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25 DE JUNHO DE 2019

68ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: CORONEL TELHADA, GILMACI SANTOS e CAUÊ MACRIS

 

Secretaria: LECI BRANDÃO

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência e abre a sessão. Convoca as seguintes sessões solenes, a realizar-se: no dia 19/08, às 20 horas, para fazer a "Outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao Coronel Ozires Silva", a pedido da deputada Leticia Aguiar; no dia 26/08, às 20 horas, em "Celebração do Dia do Maçom", por solicitação do deputado Itamar Borges; no dia 30/08, às 19 horas, para realizar a "Celebração do Dia do Profissional da Educação Física", conforme solicitado pelo deputado Léo Oliveira; e cancela a sessão solene anteriormente convocada para as 10 horas do dia 26/08, em "Homenagem ao Hospital Israelita Albert Einstein", a pedido do deputado Tenente Nascimento.

 

2 - GILMACI SANTOS

Assume a Presidência.

 

3 - CASTELLO BRANCO

Apresenta estudo sobre a guerra fiscal entre os estados, sobretudo no que tange às alíquotas do ICMS. Destaca a pujança da economia paulista. Defende a emenda aglutinativa ao PL 494/19, que trata da redução do referido imposto sobre combustíveis usados na aviação. Descreve os benefícios econômicos trazidos por políticas públicas de renúncia fiscal.

 

4 - LECI BRANDÃO

Comenta operação da Polícia Civil, que executou mandados de prisão temporária contra diversos integrantes do movimento de moradia. Comunica a presença do secretário de Educação e Cultura em reunião da Comissão de Educação desta Casa. Relata solenidade em comemoração dos 35 anos do Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra.

 

5 - CORONEL TELHADA

Lembra que hoje é aniversário da morte de Jacques Yves-Cousteau. Dá conhecimento de ocorrência policial, durante a qual foi morto o cabo PM Rocha, baleado na cabeça. Exibe vídeo sobre o episódio. Avalia que o trabalho da Polícia Militar não é devidamente reconhecido. Defende o endurecimento da legislação penal. Elogia o vereador Tenente Santini, de Campinas.

 

6 - TENENTE COIMBRA

Discorre sobre o Seminário Porto & Mar, realizado no dia 24/06, na Baixada Santista. Critica o governador João Doria, presente no evento, por, a seu ver, desrespeitar os deputados estaduais que ali se encontravam. Alude à morte do soldado PM Farias, vítima de criminosos. Cobra do governo estadual a concessão de reajuste salarial às forças de Segurança.

 

7 - CORONEL TELHADA

Reitera seu apoio ao vereador Tenente Santini, da Câmara Municipal de Campinas. Faz considerações sobre o incêndio acontecido embaixo da Ponte do Jaguaré, no dia 21/06. Pede que o Poder Público tome providências para reduzir o risco de novas ocorrências do gênero e dê maior atenção aos moradores de rua.

 

8 - CORONEL TELHADA

Solicita a suspensão dos trabalhos até as 17 horas, por acordo de lideranças.

 

9 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS

Defere o pedido e suspende a sessão às 15h05min.

 

10 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Assume a Presidência e reabre a sessão às 17h.

 

11 - ROBERTO ENGLER

Para questão de ordem, indaga à Presidência se o trâmite da emenda 1, ao PL 435/19, tem obedecido ao Regimento Interno.

 

12 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Afirma que deve responder em momento oportuno. Convoca uma sessão extraordinária a ser realizada hoje, dez minutos após o término desta sessão.

 

13 - CARLOS GIANNAZI

Pelo art. 82, defende a aprovação de projetos de deputados e a derrubada de vetos. Comenta o Plano Nacional da Educação. Critica a emenda 95, por congelar investimentos em áreas sociais. Clama pelo cumprimento do Plano Nacional da Educação, sobretudo a meta número 20.

 

14 - ED THOMAS

Para comunicação, transmite condolências à Polícia Militar, pela perda de policiais assassinados. Informa que solicitara, na Comissão de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários, ação a favor da categoria.

 

15 - CARLOS CEZAR

Pelo art. 82, tece considerações sobre a 27ª Marcha para Jesus. Comenta o lançamento da Frente Parlamentar Evangélica. Lista e agradece a autoridades presentes na manifestação. Enaltece o trabalho do apóstolo Estevam Hernandes e da bispa Sônia Hernandes. Lembra que a comemoração, no dia de Corpus Christi, decorre de projeto de sua autoria. Acrescenta que Jesus dividira a História. Informa entidades que favoreceram a realização da manifestação de amor a Cristo.

 

16 - ED THOMAS

Para comunicação, parabeniza a deputada Janaina Paschoal por ocasião de seu aniversário.

 

17 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Faz coro ao pronunciamento do deputado Ed Thomas.

 

18 - TEONILIO BARBA LULA

Pelo art.82, afirma que há perseguição a movimentos de moradia em São Paulo. Defende as associações envolvidas. Demonstra solidariedade e apoio aos defensores da moradia para famílias de baixa renda. Critica o Governo do Estado e o governo federal. Indaga a seus pares se irão obstruir o requerimento de urgência ao PL 49/19 e permitir a redução do ICMS do combustível da aviação.

 

19 - PAULO LULA FIORILO

Para comunicação, comenta a necessidade de tomada de providências em defesa de lideranças de movimentos de moradia.

 

20 - MÁRCIA LULA LIA

Pelo art. 82, lamenta o discurso do deputado Douglas Garcia, por crítica ao governo municipal de Araraquara. Informa avanços sociais na cidade, na gestão do prefeito Edinho. Anuncia dados referentes ao emprego. Lista programas, inclusive de inclusão social, no citado município. Destaca a relevância do Orçamento participativo. Reflete acerca de benefícios para bairros periféricos, em Araraquara.

 

21 - GIL DINIZ

Pelo art. 82, lamenta o falecimento de policiais militares durante o exercício profissional. Tece considerações a respeito de dificuldades vivenciadas pela categoria. Comenta os pronunciamento dos deputados Ed Thomas e Sargento Neri em defesa de policiais militares. Clama à Comissão de Direitos Humanos que se pronunciem em defesa da vida de tais profissionais. Acrescenta que o cabo Rocha, assassinado, era negro e deixa sete filhos. Lembra casos de suicídios de policiais militares. Aduz que o deputado Major Mecca fora representar este Poder em mais um sepultamento.

 

22 - MONICA DA BANCADA ATIVISTA

Para comunicação, afirma que é defensora de vidas, inclusive a de policiais militares. Responsabiliza o Estado pelas condições de trabalho da categoria.

 

23 - GIL DINIZ

Para comunicação, critica o discurso da deputada Monica da Bancada Ativista. Destaca a relevância da atividade policial.

 

24 - MONICA DA BANCADA ATIVISTA

Para comunicação, rebate o pronunciamento do deputado Gil Diniz.

 

25 - APRÍGIO

Pelo art. 82, defende a necessidade de estação de metrô em Taboão da Serra, prometida desde 1996. Lista cidades adjacentes que clamam por obras do referido modal.

 

26 - ANALICE FERNANDES

Pelo art. 82, afirma que em 2020 o Governo do Estado deve concluir obras na Estação Vila Sônia. Afirma-se defensora da Linha 4 do Metrô. Aduz que projeto executivo contempla Taboão da Serra com estação. Elogia o governo estadual. Defende melhorias na frota de ônibus.

 

27 - CARLA MORANDO

Para comunicação, endossa o pronunciamento da deputada Analice Fernandes. Elogia o governador João Doria.

 

ORDEM DO DIA

28 - MARCIO DA FARMÁCIA

Para comunicação, corrobora o pronunciamento do deputado Aprígio. Comenta o trâmite do PL 578/19.

 

29 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Coloca em votação e declara aprovado requerimento, do deputado Altair Moraes, com a finalidade de participar, como expositor, de audiência pública na Câmara dos Deputados para debater o tema Transgêneros no Esporte, no dia 25 de junho de 2019, em Brasília, Distrito Federal. Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovado o requerimento de urgência ao PLC 49/19.

 

30 - HENI OZI CUKIER

Solicita verificação de votação.

 

31 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Defere o pedido. Determina que seja feita a chamada de verificação de votação, pelo sistema eletrônico.

 

32 - DOUGLAS GARCIA

Para comunicação, critica requerimento, da Comissão de Direitos Humanos, para fiscalizar condições de vida de detentos, em penitenciárias. Indaga ao Condepe se existe ação do conselho em defesa da vida de policiais militares.

 

33 - BETH LULA SAHÃO

Para comunicação, rebate o pronunciamento do deputado Douglas Garcia. Informa que defende também policias militares e a população mais fragilizada. Informa que deve visitar os presídios.

 

34 - MARCIO DA FARMÁCIA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Pode.

 

35 - JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PRB.

 

36 - TEONILIO BARBA LULA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PT.

 

37 - ROQUE BARBIERE

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PTB.

 

38 - THIAGO AURICCHIO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.

 

39 - ED THOMAS

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.

 

40 - MARCIO NAKASHIMA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PDT.

 

41 - GIL DINIZ

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSL.

 

42 - MONICA DA BANCADA ATIVISTA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSOL.

 

43 - ROGÉRIO NOGUEIRA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do DEM.

 

44 - ALEX DE MADUREIRA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.

 

45 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Anuncia o resultado da verificação de votação, que confirma a deliberação anterior.

 

46 - ITAMAR BORGES

Solicita a suspensão da sessão por 30 minutos, por acordo de lideranças.

 

47 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Convoca as Comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Infraestrutura, e de Finanças, Orçamento e Planejamento, para uma reunião conjunta a ser realizada hoje, às 18 horas e 25 minutos; as Comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Saúde, e de Finanças, Orçamento e Planejamento, para uma reunião conjunta a ser realizada hoje, um minuto após o término da primeira; as Comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários, e de Finanças, Orçamento e Planejamento para reunião conjunta, um minuto após o término da anterior; e a Comissão de Direitos da Pessoa Humana, para uma reunião extraordinária a ser realizada hoje, um minuto após o término da anterior. Defere o pedido do deputado Itamar Borges e suspende a sessão às 18h16min, reabrindo-a às 19 horas. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 26/06, à hora regimental, com Ordem do Dia. Lembra sessão extraordinária a ser realizada hoje, 10 minutos após o término desta sessão. Encerra a sessão.

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e convida a nobre deputada Leci Brandão para ler a resenha do Expediente.

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - Sr. Presidente, temos aqui uma Indicação do deputado Douglas Garcia, solicitando que seja determinado aos órgãos e secretarias competentes a realização de estudos e adoção de providências necessárias para contratação de um terapeuta ocupacional, uma fonoaudióloga e a construção de uma sala de integração sensorial para a Apae, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, localizado na Av. André Vidal de Negreiros, 208, Centro, na cidade de Jandira.

E também Indicação do nobre deputado Coronel Nishikawa, pedindo ao governador para que determine estudos junto aos órgãos competentes no sentido liberar, no importe de 200 mil reais, que serão destinados ao Hospital de Amor de Barretos, município de Barretos.

Está lida a resenha, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sra. Deputada.

Antes de iniciarmos o Pequeno Expediente, quero dar ciência à Casa das seguintes sessões.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, esta Presidência, atendendo à solicitação da nobre deputada Leticia Aguiar, convoca V. Exas., nos termos do Art. 18, inciso I, letra “r”, do Regimento Interno, para uma sessão solene, a realizar-se dia 19 de agosto de 2019, às 20 horas, com a finalidade de outorgar o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao coronel aviador Ozires Silva. Está lido.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados... Essa do Tenente Nascimento já foi lida ontem. Houve alteração? Esta Presidência, atendendo à solicitação do nobre deputado Tenente... Ah, perdão. Ontem, foi chamada; hoje, está cancelando. Esta Presidência, atendendo à solicitação do nobre deputado Tenente Nascimento, cancela a sessão solene convocada para o dia 26 de agosto de 2019, às 10 horas, com a finalidade de homenagear o Hospital Israelita Albert Einstein.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esta Presidência, atendendo à solicitação do nobre deputado Itamar Borges, convoca V. Exas., nos termos do Art. 18, inciso I, letra “r”, do Regimento Interno, para uma sessão solene a realizar-se no dia 26 de agosto de 2019, às 20 horas, com a finalidade de celebrar o Dia do Maçom. Lido.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esta Presidência, atendendo à solicitação do nobre deputado Léo Oliveira, convoca V. Exas., nos termos do Art. 18, inciso I, letra “r”, do Regimento Interno, para uma sessão solene a realizar-se no dia 30 de agosto de 2019, às 19 horas, com a finalidade de celebrar o Dia do Profissional de Educação Física. Estão lidos os quatro comunicados à Casa.

Pequeno Expediente. Quero aproveitar e passar a Presidência ao primeiro secretário da Casa, deputado Gilmaci Santos.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Gilmaci Santos.

 

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O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Obrigado, nobre deputado Coronel Telhada. Vamos, então, iniciar o nosso Pequeno Expediente, convidando o nobre deputado Castello Branco para fazer uso regimental da palavra.

 

O SR. CASTELLO BRANCO - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Prezados telespectadores da TV Assembleia, nobres deputados presentes, colaboradores desta Casa, boa tarde. Nós damos sequência, hoje, ao nosso estudo sobre a questão tributária no Brasil, o país que cobra mais impostos no mundo e que menos devolve para a sua população. E fazendo um estudo da chamada guerra fiscal, que hoje ocorre no mundo inteiro: a questão americana, a questão chinesa e, no Brasil, entre os estados.

Nós preparamos uma breve apresentação. Então, nós temos aqui a guerra fiscal que, hoje, já é uma realidade, principalmente no imposto sobre circulação de mercadorias e serviços. O que acontece é que, numa crise econômica como nós vivemos, nós temos uma demanda de consumo cada vez maior da população, menos empregos, menos renda e uma carência de produtos e serviços na sua origem. Então, os estados começam a baixar os seus impostos, de uma maneira a atrair investimentos para o seu estado. Isso já começou há cerca de 20 anos e não para mais. E não só dentro do Brasil, como fora.

Aqui é nossa frase do sempre amado professor Henrique José de Souza: “a esperança da colheita reside na semente”, à medida que entendemos que esta é mais uma semente boa que a gente está plantando em prol do Brasil.

Muito bem. Então, o nosso estado, para vocês terem uma ideia, tem 248.209.000 quilômetros quadrados - caberia a Inglaterra. Comparado com a França, com a Alemanha... O nosso estado é comparado a muitos países da Europa ou maior que muitos países da Europa ou da América do Sul. Então, nós estamos falando de uma área expressiva do território nacional, quando comparado com outros países do mundo. Quer dizer, o estado de São Paulo, por si só, é um país.

Próximo. E essa guerra fiscal internacional, hoje, está clara: entre Estados Unidos e China, entre outros países, brigando pelo monopólio de alguns produtos e pela redução de impostos de entrada e saída.

A definição de guerra fiscal: é o nome dado à disputa entre os estados, seja dentro de um país ou entre nações, para sediar empresas e gerar empregos em seus territórios. A principal medida para isso, no caso do Brasil, é conceder os descontos no ICMS às empresas, a fim de tornar o estado mais atrativo para investimentos. No caso do Brasil, essa disputa interna visa a atrair investimentos para os 26 estados da União, mais o Distrito Federal. Na questão da aviação, isso já é uma guerra antiga. Já há alguns anos os estados começaram a diminuir, gradativamente, a sua alíquota de recolhimento em relação ao combustível de aviação.

Hoje, já temos 18 estados - dos 27 - que já têm a alíquota reduzida. Estão aqui todos eles. Poucos estados ficaram, como São Paulo, que tem o maior recolhimento do Brasil, ou seja, todo mundo quer abastecer a sua aeronave fora daqui. Um exemplo que eu dou é o Rio Grande do Norte que, nessa sexta-feira, abaixou de 12% para 0%, Coronel Telhada, visando a atrair as escalas dos voos internacionais que vêm da Europa.

O senhor se lembra de que, por exemplo, Natal é a cidade mais próxima de Dakar ou de Casablanca, no Marrocos. Por isso, os americanos, na Segunda Guerra Mundial, construíram, na costa do Brasil, seis aeroportos, visando a abastecer o norte da África. São só seis horas de voo.

Então, o que eles querem com essa diminuição do imposto? Fazer com que os aviões, em vez de fazerem escala no Rio de Janeiro ou em São Paulo, façam lá. Ganham o “stopover”, você ganha dois dias em Natal, com direito a hospedagem, alimentação, hotelaria, passeio turístico etc. Está dando certo.

Ou seja, para vocês terem uma ideia, o preço do combustível de aviação no Brasil, ainda com a guerra fiscal interna entre os estados, é 46% maior do que o combustível nos Estados Unidos. Está aqui, o “Diário Oficial do Rio Grande do Norte” colocando o combustível de aviação com o imposto zero para se tornar mais competitivo.

Conclusão: nós somos favoráveis à emenda aglutinativa pela relação custo-benefício ao estado de São Paulo, que, realmente, tem que abaixar a sua alíquota de 25 para 12%, o que ainda é muito comparado com outros estados, considerando que o estado de São Paulo, por várias razões, ainda tem o combustível mais caro do Brasil.

A minha mensagem final é que as renúncias de receitas tributárias são motivadas pelo interesse público e são consideradas, tecnicamente, como gastos tributários para fins de subsídio e elaboração das leis orçamentárias anuais. Gasto tributário é considerado “como uma alternativa às ações e políticas públicas de governo, visando à promoção do desenvolvimento econômico e social”, Maria Emília Miranda Pureza, no estudo elaborado no Congresso Nacional.

Eu acho que assim a gente encerra a minha apresentação, não antes com a frase de Maquiavel: “Aquele príncipe que não percebe os problemas do seu Estado logo quando eles surgem não é verdadeiramente sábio - e realmente poucos os são”. Conclusão: nenhum político pode ter segurança sem suas próprias forças, pois sem elas dependerá inteiramente da sorte e ficará sem meios confiáveis de defesa quando surgirem as dificuldades. Nada é tão fraco e instável quanto a fama de uma potência que não se apoia nas suas próprias forças.

Para mim, o estado de São Paulo, hoje, está fraco e dependente de melhores gestões na área tributária. Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Dando continuidade, chamamos o deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Vinícius Camarinha. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Marcio da Farmácia. (Pausa.) Deputada Leci Brandão.

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Excelentíssimo Sr. Presidente, deputado Gilmaci, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários desta Casa, público que nos assiste pela nossa TV Assembleia, público da galeria, público está sempre aí defendendo as suas demandas, permanentemente presentes, parabéns a vocês pela luta.

Sr. Presidente, nós tomamos conhecimento de que ontem teve uma operação da Polícia Civil que cumpriu nove mandados de prisão temporária de cinco dias contra lideranças do Movimento Sem-Teto e de luta por moradia lá do Centro de São Paulo, além de 17 ordens de busca e apreensão. Segundo informações, essas pessoas estão sendo investigadas pela prática de extorsão e associação criminosa, por cobrança de taxa para permanência nos imóveis ocupados.

O delegado informou que a investigação foi instaurada a partir de uma denúncia anônima realizada há cerca de um ano, quando aquele edifício desabou no Largo do Paissandu. Ainda, de acordo com informações que temos, as pessoas detidas ontem mantém residência fixa, trabalho comprovado e já haviam colaborado com investigações. Ou seja, nas condições que não justificam a prisão temporária.

Eu não vim a esta tribuna aqui para defender nem para acusar ninguém, mas eu me vejo na obrigação de chamar a atenção para esse caso, para que essa situação não seja usada na tentativa de perseguir, intimidar ou de criminalizar os movimentos de luta por moradia. Se há erro nesses casos, acho que a gente espera que eles sejam investigados dentro do devido processo legal, com direito à defesa e à imparcialidade que o Judiciário tem que ter para com todas as pessoas.

Essas questões não podem servir de pretexto para criminalizar movimentos de luta por moradia e para ataques àquelas organizações que lutam pelos direitos da população, a população mais pobre, a população sem teto. A gente sabe disso. Nós queremos aqui dar o nosso apoio aos movimentos dos sem-teto e da luta por moradia.

Também quero comunicar que está acontecendo neste momento, na Comissão de Educação e Cultura, a presença do secretário de Cultura, me parece que o lugar que está sendo feito é o Franco Montoro. Está lotado, e as pessoas vão, na verdade, não só ouvir as oitivas do secretário, mas também vão fazer inúmeras indagações, inúmeras perguntas, afinal de contas, a Educação e a Cultura, principalmente a Educação, são as coisas mais importantes para o desenvolvimento de um país.

Também quero parabenizar o presidente do Conselho da Comunidade Negra de São Paulo, que ontem completou 35 anos de existência, e houve um evento muito bonito e muito significativo, que foi realizado lá no Teatro Sérgio Cardoso, com a presença de todos os ex-presidentes do Conselho, presenças de conselheiros que tiveram uma atividade muito significativa.

Foi muito bonito, porque o teatro estava totalmente lotado, as pessoas ficaram extremamente honradas, porque não foram esquecidas, porque é muito bom quando você faz uma festa de aniversário e se lembra de todos aqueles que passaram por aquele caminho, que também prestaram conta de suas obrigações.

Nosso presidente, o Ivan, está de parabéns pela conduta de ter se lembrado dos conselheiros nesses 35 anos, e também mostrar que a população negra tem pessoas de enorme capacidade, pessoas de sensibilidade, e que estão aí lutando para que haja respeito e para que haja, principalmente, democracia, em termos de raça, no estado de São Paulo.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Obrigado, nobre deputada Leci Brandão. Convidamos agora o deputado Rafa Zimbaldi. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Enio Lula Tatto. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada, V. Exa. tem o tempo  regimental.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Sr. Presidente, senhores funcionários, assessores aqui presentes, quero saudar nossa assessoria policial militar, na figura do cabo Porto, quero saudar os Srs. Deputados aqui presentes também, os que estão nos gabinetes nos ouvindo, a todos que nos assistem pela TV Assembleia, quero saudar as pessoas presentes aqui, em especial o Carlos e o Leonardo, lá de Marília, que vieram nos visitar aqui. O Carlos e o Leonardo, da querida cidade de Marília. Sejam bem vindos, é um prazer recebê-los aqui.

Sr. Presidente, hoje é dia 25 de junho, só relembrando, eu sempre gosto de lembrar um momento histórico aqui. Hoje é lembrada a morte do grande mergulhador Jacques Cousteau. Para quem tem a nossa idade lembra, na nossa infância, que Jacques Cousteau era uma das pessoas que muito fez pelos mares, e os mares são o futuro da humanidade, as grandes riquezas marinhas são nosso futuro, e Jacques Cousteau contribuiu muito para isso. Então, só relembrando essa data.    

Ontem vim aqui e lamentei a morte do policial militar soldado Farias, que foi morto numa ocorrência durante uma abordagem. Falei do absurdo de se perder um policial militar. Um jovem policial militar, com 33 anos, pai de sete filhos, que foi morto nessa ocorrência. Infelizmente, novamente, hoje venho a essa tribuna lamentar a morte de mais um policial militar, o cabo Rocha, que foi morto ontem numa ocorrência. O cabo Marivaldo Camelo da Rocha Junior, 34 anos.

Eles chegaram numa ocorrência de ladrão em residência. São da Rocam, cada um numa moto, duas motos. Quando chegaram no local, foram alvejados por disparo de arma de fogo efetuado por um dos bandidos, um dos  criminosos, que acabou acertando o cabo Rocha na cabeça. Ele foi socorrido ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu. Você tem o vídeo aí, Machado, no ponto? Tem um vídeo, eu queria que os senhores vissem o absurdo.

 

* * *

 

- É feita a exibição de vídeo.

 

* * *

 

Aí é o local, a casa que está sendo roubada. O criminoso é esse de boné, um dos vagabundos. São dois vagabundos, eles estão saindo com o carro da vítima. Chega uma moto da polícia, e a segunda moto. O cabo Rocha é o segundo policial. Os indivíduos saem atirando e acertam o cabo Rocha, que cai baleado. Cadê os Direitos Humanos para vir defender o policial? Cadê aquelas pessoas que falam que se preocupam com a legalidade?

Está aí: mais um policial morto. Em menos de 24 horas, dois policiais mortos em serviço. Sr. Governador do Estado de São Paulo, precisamos do devido reconhecimento para a nossa Polícia Militar. Reconhecimento salarial urgente, reconhecimento profissional. E também, aos amigos de Brasília, uma lei mais severa para combater o crime. A nossa lei é muito benévola. Precisamos mudar isso imediatamente. Infelizmente, mais um policial para lamentarmos a morte.

Falando de policial, quero falar de um grande amigo, o Tenente Santini, que é vereador na cidade de Campinas. O tenente Santini foi meu tenente na Rota, um oficial exemplar, trabalhador honesto e guerreiro. Candidatou-se a vereador em Campinas, foi eleito em Campinas e está fazendo um trabalho excepcional. Aliás, está incomodando muita gente porque está fazendo uma série de acusações contra as máfias que existem em Campinas.

Aliás, desde o meu tempo de rota, quando eu era comandante de Rota, fomos prender o prefeito de Campinas e outros políticos. Infelizmente, essa máfia prossegue. Ele até fez uma comparação com a máfia da Itália, a Camorra. Em Campinas ficou “Camporra”, porque é o que está acontecendo lá, uma máfia. O Santini está denunciando e está sendo ameaçado, por vereadores, de ser cassado.

Interessante que esses vereadores, em vez de procurarem verificar as acusações do Santini, se elas realmente têm procedimento, e punirem os verdadeiros culpados, não: querem cassar o Tenente Santini. Ou seja, quem quer caçar o Tenente Santini, é porque está realmente preocupado com as acusações dele. É porque está envolvido nessas máfias: Transporte, merenda escolar, e uma série de outras máfias, “mensalinho” e tudo o mais.

Então quero hipotecar publicamente o meu apoio e o meu reconhecimento ao vereador Tenente Santini, de Campinas, que tem lutado forte contra a criminalidade. Acusações, até, de indivíduos do PCC contratados na Prefeitura. Então precisa acabar essa pouca vergonha. Santini, conte com o meu apoio. Até aconselho o amigo a lançar a candidatura a prefeito de Campinas. Porque passou da hora de Campinas ter um prefeito aguerrido, um prefeito valoroso e um prefeito honesto como é a sua figura.

Então, o meu total apoio ao Tenente Santini, vereador em Campinas, que está fazendo um trabalho sério, honesto, um trabalho de guerreiro, e sendo ameaçado por outros vereadores. Não sei quais os interesses de uma cassação. Aqui vai o meu apoio. Aos senhores vereadores de Campinas: tomem vergonha e apoiem um colega que está fazendo denúncias graves. Não se escondam e não queiram caçar uma pessoa que está tomando providências para melhorar a cidade de Campinas e o estado de São Paulo.

Tenente Santini, parabéns, continue firme na batalha. E conte comigo aqui na Assembleia Legislativa. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Obrigado, deputado.

Próximo orador inscrito, deputada Professora Bebel Lula. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Deputada Adriana Borgo. (Pausa.)  Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputado Frederico d´Avila. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Douglas Garcia. (Pausa.)

Passamos agora para a lista suplementar. Convidamos o deputado Ricardo Madalena. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Paulo Lula Fiorilo. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge Lula do Carmo. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputada  Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado Tenente Coimbra. Tem V. Exa. o tempo regimental.

 

  O SR. TENENTE COIMBRA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, público que nos assiste, profissionais da Casa, ontem, na Baixada Santista, ocorreu o Seminário Porto & Mar, que foi, diga-se de passagem, muito bem ministrado pela “A Tribuna”.

Esse seminário, Coronel Telhada, começou às 18 horas. Foram debatidos diversos temas interessantes e relevantes para a região: a região portuária, a ligação seca de Santos e Guarujá. Mas, além desse seminário, contamos com a presença do nosso governador João Doria no local.

O que me impressionou foi o desprestígio que ele teve com os deputados lá presentes: eu, deputado Professor Kenny, deputado Wellington Moura, onde o governador entra como se fosse um pop star, cercado de segurança, não faz questão de cumprimentar os deputados desta Casa, não faz questão de convidá-los para compor a Mesa e alega, inclusive em seu discurso que um projeto que estamos debatendo aqui, que é a redução da alíquota do QAV já está aprovado. Então, esse desprestígio fica nítido nas palavras do nosso governador. Diga-se de passagem, ontem, na cidade de Santos - lembrando que aconteceu esse evento às 18 horas - às 16 horas estava sendo sepultado o soldado Farias. Então, na diferença de duas horas, o governador não se deu ao trabalho de ir ao cemitério da Areia Branca homenagear um profissional que tombou defendendo o Estado, Estado o qual ele comanda.

Então, não só o desprestígio com os deputados, como o desprestígio com a nossa própria Polícia. lB

Então, nos colocamos aqui, eu, deputado Tenente Coimbra, não vamos votar em nenhum aumento salarial de nenhuma categoria enquanto não aumentar o salário das nossas Forças de Segurança Pública, independente de qualquer categoria. Precisamos pressionar o Executivo para que ele aja e traga o reajuste que não é não só merecido, mas o reajuste necessário para os nossos policiais.

Precisamos de todas as formas pressionar o Executivo para conseguir isso. O Executivo precisa olhar mais para os nossos policiais e também ter a cordialidade com os nossos deputados. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Muito obrigado, nobre deputado. Convidamos agora, também na lista suplementar, o nobre deputado Coronel Telhada.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP -  Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, retorno a esta tribuna, novamente, para hipotecar aqui mais uma vez o meu apoio ao Tenente Santini, vereador de Campinas, que está sofrendo uma pressão dos demais vereadores da cidade de Campinas, que vêm com ameaça dizendo que vão cassá-lo. Quero aqui dizer aos vereadores de Campinas que tenham vergonha na cara, ao invés de virem com essas ameaças chulas, que realmente vão averiguar as acusações do Tenente Santini. Quem quer cassar o vereador Tenente Santini é porque está envolvido em coisa errada e está com medo das acusações que ele faz. Passou da hora da política brasileira tomar vergonha na cara. Aqui não é lugar de bandidos, de pessoas que ficam aceitando propina. Esse é um lugar para as pessoas que querem trabalhar pelo melhor social das pessoas nas cidades, no Estado. Política não é lugar para bandidos. Chega disso.

Então, Tenente Santini, mais uma vez meus parabéns. Com nosso apoio, com o meu apoio principalmente aqui na Assembleia Legislativa.

Sr. Presidente, eu volto aqui agora para falar sobre o problema que houve aqui em São Paulo, onde ocorreu... Essa falta de câmera minha é difícil aqui, viu, Sr. Presidente?

Ocorreu um problema aqui em São Paulo sexta-feira da semana passada com um incêndio debaixo do Viaduto Jaguaré. Havia alguns barracos lá, que pegaram fogo. Mais uma vez, a história se repete: o viaduto é impedido; o trânsito de São Paulo, que é um inferno, fica muito pior.

Fora o perigo de nós termos pessoas mortas nesses incêndios. Esse problema é tal que perdura muitos anos. Eu estava lendo o jornal, e, segundo o prefeito de São Paulo, o prefeito Bruno Covas, a prefeitura divulgou nota afirmando monitorar constantemente a situação das ocupações sob viadutos, e que sete pontes estão ocupadas.

Não adianta ficar monitorando. Tem que tomar uma providência. Tem que retirar esse pessoal de debaixo dessas pontes. Tem uma matéria aqui, uma senhora falando que o viaduto é o teto dela, é o telhado da casa dela. Isso não pode acontecer. Não pode acontecer.

Porque viaduto não é telhado. Viaduto não é casa. Viaduto é para passar veículos e pessoas. E já não é a primeira vez que nós temos um problema de incêndio, que a cidade fica totalmente prejudicada. E, o que eu falei: pior ainda o dia que nós perdermos vidas, pessoas morrerem queimadas nesse incêndio.

Aqui fala que, inclusive, o Viaduto Glicério sofreu uma série de incêndios em 2017. É comum nós, aqui em São Paulo, passarmos perto de determinados viadutos e vermos vários barracos e vermos caixotes, enfim, uma série de lixos. Passa ali no Glicério, é um galpão de lixo a céu aberto.

Então, a Prefeitura tem que tomar providências: tem que tirar essas pessoas de debaixo desses viadutos. É impossível que essas pessoas prossigam vivendo nessa situação. E, o pior: além de colocarem a vida dela em risco, ainda colocam toda a cidade de São Paulo num estado muito complicado.

Aqui fala que, inclusive, Sr. Presidente, o Viaduto Pacheco Chaves, na zona sul, tem casas com mais de 20 anos, que agora, inclusive, começam a ganhar estrutura de alvenaria e azulejo.

Ou seja, os barracos, que eram de madeira, agora começam a virar casas de alvenaria e azulejo. Mais de 20 anos morando debaixo da ponte: uma condição subumana para o cidadão, e uma condição perigosa para a cidade.

Então, a Prefeitura de São Paulo tem que mostrar por que veio, tem que fazer essas retiradas dessas pessoas, deslocar essas pessoas para locais condizentes, e manter os nossos viadutos em condições de uso.

Uma situação que já está ficando muito precária aqui. O nosso trânsito já é horrível. Então, nós estamos chegando em vésperas de campanha eleitoral para a Prefeitura de São Paulo. Acho que no ano que vem começa a arrumar tudo, porque o pessoal é assim: deixa para a última hora.

Muitas pessoas têm cobrado para eu sair candidato a prefeito de São Paulo. Nós estamos pensando nessa situação. Mas, eu quero dizer o seguinte: São Paulo é uma cidade difícil de se comandar; mas, quem está no comando e assumiu essa responsabilidade, que veja essa situação das pessoas em condição de rua, sob viadutos.

Que arrumem locais adequados para essas pessoas, e evite que haja novas casas e barracos embaixo de viaduto. É uma situação que não pode continuar, não pode prosperar, na cidade de São Paulo.

Eu queria, Sr. Presidente, que essas minhas palavras fossem encaminhadas ao Sr. Prefeito Bruno Covas, prefeito de São Paulo, e as minhas palavras tanto deste discurso como as do anterior encaminhadas ao Sr. Vereador Tenente Santini, na cidade de Campinas, dando o nosso apoio, o meu apoio irrestrito àquele vereador, tenente da Polícia Militar, que tem feito sérias acusações contra corrupções, desmandos e ações ilegais e criminosas junto à cidade de Campinas.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Será encaminhado, então, nos termos regimentais.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado. Sr. Presidente. Pela ordem.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Pela ordem, nobre deputado Coronel Telhada.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Havendo acordo de lideranças e tendo em vista as comissões que estão sendo realizadas na Casa, eu peço a suspensão dos trabalhos até as 17 horas.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - É regimental o pedido de Vossa Excelência.

Estão suspensos os nossos trabalhos até as 17 horas.

 

* * *

 

- Suspensa às 15 horas e 05 minutos, a sessão é reaberta às 17 horas, sob a Presidência do Sr. Cauê Macris.

 * * *

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente...

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É Art. 82?

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Isso.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Então, já vou dando o Art. 82 a V. Exa., enquanto isso cedo uma comunicação ao deputado Roberto Engler.

 

O SR. ROBERTO ENGLER - PSB - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Obrigado, presidente.

Presidente, no último dia 18 de junho, aconteceu um congresso de comissões, inclusive da Comissão de Educação. Na ocasião se discutia a Emenda Aglutinativa nº 1 ao Projeto de lei nº 435, de 2019. E aconteceu, na minha opinião, com 28 anos de Casa, uma coisa inusitada. O relator preparou seu voto e foram apresentados dois outros votos em separado, ambos contrários ao parecer e favoráveis à emenda.

Então, eu levantei a questão de ordem pelo seguinte: primeiro, ficaram três pareceres, um a favor e dois contrários. Na hora da votação, como é que se encaminha: têm três alternativas, A, B, C? Outra coisa: se isso prevalecer - estou fazendo uma pergunta a V. Exa. - isso abre um caminho para obstrução infinito. A Comissão pode apresentar 10, 12 pareceres aí.

Então, presidente, estou encaminhando a V. Exa. essa Questão de Ordem, porque pediram que V. Exa. esclareça o seguinte: primeiro - É regimental a apresentação de mais de um voto em separado tratando sobre a mesma matéria? Segundo - Quando mais de um membro da Comissão apresenta voto em separado, qual o critério da Presidência para admiti-lo? E terceiro - No caso de admissibilidade, de múltiplos votos em separado, é regimental a leitura de todos eles?

Eu estou encaminhando a Vossa Excelência.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Recebo a Questão de Ordem, e responderemos assim que analisado o caso, deputado Engler.

 

                                                 * * *

 

    - É inserido texto da Questão de Ordem não lido em plenário.

 

                                                 * * *

 

“QUESTÃO DE ORDEM N.o

Autor: Deputado Roberto Engler

__ Sessão Ordinária -

Nos termos dos artigos 260 e 261 do Regimento Interno desta Assembleia Legislativa, apresento a Vossa Excelência a seguinte Questão de Ordem:

Em reunião do Congresso de Comissões realizada em 18 de junho de 2019, ocasião em que se discutia a Emenda Aglutinativa n.º 1 ao Projeto de Lei n.º 435/2019, foram apresentados dois votos em separado, ambos contrários ao parecer do Relator e favoráveis à emenda.

Solicito ao Excelentíssimo Senhor Presidente da Assembleia Legislativa que esclareça:

1) É regimental a apresentação de mais de um voto em separado, tratando sobre a mesma matéria?

2) Quando mais de um membro da Comissão apresenta voto em separado, qual o critério para admissão?

3) No caso de admissibilidade de múltiplos votos em separado, é regimental a leitura de todos eles?

Deputado Roberto Engler

 

Com a palavra o deputado Giannazi.

Antes, porém, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária, a realizar-se hoje, dez minutos após o término da presente sessão, ou às 19 horas, caso a sessão não atinja seu tempo limite, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia: Projeto de lei nº 494, de 2019.

Deputado Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente, telespectador da TV Assembleia, eu queria fazer um apelo a V. Exas. no sentido de que nós possamos, nesses últimos dias antes do recesso parlamentar, votar os projetos dos deputados, os projetos estratégicos para o estado de São Paulo, e sobretudo a derrubada de vetos a projetos que foram apresentados inclusive pelo próprio Executivo, que nós aprovamos e o Executivo vetou, como o PLC 34, que trata da carreira dos cirurgiões dentistas; do PLC que trata da questão da enfermagem, da redução da jornada de trabalho para as enfermeiras do estado de São Paulo, e tantos outros que ficaram pendentes.

Então, é inconcebível que nós, que a Assembleia Legislativa esteja terminando o primeiro semestre de 2019 sem votar a derrubada desses vetos e de outros projetos importantes que estão na pauta, como o projeto que eu apresentei, em 2013, que garante aposentadoria especial para os gestores escolares, supervisores e diretores de escolas estaduais.

Sr. Presidente, eu queria falar rapidamente sobre o Plano Nacional de Educação, que está completando cinco anos exatamente no dia de hoje. São cinco anos de descumprimento, de ataques ao Plano Estadual de Educação. Desde a sua aprovação até hoje ele não foi respeitado, principalmente nesses últimos anos do governo Temer e do governo Bolsonaro.

O Plano Nacional de Educação tem 20 metas importantes que tratam da universalização do acesso à educação infantil, ao ensino fundamental, ao ensino médio, ao ensino técnico, tecnológico. Trata da questão da gestão democrática das escolas públicas, trata da questão da formação dos professores e dos profissionais da Educação. O plano nacional trata de questões importantes relacionadas aos salários, à valorização salarial dos servidores da Educação, formação, salário, plano de carreiras. Está tudo lá.

São 20 metas estratégicas e importantes. A última meta, a de número 20, é a que trata do financiamento da Educação. Ela obriga o Brasil a investir 10% do PIB, do Produto Interno Bruto, em Educação até 2024, sendo que, no ano de 2019, pelo Plano Nacional de Educação, o Brasil teria que investir 7% do PIB, mas não investe. Não estamos atendendo a esta meta no ano de 2019. O Brasil mal investe 5% do seu Produto Interno Bruto em Educação Pública. É um absurdo.

O plano é constantemente atacado. Foi atacado no governo Temer pela Emenda Constitucional nº 95, a famosa Emenda 95, que congelou os investimentos por 20 anos em todas as áreas, mas, sobretudo, na área da Educação. A Emenda 95 acabou com o Plano Nacional de Educação e neutraliza também todos os planos de Educação, os planos municipais e os planos estaduais, porque trata de uma questão vital, que é o financiamento, que é o dinheiro para a Educação. Há um congelamento dos recursos. Sem recursos, não há desenvolvimento para a Educação Pública no Brasil. O nosso plano estadual também está inviabilizado por conta disso.

Como se não bastasse a Emenda 95, o governo Bolsonaro reduziu em 30% também o orçamento da Educação, não só do ensino superior, mas fez redução na educação infantil, no ensino médio, no ensino fundamental, na merenda escolar e no transporte escolar, piorando uma situação que já era caótica, de falta de financiamento.

Então, não vamos comemorar os cinco anos, porque o fato é que há um descumprimento do Plano Nacional de Educação. Nós não desistimos do Plano Nacional de Educação. Vamos continuar cobrando o seu cumprimento no Ministério Público e no Tribunal de Contas da União. Vamos acionar as entidades representativas do Magistério para que o estado brasileiro, para que o poder público cumpra as 20 metas do Plano Nacional de Educação, sobretudo a meta nº 20, que obriga o Brasil a investir, no mínimo, 10% do Produto Interno Bruto em Educação Pública.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. ED THOMAS - PSB - Sr. Presidente, este deputado pode indicar o deputado Carlos Cezar pelo Art. 82?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa Excelência é vice-líder do PSB e tem autonomia, sim. Está indicado o Carlos Cezar para falar pelo Art. 82 em nome da liderança do PSB.

 

O SR. ED THOMAS - PSB - Eu gostaria de pedir ao presidente uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa Excelência tem a palavra enquanto o deputado Carlos Cezar se dirige à tribuna.

 

O SR. ED THOMAS - PSB - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, é para fazer um registro, um registro de coração, de sentimento, para toda a família militar do estado de São Paulo pela perda de mais dois soldados, de mais dois trabalhadores da Segurança. Deputado Gil, estávamos juntos na Comissão de Segurança e pudemos falar juntos e compartilhar desse sentimento que toma conta da gente, um sentimento de muita tristeza.

Na semana passada, tivemos quatro. No fim de semana e no começo desta semana, dois. Dois soldados, dois jovens policiais militares. Parece que estamos perdendo essa guerra. É importante que uma grande ação de segurança para aqueles que nos dão não somente a sensação de segurança, mas a verdadeira segurança, porque são pais, são filhos, são irmãos, seres humanos e a gente se entristece de ver vídeos de um policial tão jovem ser abatido com um tiro na cabeça, o outro na Baixada, outros no interior.

Com certeza eu não ficaria com a consciência tranquila se na sessão de hoje eu não pudesse fazer esse meu registro de pesar aos familiares desses policiais. Eles não são apenas a farda. Eles são o Estado e o Estado é morto a cada policial que tomba e que cai. Solicitei na Comissão de Segurança que uma grande ação pudesse ser feita, junto ao Delegado Olim, aos deputados membros daquela comissão, mas a todos os deputados desta Casa.

Uma grande ação porque algo realmente precisa ser feito, seja do Poder Legislativo junto com o Executivo, com a Secretaria de Segurança do Estado, porque é nossa obrigação. Mas fica o meu registro, o registro do deputado Ed Thomas, de muita tristeza e um sentimento de conforto de Deus, de Jesus Cristo, a todos os familiares dos policiais militares e nós temos quase que a média de dois por semana. Os números são muito tristes. Obrigado pela tolerância, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Com a palavra o deputado Carlos Cezar.

O SR. CARLOS CEZAR - PSB – PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, público que nos acompanha, eu quero inicialmente dizer que aconteceu nesta última quinta-feira, dia 20 de junho, a 27ª edição da Marcha para Jesus, em São Paulo.

Como presidente da Frente Parlamentar Evangélica, aliás, vamos ter o lançamento agora na próxima quinta-feira, dia 27, às 9 horas e 30 minutos, no plenário Franco Montoro, na Assembleia, da Frente Parlamentar Evangélica. Eu quero parabenizar todos os envolvidos nessa edição da Marcha para Jesus, que foi a maior de todas.

Nós tivemos mais de três milhões de pessoas nas ruas. Foram mais de cinco mil caravanas de diversos lugares do País e do mundo, pessoas de outros países também se fizeram presentes na Marcha para Jesus. Quero agradecer a participação do nosso governador João Doria, que esteve presente no trio elétrico participando; do prefeito desta cidade, Bruno Covas, que esteve também no palco da marcha, enfim, que mobilizou todas as secretarias da prefeitura para que o evento acontecesse.

Quero parabenizar o nosso presidente da República, que esteve lá e é claro, o deputado Gil Diniz, que também se fez presente com vários outros parlamentares; o deputado Tenente Nascimento, que esteve lá conosco. Enfim, foi uma festa bonita, onde milhões de pessoas foram às ruas declarando a sua fé em Jesus.

Não apenas evangélicos, mas católicos, livres pensadores, aqueles que creem em Jesus. Um dia inteiro, desde as 9 horas e 30 minutos até as 22 horas, adorando ao Senhor. Foi um dia muito especial.

Eu quero fazer este agradecimento a todos que trabalharam neste evento, em especial é claro ao presidente da Marcha para Jesus, que é o líder da Igreja Renascer em Cristo, apóstolo Estevam Hernandes, e a sua esposa, bispa Sônia Hernandes, e a todos os voluntários que têm trabalhado na Marcha para Jesus. São milhares e milhares de pessoas que trabalham.

Quero fazer esse reconhecimento. A Marcha para Jesus acontece no feriado de Corpus Christi graças a uma lei estadual que transformou essa data. Essa lei foi apresentada por mim e sancionada pelo governador Geraldo Alckmin e todo ano no dia de Corpus Christi nós celebramos o corpo de Cristo nas ruas através da igreja, do povo adorando e glorificando ao nome bendito de Jesus.

Jesus, é bom que todos saibam, é aquele que divide a história: antes de Cristo e depois de Cristo. Mesmo aquelas nações que não creem em Jesus, quando vão se relacionar com o mundo ocidental, têm que preencher o cheque e dizer: “Dia 26 de junho de 2019 depois de Cristo”. Jesus divide a história, e nós tivemos esse dia maravilhoso.

Eu quero aqui agradecer à Guarda Civil Metropolitana, à CET, à SPTrans, à Sabesp, à Secretaria da Saúde, ao setor de fiscalização da prefeitura, ao Contru, à Prefeitura Regional de Santana, Tucuruvi, Metrô, CPTM... Não posso deixar de agradecer também a toda a equipe da Polícia Civil, em nome do delegado-geral, Dr. Ruy Ferraz Fontes; e o apoio de toda a equipe da Polícia Militar do Estado de São Paulo, em nome do comandante-geral da Polícia Militar, coronel PM Marcelo Vieira Salles.

Quero agradecer e destacar ainda o auxílio do Corpo de Bombeiros, em nome do comandante-geral, coronel PM Eduardo Rodrigues Rocha, e todos os que contribuíram voluntariamente para essa manifestação de amor a Cristo. Olha, foram várias pessoas participando desse evento pacífico, e o mais maravilhoso de tudo isso, Tenente Nascimento... Vossa Excelência esteve lá participando com outros parlamentares e viu aquela multidão, milhões de pessoas, e nenhuma ocorrência. Você não vê briga, você não vê garrafa nem nada quebrado, pelo contrário, pessoas ali apenas sendo restauradas.

Esse lugar é onde nós vimos todas as emissoras de televisão testemunhando e noticiando pessoas que já foram transformadas, pessoas que foram alcançadas por esse evento, que dignifica São Paulo. A Marcha para Jesus acontece em diversas cidades do País, mais de uma centena delas realiza a Marcha para Jesus. A maior marcha é aqui em São Paulo, e acontece também em outros lugares do mundo, como em Israel.

Então aqui fica a minha gratidão a todos os parlamentares que participaram, que nos ajudaram e a todos que contribuíram para a grandeza desse evento que exalta Jesus. Apenas isso, Sr. Presidente.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Sr. Presidente, para falar pelo Art. 82, pela liderança do PT.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa Excelência tem a palavra.

 

          O SR. ED THOMAS - PSB - Sr. Presidente, só uma comunicação rápida.

 

          O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra, deputado.

           

O SR. ED THOMAS - PSB - PARA COMUNICAÇÃO - Só para parabenizar a deputada Janaina Paschoal, que está de aniversário hoje, está completando mais um ano de vida. A gente até brincava com a deputada Janaina que antes de ser deputada ela tinha realmente mais tempo, né? Então apenas para parabenizar a deputada Janaina pelo aniversário e lembrar o plenário, para que a gente possa desejar saúde, muita paz e sempre trabalhar mais.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Quero desejar os parabéns e pedir uma salva de palmas pelos 25 anos da deputada Janaina, que ela completa hoje. (Palmas.) Passo a palavra ao deputado Barba.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, vou esperar. Sr. Presidente, quero só pedir para parar meu tempo enquanto a deputada recebe os parabéns.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está suspenso o tempo de Vossa Excelência. (Pausa.) Devolvo a palavra ao deputado Barba.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Vou também aproveitar e desejar aqui da tribuna. Já falei pessoalmente, mas parabéns, Janaina, em nome da bancada do Partido dos Trabalhadores. Com certeza é um momento importante da sua vida.

Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, eu venho a esta tribuna hoje e peço atenção aqui dos trabalhadores desta Casa e dos deputados. Estou totalmente estarrecido com o que ocorreu ontem aqui no estado de São Paulo, com a perseguição de juízes e de delegados. Se não me engano, deve ter a mão do governador João Doria por trás disso.

Foi uma perseguição ao movimento de moradia aqui no estado de São Paulo. Houve ontem um pedido de busca e apreensão de 17 pessoas, das quais quatro pessoas estão presas, que são da União dos Movimentos de Moradia, da ULCM, um pessoal que luta por moradia, um pessoal que teve a grande responsabilidade, deputado Ataide, de ajudar a construir o programa chamado “Minha Casa, Minha Vida”.

São associações, não estou falando do pessoal do Largo do Paissandu. Estou falando do pessoal da Central de Movimentos Populares, que é o pessoal da União dos Movimentos de Moradia, da ULCM e da FLM, Frente de Luta por Moradia. É um pessoal que eu conheço, com quem eu tenho convivência, com quem eu tenho a honra de andar ao lado, porque eles lutam por uma coisa justa. E o absurdo da prisão é que está sob sigilo.

Estivemos ontem lá com quase dez advogados e o delegado não pode falar por que ele pediu a prisão de quatro pessoas. Pediu de nove, na verdade, mas cinco ele acabou dispensando. Quatro ficaram presas e tem mais 17 com busca e apreensão. Esse é o modelo do João Doria de tratar os movimentos sociais.

Então, aqui, desta tribuna, declaro toda a minha solidariedade e apoio a esse pessoal da moradia, que defende moradia com dignidade aqui no estado de São Paulo e que luta por moradia. São associações que vocês que não conhecem precisam conhecer. Vão lá, sentam com a Caixa, discutem, organizam, contratam desde a terraplanagem até a entrega da chave dos apartamentos. A moradia para famílias de baixa renda.

Então, ontem esteve lá o meu amigo, companheiro deputado Paulo Fiorilo, conversou com o delegado. É o pedido do delegado, que fez esse pedido. Então, mais uma vez, é o Bolsonaro perseguindo lá em cima e o João Doria aqui embaixo.

Esse Bolsodoria, não sei como vai terminar. Pode ser que o Autódromo de Interlagos coloque os dois em disputa. Pode acontecer isso, mas até agora não é isso, eles têm trabalhado muito bem articulados para perseguir os movimentos sociais.

Então, essa é a primeira coisa. A segunda coisa, presidente, vamos, daqui a pouco, aprovar a urgência ao PL 49, que trata do reajuste dos trabalhadores desta Casa, da assessoria, dos concursados que tem nesta Casa. E eu vou preservar o nome de deputados, mas tem deputados dizendo que vão obstruir um reajuste, deputado Gil - e não foi você que disse isso, não foi você, estou dizendo -, 4.93 de reajuste.

Tem assessor nosso que ganha três mil reais, outro ganha dois, dois e meio, tem gente que ganha quatro, gente que ganha cinco. Vão obstruir 4.98, não é? Mas é engraçado, quero ver esses que vão obstruir esse projeto obstruírem o 494. O 494 trata de renúncia fiscal no querosene. De 25% para 12%, redução do ICMS. Aí eles não vão obstruir. Que é botar dinheiro na mão dos empresários.

Na hora que chegar esse debate, na extra, vamos debater e eu vou dizer quem são esses deputados que estão fazendo isso. É interessante, para 4.94 em um salário de três mil reais vai dar, sei lá, cento e poucos reais. Não, isso tem que obstruir, porque é para atender aos trabalhadores desta Casa, agora, para botar milhões e milhões, que a redução de 13%, de 13 pontos percentuais, o que dá 52% na redução do ICMS para botar na mão dos empresários, aí eles são a favor. Eles vão vir aqui à tribuna defender, vão votar no microfone de apartes, vão dizer que votam sim.

Então, quero ver se esses deputados vão subir aqui e dizer isso depois. Não sei se tem alguém aqui no plenário que seja das nossas assessorias, pode ser que tenha alguém, mas observem o comportamento desses deputados, porque eu quero discutir isso aqui hoje.

“Quatro ponto noventa e três eu vou obstruir”, agora não vai obstruir os milhões e milhões de reais que serão doados, doados, que virarão lucro dos empresários do setor de aviação.

Então, são os absurdos que temos enfrentado nesta Casa. Desculpa, deputado Gil, se te deu a impressão de que foi você que fez isso. Não foi você. Deixo claro aqui. Nem sei qual é a sua postura em relação a isso, mas se você teve essa impressão, quero deixar claro que não foi com você, está bom?

Muito obrigado.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Pela ordem, para falar pelo Art. 82, pela Minoria.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra, Vossa Excelência.

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Pela ordem, presidente, para uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Paulo Fiorilo, tem a palavra enquanto a deputada Márcia Lia vai à tribuna.

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Com a anuência da deputada Márcia Lia, por dois minutos. Muito obrigado, deputada.

Sr. Presidente, eu cheguei quase no final da fala do deputado Barba, mas eu queria, aqui, atualizar, deputado Barba, qual é a situação daqueles militantes do movimento de moradia, que a prisão preventiva pedida, ou até aqueles que foram conduzidos coercitivamente para depor. O delegado Dr. André decidiu, um delegado que assumiu o processo já agora no final, quase depois de um ano, ele tomou uma decisão de pedir para a juíza responsável pelo caso, mas não foi ela que despachou, foi uma juíza do plantão, a prisão preventiva, a busca e apreensão.

Hoje estive no Fórum da Barra Funda, junto com o ouvidor da Defensoria Pública, com o vereador Suplicy, com a vereadora Juliana e também com a deputada Monica - estava aqui -, para conversarmos com a juíza. Não foi possível falar com a juíza responsável pelo caso, mas falamos com a juíza do DIP, Dr. Patrícia, e externamos a preocupação, da forma como ocorreu o pedido de prisão, já que todos eles são moradores da cidade, não devem absolutamente nada.

Agora, os advogados estão buscando acesso ao processo para que se tomem as providências necessárias, se peça habeas corpus e assim por diante.

Acabei de voltar da delegacia, onde três meninas do movimento estão presas. Tivemos uma conversa importante. Foi lida uma carta de uma das meninas, a Preta, que colocou a dificuldade que é estar presa sem um motivo justo ou sem motivo nenhum.

Então é preciso que a Assembleia acompanhe, para que a gente não tenha aqui na cidade de São Paulo a criminalização dos movimentos, em especial os movimentos de moradia.

Muito obrigado, Sr. Presidente. Era isso que eu tinha para os dois minutos.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - PELO ART. 82 - Boa tarde a todos e a todas. Venho a esta tribuna para fazer uma manifestação a respeito de uma fala que aconteceu no último dia 19, aqui nesta Casa, quando o deputado Douglas Garcia, de forma açodada, criticou o governo municipal da cidade de Araraquara.

Eu quero utilizar esse tempo que me cabe para dizer que o deputado Douglas Garcia está completamente equivocado na sua manifestação nesta Casa. Quero passar alguns dados que são fundamentais para que a gente saiba, de fato, o que acontece na minha cidade, cidade onde eu moro, cidade onde eu nasci e cidade onde eu acompanho a política há muitos anos. Já fui vereadora em Araraquara.

Quero dizer que no ano de 2017 o prefeito Edinho ganhou a eleição, assumiu uma prefeitura totalmente endividada e consegue fazer, eu diria, quase um milagre na cidade de Araraquara para dar conta de responder a tudo aquilo que é necessário ser respondido para atendimento da população, porque nós pegamos as unidades de Saúde sem medicamentos, sem médicos, nós pegamos a Educação com merenda de péssima qualidade, faltando professores, toda a rede municipal de Educação destruída, deteriorada e a gente fazendo milagre nesses dois anos e meio de governo do prefeito Edinho.

Então vou passar alguns números aqui para que as pessoas possam ter, minimamente, ideia do que acontece na cidade de Araraquara. Vou falar do emprego. O mercado de trabalho formal em Araraquara encerrou o primeiro trimestre deste ano com um saldo positivo. Enquanto todas as cidades da nossa região e deste estado trabalham com um saldo negativo, Araraquara teve um saldo positivo de 746 novos empregos formais. O maior número de contratações foi no setor de serviços, seguido pela construção civil e pela indústria.

Quero também levantar aqui alguns programas fundamentais que acontecem na nossa cidade e que melhoram muito a vida das pessoas e dão dignidade para as pessoas. Hoje, em Araraquara, nós temos a frentes da cidadania. Nós temos um projeto que se chama “Jovem Cidadão”, que inclui os jovens no primeiro emprego. Nós temos oficinas culturais, com quase seis mil crianças participando. Nós temos a ampliação das escolinhas de esporte nos bairros da cidade de Araraquara. Temos a “Prefeitura nos Bairros”, que é a prefeitura indo até o cidadão para poder fazer uma melhoria no seu bairro, de acordo com as suas necessidades.

O orçamento participativo continua em Araraquara, e em dois anos já foram 40 milhões de reais em projetos, obras e serviços, que foram destinados para o orçamento participativo. Os novos projetos que começaram com essa nova administração, agora em 2017, são: o “Ilumina Araraquara”, que em toda a cidade está substituindo as lâmpadas por luzes de led; o programa “Novos Caminhos”, que é para atendimento das pessoas em situação de rua; o programa “Saúde em Casa”, que é aquele em que o medicamento é entregue direto na residência das pessoas que têm necessidade de medicamentos continuados, como, por exemplo, quem precisa de remédio para diabetes, para o coração.

Nós temos a “Saúde Cidadã”, que é o programa de cirurgias eletivas e exames. Nós praticamente zeramos a quantidade de cirurgias eletivas e de exames que estavam pendurados; eram muitos, muitos, mais de três ou quatro mil cirurgias eletivas, e nós estamos dando conta de acabar com essas cirurgias. A questão da “Câmera Cidadã” e “Territórios em Rede”, que atende às famílias mais vulneráveis da cidade. O “Bolsa Cidadania” e também o programa de “Lotes Urbanizados”.

Então, em Araraquara, num universo de 75 mil habitantes, nós temos seis “Territórios em Rede”. Araraquara, hoje, tem 230 mil habitantes. Setenta e cinco mil habitantes que circundam a cidade - portanto, estão nas zonas mais periféricas, nos bairros mais periféricos - têm hoje esse programa, que é o programa dos “Territórios em Rede”. As “Frentes da Cidadania”, que dão emprego para as pessoas que estão à margem do trabalho. O “Jovem Cidadão”: também são muitos os jovens que estão sendo atendidos.

Programa de “Aquisição de Alimentos”, em que a prefeitura compra dos agricultores familiares e repassa para as famílias pobres, vulneráveis da cidade, através do banco de alimentos. Nós melhoramos muito a questão da merenda escolar, oficinas culturais, alimentação escolar, escolinhas de esporte e “Fundo Social de Solidariedade”, que atende a milhares de pessoas na cidade de Araraquara. Os conselhos municipais, que funcionam...

Eu já falei do “Saúde em Casa”. “Programa Municipal Multidisciplinar de Cuidados de Gestação e Pós-parto”. Em Araraquara, na nossa “Gota de Leite”, nós temos o parto humanizado.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Para concluir, deputada Márcia Lia. Já passou 1 minuto e 36 segundos.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Estou concluindo. Além da incubação de várias empresas. Então, eu quero agradecer a oportunidade de estar mostrando o equívoco que foi a fala do deputado Douglas Garcia.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Sr. Presidente, para encaminhar pelo Art. 82, pela bancada do PSL.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra Vossa Excelência.

 

O SR. MARCIO DA FARMÁCIA - PODE - Sr. Presidente, eu queria encaminhar pelo Art. 82. após a fala do deputado Gil.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Perfeito. Só pedir a V. Exa. que solicite novamente assim que ele acabar, porque não cabe inscrição do Art. 82. Deputado Gil tem a palavra.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - PELO ART. 82 - Obrigado, presidente. Boa tarde a todos os deputados presentes aqui, ao público na galeria, a quem nos assiste pela TV Assembleia, aos nossos assessores, aos policiais militares e civis dessa Casa. Deputado Conte Lopes, mais um policial morreu em combate ontem. Mais um. Dessa vez, o cabo Rocha, numa ocorrência em Itaquá. Anteontem, o soldado Farias. E ontem também faleceu o soldado Lino. Eu pergunto aos entendedores de Segurança Pública, ao nosso secretário, ao nosso governador: até quando os nossos heróis policiais militares vão tombar em combate, vão estar com as mãos amarradas?

Porque, com essa política de Segurança Pública, de redução, de letalidade policial, o policial fica com medo, muitas vezes, de atirar. Por quê? Vai ser preso, vai ter que pagar advogado, vai dificultar, imensamente, deputado Ed Thomas, a sua promoção. Alguns policiais, até no estrito cumprimento do dever legal, muitas vezes, são punidos.

Quando o secretário de Segurança Pública esteve aqui, falei para ele que muitos são punidos até com transferência. Quantos dos policiais que me escutam aqui nunca ouviram: “O teu nome está escrito de giz aqui no meu quadro, olhe o palmo no mapa, olhe o palmo no mapa”.

Deputado Conte Lopes, eu fico triste, eu fico triste, porque nós estamos em guerra aqui. Estamos em guerra, mas só um lado está sendo lesado, que é o lado dos nossos policiais militares. O deputado Ed Thomas fez uma fala hoje na Comissão de Segurança Pública, emocionante. O Sargento Neri, a mesma coisa.

Cadê os defensores dos direitos humanos nesta tribuna, para defender os direitos humanos dos policiais militares? Cadê? Cadê? Foram. Estou chamando aqui. Se quiser, eu chamo por nome aqui. Cadê a Comissão de Direitos Humanos desta Casa, deputado Adalberto Freitas, para defender a vida desse policial militar? Ou ele não é humano? Ou ele não é humano?

Os deputados aqui não prestam nem a condolência. Já subiram vários aqui, dessa bancada ou da Comissão de Direitos Humanos, e não têm policiais militares. Não é que fazem joguinho de cena, não. Foram à delegacia dar esse apoio aos moradores das invasões? Ok, é uma pauta de vocês, mas e essa família que está em luto? E esses sete filhos do soldado que faleceu?

Era um negro, pobre, de periferia, que não ganhava três mil reais por mês, que não consegue, com o salário, comprar uma casa num lugar decente, que tem que colocar sua farda no varal - no varal, não pode, tem que estender a farda dentro de casa, porque se o crime identificar que ele é policial, vão matá-lo, vão agir contra a família dele. Cadê? O policial não é humano? O policial é humano, sim.

Cadê vocês no velório? Cadê vocês com a família? Cadê vocês para entregar a bandeira do Brasil para essa viúva, para essa mãe? Chega de hipocrisia! Chega de hipocrisia! Os nossos policiais têm que ser defendidos desta tribuna também. Os policiais que não morrem em combate estão se suicidando. Ninguém dos supostos direitos humanos, que querem aqui comissões e comissões para tratar de direitos humanos, têm a presteza que subir à tribuna e falar: “Meus sentimentos à família policial militar. Meus sentimentos à família desse policial militar que morreu em combate”.

Então, deixo aqui registradas não só as nossas condolências. O Major Mecca foi nos representar em mais um velório de um policial militar. Até quando, governador? Até quando? Nós vamos votar aqui o reajuste dos nossos funcionários desta Casa, mas quando vai ser votado, quando que o governador vai dar um reajuste aos nossos policiais: policiais militares, policiais civis e agentes de Segurança Pública?

Esta Casa, o nosso Estado tem que reagir. Policiais militares, façam o que têm que fazer. Não tenham medo de atirar. Se alguma mãe tiver que chorar, que seja a mãe do bandido, que seja a mãe do vagabundo. Apontou uma arma e atirou no policial, é saco, é cemitério, e nós temos que discutir essa política de Segurança Pública de redução da letalidade policial. Quem está morrendo são só os policiais militares aqui no estado de São Paulo.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

A SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL - Pela ordem. Para uma comunicação, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra para uma comunicação.

 

A SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Gil, você chamou, então eu me senti na obrigação de atender, quando você pergunta “cadê os defensores dos direitos humanos?”. A gente defende todas as vidas, até a dos policiais, porque, sem hipocrisia, o senhor deve saber que quem os mata é um projeto de estado que os coloca em uma guerra violenta sem fim para matar e para morrer, e é por isso que a gente não entrega a bandeira do Brasil para nenhuma mãe, porque essa bandeira está manchada de sangue de um projeto nefasto político e de estado. As mães sabem que na morte dos seus filhos negros periféricos e dos seus filhos policiais elas estão unidas na dor, e quem mata é o estado genocida.

 

O SR. MARCIO DA FARMÁCIA - PODE - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem, deputado Marcio.

 

O SR. MARCIO DA FARMÁCIA - PODE - Eu queria fazer o encaminhamento pelo Art. 82, deputado Aprigio.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra o deputado Aprigio.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem, deputado Gil.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Vocês de casa e vocês aqui no plenário escutaram. “Até a vida dos policiais”. Olha só. “Até a vida dos policiais”. Nós defendemos sim esses policiais militares, esse soldado, esse cabo que faleceu. É um jovem pobre de periferia. É um jovem que foi educado nas escolas públicas, é um servidor público. É um servidor público. Nós não podemos ser hipócritas aqui. Assim, o repúdio de algumas bancadas aos policiais.

Que bom que a senhora veio ao microfone. Não vi dar condolências à família, à família policial militar e nem à família dos militares que foram mortos, mas que bom, se é assim que você pensa. Se é assim que V. Exa. pensa, mas esses policiais militares estão aqui para nos proteger e para proteger a vida de V. Exa. também, se precisar, como V. Exa. já acionou os policiais militares desta Casa.

São trabalhadores, servidores públicos, que moram nas periferias, que moram nas periferias...

 

A SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL - Negros.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Negros e brancos, homens e mulheres que vocês não defendem. Vocês dizem defender os direitos humanos de outros, mas esses policiais são humanos também, e nós devemos defendê-los daqui desta tribuna, das comissões, principalmente da Comissão de Direitos Humanos.

Não vão entregar. Concordo. De repente, se fosse na casa do vagabundo, talvez vocês fossem lá perguntar se foram bem tratados.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

A SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL - Uma comunicação, 30 segundos, por favor.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Preciso da autorização do deputado Aprigio. Tem autorização? É a última comunicação que eu vou dar sobre esse tema, e depois encerramos o tema.

 

A SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Eu disse “até”, Gil, porque, teoricamente, a Segurança Pública deveria ser pública e para todos. Os agentes policiais, em primeiro lugar, estão aí para defender vidas, e é muito triste que a gente precise defender a vida de quem está aí trabalhando para defender as nossas vidas.

Quem faz essa falsa dicotomia de guerra deles contra nós são os senhores. Para gente, nós somos todos cidadãos. Inclusive, eles são sim trabalhadores muito mal remunerados. Esse projeto de guerra é o projeto que mata policiais, inclusive, e é a isso que a gente se opõe.

 

O SR. APRÍGIO - PODE - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Srs. Deputados, senhoras e senhores, público aqui presente, boa tarde. Sr. Presidente, eu venho aqui hoje fazer essa comunicação porque eu estive hoje em uma reunião com o secretário de Transporte, e confesso para você que eu saí de lá meio frustrado, porque eu moro aqui em Taboão da Serra, que não é longe, todo mundo sabe. Taboão da Serra está, daqui, a 13, 14 quilômetros.

Em 1996, já havia uma promessa de um Metrô que ia chegar em Taboão da Serra. Passou todo esse tempo. Muita gente daquela região foi eleita com a promessa de que o Metrô iria para lá. Chegou a estação Butantã. “Opa, está vendo que agora chegou a estação Butantã, está chegando, vem agora para Taboão”.

Passou mais um tempo, mais outra eleição. Passou, já agora está chegando. Terminou a Butantã. Agora estão fazendo a Morumbi, logo, logo vem para cá. Mais outra eleição. Passou a Morumbi, está fazendo a Vila Sônia, logo, logo chega em Taboão.

Hoje fiquei sabendo, pelo secretário, que Vila Sônia vai agora, em 2020, a proposta de inaugurar a estação Vila Sonia. Só que, para Taboão da Serra, não há uma previsão. Não há um projeto. Não há nem sequer um projeto arquitetônico dizendo: vai ter duas estações para Taboão; onde vão ser essas estações; se vai ter terminal de ônibus perto dessas estações, quando vai terminar essas estações; se há uma previsão de, pelo menos, em 4, 5 ou 10 anos, se vai chegar mesmo esse metrô.

Era a vez de eu falar, era a vez de eu fazer a minha pergunta. Na verdade, a última pergunta era minha. Eu e a deputada Analice somos da região, iríamos falar e saber mais do que vai acontecer ali. Infelizmente, acabou a sessão. Então eu saí realmente indignado porque o que as pessoas daquela região mais querem saber é se vai ter essa melhoria para lá, se vai ter esse transporte de qualidade que é o metrô.

Não estou criticando o Doria, não estou criticando o secretário, porque estou falando de um projeto de 1996, que começou, e não é de hoje. Não estou criticando porque eles não têm a obrigação de, um projeto de 20 e poucos anos atrás eles estarem falando. Tudo bem. Como vai ficar, talvez teriam a obrigação. Mas o governo está aí faz pouco tempo. Acredito que vamos ter outras oportunidades.

Pelo contrário, está atendendo bem a gente em trazer informações. Para cada deputado que quiser, o próprio governador João Doria vem aqui explicar. Mas a maioria da região precisa de resposta concreta. Precisa saber o que vai acontecer na sua região, qual é o investimento que vai ser feito na sua cidade e nas cidades vizinhas.

Como temos ali? Temos: Taboão da Serra; Embu, que é uma cidade vizinha e ligada a Taboão da Serra; Itapecerica, ligada a Taboão da Serra; São Lourenço, ligada a Itapecerica; Juquitiba, ligada a São Lourenço; Embu-Guaçu, ligada a Itapecerica da Serra e também a São Lourenço. Ou seja, é uma população que quer saber desse equipamento, se vai para a região, porque vai beneficiar muita gente.

Eu até havia falado para algumas pessoas que iria ter uma reunião com o secretário. E talvez - talvez, não! - informaria para eles o que ia acontecer ao longo desses 4 a 5 anos, para ver se o metrô vai mesmo. Eu, infelizmente, saí sem essa resposta. Saí sem a resposta do metrô, se vai mesmo para Taboão, e o que vai ser feito ali em Taboão. Se alguém tiver essa reposta e tiver projetos concretos, me avise e mostre: o projeto de Taboão é aqui, as estações que faltam vão ser aqui.

Aí sim, vou informar, para a minha população de lá, que realmente vai ter, porque vi o projeto e até posso mostrar o projeto para eles. Infelizmente, não é culpa do secretário, porque não consegui perguntar para ele. Tenho certeza de que ele ia responder “sim” ou “não”. Mas não tive a oportunidade de perguntar para ele o que vai acontecer com essa estação.

Hoje Taboão da Serra tem 22 quilômetros quadrados e a passagem de ônibus mais cara da Grande São Paulo. O pessoal quer saber por que uma passagem tão cara para rodar tão pouco nessa cidade. Mas acho que a Carla está querendo um aparte.

 

A SRA. CARLA MORANDO - PSDB - Não, já deu o horário.

 

O SR. APRÍGIO - PODE - Ah, já deu?

 

A SRA. CARLA MORANDO - PSDB -  Não, pode terminar.

 

O SR. APRÍGIO - PODE - Obrigado, Sr. Presidente.

 

A SRA. CARLA MORANDO - PSDB -  Presidente, eu gostaria de pedir pelo Art. 82, para a nossa vice-líder.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - A deputada Analice tem a palavra para falar pelo Art. 82.

 

A SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - PELO ART. 82 - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, boa noite.

É uma alegria muito grande fazer uso da tribuna desta Casa na noite de hoje para, de maneira contrária ao meu colega de Assembleia, o deputado Aprígio... Estávamos, há alguns minutos atrás, na Comissão de Assuntos Metropolitanos e Municipais. Fiquei bastante satisfeita, contrário ao deputado Aprígio, quando ouvi, por parte do nosso secretário Alexandre Baldy, sobre o término da estação Vila Sônia agora para o ano que vem. Uma série de intercorrências acabou acontecendo ao longo de todos esses anos.

Eu sou uma parlamentar e você acompanha a minha trajetória de vida pública. Sempre lutei pela Linha 4 do metrô, juntamente com vários políticos da cidade de Taboão, de Embu das Artes, de Itapecerica e de toda a nossa região.

Esse projeto da Linha 4 que, realmente, é uma reivindicação de longa data de vários políticos, deputada minha líder Carla Morando. Mas exatamente o governo do PSDB tirou esse projeto do papel lá em 2002. Quando o governador Geraldo Alckmin assumiu o Governo do Estado de São Paulo, realmente houve a elaboração de um projeto executivo e dentro desse projeto executivo, além da previsão de todas as 13 estações, também estava contemplada a estação de Taboão da Serra. Todo esse trajeto seria metrô subterrâneo, e o trecho de quase dois quilômetros, da estação Vila Sônia até Taboão, seria por metrô de superfície.

E nós estamos batalhando ao longo de todos esses anos. Sei perfeitamente da tristeza que vai no coração da população de toda a nossa região, deputado Aprígio, que lutam constantemente por um transporte de qualidade. Eu acredito que nós vamos estar aqui nesta Casa na defesa do governo João Doria, porque o governador  João Doria está apenas seis meses à frente do Governo de São Paulo e já vem dando demonstrações de competência, de habilidade e transparência em todas as áreas, em todas as secretarias.

Aliás, trouxe para o seu governo quadros excepcionais que têm incomodado muita gente. Têm incomodado pessoas a ponto de fazerem indagações absurdas: se o Governo mente, se o Governo não mente. Por quê? Porque um governo que coloca em prática tudo aquilo que prometeu há seis meses, na sua plataforma de governo.

Hoje, o secretário Alexandre Baldy deu um show na nossa comissão, falando exatamente sobre a qualidade que São Paulo vem avançando com relação ao transporte.

Então, quero aqui, na noite de hoje, dizer à população de Taboão da Serra, à população de Embu das Artes, de Itapecerica que agora, no ano que vem, no finalzinho de 2020 nós teremos a nossa estação Vila Sônia concluída, melhorando de forma significativa a vida do trabalhador, principalmente das mulheres que saem de casa ainda quatro, cinco horas da manhã para chegarem aos seus serviços às sete ou oito horas e precisam de transporte público de qualidade. E tenho absoluta certeza, porque deixei nas mãos do secretário Alexandre Baldy três indagações: o projeto que leva o metrô até Taboão, que nós queremos ver realmente a quantas anda esse projeto, como a secretaria vem tratando esse prolongamento que é tão importante para a nossa cidade e para toda a nossa região, e mais, o pedido de todos os usuários de transporte público coletivo, que é a melhoria da frota, a idade da frota, ar condicionado na frota, limpeza nos nossos ônibus.

Precisamos também que a frota de ônibus intermunicipal tenha qualidade. É mais um pedido que eu fiz na noite de hoje para o nosso secretário Alexandre Baldy. E quero dizer, para encerrar, que a população da nossa região aguarde, que nós temos grandes ações para, em breve, serem anunciadas para a nossa região.

Muito obrigada, presidente. Obrigada, minha líder, Carla Morando.

 

A SRA. CARLA MORANDO - PSDB - Para uma comunicação, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Com a palavra.

 

A SRA. CARLA MORANDO - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Eu gostaria de só, realmente, ressaltar tudo o que a deputada Analice expôs. Eu também fiquei muito feliz na apresentação que o secretário Alexandre Baldy fez com bastante subsídio, com bastante informação, coisas que a gente não vê há muito tempo.

E, quando ele anunciou Taboão da Serra, dali de baixo eu fiquei olhando os olhinhos da Analice, que brilhavam. Eu fiquei muito feliz, estou muito contente, também, com a administração de João Doria, com todos os secretários, que é um time de qualidade e de peso.

Tenho certeza de que nosso estado só tem a ganhar. E é somente seis meses. Daqui a pouco, as coisas todas vão acontecendo, e as pessoas vão entender qual foi toda essa dimensão, tudo isso que hoje a gente está aqui mostrando.

E parabéns para Taboão da Serra.

 

O SR. MARCIO DA FARMÁCIA - PODE - Uma breve comunicação, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Uma comunicação. Então, só um minutinho.

Ordem do Dia.

 

* * *

 

- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Com a palavra, para uma comunicação. E, depois, eu queria encerrar as comunicações, até porque a gente tem congresso de comissões para fazer, e, se a gente pudesse, agilizar os nossos trabalhos.

 

O SR. MARCIO DA FARMÁCIA - PODE - PARA COMUNICAÇÃO - Obrigado, Sr. Presidente. Sr. Presidente, quero só falar aqui em nome da fala do deputado Aprígio.

Que ele fez uma fala aqui excelente, falando justamente na preocupação do transporte coletivo no estado de São Paulo, principalmente na região do Taboão da Serra, onde o deputado Aprígio, inclusive, reside, trabalha lá, constrói sua família lá, tem sua empresa, que gera empregos lá no município do Taboão da Serra.

E eu entendo essa preocupação que o deputado Aprígio tem pelo Taboão da Serra. Eu acho que é muito satisfatório saber que o metrô veio até a Vila Sônia. Puxa, que maravilha. Mas entendo também a preocupação do deputado Aprígio de levar o metrô até o Taboão da Serra. É muito importante que melhore cada vez mais o coletivo, para o Taboão da Serra.

Então, quando o deputado Aprígio vem falar aqui do Taboão da Serra, eu fico muito satisfeito, que ele defende a terra dele; ele defende aonde ele trabalha e cria sua família. Isso é muito importante, deputado Aprígio. E dando valor para toda a região. Eu acho que é muito bacana.

Gostaria, presidente, de aproveitar esse um minuto também para falar da LDO. Teve várias discussões, teve várias sessões colocadas na Comissão de Finanças, para que a gente pudesse fazer a discussão do relator, do Alex Madureira.

Parabéns, deputado Alex de Madureira, pelo seu relatório feito na LDO. Foi formidável, aonde inclusive o Partido Podemos teve a oportunidade de colocar emendas parlamentares, que foi um sucesso dentro da LDO, para que se possa discorrer para o ano que vem.

Vi também outros parlamentares que colocaram suas posições e fizeram uma discussão perfeita. Nisso, presidente, quero parabenizar todos os deputados; inclusive, o nosso presidente Wellington Moura, que presidiu a sessão de finanças e foi um sucesso para todos os deputados, inclusive para o estado de São Paulo.

Muito obrigado, presidente, pela comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Há sobre a mesa requerimento do nobre deputado Altair Moraes, com número regimental de assinaturas, para uma comissão de representação, com a finalidade de participar como expositor de audiência pública na Câmara dos Deputados, para debater o tema dos transgêneros no esporte, no dia 25 de junho de 2019, em Brasília, Distrito Federal.

Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

Há sobre a mesa Requerimento de Urgência assinado pelos nobres deputados da Mesa Diretora da Casa, que requer Urgência ao Projeto de lei Complementar 49, de 2019, que retifica os valores constantes na Lei Complementar 1340, de 7 de maio de 2019, e dispõe sobre a revalorização das classes de vencimento do quadro da secretaria geral da Assembleia Legislativa.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. HENI OZI CUKIER - NOVO - Pela ordem.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem, deputado Heni.

O SR. HENI OZI CUKIER - NOVO - Sr. Presidente, queria pedir uma verificação votação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É regimental o pedido de Vossa Excelência.

Srs. Deputados, Sras. Deputadas, vamos proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico. A partir desse momento estamos fazendo soar o sinal intermitente por quatro minutos, para que os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que não se encontram em plenário tomem conhecimento da votação que se realizará.

 

                                        * * *

 

- É iniciada a verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

* * *

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - Sr. Presidente, para fazer uma breve comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa Excelência tem a palavra.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigado, Sr. Presidente.

Foi dito hoje mais cedo, por parte de uma parlamentar, representante dos Direitos Humanos, de que esta Casa trabalha, sim, na questão de defender os direitos humanos aos policiais militares.

Pasmem os senhores: na semana em que quatro policiais militares foram assassinados, foram mortos, nós temos aqui um requerimento para ser pautado hoje na Comissão de Direitos Humanos. Graças a Deus não foi pautado, e olhe só, solicitando que esta Comissão possa estabelecer um calendário de visitas às unidades prisionais, com a finalidade de fiscalizar a alimentação, a assistência médica, a lotação, as condições de higiene e o tratamento fisico-mental de quem, dos policiais militares? Não, dos encarcerados.

Desde o dia 15 de março até hoje em que eu tomei posse como deputado estadual nesta Assembleia Legislativa, eu não vi nenhum requerimento por parte dos ditos defensores de direitos humanos na Comissão de Direitos Humanos a favor dos policiais militares. Única e exclusivamente defendendo bandidos, defendendo pessoas à margem da lei vão até os presídios para fazer visita para saber se eles estão bem aconchegados, enquanto essas mesmas pessoas estão assassinando policiais militares todo santo dia! É pura hipocrisia dizer que defende policial militar enquanto nunca fizeram requerimento.

Fiz aqui um requerimento a esta Casa e apresentei aqui na Comissão de Direitos Humanos, requerendo a presença de um representante do Condepe para que ele venha explicar se existe alguma ação por parte desse conselho para defender a vida dos policiais militares.

Então, fica aqui meu convite a todos aqueles que dizem defender os PMs: votem a favor, porque se vocês votarem contra, mostrarão que não estão nem aí para a vida do policial militar.

Chega de fazer requerimento para defender bandido. Chega de fazer requerimento para defender quem não presta. Vamos defender aqueles que colocam a vida todos os dias em risco por nós.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

A SRA. BETH LULA SAHÃO – PT - Sr. Presidente?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputada Beth... Eu vou dar mais dois minutos para a deputada Beth, depois nós vamos começar a votação. Estamos no meio do processo de votação.

 

A SRA. BETH LULA SAHÃO – PT - PARA COMUNICAÇÃO - Talvez porque o deputado que me antecedeu agora não tenha muito tempo de Assembleia, então ele desconhece, por exemplo, as ações que a gente já fez, seja individualmente, em mandato individual, seja como mandato coletivo da bancada do Partido dos Trabalhadores, solicitando melhoria das condições de trabalho para os policiais, capacitação, treinamento, melhorias salariais, promoções, enfim, prêmios, bonificações, tudo isso dentro desse, dentro de vários requerimentos, vários projetos, várias indicações que nós fizemos aqui nesta Casa ao longo de muitos anos.

Quando nós propusemos a visita aos presídios neste Estado, é porque recebemos muitas denúncias de maus-tratos, de tortura, de falta de condições de higiene, de doenças, seja em presídios masculinos, seja em presídios femininos.

Quero dizer a ele, que está na Comissão de Direitos Humanos, que ele deve estar na comissão errada. Com certeza ele está na comissão errada, pois a Comissão de Direitos Humanos é para isso, é para cuidar das pessoas. E nós defendemos a vida, defendemos a vida de policiais, defendemos a vida da população, dos brancos, dos negros, dos jovens, dos idosos, das camadas mais fragilizadas e mais vulnerabilizadas da população.

Portanto, nós vamos, sim, pautar esse tipo de requerimento e quero dizer uma coisa para V. Exa. já saber: caso não seja aprovado um requerimento desses na Comissão de Direitos Humanos, nós vamos visitar os presídios do mesmo jeito. É nossa prerrogativa. Faremos isso para ver quais são as reais condições desses presídios, uma vez que o próprio conselho específico para isso tem enfrentado dificuldades para fazê-lo, que é o caso do Condepe.

Então, que fique claro aqui qual é a nossa posição na comissão. Eu, como presidente, pautei isso e vou voltar a pautar. Caso seja derrotado, faremos as visitas da mesma forma, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Transcorrido o prazo, neste momento, vamos abrir o sistema eletrônico.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Sr. Presidente, sobre o método de votação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Para uma questão de ordem, o deputado Barba.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - É só para solicitar que a Mesa esclareça, pois vários deputados estavam em comissões ou em seus gabinetes, o que estamos votando agora e como será o comando de votação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Estamos votando neste momento a urgência do projeto protocolado pela Mesa Diretora de reajuste aos servidores públicos da Casa. Será IPCA mais um por cento.

 

O SR. MARCIO DA FARMÁCIA - PODE - Sr. Presidente, queria colocar o Podemos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O Podemos está em obstrução.

Estão abertos os terminais para a votação.

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - PRB - Sr. Presidente, para colocar o PRB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PRB está em obstrução.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Sr. Presidente, para colocar o PT em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PT está em obstrução.

 

O SR. ROQUE BARBIERE - PTB - Sr. Presidente, para colocar o PTB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PTB está em obstrução.

 

O SR. THIAGO AURICCHIO - PL - Sr. Presidente, para colocar o PL em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PL está em obstrução.

 

O SR. ED THOMAS - PSB - Sr. Presidente, o PSB está em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PSB estão em obstrução.

 

O SR. MARCIO NAKASHIMA - PDT - Sr. Presidente, o PDT está em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PDT está em obstrução.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Sr. Presidente, para colocar o PSL em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PSL está em obstrução.

 

A SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL - Sr. Presidente, o PSOL está em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PSOL está em obstrução.

 

O SR. ESTEVAM GALVÃO - DEM - Sr. Presidente, o Democratas está em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O Democratas está em obstrução.

 

O SR. ROGÉRIO NOGUEIRA - DEM - Sr. Presidente, para colocar o DEM em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O DEM está em obstrução.

Eu gostaria de pedir aos deputados que, por favor, utilizem os terminais eletrônicos. Vou deixar abertos por mais dois minutos os terminais eletrônicos. Os terminais eletrônicos são muito importantes para agilizar os nossos processos de votação.

 

O SR. ALEX DE MADUREIRA - PSD - Sr. Presidente, para colocar o PSD em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PSD está em obstrução.

Neste momento, vou abrir os microfones de apartes para aqueles deputados que não conseguiram realizar os seus votos.

 

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- É feita a votação pelo sistema eletrônico.

 

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O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está encerrado o processo de votação. Participaram do processo de votação 76 Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sendo 68 votos “sim”, seis “não”, uma abstenção e este presidente que não vota, quórum suficiente para aprovar o Regime de Urgência.

 

O SR. ITAMAR BORGES - MDB - Havendo acordo de lideranças, eu peço a suspensão dos trabalhos por 30 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Consulto os líderes se existe acordo de suspensão dos trabalhos por 30 minutos. Havendo acordo, antes de suspender, convocação.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação; Infraestrutura; Finanças e Orçamento, a realizar-se hoje, às 18 horas e 25 minutos, no salão nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o veto ao Projeto de lei 29, de 2017.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, convocação. Nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação; Saúde; Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, um minuto após o término da última convocação, no Salão Nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 353, de 2019.

Convocação. Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação; Segurança Pública e Assuntos Penitenciários; Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, um minuto após o término da última convocação, no Salão Nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 532, de 2019.

Convocação, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 45, § 5º, ambos do Regimento Interno, convoco reunião extraordinária da Comissão de Direitos da Pessoa Humana, a realizar-se um minuto após o término da última convocação, no Salão Nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 226, de 2017.

Retificando, a primeira convocação é veto ao Projeto de lei Complementar 29, de 2017.

Havendo acordo de lideranças, estão suspensos os nossos trabalhos por 30 minutos.

 

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- Suspensa às 18 horas e 16 minutos, a sessão é reaberta às 19 horas, sob a Presidência do Sr. Cauê Macris.

 

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O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esgotado o tempo da presente sessão, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, adita à Ordem do Dia de amanhã o Projeto de lei nº 578, de 2019, que tramita em regime de urgência, e convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje e o aditamento ora anunciado.

Esta Presidência lembra ainda a sessão extraordinária a realizar-se dez minutos após o término desta sessão.

Está encerrada a sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 19 horas.

 

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