23 DE MAIO DE 2019
47ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CORONEL TELHADA e CORONEL NISHIKAWA
Secretaria: LECI BRANDÃO
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - MARCIO DA FARMÁCIA
Informa reunião com Célia Leão, secretária estadual dos
Direitos da Pessoa com Deficiência, para tratar de projeto em benefício de
deficientes físicos, em Diadema. Elogia a autoridade pelo empenho e pelo
diálogo com o governador João Doria. Discorre acerca do programa Lucy Montoro,
a ser instalado em setembro, na referida cidade.
3 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA
Anuncia a visita de membros da Comissão de Acadêmicos de
Direito de São Paulo, acompanhados por Henrique Oliveira Santos, a convite do
deputado Delegado Bruno Lima.
4 - CORONEL NISHIKAWA
Comenta problemas no fornecimento de água, em Santo André.
Defende o desassoreamento de rios. Clama ao Governo do Estado reajuste salarial
para policiais militares e bombeiros militares. Lamenta a situação estrutural
do Ginásio do Ibirapuera. Manifesta-se a favor do programa Atletas do Futuro e
da manutenção de incentivos no Esporte.
5 - CORONEL NISHIKAWA
Assume a Presidência.
6 - CORONEL TELHADA
Lamenta a ausência de servidor da TV Assembleia responsável
pelas filmagens no plenário. Parabeniza a cidade de Bocaina pela data
comemorativa de seu aniversário. Informa que hoje comemora-se a Juventude
Constitucionalista. Faz breve relato do fato histórico que culminou com a
Revuloção Constitucionalista, em 1932. Tece considerações sobre o resultado da
Operação São Paulo Mais Seguro. Enaltece o trabalho da Polícia Militar. Critica
a audiência de custódia. Clama ao Governo do Estado que reajuste a remuneração
de servidores públicos, especialmente de policiais militares.
7 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência.
8 - LECI BRANDÃO
Saúda os visitantes presentes nas galerias. Anuncia que
estudantes foram agredidos ontem, em reunião com o ministro da Educação, no
Congresso Nacional. Valoriza a liberdade de expressão, no diálogo. Acrescenta
que a defesa da Educação deve persistir em manifestações populares.
9 - LECI BRANDÃO
Para comunicação, elogia o deputado Coronel Telhada.
10 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA
Agradece à deputada Leci Brandão.
11 - SARGENTO NERI
Informa reunião com Maria Lia Porto, procuradora-geral do
Estado. Tece considerações sobre a importância da presença do Comando da
Polícia Militar, em assistência à tropa. Elogia o comandante Sanches, da Cruz
Azul, por presença em sepultamento de familiar do cabo Filho. Exibe e comenta
vídeo de policial militar a solicitar ajuda financeira. Clama ao
comandante-geral da corporação que promova a assistência aos policiais
necessitados, se necessário via assessoria.
12 - MAJOR MECCA
Exibe e comenta o holerite de cabo da polícia militar.
Lamenta a quantia de 1.700 reais líquidos anunciada no documento. Reflete
acerca da penúria financeira de policiais militares, a culminar com casos de
suicídio. Assevera que a categoria defende a sociedade independente do partido
detentor do poder. Lembra promessa de campanha do governador João Doria, de
valorização salarial de profissionais da Segurança Pública.
13 - MARCIO NAKASHIMA
Afirma que hoje completa-se nove anos do falecimento de sua
irmã, Mércia Nakashima, assassinada. Informa que seu gabinete encontra-se em
reforma. Clama por espaço a ser destinado à liderança do PDT. Noticia que
aguarda a desocupação das salas 3029 e 3030. Argumenta que solicitara a cessão
de servidor municipal de Guarulhos, para a sua assessoria, no momento
impossibilitada pelo deputado Milton Leite Filho, por negativa em assinar
convênio.
14 - GIL DINIZ
Faz coro ao pronunciamento do deputado Marcio Nakashima.
Lista solicitações do PSL à Presidência. Lamenta as ausências de servidor
responsável pela câmera no plenário e de tradução de libras, nesta Casa.
Enaltece o valor da comunicação. Afirma que este Parlamento devolvera 106
milhões de reais para o Governo do Estado. Clama à Presidência que respeite a
comunidade surda. Lembra descaso do Estado, quando fraturara o pé, em
experiência na Polícia Militar.
15 - SARGENTO NERI
Para comunicação, reitera cobrança ao comando da Polícia
Militar, para auxílio ao policial cujo vídeo fora exibido.
16 - CONTE LOPES
Comenta o falecimento de Mércia Nakashima, assassinada.
Defende prisão perpétua e pena de morte. Lamenta críticas ao deputado Coronel
Telhada, levadas a efeito pelo Ministério Público, a respeito da letalidade da
Polícia Militar. Argumenta que o júri popular tem absolvido policiais
militares.
GRANDE EXPEDIENTE
17 - MARCIO NAKASHIMA
Para comunicação, faz comentários sobre a situação financeira
dos policiais. Expressa seu repúdio aos maus integrantes da Polícia Militar.
18 - MONICA DA BANCADA ATIVISTA
Exibe vídeo do esportista Sandro Viana, medalhista olímpico,
sobre a importância do Complexo Desportivo Constâncio Vaz Guimarães. Combate o
PL 91/19, que propõe a concessão do espaço à iniciativa privada. Tece
considerações sobre o projeto Futuro, que faz uso do ginásio. Defende que o
programa seja transformado em patrimônio imaterial do Estado. Lamenta a
aprovação, nesta Casa, do PL 1/19.
19 - LETICIA AGUIAR
Para comunicação, parabeniza a Guarda Civil Municipal de Rio
Claro pelos seus 23 anos, completados hoje. Elogia o trabalho das guardas
municipais paulistas.
20 - MARCIO NAKASHIMA
Para comunicação, informa que o deputado Milton Leite Filho
prestou esclarecimentos a respeito da assinatura de convênio mencionado
anteriormente.
21 - EDNA MACEDO
Relata reunião que fez com o secretário estadual da Educação,
na qual transmitiu demandas relativas à área. Apoia as reivindicações dos
agentes da Segurança Pública de São Paulo, sobretudo na questão salarial.
Lamenta que os policiais sejam, a seu ver, obrigados a trabalhar em condições
precárias, sobre as quais discorre. Pede que seus pares trabalhem em conjunto
em prol da Polícia (aparteada pelo deputado Conte Lopes).
22 - GIL DINIZ
Comenta o pronunciamento anterior do deputado Sargento Neri.
Ressalta que a responsabilidade para com as forças de Segurança é do
governador. Cobra de João Doria a concessão de reajuste salarial à Polícia,
conforme prometido em campanha. Alude às dificuldades financeiras em que vivem
vários policiais. Reflete sobre a importância da Segurança Pública para o
funcionamento da sociedade (aparteado pelo deputado Conte Lopes).
23 - MAJOR MECCA
Informa que conversou com o governador João Doria a respeito
da situação dos agentes da Segurança. Critica os governos do PSDB por, a seu ver,
abandonarem as forças policiais. Cita projetos de lei, de sua autoria, que
atendem a demandas da categoria. Destaca a pressão inerente ao trabalho
policial. Defende a diminuição da carga horária da Polícia. Apoia a PEC 2/18
(aparteado pelo deputado Sargento Neri).
24 - JANAINA PASCHOAL
Para comunicação, faz convite para a audiência pública que
deverá ser realizada, nesta Casa, no dia 27/05, para discutir a proposta de
transformar o Minhocão em um parque.
25 - SARGENTO NERI
Solicita o levantamento dos trabalhos, por acordo de
lideranças.
26 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA
Defere o pedido. Lembra a realização de sessão solene, às 10
horas do dia 24/05, em "Homenagem ao Dia da Comunidade Turca".
Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 24/05, à hora
regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e convida a nobre deputada Leci Brandão para ler a resenha do
expediente.
A
SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - Sr. Presidente, temos
aqui uma indicação do deputado Rafa Zimbaldi, solicitando ao Exmo. Sr.
Governador do estado, por meio de seus órgãos competentes, abertura de todos os
procedimentos necessários em viabilizar ações públicas a instituir no Estado o
programa Samu Animal.
Também outra indicação, do nobre
deputado Ed Thomas, pedindo ao governador que determine aos órgãos competentes
a adoção de dignas providências a fim de liberar 200 mil reais para a aquisição
de uma ambulância destinada ao município de Lucélia.
Está lida a resenha, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado,
Sra. Deputada.
Vamos, neste momento, entrar no Pequeno
Expediente. Chamando os oradores inscritos, 35 oradores inscritos.
O primeiro deputado inscrito é o
deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Enio Lula Tatto.
(Pausa.) Deputado Paulo Lula Fiorilo. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando Lula da
Silva. (Pausa.) Deputado Roberto Engler. (Pausa.) Deputado Caio França.
(Pausa.) Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Deputado Vinícius Camarinha. (Pausa.)
Deputado Marcio da Farmácia. Tem V. Exa. cinco minutos regimentais.
O
SR. MARCIO DA FARMÁCIA - PODE -
Boa tarde, presidente. Boa tarde, deputados e deputadas aqui presentes na
sessão de hoje. Quero cumprimentar o público presente. Quero cumprimentar a
parte de Comunicação, que está aqui hoje, e todos os funcionários da Casa.
Quero
presidente, falar hoje sobre uma secretaria do estado de São Paulo que cuida de
pessoas com deficiência. Dizer que a secretária se chama Célia Leão - foi
deputada nesta Casa. Dizer que tivemos um projeto junto à secretaria, que vem
se discorrendo há mais de dois anos e meio na cidade de Diadema.
Em torno disso,
recolhemos algumas informações. Na época, o governador era Geraldo Alckmin.
Hoje, é o atual, João Doria. Fomos com essas informações até a secretaria.
Marcamos uma audiência com a secretária Célia Leão.
Fomos bem
atendidos. A secretária fez questão de nos atender pessoalmente, com o seu
corpo técnico, na secretaria. Fiquei muito satisfeito de ser atendido
diretamente pela secretária. Inclusive, quero deixar registrado nesta Casa que
a ex-deputada Célia Leão e hoje secretária nos atendeu prontamente, em uma
expectativa que, inclusive, me deixou muito satisfeito de saber, que ela tem
uma atenção especial pelos parlamentares desta Casa.
Dessa maneira,
eu vim a esta tribuna hoje com o intuito de agradecer à deputada Célia Leão
pelo trabalho que ela desempenhou junto à secretaria, a favor da cidade de
Diadema. Eu parabenizo essa secretária pelo trabalho e desempenho dela, pela
educação e a simplicidade e a paixão que ela tem pela causa das pessoas com
deficiência.
Eu fiquei muito
satisfeito. Ela retornou a mim e à prefeitura de Diadema. Realmente, o programa
que o Geraldo Alckmin, ex-governador, ia colocar na cidade, que acabou
atrasando, ela já colocou em pauta, já conversou com o governador João Doria,
colocou em instância de instalação para o segundo semestre deste mesmo ano de
2019, que é o programa Lucy Montoro.
Na cidade de
Diadema, tem uma instalação em um prédio chamado Quarteirão da Saúde, onde o
atendimento é específico para a saúde. Lá, o segundo andar foi preparado para
receber essa instalação do programa Lucy Montoro, que hoje é referência no
Brasil. Tinha essa dificuldade de vir o funcionamento e atender a população,
tanto da cidade de Diadema, quanto do Grande ABC e região circunvizinha.
Hoje estou
muito satisfeito. Quero agradecer, mais uma vez, à secretária Célia Leão, por
saber que, a partir de setembro agora, já vai estar instalado e funcionando o
programa Lucy Montoro, na cidade de Diadema.
Eu fiquei muito
feliz, porque recebi diversas ligações e comunicação dentro do meu gabinete. Já
me pediam a instalação. Hoje estou devolvendo esse recado à população do estado
de São Paulo e do Grande ABC, que seremos atendidos. Fiquei muito feliz em
saber, inclusive, que a própria secretária vai estar lá na época da instalação
fazendo a inauguração com o João Doria, junto com o prefeito da cidade Lauro
Michels, que tanto se preocupa com aquela cidade.
Quero dizer
também que é uma causa nobre. Fiquei feliz em saber que a própria ex-deputada e
hoje secretária Célia Leão coloca a deficiência que hoje ela carrega não como
um problema, mas como um degrau que ela sobe dia a dia e mostra às pessoas que
não há impedimento na vida dela e na de outros que passam pelo mesmo problema
para conseguir as coisas boas da vida. Ela traz uma felicidade imensa, tanto no
olhar, como na expressão e na palavra dela. Hoje eu venho especificamente para
falar dessa causa.
Obrigado,
ex-deputada e secretária Célia Leão. Obrigado ao João Doria, por ter dado um
olhar especial para a nossa cidade e ter acatado um pedido humilde do deputado
Marcio da Farmácia sobre a Secretaria do Direito das Pessoas com Deficiência.
Eu estou feliz,
presidente, por isso e gostaria de deixar registrada a minha homenagem à
ex-deputada e hoje secretária Célia Leão. Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr.
Deputado. Eu quero dar ciência, aos deputados aqui presentes, de que hoje nós
estamos recebendo a comissão dos Acadêmicos de Direito de São Paulo. O
responsável é o Sr. Paulo Henrique de Oliveira Santos. Quem é? Está presente.
Muito obrigado pela presença, Sr. Paulo. Vieram a convite do deputado Bruno
Lima. Obrigado, deputado. A todos os senhores e senhoras da comissão dos
Acadêmicos de Direito de São Paulo, sejam bem-vindos. É um prazer recebê-los
nesta Casa. Fiquem à vontade, por favor.
Prosseguindo na lista dos oradores
inscritos: deputado Rafa Zimbaldi. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.)
Deputada Carla Morando. (Pausa) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputada Isa
Penna. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. Vossa Excelência tem o tempo
regimental de cinco minutos.
O
SR. CORONEL NISHIKAWA - PSL - Boa
tarde a todos, ao pessoal que nos visita, aos policiais militares da PEC 02,
aos acadêmicos de direito. Eu sou formado em Direito. Aliás, eu sou advogado,
porque tenho OAB, então somos colegas. Aos nossos assessores, muito obrigado
pelo apoio de sempre. Sr. Presidente.
Na
segunda-feira, nós estivemos em alguns eventos, os quais já citei na sessão
anterior. É só para ressaltar mesmo, porque a cobrança vem todo dia, sobre o
fornecimento de água em Santo André. Hoje nós estivemos na cidade de Santo
André e me cobraram. Já falei aqui e vou repetir: a água de Santo André está
sendo servida ou bombeada normalmente. A Prefeitura de Santo André deve três
bilhões e meio à Sabesp. Não há investimento na rede de distribuição. Por esse
motivo, não há como soltar a pressão que a Sabesp manda para lá.
Eu acho que a
partir do momento em que se modernizar a rede de distribuição, há como o
fornecimento de água ser normalizado. Enquanto não fizer essa modernização, se
soltar a pressão da água, os encanamentos irão estourar. É isso que vai
acontecer. Então, o pessoal de Santo André tem sentido a necessidade de
modernização da rede de distribuição de água daquela cidade. Nós estamos
preocupados, sim, com a nossa região.
A outra briga
nossa aqui é o desassoreamento do sistema hídrico da nossa região. Na próxima
enchente, eles não sabem o que vai acontecer mais. Prometeram iniciar o
piscinão de Jaboticabal; nós estamos aguardando. Assim que isto for feito, os
problemas serão minimizados, mas sem o desassoreamento dos leitos dos rios que
por lá passam, o problema não será resolvido definitivamente. Todas as vezes em
que têm ocorrido enchentes por lá, nós temos tido, infelizmente, mortes. A
coisa mais preciosa que nós temos é a nossa vida.
Sobre o pessoal
que vem aqui reivindicar o aumento, não de forma agressiva, mas de forma
pacífica. Nós, oficiais da Polícia Militar, temos pedido aumento, sim. Eu acho
que é um compromisso que o governo assume e que tem que cumprir no seu devido
prazo. Então, nós estamos de olho; nós estamos cobrando todo dia o nosso
governador sobre os aumentos que deverão vir durante os quatro anos, segundo a
promessa do Sr. Governador. Vão ser pagos - se não foram pagos ainda - os
bônus.
Nós solicitamos
também os bônus para o Corpo de Bombeiros, que sejam pagos a partir do ano que
vem. Sempre foi deixado para trás. Essa organização que tantos serviços presta
à população, que é o Corpo de Bombeiros, do qual tive o orgulho de fazer parte.
Ontem, nós
estivemos no complexo do Ginásio do Ibirapuera.
É lamentável o estado
em que se encontra o ginásio. O Estado, agora, está querendo privatizar, passar
a gestão para terceiros. Só que lá existe um programa chamado “Atletas do
Futuro”, Deputada Leci Brandão, isso tira crianças e adolescentes das ruas. Dos
campeões que nós temos formado, a maioria é do nosso Ibirapuera. Maurren Maggi
encabeça esse movimento de continuar esse investimento do Estado nos atletas.
Cada vez mais, estão
tirando incentivos da área de Esportes. Eu acho isso um crime. Nas grandes
nações que nós temos no mundo, que levam todos os campeonatos, o Estado investe
pesadamente. É a China, os Estados Unidos, o Japão e a própria Cuba. Estou
falando do time de Cuba, que agora diminuiu incentivos por questões econômicas.
Eu fui atleta amador.
Eu tinha que comprar a minha sapatilha, eu tinha que pagar as refeições e as
passagens e ficava viajando pelo interior, por aí, tudo com o dinheiro do meu
bolso. Isto não é justo, assim como os policiais que não são defendidos pelo
Estado numa ocorrência, porque é obrigação do Estado defender aqueles que, em
seu nome, vão para a rua com a sua bandeira.
Obrigado, Sr.
Presidente.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Coronel
Nishikawa.
*
* *
O SR.
PRESIDENTE - CORONEL NISHIKAWA - PSL - Prosseguindo na chamada dos
deputados inscritos, nobre deputada Márcia Lula Lia. (Pausa.) Deputado Edmir
Chedid. (Pausa.) Nobre deputado Coronel Telhada, que tem o seu tempo
regimental.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP - Muito
obrigado, Sr. Presidente. Srs. Deputados, Sra. Deputada, funcionários e
funcionárias que se encontram aqui na Assembleia, assessores, público presente,
sejam todos bem-vindos. Quero saudar o cabo Dalo e o cabo Salvador, em nome de
quem saúdo toda a nossa assessoria policial militar. Saúdo também todos que
estão assistindo à TV Alesp.
Mais uma vez, vou
reclamar aqui da falta do nosso “cameraman”. Por exemplo, eu mencionei os
policiais militares que não puderam ser mostrados, porque estão fora do ângulo,
quer dizer, depois vem falar que essas máquinas aí vão superar o rapaz que está
trabalhando aqui. Nós sabemos que não vai ser. A tecnologia é ótima, mas eu
digo e repito: nada substitui o funcionário, nada substitui o homem.
Nós sabemos do que está
acontecendo com a TV Alesp, e me incomoda muito saber que esses profissionais
estão sendo prejudicados. Automaticamente, o nosso mandato também passa a ser
prejudicado, porque se TV Alesp trabalha e funciona, é para mostrar o que os
deputados fazem.
Então, nós já temos
dificuldade em explicar o que nós fazemos para o povo. Fora as redes sociais,
uma das poucas alternativas que nós temos é a TV Alesp, e ela, infelizmente,
não está atendendo aos nossos anseios enquanto deputados, mas vamos lá. Hoje,
eu quero iniciar, saudando a cidade aniversariante.
A cidade aniversariante
de hoje é Bocaina. A cidade de Bocaina faz aniversário, e eu quero mandar um
abraço a todos os amigos e amigas da querida cidade de Bocaina, desejar
sucesso. Contem conosco em nosso mandato aqui. Hoje, dia 23 de maio, para
aqueles que estudam história, principalmente um pouco da história militar
paulista, sabem que é o dia em que se comemora o Dia da Juventude
Constitucionalista.
Em 23 de maio de 1932,
portanto, há 87 anos, houve um acontecimento muito grave na Rua Barão de
Itapetininga com a Praça da República, onde, num confronto entre cidadãos e a
tropa getulista, houve um tiroteio no local. Várias pessoas saíram feridas, e
quatro rapazes foram mortos, no dia 23 de maio de 1932: Martins, Miragaia
Dráusio e Camargo.
Desses jovens, Dráusio
tinha 14 anos. Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. Sempre foge o nome.
Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. Eram homens... A história conta como
estudantes, mas não eram estudantes, não. Alguns eram funcionários de empresas,
outro jornalista, e um deles tinha 14 anos de idade.
Faleceram no
dia 23 de maio de 1932, sendo que esse confronto gerando, no dia nove de julho,
a Revolução Constitucionalista, que é muito mantida aqui na história do nosso
estado de São Paulo, tanto que a avenida próxima à
nossa Assembleia se chama Vinte e Três de Maio e, para quem não lembra, este é
o Palácio Nove de Julho, tudo a ver com a nossa revolução de trinta e dois.
Então,
lembrando essa data importante na comemoração histórica do estado de São Paulo,
lembrando que, além desses quatro mortos, no dia 12 de agosto morreu o quinto
ferido, que se chamava Alvarenga, mas a história, infelizmente, não colocou o
seu nome nessa sigla, que ficou famosa, e é famosa até hoje, MMDC.
Nós tivemos uma
operação aqui na cidade de São Paulo, a operação São Paulo Mais Segura, que foi
a 12ª edição da operação São Paulo Mais Segura. Nós tivemos uma mobilização de
19.621 policiais, além do emprego de 8.155 viaturas, oito helicópteros. O
resultado foi 33.595 pessoas abordadas, sendo 184 pessoas presas ou
apreendidas, além de 117 foragidos capturados. Pode ter certeza de que a
maioria desses 117 foram os que saíram no Dia das Mães e não voltaram. Pode ter
certeza disso.
Foram
apreendidos também 924 quilos - quase uma tonelada - de drogas. Então, é um
resultado que coloca muita gente na cadeia. A Polícia de São Paulo trabalha
forte, coloca muita gente na cadeia, tanto que a maior população carcerária do
Brasil é a população de São Paulo, mais de 230 mil pessoas.
É um número
triste, nós vermos tantas pessoas encarceradas, mas é uma realidade do trabalho da Polícia. Isso
porque nós temos ainda audiência de custódia, que põe um monte de ladrão na
rua. A nossa Justiça, que é uma Justiça que favorece o crime, mesmo assim, 230
mil pessoas encarceradas na cidade de São Paulo.
Para finalizar, Sr. Presidente, eu quero solicitar mais uma vez ao nosso governador João Doria para que ele se
lembre do nosso funcionalismo, reajuste os valores dos salários dos
funcionários públicos. Ele prometeu em campanha, principalmente com relação à
Polícia Militar, que no início do governo ele faria um reajuste. Esse início
pode ser o primeiro mês, pode ser o primeiro semestre, mas eu espero que seja
até o primeiro ano.
Então, espero
que haja esse reajuste, porque foi prometido a ele, ele também prometeu, e
falou conosco, inclusive, em reunião aqui dos deputados, que até o final do
governo a Polícia de São Paulo será a mais bem paga do Brasil.
Estaremos atentos, cobrando isso aí, e pedindo para que, realmente, se
concretize essa promessa, porque a nossa situação, como funcionários públicos,
está um pouco difícil. Nós temos soldados morando em favelas, morando em
comunidades, nós temos a nossa tropa em uma situação muito difícil.
Não é só
policial militar, não. Nós temos professores na mesma situação, enfermeiros.
Enfim, vários funcionários que precisam do apoio do governo para que melhorem
suas condições de vida. Então, nós estamos aqui diariamente, cobrando do Sr.
Governador. Quando estamos com ele também, em qualquer atividade, nós fazemos
essa cobrança, para que se lembre do funcionalismo público, em especial da
nossa Polícia Militar.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL NISHIKAWA - PSL - Obrigado,
convido V. Exa. a reassumir a Presidência desta Casa.
*
* *
-
Assume a Presidência o Sr. Coronel Telhada.
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* *
O SR. PRESIDENTE - CORONEL
TELHADA - PP - Obrigado, deputado Nishikawa. Continuando na lista, próxima
deputada, deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Sra. Deputada Leci Brandão, V.
Exa. tem o tempo regimental de cinco minutos.
A
SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB -
SEM REVISÃO DO ORADOR -
Excelentíssimo Sr. Presidente,
Coronel Telhada, Srs. Deputados, Sras.
Deputadas, público que nos assiste. Queria, inicialmente, Sr. Presidente, cumprimentar a
Comissão dos Acadêmicos de Direito de São Paulo. Obrigada pela presença. É
sempre bom a gente ver as pessoas aí podendo registrar o que acontece aqui na Assembleia, e quero, mais uma vez,
cumprimentar também os nossos permanentes visitantes, que são pessoas
que estão defendendo o direito à PEC 2. Estamos ao lado de vocês, e vocês sabem
muito bem disso.
Sr. Presidente,
mais uma vez, vou ter que falar alguma coisa que nos entristeceu bastante.
Porque ontem os presidentes da UNE e da Ubes estiveram na Comissão de Educação
da Câmara dos Deputados para a audiência com o ministro da Educação. O ministro
está sendo bastante citado pelo País inteiro. Era para ser uma tentativa de
diálogo. Acabou tendo uma exposição de argumentos dos dois lados: dos
estudantes e do ministro. Só que aconteceram cenas muito tristes de violência
contra os estudantes.
Acho que os
representantes das entidades estudantis ouviram a fala dos deputados e também
as respostas do ministro. Mas foram cinco horas de audiência - cinco horas de
audiência - e aí a gente sabe que a presidenta da mesa era uma deputada:
Professora Marcivânia, que é do PCdoB do Amapá. Ela deu aos representantes
estudantis o direito à fala. Alguns deputados não concordaram e tentaram
impedir a participação dos estudantes.
E aconteceu que
os seguranças da Casa agrediram esses estudantes. O presidente da Ubes, é o
Pedro Gorki; e a presidente da UNE, a Mariana Dias. Eles foram expulsos do
plenário e foram agredidos fisicamente. Foi uma coisa muito feia, muito ruim. E
o ministro também se recusou a ouvir os estudantes. Não quis ouvir ninguém.
Muito bem. A
gente assistiu o vídeo das cenas, muito tristes. Vou repetir o que a Mariana,
presidente da UNE, disse: “Estão retirando os direitos dos estudantes. E
retirar direito dos estudantes é crime contra o povo.” Se os estudantes não
podem entrar na Casa do povo... Afinal de contas, eles pararam o Brasil, outro
dia, para falar com o ministro, e não conseguiram. Então onde é que eles vão
conseguir falar com o ministro? É simples assim. Eles precisam conversar com o
ministro. Só isso.
A resposta,
como apontou a própria Mariana, vai ter que ser dada no dia 30. Dia 30 de maio,
os trabalhadores, os estudantes, enfim, todo mundo, vai voltar para a rua em
defesa da Educação. As pessoas não estão querendo fazer balbúrdia. Ninguém está
querendo fazer baderna. Nada disso. A gente só está querendo defender a
Educação.
Porque a
Educação está sendo muito maltratada, a Educação não está sendo respeitada. E o
ministro da Educação me parece que ele tem tudo, menos educação e menos
cultura. Porque só tem dado provas da sua ignorância, da sua brutalidade e da
sua incompreensão.
Estamos num
estado democrático. O Brasil é um país que tem que ter liberdade. O Brasil não
tem dono. O Brasil é o povo brasileiro.
E os estudantes fazem parte do povo brasileiro.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito
obrigado, Sra. Deputada Leci Brandão. (Palmas.)
Obrigado. Essas palmas foram para mim
ou para a Leci? Para a Leci, né? Pensei que eram para mim, Leci, as palmas.
Fiquei até feliz. Só porque falei, bateram palmas, fiquei feliz. Obrigado,
gente. As palmas foram para você, não foram para mim, não.
Lógico, minha querida, fique à vontade.
Por favor. A deputada Leci vai fazer uma comunicação. Por favor.
A
SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - PARA COMUNICAÇÃO -
Sr. Presidente, V. Exa. sabe que os seu discursos, as suas manifestações, são
sempre muito legitimas. Porque o senhor defende a sua classe. O senhor defende
os policiais. O senhor mostra a tristeza e a luta que a Polícia Militar
enfrenta neste estado.
As suas reclamações com o governo, com o
Poder Executivo, são justas. Assim como outros militares que estão nesta Casa
também fazem. Parei de estudar há muitos anos. E nunca fui estudante de
faculdade, o senhor sabe disso. Acho que, quando a gente tem a presença de
estudantes, de Direito principalmente, que vêm ver como é a nossa ação, e
aconteceu esse fato muito triste em Brasília, fico muito grata e muito feliz.
E agradeço a V. Exa. por todo o
respeito que tem dado a esta pessoa que está aqui. Muito obrigada. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Uma salva de
palmas para a nossa deputada. (Palmas.) Está parecendo programa de auditório
daqui a pouco.
Deputada Leci, agradeço as palavras. Eu
queria que, infelizmente, a nossa Polícia Militar reconhecesse o nosso trabalho
como V. Exa. reconhece. A mesma coisa eu digo da senhora e do seu trabalho,
respeitando os seus pontos de vista. A senhora é uma batalhadora. Muito
obrigado pelo que a senhora falou de mim. E faço, das suas palavras, as minhas
para a senhora também. Muito obrigado.
Chamando o próximo deputado. Deputado
Dirceu Dalben. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado capitão
Conte Lopes. (Pausa.) Deputado capitão Castello Branco. (Pausa.) Deputado
Sargento Neri. Depois de três militares chamados, V. Exa. tem o tempo
regimental de cinco minutos.
O
SR. SARGENTO NERI - AVANTE - Obrigado
presidente, boa tarde, cumprimento todos da plateia, todos funcionários,
militares aqui presentes, primeiro quero agradecer à doutora Maria Lia Porto,
procuradora geral do estado, que me recebeu hoje. E nós entramos num consenso
sobre o concurso DP 05321/2014, em que nós temos policiais já trabalhando e,
provavelmente, podem perder o emprego. É um prejuízo muito grande para o Estado
e acabamos entrando num acordo.
Sr. Presidente,
vim aqui para falar uma coisa; 2014. Eu vou falar de comando. Em 2014, eu tive
uma ocorrência na campanha em que um ladrão morreu no posto de gasolina e o
senhor, como um bom comandante, me ligou, ligou para a minha família
perguntando se eu estava precisando de alguma coisa. Isso é o papel de um
comandante.
Ontem, 11 horas
da noite, eu fui à Cruz Azul, porque faleceu a filha do cabo Filho da 1ª C do
IV Batalhão, e eu cheguei lá estava o comandante da companhia, que é um grande
amigo nosso, e fazendo o papel de comandante. Estava lá às 11 horas da noite
fazendo os préstimos à família, ajudando, como se manda a um comandante de
companhia.
Mas eu vou
mostrar também - temos que cobrar aqui - alguns descasos. Então, põe para mim,
por gentileza, o vídeo.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Pode parar,
porque senão eu não vou ter tempo para falar.
Olha só, Sr.
Presidente, eu venho aqui para falar um exemplo do capitão Sanches, da 1ª
C do 4º Batalhão.Venho falar do senhor,
V. Exa. ,quando em 2014, quando num confronto nós matamos um ladrão na campanha
e o senhor tentou, pelo menos, dar uma assistência à minha pessoa. Só que esse
policial tomou um tiro acidental e eu me pergunto, Major Mecca: onde está nosso
comandante Geral, onde está o comandante CPC, onde está o comandante de
Batalhão, onde está o comandante de companhia? Então, não tem como cobrar do
governador para auxiliar esse policial diretamente. Eu não tenho como cobrar do
Dr. Olímpio, a Polícia Civil fazer isso.
Então, nós
temos exemplos de bons comandantes, como o capitão Sanches. Ontem, 11 horas da
noite na Cruz Azul dando apoio ao cabo Filho na morte da sua filha.
Venho aqui a
esta tribuna cobrar o que é de direito para a nossa corporação. O comandante
Geral não está lá só para comandar. Ele está para assistir os policiais. “Ah,
mas eu não sei”. Não me interessa. Deveria saber. Existe um comandante de
companhia, existe um comandante de batalhão, ele tem toda uma assessoria para
saber quais os policias que foram baleados e o que está sendo feito pela
corporação. Como deixar esse menino chegar nessa situação de se humilhar na
rede social para conseguir comer. Onde está o maldito comandamento dessa PM,
coronel, que eu não conheço mais? No meu tempo, os comandantes participavam do
sofrimento dos seus comandados até na morte, porque ninguém ia embora enquanto
não encontrasse o marginal que matou o policial.
Hoje, o
policial é jogado no canto. Deixa à própria sorte. Nem o comandante de
companhia tem a coragem de saber se ele está passando fome.
Então, eu quero
que envie ao nosso comandante essas palavras, para que ele acorde para o
recurso humano. Eu já falei que vou defender nossa instituição de todas as
formas. Mas, o que tem que ser cobrado nós vamos cobrar.
Não é a
sociedade que tem que ajudar, não. A primeira ajuda que tem que ter é o
comandante de companhia, e assim sucessivamente.
Obrigado,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr.
Deputado. Então, determino à nossa assessoria que encaminhe as palavras do
deputado Sargento Neri ao Sr. Comandante Geral da Polícia Militar.
Próximo deputado inscrito: deputado
Major Mecca. Vossa Excelência tem o tempo regimental de cinco minutos.
O
SR. MAJOR MECCA - PSL
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Uma boa tarde, Sr. Presidente, Mesa, Sras. Deputadas,
Srs. Deputados, funcionários, aqueles que nos assistem, nossos estudantes que
estão na galeria, nossos policiais, é uma satisfação recebê-los e falar a todos
os que estão nos assistindo através da TV Alesp.
Esse vídeo que o Sargento Neri acabou de exibir aqui é o soldado Barbosa do 16
º Batalhão. Sofreu um disparo acidental no
queixo. O projétil está alojado aqui próximo à nuca. Estourou a boca: arrancou
dente, arrancou tudo. Está numa situação extremamente triste.
E o que
acontece: o policial, quando ele está de licença para tratamento de saúde, ele
não recebe a diária-alimentação, de 400 reais. Não chega a 400, dá 370 reais.
Aí, sabe o que acontece?
Olha aqui o
holerite de um policial. Aí, você pega esse policial. Aqui é um cabo. O Barbosa
é um soldado. Aí, o cabo...
Tem alguém para
mostrar o holerite da praça da Polícia Militar?
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Cadê nossa câmera?
O SR. MAJOR MECCA - PSL - A tecnologia alcança? Será que
a tecnologia alcança o holerite dos nossos policiais?
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Isso.
O SR. MAJOR MECCA - PSL - Por favor. Por favor, vamos
usar a tecnologia a favor dos nossos soldados. Está na TV aí.
Aí, você pega o
holerite do policial, mil e setecentos reais, líquido. Meia dúzia de consignado,
cheio de dívida para pagar. Aí, ele sofre um disparo - como o Sargento Neri
acabou de expor o vídeo, porque parou na metade, porque ele começa a chorar,
não é, Neri, ele começa a chorar, derramar lágrima. Quem assiste o vídeo chora
junto.
E nós estamos
aqui. Às vezes, para falar, a gente tem que se segurar para não chorar junto
com a tropa. Aí, o polícia recebe menos de mil e setecentos. Cai para mil e
trezentos.
Aí, ele não
pode fazer o bico. Porque o policial só sustenta a família porque ele faz bico.
Se não fizer bico, ele não sustenta. Aí, ele não vai fazer bico. Sabe o que
acontece, que nem o soldado Barbosa, que está parado desde o início de
fevereiro? O carnê vai se acumulando em cima da mesa, não consegue pagar o
aluguel.
Aí, o policial
tem que chorar e pedir para que nós façamos vaquinha para pagar o aluguel dele.
Qual é o homem que tem dignidade, que se sente bem pedindo para os amigos
fazerem vaquinha para ele pagar o aluguel?
Governador,
pelo amor de Deus, eu já conversei com o senhor após o episódio que ocorreu
aqui na última reunião. Os nossos policiais, eles defendem a sociedade
independente de Governo. A nossa tropa sempre foi leal e corajosa, independente
de quem esteja no Governo, qualquer que seja o partido. A nossa tropa vai atrás
do criminoso e vai combater o crime porque tem honra, tem dignidade. Nossos
policiais são heróis.
Não é porque o
governador é isso ou aquilo, é de tal ou outro partido, que nós vamos... A
gente trabalha e defende o cidadão de bem. Mas, nós não podemos aceitar que
essa situação que nós estamos passando... Oito policiais mortos, já, este ano.
Dois suicídios
num único dia, de um soldado, de um cabo e um tenente que tentaram o suicídio.
Nós estamos com o sargento Everton, atingido numa operação, no litoral sul, na
UTI até hoje. Nós não podemos permitir o descaso de o senhor fazer uma promessa
de campanha que se transformou num compromisso de governo. A nossa data-base
ficou em 1º de março, e o senhor ao menos fez um reajuste da perda
inflacionária do nosso salário, e para falar para nós: “Ó, no final do ano
haverá recomposição de tantos por cento. O ano que vem tanto; o outro ano
tanto.” É o que nós estamos clamando aqui por conta dessas vidas, dessas
famílias que estão sofrendo. E parece que nada sensibiliza o governo. Nada.
O número de
suicídios na PM, agora, comandante, você não consegue mais o número de
suicídio, porque é sigiloso. Vai resolver o problema manter em sigilo o número
de policiais que praticam suicídio? É lógico, polícia não sai do circuito de
estresse, 12 horas ininterruptas de trabalho, atendendo ocorrência, trocando
tiro. No outro dia não tem folga, vai para o bico para a frente do
supermercado. Perde a família, o cara pratica o suicídio.
Nossa
recomposição salarial, complementando a Mesa, com a devida assimetria salarial
que prevê e que oferece a PEC 02, que a gente luta tanto, mas parece que
ninguém ouve.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr.
Deputado.
Próxima deputada inscrita, deputada
Marta Costa. (Pausa.) Deputada Erica Malunguinho. (Pausa.) Deputado Adalberto
Freitas. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal. Abre mão de fazer uso da palavra,
mas se encontra presente. Deputado Rafael Silva. (Pausa.) Deputado Reinaldo
Alguz. (Pausa.) Deputado Emidio Lula de Souza. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson
Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Rodrigo Moraes.
Pela lista suplementar.
Deputado Itamar Borges. (Pausa.)
Deputada Márcia Lula Lia. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor.
(Pausa.) Deputada Adriana Borgo. (Pausa.) Deputado Ricardo Madalena. (Pausa.)
Deputado Enio Lula Tatto. (Pausa.) Deputado Marcio Nakashima, que também teve a
violência na sua família. Vossa Excelência tem o tempo regimental de cinco
minutos.
O
SR. MARCIO NAKASHIMA - PDT - Sr.
Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público que nos assiste nas
galerias, acadêmicos estudantes de Direito, como eu também fui, meu boa tarde,
aos funcionários e a todos os que nos assistem e nos ouvem através das
plataformas digitais.
Sr. Presidente,
venho aqui falar sobre o seguinte: infelizmente hoje é dia 23 de maio, e hoje
completam nove anos que a minha querida e amada irmã Mércia Nakashima foi
assassinada de forma brutal. E que a violência, infelizmente, neste Estado, só
aumenta, só avança e pouco resultados nós vemos em questão de segurança, a
questão do enfrentamento da violência contra as mulheres.
Mas o que me
traz a esta tribuna, neste Pequeno Expediente, é para fazer algumas
reclamações, e infelizmente são reclamações referentes a esta Casa.
Não é novidade
que eu, na sessão de terça-feira, falei, fiz um comunicado falando que este
deputado está sem estrutura de gabinete para trabalhar, e este deputado, que
sou o único deputado eleito pelo PDT, tenho o direito a um gabinete de
liderança. E esta Casa me deu um gabinete, mas o gabinete está sendo usado e
ocupado por outro deputado. Já faz 40 dias que venho conversando com a Mesa
Diretora, dialogando com o presidente, e infelizmente, até hoje, nenhuma
solução foi dada.
O meu gabinete
entrou, na semana passada, em reforma, e meus assessores estão trabalhando,
utilizando da estrutura de outros deputados, que gentilmente nos liberam o
computador para poder fazer nosso expediente. Eu acho isso extremamente ruim
para a minha atividade.
O senhor,
quando fez uso da sua fala, reclamou da falta da câmera, do cameraman que faz a
transmissão e a geração de imagens da TV Alesp, ficando prejudicada a
publicidade dos nossos trabalhos. Eu digo para o senhor o seguinte: para mim,
fica inviável a condução dos meus trabalhos, porque não tenho o gabinete para
trabalhar e não tenho o gabinete de liderança a que o partido tem direito.
Estamos
trabalhando realmente com muita dificuldade. Na terça-feira, quando fiz a minha
fala, atendi membros do Ministério Público na lanchonete. Até pedi desculpas
por atendê-los daquela forma.
E fiz aqui,
hoje, um ofício questionando. O presidente havia dito que havia encontrado uma
solução e que essa solução me seria apresentada, mas a solução é que tenho que
aguardar que seja desocupada a sala que a mim foi destinada, que fica no
terceiro andar, as salas 3.029 e 3.030. Vou aguardar que sejam desocupadas pelo
pessoal que está ocupando, parece que de forma indevida.
Outra questão
também, outra reclamação: tenho em minha assessoria um funcionário que é
funcionário de carreira na Prefeitura Municipal de Guarulhos. Fiz o pedido para
que esse funcionário fosse cedido a esta Casa, e com prejuízo: ele não vai
receber os salários de lá, porque vou nomeá-lo em minha assessoria.
A prefeitura
respondeu que, por conta de uma questão legal, de um apontamento do Tribunal de
Contas, seria necessário fazer um convênio com esta Casa. Assim foi feito. A
prefeitura encaminhou uma minuta de contrato de convênio para cá, o jurídico da
Casa fez a análise, fez alguns apontamentos e encaminhou para a Prefeitura de
Guarulhos. A prefeitura atendeu aos apontamentos do jurídico desta Casa e
encaminhou novamente, com as alterações. Tudo foi aprovado, foi analisado
novamente pelo jurídico desta Casa e encaminhado para assinaturas.
E aí, para
minha surpresa, está desde segunda-feira na 2ª Secretaria e eu recebo a notícia
de que o 2º secretário, o Exmo. Sr. Milton Leite, não vai assinar esse
convênio, porque não entende que seja necessário, que seja uma medida justa.
Mas, consultando a secretaria dele, consultando o gabinete, fui surpreendido,
pois ele também utiliza funcionários que vêm de lá para cá.
Estou
apresentando um requerimento hoje, um ofício, questionando e solicitando quais
foram os motivos que levaram ao convencimento do deputado Milton Leite ao não
assinar a celebração desse convênio.
Fica aqui a
minha indignação em relação aos atos que a Casa vem praticando com alguns
deputados - neste caso, em relação a mim -, pois vem inviabilizando o nosso
trabalho.
Eu havia
marcado a Frente Parlamentar em Defesa das Mulheres para o dia 30. Acabei de
conversar com a minha assessoria e, infelizmente, por conta de não termos como
fazer, como trabalhar e como planejar, vamos cancelar isso, sendo que convites
já foram enviados ao Ministério Público, a associações que lutam e combatem a
violência contra a mulher, a alguns convidados, a famílias de vítimas.
Infelizmente, estamos cancelando por falta de estrutura, que esta Casa não está
dando para este deputado trabalhar.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito
obrigado, deputado. O próximo deputado inscrito é o deputado Caio França.
(Pausa.) Deputado Coronel Telhada. Na Presidência dos trabalhos. Deputada Carla
Morando. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. Vossa Excelência tem o tempo regimental
de cinco minutos.
O
SR. GIL DINIZ - PSL - Boa
tarde, presidente. Boa tarde aos deputados presentes neste Pequeno Expediente,
aos nossos assessores, aos policiais militares e civis, a quem nos acompanha na
galeria, as pessoas que nos acompanham pela TV Assembleia. Queria falar para o
deputado Marcio Nakashima que não é só o senhor que tem sido prestigiado com
esse desserviço aos nossos mandatos. O PSL, os nossos deputados, a liderança do
PSL, também vêm sofrendo com isso.
Já solicitei,
por exemplo, Marcio, uma impressora para os nossos assessores no canto. Não
temos. Se eu tiver que discutir com o senhor, trazer alguns dados, bater alguma
solicitação para imprimir um dado básico, eu não tenho. É interessante,
Sargento Neri, que a Presidência da Casa devolveu 106 milhões ao Sr. Governador
e nós não temos impressoras nos nossos gabinetes, aqui do nosso lado. Cadê o
câmera que ficava trabalhando aqui?
Já reclamam
tanto que nós não trabalhamos, que nós não aprovamos projetos e tudo mais, só
que nós temos as sessões solenes. Recebi, Sargento Neri, o convite da sessão
solene que o senhor vai fazer. Eu estava na da Adriana Borgo junto com o
Coronel Telhada. Terá outros atos. A deputada Janaina fará, na segunda-feira,
uma audiência sobre o Minhocão e nós precisamos divulgar esses trabalhos que
têm sido feitos. Outra coisa, tiraram aqui a tradução de libras, fundamental
também para a comunidade surda.
Estão
economizando, capitão Conte Lopes, em quê? Para sair uma reportagem, para sair
uma matéria: “Olha, nós estamos enxugando os gastos”. Tem muita coisa para
cortar, mas há coisas que são fundamentais. Por exemplo, a comunicação. Por
exemplo, a tradução em libras. Por exemplo, a reforma nos gabinetes. Então,
vamos parar de demagogia. “Olha, estamos aqui devolvendo um cheque desse
tamanho de 106 milhões”, quando está faltando o básico.
Convido todos a
irem na liderança do PSL para darem uma olhada nos nossos equipamentos, nas
nossas mesas, nos materiais que nós temos. A gente precisa ter o cuidado, o
zelo, com o dinheiro do pagador de imposto, mas não é dessa maneira, Major
Mecca. É uma economia burra, é uma economia que não faz sentido. Eu clamo ao
presidente da Casa, no mínimo, respeito à comunidade surda. “Mas a audiência da
TV Assembleia é mínima”.
E vai continuar
sendo se continuar sucateando a TV Assembleia. Muitos eu sei que não utilizam,
mas há os parlamentares que querem utilizar. É o nome da Assembleia que vai à
frente. E esse trabalho dos tradutores de libras que levam para a comunidade
surda vai muito além da TV Assembleia. Os vídeos vão para as nossas redes
sociais: Twitter, Instagram, Facebook, nós disparamos no WhatsApp. Então, vai
muito longe.
E como esse
pessoal agradece esse cuidado, esse zelo. Estivemos, na semana passada, com a
Priscilla Gaspar, secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência,
aqui na Casa e foi pouco divulgado. A secretária nacional dos Direitos da
Pessoa com Deficiência esteve aqui e quase nós não divulgamos. Vamos pensar em
economizar, mas é uma economia burra o que está sendo feito.
Faço as minhas
as palavras do deputado Nakashima também. Nós estamos passando por essa
dificuldade. Deputado Sargento Neri, eu tive uma experiência na Polícia Militar
também. Eu quebrei o pé em serviço. Teve o atestado de origem. Não teve
imprudência, negligência e imperícia. Faltavam 70 dias para o meu contrato
terminar, só que havia uma cláusula no contrato do temporário que dizia: “O
temporário 60 dias afastado por motivo de saúde é automaticamente desligado do
serviço auxiliar voluntário da Polícia Militar”.
Deram 60 dias,
me pagaram os dias ali no mês. “Diniz, muito obrigado, boa sorte”. Meu segundo
filho estava para nascer, eu pagava aluguel e o Estado simplesmente me
dispensou do serviço auxiliar voluntário. Tive que fazer fisioterapia, tive que
pegar transporte público com muleta e eu sei, senti na pele o descaso do
Estado.
Vamos
contribuir com essa vaquinha, vamos divulgar essa vaquinha desse policial e
vamos clamar também ao comandante geral, ao secretário de Segurança Pública e
ao comandante desse policial militar que tomou um tiro acidental, que vai
ficar, Sargento Neri, Major Mecca, jogado, vai ter dificuldade. Já recebe mal,
pessimamente, e ainda agora vai ter ali o seu soldo diminuído porque, em
trabalho, tomou um tiro acidental.
Governador,
vamos ter sensibilidade com os nossos policiais militares, com as forças de
Segurança militares e civis, nossos agentes de Segurança do nosso estado. Nós
clamamos, governador, por mais cuidado com as nossas forças de Segurança. Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - O próximo
deputado é o deputado José Américo Lula. (Pausa.) Deputado Cezar. (Pausa.)
Deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. Enquanto V. Exa. se
desloca à tribuna, o deputado Neri fará uma comunicação.
O
SR. SARGENTO NERI - AVANTE - PARA COMUNICAÇÃO -
Gil, o que eu venho cobrar não é nem do governador, nem do governo. O
governador nunca vestiu farda. Eu já falei aqui, Major Mecca, ele não sabe o
peso da farda da Polícia Militar. O que eu cobrei na tribuna é o Comando, ele
tem que assistir os policiais. Muitos têm medo de vir aqui e falar do Comando,
eu nunca fui covarde e sempre cobrei. O Comando da Polícia Militar e seus
oficiais têm que olhar a tropa. Está o nosso coronel lá, quando o senhor deixou
o policial à míngua? Então a cobrança não é do governador, e sim do nosso
comandante-geral e seus oficiais. Obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Senhores, tem
um deputado na tribuna. Deputado Conte Lopes, V. Exa. tem os cinco minutos.
O
SR. CONTE LOPES - PP - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras.
Deputadas, público que nos acompanha, eu estava até acompanhando a colocação do
nobre deputado Marcio a respeito da irmã assassinada covardemente pelo namorado
na época. O Marcio nos procurou, éramos deputados aqui nesta Casa, e ele dizia
que em um domingo a irmã saiu do almoço e não conseguiu chegar a casa dela. Ele
nos deu algumas informações, e a gente trabalhou em cima disso aí.
Com o apoio do
Delegado Olim, foi descoberto o que aconteceu com a moça. O que passou a
família com o absurdo... E o cara continua em presídio especial. Deve continuar
no presídio especial da Polícia Militar, porque era cabo da Polícia Militar, negando,
que era advogado, que não devia nada, como todos fazem. Todo mundo que vai para
a cadeia não deve nada.
Então, na
verdade, realmente é uma situação muito triste até de se comentar, mas fica aí.
Tem muita gente defendendo mulheres, projeto para lá e projeto para cá, mas, na
prática mesmo, o que precisaria era cana dura. O que aconteceu com a Mércia
Nakashima... Tinha que ter pena de morte para um cara que faz isso aí, porque
ele condenou a mulher à morte. Então tinha que ter pena de morte, prisão
perpétua, mas aqui é uma piada.
Eu falei aqui outro dia que estava assistindo
televisão e o Pedrinho Matador estava dando entrevista no SBT, uma hora e meia
de entrevista, dizendo como ele matava as pessoas, ao vivo e a cores, em rede
nacional, para o Cabrini. Todo mundo ouvindo como ele matava, e ele dando
risada. O pai, por exemplo, ele jurou matar e comer o coração, mas ele não
comeu o coração, só mascou. Foi muito legal, só matou o pai com 22 facadas e
mascou o coração, mas está na rua.
Aliás,
aproveitando isso, eu estava acompanhando ontem os noticiários também e vi
alguns promotores públicos criticando, Coronel Telhada, nosso presidente, a
letalidade da Polícia Militar de São Paulo, da Polícia de São Paulo. O promotor
agora vê a letalidade da Polícia.
No meu tempo,
nas minhas ocorrências em que morreram bandido, os promotores me denunciavam,
porque é a função do promotor público, acho eu. A deputada Janaina não está aí,
mas acho que ela é especialista nisso. Ele é o titular da ação penal, ele que
denuncia, não é? Então, se eles estão reclamando, ora, talvez estejam
reclamando porque a sociedade não aceita mais bandido. A sociedade não aceita
mais bandido, essa é a grande verdade.
Então, por mais
que eles nos denunciem, como nos denunciavam na época, Coronel Telhada, Mecca e
outros que estão aí, o que acontece é que o povo absolve. O povo quer ver
bandido morto mesmo, porque não tem proteção nenhuma, não tem segurança alguma.
Então, citando o exemplo do amigo nosso aqui, o cabo da Polícia Militar
namorava a menina e resolve matar, joga dentro de um lago. Para achar foi a
maior dificuldade do mundo. Foi um trabalho para achar. Então, aqui é o País da
impunidade, mas o que é o Ministério Público? Está preocupado com os bandidos
que morrem?
Ministério
Público, vocês não estão preocupados com o cabo Fonseca da Rota, que tomou não
sei quantos tiros lá? Trinta tiros na porta da casa dele. E até agora ninguém
achou.
O cabo, acho
que Adriano, o outro também. Lá do litoral. Aí o Ministério Público não se
preocupa? Na minha época o Ministério Público nos denunciava. “Denuncia o réu
Roberval Conte Lopes Lima, que tem uma cicatriz do lado esquerdo, nariz grande,
por ter executado o civil João Benedito sei lá o que, sem que lhe desse
possibilidade de defesa”. E fomos julgados 10, 20, 50 vezes na vida, não é?
Defendendo a população e combatendo o crime.
Agora mudou? O
Ministério Público está preocupado com a letalidade do policial. Não. Se ele
acha que tem letalidade ele vai lá, denuncia e põe na cadeia o policial. Se o
policial errou é função do policial. É do Ministério Público? É denunciar, como
sempre denunciaram, e condenar o policial. Ou eles não estão conseguindo
condenar?
Aliás, aqui
falam da Polícia Militar, que põe o policial na cadeia por qualquer porcaria. A
corregedoria enfia o policial na cadeia. Qualquer cara que liga para o Copom de
uma ocorrência de tiroteio com bandidos, com o PCC, o policial vai primeiro
para o Romão Gomes. Não tem nem dinheiro para pagar advogado, vai para o Romão
Gomes. Fica seis meses lá e depois é absolvido pelo júri popular e sai
tranquilamente, sem ninguém pagar nada para ele.
Uma hora vai
ter que mudar isso também, porque é o fim do mundo. A pessoa tem que ser
responsabilizada por aquilo que fala. Não é verdade? Não é abuso de poder você
enfiar um policial na cadeia? Que agiu em legítima defesa, em defesa da
sociedade, só que alguém foi lá, denunciou. Muda-se toda a história e prende
primeiro e absolve depois. É mais ou menos por aí.
Então, agora
não entendi isso aí. O Ministério Público está preocupado com a letalidade da
polícia. Essa é a função do Ministério Público? Ou é denunciar o policial? Como
sempre fizeram.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado,
deputado Conte Lopes. Encerrado o Pequeno Expediente, vamos, portanto, neste
momento, iniciar o Grande Expediente.
*
* *
- Passa-se ao
GRANDE
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. MARCIO NAKASHIMA - PDT -
PARA COMUNICAÇÃO - Eu gostaria de fazer uma comunicação e um aparte nas falas
do deputado Sargento Neri e do deputado Conte Lopes, que acabou de falar.
Nós assistimos
a um vídeo em que um policial, de forma humilhante, passando necessidade, com
graves problemas de saúde, pede, na internet, dez centavos para poder comer.
Quero dizer o
seguinte, o Sr. Mizael Bispo de Souza, que é o policial militar que assassinou
a minha irmã - hoje está completando nove anos -, está na cadeia recebendo e
comendo. E está lá. Foi condenado a 22 anos e 8 meses e continua recebendo seu
salário pago pelo estado de São Paulo, pago com o dinheiro dos contribuintes,
pago com o dinheiro da Polícia Militar.
Então, fica
aqui a minha nota de repúdio a tudo isso que tem acontecido com os policiais,
os bons policiais, que servem a esse estado, aos policiais militares que são a
ponta da lança da sociedade no combate ao crime organizado, no combate à
violência; e meu repúdio a esses maus policiais que estão presos, estão
recebendo e estão ficando cada vez mais ricos com o dinheiro público, com o
dinheiro do povo.
Era isso, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Primeira
deputada inscrita, deputada Erica Malunguinho, que cede o seu tempo à deputada
Monica da Bancada Ativista. Portanto, V. Exa. tem os dez minutos regimentais.
A
SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL – SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos os presentes, boa
tarde, público que assiste pela TV Alesp. Hoje eu queria falar sobre o Complexo
do Ginásio do Ibirapuera. Eu não, Sandro Viana, medalhista olímpico, gostaria
de falar.
Por isso,
técnico, coloque o vídeo, por favor.
* * *
- É exibido
vídeo.
* * *
Obrigada.
Depois que a gente ouviu o Sandro, é importante a gente fazer uma reflexão de
como andam e como têm tramitado os projetos de privatização do governador João
Doria nesta Casa. Uma semana depois de ter extinguido empresas de obras, como a
CPOS, prefeitos do Interior ainda me ligam perguntando como vai funcionar a
fiscalização e, por consequência, o repasse de verbas para as obras estaduais
nos municípios. Tapumes erguidos, praças fechadas, obras em andamento paradas,
porque a CPOS era responsável por liberar dinheiro para os municípios e a gente
aprovou, nesta Casa, os senhores aprovaram nesta Casa, a extinção de uma
empresa pública sem responder para os municípios como ficam as obras agora.
Isso não é gestão, isso é complicação do andamento do serviço público.
Agora a gente
está vivendo um momento semelhante, quando a gente está falando da concessão do
Ginásio do Ibirapuera. São 105 mil metros do maior complexo esportivo do País,
o único dessa magnitude público, que serve não só o projeto Futuro, mas atletas
amadores, o entorno. A cidade vai lá para praticar esportes, para correr, para
usar a pista. No passado, para usar as piscinas. Agora a gente está aprovando
uma concessão sem resposta de para onde vai o exercício físico e a prática
esportiva não só da cidade de São Paulo, mas do Estado e do País.
Sandro Viana
falou aqui em nome de um projeto muito importante, que a Bancada Ativista quer
tornar patrimônio imaterial do estado de São Paulo. Peço agora o apoio de vocês
a essa nossa propositura. Por quê? O projeto Futuro, hoje, abriga cerca de 300
atletas da categoria de base de seleção brasileira, medalhistas olímpicos, que
vão concorrer Panamericano, que estão sem resposta, morando de maneira
precarizada, como a gente viu ali. Mas a gente bem sabe que a precarização dos
espaços e dos serviços públicos é uma estratégia para vender ou conceder
barato. Me respondam os senhores: quanto custa o metro quadrado nessa região?
Quanto custa o metro quadrado em Moema, na região do Ibirapuera? Qual é o valor
histórico e cultural daquele complexo? Desse complexo, dessa região que a gente
está vivendo? E qual é o valor pelo qual aquilo vai ser vendido?
A gente está
aqui debatendo e aprovando, às pressas, a entrega a preço de banana de algo que
tem valor cultural, histórico e imaterial, mas mais do que isso: é o único
complexo esportivo que abriga e forma atletas de alto rendimento do atletismo,
do judô, do vôlei e do basquete. E a gente está debatendo a concessão sem
debater o projeto Futuro, sem debater a permanência daqueles esportistas, sem
debater que o projeto Futuro ou que o investimento no esporte forma atletas,
como a gente conheceu ontem.
Ontem, teve uma
visita de vários parlamentares dessa Casa ao Complexo do Ibirapuera, e a gente
conheceu a Animal. A Animal que não fala, que não é conhecida midiaticamente
por nós etc. Mas é uma ex-moradora de rua que aos 38 anos de idade foi
resgatada pelo projeto Futuro, recebeu abrigo dentro do Complexo do Ibirapuera
e agora tem um quarto com incontáveis medalhas e troféus na sua categoria. Uma
corredora de elite. Aos 58 anos, ela ainda traz medalhas para o Brasil e ainda
é considerada uma das melhores na sua categoria.
Qual é o futuro
para ela com o fim do projeto Futuro, ou com a concessão do Ginásio do
Ibirapuera? Não sabemos, sabe por quê? Porque os atletas brasileiros não têm
patrocínio. Tudo o que eles recebem do governo do estado de São Paulo é moradia
e refeição. Sem moradia e refeição garantidos pelo projeto Futuro, que tem a
sua moradia abrigada no Complexo do Ibirapuera, atletas como a Animal, um
orgulho brasileiro, vão voltar à rua, porque a Animal não tem nada além do
Complexo do Ibirapuera.
Então, eu venho
aqui para alertar que as nossas decisões não são decisões jogadas ao vento; não
são decisões de competições de ego. São decisões que imediatamente têm impacto
na vida das pessoas. A gente precisa desacelerar os debates e abrir um debate
franco sobre o que significa a extinção de espaços e serviços públicos na
ponta. O serviço público na ponta, hoje, o espaço público na ponta, hoje, do
governo do estado de São Paulo, é o projeto Futuro. E o projeto Futuro é a
Animal, é a Maurren, é o Sérgio, é o Henrique, é o Sandro Viana.
Então, é isso
que a gente tem que debater. Peço mais uma vez o apoio de toda a Casa para o
projeto de tornar patrimônio imaterial do estado de São Paulo, o projeto
Futuro. Obrigada.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito
obrigado, Sra. Deputada. O próximo deputado é o deputado Jorge Wilson Xerife do
Consumidor, que permuta o seu tempo com a deputada Edna Macedo. Portanto, V.
Exa. tem 10 minutos regimentais.
A
SRA. LETICIA AGUIAR - PSL -
PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu gostaria de deixar registrado que hoje é
o aniversário da Guarda Municipal da cidade de Rio Claro. Completa 23 anos na
data de hoje. Eu, que trabalhei com a Guarda Municipal de São José dos Campos,
tenho uma relação muito próxima com as nossas polícias municipais. Então, eu
gostaria de deixar o registro e parabenizar toda a Guarda Municipal de Rio
Claro por essa data, por completar 23 anos.
A gente sabe da
luta que os nossos policiais municipais têm em combater o crime, o quanto eles
se dedicam a essa missão. Inclusive, eu estive recentemente, essa semana, na
Guarda Municipal de Jundiaí e fiquei bastante impressionada com o trabalho de
alto nível, de excelência que eles fazem por lá. É uma guarda que já tem há 70
anos, é uma guarda mais antiga. Estive lá com o comandante Moreno, com o GCM
Matenauer.
Em nome deles,
mando um abraço a toda a Guarda Municipal de Jundiaí, que faz um trabalho de excelência
em parceria com a Polícia Militar, em parceria com a Polícia Civil. Tem um
serviço de inteligência, lá, que é impressionante, com dados impressionantes.
Tem também o trabalho do canil: são cães bravamente treinados para combater o
crime, para localizar entorpecentes, armamentos e, inclusive, pessoas.
Então, fica
aqui o meu registro, meus parabéns para a Guarda Municipal de Rio Claro, mas,
também, gostaria de parabenizar todas as guardas do estado de São Paulo,
lembrando-lhes de que eu criei a Frente Parlamentar em Defesa e Valorização das
Guardas Municipais justamente para que esses policiais municipais sejam
reconhecidos pelo seu brilhante trabalho. Que a população conheça a polícia
municipal que lhe pertence.
Muito obrigada,
presidente.
O SR. PRESIDENTE -
CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sra. Deputada.
Portanto, um abraço a todos os homens e mulheres da polícia comunitária, da
polícia municipal e da Guarda Municipal de Rio Claro.
O SR. MARCIO NAKASHIMA
- PDT - PARA COMUNICAÇÃO - Era só para dizer que, logo após
a minha fala, eu fui saindo daqui, o deputado Milton Leite me procurou e disse
que o contrato cujo convênio eu acabei de questionar e reclamar, ele já está
assinado. Ele está aqui. Quero agradecê-lo e só comunicar que já está tudo de
acordo.
O SR. PRESIDENTE -
CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado. Um abraço ao
deputado Milton Leite. Sabemos da decência do trabalho dele. Muito obrigado.
Sra. Deputada Edna Macedo, V. Exa. tem dez minutos regimentais.
A
SRA. EDNA MACEDO - PRB -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente, nobres Srs. Deputados,
nobres Sras. Deputadas, senhoras e senhores que nos assistem, pessoal da TV
Assembleia, nossos queridos funcionários desta Casa. Em primeiro lugar, Sr.
Presidente, eu gostaria de registrar que, hoje, eu estive visitando o
secretário da Educação do estado de São Paulo, Prof. Dr. Rossieli.
O Dr. Rossieli foi uma
pessoa muito gentil, muito educada, me recebeu com muito carinho no seu
gabinete. As demandas que chegaram ao meu gabinete foram passadas para a
secretaria, de forma que ele vai nos atender. Reclamei que muitas escolas
estaduais estão ao abandono, sem pinturas e sem reforma. Tem escolas que estão
com o mato muito grande, precisando de capina.
Reclamei que as escolas
também não têm proteção nenhuma de polícia e de policiamento. Que fosse, ao
menos, mais bem iluminado o entorno das escolas, porque quando a iluminação do
entorno das escolas é boa, fica menos temeroso de passar para entrar nas
escolas e sair delas. Todas as demandas que eu falei, naturalmente, ele acatou
e vai nos atender, vai procurar fazer o melhor. Então, eu quero agradecer aqui
o carinho com que fui recebida. É realmente uma pessoa muito educada, não só
por estar na Educação, coincidentemente, mas um homem que tem berço, graças a
Deus.
Mas eu quero aproveitar
a oportunidade para me solidarizar com os policiais militares e com os
policiais civis. A Polícia Militar do Estado de São Paulo é a melhor polícia do
Brasil, sem falsa modéstia. É a melhor polícia do Brasil, mas eles ganham uma
miséria - uma miséria -, e isso não é de hoje.
No meu primeiro mandato
de deputada estadual nesta Casa, em 1995, já se reclamava dos salários. Então,
veja bem, nós já estamos em 2019, e nada adiantou, nada melhorou. O que
melhorou, Conte Lopes? Nada! Ínfimo o recebimento deles, o que eles ganham é um
absurdo, é uma vergonha.
Os policiais ganham
mal. Onde eles trabalham? Eu me lembro, deputado Conte Lopes, de uma situação
que eu passei em São Sebastião. Um carro bateu no nosso carro, e fomos atendidos
pelo pessoal da Polícia Militar, que nos levou até lá para fazer um boletim,
etc., etc. Eu vi o estado do lugar onde eles ficam, a casa onde eles ficam, em
São Sebastião, naquela época. Era uma vergonha.
Eu me lembro de que
tive vontade de ir ao toalete, e ele falou: “eu tenho vergonha de levar a
senhora ao nosso toalete, porque está de um jeito muito precário”. As condições
em que eles vivem são alarmantes, é vergonhoso. Como a gente pode tratar um
policial dessa forma? E não são só os policiais militares que estão passando
por essa dureza de salário; os civis também.
Tem muito policial
civil também com problemas de depressão e suicídio. Então, há que haver alguma
medida para ser tomada neste Estado, porque é uma vergonha. Eu fico com
vergonha.
O senhor
lembra, deputado, quando eu fiz a lei obrigando os ônibus intermunicipais a dar
carona para o policial militar fardado? Até já recolheram a lei. Eu não sei o
que fizeram, mas alguns ônibus... A frequência foi tão assídua que eles
acabaram acatando. Alguns até hoje deixam, outros não, mas é uma vergonha a
gente ter que fazer lei para obrigar os ônibus a darem carona para o policial.
Isso é uma
vergonha. Policial tinha que andar gratuitamente, para compensar, pelo menos, a
vergonha do salário que ele recebe. Isso é o mínimo que o Estado pode fazer, e
eu lembro que, na época, eles vetaram, e essa lei foi derrubada aqui na época
que o presidente era o Vanderlei Macris, e nós derrubamos o veto do governador.
Então,
infelizmente, nós não podemos fazer uma lei obrigando aumentar o salário do
nosso policial. Não compete a nós, não é da nossa competência, mas o que nós
pudermos fazer para, pelo menos, dar um alento a esses policiais, eles podem
contar conosco. Porque eu fico realmente envergonhada. Os homens que põem a sua
vida em risco para salvar outras vidas.
“Mas tem
policial que faz isso, faz aquilo”. Não me interessa. Toda profissão tem seus
espinhos. Existem os bons e os maus, mas a maioria da Polícia Militar são
homens bons, decentes, corretos, honestos, trabalhadores, e é muito triste
terem que fazer esse tal de bico. É uma vergonha, mas o que vai se fazer? É o
cansaço que vem. Mal fica com a família, porque fica cansado. Realmente, a
pessoa quer descansar. Ele precisa descansar para poder atuar no seu serviço.
Então, é uma
vergonha. É uma vergonha, realmente, federal, nacional, estadual, os nossos policiais aqui, porque tem policial
militar que ganha muito bem em Goiás, Minas Gerais, com certeza, mas aqui, São
Paulo, que dizem que é o estado que carrega o Brasil nas costas. Fala sério.
Devia ter vergonha.
O SR. CONTE LOPES - PP - Um aparte, nobre deputada?
A SRA. EDNA MACEDO - PRB - Pois não, deputado.
O SR. CONTE LOPES - PP – COM ASSENTIMENTO DO ORADOR -
Queria cumprimentá-la pelas colocações, e V. Exa. coloca até que desde 95
batalha em defesa dos policiais militares e da Polícia Civil, dos policiais,
porque é uma luta nossa mesmo, desde 87, quando chegamos nesta Casa.
Até demonstrando
aos deputados novos que é uma luta. Às vezes, as pessoas dizem: “olha, vamos
fazer um projeto para...” Tudo o que eles querem fazer nós já fizemos. Só que,
infelizmente, aqueles que comandam o Estado não entendem assim. Não entendem
assim.
Primeiro
discurso: “a polícia tem 40 mil homens e não sei quantos aposentados”. Já jogam
isso na nossa cara. Então, já começa a dificultar. Se juntar a civil e a
militar, são 130 mil homens. Se o camarada entra na Polícia, daqui a 30 anos,
ou com 35, ele vai aposentar, não tem jeito, então, não pode entrar. Então, a
senhora se coloca muito bem. Sempre lutou em defesa dos policiais militares e,
na verdade, é isso. As nossas autoridades deixam a polícia de lado.
Em outros
estados, é o contrário. Valorizam, nenhum policial é obrigado a trabalhar nas
horas de folga. Inventaram até operações delegadas, em que o policial trabalha
na hora de folga. Ele trabalha de noite, e de dia ele vai para a operação
delegada. Então, ele fica sem dormir. É um verdadeiro zumbi.
Então, a
senhora se coloca muito bem na defesa que faz dos policiais militares.
Infelizmente, nossas autoridades falam, falam, falam, mas não reconhecem isso.
Obrigado, nobre
deputada.
A SRA. EDNA MACEDO - PRB - Eu que agradeço a V. Exa. e seu
aparte. É verdade. Sabe por quê? É porque eles não precisam. Eles têm a
mordomia deles. Entendeu? Eles têm tudo a tempo e a hora. Só quem passa na pele
é que sabe o que é a dor. Enquanto as pessoas não passam, quando elas estão lá
dentro do seu gabinete, com ar-condicionado, com carro à disposição, ganhando
bem, vão se preocupar com o quê?
É complicado
isso, mas é a tal história, a gente não sabe o dia de amanhã. A gente sabe que
as pessoas só vão dar valor quando elas passarem, realmente, a tristeza de ter
um filho drogado, um filho assassinado. Não é verdade? Aí eles vão dar valor,
vão saber o que é a dor de qualquer pessoa nesse estado.
Quero
agradecer, Sr. Presidente. Graças a Deus, já falta um minuto. Obrigada e que
Deus abençoe a todos.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito
obrigado, Sra. Deputada. O próximo deputado inscrito é o deputado Caio França,
que permuta o seu tempo com o deputado Gil Diniz. Portanto, V. Exa. tem o tempo
regimental de 10 minutos.
O
SR. GIL DINIZ - PSL - Obrigado,
presidente. Mais uma vez, a gente sobe à tribuna, dando o nosso boa tarde a
todos que nos acompanham no Grande Expediente, que nos acompanham pela TV
Assembleia.
Concordo com o
Sargento Neri quando ele fala que o comandante geral tem que ser cobrado. Deve
ser cobrado. Os comandantes também, os oficiais também devem ser cobrados. Mas
o comandante da nossa Polícia Militar, em último caso, é o Sr. Governador. Nós,
Coronel Telhada, subimos à tribuna desde o início do mandato. O senhor, há
muito mais tempo do que nós, para defender as forças de Segurança.
Então o
governador, independente do partido, independente da sigla partidária, tem que
ser cobrado do descaso com as nossas forças de Segurança: com a nossa Polícia
Militar, com a nossa Polícia Civil, com a Polícia Técnico-Científica, com os
agentes penitenciários. Acompanhamos o trabalho da CEPM. Cobramos a questão da
PEC 02. Então, temos que cobrar, sim, o comandante geral. Hoje, o comandante
Salles. Mas não temos que deixar passar, sempre que possível, essa cobrança ao
governador.
E não é no
sentido eleitoral não. O governador se diz um gestor. E não tem como governar
este Estado sem a Segurança Pública. Não tem comércio, não tem indústria, não
tem arrecadação de impostos, se não houver a Segurança Pública. Quem monta um comércio
numa região onde tem uma biqueira, onde tem um tráfico correndo solto? O cara
vai falir. Onde tem altos índices de assalto? É como a deputada Edna falou:
temos os melhores policiais do Brasil.
O Major Mecca
sempre fala: desfilou no Batalhão de Choque com uma camisa muito simbólica.
“Policial nota 10, salário nota zero”. É uma realidade e uma crítica que
fazemos ao descaso com a Segurança Pública aqui no nosso Estado.
O governador
prometeu que a viúva do cabo Fernando receberia, em 30 dias - em 30 dias! - a
indenização. Como que não vou cobrar? Como vou deixar de subir nesta tribuna?
Não contei os dias, mas logo bate. Logo logo, bate. E não recebeu. E não
recebeu!
Então, tem o
caso dessa vaquinha que colocamos, hoje, do policial que tomou um tiro acidental
e passa por dificuldade, passa por necessidade, assim como vários outros. E
essa família, a família do cabo Fernando, que foi fuzilado na porta de casa,
quando se dirigia ao 1º Batalhão de Choque, vai passar por necessidade também.
Então, temos que cobrar o Estado. Temos que cobrar o comandante geral, os
oficiais. E o governador do estado de São Paulo, que prometeu, assim como
prometeu em campanha.
Como vou deixar
de falar, policiais que nos assistem? Como vou deixar de falar que ele disse
que o salário dos nossos policiais será o melhor do Brasil, exceto - claro - o
Distrito Federal? Cobramos ele. E qual é a justificativa? Que será durante os
quatro anos. Então, até o final da gestão, os nossos policiais serão os mais
bem pagos do Brasil, exceto o Distrito Federal, que tem uma situação
diferenciada.
Mas, ora! Já
nos disse que, até o final do ano, os policiais - atenção, policiais! - não
terão nenhum reajuste. E no final do ano terão a sinalização de quando será
esse primeiro reajuste salarial. Ou seja, vão faltar três anos para ter esse
aumento no seu soldo. Ora, fazendo a conta, Major Mecca, vai ter que aumentar,
mais ou menos aí, 80% do valor. Vamos pegar pelo mais baixo. O soldo mais baixo
aqui na nossa corporação, vai ter que aumentar aí, Coronel Telhada, uns 80%;
isso, se o segundo estado não aumentar o soldo do seu policial. Ou seja, essa
conta não fecha; essa conta não fecha.
E eu não quero
esperar aqui, o nosso último ano de mandato, os nossos últimos meses de mandato
para receber a notícia de que nós fomos iludidos, enganados. Que nós
acreditamos, mais uma vez, nas promessas de campanha do partido que governa o
nosso Estado e os nossos policiais continuam à míngua, continua, desculpa falar
dessa maneira, mas é verdade, muitas vezes passando fome. Dói no coração ver um
policial falar doe, por favor, dez centavos, um real, cinco. Dói o coração.
Policiais do Choque, policiais do 01, ali, policiais da área. Ora, são heróis.
Colocam a farda. É a única profissão que juram dar a vida, se necessário for,
pelo próximo, por alguém que nem conhece.
Já ouvi alguns
me criticarem, dizendo que é demagogia e tudo mais. Mas eu não fiz campanha
dizendo que eu representaria a Polícia Militar, a Polícia Civil, os agentes
penitenciários. Mas não tem como não defendê-los. Não tem como esperar, Major
Mecca. Eles já estão sendo massacrados há muito tempo, há muito tempo.
Policial troca
tiro e morre, a viúva passa dificuldade. Mata o bandido, se não vai preso para
o Romão Gomes, vai ser transferido. Vai ter que pagar advogado.
Coronel Telhada
aprovou aqui uma lei a duras penas. Conseguiu aprovar depois de muito trabalho,
que a Defensoria defendesse só os policiais. Mas, a gente sabe que não são
todos que conseguem. Mas vai ter que pagar advogado, vai ter que desembolsar. A
maioria dos nossos policiais tem, no mínimo, um consignado; um consignado.
Sargento Neri,
eu pedi, já faz quase 50 dias, fiz um requerimento à Secretaria de Segurança Pública, solicitando os dados da
taxa de suicídio dos nossos policiais. Sabe o que eu recebi, até agora, da
secretaria? Nada! Não nos responderam.
O SR.
CONTE LOPES - PP - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Primeiramente quero
cumprimentar V. Exa. pela defesa dos policiais civis e militares, agentes
penitenciários. Vossa Excelência, que é líder de um partido de 15 deputados.
Vossa Excelência não fala só por V. Exa., mas fala por 15 deputados. Então, é
importante a força que V. Exa. tem e, realmente, não é demagogia, não. É
importante que defenda a classe policial. Vossa Excelência que passou até pela
polícia.
O SR. GIL DINIZ - PSL - Foi uma temporada.
O SR. CONTE LOPES - PP - Foi uma temporada. Infelizmente é
assim. A polícia não aproveita as pessoas boas, não é? Aí nós estamos falando
de comando, psicólogos, sociólogos da própria polícia; é o contrário.
Infelizmente, é uma mágoa que a gente acaba tendo da própria corporação. Não é
da polícia em si, mas de alguns comandantes. Isso aí infelizmente tem. Mas V.
Exa., então, não é um demagogo; pelo contrário.
Eu, como
representante da Polícia Militar, fui um dos primeiros que cheguei nesta Casa,
e toda a Polícia Militar e policiais civis agradecem o apoio de V. Exa. que,
como eu disse, comanda um partido de 15 deputados, que é o PSL. Parabéns pela
sua defesa pelos policiais de São Paulo.
O SR. GIL DINIZ - PSL - Obrigado pelas palavras, capitão
Conte Lopes. Sempre é uma honra, é um orgulho visitar qualquer batalhão,
Tenente Nascimento. Visitei o penúltimo foi no aniversário, o Sargento Neri
conhece ali, do 23º, 16º. Fui lá, o major Herbert, que é o comandante interino,
nos convidou. Estivemos lá e é sempre um orgulho, é sempre vibrante ver a tropa
ali perfilada. Dá vontade de... Eu esperava a quinta-feira, Sargento Neri, para
ir lá me perfilar junto à tropa, aos alunos do CFAP, Escola Superior de
Sargentos, para, perfilados ali, marcharmos em continência ao comandante, na
época, o coronel Eurídice.
E é vibrante.
Fui, agora, há duas semanas, na Terceira Companhia do 38º Batalhão, Fazenda da
Juta.
E olha o
trabalho que os policiais fazem, Major Mecca. O capitão Fernando comanda lá.
Improvisaram um tatame para tirar a molecada da rua, para fazer um esporte,
para fazer uma arte marcial.
Por quê? Porque
não tem na região. O que tem, o que sobra? O tráfico, o bandido pagando de
gatão, com sua moto roubada e com seu carro roubado. E a Polícia Militar faz
esse trabalho social extremamente importante.
Então, não vai
ter comércio, não vai ter indústria, não vai ter agente fiscal de renda,
recebendo um salário maior, recebendo gratificações, se não houver esse
investimento - não é gasto, é investimento - na Segurança Pública do estado de
São Paulo.
E, desde que eu
me conheço por gente, desde 95, quando eu cheguei aqui no Estado, na cidade de
São Paulo, vindo de Pernambuco, a gente vê o descaso com as nossas forças de
segurança. Nós vemos aí uma política pública que é contrária, que condena os
nossos agentes de Segurança Pública, muitas vezes, à morte.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito
obrigado, Sr. Deputado.
O próximo deputado é o deputado Cezar.
(Pausa.) Deputado Ricardo Madalena. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada, que
permuta o seu tempo com o deputado Major Mecca.
Tem, portanto, V. Exa. o tempo
regimental de dez minutos.
O
SR. MAJOR MECCA - PSL
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Novamente, uma boa tarde a todos. Dando continuidade aos
vários discursos, aí, de apoio aos nossos policiais, que, graças a Deus, hoje,
nós temos tanto dentro desta Casa, como a população de São Paulo identifica o
valor dos nossos policiais.
Na data de
ontem, eu conversei com o governador João Doria. Conversei ontem com ele,
Sargento Neri, a respeito da nossa situação. E falei para ele, para o
governador João Doria, que nós, independente de termos ideias que se diferem
dentro do campo político, o respeito se faz muito importante, e nós podemos
fazê-lo e conduzir o crescimento do estado de São Paulo nesse sentido.
E falei para
ele que a descrença dos nossos policiais em relação ao compromisso de governo
firmado por ele se dá pelos mais de 24 anos de governo do PSDB, que abandonou
as nossas forças policiais. Abandonou a Polícia Militar, abandonou a Polícia
Civil, abandonou a Polícia Técnico-Científica, abandonou os nossos agentes de
segurança penitenciária, os nossos agentes de escolta e vigilância
penitenciária.
As forças de
segurança do estado de São Paulo, até o presente momento, até hoje, dia 23 de
maio, estão abandonadas.
O governador
falou que no prazo de 30 dias seria paga a indenização para a esposa do cabo
Fernando. Até o presente momento, nós estamos acompanhando, ainda não foi pago.
Ainda tem um tempo, a ocorrência foi no dia 4 de maio, mas ainda não saiu,
motivo pelo qual nós apresentamos projeto, até, dessa indenização, uma
porcentagem desse valor de 20% ser liberado pelo Estado imediatamente ao
acontecimento dos fatos, à família do policial. Bem como apresentamos um
projeto também de um fundo especial que o governo deve ter em seus cofres para
auxílio aos integrantes das forças de segurança. Deve existir esse fundo
especial.
E esse fundo
especial é fácil de se arrecadar, não precisa muita coisa. Se você pegar o
radar da alça de ligação da Marginal Tietê para a Ponte das Bandeiras, que é o
radar que mais multa em São Paulo, só aquele dinheiro, por mês, dá para fazer
um fundo especial para você socorrer agentes de segurança e seus familiares.
Nós estamos
falando de profissionais, de homens e mulheres, que é a única profissão que tem
cemitério, é a única profissão que tem presídio, é a única profissão que tem um
hospital e que tem agora um asilo. Tem um asilo para acolher esses
profissionais que, no final da vida, estão acabados fisicamente, estão acabados
psicologicamente, estão acabados espiritualmente, porque esse ciclo de estresse
do nosso policial, que eu repito aqui, primeiro, que 12 horas de serviço ininterrupto,
nessa atividade, é desumano. Nós teríamos que ter um período de trabalho de
oito horas, e não de doze. Não de 12 horas. O policial, quando apresenta um
preso em flagrante no distrito policial, ultrapassa as 20 horas de serviço. E
no seu horário de folga, como todos sabem da necessidade do bico, o próprio
Estado aproveitou a oportunidade e compra a folga do policial com a Dejem, com
a operação-delegada, que além de massacrar o policial não resolve o problema,
porque o nosso efetivo são 12% dos policiais que conseguem fazer Dejem em
delegada.
Do nosso
efetivo que, hoje, chega perto de 83 mil, 82 mil, um claro de mais de 12 mil
policiais, que são 94 e alguma coisa, 94 mil e alguma coisa, contempla apenas
12 mil policiais. Não resolve o problema e acaba potencializando, porque o
policial precisa de seu momento de folga, seu momento de lazer junto da
família. Ele não pode sair de 20 horas de serviço ininterrupto e continuar na
atividade de segurança, ir para o bico, para a porta de um supermercado, para a
frente de um posto de gasolina. O policial merece o respeito devido de alguém
que entrega sua própria vida em defesa do próximo. É somente esse respeito,
essa atenção, esse zelo que nós pedimos.
Há quanto tempo
os nossos irmãos da PEC 02 estão aqui dentro desta Casa brigando por algo que é
justo? Que nós não enxergamos inconstitucionalidade. Nós não enxergamos.
Estudamos e não enxergamos.
Mas não se vê
um movimento para que se beneficie o policial, porque do mesmo jeito que a PL
04 foi encaminhada para cá, a Proposta de Emenda Constitucional 02, de 2018,
também já poderia ter tido o curso inverso, vindo do Executivo para cá. Já que
eles entendem que o curso constitucional é esse, por que não o fizeram até o
presente momento? Sabe por que não o fizeram? Porque não estão preocupados
conosco, meus irmãos policiais militares, meus irmãos policiais civis,
policiais técnico-científicos, agentes de segurança penitenciária e agentes de
escolta. Não estão preocupados conosco.
Essa é a
verdade, senão algum movimento, alguma sinalização já teriam feito. Não é
possível que em 1º de março, que é a nossa data-base, não poderia ter sido dado
o reajuste inflacionário, porque naquela carta aberta que nós enviamos ao
governo, Coronel Telhada, lá tem uma proposta de 24,16%, que nós fizemos,
baseados em fontes fidedignas, porque nos cofres do Estado existe uma gordura
para se conceder esse reajuste aos policiais. Então, poderia ter sido, pelo
menos, Neri, o reajuste inflacionário, no dia 1º de março, e vamos fazer uma
recomposição no final do ano, no próximo ano de 2020, 21 e 22. Mas algo
planejado, conversado, exposto de forma clara a todos nós que estamos aqui
todos os dias - o senhor há mais tempo, Coronel Telhada, o capitão Conte Lopes
- e nada até agora, ou seja, o senhor já está há 30 anos aqui, será que vai ter
que passar mais trinta? Vai ter que morrer a PM inteira? Vai ter que morrer
todo mundo? Vamos ficar pedindo aqui até quantos anos, Neri? Eu fiz 51 anos
ontem, vou ficar até os 80 anos aqui, falando a mesma coisa? E nada, ninguém dá
uma resposta, ninguém sinaliza nada!
Por favor,
Neri.
O SR. SARGENTO NERI - AVANTE - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR -
Major, nós temos aqui quatro oficiais e um praça. O que vou falar aqui é muito
grave na nossa corporação, porque vejo que os comandos que passaram pela nossa
instituição desde o governo Alckmin nada lutaram por nós em termos salariais
também.
É muito
estranho, coronel. Se o senhor pegar a maioria dos comandantes-gerais da
Polícia Militar, todos estão em secretarias ou diretorias. Isso me estranha
muito. Eu sou sincero. Será que é “segura a tropa e eu te dou um cargo”? Será
que é “use o regulamento como chicote e eu te dou um cargo”? Espero que seja só
suposição minha, porque isso é grave.
Espero que esse
atual comando-geral faça uma luta junto com o Legislativo para cobrar o
governador também. É papel dele. É cargo de confiança, mas é papel dele. Os
senhores, que são oficiais, entendem muito bem isso. Então, é um alerta com o
qual precisamos nos preocupar. Nada vale, nenhum cargo vale a nossa Polícia
Militar.
O SR. MAJOR MECCA -
PSL - Com certeza.
Não tenha dúvida. Nós todos somos policiais e temos que entender dessa forma.
Todos nós somos policiais, porque o ladrão, quanto atira na gente, não quer
saber se é soldado, cabo, sargento, tenente ou capitão. Ele manda a brasa. E se
a gente, aqui, não tiver coragem e condições de defender a sociedade, o crime
passa por cima.
São Paulo só
tem os melhores indicadores por conta dos nossos soldados, por conta dos bravos
policiais que combatem o crime, mesmo passando fome. Estão nas ruas combatendo
o crime, como estão agora, lá fora. Estamos aqui porque o soldado está como
sentinela aqui. Se o soldado sair como sentinela, até nós teremos que sair
correndo daqui.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr.
Deputado.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Uma comunicação, Sr.
Presidente?
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É regimental,
Sra. Deputada.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - PARA COMUNICAÇÃO -
Muito obrigada. Gostaria apenas de informar que a nossa audiência pública a
respeito da obra que o prefeito denominou “Parque Minhocão” ocorrerá no dia 27
de maio, ou seja, na próxima segunda-feira, às 14 horas, no Auditório Teotônio
Vilela.
Além de deputados da Casa - aliás,
todos os colegas de todos os partidos estão convidados -, contaremos com as
apresentações do vereador de São Paulo Caio Miranda, também do vereador José
Police Neto e do secretário de Desenvolvimento Urbano da cidade de São Paulo,
Dr. Fernando Barrancos Chucre.
Será uma audiência para ouvir os
diversos projetos, as diversas ideias para essa área do Minhocão, no sentido
puro do termo. Uma audiência pública é para comparar possibilidades. Então, não
haverá nenhum tipo de hostilidade com nenhuma das ideias apresentadas. Entendo
que é um momento muito importante e não só para a cidade de São Paulo, porque
essa obra impactará também as cidades vizinhas.
Eu agradeço, Sr. Presidente. Ficam
todos convidados: segunda-feira que vem, dia 27, às 14 horas, aqui na Alesp.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sra.
Deputada.
O
SR. SARGENTO NERI - AVANTE - Presidente, como
líder do Avante, solicito o levantamento do sessão.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Sras.
Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência,
antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão
ordinária de amanhã, sexta-feira, à hora regimental, sem Ordem do Dia,
lembrando-os ainda da sessão solene a realizar-se amanhã, às 10 horas, com a
finalidade de homenagear o Dia da Comunidade Turca.
Obrigado a todos.
Está levantada a sessão.
*
* *
- Levanta-se a sessão às 16 horas e 19
minutos.
*
* *