30 DE MAIO DE 2019
52ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CORONEL TELHADA, DOUGLAS GARCIA e CONTE LOPES
Secretaria: DOUGLAS GARCIA
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - DOUGLAS GARCIA
Assume a Presidência. Anuncia a visita de alunos da Escola
Estadual Comendador Miguel Maluhy, da cidade de Campo Limpo, a convite do
deputado estadual Carlos Giannazi.
3 - CORONEL TELHADA
Parabeniza as cidades aniversariantes do dia de hoje: São
Joaquim da Barra, Valparaíso e Palestina. Destaca que no dia 30/05 comemora-se
o Dia das Bandeiras e o Dia da Mulher Militar. Parabeniza policiais militares
responsáveis por ocorrência na região de Araras, com prisão de suspeitos e
apreensão de drogas. Apresenta imagens da ocorrência.
4 - MAJOR MECCA
Lembra visita, no dia de ontem, nesta Casa, do secretário
estadual de Segurança Pública, general João Camilo Pires de Campos. Cobra do
governador João Doria recomposição salarial da Polícia Militar. Cumprimenta o
prefeito e a população de Martinópolis.
5 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência.
6 - CARLOS GIANNAZI
Destaca que hoje haverá mobilizações em defesa da Educação
pública em todo o Brasil. Rebate fala do ministro da Educação, Abraham
Weintraub, que afirma ter recebido denúncias sobre os estudantes estarem sendo
obrigados por professores a participarem de manifestações. Critica ações
policiais dentro das universidades públicas federais.
7 - DOUGLAS GARCIA
Apresenta vídeo de professor incentivando alunos a
participarem de manifestação popular. Defende a aprovação do projeto Escola sem
Partido. Convida a todos para participarem do Seminário Estadual Escola sem
Partido na próxima sexta-feira, 31/05, a partir das 18 horas, no auditório
Franco Montoro, por iniciativa do deputado Gil Diniz.
8 - JANAINA PASCHOAL
Defende a liberdade de pensamento dentro das escolas. Condena
professores que utilizam sua hierarquia dentro das salas de aula para
influenciar os alunos.
9 - CARLOS GIANNAZI
Para comunicação, saúda decisão do Supremo Tribunal Federal
que anulou medida, aprovada na reforma Trabalhista, segundo a qual mulheres
grávidas poderiam trabalhar em ambientes insalubres. Parabeniza o mesmo
tribunal por decisão que estabeleceu a criminalização da homofobia. Combate a
reforma da Previdência.
10 - SARGENTO NERI
Apresenta matéria jornalística sobre ação do Ministério
Público contra o Governo do Estado em relação aos policiais militares
realizarem escoltas de presos indevidamente, já que a função seria de agentes
da Secretaria da Administração Penitenciária. Explica a importância da atuação
destes agentes em benefício da sociedade. Pede ao comandante-geral da Polícia
Militar, coronel Marcelo Vieira Salles que preste atenção às necessidades da
tropa.
11 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA
Anuncia a presença do comandante-geral da Polícia Militar,
coronel Marcelo Vieira Salles.
12 - MARINA HELOU
Lembra a realização de manifestações pela Educação hoje em
todo o País. Considera que a crise ideológica não é o maior problema da
Educação. Informa que o Dia Mundial do Meio Ambiente ocorrerá em 05/06 e fez
alertas sobre a crise climática e a destruição do meio ambiente. Destaca a
atuação de Greta Thunberg, adolescente sueca líder de movimento ambientalista.
Critica afrouxamento das leis ambientais.
13 - GIL DINIZ
Lembra visita do secretário estadual de Segurança Pública,
general João Camilo Pires de Campos, no dia de ontem, nesta Casa. Defende a
valorização da Polícia Militar e cobra medidas do governador em benefício dos
policiais. Critica que professores utilizem a sala de aula para realizar
proselitismo político. Convida os demais deputados a comparecerem ao lançamento
da Frente Parlamentar em Defesa do projeto Escola sem Partido no dia 31/05, a
partir das 18 horas, no auditório Franco Montoro, nesta Casa.
14 - MARCIO NAKASHIMA
Para comunicação, registra a visita da vice-prefeita do
município de Coronel Macedo, Sra. Miltes Tonon, do vereador Edvaldo Garcia
Rodrigues e da vereadora Edina Tonon Dias, da Câmara Municipal do mesmo
município, e do ex-prefeito da cidade, Sr. José Carlos Tonon.
15 - CONTE LOPES
Comenta o pronunciamento do deputado Major Mecca e lembra a
criação, nesta Casa, do cargo de agente de escolta penitenciária. Destaca
visita, ontem, do secretário estadual de Segurança Pública, general João Camilo
Pires de Campos a esta Casa. Defende que os policiais militares possam ser
promovidos por bravura, inclusive quando há mortes na ocorrência. Lembra
atuação da policial militar Kátia Sastre, que evitou assalto em escola em 2018.
GRANDE EXPEDIENTE
16 - MAJOR MECCA
Para comunicação, informa que determinara abertura de
sindicância, posteriormente arquivada por outro comando, para promover Kátia
Sastre, policial militar feminino eleita deputada federal, por bravura.
17 - CONTE LOPES
Assume a Presidência. Endossa o pronunciamento do deputado
Major Mecca.
18 - CARLÃO PIGNATARI
Pelo art. 82, faz coro ao pronunciamento do deputado Gil
Diniz. Critica manifestações de alunos realizadas em dias úteis. Afirma que há
a defesa da liberdade de Lula e não discursos em prol da Educação. Acrescenta
que estudantes têm sido estimulados a não frequentarem aulas. Responsabiliza
governos do PT pela situação econômica do País. Afirma acreditar no governo
Bolsonaro.
19 - EMIDIO LULA DE SOUZA
Pelo art. 82, rebate os pronunciamentos dos deputados Carlão
Pignatari e Gil Diniz. Aduz que o PSDB governa o Estado desde 1995. Critica o
despreparo de alunos, a seu ver causado por falta de investimentos da citada
sigla na Educação. Exime o PT de responsabilidade em problemas na Pasta, em São
Paulo. Lamenta o corte de 30% em recursos orçamentários destinados ao ensino. Critica
o termo "nova política", aventado pelo governo Bolsonaro, diante da
não resolução de caso a envolver Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro. Lista
benefícios sociais criados por governos petistas. Manifesta apoio às
manifestações populares.
20 - CAIO FRANÇA
Para comunicação, mostra-se preocupado com a privatização de
presídios sem passar pelo crivo deste Parlamento. Clama ao Governo do Estado
que envie para esta Casa projeto sobre a matéria, para evitar eventual
judicialização do tema.
21 - PAULO LULA FIORILO
Pelo art. 82, faz coro ao pronunciamento do deputado Caio
França. Critica desonerações fiscais. Comenta manifestações realizadas hoje, no
País, contra cortes em recursos destinados à Educação. Defende investigação de
Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro. Rebate discurso do deputado Gil Diniz.
Manifesta-se a favor da criação da CPI da Dersa e de investigação dos 24 anos
de governo do PSDB no Estado.
22 - RAFA ZIMBALDI
Pelo art. 82, anuncia que estivera em Hortolândia, em entrega
de 50 ônibus. Registra insatisfação com a falta de quórum em reuniões da
Comissão de Infraestrutura e Comissão de Fiscalização e Controle. Assevera que
deve analisar concessões de estradas, a fim de promover a redução na tarifa de
praças de pedágio, a seu ver abusiva. Defende o debate de projetos que sejam
relevantes para o Estado.
23 - JANAINA PASCHOAL
Agradece à deputada Marta Costa pelo ingresso como coautora
em projeto que visa a proibir festas open bar. Defende o fornecimento de
borrifadores de veneno, pelo Governo do Estado, para o combate à dengue em
Americana e em Tupã. Clama a seus pares que evitem, em redes sociais,
adjetivações negativas direcionadas a parlamentares. Acrescenta que
divergências devem ser mantidas no campo das ideias. Manifesta preocupação com a
agenda acelerada de desestatização de presídios estaduais. Lista riscos da
medida. Defende discussão do tema nesta Casa.
24 - GIL DINIZ
Faz coro ao pronunciamento da deputada Janaina Paschoal.
Defende a valorização dos agentes penitenciários. Manifesta posição
inicialmente contrária à privatização da atividade fim de presídios, por ser
obrigação do estado, a seu ver. Critica a adoção do nome Lula, por
parlamentares do PT. Lembra os assassinatos de Celso Daniel e Toninho do PT.
Afirma que a cúpula da citada sigla partidária fora condenada em processos
judiciais. Critica estudantes presentes em manifestações. Comemora a geração de
130 mil empregos em abril. Comenta wifi em escolas do nordeste. Conclui que
acredita na inocência de Flávio Bolsonaro.
25 - LETICIA AGUIAR
Para comunicação, defende a extinção de indultos concedidos a
detentos. Afirma que cerca de mil beneficiados não regressaram ao sistema
prisional. Informa ser autora do PL 670/19, que visa a divulgar os nomes de
foragidos da Justiça. Clama pela aumento no efetivo da Polícia Civil.
26 - EMIDIO LULA DE SOUZA
Para comunicação, rebate o discurso do deputado Gil Diniz.
Clama ao citado parlamentar que respeite seus pares. Afirma que Flávio
Bolsonaro é aliado do crime organizado no Rio de Janeiro. Elogia governos do
PT, em âmbito nacional.
27 - GIL DINIZ
Para comunicação, rebate o posicionamento do deputado Emidio
de Souza. Lembra que a autoridade votara no PSDB, em eleição nesta Casa.
28 - EMIDIO LULA DE SOUZA
Para comunicação, manifesta desapontamento com o discurso do
deputado Gil Diniz. Afirma que Sérgio Moro condenara Lula para retirá-lo da
disputa presidencial. Defende investigação de Fabrício Queiroz, por usar 130
mil reais em espécie, em hospital.
29 - CORONEL NISHIKAWA
Para comunicação, afirma que nunca atacou o PT. Acusa o
deputado Emidio Lula de Souza de fazer críticas injustas ao PSL e ao governo
Bolsonaro. Discorre sobre as propostas de privatização de presídios.
30 - CARLÃO PIGNATARI
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
31 - PRESIDENTE CONTE LOPES
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária de 31/05, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.
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* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e convida o nobre deputado Douglas Garcia para ler a resenha do
Expediente.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - Agradeço ao Sr.
Presidente pela honra. Está sobre a mesa uma Indicação do deputado Edmir
Chedid: “Indico, nos termos do Art. 159, da Consolidação do Regimento Interno,
ao Exmo. Sr. Governador do Estado de São Paulo as providências necessárias para
a efetivação da ligação do corredor metropolitano noroeste, Vereador Biléo
Soares, entre as cidades de Hortolândia e Sumaré”.
Também está sobre a mesa uma Indicação
do deputado Cezar: “Nos termos do Art. 159, do Regimento Interno, ao Exmo. Sr.
Governador do Estado, que determine aos órgãos competentes a elaboração de
estudos e adoção de providências visando à liberação de recursos para a
aquisição de uma ambulância ao município de Jaguariúna”.
Está lida a resenha. Repasso a palavra
ao nobre presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito
obrigado, Sr. Deputado. Vamos, portanto, ingressar no Pequeno Expediente,
chamando os oradores inscritos. Temos 31 deputados inscritos.
Primeiro, é a deputada Márcia Lula Lia.
(Pausa.) Deputado Rafa Zimbaldi. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.)
Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputada
Professora Bebel Lula. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado
Marcio da Farmácia. (Pausa.)
Solicito que o deputado Douglas Garcia
assuma a Presidência dos trabalhos.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Douglas
Garcia.
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* *
O
SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PSL - Continuando a
lista do Pequeno Expediente, eu convido o nobre deputado Coronel Telhada. Vossa
Excelência tem o tempo regimental de cinco minutos.
Gostaria também de anunciar os nossos
honrados visitantes da Escola Estadual Comendador Miguel, da cidade de Campo
Limpo. Sejam muito bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP -
Muito obrigado, Sr. Presidente. Sra. Deputada, Srs. Deputados, assessores e
funcionários que se encontram presentes aqui no plenário. Saudar a cabo Vania e
o cabo Robson, em nome de quem saúdo a nossa Assistência Policial Militar, que
todo dia está presente trabalhando conosco. Saudar os senhores e senhoras
presentes aqui na Assembleia, em especial os jovens alunos da escola... Qual é
o nome da escola, presidente?
O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PSL - Escola Estadual Comendador Miguel
Maluhy.
O SR. CORONEL TELHADA - PP - Escola Estadual Comendador Miguel
Maluhy. Vocês estão na televisão. Sejam bem-vindos. É um prazer recebê-los
aqui.
Sr. Presidente,
eu quero começar o meu discurso, como sempre, saudando as cidades
aniversariantes. Hoje nós temos três cidades aniversariantes. São elas a cidade
de São Joaquim da Barra, a cidade de Valparaíso e a cidade de Palestina. Desejo
muito sucesso a todos amigos e amigas dessas queridas cidades, São Joaquim da
Barra, Valparaíso e Palestina.
Lembrando
também, hoje é dia 30 de maio, nós comemoramos algumas datas nos nossos
calendários cívicos. A primeira data que eu queria lembrar aqui é o Dia das
Bandeiras. Então, nós estamos hoje também comemorando aqui no estado brasileiro
de São Paulo
o Dia das Bandeiras, sendo lembrado hoje como uma das datas cívicas do nosso
Estado brasileiro.
Também hoje,
para quem não sabe, uma homenagem especial às nossas mulheres - aqui estendo à
deputada Marina Helou - que é a deputada presente aqui. Senhora deputada, uma
homenagem às senhoras mulheres. Hoje é o “Dia da Mulher Militar”. A senhora
sabia que existia esse dia? Dia da Mulher Militar. No dia 30 de maio é
comemorado o Dia da Mulher Militar.
Põe o outro
post, por favor. Isso. A Marinha, a Força Aérea, o Exército, as Forças Armadas,
em geral, comemoram o Dia da Mulher Militar em homenagem a Joana d’Arc, a
padroeira dos soldados, que conseguiu mudar o rumo da Guerra dos Cem Anos entre
a França e a Inglaterra, mas foi queimada viva pelos ingleses em uma fogueira,
no dia 30 de maio de 1431, na França, em Rouen, se não me engano.
Então, no dia
30 de maio é comemorado o Dia da Mulher Militar, em homenagem a Joana d’Arc. No
nosso Facebook hoje também nós fizemos essa lembrança da Joana d'Arc. Por
favor, Machado coloque o nosso post aí. Lembrando que Joana d'Arc foi morta na
fogueira exatamente no dia 30 de maio de 1431, e em 1920 ela foi canonizada.
Lembrando, é lógico, que ela foi condenada sob acusação de bruxaria, mas, na
realidade, era política. A política já era malvada na época, terrível, e
jogando politicamente contra Joana d'Arc, ela foi acabou sendo queimada na
fogueira.
Hoje os
deputados são queimados no Whatsapp, são queimados no Facebook, não são mais
queimados na fogueira, mas a rede social continua queimando muita gente. Então
nossa homenagem a todas as mulheres militares brasileiras.
Quero aqui hoje
comentar uma ocorrência, uma ocorrência bonita que aconteceu na região de
Araras. Me foi encaminhada pelos policiais militares que participaram da
ocorrência. Nós temos algumas imagens aqui. Conforme eu for lendo a ocorrência,
eu solicito que vão passando as imagens. A primeira imagem é do número de
entorpecentes apreendidos. Quatro pessoas foram detidas no local, e foram
ouvidas pela Polícia Civil. Na quarta-feira, ontem, dia 29, equipes de Força
Tática da Polícia Militar na região de Araras realizaram uma grande apreensão
de drogas no bairro José Ometto. Na ação, quatro pessoas foram presas.
Foi denúncia
anônima, a polícia foi até o local, e em frente à residência havia um casal,
que foi abordado, e nada constatado. Outro casal que saiu da residência foi
abordado também e, após as abordagens, os policiais da Força Tática adentraram
no imóvel e localizaram o seguinte.
Vejam, tudo
isso é entorpecente, é material de tráfico apreendido. Foram apreendidos 30 mil
pinos vazios, três balanças de precisão - pode passar as imagens -, três rádios
comunicadores - para quem não sabe, é para os traficantes falarem quando a
viatura está vindo ou saindo -, três cadernos de anotações e garrafas pet com
misturas para preparo de cocaína.
Também havia no
local tijolos de maconha, totalizando cinco quilos e 400 gramas, mais cerca de
cinco quilos e 300 gramas de cocaína e mais dois quilos de crack em tablete.
Pode ver que aí nós temos a maconha, a cocaína, o crack em tablete. Diante
disso, os casais foram apreendidos, foi dada voz de prisão, e foram conduzidos
ao distrito.
Então os nossos
parabéns aqui. Me permitam passar os parabéns, em nome dos 94 deputados. Aos
policiais militares tenente Seleguin, sargento Reis, Cabo Leme, cabo Jorge,
cabo Wilson, cabo Evandro, soldado Casemiro e soldado Consoni. Parabéns aos
policiais militares que realizaram essa bela ocorrência.
Eu queria aqui
lembrar aos senhores que isso aqui é o normal da Polícia Militar. Diariamente,
a Polícia Militar realiza esse tipo de ocorrência, fazendo muita apreensão de entorpecente, prendendo criminosos,
aprendendo ou recapturando presos foragidos, e, infelizmente, às vezes,
trocando tiro e, infelizmente, morrendo policiais.
É uma grande fatalidade que nós temos
presenciado. Mas, graças a Deus, a Polícia Militar está na rua, trabalhando
forte.
Quero, mais uma
vez, parabenizar a Polícia Militar do município de Araras, o batalhão daquela
área. Parabenizando, mais uma vez.
Sr. Presidente,
estou pedindo para que as palavras sejam encaminhadas ao Sr. Comandante Geral
da Polícia Militar, no sentido de que sejam elogiados individualmente os
policiais que citei o nome e vou citar novamente, do batalhão de Araras:
tenente Seleghim, sargento Reis, cabo Leme, cabo Jorge, cabo Wilson, cabo
Evandro, soldado Casemiro e soldado Consoni. Solicito que o Sr. Comandante
Geral encaminhe o elogio individual, em nosso nome, a todos esses policiais
militares.
Fechando, mais
uma vez: lembrando ao Sr. Governador que a Polícia Militar e o funcionalismo
público continuam aguardando o prometido e tão desejado reajuste salarial e
aumento salarial. Sr. Governador, não se esqueça dos seus policiais que,
diariamente, arriscam a vida pela população de São Paulo.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PSL - Muito obrigado,
Sr. Deputado. Informo a esta Casa que alunos da Escola Estadual Comendador
Mário Reis estão acompanhados da professora Luana da Silva Jardim. Seja muito
bem-vinda, professora. O solicitante foi o deputado Carlos Giannazi. Muito
obrigado, deputado Carlos Giannazi, por trazer esses estudantes para conhecer a
Assembleia Legislativa.
Continuando a lista do Pequeno
Expediente, gostaria de convidar o nobre deputado Roberto Engler. (Pausa.)
Nobre deputado Castello Branco. (Pausa.) Nobre deputado Major Mecca. O senhor
vai fazer uso da palavra? Vossa Excelência tem os cinco minutos regimentais.
O
SR. MAJOR MECCA - PSL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Uma boa tarde, Sr. Presidente, integrantes da Mesa, os
nossos funcionários que dão suporte ao nosso trabalho, Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, os amigos da galeria, que prestigiam o nosso trabalho. Contem sempre
com o nosso apoio e o nosso trabalho nesta Casa, em beneficio do cidadão de
bem, os nossos irmãos, e o pessoal que nos assiste pela TV Alesp.
Ontem, tivemos
a visita do excelentíssimo secretário de Segurança Pública, o general Campos,
aqui nesta Casa; do secretário executivo da Polícia Militar, Coronel Camilo.
Foi feita, por parte do senhor secretário, a explanação dos resultados
produzidos pelas polícias de São Paulo. É de se aplaudir o resultado das ações,
dos indicadores, no estado de São Paulo, que esses homens e mulheres,
integrantes da Polícia Militar, da Polícia Civil e da Polícia
Técnico-Cientifica produzem em nosso Estado.
Foi aberta a
palavra para que todos nós pudéssemos nos manifestar e cobrar, também, o
secretário de Segurança Pública em relação à recomposição salarial dos nossos
policiais. Porque, passada a data-base de 1º de março, não houve iniciativa
alguma do governo de São Paulo, ao menos, de fazer a recomposição da perda
inflacionária dos últimos anos.
Existe o
compromisso, do governador, em elevar as nossas forças policiais à segunda
colocação no ranking no Brasil. Esperamos, ansiosos, a forma pela qual ocorrerá
essa elevação salarial desses profissionais da Segurança Pública que estão se
desdobrando para manter esses indicadores na cidade de São Paulo.
Inclusive, fiz
a observação, junto ao secretário: que, diante da análise daqueles números, é
importante salientar que o nosso efetivo de policiais encontra-se maciçamente
nas ruas, todos os dias, porque o policial, num dia está fardado, dentro da
viatura fazendo patrulhamento e no outro dia ele permanece na atividade de
segurança, porque na sua folga ele não vai para sua casa descansar, se recompor
fisicamente, psicologicamente, espiritualmente junto à sua família. Ele vai
para frente de um supermercado, de um posto de gasolina, fazer escolta de
caminhão. Então, ele continua na atividade de segurança e contribuindo dessa
maneira ingrata para esses indicadores.
Esperamos,
ansiosamente, do governo do estado de São Paulo, a sua sinalização em relação a
essa recomposição salarial. Não nos cansaremos de vir a esta tribuna, de cobrar
junto ao governador, ao secretário de Segurança Pública e de quem de direito a
nossa recomposição, o nosso resgate da dignidade desses homens e mulheres que
estão morrendo, defendendo o cidadão de São Paulo. Muito obrigado.
Concluindo -
tem mais 50 segundos - não posso esquecer DAE mandar um abraço ao prefeito de
Martinópolis, o Dr. Cristiano, porque a cidade hoje faz 80 anos de emancipação
administrativa. Um abraço ao prefeito e à toda população de Martinópolis. Que
Deus abençoe a todos.
O
SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PSL - Muito
obrigado pelas palavras, nobre deputado. Um abraço para a população de
Martinópolis. Continuando a lista do Pequeno Expediente, gostaria de chamar o
nobre deputado Caio França. (Pausa.) Nobre deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.)
Nobre deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Nobre deputado Carlos Giannazi. Vossa
Excelência tem o tempo regimental de cinco minutos.
Convido o nobre deputado Coronel
Telhada para reassumir os trabalhos da Presidência.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Coronel
Telhada.
*
* *
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, público
aqui presente, TV Assembleia, quero, primeiramente, cumprimentar os nossos
alunos e professores da Escola Estadual Comendador Miguel Maluhy. Sejam
bem-vindos à Assembleia Legislativa para conhecer o funcionamento do Poder
Legislativo. É muito importante que vocês estejam aqui acompanhando os
trabalhos e fiscalizando também aqui o funcionamento da Assembleia Legislativa.
Queria dizer,
Sr. Presidente, que dentro de alguns instantes nós estaremos nas ruas do Brasil
inteiro fazendo uma grande mobilização em defesa da Educação Pública, da
Educação infantil, do ensino fundamental, do ensino médio, do ensino superior,
da pesquisa, da ciência, das ciências humanas. Eu tenho certeza de que essa
manifestação será uma manifestação histórica no Brasil, porque ela também se
contrapõe à balburdia do governo federal, do Governo Bolsonaro, que está
criando uma balbúrdia. Está desmontando a Educação Pública brasileira cortando
recursos, não só do ensino superior das universidades federais, da pesquisa, da
ciência, mas também os cortes estão relacionados à Educação básica. O Governo
Bolsonaro está atacando drasticamente o financiamento da Educação infantil, do
ensino fundamental e também do ensino médio. É disso que se trata a nossa
manifestação em defesa da Educação Pública.
É muito
importante que todos estejam hoje nas ruas contra a balbúrdia, contra o
desmonte da Educação promovida por esse governo que outro dia o Bolsonaro
chamou os alunos, que estão mobilizados, de idiotas úteis. Como que um
presidente da República se coloca dessa maneira em relação aos estudantes que
estão mobilizados em defesa da Educação Pública. Eu quero devolver aqui o
elogio ao presidente Bolsonaro, em nome dos estudantes, dizendo que ele, o
Bolsonaro, não é um idiota útil, ele, então, é um idiota inútil, que é muito
pior ainda. É disso que se trata o Governo Bolsonaro.
E gostaria de
manifestar também a minha indignação, primeiro com o “sinistro” da Educação,
que nem ministro é. É “sinistro” da Educação, que disse hoje, pela imprensa,
pelas redes sociais, que está recebendo denúncias de que professores estão
obrigando os alunos a participarem das manifestações em defesa da Educação
pública.
É um absurdo
ele falar isso. Nós sabemos que isso não é verdade. Essa é uma mobilização
pública, chamada pelas organizações estudantis, por vários setores da sociedade
civil, não só da Educação, do setor educacional.
Porque a luta
em defesa da Educação pública não é uma luta só de estudantes e professores,
mas é uma luta de toda a sociedade brasileira, porque ela impacta a vida dos
mais de 200 milhões de habitantes do Brasil.
Também quero
repudiar aqui, Sr. Presidente, veementemente, essa atitude ainda do governo
Bolsonaro que, através da AGU - Advocacia Geral da União -, entrou com pedido
no Supremo Tribunal Federal pedindo que a polícia fiscalize o trabalho dos
professores das universidades
brasileiras.
A que ponto nós
chegamos. Nem a ditadura militar, a ditadura empresarial-militar, conseguiu
fazer isso. Imagina, é um absurdo, é um retrocesso. Por isso que nós estaremos
hoje nas ruas.
Aqui em São
Paulo a manifestação será no Largo da Batata, mas ela ocorrerá em todo o
Brasil. Grandes movimentos, grandes manifestações, já estão ocorrendo,
inclusive, em todo o Brasil, em defesa da Educação pública gratuita e de
qualidade, contra os cortes, contra o desmonte, contra os ataques à ciência, à
tecnologia, à pesquisa, aos cortes na educação básica, também.
Não é só no
ensino universitário. O Brasil inteiro está sendo prejudicado por esses
criminosos cortes do Ministério da Educação. O Brasil já investe pouco em
Educação, quase não investe nada; ainda, o governo Bolsonaro vai cortar
recursos da Educação.
Aí, não dá. Um
professor, hoje, por conta disso, ganha no máximo no Brasil, segundo o Piso
Nacional Salarial, 2.557 reais para trabalhar oito horas, 40 horas semanais.
Isso é uma
vergonha. A Educação está inviabilizada hoje no Brasil. Nós temos que aumentar
os recursos do financiamento da Educação, e não retirar. É um absurdo, é um
retrocesso. Estamos vivendo o desmonte da Educação, da Cultura, da arte, da
ciência, de várias áreas, da construção da cidadania.
É isso que nós
estamos vivendo hoje no Brasil. Por isso, Sr. Presidente, para finalizar, por
isso que nós estaremos hoje nas ruas, em todo o Brasil, contra a balbúrdia e
contra esse governo, que é um idiota inútil - devolvendo aqui o elogio para o
governo Bolsonaro.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito
obrigado, Sr. Deputado.
O próximo deputado inscrito é o
deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Giannazi trouxe
torcida, pelo que eu estou vendo. Hein, deputado? Trouxe a torcida junto?
Deputado Agente Federal Danilo Balas.
(Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputado Douglas Garcia. Vossa
Excelência tem o tempo regimental de cinco minutos.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PSL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, Sr. Presidente. Gostaria de desejar uma
boa tarde a todos, caros pares aqui presentes, servidores da Assembleia,
público que nos assiste aqui na galeria da Assembleia e também da TV Alesp.
Por gentileza,
no começo da minha fala eu já gostaria que reproduzisse uma denúncia que eu
recebi de um pai extremamente revoltado. Não é aqui do estado de São Paulo, mas
reflete bem o que acontece no Brasil inteiro hoje.
Por favor, pode
tocar.
* * *
- É feita
exibição de vídeo.
* * *
Senhores, há 15
dias eu critiquei ferozmente o tsunami da doutrinação que aconteceu no Brasil,
de norte a sul deste País.
Quinze dias
depois nós estamos revendo o tsunami da doutrinação dois ponto zero. E isso aí
que os senhores viram passando no telão um professor... Professor, não, aqui eu
quero separar muito bem a categoria, porque eu digo que existem professores e
existem doutrinadores. Esse doutrinador, utilizando-se da audiência cativa dos
estudantes, incentivando-os a fazer revolução. Os senhores sabem o que é uma
revolução? Os senhores conseguem citar para mim uma revolução aos moldes do que
ele estava pregando, que não tenha acontecido de forma sangrenta? Che Guevara,
que foi um assassino, genocida, assassinava inclusive gays, racista, nojento,
genocida, revolucionário, nós temos aí um dito professor incentivando os
estudantes a aderirem a uma greve. Pior ainda, se vestir da mesma crápula que
Che Guevara fazia, porque sejam revolucionários. O Brasil, hoje, está vivendo o
tsunami da doutrinação 2.0, e isso a gente vê toda vez que liga a televisão.
Diminuiu bastante dos últimos 15 dias, de lá para cá, mas ainda existe.
É por isso que
eu chamo a atenção dos deputados estaduais da Assembleia Legislativa do Estado
de São Paulo: aprovem com urgência o Projeto de lei Escola Sem Partido. Não é
um projeto para calar professor, não é um projeto para querer trazer mordaça. É
um projeto que garante, sim, a liberdade de pensamento dos estudantes na sala
de aula, à medida que ele prega que o professor não deve colocar ideologia “x”
em detrimento da ideologia “y”. Qual é o problema em fazer isso? Não, é mais
fácil querer idiotizar os nossos estudantes. Idiota útil é quem escuta o
discurso do PT, PSOL e PCdoB e vai para a rua gritar “Lula livre!” Idiota útil
é quem escuta discursos da esquerda, em geral, e vai para a rua querer defender
pautas que nada têm a ver com educação.
O presidente da
República, Jair Bolsonaro, já realocou todos os valores que haviam sido
contingenciados com relação à Educação. Por que isso não foi dito pela
imprensa? Por que isso não é dito pelos deputados que sobem aqui para falar
coisas que não entendem, que não sabem? Que só querem fazer proselitismo
político e incentivar os estudantes a aderirem às greves? Primeiro, que
estudante não adere à greve nenhuma, porque estudante não é profissão. Segundo,
se está aderindo à greve, o que está fazendo na Assembleia Legislativa? Deveria
aderir à greve com um mínimo de coerência. Os deputados do PT, do PSOL e do
PCdoB, que entraram nesta Casa, hoje, furaram a greve. Estão contra a categoria
dos trabalhadores, dos estudantes, estudantes que não estudam, trabalhadores
que não trabalham.
Peço, pelo amor
de Deus, à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo para que cenas como
essa não se repitam mais, porque isso acontece todo santo dia nas escolas
públicas, nas escolas privadas, e estamos falando da educação do seu filho, da
liberdade de pensamento do seu filho, porque isso, sim, é questão de saúde
mental infantil, adolescente, juvenil. Isso, sim, é caso de abuso daqueles que
não têm outra escolha, a não ser ter que ouvir o professor dentro da sala de
aula, dentro da escola.
Amanhã haverá o
lançamento da frente parlamentar pelo Escola Sem Partido, no Franco Montoro, a
partir das 18 horas. Convido aos nobres deputados que fazem parte dessa frente,
venham conosco, vamos aprovar o Escola Sem Partido e lutar contra a doutrinação
ideológica.
Muito obrigado,
Sr. Presidente. (Manifestação nas galerias.)
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr.
Deputado. O deputado Douglas trouxe torcida também.
Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.)
Sra. Deputada Isa Penna. (Pausa.) Sr. Deputado Jorge Wilson Xerife do
Consumidor. (Pausa.) Sr. Deputado Enio Lula Tatto. (Pausa.) Sr. Deputado Conte
Lopes. (Pausa.) Sr. Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Sra. Deputada Marta
Costa. (Pausa.) Sra. Deputada Janaina Paschoal. Vossa Excelência tem o tempo
regimental de cinco minutos.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, Sr. Presidente. Cumprimento os colegas
presentes, funcionários da Casa, cidadãos que nos honram com sua presença, o
tema que me traz hoje aqui não é a questão da Educação. Mas eu não posso me
furtar de fazer um comentário que, na verdade, é algo pelo que eu tenho lutado
todos esses anos, inclusive na condição de professora.
O professor é
aquele que prepara outros cidadãos para terem liberdade de pensamento. Então,
quando um professor aproveita do seu papel de destaque, de líder dentro da sala
de aula, para impor aos alunos as suas próprias convicções políticas,
ideológicas, religiosas, ele está traindo a sua missão de professor.
Isso não
significa que o professor não possa, em alguma medida, expor as suas
convicções. Isso não significa que um professor, por exemplo, não possa chegar
à sala de aula e responder uma pergunta de um aluno relativamente, por exemplo,
à religião que ele professa, ou até mesmo ao candidato em que ele votou, votará
ou votaria, porque esse tipo de diálogo faz parte do exercício da cidadania.
Então, não existe nenhum ilícito - não vou caracterizar como criminal ou civil
- em um professor conversar de maneira franca e transparente com seus alunos.
Mas é
inadequado, sim, que um professor, independentemente das convicções que abrace,
aproveite da sua condição hierárquica superior dentro de uma sala de aula -
porque existe, sim, uma hierarquia entre o professor e os alunos, não adianta
querer dizer que não -, que ele aproveite essa hierarquia para abusar do seu
poder.
Juridicamente
falando, infelizmente, no Brasil, os estudos a respeito do tema são muito
raros. No exterior, seja no âmbito da Educação, seja no âmbito do Direito
Civil, do Direito Administrativo, mas inclusive do Direito Penal, há vários
trabalhos acadêmicos avaliando esse abuso do direito por parte dos professores,
a responsabilidade, inclusive penal, por eventuais resultados desse abuso e
formas de coibir esse mesmo abuso. Existem teses acadêmicas sobre o abuso da
posição hierárquica nos cultos religiosos, nas estruturas militares e,
sobretudo, nas escolas.
Então, é
necessário que esse debate esteja presente. A cena que o colega Douglas mostrou
é absolutamente inconcebível. Estivesse aquele professor agindo da mesma
maneira, mas fomentando outra linha ideológica, seria igualmente inconcebível.
Uma fala violenta, uma fala impositiva, uma fala abusiva em termos
hierárquicos. Quando se considera que essa fala ocorre em um ambiente
envolvendo crianças, que são, por si, mais vulneráveis e que estão em estágio
de desenvolvimento, conforme o próprio Estatuto da Criança e do Adolescente, a
situação se revela mais grave.
Então, eu
insisto na necessidade de os professores, de os educadores em geral e até mesmo
de os pais terem presente que eles têm o direito e o dever de educar, mas não
podem abusar dessa posição de superioridade hierárquica. Precisamos trabalhar
para formar cidadãos capazes de pensar por si mesmos, capazes de tomar
decisões, capazes de trabalhar pelo futuro deste País sem procurar por líderes
infalíveis, por salvadores da pátria, porque é isso que, desde sempre, afunda a
nossa Nação.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito
obrigado, Sra. Deputada. A próxima é a Sra. Deputada Analice Fernandes.
(Pausa.) Sr. Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Sr. Deputado Emidio Lula de
Souza. (Pausa.) Sr. Deputado Luiz Fernando Lula da Silva. (Pausa.) Encerrada a
lista das assinaturas, entramos na lista suplementar.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, só
queria fazer uma comunicação, muito rapidamente, pois vou ter que sair.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Rapidamente,
Sr. Deputado. Por favor.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA
COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, primeiro quero saudar uma decisão importante do
Supremo Tribunal Federal no dia de ontem, que anulou, que revogou uma medida
perversa da malfadada, da criminosa reforma trabalhista que foi aprovada no
governo Temer que mulheres grávidas podem trabalhar em ambientes insalubres. Um
verdadeiro absurdo, um crime contra as mulheres trabalhadoras e que teve o
apoio do Congresso Nacional e da maioria dos partidos políticos do Brasil. Nós
do PSOL fomos contra a reforma trabalhista.
No entanto, ontem, o
Supremo Tribunal Federal tomou uma decisão importante e histórica revogando,
anulando essa possibilidade, essa determinação, esse artigo da reforma
trabalhista que obrigava as mulheres brasileiras trabalhadoras a trabalharem em
ambientes insalubres.
É uma vitória
importante das mulheres do Brasil e eu quero saudar essa decisão do Supremo
Tribunal Federal - quando o Supremo acerta, nós parabenizamos e saudamos - como
nós saudamos também a decisão do Supremo Tribunal Federal de criminalizar a
homofobia no Brasil. Uma decisão importante na data de ontem dessa criminosa
reforma trabalhista.
Quando eles aprovaram a
reforma trabalhista, diziam que a reforma trabalhista iria gerar mais empregos
no Brasil. Quando eles aprovaram a Emenda nº 95, que congelou os investimentos
nas áreas sociais por 20 anos - é outra medida provisória do governo Temer -
também diziam que o Brasil ia melhorar, a economia ia voltar a crescer.
Quando eles votaram a
Lei da Terceirização, também o Brasil ia crescer. O Brasil está regredindo do
ponto de vista econômico e é o mesmo discurso agora com a reforma da
Previdência, como se fosse a panaceia para resolver todos os problemas
econômicos. Isso é mentira.
Eu fiquei chocado ontem
com o Henrique Meirelles, secretário da Fazenda. Esteve na Comissão de Finanças
e de cada dez palavras que falava, nove eram sobre a reforma da Previdência,
dizendo que só a reforma da Previdência salva. É um fetiche; é um
fundamentalismo em cima desse tema. Um absurdo, Sr. Presidente.
Nós sabemos que não é
nada disso, porque as outras três reformas contra os trabalhadores já foram
feitas e a situação só piorou. E vai piorar mais ainda se essa reforma da
Previdência for aprovada. Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr.
Deputado. Lista suplementar: Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor.
(Pausa.) Deputado Ricardo Madalena. (Pausa.) Deputada Maria Lúcia Amary.
(Pausa.) Deputado Léo Oliveira. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.)
Deputado Enio Lula Tatto. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputada
Carla Morando. (Pausa.) Deputado Daniel José. (Pausa.) Deputado Carlão
Pignatari. (Pausa.) Deputado Cezar. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada, na
Presidência dos trabalhos. Deputado Sargento Neri, V. Exa. tem o tempo
regimental de cinco minutos.
O
SR. SARGENTO NERI - AVANTE - Boa
tarde a todos. Boa tarde, presidente, Srs. Deputados, a todos que estão
presentes e à Polícia Militar. Quanto à manifestação que está tendo quanto às
escolas, eu coloco meu filho para aprender Matemática, Português, Ciência,
Biologia e a parte política, quando ele tiver com 18, 19 anos, ele vai escolher
qual que será a ideologia dele.
Mas sendo
adolescente, o que nós esperamos é que tenha uma boa estrutura de ensino, que é
o que está precisando no nosso País. Por gentileza, passe o vídeo.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
O SR. SARGENTO NERI - AVANTE – Olha só, os candidatos aprovados
no AEVP me procuraram, e nós fizemos um trabalho, e houve no Ministério Público
uma audiência do TAC, que é o Termo de Ajustamento de Conduta, da qual eu
participei representando esta Casa e a Comissão de Segurança Pública.
Lá, com o
promotor Valter, nós passamos os dados, juntamente com a Polícia Militar, à
SAP, para mostrar o prejuízo social para algumas cidades que ficam sem
policiamento quando a viatura sai para fazer escolta, e o prejuízo financeiro,
porque hoje o estado de São Paulo gasta com a Polícia Militar 71 milhões por
ano para fazer a escolta, e com a AEVP sairia bem mais barato.
E tem uma
problemática de legislação internacional, porque a legislação fala que quem
prende não pode ter a custódia. Por isso foi criada a SAP. A Secretaria de
Segurança Pública faz a prisão com os seus agentes, e a SAP faz a custódia do
preso, e a escolta também faz parte dessa custódia. Então hoje, no interior de
São Paulo, nós temos cidades sem viaturas, sem policiamento, porque os
policiais militares têm que fazer escolta.
Então, quero
parabenizar o Ministério Público pelo trabalho - não foi um trabalho fácil.
Quero parabenizar a Polícia Militar pelos dados fornecidos e principalmente os
candidatos do AEVP 2014, porque foram eles que iniciaram esse trabalho na
esfera judicial.
Nós precisamos
entender que esse desvio de função na Polícia Militar traz uma facilidade para
a marginalidade agir nas cidades pequenas, até porque cidades com 12, 14, 15
mil habitantes só têm uma viatura e dois policiais. Às vezes, quando nós temos cidades muito
próximas, uma viatura cobre três cidades para fazer o policiamento e atender a
ocorrência. É claro que a maioria são ocorrências assistenciais, mas também tem
as ocorrências de gravidade. Quando esse policial sai para fazer escoltas, nós
estamos falando que às vezes tem três, quatro municípios que ficam sem
policiamento.
Então, fica
aqui mais um pedido ao governador para que realmente abra o curso de AEVP,
porque é uma mão de obra que tem que ter um curso de pelo menos um ano para
começar a trabalhar, para que a nossa Polícia Militar - está aqui o nosso
comandante-geral, coronel Salles, e é até pertinente ao coronel - consiga fazer
o papel dela, que são as escoltas, e transferir para a SAP o que é de direito.
Não passou na
reportagem que a SAP não transfere o recurso para Polícia Militar. Eles usam a
viatura, arrebentam com as viaturas e não fazem o reembolso. Aproveitando que o
nosso comandante está aqui, o coronel Salles, pessoa por quem eu tenho muito
respeito, eu venho fazer um pedido para o senhor pessoalmente, o qual eu fiz em
tribuna e pedi para enviar para o senhor. Peço ao senhor que tenha um carinho
pelo nosso recurso humano. Nós temos policiais baleados. Eu passei aqui um
caso...
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Para encerrar, Sr. Deputado.
O SR. SARGENTO NERI - AVANTE - Para encerrar, eu peço ao senhor
que veja o recurso humano. Nossa tropa está doente, nossa tropa precisa de
cuidado, e eu sei que o senhor vai, junto aos seus oficiais, atender ao pedido
desse veterano.
Obrigado a
todos e grande abraço.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado,
deputado.
O próximo deputado é o deputado Carlos
Giannazi. (Pausa.) Deputada Marina Helou. Enquanto V. Exa. se dirige à tribuna,
quero constar e apresentar aos senhores deputados a presença do Sr.
Comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marcelo Salles, a quem eu peço uma
salva de palmas. (Palmas.)
Seja bem-vindo, comandante, é um prazer
recebê-lo aqui. Parabéns pela missão que o senhor tem executado.
Sra. Deputada, V. Exa. tem os cinco
minutos regimentais.
A
SRA. MARINA HELOU - REDE -
Boa tarde a todos, boa tarde a todos os caros nobres colegas, boa tarde ao
presidente e a todos que nos assistem pelas galerias.
Fiquei muito
feliz de hoje termos começado a sessão com estudantes. Acredito que a gente só
vai melhorar a política com a participação das pessoas, então vocês são sempre
muito bem-vindos nesta Casa. Boa tarde a todos que nos assistem pela TV Alesp.
Antes de
começar a dizer o tema que eu vim trazer aqui hoje, não posso deixar de
mencionar a questão das manifestações pela Educação, as falas que me precederam
dos nobres deputados e fazer um apelo para todo mundo nesta Casa, para todos os
políticos deste País: que a gente não se distraia dos reais problemas da
Educação.
A gente não
pode pegar casos pontuais e ficar pensando que a crise ideológica é o real
problema. Noventa e três por cento dos alunos que se formam no Brasil, sejam
eles de escola pública ou privada, estadual ou municipal, 93% não sabem o que é
esperado de matemática, 27% apenas sabem o que é esperado em português. A gente
tem uma Educação de péssima qualidade e esse é o problema, é sobre isso que a
gente precisa falar aqui.
Também quero
comentar sobre o dia da militar mulher, que o nobre deputado, colega Coronel
Telhada, trouxe aqui. Achei superimportante a gente fazer essa menção às
mulheres militares, que sofrem de machismo e discriminação, profundamente em
todas as corporações. Quero me colocar à disposição para a gente sempre lutar
contra o machismo, contra a misoginia em todos os lugares.
Estamos às
vésperas de um dia mundial do meio ambiente, dia esse que deveria ser
comemorado todos os dias. E eu não subo aqui para falar das belezas naturais
que a gente tem no estado e no país, subo para, mais uma vez, dizer que não
temos o que celebrar.
Estamos vivendo
uma realidade em que as maiores mentes do nosso tempo estão sendo obrigadas a
gastar tempo e energia apenas para impedir que delírios virem leis e que as
leis que já existem sejam extintas. Temos diante de nós, acima de tudo, um
desafio geracional. A geração que está há tanto tempo no poder falhou e
continua falhando. A boa notícia é que nesse mundo governado, ainda quase 100%,
por homens, as garotas estão se levantando contra a destruição do nosso
planeta.
Os mais jovens
perceberam que a nossa existência está comprovadamente ameaçada. Dados
científicos, política pública baseada em evidências, enquanto os nossos
governantes passam o tempo deles no Twitter. É o caso de Greta Thunberg,
adolescente sueca de 15 anos que entrou em greve na sua escola pelo clima e
hoje é uma das principais líderes desse movimento que já se espalhou pelo mundo
inteiro.
O que ela
disse: “Como nossos líderes se comportam como crianças, nós vamos assumir a
responsabilidade que eles deveriam ter assumido há muito tempo”, defende a
jovem. E é nosso dever ouvi-la e, juntamente com ela, mudar essa realidade. É
nosso dever proteger o meio ambiente e as pessoas que lutam por ele.
Os cientistas
mais respeitados pelo clima estão cansados de alertar, temos menos de 12 anos
para conseguir reverter os nossos erros, precisamos mudar nosso padrão de
consumo e fortalecer as políticas públicas de preservação e regeneração do meio
ambiente.
Nada aumentará
mais a desigualdade e atingirá tantos mais pobres como a crise climática e a
destruição do meio ambiente. É um problema que atravessa todos os temas e todas
as áreas. Quando tem chuvas, quando a gente tem deslizamentos, alagamentos,
quando as pessoas morrem, quem sofre mais são as pessoas mais pobres, são as
mulheres mais pobres, são as mulheres negras.
Não faltam
estudos mostrando isso e mostrando o que precisamos fazer, mas, ainda assim,
seguimos fazendo justamente o oposto.
Ao invés de
colocar toda a nossa energia na conservação das águas, inclusive que facilite,
guarde e preserve o próprio agronegócio na redução das fontes de poluição e no
seu uso indiscriminado. Por exemplo, gastamos tempo com falsos problemas, como
na Educação, como, por exemplo, o afrouxamento das licenças ambientais, como se
isso trouxesse eficiência de gestão. As vítimas de Mariana, as vítimas de
Brumadinho, suas família estão aí para dizer o que é eficiência de gestão e o
que é uma gestão ambiental de qualidade.
Com esse tipo
de medida nós não vamos ter mais Marianas e Brumadinhos, a gente vai ter isso
em todas as áreas. A gente vai ter problemas na indústria, a gente tem
problemas com crianças que morrem pela falta de saneamento básico. O Brasil é o
país mais biodiverso do mundo e que menos preserva essa biodiversidade. A única
coisa que nos impede de preservar isso é a visão imediatista e gananciosa dos
que ocupam o poder.
Nós somos a
geração que vai mudar isso. Eu, enquanto representante da população, enquanto
deputada estadual, vou lutar todos os dias para que a gente preserve o meio
ambiente, para que isso gere um valor para o Estado e que a gente realmente
faça isso ocupando os espaços e praticando a boa política.
Obrigada.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP -
Obrigado, Sra. Deputada. O próximo deputado é o deputado Gil Diniz. Vossa
Excelência tem o tempo regimental de cinco minutos.
O
SR. GIL DINIZ - PSL -
Boa tarde, presidente. Boa tarde, toda a Mesa. Boa tarde, deputados presentes
aqui no Pequeno Expediente, público na galeria, nossos assessores, policiais
militares, policiais civis.
Queria começar
a fala saudando o nosso comandante Salles, comandante da Polícia Militar, que
esteve há pouco no plenário. Conversei rapidamente com ele ali fora. Inclusive
ele disse da presença do secretário da Segurança Pública, capitão Conte Lopes.
Nós participamos da Comissão de Segurança Pública ontem e expomos ao
secretário, novamente, as nossas demandas. Pedimos a ele, Major Mecca,
novamente, sensibilidade com os nossos policiais. Que isso se transforme, no
mínimo, em um reajuste salarial digno. O que ele nos disse? Que acredita nas
palavras do governador, que, até o final do mandato a tropa será a mais bem
paga do Brasil, exceto o Distrito Federal.
Sou sincero.
Eu, particularmente, não acredito, não posso vender ilusão, mas vou estar aqui,
na tribuna, vou trabalhar dentro das comissões, o nosso mandato, a nossa
bancada, dentro desta Casa. Para quê? Para que os policiais, realmente,
policiais militares, civis, agentes penitenciários, Polícia Técnico-Científica,
para que esses policiais sejam valorizados. Nós sempre temos que nos posicionar
aqui, cobrar, sim, do governador, cobrar, sim, do secretário da Segurança
Pública e cobrar também do nosso comandante, coronel Salles.
Foi falado aqui
da questão das manifestações de hoje. Douglas, as manifestações, acredito, são
legítimas. Acho que o que não é legítimo é um professor usar a cadeira cativa
da sala de aula para, ao invés de dar aula, convocar alunos para manifestações.
A deputada que
me antecedeu aqui, a Marina, que eu respeito, disse que os nossos alunos saem
do ensino médio, deputada Janaina, sem saber o mínimo de matemática. É claro.
Se um dos motivos que nós estamos identificando aqui é justamente o
proselitismo político, o professor, ao invés de ensinar a sua disciplina,
português, matemática, ciências, o professor quer falar de manifestação, para
chamar, aí, independente de quem esteja lá. Hoje é o presidente Bolsonaro, mas
amanhã pode vir um presidente de esquerda, pode vir um presidente do PT. Não é
papel do professor ficar fazendo proselitismo político dentro de sala de aula,
Carlão. Não tem cabimento.
Olhe só. Eu
mando os meus meninos para a escola para aprender português, matemática,
ciências, geografia, história, e está lá um professor, Mecca, panfletando.
“Olha, tem manifestação, vamos à manifestação”. Está errado. A sala de aula não
é espaço para isso. E nós recebemos, sim, diversas denúncias quanto a isso. Chega.
Amanhã,
Douglas, nós vamos lançar aqui, dentro do que nós defendemos, a questão da
Frente Parlamentar em Defesa da Escola Sem Partido. O Dr. Miguel Nagib vai
estar aqui. A deputada federal Bia Kicis. Vem promotor, vem especialista em
Educação. Convido, aqui, deputados que querem uma escola com partido a
participar também, colocar ali sua posição. E os deputados que defendem uma
escola sem partido também, para que compareçam lá e coloquem as suas posições.
Escola é o
local onde quem quer ensinar encontra quem quer aprender. Escola não é lugar para ficar dizendo: “olha,
esse presidente é lindo, maravilhoso; bandido, mas maravilhoso”. Ou: “esse
presidente é fascista, machista, misógino”. Façam, professores vocacionados, o
que tem que ser feito. Não façam essas experiências sociológicas com seus
alunos, pelo amor de Deus. Não façam da escola um puxadinho do sindicato, um
puxadinho do partido político, independente se é à esquerda ou à direita.
Nós queremos
combater isso. E se tiver professor de direita, Douglas, também fazendo
proselitismo, passem para nós. Nós vamos combater da mesma maneira. Escola não
é o foro para isso. Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr.
Deputado. Próximo deputado é o deputado Conte Lopes.
O
SR. MARCIO NAKASHIMA - PDT - PARA COMUNICAÇÃO -
Queria só registrar as presenças da vice-prefeita de Coronel Macedo, do
vereador Edvaldo Garcia Rodrigues...
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Se levantem,
por favor, para a câmera poder filmar os senhores.
O
SR. MARCIO NAKASHIMA - PDT - A vereadora Edina
Tonon Dias e o ex-prefeito, que é o nosso amigo José Carlos Tonon. Eles vêm
aqui hoje nos visitar. Honrosamente, recebemos os senhores aqui. Muito obrigado
pela visita.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado,
senhores. Sejam bem-vindos. Uma salva de palmas para vocês. (Palmas.) Prazer em
recebê-los aqui. Obrigado, deputado.
Deputado Conte Lopes tem os cinco
minutos regimentais.
O
SR. CONTE LOPES - PP - Sr.
Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, povo que nos acompanha na
Assembleia. Acompanhava as colocações do deputado Sargento Neri. E nós criamos,
tempos atrás, aqui nessa Casa, o agente de escolta, que era justamente para
escoltar os presos por toda a São Paulo. No final das contas, ficaram os
agentes de escolta e ficou a PM também escoltando, então não deu muito para
entender isso. Apesar de que hoje já se fala em videoconferência. Eu não sei
por que não se está aplicando aqui em São Paulo e no Brasil.
Ontem, Sr.
Presidente, nós tivemos a oportunidade de ouvir o secretário de Segurança
Pública, general Campos, que compareceu a essa Casa. Está fazendo um bom
trabalho na Segurança Pública, não resta a menor dúvida. Só que ele está há
cinco meses na Segurança Pública. A gente tem mais de 50 anos. E é obvio que
esta Casa é o lugar de o deputado cobrar. Então, não quis ser azedo com o
secretário de Segurança Pública quando eu disse para ele, Coronel Telhada, que
eu fui promovido por bravura duas vezes pelo coronel Erasmo Dias, do Exército
Brasileiro. Fui promovido outra vez, por bravura, a capitão.
Na primeira,
fui de segundo-tenente a primeiro, pelo coronel Erasmo Dias. E, de
primeiro-tenente a capitão, fui promovido por bravura também, por enfrentar
bandido, em tiroteio, com morte de bandidos. No primeiro caso, até um
investigado mineirinho, do Deic - entorpecentes -, foi morto. E o bandido
acabou morrendo em tiroteio comigo. O Erasmo Dias, secretário, estava
participando da ocorrência, quando resolveu nos promover. Outro caso foi um
sequestro na Vila Maria, durante nove horas. Um bandido dizia que ia matar a
refém, matar quem entrasse lá, matar todo mundo. Acabou morrendo em tiroteio
comigo. Salvei a mulher. Fui promovido pelo coronel Torres de Melo, do Exército
Brasileiro.
Só que de lá
para cá, Coronel Telhada... Falei que V. Exa. foi também promovido por bravura.
De lá para cá, quem entra em tiroteio, na Polícia Militar, se ferra. Isso é uma
verdade. É uma covardia de alguns comandantes. Tem comandante covarde, e eu sou
obrigado a falar que tem comandante covarde. Um exemplo típico, a Katia Sastre,
cabo da Polícia Militar, que matou, no Dia das Mães, um bandido, para salvar
criança de outras mulheres na porta da escola. Eu pedi para o governador Márcio
França, que promovesse essa mulher por bravura. A PM não quis. Não, onde há
morte não pode ter promoção. O que é isso?
Graças a Deus,
o povo de São Paulo lhe deu 240 mil votos, e ela é deputada federal. Quer
dizer, para o povo pode ela fazer aquilo, é uma heroína. Para a própria Polícia
Militar, não, é uma assassina. Então, a gente não consegue entender isso ai.
Cobrei também do secretário, Coronel Telhada, por que a Rota não está em
Interlagos, atrás daqueles caras que fuzilaram o policial militar Fernando,
como também o policial militar Gonçalves, da Rota.
Na nossa época,
nós íamos todo mundo para o lugar em que estava. Enquanto não pegávamos os
bandidos, a gente não sossegava. Hoje não, hoje proíbe o policial de ir lá.
Quer dizer, aquela policial que foi sequestrada, foi levada para favela, em
Paraisópolis, ficou na favela mais de 48 horas, para depois ser morta.
Proibiram a Rota de entrar na favela. Ou eu estou mentindo?
Então, é
importante que o secretário ouça isso. A gente, com mais de 50 anos de polícia,
tem que falar a verdade. Como estão proibindo a Rota de entrar em Interlagos,
atrás dos bandidos. Ou já proibiram, porque já devia há muito tempo estar lá.
Então, é isso
que a gente cobra. Está tudo bonito, tudo uma maravilha, tudo maravilhoso, dia
disso, daquilo, mas, agora, na verdade é isso, eu acho que a obrigação do
deputado é cobrar isso também, e eu quero que o secretário saiba. Existe o
Proar, que é um programa que inventaram, em que o policial militar é afastado
de imediato. Tem grandes policiais, até o próprio tenente
Telhada, filho do Coronel Telhada, que foi promovido a capitão agora, grande policial, foi afastado do
policiamento.
Estou mentindo?
Então, eu quero valorizar o policial de rua, porque nem sempre dá para salvar a
criancinha que está se engasgando. Tem um monte de criancinha que está se
engasgando. Então, não é só isso. Parabéns a quem faz isso. As vantagens, a
beleza, tudo bem, mas tem o policial que está lá no combate ao crime. Está
enfrentando os PCCs da vida. Está morrendo na porta de Casa, como morreu o
Gonçalves e o Fernando, fuzilados com mais de 30 tiros na cara por bandido. E a
Rota não vai atrás?
“O enterro foi
uma maravilha”. Graças a Deus, Coronel Telhada, até agora ninguém foi no meu
enterro. Foram no enterro dos bandidos. Eu não acho vantagem nenhuma para a
família que foi todo mundo no enterro. E daí? Pergunta para a família do
Gonçalves e do Fernando se eles estão felizes de estar todo mundo no enterro.
Devia ter pego os bandidos. Aliás, não devia ter acontecido aquilo, porque, na
minha época, o bandido tinha medo de atacar o policial, porque ele sabia que
tinha volta.
Obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, deputado Conte Lopes. Encerrado o
Pequeno Expediente. Eu solicito que o capitão Conte, por gentileza, assuma a
Presidência. Eu tenho Comissão de Administração Pública agora.
Encerrado o Pequeno Expediente. Grande
Expediente.
*
* *
- Passa-se ao
*
* *
O
SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Pela ordem,
deputado Carlão Pignatari.
O
SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Para falar pelo Art.
82.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É regimental,
se desloque à tribuna, por gentileza.
O
SR. MAJOR MECCA - PSL - Pela ordem, para um
comunicado.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É regimental,
dois minutos.
*
* *
-
Assume a Presidência o Sr. Conte Lopes.
*
* *
O
SR. MAJOR MECCA - PSL – PARA COMUNICAÇÃO - Capitão
Conte, só para complementar a fala do senhor, à época da ocorrência da cabo
Sastre, eu era o comandante do 4º Baep, e ela era lotada no 4º Baep.
Eu determinei, como comandante de
batalhão, a abertura da sindicância para promoção, por ato de bravura, e o
comandante que me sucedeu, o tenente coronel Campos, fez questão de determinar
que fosse arquivado, sem mesmo levantar a situação e as condições, como
ocorreram os fatos. É verdade, tem comandante que, realmente, não faz a mínima
questão de valorizar seu policial.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PP - Parabéns então
ao comandante Mecca, que, realmente, comprova aquilo que nós falamos. O outro
comandante achou que a Sastre não fez nada de bom, porém ela foi eleita pelo
povo com 240 mil votos a deputada federal. Com a palavra o nobre deputado
Carlão Pignatari.
O
SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB – PELO
ART. 82 - Sr. Presidente, Sras.
Deputadas, Srs. Deputados, hoje estava aqui no plenário ouvindo o
deputado, líder do PSL, Gil Diniz. Quero dizer, deputado Gil, que eu concordo
em gênero, número e grau com o senhor.
Essa
politicagem nas escolas brasileiras, nas escolas paulistas, tem que acabar. Nós
não temos que discutir ali política, nem direita, nem de esquerda. Podemos
discutir política, mas não política de esquerda ou política de direita. Temos
que fazer esse tipo de discussão. Quero dizer que fico cada vez mais intrigado
de saber que hoje está tendo uma manifestação. Quando o presidente Bolsonaro
vai lá e fala que os alunos são usados pelas unidades, tenho fotos: “Lula
Livre”. É para falar sobre Educação e sobre cortes no Ministério da Educação. E
estão dizendo “Lula livre” e não sei o quê.
Então, quer
dizer, é um ato eminentemente político, de quem não tem o que fazer. É para a
molecada enforcar aula. Você pode chegar em qualquer escola e dizer o seguinte: “Vamos fazer uma manifestação,
vocês não precisam vir na sala de aula.” Toda a molecada cai, infelizmente.
Porque é isso que acontece.
Manifestação é
como a que foi feita no domingo. Não que eu sou a favor ou sou contra, mas acho
que manifestação tem que ser feita aos domingos, para não atrapalhar a vida das
pessoas. Aí eu quero ver ir lá colocar gente para manifestar e fazer passeata.
Porque é muito fácil, no dia de aula, você chegar para o menino e falar: “Vamos
enforcar aula e vamos na manifestação” É na hora. Já fomos menino, já fomos
criança, já fomos adolescente. E, principalmente, da maneira que está sendo
feito hoje.
Então isso me
entristece. Me entristece, cada vez mais, ver a irresponsabilidade dessas
pessoas que ficam induzindo os nossos jovens a não ir na sala de aula, para
fazer reclamações. Não tem nenhuma fala sobre Educação enquanto eu estava
vendo. Somente sobre o Lula, sobre o Partido dos Trabalhadores, ou sobre os
sindicatos, ou sobre as associações. Isso é inadmissível aqui no Brasil.
Chega! O aluno
tem que ficar na escola, tem que estudar e aprender para melhorar de vida.
Essas induções, quando o presidente falou que estavam sendo induzidos, quase
mataram ele na imprensa. Quase mataram. Mas é verdade: eles estão sendo usados
como massa de manobra para poder ficar... Como massa de manobra. Não está
dentro da sala de aula, para ir lá, fazer não sabe nem o quê. Se pegar metade
daquela meninada e perguntar o que estão fazendo, eles não sabem. Não sabem o
que estão fazendo lá.
É uma vergonha
para o nosso País, cada vez que vejo esse tipo de manifestação. Acho que é o
direito de manifestar, o direito de fazer. Vamos marcar no domingo. No domingo,
quando não vai atrapalhar a vida das pessoas, não vai atrapalhar o direito de
ir e vir. Porque tem que ser só de terça? Eu estava saindo de casa na
terça-feira de manhã: uma manifestação da CUT e da Associação dos Engenheiros,
às 8 horas da manhã, na Paulista.
Isso é o fim do
mundo. É para atrapalhar a vida. Tinha meia dúzia de gato pingado parando a
Paulista, onde as pessoas têm uma linha de hospitais, onde as pessoas têm uma
linha de empresários. Pessoas que estavam querendo ir trabalhar e não
conseguiam ir porque estavam lá fazendo uma manifestação, e nem sabem por quê.
Alguns sabem. Quer dizer: vamos nos manifestar todo mundo, mas no domingo, vai
no sábado à tarde, que é um dia que atrapalha menos a vida das pessoas.
Acho que essa é
a verdadeira manifestação. Acho que tem que ter o direito sim. O direito de
manifestar, de defender o que pensam. Mas não no dia de aula, no dia de
trabalho, não no dia que está atrapalhando as pessoas. Temos que mudar esse
Brasil de vez. Temos que mudar para melhorar a vida das pessoas.
Hoje São Paulo
paga três professores para poder ter dois professores na sala de aula. Aí
falam: “Professor ganha pouco.” Ganha mesmo, ganha pouco. Só que você tem que
ter três para dois poderem estar dentro da sala de aula. Vai embora para poder
ir no médico. Fica quatro dias e não precisa justificar. Pode faltar no dia de
ir receber o salário. O salário cai na conta. E tem uma lei que eles podem
faltar para receber o salário.
Quer dizer, é o
fim do mundo aonde estamos indo com esse tipo de Educação no nosso País. Esse
foi o mal que o governo de esquerda fez por 12 anos para o nosso País. Que
acabou com os fundos de pensão, que acabou com as empresas públicas, que
acabaram com a nossa Petrobras, que fizeram todos os tipos de desvios aqui no
nosso País.
E deixou essa
herança. Funcionário aposentado dos Correios tendo que contribuir porque o
fundo foi passado para trás. Funcionário aposentado da Caixa Econômica Federal
tendo que contribuir depois de aposentado para poder complementar porque,
senão, não vai poder ter o recurso, porque foi mal investido. Funcionário do
Banco do Brasil na mesma situação. Então isso não é mais possível no nosso
País.
Eu espero que o
presidente Bolsonaro faça a mudança que ele quer fazer neste Brasil. Não é do
meu partido. Votei nele no segundo turno. E acredito que ele vai fazer uma
grande mudança e a mudança que o Brasil precisa.
O
SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PP - Pela ordem,
nobre deputado Emidio de Souza.
O
SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - Sr. Presidente,
eu gostaria de falar pelo Art. 82, em nome da bancada do Partido dos
Trabalhadores.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PP - Vossa
Excelência tem o prazo regimental de cinco minutos.
O
SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT – PELO ART. 82 - Estimado presidente, deputado
Conte Lopes, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público que nos assiste também
pela TV Assembleia, eu estava ouvindo a intervenção do líder do Governo do João
Doria, do PSDB, o deputado Carlão Pignatari, e antes ouvi o líder do PSL, o
deputado Gil Diniz. O que me chama atenção é que parece que esses deputados
falando parece que eles são de oposição. Parece que nunca governaram o País, ou
parece que assumiram o Governo anteontem.
O PSDB governa
este Estado desde 1995, ou seja, há quase um quarto de século. E nesse quarto
de século a Educação de São Paulo chegou a esse estado lamentável que chegou. O
deputado fala aqui como se a Educação em São Paulo estivesse uma maravilha. E
ainda quer culpar o PT por qualquer problema que tenha na Educação. E ainda
quer chamar àqueles que protestam contra esse estado de coisas de comunista, de
vagabundo, de não ter o que fazer, de doutrinadores.
Olha, meus
amigos, a situação em que o estado de São Paulo jogou a Educação deste estado,
com os piores salários que se paga para professor, com a falta de segurança nas
escolas, empurrando a questão da merenda escolar para os governos municipais.
Tudo isso parece que ele não tem culpa de nada. Parece que o PSDB faz de conta
que não tem nada. Eu gostaria de ver o comentário do deputado Carlão Pignatari
sobre essa situação. Aí ele fala “não, sou a favor da democracia, mas aquela
democracia...”. Quando a democracia se exerce, que as pessoas puderem ir às
ruas reclamar, protestar, apresentar a sua insatisfação aí o deputado se
incomoda porque ele está dentro do carro dele, vai ter que atrasar um pouquinho
o tempo. Ora, deputado, se todo o problema do mundo fosse V. Exa. se atrasar um
pouco na sua ida, no seu deslocamento, os problemas seriam pequenos. O problema
é a geração de alunos que nós estamos formando neste País sem preparo porque o
PSDB não investiu em Educação como se deveria investir. E agora vem o Governo
do Bolsonaro, que manda cortar 30% de investimentos na Educação e acha que as
pessoas têm que ficar quietas. Acha que quem vai para a rua protestar, professores,
alunos são inocentes úteis, são imbecis, são pessoas que não tem o que dizer.
As pessoas
chegam aqui “ah, o Brasil está mudando”. Mudando o quê? Mudando para ver
milicianos tomando conta do País? Mudando para ver os filhos do Bolsonaro fugir
de depor para o Ministério Público? Essa é a mudança que o Bolsonaro quer no
País? Manda apresentar o Queiroz, aquele que desviava dinheiro da Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro, no mandato do deputado, atual senador Flávio
Bolsonaro, deputado Paulo Fiorilo; manda ele devolver. Manda ele dizer porque
ele desviava esse dinheiro. Agora, vem querer falar de nova política com esse
tipo de costume? Que nova política é essa, não é?
O Bolsonaro,
antes de fazer qualquer coisa, a providência que ele toma é tomar os direitos
dos aposentados. O País atinge 14 milhões de desempregados e ele continua
culpando o Governo do PT que saiu com o menor índice de desemprego da história
do País e foi tirado há mais de três anos. Ora, vai governar. Você foi eleito
para governar. Aplique o seu programa de Governo. Você tem maioria no congresso
para isso. Não é o PT. O PT tem apenas 55 deputados de um total de 513. Somos
culpados desse fiasco que é o seu Governo? Da vergonha que está fazendo passar
no exterior cada vez que você se desloca para os Estados Unidos ou para outro
lugar do mundo? Somos nós os culpados? Somos nós culpados de você falar que vai
dar dez milhões para cada deputado aprovar a emenda da Previdência que vai
prejudicar milhões de trabalhadores brasileiros? Você quer que nós fiquemos
quietos em torno disso?
Se é isso que
espera do PT, pode saber que está iludido. Nós não vamos nos aquietar com isso.
Nós aprendemos que este País pode ser um país mais justo. E os governos do PT
fizeram ser mais justo.
Foi conosco que
se criou programas como o Fies, como o Ciência Sem Fronteira, como o Prouni, a
expansão de novas universidades, 350 novas escolas técnicas, 22 milhões de
empregos criados, o maior salário mínimo da nossa história.
Foi com ele que
nós criamos, não foi com outro. O Minha Casa Minha Vida, que hoje milhões de
brasileiros têm um teto para morar, foi por isso. Governo não foi feito para
ficar culpando os outros ou para ficar criando inimigo, como o Bolsonaro faz:
ora é o comunismo, ora é a Globo, ora é a Venezuela, ora é Cuba.
Agora, é capaz
de ser o papa, porque o papa mandou uma carta para o Lula, é capaz de ser o
papa o culpado. Bolsonaro, você foi eleito para governar. João Doria, você foi
eleito para governar. Não é para ficar arrumando culpado onde não tem.
A Educação, no
estado em que chegou com os cortes, com a vergonha que se tornou, este País tem
que ir para a rua mesmo e protestar, como fizeram em 15 de março e como estão
fazendo no dia de hoje.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PP - Pela ordem,
nobre deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Para falar pelo
Art. 82, pela liderança da Minoria.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PP - Vossa
Excelência tem o prazo regimental de cinco minutos.
O
SR. CAIO FRANÇA - PSB - Presidente, pela
ordem. Para comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PP - Vossa
Excelência tem dois minutos.
O
SR. CAIO FRANÇA - PSB
- PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, antes de o deputado Paulo Fiorilo pronunciar,
eu gostaria de trazer a esta Casa um tema que muito me preocupa: a questão das
privatizações dos presídios, que está sendo desenhada pelo governo João Doria.
Antes de
avaliar, de fazer um estudo, eu, primeiro, quero ter a segurança de que esta
Casa será responsável pela decisão se vai ou se não vai privatizar. Da maneira
como se estão colocando, na audiência pública que teve, ficou parecendo que
esta Casa não precisa ser consultada.
Isso me traz
uma preocupação, independente das posições de cada um dos colegas, se defendem
ou não defendem. Mas, é legítimo, é legal e é necessário que esta Casa possa
ser a responsável pela análise desse estudo.
Da maneira como
está sendo conduzida, eles estão levando para um outro lado, dizendo que é uma
PPP. E que por ser uma PPP não necessariamente precisa passar por esta
Assembleia.
Nós já tivemos,
agora, nos últimos, alguns outros projetos, como, por exemplo, a questão dos
combustíveis das aeronaves, que o Governo divulgou muito e depois viu que tinha
que mandar para esta Casa. E está nesta Casa aqui, tramitando nas comissões.
Então, me
preocupa muito a maneira como será o desfecho dessa história. Por isso, eu
quero pedir aqui ao líder do Governo, ao secretário de Assuntos Penitenciários,
para que eles possam colocar a mão na consciência, fazer as audiências públicas
que estão planejadas de maneira correta, democrática, transparente.
Mas, além de
tudo, mandar para esta Casa logo o projeto de lei que, aí sim, trata da
concessão dos presídios. Lembrando que os presídios que estão sendo estudados
são quatro, que já estão sendo construídos e - pasmem - construídos com recurso
público.
Recurso
público, ou seja, a PPP que eu conheço, o mais normal, o mais habitual, é que o
privado construa, porque, pelo menos, ele construiu. Agora, nesse caso, não: os
quatro presídios que estão sendo negociados, que estão sendo discutidos na
audiência pública são presídios construídos pelo Estado.
Por isso, eu
reitero aqui, faço pedido, para que esta Casa não precise ingressar
judicialmente para debater esse tema. É dever e é ofício da Assembleia
Legislativa legislar sobre as concessões, assim como estamos fazendo com o
Zoológico, com o Botânico, e com outros mais.
É o meu pedido
aqui, presidente. Eu peço que as outras demais lideranças possam debater isso
também no Colégio de Líderes.
Obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PP -
Perfeitamente, nobre deputado.
Com a palavra o deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT
- PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público
presente, telespectadores da TV Alesp, eu ouvi aqui o discurso do deputado
Emidio, e ouvi também o discurso do deputado Carlão Pignatari.
Não tive
oportunidade de ouvir o discurso do deputado Gil Diniz. Mas, eu queria antes,
deputado Caio França: nós tivemos aqui ontem na Casa o secretário Henrique
Meirelles. E uma das questões que discutimos com ele é essa decisão do Governo
de muitas vezes encaminhar suas ações por decreto.
Desoneração é
um problema gravíssimo, no caso do combustível ele mandou, porque o Ministério
Público de Contas disse que é preciso ter lei; não pode ser por decreto.
Então, esse é
um debate que nós temos que fazer, inclusive sobre a questão dos presídios. Não
é possível que esta Casa não se manifeste, e não pode ser só nas audiências públicas
que eles estão fazendo. É preciso trazer o debate aqui para este plenário.
Com relação às
manifestações de hoje, aliás várias já ocorreram. Em Brasília, nós tivemos uma
grande manifestação. Em São Paulo nós vamos ter manifestação, no Rio de Janeiro,
e assim por diante. São manifestações contra aquilo que é um absurdo que o
governo do Bolsonaro está fazendo, que é o corte nos recursos da Educação.
Eu queria dizer
ao deputado Gil Diniz, que é o líder da bancada aqui, que tem uma relação - não
sei se só pessoal - íntima com o governo Bolsonaro, que é inadmissível o
Queiroz não prestar esclarecimentos daquilo que fez. Principalmente agora que
pagou mais de 130 mil, em dinheiro, ao hospital. É inadmissível o filho do
presidente querer trancar aquilo que está sendo investigado, porque deve estar
com medo de que se revelem as suas falcatruas. É inadmissível que o governo
Bolsonaro queira dizer que tem governado este País, que quer fazer pacto quando
o PIB diminui 0,2%, se comparado com o quadrimestre anterior. É inadmissível um
governo que não termina com o laranjal, que continua escondendo as suas
mazelas.
Então, deputado
Gil, acho que quando a gente fala aqui do PT, como fez o deputado Carlão
Pignatari, a gente precisa olhar o que os governos de vocês estão fazendo. No
caso do PSDB, deputado Emidio, 24 anos, 24 anos governando este estado, e olhe
a situação da Educação. Mas pior, olhe a situação, por exemplo, da Dersa, no
que diz respeito à corrupção. O Paulo Preto está preso. Agora, não pode ser só
o Paulo Preto. Onde estão os outros ocupantes do ônibus, que o Paulo Preto
disse que é a conta que ele tem no exterior? Onde estão aqueles que, durante 24
anos, aproveitaram deste estado, sugaram e mamaram recursos públicos?
Nós estamos
defendendo aqui a instalação de uma CPI, a CPI da Dersa, que o governo não
quer. Aliás, o líder do governo deveria dizer aqui publicamente que ele é a
favor da CPI da Dersa, porque não tem nenhum problema. Não tem problema, mas
ele senta em cima do pedido. Aliás, o pedido, deputado Gil, está lá na Comissão
de Constituição e Justiça, que a deputada Janaina faz parte. O relator é o
deputado Gilmaci. Eu disse a ele: “Deputado, o senhor precisa se manifestar
sobre isso. Não é possível. Nós estamos já entrando aqui em junho e não temos uma
posição ainda da Comissão de Constituição e Justiça.” É inadmissível que o PSDB
queira esconder aquilo que fez a este estado de mau, e agora o governador quer
mudar nome, quer mudar tucano, quer mudar tudo, como se isso fosse resolver o
problema da ineficiência desses 24 anos de governo do Estado.
Aliás, eu fui
ao Rodoanel Norte, deputado Emidio, fazer uma visita. O Rodoanel Norte tem 44
quilômetros, eu percorri pelo menos 20 quilômetros. Os lotes 1, 2 e 3 são os
mais atrasados, mas é uma obra impressionante, do ponto de vista da engenharia,
do ponto de vista da arquitetura, das obras de arte que tem lá. Agora, é triste
a gente olhar aquilo e ver que foi ali que o PSDB mamou durante muito tempo os
recursos públicos; drenou recursos públicos para as campanhas de governador, de
presidente da República, de deputados.
Nós precisamos
colocar o dedo na ferida. Quem tem medo, tem que dizer que não quer. Nós
queremos investigar o que foram os 24 anos do governo do PSDB. E não temos
nenhum problema para fazer isso. Por quê? Porque durante os governos do Lula,
durante os governos da Dilma nós governamos para quem mais precisava. É só
olhar os índices e os indicadores de crescimento econômico, de redução do
desemprego. Hoje a gente tem mais de 13 milhões e 400 mil desempregados. O
deputado Emidio falou em 14 milhões. Aqui no estado a gente tem quase quatro
milhões de desempregados, e é inadmissível que a gente continue vivendo dessa
forma, com discursos contra manifestações que são democráticas, contra governos
que foram democráticos e bem avaliados.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. RAFA ZIMBALDI - PSB - Sr. Presidente, pelo
Art. 82, pela bancada do PSB.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PP - Vossa
Excelência tem a palavra.
O
SR. RAFA ZIMBALDI - PSB -
PELO ART. 82 - Sr. Presidente Conte Lopes, Sras. Deputadas, Srs. Deputados,
primeiro, quero registrar a minha insatisfação no dia de hoje.
Hoje de manhã,
estivemos em Hortolândia, na entrega de 50 ônibus, junto com o governador. São
50 ônibus com ar condicionado e wi-fi para toda a Região Metropolitana de
Campinas. Logo vim para a Assembleia Legislativa e a minha insatisfação foi
exatamente aí, porque fui à Comissão de Infraestrutura e à Comissão de
Fiscalização e Controle e, infelizmente, estavam sem quórum, as duas comissões.
Volto a dizer
aquilo que disse no início do mandato: estamos patinando muito, estamos
produzindo muito pouco. É muito discurso aqui na tribuna e pouco resultado para
a população.
Mas o que me
traz aqui é uma fala que fiz na Comissão de Fiscalização e Controle, embora
estivesse sem quórum, e vou propor um requerimento já para a semana que vem.
Assumi hoje a Comissão de Fiscalização e Controle, mas nós trabalharemos muito
focados nas concessões de rodovias de todo o estado de São Paulo.
São inadmissíveis
os valores dos pedágios que a população vem pagando. Para vocês terem ideia, um
caminhoneiro, para atravessar o estado de São Paulo, deixa, no mínimo, dois mil
reais somente de pedágio.
Então, a
Comissão de Fiscalização e Controle tem por obrigação fazer esse grupo de
estudos e analisar as concessões de todas as estradas. Precisamos focar na
diminuição dos pedágios de todo o estado de São Paulo.
Sabemos que é
uma necessidade. As qualidades das estradas do estado de São Paulo são boas.
Existe um reconhecimento, porém, não se pode praticar esse preço abusivo que
estamos vendo em todo o estado de São Paulo. Aqui na Baixada, para você ir é um
absurdo, para descer para a Baixada Santista. Anhanguera, Bandeirantes. Para
você ir até a divisa com o Mato Grosso é um absurdo! Ou seja, precisamos rever
as concessões que temos das estradas em todo o estado de São Paulo.
Nós vamos nos
debruçar em cima disso, vamos propor um requerimento na próxima reunião da
Comissão de Fiscalização e Controle, exatamente para que possamos, junto com
outros deputados, analisar e fiscalizar de fato os contratos e essas concessões
de rodovias. Junto com os outros deputados, precisamos rever os valores das
tarifas de pedágios.
Então, vou me
dedicar a isso. Já falei na comissão que proporemos esse grupo de estudo ou até
mesmo uma subcomissão dentro da Comissão de Fiscalização e Controle. Precisamos
combater esse abuso de pedágios, pois estamos vendo os valores cobrados em
todas as rodovias estaduais.
Quero deixar
esse registro e, mais uma vez, a nossa insatisfação. Hoje é quinta-feira, dia
de trabalho. Seria muito importante que pudéssemos discutir projetos
importantes para o estado de São Paulo. Não basta ter Pequeno e Grande
Expediente. Acho que o Pequeno e o Grande Expediente são momentos
interessantes, importantes para que os deputados venham, coloquem suas posições
e suas opiniões, mas precisamos nos debruçar sobre projetos importantes para
todo o estado de São Paulo.
Presidente
Conte Lopes, obrigado pela oportunidade. Quero agradecer a todos os deputados
que estão presentes. Obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PP - No Grande
Expediente, com a palavra a primeira deputada inscrita, nobre deputada Janaina
Paschoal. Vossa Excelência tem o prazo regimental de dez minutos.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, Sr. Presidente. Primeiramente, gostaria
de dar uma notícia que realmente me deixou muito feliz, até emocionada. A
deputada Marta Costa ingressou como coautora no meu PL que visa proibir as
festas “open bar”. Eu fiquei muito feliz que ela tenha tomado essa iniciativa e
eu gostaria de dizer a todos os colegas - todos, independentemente de partido -
que todos os meus projetos de lei são nossos.
Aquele colega
que se sentir representado por qualquer proposta que eu apresente na Casa e
quiser ingressar como coautor, será bem recebido. Porque qualquer iniciativa
que eu tenha é para São Paulo, é para o Brasil, e quando um colega olha e se
sente representado, só me deixa feliz. Todas as iniciativas de ingressarem como
coautores serão bem recebidas.
Agradeço
publicamente à deputada Marta Costa pelo precioso apoio que ela me deu na data
de ontem. Também, gostaria de reiterar os ofícios que eu encaminhei para a
Secretaria da Saúde solicitando a pedido dos munícipes das cidades de Americana
e de Tupã que seja encaminhado o fumacê para estas cidades, que estão com um
verdadeiro surto de dengue.
O secretário da
Saúde esteve aqui na Casa; eu falei da situação de Americana para ele, Tupã só
chegou ao meu conhecimento depois. Ele explicou que a princípio são mais
efetivas as campanhas de esclarecimento e que por isso em agosto começarão
estas mesmas campanhas.
Eu disse ao
secretário respeitosamente que as pessoas estão morrendo, que as pessoas não
têm onde ser internadas - faltam leitos - e que dá para esperar até agosto.
Esses munícipes - e é interessante que não foram só vereadores - também
entraram em contato pedindo o fumacê, que são aqueles borrifadores de veneno
para ajudar a matar o mosquito.
Fica a
reiteração tanto da minha solicitação pessoal ao secretário, como dos ofícios
que enviei. Gostaria também, objetivando melhorar o clima entre os colegas na
Casa, pedir que cada um converse com as respectivas assessorias
independentemente de partido para que evitem nas redes sociais atacar os
colegas deputados e até assessores dos outros deputados.
Quando eu digo
isso, não digo com o objetivo de cercear a liberdade de ninguém. O intuito não
é dizer para o deputado ou para o assessor do deputado o que ele pode ou o que
ele não pode fazer nas redes sociais, mas é muito constrangedor quando um
colega adjetiva o outro em redes sociais de maneira pejorativa ou quando um
assessor lotado no gabinete do colega adjetiva um deputado ou mesmo seu
assessor nas redes sociais de maneira pejorativa.
Se um
funcionário meu no seu Facebook, no seu Twitter, no seu Instagram, ofender,
adjetivar um colega da Casa independentemente do partido, eu vou desligar do
meu gabinete. Com isso eu não estou tentando dizer para os outros deputados o
que eles devem fazer em circunstâncias correlatas, porém nós precisamos tentar
manter as nossas divergências no campo das ideias.
Nós temos algo
que poucos cidadãos têm: este espaço precioso de debate e discussão. Nós
podemos utilizar mais e melhor este espaço e tentar obviamente debater ideias
nas redes sociais, mas evitar desmerecer, ofender os colegas, ridicularizar os
colegas, porque isso gera um clima ruim de trabalho.
Por mais que as
pessoas se sintam, vamos dizer assim, acima dessas circunstâncias, é difícil,
porque também acaba virando uma situação de falsidade. Vem aqui, dá a mão,
abraça, cumprimenta e à noite faz uma postagem xingando. Qual é a pessoa que
prevalece?
É a pessoa
real, gentil, educada, ou é a pessoa que fica atrás do computador ofendendo,
desmerecendo, muitas vezes com postagem de conteúdo sexual, o que é muito
inadequado?
Então, é uma
solicitação, não é uma ordem, não é uma manifestação contra a liberdade de
expressão, muito pelo contrário, é uma solicitação para que possamos trabalhar
de maneira mais harmoniosa apesar das divergências que são inerentes ao nosso
trabalho.
Além desses
pontos, eu gostaria de corroborar a preocupação de alguns colegas que já se
manifestaram a respeito da, vamos dizer assim, acelerada agenda que visa à
desestatização dos presídios no estado de São Paulo.
Hoje, em alguns veículos de informação, essa
tal de desestatização foi manchete. Os senhores sabem que eu tenho defendido a
desestatização, votei a favor do PL 01, depois dos ajustes solicitados, esta
emenda aglutinativa foi construída ontem, em uma reunião com a participação de
colegas de praticamente todos os partidos.
Não sei como
cada um votará, mas eu, a princípio, sou favorável à desestatização. Tinha
preocupação para com os atletas, essa preocupação foi contemplada, então todos
sabem que eu sou favorável.
Ocorre que a
situação dos presídios é um caso à parte. Não só pelos fundamentos, vamos dizer
assim, humanísticos, inerentes à gestão da vida e da liberdade de outras
pessoas, que nós poderíamos debater a extensão, mas também, e quiçá
principalmente, pelo impacto que isso tem na Segurança Pública.
Eu fui obrigada
a me afastar da Universidade de São Paulo, onde sou professora, para poder exercer
o cargo aqui. É uma exigência constitucional. Porém, antes dessa licença não
remunerada que tirei, eu ministrei a disciplina Segurança Pública e Direitos
Fundamentais tanto na pós-graduação como na graduação. Um dos temas de debate
foi a privatização dos presídios. Nessa disciplina eu contava com promotores de
Justiça, procuradores da República, delegados da Polícia Civil, da Polícia
Federal, e havia, e há, uma preocupação com essa diretriz da privatização.
Por quê? Porque
pode facilitar a tomada do poder por grupos criminosos. Pode dificultar o
controle do estado sobre estes mesmos grupos. Nas notícias que vieram a público
hoje, obviamente eu não vou citar nomes nem de empresas nem de pessoas, mas nas
notícias que vieram a público consta que o estado de São Paulo pensa em
contratar a empresa gestora dos presídios de Manaus, presídios esses que estão
sofrendo rebeliões constantes há mais de ano, Srs. Deputados. Presídios esses
em que houve um massacre recente e, antes da mudança do governo, ainda na gestão
do ex-presidente Michel Temer, houve outro massacre de igual ou talvez maior
magnitude. Não sei se os senhores se recordam, podem fazer uma pesquisa, eu não
estou exagerando.
À época desse
massacre eu levantei os custos de um preso em Manaus e de um preso em São
Paulo. Não sei dizer a V. Exas. se a proporção permanece, mas, àquela época,
era mais do que o dobro o valor que se pagava por um preso em Manaus.
Então, não sei
qual seria o argumento para seguir com essa linha. E ainda que se mostre mais
econômico, diante, vamos dizer assim, do fracasso do modelo em outros estados
da Federação - estamos pensando em intervenção federal no Amazonas -, diante
desse fracasso, o estado de São Paulo, que, com todos os problemas, está em uma
situação, digamos assim, melhor em termos de Segurança Pública, o estado de São
Paulo importar esse modelo que está fracassado, parece uma irresponsabilidade.
Tudo isso para
dizer, Sr. Presidente, que, no mínimo, esse é um assunto que tem que ser
debatido nesta Casa pelos representantes do povo, legitimamente eleitos.
Eu estive
recentemente nos Estados Unidos e constatei que o modelo privatizado, os
presídios privatizados estão sendo revistos pelos Estados Unidos, porque
identificaram vários pontos de efetivo fracasso nesse modelo. Então, quando
eles lá estão desistindo, nós aqui estamos implementando. No mínimo, o tema tem
que ser debatido nesta Casa e é essa solicitação que faço, Sr. Presidente.
Rogo que esta
minha fala seja enviada ao secretário competente da área para uma análise e,
quiçá, uma medida por parte da Presidência da Casa, para que nós tenhamos a
oportunidade de debater a questão.
Muito obrigada.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PP - A solicitação
de V. Exa. será encaminhada.
Próximo orador inscrito pelo Grande
Expediente, nobre deputado Teonilio Barba Lula. (Pausa.) Próximo, deputado Gil
Diniz.
O
SR. GIL DINIZ - PSL -
Obrigado, Sr. Presidente. Mais uma vez, boa tarde. Boa tarde à Mesa, aos
deputados, ao público aqui na galeria, aos assessores, a quem nos assiste pela TV
Assembleia.
Queria colocar
aqui também minha posição, Major Mecca, capitão Conte, com a preocupação
referente a essa celeridade nesse processo de privatização, especificamente na
questão dos presídios, nobre deputada Leticia Aguiar, Coronel Nishikawa. Nós
precisamos entender qual o modelo que vai ser colocado aqui, Major Mecca, e,
principalmente, pensar nos nossos agentes penitenciários, pensar nessas
pessoas, nesses pais, nessas mães que estão lá na ponta. Nós não podemos, no
afogadilho, privatização, concessão etc. permitir que nem seja discutida nesta
Casa essa questão da privatização nos presídios.
Eu,
particularmente - não falo em nome da bancada -, a priori sou contra
privatizar, conceder ou qualquer outra coisa, a atividade-fim do presídio. É
responsabilidade do Estado Saúde, Educação e Segurança Pública. Isso faz parte
também da Segurança Pública. Então, alto lá. Vá com calma. Zoológico é uma
coisa, ginásio é outra. Tiveram aqui as empresas, PL 01. A bancada, alguns
colocaram seu voto “sim”, outros colocaram seu voto “não”, mas eu,
particularmente, tenho essa minha restrição.
Então, me
convençam. Se quiserem privatizar os presídios de São Paulo, me convençam. A
priori, sou contra, capitão Conte Lopes, justamente pensando na Segurança
Pública do estado de São Paulo.
Deixo aqui a
pergunta: vai abrir para licitar? E se - e esse “se” é bem verdadeiro - o
Primeiro Comando da Capital ganhar uma licitação, montar ali as suas empresas?
Falam tanto de laranjas, deputado Emidio, vocês gostam tanto de falar de
laranjas. Coloquem seus laranjas e ganhem uma licitação, deputado estadual
Agente Federal Danilo Balas. Então alto lá, vamos com calma. Não é dessa
maneira.
Agora, não tem
como deixar de responder as manifestações aqui dos petistas. Parece que o PSL
que está no Governo de São Paulo há 20 e tantos anos. E não é. Primeiro que no
Estado nós nunca fomos Governo. No governo federal, faz cinco meses. Aqueles
que disseram que nós somos golpistas por derrubar uma presidente com uma série
de problemas, nós somos golpistas, e eles não. Já estão pedindo o impeachment
do presidente Bolsonaro em cinco meses. Aí eles não são golpistas.
Falam tanto do
Queiroz. Você em casa, vocês têm a minha palavra: que o Queiroz seja
investigado, que seja processado e, se for condenado, vocês têm a minha palavra
de que eu não vou colocar no meu nome Gil Diniz Queiroz. Eu tenho vergonha de
bandido. Caso seja provado que ele seja bandido e seja provado que ele tenha,
Balas, algo a pagar à Justiça, eu teria vergonha de colocar no meu nome o nome
de um bandido, o nome de um presidiário. Há quem tenha orgulho. Há quem se
orgulhe. É só olhar aqui o painel. Não vou colocar nome de bandido no meu nome.
E pior ainda: bandido, deputado Heni, que um dia a população brasileira, em sua
grande maioria, chancelou. Foi lá e colocou o seu voto de confiança.
Veja só: eu
lembro, lá atrás, na Cohab José Bonifácio, entregando panfletinho de mercado. E
olhei lá na TV o então presidente Lula chorando que nem uma criança, dizendo
que não sabia: “olha, veja bem, o Dirceu isso, aquilo; olha só, eu não sabia”.
Estava ali na antessala, e ele não sabia. Passou pelo mensalão; usou os
Correios. Eu trabalhei lá. Aparelhou. Não só o Correios; aquilo foi o primeiro.
Ali foi o início, que nós descobrimos. Mas se puxar mais atrás, tem coisa aí.
Por exemplo:
como que eu vou deixar de falar aqui dos prefeitos do PT assassinados? Muitos
deixam de lembrar. E vocês que gostam de falar tanto de direitos humanos: olha,
estou na comissão. Vamos fazer lá uma sessão para lembrar os direitos humanos
do Celso Daniel, do Toninho do PT? Então, vamos lá: mensalão, petrolão. A
cúpula do Partido dos Trabalhadores na cadeia. Ou é mentira?
Estavam
louvando, aqui, o STF, deputada Valeria, que agora tipificou, colocou ali a
questão LGBT como se racismo fosse, tudo mais. Louvam tanto o mesmo STF que
botou esses bandidos na cadeia. E são bandidos. Nós precisamos chamar pelo
nome: são bandidos. Primeira instância, segunda instância; tentaram um HC e não
conseguiram. Aí, agora, opa: “se é da minha ideologia, se vale para o meu
grupinho, vale a posição do STF; se não vale, a Justiça é aparelhada, veja bem,
olha só, pipipi, papapá”.
Falam tanto do
ministro Sérgio Moro, Leticia. Olha só, tem advogado do PT no STF. E não falam
nada. Não falam nada. O presidente, outro dia, chamou alguns manifestantes -
não todos; até se retratou - de idiotas úteis. Eu discordo do presidente. Vou
ter que discordar. De útil não têm coisa nenhuma. Fica só com a primeira
palavra mesmo. Não dá, não dá.
São Paulo:
vocês estão aí tristes, policiais que me ouvem, com o PSDB. Eu também critico
bastante. Mas o principal do PSDB nessa Casa é o PT. A gente tem que deixar
claro e falar que a grama é verde. Por quê? Porque o principal cabo eleitoral
do PSDB em São Paulo se chama Partido dos Trabalhadores. Como nós não temos,
Balas, uma outra opção, o povo de São Paulo olha para o PT e vai lá e vota no
PSDB. Como não? Todo mundo sabe. “Olha, não quero votar no PT; vou votar no
PSDB”.
Mas, se Deus
quiser, nós vamos dar, sim, uma opção ao povo de São Paulo. Demos ao povo
brasileiro e colocamos lá o presidente Jair Messias Bolsonaro. Agora, os
profetas do apocalipse, que só veem coisa ruim, os tarados pelo Queiroz, só
falam em desgraça, quando muita coisa boa está sendo feita. O melhor abril: 130
mil empregos. Olha lá o Ministério da Infraestrutura, o capitão que está à
frente na Infraestrutura. Está dando show, não para. Olha as rodovias lá do
norte.
Olha os milhões
de nordestinos estudantes - falam tanto de estudantes - que receberam agora,
pela primeira vez, wi-fi, acesso à internet em suas escolas. Vejam: falam tanto
aqui... Quero ver se nessa manifestação aí... Olha só, aos pelegos das
manifestações... Tem pelego furando a manifestação, hein. Estão aqui; estão
furando a manifestação.
Não falam,
Mecca, dos milhões que foram devolvidos aos cofres públicos da Petrobras.
Roubaram, com seus aliados, os grandes empresários. Não foi o seu Zé, da
padaria, não. Não foi a dona Maria, que vende Yakult, não. Foi o Sr. Odebrecht.
Foi uma série de empresas aí que dilapidaram o patrimônio público, junto com
poder político do Brasil.
Ou não? Ou vão
dizer que é mentira? Ou vão dizer que é mentira? Então, enquanto ficam aqui
focando, pegaram o Queiroz, o Flávio Bolsonaro, para espantalho, e se forem...
Eu, particularmente - novamente, não falo pela bancada neste momento, falo pelo
meu mandato, falo como Gil Diniz aqui -, que conheço, acredito, sim, na
inocência do Flávio Bolsonaro.
Eu acredito,
sim, mas, se fez coisa errada, vai ter que pagar. Se fez coisa errada, vai
pagar, e ninguém vai ficar aqui passando a mão na cabeça, não. Ninguém vai
colocar nome de bandido no nome, não. Não vou. Não vou, e eu tenho vergonha de
quem louva bandido desta tribuna, ou seja lá de onde for. Bandido tem que ser
tratado como bandido, e não com honra desta tribuna.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
A
SRA. LETICIA AGUIAR - PSL - Sr. Presidente, uma breve comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PP - Com a palavra a
nobre deputada Leticia Aguiar para uma comunicação. Dois minutos.
A
SRA. LETICIA AGUIAR - PSL -
PARA COMUNICAÇÃO - Obrigada, Sr. Presidente. Eu gostaria de
salientar o que preocupa bastante a todos nós. Eu tenho recebido muitos pedidos
nas redes sociais, dos nossos apoiadores, seguidores, eleitores, a respeito dos
indultos, das famosas “saidinhas”.
Nós tivemos
aqui, recentemente, a “saidinha” do Dia das Mães. Foram quase 30 mil presos nas
ruas paulistas, que foram despejados na sociedade, e mais de mil presos,
capitão Conte Lopes, não retornaram aos presídios.
Isso é muito
preocupante. São presos, são criminosos que ainda não cumpriram sua pena, que
não podem estar livres, que estão aí, rondando as nossas vidas, rondando a vida
de nossas famílias, que podem pegar um elevador com a gente, que podem sentar
numa mesa de uma lanchonete ao nosso lado, e a possibilidade de eles estarem
cometendo novos crimes é muito grande,
já que eles não têm um trabalho, eles precisam se manter.
Então, isso é muito preocupante. Fica aqui o
meu apelo para o governador do estado, para que a gente busque alternativas,
junto, também, com o governo federal, para que extermine, de vez, essas
“saidinhas”. Isso é uma vergonha. É inacreditável que pessoas que já deram
prejuízo para a sociedade continuem a dar prejuízo. Continuam dando prejuízo dentro dos presídios, porque nós
quem temos que manter esse pessoal lá, e ainda por cima têm essas
regalias, esses benefícios, por bom comportamento. Bom comportamento é
obrigação dele dentro do presídio, é o mínimo que se espera.
Então, fica
aqui o meu apelo, nesse sentido, para o governador do estado de São
Paulo, para o
governo federal, que já é contra as “saidinhas”, para que a gente possa achar
uma solução para isso. Não é possível que o cidadão de bem esteja tendo que
aceitar essa situação porque a lei permite. A lei tem que defender o cidadão de
bem, e não dar benefício para quem é criminoso, que causa prejuízo à sociedade.
Em vista disso,
eu criei um projeto de lei, que está nesta Casa, de nº 670/19, que prevê a
divulgação de um banco de dados, de uma lista de cadastros dessas pessoas
foragidas da Justiça, para que qualquer pessoa (eu, vocês, qualquer um) possa
ter acesso a quem são esses foragidos da Justiça, para que possa ser mais uma
forma de auxiliar as nossas polícias, caso a gente consiga identificar um
foragido na rua. Então, é importante salientar que população pode ajudar e
contribuir na questão da Segurança
Pública, em parceria com as nossas polícias.
Mais um apelo
para o governador do estado de São Paulo, é a grande defasagem que existe da Polícia Civil, que é uma polícia
que trabalha na investigação e na busca desses condenados, desses foragidos da
Justiça. Então, nós precisamos aumentar o efetivo da Polícia Civil, que tem uma
grande defasagem, todo mundo
sabe disso, além de melhor estruturá-los, também, porque não é possível que a
gente continue a ver o cidadão de bem sofrendo esse tipo de situação, enquanto
o criminoso está sendo beneficiado por meio dessas “saidinhas”, e tantas outras
brechas que a lei permite.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PP - Com a palavra o
nobre deputado Emidio de Souza.
O
SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - Para uma breve
comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PP - Vossa
Excelência tem o prazo regimental.
O
SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT -
PARA COMUNICAÇÃO - Eu queria dizer o
seguinte. A bancada do PSL precisa se entender. Acabamos de ver uma intervenção
ponderada da deputada Janaina Paschoal, dizendo que os deputados não devem se atacar. Devem se respeitar e debater
ideias, o que é muito louvável. Ela
desceu da tribuna e eu falei, inclusive, “apoiado”.
Agora, no ato
sequente, o líder Gil Diniz ocupa a tribuna da Câmara para fazer um ataque -
desculpa - covarde contra colegas que resolveram adotar o nome do presidente
Lula. Respeite os colegas, é problema de cada um. Se V. Exa. não quer adotar o
nome do Bolsonaro, talvez porque tenha vergonha, ou talvez porque os seus
filhos são ligados ao crime organizado, é problema seu. Nós temos orgulho do
presidente Lula. E o senhor deveria respeitar.
Se não respeita
ele, respeite, pelo menos, os deputados, os seus colegas que estão nesta Casa.
Não somos obrigados a tomar a sua verdade como absoluta, deputado. A sua
verdade não é absoluta, é apenas a sua verdade. Não é nada mais do que isso. O
senhor gosta muito de chamar os outros de ladrão, de bandido. Provavelmente
para agradar o teu eleitor, que está assistindo a TV Assembleia, o senhor gosta
disso.
Agora, se o
senhor tivesse nojo de bandido mesmo, o senhor não entrava no Palácio do
Planalto. O senhor não tem orgulho de fazer campanha junto com o filho do
Bolsonaro, não tratava o senador Flávio Bolsonaro, que é aliado do crime
organizado no Rio de Janeiro, cujo assessor, mantido com recurso público na
Assembleia Legislativa, é ligado ao chefe do escritório do crime no Rio de
Janeiro.
Então,
deputado, não venha querer dar lição. O senhor não tem autoridade moral nenhuma
para dar lição em ninguém. A sua moral serve para você, não serve para mim, nem
para outro deputado. Tenho orgulho, sabemos o que fizemos e o que não fizemos.
Este País, sob
os governos do PT, foi o país que gerou 22 milhões de empregos, e não 14
milhões de desempregados como é hoje. É um País que teve o presidente mais
respeitado fora do País e não o presidente mais gozado fora do Brasil, passando
vergonha, como é o seu presidente Bolsonaro. Então, a sua verdade serve para
você, deputado, e para mais ninguém nesta Casa. Pelo menos, na bancada do PT.
O
SR. GIL DINIZ - PSL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PP - Para
comunicação, o deputado Gil Diniz.
O
SR. GIL DINIZ - PSL - PARA
COMUNICAÇÃO - Só para dialogar com o deputado Emidio Lula.
Realmente,
deputado, a minha moral não é a de Vossa Excelência. O senhor não tenha dúvida
nenhuma. Eu tenho orgulho de visitar o Palácio do Planalto e visitar o
presidente Jair Messias Bolsonaro. Eu teria vergonha de visitar a carceragem da
Polícia Federal como V. Exa. faz. Aí eu teria vergonha. (Palmas.)
Aí eu teria
vergonha. E quanto à bancada do PSL, na bancada, resolvemos nós. Cuida da
bancada do PT. Cuida da bancada do PT, que do PSL cuidamos nós. Mas, como tem
aquilo: “acuse-o do que você é”, o senhor vem ao microfone dizer “olha, o
senhor tem que nos respeitar”. Estou mentindo? O senhor não tem o nome de um
bandido condenado no nome?
O SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - O senhor está mentindo, sim.
O SR. GIL DINIZ - PSL - O senhor não tem o nome de um
bandido condenado no nome? Está ali, olha!
O SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - Não tenho nome de bandido não.
Bandido é você.
O SR. GIL DINIZ - PSL - O senhor fala de filho de
presidente. De filho de presidente, o senhor conhece. Tem o filho de um
presidente bandido no seu gabinete. É o seu assessor. Ou é mentira? Ou estou
mentindo?
O SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - Não é verdade. Qual é o problema?
Qual é o problema?
O SR. GIL DINIZ - PSL - O filho do presidente Lula, preso
em Curitiba, é assessor do deputado Emidio.
O SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - Qual é o problema, qual é o
crime, deputado? Qual é o crime?
O SR. GIL DINIZ - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente.
O SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - Qual é o crime?
O SR. GIL DINIZ - PSL - Nenhum.
O SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT – Então, pare de acusar.
O SR. GIL DINIZ - PSL - Estou falando que, de filho de
bandido, o senhor conhece. Presidente!
O SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PP - O deputado Gil Diniz está com a
palavra.
O SR. GIL DINIZ - PSL - O senhor não tem educação. Escutei
o senhor falar por dois minutos. O senhor não tem educação. Um pouco de
educação, deputado. Um pouco de educação. O senhor acabou de vir ao microfone.
Pedi. Pelo menos, eu acreditava que eram palavras verdadeiras. Quem está nos
acompanhando vê que não.
É o que vocês gostam
de fazer; fazer cena. Fazer cena para esse público. O seu primeiro voto nesta
Casa, neste mandato, foi no PSDB. Todo mundo sabe. Seu primeiro voto, neste
mandato, foi no PSDB. Repito, para quem nos assiste: de filho de presidente
bandido, o senhor entende muito. Tanto é que tem um lotado em seu gabinete.
(Palmas.)
O
SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PP - Pela ordem.
O
SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT -
PARA COMUNICAÇÃO - Quero deixar expresso o meu desapontamento com a baixa
qualidade do PSL e com o desrespeito que ele é capaz de ter com os colegas e
com pessoas que não podem se defender.
As pessoas tem
que ocupar o microfone da Assembleia Legislativa para trazer proposta, para
trazer ideias e não para atacar. Ainda posso me defender, estou aqui. Agora, o
senhor atacar quem não pode se defender? Isso tem um nome; se chama covardia. O
senhor ataca quem não pode se defender. Quem não pode, o senhor não deve
atacar.
O SR. GIL DINIZ - PSL - O Lula está preso.
O SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PP - Está com a palavra, deputado.
O SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - O senhor não é educado? Então,
aguarde agora. O senhor não falou? Estar preso significa alguma coisa? Se
tiver, posso dizer para o senhor que o Mandela ficou preso 27 anos. Ficou preso
27 anos e depois saiu para ser eleito presidente da República. Eu posso dizer
que o Moro condenou o Lula para tirá-lo da disputa presidencial e, depois,
ganhou como prêmio o Ministério da Justiça.
Então, nós
podemos vir querer tratar com dois pesos e duas medidas, não, deputado. Sabe, a
gente aqui e o senhor vir falar de funcionário desta Casa. O filho do
presidente Lula trabalha comigo, eu tenho orgulho e trabalha; trabalha. Não é
vagabundo, cumpre horário. Agora, o senhor usar o mandato de deputado, podendo
debater problema de São Paulo e vem acusar funcionário que não pode se
defender? Deixa de ser covarde, deputado. Isso é covardia. Isso é covardia.
Ataque a mim, que posso me defender. Ataque a quem pode se defender. Não queira
impedir que as pessoas... Quando é que filho de alguém que está preso, ainda
mais injustamente, não pode trabalhar? Onde o senhor ouviu falar disso? Onde?
Eu lamento
muito o nível que está se chegando o debate nesta Casa. Não tem uma vez que
esse deputado vem a esta tribuna para discutir problema de São Paulo; é só para
atacar o PT. Ele não é capaz de ver nada. Falar que nós somos tarados por
Queiroz? Não. A única coisa que queremos é que o Queiroz explique de onde ele
tirou 130 mil reais, em dinheiro vivo, para pagar a conta do Einstein; de onde
ele arrumou a assessora, que é mãe do chefe do crime organizado do Rio de
Janeiro. O senhor explica isso. E pare de atacar os outros porque isso é feio,
principalmente quem não pode se defender.
O
SR. CORONEL NISHIKAWA - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PP - Pela ordem,
deputado Coronel Nishikawa.
O
SR. CORONEL NISHIKAWA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Só
para lembrar que, em cinco meses, o Bolsonaro não fez 14 milhões de
desempregados. Sistematicamente, o deputado Emidio sobe ali para falar mal do
PSL. Eu pertenço ao PSL e o senhor nunca me viu atacando o PT. Ou o senhor já
viu? O senhor não me ouviu atacando o PT. Então, pare de falar em nome da
bancada, por favor.
Outra coisa que eu queria falar é sobre
a privatização dos presídios, que foi muito bem citada pelo nosso colega Gil
Diniz. No Amazonas, houve um massacre porque lá é administrado por privados.
Deixaram misturar quadrilhas, organizações criminosas. Foi por isso que houve
também esse confronto que resultou em morte lá.
Lembrando ainda, deputado Emidio, eu
nunca fiz um ataque ao PT aqui. Eu sou PSL. Então, o senhor precisa parar de
falar do PSL nesse sentido. Meu líder pode fazer, mas o senhor fala PSL. Eu sou
do PSL, só que eu não ouvi este deputado atacando o PT. Então, por favor, fale
do líder, não fale da bancada, por favor.
O
SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PP - Pela ordem,
deputado Carlão Pignatari.
O
SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Sr. Presidente,
havendo acordo de lideranças, eu queria pedir o levantamento da presente
sessão.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PP - É regimental.
Havendo acordo de lideranças esta Presidência, antes de dar por levantados os
trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora
regimental, sem Ordem do Dia. Está levantada a sessão.
*
* *
- Levanta-se a sessão às 16 horas e 33
minutos.
*
* *