falácia. Nós precisamos endurecer a nossa lei, precisamos fazer com que todas as pessoas entendam que Segurança é participação de todos. Se todos participarem, com certeza, nós evitaremos e teremos muitos problemas a menos no nosso Brasil.

Sr. Presidente, muito obrigado. Desculpe o tempo excedido. E, aos senhores, parabéns a todos! (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Tem a palavra o nobre deputado Julio Cesar. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Luiz Carlos Gondim.

 

O SR. LUIZ CARLOS GONDIM - PTB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, hoje eu queria falar um pouco sobre os trabalhos feitos. Aliás, nós, Doutor Ulysses, aqui pela Saúde do estado de São Paulo, agradecer a todos os funcionários aqui, mas, devido a essa tragédia ocorrida hoje num colégio de nível muito bom, que todos têm muita vontade de estudar numa escola como essa, que é o Raul Brasil, eu resolvi falar um pouco sobre esse assunto dessas crianças.

Desde que nós entramos aqui, justamente em 99, nós começávamos a ver esses assassinatos nos Estados Unidos. Tudo que ocorre lá, depois é copiado aqui. Então, em 2011, nós fizemos um projeto, que seria o projeto de lei para que tivesse detectores de metais nas escolas, principalmente na portaria das escolas. Esse projeto passou por algumas comissões. Tinha um outro projeto que era sobre a carteirinha, que o aluno pudesse entrar com uma carteirinha, fazendo a prevenção. Só entraria na escola quem tivesse a carteirinha, e as pessoas se identificavam com essa carteirinha, como se faz em todos os lugares.

Não tem aqui na Assembleia, falou bem o Telhada. Então, qualquer pessoa entra aqui e não tem identificação nenhuma, não tem detector de metal. Alguns, inclusive um deputado federal, o deputado Augusto, primeiro, ele fala: “vamos armar os professores e as merendeiras”. Gente, vamos fazer medicina preventiva, vamos fazer algo preventivo dentro das escolas. Não se pode falar uma besteira dessas.

Os jovens que fizeram essa barbárie têm nos “Faces” deles, nas redes sociais deles, o seguinte: “Eu gosto de arma, nem por isso eu sou bandido”. Agora, eu pergunto, sabe, Vitor, você, com essa experiência e maior tempo aqui... E nós temos aqui também o colega, que é médico. Ele diz o seguinte: “Quando se nota, se observa uma criança como essa, com distúrbio, isolada, solitária, dando trabalho em casa ou mesmo já iniciando, não foi feito um trabalho para prevenir que ela fosse para as drogas, onde ela encontra uma psicóloga gratuitamente, um psiquiatra?” Psiquiatra não existe, a não ser na vida privada.

Agora, o que acontece? Antigamente nós tínhamos o bedel, o inspetor, que nós chamávamos de bedel. Só entrava, ele conhecia pelo nome. “Entre, Vitor”. “Oi, Luiz”. “Entre, fulano”. E falava: “Como está o seu pai, melhorou?” O bedel conhecia tudo da gente. Esse inspetor nós não temos mais. Uma escola como a Raul Brasil, com mais de mil alunos, ter um inspetor só, de aluno?

Gente, estão brincando com os problemas sociais brasileiros. Esses meninos se formam, terminam o curso médio, querem um emprego. Não tem emprego. A maior parte do desemprego é justamente entre 17, 18, 25 anos de idade. Além dos games, que são incentivos, verdadeiros incentivos, não tem nada que possa prevenir. Uma portaria dessa deixa qualquer um entrar na escola, sem se identificar. “Qual é o seu nome?” “Meu nome é Marcos Martins, eu sou pai do aluno João”. É assim que deveria ser, Marcos Martins.

Baseado nisso, hoje eu estou aqui recebendo o vereador Reinaldo, que é de Biritiba, que estava justamente indo de Ferraz para Suzano. Disse assim: “Gondim, você não pode imaginar. Parece uma guerra o que está acontecendo, com medo de bombas que podem ter colocado ali dentro, esses dois deliquentes.”

Então, eu queria dar os pêsames nossos a toda família, porque é ao lado de Mogi das Cruzes, e dizer que realmente nós já fizemos alguma coisa em prol desses alunos. Nós temos um projeto desde 2011, tem o projeto da carteirinha para que qualquer aluno só possa entrar com essa carteirinha na escola, tem projeto para que se aumente o número de funcionários públicos dentro da escola, e o governo não faz nada.

Eu peço, apelo ao Doria, que disse que nunca viu uma cena como essa. Governador, está na hora de aumentar o número de inspetores, está na hora de dar mais atenção a essas crianças, está na hora de dar mais atenção à Educação. O senhor sabe fazer isso e pode fazer isso. É só investir um pouco e fazer concurso.

Muito obrigado, Sr. Presidente e Srs. Deputados. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Tem a palavra o nobre deputado Dr. Itamar.

 

O SR. DR. ITAMAR - MDB - Boa tarde a todos, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, Doutor Ulysses, deputado Vitor Sapienza, novos deputados que vão deixar esta Casa, como eu.

Eu digo o seguinte, não é discurso de despedida, é discurso de continuidade. Nem de tristeza, mas de alegria, por conhecer grandes homens públicos que eu conheci nesta Casa, com grande experiência. Isso é muito importante para nós. Eu quero fazer um resuminho rápido. Primeiro, o deputado Vitor Sapienza, grande deputado, com uma experiência enorme aqui nesta Casa, 32 anos. Eu disse a ele que eu comecei muito cedo na política.

Comecei com apenas 21 anos. Fui candidato a vereador da minha cidade, do antigo MDB, são 47 anos de MDB, voltei de novo pro MDB, era PMDB, voltei pro MDB de novo. Então, fui várias vezes vereador, vice-prefeito, e hoje eu tive orgulho de assumir aqui por dois meses como deputado estadual. Era um sonho antigo. Eu acho que eu poderia fazer muita coisa, e minha experiência sempre foi na vida profissional, como médico, como cirurgião, hoje como médico transplantador de fígado, do serviço que nós implantamos lá em São José dos Campos.

Então, eu acho que eu vim para cá para pedir algumas coisas importantes para a região. Não só para o Vale do Paraíba, mas também aqui para a Capital. Então, eu comecei esse nosso trabalho em dois meses e pouco, correndo para poder fazer alguns projetos importantes.

Uma das coisas importantes que eu fiz, eu visitei meus amigos do Hospital das Clínicas, o maior centro de transplante de órgãos, maior centro médico da América Latina também, lá com o professor Carneiro. Quando eu fui lá, me deparei com um centro avançado de transplantes de órgãos abdominais, de fígado, há pouco tempo transplantaram um útero e nasceu a Luísa. O primeiro transplante do mundo de útero foi feito aqui no Hospital das Clínicas, com a equipe do professor Luiz Augusto Carneiro D’Albuquerque.

Eu tive a honra de condecorá-los aqui, em nome dos deputados desta Casa, com o colar de honra ao mérito, o Dr. Carneiro e o Dr. Jorge Padilha, dois ícones da medicina. Fui lá nas Clínicas. Chegando, deputado Vitor Sapienza, aquele complexo no nono andar, e digo o seguinte: havia leitos da UTI fechados, quatro leitos, de 16, só tinham 12 funcionando.

Na enfermaria, de 50 leitos, tinham fechado lá quase 14 leitos, e isso demandando necessidade, a procura muito grande pelo Hospital das Clínicas. Por quê? Aposentaram  médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem. Muitos deles morreram, e não foi contratado.

Então, estou encaminhando ao governador e ao secretário de Saúde para, na verdade, repor esse quadro, para poder aumentar o atendimento das Clínicas. Nas Clínicas também estive lá com os profissionais e foram pedidos também alguns investimentos, equipamentos para o serviço de transplante, coisa muito pequena, que oferece um grande serviço para nossa Capital e para o Brasil, porque as Clínicas atendem o Brasil inteiro, São Paulo atende o Brasil inteiro.

Lá para São José dos Campos... aí fui para São José dos Campos. Fiz um trabalho aqui em São Paulo, e para São José dos Campos, que tem o Hospital Regional, o maior centro regional e de trauma, um dos maiores do Estado, e talvez do Brasil, terceiro ou quarto do Brasil, que tem um serviço muito grande.

Lá, por incrível que pareça, um serviço lá no eixo da Dutra, Rio, São Paulo, Tamoios, com um número de acidentes muito grande, um hospital grande, temos tomografia, Doutor Ulysses, e não temos uma ressonância magnética. É um centro que faz cirurgia de aneurisma cerebral, e a grande parte dos pacientes graves são levados em transporte de UTI para fazer ressonância em outro lugar.

Pelo amor de Deus. Uma cidade como São José, que fabrica, eu brinco, desde o parafuso até o avião, não tem uma ressonância magnética no serviço lá. Então, eu pedi também a ressonância magnética para o hospital, e estou pedindo a criação, para o governador do Estado e para o secretário da Saúde, para criar uma obra OPO.

O que é OPO? Organização de Procura de Órgãos, para aumentar o número de doação de órgãos e notificação. Porque hoje Sorocaba tem OPO, Campinas tem, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Botucatu, e São José, aquele eixo importante, não tem uma OPO, que são alguns enfermeiros designados para o hospital municipal, já encaminhei para lá. Para quê? Para ampliar o número de transplante de órgãos também no estado de São Paulo e no Vale do Paraíba.

Para a Santa Casa, eu quero agradecer aos deputados, foi aquele projeto que nós fizemos de criar o centro regional de transplante de órgãos do Vale do Paraíba, na Santa Casa. Hoje, nós somos experts já na cirurgia do transplante de fígado.

Queria pedir um pouquinho o alongamento da minha fala, porque é a última participação minha aqui. Estou na saideira aqui. Mas os deputados nossos colegas deputados e deputadas aprovaram a criação do centro regional de transplante de órgãos lá para o Vale do Paraíba, na Santa Casa.

Vão fazer o quê? Além do transplante de fígado, para descentralizar São Paulo... São Paulo não aguenta mais. Vem gente do Brasil inteiro para São Paulo, para fazer transplante, para fazer tratamento. Nós levamos para São José dos Campos, para dar um descanso para São Paulo. Com gabarito e com equipe da Beneficência, do Hospital das Clínicas e da nossa equipe. Para fazer transplante renal, transplante de fígado, que já fazemos. O de rim está começando, o de pâncreas também. Depois vamos para o de coração. E vamos fazer transplante de medula óssea.

Pedimos isso e estamos aguardando a conversa com o secretário de Saúde, que foi marcada para depois da minha saída. Mas vou estar lá, nas barbas do secretário, para dar continuidade.

Fiz alguns projetos para a região de Cruzeiro, para a Santa Casa. Para reestruturar equipamentos e ampliar uma UTI neonatal. Lá para o fundo do vale do Paraíba. Porque os doentes não estão mais nem nascendo em Cruzeiro. Estão sendo encaminhados para outras cidades porque não tem UTI neonatal, não tem segurança para ter pacientes crianças recém-nascidas, fora da época, em estado grave, não tem.

Eu queria dizer que deixo na CCJ um projeto aprovado nosso. É um projeto que permite que os aviões e helicópteros, do Governo do estado e da Polícia Militar, deem prioridade para o transporte de equipes de transplante, para a captação de órgãos. Porque, às vezes, em uma cidade um pouco maior, deixamos de transplantar porque a logística, o tempo de transporte, não permite.

Vai continuar tramitando. Tenho certeza que os nossos pares da Assembleia Legislativa, vão aprovar esse projeto. Que, em termos, o Águia e o pessoal dos Bombeiros nos ajudam. Mas agora via ser consumado.

Encerrando. Deixei um projeto, que vai tramitar na CCJ, denominando São José dos Campos “a capital do avião”. Já é, porque a Embraer, a terceira maior empresa do mundo, está lá. Colocamos para que São José seja reconhecida como “a capital do avião”.

Muito obrigado, foi um prazer muito grande estar nesta Casa. Acho que nós colaboramos com alguma coisa. Poderíamos fazer muito mais. Mas foi o que podíamos fazer. Fico feliz de encontrar deputados e homens públicos de caráter enorme, com grande experiência, que encontrei nesta Casa. Falo do Doutor Ulysses, do Vitor Sapienza. Estávamos relembrando o Luizinho Máximo e outros deputados, como o Laerte Pinto, que já foi.

Enfim, pessoas que estiveram conosco nessa vida pública, de quase 47 anos. Tenho 60 e poucos anos. Comecei cedinho. Eu brinco que o Alckmin, o Geraldo, foi meu calouro. Eu que dei trote nele, no Geraldo Alckmin. Começamos a vida pública encerrando o primeiro congresso de vereadores do Brasil. Foi em Aracaju.

Viajamos com um DC3, eu e o Alckmin, o Geraldinho, meu colega. Fomos para Aracaju. Fomos os dois vereadores mais novos do Brasil. Ficamos cinco dias no mesmo quarto, como amigos. E participamos desse primeiro congresso de vereadores, que foi realizado em Aracaju. Tem história. Estamos aqui para colaborar.

Muito obrigado pela nossa participação. Encerro a minha vida política com um coroamento feliz de ter participado com vocês. Muito obrigado e um abraço a todos. (Palmas.)

Eu só queria, Doutor Ulysses, deixar o resumo do meu trabalho para que fosse encaminhado ao pessoal daqui da Assembleia. Muito obrigado.

“1. O deputado Itamar Coppio (MDB) tomou posse nesta quinta-feira (17/1) na Alesp, em substituição ao deputado Milton Vieira (PRB), que renunciou ao mandato para assumir como federal. A cerimônia foi conduzida pelo deputado Cássio Navarro (PSDB), integrante da Comissão Representativa da Assembleia durante o recesso.

Link: https://www.al.sp.gov.br/noticia/?17/01/2019/novo-deputado-toma-posse-na-alesp

2. O médico Itamar Coppio (MDB), de São José, vai assumir cadeira na Alesp. Link:http://www.meon.com.br/noticias/regiao/itamar-coppio-e-antonio-carlos-jr-assumem-mandato-tampao-de-deputado-estadual

3. O programa Autorretrato recebe o Deputado Doutor Itamar Coppio, do MDB, para conhecer um pouco da sua vida e trajetória política.

Link: https://www.youtube.com/watch?v=yQvjyIRw0x8

4. Nossa Entidade: Instituto RicoViver.

O Programa Nossa Entidade recebe o Deputado Estadual Itamar Coppio, do MDB, e os convidados Rico Basano, presidente do Instituto RicoViver, Monica Sawaya, pedagoga, e Laura Helena Mello, voluntária e criadora de cavalos árabes, para falar sobre o Instituto RicoViver.

Link: https://www.youtube.com/watch?v=btgx2VnhKqU

5. Em Discussão Convida: Transplante de fígado e doações de órgãos.

O programa Em Discussão Convida recebe os convidados Doutor Itamar Coppio, Deputado Estadual MDB, Jorge Marcelo Padilla Mancero, Cirurgião do Aparelho Digestivo e Transplante de Órgãos, para falar sobre Transplante de fígado e doações de órgãos.

Link: https://www.youtube.com/watch?v=jN6ds4habRM

6. Em Discussão Convida: Novas Técnicas para o Transplante de órgãos.

O programa Em Discussão Convida recebe os convidados Doutor Itamar Coppio, Deputado Estadual - MDB e Luiz Augusto Carneiro D Albuquerque, Professor titular da cadeira de transplantes - FMUSP, para falar sobre Novas Técnicas para o Transplante de órgãos.

Link: https://www.youtube.com/watch?v=KpjnnerG3Lc

7. Sessão Solene: Homenagem a Luiz Augusto Carneiro D'Albuquerque e Jorge Marcelo Padilha Mancero.

Sessão Solene com a finalidade de homenagear os senhores Professor Doutor Luiz Augusto Carneiro D'Albuquerque e Doutor Jorge Marcelo Padilla Mancero com a outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo.

Link: https://www.youtube.com/watch?v=0e6WPZ-nEog

8. Deputado Dr. Itamar apresenta reivindicações da região e obtém o apoio do governador João Dória. (O Deputado Dr. Itamar Coppio encaminhou nesta quarta-feira (6/02) ao Governador João Dória pedidos de uma série providências para a solução de problemas na área da saúde em cidades do Vale do Paraíba.)

Link: http://agazetarm.com.br/?p=39697

9. Deputado por 60 dias, Coppio pede central de órgãos para transplantes em São José. O médico Itamar Coppio, de São José dos Campos, durante entrevista à Rádio Piratininga.

Link:https://diariodejacarei.com.br/?action=www&subaction=noticia&title=deputado-por-60-dias-coppio-pede-central-de-orgaos-para-transplantes-em-sao-jose&id=27623

10. Elaboração de Projeto de Lei, Indicação, Emendas, Pareceres, Confecção de Ofício para Juntar no Projeto de Lei.

11. Reunião com o Senhor Dr. José Henrique Germann Ferreira, Secretário da Saúde do Estado de são Paulo e sua Assessora Priscila.

12. Projeto de lei nº 26/2019 – Autoriza o Poder Executivo a disponibilizar, com prioridade, “Aeronaves do Governo do Estado e da Polícia Militar para o transporte de equipes de capitação de órgãos para transplantes”.

Link: https://www.al.sp.gov.br/propositura/?id=1000255648

13. Projeto de lei nº 27/2019 – Autoriza o Poder Executivo a criar o “Centro Regional de Transplantes”, ligado à Santa Casa de São José dos Campos.

Link: https://www.al.sp.gov.br/propositura/?id=1000255650

Aprovado dia 02 de março e aguarda sanção do senhor Governador.

Nota: Vale do Paraíba poderá ter Centro Regional de Transplantes de Órgãos.  LINK: http://agazetarm.com.br/?p=39976

14. Projeto de lei nº 36/2019 – Institui a “Semana Estadual de Incentivo à Doação de Órgãos e Tecidos”.

Link: https://www.al.sp.gov.br/propositura/?id=1000255739

15. Projeto de lei nº 48/2019 – Declara a Cidade de São José dos Campos como à “Capital do Avião”, no Estado de São Paulo.

Link: https://www.al.sp.gov.br/propositura/?id=1000257026

16. Doze indicações ao Senhor Governador.

Link:https://www.al.sp.gov.br/alesp/pesquisa-proposicoes/?direction=inicio&lastPage=1&currentPage=1&act=detalhe&idDocumento=&rowsPerPage=20&currentPageDetalhe=1&tpDocumento=&method=search&text=&natureId=9&legislativeNumber=&legislativeYear=&natureIdMainDoc=&anoDeExercicio=&strInitialDate=&strFinalDate=&author=1000000304&supporter=&politicalPartyId=&tipoDocumento=

16.1 Indicação 363/2019, de 15/03/2019 
            Indica ao Sr. Governador a realização de estudos e urgentes providências no sentido de possibilitar a liberação e distribuição pela Secretaria de Estado da Saúde de medicamentos antivirais para tratamento da Hepatite C.

16.2 Indicação 348/2019, de 15/03/2019 
            Indica ao Sr. Governador possibilitar a contratação de Médicos, Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem para a reposição de funcionários da Divisão de Gastroenterologia e Hepatologia; Divisão de Transplantes de Órgãos do Aparelho Digestivo; e Unidade de Terapia Intensiva em Gastroenterologia do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da USP, que foram demitidos, aposentados ou falecidos.

16.3 Indicação 167/2019, de 19/02/2019

Indica ao Sr. Governador a liberação de recursos financeiros necessários para a aquisição de novos equipamentos e instrumentais cirúrgicos para a Divisão de Transplantes de Fígado e Órgãos do Aparelho Digestivo do Hospital das Clínicas da FMUSP.

16.4 Indicação 166/2019, de 19/02/2019

Indica ao Sr. Governador a liberação de recursos financeiros para a construção de cobertura metálica, vestiário, instalação de iluminação e demarcação da quadra no bairro Jardim Nossa Senhora das Dores, no município de Jambeiro.

16.5 Indicação 165/2019, de 19/02/2019

Indica ao Sr. Governador a liberação de recursos financeiros necessários para a realização de pavimentação asfáltica da Rua Prefeito José Teixeira Duarte, Bairro Jardim das Oliveiras, no município de Jambeiro. 

16.6 Indicação 164/2019, de 19/02/2019

Indica ao Sr. Governador que possibilite, através de iniciativa própria desse Poder a liberação, perante a Secretaria de Estado da Saúde dos valores processados, autorizados e não pagos à Santa Casa de São José dos Campos, referentes a serviços de Nefrologia SAI-FAEC, no montante de R$ 534.337,55 (quinhentos e trinta e quatro mil, trezentos e trinta e sete reais e cinquenta e cinco centavos).

16.7 Indicação 26/2019, de 09/02/2019

Indica ao Sr. Governador que possibilite a constituição de uma OPO Organização de Procura de Órgãos no Hospital Municipal Dr. José de Carvalho Florence, em São José dos Campos.

16.8 Indicação 25/2019, de 09/02/2019

Indica ao Sr. Governador a liberação de recursos para a aquisição de um aparelho de Ressonância Nuclear Magnética ao Hospital Municipal Dr. José de Carvalho Florence, em São José dos Campos.

16.9 Indicação 24/2019, de 09/02/2019

Indica ao Sr. Governador a liberação de recursos a favor da Santa Casa de Misericórdia de Cruzeiro, para construção, reforma e aquisição de equipamentos para o Centro de Nefrologia.

16.10 Indicação 23/2019, de 09/02/2019

Indica ao Sr. Governador que possibilite a inclusão da Santa Casa de Misericórdia de Cruzeiro no Programa Santa Casa Sustentável.

16.11 Indicação 22/2019, de 09/02/2019

Indica ao Sr. Governador a liberação de recursos a favor da Santa Casa de Misericórdia de Cruzeiro, para reforma e reestruturação do elevador utilizado para transporte de pacientes da unidade de saúde.

16.12 Indicação 21/2019, de 09/02/2019

Indica ao Sr. Governador a liberação de recursos a favor da Santa Casa de Misericórdia de Cruzeiro, para manutenção e reforma do Setor Centro Materno Infantil Maternidade e UTI Neo Natal da Santa Casa de Misericórdia de Cruzeiro, naquele município.

17. 3 (Três) Requerimentos.

Link:https://www.al.sp.gov.br/alesp/pesquisa-proposicoes/?direction=inicio&lastPage=1&currentPage=1&act=detalhe&idDocumento=&rowsPerPage=20&currentPageDetalhe=1&tpDocumento=&method=search&text=&natureId=7&legislativeNumber=&legislativeYear=&natureIdMainDoc=&anoDeExercicio=&strInitialDate=&strFinalDate=&author=1000000304&supporter=&politicalPartyId=&tipoDocumento=

17.1 Requerimento 123/2019, de 27/02/2019

Propõe a não realização de Sessões Ordinárias nos dias 4 a 6 de março de 2019.

17.2 Requerimento 17/2019, de 06/02/2019

Propõe a constituição de uma Comissão de Representação com a finalidade de participar da instalação da Frente Parlamentar da Agropecuária, no dia 19 de fevereiro de 2019, em Brasília - DF.

17.3 Requerimento 2/2019, de 05/02/2019

Propõe voto de pesar pelo falecimento do médico Deputado Estadual Jooji Hato

18. 1 (uma)  Proposta de Emenda à Constituição.

Proposta de emenda à Constituição 1/2019, de 27/02/2019

Altera o § 2º do artigo 9º da Constituição do Estado e acrescenta o artigo 1º-A ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

Link:https://www.al.sp.gov.br/alesp/pesquisa-proposicoes/?direction=inicio&lastPage=1&currentPage=1&act=detalhe&idDocumento=&rowsPerPage=20&currentPageDetalhe=1&tpDocumento=&method=search&text=&natureId=5&legislativeNumber=&legislativeYear=&natureIdMainDoc=&anoDeExercicio=&strInitialDate=&strFinalDate=&author=1000000304&supporter=&politicalPartyId=&tipoDocumento=”

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Nobre deputado, o seu pedido será analisado e devidamente encaminhado.

Sras Deputadas e Srs. Deputados, tendo se esgotado o tempo regimental, damos por encerrado o Pequeno Expediente e iniciamos o Grande Expediente.

 

* * *

 

- Passa-se ao

GRANDE EXPEDIENTE

 

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O SR. VITOR SAPIENZA - PPS - Sr. Presidente, peço a palavra para falar pelo Art. 82.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - O pedido de V. Exa. é regimental. Tem a palavra o nobre deputado Vitor Sapienza, pelo Art. 82.

 

O SR. VITOR SAPIENZA - PPS – Antes disso, Itamar, espero que o teu entusiasmo seja absorvido pelos novos que vão assumir. Mesmo porque... Pena que você tenha ficado muito pouco tempo nesta Casa. Agora vou falar pelo Art. 82.

 

O SR. VITOR SAPIENZA - PPS - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Srs. Deputados, público que nos honra com a sua presença, boa tarde.

Este deputado, antes de ser deputado, foi agente fiscal de renda do estado de São Paulo, com muito orgulho. Recebi um pedido para que eu lesse um manifesto deles, que nesse momento passo a ler:

“Prezados Senhores Deputados,

Os PLCs 4 e 5 de 2019, como muito bem lembrado da tribuna, no dia de ontem, pelo Excelentíssimo deputado Barros Munhoz, vêm reparar perdas que a classe dos agentes fiscais de rendas acaba de sofrer na ordem de 45% da remuneração anual.

A irredutibilidade de vencimentos é norma constitucional, e o governo estadual mostrou agilidade em rapidamente mandar para a Casa de leis os projetos que consertam essas perdas.

Ocorre que o PLC 5 apresenta-se de forma incompleta, ao excluir parcela da classe dos agentes fiscais de rendas, os aposentados, que menos tem força para se defender das injustiças de que for vitimada.

E se essa defesa não é feita no dia de hoje pelos nossos representantes do legislativo, boa parcela dos atingidos não enxergará com vida o dia em que elas serão reparadas.

Os senhores conhecem os atingidos, pois foram por eles visitados por cerca de um ano e meio durante a dura, obstinada e educada batalha da aprovação da PEC-5.

Se ao funcionário da ativa é destinada uma reposição pela perda de 45% dos seus vencimentos, excluir aposentados implica em desatendimento à ordem constitucional e desprezo pela situação de falência a que foram submetidos.

Não é um pedido de aumento salarial. É uma súplica no sentido de que possam os aposentados agentes fiscais de rendas continuar a olhar para suas famílias e sentir o orgulho de terem sido funcionários públicos, pois poderão continuar a dar a elas a vida que o Estado lhes prometeu.

A Emenda n° 1 apresentada pelo sempre amigo e humano ímpar, deputado Campos Machado, corrige de forma adequada a questão.

Os senhores poderão encerrar a Legislatura com alegria e convicção de que seus últimos atos devolveram a dignidade a amigos com os quais poderão contar para sempre.

Aposentados Agentes Fiscais de Renda do Estado de São Paulo

 

O SR. EDSON GIRIBONI - PV - Sr. Presidente, solicito a palavra para falar pelo Art. 82, em nome do PV.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - É regimental. Tem a palavra o deputado Edson Giriboni, pelo Art. 82.

 

O SR. EDSON GIRIBONI - PV - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, nobre deputado Doutor Ulysses, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, pessoas nessa plateia, telespectadores, funcionários desta Casa, enfim, todos que nos acompanham neste momento, venho a esta tribuna, talvez pela última vez do mandato, estou concluindo meu terceiro mandato como deputado estadual e tive a honra de conviver com grandes pessoas, grandes líderes, pessoas com espírito puro procurando melhorar São Paulo, procurando melhorar o Brasil.

Eu vim a esta Casa como representante da região de Itapetininga, da região sudoeste do estado de São Paulo e parte do Vale do Ribeira. A minha grande missão foi chamar a atenção do governo do estado de São Paulo para as carências daquela região, que é uma região com indicadores sociais abaixo da média do estado de São Paulo. Os piores indicadores sociais do estado de São Paulo, piores indicadores econômicos do estado de São Paulo e procurei mostrar aos vários governos com quem convivi, o Governo Serra e o Governo Geraldo Alckmin, e eles foram sensíveis, toda equipe desse governo. No primeiro mandato desse último período do governador Geraldo Alckmin, tive o privilégio de ocupar uma secretaria do Estado, a Secretaria de Saneamento e recursos hídricos, onde procuramos contribuir e ajudar a enfrentar os grandes problemas que nós temos na área de saneamento, na área de abastecimento, as grandes enchentes como as que ocorreram aqui. Naquela época, grandes propostas foram colocadas e não viabilizadas por questões financeiras, muitos dos problemas poderiam ter sido minimizados se alguma daquelas ações tivesse sido implantada na época, onde nós tivemos a pior crise do estado de São Paulo em 2013, 2014 e 2015. Mas, saio após três mandatos com a consciência tranquila e do dever cumprido.

Tivemos, Doutor Ulysses, que é junto lá da nossa região, grandes ações por parte do Governo do Estado. A duplicação da Raposo Tavares, entre Itapetininga e Sorocaba, agora em obra a duplicação e melhoria de vários trechos da Raposo Tavares entre Itapetininga e Ourinhos, uma grande obra que se fazia necessária há muitos anos e começa a se tornar realidade agora, em plena execução.

Tivemos a implantação de dois ambulatórios médicos na nossa região, Doutor Ulysses: na cidade de Itapeva e na cidade de Itapetininga. Tivemos ações importantes por parte do Governo do Estado nas várias áreas, na infraestrutura, na recuperação da maior parte da malha viária do estado de São Paulo, rodovias estaduais, rodovias vicinais.

Enfim, fizemos com que o Governo do Estado olhasse, procurasse cumprir com seu dever com aquela região que, durante muito tempo, foi esquecida pelos vários governos que passaram aqui no nosso Estado.

Então, nesta, talvez, hoje, minha última manifestação, eu queria saudar todos os deputados que me acompanharam nestes anos em que estive aqui à frente da Assembleia Legislativa como deputado do estado de São Paulo.

Agradecer a amizade, a ajuda, o companheirismo, a solidariedade, o entendimento, o bom entrosamento, procurando levar as causas públicas e procurando melhorar São Paulo. Melhorando São Paulo, nós melhoramos o Brasil.

Temos aqui no estado de São Paulo, no Brasil todo, mas, pensando o estado de São Paulo, uma distribuição muito injusta do ICMS. Eu tenho um projeto que modifica isso, quase foi votado, seria uma das grandes conquistas: diminuir um pouco a desigualdade entre os 645 municípios do estado de São Paulo.

Projetos prontos para serem votados, uma missão para a próxima legislatura. Tivemos o privilégio de aprovar e ser sancionado para a criação da licença maternidade para funcionalismo público do estado de São Paulo, de quatro para seis meses.

Enfim, poderia listar várias ações que nós conseguimos avançar aqui na Assembleia Legislativa, não sozinho, mas com a solidariedade, ajuda e a compreensão dos demais deputados com quem tive o prazer e a honra de conviver nesses últimos 12 anos.

Desejo aos deputados reeleitos que continuem o trabalho, melhorando o estado de São Paulo. Aos novos deputados, que entrem com todo o entusiasmo, que entrem com vontade de ajudar São Paulo. Quando a gente ajuda São Paulo, a gente ajuda aquelas pessoas que precisam do Poder Público.

Estamos saindo de várias tragédias aqui no Brasil: o rompimento de Brumadinho, o incêndio lá no centro de treinamento do Flamengo, agora, o atentado que ocorre hoje na cidade de Suzano.

Então, nós sentimos que ainda o Poder Público tem muito a fazer para melhorar e procurar dar mais condições, mais segurança e mais qualidade de vida a todos os brasileiros. O que você faz de bom aqui no estado de São Paulo serve de referência para o Brasil.

Esta Casa tem a oportunidade de fazer muita coisa boa. Desejo aos deputados que estão assumindo e aos que foram reeleitos sucesso. Continuem trabalhando, sempre pensando naquele que mais precisa das ações do Poder Público.

Meu grande abraço a todos os deputados. Vão ficar guardados no meu coração todos os momentos, alegres, alguns difíceis, mas todos os momentos que eu vivi intensamente junto com os deputados aqui, a quem considero não como deputados, mas a quem considero como meus amigos, como meus irmãos.

Muito obrigado. Que Deus abençoe esta Casa. Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Com a palavra o nobre deputado Bruno Caetano.

 

O SR. BRUNO CAETANO - PSDB - Boa tarde a todos, boa tarde, Sr. Presidente, boa tarde, nobres colegas, cumprimento todos aqui hoje presentes. Quero, talvez nessa última ou penúltima participação nesta tribuna, nesta Legislatura, fazer não um balanço, porque trata-se de um mandato de pouco mais de 45 dias, mas uma prestação de contas àqueles que acompanharam esse trabalho ao longo desses últimos dias aqui na Assembleia Legislativa, trabalho que muito me gratificou.

É um dia de agradecimento. É um dia de agradecimento, em primeiro lugar, à nossa equipe, à equipe do nosso gabinete, que tem colaborado e colaborou bastante para a qualidade do nosso mandato.

Ninguém trabalha sozinho. Procuramos montar uma equipe da maior qualidade, e tivemos êxito nessa montagem da equipe, de forma que muito do sucesso que a gente reconhece nesse trabalho, que não é meu, é de um grupo de pessoas que acreditam no poder transformador do empreendedorismo.

Então, fica aqui o meu agradecimento, em primeiro lugar, a nossa equipe. Um agradecimento também aos funcionários da Assembleia Legislativa. Pude, nesse período, acompanhar também, e testemunhar, a qualidade da equipe da Assembleia, dos funcionários estáveis, os funcionários das lideranças, da nossa bancada, de todas as bancadas, gente bastante comprometida com o bem público.

Cumprimento também os profissionais da TV Assembleia pelo trabalho de grande qualidade e de grande valia para o acompanhamento das ações desta Casa e também para o controle público das ações dos parlamentares.

Cumprimentar aqueles que tiveram a oportunidade de, em 2014, depositar a sua confiança e o voto em mim. Foi por pessoas como vocês que eu pude estar aqui, realizando este trabalho que amanhã se encerra.

Cumprimentar também todos os colegas aqui presentes, os colegas que eu tive a oportunidade de conhecer nesta Casa, no debate altivo, correto, com algumas divergências de pensamento, mas sempre com bom nível e com o máximo respeito.

Quero dizer também que nesse período uma das premissas do nosso mandato foi o absoluto respeito ao dinheiro público. Somos aqui pessoas públicas, que têm responsabilidade com o uso dos recursos. Então, nesse período em que estive aqui, procurei utilizar o menor número possível de recurso público no nosso mandato.

Não usei o carro oficial, e falo isso sem nenhum tipo de enaltecimento, ou qualquer tipo de falso moralismo, porque sei que muitos deputados realmente precisam desse veículo para exercer bem o seu mandato, e isso é absolutamente correto e justo. Mas, no meu caso, resido bem próximo aqui da Assembleia Legislativa, e não havia a menor necessidade do uso do carro oficial e, portanto, fiz a dispensa desse instrumento de trabalho, porque não achei necessário utilizá-lo, bem como o motorista.

Procuramos também utilizar o menor número possível de cargos em nosso gabinete. Repito, não por falso moralismo, mas por crença de que a gente deve ter muita responsabilidade no uso desses recursos, e procuramos utilizar aqueles recursos que eram absolutamente indispensáveis para o exercício do nosso mandato, de modo que a gente procurou ser bastante rigoroso no controle desses gastos. Levantamento feito demosntra que o nosso gabinete é o que menos gastou durante o período de nosso mandato.

Quero dizer também que procuramos manter o máximo de transparência no exercício das nossas funções. Procurei trazer aqui algumas novidades e inovações, inclusive tecnológicas.

Utilizamos um aplicativo onde quem pôde baixá-lo em seu celular conseguiu acompanhar as nossas atividades aqui na nossa Assembleia Legislativa, acompanhar os projetos apresentados, acompanhar os gastos do nosso gabinete, aqui já mencionados. Puderam também colaborar, e recebi muitas sugestões de projeto de lei, de novas ideias. Pôde, inclusive, marcar reuniões presenciais aqui comigo. Essas são algumas das funcionalidades desse aplicativo.

Quero dizer que o uso das novas tecnologias vem a se somar aos instrumentos já existentes, de participação popular, nos respectivos mandatos. Eles não são incompatíveis aos instrumentos já existentes. Pelo contrário, eles se somam às audiências públicas, às consultas públicas, aos projetos de iniciativa popular.

Mas acredito que esses instrumentos tradicionais já não são mais suficientes para fazer o verdadeiro diálogo com a sociedade, que é rápida, que exige o uso de novas tecnologias. E nós aqui, parlamentares, acredito eu, temos que estar sempre atentos a essas novas tecnologias, e utilizarmos essas tecnologias sempre que isso se fizer necessário.

Essa foi também uma das nossas premissas aqui. Além do respeito ao dinheiro público, a máxima transparência das nossas ações, dos nossos pensamentos.

Outra premissa do nosso mandato foi a presença efetiva nas atividades legislativas, Sr. Presidente, aqui nesta Casa.

Pude participar, nesses últimos 45 dias, de todas as sessões aqui no plenário, bem como participar das sessões nas comissões a que eu tive a honra de fazer parte, e uma delas é a Comissão de Constituição e Justiça, uma das comissões mais importantes desta Casa, e foi uma experiência bastante interessante, bastante gratificante.

Por fim queria mencionar algumas das iniciativas propriamente ditas que tomamos neste mandato de pouco mais de 45 dias. Pude apresentar, cinco projetos de lei, um deles inclusive aprovado por esta Casa, neste plenário, e devo apresentar ao governador João Doria uma sugestão de decreto legislativo para regulamentar uma legislação importante no nosso Estado, e aqui eu passo a detalhar muito rapidamente essas cinco iniciativas.

O primeiro projeto de lei que eu apresentei é o projeto de lei que cria a bolsa empreendedor para facilitar o acesso de jovens estudantes universitários ao empreendedorismo. Hoje muitos jovens entram na faculdade, não têm vocação para seguir carreira acadêmica, não querem fazer iniciação científica, e para iniciação científica já existem diversas bolsas de auxílio estudantil, sobretudo das agências estaduais aqui de fomento à pesquisa, mas não existe nenhuma iniciativa que ofereça ao jovem universitário, que tenha vocação empreendedora, uma bolsa para que ele aproveite esse momento tão rico, que é o momento da universidade, para poder empreender. Então criamos um projeto que autoriza o governador do Estado a criar essa bolsa empreendedor, uma bolsa de 12 meses, renovável por mais 12 meses àqueles estudantes universitários, escola pública ou particular, isso extensivo também às Fatecs, ao ensino tecnológico, que queiram aproveitar esse momento para empreender. Esse foi um dos projetos que eu apresentei.

O segundo projeto, aprovado por esta Casa, criou uma nova política de transportes metropolitanos, reconhecendo alguns modais que já são comuns, principalmente nas grandes cidades, como aqui a cidade de São Paulo, mas que não encontravam ainda respaldo na nossa legislação. Refiro-me aí ao uso de patinetes, de bicicletas, até de pequenas motos, que já são realidade nas nossas grandes cidades, mas não são reconhecidas pelo nosso ordenamento jurídico, que gerava grande insegurança, sobretudo aos empreendedores. Ao reconhecer esses modais, a gente inclusive incentiva os empreendedores, as chamadas startups, que estão trabalhando para a solução desses grandes problemas urbanos a continuarem trabalhando, desenvolvendo e criando soluções para o dia a dia das cidades. Este é o segundo projeto, e este projeto eu tive a grata satisfação de vê-lo aprovado nesta Casa, a quem agradeço todos os nossos nobres colegas.

O terceiro projeto apresentado por este parlamentar criou a logística reversa para medicamentos, um projeto que tem por objetivo a preservação da saúde e do meio ambiente. Não existe na legislação estadual nenhum mecanismo que obrigue os produtores, as fábricas, as indústrias, as farmácias a recolherem os medicamentos vencidos e fazerem a disposição final desses medicamentos de forma adequada. Hoje o Brasil está entre os 10 maiores consumidores de medicamentos do mundo, e não há política adequada de descarte desses medicamentos. Esse projeto disciplina o descarte desses medicamentos vencidos, para que eles não venham a contaminar as nossas cidades, o nosso território.

Outro projeto apresentado por este parlamentar diz respeito aos espetáculos esportivos, especialmente aos jogos de futebol. Essa é uma das minhas atividades pregressas, fui diretor do São Paulo Futebol Clube, tenho um colega sao -paulino, hoje, aqui, Dr. Marco Aurélio Cunha, que também é parlamentar, e uma das nossas preocupações é que a gente recupere aquele futebol de antigamente, que a gente possa ter de volta nos estádios as torcidas, torcidas inclusive mistas onde se possa ter, num clássico, torcidas dos dois times; a gente disciplinar melhor a execução do Hino Nacional Brasileiro nessas atividades e nesses eventos esportivos. Há verdadeira banalização da execução do hino. Há também uma disciplina sobre a venda de bebidas alcoólicas nos estádios. Enganam-se aqueles que pensam que hoje ela é proibida, porque de fato não é. Basta você visitar o entorno dos estádios de futebol para perceber que o consumo é absolutamente desregrado, e o que a gente pretende com esse projeto é regulamentar esse consumo. Esse é um dos projetos apresentados também.

E, por fim, talvez o projeto mais importante desses que eu mencionei, porque o de maior fôlego, a gente criou aqui e apresentou um projeto que estabeleceu o marco legal para as chamadas “startups” e “scaleups” do estado de São Paulo, que são empresas de tecnologia muito importantes para o desenvolvimento do nosso Estado e do nosso Brasil. Com esse projeto, a gente pretende facilitar a abertura das “startups” no estado de São Paulo, promovê-las de forma a que elas consigam, inclusive, acessar linhas de financiamento públicas e privadas, permitir que o Estado seja um grande comprador de produtos e serviços dessas empresas de base tecnológica, numa legislação inovadora, que permita ao governo se associar a essas “startups” para resolução de problemas objetivos da nossa sociedade.

E, por fim, uma proposta que vamos encaminhar ao governador João Doria, de decreto, para que ele regulamente, finalmente, as compras públicas junto às micro e pequenas empresas do estado de São Paulo. Já existe uma lei que prevê um tratamento diferenciado às micro e pequenas empresas no acesso às licitações públicas, mas essa legislação ainda carece da regulamentação devida pelo Poder Executivo. Por sabermos que essa é uma competência do governador do Estado, não vamos atravessá-lo, por corrermos risco de vício de iniciativa; vamos apresentar ao governador do Estado uma sugestão de decreto legislativo.

Finalmente todos sabem que minha atuação é notadamente marcada no fomento ao empreendedorismo, à força empreendedora dos paulistas, mas procurei, ao longo desses 45 dias, ter uma diversificação de atividades, de modo apresentei  um projeto de lei voltado à área da Educação; outro, à área de Transportes; um terceiro projeto voltado à área de Meio Ambiente e Saúde; um projeto na área de Cidadania; e um projeto específico para a área de desenvolvimento para empreendedorismo.

Fica aqui mais uma vez uma palavra de agradecimento, de grande satisfação de ter pertencido a essa legislatura. Muito obrigado a todos. (Palmas.)

 

O SR. SEBASTIÃO SANTOS - PRB - Sr. Presidente, peço a palavra para falar pelo Art. 82.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - O pedido de V. Exa. é regimental. Tem a palavra o nobre deputado Sebastião Santos, pelo Art. 82.

 

O SR. SEBASTIÃO SANTOS - PRB - PELO ART. 82 - Deputado Doutor Ulysses, mais uma vez é um grande prazer estar contigo presidindo mais uma sessão ordinária desta Casa. Srs. Deputados, meu amigo da região noroeste do estado de São Paulo, deputado combatente Orlando Bolçone, senhores e senhoras, pessoas que nos assistem pela TV Assembleia, funcionários. Eu queria falar um pouco, aqui, sobre o ABC.

Na segunda-feira passada, o ABC, infelizmente, mais uma vez se tornou um local... Todos os anos, nós temos as chuvas, mas esse ano a chuva foi muito forte, e no ABC novamente nós vimos os carros nas enxurradas, as pessoas subindo novamente em cima dos telhados, aguardando o bombeiro socorrer, o amigo do lado socorrer a família, levantar os móveis. Essa é uma situação que vivemos.

Eu morei 32 anos em Ribeirão Pires, e quantas vezes nós não vimos o rio Ribeirão Pires alagando tudo, e as pessoas perdendo tudo aquilo que construíram por muito, muito tempo. Eu sou nascido em Santo André. Conheço Santo André, São Caetano, Diadema, São Bernardo, Mauá, Rio Grande da Serra, Paranapiacaba. E convivemos com essa dificuldade há muitos anos.

Infelizmente, essa segunda-feira foi de muita tristeza para o ABC inteiro, porque o balanço dos estragos, em 24 horas de chuva, foi de 12 mortes. Algumas delas vieram para a divisa de outras cidades próximas do ABC. E Ribeirão Pires, a cidade em que morei por muitos anos, em que estudei, em que trabalhei por muitos anos, infelizmente, veio a ter ali um desmoronamento, onde houve quatro mortes.

Tivemos três mortes também em São Caetano, duas em Santo André e uma em São Bernardo. Infelizmente, em São Bernardo, toda vez que chove, o Paço Municipal alaga. Precisa realmente fazer algo. Anos e anos, nós estamos ouvindo que vai melhorar, fazem os piscinões, mas os piscinões não dão conta. Precisam ter outras ações rápidas.

Segundo o Centro de Gerência de Emergências, foram registrados 129 acionamentos de quedas de árvores, 173 chamados de desmoronamentos e desabamentos. Tivemos 863 ocorrências de enchentes e alagamentos. Em um condomínio no Ipiranga, próximo do ABC, os moradores estimam que, naquela enchente, 150 veículos estavam ali, indo para lá, indo para lá, à deriva das águas.

Durante a manhã da segunda-feira, também se registraram 180 quilômetros de congestionamento, o pior do ano. O CGE registrou também um volume de 70,9 milímetros de água nas 24 horas da segunda-feira, o que corresponde a 33% do volume esperado para todo o mês de março. Nós estamos vendo que a água, não apenas invade as casas, mas, infelizmente, após ela ter ali o seu volume retirado, o rio voltando ao normal, os córregos voltando ao normal, ela deixa um outro problema: o problema que vem do rato, o problema que vem dos animais peçonhentos que acabam invadindo as casas e causando mais transtorno à população.

Então, nós temos que ter esse cuidado. Choveu, ficaram locais de alagamento aonde o mosquito da dengue vai. Se não houver cuidado, infelizmente, nós já estamos tendo casos em cidades, com um número muito alto de pessoas com dengue, chikungunya e zika vírus. Nós temos que fazer a nossa parte. A dengue é uma coisa que se proliferou a ponto de, hoje, estarmos convivendo com ela dentro das nossas casas.

O que nós pensamos em fazer para combater? Fazer a nossa parte, limpar a nossa casa, limpar o nosso terreno, verificar dentro da casa a geladeira. Muitas geladeiras antigas ainda têm o copinho, fica a água, junta ali a larva, e acaba tendo mosquito sendo gerado dentro da sua própria casa.

Então, vamos todos fazer a nossa parte e, neste momento, procurar, como o consórcio do ABC está se reunindo praticamente todos os dias para buscar uma saída, que o ABC possa encontrar essa saída e que essa casa possa, junto, ser participante, não digo do término, mas, pelo menos, minimizar a situação da população de todo o ABC.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Tem a palavra o nobre deputado Evandro Losacco, por permuta com o nobre deputado Cássio Navarro.

 

O SR. EVANDRO LOSACCO - PSDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa, telespectadores da TV Assembleia, pessoas que estão no plenário nos assistindo, eu gostaria de fazer este último discurso, antes do encerramento do meu mandato, não simplesmente como um agradecimento.

Eu queria aqui falar de um assunto que eu considero da mais alta importância para o nosso País, que é a reforma política. Ela não é diretamente, não é uma responsabilidade de um deputado estadual, mas ela atinge a todos que disputam a eleição. A reforma política neste País é urgente, já está atrasada. Eu sinto, hoje, que ninguém mais fala nela. Todo mundo focado na questão da Previdência, o governo que assumiu agora, o Parlamento que assumiu agora, o Congresso Nacional, e não se fala nessa reforma política, que, para mim, é a mãe de todas as reformas.

Nós estamos vivendo - e a última eleição mostrou muito bem isso - um sistema moribundo eleitoral, um sistema que está ultrapassado. Aliás, o Brasil e mais meia dúzia de países inexpressivos adotam esse sistema proporcional que nós temos aqui. Então, está na hora de a gente mudar e pensar seriamente em um sistema melhor para aferir a vontade da população em relação à direção política do País, do município e do Estado.

Esse sistema proporcional é um sistema caríssimo. A primeira coisa que a gente deveria pensar: custa muito caro se eleger neste País. Custa muito caro. A gente tem que tomar atitudes para isso. Para vocês terem uma ideia, aquele fundo eleitoral que foi tão criticado, “absurdo de dinheiro” e tal, era de dois bilhões. Não deu para o cheiro. Não deu para o cheiro para essa eleição. Ninguém conseguiu viver só do fundo eleitoral, o que mostra como essa eleição é cara. Aí gera um montão de coisas que a gente está vendo acontecer neste País.

Eu defendo com muita convicção que nós temos que passar para o voto distrital. Vou aqui falar um pouco por que eu acho melhor o voto distrital. Qualquer modelo de voto distrital é melhor que o que nós temos aí. Qualquer modelo. Meu modelo preferido de voto distrital é o voto distrital misto, em que se elege metade pelos distritos e metade pela lista partidária. Primeiro, como eu falei, a eleição do sistema é caríssima.

O voto distrital, você disputar em um distrito... O que é um distrito? Na verdade, é um conjunto de municípios ou de bairros, nas grandes cidades, em que você elege um deputado nesse distrito. Ele vira o deputado distrital. Ele representa melhor a comunidade. Como tem uma área menor de atuação, é lógico que barateia demais a campanha, melhora a representatividade. Ninguém vai desconhecer, como hoje desconhece, em quem votou, porque ele vai escolher um nome que vai ser eleito como se fosse um prefeito local, mas que vai para o Parlamento nacional e o Parlamento estadual.

É tão gritante a diferença e a melhoria de qualidade que eu fico abismado que tenham pessoas que ainda não se convenceram da importância disso. “Ah, mas a representatividade, eu quero votar em outros nomes”. Se vocês somarem no Congresso Nacional os deputados federais, pegar os eleitos - façam essa conta, quem não fez, faça -, some o voto de todos os eleitos para a Câmara Federal, some o voto de todos os eleitos para a Assembleia Legislativa de São Paulo. Não chega a 35% dos votos válidos. Não chega a 35% dos votos válidos. Ou seja, 65% dos que votaram, não é dos que não votaram, 65% dos que votaram não têm nenhum representante no Parlamento.

O pior é o seguinte, o voto nosso, quase ninguém sabe disso, vale duas vezes. O voto nosso vai para o deputado que a gente escolhe e vai para o partido do deputado. Vai para o partido para calcular o número de cadeiras. O nosso voto vale por dois, só que ninguém sabe. Então, às vezes, um eleitor que detesta um partido, mas tem um amigo nesse partido, ele vota no amigo e não sabe que o voto dele está indo para o partido do qual ele não gosta.

Então, é tão absurdo esse sistema que eu acho que é só má fé que pode ser contra a gente ter uma mudança radical no voto distrital, que é adotado em todos os países desenvolvidos do mundo. Nós não estamos inventando a roda aqui. Então, acho que a sociedade, e a mídia, principalmente, que não entendem a importância do voto distrital, têm que se convencer disso. Porque, além disso, esse sistema nosso enfraquece os partidos.

Com o voto distrital misto, você vota no seu distrito, no candidato do seu distrito, e vota, aí sim, no partido. Aí você está votando conscientemente em um conjunto de nomes de um partido que você acredita que seja melhor.

 Então, é muito mais clara, é muito mais transparente essa eleição. Outra coisa, a questão da disputa. Esse voto proporcional faz com que nós, candidatos, disputemos com nossos companheiros de partido, essa que é a verdade. O nosso principal adversário é o nosso companheiro de partido. Temos que ter mais votos do que o nosso companheiro para a gente poder estar dentro do corte partidário, do quociente partidário.

Então, eu acho que isso nós temos que refletir muito bem, tentar aqui... Acho que os deputados estaduais da nova legislatura têm que formar aqui... Eu vou sugerir ao presidente Cauê Macris, que a gente tem certeza que vai se reeleger para um novo mandato, pelo trabalho que ele fez aqui...

Eu acho que o presidente Cauê Macris vai ter essa tarefa de conversar com os presidentes das demais Assembleias Legislativas, porque há aí um grupo de pressão para conversar no Congresso Nacional com os deputados, com os senadores, para realmente essa reforma política andar.

O meu candidato a presidente, que eu votei, que eu apoiei, Geraldo Alckmin, punha a reforma política como um dos principais pontos da sua campanha. Infelizmente ele não foi eleito, mas ele tinha consciência da importância de se fazer essa reforma política, para melhorar a qualidade da representação do nosso país nos parlamentos. Então, acho que a gente não pode deixar essa discussão morrer, nós temos que realmente enfrentar isso com muita disposição.

Tem uma outra coisa que eu acho que é importante também falar. Todo mundo fala em eleição geral. Eleger de presidente a vereador. Eu acho isso muito ruim. O ideal é dar mais lógica para a eleição. O que é mais lógica? É separar eleição de presidente da eleição de governador.

Por que isso? Se vocês repararem, quando a eleição é de presidente e governador, só discute a presidência, praticamente não se discute o estado. Não se discute o estado. Então, para mim, de dois em dois anos tem que manter eleição, mas uma eleição é presidente, senador e deputado federal. Vamos discutir o país, a política econômica, a política de relações exteriores. Só discute isso. A outra eleição é governador, deputado estadual, prefeito e vereador. Vamos discutir a federação, os estados. Isso dá muito mais lógica ao processo.

Então, acho que a gente tem que refletir sobre isso também. A gente fica brigando porque tem maus políticos aí, mas a culpa é nossa. Nós não reagimos, não queremos esses movimentos populares, que querem renovação, estão deixando de tratar do principal. A renovação é o sistema político apodrecido. É aí que nós vamos conseguir renovar e melhorar a qualidade.

Então, acho que a gente tem que ter aí uma ação forte, para a gente realmente fazer avançar essa reforma política. Quero aqui agradecer aos companheiros, nesse curto mandado que a gente teve. Eu, que já fui funcionário desta Casa muitos anos. Para mim foi uma satisfação enorme exercer esse mandato curto, mas muito proveitoso para mim, para minha história.

Quero agradecer muito aos companheiros, aos funcionários dessa Casa. Quero agradecer ao deputado Cezinha de Madureira, que se elegeu deputado federal, de quem eu herdei o gabinete, e agradecer, nisso, todos os funcionários do gabinete, que foram sempre atenciosos, trabalharam com muita dedicação, eu quero deixar isso registrado e mostrar a importância desse Parlamento.

Vai vir aí uma nova legislatura, com novos deputados. Eu espero que venham deputados com espírito de agregar, com espírito de construir uma coisa melhor, não com espírito de agredir, de revanchismo, de fazer luta política. Nós temos que olhar para o bem da população, e ver o que é melhor para isso.

Eu espero que essa nova legislatura traga isso. Então, quero agradecer a todos. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. SEBASTIÃO SANTOS - PRB - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças partidárias com assento nesta Casa, solicito a suspensão dos trabalhos até as 16 horas e 30 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUTOR ULYSSES - PV - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência acolhe o solicitado pelo nobre deputado Sebastião Santos e suspende a sessão até as 16 horas e 30 minutos.

Está suspensa a sessão.

 

* * *

 

- Suspensa às 16 horas e 19 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 40 minutos, sob a Presidência do Sr. Carlão Pignatari.

                                                                                 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, vamos passar à Ordem do Dia.

                       

* * *

- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

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O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Há sobre a mesa requerimento de urgência do Projeto de lei nº 24, de 2019, de autoria do nobre deputado Bruno Caetano, que autoriza o Poder Executivo a instituir o Programa Bolsa Empreendedor.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento de urgência.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA – PT - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças, peço o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo entre as lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantado os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia, lembrando-os ainda da sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 19 horas.

Está levantada a presente sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 16 horas e 41 minutos.

           

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