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15 DE AGOSTO DE 2019

82ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: GILMACI SANTOS e CAUÊ MACRIS

 

Secretaria: CORONEL TELHADA

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - GILMACI SANTOS

Assume a Presidência e abre a sessão. Anuncia homologação de mudança da denominação do PRB para Republicanos.

 

2 - CORONEL TELHADA

Parabeniza, por seu aniversário, os municípios de Pitangueiras, Pedregulho, Ponta Linda, Sorocaba, Paraíso e Jaú. Narra ocorrência de sequestro. Faz críticas ao crime organizado no Brasil. Repudia projeto de lei, aprovado em âmbito federal, que prevê punições para casos de abuso de autoridade.

 

3 - CORONEL NISHIKAWA

Reitera críticas à propositura anteriormente abordada pelo deputado Coronel Telhada. Faz apelo pelo preenchimento de vagas ociosas e reajuste salarial dos servidores da Polícia Militar. Disserta acerca das más condições de trabalho e adoecimento desses profissionais.

 

4 - MAJOR MECCA

Saúda visitantes presentes às galerias. Frisa a desmotivação dos policiais militares de São Paulo frente à situação precária de suas carreiras. Desaprova a postura do governador João Doria em relação ao assunto.

 

5 - CARLOS GIANNAZI

Anuncia a presença de estudantes e familiares da rede estadual de ensino de Suzano. Mostra vídeo que registra a dificuldade de deslocamento de alunos para suas escolas, no município, pela falta de transporte escolar. Faz críticas aos cortes orçamentários nesse setor. Esclarece ações de seu gabinete a respeito.

 

6 - ADALBERTO FREITAS

Reprova a postura de partidos de esquerda, nesta Casa, que considera ideológica. Tece elogios a projeto de lei, aprovado ontem, que autoriza a cesárea eletiva no estado de São Paulo, pelos benefícios que, a seu ver, traz às mulheres pobres. Condena condutas do PT.

 

7 - GIL DINIZ

Reitera críticas aos partidos de esquerda, nesta Casa. Fala sobre a veracidade, segundo ele, de atentado, no ano passado, ao então candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro. Defende a atuação do PSL neste Parlamento.

 

8 - MAJOR MECCA

Atribui ao PT problemas enfrentados pelo Brasil na atualidade. Desaprova projeto de lei federal que dispõe a respeito de crimes de abuso de autoridade, o qual, a seu ver, prejudica o trabalho dos policiais. Reivindica melhores condições de trabalho para esses profissionais.

 

9 - CARLOS GIANNAZI

Apresenta denúncias e reivindicações de funcionários públicos acerca do atendimento no Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo. Informa ações do vereador Celso Giannazi em relação ao assunto.

 

GRANDE EXPEDIENTE

10 - CORONEL TELHADA

Pelo art. 82, clama ao governo estadual que reajuste a remuneração dos policiais militares. Comenta e defende a aprovação do PL 765/16, de sua autoria, contra o uso de linhas cortantes. Afirma que usuários de motocicletas correm perigo diuturnamente. Acrescenta que no Congresso Nacional há projetos semelhantes.

 

11 - GIL DINIZ

Para comunicação, clama ao presidente da República que vete a lei do abuso de autoridade, aprovada hoje pela Câmara dos Deputados. Defende o uso de algemas pelos policiais militares. Comenta condução de torcedor, em jogo de futebol.

 

12 - CONTE LOPES

Para comunicação, lamenta a proibição do uso de algemas, por policiais militares. Comenta ocorrência em que meliante algemado pela frente retirara arma de policial civil, em viatura. Acrescenta que os dois profissionais ocupantes do veículo foram assassinados. Defende o veto à lei do abuso de autoridade.

 

13 - CORONEL TELHADA

Para comunicação, comenta o comando do 23º Batalhão da Polícia Militar.

 

14 - CORONEL TELHADA

Solicita a suspensão da sessão até as 16 horas e 30 minutos, por acordo de lideranças.

 

15 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS

Defere o pedido. Informa que o TSE - Tribunal Superior Eleitoral homologara o nome Republicanos, em substituição à sigla partidária PRB. Suspende a sessão às 15h41min.

 

ORDEM DO DIA

16 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h34min. Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovado requerimento de urgência ao PR 25/19.

 

17 - PAULO LULA FIORILO

Solicita o levantamento dos trabalhos, por acordo de lideranças.

 

18 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Defere o pedido. Faz aditamento à Ordem do Dia. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 16/08, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Lembra a realização de sessão solene, em 16/08, às 10 horas, em "Homenagem à Escola Bíblica Infantil - EBI da Igreja Universal do Reino de Deus". Levanta a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Gilmaci Santos.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Presente número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados. Sob a proteção de Deus iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e convida o nobre deputado Coronel Telhada para ler a resenha do Expediente.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Sr. Presidente, nós temos uma indicação do prezado deputado Altair Moraes, indicando nos termos regimentais ao Sr. Governador do Estado, a realização de estudos e urgentes providências no sentido de possibilitar, através de iniciativa própria daquele poder, a destinação de um veículo tipo van adaptada para a escola Apae de Aparecida, naquele município.

Temos também uma indicação da prezada deputada Leticia Aguiar, indicando nos termos regimentais ao Sr. Governador do Estado que avalie a possibilidade de criar mecanismos para dar publicidade à listagem de espera dos pacientes da Central de Regulação de Oferta desses Serviços de Saúde - Cross. É somente isso, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Muito obrigado, nobre deputado Coronel Telhada.

Vamos começar então o Pequeno Expediente. Mas, antes porém, eu queria fazer aqui da Mesa mesmo fazer um pequeno comunicado que hoje em Brasília o TSE homologou e aceitou que, como diz agora há pouco na entrada dos trabalhos, Sérgio Everton, homologou para que o Partido Republicano Brasileiro a partir de hoje chama-se Republicanos. Foi homologado hoje. Esse pedido já tinha sido feito depois de uma convenção que foi realizada neste ano, então foi pedido ao TSE a mudança de nome e o TSE homologou. A partir de hoje nos chamamos Republicanos.

O Republicanos nasceu em 2005, como PMR, Partido Republicano Municipalista Renovador. Depois da filiação do vice-presidente José Alencar, por sugestão dele, o partido em 2012 passou a se chamar PRB, Partido Republicano Brasileiro. A partir de hoje, de maneira oficial, Republicanos. Então, a partir de hoje, o nosso PRB está oficializado como Republicanos.

Para todos nós é uma grande alegria, uma grande honra. Isso se dá ao grande esforço, ao trabalho, à dedicação, à inteligência e à determinação do nosso presidente nacional, deputado federal Marcos Pereira. Então, parabéns a todos nós, Republicanos, que, a partir de hoje, somos também Republicanos 10.

Muito obrigado.

Entramos agora no Pequeno Expediente. Convidamos para fazer uso da palavra o nobre deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Nobre deputado Ricardo Madalena. (Pausa.) Nobre deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Nobre deputado Ed Thomas. (Pausa.) Nobre deputado Coronel Telhada. Tem V. Exa. o tempo regimental no Pequeno Expediente.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP -  Sr. Presidente, funcionários assessores aqui da Assembleia Legislativa, policiais militares aqui presentes, minha saudação, representando a nossa assessoria policial militar, todos os presentes - sejam bem-vindos - e todos os que nos assistem pela TV Assembleia.

Como sempre, quero começar as minhas palavras aqui saudando as cidades aniversariantes. Hoje nós temos a cidade de Pitangueiras, a cidade de Pedregulho, a cidade de Ponta Linda, a querida cidade de Sorocaba, grande cidade de Sorocaba, a cidade de Paraíso e a cidade de Jaú.

Portanto, a todos os amigos e amigas dessas queridas cidades, Pitangueiras, Pedregulho, Ponta Linda, Sorocaba, Paraíso e Jaú, nosso abraço. Contem com nosso trabalho aqui na Assembleia Legislativa. Estamos à disposição de todos por aqui.

Eu quero aqui, Sr. Presidente, contar uma ocorrência que aconteceu no outro estado. Acho interessante que isso aconteça em pleno ano de 2019, uma ocorrência medieval. Lá no Rio de Janeiro, Cabo Frio, houve um tiroteio entre a PM e alguns criminosos. Foram apreendidos uma pistola, rádio comunicador, seis aparelhos celulares com os criminosos e uniforme de camuflagem, ou seja, uniforme camuflado.

Por que aconteceu essa ocorrência? Três vigilantes que trabalhavam em um condomínio de luxo na região foram sequestrados por quadrilha de traficantes na região. Por quê? Porque eles foram confundidos com milicianos. Desses três vigilantes, dois deles foram mortos. A polícia está atrás dos corpos. Um terceiro conseguiu evadir do local, conseguiu fugir correndo mata adentro e acabou sobrevivendo. É um sobrevivente dessa situação.

Ele conta a tortura que eles sofreram na mão desses criminosos. Inclusive, foram obrigados a cavar a própria sepultura, coisa que nós só vemos em filme, mas que acontece aqui no Brasil.

É só você entrar nos nossos WhatsApp, eu tenho certeza de que todos que são policiais militares aqui recebem esses WhatsApp do pessoal do crime organizado matando mulheres desarmadas, indefesas, às vezes amarradas, cortando cabeça de pessoas do próprio crime. Ou seja, se eles fazem isso com a pessoa que é do crime organizado, o que farão com outras pessoas que não estão do lado deles? Não precisa nem dizer.

Nesse caso, as pessoas foram obrigadas a cavar a sua própria sepultura e depois tiveram seus corpos incinerados, tanto que foram achados dois corpos, restos mortais de dois corpos que estavam ao lado de pneus. Eles dizem que é o chamado micro-ondas, eles colocam as pessoas dentro do pneu e tacam fogo.

Essa é uma prática comum no crime organizado. Esse mesmo crime organizado que algumas pessoas teimam em defender, como se fossem vítimas da sociedade, como se fossem pessoas que não foram beneficiadas pela sociedade. Esse mesmo crime organizado que mata seus próprios integrantes com requintes de perversidade.

Não bastasse isso, ontem, no nosso Congresso, lá na Câmara dos Deputados, nós tivemos aprovado um projeto que fala contra o crime de abuso de autoridade. Esse projeto, na realidade, foi feito para pegar os juízes, promotores, o pessoal do Judiciário. Porque tem muito deputado, muito político, aí, que está com o rabo sujo, o rabo preso, e está querendo parar as operações que estão sendo realizadas.

Porque quem não deve, não teme. Quem não pratica nada errado não tem que temer a Justiça. Quem teme a Justiça é quem faz coisas erradas. Então, esse projeto foi feito justamente para parar a Lava Jato, para prejudicar promotores e juízes.

Só que ele foi feito de uma maneira que quem vai sofrer na realidade são os policiais, principalmente os policiais militares que estão na rua.

Porque dentro desse projeto, aqui ele preveem uma série de coisas absurdas, fora da realidade atual do País. Por exemplo, o uso de algemas. O uso de algemas, nós temos vários decretos que já preveem, que já regulam, o uso de algemas: situação de flagrante delito, tentativa de fuga, resistência à prisão, violência do criminoso na hora de ser preso, ou até para resguardar a própria integridade desse preso e do policial, isso já é regulado por lei.

Mas, aqui, ontem, o que foi decidido foi uma lambança feita de uma tal maneira que hoje o policial pode ser enquadrado por qualquer besteira e chegar a puxar dois anos de cadeia.

Aqui, assaltante de banco não vai preso, cara que rouba milhões não vai preso, nós vemos aí pessoas que são presas com fuzis; no dia seguinte, a audiência de custódia libera, traficante, no dia seguinte à audiência de custódia libera, agressores de mulheres, no dia seguinte, a audiência de custódia libera, ele vai lá e mata a mulher depois.

Não, mas o policial militar pode ser preso. Isso que foi feito foi uma excrescência, Sr. Presidente. Foi um absurdo, e eu quero aqui repudiar, infelizmente, esse ato da Câmara dos Deputados, lá em Brasília, um ato vergonhoso.

Felizmente, vários deputados, inclusive do meu partido, votaram contra. Quero aqui dizer, inclusive, na figura do Capitão Derrite, que é deputado federal que se pôs contra esse projeto, votou contra esse projeto, Capitão Derrite; o nosso amigo Capitão Augusto, enfim, vários outros policiais militares.

Mas, o projeto aprovou, foi aprovado. Então, nós esperamos que o presidente Jair Bolsonaro vete uma série de itens desse projeto, que são perniciosos à Segurança Pública, são perniciosos ao cidadão. Porque quem vai ser prejudicado no final não é só o policial militar: é o cidadão.

Porque a Polícia, hoje, está de mãos amarradas. E o cidadão, cada vez mais à mercê do crime. Essa, infelizmente, é a verdadeira face do Brasil: uma Justiça fraca, uma lei servil ao crime. E, aqui no Brasil, vale a pena ser bandido. Aqui no Brasil, sim, o crime compensa.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Obrigado, nobre deputado.

Convidamos agora a nobre deputada Márcia Lula Lia. (Pausa.) Nobre deputado Paulo Lula Fiorilo. (Pausa.) Nobre deputado Dr. Jorge Lula do Carmo. (Pausa.) Nobre deputado Coronel Nishikawa.

Tem V. Exa. o tempo regimental, Coronel Nishikawa.

 

O SR. CORONEL NISHIKAWA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos, assessorias, deputados, presidente desta sessão, Sr. Presidente, pessoal que nos visita na galeria, uma boa tarde, bem-vindos.

Eu vou repetir tudo aquilo que foi dito pelo nobre deputado Coronel Telhada sobre a Lei da Mordaça.

Eu acho um absurdo, num País em que está se investigando crimes de colarinho branco, como nós chamamos, de repente vir uma lei da mordaça. Eu, por exemplo, apesar de estar sendo alvo de uma denúncia anônima, eu sou contra essa lei também, viu, coronel?

Porque não tem cabimento amarrarem, atarem a mão da Justiça, para investigar criminosos. É, só pode ser medo. Inclusive, isso faz com que o País volte na obscuridade.

Perdem o poder da investigação que eles têm. Então, tudo isso faz com que o País mergulhe novamente na corrupção.

Mudando de assunto, eu vou falar sobre a nossa Polícia Militar, Polícia Técnico-Científica, Polícia Civil e agentes penitenciários: estão às mínguas. Nós precisamos de um reajuste urgente, porque não se consegue mais sobreviver quando a inflação caminha e o nosso salário congelado há muito tempo. São medidas que o governo precisa tomar para dar ânimo de trabalharem.

Eu tenho visitado quartéis; muitos policiais ativos estão se recolhendo à administração. Por quê? Doze horas dentro de uma viatura, ninguém aguenta isso. Depois disso ainda vão fazer Dejem Delegada, que é um absurdo. Se tivessem um salário digno, decente, não precisariam desse complemento que prejudica a saúde, a saúde de quem está na rua para servir a população. E a população fica à mercê de policiais cansados, estressados e até psicóticos, por que não? Isso tem que ser mudado.

Nós estamos sentindo isso no dia a dia, basta ir a um quartel. O recolhimento do pessoal ativo para a administração é um negócio absurdo. Antigamente ninguém queria trabalhar na administração. Hoje todo mundo quer se recolher à administração. Às vezes policiais da ativa, na ativa, na rua entram em confronto, depois que têm esse confronto e casualmente venha a ter óbito de marginais, ele é recolhido também para o quartel. Ou seja, pessoas preparadas estão sendo recolhidas da rua e sendo substituídas por essas mesmas pessoas que foram para a administração fugindo da rua. É um absurdo o que está acontecendo, e nós estamos observando. Isso é preocupante.

Outra coisa: a falta de efetivo que tem se observado principalmente no Corpo de Bombeiros... Eu já falei aqui várias vezes, trabalhava em postos de bombeiro onde tinham 30 homens. Hoje têm oito a serviço nesse mesmo quartel, que tinha 30, com menos habitantes, uma população menor. Hoje a gente vê que um motorista que é sargento ocupa tanto o resgate como o autobomba. Eu vi isso aí e acho um absurdo. Se não se completar o efetivo com urgência, nós teremos um colapso tanto no Corpo de Bombeiros tanto quanto nas Forças Policiais.

Ontem veio o pessoal da Polícia Técnico-Científica. Esses policiais vieram agradecer aos deputados, dentre os quais nós, porque nós colocamos isso na mão do governador, a efetivação do pessoal que estava aguardando o chamamento depois de um concurso, de ser aprovado num concurso. Isso faz com que melhore o serviço. É um absurdo o pessoal do policiamento ficar aguardando 12, 13 horas dentro de uma delegacia, afastando-se da rua porque tem que acompanhar a ocorrência. E se não tem Polícia Técnico-Científica eles ficam aguardando a Polícia para poder liberar locais em que haja acidentes ou confronto.

É isso, Sr. Presidente. Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Obrigado, deputado.

Convidamos agora a deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Deputado Enio Lula Tatto. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputada Adriana Borgo. (Pausa.) Deputado Major Mecca.

Tem V. Exa. o tempo regimental.

 

O SR. MAJOR MECCA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Uma boa-tarde, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, integrantes da Mesa, nossos policiais militares, funcionários que nos dão apoio, todos da galeria presentes aqui acompanhando o nosso trabalho; os senhores são muito bem-vindos.

Queria cumprimentar a dona Neia, que está ali na galeria junto com a Sra. Carol, que é integrante da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo. A dona Neia é uma das viúvas da Polícia Militar. Viu, Coronel Telhada? Ela é esposa do cabo Isaías, que era da matutina, que foi morto na Estrada de Itapecerica, em uma saída de banco. O marido dela foi assassinado por criminosos.

É uma das nossas pensionistas. Veio fazer uma visita a nós no gabinete e, com muita honra, recebemos vocês aqui. Viu? No grande expediente a gente vai falar um pouco sobre os prejuízos desse Projeto de lei nº 7.596, que tramitou ontem, que dispõe sobre o abuso de autoridade e o reflexo para o nosso patrulheiro.

Agora, eu queria citar. O Coronel Nishikawa estava falando aqui sobre a desmotivação dos policiais militares em relação à atual situação que nós atravessamos. Situação gravíssima, que atravessa todos os operadores de Segurança Pública. Os policiais militares, policiais civis, técnico-científicos, agentes de segurança penitenciária, agentes de escolta e agente socioeducativos da Fundação Casa.

Todos estão atravessando uma situação de penúria, onde o Governo que assumiu São Paulo, o qual ele tinha como promessa, fez a promessa, e foi contundente em sua promessa. “Os policiais terão reajuste salarial no início do ano”. E não o fez, e ainda faz questão de querer, em sua fala, citar parlamentares que vêm aqui fazer a cobrança dessas promessas.

Nós sabemos que ele está se manifestando de maneira incerta, porque ele não diz quando e de quanto será esse reajuste. Ele faz essa manifestação tentando empurrar com a barriga, para fazer frente às nossas manifestações neste plenário e, principalmente, nas redes sociais. Porque sentar-se à mesa com esse tipo de gestor, como é o Governo de São Paulo, atual governador João Doria, e como foram os seus antecessores, não traz resultados, porque eles não têm compromisso com a verdade.

Eles não se preocupam com o ser humano. Em primeiro lugar está a sua imagem a ser levada, e conseguir altos postos no Governo. Entrou na prefeitura, não cumpriu com o que acordou com o povo de São Paulo, ascendeu para o Governo do Estado sem trabalhar, está insatisfeito, porque nós sabemos que quem administra São Paulo hoje é o vice-governador. Ele fica nas ruas fazendo marketing e tirando fotografia, para ser presidente, candidato a presidente em 2022. Já se articulando o centrão, para querer puxar o tapete do atual presidente, o nosso grande Jair Messias Bolsonaro.

E de trabalho, nada. E os policiais estão abandonados, e essa semana... E é de soldado a coronel. Eu vou citar aqui um exemplo que aconteceu esta semana. Foram disponibilizadas 50 vagas para o curso superior de polícia. É o curso de doutorado profissional, para que um tenente-coronel seja promovido ao posto de coronel. Cinquenta vagas disponibilizadas, 48 inscritos. Têm menos inscritos do que vagas, e nós temos mais de 700 oficiais superiores capacitados para fazer essa inscrição, mas não o fizeram. Sabe por quê? Porque não acreditam mais nos planos de carreira, e estão desmotivados e descrentes da polícia.

Faço uma ressalva aqui, para concluir. O episódio do desrespeito do governador com o coronel Castilho, chefe da Inteligência da Polícia Militar, em uma reunião do quartel do Comando Geral, foi um divisor de águas, foi a pá de cal em cima da nossa oficialidade, de toda a nossa tropa da Polícia Militar em relação ao respeito que se esperava de um chefe de estado para com uma polícia tão importante como a polícia de São Paulo. Infelizmente, a desmotivação das polícias é geral.

Muito obrigado. (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Obrigado, deputado. Convidamos agora o deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Daniel José. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputada Erica Malunguinho. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. Tem V. Exa. o tempo regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente, telespectador da TV Assembleia que está nos acompanhando da Capital, do interior paulista, da Baixada Santista, primeiro, quero dizer que estamos recebendo hoje na Assembleia Legislativa os pais de alunos e os alunos das escolas estaduais do município de Suzano.

Eles estão aqui hoje trazendo uma gravíssima denúncia, um verdadeiro crime que o governo Doria está praticando contra as crianças e adolescentes matriculados na rede estadual de ensino.

Já fiz, inclusive, essa denúncia aqui na Assembleia Legislativa e todos estão acompanhando. Refiro-me aos cortes na área do transporte escolar. A Secretaria da  Educação disse que está reorganizando o transporte escolar do estado de São Paulo. Na verdade, essa reorganização é contra os alunos, contra a rede estadual de ensino, porque reorganiza cortando o transporte escolar, que é um direito garantido pela Constituição Federal, pela nossa Constituição Estadual e pela LDB, Lei de Diretrizes da Educação Nacional, Lei nº 9.394, de 1996. É um absurdo.

Na região de Suzano, mais de oito escolas estão sendo afetadas, mais de 1.500 alunos estão ficando sem transporte escolar. Com isso, é negado a essas crianças o direito à Educação, o direito fundamental à Educação. A situação lá é grave.

Realizamos uma audiência pública aqui. Eu ouvi e acompanhei vários relatos que mostram a gravidade da situação. Inclusive, temos aqui uma imagem que eu queria mostrar: os alunos e moradores da Fazenda Viaduto estão tendo que ir à escola de bicicleta, na escuridão. Estão voltando da escola à noite, porque o Doria cortou o transporte escolar. Várias crianças são obrigadas a caminhar ou a pedalar por até 13 quilômetros para chegar até a Escola Estadual Luiz Bianconi, que faz parte da diretoria de ensino da região de Suzano.

Isso é muito sério, isso é um crime, é uma afronta à dignidade humana de crianças e adolescentes, dos nossos alunos da rede estadual. Temos as imagens mostrando que essas crianças são obrigadas a caminhar na escuridão, porque o governo nega a elas... O governo simplesmente cortou o transporte escolar. Parece que ele está enxugando o orçamento da Educação e afetando as pessoas que mais necessitam da Educação Pública no estado de São Paulo.

Já acionamos a Defensoria Pública da Casa, que já está tomando as providências, e vamos acionar o Ministério Público estadual, porque isso é um crime. O governo tem que ser responsabilizado criminalmente, porque está abandonando as crianças e os adolescentes e afrontando o ECA, o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Então, aqui nós temos pessoas da comunidade escolar, da Escola Luiz Bianconi, não é isso, pessoal? (Manifestação nas galerias.) Essas pessoas estão aqui, não tem fake news, aqui é real, é o povo na Assembleia Legislativa pedindo socorro.

Quero, Sr. Presidente, que cópias do meu pronunciamento sejam encaminhadas ao governador Doria, ao secretário estadual de Educação e ao Ministério Público estadual. Exigimos providências imediatas e que o transporte escolar seja restabelecido para todas as crianças e adolescentes e alunos da região de Suzano e do estado de São Paulo. (Manifestação nas galerias.)

A reorganização, como eu disse, afronta o direito à Educação, porque ela corta o transporte escolar, abandonando as crianças à própria sorte. Elas estão correndo risco de vida sim, porque não há segurança. Imaginem os senhores, deputados e deputadas, uma criança, um adolescente, tendo que se locomover por até 13 km para chegar à escola e depois voltar à noite na escuridão, muitos deles vindo de bicicleta em ruas esburacadas e perigosas.

Isso é uma irresponsabilidade, uma leviandade do Estado, do Governo Doria, que só sabe fazer cortes, só sabe privatizar, terceirizar, vender o patrimônio público e cortar nas áreas sociais. Esse é um ato criminoso do Governo Doria e da Secretaria Estadual de Educação, que tem que ser barrado imediatamente pela Assembleia Legislativa.

Eu vou também levar o caso para a Comissão de Educação, mas o Ministério Público tem que tomar uma medida urgente contra esses cortes, porque o que está acontecendo na região de Suzano, Sr. Presidente, é algo que está acontecendo em todo o estado de São Paulo. São várias denúncias, várias reclamações. A imprensa já falou sobre isso, e nada foi feito até agora. As crianças continuam sendo prejudicadas.

Então eu queria fazer esse registro, essa denúncia gravíssima aqui, e que o Ministério Público tome providências, que o governador também tome, e sobretudo a Secretaria da Educação, restabelecendo imediatamente, em caráter de extrema urgência, o transporte escolar cortado em Suzano e em todo o estado de São Paulo.

Sr. Presidente, gostaria que cópias do meu pronunciamento fossem encaminhadas ao governador, ao secretário da Educação e ao Ministério Público. A comunidade já está entrando também, preparando uma ação na Justiça, há um movimento organizado.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Para concluir, deputado.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Houve audiência pública hoje de manhã aqui na Assembleia Legislativa. Muito obrigado e parabéns pela mobilização de vocês, alunos, professores, pais de alunos. Obrigado. (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Esta Presidência recebe os documentos e os encaminhará na forma regimental, nobre deputado. Convidamos agora para fazer uso da palavra o deputado Luiz Fernando Lula da Silva. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Emidio Lula de Souza. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. Tem V. Exa. o tempo regimental.

 

O SR. ADALBERTO FREITAS - PSL - Boa tarde a todos os deputados aqui presentes. Cumprimento a Mesa, os assessores de ambos os lados, o pessoal da PM que está aqui dando uma cobertura para nós, o pessoal da galeria e o pessoal que está nos assistindo em casa.

Mais uma vez eu venho aqui deixar registrada uma vergonha que ontem tivemos nesta Casa. Grande parte dos parlamentares da esquerda, do PT, do PSOL e outros deputados aí, tentou, a todo o custo, desde o começo das sessões, com provocações baratas, provocações de todo nível, levar àquela discussão ideológica que não favorece a ninguém.

Nós tínhamos um projeto da deputada Janaina que estava em pauta ontem. Era um projeto importante para a saúde das mulheres e das crianças que estariam nascendo, né? A gente sabe que era um projeto bom, tanto é que ele foi aprovado. O pessoal da esquerda, por mais que fizesse as provocações e votasse contra, acabou perdendo e viu que a maioria dos deputados daqui, de bom senso, acabou votando e aprovando o projeto.

Agora, isso configura, para as pessoas que estão em casa, para as pessoas que estão vendo como que esse pessoal trabalha... Eles não estão aqui, nesta Assembleia, por conta de projetos, por conta de algo que vão trazer de bom para a população. Eles estão aqui exatamente para tratar de ideologia. Qualquer projeto que seja bom para a população, bom para o cidadão comum, que na outra ponta não tem assistência médica, como é o caso, a gente percebe como os argumentos dos deputados eram fracos.

Teve um deputado que falou que a única pessoa que poderia saber se a mulher estaria pronta para ter o nenê por cesárea ou por parto normal era o médico. Só que a gente sabe que a mulher que tem um poder aquisitivo melhor, indo ao médico, paga e faz a cesárea na mesma hora. O conhecimento do médico acaba não tendo validade nenhuma, porque ela pagou.

Agora, na outra ponta, a mulher da periferia, a pessoa que não tem recurso nenhum, ela vai ao médico à uma hora, chega lá o cara manda ela embora e espera e fala que tem de ser parto normal. E ela acaba indo e voltando várias vezes na unidade médica e na hora que vai realmente ter o nenê, na hora que não tem mais condição, ela é obrigada a ir em um horário qualquer.

E, se nesse horário não tiver médico lá, não tiver assistência, ela acaba indo a óbito e, às vezes, até acaba perdendo o bebê. Esse pessoal de esquerda quando vem neste palanque falar alguma coisa sobre essa questão de Saúde para ajudar a população, é tudo enganação.

Porque toda vez que tem algum projeto que é a favor da população, se for apresentado por um partido de que eles não gostam, que no caso é o PSL, que é o nosso partido, pode ser o melhor projeto que tenha, eles vão toda vez votar contra e vão mentir.

Teve uma deputada que esteve ontem mentindo, falando que o projeto do PT, dos 13 anos que estiveram aí, era um projeto muito bom, mas só que nós sabemos que todas as mazelas que nós estamos passando, tudo de ruim que o Brasil está passando, tudo de mal que aconteceu com o Brasil - 13 milhões de desempregados, desfalcaram a Petrobrás, Eletrobrás, fundos de pensão - tudo foi no Governo do PT.

Se o País está passando por uma dificuldade hoje, que a gente tem problemas até financeiramente de se organizar, isso foi culpa do pessoal que estava na administração do PT, que foram 13 anos de poder junto com outros partidos que eram associados dele.

Toda vez que esse pessoal vir para falar que são a favor dos trabalhadores, falar que são a favor das classes menos favorecidas, é mentira, porque toda vez que vem um projeto bom eles são contra, desde que seja apresentado por outro partido.

Outro parlamentar, também do PT, - não me lembro do nome dele - veio falar que se não tivesse feito aí alguns acordos, o presidente Bolsonaro não teria sido eleito.

Eles não conseguem falar do mensalão, que foi criado na era PT junto com outros partidos, que nada mais, nada menos era o seguinte: tinha algum projeto para poder passar, não era a forma democrática de ser. Eles não esperavam os parlamentares votarem. Eles compravam os parlamentares.

Ou seja, eles desviavam o dinheiro da Petrobrás, de todas as empresas, e compravam os parlamentares. No caso, a gente precisa de maioria de 48 para aprovar um projeto. Na ocasião, só um exemplo, eles compravam os 48 e passavam o projeto que eles queriam. Não era nada democrático; eles aprovaram muitos projetos.

Até a própria eleição do PT está sob suspeita, porque todas as eleições que eles fizeram, eles usaram dinheiro desviado das empreiteiras, dinheiro de corrupção. Não acreditem no pessoal que sobe aqui, porque o que eles querem, realmente, é voltar de qualquer jeito para o poder e, se voltarem, nós vamos estar a caminho de sermos uma Venezuela, uma Cuba, da vida. Muito obrigado.

 

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB -  Obrigado deputado. Convidamos agora a nobre deputada Janaina Paschoal. (Pausa.) Deputado Roberto Morais. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson. (Pausa.) Deputada Beth Lula Sahão. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado Dirceu Dalben. (Pausa.) Deputado Teonilio Barba Lula. (Pausa.) Deputada Isa Penna. (Pausa.) Deputado Wellington Moura. (Pausa.) Deputada Professora Bebel Lula. (Pausa.) Deputada Marina Helou. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.)

Passamos agora à lista suplementar. Convidamos o deputado Jorge Wilson. (Pausa.) Deputada Márcia Lula Lia. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.)  Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Gil Diniz, V. Exa. tem o uso da palavra.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde Sr. Presidente. boa tarde a toda a Mesa. boa tarde ao líder do governo, Carlão Pignatari; aos deputados presentes no Pequeno Expediente; aos nossos assessores; ao público que nos honra com a sua presença na galeria e a quem nos assiste pela TV Assembleia.

Eu estava ouvindo as falas, principalmente do nosso deputado Adalberto Freitas. Concordo contigo, Freitas. Ontem, por mais de uma hora, escutamos a bancada de esquerda, o pessoal da esquerda, PSOL, Rede, PT, não discutirem o projeto. Não discutiram o projeto, só atacavam o PSL, o presidente Bolsonaro. Teve deputado que falou que a facada foi fake, que a facada não existiu. Meu Deus do céu.

Eu estava, no dia daquela facada, 6 de setembro, estava em Mogi das Cruzes, panfletando, ao lado do deputado federal Eduardo Bolsonaro. Quando soubemos daquele ataque covarde de um ex-filiado do PSOL - precisamos falar: de um ex-filiado do PSOL, militante de extrema esquerda que, à luz do dia, tentou assassinar um candidato à Presidência da República, saímos de Mogi e fomos para Juiz de Fora.

Cheguei lá por volta das 11 da noite. Me dirigi à UTI. Passei aquela madrugada ao lado da família. Muitas vezes entrei no leito do agora presidente, Jair Messias Bolsonaro. Abdômen costurado, a bolsa de colostomia. Um amigo meu, doutor Marcelo, ele controlava... A tensão era tão grande naquele momento que, toda vez que um enfermeiro ia aplicar algum medicamento, ele verificava qual era o medicamento e a quantidade do medicamento que iria ser aplicado. Pela tensão que estava.

Dentro da possibilidade da Santa Casa de Juiz de Fora, o presidente e então candidato foi muito bem atendido. Agradecemos os médicos que salvaram a vida do presidente Jair Messias Bolsonaro. Agora, vir aqui a essa tribuna e falar que foi fake? Que ele já precisava fazer uma cirurgia no intestino? Meu Deus do céu, meu Deus do céu. Esse tipo de história, talvez eles inventem.

E seu eu falasse aqui que o ex-presidente Lula - preso, condenado - se eu falasse aqui que ele cortou aquele dedo para se aposentar, para não trabalhar? Como nunca trabalhou. Talvez trabalhe agora, se vier para Tremembé. Vai ter a chance de trabalhar pela primeira vez na vida. Vai usar calça bege, vai tirar a barba, vai cortar o cabelo e vai trabalhar. E vai trabalhar.

Agora, pedem respeito aqui, nos desrespeitam, cospem na nossa cara e, quando sobe um deputado nosso para revidar, para falar algumas verdades... O deputado Douglas Garcia tem coragem de vir a essa tribuna. Tem muito covarde que não sobe. É humilhado, é ofendido, e não responde.

Dez minutos falando: “Olha, o PSL gosta de provocar, o PSL gosta da briga”. Pelo amor de Deus. Só ontem foi mais de uma hora aqui. Falei para o presidente: “Vamos encaminhar no projeto da deputada Leci. Vou pedir para a bancada não pedir verificação. Quem for contra, anuncia o voto contrário depois da votação. No projeto do Enio, vamos encaminhar. E, sim, vamos pedir verificação.” Somente 20 minutos.

Então não venham dizer aqui que: “Olha, veja bem, não pode, é hora de discutir o projeto.” Já fiz questão de ordem nesse microfone dizendo: “Hora do encaminhamento do projeto e discussão do projeto é para se atentar ao projeto.” O presidente me respondeu que não pode censurar deputado, não pode não, que não sei o quê. Tem no Regimento Interno. Então, se é para seguir o Regimento Interno, vamos seguir o Regimento Interno.

Agora, não vamos aceitar calados. Não vamos aceitar, calados, as provocações. Tínhamos interesse na aprovação do projeto. Ficamos calados. Todo mundo querendo vir falar. Eu falei: “não, deixa aprovar, que é do nosso interesse”. Agora, o PSOL sobe aqui, obstrui um projeto em que eles têm interesse, e a culpa é do PSL? Negativo.

Estamos aprendendo, deputado Gilmaci, o Regimento. Estamos aprendendo, tem um pessoal nosso lá no ILP. O menino do PSOL está dando curso lá. Eu gostaria de ter ido; não pude ir. Mas pedi para o meu pessoal ir lá. Por quê? Porque eles sabem fazer isso, usar o Regimento. E nós estamos aprendendo e vamos utilizar, sim. E vamos repudiar, sim, falas tresloucadas, falas desrespeitosas daqueles que sobem aqui para defender bandido, defender vagabundo, defender homicida. Nós não vamos ficar calados, deputado Mecca. Vamos subir, sim, e usar o nosso tempo, que é regimental. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Obrigado, deputado. Convidamos, agora, o deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. (Pausa.) Deputado Major Mecca.

 

O SR. MAJOR MECCA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Pessoal, uma boa tarde a todos novamente. Dando continuidade à nossa fala: em relação ao que foi falado aqui pelo nosso líder, deputado Gil Diniz, todos nós sabemos que o atraso do País ao longo do Governo do Partido dos Trabalhadores é uma constatação, independentemente de discurso ideológico, porque cada um acredita naquilo que quer. Agora, o atraso do País, o número absurdo de desempregados, isso é uma constatação.

O que eu quero dar continuidade, aqui, é a questão do Projeto de lei no 7596, de 2017, que dispõe sobre o abuso de autoridade, onde o objetivo maior é fazer com que operações que levem à prisão de criminosos do colarinho branco... Algo que nunca havia acontecido na história do País. Nós achávamos, o povo sempre achava que algumas pessoas, por mais que praticassem crime, nunca responderiam por suas ações. E hoje respondem.

Pessoas que muitos idolatravam e achavam que era um salvador não era um salvador. Estava roubando os cofres do nosso País, praticando crimes, entregando nosso País a um grupo de empresários. Graças à Operação Lava Jato, ao juiz Sergio Moro e a toda a sua equipe do Ministério Público Federal, ao Deltan Dallagnol, à Receita Federal, a essa equipe de homens valorosos e idealistas que, cumprindo a lei, fizeram aplicar essa lei no nosso País... Hoje, tem muitas pessoas presas, graças a Deus, e muitas ainda podem ser presas.

Mas o que acontece é que essa lei de abuso de autoridade também atinge diretamente o nosso operador de segurança nas ruas. Essa lei, no Art. 17, proíbe o policial de algemar um preso. Nós já tivemos inúmeros exemplos de policiais atacados e mortos dentro da viatura por não utilizarem algema para imobilizar um criminoso preso. E hoje, essa lei... Todos nós, integrantes da bancada do PSL, todos nós, integrantes da Frente Parlamentar de Segurança Pública - está aqui o capitão Conte Lopes, que também integra essa frente -, providenciaremos expediente para enviar ao presidente da República, para que sejam vetados esses artigos, como o Art. 17, que é um absurdo.

Só quem nunca viveu a realidade das ruas, do combate ao crime, somente quem nunca procurou se aproximar dos policiais para conhecer a sua realidade, que leva adiante um projeto de lei com um artigo desse - um absurdo - que desrespeita a vida e a integridade física de todos nós policiais.

Já não bastasse o descaso em relação aos vencimentos, que leva os nossos policiais a passar fome, agora querem que potencialize o número de policiais mortos. Não basta este ano terem morrido e sido executados 15 policiais; tem que dobrar esse número para mil, para dois mil.

Que descaso é esse? Até aonde vai o desrespeito a essa categoria profissional que são os homens e mulheres que defendem o cidadão de bem nas ruas? Até aonde vai isso? Parece que não tem fim.

Parece que nós trazemos aqui a realidade desses homens e mulheres e parece que ninguém se preocupa com isso. É como se nada tivesse acontecendo. O homem passando fome, a gente tendo que fazer vaquinha. E agora tem que vir aqui brigar por uma lei absurda que não permite... Cita o termo capricho. E imputa um crime ao policial que algemar um criminoso.

O policial não tem mais o direito ao discernimento, no local, de avaliar o risco da sua própria vida. Querem fazer o que com os policiais? Essa desmotivação é por conta disso.

Temos aqui um despacho de um promotor de Justiça de uma ocorrência que foi passada aqui. O criminoso apontou para o policial e o policial efetuou um disparo e socorreu o criminoso que foi socorrido ao PS e foi preservada a sua vida lá com o atendimento médico. Olha o despacho, se  não é para fazer um policial não querer nem levantar da cama para ir trabalhar. Os depoimentos prestados pelos milicianos, nas páginas oito e nove, dão conta de que Diego apenas apontou a pistola que tinha em mãos - para concluir, Sr. Presidente - aparentemente apto a efetuar disparo ao ser surpreendido pelos policiais, numa situação relacionada com tráfico. Nem mesmo foram efetuados disparos de arma de fogo por parte do Tiago. Então, ele pretendia, tão somente, impedir a sua prisão e não matar os policiais.

Pode uma postura desta em relação a um policial? Até onde vai esse descaso? Que Deus proteja a nossa Nação das mãos desses mal-intencionados.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Próximo orador inscrito, deputado Carlão Pignatari. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente em exercício, nobre deputado Gilmaci Santos, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente, telespectador da TV Alesp, de volta a esta tribuna eu queria aqui dar uma informação importante em relação à prefeitura de São Paulo, em relação ao Hospital do Servidor Público Municipal.

Vejo aqui o deputado Conte Lopes, que foi vereador de São Paulo, já sabe a situação de calamidade pública em que se encontra o HSPM, como o nosso Iamspe. Não é muito diferente o nosso Hospital do Servidor Público Estadual. São dois hospitais que foram construídos para atender os servidores públicos, da prefeitura e do Estado, mas são hospitais abandonados e sucateados pela falta de investimento governamental, como é a Saúde praticamente em todo o Brasil, como é subfinanciado o SUS.

E o Hospital do Servidor Público Municipal, aqui da prefeitura de São Paulo, também está abandonado, sucateado, degradado, faltam médicos, faltam profissionais da Saúde, enfermeiros, falta material, falta reforma, não há contratação de médicos. Enfim, é um hospital totalmente precarizado. No entanto, Sr. Presidente, a marcação de consulta é feita naquele disque-consulta, 156. Então, se um funcionário público, um professor da rede municipal quiser marcar uma consulta médica, ele tem que discar para o 156. Mas o 156 é o mesmo número para quem precisa ligar na subprefeitura para que uma árvore seja removida. Então, qualquer coisa é 156, até mesmo para marcar uma consulta. É um absurdo. Esse sistema não dá conta.

O que os professores estão defendendo e os servidores em geral, da Prefeitura de São Paulo, é que haja um número específico para que os servidores marquem a consulta no Hospital do Servidor Público Municipal. Acontece, Sr. Presidente, que esse 156, como se já não bastasse isso que eu estou dizendo, está fora do ar há mais de um mês. As pessoas não estão conseguindo marcar consultas. É um absurdo total, um atentado também contra a saúde, contra a dignidade dos servidores públicos municipais você não conseguir marcar uma consulta.

Mesmo quando você marcava pelo 156, que era difícil, porque você está concorrendo ali com a pessoa que está ligando para cortar uma árvore, para ver a questão de um bueiro, para resolver questões emergenciais da zeladoria da cidade, a pessoa entrava em uma fila. Ela ligava: “Olha, quero marcar uma consulta na pediatria.”. “Quero marcar uma consulta com o ortopedista”. Você era avisado: “Olha, só vai ter consulta daqui três meses, quatro meses, cinco meses, seis meses.”. Aí é marcada a consulta, depois para fazer exame demora mais quatro, cinco meses, e assim por diante.

Essa é a situação, na verdade, dos hospitais do Brasil, dos hospitais públicos, e o Hospital do Servidor Público não é diferente. É um hospital que tem que ser totalmente reformulado. A prefeitura tem que abrir concurso público, contratar médicos, profissionais da Saúde em geral. Essa é a reivindicação feita pelos servidores.

Diante da gravidade dessa situação, Sr. Presidente, quero informar que o vereador Celso Giannazi, da Câmara Municipal de São Paulo, entrou hoje com uma representação no Ministério Público, acionando as promotorias de Direitos Humanos, a promotoria relacionada à área da Saúde, pedindo a responsabilização criminal do prefeito de São Paulo por conta desse abandono, dessa leviandade com a saúde dos servidores municipais, dos professores, dos servidores e das várias secretarias que utilizam o Hospital do Servidor Público, que é um patrimônio da cidade de São Paulo e foi construído com o dinheiro dos servidores públicos, que financiaram durante muitos anos. Eles tinham desconto em folha de pagamento para que o hospital funcionasse.

Então eu quero fazer essa grave denúncia, Sr. Presidente, do abandono do Hospital do Servidor Público. Para marcar consulta é impossível hoje, porque o disque-consulta, o 156, está fora do ar há mais de um mês. O professor está ligando e não está conseguindo marcar, o funcionário da escola, um servidor de outra secretaria também na mesma dificuldade. É uma irresponsabilidade, como eu disse, uma leviandade da prefeitura, uma incompetência, é tudo junto, Sr. Presidente, mas é um descaso.

Por isso, o vereador Celso Giannazi está acionando hoje, exatamente agora, na parte da tarde, o Ministério Público Estadual para que as medidas sejam tomadas imediatamente e o disque-consulta seja restaurado. Sobretudo, Sr. Presidente, para que haja um telefone que os servidores possam acionar, ligar para marcar diretamente a consulta no Hospital do Servidor Público, não no 156, deputado Coronel Telhada, que foi vereador e conhece também profundamente a questão do Hospital do Servidor Público.

Imagina, tem que ligar para o 156. Aí a pessoa liga para o 156 também para cortar árvore, para ver o negócio do esgoto. Isso é um absurdo. E está fora do ar, ninguém consegue marcar consulta hoje no Hospital do Servidor Público Municipal.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Obrigado, nobre deputado Carlos Giannazi.

Neste momento nós encerramos o nosso Pequeno Expediente.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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O SR. CORONEL TELHADA - PP - Para usar a tribuna pelo Art. 82, pela liderança do Progressista.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Tem V. Exa. o tempo regimental pela liderança do Progressista.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP – PELO ART. 82 - Sr. Presidente, retornamos a esta tribuna, primeiro, novamente, mais uma vez, para solicitarmos ao governador do Estado o reajuste mais do que necessário para as nossas polícias no estado de São Paulo.

Ele, na última reunião que teve conosco aqui informou que até dia 31 de outubro encaminharia a nota com o referido reajuste. Mas, se puder mandar antes, seria de muito bom tom, porque esse reajuste deveria ser já para este mês de agosto.

A gente sabe que não dá tempo; então, setembro, outubro; para que, por favor, nos ajude nesse aspecto. A gente conta aqui sempre com o apoio do nosso amigo, o deputado Carlão Pignatari, líder do Governo, que tem feito um excelente serviço aqui, junto aos deputados.

Obrigado, viu, Carlão, pelo que você tem feito aí.

Mas, eu também vim à tribuna simplesmente para pedir aqui aos Srs. Deputados, em especial, o Sr. Presidente da Casa, o apoio para que o nosso projeto, o Projeto de lei 765/2016.

A gente trabalha com Segurança, Segurança Pública, e quando se fala em Segurança, nós falamos em todos os aspectos. Não é só prender o bandido. A segurança, ela tem a segurança do lar, a segurança no acidente de trânsito, a segurança do trabalho. Em todos os lugares é usada a segurança.

O nosso projeto 765, de 2016, está pronto para a Ordem do Dia, pronto para ser trazido aqui para o plenário para a votação. E ele fala na proibição da venda de linhas cortantes.

Nós temos duas leis: uma lei que fala do cerol, que já não usa em São Paulo, e uma outra lei que fala de linhas que são feitas com... Se passa vidro moído com cola nessas linhas.

Mas, hoje nós temos novas linhas aí, que não são abrangidas por essas leis. Por exemplo, a lei chilena é uma delas. São algumas linhas que estão entrando no País, na grande maioria, importadas, que elas são feitas, também, com calcário e com outros objetos, que não são propriamente o vidro.

E essas linhas têm causado acidentes terríveis, não só com os motociclistas, mas com pessoas que, inclusive, às vezes, estão andando na rua. Outro dia um dos deputados trouxe um vídeo aqui de um menino que perdeu a perna por causa de uma linha.

A linha estava na rua, acho que o quadrado do menino, de um outro menino, tinha caído, passou um caminhão, arrastou aquela linha, e pegou esse jovem na calçada e cortou a perna, amputou a perna, desse jovem, um jovem que tinha uma carreira pela frente, queria ser jogador de futebol, e, simplesmente, perdeu a perna. Vai ficar o resto da vida agora com uma perna a menos por causa de uma linha de pipa, uma linha de quadrado.

E, aqui em São Paulo, nós estamos cansados de ver acidentes com motociclistas, motociclistas decapitados, motociclistas que perdem membros, situações terríveis. Outro dia até um vídeo eu vi de um caminhão que teve o para-choque cortado por uma linha de quadrado.

Se corta um para-choque de caminhão, quanto mais o corpo humano. Então, é uma realidade que nós deputados temos de estar atentos, também, na proibição total de qualquer linha, que use qualquer tipo de cortante, para que seja totalmente proibido.

Nós estamos falando em vidas. Vidas estão sendo ceifadas por causa de uma brincadeira de criança, por causa de uma linha de quadrado. Nós temos vários motociclistas aqui que comungam com a gente - o Wagner é um deles - que sabem da prioridade desse assunto.

E eu, como policial militar, também me preocupo. Nós temos milhares de policiais militares que trabalham na Rocam. O trabalho dentro da Polícia Militar, como está feito na Rocam, do policiamento com motos, que passam esse perigo todo dia.

Nós temos policiais militares que se deslocam do serviço, ida e vinda, usam motocicletas, enfim, todos os cidadãos. São mais de seis milhões de motocicletas no estado de São Paulo que estão à mercê dessa coisa terrível chamada linha cortante.

Nós precisamos extirpar isso da nossa sociedade. Era uma brincadeira. Quando a gente era menino, todo mundo brincou disso. Mas, chegou num ponto em que não podemos mais compactuar com isso. É necessária a proibição total.

Inclusive, eu sei que até no Congresso Nacional existem alguns projetos em andamento visando isso aí. Porque é uma preocupação não só no estado de São Paulo, mas em todo o País.

Todos os motociclistas, gente que está na rede aí de Whatsapp de motociclistas, todo dia chega ocorrência com acidentes de linha de pipa; todo dia chega uma pessoa que é morta por causa de uma linha de pipa.

Então, nós passamos da hora de tomarmos uma providência por esta Casa: nós proibirmos totalmente a venda, a fabricação, a importação, enfim, lá no nosso projeto, o Projeto 765/16. Nós falamos especificamente sobre essas linhas cortantes.

Então, portanto, eu solicito apoio de todos os Srs. Deputados, de todos os nossos pares, para que nos ajudem para que esse projeto de lei venha para aqui, o plenário, e seja votado.

Em especial, eu solicito ao nosso presidente, ao deputado Cauê Macris, bem como ao nosso líder do governo, ao meu líder de partido também, delegado Olim, para que traga esse projeto para votação. E conto com o apoio de todos os Srs. Deputados.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Sr. Presidente, para fazer uma breve comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Tem V. Exa. o tempo regimental.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, sei que alguns deputados nossos já falaram da tribuna, hoje, sobre esse tema, mas venho aqui ao microfone para não só repudiar, mas falar da nossa tristeza de ver a Câmara Federal aprovar essa lei de abuso à autoridade, Nós sabemos realmente que precisa ter esse controle. Nenhuma autoridade pública está acima da lei. Agora, incomoda-nos muito quando você vai ler o projeto e verifica a questão, Conte Lopes, do uso da algema.

Imagine no tempo em que o senhor era policial ali ostensivo na rua para prender o vagabundo. Como é que o senhor sabe se o vagabundo vai reagir ou não, se ele vai correr ou não, se ele vai fazer alguma coisa contra a vida do policial? A gente pede aqui desse microfone ao presidente Jair Messias Bolsonaro que vete esse projeto, se não na sua integralidade, mas esses pontos sensíveis, porque, como o Coronel Telhada falou, quem vai sofrer lá na ponta não é somente o policial. É a população também. É uma falta de responsabilidade dos nossos legisladores federais aprovarem alguns absurdos, como essa questão da algema.

Falei aqui outro dia de alguns policiais, Conte, que estão respondendo, policiais do 2º Batalhão de Choque que tiraram um militante da arquibancada, que assistia a Corinthians e Palmeiras e começou a ofender ali os policiais - chamou de verme, de vagabundo, de filho disso, de filho daquilo. Os policiais conduziram à delegacia, ali no estádio, e tudo o mais, e hoje esses policiais precisaram algemá-lo, porque ele resistiu, e esses policiais estão respondendo a um inquérito, um IPM, na Corregedoria. Essa lei sendo sancionada, provavelmente o vagabundo fica livre e o policial vai ficar preso.

É um absurdo. Convido aqui os nossos amigos parlamentares a comparecerem à Corregedoria, até para verificarem como anda esse procedimento, porque é desestímulo, Conte, às nossas tropas para trabalharem ali na linha de frente, no combate ao crime em São Paulo e todo o Brasil.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. CONTE LOPES - PP - Para um comunicado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Tem V. Exa. o tempo regimental para uma comunicação.

 

O SR. CONTE LOPES - PP - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, Srs. Deputados, hoje estava acompanhando a colocação do Major Mecca. É um absurdo que pessoas leigas, como os deputados federais, aprovem um absurdo desses, de o policial não poder usar algema. E eu vou citar um exemplo: eu, deputado aqui nesta Casa, compareci ao 23º Distrito Policial, no Pacaembu, onde dois policiais civis prenderam um criminoso. Só que ao invés de algemá-los às costas, algemaram pela frente. Esse bandido, na viatura policial, tomou a arma de um policial civil e matou os dois. E o testemunho disso aí, tenho até do repórter Caco Barcellos, da Globo. Eu lembro disso, porque o Caco Barcellos estava lá. Ele foi acompanhar essa matéria, e por que me lembro? Porque ele veio até me cumprimentar, porque ele tinha escrito um livro, “Rota 66, a História da Polícia que Mata”, e me deu um capítulo todo especial, “O Deputado Matador”.

Então, recordei-me dessa ocorrência, enquanto o major Mecca falava, disso: o bandido estava algemado pela frente. O certo é algema nas costas. Ele estava com as mãos para a frente. Ele matou os dois policiais civis do 23 e fugiu. Então, eu não consigo entender como a gente tem uma lei nesse sentido. O criminoso não pode ser algemado, não pode ser dominado? E depois a gente assiste pela Globo, como eu estava vendo hoje de manhã na Fátima Bernardes, o pessoal reclamando da insegurança do Rio de Janeiro. Quer dizer, dão toda a força para o bandido, dão todo apoio para o bandido e depois quem sofre, realmente, é a própria população. É a própria população.

Então, eu espero que o presidente da República venha a vetar pelo menos esse artigo, porque o policial não poder algemar um bandido, é o fim do mundo. Então, é o fim do mundo realmente. É o fim da picada que aconteça uma situação dessas. Agora, ficou aí o exemplo. Caco Barcellos é testemunha, Caco Barcellos da Globo, nesse caso que o camarada algemado com as mãos para a frente matou os dois policiais civis.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Pela ordem, nobre deputado.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Para uma comunicação.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - PARA COMUNICAÇÃO - Só para avisar o capitão Conte que hoje lá, na área do 23º DP, que hoje é a 3ª Companhia deputado do 4ª Batalhão, o comandante é o capitão Telhada. Então, o policiamento está mais pesado lá hoje. Hoje tem polícia forte lá.

Pessoal, é o seguinte. Sr. Presidente, havendo acordo de lideranças, eu solicito a suspensão dos presentes trabalhos até as 16 horas e 30 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - É regimental, mas, antes de suspender os trabalhos eu queria aqui fazer, agora de forma mais oficial, um pequeno comunicado, se assim me permite.

Fazer a comunicação, nobres deputados, senhores e senhoras, que, na data de hoje, o TSE homologou o novo nome do Partido Republicano Brasileiro para Republicanos. O partido, que nasceu em 2005, com mais de 450 mil assinaturas de eleitores, partido denominado naquela época PMR.

Em 2005, também, recebemos a filiação do então vice-presidente da República, José Alencar, e, também em 2005, o partido passou a se chamar Partido Republicano Brasileiro. Em 2011, com a nova presidência do deputado, hoje deputado federal, Marcos Pereira, o partido só vem crescendo, mudando as suas, mudando o seu trabalho.

Em janeiro deste ano, nós tivemos uma nova convenção. Nessa convenção, foi aprovada a mudança do partido para Republicanos, e deu certo. Hoje o TSE deferiu, e, a partir de agora, Gil Diniz, o nosso Partido Republicano Brasileiro, PRB passa então, de maneira oficial, a se chamar Republicanos.

Para nós, republicanos, nós que vimos esse partido nascer, crescer, é uma grande alegria, e temos certeza que vamos continuar crescendo muito, e ajudando nosso país cada vez mais.

Muito obrigado.

Havendo acordo de lideranças, nós suspendemos os nossos trabalhos até as 16 horas e 30 minutos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 15 horas e 41 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 34 minutos, sob a Presidência do Sr. Cauê Macris.

 

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O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Reaberta a sessão. Ordem do Dia.

 

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- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

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O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Há sobre a mesa requerimento de urgência ao Projeto de Resolução nº 25, de 2019, que dispõe sobre a denominação, as atribuições e a extinção dos cargos que especifica.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Sr. Presidente, para solicitar o levantamento da sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Antes, porém, esta Presidência, cumprindo determinação constitucional, adita à Ordem do Dia o Projeto de lei nº 645, de 2018, vetado.

Havendo acordo de líderes, antes de dar por levantados os trabalhos, convoco V. Exas. para a sessão ordinária de sexta-feira, à hora regimental, sem Ordem do Dia, lembrando-os ainda da sessão solene a realizar-se amanhã, às 10 horas, com a finalidade de homenagear a Escola Bíblica Infantil, EBI, da Igreja Universal do Reino de Deus.

Está levantada a sessão.

 

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            - Levanta-se a sessão às 16 horas e 35 minutos.

           

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