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17 DE MAIO DE 2019

43ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: CORONEL TELHADA e CORONEL NISHIKAWA

 

Secretaria: CORONEL NISHIKAWA

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - DOUGLAS GARCIA

Exibe vídeo e imagens sobre evento, em realização nesta Assembleia, do movimento antimanicomial, ao qual tece críticas. Combate a utilização de ônibus do transporte público para trazer a esta Casa os participantes do ato. Lamenta o apoio do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo ao movimento. Afirma que várias instituições foram aparelhadas pela esquerda.

 

3 - CARLOS GIANNAZI

Considera que o Ministério da Educação passa por uma crise. Destaca que houve três trocas de presidente no Inep, órgão responsável pela realização do Enem. Lamenta a nomeação mais recente. Comenta os atos em protesto contra o contingenciamento de verbas da Educação, realizados em 15/05. Acusa o presidente Jair Bolsonaro de incompetência.

 

4 - CORONEL NISHIKAWA

Assume a Presidência.

 

5 - CORONEL TELHADA

Concorda com o deputado Douglas Garcia quanto ao uso de transporte público na realização de ato do movimento antimanicomial nesta Casa. Exibe e comenta vídeo de assalto. Apoia a flexibilização das regras que regem a posse de armas. Cobra o atendimento de demandas das forças de Segurança. Defende a valorização da TV Assembleia.

 

6 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência.

 

7 - CORONEL NISHIKAWA

Relata visita que fez ao Centro Paula Souza. Sugere que o Proerd seja levado às unidades da instituição. Menciona matéria jornalística acerca das vítimas de enchentes no Grande ABC. Discorre sobre outras necessidades da região, nas áreas de Transporte e Saneamento. Propõe a concessão de reajuste aos servidores públicos.

 

8 - JANAINA PASCHOAL

Informa que recebeu visita do vereador Caio Miranda, de São Paulo, durante a qual foi discutida a proposta de construção de parque no Minhocão, assunto que deverá ser objeto de audiência pública nesta Casa. Comenta decisão judicial que obriga o Estado a construir centros de referência sobre o autismo. Tece considerações sobre a luta antimanicomial.

 

9 - ADALBERTO FREITAS

Registra visita que fez, acompanhado de outras autoridades, às obras de estação da Linha-9 Esmeralda da CPTM. Agradece ao governador João Doria por sair em defesa do presidente Jair Bolsonaro. Justifica o contingenciamento de gastos do governo federal. Apoia a aprovação da reforma da Previdência. Faz críticas aos governos do PT.

 

10 - CASTELLO BRANCO

Elogia o governo estadual por rescindir contratos da antiga Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho, nos quais foram apontados indícios de superfaturamento. Presta apoio à luta do movimento antimanicomial. Dá conhecimento de estatísticas da OMS sobre as doenças mentais. Destaca que o problema é complexo e exige cuidado.

 

11 - CARLOS GIANNAZI

Fala sobre sua participação em assembleia dos servidores do Poder Judiciário. Argumenta que o reajuste concedido à categoria não repõe as perdas inflacionárias. Aponta o fato de que a Magistratura recebeu, no mesmo período, um aumento significativo. Cobra do Tribunal de Justiça a chamada dos aprovados em concurso para escrevente.

 

GRANDE EXPEDIENTE

12 - DOUGLAS GARCIA

Considera que o uso de drogas é o principal causador de problemas de saúde mental. Discorre sobre as dificuldades enfrentadas pelas famílias de dependentes químicos. Argumenta que a internação é, muitas vezes, necessária para o tratamento bem-sucedido de problemas advindos do vício em drogas. Opõe-se ao movimento antimanicomial.

 

13 - JANAINA PASCHOAL

Comenta reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, em que foi proposta uma alteração nas regras que governam seu funcionamento. Avalia que muitos projetos apresentados nesta Casa contêm problemas jurídicos, sobre os quais discorre. Justifica os pareceres que tem redigido no âmbito da comissão, explicando seus critérios. Garante que não tem a intenção de favorecer nenhum parlamentar. Sugere que seus pares se unam em prol da qualidade técnica dos projetos apresentados.

 

14 - GIL DINIZ

Critica a reportagem do jornal "Folha de S. Paulo" sobre a votação do PL 1/19, que disse que a bancada do PSL está dividida. Esclarece que isto não é verdade, e cada deputado da bancada tem a liberdade de pensar e votar conforme as suas convicções. Demonstra sua alegria em visitar batalhão no bairro Fazenda da Juta. Menciona sua solicitação ao governador para ampliar o programa Proerd nas periferias. Mostra-se receoso com a segurança na Casa, em razão da presença de manifestantes hoje. Parabeniza o deputado Coronel Telhada pela sua indicação de viaturas blindadas para a polícia. Lamenta a comemoração do Dia do Cuidador ao invés do Dia das Mães em diversas escolas de São Paulo. Discorre sobre a educação sexual em escolas para crianças de 7 anos. Considera que este assunto deve ser responsabilidade dos pais das crianças.

 

15 - JANAINA PASCHOAL

Para comunicação, destaca a preocupação dos munícipes de Águas de Lindoia com a ponte que dá acesso a cidade. Esclarece que a mesma está despencando e pode colocar a população em risco. Solicita a atenção das autoridades competentes para esta ponte.

 

16 - ALTAIR MORAES

Lembra que o Dia das Mães é comemorado desde os anos 30. Lamenta que em muitos lugares esta comemoração esteja sendo substituída pelo Dia do Cuidador. Diz ser a favor da família tradicional. Apoia o pronunciamento do deputado Gil Diniz. Considera a reportagem "Um Drama Familiar", da revista Veja como tendenciosa. Lê trechos da matéria. Esclarece que há discriminação religiosa na matéria e que a memória do filho do bispo Hernandes não está sendo respeitada. Repudia a reportagem da revista. Informa que irá para Brasília defender seu projeto, que respeita o sexo biológico nas competições esportivas. Lembra que o mesmo já foi protocolado em 12 estados brasileiros. Fala que o mesmo é legal e tem embasamento científico. Defende que não é possível competir em igualdade. Afirma que não é homofobia, mas sim justiça.

 

17 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Pede que os deputados solicitem autorização da Presidência para que seus assessores frequentem o plenário durante as sessões legislativas.

 

18 - CARLOS GIANNAZI

Discorre sobre a liquidação da carteira previdenciária do Ipesp e o prejuízo a 40 mil advogados. Diz que o mesmo foi feito com a carteira dos cartorários. Informa que entrou com Adin no STF em ambos os casos. Ressalta que no caso dos advogados, o STF definiu que o Estado é responsável pela carteira de aposentados e pensionistas, mas não para os que continuavam contribuindo. Menciona a Resolução 50/19, que definiu que o pagamento da indenização será realizada no próximo dia 18/06. Apela para que o Ipesp e o Comitê de Liquidação tomem providências e orientem os trabalhadores em relação à portabilidade. Apela à Secretaria da Fazenda para que reveja o desconto de imposto de renda dos valores a serem recebidos. Mostra-se perplexo com o não pagamento, até o momento pelo governo estadual, do reajuste aos servidores do Magistério e do cumprimento da data-base. Critica o abandono das escolas estaduais, que se encontram em situações precárias. Combate a falta de propostas concretas para a Educação. Denuncia a falta de papel higiênico nas escolas da rede estadual. Afirma que esta Casa tem obrigação de interferir neste processo.

 

19 - CARLOS GIANNAZI

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

20 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 20/05, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o número de assinaturas de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e convida o nobre deputado Coronel Nishikawa para ler a resenha do expediente.

 

O SR. CORONEL NISHIKAWA - PSL - Boa tarde, Sr. Presidente. A resenha: ao excelentíssimo Sr. Governador do estado, João Doria, a liberação de viaturas para a Polícia Militar e Polícia Civil do município de Artur Nogueira, em razão de que a maioria das viaturas existentes se encontram sucateadas. Assina o deputado Rafa Zimbaldi.

Indicação do deputado Douglas Garcia: ao excelentíssimo Sr. Governador do estado de São Paulo, que determine aos órgãos e secretarias competentes a realização de estudo e a adoção de providências necessárias para a cessão de prédio público para implantar atendimento de associação.

Assim, nós encerramos as resenhas de hoje.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, deputado.

Oradores inscritos: deputada Márcia Lula Lia. (Pausa.) Deputado Paulo Lula Fiorilo. (Pausa.) Deputada Adriana Borgo. (Pausa.) Deputado Enio Lula Tatto. (Pausa.) Deputado Vinícius Camarinha. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputado Teonilio Barba Lula. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Douglas Garcia.Vossa Excelência tem o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, caros pares aqui presentes, boa tarde a todos. É um motivo de muita alegria para mim subir a esta tribuna, mais uma vez, representando os eleitores que me colocaram nesta Assembleia Legislativa para trabalhar em prol do estado de São Paulo.

Senhores, eu venho fazer uma crítica contundente ao que aconteceu e está acontecendo hoje na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Como os senhores podem ver, estamos recebendo um evento de grande porte no Hall Monumental, do Movimento Antimanicomial.

Senhores, eu não sei nem por onde começar, porque esta crítica é tão absurda que me parece que não deveria sequer ter a possibilidade de isso existir. Peço, por favor, que seja reproduzido o vídeo:

 

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- É exibido vídeo.

 

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A população do estado de São Paulo, a população da cidade de São Paulo, principalmente, fica sem ônibus. Vejam só, senhores, o que aconteceu hoje na parte da manhã. São militantes pró a este movimento, o Movimento Antimanicomial. Olhem só o que eles estão fazendo, estão descendo de onde? De um transporte privado? É um ônibus particular que eles estão usando? Não, estão usando transporte público.

Pergunto: quem foi que autorizou, na rede municipal da cidade de São Paulo ou da rede estadual mesmo, a utilização de um transporte público? Público, que é pago com o dinheiro do povo paulista, que é pago com dinheiro do pagador de impostos, para isso daí.

Então, você, cidadão que acorda todo dia, às cinco horas da manhã, pega um ônibus lotado e chega a sua casa quase meia-noite, você que trabalha para caramba e vai esperar o ônibus no ponto, sabe por que você fica duas horas esperando? É porque está sendo utilizado transporte público para poder fazer veiculação, levar e trazer militantes pró-movimento.

A mera existência desse movimento já é um absurdo. As pessoas que estão lá fora protestando, as pessoas que vieram aqui a esta Assembleia Legislativa e que utilizaram de transporte público para esse objetivo, elas não sabem o que acontece com aqueles jovens que viram dependentes químicos, que viram dependentes das drogas, não sabe o que acontece com aqueles jovens que vivem na periferia e que acabam se tornando vítimas desse sistema, sistema que, infelizmente, tomou conta do nosso Brasil.

Peço, por favor, que seja colocada uma imagem também.

 

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- É exibida imagem.

 

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Olhem só, é a mesma galera pró-Movimento Antimanicomial, que está aí vendendo “goró”, cerveja, cachaça e catuaba. Onde? Na Cracolândia. Os senhores entendem o quanto isso é absurdo? E depois vem aqui, na Assembleia Legislativa, querer fazer um movimento desses. Os jovens estão completamente perdidos nas drogas, presos. Onde uma pessoa que é completamente dependente do crack vai poder decidir por ela própria, se ela deve ou não ser internada?

Por favor, coloque outra imagem.

 

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- É exibida imagem.

 

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Olhem só o Conselho Regional de Psicologia do Estado de São Paulo participando dessa “chafurdaria” aqui na Assembleia Legislativa, um conselho que deveria ser sério, um conselho que deveria cuidar, de fato, da saúde mental das pessoas, e não prejudicar mais ainda. Quero passar um recado ao Conselho Regional de Psicologia: acabou a farra. Eu vou lutar, sim, contra o aparelhamento ideológico de qualquer instituição, todas as instituições que estão no estado de São Paulo e, principalmente, o que está acontecendo hoje.

Peço, Sr. Presidente, que as notas taquigráficas sejam direcionadas à Secretaria de Saúde, porque é um absurdo. Eu não acredito que o secretário de Saúde saiba o que está acontecendo, e eu vou abrir sim uma investigação para saber quem foi que autorizou a utilização de um transporte público para trazer essas pessoas para cá para a Assembleia Legislativa, e o agente público que autorizou sofrerá as consequências. Vai ter sindicância, vai ter processo administrativo disciplinar, sim.

Eles não podem mais utilizar o aparato estatal para fazer esse absurdo, principalmente se tratando de coisas que influenciam os jovens, a juventude, a utilizarem mais e mais drogas e não serem tratados, porque a mesma galera que é contra a utilização de internação é a galera que quer a legalização das drogas. A legalização das drogas.

Para concluir, Sr. Presidente, diante de tudo isso, o que nós temos aqui no estado de São Paulo? Um movimento pró-drogas e um movimento que não quer o atendimento necessário para essas pessoas que, infelizmente, sofrem deste mal.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. Então, determino à assessoria que encaminhe as notas taquigráficas das palavras do deputado Douglas Garcia ao Sr. Secretário Estadual de Saúde. Próximo deputado inscrito, deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Rogério Nogueira. (Pausa.) Deputado Marcio da Farmácia. (Pausa.) Deputado Frederico d’Avila. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi, V. Exa. tem o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, telespectador da TV Assembleia, quero manifestar aqui a minha perplexidade com a balbúrdia que está acontecendo, com o caos que já está instalado do Ministério da Educação, em todos os níveis, mas agora, mais uma crise no MEC, que prejudica a Educação brasileira.

Houve agora a mudança, pela terceira vez, do presidente do Inep. Eles tinham nomeado, o Ministro da Educação tinha nomeado um delegado da Polícia Federal como presidente do Inep, que é um órgão importante, um órgão estratégico no Ministério da Educação, que tem várias funções importantes. Uma delas é a organização do Enem, que vai acontecer agora, no meio do ano, e, no entanto, já é a terceira troca no Ministério. Em cinco meses, três presidentes do Inep.

Isso mostra o caos, a bagunça que está o Ministério da Educação, que não tem nenhum tipo de orientação. É um ministério totalmente à deriva, uma pasta importante, que deveria cuidar da Educação nacional. Então eles tiram um delegado da Polícia Federal, que não tinha nada a ver... Inclusive, eu fiz críticas quando ele foi nomeado, aqui na tribuna, mas aí trocaram o delegado da Polícia Federal agora por um burocrata. Um burocrata de carreira que está servindo na Casa Civil, para coordenar o Inep.

Isso é um absurdo, é um retrocesso para o Brasil. Isso mostra o descaso com a Educação brasileira, com a Educação Pública, mas isso é reflexo, também, do próprio governo Bolsonaro, que já entra no seu ocaso, na sua autodestruição. Nós estamos acompanhando as manifestações que ocorreram nesta semana em todo o Brasil, com milhões de pessoas nas ruas protestando contra os cortes, os ataques na Educação Pública, contra a reforma da Previdência.

A população começa a fazer já uma mobilização. Uma sociedade que estava indignada começa agora a agir, começa a ocupar as ruas, porque já sabe que é um governo vazio, um governo sem conteúdo, um governo que está a serviço do desmonte do Estado e da transferência do dinheiro público para o capital privado, sobretudo para o capital financeiro.

Esse governo é louco, mas ele não rasga dinheiro. Ele tem um objetivo, que é exatamente a transferência dos recursos públicos para o sistema financeiro. É por isso que ele tem se mantido ainda de pé, mas nem isso ele está conseguindo fazer mais, de tão incompetente que é.

O que acontece no Ministério da Educação é produto, é o espelho de um governo incompetente, de um governo despreparado, que envergonha o Brasil. Estamos acompanhando a humilhação que o Bolsonaro está passando nos Estados Unidos. É vergonhoso aquilo. Envergonha cada brasileiro, cada brasileira.

É inconcebível o que está acontecendo no Ministério da Educação. Pela terceira vez eles trocam o presidente do Inep, que é um órgão importante do Ministério da Educação. É um órgão estratégico, que tem várias funções. Entre elas, a organização do Enem. Isso mostra que estamos à deriva. Não estamos tendo nenhuma proposta do Ministério da Educação em relação ao aumento de verbas do Fundef, ao reajuste dos salários dos professores das escolas públicas, do Magistério.

Queremos saber qual vai ser o reajuste e o que o governo pensa em fazer sobre o piso nacional salarial dos professores do Brasil, que é de apenas 2 mil 557 reais por 40 horas semanais. É um  piso medíocre, que não dá conta de atender minimamente as necessidades existenciais de sobrevivência dos professores que trabalham em escolas públicas no Brasil. Nenhuma proposta do Ministério da Educação, nem do governo Bolsonaro, das 20 metas do Plano Nacional de Educação.

Não ouvi nada ainda sobre como o governo Bolsonaro e como que o MEC vai universalizar o atendimento da demanda escolar: na área da educação infantil, nas creches, na pré-escola, no ensino fundamental, no ensino médio, no ensino superior, no ensino técnico, no ensino tecnológico. Aliás, as propostas são de redução do acesso, de cortes criminosos em todas essas áreas. O governo está cortando, tanto na educação básica como no ensino superior, na pesquisa, na pós-graduação.

É um retrocesso histórico que estamos vivendo no Brasil. Em todas as áreas, mas, sobretudo, na Educação. É por isso que o Brasil hoje está todo mobilizado. E não são os partidos de esquerda, as organizações estudantis. São os estudantes que estão se mobilizando de uma forma espontânea. É isso que está assustando o governo e as elites econômicas do nosso País.

Porque, esses setores, ninguém controla: nem a direita, nem a esquerda, nem o centro, nem a rede Globo. Na minha opinião, já estamos assistindo o início do ocaso, da autodestruição do governo Bolsonaro. Talvez não dure um ano. Talvez não chegue ao final do ano.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Coronel Nishikawa.

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL NISHIKAWA - PSL - Próximo orador inscrito é o Excelentíssimo Sr. Deputado Coronel Telhada. Tem V. Exa. o tempo regimental.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. Srs. e Sras. Deputadas, aos funcionários e assessores aqui presentes, ao público aqui presente, saúdo a todos. Saúdo a nossa Assessoria Policial Militar na figura do capitão Pontes e do cabo Ed Carlos, aqui presentes. Muito obrigado pelo apoio.

Quero fazer coro às palavras do deputado Douglas Garcia. Acho que manifestar é um direito de todo mundo. Todo mundo tem o direito de manifestar e reclamar do que quiser. Esse é um país democrático. Agora, é um absurdo pegar ônibus público, transporte público, para ficar deslocando manifestante. Concordo com ele.

Se precisar de uma assinatura na sua documentação, querendo levantar quem autorizou isso, conte com a minha assinatura, deputado. É um  absurdo, transporte público sendo usado para evento político. É absurdo. Depois vem reclamar que o Brasil está ruim. O que acho interessante é isso: não respeitam o público, e depois reclamam do Brasil. Eu queria lembrar que, quem bate palma para louco dançar, dança junto. Então vamos tomar cuidado nas suas manifestações.

Sr. Presidente, eu trouxe um vídeo. Vai dar mais ou menos um minuto de vídeo. Eu queria que os Srs. Deputados assistissem. Está no ponto, Roberto? Pode soltar. Põe na televisão, por favor.

 

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- É feita a exibição de vídeo. 

 

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Isso aí é na Rua Borges Lagoa com Domingos de Moraes. Hoje de manhã me mandaram esse vídeo. É um carro normal. O vagabundo encosta e já começa a roubar a pessoa - não sei se é um homem ou uma mulher. O de trás também está armado. Duas crianças pedindo favor, gente. Não é bandido. São dois desassistidos, dois descamisados, dois coitados que não tiveram a oportunidade na vida.

Estão lá roubando o cidadão que está trabalhando. O carro parece até ser um Uber, pela placa “PAPA”. É uma placa que deve ser de um carro alugado. Está aí, oh; vagabundo. E nego defende essa raça maldita, ainda. E eu reclamo aqui desse pessoal que defende, porque eu não defendo bandido - pode voltar para mim, por favor. E digo mais aos senhores: por isso que eu sou favorável à liberação do armamento. Esses dois vagabundos só fizeram isso porque eles sabem que o cidadão está indefeso dentro do carro. Se eles soubessem que aquele cidadão poderia estar armado e reagir à altura desse ataque, com certeza eles pensariam dez vezes antes de fazer isso. Então, eu sou favorável à liberação do armamento.

Quero parabenizar o nosso presidente Bolsonaro, e torço para que esse governo não só dure quatro anos, como seja reeleito em 2022, porque nós precisamos de um governo forte para acabar com essa pouca vergonha que está o Brasil.

Precisamos mudar nossas leis. Precisamos acabar com essa vagabundisse no Brasil. Os senhores vão me desculpar, os senhores vão me desculpar, sexta-feira, três horas da tarde, é uma pena que nós não tenhamos uma câmara externa para mostrar como está lá fora. Muita gente lá fora não trabalha. Não sei qual é a renda dessas pessoas. Tanto que estão até usando o transporte público para vir aqui.

É isso que eu quero para o meu Brasil? Um Brasil de pessoas que só reclamam e não trabalham? Não. Eu quero pessoas que produzam, pessoas que trabalhem, pessoas que lutem pelas garantias, os direitos individuais, que lutem pelo cidadão, pela família, pelo progresso do País. Cansei de ver muita gente defendendo bandido aqui.

Então, nós aqui mostramos só essas imagens. Imagens que, infelizmente, acontecem diariamente em São Paulo; diariamente em São Paulo.

Quero dizer aqui também da nossa necessidade de valorizarmos as forças de segurança. Precisamos de mais policiais militares nas ruas. Precisamos de mais guardas civis. Precisamos de mais seguranças nas ruas, não só das cidades do estado de São Paulo, mas em todo o Brasil. Estamos passando por uma situação terrível, à beira de uma guerra civil contra o crime dentro do estado brasileiro. Precisamos combater, porque nós somos as principais vítimas. Nós quem? Somos nós as vítimas desses criminosos. Não podemos aceitar isso como uma coisa normal.

Então, infelizmente, é isso que acontece. E muita gente, quando um maldito desse toma um tiro, ainda quer perguntar se era necessário. Quando ele coloca uma arma na cabeça de uma mulher ou de um homem que estava dentro daquele carro - eu não sei porque não fui eu que fiz essas imagens -, quando ele coloca essa arma ninguém se revolta contra essa atitude.

Então, aqui nós deixamos bem claro que a nossa maneira de trabalhar, o nosso mandato é totalmente contra o crime, contra a desordem e contra a quebra das instituições sociais do Brasil.

Nesses minutos finais quero aqui, mais uma vez, reclamar - só olhar na nossa tela, nós vemos que nós estamos sem o tradutor de libras. É uma determinação legal  que a Assembleia Legislativa não está fazendo. Muitos amigos que me mandaram recados pelo facebook, que têm deficiência auditiva, reclamam disso. É uma determinação legal e a Assembleia não está fazendo. Cadê o rapaz ou a moça lá fazendo os sinais de libra?

Precisamos que a TV Assembleia seja valorizada e não desvalorizada, como vem acontecendo. Está havendo um sucateamento da TV Assembleia. Eu já sei que baixaram o salário dos funcionários. Agora tiraram o tradutor de libras, estão querendo diminuir o número de câmeras. Todos os deputados têm ações externas aqui que poderiam ser valorizadas pela TV Assembleia no acompanhamento, em visita, em fiscalização. E o que acontece? Nada. Quando eu era vereador em São Paulo, a TV Câmara funcionava muito melhor do que a TV Assembleia. Fazíamos eventos externos. Em todas as visitas que nós íamos, nós éramos acompanhados pela TV Câmera. E agora que nós estamos trabalhando para todo o estado de São Paulo, nós mal temos a TV Alesp conosco, exceto no plenário e em programas internos aqui. As ações dos deputados não podem ser divulgadas. Por quê? Porque a TV Assembleia não tem autorização  para poder nos acompanhar.

Então, vai aqui uma manifestação contra o sucateamento da TV Assembleia, que é uma maneira de divulgar o trabalho dos 94 deputados desta Casa. Muito obrigado, Sr. Presidente.

Eu gostaria que as minhas palavras fossem encaminhadas ao presidente da Assembleia, e para as pessoas ou para o órgão que é responsável. Então eu quero que as minhas palavras sejam encaminhadas ao presidente da Fundac e ao diretor de Comunicações da Casa, porque é um absurdo nós não termos a TV Assembleia acompanhando o nosso trabalho, se é para divulgação do nosso trabalho. Nós não temos.

Então, por favor, que as minhas palavras sejam encaminhadas ao presidente da Fundac, ao presidente da Casa e ao diretor de comunicação da Assembleia.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Coronel Telhada.

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Retomando a presidência da Casa, eu convido o deputado Ed Thomas. (Pausa.) Deputada Professora Bebel Lula. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CORONEL NISHIKAWA - PSL - Boa tarde a todos, assessorias, aos nossos excelentíssimos deputados presentes nesta sessão.

Hoje, nós estivemos no Centro Paula Souza, que é administrada pela diretora superintendente professora Laura Laganá.

Fomos tratar de assuntos de Educação, voltado aos profissionais de Educação, a excelência de ensino que existe nessas Fatecs, Etecs. Nós admiramos o trabalho deles porque formam profissionais capacitados para que já ingressem no mercado de trabalho.

Falamos também sobre - ou, pelo menos, nós sugerimos que - o programa, o Proerd, seja implantado nas Etecs e Fatecs. Para isso, creio que haja necessidade de fazer alguns ajustes. Porém, ela acha necessário também, gostou da ideia, e assim será.

Hoje, o "Diário do Grande ABC", que é o diário que dá a notícia da nossa região, ABC, falou sobre o pessoal que foi atingido pela enchente, as vítimas das enchentes das últimas grandes chuvas que inundaram o ABC.

Até hoje, não receberam o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. Então, eles estão pedindo encarecidamente que as autoridades competentes tomem essa providência.

É um problema recorrente das grandes chuvas. É, também, aquilo que nós temos sempre falado: a limpeza dos córregos, a construção de piscinões. A Jaboticabal já tinha sido autorizada, não teve ainda seu início. Então, estamos esperando essas providências.

A outra coisa também em evidência na nossa região, é a situação do transporte público. O transporte público da nossa região do ABC, está sempre deixado em segundo plano. Onde existem quase três milhões de habitantes, nós estamos ilhados por um mau transporte, mau funcionamento do transporte público.

E nós estávamos solicitando um metrô de superfície. Agora, estão estudando se colocam o metrô de superfície ou o ônibus. O ônibus não vai resolver o nosso problema. Os corredores estarão cheios como sempre. E o metrô ainda é a solução para que muita gente do ABC seja escoada por esse sistema de transporte. Nós estamos aguardando essa providência.

Sr. Governador, outra coisa, ainda falando sobre o ABC: a água que nós estamos recebendo no lá está vindo amarelada. Santo André não recebe água suficiente para abastecer casas porque governantes anteriores deixaram uma dívida de dois bilhões e quinhentos mil reais.

Que culpa tem a população de abandono desse tipo de serviço, que é essencial para a vida nossa? Eu acho que está na hora de a gente começar a cobrar firmemente os órgãos competentes para que possamos ter água de qualidade e em quantidade suficiente.

Nós estamos ainda falando sobre o ABC. Nós estamos necessitando, precisando, de transporte público. E, ainda, não só o transporte público vai nos resolver o problema. O sistema de transportes e também de circulação que compreende Via Anchieta, Imigrantes, Rodoanel, mal vigiadas. São constantes assaltos, acidentes graves, produtos perigosos circulando livremente na nossa região. Exige e merece atenção nisso.

Uma das coisas que sempre reivindicamos há muito tempo é o serviço aéreo da Polícia Militar, conhecido como “Águia”. Nós precisamos desse serviço no ABC. Nós temos 25 minutos mais ou menos de deslocamento daqui da capital. Olhem para o ABC. Olhem para os funcionários públicos que estão sem reajuste há muito tempo.

Eu sei que nós estamos cobrando insistentemente, mas nós precisamos de uma indicação que vai ter esse aumento. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, deputado Coronel Nishikawa. Próximo deputado o capitão Conte Lopes. (Pausa.) Próximo deputado Major Mecca. (Pausa.) Próximo deputado Sargento Neri. (Pausa.) Beleza, parece um quartel não é? São cinco deputados: dois coronéis, capitão, sargento, major. Que beleza! Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal. Vossa Excelência tem o tempo regimental de cinco minutos.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, Sr. Presidente. Cumprimento todos os colegas presentes; demais cidadãos que vieram nos brindar com suas presenças; o Thiago, que veio me visitar hoje, muito obrigada. Ontem, eu recebi aqui no gabinete o vereador Caio Miranda, que veio participar de uma gravação aqui conosco.

Na verdade ele trouxe o “podcast” dele para fazer um programa. Falamos sobre várias questões políticas, mas tratamos muito e até soube que ontem o Coronel Telhada também falou sobre o tema do tal parque no Minhocão. E foi muito interessante esse encontro com o vereador Caio Miranda. Ele inclusive virá à nossa audiência pública. Coronel, já fica desde logo convidado.

Até todos estão convidados obviamente. Audiência pública dia 27 de maio, às 14 horas, para tratar desta obra que, salvo melhor juízo, não terá nenhuma utilidade para a cidade de São Paulo e como o vereador deixou evidente no programa que gravamos juntos, também prejudicará as cidades vizinhas, porque não são só os paulistanos que se deslocam aqui na cidade de São Paulo. As cidades vizinhas também utilizam muito o Minhocão, o pessoal de Guarulhos.

Então, assim, vai ser um prejuízo para todos. O coronel aqui que preside a sessão relembra, rota de acesso para hospitais. Então, o prefeito vai fazer com que percamos uma via de trânsito importantíssima, vai gastar de início quase 40 milhões de reais para construir um parque no lugar de pegar esse dinheiro e revitalizar outros parques já existentes.

Então, nós teremos a nossa audiência pública. O vereador Caio veio conversar conosco sobre isso ontem, já estamos preparando esse encontro. Recebi também muitas outras pessoas por isso, infelizmente, não pude participar com os colegas do plenário ontem.

Eu também recebi uma senhora que integra representando a sociedade civil, o Conselho Estadual de Saúde, e essa senhora é mãe de uma criança com autismo e ela veio trazer um pleito de que no estado de São Paulo fossem construídos cinco centros de referência sobre o autismo nos termos de uma decisão judicial que já dá essa determinação para o estado de São Paulo.

Eu conversei com essa senhora muito atuante na causa do autismo e expliquei a ela que eu entendo firmemente que nós necessitamos sim desse centro de referência no estado de São Paulo, mas que também temos que ter a sensibilidade - sem nenhum desrespeito para com a magistrada que exarou a decisão judicial no sentido de que deveriam ser cinco centros - para as dificuldades econômicas e financeiras que o estado está enfrentando e que também há outras situações, outras deficiências, outras dificuldades que precisam ser enfrentadas. Talvez um centro de referência já fosse um bom começo.

 Então, Excelência, eu gostaria de solicitar que a minha fala seja encaminhada ao secretário de Saúde, e vou fazer também um apontamento por escrito nesse sentido. Que nós iniciemos o cumprimento dessa decisão judicial, concentrando esforços na construção de pelo menos um Centro de Referência da Pessoa com Autismo. Essa senhora conversou muito comigo também sobre a dificuldade que enfrentam os Caps, que são aqueles equipamentos de Saúde que dão atendimento às pessoas com doença mental e também àquelas que têm problemas com drogadição.

Eu estava ali conversando com o deputado Douglas, porque hoje tem aí um evento defendendo a política antimanicomial, que é uma política que tem alguns aspectos positivos, porque ninguém quer mais voltar ao sistema de asilamento, de segregação absoluta, de, vamos dizer assim, isolamento das pessoas que têm algum tipo de doença ou dependência química.

Porém, todos os funcionários, os profissionais de Saúde, as pessoas que estudam o tema há muito tempo - e eu me dedico a esse tema há muito tempo - sabem que uma política radical antimanicomial prejudica muito não só a sociedade, mas principalmente o indivíduo que precisa de tratamento, que precisa de atenção e muitas vezes não tem a quem recorrer por força da desconstrução da política de saúde mental no nosso país. Então fica aqui o registro.

Eu acho que nós teremos talvez mais tempo no Grande Expediente. Eu tenho outros temas a tratar, voltarei a falar, mas quero chamar a atenção: ninguém quer voltar ao sistema de asilamento, mas é impossível a absoluta... Nós não podemos prescindir de maneira absoluta de hospitais, de locais e de clínicas para receber as pessoas que estão no estágio mais grave da doença mental, que são vários tipos, ou da dependência química, inclusive da bebida. Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sra. Deputada. A próxima deputada inscrita é a deputada Erica Malunguinho. (Pausa.) Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando Lula da Silva. (Pausa.)

Agora, abrindo a Lista Suplementar, deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. (Na Presidência.) Deputado Adalberto Freitas. Vossa Excelência tem o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. ADALBERTO FREITAS - PSL - Boa tarde a todos. Saúdo a Mesa, o presidente da Mesa, os assessores de ambos os lados, os deputados aqui presentes, o pessoal que está em casa e o pessoal que nos está acompanhado.

Quero registrar aqui uma visita que fizemos, no sábado passado, dia 11. Eu acompanhei o governador em exercício, Rodrigo Garcia, juntamente com o prefeito Mário Covas e o secretário dos Transportes Metropolitanos, Sr. Alexandre Baldy. Nós estivemos, na parte da manhã, na vistoria das obras da Estação Mendes-Vila Natal, que é a Linha 9 - Esmeralda da CPTM. Ficou acertado que essas obras serão entregues em novembro de 2020.

É, justamente, na região de onde sou, onde trabalho, então nós acompanhamos desde a época em que foram liberadas verbas. Conseguimos, através do governo federal, a liberação de verbas para essa estação e, agora, já está entrando em fase final de obra, para poder atender à população da zona sul.

Quero agradecer aqui, também, ao grande ato do governador Doria, que nos Estados Unidos defendeu o nosso presidente Jair Bolsonaro. Sabemos que lá, nos Estados Unidos, também tem o pessoal que torce contra o governo? O governo de lá, apesar de estar fazendo, também, coisas boas para a população americana... Tem um pessoal que perdeu a eleição e fica a toda hora chateando o presidente deles. Mas eles estão na menor taxa de desemprego, estão conseguindo fazer alguma coisa. Mas, sempre tem o pessoal do contra, que sempre acha algum motivo para poder criticar. Mas, ajudar, eles não ajudam.

E, por mais que tenham criticado o nosso presidente, o governador Doria deu uma lição de moral, ou seja: ele é presidente da República, quer queiram, quer não. Ele foi eleito democraticamente pela maioria dos brasileiros e tem que ser respeitado. Em todo lugar que ele for, tem que ser respeitado. Então, deixo registrado aqui o meu agradecimento ao governador João Doria, que, como bom brasileiro, defendeu o nosso presidente da República eleito. Quer queira, quer não, ele vai ser o nosso presidente, se Deus quiser. Agradeço também ao Coronel Telhada, que quer que ele seja reeleito.

Então, essa é a nossa vontade. O Brasil precisa de gente de pulso para tocar isso aqui. Se deixar ter essa bagunça que está tendo a toda hora... Estão entrando em greve: greve para cá, greve para lá; eles querem bagunçar. Parece que não aceitam, não conseguiram aceitar a derrota. Estiveram 13 anos no poder, jogaram o País quase na ruína. Eu vejo, aqui, grandes oradores, e fico até decepcionado, porque são pessoas dotadas de estudo, tiveram a oportunidade de estudar, se formar; têm um nível de intelectualidade bom, mas não conseguem aceitar.

Eles estiveram no comando do País por 13 anos e não fizeram nada. Muito pelo contrário, afundaram o País em 13 anos. O presidente Bolsonaro recebeu esse país praticamente na ruína e está há quatro meses no governo, e eles vêm toda hora aqui reclamar, fazer gestos e não sei o quê. Parece-me - mais uma vez, já falei aqui na tribuna - que eles não são desse país. Eles não aceitam que perderam a eleição, acabou já a disputa de eleição. Perderam, mas eles se revezam aqui, como se fossem de outro país, socialista, comunista, torcendo para que tudo dê errado.

O presidente toma uma decisão que é importante para o Brasil, que é boa para os brasileiros, e eles não comentam nada. Inventam histórias. A contenção de gastos, agora, do Ministério da Educação, foi feita em todos os governos anteriores. Não teve um governo que não fez isso. O presidente Bolsonaro fez a mesma coisa, porque ele está trabalhando com o País com sérios problemas financeiros.

Todo mundo sabe que a salvação do Brasil vai ser a aprovação da reforma da Previdência, mas eles vêm para cá, no púlpito, falar que o País está ruim, que ele está acabando com o Brasil, acabando com a Educação.

A Educação é simples. Todo o pessoal sabe, quem tem família sabe: a família tem um orçamento. Vez ou outra, pode ser que passe do orçamento, acaba gastando um pouco mais do que deveria. E o que se faz? Faz uma contenção de despesa, protela um pouco mais as contas, para que sejam pagas daqui a cinco, seis meses. Isso aí, dentro do seio da família. O presidente está fazendo a mesma coisa. Não cortou - conteve. Mas o pessoal da esquerda faz questão de vir aqui e informar que ele cortou. É uma tremenda mentira.

Só para encerrar, presidente. Tem mais uma coisa para falar aqui. Essa contenção de gastos que está tendo, do governo, em breve vai ser muito bem explicada, porque, na próxima semana, vou trazer aqui vídeos explicativos, onde a esquerda, nesses 13 anos, fez a mesma coisa, e agora o governo está fazendo. Eles estão aqui toda hora, todo dia, e nós devemos sempre combater esse tipo de situação.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. O próximo deputado inscrito é o Sr. Deputado capitão Castello Branco. Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CASTELLO BRANCO - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, veneráveis ouvintes da TV Assembleia Legislativa de São Paulo, saudações nessa sexta-feira. Elogiar boas ações, independente de quem as faz. No caso, o governo do estado de São Paulo tomou uma iniciativa boa e rescinde contratos da antiga Secretaria do Emprego, após a Procuradoria Geral do Estado apontar superfaturamento. Eram empresas que contratavam menos funcionários do que o mínimo exigido pelo contrato, porém recebiam o valor integral. Os relatórios da Procuradoria Geral do Estado apontam que estamos com essa ação, somando uma economia para o estado de mais de 20 milhões de reais.

Queria apontar também e elogiar a manifestação que está ocorrendo agora, não na sua forma nem nos seus meios, mas no seu conteúdo.

Quem já teve pessoas da sua família com problemas de saúde mental sabe que o tema é delicado e que é um drama social grave e ainda sem equação. O problema vem desde a história da humanidade, a questão da internação manicomial é da Idade Média. Apesar de toda a tecnologia da medicina, ainda não se tem soluções para todos os problemas de saúde mental.

A Organização Mundial da Saúde aponta mais de 252 patologias diferentes, muitas delas associadas ao consumo de entorpecentes, de drogas, os chamados dependentes químicos. De fato, a reflexão que é trazida aqui é cabível na medida em que a gente tem que, no mínimo, olhar para o problema e refletir.

Tive a oportunidade de lá estar e conversar com muitas pessoas. Sou sensível à causa e ponho o meu mandato à disposição para construir soluções, que não são simples, porque é um problema de saúde pública que, inclusive, afeta muitos de nós militares. Na minha turma, eu tive nove companheiros que se mataram. Tivemos gente brilhante nas Forças Armadas que teve patologias diversas, de depressão profunda à esquizofrenia.

A medicina não corrige, e o cara acaba sendo, literalmente, colocado num hospital psiquiátrico, à deriva. Então, é importante estudar, meditar e falar sobre o assunto, mas, de qualquer maneira, os hospitais psiquiátricos do estado de São Paulo precisam, sim, de uma releitura, precisam, sim, de uma revisão e de mais investimentos.

Muito obrigado. Brasil acima de tudo.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. O próximo deputado, na Lista Suplementar, é o deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, de volta a esta tribuna no dia de hoje, eu gostaria de dizer que eu estive, há pouco, participando de uma assembleia dos servidores do Judiciário.

Deputado Castello Branco, parabéns pela vossa intervenção em relação a essa política de saúde mental, a não política de saúde mental, que não existe, infelizmente, no Brasil. Nós tivemos pouquíssimos avanços, e V. Exa. fez um pronunciamento lúcido nessa área.

Mas eu estive, Sr. Presidente, agora, em uma grande assembleia dos servidores do Judiciário, que há anos estão com salários arrochados e defasados, escreventes, técnicos, oficiais de justiça.

Nós acompanhamos essa categoria há muitos anos, a sua luta, a greve histórica que eles fizeram em 2010, inclusive colocando um problema gravíssimo da Magistratura para toda a sociedade, sobretudo para a Assembleia Legislativa, dos altos salários e das indenizações.

Mas o foco central da assembleia hoje, eles estão na pauta da data-base salarial, o que nos deixou indignados, porque o TJ concedeu um reajuste de apenas 3,94% para os servidores do Tribunal de Justiça, quando, na verdade, deveria, no mínimo, dar um reajuste, uma reposição das perdas inflacionárias de 16,83%.

No entanto, eles só tiveram 3,94% de reposição, porque isso não é um reajuste ainda, é uma reposição das perdas inflacionárias, até porque os salários estão defasados e arrochados há anos, e o Tribunal de Justiça e o Poder Judiciário têm uma dívida histórica salarial com os seus servidores, que nunca foi paga.

Ela é sempre protelada e adiada, inclusive, existe até um projeto de lei aqui, o PLC nº 30, de 2013, que está pronto para ser votado, Sr. Presidente, que é do próprio Tribunal de Justiça, que faz uma reparação mínima e histórica de 10,5%, e essa porcentagem, é parcelada em cinco vezes. Mesmo assim, o projeto não foi aprovado. O projeto é sistematicamente obstruído aqui na Assembleia Legislativa. Então, isso mostra o que eu estou dizendo, salários arrochados e defasados, mas o que me deixou mais indignado, e as pessoas que estavam lá e os servidores, é que foram 3,94% de reposição para os servidores e 16% para a Magistratura.

A Magistratura teve um reajuste de 16%, e os servidores, que representam a maioria dos servidores, são eles que carregam o Poder Judiciário nas costas. São esses trabalhadores, na verdade, os responsáveis pelo funcionamento do Tribunal de Justiça. Sem os servidores, não existe juiz, não existe desembargador. São eles que operam, de fato. Eles que abrem os fóruns, eles que elaboram os pareceres.

Enfim, todos sabem disso. Agora, esses servidores continuam, então, marginalizados, do ponto de vista da valorização salarial, do ponto de vista da valorização das condições de trabalho, da melhoria das condições de trabalho, da valorização funcional, e, sobretudo, dessas indenizações que não foram feitas até agora.

Agora, é inconcebível que um escrevente, um oficial de Justiça, tenha um reajuste de 3,94% e a Magistratura, que é a minoria, a minoria absoluta do Tribunal de Justiça, tenha um reajuste de 16 por cento. Isso é muito grave, Sr. Presidente.

Então, ao mesmo tempo, eu quero aproveitar para dizer que nós estamos exigindo que o TJ faça a chamada imediata dos aprovados no último concurso de escrevente técnico do Judiciário. Existem milhares de pessoas que foram aprovadas, e nós temos um déficit enorme no Tribunal de Justiça. Temos dados dizendo que são 15 mil servidores que deveriam ser contratados para o Tribunal de Justiça. Por isso que a Justiça não anda em São Paulo. Faltam funcionários para trabalhar nos fóruns, nas comarcas de todo o estado de São Paulo, no interior, na Capital, na Baixada Santista, na Grande São Paulo.

Essa é uma reclamação que aparece o tempo todo, dos servidores, que estão, inclusive, por excesso de trabalho, adoecendo. O TJ não chama alegando falta de recursos, mas como que tem recursos para dar um reajuste de 16% para a Magistratura?

Então, Sr. Presidente, eu queria fazer essas considerações e dizer que nós vamos continuar aqui pressionando e exigindo que o TJ tome as providências em relação ao reajuste e à reposição das perdas salariais dos servidores, e também que o governo estadual faça aí o complemento orçamentário, para que o TJ não tenha mais essa desculpa de que não tem recursos, porque, anualmente, no orçamento, o governo estadual corta quase metade - o que é um absurdo - do orçamento proposto pelo Tribunal de Justiça.

Nós vamos continuar acompanhando e pressionando e exigindo que o TJ faça o reajuste, dê um reajuste de 16,83%, e não só de 3,94% para todos os servidores do Judiciário.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, deputado. Encerrado o Pequeno Expediente, vamos, portanto, agora, entrar no Grande Expediente.

 

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- Passa-se ao

 

GRANDE  EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - O primeiro deputado é o deputado Coronel Nishikawa, que troca o seu tempo com o deputado Douglas Garcia. Deputado Douglas, o senhor tem dez minutos regimentais.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, apenas para complementar minha fala no Pequeno Expediente. Não utilizarei os dez minutos, e peço que seja resguardado o resto do meu tempo para a próxima sessão ordinária aqui na Casa.

Senhores, é muito triste o fato de existir um movimento que é contra a internação de pessoas que sofrem desse mal, um mal que muitas vezes é trazido graças às drogas. Eu sei disso porque eu cresci na periferia. Não é a primeira vez que eu falei isso nesta Assembleia. Eu vi muitos e muitos e muitos adolescentes, jovens e até mesmo crianças passando por esse mal que são as drogas no nosso Brasil.

Eles defendem a legalização da maconha. Mas começa por aí mesmo. Primeiro ele usa a maconha. Depois, cocaína, heroína, crack. E assim vai se perdendo sucessivamente. Esse jovem chega num estágio em que ele simplesmente some de casa. Todo mundo está careca de saber como é essa situação. Desaparece de casa. Na cidade de São Paulo, é encontrado na Praça da Sé, é encontrado no Viaduto do Chá, em condições desumanas.

E a família procura o indivíduo, traz para casa, tenta contar com o Sistema Único de Saúde, mas o SUS é falho. Como para qualquer outra coisa, o SUS é falho também quando envolve essa questão de saúde mental. E a família, principalmente a mãe, não vê outra saída a não ser fazer com que o filho fique dentro de casa, fazer com que a filha fique dentro de casa.

Dentro disso, é representado pelo Ministério Público, dizendo que a mãe ou o pai está cometendo cárcere privado. Quer dizer: o Estado não tem competência para cuidar; a família, quando intervém para tentar fazer com que amenize a situação, esse mesmo Estado - que não tem competência para cuidar - quer dizer como devo tratar o meu filho, como devo tratar a minha filha? Se quando era para ele ter feito o seu serviço mínimo, ele não conseguiu.

Mais cedo veio o nobre capitão Castello Branco. Pelo enorme respeito que tenho ao senhor: o movimento que está lá fora não é um movimento que está tratando dessa questão da saúde mental. Pelo contrário, eles são contra essa internação, eles são contra esse tratamento, eles são contra a reabilitação desses jovens. Não sabem o que passam os Narcóticos Anônimos, não sabem o que passa na vida dessa juventude.

Um jovem que está perdido no crack não tem condições mentais de dizer que ele não quer ajuda para conseguir esse tratamento. Esse jovem tem o direito à vida. Esse jovem tem o direito de ser tratado como um humano, e não como um sub-humano.

Enquanto se dirigia ao Pequeno Expediente, até chegar aqui, uma das minhas assessoras registrou mais um ônibus trazendo a galera que está aqui fora. Peço, por favor, que seja colocado no telão.

 

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- É feita a exibição de foto.

 

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Descobri que a utilização de veículos públicos não é proibida, desde que seja solicitada por uma associação. Porém, pergunto aos senhores: no momento em que na cidade de São Paulo está faltando veículos públicos para a população ir trabalhar, no momento em que a cidade de São Paulo está passando por esse transtorno com relação ao transporte público, é moral a utilização desse tipo de serviço para levar e trazer militantes?

Sendo que esses militantes não têm nenhum tipo de deficiência física. Inclusive, quando eles pararam na porta da Assembleia, estavam comendo pão com mortadela. Isso me lembra muito bem que tipo de militância eles são.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, deputado Douglas. O próximo deputado é o deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Emidio Lula de Souza. (Pausa.) Deputado Tenente Coimbra, que troca o seu tempo com a deputada Janaina Paschoal. Tem V. Exa. o tempo regimental de 10 minutos.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigada, Sr. Presidente. Cumprimento a todos novamente.

Eu gostaria de fazer algumas considerações sobre a reunião que tivemos, nessa semana, na Comissão de Constituição, Justiça e Redação. A bem da verdade, já ficou definido que faremos uma reunião de trabalho, uma reunião administrativa, para definir algumas regras. Houve uma mudança significativa no perfil dos deputados.

Isso não significa que os que chegaram sejam melhores do que os que partiram. Porém, algumas mudanças no modo de trabalhar vêm ocorrendo. E a deputada Marina Helou conduziu a reunião, em virtude de uma situação de saúde do nosso colega Bragato, que é o presidente titular. A deputada Marina Helou propôs que algumas regras fossem adotadas. Faremos uma reunião destinada apenas para tal finalidade. Foi até sugestão do deputado Emidio, fazer essa reunião que ele chamou de administrativa, ou de trabalho.

O que eu falar hoje, não só para os colegas deputados, mas especialmente para as assessorias é uma orientação, é uma solicitação da minha parte, por hora, porque essa reunião de trabalho ainda não ocorreu e eu vou levar isso para o grupo.

O que tem acontecido nos projetos de lei que eu venho relatando? Alguns têm alguma impropriedade sob o ponto de vista da constitucionalidade federal, alguns sob o ponto de vista da constitucionalidade estadual. Infelizmente, a Constituição Estadual veda a criação de novos cargos ou funções. Então, é uma competência exclusiva do governador. E muitos projetos vêm criando cargos e criando funções. Então, deixar esse projeto tramitar é, na verdade, permitir trabalho - vou utilizar uma palavra forte -  inútil. E toda vez que um trabalho público é feito sabidamente de forma inútil dinheiro público é jogado fora.

Então, é necessário que a Comissão de Constituição e Justiça barre esses projetos. Por óbvio se o parecerista vislumbrar a possibilidade de corrigir a constitucionalidade e apresentar um substitutivo tanto melhor.

Eu tomei a liberdade, algumas vezes até no fim de semana, de ligar para colegas e dizer “olha colega, tem um pedacinho aqui que vai bater com a Constituição Estadual. Você se ofende se eu fizer um substitutivo alterando assim, assim?” E muitos colegas tiveram uma receptividade. Em alguns casos eu apresentei pareceres contrários que eu não vi na linha adotada pelo colega como fazer o substitutivo. Reitero, procurem não apresentar projetos dizendo que tem que respeitar a Constituição Federal, tem que respeitar a legislação federal porque isso já é inerente à existência da própria Constituição e à existência da própria lei federal. Porém eu identifiquei outras questões.

Nesta semana eu relatei um PL, que era um projeto de lei exatamente igual a uma lei que já é vigente. Então, houve apresentação de um projeto de lei, que na verdade já é lei. Eu até fiz uma brincadeira respeitosa “era tão bom o projeto que já é lei”. Mas assim, se nós já temos uma lei, não é necessário fazer tramitar o projeto.

Então, é muito importante que as assessorias tomem o cuidado de checar se aquela boa ideia que o parlamentar teve já não é contemplada na legislação federal, na legislação estadual. Muitos são os casos de PLs apresentados absolutamente idênticos a PLs que já estão em trâmite numa faze mais avançada. O regimento determina que nós nos manifestemos pelo apensamento. Então, não é para o colega se magoar. Ninguém está querendo favorecer o parlamentar “a” em prejuízo do parlamentar “b”. O regimento manda apensar.

Então, quando a gente despacha para apensar é para cumprir o regimento e para otimizar o trabalho na Casa, porque realmente não tem sentido vários PLs tramitando iguais ao mesmo tempo. Então, é muito importante que a assessoria solicite a verificação se há na Casa PLs iguais. Se houver PLs parecidos, talvez seja o caso na justificativa de evidenciar qual é a diferença. Por exemplo, tem um PL na Casa, do deputado Altair, que cria a disciplina de Artes Marciais nas escolas. Eu sempre tive esse desejo e apresentei outro PL, mas deixei claro que o meu tinha um objetivo diferente, porque eu peço que essas aulas sejam ministradas às mulheres, ou seja, às meninas, como medida de prevenção à violência.

Então não é a criação pura e simples de uma disciplina. É uma técnica de autodefesa para as mulheres em virtude do grau de violência que as mulheres vêm sofrendo, tanto no âmbito doméstico, como na esfera da sua dignidade sexual dentro de casa ou fora de casa. Então eu fiz questão de explicitar a diferença da minha proposta com relação ao do colega Altair. E isso não significa que a minha seja melhor que a dele. Mas, isso ajuda muito quem vai dar os pareceres.

E, uma outra situação com a qual eu me deparei essa semana, que eu confesso que fiquei muito surpresa: houve apresentação do PL, muito bom no mérito, mas que trazia algumas considerações em virtude dessas situações.

Eu identifiquei algumas impropriedades formais. Não foi o problema com mérito. Eu fiz um parecer indicando as impropriedades formais e dizendo que daquela maneira não daria para tramitar.

Pois bem, um outro colega pegou o PL, que já tinha um parecer contrário, copiou o PL e apresentou novamente. Eu fiquei surpresa. Eu fiquei surpresa duas vezes. Primeiro, porque o PL ainda está na CCJ, porque teve um parecer contrário apenas meu - e nós somos vários. E é comum a CCJ divergir. E isso é saudável. Essa divergência é saudável.

Ou seja, um PL de um colega ainda está em trâmite. Nada impede que os outros membros da CCJ não concordem com o meu parecer, derrubem o meu parecer, e o PL do colega siga adiante. Eu não sou Deus; ninguém é.

Pois, enquanto esse PL está em trâmite, um outro deputado pegou o PL e apresentou - até as vírgulas são idênticas ao PL original. Eu não me conformo. Se essa pessoa pegasse o PL do colega, com o PL original, pegasse o meu parecer, que aponta situações formais, corrigisse essas questões formais, e reapresentasse com autorização do autor, acho que estaria fazendo um bem para a sociedade.

Senta com o autor. Fala: "Olha, colega, concordo o mérito do teu PL, vamos fazer uns ajustes formais aqui. Eu posso reapresentar?" Eu tenho certeza que o colega que deu a ideia teria a grandeza de dizer: "Vamos, claro, vamos trabalhar juntos".

Mas, o colega autor do PL foi desconsiderado, e o meu trabalho de parecerista foi desconsiderado. Então, é muito complicado. Eu estou falando isso para os colegas, para as assessorias, para mim mesma, porque a gente erra.

Mas, é importante ter um método de trabalho na Casa. Ontem, eu participei de uma entrevista, eu até falei: "Eu gostaria de fazer um gibi, 'A Fabriquinha de Leis'", que é o que a gente tem aqui. É uma fabriquinha de leis.

Sob o ponto de vista teórico: a maneira como isso aqui está estruturado é linda, gente. Você trazer as crianças aqui e mostrar as várias estações de produção de leis, as comissõezinhas. Penso até nos desenhozinhos que a gente faria para explicar isso para as crianças.

Mas, tem que ter uma dinâmica de trabalho. Não tem sentido a mesma lei estar em vários momentos do processo de criação da lei. Não tem sentido um PL estar em discussão na CCJ com um parecer que pode ser derrubado ou não, e o colega pegar o PL e apresentar de novo, sem fazer os ajustes.

Então, há uma necessidade de entendermos que esse nosso trabalho é importantíssimo para a nossa sociedade. E se unirmos esforços independentemente da ideologia e dos partidos, o resultado desse trabalho pode ser primoroso, inclusive sob o ponto de vista de mudança social.

Mas, para mudar a sociedade, tem que mudar as práticas também. Então, são algumas sugestões, algumas solicitações, que eu faço aos colegas, e, especialmente, aos assessores. Porque muitas vezes o colega está envolvido com questões, visitas, eventos, e essa parte mais técnica fica com o assessor.

Então, vou finalizar, mas peço encarecidamente: verifiquem se já tem lei igual, verifiquem se já tem PL. Se já tiver um parecer, procurem adequar. Não tem mal nenhum usar a ideia do colega: conversa com o colega, pede autorização, faz as correções.

Mas, pegar o PL de um colega, desconsiderar um parecer e reapresentar? Eu entendo que isso é inconcebível, com todo o respeito.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sra. Deputada.

A próxima deputada, Delegada Graciela. (Pausa.) Deputado Rogério Nogueira. (Pausa.) Deputada Beth Lula Sahão. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputada Márcia Lula Lia. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Castello Branco, que troca o seu horário com o deputado Gil Diniz. Deputado Gil tem o tempo regimental de dez minutos.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Boa tarde a todos. Boa tarde, presidente. Boa tarde a toda a Mesa. Aos deputados presentes aqui no Grande Expediente, à assessoria que nos acompanha pela TV Assembleia, aos que estão aqui na galeria, nossa assessoria policial militar e civil.

Queria começar dizendo aqui da reportagem da “Folha de S. Paulo” repercutida em outros meios sobre a votação do PL 01, onde falavam que a bancada do PSL está dividida e não é verdade. Deputada Janaina, deputado Freitas sabem disso. Cada um dentro da bancada tem a liberdade de se posicionar conforme manda a sua consciência.

Tiveram os que entenderam que o Projeto 01, a aglutinativa que foi construída era interessante e votaram pelo “sim”, e houve o grupo ali dentro da nossa bancada que entendeu que o voto era “não”.

Então, não existe essa divisão dentro da bancada. O que existe é a liberdade do deputado pensar e votar conforme as suas convicções, o que não existe dentro de muitas siglas partidárias, onde os deputados são obrigados a acompanhar muitas vezes o que o líder quer ou então o que os caciques partidários querem, deputado Freitas. E colocam lá, vem uma ordem sabe-se lá de onde, uma ordem fantasma e os deputados têm que seguir à risca senão são punidos.

Então, eu deixo claro aqui a todos, ao jornalista da “Folha de S. Paulo” que dentro da bancada do PSL, pelo menos enquanto nós estivermos aqui à frente, todos os deputados têm liberdade de consciência de votar conforme entendem que deve ser votado. E isso vai ser respeitado dentro dos 15, ainda que em outros partidos eles não tenham essa liberdade, mesmo tendo muitas vezes a liberdade no próprio nome.

Continuando aqui, queria falar da minha alegria em estar na 3ª Companhia, Coronel Telhada, do 38º Batalhão Fazenda da Juta. Ontem, nós fomos lá visitar o capitão Fernando, que está à frente.

Falamos lá com o major Friano, com o tenente coronel Caramit, que nos receberam mais uma vez muito bem. É interessante, deputado Freitas, que os policiais... O cabo De Paula dá aula no Proerd para o meu filho e muitas vezes ele deixou de faltar ali na aula para estar num compromisso comigo, por quê? Na verdade ele não deixou de faltar, por quê? Porque era aula do Proerd. Ele não falta na aula do Proerd. E foi uma solicitação que nós fizemos ao Sr. Governador quando estivemos no Palácio dos Bandeirantes: ampliar o Proerd nas periferias, deputado Douglas, por quê?

É um projeto extremamente importante. E para você que nos assiste, não está acompanhando aqui a realidade aqui na Casa hoje. Olha, está difícil de circular, hein! Tem algumas pessoas que a gente não sabe de onde saíram. Alguns dizem que lotaram ônibus sabe-se lá de onde e apareceram aqui. Não tenho nada contra ninguém. A Casa é do povo, a Casa está aberta a todos, mas a gente fica às vezes receosos até com a nossa segurança, deputado Freitas, por quê?

Porque nós não sabemos de onde algumas pessoas saem, mas tudo bem, a Casa é livre. O cabo Ed sabe como funciona e nós respeitamos.

Ato contínuo, vi no Facebook do deputado Coronel Telhada... Coronel, parabéns pela indicação das viaturas blindadas. É uma demanda da bancada de Segurança Pública há muito tempo, então que seja ampliada para as nossas viaturas. É importante para o policiais, para a segurança do policial, capô, portas e para-brisa blindados? É isso? É muito interessante.

Agora, a minha única dúvida é se realmente vai ficar aquela cor, porque realmente a cor branca ali não pegou bem. Eu vi alguns comentários ali na sua rede social, alguns fazendo a comparação com táxi, outro com uma ambulância. Eu espero que as viaturas de Força Tática, viaturas do Choque, viatura da Rota, a famosa “zangada”... Pelo amor de Deus. Mantenha o cinza bandeirante, que está de bom tamanho. E se o designer do Governo do Estado de São Paulo, da Secretaria de Segurança Pública, quiser algumas sugestões, tenho certeza, Douglas, que dentro do Direita São Paulo e da nossa bancada há muitas pessoas que têm alguns modelos a apresentar. Porque realmente a viatura da Força Tática ficou parecendo uma viatura de ambulância ou um táxi do aeroporto de Congonhas.

Mais uma vez, devo falar aqui do que aconteceu no último Dia das Mães, onde várias escolas, Douglas, tiraram novamente o Dia das Mães e colocaram o Dia do Cuidador. E chegou aqui para a gente uma mensagem de uma mãe indignada com uma escola estadual no Brooklyn. Sete a 12 anos - são os estudantes daquela escola. Olha o que dizia um cartaz, Douglas, lá na parede: “garoto beija garoto, que beija garota, que beija garotas, e não há nada de errado nisso”. Não há nada de errado nisso, deputado Altair? Pelo amor de Deus. Crianças de sete anos, crianças de 12 anos.

Eu fico me perguntando: para que falar de sexo para crianças de sete anos? Pelo amor de Deus. Eu tenho um filho que agora, dia 22, vai fazer oito anos. Eu tenho outro que vai fazer 10 anos. Eles gostam de jogar bola, de brincar de carrinho, de jogar videogame, de entrar na internet, de usar o celular. Vai ter um período em que eu, como pai, vou falar com eles e vou orientá-los. Eu não dou procuração para que os professores, ou seja lá quem, não é possível... Por que eles têm esse fetiche para falar de sexo para crianças de sete anos? Meu Deus, parem, tirem as mãos dos nossos filhos. Isso é um absurdo.

Essa mãe aqui fez contato com meu gabinete, indignada, coitada. Foi lá falar com a diretora. A tratou mal, destratou. Deputada Janaina, a diretora questionou, inclusive, por que essa mãe é divorciada. Não é papel da diretora. Não é papel da direção, da coordenação pedagógica. Meu Deus. E novamente: nós não temos nada, deputado Carlos Giannazi, contra os professores. Nós queremos ajudar. Meus filhos estudam em escola pública. Estão lá, eu quero ajudar a coordenação pedagógica. Eu quero ajudar os professores. Eu quero ajudar não só a escola dos meus filhos, mas todas as escolas.

Mas para que ficar preso a esse assunto, para que colocar um cartaz, deputado Altair, numa escola de crianças de sete a 12 anos, falando que menino beija menino, que beija menina, que beija o outro? E não enxergam nada de errado nisso. É comum. Meu Deus, deixem as crianças ser crianças. Deixem as crianças ser crianças! Isso é assunto lá para a pré-adolescência. E deixem que os pais sejam responsáveis por isso, pela educação sexual dos seus filhos. Não dá, não dá. Vou oficiar a Secretaria de Educação, vou oficiar essa escola. Se for preciso, vou visitar essa escola para saber o que está acontecendo. Não dá, não dá! Estão passando de todos os limites, de todos os limites, em nome de uma liberdade, de uma suposta liberdade. Querem nos impor, e à força do Estado.

Novamente, deputado Freitas, o primeiro responsável pela educação das crianças é o pai, é a mãe, é a família. Não é o professor. Não são os professores. Meu Deus, o Estado me obriga a entregar o que eu tenho de mais precioso; sou obrigado, deputada Janaina, a entregar os meus filhos todos os dias. Aí, quando nós falamos, por exemplo, da educação domiciliar, do “homeschool”: “meu Deus, que absurdo, vejam só”. Novamente: estivemos em Santa Bárbara, visitamos lá várias famílias. E qual foi o pedido que nos fizeram? “Não nos tratem como criminosos, porque nós não somos criminosos; nós queremos o melhor para nossos filhos, nós amamos nossos filhos.”

E não há nada contra a educação formal, nada contra a escola pública. Mas realmente - eu não gosto da palavra -, nós temos que empoderar as famílias, nós temos que empoderar o pai e a mãe. A gente não pode tirar essa criança do seio familiar para colocar o que um determinado coordenador pedagógico, um determinado professor acredita. Novamente: os primeiros e principais responsáveis pela criança são o seu pai e a sua mãe, é a sua família. Tirem as mãos das nossas crianças.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. O próximo deputado é o deputado Paulo Lula Fiorilo. (Pausa.) Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas, que troca o seu tempo com o deputado Altair Moraes.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, é que eu me esqueci, era tanto assunto. Os munícipes de Águas de Lindoia estão preocupados com a ponte que dá acesso à cidade. Segundo alguns munícipes que me escreveram, a ponte está praticamente despencando. Já existe uma obra prevista, mas houve um problema com o orçamento milionário que foi apresentado para construir uma ponte pequena.

Os munícipes estão preocupados porque está para chegar o feriado de Corpus Christi, a cidade receberá muitas pessoas, e eles não têm solucionada a questão da ponte. Então, venho aqui solicitar - estou percebendo que esse assunto vai começar a chegar ao meu gabinete com frequência - a atenção das autoridades competentes e do Governo do Estado para essa ponte, que está colocando a população em risco, não só de Águas de Lindoia, mas a população que vai visitar a linda cidade de Águas de Lindoia.

Obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. ALTAIR MORAES - PRB - Obrigado, presidente. A todos que estão na Casa, a todos os funcionários e a todos que nos assistem na TV Alesp. Vou falar hoje de três assuntos rapidamente. O primeiro é em relação ao Dia das Mães, que o nosso amigo, deputado Gil, grande parceiro, falou.

Queria corroborar com vossa fala, Gil, e deixar bem claro aqui que o Dia das Mães é comemorado desde os anos 30. Depois, foi comemorado o Dia dos Pais. Hoje, vemos que alguns lugares estão colocando o Dia do Cuidador. Cria o Dia do Cuidador, se quiser. Mas mãe é mãe, e pai é pai, e ponto final. Meu Deus do céu, a gente está vivendo uma inversão de valores muito grande.

Torno a dizer: a exceção está virando regra, e nós não podemos, em hipótese alguma, ficar calados. Eu estou falando com mulheres que passam nove meses com uma criança, que amamentam, que têm o maior amor por uma criança e não podem chegar ao colégio e comemorar o Dia das Mães.

Meu Deus do céu, onde a gente vai parar com isso? “Ah, mas aí vem o pessoal do “mimimi”. Eu não quero saber do pessoal de nada, rapaz. Se a gente não puder falar o que pensa aqui nesta tribuna, então é melhor ficar calado. Eu não fui eleito para ficar calado, eu sou da família tradicional sim, e ponto. Se os outros não são, o problema é de que não é.

Agora, tirar o Dia das Mães e colocar o Dia de Cuidador não dá. Como é que ficam as mães? Imaginem a nossa mãe. Deputado Gil e deputada Janaina, eu recebi uma comunicação de uma mãe chorando. Sabem por quê? Porque o filhinho dela, um garoto de sete anos de idade, estava acostumado, em todo Dia das Mães, a fazer uma homenagem, E ele fez um desenho para a mãezinha dele para, no dia do colégio, fazer uma homenagem.

Sabem o que a tia disse? “Não, aqui não vai ter mais, porque agora vai ter o Dia do Cuidador. Ele falou: “mas e a minha mãe?”. Meu Deus do céu, uma criança de sete anos de idade perguntando “mas e a minha mãe?”. “Não, não, amor, porque aqui, no colégio, nós vamos fazer o Dia do Cuidador.” E ele perguntou novamente: “e a minha mãe?”.

Então, não sei mais onde estamos. Acho que moramos em outro planeta ou eu devo estar muito doido da cabeça. O que é certo está se tornando errado e o que é errado está se tornando certo. Eu vejo que vamos ter que criar mais um monte de leis.

Dia das Mães existe desde 1930, mas vamos criar a Lei do Dia das Mães. Ninguém pode mexer mais. Então, quero deixar aqui o meu apoio à fala do senhor, deputado Gil, e dizer que esse tipo de coisa é revoltante. Fico engasgado! A gente tem que se colocar à disposição da população e da grande maioria, da família tradicional, que é a grande maioria, respeitando as divergências.

Quem quiser cuidar, pode cuidar. Cria o Dia do Cuidador, não tem problema nenhum. Agora, dia da mãe é dia da mamãe. Um beijo, minha mãe, e a todas as mães do Brasil. Respeito-as muito.

Agora, vamos lá, falar de outro assunto. A revista “Veja” tem uma matéria - como sempre a “Veja” -, “Um drama familiar”, com o apóstolo Hernandes, com a bispa Sônia da Igreja Renascer, e com Bispo Tid, que, em minha opinião, não morreu, mas foi recolhido para as mansões celestiais. Ele foi recolhido para a mansão celestial. Quem é salvo e sabe de salvação sabe do que eu estou falando.

O que me revolta é esse tipo de matéria tendenciosa, podre, que a mídia marrom faz. Eu vou até ler aqui algumas coisas dessa matéria para você entenderem um pouquinho mais e verem se temos ou não razão.

Olha como é forte. Quer me dizer que não é discriminação religiosa, quer dizer que é simplesmente uma matéria que foi colocada? Torno a dizer, não é porque sou cristão. Tenho raiz evangélica, sou pastor há mais de 22 anos. Respeito a religião de qualquer um, mas quero respeito também. No primeiro dia em que eu pisei aqui nesta tribuna, deputada Janaína, eu falei que da minha boca não sairia ofensa a ninguém, e continua sem sair. Pode ter certeza, os quatro anos serão assim, mas posicionamento eu tenho. E vou defender o meu posicionamento.

Então, olha o que diz essa matéria. Isso aqui é muito forte. A revista “Veja”, publicou uma matéria desrespeitando a memória do bispo Daniel Hernandes e bispo Tid, filho do apóstolo Hernandes e da bispa Sônia Hernandes, da Igreja Renascer.

O título da matéria diz “Um drama familiar”, e já no subtítulo da matéria diz “Igreja Renascer começa a afundar”. O que uma coisa tem a ver com outra? Não estão respeitando a memória da morte do filho do bispo Hernandes. Bom, isso é mentira. Sabe por quê? Porque esse trabalho que o bispo Tid deixou é um trabalho seríssimo. Só em Heliópolis, a Igreja Renascer em Cristo atua há mais de 30 anos desenvolvendo projetos sociais.

O centro assistencial do bispo Tid Hernandes oferece reforço escolar, palestras, atividades esportivas, aulas de arte marcial com o lutador de MMA Matheus Serafim, orientação social, aulas de música, apoio psicológico, acompanhamento nutricional de alimentação, diariamente, para mais de 300 crianças, de aproximadamente sete a 14 anos, já tendo atendido mais de 10 mil crianças até o dia de hoje. E estão dizendo que está uma decadência.

Isso é um total desrespeito ao trabalho da Igreja Renascer e do centro assistencial do bispo Tid Hernandes. A revista “Veja” expõe detalhes totalmente desnecessários, sobre os últimos anos de vida e da morte do bispo Tid Hernandes. A revista fala na quantidade de anos e dias de internato em um quarto de hospital. Fala do peso com que ele faleceu. Para que desrespeitar a memória da família assim, meu Deus?

E para desmoralizar mais a família, a Igreja Renascer e os seus fiéis, em última análise da fé cristã, eles falam sobre a intenção que ele estava, guardado na UTI. Isso é um total desrespeito. Não tem nada a ver com decadência de igreja. Estão falando de família, da morte de um bispo conceituado, de um homem sério, e de uma igreja séria.

Então, fica aqui o meu total repúdio a esse tipo de reportagem que denigre a imagem cristã e a imagem da Igreja Renascer em Cristo. Na minha visão fica bem clara a intenção de menosprezar a fé cristã e os milhares de cristãos do Brasil. Deixo aqui a minha nota de repúdio a essa revista que, infelizmente, está faltando com a verdade, está colocando uma coisa tão triste - a morte de uma pessoa - dizendo que a igreja é decadente. Uma coisa não tem nada a ver com a outra.

Meu forte abraço e respeito a todos da Renascer em Cristo, ao apóstolo Hernandes e à bispa Sônia. E o meu pesar por uma matéria tão mal feita e de tão mau gosto dessa revista que a gente já conhece muito bem: a revista “Veja”.

Para terminar, estou indo à Brasília para defender o meu projeto de lei, nº 346/2019, que define o sexo biológico nas competições esportivas. Acho justíssimo. Fui convocado - aliás, convidado - para ir à Brasília, no dia 5 de junho, para uma audiência pública. Vamos explicar melhor o nosso projeto que também já foi protocolado em Brasília e em 12 estados. A coisa é tão séria que já foi protocolado em 12 estados. E EU vou defender o projeto, sim, porque acho justo.

O projeto é legal e tem embasamento científico. Não é justo que uma pessoa que foi homem até os 30 anos de idade, com desenvolvimento hormonal acima de qualquer outra mulher, com densidade óssea maior, com VO2 muito maior, com um nível de testosterona lá em cima, e agora, porque resolveu fazer uma cirurgia e uma reposição hormonal, venha competir em nível de igualdade com uma mulher. Porque nunca, e em hipótese alguma, será igual.

Torno a dizer: não é desrespeito, transfobia ou homofobia. É uma questão de justiça. Estamos falando de esporte de alto rendimento. Fui esportista por muitos anos: passei 10 anos na seleção brasileira de caratê. Então sei falar muito bem de esporte. Qualquer disparidade prejudica o andamento da competição. Temos o nosso capitão, que foi campeão de jiu-jítsu. Um abraço e parabéns pela conquista. E ele sabe muito bem do que estou falando.

Qualquer disparidade no esporte é prejudicial. Uma pessoa me disse: “Mas não muda nada?” Muda, mas não muda tudo. Então, se tiver algum estudo científico que me prove que XX é igual a XY, eu rasgo o meu projeto. Sou até capaz de comer um pedacinho dele. Está bom, gente?

Muito obrigado pela atenção. Que Deus abençoe a todos.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. O próximo deputado é o Sr. Deputado Carlos Giannazi.

Eu queria alertar aos deputados, por gentileza, mais uma vez: os assessores que forem fotografar e forem filmar, comuniquem o presidente. Avisem os assessores que eles não podem ficar transitando no plenário.

Por gentileza, permaneçam ao lado do nosso câmera, o Junior. Porque, se a gente for autorizar o pessoal, teremos... Apesar que a casa está vazia. É interessante falar isso com a casa vazia. Mas é o que o Regimento Interno prevê. Não há problema, quero que todos os deputados sejam filmados para a sua rede social. Mas temos que manter essa ordem. Então solicito, mais uma vez, aos Srs. Deputados e Sras. Deputados.

 Deputado Giannazi, muito obrigado. Vossa Excelência tem 10 minutos regimentais.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, deputado e presidente Coronel Telhada, deputados e deputadas.

Mais uma vez, de volta a esta tribuna no dia de hoje, eu gostaria de dizer que estou acompanhando, com uma lupa, o Comitê de Liquidação da carteira previdência do Ipesp, dos advogados do Ipesp.

Na verdade estamos acompanhando o cumprimento da Lei nº 16.877, que foi aprovada no final do ano passado. É fruto de um projeto de lei, fruto de uma mobilização dos advogados e advogadas que foram golpeados em 2009 pelo governo estadual. Quando foi aprovada, infelizmente, aqui na Assembleia Legislativa, sem o nosso voto - votei contra - esse projeto que foi sancionado através da Lei nº 13.549, que colocou a carteira previdenciária dos advogados do Ipesp em processo de extinção.

Penalizou 40 mil advogados e advogadas que contribuíam com o Instituto de Previdência. É uma carteira criada pelo próprio estado, com a chancela do estado. Do dia para noite, o ex-governador Serra apresentou um projeto de lei liquidando a carteira e deixando 40 mil trabalhadores do Direito numa situação totalmente desumana, ao deus-dará, do ponto de vista da aposentadoria, da expectativa da aposentadoria.

Fomos imediatamente ao Supremo Tribunal Federal após a aprovação da lei. Entramos com uma Adin que foi parcialmente vitoriosa porque conseguimos, através dessa Adin, que o estado fosse responsável, sim, pela carteira. Porque ele lavava as mãos em relação à carteira dos advogados.

Lembrando que ele fez o mesmo, no ano seguinte, com a carteira, porque ele lavava as mãos em relação à carteira dos advogados. Em seguida, lembrando que ele fez o mesmo, no ano seguinte, com a carteira previdenciária dos cartorários, dos trabalhadores dos cartórios. Fomos também ao Supremo Tribunal com uma ADIn, que foi parcialmente vitoriosa, garantindo aposentadoria para esses quase 10 mil trabalhadores. Mas em relação aos advogados a vitória foi parcial naquele momento porque o Supremo Tribunal Federal decidiu que o estado de São Paulo era responsável, sim, pela carteira, sobretudo para os já aposentados e pensionistas. Mas nós não conseguimos, depois de muito luta, estender esse benefício para os que estavam contribuindo.

O que nós conseguimos depois de muita luta, resistência, sobretudo de uma associação de advogados que foi formada aqui na Assembleia Legislativa, que está trabalhando há dez anos aqui dentro da Alesp, fazendo a luta, nós conseguimos a aprovação dessa Lei nº 16877, que na verdade deveria fazer uma indenização para esses trabalhadores. Ali fala em restituição, mas tem que ser indenização. E foi aprovada a lei. Nós temos dois decretos já publicados no Diário Oficial: o Decreto 64073 de 2019, um mais recente agora, o Decreto 164222/2019. E agora, no último dia 13, foi publicada uma resolução da Secretaria da Fazenda, a Resolução nº 50/2019, já dizendo que haverá o pagamento no próximo dia 18, a devolução dessas contribuições dos advogados e advogadas, para a carteira previdenciária, eles que não conseguiram se aposentar por conta desse golpe, desse estelionato. Eles foram vítimas de um golpe, os nossos advogados e advogadas.

Mas o que diz a resolução? Diz que haverá o pagamento no dia 18, agora, do mês que vem. Dia 18 de junho de 2019 haverá o pagamento desses valores, Sr. Presidente. E a resolução da Secretaria da Fazenda orienta os advogados e advogadas, a entrarem no site do Ipesp e cadastrarem o número da conta bancária, que o dinheiro será depositado nessa conta bancária.

O que nós estamos reivindicando, que é importante, Sr. Presidente, é que a lei fala em portabilidade, que os trabalhadores do direito possam fazer uma portabilidade, aqueles que pretendem ainda se aposentar, investir o dinheiro na aposentadoria, para que eles possam fazer uma portabilidade. Porém, a lei não é clara. Ela é omissa. Não tem regulamentação, não tem orientação.

Então, faço aqui um apelo para que o Ipesp, para que o comitê de liquidação, para que a Secretaria da Fazenda tome as providências necessárias e orientemos advogados e advogadas nessa questão da portabilidade, Sr. Presidente. Esse é um fator importante do nosso debate.

E outra questão ainda também importante, é sobre a questão do imposto de renda. Eles querem descontar o imposto de renda. Mas eu disse que esses trabalhadores, advogados e advogadas, foram vítimas de um estelionato na quebra do contrato pelo Estado, não por eles.

Então, essa restituição que consta na legislação deveria ser uma indenização. E a indenização, verba que tem essa natureza indenizatória não deve ter imposto de renda. Então, eles serão também prejudicados, advogados e advogadas, com esse desconto de imposto de renda nesse valor que eles vão receber no dia 18.

Então, nós fazemos um apelo aqui à Secretaria da Fazenda para que reveja esse desconto, para que não haja desconto do imposto de renda, porque esses trabalhadores já foram penalizados e muito penalizados. Desde 2009 que eles estão nessa situação. Então, a questão da portabilidade tem que ser melhor orientada, regulamentada e a questão também do imposto de renda. Queremos que os advogados e advogadas tenham a isenção do imposto de renda quando eles receberem essa devolução dos valores que eles depositaram mensalmente, durante muitos e muitos anos com a expectativa de aposentadoria nas suas respectivas contas. Então, faço esse apelo, Sr. Presidente. e que também o site do Ipesp seja aperfeiçoado, porque nós estamos recebendo muitas reclamações de advogados e advogadas que não conseguem acessar o site do Ipesp: sempre com problemas, não consegue registrar conta, falta orientação do Ipesp com relação a isso. Os advogados estão com dificuldades. Eu estou recebendo reclamações de todo o estado: do interior, da Baixada Santista, da Capital, da Grande São Paulo.

Então, fica aqui nosso apelo à Secretaria da Fazenda, ao Ipesp, ao Comitê de Liquidação, para que eles tomem as providências necessárias para que os valores sejam então devolvidos sem, Sr. Presidente, sem o desconto do Imposto de Renda. Que seja garantida a portabilidade e que haja uma orientação nesse sentido. Então, é isso que eu queria dizer sobre a questão Ipesp, Sr. Presidente.

E também quero entrar aqui num outro assunto muito importante, Sr. Presidente, muito importante. É sobre a Educação.

Estamos, primeiramente, perplexos porque o governo estadual, Sr. Presidente, até agora não pagou o que ele deve para o magistério, para os profissionais da Educação. Refiro-me aqui à ação que nós ganhamos na Justiça através de uma ação da Apeoesp, que é o reajuste de 10,15%. E nem a data-base foi cumprida também.

Então, nem os 4,65% e nem o reajuste que nós ganhamos na Justiça foi cumprido até agora. Por que nós ganhamos um reajuste de 10,15 por cento? Porque o governo estadual não paga o piso nacional salarial, que é estabelecido por lei federal. O estado mais rico do Brasil não paga nem o piso nacional salarial, que é um piso baixo, Sr. Presidente, deputado Castello Branco, deputado Telhada, é de apenas R$2.557 por 40 horas semanais. Então, o professor tem que trabalhar o dia todo para ganhar 2557  reais. Só que o estado de São Paulo não paga esse piso. É um absurdo.

Aí, nós ganhamos na Justiça, através de uma ação da Apeoesp, essa ação no Supremo. Aí, o Alckmin, no final do ano passado, no final, não, durante os seus últimos meses de governo, foi ao Supremo Tribunal Federal e interditou, através de uma liminar concedida pela ex-presidente do Supremo, a ministra Cármen Lúcia; e até agora essa situação não foi resolvida. Então, esse é um fato importante. E pior ainda é a situação do quadro de apoio escolar, que recebe, hoje, um salário inferior ao salário mínimo regional. O salário deles, líquido, é de 900 reais. Não dá para se fazer Educação dessa maneira, Sr. Presidente.

Então, é grave essa questão salarial. Mas, mais grave ainda, Sr. Presidente, é a situação também da situação estrutural das nossas escolas estaduais, que estão totalmente abandonadas. Eu até faço um apelo aos deputados e deputadas para que visitem as escolas da periferia, das cidades. Não só da cidade de São Paulo, mas de todas as cidades, que estão totalmente abandonadas pela FDE, pela Secretaria da Educação.

Enquanto o governador Doria está em Nova Iorque elogiando, lá, o Bolsonaro, e preparando a sua eleição presidencial, já fazendo campanha - ele sabe fazer isso aí muito bem -, as nossas escolas estão totalmente abandonadas.

Enquanto o secretário da Educação lança factoides aqui, dizendo que está fazendo alguma coisa pela Educação, repartindo as férias em quatro vezes, deputado Telhada. Um absurdo. As férias agora serão divididas, segundo o secretário da Educação - a inovação dele. Vai ter férias em abril, de uma semana. Uma semana de férias? Vai ter férias em julho, vai ter férias em outubro e vai ter férias entre dezembro e janeiro. Presidente, isso vai criar um caos para as famílias, para as outras redes de ensino.

Imagine, com quem a família vai deixar a criança nesse período? As famílias não estão organizadas para ter férias no mês de abril, nem no mês de outubro. Isso é um absurdo total; é um factoide, Sr. Presidente. É um factoide.

Depois, criou um outro segundo factoide, dizendo que vai introduzir novas disciplinas, mas vai reduzir o número de horas de algumas disciplinas do currículo escolar.

Então, não tem nenhuma proposta concreta para a Educação, a Educação abandonada no estado de São Paulo. Recebi, inclusive, uma denúncia, Sr. Presidente, muito séria. Eu já sabia, mas agora essas denúncias têm se intensificado. Nas escolas da rede estadual não tem papel higiênico. A Secretaria da Educação não compra papel higiênico para as nossas escolas. Não tem papel higiênico. Os pais de alunos me procuraram recentemente falando, por exemplo, da Escola Estadual Assis Chateaubriand. Escola aqui da zona sul, aqui na região do Jardim Miriam.

Não tem papel higiênico. O aluno tem que levar da casa dele, o professor tem que comprar do seu bolso o papel higiênico. Sr. Presidente, eu sei que eu estou excedendo o meu tempo, mas eu queria falar pelo Art. 82 para terminar.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - O senhor pode prosseguir.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Muito obrigado, Sr. Presidente. As escolas da rede estadual estão sem papel higiênico e o Doria em Nova York fazendo a sua campanha já presidencial, agradando os empresários e ainda elogiando, defendendo o Bolsonaro. E falta papel higiênico na rede estadual de ensino. E rede sucateada, escolas de lata. Eu tenho aqui, Sr. Presidente, fotos de algumas das escolas da rede estadual.

 

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- São exibidas as imagens.

 

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Esta aqui é a Escola Professora Renata Menezes, que fica na região de Parelheiros. Essa escola era uma escola de lata, tem muitas escolas de lata. Ela foi incendiada, porque escola de lata pega fogo facilmente. Aliás, várias já foram incendiadas, essa é uma delas.

A Escola Estadual Hilda Kfouri foi incendiada, a Escola Recanto Campo Belo foi incendiada, várias escolas de lata. E ela não foi reconstruída até agora, essas escolas com quatro, cinco anos, Sr. Presidente, que esta escola está nessa situação, a Escola Renata Menezes e até agora nada.

Essa é a triste realidade da escola pública estadual. Então, nós temos que mudar essa realidade. Aqui, a foto de uma outra escola, que é a Escola Mariazinha Congílio, escola estadual também totalmente degradada. É isso que vem acontecendo com a rede estadual de ensino.

Deputados e deputadas, visitem as escolas e, por favor, pressionem o estado a reformar as escolas, a acabar com as escolas de lata, transformando as escolas de lata em escolas de alvenaria.

Eu tenho um projeto de lei, inclusive, tramitando aqui, obrigando o estado a ter esse tipo de procedimento. Já acionei o Tribunal de Contas, já acionei o Ministério Público fazendo essa denúncia. Escolas que não têm quadras para as aulas de Educação Física.

Nós temos centenas de escolas nessa situação, centenas de escolas com as quadras sem cobertura, superlotação de salas. É o caos a rede estadual, Sr. Presidente, um abandono absoluto.

Então, esse é o nosso foco de preocupação com a Educação: a melhoria das condições de trabalho; a melhoria salarial dos servidores da Educação: magistério, principalmente o quadro de apoio escolar, os gestores, diretores, supervisores de ensino; o fim da superlotação de salas, que também é algo terrível; o fim da violência nas escolas.

O governo estadual acabou, está diminuindo drasticamente o programa Escola da Família, que é um programa que faz a prevenção da violência nas escolas estaduais. Esse programa foi reduzido drasticamente agora pelo governo Doria, que fechou salas, fechou turnos de várias escolas, demitiu professores da categoria “O”.

Essa é a radiografia da Educação do estado de São Paulo e a Assembleia Legislativa tem a obrigação de interferir nesse processo, de denunciar e de cobrar o governo estadual, Sr. Presidente, porque senão não dá.

É inadmissível que o governador fique fazendo propaganda em Nova York e defendendo o Bolsonaro, que esse secretário da Educação não tenha nenhuma proposta para a escola estadual, para o magistério, que fique criando factoides aqui no estado de São Paulo. Ele precisa visitar essas escolas que eu citei e tantas outras e resolver essa situação.

Então, o nosso mandato vai continuar aqui cobrando, denunciando, acionando o Ministério Público, o Tribunal de Contas, a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa para que haja de fato investimento em Educação Pública no estado de São Paulo e que toda a legislação seja cumprida, o Plano Estadual de Educação, a Lei do Piso Nacional Salarial, que, além do valor, nós temos que cumprir a jornada do piso, Sr. Presidente.

Há a questão do quadro de apoio escolar que é muito, mas muito grave. Gravíssima a situação salarial, a questão funcional e das condições de trabalho desses valiosos servidores. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI – PSOL – Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças, solicito o levantamento desta sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É regimental. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de segunda-feira, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Agradeço o trabalho de todos, bom final de semana.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 16 horas e 20 minutos.

           

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