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18 DE JUNHO DE 2019

65ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: CORONEL TELHADA, MAJOR MECCA e CAUÊ MACRIS

 

Secretaria: LECI BRANDÃO

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - LECI BRANDÃO

Parabeniza a deputada Isa Penna pelo lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Vida das Mulheres. Informa que foram apresentados requerimentos a representantes da Secretaria da Segurança Pública, solicitando o fortalecimento de políticas de proteção à mulher. Defende que as gestantes tenham liberdade para escolher a via de parto.

 

3 - CASTELLO BRANCO

Discorre sobre o PL 494/19, que trata de desconto no imposto incidente sobre combustíveis usados na aviação comercial. Propõe que a isenção tributária seja estendida a todos os segmentos da aviação. Argumenta que tal medida traria diversos benefícios econômicos para o estado de São Paulo. Informa que apresentou emenda relativa ao assunto.

 

4 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Anuncia a visita de alunos da Escola Granja Viana, de Cotia.

 

5 - MAJOR MECCA

Relata caso, ocorrido em Santo André, de policial que matou a esposa e se suicidou em seguida. Pede que o Poder Público preste atenção à saúde física e mental dos policiais militares. Considera excessiva a carga de trabalho a que são submetidos os servidores da Segurança Pública. Sugere medidas em prol da qualidade de vida dos policiais.

 

6 - DR. JORGE LULA DO CARMO

Dá conhecimento de visita que fez ao município de Mauá. Alude às denúncias de desvio de verbas destinadas à compra de merenda escolar, envolvendo vários políticos da região. Lembra que a cidade teve diversos prefeitos do PT, aos quais teceu elogios. Elenca demandas feitas pela população do município ao governo estadual.

 

7 - MAJOR MECCA

Assume a Presidência.

 

8 - CORONEL TELHADA

Parabeniza a cidade de Bastos por seu aniversário. Comunica que hoje se completam 110 anos da chegada de imigrantes japoneses ao Brasil. Relata a morte de um policial militar no Rio de Janeiro. Solicita a inclusão do estudo da Língua Brasileira de Sinais na formação dos agentes da Segurança Pública. Exibe e comenta vídeo sobre ocorrência policial.

 

9 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência.

 

10 - MAJOR MECCA

Para comunicação, concorda com o pronunciamento do deputado Coronel Telhada. Avalia que o treinamento oferecido aos policiais paulistas é insuficiente.

 

11 - SARGENTO NERI

Para comunicação, comenta as palavras do deputado Coronel Telhada. Destaca que prestou assistência jurídica aos policiais envolvidos na ocorrência citada.

 

12 - GIL DINIZ

Critica a reação do governador João Doria ao episódio citado pelo deputado Coronel Telhada. Defende a conduta dos policiais envolvidos na ocorrência. Lamenta o tratamento dado por Doria a um coronel da Polícia Militar. Argumenta que o fato seria classificado como assédio moral, se acontecesse em outras circunstâncias.

 

13 - JANAINA PASCHOAL

Para comunicação, informa que se realizará, dentro de alguns minutos, congresso de comissões para tratar do PL 435/19. Pede que seus pares votem a favor do projeto e contra a emenda apresentada.

 

14 - ADALBERTO FREITAS

Presta apoio ao PL 435/19, da deputada Janaina Paschoal. Tece críticas aos parlamentares do PT, a quem acusa de não favorecer o diálogo democrático e de agir para impedir a realização de reuniões de comissões acerca de projetos aos quais o partido se opõe. Alega que o PT tem procurado causar instabilidade no governo de Jair Bolsonaro.

 

15 - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS

Comemora a assinatura de medida provisória que agiliza a venda de bens apreendidos em operações contra o tráfico de drogas. Julga que a norma representa um passo importante no combate ao crime organizado.

 

16 - PAULO LULA FIORILO

Sugere que a Presidência não conceda mais comunicações durante o Pequeno Expediente. Rebate o pronunciamento do deputado Adalberto Freitas. Discorre sobre os problemas causados a cidades do interior do estado por conta da instalação de presídios sem contrapartidas financeiras do governo estadual. Solicita reformas na Rodovia Euclides da Cunha.

 

17 - PAULO LULA FIORILO

Solicita a suspensão da sessão até as 17 horas, por acordo de lideranças.

 

18 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Anota o pedido.

 

19 - CONTE LOPES

Para comunicação, comenta ocorrência policial a envolver ofensas de carroceiros a mulher. Defende a conduta dos policiais militares.

 

20 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Defere o pedido do deputado Paulo Fiorilo e suspende a sessão às 15h35min.

 

21 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Assume a Presidência e reabre a sessão às 17h04min.

 

22 - GIL DINIZ

Pelo art. 82, diz ser favorável ao projeto, de autoria da deputada Janaina Paschoal, que dá a mulher a possibilidade de escolha do tipo de parto. Discorre sobre as dificuldades sofridas durante o nascimento de seu segundo filho, em uma maternidade pública, quando a família solicitou ao médico que realizasse uma cesariana, o que foi negado. Esclarece que seu filho poderia ter morrido no parto. Lembra que, apesar da defesa do empoderamento feminino, não é dada opção de escolha do tipo de parto às mulheres. Combate o aborto.

 

23 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Pede comportamento regimental dos presentes em plenário. Pede aos policiais militares que conversem com os presentes, esclarecendo o artigo do Regimento Interno.

 

24 - GIL DINIZ

Considera que aqueles que são contra dar opção de escolha às mulheres, são os mesmos que defendem a interrupção da gravidez. Diz serem os mesmos hipócritas. Convida os deputados do PT e PSOL a defenderem o aborto na tribuna. Pede que o Regimento Interno seja cumprido. Demonstra o apoio da bancada do PSL ao projeto da deputada Janaina Paschoal. Reafirma ser favorável ao projeto.

 

25 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Responde o pronunciamento do deputado Giz Diniz. Afirma que não existem dois pesos e duas medidas em relação ao comportamento dos presentes nas galerias. Esclarece que sempre foi coerente em suas posições. Diz não se orgulhar de mandar a Polícia Militar tirar o público das galerias, já que esta é a Casa do povo. Informa que os baderneiros e reincidentes, que possuem boletins de ocorrência, serão proibidos de entrar nas galerias. Destaca que é necessária cautela para lidar com esta situação.

 

26 - GIL DINIZ

Para comunicação, concorda com o pronunciamento do presidente Cauê Macris a respeito dos manifestantes que desrespeitam o Regimento Interno.

 

27 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Afirma que o cumprimento do Regimento Interno depende de bom senso. Considera que sabe lidar com a galeria. Esclarece que, se todos seguirem o Regimento Interno, serão bem vindos a esta Casa.

 

28 - SARGENTO NERI

Pelo art. 82, exibe vídeo sobre o atendimento de policiais militares com problemas psiquiátricos pela Junta Médica da Polícia Militar. Diz ser este vídeo um pedido de socorro do policial. Pede ao coronel Salles que estruture o Hospital da Polícia Militar e que faça um programa de saúde para preservar a vida dos policiais. Cita casos de suicídio entre os policiais militares.

 

29 - SARGENTO NERI

Para comunicação, parabeniza o deputado Vinícius Camarinha pelo seu empenho em organizar projetos de deputados para deliberação. Demonstra sua satisfação de ter projeto de sua autoria aprovado, para que a família dos policiais mortos receba o salário dos mesmos em seguida ao falecimento. Agradece a todos os deputados pela aprovação de seu projeto. Considera que a aprovação mostrou o respeito dos deputados pela Polícia Militar. Diz serem todos os partidos importantes.

 

30 - ADALBERTO FREITAS

Para comunicação, lamenta a morte de trabalhadora em razão da ingestão de fumaça da queima de pneus durante a manifestação promovida pela esquerda.

 

31 - ANALICE FERNANDES

Pelo art. 82, discorre sobre o PL 435/19, de autoria da deputada Janaina Paschoal. Diz ter aprendido, em razão da sua formação em Enfermagem, a importância do parto normal. Considera que esta é a via de parto mais tranquila para a recuperação das mães. Destaca a necessidade de incentivar o pré-natal na rede pública, para que as mulheres tenham confiança no serviço de saúde e nas maternidades. Esclarece que a cesárea traz altos riscos para a vida da mulher. Pede que os deputados promovam debates em seus municípios, com especialistas neste assunto, para entenderem o projeto e os riscos envolvidos antes da votação. Informa a existência de determinação do Ministério da Saúde, na qual as mulheres têm direito a seis ou sete consultas de pré-natal na rede pública. Ressalta que ninguém nesta Casa, que defende o parto natural ou humanizado, é a favor do aborto. Enfatiza que ao escolher sua profissão, escolheu lutar pela vida.

 

32 - DOUGLAS GARCIA

Para comunicação, parabeniza o deputado Sergio Victor pelo seu aniversário. Destaca sua luta pela desburocratização e contra a burocracia estatal. Diz ser o deputado uma pessoa combativa, que batalha pela liberdade de mercado. Cita eventos promovidos pela Frente Parlamentar pelo livre mercado.

 

33 - RAFAEL SILVA

Pelo art. 82, defende a necessidade e a capacidade de reflexão das pessoas. Lembra a construção do Taj Mahal, na Índia, construído por um imperador para homenagear sua esposa favorita, que morreu no parto. Lembra outras personalidades que morreram no parto. Informa que visitará a maior maternidade de sua região para entender o projeto de autoria da deputada Janaina Paschoal e votar de maneira mais acertada.

 

34 - VINÍCIUS CAMARINHA

Para comunicação, elogia campanha publicitária, veiculada pelo governo estadual, de combate ao feminicídio. Lamenta os números de ocorrências de violência contra as mulheres, que aumentaram no primeiro trimestre. Sugere que a campanha seja focada no ânimo de agredir as mulheres e não apenas focada nos alcoólatras, como está sendo veiculada. Destaca a necessidade de criar políticas públicas e campanhas publicitárias que alertem que este é um crime hediondo.

 

35 - ADRIANA BORGO

Pelo art. 82, discorre sobre a dificuldade de realização do parto cesárea de uma de suas filhas, que sofria de eclampsia. Informa que o parto foi realizado pela PUC Campinas, após a intervenção das deputadas Janaina Paschoal e Valeria Bolsonaro. Agradece o corpo clínico da PUC. Destaca a importância do PL 435/19, que tramita nesta Casa. Defende o direito de escolha da mulher. Lamenta o descaso sofrido pelas mulheres e seus bebês, em um dos momentos mais bonitos de suas vidas. Comenta declaração, da deputada federal Talíria Petrone, sobre o alto índice de suicídio de policiais. Esclarece que a deputada não conhece a realidade da Segurança Pública. Lamenta a falta de reconhecimento e as dificuldades financeiras enfrentadas pelos policiais. Repudia a declaração da deputada federal.

 

36 - ANALICE FERNANDES

Para comunicação, afirma que defende que as mulheres tenham direito de escolha, mas que reflitam sobre suas escolhas. Afirma que as mulheres devem conhecer os riscos da cesárea e a importância do parto normal. Esclarece que as opções devem ser discutidas durante o pré-natal.

 

37 - PAULO CORREA JR

Pelo art. 82, parabeniza esta Casa pelos debates realizados para a aprovação de projetos de deputados. Comenta as condições de nascimento de sua filha por parto cesárea, em razão do cordão em torno de seu pescoço. Relata a visita do secretário de Segurança Pública a Santos. Lamenta que os parlamentares da região da Baixada Santista não foram convidados a acompanhar esta visita, o que causou estranheza. Agradece a promulgação da lei que torna o projeto Operação Verão permanente. Considera fantástico o serviço prestado pelos policiais militares. Afirma que o secretário da Segurança Pública confirmou a reforma do Palácio da Polícia Civil em Santos, apesar de não ter precisado a data. Critica a rápida visita do secretário à cidade, em razão da sua presença em jogo da Copa América.

 

38 - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS

Para comunicação, menciona a Operação Inverno, em Campos do Jordão. Demonstra sua satisfação de ter trabalhado no policiamento da Baixada Santista e em Campos do Jordão.

 

39 - GIL DINIZ

Para comunicação, relata que a bancada do PT não se manifestou sobre a greve, da última sexta-feira, contra a reforma da Previdência. Diz ter sido a mesma um fiasco. Lamenta a morte de mulher, que inalou fumaça durante o protesto.

 

40 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Suspende a sessão às 17h58min, por conveniência da Ordem; reabrindo-a às 18h01min.

 

41 - GIL DINIZ

Lembra a morte de cinegrafista da Bandeirantes, por "black blocs". Esclarece que o ponto deverá ser descontado dos deputados que não vieram trabalhar, assim como os assessores, para participarem da greve.

 

42 - PROFESSORA BEBEL LULA

Para comunicação, esclarece que é uma orientação da bancada do PT para que o ponto seja realmente cortado. Diz que não fazem questão de receber o salário referente ao dia 14/06. Afirma que a greve da última sexta-feira valeu a pena.

 

43 - TEONILIO BARBA LULA

Pelo art. 82, comenta o alto número de pronunciamentos, pelo artigo 82, de líderes que nunca usam a tribuna. Esclarece que o deputado Gil Diniz foi instruído a falar pelo artigo 82 pelo presidente Cauê Macris. Considera como parte do jogo político desta Casa. Afirma que o presidente Cauê Macris deveria agir como presidente desta Casa e não como orientador da bancada do PSL. Discorre sobre política e ideologias de partidos. Diz querer que o projeto da Previdência seja aprovado somente em Brasília para que possa discutir com os deputados desta Casa. Fala que o dinheiro dos trabalhadores será colocado na mão dos banqueiros.

 

44 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Esclarece que está em equilíbrio, nem para o lado do PSL e nem para o do PT. Diz ter sido acusado de ambos os lados. Considera seu trabalho correto para manter a harmonia deste Parlamento.

 

45 - CARLOS GIANNAZI

Para comunicação, considera a greve vitoriosa. Ressalta que alguns pontos, como a capitalização, foram retirados do projeto em razão das manifestações. Afirma que as mesmas estão pressionando o Governo e o Congresso Nacional. Diz ser a reforma da Previdência encomendada por banqueiros e empresas que vendem previdência privada. Ressalta que o deputado tem que estar ao lado do povo e dos trabalhadores. Esclarece que a greve dos trabalhadores deve realmente ocorrer durante a semana e o ponto deve ser descontado.

 

46 - CAMPOS MACHADO

Pelo art. 82, questiona a imparcialidade do presidente Cauê Macris durante a sessão de hoje. Cita o pedido do presidente para que o deputado Gil Diniz se utilizasse do artigo 82, para ajudar a votação do projeto da deputada Janaina Paschoal. Pede que o projeto da deputada seja discutido na sessão extraordinária de hoje. Questiona a presença de algum médico nesta Casa para discutir o projeto.

 

47 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Lembra que o deputado Campos Machado sempre mostrou a ele o caminho da boa sintonia da Casa. Afirma que o seu papel é ser imparcial, e conduzir a Casa para o desejo da maioria dos deputados. Diz ser acusado de ambos os lados de ser aliado dos dois extremos.

 

48 - JANAINA PASCHOAL

Para comunicação, agradece pela aprovação de seu projeto no congresso de comissões. Cita nota oficial do Cremesp e do Cremerj, de apoio ao seu projeto. Informa que o projeto já foi protocolizado na Bahia, Recife e Santa Catarina, e está sendo hoje na Câmara Federal. Diz ter recebido diversos médicos favoráveis e contrários ao projeto, acrescentando diversas sugestões em seu projeto. Esclarece que o mesmo prestigia a saúde de mulheres e bebês. Afirma que o número de crianças com paralisia cerebral, em razão de problemas no parto, não param de crescer.

 

ORDEM DO DIA

49 - VINÍCIUS CAMARINHA

Para comunicação, demonstra o seu respeito pelo deputado Campos Machado. Considera que o deputado foi injusto com o presidente Cauê Macris. Diz ter sido designado pelo presidente para ajudar a coordenar a deliberação de projetos de deputados, trabalhando juntamente com todas as bancadas. Lembra que na última semana foram pautados diversos projetos, de diferentes bancadas. Esclarece que o projeto da deputada Janaina Paschoal ainda não estava preparado para ser pautado. Ressalta que o projeto deverá ser discutido por seis horas. Afirma que o presidente Cauê Macris tem equilibrado os projetos de deputados com os do Governo, dando oportunidade desta Casa aprovar bons projetos.

 

50 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Elogia a atuação do deputado Vinícius Camarinha. Convoca os Srs. Deputados para uma sessão extraordinária, a realizar-se hoje, dez minutos após o término desta sessão. Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovado o requerimento para a não realização de sessão no dia 21/06.

 

51 - LUIZ FERNANDO LULA DA SILVA

Para comunicação, discorre sobre a dificuldade da aprovação de contas dos prefeitos pelo Tribunal de Contas. Informa que o ex-prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, teve oito contas aprovadas. Esclarece que havia, em razão de disputa local, uma grande pressão para que a Câmara dos Vereadores rejeitasse as contas de 2015 e 2016, com o objetivo de tirá-lo de disputa futura em 2020. Considera este um exemplo para todos os agentes públicos.

 

52 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovado o requerimento de urgência ao PDL 26/19, de autoria da Mesa. Encerra a discussão e coloca em votação requerimento de urgência, do deputado Delegado Olim, ao PL 532/19.

 

53 - CARLOS GIANNAZI

Encaminha a votação do requerimento em tela, em nome do PSOL.

 

54 - DOUGLAS GARCIA

Encaminha a votação do requerimento em tela, em nome do PSL.

 

55 - EMIDIO LULA DE SOUZA

Para comunicação, critica o uso do Regimento Interno com o público presente nas galerias, mas não com o deputado na tribuna, que não se atenta para a discussão do projeto em tela.

 

56 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Responde o questionamento do deputado Emidio Lula de Souza. Suspende a sessão por dois minutos, por conveniência da ordem às 18h48min; reabrindo-a às 18h50min. Coloca em votação e declara aprovado o requerimento de urgência, do deputado Delegado Olim, ao PL 532/19. Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovados requerimentos de urgência: do deputado Marcos Damasio, ao PL 548/16; do deputado Paulo Correa Jr., ao PL 353/19; e da deputada Leci Brandão, ao PL 226/17.

 

57 - GIL DINIZ

Solicita uma verificação de votação.

 

58 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Defere o pedido. Determina que seja feita a verificação de votação, pelo sistema eletrônico.

 

59 - CAMPOS MACHADO

Solicita a prorrogação da sessão por 30 minutos.

 

60 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Anota o pedido.

 

61 - GIL DINIZ

Solicita a retirada do pedido de verificação votação.

 

62 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Defere o pedido. Declara aprovado o requerimento de urgência ao PL 353/19, da deputada Leci Brandão.

 

63 - CARLÃO PIGNATARI

Para comunicação, informa que foi feito acordo entre as lideranças para que seja dada uma hora e meia de discussão para o PL 494. Pede que seja aditada a Ordem do Dia da primeira sessão extraordinária, incluindo o PDL 26/19. Solicita que seja cancelada a segunda sessão extraordinária, sendo dada uma hora de discussão para o PL 435/19.

 

64 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Retifica a Ordem do Dia da primeira sessão extraordinária.

 

65 - CAMPOS MACHADO

Para comunicação, alerta os deputados que não aceitará mais acordos sem a prévia concordância das lideranças.

 

66 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Coloca em votação o PLC 4/19.

 

67 - TEONILIO BARBA LULA

Solicita a prorrogação da sessão por 15 minutos.

 

68 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Coloca em votação e declara aprovada a prorrogação da sessão por 15 minutos, rejeitando o pedido do deputado Campos Machado de prorrogação da sessão por 30 minutos.

 

69 - DOUGLAS GARCIA

Para comunicação, critica a obstrução feita à votação do requerimento de urgência ao projeto de autoria da deputada Janaina Paschoal.

 

70 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Afirma ser um direito dos parlamentares a obstrução, de acordo com as suas convicções. Esclarece que estão sendo cumpridos todos os acordos.

 

71 - PROFESSORA BEBEL LULA

Encaminha a votação do PLC 4/19.

 

72 - MÁRCIA LULA LIA

Para comunicação, menciona a divulgação da troca de mensagens entre os responsáveis pela condenação do ex-presidente Lula. Informa que foi divulgado, pelo jornal "A Folha de S. Paulo", que a campanha do presidente Jair Bolsonaro foi impulsionada por mensagens de WhatsApp pagas por empresas.

 

73 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com Ordem do Dia. Lembra a realização da sessão extraordinária, hoje, às 19 horas e 25 minutos. Encerra a sessão.

 

                                                                * * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e convida a nobre deputada Leci Brandão para ler a resenha do Expediente.

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - Sr. Presidente, temos aqui uma Indicação do nobre deputado Rogério Nogueira, para que o Exmo. Sr. Governador do Estado viabilize a transferência de recursos à manutenção do Museu Ferroviário de Indaiatuba.

Também uma indicação do nobre deputado Gil Diniz, falando para que o governador do estado de São Paulo tome as providências necessárias para a admissão ao cargo de aluno oficial PM no bacharelado de Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública, curso de oficiais , dos 78 excedentes classificados à vaga referente ao Edital no 003/321/18, para que possam finalmente iniciar o Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar no estado de São Paulo.

Está lida a resenha, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sra. Deputada.

Pequeno Expediente. Oradores inscritos. O primeiro orador é o deputado Itamar Borges. (Pausa.) Segunda oradora é a Sra. Deputada Leci Brandão. Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Excelentíssimo Sr. Presidente Coronel Telhada, deputado Castello Branco, queridos assessores, público que nos acompanha aqui pelas galerias, público que nos assiste pela TV Alesp. Hoje, Sr. Presidente, eu venho a esta tribuna para parabenizar a deputada do PSOL Isa Penna pelo lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Vida das Mulheres. Foi lançada ontem, por volta de 18 horas e 30 minutos, no plenário Dom Pedro, com a presença de muitas mulheres, de todas as classes, de várias idades.

Tivemos uma mesa fantástica, com a presença da Dra. Albertina, de gente ligada ao Campo Limpo e da nossa querida procuradora do estado. Tivemos mulheres importantes. A ativista Neon também estava aí. E o que a gente percebeu é que, com uma mesa tão forte que a Isa conseguiu convocar, tivemos a oportunidade de reencontrar o nosso querido amigo, deputado Coronel Camilo, que já recebeu, inclusive, três requerimentos que são destinados ao general que é secretário de Segurança do Estado de São Paulo, visando fortalecer a situação das mulheres.

É a questão da violência doméstica, a questão das mulheres que estão privadas da liberdade, das mulheres que estão precisando de casas de abrigo, precisando que o número de delegacias de mulheres em São Paulo aumente. Porque a questão do feminicídio está aumentando a cada dia: 76% foi o aumento que teve no estado de São Paulo em relação a assassinatos das mulheres. E a deputada, embora seja jovem, é uma advogada e teve uma iniciativa muito forte, muito importante, de apresentar esses requerimentos.

O Coronel Camilo se comprometeu a entregar todos esses ofícios ao general que é secretário de Segurança, e a gente espera que todas aquelas demandas sejam atendidas, até porque tudo que foi relatado pelas pessoas que estavam presentes à mesa são coisas que a gente já ouve há muitos anos.

Eu, por exemplo, desde que me entendo como parlamentar, acho que esses são os mesmos, só que o que a gente espera é que as pessoas que estão no poder, aquelas pessoas que são eleitas para poder resolver os problemas das mulheres, eles têm que cumprir aquilo que prometem quando estão em campanha. É isso que a gente quer, é isso que a gente espera.

Quero também cumprimentar as pessoas da galeria que chegaram com a demanda da PEC 2, que é uma coisa que a gente está lutando aqui, paulatinamente, para que tudo aconteça. Sabemos também que haverá uma reunião, nesta semana, das doulas, que vão colocar toda a sua experiência, a sua necessidade e a sua importância diante das mulheres que são gestantes, das mulheres que vão parir seus filhos. A escolha de cada um, não compete a mim explicar e nem tomar lado.

Eu tenho ouvido muito as mulheres. Umas, realmente, querem parto normal; outras preferem a cesariana. O que a gente não pode é aceitar que haja imposição. Acho que todo ser tem que ter liberdade; as mulheres, mais ainda, porque elas são as mães. Então, são elas que têm que saber e definir o que é melhor para elas. É claro que os partidos progressistas, nesta Casa, estão a favor do parto humanizado.

Eu quero, mais uma vez, reafirmar que o nosso mandato já tinha apresentado aqui um projeto de lei em relação à questão da presença de doulas nos hospitais, mas isso é uma coisa que ainda vai ter que ter alguma discussão. Aliás, eu acho que o Projeto 435 será votado hoje, parece-me que será votado hoje, não sei, mas ainda vai ter que ter muita discussão e passar pelas comissões, para que haja um encaminhamento correto e um encaminhamento democrático.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sra. Deputada. O próximo deputado é o deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Castello Branco. Tem V. Exa. cinco minutos regimentais.

 

O SR. CASTELLO BRANCO - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Ouvintes da TV Alesp, nobres deputados, ilustre plateia aqui presente na tarde de hoje, boa tarde. Muito obrigado pela audiência.

 

* * *

 

- São exibidas imagens.

 

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Nós vamos dar continuidade hoje ao estudo técnico e à apresentação da solicitação de que o Projeto de lei 494/2019, que trata da redução da alíquota de ICMS de 25 para 12%, seja expandido para todos os segmentos da aviação. Então, no Pequeno Expediente de ontem, nós estávamos nesse slide, mostrando a importância da aviação geral. Ela representa 95% dos voos realizados no País. A aviação comercial de linhas aéreas de transporte de carga e passageiros corresponde a menos de dez por cento.

A gente estava falando do impacto do custo do combustível na aviação geral. Então, para vocês terem uma ideia, de uma maneira aproximada, a hora de voo tem uma planilha de custo que envolve o piloto, o mecânico, o seguro da aeronave, o pagamento do piloto, do apoio, e 40% do custo é combustível. É o que está mostrado aí, ou seja, quando você possibilita um desconto do combustível, você, necessariamente, vai diminuir o custo do voo.

É importante mostrar que o Brasil tem o combustível de aviação mais caro do mundo, o mais caro da América do Sul, e São Paulo tem o combustível mais caro do País, simples assim! Então, quando a gente começa a achar que nossas passagens são caras, e às vezes realmente são, porque o que está impactando nisso é o valor do combustível.

Aqui são estudos comparativos. Eu vou ter a oportunidade de falar sobre isso com mais detalhe na defesa argumentativa, na hora da votação.

Aqui é muito interessante. É o mapa do Brasil. O Brasil, hoje, tem 5.572 municípios, além do Distrito Federal. Destes, 115 foram atendidos pela aviação comercial, em 2018. Hoje, são 118, Coronel Mecca e policial federal Danilo Balas. Meu pai lembrava outro dia que, na época dele, eram assistidas 330 cidades.

Quer dizer, o Brasil cresceu, a aviação cresceu, e eu atendo menos cidades, porque eles só atendem o que eles querem. Segundo eles, também porque não são viáveis economicamente, e o que impacta nisso, como já demonstrado, é o combustível. Mil duzentos e vinte e cinco municípios foram atendidos pela aviação geral em 2018, e 2.429 aeródromos foram atendidos.

O que nós queremos mostrar é que, se nós reduzirmos toda a matriz energética de combustíveis da aviação, a gente vai atender muito mais municípios. O Brasil vai ter muito mais capilaridade. Eu vou poder ajudar muito mais gente, eu vou poder tornar a aviação mais sensível.

O próximo eslaide é muito interessante. A aviação conectou o estado de São Paulo a 83 municípios brasileiros, e 84 aeródromos. Só para explicar, município é cidade, e aeródromo é uma pista asfaltada, ou não, mas que tenha algum tipo de apoio. Já a aviação geral conectou o estado a 615 municípios brasileiros e a 939 aeródromos. O que eu quero mostrar com esse dado estatístico? Que a aviação comercial atende a poucos destinos. A aviação geral atende a muito mais destinos.

Aqui é um comparativo da frota, por tipo de combustível, no ano de 2018. É claro que a gente excluiu daí as aeronaves esportivas e as experimentais. Então, a gente tem a frota em 2018, região Sudeste, Centro-Oeste, Sul, Nordeste, Norte e o Brasil como todo. Os combustíveis, que são o Avjet, que é o querosene, e o Avgas, que é a gasolina de aviação.

Então, o que você percebe? Você percebe que a aviação geral consome, no combustível de gasolina, mais do que o de jato. Já na aviação comercial, no outro lado, você observa que ela consome menos combustível.

Indo para o final da minha fala - porque eu tenho apenas cinco minutos neste momento - a gente novamente caminha para demonstrar que o projeto de lei que hoje está sendo oferecido pelo governador atende apenas a uma pequena parcela da aviação, que é a aviação comercial. Nós estamos solicitando que ele expanda o projeto de lei para atender todos os combustíveis de aviação. Seria mais justo, mais equilibrado e mais lucrativo para o Estado.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. Antes de chamar o próximo deputado, eu queria dar ciência à Casa de que hoje nós estamos recebendo a visita dos alunos da Escola Granja Viana, de Cotia. O responsável é o professor Márcio Noseda. Seja bem-vindo, professor, obrigado aos alunos,  sejam todos bem-vindos. É um prazer recebê-los aqui na Assembleia.

Próximo deputado, deputado Vinícius Camarinha. (Pausa.) Deputado Major Mecca, tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. MAJOR MECCA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Uma boa tarde, Sr. Presidente, integrantes da Mesa, os funcionários que nos dão suporte e apoio, os nossos irmãos que lutam pela PEC 02, que tem todo o nosso apoio, os demais integrantes da galeria: os nossos alunos, futuro da nossa nação. Que Deus os abençoe imensamente e cuide do futuro de todos vocês. Estamos aqui para isso: para trabalhar em beneficio de todos vocês.

Ontem tivemos um novo episódio na região de Santo André, onde um policial da Corregedoria da Polícia Militar matou a esposa e praticou suicídio na sequência. Aí perguntamos: será que está acontecendo algo de gravíssimo com esses homens e mulheres que cuidam do estado de São Paulo? Será que algo de extremamente grave em relação à saúde mental desses policiais está acontecendo, diante dos números que estamos acompanhando? Temos essa certeza.

Estamos encaminhando à Secretaria de Segurança Pública e ao Comando Geral da Polícia Militar um protocolo de atenção à saúde do policial. Um protocolo de atenção à saúde do policial militar! Os nossos homens e as nossas mulheres, no estado de São Paulo, estão doentes. Estão doentes por uma carga de trabalho extremamente excessiva: essas 12 horas de trabalho ininterrupto, onde o patrulheiro entra de serviço às 6 da manhã e vai atendendo ocorrências até as 18 horas.

O pelotão que entra às 18 vai até as 6 da manhã. Precisa ser reestudado: 12 horas de serviço ininterrupto, com muitas vezes o patrulheiro sem fazer a refeição, é um número absurdo e extremamente exagerado. Quando ele se depara com uma ocorrência de flagrante, esse turno de serviço vai para 20 a 24 horas ininterruptas.

Para potencializar esse estresse, o policial sai do serviço e vai direto para a sua atividade extra. Porque o policial ganha muito pouco em São Paulo para a atividade que exerce, e tem que fazer bico para complementar a renda. Os nossos policiais precisam de uma atenção dentro do seu turno de serviço: o policial precisa de treinamento, de tática operacional. O policial precisa fazer uma atividade física. Hoje ele não faz. Somente os policiais integrantes das forças especializadas é que a fazem.

O policial que atende 190, emergência, ele puxa as 12 horas de ponta, das 6 da manhã às 6 da tarde, atendendo ocorrência. Isso não pode, é extremamente desumano. Extremamente desumano!

O Dia do Trabalho, dia 1º de maio, nasceu em 1886, nos Estados Unidos. Naquela época, o principal motivador foi, justamente, 12 a 13 horas num turno de trabalho, para que caísse para oito. E praticamos isso. O estado pratica isso com o policial militar, hoje, no estado de São Paulo. Isso precisa ser revisto.

Esse Protocolo de Atenção à Saúde precisa ser colocado em prática o mais rápido possível. Os nossos policiais precisam de uma atenção de especialistas na área de psicologia. Os nossos policiais precisam de uma válvula para que possam descarregar o seu estresse. Porque o policial trabalha 12 por 36. A sua hora de folga, ele não tem, para a recomposição da sua parte física, espiritual e psicológica. Complementando: o nosso policial militar precisa ser amparado pelo estado. A Polícia Militar, as forças de polícia de São Paulo, pedem socorro.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Próximo orador inscrito é o deputado Jorge Lula do Carmo. Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. DR. JORGE LULA DO CARMO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, cumprimentar aqui o pessoal da galeria, sempre aqui presente fazendo as suas reivindicações e justas, cumprimentar o público telespectador da TV Alesp, servidores aqui presentes que sempre nos atendem com muita presteza, hoje eu vim a esta tribuna para falar um pouco do município da Grande São Paulo, região metropolitana que é o município de Mauá, ali na região do ABC.

No sábado passado, dia 15 de junho, fui até o município de Mauá e conversando com os moradores fizemos uma visita sobre as questões mais preocupantes do município.

Mauá é um município que tem mais de 400 mil habitantes, aqui na região da Grande São Paulo. E pasmem: nós tivemos agora, recentemente, a cassação do atual prefeito, do ex-prefeito melhor dizendo, que é o Sr. Átila Jacomussi. Isso, em razão da corrupção da merenda nas escolas. Não só ele, mas outros prefeitos da região tiveram esse problema, além de vários vereadores, supostamente, envolvidos também, nessa questão da corrupção da merenda.

Estive lá conversando com o ex-prefeito Oswaldo Dias, que foi prefeito por três vezes naquele município. Aliás, o Partido dos Trabalhadores governou o município de Mauá de 1997 a 2000, de 2001 a 2004, de 2009 a 2012 e de 2012 a 2016. Chegando lá no município, dando uma volta pelo município, salta aos olhos a quantidade de obras, o legado que o Partido dos Trabalhadores tem naquele município. São creches, escolas, obras de combate às enchentes, piscinões, no caso de obras de combate às enchentes, obras viárias, shopping, bulevar, que é a ligação entre um lado e outro da estação da CPTM. E por falar em estação da CPTM, isso combinado ao governador à época, o prefeito, a administração fez o seu papel, cumpriu aqui a sua obrigação, fez as obras que precisava. E, até hoje, aguarda o investimento do Estado para aquele município.

A estação da CPTM, que é a linha 10 - Turquesa, até hoje continua sem a revitalização, sem a reforma e sem a modernização daquela estação, que é a linha que liga o Brás até a região da cidade de Rio Grande da Serra.

Sr. Presidente, é preciso que haja mais investimento para aquela região. Aquela região de Mauá, aquela região do Capuava, Santo André, aquela linha, a linha estação da CPTM está muito mal conservada. Tem áreas ociosas, tem ocupações, tem problemas lá que precisam ser cuidados pelo Estado.

E é preciso dizer que, graças a Deus, quando nós do Partido dos Trabalhadores administramos aquela cidade, nós conseguimos fazer e muito. Na área da moradia, por exemplo, tem um bairro chamado Jardim Zaíra, que tem aproximadamente 100 mil habitantes. São 100 mil habitantes no mesmo bairro que tem regularização urbana e fundiária, tem investimento, tem melhoria de bairro. Tem muitos legados dos governos do Partido dos Trabalhadores que, infelizmente, hoje é prefeito cassado, é a situação precária. Então, nós precisamos fortalecer aquele município.

Dando uma volta lá com o ex-prefeito Oswaldo Dias, que difícil passar em Mauá e não ver as obras, a quantidade de obras que ele fez lá.

E aí, assumi compromisso de colocar o meu mandato, o mandato do deputado estadual Dr. Jorge do Carmo, à disposição daquele município para apresentar recurso de emenda parlamentar, para fortalecer o trabalho, para que a gente consiga produzir políticas públicas para melhorar a sociedade, o povo, lá, de Mauá.

Quero aproveitar a oportunidade para mandar um grande abraço para todos os munícipes, todos os moradores do município de Mauá. E dizer para eles, me comprometer com eles, como me comprometi com o ex-prefeito e com as pessoas que acompanharam a nossa visita, em colocar o meu mandato, o mandato do Dr. Jorge do Carmo, à disposição para fortalecer dentro daquilo que esteja ao nosso alcance, para que aquele município possa voltar a ser um município desenvolvido, um município melhor para se morar.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Major Mecca.

 

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Por isso, eu vim aqui falar da minha preocupação e da intenção de melhorarmos a vida do povo lá de Mauá.

Muito obrigado, Sr. Presidente. Boa tarde a todos.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PSL - Assumindo a frente dos trabalhos e dando sequência à relação de oradores inscritos, chamamos o deputado estadual Daniel José. (Pausa.) Deputado estadual Douglas Garcia. (Pausa.) Deputado estadual Coronel Telhada. Tem V. Exa. cinco minutos de tempo regimental.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Presidente. Srs. Deputados e Sras. Deputadas, funcionário e assessores aqui presentes, ao público aqui presente: sejam todos bem-vindos; cumprimentando os policiais militares, a cabo Elaine e o cabo Dallo, aqui, em nome de quem saúdo nossa assessoria Policial Militar.

Quero iniciar sempre como eu faço aqui, saudando a cidade aniversariante na data de hoje; é a cidade de Bastos, no interior de São Paulo, que completa mais um aniversário.

Então, mandar um abraço a todos os amigos e amigas da querida cidade de Bastos. Contem com nosso mandato aqui na Assembleia Legislativa.

Quero fazer referência também, Sr. Presidente, a que hoje se completam 110 anos da chegada do primeiro grupo de japoneses. Nós temos muitos descendentes de japoneses que nos acompanham; inclusive, deputados aqui nesta Casa.

Há exatamente 110 anos, no dia 18 de junho de 1908, chegava ao porto de Santos o navio Kasato Maru, que transportou o primeiro grupo oficial de imigrantes japoneses, como resultado de um acordo firmado entre o Brasil e o Japão.

O longo trajeto teve início no porto de Kobe, e só terminou 52 dias depois, em Santos - quase dois meses de viagem. Estavam a bordo 165 famílias, que totalizavam 781 pessoas, que foram trabalhar nos cafezais do oeste paulista.

Então, parabéns a todos os descendentes do nosso querido povo japonês, a todos os nossos seguidores no Facebook e no Instagram, que acompanham o nosso mandato: um grande abraço a todos os senhores e senhoras.

Infelizmente, hoje também temos a lamentar a morte de mais um policial militar. Em menos de 24 horas, dois policiais militares mortos no estado do Rio de Janeiro. Continua a violência em todo o Brasil. E o interessante é que muitas vezes querem dizer que a Polícia Militar é violenta, e o criminoso é o coitadinho.

E nós temos aí, infelizmente, a morte de mais um policial militar. É o policial militar Fábio de Souza Ferreira, de 40 anos de idade. Estava lotado no 24 Batalhão de Polícia Militar, em Queimados, e ele estava de serviço na tarde de segunda-feira, em uma operação no Morro da Torre, em Queimados, quando foi atingido por um disparo de arma de fogo na barriga.

Chegou a ser socorrido no hospital de Nova Iguaçu, mas faleceu. É o segundo PM morto em 24 horas. O PM Fábio de Souza Ferreira estava noivo e entrou na corporação em 2003. Portanto, tinha 15, 16 anos de serviço. Estava noivo e deixa uma filha de 14 anos.

Infelizmente, mais um policial militar que falece no cumprimento da missão, que falece na guerra contra o crime no estado brasileiro. E muitas pessoas ainda querem dizer que os policiais são violentos.

Quero fazer menção à Casa que fizemos uma indicação, a indicação nº 1865, ao Sr. Governador do Estado, solicitando e propondo que seja incluso nas escolas de formação de policiais civis e militares, de agentes penitenciários e agentes de escolta e vigilância penitenciária em qualquer nível o currículo de Língua Brasileira de Sinais - Libras - como forma de comunicação e expressão.

Nós tivemos - tenho certeza de que o Coronel Mecca já teve esse problema, o Sargento Neri, também -, quando em patrulhamento, nos depararmos com pessoas que são deficientes auditivos.

Simplesmente, não conseguimos nos comunicar com essas pessoas. E, às vezes, sinais básicos, sinais de comunicação básicos, talvez a gente conseguisse resolver aquele problema, e até evitar problemas, como ocorreu, não comigo, talvez não com os deputados, mas com outros policiais.

Que nós chegamos a vislumbrar problema de mau entendimento, má compreensão, nas ocorrências, que poderia ter sido sanado se um dos policiais presentes soubesse se comunicar com aquele cidadão que é deficiente auditivo. Aliás, a TV Assembleia, até pouco tempo, tinha aqui a pessoa que falava os sinais da língua dos surdos-mudos, os sinais de libras. E nós não temos mais. É só olhar no monitor e nós vemos que nós não temos mais a pessoa fazendo os sinais de libra.

Eu tenho um vídeo, que eu quero colocar aqui no final, uma ocorrência que houve - segura aí por favor, coloca mais no meio, aquela parte que eu te pedi, Machado, por favor - nesse final de semana, na área do 4º Batalhão, lá na Leopoldina, envolvendo dois policiais militares que foram mostrados para todo o Brasil como agredindo um cidadão, um morador de rua. E foram muito criticados.

Está no ponto aí, Machado? Por favor. Coloque para a gente, por favor.

 

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- É feita a exibição.

 

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Muito obrigado, Machado.

Sr. Presidente, só para concluir, eu quero aqui dizer o seguinte: essa ocorrência foi muito criticada. Realmente houve um erro técnico ali, um erro de procedimento que pode ser resolvido dentro da própria Polícia Militar, mas todo mundo criticou os policiais, “um absurdo os policiais militares agredirem o coitado do morador de rua”. Só que a realidade não é bem essa. Esse cidadão, esse morador de rua estava totalmente embriagado, ou até drogado, não sei dizer. Ele estava extorquindo as mulheres que chegavam ao mercado, estava partindo para a agressão quando a viatura da Polícia Militar foi chamada.

Eu conversei com o coronel Gonzales, comandante do 4º Batalhão. Com a chegada da viatura, o indivíduo continuou com suas ações ilegais, investiu contra os policiais militares, agrediu os policiais militares a soco e mordidas, e na hora de ser contido deu todo aquele problema. E continuando a agressão, infelizmente houve ali, talvez, um excesso por parte dos policiais, que será devidamente apurado. Mas quero dizer uma coisa: só quem nunca esteve numa ocorrência para criticar esses dois policiais militares. Vai ser devidamente apurada, mas quero aqui hipotecar o meu apoio a esses dois policiais militares, aos policiais do 4º Batalhão, porque o indivíduo, se tivesse matado um policial, duvido que alguém - para começar - teria filmado, como o cara ficou filmando e ainda criticando os policiais. Se ele tivesse matado uma vítima, queria ver se alguém teria se apresentado para defender essa vítima. Então, quando é policial militar tomando atitude, e às vezes mais enérgico, às vezes até, infelizmente, ocorre extrapolar, como acontece com qualquer policial que atende centenas de ocorrência nas ruas, aparece um monte de técnicos em segurança falando besteira.

Então, quero deixar bem claro aqui, e hipotecar minha solidariedade a esses dois patrulheiros, a esses dois policiais militares, que está sendo averiguado o procedimento na ocorrência. Eu tenho certeza de que a Polícia Militar vai tomar as medidas adotadas cabíveis ao caso, mas eu não posso deixar de apoiar esses policiais e dizer a eles que continuem firmes na missão, porque quando as pessoas vêm aqui e criticam os policiais, desestimula, porque isso acontece todo dia, todo dia acontece. Só que houve um indivíduo que filmou justamente para ferrar os policiais. Não foi para salvaguardar o morador de rua; foi para ferrar os policiais.

E eu estou sempre do lado dos policiais militares, aconteça o que acontecer.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PSL - Dando sequência à lista de oradores inscritos, chamamos o deputado estadual Frederico d’Avila. (Pausa.) Deputado estadual Carlão Pignatari. (Pausa.) Deputado estadual Conte Lopes. (Pausa.) Deputado estadual Gil Diniz.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Coronel Telhada.

 

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O SR. MAJOR MECCA - PSL - Sr. Presidente, queria pedir uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É regimental. Então, deputado Mecca, só pedindo a gentileza do deputado Gil Diniz: antes de V. Exa. proferir suas palavras, o Coronel Mecca queria fazer uma comunicação. Por gentileza.

 

O SR. MAJOR MECCA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Comandante, complementando o que o senhor falou da ocorrência desses dois policiais do 4º Batalhão, eu tenho 31 anos de Polícia, trabalhando na atividade operacional. A minha fala, hoje, foi em relação à falta de tempo, o tempo que não existe aos nossos patrulheiros para que se faça instrução, para que se faça educação física. Teve testemunha no local que falou que o indivíduo, que se encontrava alterado emocionalmente, deu um tapa na face do policial, mordeu o policial.

Qual é a resposta que o estado espera desse policial que não tem um tempo destinado para treinamento de defesa pessoal? Quer que ele faça o quê? Dê cinco cambalhotas, dê um mata-leão? Querem que ele seja um faixa-preta de jiu-jítsu, se o estado não dá a esse policial o tempo adequado para treinamento?

Esse policial chega ao quartel antes das seis da manhã. Às seis da manhã, está dentro da viatura atendendo chamada de urgência, 190. Quando chega a uma ocorrência, imaginem os senhores, imagine, Dra. Janaina, que a senhora está trabalhando, vai atender uma ocorrência e toma um tapa na cara, um empurrão, uma mordida.

Aquele chute que o policial deu é o que ele tem como treinamento e como defesa. O treinamento que ele não tem. Ele vai utilizar o quê, se o estado não dá tempo para ele treinar? Ele não tem aula de defesa pessoal. Engana-se quem pensa que o policial é faixa-preta de jiu-jítsu, de judô. Não é! O policial vai se defender da forma que ele tem à disposição. Ele não sacou a arma para dar um tiro em ninguém, ele simplesmente buscou cessar a agressão. Todo mundo vê que o agressor estava mordendo a perna dele e a outra mulher puxando o outro pelo colarinho.

Não houve abuso algum. O que há é um descaso do estado em relação ao preparo do policial que proporciona os melhores indicadores para o Brasil.  

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, deputado.

 

O SR. SARGENTO NERI - AVANTE - Se o deputado Gil Diniz permitir, uma comunicação, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É regimental. Dois minutos, deputado.

 

O SR. SARGENTO NERI - AVANTE - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, eu enviei assessoria jurídica para os dois policiais, até porque um foi meu motorista e o outro eu comandei na Leopoldina. Mandei, como mandei também no caso daquele menino de dez anos que trocou tiros com a Rocam, no 16. Dei toda a assessoria jurídica, como também coloquei lá um perito e conseguimos absolver aqueles garotos.

É lamentável, porque só filmaram uma parte do que aconteceu. Não tem outra forma de conter o indivíduo. Ali é pancada, é pancada de um lado e pancada do outro. Não tem outra forma. É que só filmaram a hora em que ele estava no chão. Quando ele agrediu os policiais, quando ele mordeu os policiais, não filmaram.

E outra coisa: eu tenho vídeo, que vou passar amanhã, com ele se autolesionando dentro da viatura, batendo a cabeça para incriminar o policial militar.

Posso afirmar a toda sociedade paulista que são dois policiais exemplares, dois policiais que cumprem o seu dever na Lapa e na Leopoldina. Os dois trabalharam comigo, um foi motorista da minha viatura de Força Tática por quase dois anos. Só não vou colocar o nome deles, até para preservá-los, mas são excepcionais.

E o que restava de mim? Mandar assessoria jurídica. Mandei minha sócia para acompanhar. Ela acompanhou ontem à noite, acompanhou hoje de manhã, para que realmente possa dar toda assessoria a eles.

Obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr. Deputado. Deputado Gil Diniz.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente. Boa tarde a toda a Mesa, aos parlamentares aqui no Pequeno Expediente, ao público na galeria, aos nossos assessores, aos policiais militares e civis.

Major Mecca, tenho vergonha da pressa que o nosso governador tem em ir à rede social para dizer que o nosso policial errou, que houve falha no procedimento, que vai ser apurado, que o policial vai ser punido. Tem alguma manifestação do secretário de Segurança Pública, do governador, sobre aquela tenente que tomou uma facada quase na jugular que, por um milagre, que por um milagre não morreu. Lembrando que esse discurso de não letalidade policial, de taser, de diminuir os índices de ocorrência de morte envolvendo policial... Se aquela policial feminina tivesse morrido, tinha que colocar a culpa nessas pessoas que querem diminuir a todo custo, inclusive amarrando as mãos dos policiais nesse tipo de ocorrência.

Se aquele rapaz ali, drogado, embriagado, dando trabalho, porque a viatura, a rádio patrulha foi chamada por algum cidadão ali do bairro... Se aquele rapaz tivesse desarmado o policial e dado um tiro nele, será que o governador ia ter tanta pressa para ir à rede social chorar pela vida do policial? Será? Talvez fosse jogar bola, comer pizza com os amigos no dia de luto.

Que pressa, governador, que pressa. Cuide aí do que o senhor diz entender, e que nós questionamos aqui. Cuide aí da gestão. Foi lá, Major Mecca, esculachou um coronel ao vivo na rede social, dentro do quartel do Comando-Geral. Repercutiu negativamente, deputado Agente Federal Danilo Balas, e o que ele fez? Chamou o coronel: “Vamos fazer um vídeo aqui”, como se o coronel pudesse falar “Não, não quero fazer o vídeo”.

Constrangido, constrangido. Em qualquer empresa privada aí, seria assédio moral. Em qualquer empresa, seria assédio moral.

E o que ele faz? “Olha, foi um mal entendido, está tudo ok, está tudo tranquilo. O Coronel fazia a ata no momento, e nós nos desculpamos”. O Coronel pediu desculpa do quê? Do que, se ele fazia a ata da reunião? Então é muito fácil, é um discurso muito fácil ir à rede social e acusar um policial de ter errado, é muito fácil. Agora, quantos policiais, deputado Adalberto Freitas, estão, neste momento, garantindo a nossa segurança, garantindo a segurança do povo de São Paulo, correndo risco de morte, com suas famílias correndo risco de morte? 

E o que governador faz? Nada, absolutamente nada. É o que o Major Mecca fala, é o famoso policial nota 10 com salário nota zero. É uma vergonha, é uma vergonha. Governador João Doria, mais um conselho, se é que eu posso: vai com calma na crítica, vai com calma. O senhor errou na semana passada, ficou feio. Ficou feio na tropa, nos praças da Polícia Militar e nos oficiais também, e com o povo de São Paulo também.

Faça o seguinte: coloque aí os procedimentos operacionais padrão que o senhor acha que tem que fazer. O Major Mecca falou aqui... Doze horas, Major? Se o policial não pegar uma ocorrência na décima hora ou na décima primeira hora, porque, se pegar um flagrante, vai para 14, 15, 16, sem hora extra, sem adicional noturno, sem nada, muitas vezes longe da família, longe dos filhos. É o que nós vemos todos os dias.

O Major falou aqui mais um caso de policial se suicidando. Mais um, estou perdendo a conta, Jesus amado. Governador, mais calma aí na hora da crítica. E olha, não adianta fazer todo mês um policial nota 10, porque a gente sabe que o senhor faz muito é marketing com a farda da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Uma comunicação, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Um minutinho, deputada. Deputado Dirceu Dalben. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputada Damaris Moura. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.)

Srs. Deputados, eu vou evitar dar comunicação, porque nosso tempo...

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - É muito importante, Excelência, tem a ver com uma situação que ocorrerá agora, nos próximos dez minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Então por gentileza, Sra. Deputada.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigada, Sr. Presidente. Agora, às 15h30, no Plenário Tiradentes, primeiro andar, ocorrerá o Congresso de Comissões para avaliar uma emenda de plenário que foi posta no meu projeto, 435, que trata do parto cesárea, do parto normal, e garante a anestesia às mulheres.

Solicito a todos os colegas que integram a CCJ, que integram a Comissão de Finanças e que integram a Comissão das Mulheres que, por favor, estejam presentes, não só para dar quórum, mas, se possível, para votarem a favor do projeto originário e contra a emenda.

A emenda desnatura completamente o projeto. Se essa emenda for aprovada, o projeto perde o sentido, porque a emenda retira novamente das mulheres, mesmo estando com 40, 41, 42 semanas de gestação, a possibilidade de dizer que querem fazer um parto cesariano.

Eu reitero que, na sexta-feira, eu obtive o apoio formal do Cremesp, ontem o apoio formal do Cremerj, e estou trabalhando muito para que as mulheres sejam respeitadas na sua autonomia de eleger como seus filhos devem nascer. E que possam ter garantido um parto indolor para que a experiência da maternidade seja uma experiência boa para toda a família e que nós possamos evitar os perigos de sequelas para esses bebês, principalmente a paralisia cerebral, que tem sido, não é... tem aumentado, infelizmente, por força da obstinação pelo parto normal.

Então, eu peço, por favor, colegas, no Plenário Tiradentes, primeiro andar, 15:30, Congresso de Comissões, para avaliar a emenda de plenária que desnatura o projeto da cesárea e da anestesia. Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado. Deputado Adalberto Freitas.

 

O SR. ADALBERTO FREITAS - PSL - Saúdo a Presidência da Casa, os assessores dos dois lados, a plateia que está aqui nos assistindo, pessoal da segurança, da PM que garante o nosso trabalho e o pessoal da civil, também.

Reforçando o que a deputada Janaina falou agora, esse projeto que ela tem, é muito importante que se trate desse assunto, em que, na realidade, estamos tentando garantir a vida, tanto das mulheres grávidas, que vão ter nenê, como das crianças que estão para nascer.

E nós percebemos que, nesta Casa, existem parlamentares, inclusive mulheres, que são a favor de votar para que seja feita a anestesia em mulheres para que façam abortos, que é para matar uma criança, mas na hora de votar no projeto da deputada Janaina, que é para garantir a vida da criança, elas votam contra. E diz que é uma boa moça, uma boa mulher, uma boa cristã. Eu acho que está muito longe de ser cristã.

Ainda sobre esse projeto da Dra. Janaina, que está indo para o congresso das comissões, tentamos fazer, na semana passada, novamente, esse congresso apenas para debater o projeto e eu vi aqui, nesta Casa, uma articulação, promovida pelo pessoal do Partido dos Trabalhadores, que estavam todos na Casa, mas nem quiseram ir até a comissão, para não dar quórum. E, simplesmente, a falta desses parlamentares do Partido dos Trabalhadores, que são em dez... e eles não foram, porque não queriam discutir.

Então, vocês que estão assistindo em casa à TV Alesp, entendam o seguinte: quando vem para cá o líder deles, que é o Barba, que ele vem aqui, gesticula, que o partido fala, que gosta de falar, que é a favor do diálogo; é mentira, porque a reunião que estava sendo colocada lá, era para nós debatermos o projeto, era para discutirmos o projeto. Covardemente, ele articulou a bancada toda para não participar da reunião porque não queria falar, porque é contra, simplesmente porque é contra o projeto que está garantindo a vida, o risco de as mulheres terem bebê e das crianças também serem nascidas.

Então, não acreditem em uma só palavra desse pessoal do Partido dos Trabalhadores quando eles vierem até esta tribuna em que eu estou, quando falam que são a favor do diálogo. Na realidade não são, eles até hoje, ainda, não conseguiram aceitar, eles não aceitaram que tem um presidente eleito democraticamente, que é o Jair Bolsonaro. Só sabem criticar. Tudo que ele faz não presta. Nada presta, mas cadê a proposta deles, de levarem para nós... Olha, presidente, o senhor não está no caminho certo, nós temos uma solução. Mas não, o que eles fazem é chamar o pessoal para ir para a rua, como vocês viram, uma greve que, na realidade... Uma greve que não foi greve geral, foi até uma piada essa greve. Eles querem bagunçar o país. É isso o que eles querem. O país não está em uma situação muito boa. Todo mundo sabe. O que eles fazem? Tiram criança da escola para poder ir à greve, incendeiam ônibus, pneus, ou seja, bagunça.

Ainda falam que querem engrandecer, que estão fazendo isso pela nossa sociedade, para o nosso país, para a nossa cidade. Mentira. Dez pessoas que estão aqui, que vêm diariamente a este plenário para falar que são a favor do nosso Estado, do nosso país. Não é verdade. Aqui nesta Casa não são a favor do diálogo. Simplesmente, o líder deles, que não está aqui agora, o deputado Barba...

Irmão, eu estou falando. Deixe-me falar, me respeite. Paulo Fiorilo, por favor, me respeite, que eu estou na minha fala.

Ele chama. Ele vem aqui e, toda vez que ele vier gesticular que é a favor do diálogo, vocês não acreditem, que ele barrou todos os parlamentares do PT para não participarem de uma conversa, simplesmente porque o projeto era para salvar crianças, salvar vida de mulheres e vida de crianças, porque nós estamos na iminência de, cada vez mais, ter nos postos de atendimento, nos hospitais, perda de vidas.

Pelo jeito, para o Partido dos Trabalhadores, vida de mulher e vida de criança não têm interesse nenhum. O que eles querem é não respeitar o presidente eleito, não respeitar o governador João Doria. Cadê a proposta que eles têm para o governo de São Paulo? O governador ganhou a eleição.

No meu partido, na minha bancada, tiveram algumas pessoas que não votaram no governador, votaram no outro, e outros votaram no governador. O governador ganhou, o João Doria. Ele é o nosso governador e nós temos que fazer todo o possível para apoiá-lo, para que ele seja um bom governador, que vai trazer muitas coisas boas para nós.

Tem as falhas dele nessa questão da Segurança Pública, da Polícia Militar. Eu realmente... Tem alguns atos que o governador poderia melhorar, através do diálogo. Sou a favor de defender a polícia. O Major Mecca sabe disso daí. O Danilo Balas também sabe que eu defendo e sempre vamos defender.

O que nós temos que fazer é dialogar, não simplesmente vir a esta tribuna, falar que é a favor do diálogo e, quando há oportunidade de diálogo, não, ninguém vai, para não dar quórum. E vão para a rua bagunçar, colocar fogo em ônibus, colocar fogo em pneu. Não são brasileiros. Deveriam ir para outro país.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado.

Lista suplementar, deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas. Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Servidores que nos apoiam diariamente aqui desta Casa, policiais que trabalham todos os dias, dando a nossa segurança em plenário e fora dele, senhoras e senhores, irmãos da PEC 02, que têm o nosso total apoio, muito boa tarde. (Palmas.)

Na data de ontem, demos um passo importante no combate às organizações criminosas em nosso País. Para quem acompanha a criminalidade crescente, o tráfico de drogas tomando conta de várias comunidades ou favelas, em regiões do nosso Estado e nosso País, ontem, o presidente Jair Messias Bolsonaro assinou medida provisória agilizando a venda de bens apreendidos ligados ao tráfico de drogas. Então, na data de ontem, a medida provisória foi assinada, ao lado do ministro Sérgio Moro, agilizando a venda, através do leilão, de bens apreendidos do tráfico de drogas.

Trabalhei 26 anos na polícia, hoje agente de Polícia Federal. Observamos pátios lotados, delegacias de polícia muitas vezes lotadas, também joias, apartamentos, fazendas, embarcações, relógios de traficantes, como foi o caso de Juan Carlos Abadía. Esses bens, que somam mais de 80 mil bens apreendidos, não são leiloados, porque a Justiça é morosa. Demora dez anos para ir a leilão, porque a Justiça deveria chegar ao final, em uma sentença transitada em julgado.

Com a medida provisória de ontem, assinada por Jair Messias Bolsonaro, nós agilizamos e, desde já, 30.000 desses 80.000 bens apreendidos, que já tiveram um processo com sentença, podem ir a leilão. Ora, deputados aqui presentes, é dinheiro em caixa para o próprio combate ao tráfico de drogas. É dinheiro em caixa para o combate à corrupção, à lavagem de dinheiro, pois o tráfico está interligado com esses outros crimes.

Para os senhores que nos acompanham na TV Assembleia, só esta medida do presidente Jair Bolsonaro agiliza em torno de sete anos o início do leilão desses bens apreendidos. E o estado, que antes deveria apresentar um projeto, pode, apenas com o termo de adesão, receber parte desse valor ao combate à corrupção de nosso País.

Então, a minha fala de hoje é, sim, contrariamente ao que alguns deputados de esquerda falam, e querem ver a derrota do nosso presidente lá em Brasília... Venho aqui para parabenizar o presidente Jair Messias Bolsonaro pela edição dessa medida provisória que agiliza e dá um passo importante no combate às organizações criminosas de nosso País. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. O próximo deputado inscrito é o deputado Paulo Lula Fiorilo. Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público presente, aqueles que defendem a PEC 2, aqueles que nos visitam, telespectadores da TV Assembleia, assessoria das bancadas. (Manifestação nas galerias.)

Antes de mais nada, eu queria fazer um registro, Sr. Presidente: eu acho que nós deveríamos terminar com a comunicação no Pequeno Expediente. O que acontece com as comunicações? Quem está inscrito para falar no Pequeno Expediente, com as comunicações pode ficar fora. Acho que depois do Pequeno Expediente, antes do Grande, se alguém quiser fazer comunicação, faz; não tem nenhum problema. Até para que todos os que vieram para falar tenham essa oportunidade.

Eu tenho muita vontade de falar do Bolsonaro, mas não vai dar tempo. Eu vou precisar falar de outro assunto. Mas eu vou ter a oportunidade para fazer esse debate, porque eu queria fazer uma pergunta ao deputado Adalberto e ao deputado Balas: quantos empregos o Bolsonaro criou nesses seis meses de governo? Quantas políticas foram feitas para desenvolvimento do Brasil? Quanto de crédito foi liberado para o Minha Casa Minha Vida?

Essas são perguntas que eu queria deixar para o próximo debate, porque eu queria falar do Doria. Mas, antes de falar do Doria, eu preciso responder ao deputado Adalberto, que precisou sair, não pôde esperar. Eu ouvi pacientemente, fiz só uma correção. Ele errou o nome do líder do PT: não é Roberto, é Teonilio. E o deputado Barba - como é mais conhecido - sempre se dispôs a fazer o debate, a dialogar; não tem nenhum problema. Aliás, é do Parlamento fazer o debate.

Para aqueles que não entendem: quando você apresenta uma emenda aglutinativa ou quando você propõe emenda de plenário, isso faz parte do processo democrático. Nós não podemos reclamar disso, até porque todos os partidos - ou a maioria deles, para ser preciso - votaram nos projetos do governador com emendas produzidas aqui no plenário. Então, qual é o problema? A deputada Janaina tem razão de reclamar? Tem, mas é também um direito daqueles que apresentam emendas. Ponto final. Vamos ao que interessa.

Tive a oportunidade de fazer uma visita a algumas cidades do interior. Mas eu quero falar de Guariba, uma cidade que tem a Heisen, uma das maiores empresas com cana de açúcar, que vai instalar agora um incinerador para lixo orgânico naquela região de Guariba. Eu estive com o prefeito, numa conversa longa, demorada. Principalmente para o Coronel Telhada, que acompanha o interior, tem essa relação. O prefeito de lá me chamou - ele era do PSB e está no PSDB - para colocar uma situação triste. Prefeito Francisco Dias Mançano Junior.

Ele disse o seguinte: “o governador Alckmin impôs uma penitenciária feminina na minha cidade. Tem quase 1.000 presas. Eu não ganhei absolutamente nada, nem asfalto.” Em algumas cidades, o governador trocava por asfalto. No final da gestão, ele empurrou a penitenciária, sem conversa. Aí, agora, a Secretaria, a SAP, vai procurar o prefeito para que ele faça o atendimento médico. Propõe dar 33 mil reais para o prefeito. O atendimento médico, se ele for contratar uma OS - se ele fizer concurso, depois ele vai responder, no Ministério Público, quando o médico não for - custa 50 mil.

É inacreditável. Esse Governo do Estado de São Paulo, há 24 anos, tira dinheiro dos prefeitos; tira dinheiro agora, nessa questão das penitenciárias. Aliás, ele falou outra coisa, que eu também não vou fazer o debate agora, falei para o deputado Mecca. A questão da Segurança, ele disse o seguinte: “Todo domingo ou todo sábado, uma camionete é roubada aqui, porque os caras vêm para a visita, e alguém leva uma camionete”. Não estou acusando os familiares de quem está indo lá, absolutamente. É um relato do prefeito.

É inadmissível isso. Aí a população cobra dele o quê? Segurança. E ele faz o quê? Não tem, porque não é papel do prefeito, é papel do governador. E o governador faz ele pagar a merenda. O repasse para a merenda que ele tem é pequeno; agora, pior ainda, deputado Telhada.

Eu conversei com o pessoal que é de Parisi. Conversei com a prefeita de Parisi, a Rosinei, e com o seu esposo, o Ivo, que me disseram o seguinte: “O pessoal do interior, principalmente aqueles que utilizam a Rodovia Euclides da Cunha, está vivendo uma situação dificílima. O DER não tem feito a manutenção das entradas. Mato alto, risco de acidentes” - e não é só em uma cidade, são em todas as cidades ao longo dessa rodovia.

Podia falar de Jales, que é quem procurou a gente, mas podia falar de Parisi, podia falar de outras cidades em que as pessoas estão com medo de entrar na cidade, porque o mato está alto, não tem manutenção. É o caso de Bálsamo, Tanabi, Cosmorama, Votuporanga, o dispositivo de acesso à Rodovia Péricles Belini, Valentim Gentil, Fernandópolis, Meridiano, Estrela d’Oeste, Jales, Urânia, Santa Salete e Santa Fé do Sul.

Acho que é inadmissível que o DER não faça a manutenção. Então, eu queria solicitar, Sr. Presidente, que encaminhasse o discurso à prefeita de Parisi, ao DER, para que tome providências dessa situação que o interior está vivendo. Eu visitei seis, sete cidades nesse final de semana, e é inacreditável como o estado tira do município, ao contrário de ajudá-lo.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. Portanto, solicito à nossa assessoria que encaminhe as palavras do deputado Paulo Fiorilo à Sra. Prefeita de Parisi e ao Sr. Presidente do DER.

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Sr. Presidente, se houver acordo das lideranças, eu queria solicitar a suspensão. Eu iria solicitar o levantamento, mas vou solicitar...

 

O SR. CONTE LOPES - PP - Para uma comunicação.

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Eu queria solicitar a suspensão da sessão até as 17 horas. Só queria deixar o pedido, até porque vou participar de uma audiência pública, se tiver acordo das lideranças. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É regimental, Sr. Deputado, mas, antes, os deputados, pelo que estou vendo, querem fazer uma comunicação, mas o seu pedido será atendido.

 

O SR. CONTE LOPES - PP - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, Coronel Telhada, acompanhei pelas mídias uma ocorrência em que dois policiais militares, de acordo com a imprensa e com o próprio governador, espancavam dois carroceiros na rua.

Ouvindo as testemunhas ou as solicitantes, são duas mulheres. Os carroceiros, ou as supostas vítimas, puseram uma carroça defronte ao estabelecimento, e estavam cobrando da comerciante uma quantia em dinheiro para que  ele retirasse a carroça dali.

Como a mulher não quis pagar ou pagou e se afastou, ele começou a ofendê-la. O policial foi lá e tentou fazer com que os dois parassem. Pelo contrário, os dois começaram a ofender os policiais também. A partir daí, saiu uma briga e saiu porrada e pontapé. É muito bonito e muito inteligente falar - os políticos, a imprensa, alguns comandantes que nunca trabalharam na rua, Coronel Telhada - que a polícia tem que usar a força necessária.

Agora, eu pergunto, quando você vai usar a força necessária com um cara que é mais forte do que você, como é que você faz? Você toma pontapé e toma soco ou você dá soco e pontapé para não perder a autoridade policial? Então, eu achei que o governador João Doria, novamente, elogia a polícia. Governador, elogiar quando está tudo bonito, é normal. Agora, tem que esperar o outro lado, ouvir os policiais darem a sua versão.

Qual é o procedimento que um policial toma quando ele tenta deter alguém ou dois homens? São dois policiais que são fortes, e o cara reage e começa a dar soco em você. Eu fui policial de rua por muito tempo. Ou você dá porrada e pontapé nele ou você vai apanhar e sair correndo com a arma na mão, e acaba a sua autoridade policial. Então, só quem está lá sabe o que está acontecendo. Exemplo típico foi na semana passada, em que uma tenente da Polícia Militar quase foi degolada. Teve o pescoço cortado, por um andarilho também, com uma faca na mão.

Então, é só isso. É fácil elogiar quando a criança é bonita, mas tem que ouvir o outro lado também. Então, “tirem o policial, prende, não é assim que a polícia age”. E age como, quando você é atacado a porrada, a pontapés, por um cara que é mais forte do que você?

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Srs. Deputados, portanto, conforme a solicitação do deputado Paulo Fiorilo, nós vamos suspender a sessão até as 17 horas.

Está suspensa a sessão.

 

* * *

 

- Suspensa às 15 horas e 35 minutos, a sessão é reaberta às 17 horas e 04 minutos, sob a Presidência do Sr. Cauê Macris.

 

* * *

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para encaminhar pelo Art. 82 pela liderança do PSL.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra para falar pelo Art. 82.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - PELO ART. 82 - Boa tarde, presidente. Boa tarde a toda Mesa, ao público presente aqui na galeria, aos deputados presentes em plenário.

Estamos aqui ainda na discussão, congresso de comissões, para discutir, deputado Freitas, a possibilidade de se votar um projeto nesta Casa que dá opção à mulher, na hora do parto, na hora mais sensível para ela, que ela possa escolher pelo parto natural ou pelo parto cesariano.

Já vim aqui à tribuna em outros momentos para colocar a minha posição. Sou favorável. Dei um exemplo pessoal, dei o meu exemplo. Meu segundo filho, quando foi nascer, maternidade pública - utilizo o serviço público -, o que aconteceu? Doze horas de trabalho de parto. O primeiro filho nasceu de cesárea. Eu implorei para o médico, para o obstetra que fizesse uma cesárea, deputado Barba. E o que ele disse? “Quem entende aqui somos nós. Cada parto é um parto”.

Nós passamos ali 13, 14 horas esperando meu segundo filho, Davi, nascer. Nasceu por cesárea, não teve dilatação. Não foi um parto natural, não foi um parto normal. Já tinha começado a fazer fezes ali, já estava bem roxinho. Por um milagre, eu não perdi o meu filho, não nasceu com nenhuma sequela.

Assim como ele, deputado Freitas, assim como várias outras famílias aqui no estado de São Paulo que devem ter passado por isso, não tenho dúvida nenhuma de que o meu filho poderia ter morrido ali.

Qual o problema de nessa hora tão importante para a mulher... Falam tanto do empoderamento feminino. Fala-se tanto de dar opção para a mulher escolher. Muitos aí que são contrários ao projeto da deputada Janaina Paschoal, 80, 90%, no mínimo, são favoráveis à interrupção da gravidez pelo aborto. Não querem dar opção para a mulher escolher o modo. São hipócritas! Nós precisamos falar. São hipócritas! (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Gil, reservado o tempo de V. Exa., eu queria pedir à galeria que não se manifeste. Não é lícito... (Manifestação nas galerias.)

Eu vou ter que chamar a Polícia Militar para tratar desse assunto? Gostaria de pedir à Polícia Militar, por favor, que se dirija à galeria.

Não é lícito a qualquer pessoa da galeria se manifestar. Todos são sempre bem-vindos, mas eu não vou admitir manifestação por parte da galeria. Eu não vou admitir manifestação atrapalhando os trabalhos do Legislativo por parte da galeria. Isso não é correto. Nós estamos no meio de um processo de discussão e eu não vou aceitar, em qualquer hipótese.

E pedir aos policiais militares, para aqueles que não estão ouvindo, que, por favor, conversem com eles e leiam o artigo do Regimento que me permite, inclusive, tirar aqueles que não respeitarem o Regimento Interno da Casa.

Com a palavra o deputado Gil Diniz.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Presidente, vamos usar aí o peso e a medida adequados. Policial militar, duas semanas atrás, agiu da mesma maneira e foi retirado. Quase foi parar no DP por ordem de Vossa Excelência. Então, vamos usar o mesmo peso e a mesma medida, independente de quem seja.

Volto a repetir a você que me acompanha de casa, deputado Douglas também: os mesmos que não querem dar opção à mulher nessa hora tão sensível da maternidade, de escolher pelo parto natural ou pelo parto cesariano, são aqueles que querem a interrupção da gravidez, para falar bonitinho. Sabe o que eles querem? O assassinato dessas crianças no útero materno. Então são, sim, são hipócritas, sim. A gente precisa falar. E eu convido, aqui, os deputados do PT, do PSOL, a subirem a essa tribuna e defenderem o assassinato de seres humanos no útero materno, enquanto... (Manifestação nas galerias.) Presidente, é complicado. Fica difícil. O Regimento é bem claro, presidente. É muito claro, presidente. E vamos cobrá-lo quando os heróis policiais militares vierem aqui falar sobre a PEC 02 e começarem a se manifestar.

Mas deixo claro aqui o meu apoio, o apoio da bancada do PSL, à deputada Janaina Paschoal. E não à Janaina Paschoal porque é uma deputada da nossa bancada, mas porque é uma mulher que escutou outras mulheres, principalmente aquelas mais pobres, aquelas que se utilizam dos serviços públicos, aquelas que vão para a maternidade pública. E, se falam tanto de violência obstétrica, de desrespeito, e nessa hora tão sensível à mulher... Muitos, aqui, são contrários e não querem deixar a mulher escolher. Apenas querem que a mulher escolha como vai, se quiser abortar, assassinar o seu filho no útero materno.

Então, nós somos favoráveis ao projeto da deputada Janaina Paschoal, que dá, sim, à mulher a opção do parto cesárea ou natural nesse momento tão sensível na vida dela. Muito obrigado, Sr. Presidente. (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Só, antes de passar a palavra, respondendo ao deputado Gil Diniz: só deixar claro, deputado Gil, que aqui não existem dois pesos e duas medidas. Este presidente sempre foi coerente nas suas posições. Existe um caso - Vossa Excelência nem deputado era - de pessoas que vieram aqui e instigaram baderna por várias vezes, de maneira reincidente. E não são policiais militares, porque os policiais militares não fazem baderna. É um ex policial militar que desacatou a minha autoridade e a minha posição. E eu mandei retirá-lo do plenário.

Eu não me orgulho de pedir para retirar ninguém do plenário, até porque esta é a Casa do Povo. Todos, aqui, têm que ser sempre bem-vindos. E os nossos convidados, por mais difícil que seja a situação, na grande maioria das vezes sempre respeitaram as nossas posições. É claro que muitas vezes uma vaia para um lado ou uma vaia para o outro lado acabam acontecendo. E precisa existir tolerância.

Mas baderneiros reincidentes vão ser proibidos de entrar no plenário enquanto eu for presidente da Assembleia Legislativa. Só para deixar claro a V. Exa., porque é muito diferente um caso de reincidência, que tenha boletim de ocorrência, por parte de pessoas que frequentemente atrapalham o trabalho do Legislativo, de uma pessoa que venha pela primeira vez e não conhece o nosso Regimento Interno da Casa. É muito diferente, então a gente precisa ter muita cautela para lidar com essa questão.

Deputado Sargento Neri tem a palavra.

 

O SR. SARGENTO NERI - AVANTE - Sr. Presidente, pelo Art. 82.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa Excelência tem a palavra.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, concordo com V. Exa.: é a casa do Povo. E até acho, até acredito que o povo tem o direito de se manifestar. Porém, é regimental. Então, tem que servir para um lado e tem que servir para o outro também... A orientação a muitos militantes que já vieram em outras discussões, que desrespeitaram vários parlamentares, inclusive a deputada Janaina Paschoal... Não é a primeira vez. Não sei dizer a V. Exa. se são os mesmos.

Mas, depois da orientação, depois de V. Exa. explicar, mostrar o Regimento, solicitar à Polícia Militar, se mesmo assim continuar o desrespeito, a quebra, rasgando o Regimento Interno, mesmo com V. Exa., presidente desta Casa, orientando, então acho que o senhor pode tomar outras providências.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O cumprimento do Regimento Interno exige muito bom senso por parte do presidente da Assembleia. (Manifestação nas galerias.) Eu não posso, por qualquer posição de uma pessoa - seja favorável ou contra, e sejam pautas pertinentes e favoráveis àquilo que V. Exa. defende ou pautas contrárias -, mandar ficar retirando pessoas do plenário dessa maneira. Eu não atuo dessa maneira. Eu tento, na medida do possível, trabalhar para controlar o plenário da melhor maneira possível. E até hoje nunca tive problema, enquanto eu sou presidente.

E não sou novo, já estou no meu segundo mandato de presidente da Assembleia; não cheguei aqui ontem, muito menos sentei nessa cadeira ontem. Então, sei lidar muito bem com a galeria. (Manifestação nas galerias.) Houve casos duríssimos, pelos quais talvez V. Exa. ainda não tenha passado aqui, de galeria inflamada, de posições divergentes, de um lado e de outro. A gente sempre conseguiu, da melhor maneira possível, controlar. Vou ser duro, independente do tema. Não é por conta da deputada Janaina Paschoal ou por qualquer outro parlamentar, eu vou ser duro com todas as pessoas e fazer cumprir o Regimento.

Por isso, inclusive, eu peço para que vocês que estão aqui na galeria, por favor, cumpram o nosso Regimento Interno, e vocês sempre serão bem-vindos aqui na Assembleia Legislativa, está certo?

Com a palavra, o deputado Sargento Neri.

 

O SR. SARGENTO NERI - AVANTE - PELO ART. 82 - Boa tarde, presidente. Boa tarde, demais deputados, todos da plateia, nosso policiamento, demais assessores. Presidente, nós estamos com um problema de suicídio na Polícia Militar, e eu venho cobrando o comandante-geral, incansavelmente, para que ele faça uma política para melhorar a saúde do policial militar. Então, eu vou passar um vídeo:

 

* * *

 

- É exibido vídeo.

 

* * *

 

Esse policial me mandou esse vídeo, que é um pedido de socorro, Major Mecca, um pedido de socorro. O que ele está pedindo ali para a Polícia Militar é socorro. Por quê? Ele vai ao psiquiatra, e o psiquiatra atesta que ele tem que se afastar do serviço. Ele vai à junta médica e, segundo ele, lá tem um ortopedista, um ginecologista e um cardiologista. Esses médicos não confirmam o afastamento dele, e nem são psiquiatras.

Olhem o que o HPM está fazendo com os policiais. Aí dá o resultado que deu: o policial matou a esposa e acabou se suicidando. Nessa semana, foram dois casos. Nós temos que culpar o governador disso? Vamos ser sinceros, nós temos que culpar aquele que comanda a instituição, que é o nosso comandante-geral.

Eu conversei com o coronel Salles, lá no 4º Batalhão, e pedi para ele, porque nós temos um corpo de psicólogos muito bom. Os senhores sabem. Por que não fazem um trabalho para estruturar essa parte no HPM? Nós vamos ter que continuar perdendo policiais? Tem que se cobrar aquilo que tem que ser cobrado para a pessoa correta. É ele que tem a instituição na mão, é ele que vai conseguir fazer um programa de Saúde para preservar a vida dos policiais.

Como é que deixa um policial desse doente, pedindo socorro, e a junta médica do HPM libera ele para o serviço? Nós tivemos um major que se suicidou. Ele estava fazendo tratamento e estava armado. É um pouco o caso da nossa instituição, e nós precisamos, sim, cobrar do nosso comandante-geral uma postura, para que ele faça o melhor para a Saúde do policial militar.

Eu peço uma comunicação, Sr. Presidente, se for possível.

 

O SR. SARGENTO NERI – AVANTE - PARA COMUNICAÇÃO - Obrigado, presidente. Eu quero aproveitar este momento para falar para o pessoal da PEC 02, que eu estou aguardando a resposta do memorando. Quero também parabenizar o deputado Vinícius Camarinha, que fez um trabalho excepcional. Quero parabenizar V. Exa. também, que deu essa possibilidade de o deputado Vinícius Camarinha fazer um trabalho sobre os projetos dos deputados novos, principalmente.

Eu tive a grata satisfação de aprovar um projeto que quebrou um paradigma de décadas na Polícia Militar, que é quando o policial morre e a esposa fica quatro meses sem receber pagamento. Eu quero agradecer esse plenário, porque eu tive que conversar com deputado por deputado, explicar o projeto, para que eles entendessem.

Então, eu quero agradecer o plenário, porque nós conseguimos aprovar esse projeto com 93 votos. Foi unânime. Isso demonstra o respeito que cada um dos senhores tem para a Polícia Militar. Venho reafirmar que meu trabalho aqui como deputado estadual para a Polícia Militar, ou para a Segurança Pública, ou para população, não está montado em ideologia, porque a ideologia não enche panela, ideologia não salva vidas.

Eu sempre falei que todos os deputados, todos os partidos, para mim, são importantes, principalmente em um projeto como esse, um projeto que faz com que a pensionista receba o salário no primeiro dia que seu marido morra, não fique dependendo de vaquinhas, não fique dependendo de ajuda de amigos, e consegue sustentar seu lar, consegue pagar a escola do filho, pagar o aluguel. Por vezes, nós temos policiais que a esposa não trabalha. Então, precisa ter a continuidade de salário.

Então, eu tenho essa dívida com esse plenário, que é uma dívida da minha família policial militar. Agradeço a todos, deputada Analice, pelo carinho com que trataram esse assunto.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

A SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem, nobre deputada Analice Fernandes.

 

A SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - Para falar pelo  Art. 82.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa Excelência tem a palavra para falar pelo Art. 82.

 

O SR. ADALBERTO FREITAS - PSL - Para um comunicado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Uma comunicação, enquanto ela se dirige à tribuna. Dou a palavra a Vossa Excelência.

 

O SR. ADALBERTO FREITAS - PSL – PARA COMUNICAÇÃO - Só mais uma vez colocar aqui mais um desastre que a esquerda promoveu. A trabalhadora que estava no ônibus que teve os pneus queimados faleceu. Então, isso é crédito na conta de vocês, que tentam fazer essas greves, que não têm cabimento nenhum, que nada contribuem para nossa pátria. Podem pôr na conta de vocês esse corpo aí também.

Obrigado.

 

A SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB – PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, o que me traz é falar alguns minutos sobre o Projeto 435, isso me deixa profundamente preocupada. Eu, que venho de formação sanitarista, sou enfermeira, aprendi, na universidade, o quanto é importante o parto normal.

Lutei, ensinei e ajudei as mulheres a optarem pelo parto normal, porque acredito que a via natural, porque toda mulher sabe que é a via fácil da mulher ter o seu filho, e mais tranquila, para, depois do parto, ela poder cuidar do seu filho em Casa,

Então, eu trago aqui uma grande reflexão na noite de hoje. Nós precisamos incentivar o pré-natal na nossa rede pública. Nós precisamos incentivar que as nossas mulheres tenham confiança nos nossos serviços de Saúde e nas nossas maternidades quando forem dar à luz. E fazer desse momento tão precioso da vida de cada mulher, que é um momento que trazemos uma nova vida ao mundo. Então, incentivar a cesárea, sabendo que a cesárea traz riscos absurdos para a vida de uma mulher, é uma grande temeridade.

Venho aqui pedir para que todos os deputados façam e promovam um debate maior em seus municípios, um debate maior com médicos, com profissionais da Saúde. Para entenderem que, quando votarmos um projeto incentivando que as mulheres possam chegar nas nossas maternidades e optarem (sem saberem dos riscos que estão correndo quando escolhem fazer a cesariana) eu tenho certeza de que isso não irá acontecer.

Porque, na hora que estivermos incentivando as mulheres a optarem pela cesariana, estaremos optando e levando mulheres à morte no nosso País. Isso é um risco gravíssimo. Quando uma mulher opta pela cesárea, ela tem muito mais possibilidades, na sua vida, de ter uma hemorragia, de ter um problema gravíssimo, que é a placenta acreta. Se vocês abrirem o Google, vão ver que a segunda causa de morte no nosso País é o acretismo. Isso é perigosíssimo. Não podemos aceitar isso de forma tranquila.

Se existe, hoje, violação e violência obstétrica, precisamos combater essa violência. Se mulheres estão sendo maltratadas no serviço, nas nossas maternidades, que possamos corrigir. Mas que essa correção não venha pela opção da cesariana em primeiro momento.

Quero dizer a todos vocês, nesta noite: já existe uma determinação, do Ministério da Saúde, que as mulheres têm direito de 6 a 7 consultas na rede pública de Saúde com o seu obstetra. É ali, ouvindo o médico obstetra sobre os riscos da cesariana, sobre as consequências de um parto normal, que, junto com o médico, ela vai optar pela via de parto. A via de parto deve ser utilizada como natural no primeiro momento. É conduta médica.

Isso diz o Ato Médico. Esse projeto vem frontalmente contra o Ato Médico. Cesariana tem que ser recurso, e não conduta. (Palmas.) Então, nesta noite, quero, mais uma vez, fazer um clamor a todos os parlamentares.

Sei perfeitamente que muitos vieram, no microfone de aparte, dizer que desconhecem essa questão. E por desconhecer essa questão eu chamo a atenção de todos.

Ninguém nesta Casa, que está defendendo o parto natural ou o parto humanizado, é a favor de aborto. Não. (Palmas.)

Em hipótese alguma. Quando escolhi ser enfermeira, escolhi esta profissão para lutar pela vida. E luto pela vida. O que não acho correto - e vou até o último minuto neste plenário dizer - é que, na hora que votarmos a favor de cesarianas em primeiro lugar, como conduta médica, e não como recurso, nós estaremos levando as nossas mulheres à morte.

 

O SR. RAFAEL SILVA - PSB - Pela ordem, Sr. Presidente.   

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem, deputado Rafael Silva.

 

O SR. RAFAEL SILVA - PSB - Para usar a tribuna pelo Art. 82.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa Excelência tem a palavra para falar pelo Art. 82.  

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem, deputado Douglas Garcia.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - Para fazer uma brevíssima comunicação, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Enquanto o orador vai à tribuna V. Exa. tem a palavra.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigado, Sr. Presidente.

Sr. Presidente, eu não poderia passar o dia de hoje sem antes elogiar, sem antes prestar aqui as minhas homenagens a essa pessoa, um parlamentar que eu admiro muito e que felizmente no dia de hoje está fazendo aniversário. É uma pessoa bastante combativa no sentido de lutar pela liberdade de mercado, uma pessoa que luta pela desburocratização, que olha para o Brasil e vê que a gente tem um grande problema orçamentário, um grande problema econômico, um grande problema burocrático. Uma pessoa que faz parte das comissões desta Casa. Comissões que lutam e que batalham pela liberdade de mercado contra a burocracia estatal. É uma pessoa que eu admiro muito, que é o deputado Sergio Victor. Meu muito obrigado, deputado, pela sua batalha. Que Deus o abençoe. Que lhe dê muitos anos de vida. Que o senhor continue essa pessoa extremamente combativa, batalhando pela liberdade de mercado, batalhando contra a burocratização estatal.

O partido Novo é um partido aliado nesse sentido de lutar contra a burocracia. É um partido aliado no sentido de trabalhar pela liberdade de mercado.

Então, fica aqui registrado o meu muito obrigado, meus parabéns, que Deus lhe dê muitos anos de vida e que o senhor continue sendo essa pessoa maravilhosa que o senhor é.

E só lembrando que nós tivemos ontem mais um evento da Frente Parlamentar Pela Liberdade de Mercado, assim como nós teremos, no mês que vem, outro evento da Frente Parlamentar pela Liberdade de Mercado. Já deixo convidada aqui a Casa, a Assembleia Legislativa para todos os deputados que apoiam essa iniciativa para que se faça presente, porque, infelizmente, nós só tivemos frentes parlamentares no sentido contrário de trazer mais burocracia, de atrapalhar o desenvolvimento econômico do estado de São Paulo e do País. E agora nós estamos trazendo para esta Casa, de forma inédita, uma frente parlamentar que vai lutar pela liberdade de mercado.

Então, fica aqui registrado meus parabéns a toda a bancada do Novo, que é aliado nosso nesse sentido de batalhar pela liberdade de mercado. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Com a palavra neste momento, deputado Rafael Silva.

 

O SR. RAFAEL SILVA - PSB – PELO ART. 82 - Sr. Presidente, nobres deputadas e deputados, eu prefiro sempre a reflexão do que uma opinião formada dogmática, ou pragmática também, que é aquela que dá resultado, que traz alguma vantagem. Não, nada disso. Inclusive, Sr. Presidente, aprendendo filosofia a gente entende que deve aprender a filosofar, a pensar.

A filosofia é apenas o princípio da reflexão. Filo - amigo, sofia - sabedoria; amigo da sabedoria. 

Existem aqueles que se julgam sábios e nada sabem. Existem os que são sábios verdadeiros e se julgam pessoas que nada sabem. O próprio Blaise Pascal - ele é antigo, nasceu em 1623 e morreu em 1662, aos 39 anos - fala que há duas espécies de homens: os justos que se julgam pecadores e os pecadores que se julgam justos.

Santo Agostinho foi um filósofo que nasceu em 1225 e morreu em 1274.
Eu gosto de citar a época porque cada um é tributário do seu tempo, ou seja, paga tributo por ter vivido naquela época, mas apesar de ser tributário de seu tempo, Santo Agostinho falou muitas coisas bonitas.

Ele disse: “eu temo o homem de um só livro”, ou seja, eu tenho medo do homem de um só livro, não que ele tenha lido apenas um livro. Não. Às vezes o sujeito leu muitos livros, muitos pensamentos, muitas ideias e se define por uma só: “eu sou de esquerda, eu sou de direita, eu sou de centro, eu sou disso, eu sou daquilo.” Ele determina para ele uma conduta sem a capacidade de reflexão de entender que em qualquer campo você tem o bom, que em qualquer campo você tem o ruim. Você tem. Então, você não pode afirmar: "O torcedor do Corinthians é isso, o torcedor do Palmeiras é aquilo". Não. Não é por aí.

Aliás, aí, você vai entrar lá em uma filosofia do Mani, ou Maniqueu - que é o maniqueísmo, em que o cara julga aquilo que é do bem e aquilo que é do mal. Ou seja, eu sou do bem e os outros são do mal. É a vontade de não pensar; é a vontade de entender que a ideia dele deve realmente dominar tudo.

Eu estava ouvindo aqui a deputada que me antecedeu, Analice Fernandes. Eu gosto da Analice quando ela pede reflexão. Mas nós temos que entender o que é a reflexão.

Se você for à Índia, lá tem um monumento fantástico, o Taj Mahal. O Taj Mahal foi construído pelo imperador. Ele demorou vinte e um anos para construir aquela obra maravilhosa, com cerca de vinte mil escravos trabalhando. Foi de 1632 a 1653. Ele construiu o Taj Mahal em homenagem à sua esposa favorita - ele tinha várias -, que morreu no parto. Ela morreu quando dava à luz um filho desse imperador, e era a esposa favorita. E, aí, ele construiu o túmulo dela, aquela coisa gigantesca: vinte mil escravos trabalhando durante 21 anos. Muitos morreram na construção.

Então, Sr. Presidente, a reflexão é importante. Nós temos uma brasileira que foi rainha de Portugal. Maria II, de Portugal, filha do D. Pedro I, ela nasceu no Brasil. Assumiu lá como rainha com oito, nove, anos de idade. E ela morreu no parto, também. A Joana de Seymour, ou Jane Seymour, como queiram, morreu no parto, esposa do Henrique VIII, da Inglaterra.

Vou aproveitar esses dias para visitar a maior maternidade da região de Ribeirão Preto, porque quero conversar com profissionais do setor para poder entender alguma coisa.

Nós escutamos falarem: "Aquele cara é cético, não acredita em nada". Não, não, não. O ceticismo vem de um termo em grego que diz "pesquisa", "busca". O cético é aquele que duvida, que busca, que pesquisa.

Eu quero conversar em Ribeirão Preto com profissionais desse setor, Sr. Presidente, para tirar uma conclusão mais apurada. Agora, em princípio, quando uma pessoa tem duas opções, ela se sente mais tranquila - e eu entendo um pouco dessa área, estudei muito tempo isso tudo, psicologia também, só uns 50 anos de estudo por conta própria.

Se você for passar por aquele exame, ressonância magnética, fica preso naquele negócio, e o médico fala para você: "Olha, se você não se sentir bem, você aperta aqui e nós paramos o exame". O paciente, que estava nervoso, muito preocupado, passa a ter uma outra tranquilidade. Então, quando você dá para o indivíduo mais de uma opção, a tendência é ele ter mais tranquilidade. Isso é um problema psicológico.

Em princípio, entendo que este projeto não indica: "Olha, tem que fazer cesárea". Não. Ele dá à mulher a oportunidade de optar pela cesárea ou não. Então o médico, também, com sua capacidade, poderá argumentar: "Não, minha filha, você pode fazer, mas assim, assim e assim pode ser melhor para você".

Então, eu quero dizer o seguinte, encerrando: eu busco a reflexão. Na medida em que nós tivermos o povo buscando a reflexão, nossa realidade vai ser muito melhor. Vou, realmente, fazer um estudo meu, particular, com quem entende do assunto.

Só isso, Sr. Presidente.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem, deputado Vinícius.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Sr. Presidente, para uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Só, antes, porém, deputada Adriana, quer fazer o 82? É que eu vou já pedir que V. Exa. já se dirija à tribuna, para a gente otimizar o tempo, enquanto eu dou uma comunicação ao deputado Vinícius Camarinha.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - PARA COMUNICAÇÃO - Agradecer a deputada Adriana Borgo.

Presidente, ontem, pela manhã, eu ouvi uma campanha publicitária do Governo do Estado que achei louvável: o combate ao feminicídio. O governo lançou uma campanha, foi ao ar ontem, e repito aqui, louvável. É de saltar aos olhos os números que nós estamos observando de violência contra a mulher, uma violência covarde, suja. E a ideia do governo é boa.

No entanto, Sr. Presidente, a campanha enalteceu a violência praticada por um alcoólatra, por uma pessoa bêbada. E aqui eu queria fazer uma ponderação: no momento em que a campanha coloca o alcoólatra, você acaba dando uma muleta como desculpa à violência. Eu queria fazer aqui uma sugestão ao Governo do Estado, que fizesse a campanha focada no animus de agredir a mulher, a vontade do homem, infelizmente cruel, de agredir a mulher, e não apenas focada no bêbado, porque nós vamos acabar colocando essa condição do homem como muleta para a violência, que não é o caso. Nós temos que combater a violência no animus, na vontade do homem de agredir a mulher.

Ontem nós vimos que, neste primeiro trimestre, aumentaram 50% os índices de feminicídio no estado de São Paulo. São alarmantes os números de combate, aliás, de agressão às mulheres, e é importante que o Estado estabeleça políticas públicas, campanhas publicitárias alertando o homem, esse agressor covarde que, inclusive, é um crime hediondo, apenado com pena máxima de 30 anos. Fica aqui minha observação ao Governo do Estado.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Com a palavra a deputada Adriana Borgo.

 

A SRA. ADRIANA BORGO - PROS – PELO ART. 82 - Boa tarde, Sr. Presidente, Srs. Deputados, todos os presentes aqui na galeria.

Hoje eu quero agradecer a duas deputadas aqui da Casa que estiveram presentes num momento bem importante da minha vida. Esse final de semana, uma das minhas filhas, grávida, já estava de 40 semanas, com início de eclampsia, e nós procuramos vários hospitais públicos para que ela pudesse ser atendida e ter a cesariana, já que estava afetando a sua saúde. E nós não conseguimos. Fomos até a maternidade de Campinas. Lá eu ouvi que é uma entidade filantrópica, que o procedimento é de 41 mais uma semana para poder fazer o parto. E eu disse a eles que nós estávamos com uma resolução do governo federal que já estabelece o direito de a mulher escolher o parto, principalmente se há um risco de saúde.

Enfim, não conseguimos, e através da deputada Valeria Bolsonaro e da Janaina Paschoal nós nos unimos e foi feito um contato com a PUC Campinas, pelo SUS também. Ela foi atendida, meu netinho nasceu. Infelizmente, não foi para casa ainda porque, pela demora, ele perdeu peso, enfim, mas correu tudo bem. Quero agradecer a todo o corpo clínico da PUC que nos atendeu: Dr. Carlos, Dra. Laura, pediatra, que nos socorreu ali.

E ali eu vi, deputada, a importância desse projeto que tramita aqui na Casa. Eu acho que nós não devemos induzir a cesariana. Não é esse o intuito, mas nós temos que deixar claro o direito de escolha da mulher, porque eu vi ali mulheres que já tinham ido e voltado várias vezes com dores. E é extremamente triste de ver um momento mágico, que deveria ser o momento único de se ter um filho, vendo aquelas mulheres sofrendo com descaso, não só ali em relação a ela, mas também ao bebê. E ali, no período em que eu estive com a minha filha, demoraram 14 horas para ela poder fazer o parto, não porque ela não foi bem atendida, pelo contrário, foi muito bem atendida na PUC, mas tinham várias emergências. Foram feitas todas ali cesarianas.

Então, não é possível que só porque eu estava lá aconteceu um diferencial, porque lá também é filantrópico. É porque a gente viu ali a dor, e estava ali alguém, algumas mulheres que estão deputadas, que conhecem a lei, e por estarem lá as coisas fluíram.

Então, assim, eu sou super mega favorável que a mulher tenha, sim, o seu parto da forma que ela possa escolher, de preferência normal, humanizado, mas que ela tenha o direito de escolher ou não se quer ter cesariana ou parto normal. É esse o intuito desse projeto. Por isso que eu sou favorável.

Eu queria falar de outro assunto também: ontem, ou na quinta-feira passada, nós tivemos uma declaração de uma colega deputada federal. O nome dela é Talíria Petrone. Ela disse que o índice de suicídios entre policiais era por remorso, porque os policiais matam na rua, nas ocorrências, então se matam por remorso.

Queria dizer a essa colega que ela está extremamente desinformada. Ela realmente é uma pessoa que não conhece a realidade da Segurança Pública. Os nossos policiais estão se matando, sim, porque estão doentes mentalmente, porque estão doentes financeiramente, emocionalmente, porque não têm apoio do Governo do Estado, porque precisam de aumento salarial, precisam de reconhecimento, precisam de meios de trabalho.

E mais: precisam que os seus psicólogos, os 111 psicólogos da polícia que hoje atendem essa demanda, sejam valorizados, que não concorram à escala como os demais policiais, que tenham incentivos para que possam ter poder de médico. Quando um policial psicólogo desatesta um policial, não dar o “apto” para ele ir para as ruas, porque ele não pode portar uma arma ou porque está doente, para a estatística do Governo do Estado, esse “apto” é desconsiderado e ele tem que voltar para a rua para trabalhar. É aí que acontecem os suicídios.

Então, os nossos policiais não estão morrendo porque têm remorso, pois são uma extensão do estado; se agem da forma que agem é porque foram motivados.

Então, errou a nobre deputada. Errou, sim, ao colocar de uma forma genérica tudo isso que ela desconhece. Os nossos policiais pedem socorro. Se quem dá segurança está morrendo por insegurança, imaginem nós, cidadãos, vocês, da galeria, que precisam de segurança.

Deixo aqui o meu repúdio à declaração dessa colega. Sugiro que venha falar de segurança com a gente, para que a gente possa sabatinar e ela conviver um dia na rotina de um policial para ter moral para falar de um desses homens e de uma dessas mulheres que dão a vida por quem nem conhecem.

Muito obrigada.

 

O SR. PAULO CORREA JR - PATRIOTA - Sr. Presidente, para falar pelo Art. 82.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra para falar pelo Art. 82.

 

A SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - Sr. Presidente, para uma comunicação enquanto o deputado se dirige à tribuna?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa Excelência tem a palavra.

 

A SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Obrigada. Só para complementar a fala da deputada Adriana Borgo, que falou sobre a autonomia e o direito da mulher na escolha, venho lutando muito para que a mulher tenha direito de escolha, mas que esse direito de escolha seja em tempo para que ela possa também fazer uma reflexão nessa escolha.

Quando ela aprender os riscos de uma cesárea, quando ela tomar conhecimento sobre a importância do parto natural, sobre a importância dele no nascimento da criança e na vida dela, eu acredito que é esse direcionamento que nós precisaríamos dar a este projeto de lei, para que essa mulher não receba orientação apenas quando chegar à maternidade, mas que tenha tempo de discussão nesse momento tão precioso da vida dela dentro do pré-natal.

E ela pode escolher, mas consciente daquilo que ela estiver fazendo junto com o médico e depois de passar no grupo de gestantes feito pela unidade básica de Saúde.

Essa é nossa contribuição, mas, infelizmente, não está sendo aceita pela deputada autora do projeto.

 

O SR. PAULO CORREA JR - PATRIOTA - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, demais colegas, funcionários da Casa, telespectadores da TV Assembleia, gostaria de, em um primeiro momento, parabenizar esta Casa, porque vimos algumas notícias que praticamente depreciavam a Casa e vejo que a gente tem um debate acalorado aqui sobre projetos de deputados, colocando suas opiniões, colocando seus posicionamentos, um debate rico para as questões ideológicas, para as questões de posicionamento de cada um.

Eu, particularmente, não sou técnico nessa área, apenas quero relatar no que se trata do projeto da deputada Janaina. Estou com uma filha recém-nascida. Faz 23 dias que nasceu. Com certeza, a mãe tinha optado por fazer a cesariana. No momento da cesariana, mesmo assim, com 39 semanas, minha filha nasceu com o cordão no pescoço, três voltas, e se não fosse a questão da cesariana, talvez ela não tivesse nascido. Mas isso foi uma questão particular que aconteceu conosco. Não vou entrar no mérito da questão técnica do que deveria ser bom ou do que não é.

Acho que quem tem mais conhecimento tem colocado os seus posicionamentos e aí fazemos as adaptações necessárias no projeto, as que acharem. Para isso, temos aqui as nossas comissões, para isso temos emendas a serem colocadas. Acho que isso é o que enriquece e isso é o que acrescenta em um projeto que será aprovado ou reprovado. Para isso que nós estamos aqui.

Mas eu quero, neste momento, relatar uma coisa que me chamou muito a atenção, a visita do secretário de Segurança Pública a nossa cidade, a minha cidade de Santos, que eu represento.

Ontem, o secretário esteve na cidade, visitou o batalhão, o comando da Polícia, visitou também a sede do Palácio da Polícia Civil, visitou a Câmara Municipal e a Prefeitura de Santos. O que me chama a atenção é que o departamento, o Palácio da Polícia, como é chamado, um prédio antigo, um prédio que precisa de uma reforma, que precisa de recursos que, há muitos anos, vêm sendo prometidos por governos e mais governos, que seria feita a reforma, que os recursos seriam enviados para a nossa cidade, para o Palácio, que é histórico.

E, de repente, com a visita do secretário, vale ressaltar que nós, deputados, pelo menos dos três deputados da cidade... Nós somos quatro, três não foram avisados. Não é? Um estava presente, não? Apenas um estava presente, mas os outros três, nós não tínhamos ciência, não fomos convidados.

Tenho certeza de que nem o líder do Governo que aqui está, que defende muito os interesses dos parlamentares, não tinha o conhecimento e tenho certeza de que tampouco o governador João Doria tinha o conhecimento de que não foi avisado aos parlamentares da região, porque vejo que o governador tem boa vontade, vem aqui a esta Casa, conversa com os líderes, conversa com a Assembleia Legislativa e me causa estranheza não ter avisado aos parlamentares da visita do secretário de Segurança.

E ali foram questionados vários assuntos, um dos assuntos foi a questão da Operação Verão. A Operação Verão Permanente acontece em dezembro e vai mais ou menos até o final de fevereiro, quando os policiais militares se deslocam das suas respectivas regiões e ficam ali prestando um trabalho fantástico, que é o que a Polícia Militar faz.

Então, como na cidade de Santos e na Baixada Santista é verão permanente, o ano inteiro, todos os finais de semana, feriados prolongados, praticamente a população duplica ou triplica naquela região. Nós conseguimos aprovar nesta Casa o Projeto Operação Verão Permanente que, aos finais de semana e feriados prolongados, temos o aumento de policiais nas ruas, tendo a nossa segurança assegurada ali na Baixada Santista.

Então, nós tivemos alguns dados que a Polícia Militar passou sobre como diminuiu a questão do roubo, de latrocínio, diminuiu a questão de roubo de carros e foi muito importante essa mudança e a promulgação desta lei para a nossa região.

Porém, o secretário não tinha os dados e nem sabia informar direito como isso se daria. E, quando foi feita a pergunta para o secretário sobre a reforma do Palácio da Polícia, ele simplesmente respondeu assim: “Vai ter a reforma, a gente só não sabe quando. E desculpem que eu tenho que ir embora porque eu tenho o jogo da Copa América e eu tenho que ficar só 15 minutos porque eu não posso faltar ao jogo da Copa”.

Uma afronta para a nossa cidade, desrespeito, creio que um assunto tão sério, o titular da Pasta tratar ali vários vereadores da cidade, os deputados não foram convidados, eu acho que nós deveríamos fazer aqui, na Comissão de Segurança Pública, um questionamento mais profundo sobre as questões da nossa Baixada e da nossa segurança. Nós que vivemos o dia a dia ali estamos vendo o sofrimento dos policiais civis. A Polícia Civil, o delegado e todos os investigadores ali estão com medo de cair, de repente, um pedaço do prédio na cabeça dos policiais, que ali trabalham com medo.

Inclusive, na visita do secretário, quando estavam entrando os vereadores da cidade, um pedaço do teto acabou caindo e quase pegou na cabeça de um dos vereadores, que é o pai do nosso deputado aqui, Tenente Coimbra, que é o vereador Boquinha.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Para concluir, deputado Paulo Correa.

 

O SR. PAULO CORREA JR - PATRIOTA - Para concluir, eu creio, presidente. Muito obrigado. Que todos tenham uma tolerância de, no mínimo, um minuto. Eu nunca reclamei disso.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Para concluir, deputado Paulo.

 

O SR. PAULO CORREA JR - PATRIOTA - Obrigado pela tolerância, Sr. Presidente.

 

O SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Vossa Excelência, deputado Paulo Correa, que discursou agora em plenário, falou muito bem sobre a Operação Verão, em que policiais militares descem para a Baixada, tanto o litoral sul quanto o litoral norte. A Polícia Militar também cumpre a Operação Inverno, ali em Campos do Jordão. As demandas de Segurança Pública são mensais e diárias.

Tive a honra de trabalhar no antigo CFAP, hoje Escola Superior de Sargentos. Ia com cabos da Polícia Militar em formação na Escola de Sargentos para a Baixada Santista, para trabalhar em prol da sociedade paulista. Infelizmente, muitos cabos da Polícia Militar que ali efetuavam o curso de formação de sargentos muitas vezes não tinham o devido apoio, às vezes, em determinada cidade, mas, mesmo assim, cumpriam a determinação do Comando Geral, do governador do estado, apoiando as cidades de Santos, São Vicente, Praia Grande, todo o litoral sul e também o litoral norte. Tive o prazer de trabalhar no policiamento na Baixada e também no inverno, em Campos do Jordão, com policiais militares do estado de São Paulo.

Então, nossas honras aos integrantes da Polícia Militar, que reforçaram tanto o litoral sul quanto o litoral norte na Operação Verão e também a Operação Inverno, em Campos do Jordão. É importantíssima essa atuação da Polícia Militar, como disse o nobre deputado Paulo Correa.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. SEBASTIÃO SANTOS - PRB - Para usar a tribuna pelo Art. 82.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra, Vossa Excelência.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Uma breve comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa Excelência, enquanto o orador se dirige à tribuna.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, estranha-me a bancada do PT, as bancadas de esquerda não subirem à tribuna para louvar o fiasco da greve, o que aconteceu da greve. Um projeto de greve na última sexta-feira, teoricamente contra a reforma da Previdência. Estão em silêncio. Deputado Barba, líder do PT, deputado Carlos Giannazi. 

Um fiasco na Av. Paulista, um fiasco da greve por todo o Brasil, mas o resultado é preciso falar para o povo de São Paulo, para o povo brasileiro. Olhe aqui o resultado da supergreve do PT: morre mulher que inalou fumaça durante protesto em Belo Horizonte. A mulher que estava no ônibus, a caminho do trabalho, inalou fumaça... (Manifestação nas galerias.)

Presidente, manter o tempo, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Eu gostaria, preservado o tempo do deputado Gil... (Manifestação nas galerias.)

Eu não vou aceitar mais esse tipo de posição por parte dos senhores. Já é a terceira vez que eu estou dizendo que não é lícita a manifestação aqui dentro do plenário. Qualquer deputado tem o direito de falar aquilo que pensa.

Eu vou suspender a sessão aqui até... Conveniência da ordem.

Estão suspensos os nossos trabalhos.

 

* * *

 

- Suspensa às 17 horas e 58 minutos, a sessão é reaberta às 18 horas e 01 minuto, sob a Presidência do Sr. Cauê Macris.

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esperando que a galeria, agora, colabore com o bom andamento da sessão, reaberta a sessão. Deputado Sebastião abre mão. Pelo Art. 82., o deputado Barba.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Não termino a comunicação?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Enquanto V. Exa. termina a comunicação, já dou a palavra ao deputado Barba, pelo Art. 82, para dirigir-se à tribuna.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Só para finalizar, Sr. Presidente. O resultado daqueles que mataram o serviço na sexta-feira não foi defender o trabalhador; foi matar uma trabalhadora, deputado Carlão Pignatari, que estava num ônibus indo ao trabalho. Mãe, deputado Douglas. Então, põe na conta aí: a dona Edi, que faleceu em BH, o cinegrafista da Band morto pelos Black Bloc; vai contando. Põe na conta - por que não? - alguns ex-prefeitos do PT, por exemplo, o Celso Daniel, em memória, que o PT não gosta...

E presidente, só para finalizar: eu gostaria de saber se o ponto vai ser descontado dos deputados que não compareceram e dos gabinetes dos deputados de esquerda que foram para essa greve frustrada, onde o máximo que conseguiram foi matar uma trabalhadora, uma mulher que estava num coletivo indo ao seu trabalho. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - A palavra está com o deputado Barba.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Para uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra V. Exa., se tiver anuência do deputado Barba.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Bem, não precisa nem perguntar se vai ter corte de ponto, porque a orientação nossa, deputado, exatamente quando a gente faz paralisações em dia de semana, é ter o ponto cortado. Assim a gente faz... O senhor perguntou e eu estou respondendo. Então, nós não fazemos questão de receber o dia 14.

Estivemos na Avenida Paulista, e não foi nada de frustrado, não. Quem não mostrou foi a Rede Globo, aquela adepta dos senhores. (Manifestação nas galerias.) Ela sim é que não mostrou. Mas a mobilização foi a contento e de cabeça erguida. Valeu a greve geral dos trabalhadores desse Brasil, que vão pagar sozinhos a conta dessa previdência injusta contra a classe trabalhadora.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para uma comunicação, com anuência do orador.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - A palavra está com o deputado Barba. É uma comunicação por orador. Se não, nós não vamos continuar nunca. Eu tenho feito isso desde o início, quando abri a sessão: uma comunicação por orador. Então, passo a palavra ao deputado Barba e depois dou a palavra, por uma comunicação, a Vossa Excelência.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, eu simplesmente estou, hoje, um pouco estarrecido, deputado Campos Machado, com a quantidade de líder da bancada do Governo que nunca fala pelo 82. Até meu amigo Sebastião Santos ia falar, hoje, pelo 82. Nunca fala. E por quê? O pessoal que está lá não sabe o que está acontecendo.

Estava havendo um congresso de comissões. O novo líder do PSL, deputado Cauê Macris, orientou o deputado Gil Diniz a falar pelo Art. 82, porque se entrasse na Ordem do Dia, caía o congresso de comissões.

Então, esse novo líder, co-líder, como o Gil Diniz chamou, fez essa ação - muito bem - orientando a bancada, a mais nova bancada aliada ao PSDB e ao João Doria no estado de São Paulo, com nove deputados. Estão faltando seis, mas está caminhando. Se tivessem sete, eu iria dizer que eram os sete anões, mas como restaram seis, parece que vai um atrás do outro.

Faz parte do jogo político desta Casa, faz parte da questão ideológica o PSL pensar igual ao PSDB. Eu sei que faz parte, e isso não tem problema, é uma questão ideológica, se identificam. Daqui a pouco, irão virar gêmeos siameses, nascidos no Sião, com alguns mais valentes, tem uns que gritam, tem uns que ameaçam dar tiro.

Então, até agora eu não tinha subido para falar, porque eu não iria contribuir com vocês para isso. Se você me perguntasse, eu diria: Gil, se você fizer assim e assim, o congresso de comissões não cai. Você sabe que eu faria, porque já fiz outras vezes, quando você pediu ajuda. Quando eu lhe pedi ajuda, você também atendeu. Faz parte do mundo político, mas quero parabenizar o novo líder do PSL, o presidente Cauê Macris, que não poderia ser líder do PSL, porque tem a tarefa de agir como presidente desta Casa e não como orientador das bancadas, principalmente da bancada governista.

Mas vocês estão cheios de líder. O deputado Vinícius Camarinha também botou o deputado Rafael Silva para falar aqui, a pedido, para ajudar e ganhar tempo. É natural, é um gesto, e eu reconheço isso. É um gesto que vocês estão fazendo com a deputada Janaina. Não tem problema nenhum, faz parte do jogo político. Faz parte de quem está na base governista.

Eu achei que iria durar um semestre. Não durou, durou até o dia sete ou oito de maio. De lá para cá, já criou essa nova conformação do Governo, que é algo em torno de 60 votos que o Governo vai precisar aqui para aprovar qualquer projeto. Na hora que tiver um projeto mais duro, eles vão precisar atuar um pouco mais forte, mas não tem problema, isso faz parte, e eu respeito isso. Quando existe uma identificação ideológica do meio para a direita, e é natural isso...

Nós temos uma aliança lá em Brasília, lá somos nós, o PT, o PSOL, a Rede, o PDT e o PSB. O PSB no estado de São Paulo nunca me surpreendeu, nunca. Ele sempre foi muito governista. Então, faz parte desse jogo político. Aqui, deputado Camarinha, estou falando com a maior tranquilidade que eu entendo esse jogo, tranquilamente. Você jamais vai ver mágoa de mim por conta dessa parte.

A greve geral, eu não vou falar dela agora, não. Daqui a pouco, eu vou falar. Vai ter aqui coisa para a gente encaminhar e discutir, e eu vou falar. Queira ou não queira, a Globo News e a Rede Globo tiveram que ficar divulgando durante o Jornal Nacional, o dia inteiro, Jornal da Tarde, Jornal Nacional, Jornal das 10, que houve atos no Brasil inteiro. Teve greve, teve mobilização, teve manifestação, várias coisas aconteceram.

Agora, o que eu estou torcendo é que eles aprovem esse projeto só para Brasília, porque eu quero debater com os deputados aqui no estado de São Paulo e quero ver quantos de vocês vão ter coragem de subir à tribuna para defender essa reforma da Previdência que está aí e que assalta os trabalhadores. É um assalto aos trabalhadores, um roubo aos trabalhadores para tirar o dinheiro das mãos dos trabalhadores e entregar na mão dos banqueiros.

Esse debate eu faço com vocês. Pode fazer fila, mas na maior tranquilidade, porque o debate da Previdência eu conheço e vou fazer desta tribuna.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr. Presidente, para encaminhar pelo PTB, Art. 82.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra pelo Art. 82, mas quero responder ao deputado Barba.

Deputado Barba, V. Exa. me acusa de ser o novo líder do PSL. O PSL me acusa de ser aliado do PT. Acho que estou no caminho correto, estou no equilíbrio: nem para o PSL, nem para o PT. Nós temos que equilibrar o jogo para garantir a boa harmonia da Casa, porque eu sou acusado por V. Exa. por estar de um lado, e sou acusado de outro lado por estar do lado de V. Exa., então, acho que estou fazendo um trabalho correto para garantir a boa harmonia da Casa.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente, para uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra, enquanto o deputado Campos Machado se encaminha à tribuna.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Obrigado, deputado Campos Machado. Primeiro, eu quero deixar claro que  a greve do dia 14, a greve geral dos trabalhadores, do povo brasileiro, foi uma greve vitoriosa sim, porque nós derrotamos vários artigos, várias propostas da PEC 6, do parecer apresentado pelo deputado que é relator do projeto, o Samuel Moreira.

Principalmente, nós já derrotamos a capitalização, que é o projeto dos banqueiros. A capitalização já foi retirada, exatamente, da PEC 6, por conta das mobilizações do dia 15 de maio, do dia 30 de maio e do dia quatorze. Então, deputado Gil Diniz, as nossas manifestações, todas elas, são vitoriosas.

Elas estão pressionando o governo, pressionando o Congresso,  e não foi à toa, o deputado Barba colocou. Ela foi tão vitoriosa que a Rede Globo teve que ficar o dia todo, na sua programação, nos seus telejornais direcionados, tentando dizer que a greve tinha fracassado. Ela não fracassou. Ela foi vitoriosa, e agora, V. Exas. do PSL não podem defender uma reforma da Previdência encomendada pelos banqueiros nacionais e internacionais, uma reforma da Previdência encomendada pelas empresas que vendem Previdência, as empresas privadas de Previdência.

É um absurdo. O deputado tem que estar do lado do povo, dos trabalhadores. Nós fomos à greve geral, nós participamos, sim, e tem que descontar o nosso ponto, porque nós estávamos fazendo greve, e a greve do trabalhador é feita no dia de semana, não é feita de domingo na Avenida Paulista. Nós fazemos greve com mobilização.

Então, repito, a greve geral do dia 14 foi uma greve vitoriosa, uma greve dos trabalhadores, e vai ter muito mais, e mobilização porque nós vamos enterrar a PEC 6 do Bolsonaro.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Com a palavra o deputado Campos Machado.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Douglas, eu tinha dito aqui ao último orador, deputado Carlos Giannazi, que eu estou cedendo uma comunicação entre os oradores. Então, passo a palavra a você assim que o deputado Campos Machado terminar. Pode ser?

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Srs. Deputados, há pouco me dizia o deputado Roque Barbiere: “Campos Machado, você sabe o que Aurélio Buarque disse o que significa a palavra ‘imparcialidade’?” Eu falei: “Não, deputado Roque Barbiere”. Aí ele me deu uma definição, e eu pensei: “Será que é a posição assumida pelo presidente Cauê hoje aqui na Casa?”

Será que isso é imparcialidade, deputado Roque Barbiere? Vossa Excelência disse bem. É o dicionário de Aurélio que disse que o comportamento do deputado...

Estou lhe atrapalhando, deputado Paulo Fiorilo?

Aí me dizia o deputado Roque Barbiere: “Campos Machado, o comportamento do presidente Cauê é o retrato da imparcialidade”. Tem razão V. Exa., que é um leitor assíduo e um conhecedor profundo de Aurélio Buarque de Holanda.

O que o meu amigo, deputado Cauê Macris, fez hoje? Ele esticou até agora para que o congresso de comissões pudesse votar o projeto da Sra. Paschoal. Até agora. O deputado Gil Diniz, que é combativo - eu estava próximo ao microfone -, foi chamado pelo presidente, alertado pelo presidente: “Use o Art. 82, senão vai cair o congresso de comissões”. “Ah, é?” “É”. Depois que o deputado Gil Diniz falou, um atrás do outro foram convocados pelo Sr. Presidente, Cauê Macris, na sua incrível imparcialidade, no seu desejo de ver votado esse projeto da deputada, Sra. Paschoal.

O único argumento que usei hoje: o que custava esta Assembleia ouvir o Conselho Regional de Medicina? Quantos médicos têm aqui neste plenário? Quantos médicos tem aqui? Mas não. O presidente, na sua nova ligação sentimental com a bancada do PSL: “Deputado Gil, por favor. Art. 82!” Até o meu amigo Paulinho, líder do Patriotas, veio pelo Art. 82. O deputado Tiãozinho deu três voltas no microfone, esperando. Aí votamos o projeto.

Quem foi o grande vencedor? A deputada Sra. Paschoal? Não. Foi o presidente Cauê Macris. Teríamos que ficar, hoje, uma sessão inteira. A segunda extra ia ser convocada apenas para discutir o projeto da deputada Sra. Paschoal. Eu gostaria que o presidente pautasse esse projeto hoje.

Vamos discutir esse projeto hoje. Deputada Sra. Paschoal, quero emitir a minha opinião na extraordinária. Porque não emiti. Por que vão tirar esse direito de mim.

Por que o Sr. Presidente vai retirar de mim, simples líder de PTB, de usar a palavra na segunda extra, para colocar a minha posição? Onde está o CRM? Quem é médico, levante a mão nesta Casa. Tem algum médico aqui?

Até o deputado Camarinha, meu grande amigo, ele foi lá no feminicídio. Foi lá, buscou nos anais. Mas ele tinha que colocar a posição dele, porque eram mais cinco minutos. Portanto, nesta tarde - caminhando para a noite - quero reverenciar...

Estou lhe atrapalhando, deputado Heni? Quero prestar homenagem ao presidente Cauê Macris, o grande vitorioso dessa noite. Aliás, dessa tarde, caminhando para noite. Parabéns, presidente Cauê Macris. Parabéns pela bandeira da imparcialidade que V. Exa. trouxe hoje aqui. Parabéns, deputado Cauê Macris. (Palmas.)

Eu gostaria de dizer, para as senhoras e os senhores, que sou frontalmente contrário à manifestação da galeria quando tem um deputado falando. (Palmas.)

Por isto, estou deixando essa tribuna, lhe cumprimentando e dizendo o que sempre digo: quando um deputado está na tribuna, a galeria tem que manter respeito. Respeito é imprescindível para que esta Casa tenha uma posição de dignidade e concerto com a sua história.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Meu amigo Campos Machado. Vossa Excelência, que eu conheço há tanto tempo.

Inclusive, quando foi deputado, o senhor, com o meu pai - e grande aliado do meu pai - sempre me mostrou que o caminho do presidente, muitas vezes até contra as suas próprias convicções, deve se dar pela boa sintonia da Casa.

Temos hoje, e tenho convicção a respeito disso, que a construção da grande maioria da Casa, em votação a determinados projetos de deputados, está se dando. E um dos projetos é o projeto da deputada Janaina Paschoal. Não sei qual vai ser o resultado dele. Até porque eu não voto. Mas o meu papel é ser imparcial, mas conduzir a Casa para aquilo que a maioria deseja. Esse é o meu papel.

Muitas vezes sou acusado pelo PT de ser aliado do PSL. Do PSL, sou acusado de ser aliado do PT. Já não sei, acho que estou no centro. O que eu disse agora - Vossas Excelências não estavam no plenário - mas estou no papel de equilíbrio. Acho que esse é o papel do presidente da Casa: equilibrar as demandas do processo.

No passado me acusavam de ser aliado do Governo. Então todos esses processos, cada hora, é como a bela conveniência. Então tenho tentado ser um equilibrista de pratos para garantir aquilo que a maioria deseja. Esse é o meu papel nesta Casa.

Deputada Janaina Paschoal tem a palavra para uma Comunicação.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Primeiramente, Sr. Presidente, gostaria de agradecer os colegas que no congresso de comissões aprovaram o projeto como apresentado na origem e não a emenda que foi apresentada em plenário que desnaturava completamente o projeto. Depois, haja vista as falas de vários colegas aqui, gostaria de esclarecer que o Cremesp, que é o Conselho Regional de Medicina de São Paulo, na sexta-feira fez uma nota oficial dando apoio nominal ao PL nº 435/2019. Então, acredito que alguns colegas não tenham conhecimento desse fato. E ontem, também o Cremerj, que é o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro, deu apoio ao projeto.

Na Bahia, em Recife, em Santa Catarina esse projeto já foi protocolizado por colegas deputados estaduais. E na Câmara Federal está sendo protocolizado, nesta data, por três deputados federais.

Então, eu gostaria de noticiar esse fato. Eu tenho recebido médicos favoráveis e contrários no meu gabinete, tenho ouvido as considerações de parte a parte, contemplei várias sugestões no projeto. Então, não se pode acusar esta deputada de não estar fazendo o devido diálogo, o devido debate democrático que prestigia a saúde de mulheres e de bebês. E eu digo que nada é mais importante para uma mãe do que ter o seu bebê vivo e saudável. E o número de crianças com paralisia cerebral pela obstinação do parto normal não param de crescer.

Então, é um projeto democrático, importante. O Brasil inteiro está reconhecendo, a comunidade médica está reconhecendo. E eu entendo que esta Casa está sendo vanguarda nesta temática. Muito obrigada, Sr. Presidente. Parabéns para os colegas.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É para comunicação?  

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - É para comunicação, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É comunicação, então Ordem do Dia.

 

* * *

 

- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

* * *

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente.   

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Passo a palavra primeiro ao deputado Vinícius Camarinha, depois a palavra ao deputado Giannazi.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu queria fazer alguns esclarecimentos que acho extremamente oportunos. Eu tenho um respeito imenso pelo deputado Campos Machado. Professor, experiente, sábio, inteligente, me faltam adjetivos para elogiá-lo.

Mas, neste momento, Sr. Presidente, entendo que o nosso nobre colega, deputado Campos Machado, foi injusto com Vossa Excelência. E vou dizer, Sr. Presidente, pelo seguinte: o senhor me designou para ajudar a coordenar, como coordenar os projetos dos deputados. Fizemos um trabalho com todas as bancadas de coletar os pareceres, a opinião sobre cada projeto dos deputados.

Vossa Excelência, semana passada, pautou projetos de diversos deputados e de diferentes bancadas. E o projeto da deputada Janaina Paschoal não estava preparado para ser pautado. O que V. Exa. está garantindo aqui, Sr. Presidente, com extrema parcialidade, é dar oportunidade dos projetos dos deputados serem pautados e isso não vai prejudicar em nada, porque o projeto da deputada Janaina Paschoal ainda carece de seis horas de discussão. Vamos ter as seis horas, salvo engano, para discutir o projeto da deputada Janaina Paschoal.

Vossa Excelência tem conduzido o plenário, tem conduzido os projetos dos deputados, aliás, tem equilibrado as forças de projetos de Governo do Estado com projetos dos deputados. Isso tem dado para nós oportunidades de aprovarmos bons projetos.

Queria aqui cumprimentá-lo pela condução. Vejo uma condução imparcial.

A bancada do PSB usou o Art. 82 pelo deputado Rafael Silva que chegou no momento em que começava o debate. Eu não pedi ao deputado Rafael Silva para procrastinar, para obstruir ou para favorecer o projeto da deputada Janaina Paschoal. O deputado Rafael Silva, como sempre, fez o uso do Art. 82. Então, não é correto essa acusação de que nós estamos fazendo... Vossa Excelência está usando, inclusive, o Regimento Interno no Congresso de Comissões para preparar o projeto da deputada Janaina Paschoal e o Plenário vai ser soberano na sua decisão. O Plenário vai soberano na sua decisão, Sr. Presidente. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Obrigado. Agradeço, e o cumprimento, deputado Vinícius Camarinha, pelo brilhante trabalho que V. Exa. tem desenvolvido na construção dos projetos dos parlamentares.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária, a realizar-se hoje, dez minutos após o término da presente sessão, ou às 19 horas, caso a sessão não atinja o seu tempo limite, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

Projeto de lei nº 494, de 2019.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem. Para encaminhar.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Na verdade, isto é uma convocação, não cabe encaminhamento.

 

O SR. LUIZ FERNANDO LULA DA SILVA - PT - Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Posso só votar este requerimento e depois passo a palavra para uma comunicação, deputado Luiz.

Requerimento. Com as assinaturas regimentais, requeiro, nos termos do Art. 170, inciso III, do Regimento Interno, a não realização de sessão no próximo dia 21 de junho.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Para uma comunicação, o deputado Luiz Fernando.

 

O SR. LUIZ FERNANDO LULA DA SILVA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, nobres deputados, todos os que nos assistem pela TV Alesp, Sr. Presidente, quem é prefeito, quem foi prefeito, e esta Casa tem um grande número de ex-prefeitos, sabe o quanto é difícil para um prefeito quando sai do cargo de prefeito ter as suas contas aprovadas pelo Tribunal de Contas.

Semana passada, Sr. Presidente, teve um fato muito importante, acontecido na política, onde o prefeito Luiz Marinho, ex-prefeito de São Bernardo, que teve pelo Tribunal de Contas todas as oito contas aprovadas.

Ocorre que, por uma disputa local, havia uma grande pressão para que a Câmara Municipal rejeitasse um parecer do Tribunal de Contas que aprovava as contas do prefeito Luiz Marinho de 2015 e 2016.

Pretendiam, naquele momento, ao rejeitar a conta do ex-prefeito Luiz Marinho, tentar tirá-lo no tapetão, de uma disputa futura, em 2020. Mas, de uma forma justa, a Câmara Municipal impôs uma grande derrota ao prefeito Orlando Morando, ex-deputado desta Casa, que pretendia ver as contas do prefeito Luiz Marinho rejeitadas.

E a Câmara Municipal de São Bernardo do Campo aprovou, não deixou ser rejeitada a conta do prefeito Luiz Marinho. E, portanto, fica um número importante para esta Casa e para os agentes públicos. Um homem que esteve à frente da Prefeitura por oito anos teve as suas oito contas aprovadas, seja pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, seja pela Câmara Municipal de São Bernardo.

Então, queria deixar aqui registrado nos Anais da Casa esse importante feito; e que isso sirva de exemplo a todos os agentes públicos do nosso estado.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Requerimento.

Sr. Presidente, requeremos, nos termos regimentais, que passe a tramitar em Regime de Urgência o Projeto de decreto legislativo 26, de 19, de autoria da Mesa, que aprova indicação do membro para integrar a diretoria da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados de Transportes do Estado de São Paulo, a Artesp.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, encerrada a discussão. Em votação. Os favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Requerimento. Requeiro, nos termos regimentais, que passe a tramitar em Regime de Urgência o Projeto de lei nº 532, de 2019, de autoria do deputado Delegado Olim. Assina o próprio Delegado, líder do PP.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Para encaminhar, pela liderança do PSOL.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa Excelência tem a palavra para encaminhar, em nome da liderança do PSOL.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente, telespectadores da TV Assembleia, eu quero fazer aqui uma rápida intervenção. Na verdade, eu faria pelo Art. 82, mas, como entrou na Ordem do Dia, aproveito a oportunidade para falar aqui que os advogados e advogadas contribuintes da Carteira do Ipesp começam a receber, começaram a receber, hoje, a devolução, a indenização, uma reparação feita por conta de um golpe, de um estelionato praticado pelo PSDB, praticado pelo ex-governador José Serra e pela Assembleia Legislativa, que votou um projeto de lei extinguindo uma carteira previdenciária, prejudicando 40 mil trabalhadores. Quarenta mil trabalhadores foram prejudicados.

Na época, logicamente que nós votamos contra, nós do PSOL. Éramos, na época, só dois deputados, Raul Marcelo e eu, mas o projeto, infelizmente, foi aprovado.

Mas em seguida nós, através do PSOL Nacional, ingressamos com uma Adin no Supremo Tribunal Federal e fomos vitoriosos, parcialmente vitoriosos. Isso obrigou, depois com o tempo, primeiro o governo a reconhecer que ele era responsável pela carteira que ele mesmo tinha criado, pelo menos garantindo os direitos e se responsabilizando pelos já aposentados e pensionistas.

Em seguida, depois de muita luta, organizada pela Associação de Defesa dos Advogados Contribuintes do Ipesp, a ADDPA, que foi, inclusive, criada aqui na Assembleia Legislativa, e coordenada pelo advogado Maurício Canto, que teve a participação de muitos outros também advogados, mas ele foi o grande coordenador desse movimento, depois de 10 anos, o ex-governador Alckmin apresentou um projeto de lei fazendo uma reparação. O projeto foi aprovado, no final do ano passado, sancionado. Dois decretos foram publicados, e hoje, no dia de hoje, no dia 18 de junho, os advogados começaram a receber uma indenização. Não é o suficiente, porque eles já tiveram perdas, mas acontece que o governo continua golpeando os advogados.

É o golpe dentro do golpe, dentro do golpe. É o terceiro ou quarto golpe. Primeiro que o governo, num pagamento, numa verba indenizatória, cobra imposto de renda desses trabalhadores que já foram penalizados por uma ação criminosa do governo do PSDB em São Paulo. O governo reteve mais de 200 milhões de reais desses trabalhadores e dessas trabalhadoras.

Em seguida, nós estamos reivindicando também que o governo garanta a legislação, cumpra a lei. A lei fala, tem um artigo que fala que garante a portabilidade para aqueles que estavam pagando até agora. Eles têm o direito da portabilidade previdenciária. Isso não foi garantido. Um absurdo! Eu questionei o secretário da Fazenda, quando ele veio à Comissão de Finanças, há duas semanas, e ele se ateve a um parecer da PGE, da Procuradoria Geral do Estado, afrontando a lei aprovada aqui na Assembleia Legislativa, a lei do próprio Executivo.

Então, nós queremos, primeiro, que não seja descontado imposto de renda desses trabalhadores, porque eles já foram prejudicados, eles estão sendo indenizados. Então, essa restituição tem caráter de indenização; então não cabe imposto de renda.

Nós queremos também que o governo garanta a esses trabalhadores e trabalhadoras a portabilidade. E tem mais: nós exigimos que o Ipesp comunique todos os contribuintes, porque o Ipesp não fez nenhum único comunicado. Não comunicou nem por email, nem pelo correio os advogados e advogadas. Esses trabalhadores não sabem, muitos deles, que eles podem ter essa indenização e essa restituição. Só as pessoas que estão acompanhando o debate que estão mais mobilizadas. E o Ipesp faz questão, parece-me, de não informar as pessoas. Elas não estão sabendo. Existe um prazo para as pessoas terem acesso a esses valores e a essa indenização.

Mas eu quero, então, saudar aqui a luta da associação, da ADDPA, que fez um brilhante trabalho. Foram 10 anos de luta, de mobilização, de assembleias, de reuniões aqui na Assembleia Legislativa. E eles vão continuar lutando, porque muitas injustiças foram praticadas e há perdas imensas nessa categoria profissional.

Mas hoje é um dia importante, é uma vitória também parcial, porque uma parcela dos advogados e advogadas está recebendo de volta uma parte das suas contribuições previdenciárias.

A carteira do Ipesp é uma carteira centenária que foi criada pelo próprio governo estadual. Então, quero fazer essa homenagem à DDPA, que foi a grande responsável por essa mobilização toda e por essa, eu diria, meia vitória ainda, porque queremos a devolução do imposto de renda e existem outras lutas em curso.

No dia 29, a associação vai se reunir aqui na Assembleia Legislativa às nove e meia da manhã para continuar o trabalho de luta, para que a justiça seja garantida e a devolução seja feita integralmente a todos os advogados e advogadas.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Sr. Presidente, para indicar o Douglas Garcia para encaminhar pelo PSL.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra o deputado Douglas Garcia para encaminhar em nome do PSL.

 

 O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, Sr. Presidente. Muito boa tarde a todos, Sr. Presidente, caros pares aqui presentes, público que nos assiste na galeria da Assembleia Legislativa e também pela TV Assembleia.

Antes de entrar no mérito da minha questão, gostaria de dizer ao deputado Barba, que subiu aqui, disse que o presidente da Casa virou líder do PSL, tirou onda com a cara dos deputados do PSL, tirou sarro, arrancou gargalhadas da galeria...

Deputado Barba, na semana passada, o senhor subiu a esta tribuna e acho que, de tanto querer trazer um empoderamento feminino, de tanto querer fazer com que as mulheres tenham representatividade, o senhor está transformando a língua portuguesa. O senhor utilizou o termo “menos” violência.

Então, eu gostaria apenas de indicar ao senhor, aproveitando que a deputada Professora Bebel está aqui, pois resolveu não entrar na greve e veio trabalhar hoje, para que o senhor peça ajuda a ela. “Menos” é um advérbio, então é invariável. O correto seria “menos violência”.

Sei que, no mês passado, tive que explicar para o senhor que o fato de o Bolsonaro ter trazido a Nasa para o Brasil não indica que ele é nazista. Tive que explicar que Nasa não tem nada relacionado ao nazismo. Agora, estou dizendo, antes de o senhor agir com tamanha violência nas palavras contra a bancada do PSL, que pelo menos utilize o português correto.

Senhores, esta semana foi uma semana extremamente agitada, foi uma semana em que a gente viu indo às ruas... Inclusive, concordo em gênero, número e grau com as palavras do meu líder Gil Diniz, que tomou o microfone aqui para falar a respeito do fracasso que foi a greve Lula livre. (Manifestação nas galerias.)

Eu já tinha afirmado antes e digo agora novamente. Essa greve, ela não é uma greve que é contra a reforma da Previdência. Não é uma greve que veio para ser contra o pacote anticrime, é a greve Lula livre, é a greve que veio para defender bandido, para defender ladrão, para defender corrupto e para dizer que o lugar de corrupto não é na cadeia. Então, toda essa greve que foi orquestrada não foi no sentido de querer ir contra as pautas do governo federal. (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Douglas Garcia, preservando o tempo de Vossa Excelência.

Não está dando mais. Eu vou levantar a sessão por conveniência da ordem. Eu vou, não está dando mais. Não existe respeito por parte da galeria. Não existe respeito. O deputado tem o direito de fazer o pronunciamento que assim bem entender. Ele é eleito e tem legitimidade para isso. Cada um de vocês não tem essa legitimidade que o deputado tem para poder fazer os seus pronunciamentos.

Dessa maneira, vou parar os nossos trabalhos e não vou dar continuidade, ficando os deputados convocados. Essa é a última vez que vou dizer: qualquer outra manifestação da galeria e vou suspender a sessão e vou ter que esvaziar a galeria. Não dá mais para agir dessa maneira. Chega. A tolerância minha com vocês, como presidente, acabou agora. Esse é o último chamado. Vocês não têm o direito de se manifestar aqui.

Com a palavra o deputado Douglas Garcia.

 

 O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - Muito obrigado, Sr. Presidente.

Por que eu trouxe isso à tona? Deputado Gil Diniz, o senhor acredita que alguns professores resolveram passar bilhetinhos para os estudantes, para os pais dos estudantes, melhor dizendo, dizendo que não haveria aula, não haveria expediente por causa da greve Lula livre.

O caso mais marcante, deputado Gil Diniz, foi o que aconteceu na cidade de Araraquara. Pasme o senhor, saiu no Jornal RCI de Araraquara: “Em Araraquara, troca de mensagens também vaza e mostra o que o PT quer para a nossa cidade”. Só lembrando que a cidade de Araraquara é administrada pelo Edinho Silva, do Partido dos Trabalhadores.

Olha só uma troca de mensagens que vazou no grupo do WhatsApp de professores, grupo de professores, dizendo o seguinte: “Pessoal, com toda essa adesão, já vou pedir para fazer bilhetes dispensando do 6º ao 9º ano”, referindo-se à greve. “Vão avisando para eu organizar a lista ou colocar cartaz”. Aí outro pegou e mandou o seguinte: “Não pode ser mandado bilhete, avise verbalmente”.

Olha só: “Podemos mandar bilhete, mas não podemos dizer que é greve”. Não pode mandar bilhete. “Simples... Srs. pais, informamos que dia 14, sexta-feira, não haverá aula para os alunos de 6 a 9 anos. Aí outro pega e manda o seguinte: “Temos que mandar bilhete, senão milhões de telefonemas e pais vindo saber o porquê”. Olha só, eles querem saber por que o filho deles não vai ter aula.

Esta aqui é uma das partes mais importantes, prestem atenção. Olha só esta última mensagem que eles mandaram: “Só vamos colocar que não teremos aula, conforme orientação da Bia”. Na cidade de Araraquara, os senhores sabem quem é Bia? A Sra. Bia Lia, Beatriz Lia Vaccari, é gerente do Ensino Fundamental da Secretaria Municipal de Educação de Araraquara. Na sua condição de gerente, ela estava influenciando os professores a, quando forem mandar mensagem, não dizer que é greve, porque eles querem ter o total direito de furar o seu trabalho, de não ir trabalhar e receber dinheiro, já que a gerência da cidade é feita pelo Partido dos Trabalhadores.

Para não dizer que eu estou mentindo, o e-mail que a Sra. Bia Lia enviou para os professores é o seguinte: “Façam a comunicação verbal, evitando o uso de bilhetes. Caso não tenham outro recurso para informar os pais, escrevam somente que não haverá aula nesta sexta-feira, sem registrar a questão da greve”. Senhores, olhem só, um agente do estado influenciando os professores a aderiram à greve para prejudicar os estudantes.

Aí você pede para a Prefeitura de Araraquara dar um posicionamento, e eles compartilham uma nota que foi feita pela Secretaria de Educação do município de Araraquara dizendo que foi um ato de responsabilidade dos professores anunciarem que iriam aderir à greve. Ato de responsabilidade? Os estudantes ficaram sem aula, a população brasileira ficou no meio do caos, com um bando de pessoas que não querem trabalhar atrapalhando quem quer ir para o seu serviço. Ato de responsabilidade? Vão pagar esses professores que faltaram, um por um por um.

Senhores, isso daqui foi colocado....

 

O SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, quero saber qual o encaminhamento que o deputado está fazendo.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - Não, não, deputado. Eu estou falando, estou com meu direito à fala.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado, ele tem o direito de encaminhar aquilo que...

 

O SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Mas encaminhar o projeto, não as coisas que ele está fazendo. É que Vossa Excelência está tão cioso do cumprimento do Regimento quando se trata do público presente, seja o mínimo cioso com o que o deputado tem que falar, se atendo ao que ele se propôs. (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Emidio, se eu for levar ao pé da letra a solicitação que V. Exa. fez, eu não posso mais deixar nenhum deputado do PT encaminhar ou falar... Principalmente do PT, que normalmente... É um objeto legítimo que é utilizado o tempo inteiro, normalmente pelos deputados. Então eu sempre fiz uma tolerância a respeito dessa posição em relação ao tema, porque eu acho que cada deputado tem o direito de manifestar aquilo que bem entender dentro da tribuna. Agora, se for para trazer ao pé da letra em relação ao objeto, eu acho que outros seriam prejudicados, então eu tenho essa certa tolerância.

 

O SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - Está entendido, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Devolvo a palavra ao deputado Douglas Garcia.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - Muito obrigado, Sr. Presidente.  Continuando, é um absurdo a Prefeitura de Araraquara, ao invés de fazer uma advertência aos professores que, através de mensagens de WhatsApp, estavam corroborando para uma greve ilegítima para prejudicar os estudantes... E ainda com a atuação de uma pessoa que faz parte da estrutura da prefeitura, agindo ativamente, orientando esses professores a aderirem à greve e de que forma eles podem fazer isso sem prejudicar o partido. Enquanto a cidade de Araraquara está um verdadeiro caos nas mãos do PT, o prefeito, ao invés de se preocupar com a população na questão de Saúde, de Segurança, de infraestrutura, está preocupado em ficar passando a mão na cabeça de gerentes de Educação que agem com irresponsabilidade, que agem com improbidade administrativa. É um absurdo isso.

Araraquara é a morada do sol, não é a morada da corrupção ideológica do PT. Araraquara é uma cidade linda, que não merece... Tire as garras da cidade de Araraquara, tirem as garras das nossas crianças. É um absurdo o que está acontecendo, Sr. Presidente. Pelo amor de Deus, deputados da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Quando eu trago aos senhores a questão do projeto de lei Escola sem Partido, não é porque eu quero subir a esta tribuna para fazer um discursinho bonito não, mas é porque existem agentes do Estado que estão tentando idiotizar os seus filhos. Existem agentes do Estado que estão impedindo os seus filhos de terem aula. Aí eles sobem aqui: “ai, é pela democracia, é que não sei o quê”. E a senhora que foi morta graças à barricada e ao incêndio que foi apoiado por muitos parlamentares do PT? A morte dela vai ficar na conta de quem?

Quem vai se responsabilizar pela vida daquela senhora? Quem vai se responsabilizar pela vida daquele cinegrafista da TV Bandeirantes que foi morto graças a um ato terrorista parecido com aqueles que “houveram” agora, na última semana, que houve agora na última semana. Muito obrigado, deputada. O verbo haver nesse sentido é inflexível também, muito obrigado, é invariável. Devo aprender português desde que a senhora consiga ler um relatório com celeridade.

Agradeço a todos os deputados que estão me dando atenção, porque é o seguinte, nós precisamos aprovar o projeto de lei Escola sem Partido nesta Casa para que esse tipo de atitude não venha a ocorrer novamente. Eles estão aparelhando o estado, aparelhando a prefeitura, aparelhando a Comissão de Educação, aparelhando tudo para transformá-los em meros militantes do partido do PT, para transformá-los em meros militantes do PSOL, do PCdoB. É isso que vocês querem para os seus filhos? É isso que vocês querem para o futuro do Brasil? Um bando de pessoas que não sabem o que estão dizendo irem para as ruas para defender um bandido que está preso, condenado. É isso que vocês querem? Não senhores, esta Casa tem a responsabilidade moral de protocolar o projeto de lei Escola sem Partido, de fazê-lo ser processado por todas as comissões devidas e aprovado aqui no plenário.

O que está acontecendo no estado de São Paulo não é algo pontual, é algo que se repete todo santo dia, todo santo dia, todos os dias existem professores, aliás, doutrinadores travestidos de professores, utilizando a audiência cativa dos estudantes para doutriná-los e transformá-los em militantes do PT, PCdoB e PSOL. E Araraquara é o exemplo disso. Principalmente quando você tem agentes do Estado corroborando.

A quem é pago a prefeitura e aqueles que trabalham na prefeitura? É pago para eles ficarem aderindo a greves? Greves para defender bandidos? É pago para eles incentivarem os alunos a não irem à escola? Ou, quando impedem eles de irem à escola, os incentivam a aderirem a essas greves?

Senhores, chegou o momento de nós trazermos uma resposta à população paulista. E a população paulista quer o fim da doutrinação ideológica. Escola sem partido já. Muito obrigado, Sr. Presidente. (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Eu suspendo a sessão por dois minutos, para conveniência da ordem.

 

* * *

 

- Suspensa às 18 horas e 48 minutos, a sessão é reaberta às 18 horas e 50 minutos, sob a Presidência do Sr. Cauê Macris.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Em votação o requerimento de urgência do Projeto de lei nº 532, de 2019, de autoria do Delegado Olim. Em discussão. Encerrada a discussão, em votação. Os favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Em votação o requerimento de urgência do Projeto de lei nº 548, de 2016, do Marcos Damasio. Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Em discussão o requerimento de urgência do Projeto de lei nº 353, de 2019, do deputado Paulo Correa. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Em discussão o requerimento de urgência do Projeto de lei nº 226, de 2017, da deputada Leci Brandão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Verificação de votação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É regimental o pedido de Vossa Excelência.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Tendo em vista o que aconteceu em plenário, eu solicito que os nossos trabalhos sejam prorrogados por mais 30 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É regimental. Vou colocar em votação em momento oportuno.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, vamos proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico. A partir deste momento, estamos fazendo soar o sinal intermitente por quatro minutos para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que não se encontram em plenário tomem conhecimento da votação que se realizará.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Sr. Presidente, para retirar a verificação de votação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Aprovado o requerimento da deputada Leci Brandão.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - Sr. Presidente, para fazer uma brevíssima comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Já passo a Vossa Excelência. O deputado Carlão Pignatari havia pedido questão de ordem antes.

 

O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB – PARA COMUNICAÇÃO - Havendo acordo de lideranças, presidente, nós fizemos um acordo amplo hoje, aqui: um lá na comissão, construído pela deputada Janaina e outras deputadas, para que a gente dê o projeto do querosene, o 494, por mais uma hora e meia como discutido. E que na primeira extra, em que ia colocar o QAV, que a gente coloque o PDL da Artesp, que é o 26, de 2019, se não me engano...

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Decreto Legislativo nº 26.

 

O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - E que o senhor cancele a segunda extra, para que não tenha, se houver acordo de lideranças. Que só dê discutido por uma hora o projeto da deputada Janaina Paschoal.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vamos por partes. Primeiro, eu questiono os senhores líderes se concordam em dar por discutido por uma hora e 30 minutos o Projeto de lei no 494, de 2019, do governo. Existe anuência? Então, por conta desse acordo, eu retifico...

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - PARA COMUNICAÇÃO - Pela ordem, Sr. Presidente. Eu concordo, mas que seja essa a última vez em que as lideranças sejam comunicadas aqui em plenário.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Não, esse é o acordo que foi feito no Colégio de Líderes, deputado Campos.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - No Colégio de Líderes, não.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Eu estou falando do Projeto no 494, de 2019.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Ah, desculpe. Uma hora para o projeto?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Uma hora e 30 minutos.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Uma hora para a Sra. Pascoal?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Não; eu estou questionando só, por enquanto, o Projeto no 494.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Está certo.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Existe acordo? Perfeito.

Com isso, eu retifico a sessão extraordinária, trocando o objeto: tirando o Projeto no 494, de 2019, e acrescentando o Projeto de decreto legislativo no 26, de 2019.

Agora, eu questiono as lideranças se existe acordo para eu não convocar a segunda extra, para dar por discutido por uma hora o Projeto de lei no 435, de 2019. Agora sim, deputado Campos.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Eu gostaria de alertar o plenário que essa é a última vez em que eu vou aceitar um acordo feito sem a concordância das lideranças. Eu fiquei sabendo aqui, porque o congresso fez. É a última vez; nunca mais vai ter esse acordo sem que sejam consultadas as lideranças.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Então, existe anuência dos líderes? Então, está dado por discutido por uma hora o projeto da deputada Janaina.

Em votação o Projeto no 4.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Sr. Presidente, para indicar a deputada Bebel para encaminhar em nome da bancada do PT.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Perfeito. Só lembrando que nós temos um pedido de prorrogação por 30 minutos. Eu peço se V. Exa. pode refazer a prorrogação apenas pelo tempo do encaminhamento, que foi o combinado.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - Sr. Presidente, para fazer uma brevíssima comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Eu preciso colocar em votação o pedido de prorrogação.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - Sim, senhor.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - O pedido de prorrogação do deputado Campos Machado, por 30 minutos da atual sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Eu vou...

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Por 15 minutos, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Existe um pedido de prorrogação por 15 minutos. Os favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovada a prorrogação por 15 minutos.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr. Presidente, a prioridade, pelo Regimento, é o tempo maior.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Mas ele trocou por 15 minutos.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Mas fui eu que pedi.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Então, coloco em votação o pedido de prorrogação por 30 minutos. Os contrários...

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Eu não retiro o pedido.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Os contrários permaneçam como se encontram. (Pausa.) Rejeitado.

Já está aprovada a prorrogação por 15 minutos.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Depois, ele pediu 15, eu aprovei 15 e rejeitei 30, deputado Campos. Eu já pus em votação e rejeitei. Vossa Excelência não pediu verificação.

Para encaminhar em nome da bancada do PT, a deputada Bebel. Enquanto a deputada Bebel vai à tribuna, eu dou uma comunicação ao deputado Douglas Garcia.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, apenas para comunicar a esta Casa e a todos os deputados presentes, para que este tipo de situação que acabou de ocorrer não venha a ocorrer novamente. O que aconteceu foi que, no momento em que foi pautado o projeto de lei da deputada Janaina Paschoal, um requerimento de urgência, fizeram obstrução até não querer mais, para não deixar ser votado, para não deixar ser pautado.

Agora, quando é para começar a sentir o gosto daquilo que é aplicado, “Ah, não, vamos conversar aqui com a líder; por favor, não faça isso”. Só que foi inflexível com a deputada do PSL, foi inflexível com o nosso partido. Hoje, principalmente no congresso de comissões, na leitura do relatório, uma hora para se ler um relatório que se lê em cinco minutos.

Então, é esse nível de obstrução que estão fazendo, esse nível de impedimento, isso não pode acontecer. É, sim, requerimento de urgência, algo que a deputada Leci Brandão trouxe aqui. Acho muito bacana requerimento de urgência, não é necessário fazer obstrução nenhuma, como foi feito no caso da deputada Janaina Paschoal, por isso, foi retirado aqui pelo nosso líder do PSL.

Agora, eu peço a mesma consciência a todos os deputados desta Casa, independente da sua orientação ideológica. Vamos respeitar o deputado que deseja que o seu projeto seja votado, em requerimento de urgência.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Sr. Presidente, para fazer um comunicado.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputada Márcia Lia, antes de passar, deputado Douglas, com todo o respeito que tenho por V. Exa., desculpe-me, mas é um direito dos parlamentares tomarem as posições que sejam pertinentes às suas convicções, está certo?

Todos os acordos firmados hoje aqui - todos -, desde o acordo firmado pela própria deputada Janaina, o acordo firmado pelo deputado Campos Machado e o acordo firmado pelo deputado Barba, todos estão sendo cumpridos à risca. Tudo seria cumprido e continuaria sendo cumprido se V. Exa. não tivesse vindo à tribuna, acabando por instigar - que é um direito de V. Exa., inclusive - a bancada do Partido dos Trabalhadores.

Então, só para fazer uma “mea culpa” de todos aqui, eu acho assim: tudo está caminhando dentro daquilo que foi combinado. Vamos deixar a deputada Bebel fazer o encaminhamento dela e, depois, nós vamos à primeira extra e aos congressos de comissões, o que cumpre, à risca, tudo aquilo que foi acordado. Então, eu peço a gentileza a todos os parlamentares, inclusive à deputada Márcia Lia. Se a gente puder deixar a deputada Bebel...

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Não, eu quero fazer um comunicado. Ele citou a minha cidade.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Eu estou dando uma comunicação, deputada Márcia Lia, por intervalo de encaminhamento. Eu dou uma comunicação assim que a deputada Bebel encerrar o seu pronunciamento, está certo?

Deputada Bebel, tem a palavra.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa noite, Sr. Presidente. Cumprimento todos os membros que compõe a Mesa Diretor de trabalho, as assessorias da esquerda, que estão sentadas à esquerda e à direita, público presente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas e aqueles que nos assistem através da TV Alesp.

Eu fico extremamente indignada, deputada Márcia Lia, porque eu não tenho nenhum problema. Aliás, eu fui uma das que - quando o nosso companheiro Emidio foi até o deputado Cauê Macris, pedir para que tivesse um alinhamento da fala aqui - acham que tem que ter uma certa liberdade. Sim, você fala de projetos, mas temos que ter uma certa possibilidade de dizer o que a gente pensa com relação à conjuntura.

Nós temos uma conjuntura hoje, em que pese o deputado Douglas vir aqui, colocar da forma... Porque o problema não é colocar. Esse é o diálogo que eu faço com todos e todas aqui. Não é o colocar, você pode expor qualquer posição. O problema é a forma como você coloca, com que tom de palavras você coloca, qual é o uso da palavra que você utiliza, porque a palavra carrega consigo significados.

Ele, com muita facilidade, chama a gente de ladrões; com muita facilidade, diz que a gente não sabe falar. Eu quero dizer que, um dia, eu não tive oportunidade. A deputada Marina Helou não está aqui, mas ela fez uma fala precisa. “Ah, mas ela foi duramente criticada pelo deputado”, porque, dizia ele, ela foi formada pela Fundação Lemann, e que a fundação Lemann não tinha dado curso de oratória para a deputada.

Então, quer dizer, o deputado não faz outra coisa. Aliás, alguém já viu algum projeto do deputado? Eu nunca vi. Eu não sei qual é o projeto do deputado, se é um projeto de construir, de fazer uma legislatura, marcar sua posição, seja de que lado for, mas marque sua posição.

Marque sua posição com um projeto. A gente não marca a posição só apontando os erros dos outros, porque, sendo assim, o que acaba acontecendo é que a gente não constrói, a gente destrói. Eu posso ter todos os meus defeitos, mas quando eu me sento na Comissão de Educação - deve ter membros da comissão aqui -, eu vou com a minha propostinha. Se as pessoas vão e se opõem a mim, estão se opondo em função de um papel que eu botei lá, e isso é importante. Isso faz parte, na verdade, de quem é liderança. Liderança tem que ter o papel de criticar, mas, ao mesmo tempo em que critica, tem que saber o que é que põe no lugar.

Criticou horas: “mas olha aqui, teve contraposição ao PL da deputada Janaina Paschoal”. Eu tenho. Qual é o problema? Eu me contraponho, mas a deputada também se contrapõe, e não da melhor forma, com relação à minha pessoa. Aliás, eu fui vilipendiada aqui, na última quinta-feira, inclusive sendo apontada como uma pessoa de péssimo nível, que não sirvo nem para representar os professores do estado de São Paulo, honra que eu tenho de representá-los.

Mas, de qualquer forma, fiquei aqui firme e forte na minha posição de quem representa a mais importante categoria, eu acho que não do País, mas a mais importante categoria da humanidade, porque nós formamos, senão, todos os demais profissionais. Por isso, nós temos a importância que temos. Ontem... É difícil assistir o Bial, mas quem assistiu o Bial viu o protagonismo que os professores estão assumindo face ao desfacelamento que foi feito com essa categoria.

Estão percebendo que, se não investir nos professores, deputada Márcia Lia, essa categoria resiste. Então, quando ela faz greve... E eu faço greve e vou dirigir tantas greves quanto forem necessárias, contra qualquer governo autoritário. Vou fazer isso, porque não tem quem me tira dessa posição até que eu seja a presidenta da Apeoesp. Depois, não-presidenta, outros o farão.

Eu quero dizer o seguinte, que na sexta-feira, por mais que colocaram para baixo a nossa a greve geral, é o contrário. A Globo, deputado Barba, ela não mostrou o tamanho da nossa greve, e quero dizer mais ainda, deputada Márcia Lula Lia, do que foi dito aqui de Araraquara. Gente, é natural, mas é muito natural, e por responsabilidade. Quando um professor vai faltar, ele tem que avisar, porque senão a criança vem pra porta da escola. Os pais não sabem. Como ele não é professor, não sabe disso. “Mas são todos vagabundos, não vão repor”. Não é verdade. O nosso ponto é cortado, e nós temos que repor as nossas aulas. É a categoria que faz questão de repor as aulas, os professores.

Então, eu quero lamentar, mas lamentar muito, que o deputado Douglas rebaixe tanto o debate. O debate pode até... Eu acho que a gente até pode ter as críticas, e eu gosto. Eu sou uma pessoa extremamente... Eu não posso dizer que sou diferente. Mas sou polêmica. Causo polêmicas também. Mas, como disse, com respeito ao meu adversário. Muitas vezes tentam me botar para baixo. Mas consigo, ainda, me recompor. Costumo dizer que adversário fraco, para mim, não é boa coisa. Gosto é de adversário forte. Adversário forte é aquele que a senhora levanta a moral dele, e depois a senhora debate com ele. Esse é o adversário que gosto de ter. Não gosto de adversário fraco.

Quando preciso botar para baixo uma pessoa, é porque a fraca sou eu, e o adversário é forte. Não tem um ditado popular que diz que ninguém chuta cachorro morto? Me chutam por quê? Porque não estou morta. Estou viva, e vivinha da silva.

Quero dizer, para vocês, o seguinte, e quero ver se o deputado Campos Machado concorda comigo. Acho que ele não está no plenário, mas vou lançar mão do Fernando Pessoa. Fernando Pessoa tem uma frase que não tiro da cabeça. É do poema “Tabacaria”, que são páginas e páginas. Sinceramente, já li “Tabacaria” não sei quantas vezes. Porque, naqueles momentos de braveza minha, pego e leio “Tabacaria”, e parece que o meu peito se enche de ímpeto, e vou para a luta.

A frase que destaco no poema pergunta o seguinte: “Que sei eu do que sou, eu que não sei o que sou? Ser o que penso?” Penso em ser tantas coisas que, neste momento, cem mil cérebros se concebem, em sonhos, gênios como os meus.”

Assim é o deputado Douglas Garcia. Ele devia refletir sobre essa frase. Ele é um gênio? Ou ele é apenas mais um na face da Terra para complementar a humanidade? É mais um na face da Terra. Então não queria ser gênio. Não há genialidade. O que há são pessoas dotadas de inteligências para poder arcar, fazer a disputa, para construir o País, para construir o Estado, para construir o mundo. É nisso que acredito.

Muito obrigada. (Palmas.)

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Para fazer uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa Excelência tem a palavra para uma Comunicação.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, quero usar esses dois minutos da Comunicação para dizer que o País passa...

Se os deputados me permitirem falar, agradeço. Presidente!

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Quero pedir aos deputados. Estamos com uma deputada fazendo uma Comunicação. É importante que todos ouçam. Temos mais um minuto e meio.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Eu gostaria de dizer que o País passa por um momento em que muita coisa tem vindo à tona. Foram descobertas - e todos sabemos disso - uma série de comunicações entre aqueles que culpabilizaram o presidente Lula. Hoje estamos vendo toda a ilegalidade, toda a corrupção que existe por trás do que está acontecendo, do que aconteceu na Lava Jato.

Quero dizer também que hoje a “Folha de S. Paulo” destacou, na sua capa, que uma empresa espanhola denunciou. E a “Folha de S. Paulo” fez questão de colocar em letras garrafais que a campanha do presidente Bolsonaro foi impulsionada por whatsApps”...

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Peço desculpa a V. Exa., deputada Márcia. Mas esgotamos...  

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - ...que foram pagos por empresas. Isso vai ser extremamente discutido nesse País. E aguardamos serenamente...

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Peço desculpas a V. Exa., deputada Márcia. Mas esgotamos o objeto na presente sessão. Vossa Excelência terá a palavra em breve.  

Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esgotado o tempo da presente sessão. Antes de dar por encerrados os trabalhos, esta Presidência convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje. Lembrando-os, ainda, da sessão extraordinária, a realizar-se em 10 minutos.

Está encerrada a presente sessão. 

 

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- Encerra a sessão às 19 horas e 14 minutos.

           

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