17 DE MAIO DE 2019
7ª SESSÃO SOLENE HOMENAGEM AO DIA ESTADUAL DO TRABALHADOR DA
SAÚDE
Presidência: RAFAEL SILVA
RESUMO
1 - RAFAEL SILVA
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - SIRLENE NOGUEIRA
Mestre de cerimônias, nomeia a Mesa e demais autoridades
presentes. Tece considerações sobre o SinSaúde - Sindicato da Saúde de Campinas
e Região.
3 - PRESIDENTE RAFAEL SILVA
Informa que a Presidência efetiva convocara a presente sessão
solene para "Homenagem ao Dia Estadual do Trabalhador da Saúde", por
solicitação deste deputado. Saúda os presentes. Manifesta preocupação com a
reforma da Previdência. Elogia membros da Mesa e assessores. Enaltece o valor
da Banda da Polícia Militar presente na solenidade. Assevera que a Saúde é primordial.
Ressalta que a função do trabalhador da área se assemelha ao sacerdócio.
Convida o público para ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro".
Afirma que acompanha a Banda o orgulho de policiais militares que exercem suas
funções nas ruas. Clama pela valorização da categoria. Lamenta o falecimento de
profissionais do setor, durante o trabalho. Agradece à instituição. Valoriza o
acesso à informação. Discorre filosoficamente acerca do tema. Questiona
mudanças na reforma da Previdência, a envolver trabalhadores comuns, inclusive
da Saúde. Argumenta que em 10 anos o Brasil deve pagar mais de três trilhões de
reais em juros relativos à dívida pública. Citou René Descartes sobre a
importância da conscientização. Critica especuladores e banqueiros. Defende melhor
aplicação dos recursos orçamentários. Assevera que na Mesa há pessoas
comprometidas com os trabalhadores da Saúde, os quais valoriza. Acrescenta que
a presença nas galerias homenageia esta Casa.
4 - TENENTE NASCIMENTO
Deputado estadual, saúda os presentes. Elogia o deputado
Rafael Silva. Enaltece o trabalho dos profissionais da Saúde, pelo compromisso
com a vida. Informa que sua vida fora salva no Hospital das Clínicas, aos 8
anos, quando acometido por febre reumática. Lembra-se da enfermeira Celina. Discorre
acerca do atendimento prestado a seus familiares, quando doentes. Informa que
hoje é o Dia Internacional da Hipertensão. Faz agradecimentos gerais. Clama
pelo reconhecimento salarial da categoria.
5 - RICARDO PATAH
Presidente da UGT - União Geral dos Trabalhadores - saúda os
presentes. Parabeniza o deputado Rafael Silva pela solenidade. Tece
considerações sobre o trabalho em defesa da vida. Defende a transparência na
gestão e a igualdade. Critica a reforma da Previdência em curso. Manifesta
indignação com a reforma Trabalhista, a afetar sindicatos. Tece considerações
sobre o desemprego e sua relação com avanços tecnológicos. Clama por
solidariedade e por medidas efetivas de crescimento no país. Lamenta o corte de
verbas na Educação.
6 - SIRLENE NOGUEIRA
Mestre de cerimônias, anuncia a homenagem a 12 profissionais
de Sáude atuantes em enfermagem, administração e apoio, a representar cerca de
um milhão de trabalhadores, no estado de São Paulo.
7 - EDISON LAÉRCIO DE OLIVEIRA
Diretor presidente da Federação dos Trabalhadores da Saúde de
São Paulo, saúda os presentes. Agradece ao deputado Rafael Silva pela
iniciativa da solenidade. Comenta o pedido de Pedro Tolentino, ao deputado
Rafael Silva, a favor do dia em homenagem aos trabalhadores da Saúde. Enaltece
a lealdade e a cordialidade do citado deputado estadual. Ressalta a presença de
cerca de 400 pessoas, de diversas regiões do estado, nas galerias desta Casa, a
quem agradece. Valoriza o sindicalismo. Critica política contra o movimento
sindical brasileiro e a reforma da Previdência. Clama por igualdade. Defende a
manutenção da aposentadoria especial para trabalhadores da Saúde. Solicita aos
eleitores que cobrem dos deputados federais a manutenção de direitos. Reitera
elogios à categoria homenageada.
8 - PRESIDENTE RAFAEL SILVA
Elogia membros componentes da Mesa. Comenta o exercício da
vereança em Ribeirão Preto e movimento contra aposentadoria de vereadores após
8 anos de mandato e aposentadoria especial de deputado estadual. Critica
privilégios. Tece considerações sobre a jornada de trabalho durante a Revolução
Industrial e movimentos de trabalhadores. Valoriza o sindicalismo. Clamou por
seriedade. Coloca-se à disposição da categoria, nesta Casa. Faz agradecimentos
gerais. Encerra a sessão.
* * *
- Assume a Presidência
e abre a sessão o Sr. Rafael Silva.
* * *
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - SIRLENE NOGUEIRA - Bom
dia, senhoras e senhores, dirigentes sindicais. É um prazer a gente se
encontrar mais uma vez aqui na sessão solene da Assembleia Legislativa de São
Paulo. Relembrando o porquê deste evento, vamos relembrar que a valorização do
trabalho do profissional da Saúde é uma luta iniciada lá no Sindicato da Saúde
de Campinas, há 21 anos. A primeira conquista foi registrada em 1990, quando a
diretoria sindical negociou com os estabelecimentos de Saúde a instituição
desta data como o feriado para os trabalhadores, e a partir de 2002 diversas Câmaras
de Vereadores aprovaram o 12 de maio como o Dia Municipal do Trabalhador da
Saúde.
Em janeiro de 2004 o
governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, sancionou a Lei 11.665, proposta pelo
deputado, nosso amigo, Rafael Silva, institucionalizando o 12 de maio como o
Dia Estadual do Trabalhador da Saúde. Desde então a Assembleia Legislativa de São
Paulo homenageia os trabalhadores da área com esta sessão solene.
Para formar a Mesa, já
está aqui conosco o deputado estadual Rafael Silva. Convido também para compor
esta sessão solene o Sr. Edison Laércio de Oliveira, que é o presidente da
Federação dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo, e também o Sr.
Canindé Pegado, que é o secretário-geral da União Geral dos Trabalhadores – a
UGT. Convido também o Sr. Claudinei da Rocha, que é vereador de Franca,
representando o presidente da Câmara Municipal, o vereador Donizete da
Farmácia.
Eu passo a palavra
agora ao deputado Rafael Silva para a abertura dos trabalhos.
O SR.
PRESIDENTE - RAFAEL SILVA - PSB - Sob a proteção de Deus,
declaramos abertos os nossos trabalhos desta sessão solene, que é uma sessão
oficial da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, convocada e
determinada pelo presidente desta Casa, Cauê Macris, a pedido deste deputado,
Rafael Silva. Nós abrimos mão da leitura da Ata da sessão anterior.
Bom, está presente aqui com a gente o
presidente da Federação, Edison Laércio de Oliveira, que tem um trabalho
maravilhoso em favor do pessoal da Saúde do estado de São Paulo. Canindé Pegado
– o Canindé Pegado é amigo antigo, está presente em todas as sessões solenes –,
ele vive realmente por uma causa bonita em favor do trabalhador. O trabalhador
é a parte mais fraca que existe na estrutura da sociedade como um todo. E nós
temos também o Claudinei Rocha à Mesa, mas quem é – parece que não enxergo, não
é, Edison? –, quem mais está aqui à Mesa com a gente? O Claudinei Rocha, que é
vereador em Franca.
Eu estava com o Luiz
Vergara agora, e o Luiz Vergara me lembrava de toda essa realidade vivida pelo
trabalhador, a preocupação que ele tem com essa mudança que devemos ter na
Previdência Social, então a gente tem uma preocupação muito grande. E hoje nós
vamos falar um pouquinho desse assunto, embora o principal aqui seja comemorar
essa data, que para mim é maravilhosa.
Eu agradeço na Isabel, que está nos
assessorando também aqui, da Casa, o Marcos, que faz um trabalho maravilhoso
levando para as pessoas a informação, a imagem e a voz de quem aqui está
presente. A Sirlene, a Sirlene está há muito tempo também, competente, lá da
Federação, a Sirlene nos dá essa assessoria e fica aqui como mestre de
cerimônias.
Eu tenho a Sueli, do
gabinete, a Sueli e a Cássia, que são duas pessoas maravilhosas do meu
gabinete, que vivem também essa realidade e entendem essa data e esta sessão,
tudo isso com muita importância. Nós temos aqui a Banda também da Polícia
Militar do Estado de São Paulo. Eu não sou tão antigo não, mas eu me lembro de
muito tempo já da Banda. Eu entendo que ela dá uma roupagem especial para uma
solenidade tão importante como esta, ela valoriza na solenidade, porque a
cidadania, o patriotismo, tudo isso tem que estar presente na cabeça das
pessoas.
A minha esposa Maria Clara, que me acompanha
também e que gosta muito, muito da sessão solene. Ela fica imensamente feliz
quando nós realizamos esta sessão, e isso graças a Deus tem acontecido todos os
anos. A Saúde, Edison, Canindé, Claudinei, não digo que é importante, não, é
primordial. Hoje, por exemplo, eu vim aqui e eu estou com um pouco de dor no
nervo ciático – e eu sou jovem, isso não é coisa de velho, não, ouviu, Canindé
Pegado?
Então nós precisamos
realmente é desse carinho do pessoal da Saúde, e esse carinho é demonstrado
todos os dias. Eu já passei por atendimentos em hospitais, hospitais
filantrópicos e hospitais particulares, e, olha, esse povo que está lá
trabalhando, eles desempenham um verdadeiro sacerdócio. Não é um trabalho, não
é uma função profissional apenas, é uma dedicação de vida, de amor, de carinho,
e as pessoas que mais precisam, numa hora em que se encontram fragilizadas,
elas encontram esse carinho. Então essa data para mim é de muita importância,
de importância fantástica, gigantesca, porque é um pouco que nós damos de nós,
de reconhecimento em favor de uma categoria que realmente merece.
E agora nós ouviremos o Hino Nacional
Brasileiro executado pela Banda da Polícia Militar. E, aqueles que puderem,
devem ficar de pé.
* * *
- É executado o Hino Nacional
Brasileiro.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - RAFAEL SILVA - PSB - A
Banda da Polícia Militar está aqui, mas não está sozinha, não. Ela traz aqui
com ela o orgulho de milhares de policiais militares que estão pelas ruas. Aí,
de repente, de madrugada, acontece alguma coisa e lá está a Polícia Militar
presente. E a Polícia Militar não é valorizada como deveria ser, não. Não é.
Nós vivemos uma
realidade neste País em que é valorizado... É o maestro Eliseu, minha esposa
veio me falar. Oi, Eliseu. O Eliseu desempenha um trabalho aqui com esse
pessoal todo, com essa moçada toda, abrilhanta este evento. Então a Polícia
Militar tomba e muitos policiais tombam nas ruas, morrem, outros ficam com
problema físico para o resto da vida e não têm o reconhecimento, porque este
País existe para valorizar aquele que tem todo poder. Nós temos a valorização
aqui do banqueiro, do grande empresário, e do trabalhador não.
Então a vocês da
Polícia Militar, o meu reconhecimento e o meu agradecimento em favor dessa
população que muito precisa de vocês, principalmente um País com problemas
sociais terríveis, onde a violência se agiganta. Então obrigado ao oficial
Eliseu e a turma da Polícia Militar, e levem a seus companheiros os nossos
agradecimentos por tudo aquilo que vocês representam.
Edison, eu sei que não
é o assunto deste encontro, mas é muito bom nós termos consciência da realidade
que nos cerca. É bom termos consciência, e a informação é a matéria-prima da
consciência. Sem informação nós não formamos consciência. Canindé Pegado, que é
estudioso de filosofia e amigo antigo, David Hume, que nasceu em 1711 e morreu
em 1776, ele falava que o “eu”, a nossa mente, é um feixe de percepções. As
informações vêm, fortalecem esse feixe e depois vão desaparecendo. Umas são
reforçadas com informações que vêm e repetem no mesmo sentido. Então por isso,
sem informação o nosso “eu” não se forma de maneira adequada.
Nós estamos aí às
vésperas de uma mudança na Previdência. Todo mundo entende que a Previdência
precisa de mudanças, mas qual mudança? Será que o que representa problema para
este País é o trabalhador da Saúde, que ganha um salário miserável e trabalha
muitos e muitos anos? Será que ele é o problema? Será que é o trabalhador
simples? Ou será que o problema está em uma esfera mais alta, onde pouca gente
ganha mais do que um universo daqueles que realmente deveriam ser valorizados?
Vamos ter mudança, mas que tipo de mudança? Será que a mudança vem para
garantir quem precisa de garantia? Será que ela vai acontecer de forma
adequada?
Eu espero que o
Congresso Nacional discuta com independência, não é se vendendo por cargos, por
posições, por verbas, não. Tem que prevalecer a dignidade. O Canindé Pegado tem
um trabalho muito forte em favor do trabalhador. O Edison também, ao longo da
vida dele. Sempre que ele fala comigo eu sinto nele essa vontade de ver um dia
o trabalhador sendo valorizado.
A mudança da
Previdência, “olha, vai aposentar com 65 anos”, será que o trabalhador simples,
será que todos os trabalhadores simples vão suportar essa jornada longa? E
aquele que ficar desempregado com 55 anos, com 60? O que ele vai fazer para se aposentar?
Aquele poderoso que está dentro do gabinete com todo o conforto, para ele isso
aí não tem problema. E aquele que está na Saúde atendendo aqui, atendendo lá?
Aqueles que trabalham ali limpando o hospital, lavando a roupa ali? Aqueles que
trabalham na enfermaria, de noite, plantão, de madrugada? Qual a condição que
eles terão com 65 anos?
E muitos são obrigados
a ter dois empregos. Como é que fica essa realidade? Será que a realidade
desses trabalhadores é a mesma realidade daquele que tem uma posição
privilegiada e tem um salário maravilhoso – e com esse salário ele pode,
inclusive, formar ali uma poupança que garanta a ele um final de vida muito
mais feliz? O trabalhador comum não tem essa garantia, não tem essa estrutura,
não consegue juntar ao longo da vida um patrimônio que dê a ele esse conforto.
Não consegue.
Nós temos a alegria de
receber também o Ricardo Patah, da UGT, que é companheiro antigo também, que
vive e que sonha com a valorização do trabalhador. Então, uma salva de palmas
para o Ricardo Patah. (Palmas.) Então, gente, apenas para que a gente possa
entender e eu quero a atenção de todo mundo agora, aí vocês vão falar agora:
“Mas por que isso não é discutido na televisão, nas grandes emissoras de
rádio?” Por que será?
O Brasil paga de juros
da dívida pública, hoje, mais de 250 bilhões por ano. Chegou a pagar mais, a
taxa da Selic diminuiu. Em dez anos, nossos governantes falam, vamos economizar
um trilhão de reais mudando a Previdência Social, vamos economizar um trilhão
de reais. Eu quero dizer para todo mundo que está aqui me vendo e ouvindo
agora, em dez anos o Brasil vai pagar mais de três trilhões de juros da dívida
pública. Para os banqueiros, para os especuladores nacionais e internacionais,
o Brasil vai pagar ou vai aumentar a dívida dele, Brasil, da nação, do povo.
Vai aumentar a dívida em favor desse pessoal.
Então, na mudança da
Previdência Social, eles esperam economizar, repito, um trilhão de reais. Nesse
mesmo período nós pagaremos ou aumentaremos nossa dívida em mais de três
trilhões de reais. Aí vocês poderão dizer: “Ah, mas isso a gente não ouve na
televisão”. Por que será que não ouve? Dá para entender? Dá para pensar um pouco?
Canindé, nós já falamos disso. René Descartes falou que quando você tem uma
pessoa desenvolvida, outra pessoa também consciente, mais e mais pessoas
conscientes, aí nós vamos ter uma sociedade consciente que não aceita ser
enganada nem escravizada.
É muito importante nós
termos a consciência da realidade brasileira, os especuladores financeiros, os
banqueiros, eles têm todo o poder e por isso – você escuta o político falando
lá em Brasília: “Não, vamos economizar um trilhão”. Eu escutei ainda agora de manhã.
Mas precisamos de outras mudanças também. Mas quais mudanças são necessárias?
Será que nós devemos pagar para meia dúzia de especuladores, de banqueiros,
três trilhões de reais ao longo desse período? E a Previdência poderá dar no
máximo um trilhão de reais de economia. Não vai dar não, porque esse projeto
vai receber alterações no Congresso. Ou seja, vamos economizar um pouquinho
sacrificando as pessoas humildes, sacrificando aquele que precisa do emprego,
da aposentadoria. E os grandões?
Preste atenção no
discurso dos deputados lá em Brasília. Eles falam: “Não, nós precisamos de
outras mudanças, não é apenas a Previdência que deve ser alterada”. Mas quais
mudanças? Por que eles não falam na mudança principal, que é esse carregamento
de dinheiro, de recursos, do dinheiro que poderia ser usado para o
desenvolvimento da indústria, do comércio, da Saúde, da Educação. Não, o
dinheiro não vai para lá, o dinheiro vai para o bolso de pouca gente.
Aí alguém pode dizer:
“Ah, mas o Brasil não está pagando juros, o Brasil para pagar teria que ter um
superávit primário, e não tem”. Realmente ele não está pagando, não, mas eles
são garantidos, porque a dívida do Brasil está aumentando e eles vão ter mais e
mais dinheiro para receber. Estão garantidos, não é? O Brasil não é uma empresa
que quebra, que vai à falência, é uma nação, tem toda uma estrutura e esse
pessoal se garante. O trabalhador não tem como se garantir, esse pessoal
poderoso tem.
Então, nós temos aqui
pessoas realmente comprometidas com os trabalhadores, aqui nesta Mesa. E o Edison,
o Ricardo Patah, o Canindé. O Ricardo não veio para a Mesa ainda? Vem para a
Mesa com a gente, que para nós é motivo de orgulho tê-lo aqui. Então nós temos
pessoas aqui que entendem que a valorização do trabalhador é a valorização da
dignidade do povo brasileiro. E vocês, trabalhadores da Saúde, eu quero mandar
para vocês o meu reconhecimento particular por tudo o que vocês fazem. Eu tenho
73, quase 74 anos, e a gente à medida que o tempo passa, a gente vai precisando
mais e mais desse atendimento.
Eu quero dizer para
vocês, vocês são pessoas maravilhosas, são verdadeiros anjos, que preparam –
uns preparam toda a estrutura ali do atendimento no Hospital, nas Clínicas, os
outros atendem diretamente baseados nessa estrutura, mas o que vocês fazem é
algo maravilhoso. E esta sessão solene, esta homenagem, na realidade, não é uma
homenagem, é o reconhecimento por tudo que vocês fazem. É um reconhecimento
muito pequeno por tudo aquilo que vocês representam.
Então, de minha parte e
da parte dos componentes desta Mesa, inclusive do Claudinei, vocês podem ter
certeza, nós estamos aqui cumprindo uma obrigação, uma missão. E vocês
realmente estão aqui porque vocês são pessoas maravilhosas. Vocês abandonaram
seus lares agora de manhã, e, na realidade, não é a Assembleia que está
homenageando vocês, com suas presenças vocês estão homenageando a Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo. Vocês representam para nós realmente essa
grande homenagem, e por isso nós agradecemos pela presença de vocês e por tudo
aquilo que vocês fazem no dia a dia.
Bem, eu devolvo para a
Sirlene agora, é ela que comanda aqui o acontecimento, para que ela determine,
inclusive, o que teremos agora na sequência.
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - SIRLENE NOGUEIRA - Obrigada,
deputado. Eu gostaria de registrar a
presença, que já estão à Mesa, do deputado estadual Tenente Nascimento e do Sr.
Ricardo Patah, que é presidente da UGT. Gostaria também de registrar a presença
do Rodrigo Paula que está representando o prefeito de Franca, o Sr. Gilson de
Souza.
E queria comunicar a
todos os presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela
TV Alesp, e será retransmitida pela TV Alesp neste sábado, dia 18 de maio, às
21 horas e pela NET canal 7, e pela Vivo canal 9, e pela TV Digital canal 61.2.
Sr. Deputado, o senhor
gostaria de passar a palavra para os nossos convidados?
O
SR. PRESIDENTE - RAFAEL SILVA - PSB - Sirlene,
você é que comanda. Você assumiu o comando agora e pode indicar quem que vai
usar a palavra.
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - SIRLENE NOGUEIRA - Está
bem. Então, eu vou passar a palavra para o deputado estadual Tenente
Nascimento.
O
SR. PRESIDENTE - RAFAEL SILVA - PSB - Obrigado
Tenente Nascimento pela presença. Tenente Nascimento é amigo antigo também.
O
SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL - Um
bom dia a todos. Bom dia aos nossos amigos que também estão nos acompanhando
pela TV Alesp nesta manhã tão bonita. Eu quero aqui cumprimentar o meu amigo
deputado Rafael Silva. Muitos falam assim “O Rafael, ele tem essa deficiência
visual”, mas eu digo a vocês: o Rafael enxerga muito longe, porque ele enxerga
com a alma e enxerga com o coração. Obrigado, Rafael.
Eu quero dizer a vocês,
este plenário, esta tribuna, é de vocês profissionais da Saúde, porque vocês se
dedicam, vocês trabalham, vocês usam o seu tempo – muitas vezes mais – em
dedicação a pessoas que não são seus familiares, porque vocês têm um compromisso
com a vida. É uma profissão nobre, é uma profissão de um dos mandamentos, que
nós temos nos Dez Mandamentos, que quer dizer: “Amar o próximo como a ti
mesmo”. Nós vemos assim a necessidade da cura, são longos plantões, noites a
fim.
Eu quero aqui dizer que
este que vos fala teve a vida salva naquele hospital, no Hospital das Clínicas.
Eu tinha apenas oito anos de idade, ouviu, Rafael? E eu fui acometido de febre
reumática. Naquela época, somente o Hospital das Clínicas tratava no Brasil
dessa enfermidade. Então minha mãe descobriu, passei algumas noites em claro.
Saudosa mamãe – a qual me emociona até – me pegou no colo, nós morávamos lá na
zona leste, pegávamos três ônibus para chegar no Hospital das Clínicas, e eu
com uma dor no pulso, “mas o que que é isso?”, e eu chorava e chorava. Aí
encontrei um profissional que disse assim: “Olha, leva esse menino no Hospital
das Clínicas, porque isso aí pode ser febre reumática”.
Havia uma semana com
gritos e dor, e minha mãe ali foi também uma profissional de Saúde, porque ela
pegou-me – eu já era um menino crescido – e andou comigo em ônibus, bonde,
chegamos até o Hospital das Clínicas, e lá fomos atendidos por uma profissional
de Saúde, dona Celina – ela era enfermeira. E minha mãe tinha outros filhos
para ir em casa cuidar, era aquela correria. E quando cheguei ali já estava com
uma válvula com pus no coração, aí ela disse – os médicos detectaram, fizeram
os exames – e ela disse assim: “Ele vai ficar internado”. E aquela dona Celina,
uma profissional que eu cito, disse para minha mãe – minha mãe disse: “Não, não
vai ficar. Se for preciso, venho aqui quantas vezes forem necessárias, mas eu
quero levar meu filho para a casa”.
E aí uma profissional
como vocês, dona Celina, falou assim: “Deixa ele aqui comigo. Eu moro aqui na
rua Bruxelas, em Sumaré. Eu levo ele para minha casa, e depois a senhora pode
ir para casa cuidar dos seus afazeres. Nós vamos cuidar aqui do seu filho”.
Veja bem que ato humanitário. Ela agiu não só profissionalmente, mas agiu com o
coração. E digo a vocês, dez anos se passaram, eu tomava aquela famosa
Benzetacil, um milhão e 200 unidades, de quinze em quinze dias – e vocês sabem
muito bem o que é isso. Eu corria, e a dona Celina dizia assim: “Vem cá. Então
você não vai poder vir aqui tomar no hospital, mas você vai levar para casa
tantas unidades”.
Então estou citando
aqui isso, Rafael, para que vocês saibam que aquilo salvou a minha vida, e hoje
eu posso aqui dizer a vocês o meu muito obrigado. O que seria da sociedade sem
vocês? O que seria de nós sem vocês? Mas aí nós falamos: “Às vezes, nós não
temos realmente o reconhecimento salarial. Nós não temos o reconhecimento de
incentivos”, mas nem por isso as senhoras e os senhores abandonam aquilo que é
de melhor na sociedade, que é cuidar da vida.
Tive outros eventos de
saúde na família. Eu tenho um filho que teve embolia pulmonar, ficou quatro
meses dentro do hospital, parada respiratória, três hemorragias pulmonares, e
nós chegávamos naquele hospital no desespero e tinha sempre um profissional ao
nosso lado: “Olha aqui, nós estamos aqui, o que você precisa?” Diuturnamente
acompanhando nossa família, minha esposa e a esposa dele, e esse filho também
foi salvo. Teve um dia que ele teve hemorragia pulmonar, Rafael, e o Dr. José
Rodrigues, ali no Hospital Oswaldo Cruz, saiu do primeiro andar até o quarto
correndo. Chegou lá, aquela hemorragia, sangue para todo lado, nós no
desespero, “o que que tinha que fazer?”, e ele: “Calma, vamos aqui impor os
nossos trabalhos”.
E, passado aquele período tão tortuoso, os
profissionais, com a dedicação, trataram meu filho como um filho. A 39 quilos
ele chegou. Hoje eu tenho prazer de falar aqui a vocês, profissionais, que ele
me deu, depois de seis meses, uma neta. Eu tenho um casal de netos que são as
coisas mais lindas – pensem em uns netos bonitos. Mas estavam ao nosso lado
profissionais como vocês.
O amor está acima de
tudo, e, tratando-se de saúde, eu quero lembrá-los que hoje é o Dia
Internacional da Hipertensão – doença silenciosa que acomete muitas pessoas. Estima-se
que 30% da população – vocês sabem muito bem disso – sofre de pressão alta, e
metade desses 30% não sabe disso. Mas eu tenho certeza que vocês, com seu
trabalho, possam, devem e fazem com todo carinho. Não poderia ser melhor a
informação para que essas pessoas tenham também uma melhor condição de vida.
Eu quero dizer a vocês
que eu estou aqui, e não poderia ser melhor lugar para fazer uma homenagem.
Esta tribuna, este plenário hoje é de vocês, porque vocês merecem toda a
dedicação, todo o amor, todo carinho do povo paulista, desse povo, do povo
brasileiro – porque eu sei que vêm pessoas dos mais longes estados para virem
aqui e tem sempre uma mão amiga para receber dentro das nossas áreas de Saúde.
O meu muito obrigado.
Muito obrigado, Rafael,
por nos dar a oportunidade de estarmos aqui juntamente com esses profissionais,
para que venhamos a homenageá-los e agradecê-los, porque vocês são especiais.
Muito obrigado a todos, muito obrigado, presidente. Que Deus abençoe e
continue, e vamos aqui sim lutar para que vocês tenham melhores condições de
trabalho, uma melhor condição e reconhecimento salarial, mas não podemos deixar
de falar: o meu muito obrigado a vocês. Vocês realmente fazem parte da nossa
família. Deus abençoe a todos.
O
SR. PRESIDENTE - RAFAEL SILVA - PSB -
O nosso agradecimento ao deputado Tenente Nascimento pela participação, pelas
palavras. Ele demonstra o reconhecimento que ele tem e que toda a população com
certeza tem em razão daquilo que vocês fazem.
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - SIRLENE NOGUEIRA - Gratidão,
deputado Tenente Nascimento. E com a palavra o presidente da UGT, Sr. Ricardo
Patah.
O
SR. RICARDO PATAH - Bom dia, meus amigos e amigas. Quero
cumprimentar o nosso deputado Rafael, que sempre está presente em atos, em
ações muito sensíveis à nossa sociedade, e é um reconhecido deputado que labuta
em prol de um São Paulo melhor; o deputado Nascimento, o vereador Claudinei; o
meu companheiro e amigo, que ajuda a dirigir bem a nossa Central UGT ,o Canindé
Pegado, que a meu ver é uma das pessoas mais leais do movimento sindical aos
trabalhadores e trabalhadoras, que eu reconheço como uma das pessoas que
carregam realmente a nossa querida UGT; e o nosso presidente Edison, que
conhece profundamente o tema e, em todas as ações que fazemos e desenvolvemos
na UGT, a Saúde é sempre colocada em primeiro lugar.
Quero parabenizar pela
data a todos aqueles que hoje não só estão aqui, mas estão nos hospitais, em
todas as áreas, e que cada um de nós – em especial aqui da Mesa – temos
histórias importantes relativas às pessoas que tratam da Saúde, tratam da vida
e nos disponibilizam a vida de vocês em prol de uma vida mais importante.
Mas eu quero fazer dois rápidos comentários –
porque hoje é um dia da valorização da função das pessoas que tratam da Saúde
–, mas eu queria, duas questões importantes, tanto a questão da Previdência,
deputado Rafael, que está aí em debate, em discussão, a Previdência que está
sendo apresentada não é aquela que a UGT defende, mas a UGT até defende que
haja algumas mudanças. Nós queremos transparência, nós queremos gestão e nós
queremos igualdade, porque hoje há ainda – estava ouvindo do rádio –, tem ainda
pessoas que têm aposentadoria de 60, 70, 80 mil reais, e nós, mortais simples,
para termos uma aposentadoria de 1.200 ou 1.500 reais é muito difícil.
Em um Brasil de mais de
14 milhões de desempregados, cinco milhões de desalentados, a revolução 4.0
chegando por aí, batendo à porta, e tirando uma série de empregos, em especial
na área de comércio e serviços.
Então, queremos que o
Brasil faça mudanças, mas que valorize, em especial, e, no caso em tela aqui,
os operadores da Saúde, porque cuidam muitas vezes da Saúde e, quando vão se
aposentar, não conseguem ter uma aposentadoria digna. Então eu acho que nós
temos que ter mudança, mas não essa que está por aí. E, principalmente, na
questão, deputado, desde a reforma trabalhista feita no governo Temer e com a
medida provisória feita no governo atual, com foco de acabar com a estrutura
sindical do nosso País. Nós precisamos iniciar um processo – e já começamos –
de mostrar indignação, porque a atividade sindical do nosso País ajudou a
acabar com a ditadura no passado, ajudou a acabar com a inflação, construiu a
política do salário mínimo.
Num Brasil de mais de 14 milhões de
desempregados, cinco milhões de desalentados, a revolução 4.0 chegando por aí,
batendo à porta, e tirando uma série de empregos, em especial na área de
comércio e serviços; na área da Saúde, a tecnologia é importante quando ela é
utilizada nas operações, nos remédios, que realmente dão longevidade à nossa
população. Mas não podemos permitir, sem que haja regramentos, de vir essa
tecnologia desempregando, e daqui a pouco é só a máquina. E não sei como é que
o Brasil vai viver para a máquina.
Na área do comércio –
eu sou presidente do Sindicato dos Comerciários em São Paulo – nós temos hoje o
caixa sem caixa, a venda pela internet, ou seja, está diminuindo maciçamente o
número de trabalhadores, de postos de trabalho, sem ter outras oportunidades,
sem ter a capacitação.
Hoje é um dia especial
da Saúde, mas a Saúde é para todos nós. Em especial, logicamente, do operador
da Saúde, porque é ele que dá a saúde para todos nós. O Brasil não tem na
realidade, infelizmente, não tem o trato adequado ainda para a Saúde; não tem
para a Educação; não tem para a distribuição de renda; não tem para a
cidadania. Por isso, eu prego aqui, na valorização dos operadores da Saúde e na
Casa Legislativa de São Paulo, que nós temos que ter solidariedade entre todos
nós e, temos que buscar alternativas efetivas de ter um Brasil que inicia um
processo de crescimento, porque o Brasil nos últimos anos está patinando. Este
ano não vamos crescer mais de um por cento.
Nós estamos aí com um
problema sério na Educação e na capacitação, e tiram as verbas da Educação. É
possível nós tirarmos a verba da estrutura mais importante que nós temos?
Porque nós todos precisamos de educação e capacitação para até melhorar a
saúde. Eu dou aqui um testemunho de um pouco de indignação num momento de alegria,
não há dúvida, num momento de reconhecimento de uma categoria fundamental, mas
é justamente nesses momentos que nós precisamos nos unificarmos, estarmos
solidários, porque todos nós queremos um Brasil diferente, um Brasil de
emprego, um Brasil de educação, um Brasil de cidadania e um Brasil para todos
os brasileiros. Viva os operadores da Saúde!
O
SR. PRESIDENTE - RAFAEL SILVA - PSB -
Nosso agradecimento pela participação e pelas palavras do Ricardo Patah. Ele
comanda a UGT, tem o Canindé Pegado aqui dando todo o apoio e estrutura para
ele, mas o principal é que ele tem um coração voltado realmente para a defesa
do trabalhador. Na medida em que a gente tem mais e mais representantes dignos
dos trabalhadores, nós valorizamos os trabalhadores. Então, obrigado, Ricardo,
pelo seu trabalho, por tudo aquilo que você faz e por sua presença, por sua
participação.
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - SIRLENE NOGUEIRA - Deputado,
eu gostaria de ressaltar que nesta sessão solene será prestada uma homenagem a
12 profissionais da Saúde que atuam nos setores de enfermagem, administração e
apoio, e eles representam cerca de mais de um milhão de trabalhadores da Saúde
que atuam no estado de São Paulo.
Então, agora eu
gostaria de convidar o senhor e o presidente da Federação Paulista da Saúde, o
Sr. Edison Laércio de Oliveira, para se colocarem à frente da Mesa para a gente
fazer a homenagem a estes profissionais, pode ser?
O
SR. PRESIDENTE - RAFAEL SILVA - PSB - Pode
ser. E eu agradeço a presença do Alex de Madureira também, que vive também a
realidade política em favor daqueles que mais precisam. Agora, doze
homenageados, na realidade essa homenagem não é apenas para eles. Eles
representam toda essa categoria, Sirlene, como você colocou. Então nossa
homenagem, como nós não temos condições de homenagear a todos, pegamos dozes –
e quem indicou, inclusive, foi a Federação dos Trabalhadores da Saúde. E, em
nome dessas pessoas, rendemos nossa homenagem a todos que estão presentes e
àqueles que também não estão presentes.
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - SIRLENE NOGUEIRA - Exatamente.
Eu vou chamar o homenageado e também o representante do sindicato que o indicou
para que venham aqui à frente receber as homenagens.
Vamos começar pela
região de Araçatuba. A homenageada daquela região é a Marcia Gomes Zaramelo de
Freitas, ela é recepcionista na Santa Casa de Misericórdia de Birigui, e quem
vai estar com ela, representando a região, é o Carlos Alberto Jacinto, que
representa o SinSaúde de Araçatuba e Região.
Gostaria de convidar
para receber as homenagens a Silvana Gibin, da Clínica Hemato Oncologia, onde
ela atua como técnica em enfermagem. Ela será acompanhada pela presidente do
SinSaúde de Jaú e Região, a Sra. Edna Alves.
Eu gostaria de convidar
a Edna Alves. Por favor, que permaneça à frente, para que ela receba a
homenagem da Sra. Maridete Aparecida Moura Bis, que é da Santa Casa de Rio
Claro e que, por motivo de força maior, não pôde comparecer a esta sessão
solene.
Por problema de um
sério acidente na rodovia, a delegação de Rio Preto não pôde estar completa
nesta sessão solene. Então, eu gostaria de convidar o diretor de comunicação da
Federação Paulista da Saúde, Luiz Vergara, para fazer a entrega da homenagem ao
Sr. Ubaldo Alves dos Santos Junior, que é o homenageado daquela região. Ele que
é chefe do setor de recursos humanos do Instituto de Hematologia de São José do
Rio Preto.
Gostaria de convidar a
Sra. Vanessa Aparecida Cunha, que é técnica de enfermagem no Hospital Augusto
de Oliveira Camargo, de Indaiatuba, para, junto com a presidente do SinSaúde de
Campinas e Região, a Sra. Leide Mengatti, receber as homenagens desta Casa.
Esta Casa fará
homenagem agora a Sra. Denise Cristina Ferreira, que é técnica de enfermagem do
Hospital Pio XII. Ela será acompanhada pelo Sr. Carlos José Gonçalves,
presidente do Sindicato da Saúde de São José dos Campos e Região.
Convidamos o Sr. Valdir
Marcondes de Oliveira, que é da manutenção da Santa Casa de Misericórdia de
Presidente Prudente, para que, junto com o presidente daquela entidade
sindical, Sr. Sebastião Aparecido Matias, receba as homenagens da Alesp.
Convidamos, para que
receba as homenagens desta Casa, a Sra. Irani de Fátima Caetano, que é técnica
de enfermagem da Fundação da Santa Casa de Misericórdia de Franca. Ela está
acompanhada pela presidente do SinSaúde em Franca e Região, a Sra. Elaine
Amaral.
O próximo homenageado é
o Sr. Weligton Alves de Brito, que é técnico de enfermagem do Hospital Ana
Costa de Barros, do Sintrasaúde de Santos, que está sendo representado pelo
Marcelo Cancio.
Eu gostaria de convidar
para receber as homenagens a Cátia Regina Sotero, que é auxiliar de enfermagem
na Santa Casa de Cerquilho. Ela vai ser acompanhada pela Lúcia Maria dos Reis
Paula, que representa o Sindicato da Saúde de Piracicaba e Região.
Gostaríamos de
convidar, para receber as homenagens da Assembleia Legislativa do Estado de São
Paulo, a Sra. Rosana Aparecida Fachini Pizzolato, ela que é técnica em
enfermagem do Hospital Beneficente Santo Antônio, de Orlândia, na região de
Ribeirão Preto. Ela está acompanhada pelo Alexandre, que representa o Sinsaúde
de Ribeirão Preto e Região.
E por último, nós
convidamos o Sr. Benedito Arão dos Santos, que foi funcionário da PUC e que
será representado com o Sr. Milton Sanches, presidente do SinSaúde de Sorocaba
e Região.
* * *
- São entregues as
homenagens.
* * *
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - SIRLENE NOGUEIRA - Finalizadas
as homenagens a esses profissionais, que representam mais de um milhão de
trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo, passamos a palavra ao Sr. Edison
Laércio de Oliveira, que é o diretor-presidente da Federação dos Trabalhadores
da Saúde do Estado de São Paulo.
O
SR. EDISON LAÉRCIO DE OLIVEIRA - Sr. Deputado Rafael
Silva, em sua pessoa quero agradecer por mais esse ano de homenagem aos
trabalhadores da Saúde, como autor da lei que preside a sessão solene nesta
data.
Lembra-se, deputado, que há 15 anos atrás um diretor, que faz muita falta hoje
ao seio da Diretoria da Saúde e aos trabalhadores da Federação, o companheiro
Pedro Tolentino, o procurou para que o senhor acampasse ou encampasse uma
homenagem. Lembro-me como se fosse hoje a sua delicadeza, a sua presteza em
atender o companheiro Pedro Tolentino e dizendo: “Não só vou buscar a luta em
cima disso, com a certeza que esta Casa aprovará um projeto de minha autoria
por unanimidade”. E há 15 anos atrás, Tenente Nascimento, isso aconteceu, e
hoje nós estamos aqui, neste dia, nesta data, buscando relembrar isso, porque infelizes
são as pessoas que não têm história, que não conhecem a história e que não
participam ativamente dela. Infeliz é a pessoa que não consegue enxergar isso.
Como lembrou o Tenente
Nascimento, o Rafael pode não ter a sua visão dada como todos nós temos aqui.
Mas, tem a visão do coração, tem a visão da emoção, a visão da lealdade, da
cordialidade. É isso que faz todo esse povo que aqui está, Tenente Nascimento,
de todos os rincões deste Estado, se fazer presente num momento de dificuldade
imensa do movimento sindical.
Qual é a categoria que
hoje reúne aqui dentro, ordeiramente, organizadamente, sem nenhum tipo de
baderna, 400 pessoas, no mínimo? São pessoas que vieram de Prudente, de
Dracena, de Tupã, de Rio Preto, Araçatuba, de todos os rincões, das cidades
mais longínquas, e aqui se fazem presentes para buscarem, realmente, o
reconhecimento do povo de São Paulo. Reconhecimento esse que é difícil vir no
dia a dia.
E o Tenente Nascimento
lembrou uma outra coisa: nós ganhamos muito pouco por aquilo que nós fazemos.
Mas não deixamos de atender a ninguém, de estar todo dia à beira ou à cabeceira
de um paciente. E muitas vezes vamos ao nosso local de trabalho ou doente ou
com alguém de nossa família doente. Mas no dia de hoje é que há essa recompensa
de ver realmente a Casa de Leis do estado homenageando-nos, e isso faz a cada
dia, cada momento essa profissão ser engrandecida.
Nós só temos que
agradecer a esta Casa, ao deputado Rafael Silva. Agradecer a vocês que vieram
de todas essas cidades e, me permitam não dizer o nome de todas, porque eu
posso esquecer, e o esquecimento nessa hora será trágico, porque alguém haverá
de cobrar. Mas todos que aqui estão, vieram representar a sua região, o seu
sindicato – sindicato hoje é palavra amaldiçoada na grande imprensa e boa parte
dos políticos. O sindicato deixa a sua marca: a marca reivindicatória, a marca
de defesas, a marca de busca de direitos ou de manutenção de direitos. Esse é o
movimento sindical brasileiro.
É esse movimento que
querem acabar, mas a grande mídia, o grande empresariado, a grande massa de
políticos eleitos no vão de “Maria vai com as outras” e que não têm a decência
de sentar, de conversar, de discutir e de ser questionado. Disse uma vez, na
sede do Sindicato de Saúde de Campinas, do qual eu era presidente, e lá estava
para recepcionar o grande homem público que São Paulo teve: governador Mário Covas, que “Nenhuma
democracia do mundo se faz sem um sindicato forte”, independente, briguento
pelo seu direito. E brigando pelo seu direito briga pelo direito da categoria que representa.
Agora querem acabar,
querem achar que o movimento sindical é o mal de todos os percalços que nós
estamos vivendo neste País, ou mesmo na reforma trabalhista, que 99% da classe
trabalhadora aprovou, porque deixava de contribuir. Porque a parte mais
sensível do povo, do ser humano, é o bolso. Então: “Não vou precisar mais de
sindicato, não preciso pagar. Nós vamos deixar morrer”.
Mas, não contente com
isso e vendo esse artifício, depois do povo entender, ler, participar, buscar
informação - como lembrou o deputado Rafael Silva , é o esteio de toda
sociedade: informação séria, bem dada, bem escrita, não provocativa, não jogada
no ar, não colocada de forma mentirosa, mas informação sadia. Os trabalhadores
começaram a entender: “Espera aí, se alguma coisa está errada, não é com o
movimento sindical, é com quem fez a lei, com quem aprovou a lei”.
E, percebendo isso, o
novo governo – que já foi intencionado na maldade – sabia que precisaria dar
mais um tiro de misericórdia no movimento sindical e impedir, de uma forma
sorrateira, de uma forma traiçoeira, uma matéria constitucional de não deixar
descontar mensalidade social em folha: “já tiraram as contribuições, agora eu
vou impedir que se associem aos sindicatos.”
E como se impede isso?
Dando dinheiro para banqueiro, como está na Medida Provisória 873 – que cada
boleto custa oito reais? Não. Não pensaram que o movimento sindical ia
resistir. E a prova da resistência está aqui: com toda a dificuldade que nós
estamos atravessando financeiramente desde 2017, este plenário está lotado. Da
mesma forma dos últimos 14 anos, deputado. Palmas para vocês, que vieram e
estão mostrando aos maus políticos que não adianta enganar. Vão enganar num
primeiro momento, mas não enganarão para sempre.
E a reforma da Previdência é outra enganação.
A reforma que nós defendemos e todos devem defender é a igualdade, e essa reforma
não tem nada de igualdade – os privilégios continuam a ser mantidos. Nós não
queremos tirar de ninguém – quem ganha 60 mil, quem ganha 70 ou 80 –, nós
queremos ganhar igual. Só isso. Isso é igualdade. Eu não vou brigar para que
quem ganha 60 mil ganhe R$1.200,00, não. Eu quero ganhar R$1.200,00, está lá.
Como vai fazer isso, o Sr. Ministro Paulo Guedes – um liberal de Chicago – deve
saber fazê-lo. Como com certeza não o fará, que discuta a igualdade na forma de
que todos possam ter os mesmos direitos, as mesmas obrigações.
E nós, trabalhadores da
Saúde, de novo estaremos perdendo. Todos aqueles que trabalham dentro da
estrutura da Saúde têm o direito de buscar uma aposentadoria especial, porque
labutaram para isso durante 25 anos. E esse direito, que aliás, já estava sendo
dificultado, agora morre na reforma da Previdência. Ele morre na reforma da
Previdência.
Então, de novo, nós
devemos buscar a informação, lermos, entendermos e fazermos mais. Uma lição de
casa: todos os deputados federais eleitos por São Paulo têm base de votação na
grande maioria da cidade. Isso já está sendo divulgado pelo movimento sindical,
a UGT já está fazendo isso e as demais centrais também.
E, com certeza, todos
aqui, ou a grande maioria, votaram em algum deputado federal. Pode não se
lembrar, mas votou. Procure na mente, procure no consciente em quem votou e vá
cobrar dele: “Deputado, como é que fica minha situação? Hoje eu tenho esse
direito. Como é que pode discutir uma igualdade ou uma reforma que vai fazer o
bem se eu não terei mais esse direito?” Este deve ser o momento de questionar e
de buscar.
Quero, finalizando,
agradecer meu companheiro Patah, por se fazer mais uma vez presente neste
evento; o apoio do Canindé Pegado, que também, que eu me lembre, desses 15
anos, eu tenho certeza que ele participou de 16, porque é uma pessoa muito cara
a essa categoria, e a gente tem toda uma dedicação e um carinho muito especial.
Quero agradecer, mais
uma vez, o Tenente Nascimento, por se fazer presente; meu companheiro vereador
de Franca, amigo também dos trabalhadores da Saúde. Agradecer a equipe do
gabinete do deputado Rafael Silva pela ajuda, pela forma que nos atende toda
vez que a gente busca o seu gabinete.
Agradecer a equipe de Cerimonial
desta Casa na pessoa do Edson – que é gente boa, me parece; tem o mesmo nome
que eu. A todos, aos da TV, ao câmera e ao jornalista que nos recepcionam
sempre. Ao meu companheiro de diretoria, o diretor de comunicação, que é o Luiz
Carlos Vergara, e toda a diretoria da Federação, que mais uma vez não faltou ao
buscar todos os esforços possíveis para que a gente pudesse estar aqui hoje.
Eu confesso que foi difícil, foi muito
difícil. Mas não tem dificuldade que não se vença quando se tem persistência,
quando se acredita no que faz, quando gosta do que faz; quando, acima de tudo,
tem uma lealdade, uma fidelidade e um compromisso com os trabalhadores da Saúde.
Agradeço a vocês,
homenageados – eu me lembro de ter ligado para o Augusto e falar: “Leva o
homenageado”. A pessoa tem que receber, tem que sentir, ela tem que palpar algo
que ela receba e que lhe dá essa sensação de ser, de fato e de direito, reconhecida.
Vocês fizeram esse papel hoje, todos. E ao chegarem às suas cidades, às suas
casas, aos seus locais de trabalho, divulguem isso. Esse é o verdadeiro
movimento sindical, que tem uma preocupação diuturnamente em manter as
reivindicações, em buscar melhorias para os trabalhadores da Saúde.
Agradecer a minha
assessora de imprensa e toda a sua equipe por ter nos ajudado em mais esse
evento. Agradecer por último – e não por ser último, mas por ser um
agradecimento especial –, a Deus, que nos deu a oportunidade de nos vermos de
novo. Um beijo no coração de todos e até a próxima.
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - SIRLENE NOGUEIRA - Gostaria
de avisar às delegações que ainda não fizeram a foto oficial do evento que o
fotógrafo Gustavo vai estar no hall de entrada finalizando as fotos.
O
SR. PRESIDENTE - RAFAEL SILVA - PSB - Sirlene,
fala da TV Legislativa, que está transmitindo.
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - SIRLENE NOGUEIRA - Eu
já falei, mas eu vou repetir, deputado, está bem? Esta sessão está sendo
transmitida ao vivo pela TV Alesp, neste sábado, dia 18 de maio, às 21 horas, e
também pela Net canal 7, pela Vivo canal 9 e pela TV Digital canal 61.2. Então
a gente pode rever a sessão solene neste sábado, às 21 horas, por esses canais.
A palavra é sua, deputado.
O
SR. PRESIDENTE - RAFAEL SILVA - PSB - Bom,
agradecemos a Sirlene por esse trabalho que ela desempenha sempre, não apenas
aqui fazendo toda essa apresentação, mas criando uma estrutura para que
realmente tudo possa ser feito de forma adequada.
O Canindé Pegado é
amigo antigo, o Ricardo Patah também, e é meu amigo, são meus amigos, porque
eles são amigos dos trabalhadores. O Claudinei Rocha está todos os anos também,
vereador em Franca. O Luiz Vergara – o Luiz Vergara, rapaz, vai lá no meu
gabinete, conversa com todo mundo, muito competente. E o Luiz Vergara nos
lembra do Pedro Tolentino, que se foi, teve um problema sério de saúde e está
morando no andar superior – o Tolentino era uma figura maravilhosa. E o Edison
tinha no Pedro Tolentino também todo esse trabalho. E hoje, o Luiz Vergara está
aí, olha – hoje não, há muitos anos que o Luiz Vergara está nessa causa muito
bonita.
Eu fui vereador oito
anos em Ribeirão Preto – o Alexandre é de Ribeirão Preto, ele está aí e sabe
disso. Quando eu comecei como vereador, eu fiquei sabendo que eu me aposentaria
com oito anos de trabalho. Mas se o vereador fica quatro anos e depois recolhia
mais quatro, completa oito, e ele pode se aposentar, proporcional, mas podia.
Eu falei: “Gente, que coisa esquisita”. Aí eu fiz um movimento em Ribeirão
Preto para acabar com isso, e nós acabamos com isso em Ribeirão Preto. Hoje, o
vereador é como um trabalhador qualquer, paga lá 30 anos – não sei quantos
anos, agora vai mudar a lei.
E lá de Ribeirão Preto,
há mais de 20 e tantos anos, eu fiz um movimento contra a aposentadoria do
deputado estadual. Eu não aceitava, ouviu, Nascimento – o Alex Madureira também
passou por aqui –, eu falei: “Gente, o deputado...”. Existem muitos deputados
aposentados, vereadores aposentados que se aposentaram antes da mudança. Hoje o
deputado estadual não tem mais essa aposentadoria especial. Eu poderia ter duas
aposentadorias, uma de vereador – que eu não sou mais vereador – e outra quando
acabasse o meu mandato de deputado e teria já adquirida essa aposentadoria.
Mas eu não acho justo.
Eu não acho, porque o trabalhador brasileiro é desamparado, ele fica abandonado
à própria sorte. Então, por esse motivo, eu participei desses movimentos. Eu
não recebo aposentadoria de vereador e não vou receber de deputado, mas eu
tenho consciência tranquila do dever cumprido. E, na medida em que nós tivermos
em todos os níveis da política deste País a preocupação que não existam
privilégios, o Edison falou: “Não sou contra que ele ganhe 60 mil, quero ganhar
igual”. Mas, como é impossível, nós não podemos aceitar as coisas absurdas que
existem neste País. E tem gente que fica de nariz torcido, porque ele acha que
ele tem o direito de ganhar 30, 40, 50 ou 60. Por quê? Será que nós temos essa
diferença entre as pessoas no íntimo de cada um? Não, todo mundo é igual.
Eu quero manifestar o
meu agradecimento àquele que está na lavanderia do hospital, da clínica, àquele
que está no escritório, que está na portaria, que está na manutenção do
equipamento, àqueles que atendem o doente ali de forma direta. A todos. Todos
são muito importantes.
E quero dizer também, Ricardo, Canindé,
Edison, Claudinei, a Revolução Industrial, que aconteceu na Europa,
principalmente na Inglaterra, ela fazia o indivíduo trabalhar 14 horas, 16
horas por dia. Crianças de seis, sete anos trabalhavam. Cansadas, elas dormiam.
Vinha lá o sujeito e batia na criança para acordar, porque ela trabalhava –
seis, sete, oito anos de idade. E trabalhava muitas horas. Aí aconteceram os
movimentos dos trabalhadores, os sindicatos se organizaram e as conquistas
vieram.
Mas, infelizmente, no
Brasil, eu quero dizer para vocês, o Brasil vem sendo mal administrado há muito
tempo. Por quê? Porque o eleitor não tem a informação adequada para saber quem
é quem na política. O povo brasileiro é inteligente, mas a informação não chega
como deveria chegar, e aí a gente se engana, a gente comete equívocos.
Mas o movimento
sindical, o movimento que acontece em defesa dos trabalhadores é muito
importante. É muito importante porque o trabalhador fica desamparado se não
tiver essa atenção. Agora, é importante que a gente se conscientize e exija dos
governantes mais seriedade.
Encerrando esta sessão,
eu quero agradecer a todo mundo que se deslocou de pontos distantes, vocês
vieram para cá. Repito o que eu já disse: a presença de vocês é uma homenagem
para a Assembleia Legislativa. Ricardo Patah, Canindé Pegado, Claudinei Rocha,
Edison.
Edison, eu tenho te
acompanhado há muitos anos, a gente tem um contato próximo há muitos anos; em
tanto tempo, eu teria condição de saber quem é você, eu tenho condição de saber
qual é a sua intenção, qual a sua vontade, qual o seu ideal, por isso eu estou
aqui, Edison. E estarei à sua disposição, à disposição da Federação, dos
Sindicatos que aqui estão presentes, para poder levantar qualquer bandeira em
favor da categoria, porque vocês representam a categoria com muita dignidade.
Sirlene, obrigado por
tudo, viu? O pessoal da TV Alesp, a Cássia do meu gabinete, a Sueli do meu
gabinete, o Isaías, a minha esposa Maria Clara, a todo mundo o meu
agradecimento. Que Deus ilumine a todos e que vocês voltem com segurança para
suas cidades. Muito obrigado de coração.
Queria
agradecer aqui e, esgotado então objeto da presente sessão, a Presidência
agradece as autoridades, a minha equipe, os funcionários dos serviços de Som,
da Taquigrafia, de Atas, do Cerimonial, da Secretaria Geral Parlamentar, da
Imprensa da Casa, da TV Legislativa e das assessorias policiais Civil e
Militar, bem como a todos que, com as suas presenças, colaboraram para o êxito
da solenidade.
Declaramos terminados,
declaramos findados os nossos trabalhos de hoje.
Repito, que Deus
ilumine a todos.
* * *
- Encerra-se a sessão
às 12 horas e 03 minutos.
* * *