13 DE MAIO DE 2019
39ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CORONEL TELHADA e LECI BRANDÃO
Secretaria: LECI BRANDÃO
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - CASTELLO BRANCO
Lembra a promulgação da Lei Áurea, no dia 13 de maio de 1888,
pela princesa Isabel. Informa que o Brasil foi o antepenúltimo País a libertar
os escravos. Cita a comemoração pelo Dia das Mães, ontem, dia 12/05. Discorre
sobre sua missão diplomática em Portugal, realizada entre os dias 22/04 e
02/05, representando esta Casa. Exibe resumo de suas atividades. Menciona sua
participação em eventos comemorativos dos 519 anos do descobrimento do Brasil. Diz
ter ocorrido a outorga da medalha mérito Pedro Álvares Cabral, a pessoas de
notório saber, tanto do Brasil como de Portugal. Mostra imagens do evento.
Destaca a participação do ministro Sérgio Moro no VII Fórum Jurídico de Lisboa.
3 - LECI BRANDÃO
Lembra os 131 anos da abolição da escravidão da população
negra neste País, em 13 de maio de 1888. Diz ser esta uma data de reflexão,
alerta e denúncia, mas não de comemoração. Esclarece que os negros sofrem, até
hoje, as consequências dos 300 anos de escravidão. Considera que o Brasil
enfrenta hoje uma fase de retrocesso. Menciona ato, a ser realizado amanhã, na
Câmara dos Deputados, em homenagem à princesa Isabel e a assinatura da Lei
Áurea. Informa ser hoje o Dia da Ancestralidade, dos Pretos Velhos e de Nossa
Senhora de Fátima.
4 - LECI BRANDÃO
Assume a Presidência.
5 - CORONEL TELHADA
Saúda as cidades de Indiaporã e Cajobi pelos aniversários.
Diz ter sido comemorado ontem o Dia da Policial Militar Feminina. Informa ter
sido esta a primeira força da América Latina a ter em seus quadros mulheres
policiais. Parabeniza as policiais femininas. Lembra a comemoração, ontem, do Dia
das Mães. Cita sua participação, sexta-feira dia 10/05, em evento no Batalhão
Tobias de Aguiar, em memória do capitão PM Mendes Júnior e para homenagem a
policiais militares. Faz esclarecimentos sobre fake news divulgada nas redes
sociais, sobre desentendimento com jornalista. Afirma que o seu trabalho está
incomodando pessoas medíocres e mal intencionadas. Ressalta que foi eleito para
trabalhar pelo bem do povo.
6 - CORONEL NISHIKAWA
Faz coro ao pronunciamento da deputada Leci Brandão sobre a
abolição da escravidão. Afirma que os japoneses também sofrem preconceito.
Apoia o deputado Coronel Telhada. Diz ter sido covardia o que publicaram a
respeito do deputado. Considera o deputado Coronel Telhada um excelente
comandante da Rota. Discorre sobre sua reunião com o secretário da Segurança
Pública, sobre vários assuntos envolvendo os servidores da categoria.
Preocupa-se com o aumento de salário prometido para os policiais.
7 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência.
8 - DIRCEU DALBEN
Concorda com os pronunciamentos anteriores referentes aos
policiais e à segurança no Estado. Exibe jornais da Região Metropolitana de
Campinas, falando sobre a precariedade da situação da Segurança Pública nos
municípios. Informa que o Tribunal de Contas vistoriou diversas delegacias em
cerca de 20 cidades da região. Discorre sobre a situação de penúria das
delegacias, com falta de servidores e de estrutura. Elogia os profissionais,
que mesmo sem estrutura fazem um trabalho digno, atendendo bem a população.
Pede providências para que esta situação seja mudada.
9 - DIRCEU DALBEN
Para comunicação, registra a presença do vice-prefeito de
Sumaré nesta Casa, Henrique Stein. Informa ser o mesmo o primeiro suplente de
deputado federal pelo PRB.
10 - CONTE LOPES
Cobra às autoridades a prisão dos bandidos que assassinaram o
cabo Fernando. Lamenta a falta de respaldo à família do policial morto. Pede
garantias de que os salários dos policiais paulistas aumentará. Diz serem os
salários da Polícia Militar o penúltimo salário da União. Comenta que os
policiais militares e delegados querem trabalhar na Polícia Federal, onde
ganham mais. Ressalta a necessidade de valorização dos policiais.
11 - FREDERICO D'AVILA
Menciona a publicação de matérias, a respeito do PLC 31, de
sua autoria, nos jornais "Valor Econômico" e "Folha de S.
Paulo". Afirma que o primeiro divulgou a verdade sobre o projeto.
Esclarece que não foi procurado por ninguém do jornal "Folha de S.
Paulo", conforme havia sido publicado. Faz esclarecimentos a respeito do
seu projeto, que visa incluir, nos quadros do Condep e da Ouvidoria, policiais
civis e militares para que haja isonomia. Lamenta a maneira como o projeto foi
descrito neste jornal. Informa que o Palácio dos Bandeirantes não irá opinar a
respeito, enquanto o projeto estiver em tramitação nesta Casa. Repudia a
maneira da "Folha de S. Paulo" de fazer jornalismo.
12 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA
Faz coro aos pronunciamentos anteriores.
13 - FREDERICO D'AVILA
Para comunicação, registra a visita do vice-prefeito de Pariquera-Açu
nesta Casa. Diz ser o mesmo aliado do presidente Bolsonaro no Vale do Ribeira.
14 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA
Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia
14/05, à hora regimental, com Ordem do Dia. Levanta a sessão.
* * *
- Assume a Presidência e abre a
sessão o Sr. Coronel Telhada.
* * *
-
Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
* * *
O SR. PRESIDENTE -
CORONEL TELHADA - PP - Presente
o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de
Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata
da sessão anterior e convida a nobre deputada Leci Brandão para ler a resenha
do Expediente.
A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - Excelentíssimo Sr. Presidente,
temos aqui uma indicação do nobre deputado Altair Moraes para que determine aos
órgãos competentes a liberação de recursos financeiros suficientes para a
construção de uma unidade do Centro de Referência de Assistência Social - CRAS,
no distrito de Jacaré, em Cabreúva.
A outra
indicação é do nobre deputado Jorge Caruso, para que determine aos órgãos
competentes providências necessárias visando a liberação de recursos para
custeio da Santa Casa de Misericórdia no município de Franca.
Está
lida a resenha, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL
TELHADA - PP -
Muito obrigado, Sra. Deputada.
Vamos,
portanto, entrar no Pequeno Expediente com os oradores inscritos. O primeiro
orador é o deputado Castello Branco. Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco
minutos.
O
SR. CASTELLO BRANCO - PSL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Veneráveis membros da Mesa, boa tarde. Hoje, uma data
magna da história brasileira, relembrando o dia 13 de maio de 1888, quando foi
promulgada a Lei Áurea, a libertação dos escravos pela princesa Isabel, filha
de Dom Pedro II, conhecida como “a redentora”.
Uma data que por si só
daria aqui um plenário face às dificuldades e aos desafios para a época que foi
tal decisão, haja vista que o Brasil foi o antepenúltimo país do mundo a tomar
essa decisão e que outros países mais desenvolvidos como os Estados Unidos
tiveram lá seus grandes desafios que culminaram com a Guerra da Secessão.
Também lembro hoje, dia
13 de maio, aniversário do venerável Jefferson Henrique de Souza,
vice-presidente da Sociedade Brasileira de Eubiose e mestre da nossa querida
Ordem do Ararat. Ao senhor mestre, as nossas felicitações de paz, justiça e
saúde.
E finalmente a passagem
do dia 13 de maio também nos traz a nossa comemoração pelo Dia das Mães,
passado ontem. A elas, a quem devemos tudo.
O objetivo também da
minha presença hoje no plenário é uma justificativa aos nossos eleitores da
nossa missão diplomática ocorrida em Portugal, entre o dia 22 de abril a 2 de
maio de 2019. Foram dez dias de missão onde eu fui enviado para representar a
Assembleia Legislativa de São Paulo num intenso cronograma de atividades e com
uma agenda oficial com mais de 14 horas de atividades por dia, lembrando que
foi sem ônus ao erário público.
*
* *
- São exibidas
as imagens.
*
* *
Aqui, um breve resumo
das atividades realizadas. Foram a participação em cinco cerimônias
cívico-militares; visita técnica a cinco prefeituras; visita cultural a três
museus ligados ao descobrimento do Brasil, ao Panteão dos Cabrais e à colônia
judaica, que fez parte desse descobrimento. Uma visita técnica a um importante
centro universitário chamado “Universidade da Beira Interior”, referência na
Europa em tecnologia aeronáutica, entre outras, como, por exemplo, engenharia
hidráulica e materiais.
Visita a uma estação de
geração de energia eólica em área remota na Serra da Estrela. Um exemplo muito
interessante a ser aplicado aqui em São Paulo na Serra da Mantiqueira, por
exemplo, além de outros eventos de almoço e jantares ligados a chamada Semana
Comemorativa do Brasil. E também tivemos oportunidade de participar do Fórum
Jurídico Brasil-Portugal, que teve como seu expoente o nosso ministro Sérgio
Moro.
Aqui, um resumo das
nossas atividades principais. O Brasil comemorou 551 anos do nascimento de
Pedro Álvares Cabral. Ele nasceu, segundo alguns autores, em dezembro de 1467.
Segundo outros, em janeiro de 1468 e ele foi o principal protagonista do
descobrimento.
Uma história a ser
reescrita, inclusive com vários autores portugueses dando uma nova leitura e
uma nova interpretação ao descobrimento do Brasil muito diferente da que se
propagou nas escolas brasileiras até hoje. Participamos então dos 519 anos do
descobrimento do Brasil - vamos ver algumas imagens daqui a pouco.
Novamente lembrando, a
visita a esse centro universitário que hoje possui mil brasileiros que lá
estudam nos cursos de bacharelado, graduação, pós-graduação, mestrado e
doutorado.
Tivemos a oportunidade
também de participar da Convenção Internacional da Sociedade Brasileira de
Eubiose, na cidade do Porto, que há mais de 40 anos realiza esse tipo de evento
em Portugal, estabelecendo um vínculo entre Portugal e Brasil no que diz respeito
a filosofias, religiões e ciências comparadas. E, claro, participamos da
outorga da Medalha Mérito Pedro Álvares Cabral, que foi realizada no Panteão
dos Cabrais, no castelo da família, a pessoas de notório saber e de importância
social do Brasil e de Portugal.
Participamos então
dessas cerimônias e aqui vamos poder ver algumas das fotos relativas ao evento.
A cidade de Belmonte fecha-se totalmente para esse evento. Fomos muito bem
recebidos em todos os locais em que lá estivemos, eles fazem do descobrimento
do Brasil e do nascimento de Cabral um evento nacional. Nós podemos ir passando
por algumas fotos da universidade, muitos projetos ali tocados por brasileiros
em parceria com a Embraer, com o CTA e com o ITA.
Mais imagens das
cerimônias cívicas realizadas em várias cidades, e aqui as prefeituras que
foram visitadas, entre as quais a da cidade de Castelo Branco, a qual é berço
da minha família e que é a cidade que tem jurisprudência sobre Belmonte, cidade
onde nasceu Pedro Álvares Cabral. Podemos trocar várias experiências e muitos
projetos ligados aos interesses entre Brasil e Portugal na área de ciência e
tecnologia, inovação, gestão pública e principalmente história.
Nossa satisfação ao
eleitor e nossa resposta na medida em que muitos dos projetos e das ideias aqui
ventilados poderão ser usados em prol do Governo do Estado de São Paulo. Muito
obrigado. Brasil acima de tudo.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito
obrigado, Sr. Deputado. O próximo deputado é o Delegado Bruno Lima. (Pausa.) Deputado
Paulo Lula Fiorilo. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado
Marcio da Farmácia. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Gil
Diniz. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. Vossa Excelência tem o tempo regimental
de cinco minutos.
A
SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Excelentíssimo Sr. Presidente, deputado Coronel
Telhada, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, Coronel... Coronel Nishikawa, perdoe
a minha falha. Minha cabeça hoje está cansadíssima. O senhor é uma pessoa que
nos trata com muito carinho, muito respeito também.
Sr. Presidente, hoje é
13 de maio de 2019, 131 anos da abolição oficial do sistema de escravidão da
população negra neste País. O dia 13 de maio não nos fascina, pelo contrário,
nos entristece muito, porque, diferentemente do que os livros de história
contaram por muito tempo, não é uma data de comemoração para nós da população
negra, é uma data de reflexão, uma data de alerta, de denúncia, porque essa
abolição foi inacabada.
Até hoje a população
negra sofre as consequências dos 300 anos de escravidão. Desemprego, baixos
salários, mortes violentas, baixa escolaridade, encarceramento... E em todos
esses aspectos, homens e mulheres negros e negras, netos daqueles que foram
ultrajados, humilhados e torturados, estão em primeiro lugar, infelizmente.
Estar nesse lugar não é mera coincidência, é o resultado de escolhas políticas
feitas por governantes que desde o início de nossa história não entendem que
nós fazemos parte da construção deste país e que nós temos direito, temos que
ter acesso, temos que ter inclusão.
Com muita luta, tivemos
avanços que não foram dados, mas conquistados por nós, pela nossa luta, pela
nossa força. Tudo isso está sendo colocado em risco no momento em que o Brasil
atravessa uma fase de retrocesso, e que retrocesso. Eu tomei conhecimento hoje
de que os deputados federais Eduardo Bolsonaro e Luiz Philippe de Orleans
Bragança vão realizar amanhã, no Congresso Nacional, uma sessão, um ato. Para
homenagear quem? A princesa Isabel e a assinatura da Lei Áurea. Muito bem. Como
a gente vai poder chamar esse ato? Será que é um deboche? Não sei, não consigo
entender.
A menos de uma
semana o presidente deste País disse que racismo aqui é uma coisa rara. Um
tempo atrás ele comparou quilombolas a animais. Tudo isso a gente vem
observando. Nós, negros e negras, resistimos 300 anos. Trezentos anos de
crueldade, de gente como essa.
Não pensem os
senhores que vão apagar a nossa história, muito pelo contrário. A nossa
liberdade não veio das mãos de Isabel. Isso, inclusive, foi muito bem dito no
desfile da Estação Primeira de Mangueira: não veio das mãos de Isabel a
liberdade.
Nós continuamos
lutando todo santo dia. Nossos heróis, 20 de novembro, que é Zumbi dos
Palmares, Dandara, Luiza Mahin, Luiz Gama, Tia Ciata, os negros e as negras que
enfrentam o Estado e uma sociedade que tem muita marca racista. Enfrentamos
isso todos os dias, em uma simples entrada, quando você vai a um lugar ou a um
restaurante. Vou dar como exemplo, aqui, em São Paulo, se for uma mulher negra
ou um homem negro as pessoas se espantam, as pessoas olham como se dissessem:
“O que você está fazendo aqui? Aqui não é seu lugar.”. A gente percebe isso
muito bem.
Valeu, Zumbi.
Valeu, Dandara. Treze de maio é dia da nossa ancestralidade, pretos e pretas
velhos. Hoje também é Dia dos Pretos Velhos, como também se comemora Nossa
Senhora de Fátima. Eu respeito todas as religiões. Hoje é Dia de Nossa Senhora
de Fátima.
Que vocês
continuem olhando por nós, não só Nossa Senhora de Fátima, mas principalmente
os pretos velhos: Tia Cambinda, Pai Joaquim de Angola. Hoje é Dia dos Pretos
Velhos. Salve, Nossa Senhora de Fátima! Saravá os pretos velhos!
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP -
Obrigado, Sra. Deputada. Solicito que V. Exa. assuma a Presidência dos
trabalhos.
* * *
- Assume a Presidência a Sra. Leci Brandão.
* * *
A
SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Continuando a
lista de oradores, convido para usar a palavra o Major Mecca. (Pausa.) Convido
para usar a palavra pelo tempo regimental o nobre deputado Coronel Telhada. Tem
V. Exa. o tempo regimental.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP -
Muito obrigado, Sra. Presidente, Srs. Deputados, assessores, funcionários aqui
presentes, público aqui presente, todos que nos assistem pela TV Assembleia.
Sra.
Presidente, como sempre, eu quero começar saudando as cidades aniversariantes.
Nós tivemos o aniversário ontem, domingo, da querida cidade de Indiaporã.
Ontem, dia 12 de maio, aniversário da cidade de Indiaporã. Um abraço a todos os
amigos e queridas amigas dessa cidade de Indiaporã.
Hoje, dia 13 de
maio, é aniversário da cidade de Cajobi. Cajobi hoje aniversaria. Um abraço a
todos os amigos e amigas da querida cidade de Cajobi.
Também, Sra.
Presidente, ontem foi o Dia do Policial Militar Feminino. Sempre as mulheres
falando da situação da mulher brasileira. A Polícia Militar paulista foi a
primeira força policial da América Latina, em 1955, a ter, em seus quadros de
policiais, mulheres. Começou com poucas mulheres, na figura da coronel Hilda
Macedo, e hoje é uma realidade na polícia, homens e mulheres ombreados no
combate à luta, em que tanto homens quanto mulheres, brancos, negros, de todas
as etnias, de todas as classes sociais, têm uma carreira similar, com todas as
vantagens e possibilidades, sendo que nós temos hoje mulheres coronéis, negras,
brancas, homens negros e brancos também, coronéis da Polícia Militar. Parabéns
à Polícia Militar Feminina, que na data de ontem comemorou mais um aniversário
do seu dia.
Sra.
Presidente, eu só queria falar hoje no plenário. Ontem nós tivemos o Dia das
Mães, tivemos o final de semana homenageando todas as mamães, mas correu na
rede social, mais uma vez, para variar, a famosa fake news. É incrível, não é?
Isso não ocorreu dentro da rede da Polícia Militar. Eu creio que os amigos de
fora, que não vivem a Polícia Militar, não estejam nem sabendo, mas ocorreu.
Sexta-feira,
tivemos um evento no Batalhão Tobias de Aguiar, onde foi lembrada a morte do
nosso herói da Polícia Militar, capitão Alberto Mendes Júnior. Todo dia dez de
maio nós realizamos esse evento. E sexta-feira também estivemos lá presentes,
homenageando a memória do Mendes Júnior. Posteriormente, à tarde, nós estivemos
no regimento de cavalaria também, pois foi o Dia da Cavalaria. À noite, tivemos
aqui um evento também homenageando policiais militares.
Mas eu quero
dizer que correu nesse final de semana uma fake news a meu respeito, dizendo
que eu haveria sido convidado a sair da Rota, o que é um absurdo. Além de ser
um absurdo, é uma grande mentira. Nunca me convidaram para sair do batalhão e
nunca haverá isso, porque não há motivo. Eu não só trabalhei lá como tenente e
como comandante, mas a nossa conduta é sempre ilibada com relação às autoridades
e à legalidade.
Ocorre que
naquele dia tinha um indivíduo lá que há muito tempo já vem causando problema,
não só para mim, mas para a Polícia Militar, e nós tivemos uma pequena
discussão. E sabe como funciona a rede social: pessoas de mau caráter, mal
intencionadas, filmaram aquela discussão e colocaram que eu havia sido retirado
do quartel porque eu discuti com um jornalista, que de jornalista só tem a
carteirinha, porque formação mesmo não tem nenhuma. Não tem preparo nenhum o
cidadão.
E eu estive hoje
pela manhã na Rota, agora ao meio-dia, na hora do almoço. Estive conversando
com o coronel Mário, batendo papo, até fizemos um link ao vivo sobre a nossa
situação. E dizendo do absurdo que é esse negócio de fake news, não é? A rede
social não veio só para ajudar, ela veio para atrapalhar também. Esse negócio
de fake news é um absurdo; as pessoas lançam mentiras esdrúxulas no ar. E o
pior: as pessoas acreditam.
Eu falei que
daqui a pouco vão dizer que eu estou rodando bolsinha na Avenida Tiradentes,
deputada. Eu vou ter que me explicar aqui, falar que eu não estou rodando
bolsinha. Porque é um absurdo isso: o pessoal falar que eu fui expulso dentro
do meu quartel. Não precisa de mais nada, não é? E o pior: em detrimento de uma
pessoa que é complicada.
Então, eu venho
aqui dizer aos amigos no interior, que nos assistem ao vivo aqui: não deem
atenção a essas fake news. Pior ainda: não retransmitam isso, porque as
pessoas, até bem intencionadas às vezes, acabam retransmitindo uma mentira.
Isso é muito complicado. E eu sei que isso aqui é resultado do nosso trabalho.
Nós estamos incomodando muita gente medíocre e incapaz, mal intencionada.
E nós, com a
nossa postura correta, firme, de fazer a coisa certa, de não ficar puxando o
saco de ninguém: essa postura incomoda as pessoas e vai continuar incomodando,
porque eu não vou mudar. Nós não vamos mudar. Eu fui eleito pelo povo para
trabalhar pelo bem do povo. Não para ficar contando mentira, contando vantagem,
ficar gritando aos quatro cantos e não ter nenhuma produção. Eu tenho, aqui,
mais de 21 leis promulgadas, Sra. Presidente, trabalhando nessa Assembleia.
Conseguimos aqui a total assistência jurídica para todos os homens e mulheres
da Segurança Pública, da Secretaria de Administração Penitenciária e também da
Fundação Casa, coisa que ninguém fala. Então, são pessoas que acabam sendo
incomodadas por nós.
Só para fechar,
na sexta-feira nós também estivemos na formatura dos novos homens e mulheres da
Secretaria de Administração Penitenciária: 419 novos funcionários, AEVPs, foram
formados. Eu quero transmitir meus parabéns a todos os amigos da Secretaria de
Administração Penitenciária, parabenizá-los pela bela formatura. Uma formatura
comovente, um pessoal que está vibrando, trabalhando e que terá todo o nosso apoio.
Aqui, no nosso
mandato, a Polícia Militar, a Polícia Civil, a Polícia Técnico-Científica, a
Administração Penitenciária, a Fundação Casa; enfim, as Forças Armadas, as
Guardas Municipais, todos os homens e mulheres envolvidos com a Segurança
Pública municipal, federal, estadual: tenham o maior apoio da nossa parte. E eu
sei que isso incomoda as pessoas. E vai continuar incomodando, porque eu não
vou parar de trabalhar.
Então, vocês aí
que pensam que falando mal de mim estão me atacando, muito obrigado: vocês
estão me promovendo. Porque falem bem ou falem mal, mas falem de mim. Porque eu
estou trabalhando seriamente. E outra: na política, trabalhar com honestidade,
com firmeza e com transparência atrapalha, porque muita gente quer vir aqui
para se locupletar, e não vai acontecer isso. Quando nós soubermos de pessoas
que vêm aqui com essa intenção, nós denunciaremos.
Nós não
aceitamos pessoas de má índole, mau caráter, dentro dos nossos quartéis. Porque
muitas pessoas de mau caráter têm entrado nos quartéis se dizendo amigos da
Polícia Militar, e na verdade são lobos em pele de ovelha. Essas pessoas serão
denunciadas por mim, doa a quem doer. Como fala um amigo nosso: “não está
contente, pega eu”. Simples assim. Não fica falando mentira, vem aqui, vem encarar
o tio, e vamos ver quem conversa melhor. Porque ficar falando mentira pela
internet é fácil.
E depois,
quando você vai tirar satisfação com essas pessoas, Coronel Nishikawa, coronel
Castello Branco: “ai, o Coronel Telhada está me ameaçando”. Uns covardes; são
todos covardes. Para falar mentira, falam. Mas, na hora de discutir, vêm falar
que eu estou ameaçando. Eu não perco tempo ameaçando trouxa, ameaçando otário.
Meu negócio é “sim, sim” e “não, não”. Minha palavra não tem curva, é papo
reto. Então, pense antes de falar besteira, porque se falar besteira, vai ouvir
o que não deve. É na hora o retorno.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Continuando a
lista de oradores, convido o nobre deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado
Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal. (Pausa.)
Deputado Frederico d'Avila. (Pausa.) Deputada Professora Bebel Lula. (Pausa.).
Deputada Erica Malunguinho. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. Tem V. Exa. o
uso da palavra pelo tempo regimental.
O
SR. CORONEL NISHIKAWA - PSL -
Boa tarde a todos, às assessorias, ao Sr. Presidente, ao colega Castello Branco
e a todos da galeria. Hoje nós tivemos a oportunidade de estarmos com o Sr.
Secretário da Segurança Pública.
Como sempre,
falar de aumento agora é uma coisa recorrente. Nós sempre estaremos solicitando
aumento para os nossos policiais e para o pessoal de Segurança Pública, que há
muito tempo está sem essa assistência. Deputada Leci, eu digo o seguinte para a
senhora: realmente, dia 13 de maio, não sei se é dia de comemorar a Lei Áurea,
como é chamada a libertação dos escravos, porque, na prática, a gente não vê
muito isso.
Eu sou
totalmente favorável às suas palavras, porque eu nasci e fui criado ao lado de
negros, de família negra. O administrador da fazenda em que a gente morava era
negro. Eram os meus melhores amigos, desde a infância. Todos os colaboradores
que conosco trabalharam eram negros. Eu nunca fiz essa discriminação.
A turma sempre
fala que é mais fácil japonês ser discriminado do que o negro. A gente chega a
um posto de gasolina e a turma fala: “oh, japonês, quanto vai de gasolina?”.
Daí eu falo: “não sou japonês, sou brasileiro, com muito orgulho”. Então, a
gente também, de certa forma, sofre esse preconceito.
*
* *
- Assume a
Presidência o Sr. Coronel Telhada.
*
* *
Coronel Telhada, eu já expus para o senhor nas
redes sociais, aliás, direto no seu WhatsApp, tem o meu apoio. Acho que se
alguém quiser atacar, realmente que venha aqui e faça esse tipo de ataque. Acho
que é covardia o que fizeram contigo. Sou solidário. Cada um tem o
livre-arbítrio de tomar a postura que cada um acha que deve tomar. Acho que
isso é, acima de tudo, democrático.
Jamais uma
pessoa como você, comandante da Rota, aliás, um excelente comandante da Rota.
Não gosto de fazer média, não estou fazendo média, é a tropa que fala, acho que
o Sr. não deve nada para ninguém. Nesse aspecto, apoio totalmente a sua fala
aqui.
Concluindo, eu
estive com o nosso secretário de Segurança Pública, falando sobre o Policial
Nota 10, que é muito bom. Acho que não enche barriga, mas está muito bom. Falei
também, Coronel Telhada, sobre o que existia antigamente de DRs. Hoje, parece
que foi suprimido; que fosse restabelecido. Para quem é homenageado com o
Policial Nota 10, eu falei: “por que não homenageá-lo ou dar um dia de dispensa
como recompensa?”.
Ele ficou de
estudar. Falei também sobre esse horário escravo de 12 por 36, inclusive, citei
que é praticamente impossível alguém ficar 12 horas em cima de uma motocicleta
trabalhando. É um absurdo o que se faz com os nossos policiais. Não sei, ele
tem a posição dele, e eu tenho a minha. Eu trabalhei na rua, oito horas, quando
eu estava no Bombeiro, cansei de passar madrugadas em incêndios.
Alguma vez
levaram comida para você, Coronel Telhada? Para mim também não. Quem levava
comida para nós era a população, que via que a gente estava passando a
madrugada com frio, enfrentando incêndio. Ia levar o seu calor e o seu apoio.
Na Polícia Militar, infelizmente, não vemos isso. Não sei se é uma política que
é adotada. E reclamei sobre isso também.
Acho que está
faltando um pouco olhar o ser humano nas ruas, no seu trabalho. Ninguém está
preocupado com o DEJEM ou a Operação Delegada, estamos preocupados é em
complementar salário para poder dar uma Educação decente e uma Saúde decente
para os nossos familiares. Uma das coisas que nos preocupa é a saúde dos
policiais militares, que muitas vezes é desassistida, principalmente no interior.
Então, a gente
tem muita coisa que nos preocuparmos aqui, para podermos ajudar os nossos
policiais militares.
Uma boa tarde,
obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito
obrigado, Coronel Nishikawa. Obrigado pelo apoio de V. Exa. à minha pessoa.
Fico muito grato.
Prosseguindo na lista suplementar.
Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado
Jorge Wilson Xerife do Consumidor (Pausa.) Deputado Coronel Telhada presidindo
os trabalhos. Deputado Dirceu Dalben. Vossa Excelência tem o tempo regimental
de cinco minutos.
O
SR. DIRCEU DALBEN - PR -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nobres deputados e deputadas, boa
tarde. Em primeiro lugar, sempre agradecendo a Deus pela vida e pela saúde.
Mais uma vez, nesta sessão, podendo desenvolver o trabalho para o qual fomos
eleitos. E com muita honra estamos fazendo isso.
Sr. Presidente,
vejo que, sempre, o tema que temos ouvido e debatido são: Saúde, Segurança e
Educação. Mais precisamente nesta sessão, tenho ouvido a fala e quero assinar
junto e fazer minha a fala de V. Exas. que me antecederam na tribuna com
relação à questão dos nossos policiais e da nossa Segurança.
Em tempo:
saudando a todos os colaboradores e colaboradoras da Casa. Sem vocês, não
poderíamos desenvolver o nosso trabalho.
Quero, de forma
sucinta e rápida, tocar de novo nesse assunto da Segurança, algo que tenho
comentado desde o início desse mandato de deputado. Trago alguns jornais da
Região Metropolitana de Campinas, à qual estou mais habituado: jornal “Correio
Popular, jornal “Todo Dia”, “O Liberal”, “Tribuna Liberal”, “Jornal Diferente”,
entre outros. Falam da precariedade da situação da Segurança nos municípios.
O Tribunal de
Contas do Estado esteve fazendo uma vistoria em várias delegacias das 20
cidades que compõem a Região Metropolitana de Campinas. O estado em que
encontrou essas delegacias é de precariedade. E não diferente, a DDM - como já
anteriormente eu disse aqui - que não tem delegadas e a estrutura é ruim.
Em algumas
unidades, tinha apenas um servidor da Prefeitura e um delegado. Sem escrivão,
sem investigadores e sem outro servidor para substituir. Assim como a estrutura
física: prédios deixam de funcionar como delegacias por conta que o prédio não
tem mais condições de atender o mínimo para a população e para o profissional
que ali trabalha.
O Tribunal de
Contas do Estado apontou uma série de situações e necessidades que esta Casa já
vem apontando há anos, mesmo antes de eu estar aqui. Eu sei da dedicação dos
nossos deputados, principalmente os policiais militares e civis que têm
mandato: o Coronel Telhada, deputado Conte, entre outros que há mandatos já vêm
levantando essa questão. E aqui aponta todos os municípios que foram
vistoriados. Em 90% das unidades encontraram problemas de falta de RH de
servidores e de estrutura. São eles: município de Campinas, Hortolândia,
Indaiatuba, Itatiba, Nova Odessa, Paulínia, Santo Antônio da Pós, Sumaré,
Valinhos, Vinhedo.
E é bom
destacar que grande parte dessas unidades é alugada ou cedida pelas
prefeituras. Se não assim fosse não teríamos nem talvez o distrito policial
funcionando.
E aqui o jornal
mostra a situação de penúria. Aqui na delegacia de Indaiatuba parte do forro
caiu em cima dos arquivos da sala onde ficam os documentos.
Na delegacia de
Nova Odessa há infiltração e mofo no teto. Em Sumaré, cidade onde eu resido,
meu filho é o prefeito, ele que cede o prédio, cede servidores, mas mesmo assim
o Estado não tem feito manutenção no prédio alugado pela prefeitura. Tem lá
água empoçada numa piscina.
No 13º
Distrito, no Cambuí, no centro de Campinas, no metro quadrado mais caro de
Campinas, deputado Conte Lopes, onde tem um distrito policial que é o 13º, nem
sequer o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros, o AVCB, o prédio tem.
Mas, por outro
lado, Sr. Presidente em exercício, deputado Coronel Telhada, eu quero fazer
aqui uma fala de louvor aos profissionais que mesmo sem estrutura estão
trabalhando e desenvolvendo um trabalho digno, porque na entrevista que foi
feita com os usuários, com as pessoas, 87% entendem que o atendimento é
realizado de forma organizada pelos profissionais militares e civis que atendem
são cordiais e eficientes.
Quero aqui
fazer jus a eles, Sr. Presidente, mesmo com o Estado não dando condição de
trabalho, os colaboradores têm feito o possível para atender bem à população.
Sei que o atual
governador, o secretário de Segurança, está aí completando 120, 150 dias - e
essa situação não vem de hoje - mas nós temos que ter alguma sinalização que
vai ter mudança para melhor, porque ficar, todos nós, chovendo no molhado toda
a sessão e não vermos um ato que mostre que realmente tenha projeto, tem
políticas, não só na questão salarial, que nós defendemos, mas na questão
também de efetivo, concurso público para policiais militares, para delegados,
investigador e agentes, porque há muito já está faltando e principalmente
delegadas para as DDMs, Delegacias da Mulher.
É isso que eu
tenho para o momento, Sr. Presidente. Agradeço a oportunidade e a atenção de todos os nobres colegas. Muito
obrigado. E que Deus continue nos abençoando.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito
obrigado, deputado Dirceu Dalben.
Continuando na lista dos oradores
inscritos, o próximo orador é o deputado capitão Conte Lopes. Enquanto o
capitão Conte Lopes se desloca para a tribuna eu quero mandar um abraço aqui
para o meu amigo da Polícia Civil, o investigador Alcides, lá da 9ª DDM, que
está nos acompanhando também ao vivo aqui, no nosso Pequeno Expediente.
O
SR. DIRCEU DALBEN - PR - Sr. Presidente,
enquanto o orador dirige-se à tribuna, para uma comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Para uma
comunicação, deputado. Pode ser. Por favor.
O
SR. DIRCEU DALBEN - PR - PARA COMUNICAÇÃO - Eu
quero aqui registrar que estamos recebendo aqui na Casa hoje, Sr. Presidente,
nobres colegas, o vice-prefeito de Sumaré, Sr. Henrique Stein, que estava
comigo até agora há pouco - está no gabinete - e que vem aqui trazer alguns
pedidos de melhoria. Quero também registrar que o Sr. Henrique Stein é suplente
de deputado federal pelo PRB, partido que tem aqui uma bancada de seis
deputados estaduais e de estar ali na fila para esperar, deputado Conte Lopes,
uma oportunidade de assumir e é vice-prefeito do meu filho Luiz Dalben, em
Sumaré. Era esse o encaminhamento e a comunicação. Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP -
Muito obrigado, Conte Lopes.
O
SR. CONTE LOPES - PP
- Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, voltamos a esta tribuna para
cobrar o que todo mundo está cobrando.
Eu, por
exemplo, estou cobrando quem matou o cabo Fernando. O cabo Fernando morava em
Interlagos, era da Rota, tinha mulher e três filhos. Saía de manhã para pegar
sua Doblô para ir trabalhar quando foi atacado por três bandidos armados de
fuzis.
Ele foi
fuzilado, o que foi visto por todo mundo pelos canais de televisão. É um
absurdo que isso tenha acontecido. E é lógico que eu tenho que cobrar, sim:
cobrar do governador, do secretário, do comandante da PM e do delegado geral
quem matou esse policial.
Essa é a grande
verdade. Porque eu acho que a polícia tem que ir para a rua pegar esses
bandidos. Nós não podemos ficar só no discurso político-partidário, porque é um
absurdo isso. Qual seria a causa da morte, que o PCC mandou matar? Por que ele
morava em Interlagos, onde dois bandidos que morreram em tiroteio com a Rota lá
em Guararema, dos 11 que morreram lá em tiroteio com a Rota, moravam no mesmo
local.
Se for assim,
então, todo policial está correndo sério risco de ser fuzilado. Não de vida,
não é? Porque, aí, você não tem escapatória. Quando acontece isso, é pena de
morte para o policial.
Até eu falei
isso daí, se eles quiserem fazer isso, eles matam o governador, matam o
secretário de Segurança, matam coronéis da Polícia Militar, matam delegados,
juízes, promotores, matam deputados, matam quem quiser.
Porque, quem
resiste a um ataque de fuzil com três ou quatro homens armados de fuzil? Então,
é importante que o estado dê, realmente, respaldo à família e a esse policial
que morreu; até respaldo aos demais policiais.
Nós não podemos
aceitar claramente isso. Essa é uma grande verdade. Então, não adianta o
discurso atual do governador. Tudo bem, está com boa intenção, diz que vai dar
aumento. Nós estamos esperando.
Mas, só que
foram 24 anos do PSDB; 24 anos, desde o Covas. Eu estava nesta Casa. Veio o
Covas, veio o Alckmin, veio o Serra, veio o Dr. Alckmin. E agora está o João
Doria.
É óbvio que a
gente não pode só acreditar na palavra. A gente quer garantia de que realmente
a coisa vai mudar. Nós não podemos ter o penúltimo salário da União. Então, a
gente vai ter que cobrar isso, não é?
Agora, o pior
de tudo é a ação dos policiais. Falta o quê? Efetivo? Falta o quê? Cobrava um
deputado que me antecedeu há pouco sobre as delegacias de polícia. Realmente,
nós aprovamos aqui nesta Casa que para ser investigador de Polícia, é preciso
ter curso superior.
O que adianta?
O cara entra na Polícia Civil com curso superior e depois recebe um salário de
três mil reais por mês, e a única coisa que ele quer é esperar abrir concurso
para a Polícia Federal, comandante Coronel Telhada, para ir para a Polícia
Federal. É o que todo mundo quer.
O delegado quer
ir para a Polícia Federal, o investigador quer e os PMs querem ir também porque
lá ganha mais. Então, o camarada nem quer se envolver muito em ocorrência para
não ficar incapacitado de disputar, de concorrer a essas vagas.
Então, é o fim
do mundo, é necessário nós valorizarmos os policiais. Então, vamos cobrar isso.
É a nossa função. E, como eu disse, o governador ficou meio nervoso aí na
última reunião. Não, a função do deputado é cobrar aqui. Não é no palácio.
Se o governador
marcar uma reunião, a gente vai. Antigamente, a gente ia. Então, se marcar
reunião, a gente vai. Vamos cobrar.
Agora, está
todo mundo cobrando a mesma coisa. Foi uma promessa de campanha, e
evidentemente que a tropa também cobra da gente. E nem vou falar de polícia. Eu
tenho muito voto no meio da população mesmo, o povão no geral, aí. E o povão
cobra Segurança.
As delegacias
que estão aí são as mesmas desde que eu entrei na Polícia, 50 anos atrás.
Ninguém arrumou nada, ninguém melhorou nada, são as mesmas delegacias, as
mesmas dificuldades.
Aliás,
antigamente, você chegava numa delegacia de polícia, apresentava os bandidos,
você tinha um investigador, tinha escrivão, tinha delegado, para levantar
aquela ocorrência que você estava apresentando.
Hoje, não tem
mais. As grandes ocorrências que chamam a atenção do povo são atendidas pelo DEIC, são atendidas pelo
Denarc, ou pelo DHPP. No distrito, mesmo, é feito um BO, que, normalmente, para
no BO.
Então, é
necessário que se mude isso. É óbvio que se o governador quiser mudar, vai mudar rapidamente o que está acontecendo aí. A
polícia é boa, sempre foi boa. Foi boa até com Mário Covas. Foi boa com Geraldo
Alckmin. Ela foi boa porque os policiais são bons, os policiais exercem sua
atividade com amor, com carinho, com dedicação, dão a vida para defender a
sociedade.
Então, é nossa
obrigação, aqui do plenário da Assembleia, sim, defender esses policiais. E
volto a dizer: é importante que se chegue à solução da morte desse cabo
Fernando, da Rota. O cara era da Rota, das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar,
onde trabalhei, onde fui promovido duas vezes por bravura, onde o Coronel
Telhada também foi promovido por bravura, aonde, quando a gente entrava em
tiroteio, nós matávamos um bandido em tiroteio, em legítima defesa, a gente era
julgado pela Justiça, a gente era apoiado pelos nossos comandantes. Tínhamos
até promoção por bravura. Hoje, é ao contrário. Hoje, se o policial atingir um
bandido armado de fuzil, vai para o psicólogo. Ele vai ser encostado seis
meses, um ano, vai ser afastado, afastado até do batalhão a que ele pertence.
Até com filhos de amigos nossos aconteceu. É o fim do mundo. Não querem que
combata o crime, então aceita se te matam um policial fuzilado na porta da casa
dele?
Nós vamos
continuar cobrando, que é a função do Legislativo, de um deputado cobrar. Nós
não podemos dar aumento, Coronel Telhada.
Então, é isso aí. O deputado não legisla em cima de dinheiro. Se o
Deputado Frederico quiser criar um cargo de cabo na cidade de Buri, ele não
consegue, porque o deputado não legisla em cima disso. Agora, eu vou fazer um
projeto aqui para todo soldado ganhar igual a coronel, e coronel ganhar igual a
soldado, para todo mundo bater palma para mim.
Obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado,
deputado Conte Lopes.
É isso aí mesmo, cheio de valente na
rede social. Para enfrentar bandido, nunca.
Mas vamos lá. Próximo deputado
inscrito, deputado Frederico d’Avila. Vossa Excelência tem cinco minutos
regimentais.
O
SR. FREDERICO D'AVILA - PSL - Sr.
Presidente, deputado Castello Branco, deputado Dalben, deputado Conte Lopes,
hoje saiu uma matéria, no “Valor Econômico” dizendo: “O PSL paulista mira em
\Ouvidoria de Polícia, marco de gestões tucanas”, sobre o meu PLC 31, apoiado
por mais 23 Srs. Deputados e Sras. Deputadas, dizendo a verdade. Essa matéria
diz totalmente a verdade a respeito do projeto da Ouvidoria.
Aí na “Folha de
S.Paulo”, a “Fraude de S.Paulo”, como diz o nosso presidente Bolsonaro, a
matéria já é a seguinte, Conte: “Deputado do PSL quer pôr policiais em órgão
que apura abusos dos agentes”. Aí diz que eu fui procurado para falar sobre a
matéria, e é outra mentira. Eu não fui procurado coisa nenhuma, nem eu, nem
minha assessoria de imprensa, nem minha equipe, nem meu chefe de gabinete, nem
ninguém, a minha secretária, ninguém foi procurado para eu comentar a matéria.
O que eu disse?
Que eu acho que no Condepe e também na Ouvidoria devem ter, além, Coronel
Telhada, de promotor, juiz, um membro da OAB, etc, tem que ter um policial
civil e um policial militar para ficar equânime, para ficar isonômico o Condepe
e também a Ouvidoria. Eles dizem não, que eu quero colocar policiais lá para
fazerem vista grossa aos abusos que eventualmente ocorrem contra policiais. Eu
quero dizer aqui, deputado Castello Branco, que eles estão se incomodando
bastante. Aí estão dizendo aqui que o Palácio, no caso o Governo do Estado foi
procurado para opinar sobre o meu PLC, e eles disseram que não vão emitir
nenhuma opinião enquanto a matéria estiver aqui na Assembleia. Mas eu sei qual
a opinião do governador João Doria. Eu sei qual é a opinião dele, e é positiva
para o lado dos profissionais de segurança pública e não é positiva para o lado
dos que querem transformar a Ouvidoria e o Condepe em órgãos políticos para
fazer trampolinagem político-eleitoral das suas bandeiras.
Então, eu
queria deixar claro aqui que mais uma vez, Conte e Coronel Telhada, o Sr.
Benedito Mariano, utilizando-se da sua maneira ardilosa, entrou em contato com
uma jornalista da “Folha de S. Paulo” para fazer essa matéria aqui. E dizer que
não fui procurado, ou seja, só tem a versão dele, não tem a minha, nem a sua,
nem a do Delegado Olim, nem a do Coronel Telhada, nem a do deputado Castello
Branco. Não tem a versão. Só tem a versão dele.
Então, mais uma
vez, mostra que eles estão entremeados, estão totalmente conectados à esquerda
que está enraizada no Condepe e na Ouvidoria, com... Aqui, quem assina a
matéria é a jornalista Thaiza Pauluze. Ou seja, deve ser tudo do mesmo time, o
time da “esquerdalha”.
Então, não fui
procurado. A do “Valor Econômico” diz a realidade. O que nós queremos, como bem
disse aqui, antes de mim, o deputado Conte Lopes, e como fala aqui todos os dias o deputado Coronel Telhada
também, nós queremos dar liberdade para o policial trabalhar.
Hoje, Coronel
Telhada, recebi um vídeo de uma ação policial neste final de semana, nos
Estados Unidos. Acho que o senhor viu. Um policial só, com uma viatura - e depois foi apoiado por outra viatura -,
dirigindo a viatura e disparando contra o bandido. Depois, outra viatura o
apoiou na ocorrência. Logicamente, lá não tem esse negócio de que vai dar um
tiro, dois tiros, dez tiros, quinze tiros. Lá são quantos tiros precisarem para
deter o criminoso. Então, dando liberdade para o policial trabalhar, como disse
bem o deputado Conte Lopes...
Já vai para
quanto? São dez dias que mataram o cabo Fernando, da Rota? Até hoje não acharam
os culpados pelo crime. Então, mais uma vez, não vi a Ouvidoria ao lado da
esposa do cabo Fernando. O senhor viu? O deputado Conte viu? O deputado
Castello viu? O deputado Dalben viu? Não viram. Eu também não vi. Acho que a
“Folha” também não faz questão de colocar isso na matéria dela. Quando ocorre
abuso intramuros, tem que apurar, mas quando o policial é fuzilado na porta de
casa, fica todo mundo silente.
Então, minha
total repulsa à maneira da “Folha de S. Paulo” de fazer jornalismo, um
jornalismo tendencioso e virado aos seus próprios aliados.
Obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito
obrigado, Sr. Deputado. Parabéns pela luta do senhor para colocar a Ouvidoria
no seu devido lugar.
Quero fazer coro também com os demais
deputados quanto à morte do cabo Fernando. Até o momento, não se apresentou
nenhum resultado quanto às possíveis investigações. Não se fala quem foi o
autor desse absurdo.
E sabemos que a Rota já está sendo... O
comandante já está sendo, inclusive, chamado à atenção em razão das ocorrências
de resistência, viu, Conte? Já estão começando a atropelar o comandante. Ou
seja, matam nossos homens, não se chega ao autor e, quando a Rota vai e mata,
vem se falar em letalidade policial. Mais uma vez, a nossa tropa está sendo
vítima da ação, justamente por estar trabalhando.
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - Uma comunicação,
presidente?
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É lógico,
deputado, fique à vontade.
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO -
Estamos recebendo aqui a visita do vice-prefeito de Pariquera-Açu, Wagner
Costa.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Quem é? É o
senhor?
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - Está ali. Levante, por
favor. O vice-prefeito de Pariquera-Açu.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Levante, por
gentileza, Wagner. Deixe a televisão te filmar. Seja bem-vindo. Obrigado.
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - É um grande aliado do
presidente Bolsonaro lá no Vale do Ribeira.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Mande um
abraço para todo mundo lá no Vale do Ribeira, aquela região sofrida da turma
lá, viu, Wagner? Obrigado pela presença.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nossa
lista de inscrição foi toda corrida. Portanto, esgotado o assunto desta sessão
ordinária e havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por
levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã,
terça-feira, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de quinta-feira.
Muito obrigado a todos.
Está levantada a sessão.
* * *
- Levanta-se a
sessão às 15 horas e 24 minutos.
* * *