22 DE MARÇO DE 2019
5ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: GILMACI SANTOS
Secretaria: CORONEL TELHADA
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - GILMACI SANTOS
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - CORONEL TELHADA
Parabeniza municípios que aniversariam nesta data. Informa
visita a Mogi das Cruzes. Elogia o prefeito Marcos Melo. Acrescenta que
estivera presente em formatura de 39 guardas municipais. Noticia que câmeras de
segurança, via convênio com a China, devem ser instaladas na citada cidade.
Cumprimenta o coronel Prado. Defende o trabalho conjunto das polícias.
Manifesta-se a favor da reforma do Regimento Interno desta Casa.
3 - ENIO LULA TATTO
Exibe e comenta foto de obra, do programa Minha Casa Minha
Vida, paralisada na Av. Roberto Marinho. Responsabiliza o governo estadual,
inclusive pela não entrega de apartamentos no Parque dos Búfalos. Mostra foto
de paralisação de obra do monotrilho Linha 17. Informa que o consórcio
abandonara a obra e que a empresa contratada para a entrega do trem está
falida. Critica o governo municipal pelas condições das ruas na capital.
4 - LECI BRANDÃO
Lê e comenta matéria a respeito de conquistas em olimpíadas
de matemática, de beneficiários do Bolsa Família. Informa que professora da
zona sul de São Paulo está entre os dez concorrentes ao "Nobel de
Educação". Valoriza a Cultura. Comunica que hoje deve haver manifestações
populares contra a reforma da Previdência. Clama pela paz e pelo diálogo.
Manifesta-se a favor de projetos que beneficiem a população do Estado.
5 - DOUGLAS GARCIA
Parabeniza a atuação do deputado Delegado Olim, por
interceptar assaltantes, ontem. Noticia que Juraci, ativista de Direitos
Humanos, vira seu filho falecer em ocorrência de latrocínio. Acrescenta que o
autor do disparo já havia cometidos crimes. Critica a audiência de custódia, a
seu ver, retrato da "bandidolatria". Exibe e critica foto do Condepe,
por compartilhar foto de atividade do PT neste Parlamento. Informa que juiz
libertara acusados por crimes violentos. Revela o aumento do número de
assassinatos em São Paulo e no Rio de Janeiro. Exibe vídeo sobre fala de
promotor de Justiça, a desconsiderar o tráfico de drogas como problema.
6 - RICARDO MELLÃO
Cita fala do economista Milton Friedman, a respeito da
ineficiência do estado amplo, preocupado com atividades não essenciais. Defende
a privatização do Ginásio do Ibirapuera, em razão dos gastos para manutenção e
reduzido retorno. Defende o aumento na oferta de empregos.
7 - GIL DINIZ
Parabeniza a primeira-dama, Michele Bolsonaro, pelo
aniversário comemorado hoje. Lembra que a homenageada trabalha a favor de
deficientes, inclusive na igreja. Informa que deve viajar a Registro hoje, para
contato com produtores agrícolas. Acrescenta que no dia 25/03 deve visitar
Votuporanga, para tratar de assuntos da Santa Casa. Coloca-se à disposição de
caçadores, atiradores e colecionadores. Lamenta a proibição da caça de javalis.
8 - CORONEL NISHIKAWA
Discorre acerca do trabalho da Polícia Militar. Afirma que
seu mandato visa a suprir anseios de profissionais da categoria. Comenta a
carga horária de trabalho, sem horas extras e adicional de insalubridade.
Assevera que a Polícia Militar não é inimiga da população civil. Homenageia
seus saudosos pais e saudosa esposa. Enaltece a relevância do respeito em
sociedade. Defende a redução dos pedágios em rodovias estaduais.
9 - THIAGO AURICCHIO
Agradece a Deus, à sua família e aos amigos pela
possibilidade de representar a população neste Parlamento. Faz breve relato de
sua trajetória pessoal e profissional. Valoriza a política como meio de
promover melhoria na vida de pessoas. Cita e comenta fala de José de Alencar.
Informa que é da região do ABC.
10 - PAULO LULA FIORILO
Informa que é o presidente do PT nesta capital. Lê e comenta
editorial de jornal, acerca da visita do presidente Jair Bolsonaro e alusão ao
professor Olavo de Carvalho, nos EUA. Rebate fala da citada autoridade, a
respeito do risco de aproximação do Brasil ao socialismo e ao comunismo.
Defende a manutenção de direitos sociais. Informa que hoje deve haver
manifestação em frente ao Masp.
11 - GIL DINIZ
Para comunicação, informa que assistira e lera livros do
professor Olavo de Carvalho sob influência de amigo petista.
12 - VINÍCIUS CAMARINHA
Informa que hoje comemora-se o Dia Mundial da Água. Lê e
comenta matéria sobre riscos a rios brasileiros. Informa que propusera CPI a
respeito do tema. Defende o combate à poluição dos recursos hídricos. Cita a
despoluição do rio Sena, em Paris. Acrescenta que desde 1990 há programas de
despoluição dos rios Tietê e Pinheiros, mas sem resultados satisfatórios.
Lembra que este Parlamento deve fiscalizar e dialogar com entidades
responsáveis. Enaltece a relevância do citado bem público. Noticia que o jornal
"Folha de S.Paulo" dera destaque ao tema.
GRANDE EXPEDIENTE
13 - PAULO LULA FIORILO
Para comunicação, comenta editorial do jornal "O Estado
de S. Paulo", crítico ao presidente Jair Bolsonaro.
14 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Anuncia a visita do ex-deputado estadual Abelardo Camarinha.
15 - MAJOR MECCA
Agradece ao prefeito de Franco da Rocha e ao secretário
estadual da Educação, por terem dado resposta a demandas dos moradores do
bairro de Mato Dentro, na cidade mencionada. Tece considerações sobre os
usuários de drogas e moradores de rua no centro da Capital. Manifesta-se
contrário à reforma da Previdência.
16 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Dá as boas-vindas ao deputado federal Gilberto Nascimento,
presente em plenário.
17 - GIL DINIZ
Para comunicação, faz coro ao pronunciamento do deputado
Major Mecca. Cobra do governo estadual a concessão de reajuste para os
policiais.
18 - THIAGO AURICCHIO
Lê e comenta matéria, do jornal "Diário do Grande
ABC", acerca dos atrasos na construção da Linha 18-Bronze do Metrô. Cita
declaração do governador João Doria, que aponta uma possível troca de modal.
Acrescenta que tal mudança seria contrária ao desejo da população (aparteado
pelos deputados Vinícius Camarinha e Coronel Nishikawa).
19 - ALTAIR MORAES
Faz histórico de sua trajetória biográfica. Discorre sobre a
importância de amar as pessoas, independentemente de divergências ideológicas.
Declara que tratará todos os seus pares com respeito. Defende políticas
públicas voltadas à juventude. Coloca-se à disposição de todo o povo paulista.
Faz reflexão sobre o "Pai Nosso".
20 - CORONEL NISHIKAWA
Argumenta que o excesso de embates ideológicos, nesta Casa,
prejudica a realização do trabalho legislativo. Relata sua trajetória na
Segurança Pública. Apresenta reivindicações dos policiais militares. Pede união
entre os parlamentares. Faz coro ao pronunciamento do deputado Thiago Auricchio
sobre problemas no Grande ABC.
21 - THIAGO AURICCHIO
Para comunicação, concorda com o discurso do deputado Coronel
Nishikawa.
22 - PAULO LULA FIORILO
Rebate discurso anterior do deputado Douglas Garcia sobre o
Condepe. Alude à quantidade de obras paralisadas em vários locais de São Paulo.
Destaca problemas no transporte público. Tece críticas ao governo estadual.
Questiona a falta de investimentos na região do Vale do Ribeira. Opõe-se à
diminuição do tamanho do Estado.
23 - DOUGLAS GARCIA
Para comunicação, lê manifesto de juristas tratando da
Segurança Pública. Afirma que existe uma cultura de impunidade no Brasil.
24 - DOUGLAS GARCIA
Para reclamação, responde às palavras do deputado Paulo Lula
Fiorilo. Tece críticas ao Condepe. Acusa partidos de esquerda de serem
contrários à Polícia Militar.
25 - MARINA HELOU
Pelo art. 82, discorre sobre a história de família que não
tem água tratada em São Paulo. Lembra que hoje é o dia da água. Menciona
números referentes ao Saneamento Básico no estado de São Paulo. Diz que este
dia não deve ser comemorado. Lamenta a não instauração da CPI da Sabesp e a não
derrubada do veto referente ao projeto de lei que cria um Comitê e o Mecanismo
de Prevenção e Enfrentamento à Tortura no Estado de São Paulo. Opõe-se ao
mecanismo de protocolização das CPIs nesta Casa. Esclarece que esta Casa não
pode continuar submissa ao Governo do Estado.
26 - MARINA HELOU
Para comunicação, afirma que não é oposição e nem base do
Governo. Apela aos deputados para que façam seus papéis e que esta Casa possa
ser tratada com respeito. Convida todos para participarem, dia 24/03 às 14
horas nesta Casa, da abertura de seu gabinete.
27 - PAULO LULA FIORILO
Pelo art. 82, combate o pronunciamento do deputado Douglas
Garcia. Afirma que o Condepe tem representação de vários órgãos. Defende a
investigação de diversos assuntos relacionados ao PSL. Discorre sobre as marcas
deixadas por governos do PT como a criação de conselhos e Orçamento
participativo. Considera a destruição como uma das teorias do Governo Bolsonaro
e seu partido. Diz que seu partido irá resistir, defendendo a vida digna e não
a precarização. Ressalta que deve ser discutido um Estado que defende os que
mais precisam. Esclarece que o papel do Parlamento é discutir e avançar.
28 - PAULO LULA FIORILO
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
29 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária de 25/03, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.
*
* *
- Assume a Presidência e abre a sessão
o Sr. Gilmaci Santos.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e convida o nobre deputado Coronel Telhada para ler a resenha
do Expediente.
O SR. CORONEL
TELHADA - PP - Sr. Presidente, temos aqui uma indicação do prezado deputado Ricardo
Madalena, indicando nos termos regimentais ao senhor governador do Estado que
determine a adoção de medidas necessárias visando a liberação de recursos
financeiros para aquisição de um veículo para área de assistência social do
município de Espírito Santo do Turvo.
Temos também uma indicação da prezada
deputada Letícia Aguiar, indicando nos termos regimentais ao senhor governador
do Estado que tome as dignas providências, no sentido de que seja instalado um
hospital regional a ser localizado na cidade de Cruzeiro, para atender a
população que reside nos 17 municípios que integram o vale histórico. É somente
isso, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Esta Presidência
agradece o nobre deputado Coronel Telhada e vamos iniciar os nossos trabalhos
no Pequeno Expediente. Convidamos o primeiro orador inscrito que é a deputada
Erica Malunguinho. (Pausa.) Nobre deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Nobre
deputado Rafael Silva. (Pausa.) Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Deputada
Analice Fernandes. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor.
(Pausa.) Deputado Coronel Telhada. Tem V. Exa. o tempo regimental.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Prezado Sr. Deputado
Gilmaci Santos, presidente desta sessão, Sras. Deputadas, Srs. Deputados,
assessores e funcionários aqui presentes, policiais militares, quero saudar o
cabo Ricardo, em nome de quem eu sempre saúdo a nossa assistência militar,
saudar os senhores aqui presentes, sejam bem-vindos e saudar também a todos que
nos assistem pela TV Alesp.
Quero começar a
minha fala, hoje, saudando os municípios, como eu costumo fazer todo dia, que
aniversariam nessa data. Quero começar saudando as cidades de: Aparecida do
Oeste, a cidade de Nova Granada, a cidade de Santa Adélia, a cidade de Santa
Salete, a cidade de Onda Verde, a cidade Pracinha, a cidade de Pratânia e a
cidade de Quadra. Aproveito para mandar um abraço para o amigo prefeito Luiz,
lá de Quadra.
Então, hoje nós
temos essas cidades aniversariando. Parabéns a todos que trabalham para fazer
com que as cidades tenham melhor condições para atender à população e grande
abraço a todos os amigos e amigas desses municípios que aqui nós citamos.
Quero
aproveitar, Sr. Presidente, e dizer aos companheiros, aos senhores deputados e
deputadas, que hoje nós estivemos no município de Mogi das Cruzes. Estivemos lá
com o prefeito Marcus Melo, prefeito daquela cidade que está fazendo um
excelente serviço, uma excelente administração. Tem trabalhado forte na cidade
de Mogi das Cruzes, em especial na área da Segurança Pública, através da Guarda
Municipal.
Então, ao
prefeito Marcus Melo, ao vice-prefeito, o Juliano Abe, com quem também
estivemos juntos lá, ao meu amigo, secretário de Segurança Municipal, Paulo
Roberto Madureira Sales, coronel Sales, que já foi comandante inclusive do
Batalhão de Mogi, e hoje é o secretário de Segurança Municipal. Mandar um
abraço também ao coronel Álvaro Cunha, secretário adjunto, enfim a todos amigos
que eu encontrei lá Coronel Carlos Nakaharada, Coronel Arroyo, enfim vários
amigos que nós tivemos oportunidade de estarmos juntos nesta manhã de
sexta-feira, onde nós participamos da formatura de 39 novos guardas municipais,
homens e mulheres, salvo engano são 12 mulheres e os demais homens, formando o
número de 39 novos guardas municipais que trabalharão na cidade de Mogi das
Cruzes. Inclusive a cidade de Mogi das Cruzes está implantando um sistema muito
forte de monitoramento eletrônico, não só na cidade, como inclusive nas
viaturas que estão sendo munidas de sistema de reconhecimento facial. É um
sistema que está vindo da China, eles estão fazendo um convênio com a China, e
fazendo um trabalho muito forte na segurança eletrônica, que é o futuro da
segurança, não temos como fugir disso. É um futuro onde nós economizaremos em
pessoas e também aplicaremos mais em tecnologia, porque esse é o futuro não só
da segurança, mas de todo o mundo.
Então, parabéns
a todos os amigos da querida cidade de Mogi das Cruzes. Parabéns à Guarda
Municipal de Mogi das Cruzes; parabéns aos amigos do 17º Batalhão de Polícia
Militar, que eu tive a honra de ser comandante interino como major, em 2003. E
também quero mandar um abraço ao meu amigo, coronel Prado. O coronel Prado,
hoje, é o comandante do Comando de Policiamento de Área/M-12, Área
Metropolitana 12. O coronel Prado está fazendo um excelente serviço lá. É
gratificante nós estarmos com pessoas que pensam, comungam das mesmas ideias,
trabalham forte pela sociedade e pela Segurança Pública.
Então, eu quero
aqui mandar um abraço a todos, queridos e queridas amigas da cidade de Mogi das
Cruzes. E também dizer a todos os amigos do interior, que têm as suas guardas
municipais, para que a gente possa desenvolver mais o serviço, trabalhar junto
com a Polícia Militar, porque eu sou aquele cara que agrega, jamais divido. Não
sou homem da divisão; sou homem de agregar. Eu acho que a Polícia Militar tem
que trabalhar em conjunto com a Polícia Civil, trabalhar em conjunto com a
Polícia Técnico-Científica, trabalhar em conjunto com as guardas municipais, a
Polícia Comunitária, juntamente com a Polícia Federal. Quando a gente agrega,
quem ganha é a população. Quando a gente briga, o principal prejudicado...,
quando a gente desagrega, briga e torna um clima terrível, o principal
prejudicado é o cidadão, no caso o cidadão de São Paulo.
Então eu sou um
homem que sempre agregou, sempre procurou trazer tranquilidade. Aliás,
deputados, essa postura até incomoda muita gente. As pessoas esperam da minha
atitude que às vezes eu seja mais aguerrido, mas eles confundem aguerrido com
agressivo. Aguerrido é aquele que tem ideias e combate essas ideias, luta por
essas ideias, briga no sentido de persuasão, no sentido de fatos para que sua
ideia seja aceita. Então, aguerrido é diferente de pessoas que você passa a
ofender. Então, eu não sou agressivo; sou aguerrido. Agressivo nós somos quando
precisamos ser, se estamos em combate. Trinta e três anos que eu fiquei na
Polícia Militar, quando você sai na rua você estava cuidando da sua equipe,
cuidando da população. Quando você era atacado por um criminoso, você tinha que
responder, no mínimo, à altura, porque senão eu não estaria aqui presente,
hoje, haja vista que fomos feridos inclusive duas vezes em combate. Tenho duas
marcas de bala no corpo, e a gente sabe o quanto dói.
Então,
lembrando aos Srs. Deputados, união. Temos que trabalhar juntos. Nós temos
muita coisa para fazer nesta Casa. Nós temos que mudar o nosso Regimento
Interno; temos que desenvolver vários projetos, não só de interesse dos
deputados, que representam, cada um uma parte da população paulista, mas também
projetos do Governo que venham trazer um melhor ordenamento, uma melhor vida a
toda a nossa população.
Então,
senhores, pela união e menos agressão.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Obrigado, nobre
deputado Coronel Telhada.
Continuando a lista dos oradores
inscritos, chamamos o nobre deputado Ed Thomas. (Pausa.) Nobre deputado Enio
Lula Tatto.
O
SR. ENIO LULA TATTO - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público
que nos assiste e que nos visitam, queria falar, hoje, sobre um tema muito
importante do estado de São Paulo, do Brasil, mais da Capital de São Paulo.
Gostaria que colocassem uma foto no telão que é sobre habitação popular, do
Governo do Estado. Aliás, nessa foto, vamos conseguir verificar dois problemas
do governo do PSDB, tanto do governo municipal, que era o Doria e hoje é o
Bruno Covas, quanto do Governo do Estado, que é o João Doria.
Essa foto aí,
todo mundo conhece. Fica ali perto do aeroporto, na Washington Luís com a
Roberto Marinho. Aí está o desperdício do dinheiro, a falta de planejamento, a
incompetência, o descaso de governos incompetentes: o governo do PSDB.
Vocês estão
vendo um conjunto que foi começado e chegou a este patamar no governo do PT, no
governo Haddad, do Minha Casa Minha Vida. São mais de 300 apartamentos e faz
dois anos e meio que estão nessa situação. Muita gente desalojada, na beira dos
córregos, com as casas caindo nas enchentes; o município e o estado pagando
aluguel social, que é uma mixaria que não resolve o problema de quem precisa. É
um gasto a mais do estado de São Paulo.
Pois bem, faz
dois anos e meio que está nessa situação. Esse conjunto fica ali no Buraco do
Sapo, aqui pertinho. Esse é um dos problemas das obras paradas e totalmente
abandonadas. São obras que foram começadas, inclusive, no governo do Fernando
Haddad, no governo no PT. E não terminam.
Esses dias, na
legislatura passada, mostrei aqui o Parque dos Búfalos, que tem em torno de
três mil apartamentos. Foi entregue um terço. Os demais estão prontos; faz mais
de um ano que não entregam as chaves para quem precisa. Aí, falaram que o
problema é da Cetesb. Mas a Cetesb é do Governo do Estado, do PSDB. A
prefeitura é do PSDB. Construíram tudo, está pronto, mas, de repente, não
entregam as chaves. Isso é o governo do PSDB, tanto no estado como na Capital.
Essa foto
também mostra mais uma incompetência, dinheiro desperdiçado. Vocês estão vendo
a foto do monotrilho, que é notícia no dia de hoje em todos os jornais, em
todos os meios de comunicação. É a Linha 17 - Ouro, aquela que foi prometida
para a Copa do Mundo. Pois bem, está parada. A região da Roberto Marinho e da Washington
Luís está desse jeito, como todo mundo vê, atrapalhando o trânsito,
simplesmente parada.
Hoje, a
notícia, sabe qual foi? Foi de que o consórcio desistiu. Abandonaram a obra! E
aí o secretário Alexandre Baldy vai à televisão e fala que o problema é do
consórcio, não do Governo do Estado. Como não é do Governo do Estado? Quando se
faz o contrato, não há garantias, não se conhecem as empresas? Pois bem,
abandonaram a obra.
E o pior de
tudo, mais uma notícia que nos deixa abismados com até onde um partido
político, o PSDB, consegue ser incompetente: a empresa que ganhou para fornecer
os trens, da Malásia, faliu. Ou seja, não tem trem para entregar. Se terminar a
estrutura, a infraestrutura, não haverá trem para entregar, pois faliu.
Então, é um
absurdo o que vemos no estado de São Paulo. E são 26 anos de governo do PSDB.
Não dá para dizer que é herança maldita, que o anterior é incompetente. Não! É
o mesmo! É o mesmo! É Alckmin, é Serra e, agora, o Doria, que se juntou com o
PSL, formou o Bolsodoria e continuou no poder, administrando novamente o estado
de São Paulo.
É uma vergonha,
é dinheiro público jogado fora, tanto na habitação do município de São Paulo,
com o Bruno Covas... Aliás, eu nunca vi a cidade na situação que está. Qualquer
deputado aqui quando vai andar nas ruas dê uma olhadinha como é que está a buraqueira.
Não tem mais faixa exclusiva porque os ônibus não podem mais passar porque a
buraqueira está tão grande. Corredor de ônibus cheio de buraco, a cidade
totalmente abandonada e o estado nessa situação.
Finalizando, deputado
Paulo Fiorilo, não existe uma obra de metrô na cidade de São Paulo depois de 24,
26 anos de governo do PSDB, desde lá de Mário Covas, não tem uma obra que eles
começaram e terminaram. Em todas elas está faltando um pedaço. A Linha-4, que é
uma das mais antigas, parou na estação Morumbi, não fizeram a da Vila Sônia e
aquilo que não está devagar quase parando está parada, que é o caso da linha do
metrô da Brasilândia.
Era isso, Sr. Presidente,
era só para voltar a falar da incompetência do PSDB no governo.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB – Obrigado,
nobre deputado 1º secretário desta Mesa, deputado Enio Tatto. Convidamos agora
para uso da palavra a nobre deputada Monica da Bancada Ativista (Pausa.) Nobre
deputada Leci Brandão. Tem V. Exa. o tempo regimental, nobre deputada.
A
SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Deus abençoe, proteja e ilumine todas e todos que aqui
estão. Sr. Presidente, hoje é sexta-feira, dia de Oxalá, dia de paz, normalmente
sexta-feira eu estou de branco, né, Giannazi? A gente precisa disso. Eu
gostaria até de registrar aqui dois fatos, não é fake news, são fatos reais.
Porque fake news ninguém
sabe de onde vem, mas fatos reais a gente pode registrar. Um estudo encontra 999
beneficiários do Bolsa Família que conquistaram 1.288 medalhas em olimpíadas de
Matemática. Isso saiu no G1, uma matéria da Ana Carolina Moreno e da Vanessa
Fajardo.
A abrangência da
iniciativa tem ajudado a revelar talentos para a área, inclusive entre parte
das famílias mais pobres do Brasil. Um cruzamento de dados do Ministério de Desenvolvimento
Social encontrou entre as 45.000 medalhas distribuídas desde 2011, 999
estudantes beneficiários do Programa Bolsa Família. A distribuição dos jovens
atinge todos os estados.
Além dos jovens citados
na matéria, outros 997 beneficiários do Bolsa Família acumulam no total 1.288
medalhas, sendo 93 de ouro, 234 de prata e 961 de bronze. Os estudantes também
receberam 465 menções honrosas no período. Em relação aos professores que
também foram ofendidos esta semana, nós temos um outro fato.
Uma das dez melhores professoras
do mundo, Débora Garofalo, usa robótica em aula. Débora Garofalo, professora de
escola municipal da zona sul de São Paulo, ela está, deputado Enio, entre os dez
concorrentes do “Nobel de Educação” e o que é o Global Teacher Prize, notícia
da revista “Veja”, em São Paulo.
Então, a gente entende
porque é que os professores estão aí tomando suas iniciativas no sentido de
enfrentar todo o desajuste, toda a injustiça que é feita em relação a eles e a
gente tem que entender que um país para se sentir realmente um país grandioso
ele tem que cuidar da Educação e tem que cuidar da Cultura. Se não fizer isso a
gente pode perder as esperanças porque as coisas ficarão cada vez mais piores.
Eu respeito professores.
Como artista já fiz música para os professores e não me arrependo, porque
educação é uma coisa fundamental na nossa vida e também queria comunicar que
hoje em todo o Brasil estão acontecendo manifestações enfrentando essa questão
da reforma da Previdência.
Vamos ter inclusive um
encontro no Masp. Ainda ontem, o deputado Carlos Giannazi falava aqui na tribuna
sobre esse encontro, esse grande encontro que teremos. A gente evidentemente está
a favor. Acho que qualquer coisa que é para fortalecer o trabalhador,
fortalecer a Educação e a Cultura, nós estamos sempre dando a nossa presença e
o nosso voto favorável.
Sr.
Presidente, eu também gostaria de registrar as mesmas coisas que o Coronel Telhada
acabou de falar ainda há pouco, que é a questão da paz, da união, do diálogo.
Coronel
Nishikawa, queria dizer à V. Exa. que ao seu lado está o Major Mecca. Muito
obrigada pela sua gentileza, pelo carinho, pelo respeito que tem tido pelo
nosso trabalho, pela nossa atuação.
E dizer para os
senhores que a mim não interessa quem é civil ou quem é militar. Interessam
aqui as pessoas, as suas ações e os seus projetos. Sempre que esses projetos
tiverem um compromisso com o povo de São Paulo para fortalecê-lo, os senhores
podem ter certeza de que eu estarei ao lado de Vossas Excelências.
Apenas isso,
Sr. Presidente. Muito obrigada.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Obrigado,
nobre deputada Leci Brandão. Vamos dar continuidade à nossa lista. Convidamos
agora o nobre deputado Douglas Garcia.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PSL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito boa tarde a todos, Sr. Presidente, caros pares
aqui presentes.
Eu quero
começar o meu discurso hoje parabenizando a atuação do deputado estadual Delegado
Olim. Ontem, ao vir a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, ele fez a
interceptação de dois bandidos, dois vagabundos que estavam assaltando aqui na
zona sul da cidade de São Paulo. Foi o nosso querido deputado quem os apreendeu
e os levou para a polícia. Foi chamada a Polícia Militar.
O deputado
muito honra a imagem desta Casa ao passar nos jornais de TV locais, como Rede
TV, SBT etc. Fica aqui registrado meu agradecimento e minha parabenização ao
deputado Delegado Olim.
E, por falar em
bandidos, senhores, eu não poderia falar sobre outro assunto que não seja essa
“bandidolatria” do estado que estamos vivendo hoje em dia. A senhora Juraci de
Osti, que é uma mulher que muito frequentava esta Casa e o Congresso Nacional,
uma ativista pelos Direitos Humanos, estava voltando com seu filho, Thiago de
Osti, de uma degustação de uma festa de casamento quando ela viu seu filho ser
morto na sua frente, na porta da sua casa, por bandidos que queriam levar seu
carro.
Ele chegou a
entregar a chave a um dos bandidos, mas, mesmo assim, foi baleado e morreu
pouco depois no hospital. Ou seja, foi vítima de latrocínio. Sem auxílio
governamental e sem auxílio de ONGs, de entidades de Direitos Humanos
principalmente, a senhora Juraci de Osti nunca desistiu e espalhou cartazes por
vários bairros da cidade para auxiliar a polícia a encontrar os assassinos de
seu filho.
Apenas o homem
que atirou foi encontrado. E adivinhem só? Ele já tinha passagens por roubo,
furto e receptação. Senhores, eu gostaria de perguntar, primeiramente, o que um
homem que já tinha passagem por roubo, furto e receptação estava fazendo solto?
Respondo.
Quais são as
razões de os bandidos estarem soltos hoje no estado de São Paulo e no nosso
Brasil? Primeiro, audiência de custódia. Temos aqui o relato de uma juíza de
direito do Rio de Janeiro que diz que a audiência de custódia é o mais atual
retrato da “bandidolatria”.
A
Excelentíssima Juíza Ludmila Lins Grilo fala que a audiência de custódia é um
caríssimo SAC de atendimento ao cliente em que o preso pode descarregar toda a
sua insatisfação com o serviço prestado por quem o prendeu, ou seja, o
policial, que nada poderá dizer na sua audiência. Audiência de custódia é o
mais retrato da “bandidolatria”.
Ainda falando
sobre “bandidolatria”, outro aspecto que ajuda e muito os bandidos no estado de
São Paulo é o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, o
Condepe. E, por falar em Condepe, senhores, levei um susto hoje quando eu abri
o computador no Facebook.
Vou pedir para
que coloquem a imagem. A primeira imagem. Pois é isso aí que vocês estão vendo
mesmo. A primeira coisa que eu pergunto: o que um órgão governamental - porque
é um conselho, Conselho estadual de Direitos da Pessoa Humana - está fazendo
compartilhando coisas de um partido, PT na Alesp?
Eu me pergunto
se isso é legal, pois, que eu saiba, órgãos governamentais não podem fazer
propaganda político-partidária. E é muito perigoso a bancada do PT na Alesp
permitir que isso seja compartilhado, porque podem fazer correlações, uma vez
que o ex-vice-presidente do Condepe está preso por passar informações
privilegiadas ao crime organizado.
Continuando,
senhores, esse tipo de atuação na defesa dos bandidos acaba levando a situações
como essa. “Juiz que soltou agressor de grávida liberta outros suspeitos de
violência”. Isso aqui no nosso estado de São Paulo. O juiz Thiago Pedro
Pagliuca dos Santos é criticado pelo MP por ter libertado acusados de crimes
violentos na região metropolitana do interior de São Paulo. Número de
assassinatos cresce no estado de São Paulo e no Rio de Janeiro.
Essa
“bandidolatria” infelizmente tem se tornado mais presente, porque são
utilizados os aparatos do Estado na defesa desses bandidos. Por incrível que
pareça, existem promotores de Justiça de Direitos Humanos que acham que o
tráfico de drogas, que acham que a “bandidolatria” deve ser seguida, a exemplo
do vídeo que eu vou tocar para vocês agora.
* * *
- É exibido vídeo.
* * *
Nós temos aí um promotor de Justiça dizendo
que o tráfico de drogas não, o tráfico de drogas não é um problema. Ora, nós,
como parlamentares eleitos pelo povo brasileiro - para concluir, Sr. Presidente
-, principalmente aqui, no estado de São Paulo, precisamos da retaguarda
jurídica e legislativa para todos os promotores de Justiça e juízes de direito
que não aguentam mais a “bandidolatria” sendo exaltada aqui no nosso Estado.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Obrigado,
nobre deputado. Convidamos agora a nobre deputada Isa Penna. (Pausa.) Deputado
Tenente Coimbra. (Pausa.) Deputado Rafa Zimbaldi. (Pausa.) Deputado Daniel
José. (Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Sebastião
Santos. (Pausa.) Deputado Altair Moraes. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.)
Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputada Adriana Borgo. (Pausa.) Deputado
Ricardo Mellão
O
SR. RICARDO MELLÃO - NOVO -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados aqui presentes, pessoal
da galeria, servidoras e assessores da Alesp, eu queria iniciar a minha
apresentação aqui na Assembleia paulista citando Milton Friedman, grande
economista, Prêmio Nobel de Economia de 1976: se colocarem o governo para
administrar o deserto do Saara, em cinco anos vai faltar areia.
Essa é uma
realidade. E por que essa é uma realidade? Porque nós temos certa idolatria à
figura do Estado, em que se acredita que ele é onipotente e que sua onipresença
e o seu gigantismo vai resolver todos os problemas, quando isso não é verdade.
Na busca de um
Estado grande, pretendendo que ele seja forte, nós temos, no máximo, um Estado
pesado, obeso e que sacrifica todo trabalhador brasileiro, que é obrigado a
arcar com parte daquilo que ele produz para sustentar essa máquina ineficiente.
É por isso que temos péssimos serviços em Educação, passamos vergonha nos
testes internacionais do Pisa, temos péssimos serviços de Saúde. Por quê?
Porque temos um Estado que quer fazer coisas demais e não faz aquilo que é
essencial: Saúde, Segurança, Educação, sobretudo.
Comentando esse
tema, eu queria adiantar um debate que provavelmente se iniciará nas próximas
semanas, que é um grande exemplo de onde o Estado não deveria estar e hoje ele
está, que é o nosso Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, mais conhecido
o conjunto do Ginásio Ibirapuera, um conjunto em que hoje você tem ali uma área
de 100 mil metros quadrados, estimada no valor de mais de um bilhão de reais.
Para mantê-lo, hoje, o Estado gasta 18 milhões de reais anuais. Sabe quanto ele
rendeu, isso organizando shows, eventos, uma série de coisas no ginásio que ele
possui? Dois milhões e meio de reais, ou seja, mais de 15 milhões de reais de
dinheiro público sendo desperdiçado, sendo que isso poderia ser muito bem um
papel da iniciativa privada, que poderia assumir todo o complexo, todo o
conjunto, e fazer algo muito melhor. Nós temos uma arena precária ali, que,
quando organiza evento, é alvo de reclamações dos que estão presentes, dos que
vão lá, dos que assistem. E poderia ter algo muito melhor.
O projeto
contempla uma arena multiuso, coberta, de 20 mil lugares. É o que ele pretende.
E temos aí uma grande oportunidade de não perder mais grandes eventos, como nós
estamos perdendo, para outras cidades do Brasil, como Rio de Janeiro e Belo
Horizonte. Ou seja, um grande elefante branco custeado com dinheiro do pagador
de impostos, que não rende nada e poderia estar rendendo. É valor represado
ali, que poderia estar gerando e agregando valor, gerando renda, gerando
oportunidades de emprego.
Imaginem só o
que nós poderíamos movimentar em termos de turismo, com uma arena de 20 mil
lugares, igual tem em Los Angeles, em Nova Iorque, na Cidade do México - para
não dizer que a gente só cita exemplos de países desenvolvidos. Na Cidade do
México, tem uma arena multiuso coberta, apropriada para isso, e nós não temos
aqui.
Então, é vital
que discutamos esse projeto. Para quê? Porque isso vai trazer benefícios de
fato, vai movimentar o turismo, vai movimentar a economia, vai gerar
desenvolvimento, porque o principal programa social que nós temos, gente, não é
o assistencialismo, e sim o trabalho. É o trabalho que dignifica o homem. Eis
aí uma grande oportunidade de gerar valor, renda e trabalho para o paulistano.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Muito
obrigado, nobre deputado. Tem a palavra o nobre deputado Conte Lopes. (Pausa.) Tem
a palavra o nobre deputado Sargento Neri. (Pausa.) Tem a palavra o nobre
deputado Vinícius Camarinha. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Carlos
Cezar. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Gil Diniz.
O SR. GIL DINIZ - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente, toda a Mesa, nobres
deputados aqui presentes no Pequeno Expediente, nossa assessoria - trabalho tão
fundamental aos nossos trabalhos aqui na Casa -, assessoria militar, todos os
que nos assistem pela TV Assembleia, a galeria também. Como fiz ontem, aqui na
tribuna, dando meus parabéns ao nosso presidente Jair Messias Bolsonaro, hoje
também é um dia de festa, porque a primeira dama, Sra. Michelle Bolsonaro, faz
aniversário. Me referi a ela ontem, que é uma grande atuante nesse serviço
social. Ela ensina libras na igreja - a língua de sinais - para os surdos que
frequentam o ministério, a fé que ela professa. Ela agora encabeçou, aqui no
Brasil, essa luta pelos direitos das pessoas com deficiências.
Então, foi muito bonito de ver. Eu estava presente lá
no dia primeiro, na posse do presidente. Vê-la quebrar o protocolo e discursar
em libras. Então, creio que pela primeira vez uma mulher, protagonista, faz um
discurso na língua de sinais, homenageando essa população que muitas vezes é
esquecida. Então, dona Michelle Bolsonaro, meus parabéns, e conte com nosso
mandato aqui no estado de São Paulo, para promover essa agenda. E essas
pessoas, que muitas vezes são esquecidas, têm aqui um amigo, têm nosso gabinete
de portas abertas para dar andamento nessas pautas.
Queria comunicar também que agora, às 19 horas, iremos
- o Coronel Nishikawa foi nessa semana - à Feibanana, no Vale do Ribeira, em
Registro, para estar junto com os produtores, vendo as demandas da região. Para
quem não conhece, o Vale do Ribeira é uma das regiões mais pobres do estado de
São Paulo. Tem uma série de dificuldades nas cidades. Conheço alguns prefeitos,
vice-prefeitos, vereadores.
Então, iremos lá, para estar recebendo essas demandas e colocando também o
nosso mandato à disposição dessas pessoas.
Na segunda-feira, vamos
à Votuporanga, visitar a Santa Casa. A Santa Casa de Votuporanga é uma
referência ali na região, uma referência de atendimento público. Eu tenho a
honra de ter participado, junto com o Eduardo Bolsonaro, na destinação de quase
dois milhões, em emendas, para aquela Santa Casa, para auxiliar no custeio,
para que a população daquela região tivesse ali um bom atendimento.
Para finalizar, até por
falar em Votuporanga, colocar o meu mandato à disposição dos CACs. Para quem
não conhece os CACs, são os caçadores, atiradores e colecionadores no nosso
estado que, muitas vezes, acabam sendo perseguidos. Muitas vezes, são rotulados
com adjetivos baixos. Na verdade, por exemplo, os caçadores são grandes
colaboradores do estado de São Paulo,
que os proibiu de caçar, Douglas, os javalis, o “javaporco” e os seus híbridos.
O javali, para quem não
sabe, é uma praga nas nossas lavouras e está acabando com a lavoura no estado
de São Paulo. O governo anterior do Márcio França proibiu o controle dessa
praga, o controle do javali e do “javaporco”; praticamente, inviabilizou. Então,
vamos, sim, debater aqui nesta Casa. Se possível, vamos revogar esse projeto e
vamos, sim, respeitar os CACs - caçadores, atiradores e colecionadores aqui no estado
de São Paulo.
Muito obrigado,
presidente.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI
SANTOS - PRB - Muito
obrigado, deputado Gil Diniz. Tem a palavra a nobre deputada Beth Lula Sahão.
(Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Coronel Nishikawa.
O SR. CORONEL NISHIKAWA - PSL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos e ao presidente
desta Mesa, dos nossos trabalhos. Primeiramente, eu tenho lido em redes sociais
sobre o que nós vamos fazer aqui, Major Mecca, principalmente os militares.
O meu partido,
para os nossos nobres militares companheiros de trabalho, seja bombeiro, seja
policial de rua, o meu partido chama-se Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Aí vêm as outras necessidades. Só para lembrar de que foi apresentada, na Câmara
dos Deputados, a reforma da Previdência. Gostaria de lembrar, para quem não
conhece o trabalho da Polícia Militar, de que, quando nós saímos à rua, quando os
policiais militares saem à rua, já saem como alvos, alvos fardados, mira de
bandidos.
Bombeiros, quando
saem à rua, sabem que vão encontrar um ambiente insalubre ou o perigo do
incêndio, coisa que nós enfrentamos no dia a dia, coisas que eu enfrentei 20
anos atrás. Eu já estou aposentado há 20 anos. Nós entramos nessa campanha,
pensando em poder somar com os anseios que a corporação tem perante as
autoridades que nos têm deixado de lado, seja estadual, seja federal.
Policiais
militares e bombeiros têm uma vida média menor do que a maioria dos brasileiros,
pelo estresse que passam, pelo trabalho que realizam, principalmente nos horários
de folga. Policiais militares bombeiros têm horas para entrar, para sair não.
Eu já cansei de ficar mais de 12 horas trabalhando, ou em flagrantes ou em
incêndios. Cansei de atender o nosso trabalho fora do horário. Nós não
recebemos um tostão de hora extra, não recebemos insalubridade, muito menos
assistência do Governo para nos levar lanche ou qualquer coisa para consumirmos
durante essa jornada que nós realizamos nas horas extras.
Nós não temos fundo
de garantia, nós não temos horas extras, como já disse, e horários incansáveis
de trabalhos intermináveis. Enquanto nós não cumprimos a nossa missão, nós não
deixamos o nosso trabalho. Nós trabalhamos para o bem e para o bem estar da sociedade.
Outra coisa que
eu gostaria de dizer. Ontem, ou antes de ontem, falaram que a Polícia Militar é
inimiga da população, da sociedade civil. Na minha casa, na minha família, eu
sou o único militar. Então, como posso ser inimigo da minha família? Eu
acredito que muitos policiais daqui, só eles sejam o único militar da família.
Então, não existe esse negócio de polícia inimiga da sociedade. Muito pelo
contrário, nós aprendemos a respeitar, nós somos direitos humanos, sim, para os
humanos, não para os desumanos.
Dito isto,
gostaria de prestar homenagem póstuma aos meus queridos pais, que me deram a educação
e à minha ex-esposa, falecida esposa. Faleceu aos 39 anos, envolvida em um
acidente. Fiquei com três filhos pequenos, sete, oito e dez anos de idade. Eu
estava no último ano da Faculdade de Direito. Hoje eu sou advogado, eu prestei
exame da OAB. Eu consegui passar na Ordem dos Advogados.
Me deram muita
força, me deram muito ânimo, para que a gente tivesse uma educação exemplar,
para que a gente pudesse respeitar as pessoas próximas de nós, e a sociedade é
o bem nosso. A gente não faz nada se não fosse pela sociedade.
Só para fazer a
vontade do deputado Camarinha, eu queria dizer que nós somos a favor de
diminuir os pedágios aqui do nosso Estado. O Estado já arrecada muito. Só de
IPVA, uma fortuna.
É isso aí. Boa
tarde, e desculpe o excesso de tempo.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Obrigado, nobre
deputado Coronel Nishikawa. Convidamos agora o nobre deputado Thiago Auricchio.
O
SR. THIAGO AURICCHIO - PR -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Excelentíssimo
Sr.
Presidente,
Srs. Deputados, público presente, telespectadores da TV Assembleia de São Paulo,
estado de São Paulo, boa tarde.
É com muita
alegria que eu venho aqui novamente no plenário discursar. Na primeira vez vim
representando a minha bancada do PR, mas eu não poderia deixar de fazer um
agradecimento a todas as pessoas e amigos que me ajudaram.
Queria,
primeiramente, agradecer a Deus, pela oportunidade de estar aqui representando
o povo paulista, ao meu pai, à minha mãe, à minha irmã, toda minha família, que
sempre me apoiou em todas as minhas decisões. A gente sabe que sem a família a
gente não chega em lugar nenhum. Queria agradecer aos amigos, que também sempre
estiveram ao meu lado, aos companheiros que obtive nessa caminhada vitoriosa.
Eu queria,
brevemente, contar um pouco da minha história. Desde pequeno, quando eu tinha
11 anos, quando meu pai se tornou prefeito de São Caetano do Sul, eu comecei
acompanhá-lo e a acompanhar a política mais de perto, e a minha mãe também
à frente do
Fundo Social de São Caetano do Sul, me deixou apaixonado pela política. A
política é um meio de a gente transformar a vida das pessoas. Isso, como eu
disse, foi me conquistando ao longo do tempo. Ano retrasado me tornei advogado,
mas sentia que queria fazer mais pelas pessoas.
Foi aí que a
convite do meu amigo deputado federal Alex Manente, que eu fui trabalhar na sua
assessoria em Brasília. E a gente foi vendo como a política, como eu disse,
pode transformar para melhor a vida das pessoas. Desde então, fizemos uma
parceria percorrendo todo o estado de São Paulo. Foram mais de 100 cidades que
andamos por este Estado. E aos poucos a gente vai se comprometendo com as
pessoas, comprometendo de trabalhar pelo próximo, uma forma que estou sentindo
que me dá muita alegria de poder fazer o bem pelas pessoas.
Então, uma
mensagem que eu queria deixar aqui é como dizia José de Alencar “A vida pública
é uma doação”, você amigo e deputado Vinícius Camarinha, já foi deputado
estadual e prefeito, sabe que a vida pública realmente é uma devoção. A gente tem que estar
sempre próximo das pessoas. É esse espírito que a gente tem que levar aqui
neste parlamento, porque, como eu disse até no meu primeiro discurso
representando a bancada do PR, à vezes a gente fica só discutindo ideologia.
Aqui acho que não é o momento de a gente elogiar e falar que é o melhor
presidente do Brasil o Bolsonaro, ou dizer que o Lula tem que estar preso. Acho
que aqui é o momento de a gente discutir o projeto, discutir o bem do estado de
São Paulo. Quem vai ganhar é a população com mais Educação, com mais Saúde e
com mais justiça social.
Eu quero trazer
aqui a público a minha região, a região do grande ABC, que faz tempo que ela
está esquecida pelos governos que se passaram aqui. E a nossa esperança junto
de toda a bancada aqui, o deputado Coronel Nishikawa, amigo, já saiu do
plenário, mas ele vem de lá e acho que a nossa união vai ser muito importante
para a gente levar as conquistas necessárias para a região do Grande ABC. E é
com espírito lutador, de trabalhador da nossa região que eu quero trazer aqui
para o Parlamento, que eu tenho certeza que o estado de São Paulo, daqui a
quatro anos, se Deus quiser, com a nossa união, com a ajuda do Governo do
Estado, ele vai continuar sendo a locomotiva deste País.
Queria deixar,
para finalizar, que meu pronunciamento seja encaminhado à Casa Civil e ao
Governo do Estado. Muito obrigado a todos e um bom final de semana.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Deputado Thiago
Auricchio, esta Presidência recebe o seu pronunciamento e o encaminhará nos
termos regimentais. Continuado o nosso Pequeno Expediente, nobre deputado
Wellington Moura. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando Lula da Silva. (Pausa.)
Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. Tem V. Exa. o tempo
regimental.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados,
telespectador da TV Alesp, leitores do Diário Oficial, eu sou presidente do PT
aqui da Capital e tenho uma posição ideológica muito clara. Mas eu não poderia deixar de fazer um registro aqui de um jornal
de direita do Estado que publicou, no último dia 19, o seu editorial. Eu vou
ler porque ele pode ajudar inclusive a gente a entender um pouco de guru. O
deputado Gil Diniz, que é um bolsonarista de primeira hora, também pode nos
ajudar nesse debate posteriormente. Mas vamos lá. O que diz o editorial do
jornal - depois eu direi qual é: “No
primeiro evento de sua visita aos Estados Unidos, um jantar para alguns
expoentes do pensamento conservador norte-americano em Washington, o presidente
Jair Bolsonaro, acompanhado da nata de seu governo, prestou efusiva homenagem a
Olavo de Carvalho, escritor e professor de um curso de filosofia online, alçado
nas redes sociais à categoria de ‘guru’ do bolsonarismo.
Depois
de dizer que Olavo de Carvalho ‘inspirou muitos jovens no Brasil’, o presidente
Bolsonaro disse que ‘em grande parte devemos a ele a revolução que estamos
vivendo’. Na ocasião, segundo o jornal Valor, o principal ministro do
governo, Paulo Guedes, da Economia, referiu-se a Olavo de Carvalho em termos
semelhantes: ‘Você é o líder da revolução’.” Muito Bem. “Tudo isso horas depois
de Olavo de Carvalho, que se faz notar por reiteradas ofensas públicas a
integrantes do governo Bolsonaro, ter chamado o vice-presidente da República,
Hamilton Mourão, de ‘idiota’.
Nada
disso parece abalar a profunda admiração do presidente pelo professor de
filosofia online - que disse pretender ‘formar uma geração de intelectuais
sérios que vão formar outros intelectuais sérios’, pois sua intenção, nada
mais, nada menos, é ‘mudar o destino da cultura brasileira por décadas ou
séculos à frente’. Diante da deferência presidencial a essa figura”, “torna-se
obrigatório conhecer o pensamento de tão influente personagem e saber do que se
trata, afinal, essa ‘revolução’ à qual o presidente e seu ministro da Economia
se referiram.”
Bom,
“para o guia do presidente, é ‘comunista’ todo aquele que não for um apaixonado
bolsonarista. E a tal ‘revolução’ nada mais é do que o combate sem tréguas a
esse ‘comunismo’, que estaria impregnado em todas as instâncias da vida
nacional.” Impressionante.
“Não
à toa, os dois ministros cuja indicação é atribuída a Olavo de Carvalho - o
chanceler Ernesto Araújo e o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez -
são os mais estridentes porta-vozes dessa luta contra o ‘comunismo’.” “No
banquete em Washington, o presidente declarou que sempre sonhou ‘em libertar o
Brasil dessa ideologia nefasta’ e ‘quis a vontade de Deus’ que fosse ele,
Bolsonaro, a desempenhar essa ‘missão’.
Foi
então que o presidente chegou ao ponto essencial de seu discurso de pouco mais
de quatro minutos: Bolsonaro disse que não é o momento de ‘construir coisas
para o nosso povo’, e sim de” destruir muitas coisas. “Segundo Bolsonaro, ‘o
nosso Brasil caminhava para o socialismo, para o comunismo’, e seu governo será
‘um ponto de inflexão’.”
Srs.
Deputados, Sras. Deputadas, eu fico pasmo porque o guru de Filosofia online tem
influenciado muita gente, em especial os jovens e também o deputado Gil Diniz,
está dizendo. Aliás, eu não sei se o deputado se inscreveu no curso que começou
agora. Inscreveu-se? Acho que não, mas deveria, importante para poder
incorporar conhecimento, cultura, e para poder fazer o debate.
E
eu queria terminar, Sr. Presidente, dizendo que se for para destruir as coisas,
nós vamos estar aqui para fazer o bom combate, para não deixar destruir, porque
é impossível que alguém acredite que a gente estava no socialismo, numa
transição para o comunismo. Sugiro, diferente do deputado que me antecedeu, que
a gente faça uma leitura de Marx, de Engels para entender o que significa o socialismo
e o comunismo. O Brasil nunca se aproximou do socialismo. Nunca. Muito menos do
comunismo que é a segunda etapa, segundo os grandes teóricos pensadores dessa
teoria.
Portanto,
eu acho que a gente tem que tomar muito cuidado. Muito, porque do jeito que a
gente caminha aqui, daqui a pouco vamos ter que rever conceitos. E rever
conceitos num país como o nosso é o risco de perder direitos. Aliás, direitos
da reforma trabalhista.
E
eu termino fazendo um convite aqui a quem puder, hoje, às 17 horas lá em frente
ao Masp, a gente vai ter um grande ato contra a reforma trabalhista proposta
pelo governo do Bolsonaro com esse pensador de Filosofia online.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. GIL DINIZ - PSL - Sr. Presidente?
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Só chamar o próximo
orador que darei a palavra a Vossa Excelência.
Tem a palavra a nobre deputada Marta
Costa. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado José Américo Lula da Silva.
(Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Teonilio Barba. (Pausa.)
Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
esgotada a lista de oradores inscritos para falar no Pequeno Expediente, vamos
passar à Lista Suplementar.
Tem a palavra o nobre deputado
Delegado Olim. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Jorge Wilson Xerife do
Consumidor. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Tem
a palavra o nobre deputado Vinícius Camarinha.
O
SR. GIL DINIZ - PSL - PARA
COMUNICAÇÃO - O nobre deputado Fiorilo já se posiciona aqui, talvez tenha uma
tréplica. Ele nem sabe qual vai ser a réplica.
Fico feliz de
ouvir nos microfones desta Assembleia Legislativa o nome do professor Olavo de
Carvalho. Vou te falar, Fiorilo, como o conheci. Em 2014, conversando com um
petista, como conversamos aqui, ele me disse que eu tinha ideias “olavistas”,
que eu provavelmente seria aluno do professor Olavo de Carvalho. E eu não o
conhecia. Essa fala dele instigou a minha curiosidade e, aí sim, fui conhecer a
obra e os cursos online do professor Olavo de Carvalho. Para quem não gosta,
não tem proximidade com as tecnologias, essa é uma excelente tecnologia, os
cursos online. Não sei se vocês são contra, mas nós somos favoráveis.
Mas o que eu
queria falar? O petista, falando do professor Olavo de Carvalho e me indicando
a leitura do professor Olavo de Carvalho, é a prova de que até mesmo um relógio
quebrado dá a hora certa duas vezes ao dia.
Depois desse papo, dessa conversa com esse meu amigo de esquerda, do PT,
procurei sim conhecer o pensamento do professor Olavo, comecei a ler os seus
livros. Infelizmente, não sou aluno do curso dele, mas li “O Mínimo Que Você
Precisa Saber Para Não Ser Um Idiota”.
Acredito que,
olha... Quem nos assiste pela TV Assembleia, é uma grande oportunidade. Para
quem nunca tinha ouvido falar no professor Olavo de Carvalho, é uma excelente
oportunidade para conhecer o seu pensamento. Assim como mudou realmente a vida
de milhares de jovens no Brasil, vai continuar mudando também, a partir de
agora, aqui no estado de São Paulo.
Obrigado, presidente.
O
SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, queria lembrar a todos os colegas, que
devem ter essa informação, que hoje é o Dia Mundial da Água. Foi um dia que a
ONU decidiu intitular para que o mundo pudesse refletir sobre esse bem tão
precioso que temos na nossa vida. Infelizmente, são poucos os países, poucas as
nações, que conseguem preservá-la.
Hoje, a “Folha
de S. Paulo” traz uma matéria: “Grandes rios brasileiros estão por um triz”.
Passo a ler:
O Rio Sena, em Paris,
foi totalmente despoluído e hoje em Paris é um rio de navegação e as pessoas usam
até para banho, frequentam, deputado Rodrigo Gambale, grande deputado do PSL da
região de Ferraz. As pessoas frequentam os rios na Europa e desde 1990 que o
governo do estado de São Paulo tem programas de despoluição. No Rio Tietê, já
foram investidos bilhões, no Rio Pinheiros, bilhões. Qual é o resultado? Qual é
a política pública de despoluição dos nossos rios no estado de São Paulo? Será
que nós vamos como representantes do povo assistir de braços cruzados? “Mas a Assembleia
Legislativa não tem competência”. Tem competência, ela é a fiscal.
Nós, legisladores,
somos os fiscais do Governo do Estado. Qual é a autarquia responsável para
fiscalizar quem está poluindo, a Cetesb, a Secretaria de Meio Ambiente? Vamos
dialogar com essas pessoas, vamos convidá-las a vir a esta Assembleia e
perguntar por que continuam poluindo. Onde é que foram investidos esses bilhões
no Rio Tietê, no Rio Pinheiros e tantos rios que nós temos no governo do estado
de São Paulo?
Esse assunto é sério,
gente. Esse é um dos bens mais preciosos que nós temos na vida e está indo
embora, indo embora. Continua se poluindo e pelo que a gente observa não há
nenhuma providência. Então, eu queria agradecer a todos os Srs. Deputados que
apoiaram a CPI que nós apresentamos. A “Folha de S. Paulo” hoje deu destaque a
esse tema. Eu tenho certeza de que o Parlamento de São Paulo vai dar uma enorme
contribuição para nós investigarmos a situação dos rios do nosso Estado.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Muito
obrigado, deputado Camarinha. Só um minuto, deputado. Apenas informando que nós
encerramos já o Pequeno Expediente e passaremos agora ao Grande Expediente,
onde V. Exas. terão um tempo regimental de dez minutos para uso da palavra.
*
* *
- Passa-se ao
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Eu vou convidar
o próximo orador e já passo pela ordem a Vossa Excelência. Próximo orador no
Grande Expediente, nobre deputada Marina Helou. (Pausa.) Por permuta, Major
Mecca. Tem V. Exa. o tempo regimental.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Para uma comunicação.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Para
uma comunicação, dois minutos, com a anuência do orador.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT –
PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, só para concluir. Primeiro, eu queria dizer
que quem escreveu ou quem publicou o editorial foi o jornal “O Estado de S.
Paulo”. Portanto, não é um jornal do PT. É um jornal conservador e de direita,
aliás, com posições claras de direita. Eles vão terminar dizendo o seguinte: “Já
que a ideia é sempre destruir, trata-se de um pronunciamento esclarecedor. A partir
dele é possível concluir que Jair Bolsonaro foi eleito sem um plano de governo claro
porque seu objetivo não é, nem nunca foi construir nada e sim destruir”.
Acho que aqui
há uma grande dúvida sobre esse governo que nós temos. Aliás, uma dúvida que
perpassa muita gente, porque até agora a gente não conseguiu ver absolutamente nenhuma
ação muito concreta daquilo que foi discutido, foi proposto. Aliás, como não
foi discutido, não tinha plano de governo, vale qualquer coisa, né? Vale para
lá, vale para cá.
E queria dizer.
Eu sugeri ao deputado Gil Diniz a leitura do Olavo. Ele já leu melhor, porque
eu acho que é importante. Não só porque o curso de Filosofia é online, mas
porque pode incorporar conceitos, bibliografia, até para poder debater os
conceitos de comunismo, de socialismo.
Porque há aqui
uma distorção claríssima. Nós nunca vivemos o socialismo e muito menos o
comunismo e aí o próprio “Estadão” vai dizer: “Bolsonaro atua com um único
propósito: expurgar o País dos comunistas, que é como ele e seus militantes se
referem aos petistas e agora a todos que ousam apontar a falta de rumo do
governo”. É essa a questão que eu queria terminar e colocar e agradecer ao
deputado Gil, que já é aluno do Olavo de Carvalho.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Obrigado,
nobre deputado. Antes de passar a palavra ao deputado Major Mecca, queria
anunciar que está presente no plenário, conosco, o nobre deputado Abelardo
Camarinha, que também hoje comemora mais um ano de vida, está fazendo
aniversário. Então, parabéns ao nobre deputado Abelardo Camarinha. Receba os
cumprimentos de todos os seus amigos desta Casa. Parabéns, nobre deputado Abelardo
Camarinha, pelo seu aniversário.
Com a palavra o nobre Major Mecca.
O
SR. MAJOR MECCA - PSL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Uma boa tarde à Mesa, aos nobres deputados, aos nossos
funcionários, que exercem as suas atividades, aos nossos visitantes, como
sempre, muito bem-vindos à nossa Casa de Leis.
Gostaria de
agradecer à iniciativa, à postura, porque nós devemos cobrar quando temos que
cobrar. Nós podemos discutir, mas no momento em que nós temos que elogiar as
posturas nós também devemos fazê-lo. Gostaria de agradecer ao secretário
estadual da Educação, Dr. Rossieli Soares da Silva, que nos disponibilizou um
representante da Secretaria Estadual da Educação para ir até o bairro Mato
Dentro, em Franco da Rocha, para que nós conhecêssemos o espaço disponível
naquele bairro e nós estudássemos a instalação de uma escola de ensino
fundamental para as crianças daquele bairro, onde vivem quase duas mil pessoas,
muitas famílias que ali residem. Muito obrigado pela atenção do secretário
estadual de Educação, Rossieli Soares da Silva.
Gostaria de
enaltecer, também, a iniciativa do nobre prefeito de Franco da Rocha, Francisco
Celeguim, o Kiko, do Partido dos Trabalhadores, que fez contato com nosso
gabinete, abrindo espaço para um diálogo em benefício da população de Franco da
Rocha. Isso é muito importante de acontecer, porque o nosso povo precisa da
composição de todos nós, políticos.
Aparte as
nossas discussões ideológicas, o povo espera de todos nós trabalhos
entregáveis. O que entregaremos. Deputado Paulo Fiorilo, que bacana, a Câmara
Municipal vai abrir suas portas para continuar recepcionando o povo de Franco
da Rocha. Isso é bonito. Nós iríamos para a praça pública, cada um com sua
cadeira, sentaríamos em praça pública e discutiríamos o que a população de
Franco da Rocha precisa.
Mas, com a
lucidez do prefeito, do presidente da Câmara Municipal, o povo poderá continuar
utilizando o espaço público que é a Câmara Municipal dos Vereadores de Franco
da Rocha.
Parabéns a
todos nós que estamos na política trabalhando pelo povo, para o povo. Isso é um
exemplo positivo e o que o povo espera de cada um de nós. Isso só traz
benefícios a nossa população.
Eu tive,
também, uma reunião no 13º Batalhão, na área central de São Paulo, junto com o
tenente-coronel Dafara, nobre comandante da minha turma de Academia do Barro
Branco, com o major Vladimir, e nós conversávamos sobre a área central de São
Paulo, viu nobre deputado Camarinha e seu pai. Parabéns pelo seu aniversário,
nossa continência e respeito.
Nós falávamos
sobre a área central de São Paulo, um espaço abandonado. Falávamos sobre a
cracolândia. Inúmeros, por volta de dois mil, viciados reunidos em um espaço no
centro da cidade. E até o presente momento, nós não apresentamos solução para
esses viciados, doentes, e para a população que reside no centro de São Paulo.
Os senhores
saibam que, no centro de São Paulo, deputado Gil Diniz, deputado Douglas, os
moradores do centro de São Paulo, eles se denominam sabe como? Moradores sem
rua, porque eles perderam as condições de ter aquele espaço ocupado pelos seus
filhos, esse espaço utilizado para lazer, para cultura, que tanto é importante,
por conta do número de viciados e moradores de rua que nós temos no centro de São
Paulo.
Como nós
citamos, na nossa ronda dos deputados seria interessante que os deputados
circulassem no centro de São Paulo para ver a situação de abandono do centro da
nossa Capital, um triste cenário. A nossa reunião foi para que, junto com a Polícia
Militar...
Eu não sei se
os senhores sabem, a Polícia Militar é o maior conciliador de todo esse
conflito na área de São Paulo, motivo pelo qual estivemos lá e vamos participar
com iniciativas que busquem soluções para esse problema. Citávamos,
inclusive...
Eu, quando
coordenador operacional do 13º Batalhão, fazendo uma ronda próximo ao fluxo,
onde tinha vários viciados em crack - chama-se fluxo o acúmulo desses vários
viciados no centro - visualizei dois desses viciados, um com uma arma branca,
uma faca. E nós, na tentativa de separar, acalmá-los e dar direcionamento a
eles. Um policial mais antigo, um dos nossos nobres soldados da Polícia Militar,
falou: “Comando, chefe, cuidado na aproximação. O senhor pode pegar uma doença
grave. Vamos chegar com cuidado, com muito cuidado.”. Nós assim o fizemos, com
bastante cuidado, com bastante respeito ao ser humano, que é a premissa da Polícia
Militar, o respeito, a dignidade da pessoa humana.
Aquelas pessoas
precisam de resgate da dignidade. Nós precisamos de iniciativas para salvá-los
e retomar a vida daquelas famílias também que habitam aquele espaço,
aproveitando também esse exemplo de rotina de atividade dos nossos policiais.
Cabo Dalo, que está aqui ao nosso lado, essa é a nossa rotina de trabalho junto
ao povo de São Paulo. Os nossos policiais militares todos os dias expondo a sua
vida, correndo risco, morrendo em defesa da vida e da dignidade da pessoa
humana.
Chama-nos
atenção neste momento a reforma previdenciária. Foi apresentado o pacote da
reforma dos militares e, na sequência, incluirá as polícias militares em todo o
Brasil. Nós temos grande preocupação. Já temos reuniões com os deputados
federais do PSL para tratarmos desse tema em relação aos nossos policiais
militares. Um homem que tem uma atividade diferenciada das demais profissões
pelo risco que corre, nosso soldado dificilmente conseguirá, nosso patrulheiro,
nosso integrante do Corpo de Bombeiros dificilmente conseguirá desenvolver a
sua atividade operacional com 50, 55 anos de idade, correr atrás de um ladrão,
pular muro com equipamento de proteção individual, arma e daí por diante.
Então, nós
temos as peculiaridades de cada profissão. Até mesmo os nossos trabalhadores da
agropecuária, dos nossos motoristas de ônibus e daí por diante, o nosso público
mais simples, mas não menos digno, que merece a nossa atenção e o nosso
respeito nessas reformas, que nós temos a consciência de que são muito
importantes para o crescimento econômico e para a retomada do nosso País.
Realmente nós não podemos continuar com mais de 16 mil desempregados, com esse
número absurdo de pessoas que vivem em situação de miséria. Eu gostaria de
agradecer à Mesa, a todos, pela oportunidade. Estamos à disposição para
continuar trabalhando por todos. Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Tem a palavra,
por permuta, o nobre deputado Thiago Auricchio.
Eu queria anunciar que está aqui
presente, visitando esta Casa, nesta tarde, o nobre deputado federal Gilberto
Nascimento. Muito nos honra. Seja bem-vindo, como sempre. Esta Casa é sua, o
senhor sabe disso. Obrigado pela visita.
O
SR. GIL DINIZ - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr.
Presidente, só para parabenizar o discurso do nosso comandante Major Mecca e
reforçar nosso pedido ao governador do estado de São Paulo, do reajuste dos
salários dos nossos policiais. A data-base é agora em março. Nós não estamos
enxergando nenhum aceno do governo do estado de São Paulo quanto a isso.
Parabenizar o nobre deputado Camarinha, que está aqui no plenário, e dar
boas-vindas ao nobre deputado federal Gilberto Nascimento, que está aqui no
plenário agora.
O
SR. THIAGO AURICCHIO - PR - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente, amigos deputados. Retornando
aqui, agora no Grande Expediente, queria inicialmente cumprimentar o
ex-deputado, ex-prefeito, deputado estadual, deputado federal, Abelardo
Camarinha. Não o conhecia pessoalmente, mas conheço a história do senhor; é
amigo do meu pai e é uma referência como político no Brasil. Parabéns; desejo
muitos anos de vida. Pai do nosso amigo Vinícius Camarinha. Parabéns à família.
Sr. Presidente,
nobres pares, queria falar um pouquinho do que vem acontecendo na minha região.
Foi notícia essa semana a questão da Linha 18 do metrô. O jornal “Diário do
Grande ABC” vem relatando com muita clareza. Já parabenizo o jornal, que é um
grande defensor da nossa região, das políticas públicas da região do Grande
ABC. Queria fazer, brevemente, um resumo da questão da Linha 18 do metrô, que
liga a capital com os demais municípios da região do Grande ABC, começando por
São Caetano, passando por Santo André e terminando no centro de São Bernardo. E
ligando também a Linha 10 Turquesa, da CPTM... Diga-se de passagem, pelo menos
ali, quando ela passa por São Caetano, até o seu final, em Rio Grande da Serra,
ela está completamente esquecida, abandonada. Até foi uma pauta que levamos à
nossa campanha. Era a briga e a busca da revitalização das estações, na questão
de acessibilidade, segurança e conforto.
Desde 1975, a
nossa região escuta falar da chegada do metrô. O então governador, Paulo
Egydio, dizia que naquele ano mesmo o metrô chegaria à região do Grande ABC. E
ele, como um grande governador, era um defensor incansável, dizendo que o metrô
era o transporte, ainda que subterrâneo, mais eficiente na questão de
velocidade, conforto e segurança para a população de São Paulo.
O custo dele,
desde que foi assinado, juntamente, o contrato com o consórcio Vem ABC, ele se
iniciou em 4,7 bilhões. Hoje, com os reajustes anuais, ele está em 5,7 bilhões.
E a situação em que ele se encontra, depois de ter sido assinado esse contrato
em 2014, vem encontrando algumas dificuldades, em relação ao estado, em
adquirir os empréstimos necessários na questão da desapropriação dos imóveis em
todo seu trecho. E esse consórcio já gastou mais de cinco milhões, acelerando
as etapas iniciais na questão de licenças ambientais.
Enfim, eu
queria pedir ao governador João Doria... Ele até anunciou, essa semana ele foi
à minha região entregar 25 novos ônibus no corredor ABD. É um corredor
eficiente e importante que também liga o ABC à cidade de São Paulo. Ele disse
que, em 90 dias, anunciaria qual seria a solução para a chegada de um novo
transporte para a nossa região.
Ele ainda colocou em pauta,
dizendo que poderia mudar o modal. A gente ouve muito falar do BRT. Todos nós
sabemos que o BRT não tem a mesma eficiência que o metrô, ele transporta menos passageiros
e não tem a mesma velocidade. Uma pesquisa recentemente feita pelo jornal
“Diário do Grande ABC” mostrou... Eu vou até colocar aqui para vocês. O jornal trouxe:
“Grande ABC opina, quero metrô e não o BRT”.
Como a gente sempre tem
que ouvir a população, entender o que é melhor para ela, eu não tenho dúvida de
que o metrô é o melhor para a nossa região, e não o BRT, porque eu trago já
dois problemas e duas críticas. Quem vai arcar com o custo da rescisão com o
consórcio Vem ABC? Quem vai pagar, Vinícius Camarinha, esses seis milhões que o
consórcio pagou?
A gente não pode deixar
de perguntar isso, porque é uma questão muito importante. A região do Grande
ABC precisa de mais um transporte de massa para ligar a região com a Capital. Queria
deixar esse registro e, rapidamente, falar também que tem um corpo técnico do
Governo do Estado debatendo qual vai ser o modal mais adequado para a nossa
região, atendendo e olhando as questões orçamentárias, qualidade de transporte.
Coronel Nishikawa,
nosso amigo do ABC, a gente tem que ter luta conjunta. Você anda nas ruas lá do
ABC, também como eu, e sabe como o nosso povo ali da região sofre com a falta
do metrô. Eu queria falar que o secretário Baldy também declarou ao “Diário do
Grande ABC” que o modelo de monotrilho definido em contrato poderá ser alterado
por conta do custo das desapropriações.
O decreto que permitia
essas remoções expirou em novembro de 2018, após ficar cinco anos em vigor. Então,
a crítica que eu estava colocando em relação a esse corpo técnico é que não tem,
infelizmente, nenhum representante do Grande ABC. Então, eu queria deixar essa
observação, porque, como eu falei, a nossa região, pelo tamanho dela, precisa
de mais um transporte público.
O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - COM
ASSENTIMENTO DO ORADOR - Primeiro, queria cumprimentar
o seu trabalho. É um deputado que está chegando a esta Casa, representando a
região do Grande ABC, de São Caetano do Sul, em especial, onde é a sua cidade,
mas eu queria cumprimentá-lo pelo tema, pela preocupação num tema tão
importante para uma população enorme do ABC, que perde horas e horas e horas,
se forem computadas. As pessoas perdem dias e dias no trânsito, na morosidade.
Não há até hoje
um sistema público eficiente ligando os grandes centros. Nós não temos um
transporte ferroviário adequado, não há metrô. Eu queria dizer que V. Exa. pode
contar conosco e - tenho certeza - com a bancada do PSB, numa pauta tão
importante para a qualidade de vida dessa população, que precisa de uma
alternativa de transporte público.
Todos os países
desenvolvidos e os países em desenvolvimento investem, maciçamente, em
transporte público de qualidade. Nós estamos vendo que o Grande ABC não está
tendo acesso a esse tipo de transporte. Vossa Excelência chega a esta Casa,
mesmo jovem, começando agora o mandato, mas com uma pauta importante, uma
desenvoltura, uma vontade gigantesca de poder ajudar a sua região.
Eu queria aqui reafirmar
esse compromisso meu, e tenho certeza de que da nossa bancada do PSB. Parabéns!
O SR. THIAGO AURICCHIO - PR - Obrigado, Vinícius.
O SR. CORONEL NISHIKAWA - PSL - COM
ASSENTIMENTO DO ORADOR - Só para complementar, eu não
sou novo de idade, eu tenho 70 anos, mas sou novo na política. Eu trabalhei com
políticos. Mas a vontade minha é tão grande, igual a de um
jovem de 18 anos, eu diria.
Portanto, nosso
amigo, deputado Thiago Auricchio, eu sou da região do ABC, como eu já disse
aqui. Eu nasci na cidade de Vera Cruz, porém, de 68 para cá, eu estou na cidade
de São
Bernardo do Campo.
O ABC é uma região que me recebeu de braços abertos. A minha carreira foi
desenvolvida no ABC. Como eu disse uma vez, eu comandei todas as cidades do ABC.
O Corpo de Bombeiros para mim foi motivo de orgulho e honra.
O SR. THIAGO AURICCHIO - PR - Inclusive a minha cidade.
O SR. CORONEL NISHIKAWA - PSL - Comandei São Caetano, sim senhor.
Outra coisa, eu tenho o título de cidadão são-bernardense, pelos serviços prestados.
Então, eu acho que a gente fez alguma coisa.
Quanto ao modal
para o nosso ABC, eu digo que São Bernardo é a cidade menos favorecida. Não tem
trem, a linha de ônibus que percorre por lá é distante, é uma volta enorme.
Portanto, nós estamos desprovidos de transporte público decente. É isso, eu
quero somar a seu pedido.
Obrigado.
O SR. THIAGO AURICCHIO - PR - Só para finalizar, Sr. Presidente, teve um deputado que até passou
por esta Casa, e ele se dizia o pai do metrô no ABC. Usava esse discurso
demagogicamente, eleitoreiro, e, infelizmente, a gente viu que não teve nenhum resultado.
Queria deixar essa crítica aqui também.
Obrigado a
todos os companheiros.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB – Obrigado, nobre
deputado Thiago Auricchio, e parabéns pela sua fala. Convidamos agora o deputado
Altair Moraes. Tem V. Exa. o tempo regimental de dez minutos, no Grande Expediente.
O
SR. ALTAIR MORAES - PRB -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a
todos, Sr.
Presidente,
todos os nobres deputados e aqueles que estão nos acompanhando agora na TV
Alesp. Eu quero começar nesta tribuna com muito orgulho de estar aqui hoje, e
com muita tranquilidade. Eu vou contar um pouquinho da minha história, para que
alguns deputados conheçam um pouco.
Apesar do meu
sotaque, eu sou venezuelano. Não acreditam nisso, não é? Outros dizem que eu
sou italiano, porque a gente veio de Veneza, e a Veneza brasileira, chamada
Recife, mas fui abraçado por São Paulo, com muito prazer, com muito gosto.
Com 11 anos de
idade eu comecei a trabalhar em Recife, em uma empresa de ferragens, e
trabalhei por um bom tempo lá. Comecei a treinar caratê com 13 anos. Depois de
um tempo, já estava na seleção pernambucana, onde fui decacampeão
norte-nordeste, depois entrei na seleção brasileira.
Servi o Exército
brasileiro também, fui batedor da PE. Toquei na noite, fiz voz e violão. Meu
pai é militar, hoje aposentado. Eu sou pastor evangélico há mais de 22 anos.
Uma coisa eu aprendi na minha vida missionária, que nós temos que cuidar de
pessoas, amar as pessoas, independente do seu credo religioso, da sua opção
sexual, da sua cor, do seu partido, a gente tem que amar pessoas.
Enquanto a
gente vê aqui alguns se digladiando, puxando de um lado, do outro, a maior
briga, a gente fica pensando nas pessoas. Com esses 22 anos de vida missionária,
a gente sempre se dedicou a ajudar as pessoas, a cuidar das pessoas, e é isso
que a gente veio fazer aqui.
Não vou ficar entrando
em guerrinha com ninguém, você pode ter certeza disso. Tenho posicionamento, e
vou defender meu posicionamento, mas vou respeitar cada colega que tenho aqui.
Da boca deste deputado, você não vai ouvir ofensa nenhuma, vai ouvir respeito.
Você pode ter certeza, independente de quem seja. Agora, é claro,
posicionamento cada um tem que ter, e tem que defender no que crê.
Quero agradecer,
acima de tudo, ao meu Deus, ao Senhor Jesus, ao qual eu mudei de vida por ele.
Estou aqui agradecendo a todos que nos apoiaram nessa caminhada, desses votos
que nós tivemos, mas, quando passa eleição, nós temos que entender o seguinte:
claro, cada um tem uma base, cada um tem um apoio, cada um vai defender aquilo
que crê, mas a gente passa a ser deputado de todo o Estado, de todas as
pessoas, não só daqueles que apoiaram, que votaram na gente. Então, para mim,
pouco importa a cor aqui. Pode ser o vermelho ou o azul. Se o vermelho tiver um
bom projeto e a gente crê nesse projeto que vai ser bom para o povo, nós vamos
abraçar. Se o azul também tem, vamos fazer a mesma coisa. Não vou ficar nessa
guerra. Vamos ver o que é melhor para a população de São Paulo, meu Deus do
céu. Até porque se perde muito tempo discutindo ideologias, discutindo coisas
que não vão levar a canto nenhum, a lugar nenhum.
Então, nós
temos posicionamento, sou a favor da família, vamos lutar pelo esporte, fui
esportista muito tempo, passei dez anos na seleção brasileira de caratê, fui
campeão Pan-Americano, fui campeão brasileiro e a gente quer trabalhar com a
juventude, com a criança, tirar das drogas, tirar da rua. A gente fica vendo
uma briga muito grande aqui entre policiais que falam em defesa dos policias,
que tenho muito respeito, fui militar, meu pai foi policial também. Tenho muito
respeito pelos policiais. E eu sei que quando morre um policial a mãe do
policial chora, a esposa chora, os filhos choram. Mas quando morre um delinquente,
um bandido ele também tem mãe, ele também tem esposa, eles também sentem a
mesma dor. A minha preocupação é com as pessoas. Então, nessa guerra entre
polícia e bandido quem perde é a família, quem perde é a população. O que nós
temos que fazer, além de equipar a Polícia, como a gente tem ouvido aqui, é
claro, se há confronto, a Polícia tem que tomar providência. Mas nós temos que
trabalhar muito forte com as nossas crianças. A gente vê as nossas crianças
perdidas no tráfico por falta de opção. Políticas públicas para ressocializar a
juventude não existe. E se existe é muito pouco. Então, não é só armar a
Polícia, mas fazer projetos e trabalhos que venham realmente tirar as nossas
crianças do tráfico, das drogas. É isso que me importa e é por isso que eu vou
trabalhar aqui.
Eu quero me
colocar à disposição de todo São Paulo. Com muito prazer, com muito orgulho
estou aqui dizendo novamente nós vamos ter embates, nós vamos ser adversários em
alguns pontos, mas nunca inimigos, porque eu penso em pessoas e quero cuidar de
pessoas. A minha avó dizia que gente ruim e capim dá em todo o canto. A minha
sábia avozinha. E é verdade. Aprendi com ela algumas coisas. Mas tem muita
gente boa também. Sabe por quê? Porque ninguém é totalmente ruim, deputado
Vinícius. Ninguém é totalmente ruim e ninguém é totalmente bom. Essa é a
verdade. Ninguém aqui é o suprassumo da verdade, o dono de tudo. Temos que ter
respeito pelo próximo, amor pelo próximo e ver pessoas. Eu vejo várias
diversidades aqui e respeito a diversidade. Você pode ter certeza disso de todo
o meu ser.
Para encerrar a
nossa fala, para não me alongar muito, quero deixar um pensamento para todos.
Eu acredito que, independente da religião, todo mundo conhece o Pai Nosso, que
é a oração que o Senhor Jesus nos ensinou. Acredito que todo mundo reza, ou faz
uma prece, ou ora o Pai Nosso, ou conhece. Uma vez eu falei uma coisa e alguém
me disse “não, Deus e política não se combina”. Para você que não sabe, Deus
foi o maior político que existe e é o maior político até hoje. Sabe por quê?
Porque Deus nunca pensou nele só. Deus nunca foi individualista. O deputado
sabe rezar o Pai Nosso; não sabe? Eu queria uma reflexão hoje para a gente
terminar; a todos. Ele diz assim: o Pai Nosso, ele não diz que o Pai é só meu,
o Pai é nosso. Quando ele fala: “o pão nosso”, ele não diz o meu pão, o pão é
nosso. Quando ele diz livrai-nos, ele não fala do livramento pessoal, mas o
livramento de todos. Venha a nós o reino, não é só a mim. Então, Deus pensa no
coletivo. E todos nós aqui temos que pensar na coletividade, meu Deus do céu. É
claro que quando há posicionamento cada um tem que tomar o seu. Mas vamos parar
com essa coisa, gente. Vamos trabalhar pelo povo, para o povo. Tem muita gente
sofrendo, muitas pessoas precisando de ajuda e a gente tem que tomar uma
decisão muito séria. Temos um Estado imenso muito grande. São 645 municípios,
muita gente sofrendo, crianças na rua, pessoas sendo maltratadas e a gente tem
que cuidar das pessoas.
Então, me
coloco hoje nesta tribuna com muito amor, com muito prazer e cumprimentando a
todos que nos ouviram aqui e deixando essa reflexão: o Pai não é meu não, o Pai
é nosso. O pão não tem que ser só meu não, o pão é nosso. Muito obrigado a
todos, que Deus abençoe.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Muito obrigado,
nobre deputado Altair Moraes.
Convidamos agora, por permuta, o nobre
deputado Coronel Nishikawa. Tem V. Exa. também o tempo regimental de 10
minutos.
O
SR. CORONEL NISHIKAWA - PSL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Bom, com licença, Sr. Presidente. Novamente aqui na
tribuna, eu gostaria de concluir as ideias que nós iniciamos aqui e não
conseguimos concluir.
Apenas dizendo
o seguinte: nós viemos aqui aprender. Eu tenho visto os embates aqui, do qual
eu não faço parte, de agressões partidárias. Não conjugo, não concordo com
esses embates, porque a gente não consegue realizar o nosso trabalho para a
finalidade que viemos aqui. Então, fica aqui o meu protesto quanto a isso. Na
verdade, legislar nós não estamos aprendendo. Nós estamos aqui vendo embates
inúteis que não estão levando a lado nenhum. Desculpe-me, no alto dos meus 70
anos, como eu disse, eu sou novo na política. Então, eu tinha certeza de que eu
viria aqui para aprender alguma coisa, mas até agora eu estou meio pasmo com o
que ocorre nesta Casa.
Dito isto,
continuando na minha fala, o deputado Camarinha me citou como sendo de Vera
Cruz. Realmente sou nascido em Vera Cruz. Nasci numa casa de taipa, de barro,
tinha até morcego no teto. Então, eu sou de origem muito humilde. Estudei em
escola rural; depois eu vim para o grande centro, chamado Vera Cruz. Eu
morei... Nasci na periferia de Vera Cruz, ou seja, num sítio lá.
A minha
caminhada foi, como eu disse para o deputado Camarinha, inscrevi-me em Marília
para entrar na Força Pública, em 1968. Entrei como soldado, já disse também, na
Polícia Militar do Estado de São Paulo. Em 72, eu segui para a Academia. Antes
disso, eu trabalhei no Pelotão de Intérpretes da Força Pública, trabalhando em
estações rodoviárias, aeroportos, em locais que a gente atendia turistas
estrangeiros. Então, a gente serviu com muito orgulho como soldado.
E na Academia,
a minha carreira maior foi dentro do Corpo de Bombeiros. Eu jamais sonhei em
ser oficial do Corpo de Bombeiros. Eu gostava de estar na rua, mas eu vi que na
rua o respeito pela Polícia era mínimo. Quando a gente entrava em embate ou
quando a gente prendia marginal, a gente ia parar no tribunal, infelizmente. E
outra coisa: se a gente fosse parar no tribunal, a gente teria que colocar, ou
tem que colocar dinheiro do bolso para se defender, defendendo o Estado,
defendendo a sociedade. Eu espero que isso mude, agora, nessa Legislatura. Eu
quero a união do pessoal para conseguirmos a defesa do Estado para os policiais
que, em operações legais, se envolvam em ocorrência em que precisarão de
advogados, policiais que vão até a júri. Cada júri custa um absurdo, 60 mil
reais. Então, com a união de todos... Aliás, nosso governador prometeu que as
polícias teriam um corpo jurídico próprio para a defesa, nesses casos aí. Nós
estamos aguardando isso, governador. A Polícia se sente orgulhosa de ser
homenageada, mas a principal demanda nossa é aumento, aumento salarial que o
senhor prometeu também o resgate dos salários dos policiais, sejam da Polícia
Militar, da Polícia Civil, dos bombeiros, da Polícia Científica e dos agentes
penitenciários.
Já falei aqui
uma vez que fui o primeiro assessor militar da Secretaria da Administração
Penitenciária, ou seja, sou um dos fundadores da Secretaria da Administração
Penitenciária, e disso eu me orgulho. Eu tinha praticamente acabado de começar
a carreira dentro de assessorias e tinha acabado também, há pouco tempo, o
curso de direito. Para mim, foi muito útil, aprendi muito sobre legislação, fui
obrigado a ler.
Então, nós
caminhamos nesse sentido, de poder somar aos demais para levar conforto a todos
os funcionários públicos, independentemente da categoria a qual pertençam,
sejam da Educação - a minha esposa é professora aposentada -, sejam os
médicos... Tenho parentes médicos, parentes dentistas, então me identifico com
a área da Educação, da Saúde. Também trabalhei como assessor militar na
Secretaria da Saúde.
Essa
experiência nos trouxe a esta Casa. Tive votação em 466 municípios. Então,
tenho que corresponder à expectativa daqueles que confiaram em nós. Vou me
esforçar para isso. Sozinhos não somos ninguém. É por isso que me preocupo com
esses embates partidários ou até de ideologias, pois, unidos, nós aqui não
somos ninguém. Se não nos unirmos, não vamos conseguir nada, principalmente com
nosso Executivo. Acho que o principal objetivo nosso é a união. Não tenho visto
isso. Torço para que isso ocorra, para que a gente possa aprovar matérias de
interesse da nossa sociedade.
Gostaria também
de dizer o seguinte, como disse ao nosso nobre deputado Camarinha e ao Thiago
Auricchio: sou da região do ABC. Estabeleci-me no ABC desde que entrei na Força
Pública, em 1968. Portanto, devo ter mais tempo de ABC do que a idade de vocês,
eu acredito. Então, meu amor e minha dedicação ao ABC. O ABC, como eu disse, é
desprovido de transporte público.
Temos ainda um
grave problema: as bacias hídricas que existem lá, que não são canalizadas.
Estava conversando com nossa bancada para podermos levar um alento, alguma
coisa, no sentido de canalizar todos os córregos do ABC, principalmente a
Avenida do Estado, que transborda e causa muita, mas muita preocupação a todos
os moradores daquela região, desde Mauá até São Caetano, São Paulo. Enchentes
constantes! Todas as vezes em que começa a chover ou em que há ameaça de chuva,
a preocupação é muito grande de nos proteger contra esse tipo de enchente. Em
São Bernardo do Campo, na última chuva, houve mortes. Em Mauá, houve mortes.
Isso tem que acabar, o estado tem que olhar para a nossa região.
Com tudo isso,
com a união dos nossos deputados... O deputado Camarinha falou que vai se unir
conosco e eu aguardo a sua ajuda em nossa região. Eu irei olhar por lá,
principalmente no que tange a essa voraz fome de impostos, pedágios, etc., etc.,
que o estado tem impingido e imposto à nossa sociedade. Pagamos altos impostos,
mas não temos a reciprocidade. Estamos sofrendo com isso, Sr. Governador.
Como eu disse:
o “Policial Nota 10” é excelente, mas o salário é mais importante. Policiais
nossos estão à míngua. Tem gente morando em favelas. Não estou reclamando de
morar em favelas, ou seja, em comunidades; estou reclamando que nossos
policiais deveriam morar melhor. Aliás, uma das minhas preocupações é conseguir
moradias para o pessoal de Segurança Pública que trabalha diuturnamente em prol
da sociedade. Desvios de conduta existem em todas as profissões, de médico até
a policiais. Eu não discuto, não vou aqui ficar falando sobre conduta de um ou
outro policial, mas a maioria é de boa índole.
A educação que
eu recebi dos meus pais faz com que eu tenha respeito pela sociedade. Eu
respeito a família, eu respeito as crianças, respeito todos, para mim independente
de raça ou cor. Concluindo então, Brasil acima de tudo, Deus acima de todos.
Muito obrigado
pela oportunidade.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB – Obrigado,
nobre deputado Coronel Nishikawa. Vamos dar continuidade aqui ao nosso Grande
Expediente. O próximo orador inscrito é o deputado Heni Ozi Cukier. (Pausa.)
Rafa Zimbaldi. (Pausa.) Sergio Victor. (Pausa.) Leticia Aguiar. (Pausa.)
Analice Fernandes. (Pausa.) Dra. Damaris Moura. (Pausa.) Deputado Adalberto
Freitas. (Pausa.) Deputado Vinícius Camarinha.
Tem V. Exa. o tempo regimental.
O
SR. VINÍCIUS CAMARINHA – PSB - Gostaria de ceder o meu tempo do Grande Expediente para o
deputado Paulo Lula Fiorilo.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - É regimental.
Tem o deputado Paulo Lula Fiorilo o tempo de dez minutos.
O
SR. THIAGO AURICCHIO - PR - Presidente, só fazer
uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Com anuência
do orador, tem Vossa Excelência...
O
SR. THIAGO AURICCHIO - PR - PARA COMUNICAÇÃO – Obrigado.
Queria parabenizar o discurso do amigo deputado Coronel Nishikawa. Ele fez uma
grande observação em relação à questão da Avenida do Estado, que é uma das
principais vias de ligação à região do Grande ABC, passando por São Caetano,
Santo André e Mauá. Infelizmente, ela também está esquecida e eu tenho certeza
que uma das pautas que a bancada do ABC vai levar ao governador João Doria é
para que ele tenha a sensibilidade da reurbanização da nossa grandiosa Avenida
do Estado, que também sofre muito com a questão das enchentes.
Semana retrasada, lamentavelmente,
tivemos algumas mortes com as enchentes. O governador se comprometeu a ter um olhar
especial na construção de novos piscinões, principalmente no piscinão
Jaboticabal, e a gente tem que ter, Coronel, essa cobrança junto ao Governo do
Estado.
Parabéns pelo discurso. Obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Com a palavra
o nobre deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, Sr. Presidente. Antes de mais nada,
quero agradecer ao deputado Vinícius Camarinha pela gentileza; e o microfone de
aparte, a hora que o senhor desejar, está aberto.
Srs. Deputados,
Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, leitores do “Diário Oficial”,
antes de iniciar aqui o discurso do Grande Expediente, queria fazer um pequeno
reparo necessário, importante e oportuno ao discurso do deputado Douglas Garcia.
O deputado
Douglas Garcia apresentou no seu discurso uma imagem em que tinha ali “PT-Alesp”
num compartilhamento do Condepe. Para esclarecimento, primeiro, a postagem a
que se referiu o nobre deputado é de 2018. Para ser mais preciso, março de 2018.
Não é nenhum fato atual, não é nenhum fato desses últimos dias. E só para fazer
registro, o Condepe, como qualquer outra página do Facebook, tem o direito de
compartilhar o que quiser em suas redes sociais, exceto fake news, que eu acho
que isso a gente deveria sempre estar preocupado para não ter nenhum problema,
como alguns deputados aqui têm tido dos fake news.
A outra
observação é que era uma audiência pública e, portanto, o Condepe aproveitou a
transmissão do PT-Alesp para reproduzir. É importante esclarecer que cabe ao Condepe
a decisão de compartilhar e não há nenhum crime nisso. Então, só para não ficar
como se fosse uma denúncia ou coisa parecida - e tenho certeza que o deputado
jamais quis fazer dessa fala uma denúncia.
Eu queria
aproveitar o Grande Expediente para discutir questões do estado, Sr. Presidente.
O deputado Enio Tatto trouxe aqui para o debate a questão das obras paralisadas
do Governo do Estado, e ao terminar o discurso eu fiz a ele duas observações. A
primeira é que é impressionante a quantidade de tapumes que o Estado produziu
em suas obras.
Quem quiser
conhecer esse roteiro de tapumes, eu queria convidar para ir à Brasilândia,
onde as casas foram derrubadas e eles colocaram tapumes. Ou mesmo na zona
leste, ali na divisa com São Caetano, onde temos uma parte da linha do Metrô em
que foram derrubadas as casas e estão cercadas as áreas.
O monotrilho,
que deveria ir até a Cidade Tiradentes, o governo desapropriou áreas e colocou tapumes.
Aliás, esse governo do PSDB deveria ser conhecido como governo dos tapumes,
porque as obras não têm andamento, têm tapumes, deputada Erica.
E, onde
entregou, no caso o monotrilho que sai da Vila Prudente e vai até uma parte de
Sapopemba, já tivemos vários problemas. Batida de trens, peças que caíram na
avenida e uma dificuldade grande de funcionamento. Aliás, a grande
reivindicação daquela região era para que se levasse o Metrô, e não o
monotrilho.
Há estudos que
mostram que a alternativa de monotrilho é insuficiente. Primeiro, porque não é
um transporte de grande capacidade, é de média. E ali é uma região densa, que
precisa ter uma alternativa de transporte.
Então, estamos
vivendo uma situação difícil, delicada, porque não sabemos exatamente o que vai
acontecer com aquele monotrilho da leste, diferente do que já aconteceu aqui
com o monotrilho perto da região do aeroporto, que está paralisado.
Aliás, matéria
de hoje da “Folha de S. Paulo” mostra que o governador optou por desonerar três
áreas econômicas e, ao fazer a desoneração, ele acaba congelando 10 bilhões e,
em uma parte, congelou recursos da CPTM. CPTM que, quem usa, quem conhece, sabe
a precariedade que são suas linhas aqui na região metropolitana: trens lotados,
um espaço grande entre um e outro e as pessoas sofrem muito.
Queremos fazer
esse debate com o governador, saber qual é a prioridade do Governo do Estado.
Se a prioridade vai ser dar benesses aos empresários ou se vai olhar para
aqueles que mais precisam. Esse é o debate necessário.
Aliás, se ele
for reproduzir o que o então vice-prefeito, agora prefeito de São Paulo, está
fazendo aqui em São Paulo, nós vamos sofrer muito. O prefeito Bruno Covas
aumentou a tarifa de ônibus, reduziu o uso do bilhete único e do
vale-transporte. Muita gente está reclamando.
Então, ao
contrário de, em um momento de crise, em uma situação difícil, os governos do
PSDB olharem para os que mais precisam, eles fecham os olhos. No caso do Bruno
Covas ele, agora, criou o jeton para os secretários. Vão ganhar seis mil reais
de jeton. E secretário não ganha pouco em São Paulo. Secretário, em São Paulo,
ganha bem. Portanto, é preciso que a gente tome esse cuidado. O governo do PSDB
aqui no Estado precisa dizer a que veio.
Aliás, não só
na cidade de São Paulo, mas no Estado. Vou dar um exemplo, ouvi aqui o discurso
sobre o Vale do Ribeira. É verdade. O Vale do Ribeira é uma região pobre.
Aliás, ao contrário, é uma região que tem muita gente com dificuldade, mas é
uma região rica. É uma região que tem minérios, que tem capacidade de produção.
Eu conheço
cidades que hoje plantam pinos e que não têm nenhum desempregado. O que
precisa? Agregar valor na produção de seiva de pinos. Isso pode gerar emprego,
pode melhorar a qualidade de vida. Agora, o que o governo poderia fazer?
Asfaltar, colocar asfalto nas estradas. Podia ter um programa de estradas
asfaltadas, as estradas vicinais. Infelizmente não tem.
Quem tem que
sair de Ribeira para ir a Pirapuã são longos seis, sete quilômetros de estrada
de terra. O deputado deve conhecer. Não é fácil. O cara que sai de uma cidade
como essa sofre e tem um problema grave para escoar a sua produção.
A gente podia
falar de Apiaí. Ontem eu recebi uma foto de um companheiro lá da região, o
Jaderson, em que ele mostra uma estrada que liga Apiaí a Itapeva. Tem 21
quilômetros de terra e, com essas chuvas, ninguém transita. E é uma estrada que
os estudantes utilizam, que os trabalhadores necessitam. O Governo do Estado,
depois de 24 anos de governo do PSDB - agora estamos indo ao 25º - não olha para
a região. Aliás, olha para aquilo que interessa ao governador. Então vamos
privatizar, fazer parcerias público-privadas, fazer conceder. Isso não resolve
a vida das pessoas. Isso pode resolver a vida do governador, mas não das
pessoas que precisam do Estado.
Por isso, na
discussão do Estado mínimo e de Estado máximo, eu quero sempre discutir o
Estado necessário, o Estado que cuida do seu povo, o Estado que dá Saúde,
Educação, transporte de qualidade. Enquanto o Estado não fizer isso, não dá
para discutir Estado mínimo, porque nós não estamos em nenhum país da Europa,
em que as pessoas vivem bem, têm empregos. Nós estamos em um país, que, aliás,
mudou a nomenclatura, nas continua em desenvolvimento. Nós não estamos no bloco
dos países desenvolvidos.
Isso é grave,
porque as pessoas precisam do auxílio do Estado. Enquanto isso não ocorrer, vão
continuar sofrendo. Vão continuar sofrendo na fila da Saúde, na fila do
transporte, na fila da Segurança.
No último
discurso, falei da Segurança, cidades em que a polícia faz rodízio. É
inadmissível isso. Duas horas em uma cidade, duas horas na outra. E você que
está acompanhando essa discussão sabe do que eu estou falando. Nas regiões
noroeste, na região do Pontal, vocês vão ver isso. Vinte e quatro anos.
Aí, eu queria
trazer outro debate aqui. O estado, ao contrário de ajudar as cidades, tira das
cidades. Outro dia alguém fez um debate aqui, um deputado fez um debate aqui
sobre os bombeiros. Como é possível - não sei se foi o deputado Telhada - que a
prefeitura tenha que arcar com os custos do bombeiro, tem que pagar
alimentação? A Prefeitura de São Paulo paga. Como é possível a prefeitura ter
que arcar com os custos da Educação estadual? O estado está transferindo
responsabilidade que não é do município para os municípios, que já têm uma
baita dificuldade. Ou a gente muda essa lógica, ou o estado começa a ser
indutor de desenvolvimento, preocupado com os recursos para investir onde
precisa, ou, cada vez mais, o estado se transforma em um estado mais pobre, um
estado mais triste, em que as pessoas têm mais dificuldade de viver.
Por isso, Sr.
Presidente, acho que essa Assembleia tem papel fundamental em pautar esse
debate. O que a gente está vendo nas escolas estaduais nesses últimos dias,
escola que tem vazamento, escola que não tem segurança, escola que não tem
merenda, escola que recebe carne estragada. Não é possível! Nós estamos
retrocedendo, nós estamos voltando ao passado. Aliás, no caso específico da
merenda do estado de São Paulo, nós estamos voltando para o passado. As escolas
estaduais tinham enlatados, voltaram a ter. É inadmissível. O município já
superou isso há vários anos. Ou a gente supera e traz alimentação de qualidade
- é possível, utilizando o pequeno produtor rural, agricultura familiar - ou
nós não vamos melhorar a qualidade de vida do estado.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Obrigado. Com
a palavra o nobre deputado, agora, no Grande Expediente, Douglas Garcia.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para fazer uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Para
comunicação.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PSL -
PARA COMUNICAÇÃO – Sr. Presidente, apenas para concluir a ideia, deixar a parte
do meu Grande Expediente para segunda-feira. Apenas para concluir a ideia que
eu iniciei quando eu estava denunciando a “bandidolatria” do Estado. Consegui
uma lista de mais 100 promotores e procuradores de Justiça. Eles assinaram uma
lista combatendo a “bandidolatria”.
Eles dizem o
seguinte: “Nós, operadores do Direito, realmente preocupados com a Segurança
Pública, com o direito de ir e vir das pessoas, com a vida das pessoas de bem e
não só dos bandidos, preocupados especialmente com as vítimas e não só com seus
algozes, queremos revelar certas verdades a você, cidadão que sustenta o Estado
e tem se enganado com ele e com certas entidades, certos professores, certos ‘especialistas’
e outros que parecem não querer que você saiba de certas coisas. Mas você
saberá agora que muita coisa do que você tem sido induzido a pensar não é
verdade! Você tem sido enganado!”.
Eles dizem isso
daí com relação àqueles especialistas que falam que o Brasil vive uma cultura
do encarceramento, que o Brasil vive uma cultura que coloca o negro, o pobre de
favela dentro da cadeia, quando não é verdade, Sr. Presidente. O que vive o
Brasil, principalmente o estado de São Paulo, é a cultura da impunidade. Apenas
concluindo o meu discurso que iniciei: infelizmente, a Defensoria Pública do Estado
de São Paulo, o Tribunal de Justiça e o Ministério Público do Estado de São
Paulo, alguns agentes públicos agem simplesmente na defesa desses bandidos.
Então é dever
desta Casa criar leis, é dever desta Casa, ainda que administrativamente falando,
porque nós não podemos legislar sobre direito penal. Ainda que
administrativamente falando, nós precisamos combater esse ativismo judicial
nefasto que infelizmente tomou conta do estado de São Paulo. Nós fomos eleitos
para defender a população e não para defender os bandidos. Então, quando
coloquei ali a imagem do Condepe, que infelizmente é o local onde recebemos o
maior número de denúncias com relação...
Pela ordem, Sr.
Presidente. Para uma reclamação.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Para uma
reclamação, tem V. Exa. mais dois minutos.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PSL – PARA
RECLAMAÇÃO - Muito obrigado, Sr. Presidente. O deputado Paulo tentou me
corrigir com relação ao que eu tinha mostrado sobre o Condepe. Sr. Presidente,
eu não me enganei, não foi um erro, não foi um equívoco. Eu não havia colocado
ali com relação à data, mas pelo simples fato de que a nossa Constituição
prevê, no Art. 37, que o Estado deve agir com impessoalidade.
Portanto, não
pode nenhum tipo de órgão governamental - porque o Condepe faz parte da Secretaria
de Justiça - fazer propaganda político-partidária. Portanto, a partir do
momento que tem o nome “PT Alesp”, não pode ser compartilhado por conselho do
que quer que seja, que faz parte da administração do Estado.
Eu gostaria,
aqui, de chamar atenção principalmente pelo fato de nós termos aqui o
vice-presidente do Condepe, que foi preso graças à articulação dele com o crime
organizado. É claro que aqui eu não estou acusando a bancada do PT da Alesp de
coisa “x” ou “y”, mas é uma coincidência muito grande - já que o partido é
conhecido, em nível nacional por estar em diversos escândalos de corrupção -
compartilhar conteúdo do Condepe.
Então, é algo
que a gente precisa, futuramente, quem sabe fazer uma CPI aqui na Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo, para saber se há algum tipo de participação
do Partido dos Trabalhadores na defesa daquilo que infelizmente vem sendo
apregoado por parte do ativismo judicial em muitas instituições. Acho isso
extremamente preocupante.
Não à toa, o
PT, o PSOL e o PCdoB vêm as ruas para pedir o fim da Polícia Militar. Eles
dizem: “eu quero o fim da Polícia Militar”. Com essas frases, agem de forma
extremamente agressiva com nossos policiais militares e atuam na defesa dos
bandidos, com relação a seus militantes. Então, é muito preocupante a gente ver
essa proximidade do Condepe com o Partido dos Trabalhadores, e o mais engraçado
é ver que o PSDB e o PT não estão tão distantes, porque a época em que isso foi
compartilhado foi durante o Governo de Geraldo Alckmin. Muito obrigado, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Obrigado.
Apenas para informar que nós já encerramos também o tempo do Grande Expediente.
A
SRA. MARINA HELOU - REDE - Sr. Presidente, eu
queria pedir a palavra pelo Art. 82.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Tem a palavra
a nobre deputada Marina Helou, pelo Art. 82, pela liderança da REDE.
A
SRA. MARINA HELOU - REDE -
PELO ART. 82 - Sandra. Sandra é o nome de uma mulher,
de uma mãe de família, de uma trabalhadora. Sustenta cinco pessoas. Mãe de duas
crianças pequenas. A Sandra mora em Parelheiros, no extremo sul de São Paulo.
Na casa da Sandra, a Sabesp não coleta esgoto. A casa da Sandra tem uma vala. A
filha da Sandra, de cinco anos, ficou três meses internada, no ano passado,
pelo SUS, com infecção intestinal. A água, na casa da Sandra, é contaminada.
Hoje é o dia da água. Mas não é um dia para
celebrarmos. São Paulo é o estado mais rico da América Latina. É o segundo
maior orçamento da União. E mesmo assim nós estamos contentes - ou nós somos
coniventes - com 10% da população não ter coleta de esgoto. Com cerca de 40% do
nosso esgoto não ser devidamente tratado. Com termos em torno de 30% de
desperdício de água. Aceitamos ter rios como o Tietê e Pinheiros, poluídos,
nojentos, cruzando as nossas cidades. Isso deveria ser inaceitável, num Estado
que se propõe a melhorar a vida das pessoas.
Eu entendo que nós estamos vivendo um momento, na
sociedade, de alta cobrança com responsabilidade com o dinheiro público. E não
tem melhor investimento do que no sistema de Saneamento Básico. A cada um real
investido em Saneamento Básico, economizamos quatro reais no SUS, sem
considerar o quanto a gente desafoga a utilização de sistema. Um para quatro. Eu não conheço um investimento com
tão alto retorno no sistema privado.
Esses são dados
compilados pelo Trata Brasil, uma organização que faz um trabalho muito sério
nesse tema. Eles também colocam que as principais pessoas afetadas pelo sistema
de coleta de esgoto e tratamento de água, do jeito que ele é hoje, são as
crianças e as mulheres em situação de vulnerabilidade e o meio ambiente, três
temas que me são muito caros.
Não é um dia
para celebrarmos. Pior do que isso, nós, nesta Casa, perdemos uma chance muito
importante, nessa semana, de termos uma CPI para cobrar e fiscalizar o governo
do estado de São Paulo a respeito dos trabalhos da Sabesp. É nosso papel
constitucional não apenas debater e produzir leis, mas também cobrar e
fiscalizar o Governo do Estado.
Esse papel é
crucial no sistema de freios e contrapesos da nossa democracia. Infelizmente,
essa semana não foi o único exemplo que tivemos de não cumprirmos com o nosso
papel. Começa com a vergonha que foi o sistema de protocolar as CPIs nesta Casa.
Eu estou protocolando um projeto de resolução para termos uma solução mais madura,
para solucionarmos as comissões parlamentares de inquérito nesta Casa, que não
dependam de ordem de chegada, de acampamento e de barraco na fila.
Tivemos também
uma discussão importante a respeito de um veto que o governador do Estado fez a
um projeto aprovado pelos deputados desta Casa para a criação de uma comissão
de fiscalização de mecanismos de tortura. Isso é fundamental, porque esse foi
um projeto aprovado pelos deputados desta Casa, um papel que é nosso por
direito, de cobrar e fiscalizar o Governo do Estado, um dos temas mais
importantes que o Estado pode ter, que é o da privação de liberdade.
O governador
vetou, sem nenhuma justificativa plausível, e a gente não derrubou esse veto, a
gente aceitou esse papel. Nobres colegas presentes e ausentes, não vamos
permitir que esta Casa siga submissa ao Governo do Estado. Para piorar, veja
bem, ainda essa semana, o governador vetou a participação de dois deputados no Conselho
do Fundeb, que é um dos pilares da Educação pública do Estado. Mais do que isso,
vetou a previsão de que esse conselho teria a obrigação de mandar relatórios
para a Comissão de Educação desta Casa, sob a justificativa de que seria
interferência entre Poderes.
Isso não é
interferência entre Poderes. Esse é o nosso papel, cobrar e fiscalizar, prestar
contas do nosso Estado. Eu faço um apelo a todos vocês, de honrar o mandato que
nos foi dado pela população do Estado. Vamos elevar esta Casa ao lugar que ela
merece. Eu não sou oposição ao governo. Eu admiro, inclusive, várias pessoas
que estão hoje compondo o time do governo, a Patricia Ellen, na Secretaria de Desenvolvimento
Econômico; a Célia, na Secretaria de Desenvolvimento Social; e a Célia Leão,
ex-deputada desta Casa, na Secretaria da Pessoa com Deficiência.
A SRA. MARINA HELOU - REDE - PARA
COMUNICAÇÃO - Porém, também não sou da base do Governo. Sou
absolutamente contra o que governo tem feito, por exemplo, num desmonte na área
do Meio Ambiente e contra também a relação de superioridade que foi adotada em
relação a esta Casa. Faço um apelo a todos vocês. Oposição, PT, PSL, vamos
fazer nosso papel, vamos exigir que esta Casa seja tratada com o respeito que
ela merece, que ela tem que ter.
A gente perdeu
outra oportunidade, essa semana, que foi a de reprovar o Projeto 01/2019, do
governo, projeto esse que todas as lideranças, no Colégio de Líderes, se
colocaram contra, seja pelo mérito, seja por ser um projeto ruim, desrespeitoso
em relação a esta Casa, pedindo um cheque em branco, sem um devido debate. Todas
as lideranças se colocaram contra.
Por que, então,
a gente não reprova esse projeto e pede para que o governo nos mande um projeto
elaborado, respeitoso, que dê espaço para o devido debate legítimo que a gente
tem que fazer? Seria histórico reprovar esse projeto e exigir o respeito que esta
Casa merece, fazendo um debate com profundidade sobre um tema tão importante
como esse. Espero que a gente não siga nesse papel e que a gente exija cobrar,
fiscalizar e debater com o respeito que a gente merece.
Eu termino
querendo fazer um convite a todos os deputados presentes, aos deputados não
presentes, aos servidores desta Casa e aos assessores. No domingo agora, dia 24,
todo mundo que nos assiste pela TV Alesp, domingo, dia 24, a gente vai fazer um
evento aqui na Casa de abertura do nosso gabinete. Vai ser um dia de festa, de
celebrar, de compartilhar o que a gente aprendeu esta semana, às duas horas.
Estão todos convidados. Muito obrigada.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Pela ordem,
nobre deputado Paulo Fiorilo.
O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Para
falar pelo Art. 82, da liderança da Minoria.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Tem V. Exa. o
tempo regimental.
O SR. PAULO LULA
FIORILO - PT – PELO ART. 82 - Sr. Presidente, antes de mais nada, parabenizar
aqui a deputada Marina pela sua preocupação, da qual eu partilho quase que em
sua totalidade, desde o início até o final do discurso.
Segunda coisa,
eu acho que é preciso deixar muito claro aqui algumas coisas com relação à
prática e à teoria. O deputado Douglas, ao se referir ao PT, o faz levantando
aqui dúvidas que eu quero refutar imediatamente. Refutar e rejeitar. Primeiro,
porque assim, quem compartilhou em 2018... Porque assim é fácil, a gente vem
aqui, põe um negócio e fala.
Em 2018, foi o Condepe,
que é uma entidade que tem representação do Poder Judiciário, do governador, da
Assembleia, de vários órgãos. Então, eu acho que é preciso deixar muito claro
isso.
Segunda coisa,
se cabe investigação, eu acho que não tem nenhum problema investigar o que cada
deputado aqui quiser. Como eu gostaria que se investigasse, por exemplo, o
Queiroz, os laranjas do PSL, como eu gostaria que se investigasse a prática de tirar
dinheiro das mulheres para dar para os homens, como eu gostaria que
investigassem muitas outras coisas que envolvem políticos de vários partidos,
inclusive o do senhor.
Infelizmente,
parece que é muito fácil destruir. Não é? É a teoria do Olavo. Temos que
destruir tudo. Construir não precisa. Todo mundo é comunista. Nós precisamos destruir
os comunistas e destruir quem não concorda com a gente.
Então, deputado,
eu acho que quando eu fiz a referência ao senhor, elogiosa, dizendo que o
senhor não queria fazer aqui uma denúncia, mas que o senhor estava trazendo um problema
que não é do PT. Porque, por exemplo, podia, quem sabe, o Condepe compartilhar
a página do PSL. E aí, vamos dizer o que para o Condepe? “Compartilhou a página
da extrema direita, de conservadores”.
O Condepe, o
senhor pode questionar, compartilha a página que quiser. Agora, o que o senhor
não pode fazer é a ilação com relação ao PT, ou à postura do PT. Isso não pode,
isso está errado. Então, eu queria aqui dizer o seguinte. Nós não temos nenhum
problema de discutir, inclusive, a Polícia, até porque nós já governamos o Estado,
como o PSL governa agora, e as polícias não
deixaram de existir.
Nós governamos estados
olhando para quem mais precisa, construindo, e não destruindo políticas
públicas. Aliás, nos governos do PT, nesta cidade, nos estados em que o PT
governou, deixou marcas, como o orçamento participativo, como a construção de
conselhos, diferente daqueles que querem destruir.
A teoria da
destruição é a teoria do Bolsonaro, é a teoria do Olavo de Carvalho, é a teoria
daqueles que não tem projeto, não tem programa, não tem absolutamente nada para
apresentar para a sociedade. Esse é o problema do PSL. Enquanto for assim, não
constrói. Não constrói.
Enquanto for
assim, nós vamos ter, infelizmente, milhares de pessoas vivendo sem água
tratada, no esgoto, com crianças nos hospitais, e mais, você disse aqui, quem
atendeu a criança foi o SUS, o Serviço Único de Saúde, que, possivelmente, o
governo do Bolsonaro vai ser contra, vai propor destruir, como está propondo, por
exemplo, retirar a obrigatoriedade de recursos para a Saúde, para a Educação.
É destruir. Essa
é a lógica do PSL, essa é lógica do Bolsonaro, é a do Olavo, são dos seus
seguidores. Destruir. Nós vamos resistir, e vamos estar junto, para que a gente
possa ter vida digna, aposentadoria digna, trabalho digno, e não a precarização,
e não o estado mínimo do mínimo.
Nós queremos,
sim, discutir um estado que protege os que mais precisam, como a que mora em
Parelheiros, que deve morar na cratera, ou como a que mora na Brasilândia, ou
como a que mora na divisa com Diadema, ou a que mora em São Mateus, ou a que
mora no Sapopemba, ou aqueles que não têm nem onde morar, que estão nas ruas.
Essa é a grande
questão que está colocada aqui para a Assembleia, e nós temos que fazer isso
que você propôs, deputado, cobrar do governador o debate político sobre as privatizações
e parcerias. Nós temos que cobrar do governador que esta Assembleia aqui não
vai ser puxadinho, que esta Assembleia aqui vai ter altivez, e fazer o debate
político. É esse o nosso papel, é esse o nosso desafio. Por isso eu quero
serrar fileiras com quem pensa assim. Com quem não pensa, nós vamos fazer o
debate político e discordar sempre. Esse é o papel do Parlamento: debater,
discordar, concordar, criar maioria, criar minoria e avançar. É assim que a
gente pode melhorar a vida das pessoas.
O SR. PAULO LULA FIORILO - PT – Sr. Presidente, queria
agradecer a possibilidade do uso do Art. 82. Havendo acordo dos líderes,
solicitar o levantamento da sessão.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo de
lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca
V. Exas. para a sessão ordinária de segunda-feira, à hora regimental, sem Ordem
do Dia.
Está levantada a sessão.
*
* *
- Levanta-se a sessão às 16 horas e 45
minutos.
*
* *