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28 DE JUNHO DE 2019

71ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: CORONEL TELHADA e LECI BRANDÃO

 

Secretaria: LECI BRANDÃO

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - CARLOS GIANNAZI

Para comunicação, anuncia a presença de moradores do bairro Paiol I, de Pirapora do Bom Jesus, que correm o risco de ser desalojados por conta de pedido de reintegração de posse da área onde residem. Pede que o Poder Público tome providências para garantir às famílias o direito à moradia.

 

3 - LECI BRANDÃO

Cumprimenta o deputado Carlos Giannazi por seu trabalho. Justifica o reajuste salarial concedido aos servidores desta Casa. Ressalta que cabe ao Executivo propor recomposição salarial às forças de Segurança. Critica postura da diplomacia brasileira com relação ao uso do termo "gênero". Elogia medida da Federação Paulista de Futebol, em prol do futebol feminino. Informa que será realizado, hoje, nesta Casa, ato solene do orgulho LGBTQIA+. Agradece à deputada Edna Macedo por convite feito anteriormente.

 

4 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Agradece à deputada Edna Macedo por convite recebido. Altera a finalidade da sessão solene convocada para o dia 19/08, às 10 horas, para "Sessão Solene e Menção Honrosa com a Finalidade de Homenagear o Dia do Soldado - Exército Brasileiro", por solicitação do deputado Castello Branco.

 

5 - LECI BRANDÃO

Assume a Presidência.

 

6 - CORONEL TELHADA

Parabeniza as cidades que fazem aniversário no dia de hoje e ao longo do mês de julho. Relata sua participação em comemoração da Guarda Civil Municipal de São Paulo. Dá conhecimento da morte de dois policiais militares, no Rio Grande do Sul, durante confronto com criminosos. Cita projeto de lei, aprovado nesta Casa, que cria dia em homenagem aos veteranos militares. Comenta os resultados da operação Rodovia Mais Segura. Apoia lei, aprovada na cidade de Andradina, que proíbe a soltura de pipas.

 

7 - CARLOS GIANNAZI

Faz críticas à postura desta Casa no primeiro semestre, em razão da aprovação de renúncias fiscais e privatizações propostas pelo governo Doria. Destaca que se opôs ao PL 578/19, que trata da Lei de Diretrizes Orçamentárias. Questiona o voto contrário, de alguns de seus pares, ao reajuste salarial dos funcionários deste Parlamento. Defende a prestação de serviços públicos de qualidade para a população. Cobra do Executivo a concessão de recomposição salarial aos servidores, em respeito à data-base estabelecida em lei.

 

8 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência.

 

9 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Informa que, embora haja interrupção das sessões plenárias durante o recesso, os gabinetes dos deputados permanecem abertos.

 

10 - GIL DINIZ

Faz convite para o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa dos Caçadores, Atiradores e Colecionadores. Sugere a revogação de lei, aprovada nesta Casa, que proíbe a caça do javaporco. Elenca os problemas que o animal causa a plantações no interior do estado. Defende a prática do tiro esportivo. Combate projeto de lei, de autoria do deputado Teonilio Barba Lula, que propõe a concessão de passagem gratuita a egressos do sistema prisional, para que retornem à sua residência.

 

11 - EDNA MACEDO

Explica seu voto a favor do PLC 49/19, que concede reajuste salarial aos servidores desta Casa. Frisa que o Poder Legislativo tem dotação orçamentária própria. Tece elogio à qualidade do trabalho dos funcionários deste Parlamento. Condena a postura do deputado Arthur do Val, que criticou os parlamentares favoráveis ao aumento. Garante que sempre apoiará recomposição salarial para os funcionários públicos.

 

12 - GIL DINIZ

Para comunicação, reitera suas críticas ao projeto de lei de autoria do deputado Teonilio Barba Lula, mencionado antes.

 

13 - GIL DINIZ

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

14 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Defere o pedido. Comunica que, com a aprovação da redação final do PL 578/19, encerram-se as atividades do primeiro semestre. Faz agradecimentos gerais. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 01/08, à hora regimental, com Ordem do Dia. Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e convida a nobre deputada Leci Brandão para ler a resenha do Expediente.

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - Sr. Presidente, temos aqui uma indicação do nobre deputado Rodrigo Gambale, solicitando que seja criado um serviço de apoio psicológico ao aluno em situação de vulnerabilidade no âmbito do estado de São Paulo, atendendo gratuitamente os jovens do Ensino Fundamental, Médio e Superior das escolas públicas sempre que necessitarem desse tipo de atendimento.

E também uma indicação do nobre deputado Cezar, indicando que o governador determine aos órgãos competentes a elaboração de estudos e a adoção de providências visando à liberação de recursos para aquisição de duas ambulâncias ao serviço de Saúde do município de Itapevi.

Está lida a resenha, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sra. Deputada.

Quero saudar todos os presentes trazidos pelo deputado Carlos Giannazi. Sejam bem-vindos. É um prazer recebê-los aqui.

Pequeno Expediente. Nós temos 28 deputados inscritos, portanto, faremos a chamada. O primeiro deputado é o deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Wellington Moura. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Rafael Silva. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando Lula da Silva. (Pausa.) Deputada Adriana Borgo. (Pausa.) Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal. (Pausa.) Deputado Frederico d'Avila. (Pausa.) Deputado Ed Thomas. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.

Enquanto isso, o deputado Carlos Giannazi está autorizado para uma comunicação.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigado, Sr. Presidente, deputado Telhada, deputada Leci Brandão, deputada Edna. Eu queria, rapidamente, Sr. Presidente, primeiro comunicar a honrosa presença dos moradores de várias famílias lá de Pirapora do Bom Jesus, lá do bairro Paiol I, que estão aqui presentes. Acabaram de participar de uma audiência pública na Assembleia Legislativa, Sr. Presidente, porque eles estão sendo injustiçados, estão sendo vítimas de um verdadeiro ataque contra a moradia. E todos nós sabemos que a habitação é um direito garantido por lei, garantido pela Constituição Federal, pela Constituição Estadual, e eles estão sendo agredidos nesse sentido. Há uma ameaça de desapropriação, de reintegração de posse.

Esses moradores estão lá há mais de 20 anos; tem gente que está há 22, 23 anos. Famílias já consolidadas, vidas consolidadas no bairro Payol 1. As crianças estudando nas creches, nas escolas do ensino fundamental e ensino médio, deputada Leci Brandão. E, no entanto, a prefeitura vai desapropriar centenas de famílias. Nós tivemos audiência pública com a participação da Defensoria Pública.

Eu quero fazer um apelo, primeiro, ao prefeito da cidade, para que ele apresente uma alternativa para todas as famílias. As famílias não podem ser abandonadas à própria sorte. Então, que o prefeito tome as providências para apresentar uma alternativa; que ele não faça a desapropriação ou apresente uma alternativa de moradia popular para essas famílias, e na mesma região, porque as famílias têm as suas vidas consolidadas naquele lugar, naquele espaço, naquele bairro.

E também fazer um apelo ao governo estadual para que acione a Secretaria Estadual de Habitação, para que o CDHU ajude, também, nessa movimentação. O que nós não podemos tolerar é que as famílias sejam desapropriadas, abandonadas pela prefeitura, pelo Estado e pelo Poder Público.

Então, faço esse apelo, Sr. Presidente, e gostaria que cópias do meu pronunciamento fossem encaminhadas ao governador Doria, ao secretário estadual de Educação e ao prefeito de Pirapora do Bom Jesus, para que as providências sejam tomadas e a moradia seja garantida para todas essas famílias que estão presentes aqui na Assembleia Legislativa fazendo a justa reivindicação, que tem o amparo da lei, da Constituição Federal e da Constituição Estadual, em defesa da habitação. Muito obrigado. (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É regimental. Então, eu solicito... Deputado, um minutinho. Eu solicito que a nossa assessoria encaminhe as palavras do deputado Carlos Giannazi ao Sr. Governador, ao Sr. Prefeito de Pirapora do Bom Jesus e a quem mais? Ao Sr. Secretário Estadual de Habitação, é isso? Por gentileza, nossa assessoria providencie o envio das palavras do deputado Carlos Giannazi.

Deputada Leci Brandão, V. Exa. tem o tempo regimental.

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, eu quero cumprimentar, como sempre, o deputado Carlos Giannazi, que é um deputado combativo nessa Casa e que sempre tem um olhar significativo, um olhar de reconhecimento para as pessoas que mais precisam. A gente conhece Bom Jesus de Pirapora, até porque é o lugar onde nasceu o samba rural aqui em São Paulo. Por isso que a gente gosta muito dessa cidade; eu já tive a oportunidade de estar lá. E quero cumprimentar esse povo que está aí, sofrido, e que precisa do nosso reconhecimento. (Manifestação nas galerias.)

Sr. Presidente, ainda ontem V. Exa. falava, nessa Casa também, sobre a questão do aumento que foi prometido pelo nosso governador, o reajuste para a Polícia Militar. A gente sabe disso, a gente acompanhou todo esse processo. Eu não sou da Polícia Militar, mas tenho muitos amigos que trabalham e atuam, inclusive aqui nessa Casa. E está havendo uma discussão nas redes, falando de nós deputados que aprovamos o aumento dos servidores desta Casa, os servidores que estão sempre conosco e com os outros deputados. É um aumento, na verdade, de um por cento. E tem gente querendo bater porque a gente aprovou esse reajuste de um por cento.

É uma questão de atitude. Tem pessoas que reconhecem as pessoas que trabalham no seu gabinete, no seu espaço. Eu sempre reconheci quem trabalha comigo, antes de entrar nessa Casa. Eu sempre reconheci quem trabalha. Se a pessoa trabalha para mim, trabalha comigo, a gente tem que reconhecer e tem que fortalecer. Agora, se as pessoas, depois, entram aqui e têm outro tipo de leitura, é problema de cada um. Eu só não quero que pensem que a gente deixou de apoiar a polícia e está apoiando servidor público.

Não é nada disso: eu, inclusive, estou sempre cumprimentando o pessoal que vem aqui, da PEC 2, os policiais. A gente sabe que a Polícia Militar de São Paulo é a que menos recebe nesse país e ela precisa ter o seu reconhecimento. Vamos parar de hipocrisia, porque isso fica muito feio. Fica muito feio mesmo.

Queria também dizer o seguinte: enquanto isso, cumprindo novas orientações do governo federal, a diplomacia brasileira vetou, até o dia 27 de junho, cerca de 14 referências do termo “gênero” em resoluções da ONU. O número vai aumentar, porque mais resoluções estão em debate.

Segundo informações do jornalista Jamil Chade, com exceção de países como Paquistão, Rússia, Arábia Saudita, países representados na ONU, inclusive aliados do governo brasileiro, como Chile e Israel, discordaram, veementemente, dos vetos. Então, isso está uma coisa muito complicada.

Já tivemos esse problema aqui na Casa. A palavra “gênero” não pode constar de nenhum documento, no Plano Estadual de Educação. Isso é um horror, um atraso, um retrocesso. Por falar em gênero, vamos finalizar com uma informação que nos dá muita esperança e alegria.

Ontem, a Federação Paulista de Futebol promoveu uma peneira de futebol feminino com mais de 400 meninas. A comandante da seleção foi a nossa guerreira Aline Pellegrino. Ela foi capitã da seleção brasileira, é atual diretora da modalidade na Federação e já foi, inclusive, homenageada por nós nesta Casa.

A gente não pode deixar de lembrar da mensagem da maior artilheira de todas as copas do mundo, a querida Marta. Ao final do jogo contra a França, ela disse o seguinte: “É isso que peço para as meninas. Não vai ter uma Formiga para sempre, não vai ter uma Marta para sempre, nem uma Cristiane para sempre. O futebol feminino depende de vocês para sobreviver. Pensem nisso, valorizem mais. Chorem no começo para sorrir no fim.”

Pelo visto, eu acho que as meninas já escutaram o recado. Foram 400 meninas que fizeram parte dessa peneira que aconteceu ontem, na Federação Paulista de Futebol. Quero encerrar agradecendo a todas as pessoas que estão nos ajudando para o nosso ato solene que teremos mais tarde, nesta Casa, no Auditório Teotônio Vilela. Estamos comemorando a Semana dos LGBTs, inclusive a Assembleia está iluminada, está toda colorida em homenagem à semana.

A gente fica feliz de saber que muitas pessoas, milhares de pessoas, acabaram com esse sentimento de preconceito. Também quero registrar a presença da minha querida e nobre deputada Edna Macedo, que me fez um convite para nós visitarmos o nosso Edir Macedo. Nós não pudemos comparecer em virtude de problema de saúde na família, da minha mãe, inclusive, mas quero agradecer o convite de Vossa Excelência.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sra. Deputada. Também quero agradecer à deputada Edna Macedo o convite. Falei que não poderia ir no dia, mas depois estive lá com o bispo Douglas e o pastor Flávio, conhecendo o templo. Muito obrigado pelo convite, deputada.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, esta Presidência, atendendo solicitação do nobre deputado capitão Castello Branco, altera a finalidade da sessão solene, convocada para o dia 19 de agosto de 2019, às 10 horas, para “sessão solene e menção honrosa com a finalidade de homenagear do Dia do Soldado - Exército Brasileiro”.

 

* * *

 

- Assume a Presidência a Sra. Leci Brandão.

 

* * *

 

A SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Seguindo a ordem dos oradores inscritos, com a palavra, o nobre deputado Coronel Telhada. Tem V. Exa. a palavra pelo tempo regimental.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Boa tarde, Sra. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, assessores e funcionários presentes. Público presente, seja bem-vindo. Quero saudar a nossa Assistência Policial Militar na figura da cabo Vanessa e da cabo Débora, que estão sempre conosco, nos ajudando e nos prestigiando.

Quero saudar todos que nos assistem pela TV Assembleia. Como sempre, começo o meu discurso homenageando as cidades aniversariantes. No dia de hoje, temos algumas cidades aniversariantes. São elas: a cidade de Nova Canaã Paulista, Monte Azul Paulista, Nova Luzitânia, Morungaba, Paulicéia e Ubarana. Um abraço a todos os amigos e amigas desses municípios. Contem com o nosso trabalho.

Hoje, todos devem estar sabendo, é a nossa última sessão plenária deste primeiro semestre. Nós entraremos em recesso e voltaremos só em agosto.

Então, eu preparei até... Algumas pessoas perguntam: “por que você cumprimenta todo dia os municípios?”, deputada Edna. Porque as pessoas assistem. A senhora sabe que quando, às vezes, eu me esqueço de mencionar algum município, eu sou cobrado? Então, nesse mês de julho, já que nós não teremos sessão solene, eu quero aqui, por gentileza, colocar os municípios que comemorarão aniversário no mês de julho, são eles:

Dia primeiro de julho, próxima segunda-feira: Assis, querida cidade de Assis. Dia três de julho: Águas da Prata. Dia quatro de julho: Ibitinga e Tanabi. Dia cinco de julho: Fernando Prestes. Dia dez de julho: Bananal, Capivari, Pindamonhangaba, Rio das Pedras e Santa Isabel.           Dia 11 de julho: Andradina.  Falarei sobre Andradina hoje. Dia 16 de julho: Jaboticabal. Dia 19 de julho: Turiúba. Dia 21 de julho: Boa Esperança do Sul. Dia 24 de julho: Itatinga. Dia 25 de julho: Águas de São Pedro. Dia 26 de julho: Areias e Sumaré. Dia 27 de julho: Agudos, Jardinópolis e a querida cidade de São José dos Campos. Aproveito para mandar um abraço para a querida amiga, coronel Nikoluck, lá em São José dos Campos. Dia 28 de julho: Cristais Paulista e São Caetano do Sul. Dia 29 de julho, nossa querida cidade de Porto Ferreira. Porto Ferreira é uma cidade muito querida. Nossa querida amiga Silvia também mora lá na cidade. Um abraço para a Silvia e para todos os amigos lá de Porto Ferreira.

Hoje pela manhã, eu estive na Guarda Civil Metropolitana aqui em São Paulo, lá na Iope. Hoje foi comemorada a primeira década, dez anos da Inspetoria de Operações Especiais, e também foi feita a homenagem aos ex-comandantes, onde o nosso assistente parlamentar, o inspetor Coutinho, também foi homenageado. Foi inaugurada a foto do Coutinho e de outros inspetores. Aí na foto nós estamos com a inspetora Elza, comandante da Guarda Civil, mais o comandante do Choque, o comandante do 13º Batalhão. Enfim, um abraço a todos irmãos e irmãs da nossa querida Guarda Civil Metropolitana do estado de São Paulo.

Infelizmente, hoje, mais mortes a lamentar. Estamos fechando um semestre, mas a guerra continua. Nós tivemos dois jovens policiais mortos no Rio Grande do Sul. Pode colocar foto, por favor. São dois jovens policiais militares que foram mortos na mesma ocorrência. Eles estavam em seis policiais, que estavam em guarnições diferentes. Em duas viaturas, seis policiais.

Eram de uma tropa treinada e especializada. Eles entraram no Beco da Bruxinha, por volta das 22 horas de quarta-feira. É um local bem pesado em Porto Alegre. O primeiro policial teria sido alvejado a tiros por bandidos que estavam em cima de uma casa. O colega policial tentou prestar socorro e também acabou sendo atingido. Os dois policiais morreram. São eles o policial Marcelo de Fraga Feijó, de 30 anos, que era casado e tinha um filho de dois anos, e o policial Rodrigo da Silva Seixas, de 32 anos, também casado e pai de uma menina.

Infelizmente, ambos morreram no combate à criminalidade lá no estado do Rio Grande do Sul. São da Brigada Militar, podem ver que a farda, inclusive, é um pouquinho diferente. A farda deles é esverdeada. Eu quero dizer o seguinte, esses policiais, deputada Leci, deputada Edna, deputado Giannazi, deputado Gil Diniz, que chegou neste momento aqui para nos prestigiar...

Esses criminosos tinham passagem por... É o Cleber, com 44 anos, que morreu, esse vagabundo, e o filho dele, Lucas, que foi baleado e preso. O que morreu, o Cleber, tinha passagem por roubo e homicídios, e o filho dele por tráfico de drogas. Então, pessoal de boa índole, pessoal criminoso.

Agora veja o interessante, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, o Lucas, o de 19 anos, deveria estar cumprindo uma pena de oito anos no regime semiaberto, mas ele foi liberado por falta de vagas e encaminhado para o sistema de tornozeleiras, só que não tinha tornozeleira disponível. Então, ele estava sem tornozeleira. Ou seja: ele estava condenado, na rua, traficando, cometendo crime e matando policial militar. Esse é o nosso Brasil. Essa é a nossa lei brasileira que, infelizmente, como eu disse, no Brasil compensa sim ser criminoso.

Só quero pedir um tempinho a mais, Sra. Presidente. Como é o meu último dia, vou pedir um pouco de paciência de V. Exa. e do deputado Giannazi, que está ansioso para falar. Mas vou falar só uma vez para não voltar uma segunda vez. Quero dar ciência à Casa que ontem tivemos duas leis sancionadas pelo governador Doria.

A primeira lei é a 17.082, que batizou o 4º Batalhão de Polícia Militar, na Lapa, que é o batalhão que servi por várias vezes e no qual o meu filho, o capitão Telhada, serve hoje. Batizou o 4º Batalhão com o nome do coronel Luis Nakaharada, que foi comandante daquele batalhão muitos anos. É uma pessoa muito influente e muito querida, já falecido. Quero agradecer ao Sr. Governador pela Lei nº 17.082, batizando o nome de Luis Nakarahada para o 4º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano.

E a Lei nº 17.095, que fica instituído o Dia do Veterano Militar das Forças Armadas Brasileiras e das Forças Auxiliares, a ser comemorado, anualmente, no dia 11 de novembro. Para quem não sabe, o dia 11 de novembro é comemorado, em todo o mundo, o dia dos veteranos militares. O dia 11 de novembro de 1918 foi o dia que se encerrou a Primeira Guerra Mundial, que ocorreu na Europa e que o Brasil participou sim.

Apesar de muitos não saberem, o Brasil teve participação na Primeira Guerra Mundial, através de forças da Marinha e de médicos do Exército que atuaram na França. Então o dia 11 de novembro passou a ser o Dia do Veterano Militar das Forças Armadas Brasileiras e das Forças Auxiliares. Muito obrigado ao governador por sancionar essa nossa lei.

Ontem foi feita a Operação Rodovia Mais Segura. Participaram 19 mil e 877 policiais, 8 mil e 781 viaturas, 12 aeronaves. Teve, como resultado, quase 34 mil pessoas abordadas, sendo que 298 pessoas foram presas, apreendidos, flagrantes, presos recapturados, 298. Mais de 26 mil veículos foram vistoriados, 15 armas apreendidas (vejam que é um número significativo), 39 veículos foram recuperados (que eram produto de roubo ou furto) e quase 218 quilos de drogas apreendias. Isso em um dia, em uma operação.

Parabéns à nossa Polícia Militar e ao coronel Salles, que tem feito um trabalho excelente. Parabéns a todos os homens e mulheres da nossa querida Polícia Militar.

Para encerrar, sei que já estourei o tempo. Está tendo um problema em Andradina. Falei que eu falaria de Andradina. Foi feita uma lei municipal proibindo a soltura de pipas, de quadrados, pelas crianças. Não precisa falar o porquê. Isso é nacionalmente conhecido. Principalmente na época de julho, no final de ano e no começo de ano, nas férias escolares: o problema da linha de pipa que corta o pescoço de pessoas e mata as pessoas.

Para vocês terem uma ideia, uma mulher morreu em Andradina, no dia 30 de março. Vinte e quatro anos - uma jovem - morreu porque teve o pescoço cortado. Estava na garupa de uma moto, na estrada. O motociclista ainda percebeu a linha e pôs a mão, conseguiu tirar do pescoço dele, cortou a mão dele, cortou a mão dele, mas matou a jovem Sandra Rafaela Oliveira da Silva, que estava na garupa, 24 anos. Morreu.

Uma menina de 24 anos morreu por causa de uma linha de pipa. É estúpido isso, é incrível isso. Mas acontece. A Prefeitura de lá proibiu. Está dando o maior barulho: “Que absurdo, as crianças não podem se divertir.” Pô, gente, o pessoal devia valorizar a Prefeitura, que está fazendo isso. Não é tirando a liberdade das crianças, tem um lugar próprio para fazer isso. Não é na beira de rua, não é na beira de rodovia.

Aliás, temos um projeto de lei, o 765/2016, que está pronto para a Ordem do Dia. Até pediria para o senhor presidente da Assembleia colocar esse projeto em votação, proibindo o uso, posse, fabricação e comercialização de linhas cortantes compostas, conhecidas como cerol. E aí vem a descrição dessas linhas.

Então a gente se preocupa. Somos da Segurança, não é só pelo bandido. Todo tipo de Segurança nos preocupa. Então tudo envolve a Segurança. A Saúde, a Educação, tudo acaba envolvendo a Segurança. E temos que estar atentos a tudo isso. Me perdoe pelo tempo excedido. Agradeço a todos que nos acompanharam aqui nesse primeiro semestre. Apesar de estarmos em recesso, continuaremos trabalhando nesta Casa. Precisando do nosso apoio, a população pode contar com o nosso apoio.

Muito obrigado a todos. Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Seguindo a lista de oradores. Sargento Neri. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. Tem V. Exa. o uso da palavra pelo tempo regimental.

Nesse momento, passo a Presidência para o nobre deputado Coronel Telhada.

 

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Coronel Telhada.

 

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O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Deputada Leci Brandão, deputado Coronel Telhada, deputada Edna Macedo, deputado Gil Diniz, público aqui presente, telespectador da TV Assembleia, nós estamos praticamente encerrando o primeiro semestre dos nossos trabalhos do Poder Legislativo Estadual. E não temos nada para comemorar Sras. Deputadas e Srs. Deputados, porque foi lamentável o que aconteceu no estado de São Paulo, sobretudo aqui na Assembleia Legislativa.

 Nota zero para o governo Doria, até porque o que a Assembleia Legislativa fez aqui foi a dilapidação do patrimônio público, entregando para a iniciativa privada, provando as maldades do governador Doria, entregando o Jardim Botânico para o capital privado, ou seja, privatizando, vendendo o nosso patrimônio público. Jardim Botânico, Jardim Zoológico, Ginásio do Ibirapuera, empresas estatais foram vendidas, um desmonte do estado de São Paulo. Isso é um absurdo.

Além disso, Sr. Presidente, deputado Coronel Telhada, o governo, a Assembleia Legislativa ainda assinou um cheque em branco para o governo, fortalecendo ainda mais a transferência de dinheiro público do nosso Orçamento, dos nossos impostos para grandes empresas, grandes grupos econômicos para o estado de São Paulo. Isso com a aprovação da LDO. Por isso que eu votei contra a LDO. A LDO autoriza a transferência de mais de 20 bilhões de reais do Orçamento estadual, dos impostos pagos pela população para grupos econômicos como a Friboi, a Ambev, a aviação aérea. Um absurdo isso. A Assembleia Legislativa foi complacente, foi cúmplice, está sendo cúmplice desse tipo de gestão que nós somos totalmente contra.

E eu percebo uma grande contradição, deputado Coronel Telhada, porque alguns deputados aqui votam contra o reajuste para setores do funcionário público, mas não se pronunciam, não se mobilizam contra a transferência de dinheiro público para os magnatas, para os empresários do estado de São Paulo. Então, para os empresários tudo, para os magnatas tudo, para o capital privado tudo, pode colocar o Orçamento do Estado de São Paulo à disposição deles, através da política de desoneração fiscal, que é criticada até pelo Tribunal de Contas e para os servidores públicos o arrocho salarial, Sr. Presidente, aí é gasto. Tudo é gasto para o Estado.

Mas eu quero dizer, Sr. Presidente, que nós continuamos a nossa luta em defesa da prestação de serviços públicos para a população. A população tem que ter acesso a serviços públicos de qualidade. E, logicamente, nós defendemos os servidores públicos. Os servidores que estão na ponta atendendo a essa população. Os 45 milhões de habitantes de São Paulo devem ser valorizados. E eu quero registrar aqui que eu já acionei o Ministério Público estadual pelo não cumprimento da data base salarial, a Lei 12391/2006, que foi votada aqui em 2006 e não foi, mais uma vez, respeitada pelos governos do PSDB. E o prazo venceu dia 1º de março. O governo não apresentou... O governo está dando 0,0000000 de reajuste salarial. Nem reajuste. Estou errando aqui na terminologia. Na verdade é recomposição das perdas inflacionárias. Nem isso, Sr. Presidente. Isso é um ataque.

Olha só, para os empresários tudo. Para a Gol, para a Latam, a Avianca. Essas empresas vão ter benefícios fiscais, dinheiro público para a Friboi, para a Sadia. Esses grupos econômicos estão contemplados. E para os servidores, o Magistério, os professores, o quadro de apoio escolar, os servidores da Segurança Pública, para os Servidores da Fundação Casa, do sistema prisional, aí 0,0000000. Está aqui, Sr. Presidente. Isso é uma vergonha. Data base venceu no dia 1º de março e até agora nada. O governo não sinalizou com nem um tipo de reajuste salarial. Eu já acionei o Ministério Público, porque o governo está cometendo improbidade administrativa, crime de responsabilidade. Eu gostaria que a Assembleia Legislativa nos apoiasse nessa luta como um todo, enquanto uma instituição, um Poder independente, que não se curva ao poder econômico nem ao Palácio dos Bandeirantes, Sr. Presidente.

Porque eu tenho dito que a Assembleia Legislativa não passa de um puxadinho do Palácio dos Bandeirantes. E, dizia que também era um puxadinho do poder econômico, mas agora estou me convencendo que ela continua sendo um puxadinho do governo Doria, do PSDB, do Palácio dos Bandeirantes; mas, não é mais um puxadinho do poder econômico: é um grande puxadão do poder econômico.

Então, a Assembleia Legislativa - quero aqui reformular a terminologia -, ela também não é só um puxadinho, mas um grande puxadão do poder econômico do estado de São Paulo, dos grandes empresários, dos magnatas das empresas aéreas.

Porque a LDO aprovada aqui, ela é criminosa, ela autoriza a transferência de mais de 20 bilhões de reais para os grupos econômicos, e nada para os servidores, nada para o Iamspe, que está abandonado.

Nada. Nossas emendas não foram atendidas. O Iamspe, o Hospital do Servidor Público, Sr. Presidente, é um absurdo o que vem acontecendo neste estado. Então, quero fazer aqui, neste último dia, na, praticamente, a minha última intervenção no semestre.

Porque nós vamos continuar trabalhando, mobilizados, com os movimentos sociais e com os servidores durante o recesso parlamentar. Só não vai ter sessão aqui, nem comissão, mas os nossos mandatos estarão atuando, o deputado Telhada estará atuando, todos os deputados aqui presentes, nós estaremos atuando em outras frentes.

Mas, quero fazer esse registro aqui, manifestando a nossa decepção com o governo Doria e também com a Assembleia Legislativa, que, mais uma vez,  curvou-se  aos interesses do governo do PSDB, do Palácio dos Bandeirantes, e aos interesses do poder econômico.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr. Deputado. Próximo deputado é o deputado Marcio da Farmácia. (Pausa.) Deputado Gil Diniz.

É, aproveitando o que o deputado Giannazi falou, até para esclarecimento dos nossos telespectadores. Acho que eu posso falar em nome dos quatro deputados que estão aqui, mais da Leci, e os demais.

Nós vamos estar em recesso; mas, a população saiba que nós continuaremos trabalhando. Nossos gabinetes continuarão abertos aqui na Assembleia, entendeu? Então, quem tiver qualquer necessidade, saiba que a gente muitas vezes não vai estar na sessão, não é, Edna? Na sessão, aqui, no dia a dia, porque estamos em recesso. Mas, continuaremos na batalha aí. Contem com nosso trabalho.

Deputado Gil Diniz tem o tempo regimental.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente.

Boa tarde à Mesa, boa tarde aos deputados presentes aqui no Pequeno Expediente, aos nossos assessores, ao público aqui na galeria, a quem nos acompanha de casa.

Presidente, vou sim, o gabinete vai estar aberto, vamos ter assessores atendendo às demandas. Tanto, eu falava aqui com a assessoria, não é, as demandas dos municípios - prefeitos que nos procuram, vereadores que nos procuram, o público normal, o cidadão comum, deputada Edna, que nos procuram.

E, nós atendemos. Então, podem vir no mês de julho, que o gabinete vai estar de portas abertas. E estaremos, também alguns dias estarei aqui, outros dias estarei pelo interior, na Baixada Santista. Dia cinco eu vou para Praia Grande, tenho alguns eventos por lá.

Mas, vamos continuar trabalhando, sim, no recesso parlamentar. Eu queria convidar  todos: hoje, às 18 horas, vai ter o lançamento da Frente Parlamentar em defesa dos CACs, do tiro desportivo. Quem não conhece os CACs, não é: CAC é a sigla para Caçador, Colecionador e Atirador.

Muitos acham, deputada Edna, que, "olha, ai, caçador, meu Deus". Acha que a gente sai, daí, caçando, deputado Telhada, caçando pet, não é, caçando gatinho, passarinho, poodle. E não é.

Por exemplo, aqui no estado de São Paulo, ano passado, aprovaram uma lei que proíbe o controle do javali, do javaporco, destruindo, deputada Edna, plantações, aí, pelo interior; estão matando outros animais menores, seres humanos também.

Então, na ânsia aí de dizer que protegem o meio ambiente, acabam destruindo ainda mais, porque desconhecem o javali, o javaporco, por exemplo, responsável por... É um vetor de várias doenças, transmite várias doenças.

Então, por exemplo, nós defendemos, aí, a revogação dessa lei. E que, por exemplo, nós possamos, aqui em São Paulo e pelo Brasil, já que é uma praga nacional, o controle, não é, desse animal.

E, o tiro desportivo também. Sei que o Coronel Telhada gosta, aí, da prática, sabe utilizar o armamento, e muitas vezes o CAC, o atirador esportivo, é demonizado. Nós temos... A nossa primeira medalha de ouro numa Olimpíadas foi do tiro desportivo. Primeira medalha de ouro, só que é um esporte que, muitas vezes, acaba sendo elitista, o mais pobre não consegue ter acesso, porque o equipamento é caro, o insumo é caro, tudo é caro. A gente quer desmistificar, e hoje é um bom dia para sair daqui com muita informação, vamos lançar essa frente parlamentar.

Só para finalizar, chamou-me a atenção aqui no Diário Oficial um projeto. Infelizmente, o deputado Barba não está aqui, mas eu quero que você aí em casa acompanhe e saiba que a gente está propondo, alguns deputados acabam propondo o Projeto de lei nº 818, de 2019: “Dispõe sobre a concessão de uma passagem no transporte público rodoviário intermunicipal para que os egressos do sistema prisional voltem ao seu domicílio”. Como é que é? Pagar, Coronel Telhada, para vagabundo, saindo da cadeia, transporte intermunicipal. Aí tem aqui o projeto, depois eu vou deixar disponível nas redes sociais, e essa é a justificativa: “O projeto de lei que ora encaminho tem como objetivo atender a Segurança Pública,” - não sei no quê - “promovendo especialmente naquelas cidades onde funcionam casas prisionais, já que providenciam o retorno dos egressos do sistema prisional que tenham sido soltos fora de sua base de domicílio e possam retornar a seus lares e suas residências. Cabe ressaltar que diante da modificação da política penitenciária estadual posta em prática nos últimos anos, cujo efeito colateral foi a transferência de apenados para estabelecimentos prisionais distantes de suas famílias” - coitadinhos - “evidenciou grande dificuldade dos egressos de retornarem a seus lares, não sendo raros os relatos de pessoas, que por falta de qualquer recurso, tiveram de caminhar pelas estradas afora, seja da sua casa ao estabelecimento prisional, seja do estabelecimento prisional a sua casa.” E continua.

Coitadinhos, Coronel Telhada, coitadinho do bandido, do vagabundo, do ladrão que foi solto e tem que andar aí, sei lá, 10, 20, 30, 50 quilômetros. Quero que ande 200, 300 quilômetros. Não queria estar afastado da família, não tivesse cometido crime. Agora, o pagador de imposto bancar passagem intermunicipal para ladrão que está saindo da cadeia ir visitar a família, pelo amor de Deus, né? Se depender do meu voto aqui, do voto da bancada do PSL, essa aberração aqui jamais vai passar. Lugar de bandido é na cadeia, e se for solto, se cumprir - e tem que cumprir - a sua pena e for solto, ele que arque com os recursos para voltar para sua casa. Se não quiser voltar para o estabelecimento prisional, que não cometa crime. Lugar de bandido é na cadeia, e a gente tem que respeitar o dinheiro do pagador de imposto. Isso aqui jamais, se depender de mim, vai ser aprovado aqui nesta Casa.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. Próximo deputado, deputado Dirceu Dalben. (Pausa.) Deputado Teonilio Barba Lula. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputada Beth Lula Sahão. (Pausa.)

Pela lista suplementar. Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Sra. Deputada Edna Macedo.

Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.

 

A SRA. EDNA MACEDO - PRB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Coronel Telhada, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, queridos funcionários, pessoal que nos assiste ali da galeria e a você telespectador que nos assiste através da TV Assembleia.

Bom, eu quero deixar claro aqui para você, telespectador, para você que ouviu, no dia da votação, ontem, que votamos - ontem ou anteontem; ontem, não é? - a favor do aumento dos funcionários da Casa que fique bem claro: o aumento é dado porque a Assembleia Legislativa tem uma dotação orçamentária própria. Então, nada mais justo do que dar o aumento, e darei quantas vezes for necessário. Só não posso dar para o policial militar porque nós somos impedidos constitucionalmente. Quem tem que dar o aumento é o governador. Mas como aqui a verba é da Assembleia, ela tem o direito, o presidente tem esse direito, essa prerrogativa de dar ou não aumento para o funcionário.

E votarei quantas vezes forem necessárias. Assim o farei quando for para votar para os policiais, para os médicos, para os professores, para os enfermeiros, para os dentistas, enfim, para todas as classes públicas, funcionários públicos. Votarei com muito amor e com muito carinho, pois são merecedores também, mas como isso não compete a nós, vamos ficar aqui lutando - não é, Coronel? -, brigando com o governador e quase implorando para que ele dê aumento ao funcionalismo público, um aumento decente.

Tem deputado nesta Casa que não tem o que fazer, porque quem tem o que fazer não tem tempo para ficar acusando e apontando o dedo para os outros. Ele deve saber que é de bom tom que, quando a gente aponta um dedo para uma pessoa, três estão indicados para nós. Ou seja, olhe para você primeiro para depois falar dos outros.

E já não é a primeira vez que esse deputado teima em ficar colocando no YouTube, no Instagram, seja lá o diabo que for, ele fica colocando, falando mal dos colegas, querendo jogar o povo contra nós. Isso é ridículo. Eu não sei o que ele veio fazer aqui. Se ele gosta de fofoca, vá ao programa do Sílvio Santos fazer “Fofocalizando”. Ele faria maior negócio. Quer aparecer, meu amigo? Ponha uma melancia no pescoço e saia por aí, que você vai fazer sucesso. Todo mundo vai olhar para você. Ele não tem noção do que é ser um deputado estadual. Talvez não saiba nem o que é um requerimento. Nunca foi visitar um hospital para saber como está sendo atendido o nosso povo.

Eu gostaria que você, telespectador que votou nesse sujeito chamado Arthur do Val, prestasse atenção ao que ele está fazendo aqui para te ajudar, se ele está atendendo o povo como nós atendemos as demandas. Não importa o que seja, venha ao meu gabinete e será atendido com carinho, com amor. Se eu puder atender, vou atender com o maior prazer. É minha função. São as demandas do povo, para isso somos representantes do povo paulista, porque alguém nos outorgou o direito de ser deputado. Nós estamos deputados, não o somos.

Então, que fique bem claro aqui. Já não é a primeira vez que ele faz isso. Da outra vez, há uns 15 dias, chamou a todos de vagabundos. Que história é essa? Está pensando que é o quê? Engraçadinho. Vai procurar o que fazer, deputado, que você faz mais negócio. Vai procurar uma colher de pau e vai bordar a colher, que você faz bem mais negócio, está bom?

Deus abençoe a vocês todos, funcionários. Vocês mereceram e foi pouco ainda. Foi pouco ainda. Poderiam ter ganhado mais, pois estão sempre de boa vontade, não têm hora para sair, estão sempre aqui nos ajudando. Se não fossem os funcionários desta Casa, a gente não faria nada. Ninguém nasceu sabendo. O outro deve ter caído aqui igual cachorro quando cai da mudança. Não sabe nada e fica olhando e apontando o defeito dos outros. Para com isso, que coisa feia! Muito feio isso.

Então, pessoal, fica aqui o meu abraço carinhoso a todos vocês, que merecem o meu apoio, o meu carinho, o meu respeito. Todos fiquem com Deus. Se Deus quiser, até agosto! Vou continuar o meu trabalho, não vou estar aqui presente, mas o meu gabinete atenderá todos os dias, estará aberto até as cinco horas da tarde para atender a quem quer que seja. Vou rodar o estado, visitar as prefeituras e continuar fazendo meu trabalhinho, que é fiscalizar os atos do governo.

Muito obrigado. Que Deus abençoe a todos. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Amém. Muito obrigado. Obrigado, deputada Edna.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Pela ordem, deputado.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças, vou pedir o levantamento da sessão, mas só lembrando, presidente, os nossos policiais militares que moram em outros municípios e ficam ali na rodovia. Por exemplo, quem vem ali do Vale do Paraíba, ali em Aparecida, e fica embaixo do viaduto pedindo carona, pedindo para alguém parar.

Quando vejo esse tipo de projeto querendo dar passagem gratuita para vagabundo, para bandido, não tem como não lembrar dos nossos policiais militares, defensores das leis, que ficam muitas vezes nas rodovias pedindo carona ou muitas vezes na Rodoviária do Tietê pedindo uma passagem para irem para o seu município. Eu fico triste que alguns dos nossos deputados acabam olhando para quem não deveriam olhar. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Peço o levantamento da sessão, se tiver o acordo entre as lideranças.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É regimental. Muito obrigado, deputado, o senhor está com a razão.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, com a aprovação da redação final do Projeto de lei nº 578, de 2019, que dispõe sobre as diretrizes orçamentárias para o exercício de 2020, completaram-se as atividades do primeiro semestre. Assim, esta Presidência convoca V. Exas. para a sessão ordinária do dia 1º de agosto, quinta-feira, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de 27 de junho último.

Quero agradecer a todos os funcionários que nos acompanham no plenário, a todos dos dois lados, que de vez em quando se digladiam também, mas estão sempre juntos. Agradecer a Assessoria Policial Militar, a nossa assessoria também da Mesa. Agradecer a TV Assembleia, também no nome do Jorge, de todo mundo, do Sérgio. Vamos continuar brigando para a câmera voltar para cá; sinto falta da nossa câmera.

Enfim, agradecer a todos os funcionários que estão nos gabinetes agora nos ouvindo. Desejar um ótimo recesso a todos, lembrando aos nossos telespectadores que os gabinetes continuarão abertos no recesso com os funcionários trabalhando à disposição de todo o estado de São Paulo. Um bom recesso a todos. Obrigado pelo trabalho das senhoras e senhores funcionários e assessores.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e 16 minutos.

 

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