27 DE AGOSTO DE 2019
90ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CORONEL TELHADA, CASTELLO BRANCO, CORONEL
NISHIKAWA e CAUÊ MACRIS
Secretaria: CASTELLO BRANCO
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência e abre a sessão. Convoca, em nome da
Presidência efetiva, sessão solene a ser realizada no dia 23/09, às 20 horas,
para "Comemoração dos 25 anos da Universidade Federal de São Paulo -
Unifesp", a pedido da deputada Márcia Lula Lia. Anuncia a visita, a
convite do deputado Emidio Lula de Souza, de estudantes da Escola Estadual
Lourenço Filho, acompanhados pela coordenadora pedagógica Katia Rosa e os
professores André Faraco, Edilaine Modena e Leon Ferraz.
2 - CASTELLO BRANCO
Relata homenagens, realizadas nesta Casa, ao Hospital
Israelita Albert Einstein e ao Sr. Yossi Shelley, à Academia William
Shakespeare, e ao Dia do Maçom. Discorre acerca do histórico dessa data
comemorativa. Parabeniza os parlamentares que propuseram as solenidades. Frisa
o papel dos deputados, a seu ver, de reconhecimento público de organizações que
trabalham em prol da melhoria do País.
3 - CASTELLO BRANCO
Assume a Presidência.
4 - CORONEL TELHADA
Parabeniza os municípios de Americana, Matão e Itobi por seu
aniversário. Comunica a celebração, hoje, do Dia do Psicólogo. Saúda os
profissionais dessa área que atuam na PM. Informa dados da Operação Interior
Mais Seguro, finalizada ontem. Apresenta indicações, de sua autoria, para
atualização do seguro para invalidez temporária e para policiais mortos, e para
a reaberutra do IML de Itapeva, à noite e nos finais de semana. Defende ação de
policial em ocorrência de feminicídio, em Uberlândia.
5 - JANAINA PASCHOAL
Cita compreensões equivocadas, segundo ela, acerca da Lei
17137/19. Tece esclarecimentos sobre o conteúdo e o objetivo dessa legislação.
Fala acerca da violência sexual contra crianças e adolescentes. Enfatiza a
relevância da lei, a seu ver, para a garantia de direitos das mulheres.
6 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência.
7 - ENIO LULA TATTO
Mostra fotos de audiência pública em Itapecerica da Serra
acerca da revisão da Lei Específica Guarapiranga, sobre a qual discorre.
Enfatiza a diversidade de representações presentes no evento. Comenta a
relevância pública da proteção de mananciais. Frisa os problemas de falta de
fiscalização e poluição da represa pela Sabesp. Informa ações de seu gabinete
em torno do tema.
8 - CONTE LOPES
Tece críticas aos bailes funk pelo barulho excessivo, tráfico
e violência que existem, segundo ele, nesses eventos. Aponta a importância, a
seu ver, de impedir a organização das festas antes que elas iniciem.
9 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA
Defende a Lei 16.049/15.
10 - CORONEL NISHIKAWA
Faz proposta de criação de indústria de produção de
equipamentos para o setor automobilístico, visando à arrecadação de ICMS e à
geração de empregos no estado de São Paulo, sobretudo no ABC. Enumera problemas
enfrentados pela população dessa região. Discorre acerca de reivindicações de
agentes penitenciários aprovados em concurso. Informa compromisso do governador
de contratá-los à medida que forem inaugurados presídios no Estado. Comunica o
andamento, nesta Casa, da PEC 2/19. Defende proposição, de sua autoria, para
reaproveitamento de aposentados das forças de segurança em serviços
administrativos.
11 - LECI BRANDÃO
Apresenta proposição, de sua autoria, para estabelecer o piso
salarial para assistentes sociais no Estado. Fala sobre a atuação e a relevância
desses profissionais. Defende sua valorização. Discorre acerca da construção
coletiva do projeto de lei. Demonstra gratidão pela aprovação, nesta Casa, de
propositura que estabelece punições para atos de discriminação religiosa. Tece
comentários sobre o respeito à diversidade de representações parlamentares.
12 - ROBERTO MORAIS
Agradece ao governador João Doria pela implantação de Baep em
Piracicaba e o anúncio da inauguração de um batalhão do órgão em Ribeirão
Preto. Fala sobre a competência dos profissionais atuantes na entidade. Informa
atividades e conclusões parciais da CPI da Barragem de Salto Grande, presidida
por ele. Propõe recuperação da área, hoje poluída.
13 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA
Anuncia a visita da secretária de Desenvolvimento Social,
Célia Parnes.
14 - ED THOMAS
Declara apoio à PEC 2/19. Faz agradecimentos ao governo
federal pelo envio de máquinas agrícolas para a produção de agricultura
familiar e o anúncio de verba para residências em área rural, sobretudo aquelas
destinadas ao Oeste Paulista. Demonstra confiança na reestruturação paulatina
do Brasil.
15 - GIL DINIZ
Para comunicação, anuncia a visita de vereadores de Campinas
e de Limeira. Agradece ao deputado Ed Thomas, pelo pronunciamento.
GRANDE EXPEDIENTE
16 - CASTELLO BRANCO
Informa a realização do primeiro voo do caça supersônico
Gripen, da Força Aérea Brasileira. Exibe e comenta slides e vídeos a respeito
da citada aeronave de alta performance. Anuncia que no dia 04/09 o KC 390,
cargueiro operacional, deve decolar da Base Aérea de Anápolis. Discorre acerca
das peculiaridades do avião. Parabeniza a indústria aeronáutica brasileira.
Acrescenta que deve favorecer a criação de empregos no Brasil, de forma
qualitativa e quantitativa.
17 - APRIGIO
Para comunicação, parabeniza a cidade de Minador do Negrão,
situada em Alagoas, pela data comemorativa de seu aniversário. Cumprimenta seu
sobrinho Josias, pré-candidato ao Poder Executivo da citada cidade.
18 - ED THOMAS
Solicita a suspensão da sessão até as 16 horas e 30 minutos,
por acordo de lideranças.
19 - CORONEL TELHADA
Defere o pedido e suspende a sessão às 15h42min.
20 - CORONEL NISHIKAWA
Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h37min.
21 - SARGENTO NERI
Solicita a suspensão dos trabalhos por 20 minutos, por acordo
de lideranças.
22 - PRESIDENTE CORONEL NISHIKAWA
Defere o pedido e suspende a sessão às 16h37min.
23 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Assume a Presidência e reabre a sessão às 17h05min.
24 - CARLA MORANDO
Pelo art. 82, comenta reportagem do jornal "O Estado de
S. Paulo", acerca de denúncias de corrupção envolvendo o ex-prefeito de
São Bernardo do Campo, Luiz Marinho. Afirma que a gestão do petista trouxe
vários prejuízos à cidade. Elenca iniciativas que o atual prefeito, Orlando
Morando, tomou para equilibrar as contas do município.
25 - MÁRCIA LULA LIA
Pelo art. 82, repudia novas mensagens publicadas pelo site
"The Intercept", atribuídas a procuradores envolvidos na operação
Lava Jato, que ironizavam a morte de familiares do ex-presidente Lula.
Considera que as declarações envergonham o povo brasileiro. Manifesta
preocupação com o funcionamento da Justiça no País.
26 - TEONILIO BARBA LULA
Pelo art. 82, rebate o pronunciamento da deputada Carla
Morando. Ressalta que existem denúncias de corrupção contra o vice-governador
Rodrigo Garcia. Faz diversas críticas à atuação do prefeito de São Bernardo do
Campo, Orlando Morando, e às gestões do PSDB. Defende o ex-prefeito Luiz
Marinho.
ORDEM DO DIA
27 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Convoca uma sessão extraordinária, a ter início dez minutos
após o término da presente sessão. Coloca em votação e declara aprovada a
substituição da vaga de membro suplente do PSL no Conselho de Ética e Decoro
Parlamentar, que passará a ser ocupada pelo deputado Tenente Coimbra. Encerra a
discussão, coloca em votação e declara aprovado requerimento de urgência ao PLC
54/19. Encerra a discussão e coloca em votação requerimento de urgência ao PL
683/16.
28 - CAMPOS MACHADO
Encaminha a votação do requerimento de urgência ao PL 683/16,
em nome do PTB.
29 - CEZAR
Para comunicação, anuncia a presença do vereador Elissandro
Márcio Silva Lindoso, da Câmara Municipal de Osasco.
30 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Saúda o vereador Elissandro Márcio Silva Lindoso, de Osasco.
31 - CARLÃO PIGNATARI
Encaminha a votação do requerimento de urgência ao PL 683/16,
em nome do Governo.
32 - ENIO LULA TATTO
Para comunicação, responde ao pronunciamento do deputado
Carlão Pignatari. Defende o ex-presidente Lula, o qual afirma ser um preso
político. Faz críticas ao PSDB.
33 - CARLÃO PIGNATARI
Para comunicação, rebate as palavras do deputado Enio Lula
Tatto. Reitera seu posicionamento anterior. Tece elogios ao presidente Jair
Bolsonaro.
34 - PROFESSORA BEBEL LULA
Encaminha a votação do requerimento de urgência ao PL 683/16,
em nome da Minoria.
35 - PAULO LULA FIORILO
Encaminha a votação do requerimento de urgência ao PL 683/16,
em nome do PT.
36 - CARLÃO PIGNATARI
Para comunicação, responde ao deputado Paulo Lula Fiorilo.
Declara que não defenderia políticos do PSDB que fossem condenados pela
Justiça.
37 - ROBERTO MORAIS
Para comunicação, faz agradecimento ao governo estadual pela
entrega de novos veículos ao Deinter-9, de Piracicaba, e pelo anúncio de
investimentos na Segurança da região.
38 - VALERIA BOLSONARO
Encaminha a votação do requerimento de urgência ao PL 683/16,
em nome do PSL.
39 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Coloca em votação e declara aprovado o requerimento de
urgência ao PL 683/16. Encerra a discussão e coloca em votação requerimento de
urgência ao PL 164/14.
40 - PROFESSORA BEBEL LULA
Para comunicação, comenta o pronunciamento da deputada
Valeria Bolsonaro com relação a episódio ocorrido na Comissão de Educação desta
Casa.
41 - CAMPOS MACHADO
Encaminha a votação do requerimento de urgência ao PL 164/14,
em nome do PTB.
42 - CARLÃO PIGNATARI
Para comunicação, rebate as críticas que lhe foram feitas
pelo deputado Campos Machado. Defende o prefeito de São Bernardo do Campo,
Orlando Morando, e o ex-governador Geraldo Alckmin.
43 - CAMPOS MACHADO
Para comunicação, responde ao deputado Carlão Pignatari.
Acusa o PSDB de não sair em defesa do ex-governador Geraldo Alckmin e outros
integrantes do partido.
44 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Coloca em votação e declara aprovado o requerimento de
urgência ao PL 164/14. Coloca em discussão requerimento de urgência ao PL
113/19.
45 - ISA PENNA
Solicita a prorrogação dos trabalhos por 15 minutos.
46 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Anota o pedido.
47 - DOUGLAS GARCIA
Discute o requerimento de urgência ao PL 113/19.
48 - TEONILIO BARBA LULA
Solicita a prorrogação da sessão por 60 minutos.
49 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Anota o pedido.
50 - ISA PENNA
Retira seu pedido de prorrogação da sessão por 15 minutos.
51 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Registra a manifestação. Coloca em votação e declara aprovado
o requerimento, do deputado Teonilio Barba Lula, de prorrogação da sessão por
60 minutos.
52 - CARLA MORANDO
Solicita uma verificação de votação.
53 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Defere o pedido. Determina que seja feita a verificação de
votação, pelo sistema eletrônico.
54 - TEONILIO BARBA LULA
Declara obstrução do PT ao processo de votação.
55 - ALTAIR MORAES
Declara obstrução do Republicanos ao processo de votação.
56 - ED THOMAS
Declara obstrução do PSB ao processo de votação.
57 - MARTA COSTA
Declara obstrução do PSD ao processo de votação.
58 - ROBERTO MORAIS
Declara obstrução do PPS ao processo de votação.
59 - MARCIO DA FARMÁCIA
Declara obstrução do PODE ao processo de votação.
60 - DRA. DAMARIS MOURA
Declara obstrução do PHS ao processo de votação.
61 - GIL DINIZ
Declara obstrução do PSL ao processo de votação.
62 - SARGENTO NERI
Declara obstrução do Avante ao processo de votação.
63 - ANDRÉ DO PRADO
Declara obstrução do PL ao processo de votação.
64 - ROGÉRIO NOGUEIRA
Declara obstrução do DEM ao processo de votação.
65 - PAULO CORREA JR
Declara obstrução do Patriota ao processo de votação.
66 - ADRIANA BORGO
Declara obstrução do PROS ao processo de votação.
67 - DELEGADO OLIM
Declara obstrução do PP ao processo de votação.
68 - CARLA MORANDO
Declara obstrução do PSDB ao processo de votação.
69 - REINALDO ALGUZ
Declara obstrução do PV ao processo de votação.
70 - JORGE CARUSO
Declara obstrução do MDB ao processo de votação.
71 - CAMPOS MACHADO
Declara obstrução do PTB ao processo de votação.
72 - MARCIO NAKASHIMA
Declara obstrução do PDT ao processo de votação.
73 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Registra as manifestações.
74 - MARINA HELOU
Para comunicação, propõe alterações no Regimento Interno
desta Casa.
75 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Comenta a sugestão da deputada Marina Helou.
76 - JORGE CARUSO
Para comunicação, discorre sobre os trabalhos da comissão que
discute a reforma do Regimento Interno.
77 - CARLÃO PIGNATARI
Para questão de ordem, indaga acerca da votação em curso.
78 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Presta esclarecimentos ao deputado Carlão Pignatari. Dá
conhecimento do resultado da verificação de votação, que não atinge número
regimental para aprovar a prorrogação dos trabalhos. Convoca os Srs. Deputados
para a sessão ordinária de 28/08, à hora regimental, com Ordem do Dia. Lembra a
realização da sessão extraordinária, com início previsto para as 19 horas e 19
minutos. Encerra a sessão.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos
os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão
anterior e convida o nobre deputado Capitão Castello Branco para ler a resenha
do expediente.
O
SR. CASTELLO BRANCO - PSL - Indicação do deputado
Rafa Zimbaldi. No dia de hoje, nos termos do Art. 159 da Consolidação do
Regimento Interno, solicita ao governador João Doria a liberação de recursos
financeiros a serem destinados à Associação Beneficente Alda Miranda Matheus,
Amma, no município de Pirassununga. Indicação do nobre deputado Rogério
Nogueira. Nos termos do Regimento Interno, solicita ao Sr. Governador do estado
que determine a disponibilização de recursos financeiros visando à recuperação
da frota do Corpo de Bombeiros da capital. Terminada a resenha, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado,
Capitão Castello Branco. Ofício para dar ciência à Casa. Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, esta Presidência, atendendo solicitação da nobre deputada Márcia
Lia, convoca V. Exas., nos termos do Art. 18, inciso 1º, letra “R” do Regimento
Interno para uma sessão solene a realizar-se no dia 23 de setembro de 2019, às
20 horas, com a finalidade de comemorar os 25 anos da Universidade Federal de
São Paulo, Unifesp. Lido.
Quero também dar ciência aos deputados
de que nós estamos recebendo nesta data a visita dos alunos do 8º ano da Escola
Estadual Lourenço Filho. Sejam bem-vindos, meus jovens e minhas jovens. Os
responsáveis são a coordenadora Kátia Rosa... Está presente a coordenadora
Kátia Rosa? Muito obrigado, senhora, pela presença. O professor André Faraco...
É isso? Falei certo? Seja bem-vindo, professor. Professora Edilaine Modena,
seja bem-vinda, senhora. Professor Leon Ferraz, também está aí, professor? Seja
bem-vindo. É um prazer recebê-los aqui, são de São Paulo mesmo, e o solicitante
é o deputado Emidio Lula de Souza. É um prazer receber todos vocês aqui, meus
jovens. Tenham uma boa estadia e obrigado pela presença.
Pequeno Expediente. O primeiro deputado
inscrito é o deputado Castello Branco. Vossa Excelência tem o tempo regimental.
O
SR. CASTELLO BRANCO - PSL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Veneráveis deputados presentes, veneráveis alunos que muito
nos honram com sua presença hoje, telespectadores da Televisão Alesp, vou
aproveitar o Pequeno Expediente de hoje para falar de três assuntos que
enalteceram esta Casa. Ontem, 26 de agosto, foi um dia histórico: aniversário
da nossa venerável mestra Selene Jefferson de Souza, da Ordem das Filhas de
Allamirah, pertencente à Sociedade Brasileira de Eubiose; e esta Casa recebeu
três grandes eventos.
Recebemos
inicialmente o evento pela manhã da outorga do Colar do Mérito Legislativo ao
embaixador de Israel Yossi Shelley. Na ocasião, nosso nobre Coronel Telhada
estava presente também e nós pudemos, além do embaixador, enaltecer os grandes
feitos médicos na área da Saúde do Hospital Israelita Albert Einstein. Foi
feita uma grande retrospectiva.
Agradecer
em especial ao deputado Tenente Nascimento, que teve a iniciativa e conduziu
com brilhantismo esta cerimônia. Muito obrigado, deputado Tenente Nascimento,
pelo seu brilhante evento.
Na
sequência, nós tivemos um ato solene em homenagem à Academia William
Shakespeare, uma organização sem fins lucrativos de caráter cultural, baseada
no grande poeta da língua inglesa e que hoje é responsável por projetos muito
interessantes, muito úteis para a juventude, ligados à Ciência e principalmente
à Cultura cênica.
Eles
têm os fardões, têm o seu espadim, têm todo um simbolismo. Essa confraria se
reuniu ontem em grande estilo e foi homenageada nesta Casa pelos seus
relevantes serviços prestados à Educação e à Cultura brasileira em mais de 23
anos de existência.
Inclusive
lembrando que eles têm 40 patronos que são personalidades históricas já
falecidas. Cada uma das cadeiras é composta por uma pessoa que hoje está em
vida e eu ocupo a cadeira nº 26, Coronel Telhada, que era do meu tio-avô, o
presidente Castello Branco.
À
noite, nós terminamos o dia com uma sessão solene em homenagem ao Dia do Maçom.
Em 20 de agosto de 1822, foi realizada uma sessão solene entre duas grandes
lojas maçônicas. Estamos falando lá do ano de 1822, antes da independência do
Brasil.
Era
a loja União e Tranquilidade se unindo com a loja Comércio e Artes. Nessa
sessão solene, um grande jornalista, poeta, escritor, um grande líder chamado
Gonçalves Ledo, fez um discurso muito inflamado a favor da independência do
Brasil.
Uniu
as potências maçônicas que estavam no Brasil e, segundo alguns pesquisadores,
esse foi o estopim, o rastro de pólvora que acabou incendiando os ânimos e que
culminou com a independência formal do Brasil, proclamada por Dom Pedro I, no
dia 7 de setembro, no Rio Ipiranga. Esta Casa estava cheia, maçons do Brasil
inteiro aqui estiveram, principalmente das cidades de São Paulo.
Novamente
o Coronel Telhada nos deu a honra da sua ilustre presença, também prestigiando
esse evento. Foi um evento muito bonito e muito forte. Eu parabenizo o deputado
Itamar Borges pela iniciativa, pela coragem, pela postura à frente de tão nobre
iniciativa, o qual mais uma vez parabenizo e agradeço a honra de ter também me
convidado.
Esses
eventos de ontem enaltecem esta Casa. São segmentos sociais importantes,
construtores de patriotismo, de brasilidade, de crença num Brasil melhor. São
pessoas que trabalham muito pelo Brasil, pelo estado de São Paulo e é função
parlamentar reconhecer, valorizar e prestigiar todas aquelas organizações que
realmente trabalham em prol de um Brasil melhor, porque no fundo estamos
trabalhando para que o nosso legado seja para esta nova geração.
Eu
costumo dizer que a gente já tem mais passado do que futuro, mas vocês,
crianças, adolescentes e jovens do Brasil, têm mais futuro do que passado. O
Brasil pertence a vocês. Tudo que nós fazemos é por vocês.
Muito
obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado,
deputado. Solicito que V. Exa. assuma a Presidência dos trabalhos.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Castello
Branco.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PSL - Oradores
inscritos para o Pequeno Expediente. Convidamos agora o nobre deputado Itamar
Borges. (Pausa.) Nobre deputado Coronel Telhada. Vossa Senhoria tem o tempo
regimental de cinco minutos.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP - Obrigado
Sr. Presidente. Srs. Deputados, assessores e funcionários aqui presentes, boa
tarde. Quero saudar o cabo Dallo e a cabo Eliane, em nome de quem saúdo toda a
nossa assessoria Policial Militar que diariamente nos tem apoiado. Quero saudar
os jovens aqui presentes, os professores também. Muito obrigado pela presença
dos senhores e das senhoras. É um prazer recebê-los aqui na Casa. E quero
cumprimentar a todos que nos assistem pela TV Assembleia.
Quero começar
hoje, como sempre, saudando as cidades aniversariantes. Hoje temos três cidades
que aniversariam nesta data do dia 27 de agosto. São a cidade de Americana, a
cidade de Matão e a cidade de Itobi. Então, um abraço a todos os nossos amigos
e amigas das cidades de Americana, Matão e Itobi.
Hoje também é o
Dia do Psicólogo. Então, quero mandar um abraço a todos os psicólogos que
exercem as suas missões. É uma missão difícil a de tentar entender a cabeça dos
outros. Quando a nossa cabeça mesmo é complicada, imagine atender a cabeça dos
outros. Quero mandar um abraço a todos os psicólogos da Polícia Militar também.
Temos um serviço de Psicologia muito forte, que é feito lá no Centro
Administrativo e é feito no Centro de Assuntos Jurídicos, onde também se
trabalha com a parte psicológica.
Parabéns a
todos os nossos psicólogos militares, e a todos os psicólogos também, que
exercem essa bela profissão.
Ontem falamos
que estava sendo desencadeada a Operação Interior Mais Seguro, pela Polícia
Militar. E nós temos o resultado dessa operação. A operação durou 24 horas e
teve um efetivo de 13 mil 158 policiais, mais de 13 mil policiais. 5 mil 891
viaturas, quase 6 mil viaturas. 10 aeronaves. Foram abordadas 23 mil 368
pessoas, sendo que 213 foram presas: 96 em flagrante, 10 menores apreendidos,
107 procurados que foram recapturados. Então, os senhores vejam que só ontem
foram mais 213 para a cadeia.
É por isso que
a Justiça tenta arrumar instrumento para botar ladrão na rua. É audiência de
custódia, é saidinha temporária. Porque a Justiça quer botar ladrão na rua, não
quer deixar ladrão preso. Porque ladrão preso dá trabalho. Então, a Polícia
prende, a Justiça solta. A polícia prende e a Justiça solta. E o cidadão na
rua, desamparado.
Foram
vistoriados 17 mil 617 veículos. Um dado interessante, que gosto sempre de
falar aqui: foram apreendidas 10 armas. Quantas dessas armas praticariam crime,
homicídio? Enfim, quantas vidas foram salvas através da apreensão das armas?
Não temos como mensurar isso. É muito importante esse dado. E 117 quilos de
drogas apreendidas, no geral. Então, parabéns à Polícia Militar e parabéns ao
coronel Salles, nosso comandante, pelas missões que tem executado.
Quero dar
ciência a todos de que fiz a Indicação nº 2.617, indicando ao Sr. Secretário de
Segurança Pública que seja atualizado o seguro para o caso dos policiais
militares que são mortos em serviço.
Não pedimos só
a atualização desse seguro para os mortos. Pedimos para que seja pago também o
seguro para invalidez temporária. Temos policiais militares que são feridos em
serviço, em acidentes, feridos a tiro, etc. Esses PMs, quando se afastam... O
salário já é uma porcaria e eles têm uma queda muito grande no salário, devido
a algumas vantagens que têm quando estão trabalhando. Então o afastamento, além
de já ganhar pouco, acarreta uma queda no salário do policial.
Então estamos
propondo, ao Sr. Governador e ao Secretário de Segurança Pública, que seja
revista essa lei. E seja feito um seguro também para invalidez temporária, para
que esses policiais não tenham a sua redução de salário, para que possam
continuar recebendo, no mínimo, o que recebem quando estão na ativa. E também o
reajuste do valor da Ufesp, que já está muito defasado com relação à realidade
do momento. Está ok?
Temos várias
indicações feitas ao Sr. Governador, ao Sr. Comandante Geral, ao Sr.
Secretário. Uma delas, interessante, ao Sr. Secretário de Segurança Pública, é
a reabertura do IML do município de Itapeva. Itapeva tinha um IML funcionando
e, devido ao número exíguo de funcionários na Polícia Técnico-Científica, aquele
IML está sendo fechado à noite e aos finais de semana. Então, todas as
ocorrências que entram no final de semana e à noite, são levados para Sorocaba
ou para Avaré. Isso tem trazido um prejuízo muito grande para a população de
Itapeva. E nós estivemos com o secretário de Segurança Pública na semana
passada e ele nos garantiu que agora com esse número que foi chamado para a
Polícia Técnico-Científica havendo o recompletamento de efetivo e se tudo der
certo o município de Itapeva terá novamente o seu Instituto Médico Legal
funcionando.
Uma notícia que
está correndo hoje na rede social “homem assassina companheira com facada e é
morto pela PM ao tentar agredir militares em Uberlândia, Minas Gerais”. O que
aconteceu? Um homem de 46 anos matou a mulher à facada e em seguida foi morto
pela PM. E está dando o maior barulho. Todo mundo acha um absurdo a PM ter
matado o cara. Todo mundo achou um absurdo. Só que vejam bem a situação: ele já
havia matado a mulher a facadas, com a chegada da Polícia Militar ele investiu
contra o PM e a Polícia Militar fez muito bem em matar essa cara, sim. Daí vem
aqueles idiotas falar “ah, mas porque não deu tiro na perna, porque não deu
tiro no dedinho, porque não deu tiro no braço?” Vai enfrentar um louco com a
arma na mão para ver se você consegue acertar um tiro na perna, um tiro no
braço? Eu mesmo já enfrentei várias situações com o indivíduo armado de faca e eu falava “para”. Se o cara
não parasse e avançasse para mim eu dava um tiro no meio do peito dele, tiro
para arrebentar mesmo. Se alguém já viu o que uma facada ocasiona não vai
querer tomar facada de jeito nenhum. Um tiro é uma coisa muito séria. Agora,
uma facada, além de o ferimento ser gravíssimo, dependendo da facada todo o
intestino sai para fora. É uma coisa horrível, horrível.
Quero
parabenizar a Polícia de Minas Gerais, especificamente na cidade de Uberlândia,
por essa ocorrência onde morreu esse indivíduo aqui, que já havia matado a
mulher. Ele já matou a mulher. Você acha que ele ia matar o policial ou ia dar
um abraço no policial?
Parabéns à
Polícia Militar de Uberlândia. E quem está falando, fala besteira porque não
conhece o assunto que é Segurança Pública.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PSL - Nobre deputado
Coronel Telhada, muito obrigado pela sua fala. Próximo orador inscrito,
deputado Frederico d’Avila. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputado
Daniel José. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Adalberto
Freitas. (Pausa.) Nobre deputada Janaina Paschoal. Vossa Excelência tem o tempo
regimental de cinco minutos.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Obrigada, Sr. Presidente. Cumprimento todos os colegas
presentes, servidores da Casa. Nossa! Quantos visitantes, sejam bem-vindos! Que
bom!
Eu queria
aproveitar esse momento para fazer alguns esclarecimentos com relação à lei que
já entrou em vigor conferindo à mulher o direito de escolher a sua via de
parto. Acho que algumas notícias estão distorcendo o conteúdo da lei. Por
exemplo: hoje de manhã eu participei de um debate numa rádio veiculada no
estado de Minas Gerais e algumas pessoas diziam que o objetivo do projeto, que
agora aqui é lei, era que as mulheres não sentissem dor. Isso é uma verdade em
parte. Esta Casa aprovou, o governador sancionou uma lei que garante à mulher o
direito a analgesia, seja na cesárea, seja no parto normal. Então é verdade que
o nosso objetivo também é conceder às mulheres o direito a não sentir dor.
Mas, quando nós prevemos que a mulher
tem o direito já escolher fazer cesariana isso não tem nada a ver com não ter
dor. Da maneira como as pessoas estão
dizendo é como se a mulher com medo da dor fosse escolher fazer cesariana e não
é disso que se trata. A proposta foi apresentada em função da análise de inúmeros
casos concretos em que a mulher chegou à
maternidade já com 40, 41, 42 semanas de gestação e foi obrigada a tentar o
parto normal por horas a fio, em situação que já se mostrava indevida para um
parto normal. E por isso o bebê entrou em sofrimento e em muitos casos o bebê
morreu, a mulher morreu, ou o bebê ficou sequelado.
Então, o
objetivo da lei, que já vigora no estado de São Paulo, é salvar vidas. Isso é
muito importante que seja dito.
Outra coisa: a
Imprensa vem dizendo “não, cesárea sem indicação médica, é cesárea...”
Desculpa. As pessoas estão querendo diminuir uma lei importantíssima para
preservar a autonomia das pessoas e o salvamento de vidas.
Uma das pessoas
que participou do debate hoje disse assim: "É, a senhora não sabe que
muitas cesarianas são prejudiciais?"
Eu falei:
"Tanto sei que coloquei na lei o dever de esclarecer as mulheres com
relação aos benefícios do parto normal, e os riscos de sucessivas
cesarianas".
Porque uma
cesariana não tem esses riscos que são alardeados. Duas, três. A quarta já é
muito perigosa. Então, se o médico atende uma mulher que diz, na primeira
consulta: "Olha, doutor, eu desejo ter cinco filhos", ele deve dizer
a essa mulher que não existe uma indicação para ela fazer uma cesariana.
Entretanto, o
argumento que as pessoas têm utilizado contra a lei é o seguinte: "Ah, as
mulheres começam a ter filhos aos 10 anos de idade". Então, é claro que
essa lei é ruim.
Perdão, isso
não é argumento. Nós temos que trabalhar para que crianças de 10 anos de idade
não sejam mães aos 10 anos de idade. Porque o argumento é muito esquisito.
"Ah,
doutora, essa lei é ruim, porque as mulheres começam a ter filhos com 10 anos
de idade, com 18 anos já tem seis filhos, e, aí, vai fazer mal para a saúde
delas." Elas vão ser orientadas? Eu quero que elas sejam orientadas a não
sofrerem estupros aos 10 anos de idade.
Porque tem
aqueles casos que são estupros, e tem casos que são incentivados, inclusive,
pela imprensa, pela televisão, pelos meios de comunicação. Porque eu participei
de debates solicitando que nós passássemos a orientar as nossas adolescentes,
as nossas crianças, porque 10 anos não é nem adolescente, mormente em função do
que acontece em muitos bailes funk.
E, o que eu
ouvi de formadores de opinião que são contra esta lei boa, que salva vidas, e
que garante a autonomia da mulher é que nesses bailes as crianças estão se
conhecendo.
Como assim,
criança de 10 anos sendo submetida à prática sexual em ambientes onde ela
deveria estar se divertindo, ou, dependendo do ambiente, nem deveria estar, e,
agora, a lei é ruim porque as crianças são abusadas?
Porque criança
com 10 anos grávida é criança vítima de estupro. Então, uma lei tem que agora
parar para refletir que as crianças vão ser estupradas. Me disseram assim:
"Mas, é assim que é". E eu falei: "Não, mas não é assim que deve
ser".
Nós temos que
começar a falar sobre essas coisas com todas as letras. Então, assim, a lei é
ruim porque as crianças estão sendo estupradas e estão engravidando aos 10
anos, vão ter muitos filhos e, por isso, cesariana não é indicada.
Espera aí. A
lei é boa. A lei salva vidas. A lei contempla a autonomia da mulher. Se as
meninas estão engravidando com 10 anos, esse é um problema que nós temos que
enfrentar. Nós não podemos tirar a autonomia da mulher porque o estupro ficou
institucionalizado. O que é isso?
Eu vou ter que
voltar nesse tema, porque existe muito desvio no debate. Infelizmente, são só
cinco minutos. Eu vou ter que voltar nesse tema. Então, é uma lei importante,
não tem nada a ver com querer fazer cesariana para não ter a dor do parto.
Muito pelo contrário, a lei contempla analgesia no parto normal.
É uma lei que
visa evitar mortes e sequelas de mulheres e bebês. E, o que nós precisamos é
fazer com que as crianças não sejam submetidas à violência sexual para
engravidar com 10 anos de idade. Nós precisamos voltar a falar o básico, que
sexo é coisa de adulto.
Porque ficou
politicamente incorreto falar o básico. Sexo não é para criança, não é para
adolescente. Sexo é para adulto. Vida sexual requer maturidade, requer
responsabilidade. Então, aconteceu uma banalização e acham natural essa
banalização, a ponto de não querer ter uma lei.
E, quando eu
pergunto por que essas pessoas que estão batendo nessa lei, que é boa, acham
que no Einstein, no Santa Joana, na Pró-Matre, e nos demais hospitais
particulares, as mulheres têm condições de decidir, e na rede pública não?
Ninguém consegue me responder. É elitismo. É elitismo. Não tem outra palavra,
porque se implicam com a minha lei, com a nossa lei aprovada nesta Casa,
deveriam implicar com a Resolução do CFM que vigora desde 2016. Quer dizer
então que mulher rica tem capacidade de decidir, mulher pobre não? O que é isso
se não elitismo? Não tem outra palavra. Nós vamos ter, mesmo já tendo passado
isso na Casa, nós vamos ter que seguir com esse debate, porque a população
precisa coempreender o que é que está acontecendo.
Eu agradeço,
Sr. Presidente. (Manifestação nas galerias.)
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Coronel
Telhada.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sra.
Deputada.
Próximo deputado, deputado Dr. Jorge
Lula do Carmo. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.)
Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.) Deputado
Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Enio Lula Tatto.
Tem V. Exa. o tempo regimental.
O
SR. ENIO LULA TATTO - PT - Sr.
Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público que nos assiste, alunos da
Escola Lourenço Filho que estão nos visitando a convite do deputado Emídio de
Souza. Obrigado, estudantes, pela visita, e sejam sempre bem-vindos.
Venho trazer
resultados de audiência pública da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia
Legislativa realizada, ontem, em Itapecerica da Serra, na prefeitura, sobre a
revisão da Lei Específica da Guarapiranga. Havia muita gente, salão lotado,
presença do prefeito Jorge Costa, que foi o anfitrião, presença dos nossos
colegas aqui, deputado Adalberto Freitas, deputado Aprigio, que colaboraram
bastante com a audiência. Também estavam presentes secretários municipais,
principalmente dos municípios da região, muitos vereadores, em especial de
Itapecerica da Serra, industriais, comerciantes, prestadores de serviços,
ambientalistas, lideranças de movimentos sociais, incluindo os de moradia e de
transportes.
Saí de lá muito
contente. Quando você dá oportunidade para a população participar, ela
participa, e mostra que está envolvida: salão lotado, todo mundo preocupado e
interessado na questão da proteção dos mananciais da Guarapiranga, que é
responsável por pelo menos 30% do abastecimento da capital.
E como é bom a
gente colocar todo mundo para conversar, mesmo quando há divergências, pois
todos ali tinham um objetivo comum. A questão do desenvolvimento sustentável
foi um dos temas, já que há mais de um milhão e 200 mil moradores no entorno da
represa.
Tivemos a
presença de representantes da Lei Específica do Alto Tietê, e também do Comitê
de Bacias, que foram lá falar sobre a experiência com a lei deles, que é um
pouco mais avançada que a nossa da Guarapiranga, que foi a primeira.
Agora, a
reivindicação da população é a da atualização e aperfeiçoamento da legislação
em vigor. Os moradores querem viver com dignidade, a natureza precisa ser
preservada e os empreendedores precisam de segurança para investir, para gerar
emprego, gerar renda, dentro dos limites da lei.
Hoje também
temos problemas com a falta de fiscalização da Secretaria do Meio Ambiente do
estado, da Sabesp. Vamos lembrar que não é a população quem mais polui. Quem
mais polui as represas é exatamente a Sabesp, que não coleta o esgoto que
deveria coletar e, onde coleta, deputada Leci, não trata, joga de novo nos
córregos e volta para a represa. É a única empresa que maltrata sua própria
matéria-prima, a água.
Também a Cetesb
não está cumprindo com seu dever de casa, pois para se começar um
empreendimento, a companhia exige uma documentação que inviabiliza os
empreendimentos, comprometendo a geração de emprego e renda na região. A Cetesb
e a Secretaria do Meio Ambiente chegam lá e fecham estabelecimentos comerciais.
Por exemplo, um restaurante, na beira da represa, na Avenida Atlântica, que
está lá há 40 anos, há 30 anos, já foi fechado. Chegam lá, simplesmente fecham e
derrubam.
Agora, as
desordenadas ocupações irregulares na beira da represa, com pessoas que estão
sendo enganadas por grileiros, nisso ninguém mexe, para isso não há fiscalização.
Concluindo, Sr. Presidente – esse debate terá
continuidade no dia 11, aqui na Assembleia Legislativa, para o qual vamos
convidar o Ministério Público, representantes da Cetesb e da Sabesp, juntamente
com todos os outros interessados, para depois votarmos aqui uma lei que cuide
da preservação da nossa represa, dos nossos mananciais, ao mesmo em que
favoreça o desenvolvimento sustentável, melhorando, assim, toda a população da
região, para que ela possa viver com sossego, com tranquilidade.
Era isso, Sr. Presidente, quero agradecer a
todos que participaram e à Comissão de Meio Ambiente, em nome do seu presidente,
deputado Caio França, pela aprovação, por unanimidade, das duas audiências
públicas.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado,
Sr. Deputado. Próxima deputada é a deputada Professora Bebel Lula. (Pausa.)
Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. Fará uso da palavra?
Vossa Excelência tem o tempo regimental.
O
SR. CONTE LOPES - PP - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, eu acompanhava as colocações da nobre
deputada Janaina Paschoal, a respeito de crianças grávidas, crianças que se
tornam mães aos dez, onze, doze anos de idade, e muitas delas, infelizmente,
nobre deputada Leci Brandão, advém dos bailes funks, que não têm nada a ver com
atividade, veja bem, artística.
Realmente, é um
local que é dominado pelo crime, onde as meninas acabam sendo abusadas durante
o baile funk. Criou-se aqui em São Paulo os filhos do funk. Ninguém sabe
quem é o pai. Só sabem quem é a mãe, óbvio.
Nós fizemos um
projeto, como vereador na Câmara Municipal de São Paulo, e aprovamos, para impedir os bailes funks, que não têm
nada a ver com baile artístico, e não é a música, o tipo de música. São as
reuniões que se fazem sexta, sábado e domingo, onde a pessoa não consegue
dormir.
Essa é a grande
verdade. Primeiro ponto, os moradores da periferia de São Paulo não conseguem
dormir. Então, a gente tem na Câmara Municipal todos os dias reclamações, mães
que passam a noite inteira com a mão no ouvido do bebezinho por causa do
barulho ensurdecedor. A pessoa não consegue chegar a casa; a pessoa não dorme.
Não pode trabalhar, não pode estudar. No outro dia não consegue; é o fim do
mundo.
Aliás,
isso acontecia até antigamente nas cadeias, onde um bandido quando era muito
valente, os outros não o deixavam dormir uma, duas, três noites e depois faziam
o que queriam com ele. A Casa de Detenção era o exemplo disso. E se faz isso
com o cidadão comum; se faz isso na periferia da pessoa não poder dormir, a
pessoa não ter direito ao sono. Não é problema de música.
É
a mesma coisa de eu ficar cantando o Hino Nacional à noite inteira na porta da
casa do cara , sexta, sábado e domingo. Não tem quem aguente. Ou eu ficar
orando ou rezando, fazendo qualquer
coisa. Não há Jesus Cristo que aguente o cara ficar a noite inteira... Começa
sexta, sábado e domingo e vai madrugada afora. As reclamações da população da
periferia de São Paulo são muito grandes sobre isso.
Dá
para fazer alguma coisa? Lá na nossa subprefeitura Jaçanã Tremembé nós fizemos.
Nós uníamos a Polícia Militar, a Guarda Municipal e a subprefeitura e agíamos
antes de começar o baile funk. Era uma ação das autoridades antes que começasse
o baile, porque depois que tem dez mil pessoas, 15 mil pessoas, é realmente
difícil você ir lá com a polícia e retirar.
O
objetivo é o quê? Primeiro, retirar os carros de som, os bares que abrem ou os
postos de gasolina que permitem que se faça isso e multe. Não é muito difícil não e nós fizemos isso na
época. Foi feito isso e deu resultado. Fica a nossa colocação.
O
próprio Coronel Telhada, que foi vereador em São Paulo, sabe dessas
reclamações. Basta que a polícia aja. Basta que a Guarda Municipal, a prefeitura,
ajam antes de iniciar, porque na verdade é um terror e leva a isso que falou a
nobre deputada Janaina: mães do funk. A menina fica lá mantendo relação sexual
e abaixo de 14 anos é estupro presumido.
Não
pode se manter relação sexual com menor de idade e os traficantes agem
tranquilamente com as suas armas, com os seus fuzis. Está na hora das
autoridades realmente tomarem atitude. Ajam antes que comece.
Obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado,
Sr. Deputado. Lembrando que existe a Lei nº 16.049, criada por mim e pelo
coronel Camilo justamente para combater os pancadões, que deveria estar em uso.
Encerrado a lista do Pequeno
Expediente, vamos para a lista suplementar.
Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Ricardo Madalena. (Pausa.)
Deputado Coronel Nishikawa, V. Exa. tem o tempo regimental de cinco minutos.
O
SR. CORONEL NISHIKAWA - PSL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos, Sr. Presidente, deputados,
assessorias, pessoal da PEC 2 presente na galeria, vou iniciar falando sobre o
nosso Grande ABC.
Hoje, recebemos
uma ligação de um membro do Consórcio do ABC. Nós marcamos uma audiência com o
secretário da Fazenda, Sr. Meirelles, para que o Estado adote a
pró-Ferramentaria.
Traria para o
nosso Estado uma renda aproximada de um bilhão de reais por mês de ICMS. Isso
seria interessante para a nossa cadeia produtiva. Haveria uma inversão da fuga
das indústrias automobilísticas do estado de São Paulo, que retornariam com
essa pró-Ferramentaria. Seria uma instalação de ferramentaria para produzir
vários equipamentos para as indústrias automobilísticas. Isso geraria em torno
de dez mil empregos aqui no nosso Estado.
Geraria também,
como falei, uma movimentação da nossa economia. Fizemos isso em virtude da
solicitação de alguns membros do Consórcio do ABC, para que as ferramentarias
fiquem aqui na nossa região, para que a economia se concentre no nosso Estado,
que não saia do nosso Estado. Nós, que tanto precisamos de investimento, principalmente
na região do ABC, que durante muito tempo ficou sem ser olhada pelo Governo.
Temos lá as
enchentes que nos atormentam. Toda vez que chove, enchentes que causam vários
transtornos, como mortes, como houve na última vez. E, principalmente, pela
locomoção para virmos trabalhar na capital, como tem muita gente que vem
trabalhar aqui na nossa capital.
Dito isto, hoje
tivemos uma minimanifestação do pessoal remanescente de concurso de agentes
penitenciários. Já solicitamos, e o Coronel Telhada também, o reaproveitamento
do pessoal que já está aprovado, para que sejam incorporados ao serviço
operacional já na próxima inauguração de presídios que vai haver, segundo o
governador. O governador prometeu que esse pessoal remanescente será contratado
à medida que forem inaugurados os presídios.
Quanto à PEC 2,
já discutimos aqui na Casa. O Coronel Telhada é um dos membros que mais fala
sobre a PEC 2. Não tivemos uma resposta positiva que viria aqui para a Mesa,
para votação. Vindo, a maioria dos deputados, ou quase a sua totalidade,
votarão a favor da PEC 2. Então, estamos nessa briga ainda, até serem aprovados
ou virem para a nossa Mesa, para poder ser vetado. Praticamente é pacífica essa
votação para ser aprovada.
Temos um outro
projeto de lei que ainda não veio para a Mesa para ser votado. Já falei aqui
também. É sobre o reaproveitamento do pessoal das forças policiais em serviço
administrativo. O pessoal que vai se aposentando tem a expertise, o
conhecimento da rua. Hoje vemos que, em muitos serviços, Copom, Cobom, foram
contratados serviços que não sabem cada natureza de ocorrência que ocorre.
Já passei por
isso, solicitando serviço do Copom. Uma vez, quando eu estava vindo para cá,
tentaram tomar o meu celular. Isso fez com que eu ligasse para o Copom. Só que,
quando liguei para o Copom, eu estava na avenida Cruzeiro do Sul, conhecido
como centro administrativo e escola de Educação Física.
A pessoa não
sabia onde era a avenida Cruzeiro do Sul. Aquilo lá me motivou mais ainda a
apresentar esse projeto de lei.
Outra coisa é
sobre o aproveitamento do pessoal de mobilidade reduzida. Seriam aproveitados
também da mesma forma, em centros administrativos, para que possam deslocar os
policiais que tenham condições de estarem na rua, e aumentar o efetivo, consequentemente.
Obrigado, Sr.
Presidente. Desculpe o passar do tempo.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr.
Deputado. O próximo deputado é o deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputado
Marcio Nakashima. (Pausa.) Deputada Isa Penna. (Pausa.) Deputada Leci Brandão.
Vossa Excelência tem o tempo regimental de cinco minutos.
A
SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB -
SEM REVISÃO DO ORADOR -Excelentíssimo Sr. Presidente Coronel Telhada, Srs.
Deputados, Sras. Deputadas, público que está nas galerias, os guerreiros da PEC
2, sempre presentes permanentemente, hoje nós protocolamos nesta Casa um PL que
trata da valorização dos profissionais da Assistência Social no Estado de São
Paulo.
Esse projeto de
lei tem por objetivo fixar um piso salarial mensal para assistentes sociais do
estado de São Paulo, com abrangência municipal, setor privado, terceiro setor,
nos regimes estatutários e CLT, Consolidação das Leis Trabalhistas, seja em
casos específicos ou de nomenclaturas distintas mas, com atribuições privativas
e competentes profissionais do Serviço Social.
Todo mundo sabe
que o profissional da Assistência Social desenvolve uma importante tarefa na
vida das pessoas. São profissionais que são os primeiros a serem chamados em
situação de crise social e atuam nas mais diversas situações, principalmente
acolhendo e amparando as pessoas em situação de vulnerabilidade social. Esse
profissional ele é fundamental para implementação de políticas públicas, ações
de combate à pobreza, violência, fome, desemprego, entre outros.
Eles querem
atender as necessidades da coletividade e na luta contra a exclusão social.
Entretanto, apesar dessa nobre atividade que eles exercem, não há um
reconhecimento à altura de sua importância, principalmente no que diz respeito
aos salários recebidos por esses profissionais. Nosso mandato preza pela
valorização do trabalhador e na medida do possível procura ouvir os
representantes de categoria e suas reivindicações. A gente está sempre aqui de
portas abertas e, porque não dizer, de braços abertos também, para os cidadãos
que vêm aqui reivindicar os seus direitos. Isso é uma coisa que nos faz fazer
de forma muito prazerosa, que afinal de contas a gente está aqui cumprindo uma
missão.
Como o mandato
preza por essa valorização do trabalhador, na medida do possível procura ouvir
os representantes das categorias, foi ouvindo esses profissionais e seus
representantes que, como a CTB, Central de trabalhadores e trabalhadoras do
Brasil, e o Conselho Regional de Assistência Social no Estado de São Paulo que
a nossa assessoria jurídica elaborou esse projeto que eu espero que seja
acolhido nesta Casa.
Já estamos
muito gratas a Deus e a todos, pela aprovação nesta Casa na semana passada do
projeto que fala da questão de penalidade para quem fizer qualquer tipo de
perseguição por causa de religião. Isso engloba todas as religiões;
absolutamente todas.
E a gente está
aí com o nosso pensamento voltado para trabalhar muito mais esse ano. A gente
tem sido procurada por pessoas de diversos segmentos que têm olhado a nossa
caminhada com muito respeito, com muita responsabilidade, com muito
compromisso. E eu volto a dizer o que eu disse na última fala que eu fiz nesta
Casa na semana passada.
Hoje nós temos
uma Assembleia que tem muitos civis, mas também tem muitos militares e a gente
respeita as reivindicações de todos. Afinal de contas aqui é uma Casa
Legislativa. E a Casa legislativa é fundamental para a democracia do nosso
País.
O Legislativo
ele tem que ter mais força, ele tem que ter espaço, ele tem que ter inclusão,
ser recebida pelos gestores, ser ouvida pelo Executivo e sem a preocupação de
saber quem é de um lado e quem é do outro.
Acho que quando
um projeto é favorável ao povo do estado de São Paulo, afinal de contas nós
estamos na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
Acho que o
Executivo tem que olhar com atenção e com respeito todo e qualquer projeto,
desde que ele tenha um compromisso com a população deste Estado. Por isso a
gente tem muito prazer de ter feito essa iniciativa hoje. Tivemos aí no
protocolo ainda pouco para falar sobre a questão dos assistentes sociais. É uma
profissão muito importante. Muito importante, principalmente para as populações
que têm, assim, muita coisa a explicar, e as que têm dificuldade de resolver
seus problemas.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado,
Sra. Deputada.
O próximo deputado é o deputado
Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada, presidindo os trabalhos. (Na
Presidência.) Deputado Paulo Lula Fiorilo. (Pausa.) Deputado Sargento Neri.
(Pausa.) Deputado Roberto Morais.
Vossa Excelência tem o tempo regimental
de cinco minutos.
O
SR. ROBERTO MORAIS - PPS -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Coronel Telhada, Sras. Deputadas, Srs.
Deputados, as pessoas que nos acompanham através da TV Assembleia, nossa
assessoria, hoje foi dado mais um passo para a criação do Baep, da Polícia
Militar, que é o Batalhão de Ações Especiais, da nossa querida PM do estado de
São Paulo, através do Decreto 64413, do excelentíssimo governador João Doria.
Estivemos aqui
há 15 dias anunciando que Piracicaba ganhou o seu Baep, e esse é o Baep número
dez, juntamente, deputado Ed, com a publicação do Baep de Ribeirão Preto, que
será o de número onze.
Então, a gente
agradece aqui o governador João Doria, a nossa região, porque Piracicaba é a
sede do CPI-9 da Polícia Militar, do Deinter-9, temos lá helicóptero águia da
Polícia, nós temos lá a Escola de Formação de Soldados, dos helicópteros águia.
Essa escola é
no Aeroporto Governador Pedro Morganti, foi uma conquista de anos atrás, na
época do governo Alckmin. E, agora, a criação do Baep. Há uma expectativa de
que o Baep comece, deputado Alex, meu companheiro de Piracicaba, comece a
funcionar, deputado d'Avila, até o final do ano. Essa é a nossa expectativa.
Existe aí uma
previsão de novembro, dezembro. São quase 300 homens. Conversava com o querido
Coronel Telhada agora, ele me explicava, o Telhada me explicava, a diferença, o
preparo, desses homens da polícia, que vão para reforçar a segurança em todas
as nossas 52 cidades, que compõem o CPI-9.
Sai lá desde
Americana, desde Piracicaba, vai até São João da Boa Vista, até a dívida do
estado de Minas Gerais, com o comando hoje do nosso querido coronel Érico, que
brilhantemente comanda sua tropa na cidade de Piracicaba.
Então, foi mais
uma vitória. A cidade se uniu, fez abaixo-assinado, foram quase 30 mil
assinaturas, uniu a Prefeitura, uniu a Câmara de Vereadores, o nosso gabinete,
com barraca na Praça José Bonifácio.
Levamos até o Governo
do Estado, até o governador, e até o secretário de Segurança Pública, que é
nosso vizinho, mora na cidade de Águas de São Pedro. Então, tivemos a
felicidade. Já tinha sido anunciado pelo Rodrigo Garcia, nosso vice-governador,
há 20 dias, numa visita a Piracicaba, quando ele entregou 70 viaturas para a
Polícia Militar.
E, hoje,
confirmado, através da publicação no "Diário Oficial" desse Decreto,
criando, oficialmente, o nosso Baep de Piracicaba. Muito obrigado, governador.
Não é o deputado que está agradecendo; junto com o deputado, as cidades que
compõem o nosso CPI-9 são as cidades que agradecem a maneira como o senhor
olhou na criação desse Baep, que será muito importante na questão de Segurança,
que a gente luta muito.
Nós terminamos
agora mais uma reunião da CPI da barragem de Salto Grande. Fomos surpreendidos
com uma matéria, em fevereiro, da TV Bandeirantes, quando um repórter dizia que
as cidades de Piracicaba e Limeira seriam varridas do mapa, porque havia risco
de estourar a barragem de Salto Grande, que fica na cidade de Americana.
Já está
comprovado que isso, graças a Deus, não vai acontecer: é uma barragem diferente
da de Brumadinho, é uma barragem diferente da de Mariana, lá em Minas, é uma
barragem diferente da de Cocais. Nós estivemos no local.
Propusemos, no
início desta legislatura, que fosse feita CPI. Atrasamos um pouco o início em
função do meu problema de saúde. A gente preside essa CPI, e esperamos, até o
dia 9 de novembro, concluí-la.
Já esteve aqui
o Ministério Público, o Dr. Ivan Carneiro, já estiveram aqui outras pessoas. E,
hoje, quem veio e falou, foi o Chicão da Roça, conhecido em Piracicaba, que é o
nosso Francisco Carlos Castro da Roça, ele que é o secretário executivo do
consórcio intermunicipal das bacias do Rio Piracicaba, Capivari, Jundiaí e,
também, o Odair Silveira, que é o secretário de Meio Ambiente de Americana.
Nossa
preocupação hoje: ali tem a Praia Azul, a Praia dos Namorados. Tinha um
comércio muito forte. Tinha pedalinhos. E, hoje, as algas tomaram conta da água,
você não vê mais água, só vê alga, em função da poluição do esgoto que é
jogado. Ali perdeu emprego, perdeu renda e a CPI vai propor, realmente, a
recuperação do meio ambiente, a recuperação da geração de emprego, renda, que é
tão importante, principalmente para o município de Americana, onde está a
Barragem de Salto Grande. Vai indo bem a CPI e já temos essa informação de que
não há risco de rompimento. Isso que nos dá garantia, pois essa matéria
publicada em fevereiro, na TV Bandeirantes, causou um transtorno muito grande,
uma tensão muito grande nessas cidades. Felizmente isso não vai acontecer.
Muito obrigado,
Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas e as pessoas que nos acompanham
esta tarde aqui pela TV Assembleia.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado,
deputado.
Próximo deputado, deputado Ed Thomas.
Enquanto V. Exa. se desloca à tribuna,
quero dar ciência à Casa de que a Sra. Célia Parnes, secretária de
Desenvolvimento Social, estava aqui em cima. É um prazer recebê-la aqui.
Deputado Ed Thomas.
O
SR. ED THOMAS - PSB - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Coronel Telhada, minha saudação; saudação a
nossa gente da PEC 2, e dizer que sempre estaremos juntos, com certeza. Quero
cumprimentar deputados e deputadas, trabalhadores e trabalhadoras da Assembleia
Legislativa, funcionários desta Casa. A eles sempre meu muito, mas muito, mas
muito obrigado. E saudar nossa digna Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Eu venho a este
microfone fazer um agradecimento. É importante fazer este agradecimento. Na
semana que se passou, nós tivemos um grande momento. O agradecimento que faço
neste microfone da Assembleia Legislativa do Estado São Paulo, em especial ao
nosso vice-ministro Nabhan Garcia, representante do governo federal para o
Brasil e em especial do Oeste Paulista. Um agradecimento ao Edson do Incra,
nosso muito obrigado e parabéns pelo trabalho. E um agradecimento especial ao
presidente da República, presidente Bolsonaro. Agradecer em nome de 33 cidades,
mas em especial de oito cidades, ao governo federal. Essas cidades receberam
máquinas agrícolas, em especial trator, para produção da agricultura familiar.
E é do governo federal, líder Gil Diniz. É um momento de dizer muito obrigado
ao governo Bolsonaro por essas máquinas, que são muito importantes, e mais do
que isso, nós temos um anúncio muito especial de 238 milhões do governo federal
para mais de sete mil residências em área rural. E é muito, mas muito importante.
Dessas sete mil, quase que mil e quinhentas vão ser aqui no estado de São
Paulo, em especial no Oeste Paulista para aqueles que fazem a agricultura
familiar sustentar uma nação.
Então, eu tive
essa participação, cumprindo com a minha obrigação, fazendo este pedido, em
especial, ao senador Major Olímpio, meu amigo, meu companheiro; ao deputado
federal Coronel Tadeu, nosso muito, mas muito obrigado, e tantos outros
envolvidos nessa grande ação do governo do presidente Bolsonaro. É importante
dizer a ele muito, mas muito obrigado, que a gente acredita que tudo tem um
tempo, o tempo é de arrumar a casa, certo? De fazer muita, mas muita limpeza e
há muito ainda a ser feito, mas a gente vê que tudo está sendo organizado,
porque a Educação é importante, porque a Segurança é importante, porque a Saúde
é importante, mas nada disso funciona se não tiver comida, se não tiver
agricultura. Não tendo comida, não tem segurança. Não tendo comida, não tem
saúde. Quem não come não consegue estudar, e por aí vai.
Então, quero
fazer um agradecimento em especial, em nome de Mirante do Paranapanema, nosso
muito obrigado.
Quero
agradecer, em nome de Dracena, da cidade de Rancharia, de Ilha Solteira, de
Castilho, de João Ramalho e das demais 33 cidades que receberam essa máquina
agrícola. Mais uma vez o nosso representante, Nabhan Garcia, e também ao Edson,
do Incra, pessoas de confiança do presidente Bolsonaro, pelo trabalho
realizado, pelo atendimento, sempre, a este deputado, pela amizade e pelo
carinho. Muito, mas muito, obrigado.
É lógico que a
gente precisa de mais. É lógico que nós teremos mais. Nós temos que nos somar
também às coisas boas que estão acontecendo, e que começam a acontecer na
Agricultura, realmente, deste país.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, senhor deputado. Encerrado o
Pequeno Expediente.
O
SR. GIL DINIZ - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Pela ordem,
deputado.
O
SR. GIL DINIZ - PSL – PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, para anunciar a presença do
nosso vereador, Tenente Santini. Verador de Campinas, se Deus quiser, futuro
prefeito da cidade também. Também anunciar a presença do vereador Cleiton, de
Limeira. Sejam muito bem-vindos à Casa. O Clebão também está aqui presente.
Só para isso, Sr. Presidente. Agradecer aqui as palavras do deputado Ed Thomas.
Não é sempre que parlamentares de outro partido reconhecem o trabalho que vem
sendo feito. A gente sabe que é pouco ainda, mas vão acontecer muitas mudanças.
O governo está se organizando, e eu tenho certeza que nos próximos meses vai
vir muita, mas muita boa notícia para o estado de São Paulo.
Então, agradecer aqui as palavras do Ed
Thomas. Vou pegar esse pronunciamento dele e enviar o presidente da República.
Ficam aqui as nossas palavras de agradecimento.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr. Deputado. Um abraço então ao
tenente Santini e aos outros vereadores aqui presentes. É um prazer recebê-los
aqui nesta Casa.
Grande Expediente.
*
* *
- Passa-se ao
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Primeira
deputada inscrita, deputada Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Deputado Castello
Branco. Vossa Excelência tem o tempo regimental.
O
SR. CASTELLO BRANCO - PSL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a
todos. Temos nos destacado nesta Casa por nossa atuação parlamentar, como
legislativo, defendendo as bandeiras ligadas a um setor estratégico da vida
nacional, que é a aviação.
Hoje, tenho
orgulho de anunciar que ontem, dia 26 foi realizado o primeiro voo no Brasil do
caça supersônico Gripen, da Força Aérea Brasileira. Ele voou nessa manhã. As
atividades ligadas ao projeto do caça brasileiro, Gripen, poderão gerar 2200
empregos diretos para o setor aeroespacial, e mais de 14.650 postos de trabalho
novos, incluindo outros setores da economia. Isso foi um senso, apontado pelo
coordenador de aeronaves de combate, que foi uma comissão criada em Brasília.
Na verdade, o
cluster do projeto aeroespacial brasileiro inclui, além da sua matriz, em São
José dos Campos - onde está CTA, o ITA e a Embraer -, as cidades de São Carlos,
Ribeirão Preto, Campinas e Sorocaba, entre outras.
Então, está aí
o nosso caça. É um caça de última geração. No Brasil ele vai ter a dominação
F39. Ele tem algumas características interessantes. A parte da asa maior está
atrás. Esse é um vídeo, que é o chamado voo de ensaio.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Foi o primeiro
voo realizado por um piloto brasileiro, o piloto de testes do Gripen. Eu tive a
oportunidade de conhecer. É esse senhor aí, Ljungberg. Ele estava estava no
Brasil agora, na Laad.
É um caça de
alta performance, que opera em velocidade supersônica, e o interessante é que
os ailerons dele estão na parte da frente. Ele tem uma pequena asa na frente,
que corresponde ao antigo leme. Esse já é o primeiro protótipo nosso voando. O
piloto de teste está fazendo ali os testes padrão, lembrando que essa aeronave
vai ser construída no Brasil com transmissão de tecnologia, com capacitação da
nossa mão de obra, assim como foi feito com a Embraer.
A
SAB é uma empresa de origem sueca. Vocês sabem que a rainha da Suécia é de
origem brasileira, a rainha Sílvia. Isso também ajudou bastante, mas o
principal ponto foi a transmissão de tecnologia, a construção em terreno
brasileiro e o aperfeiçoamento desse caça aqui.
Queria
também anunciar que, no dia 4 de setembro, mais um orgulho da viação nacional
vai voar. O KC-390 era um sonho da minha geração de oficiais do Exército, da
Marinha e da Força Aérea. É um cargueiro operacional que veio substituir o
Hércules, que era usado para transporte de tropa, logística e lançamento de
paraquedistas.
Este
sim é um projeto 100% nacional, da prancheta à construção. Filho da Embraer,
não entrou no pacote de globalização com a Boeing - o setor militar não foi
incluído. O KC-390 protótipo já está voando, mas esta versão vai fazer o seu
voo de aquisição pela Força Aérea agora no dia 4 de setembro, na Base Aérea de
Anápolis. O Coronel Telhada está convidado, se quiser comparecer, e inclusive
fazer um voo.
É
um biturbina de alta geração, asa alta, pouso em terreno curto, grande
capacidade de carga. Pode transportar como configuração de carga até dois
blindados pesados dentro dele, 80 soldados para lançamento de paraquedistas ou
na versão transporte de tropa. Aí está fazendo lançamento de paraquedista pela
boca do tubarão, como é chamada a rampa traseira. Tem capacidade para 74 macas
para evacuação aeromédica ou sete paletes de quase 500 quilos cada um.
Tem
uma grande autonomia, capacidade de abastecimento de voo, consegue levar um
black hawk dentro dele, enfim, tem várias configurações. O painel é totalmente
touch screen, de última geração, e é capaz de operar em qualquer pista dessas
de terra da Amazônia. Vai ser adquirido tanto pela Força Aérea, posteriormente
pelo próprio Exército ou pela própria Marinha. Enfim, uma aeronave de emprego
geral muito útil. Aí está sendo observado o lançamento de cargas.
Orgulho
da nossa engenharia nacional, já tem mais de 150 pedidos internacionais -
Espanha, Portugal, países da África e do Oriente Médio. Enfim, é uma aeronave
que já é um grande sucesso comercial. Vai ser a espinha dorsal da aviação de
transporte das nossas Forças Armadas e é o maior cargueiro já construído no
Brasil. Parabéns à Força Aérea, parabéns à Embraer, parabéns à engenharia
aeronáutica brasileira.
E
assim nós encerramos o expediente de hoje, enaltecendo a nossa aviação. Hoje
foi a aviação militar e seus desdobramentos. Repito: o grande mérito desses
projetos, assim como ocorre nos países desenvolvidos, é a geração de emprego, é
a geração de renda, é a transmissão de tecnologia. Em todos os locais onde
existem essas fábricas existe um crescimento da população quantitativo e qualitativo.
São José é um grande exemplo: nos anos 50, quando o então coronel Montenegro
sonhou em fazer o ITA, era uma cidade muito pequena, uma vila de tuberculosos,
e hoje virou uma potência.
Todos
os locais onde as Forças Armadas montam os seus quartéis e principalmente
unidades de desenvolvimento de tecnologia - Itajubá é outro exemplo - têm um
grande boom econômico. A população é obrigada a se capacitar, a população é
obrigada a estudar, aquela empresa vai absorver mão de obra dessa população.
Enfim, historicamente está provado que a presença das Forças Armadas é geradora
de emprego, de renda familiar, de tecnologia e de desenvolvimento. Muito
obrigado, senhores. Brasil acima de tudo.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr.
Deputado.
O
SR. APRIGIO - PODE - Sr. Presidente, para fazer uma
comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É regimental,
deputado.
O
SR. APRIGIO - PODE - PARA COMUNICAÇÃO - Eu quero hoje
parabenizar a minha cidade em Alagoas que está fazendo 57 anos, Minador do
Negrão. Eu saí de lá em 1972. Já vai fazer mais de 47, 48 anos. É uma cidade
que desenvolveu bastante depois com o passar do tempo. A empresa que eu
administro aqui acaba ajudando muito a economia daquela cidade.
Eu tenho mais de 600 funcionários só
daquela cidade e eles acabam ajudando muito a economia daquela cidade. E quero
mandar um abraço também ao meu sobrinho Josias, que é pré-candidato a prefeito
daquela cidade e no ano que vem, se Deus quiser, vai ser eleito prefeito lá.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Qual o nome da
cidade, deputado?
O
SR. APRIGIO - PODE - Minador do Negrão,
Alagoas.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Parabéns a
todos os amigos de Minador do Negrão.
O
SR. ED THOMAS - PSB - Presidente Coronel Telhada,
quero pedir a suspensão dos nossos trabalhos até as 16 horas e 30 minutos.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É regimental.
Consulto os deputados se todos estão de acordo. Estando todos de acordo, a
sessão está suspensa até as 16 horas e 30 minutos. Muito obrigado a todos.
*
* *
- Suspensa às 15 horas e 42 minutos, a
sessão é reaberta às 16 horas e 37 minutos, sob a Presidência do Sr. Coronel
Nishikawa.
*
* *
O SR. SARGENTO NERI - AVANTE - Pela ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL NISHIKAWA -
PSL - Pela
ordem.
O SR. SARGENTO NERI - AVANTE - Solicito a suspensão da sessão por 20
minutos.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL NISHIKAWA -
PSL - É
regimental, Vossa Excelência. Suspensão por 20 minutos da nossa sessão.
*
* *
-
Suspensa às 16 horas e 37 minutos, a sessão é
reaberta às 17 horas e 05 minutos, sob a Presidência do Sr. Cauê Macris.
*
* *
A
SRA. CARLA MORANDO - PSDB - Sr. Presidente,
gostaria de falar pelo Art. 82.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra
V. Exa. para falar pelo Art. 82.
A
SRA. CARLA MORANDO - PSDB - PELO
ART. 82 - Boa tarde, prezados deputados, deputadas, pessoal que está aqui na
galeria, presidente, eu venho aqui, hoje, nesta tarde, num dia muito triste
para a nossa cidade de São Bernardo do Campo, que nós tivemos uma profunda
indignação. Acho que muita gente viu, saiu no domingo no “Estadão” falando
sobre a delação premiada da OAS. Foram pagos 12 milhões em propinas para o PT,
enquanto estava na Prefeitura de São Bernardo do Campo a gestão do prefeito
Luiz Marinho.
Então, nesse
último domingo nós tivemos essa grande notícia, que era uma coisa que a gente
já desconfiava, já esperava e que, na verdade, agora só estão provando as
coisas.
Eu quero
parabenizar toda a equipe da Lava Jato, todas as pessoas que estão engajadas e
envolvidas em esclarecer esse tipo de furto, um roubo, na verdade, e a gente já
está começando a ter clareza de tudo o que aconteceu na nossa cidade.
O Orlando,
quando assumiu a Prefeitura de São Bernardo do Campo, pegou uma cidade
completamente devastada, devendo mais de 200 milhões de reais em dívidas
correntes, além de outras coisas que foram maculadas. A grande verdade é que a
partir do momento em que o Orlando assumiu a Prefeitura, começaram a chegar as
cobranças, e cobranças de valores altíssimos. E isso foi a cada dia agravando
mais a condição da Prefeitura, e o Orlando fez, com toda austeridade e com todo
o respeito ao dinheiro público, todos os contingenciamentos, todas as
economias, começando por ele mesmo, cortando 400 cargos comissionados, 400
cargos, diga-se de passagem, cabides de emprego. Era isso o que tínhamos na
cidade de São Bernardo do Campo.
Então, ele
cortou 400 cargos, cortou carros oficiais, cortou telefone corporativo, que era
para todas as pessoas agregadas do PT, e foi por aí que ele foi fazendo toda
essa economia. Além disso tudo, ele também chamou as empresas com contratos de
prestação de serviço para conseguir um desconto e pagar toda essa dívida
herdada.
E aí algumas
empresas até entenderam toda a situação e deram descontos de até 30 por cento.
Porém algumas não deram o desconto e a Justiça, hoje, fez com que inclusive uma
das empresas que era de contrato de prestação de serviços em São Bernardo do
Campo lá nas escolas municipais, era uma empresa de merendeiras, que faziam a
merenda escolar. Essa empresa, Com-Vida, foi obrigada a devolver cinco milhões
e meio aos cofres públicos da cidade de São Bernardo do Campo. Isso é um fato
inédito e agora a gente tem esse delato aqui, que vai fazer com que a empresa
devolva mais 12 milhões, essa outra empresa, no caso OAS.
Isso nós
estamos falando de apenas um dos contratos, dos nove que eles tinham ali do
piscinão, e aí a gente entende o porquê das obras paradas, o porquê de tantas
obras paradas, na verdade. Eram 22 obras paradas na cidade, e, hoje, o Orlando
fez a entrega desse piscinão, que era uma ferida muito grande aberta para o
cidadão são-bernardense, que hoje tem orgulho de passar ali e ver aquela
esplanada devolvida à população.
Então, eu quero
aqui dizer da minha indignação e dizer, além de tudo o que eu já agradeci ao
pessoal da Lava Jato, que agora eu quero saber quem recebia esse dinheiro. Era
o próprio prefeito que recebia esse dinheiro, ou isso é repassado para alguma
outra pessoa? Era algum escritório que recebia? Quem pegava o dinheiro? Era
algum escritório, de repente, que tem localizado lá no bairro Nova Petrópolis?
Não sei. Eu quero saber. Eu quero para quem era repassado esse dinheiro. Esse
dinheiro era repassado para o prefeito Luiz Marinho, ou era repassado para o
PT, ou era repassado para o Lula, ou para vereadores do PT, ou deputados
também, ou estaduais ou federais, e até aliados? Quem sabe? Eu quero saber quem
recebia, onde recebia e para quem esse dinheiro era repassado. Então quero
colocar aqui a minha indignação e, mais uma vez, parabenizar o prefeito de São Bernardo do Campo, que está
fazendo um governo de austeridade e de respeito, e também parabenizar a Lava
Jato. Que ela continue com seus trabalhos, que são de grande valia para o nosso
município.
Muito obrigada.
A
SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem
deputada Márcia Lula Lia.
A
SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Para falar pelo Art.
82, pela Liderança da Minoria.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra
Vossa Excelência.
A
SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT -
PELO ART. 82 - Eu quero cumprimentar todos os deputados e deputadas, os
assessores, as pessoas que nos acompanham pela TV Alesp, e dizer que eu estou
estarrecida, deputado Campos Machado, com os vazamentos que aconteceram no dia
de hoje.
Estou
estarrecida pela tamanha crueldade, pela tamanha desumanidade que aqueles que
são sustentados pelo dinheiro público, que são os procuradores da República de
Curitiba, os procuradores da Lava Jato, porque, de forma indecente, de forma
cruel, de forma absurda, eles brincaram com a dor da família, com a morte das
pessoas da família do presidente Lula.
A gente não faz
isso com ninguém. A gente precisa de humanidade. A gente precisa ter respeito
com as pessoas. Todos nós sabemos que os procuradores da República são aqueles
que recebem os mais altos salários, são aqueles que têm a melhor estrutura de
trabalho, são aqueles que têm todas as condições que muitos dos outros
servidores públicos não têm, mas eles estão nos envergonhando.
Eles estão nos
envergonhando pela forma cruel, pela forma desumana e absurda com que eles se
reportaram à família do presidente Lula na hora de maior dor, quando ele perdeu
a sua esposa, quando ele perdeu o seu irmão por câncer, e também quando ele
perdeu o seu netinho de sete anos.
Eles ironizaram
a morte da esposa do presidente. Foram parciais, foram cruéis. Eu diria que é a
podridão humana dos carrascos do presidente Lula, que estão lá na Lava Jato.
Sem o menor decoro, sem a menor humanidade, eles ironizaram a morte da Marisa
Letícia, do menino Arthur e do Vavá, o irmão do presidente Lula, com
manifestações desrespeitosas e sórdidas, com manifestações dizendo "que
agora o presidente está liberado para a gandaia”, quando da morte da sua
esposa. Que baixaria! Palavras de baixo calão, palavras que a gente não espera
de procuradores da República. Eles nos envergonham. Eles são vergonha para o
povo brasileiro. Eles são o lixo, a escória, porque desrespeitam as pessoas no
seu leito de sofrimento.
A
procuradora Laura Tessler, o procurador Januário Paludo, a procuradora Jerusa
Viecili, o procurador Antonio Carlos Welter, o procurador Deltan Dallagnol,
todos esses fizeram chacota, tripudiaram na dor humana sem nenhum cuidado, sem
nenhum respeito. Disseram também quando da internação da dona Marisa Letícia, a
esposa de um ex-presidente da República, que aquele aneurisma "era
suspeito”.
Disseram
também que nós, aqueles que estavam ali sofrendo com a perda da primeira-dama
Marisa Letícia, estávamos eliminando testemunhas, e outras cretinices deste
gênero humano que é extremamente desumano, extremamente grotesco.
E
mais, tem mais coisa da Lava Jato, porque nós descobrimos através do vazamento
que saiu na segunda-feira com áudios - eu ouvi todos eles - que o procurador
Diogo Castor de Barros foi quem, de forma ilegal, colocou um outdoor que não
podia ser colocado logo na saída do aeroporto da cidade de Curitiba para
levantar a popularidade da Lava Jato.
E
nesse outdoor foi utilizado um músico laranja que nem sabia da existência
disso. Esse procurador confessou o crime que cometeu, porém a Corregedoria do
Ministério Público abafou o caso.
E
aí, deputado Campos Machado, quando o processo subiu para Brasília, para o
Conselho Nacional do Ministério Público, o que fez o Conselho Nacional?
Arquivou o processo dizendo que não havia nenhuma ilegalidade, que ninguém
havia cometido nenhuma ilegalidade. Portanto, nós estamos envergonhados com os
procuradores de Curitiba. Nós estamos envergonhados com o que está acontecendo
com a Justiça neste País.
Nós
estamos envergonhados com a parcialidade dessas pessoas. Não pode ser desse
jeito. O julgamento tem que ser justo e quem comete crime, tem que pagar pelo
crime, mas tem que haver prova, tem que haver defesa, tem que haver
contraditório, tem que haver legítima defesa.
Quero
deixar a nossa indignação porque o Ministério Público é aquele que tem por
atribuição da Constituição fiscalizar a lei, mas o que nós estamos vendo não é
um Ministério Público fiscalizando a lei, mas um Ministério Público praticando
ilegalidades e isso é inadmissível. Muito obrigada.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Para falar pelo Art. 82
pelo PT.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa
Excelência tem a palavra.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - PELO
ART. 82 - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público que nos
acompanha no plenário dos deputados na Alesp, que nos acompanham pela TV
Assembleia, acabamos de ouvir agora há pouco uma fala da deputada Carla
Morando, falando de denúncia da OAS.
Só para
lembrar, deputada Carla Morando, está aqui a manchete, deputada. É a mesma OAS
que está denunciando o vice-governador do João Doria, o “seu” Rodrigo Garcia -
está aqui - por propina de mais de 1 milhão de reais. É a mesma OAS. Não é o
mesmo delator. É um delator diferente. Aqui é o Leo Oliveira. Mas é a OAS.
Vivemos em São
Bernardo do Campo, na semana passada, uma semana de debate e denúncia contra o
governo Orlando Morando. Todo dia, na CBN, um programa do aparelhamento que
vocês estão fazendo com a Fundação ABC, dos cargos comissionados. E o prefeito
Orlando Morando tem estado em desespero.
Porque,
recentemente, o prefeito Orlando Morando foi para fazer a entrega de um prêmio
da várzea, em São Bernardo do Campo, na final de dois times de futebol. Não
conseguiu fazer a entrega do prêmio. A entrega era um ônibus. Foi expulso do
campo pela torcida e pelos dois times, tamanho o abandono que ele fez no
primeiro ano de governo.
Porque parou
por um ano as obras do governo Luiz Marinho, para não tocar as obras, para
dizer que estava economizando 1 milhão de reais por dia. Obras paradas. Mentiu
para a população dizendo que contrataria mais 300 médicos. Além de não
contratar 300 médicos em dois anos, demitiu médicos que estavam na Saúde
pública. É um verdadeiro desmando. Suspeito, o secretário de Cultura passou um
tempo foragido.
A Câmara de São
Bernardo tem 29 vereadores. Tem 28. Teve 29 porque um vereador, apoiador da
base do Orlando Morando, que virou secretário, ficou fugido e foragido muito
tempo. Porque foi pego com dinheiro e com propina.
São várias
denúncias que tem contra o prefeito Orlando Morando. Vamos fazer essa disputa
em São Bernardo do Campo. Vamos disputar com ele as eleições. Vamos provar a
inocência do Luiz Marinho.
O prefeito
Orlando Morando mente numa entrevista para a Globonews dizendo que a Justiça
bloqueou 70 milhões da conta do ex-prefeito Luiz Marinho, quando bloqueou 35
mil reais. Então é um prefeito que sabe mentir.
Aliás, é uma
prática do PSDB, não é uma prática do prefeito Orlando Morando. Nessa lista
aqui tem uma foto onde está o prefeito Bruno Covas, o João Doria, o Rodrigo
Garcia, e até o Geraldo está aqui. É a imprensa que está dizendo. Estou
mostrando o que a imprensa faz.
* * *
- É feita a
exibição de foto.
* * *
Se vale para
um, vale para todo mundo. A mídia tem que ser assim. Então, deputada, vamos com
certeza debater esse tema aqui, com muita tranquilidade. Vamos mostrar qual é a
faceta do prefeito e ex-deputado Orlando Morando. E tem uma coisa: ele treme
toda vez que fala da prisão do Paulo Preto. Ele treme. Treme porque tem
problemas no Rodoanel. Treme porque ele tem problema no Rodoanel.
E a deputada
sabe disso. Então, deputada, a vida não será fácil. Nós do PT estamos
acostumados aos ataques. Vocês também, do PSDB, estão acostumados. E vamos
disputar isso aqui nesta tribuna, quantas vezes for necessário. Quantas vezes
for necessário.
Olha, matéria
de ontem: viaduto construído diretamente para propriedade das empreiteiras que
tocaram a obra da Tamoios. É incrível. Só para favorecer a fazenda dos donos
das empreiteiras que tocaram a obra da Tamoios.
Então,
deputada, bons tempos nos esperam. Espero que a senhora seja boa de debate.
Porque vamos subir aqui para discutir e debater o tempo todo com a senhora. Com
o máximo de respeito possível. Mas não vamos deixar barato.
Na hora que
fizer... Vamos investigar a Dersa, deputada. Vamos lá. Vamos instalar a CPI da
Dersa. Vocês que dão dinheiro para o Estadão, que não tem medo da CPI, que quer
investigar. Vocês falam isso para a Imprensa, mas aqui na Casa não deixam
instalar a CPI da Dersa. Conto que nós vamos debater aqui na segunda extra e na
terceira extra por parcialidade do presidente desta Casa.
Ele está
dizendo o seguinte: “eu pauto as extras, e eu quero definir logo a Dersa e nós
vamos definir logo a Dersa.”
Então nós
queremos investigar. Vocês do PSDB dizem que também querem investigar. O João
Doria mente descaradamente porque fala “nós queremos investigar a Dersa”,
orienta a sua bancada aqui a votar a favor...
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Para concluir, deputado Barba. Já fui
tolerante por um minuto com Vossa Excelência.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - ... da instalação da CPI da Dersa, que
é uma sexta CPI que pode ser instalada nesta Casa. Obrigado pela tolerância,
Sr. Presidente. Passou até de um minuto. Obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, vamos passar
à Ordem do Dia.
*
* *
- Passa-se à
ORDEM
DO DIA
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do
Art. 100, inciso I do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma sessão
extraordinária a realizar-se hoje, dez minutos após o término da primeira
sessão, ou às 19 horas, caso a sessão não atinja o seu tempo limite, com a
finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia: Projeto de lei nº
727/2019.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos
termos do Art. 23, do Código de Ética e Decoro Parlamentar, esta Presidência
colocará a voto a substituição como membro suplente do Conselho de Ética e
Decoro Parlamentar, pelo Partido Social Liberal, PSL, o nobre deputado Tenente
Coimbra. Em votação. As Sras. Deputadas, e os Srs. Deputados que forem
favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovada.
Há sobre a mesa requerimento de
urgência ao PLC nº 54/2019, de autoria do Tribunal de Contas do Estado de São
Paulo, que dispõe sobre a concessão da revisão geral anual prevista no inciso
X, Art. 37, da Constituição Federal, combinado com a Lei nº 12680 de 16 de julho
de 2007.
Em discussão. Não havendo oradores
inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas, e os
Srs. Deputados que forem favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado o requerimento.
Há sobre a mesa requerimento de
urgência ao Projeto de lei nº 683/2016, de autoria do nobre deputado Sebastião
Santos.
Em discussão. Não havendo oradores
inscritos, está encerrada a discussão. Em votação.
O
SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem, deputado Campos Machado.
O
SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Para encaminhar pela
bancada do PTB.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa Excelência tem a palavra para encaminhar
pela liderança do PTB.
O
SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr.
Presidente, nobre deputado Cauê Macris, na última sexta-feira de manhã eu me
encontrava tomando um café fora da Casa com o deputado Emidio de Souza.
Conversávamos a respeito das eleições de 2020. Eis que de repente me aprece um
assessor e me diz “oh, deputado, você viu essa imagem?” Eu falei “que imagem?”.
“Essa foto?”. “Que foto?” Aí eu vi a foto. O presidente Cauê Macris, o
governador João Agripino, a Sra. 1ª Dama do Estado e a Sra. Paschoal. Aí eu fui
ver o que era. Acreditem os senhores que no momento eu pensei o que quer dizer
a palavra velocidade? O quer dizer a palavra rapidez? Como diz o poeta: “Os
ventos são rápidos. Não são constantes, não são verdadeiros”. Aí eu verifico:
será possível, deputado conte Lopes, que na quinta-feira a tardezinha o Projeto
de lei 435/19 estava aqui na Casa. Menos de 15 horas depois já estava o projeto
no Palácio dos Bandeirantes, sendo sancionado sem nenhuma manifestação de
nenhum órgão de Estado. E o deputado Cauê Macris, presidente, que não usa
gravata, às sextas-feiras, estava lá alinhado, ao lado do governador, João
Agripino, para promulgar, para sancionar o projeto da deputada Sra. Paschoal.
É impossível,
nunca aconteceu isso. Será que algum deputado desta Casa vai ter um dia o
privilégio de ver o seu projeto sancionado em festa? Não. Aí, eu fiz uma
reflexão, deputado Carlão Pignatari. Fui lá, no fundo da minha alma, fui, no
fundo do meu coração: o que é que teria acontecido? O que levou o governador
João Agripino a sancionar um projeto sem nenhuma manifestação? Porque a
Defensoria Pública foi contra o projeto.
Aí, eu fico
imaginando: tem razão, mesmo, o tal de Guimarães Rosa. Volto a repetir: não sei
de nada, mas desconfio de tanta coisa. Eu também. Desconfio, deputado Conte
Lopes. Vossa Excelência ingressou nesta Casa, sempre com dignidade, em 1986.
Vossa
Excelência já teve um projeto seu sancionado com festa no Palácio? Deputado
Gilmaci, que dia desses, sabe deputada, falava ao deputado Barros Munhoz,
porque eu tenho dificuldade de ouvir, dizia o deputado Gilmaci Santos, com
aquela sensibilidade:
"Eu,
quando ficar mais velho, não quero ser chato com o Campos Machado". Aí, eu
comecei a indagar, Coronel Nishikawa: quem é que envelhece? É o corpo ou o
espírito? Eu conheço homens e mulheres com 85 anos de idade que são jovens de
espírito; e, conheço jovens com 20 anos que são velhos de espírito.
Sabe, deputado
Gilmaci Santos, simplesmente eu acredito que só os sonhos não podem envelhecer.
E o meu sonho de ter um projeto sancionado lá no Palácio por um governador -
estou entrando no meu oitavo mandato, digno deputado representante aqui da
gloriosa Aeronáutica.
Eu fico
imaginando, deputado. É o meu sonho. Imagine, deputado Danilo, o meu projeto
ali, o presidente da Assembleia do lado, o governador João Agripino, com a sua
esposa Bia Doria, sancionando o meu projeto. Isso é sonho, deputado Major
Mecca. Sonho. Eu sonho. Eu acho que quem não sabe sonhar não sabe viver.
Eu estava
imaginando... Se eu não estiver atrapalhando esse diálogo. Deputado Gilmaci, o
senhor tem razão: se eu não estiver atrapalhando esse diálogo do presidente da
Casa com o líder do PV, eu gostaria de continuar.
Sabe o que é?
Não é que eu sou chato, não. Eu tenho dificuldades. Eu não tenho sensibilidade
suficiente para poder falar, deputado Mecca, e ouvir ao mesmo tempo. Eu acho
que eu tenho alguma deficiência.
Mas deixando de
lado a deficiência que eu tenho, deputada Márcia Lia, vamos lá. Vamos terminar
esse capítulo. Como é possível, volto a indagar, que um projeto votado numa
quarta-feira, oito dias depois, numa manhã radiante, céu azul, Sol nascendo,
acabou de nascer o Sol, eu vejo lá.
Sr. Governador,
João Agripino, ao lado do presidente da Assembleia, meu amigo, meu irmão,
deputado Cauê Macris, sancionar um projeto oito dias depois de votado?
Eu faço aqui um
repto, principalmente ao líder do governo. Deve ter quatro mandatos; aponte-me
uma única vez, uma única vez que um projeto de deputado, com essa velocidade do
som, foi sancionado e festejado. A Sra. Deputada Márcia Lia não vai ter esse
privilégio. O deputado Ed Thomas, eu tenho certeza que não vai ter também esse
privilégio. O deputado Gilmaci já disse que não vai ter mais. O deputado
Danilo, que tem uma princesinha na casa dele, a Júlia, dificilmente vai ter
esse privilégio, ver ao lado do governador do Estado, em apenas em oito dias o
seu projeto ser sancionado.
O que teria
acontecido? O que é que o governador João Agripino quis fazer com esse gesto?
Agradar a Sra. Paschoal? Seguramente. E não pense os senhores que o deputado
Cauê Macris, presidente, não soubesse o que estava acontecendo, porque ele foi
lá de propósito. Ele foi só para isso. Aí, meu presidente, deputado Cauê
Macris, eu ainda vou orar, vou pedir aos céus que me permitam, um dia na vida,
ter um projeto meu sancionado com a rapidez 200, com a presença do presidente
da Assembleia e com a presença do governador do Estado. Oxalá possa este
simples deputado receber esse presente dos céus.
Estou
atrapalhando a conversa do deputado Enio Tatto com o deputado Paulo? Eu ainda
nem entrei. Na próxima vez que eu voltar para requerer para falar da outra
urgência, eu vou tratar dos fatos narrados pelo deputado Barba, que eu não
posso me silenciar. O PSDB silencia, mas eu não. Eu vou defender aqui a honra e
a dignidade do governador Geraldo Alckmin. Esse é o meu compromisso com ele.
Por isso, Sr.
Presidente, deputado Cauê Macris, deputado Cauê Macris, será que eu posso
sonhar... Presidente, por favor, estou me dirigindo a Vossa Excelência. Será
que eu posso sonhar que V. Exa. um dia vai estar ao meu lado lá no palácio do
governador sancionando um projeto? Eu tendo, do lado esquerdo, V. Exa., do lado
direito, o governador do Estado? Posso sonhar com isso, deputado Macris?
Ajude-me, Sr. Presidente, a realizar esse grande sonho na minha vida.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vai ser um
prazer, deputado Campos. Estaremos juntos com V. Exa. se assim convidados
formos.
O
SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Sr. Presidente, para
encaminhar pela liderança do governo.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa
Excelência tem a palavra para encaminhar em nome da liderança do governo.
O
SR. CEZAR - PSDB – PARA COMUNICAÇÃO - Sr.
Presidente, quero anunciar a visita do Dr. Lindoso.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Um abraço,
Lindoso. Obrigado. Peço uma salva de palmas ao presidente da Câmara de Osasco
dos parlamentares presentes, nosso convidado aqui na Assembleia Legislativa.
(Palmas.)
O
SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Srs.
Deputados, Sras. Deputadas, Sr. Presidente da Assembleia Legislativa, venho
aqui, primeiro, para fazer alguns esclarecimentos. Eu vejo a fala do deputado
Campos Machado, um deputado por quem tenho um respeito enorme, nosso decano
aqui na Assembleia Legislativa de São Paulo, uma pessoa que tanto defende a
Assembleia Legislativa, que defende os parlamentares, e ficar assustado que o
governo de São Paulo mudou, que o governo está cada vez mais prestigiando a
Assembleia Legislativa de São Paulo.
Antes os projetos
nossos iam para lá, nós aprovávamos, Major Mecca, o direito de ganhar um veto.
Então, era uma reclamação total, inclusive do nobre deputado Campos Machado,
que reclamava dias e dias pelos vetos do governo.
A partir de
hoje, a partir desse governo, porque a deputada Janaina aprovou um projeto,
quase que por unanimidade, aqui nesta Casa, que foram vários meses de
discussões. Vários meses que nós ficamos aqui, o PT, o PSOL, obstruindo, que é
um direito. O DEM, o deputado Campos Machado fazendo obstrução.
A partir do
momento que você aprova esse projeto, ela é convidada pelo governador de São
Paulo, muito mais pela primeira-dama, pela dona Bia, para que ela estivesse
presente na sanção. Imediatamente eu fiz um convite ao presidente da
Assembleia, porque é o nosso líder, que é o nosso representante, que estivesse
lá para ver o prestígio da Assembleia Legislativa de São Paulo no nosso
governo.
Por isso que
foram os dois convidados. Mas, deputado Campos, eu não tenho nenhuma dúvida, a
hora que o senhor tiver um grande projeto aprovado aqui na Assembleia Legislativa, o senhor
também poderá ser convidado pelo governador a ir, e o presidente Cauê me disse
que faz questão de estar presente, para lá ser sancionado esse projeto, mas eu
acho que é uma discussão que não é aqui que nós temos que fazer.
O que me
preocupa, e que me preocupou muito hoje, deputado Barba - o senhor sabe do
respeito que eu tenho - foi o que aconteceu aqui na Comissão de Educação. Uma
coisa que me preocupou, com a deputada Valeria Bolsonaro, onde a gente vem
falando sempre para se tomar cuidado com as pessoas que sentam dentro. A hora
que ela pediu silêncio para as pessoas que estavam ouvindo o que estava lá
falando o representante da Secretaria de Educação, uma pessoa, lá da plateia,
fez uma colocação que eu acho que nós temos que pegar a gravação e,
imediatamente, abrir um processo crime contra essa pessoa.
Ela fez dizendo
que se ela estivesse em tal lugar ela poderia perder a cabeça por uma colocação
daquela. Então, vejam o nível de críticas que nós estamos chegando na
Assembleia Legislativa. Isso nós não podemos admitir, deputada Janaina. Isso é
uma coisa que falta respeito, e é perigoso para a vida dos nossos deputados.
Então, eu acho isso uma coisa inconcebível.
Infelizmente,
deputado Barba, a presidente da Comissão de Educação não teve o controle,
porque, às vezes, não é culpa dela, mas não teve o controle para que isso não
acontecesse. As pessoas não podem se manifestar. Ali é uma comissão de
discussão de deputados. É por isso que a gente tem um regimento, e por isso...
Então, acho que isso tem que ser esclarecido.
Eu vou pedir,
deputada Valeria Bolsonaro, à Casa a gravação, e vou fazer ali a constatação do
que é que aconteceu e, se for necessário, que a gente faça uma denúncia muito
grave aqui na Polícia Civil, ou na Polícia Militar dessas coisas que estão
acontecendo. Isso não pode acontecer.
Eu sei que isso
não é vontade de nenhum dos deputados, nem da situação e nem da oposição, mas é
imperdoável que isso aconteça aqui na Assembleia. Eu fiquei muito preocupado -
viu, deputada Valeria? -, na hora que a minha assessora me mandou a mensagem do
que tinha acontecido. Isso é uma coisa que é desagradável demais acontecer na Assembleia Legislativa de São
Paulo. Isso é
imperdoável. Nós não podemos deixar.
Mas vamos agora
à fala do deputado Barba, que vem aqui... Ele só tem dois ou três discursos. A
CPI da Dersa. Todas as informações que ele tá tendo são do Ministério Público,
são da Polícia Federal. Para que é necessário que se faça uma investigação aqui
na Assembleia Legislativa, se já
está sendo investigado, já tem preso, já tem delação, se já tem isso?
Eu sempre digo.
Eu não tenho bandido de estimação. Eu não coloco o nome de presidiário no meu
nome. Eu não aceito isso. Isso é coisa de família. Eu aprendi isso com meu avô
e com meu pai. Eu não tenho bandido de estimação, e nunca vou ter. Então, as
pessoas têm o direito. Quer ter? Cada um faz o que quer. Não sou contra. Eu só
acho inaceitável.
A gente vir
aqui fazer discussões para lá, fazer discussões para cá, eu acho que é o
Parlamento, que vem de “parlar”, de falar. Nós temos que falar, nós temos que
discutir, mas a partir do momento que
vêm aqui querer fazer política ou politicagem com qualquer tema, isso é
inadmissível. O governo não vai aceitar, e eu vou fazer de tudo para fazer
qualquer tipo de obstrução, e não tenho nenhuma dúvida que o meu governo, que o
governo de São Paulo, que o governo João Doria tem um A para ser falado. Se
aconteceu, as pessoas têm que ser punidas, têm que ser julgadas, têm que ser
punidas e têm que ser presas. E eu não vou pôr o nome dessa pessoa no meu nome,
porque eu não aceito. Eu acho que isso é inadmissível que a gente faça aqui
também na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Então
isso tudo as pessoas podem criticar, podem falar, podem dizer. Estou vendo aqui
como é que está agora, todo o Partido dos Trabalhadores para fazer a defesa das
pessoas. Eu não aceito. Fazer denúncia eu acho correto, fazer investigação, nós
temos o Ministério Público, temos a Polícia Federal, temos quem for, a
Procuradoria, e todos estão fazendo e muito bem feito.
Existe
o Regimento nesta Casa, e o Regimento tem que ser cumprido. A hora que chegar a
hora, vamos investigar, vamos fazer. Eu não tenho nenhuma dificuldade de fazer
nenhum tipo de investigação, porque não há nada mais para ser investigado.
Então isso tudo são coisas que nós temos que dizer.
Eu
disse hoje lá no Colégio de Líderes: nós temos que começar a discutir os
projetos dos nossos deputados, foi combinado. Eu vejo toda a preocupação da
bancada do Partido dos Trabalhadores em falar... Nós combinamos isso desde um
dia do mês de abril: são três sessões extras para projetos do Governo e três
sessões para projetos de deputados. Isso está sendo cumprido à risca pelo
presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, está sendo cumprido. Então
terça-feira duas extras, quarta uma, mais uma de projeto de deputado e quinta
duas extras de projetos de deputados.
Foi
aí que nós vencemos, que o projeto da deputada Janaina conseguiu passar para
poder ir à sanção do governador de São Paulo. Lógico que algumas pessoas ficam
com ciúmes de você ter um projeto e ser convidado para a sanção de um projeto
seu junto ao governador de São Paulo e ao presidente da Assembleia. Eu acho que
isso é um orgulho, eu gostaria de ter, viu, deputada Janaina, um projeto meu
sancionado pelo governador e de ser convidado para estar lá, para dar
entrevista na coletiva de imprensa.
Não
tenho nenhuma dificuldade. Quero cumprimentá-la, quero parabenizá-la. A senhora
sabe da dificuldade que eu tive de votar esse projeto. Minha filha não gosta do
projeto, diz que o projeto não é bom. Eu já disse isso a você desde o primeiro
dia, mas a senhora foi construindo a unanimidade nesta Casa, dia após dia,
tempo após tempo. Era para se votar em maio, em junho, combinamos de votar em
agosto e acabou votando. Foi beneficiada porque o governador gosta do projeto.
Se
é inconstitucional ou não, é uma disputa que o Judiciário tem que fazer. Não é
nossa, não é essa a discussão que nós temos fazer aqui. O Governo, a
Procuradoria não vê inconstitucionalidade, porque você está ajudando as mães
brasileiras a ter nenê com muito mais qualidade de vida, e é isso que interessa
para nós. Foi só por isso que eu dei o voto favorável ao seu projeto, e não
tenho dificuldade nenhuma.
Agora,
eu vejo um pouco o ciúme das pessoas. Isso é importante, a senhora saiu em
todos os jornais brasileiros, em toda a mídia nacional, falando do seu projeto,
mas é um direito. Parabéns, muitos parabéns, parabéns mesmo a esse belíssimo
projeto que a senhora aprovou com a anuência da Assembleia Legislativa de São
Paulo.
A
SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Sr. Presidente, para indicar a deputada Professora
Bebel para encaminhar pela liderança da Minoria.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS -
PSDB - Tem a palavra a deputada Professora Bebel.
O SR. ENIO LULA TATTO - PT -
Sr. Presidente, com a concordância da Professora Bebel, para uma comunicação.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS -
PSDB - Vossa Excelência tem a palavra.
O SR. ENIO LULA TATTO -
PT - PARA
COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu só queria falar para o líder do Governo, Carlão
Pignatari, que eu tenho um orgulho imenso de colocar Lula no meu nome. Está lá
“Enio Lula Tatto”. Vou falar para V. Exa. o seguinte: ele só vai sair do meu nome
o dia em que ele sair da cadeia. Enquanto ele estiver na cadeia, preso como
preso político, ele vai continuar constando do meu nome e no de toda a bancada.
Não adianta dar essa risadinha não, a
verdade está chegando, está aparecendo devagar. A verdade fica doente, mas não
morre. Ela dá uma cambaleada, mas não morre. É só você verificar hoje, dê uma
olhadinha. Agora à tarde saiu uma pesquisa: 53% do povo brasileiro acha que o
Lula está preso injustamente. A conjuntura está mudando, está virando. Quarenta
e nove por cento, a maioria, já acha que o Supremo Tribunal tem que fazer um
julgamento justo para o presidente Lula.
Tenho certeza de que o presidente Lula
está sendo injustiçado - e a grande maioria do povo está percebendo isso, como
pesquisas mostram. O presidente Lula não aceita nenhuma negociação sobre a
prisão dele. Ele não aceita prisão no semiaberto. Ele quer sair de lá livre.
Ele quer sair de lá não devendo nada, como nunca deveu. Ele sabe disso e o povo
brasileiro sabe. Com o governo que está aí, que só se elegeu por conta de toda
essa maracutaia, todo esse cambalacho, do qual vocês são responsáveis. O
principal responsável por tudo isso que aconteceu no Brasil é o PSDB.
Tanto
é que o povo percebeu isso mais cedo e colocou o candidato de vocês com votação
de vereador – com todo respeito aos vereadores no estado de São Paulo. O Lula
não aceita qualquer tipo de negociação e vai sair livre, livre de todas as
denúncias, e vai ser candidato à Presidência e vai ganhar.
E
vai melhorar este País, assim como ele melhorou quando pegou o governo de
vocês, do Fernando Henrique, porque o País estava numa miséria, num desemprego
enorme e ele em pouco tempo fez o Brasil ser respeitado no mundo todo e
melhorou aquilo que é o mais importante na política: a vida de todos os
brasileiros.
Os
ricos ganharam dinheiro, a classe média ganhou dinheiro, o pobre melhorou de
vida. Pode fazer uma pesquisa hoje, como podia ter feito no ano passado, que o
primeiro em todas as pesquisas em uma eleição seria Lula.
Portanto,
deputado Carlão Pignatari, nós temos um orgulho enorme por termos Lula no nosso
nome, porque o Lula significa povo brasileiro, significa dignidade, significa
honestidade, significa distribuição de renda, melhoria de vida, dignidade ao
povo brasileiro, principalmente para aqueles que mais precisam.
O
Lula fez o povo brasileiro sentir orgulho. Agora, na situação que nós estamos
vivendo, o sentimento é de vergonha, vergonha de um governo que vocês, com as
atitudes que tomaram, ajudaram a eleger.
O
SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Pode
ter certeza, deputado Enio Tatto, que se isso acontecer eu venho aqui e peço
desculpa do que eu falei do presidente da República, do ex-presidente
presidiário. Venho com o maior prazer, porque a pessoa que foi condenada pela
primeira instância, pela segunda instância, está condenada.
Eu não colocaria. Cada
um pensa de uma maneira, mas se acontecer, se ele for absolvido, dizer que ele
nunca cometeu nenhum tipo de crime, eu venho aqui e peço desculpa e peço para
dizer que eu errei de falar aquilo.
Eu não tenho nenhuma
vergonha - não é do meu partido - do presidente Bolsonaro, porque só a limpeza
que ele fez em Brasília da quadrilha que roubou este País por quase 15 anos, eu
já estou muito feliz e muito satisfeito de ter no segundo turno dado meu voto a
ele.
Muito obrigado,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Com a palavra a
professora Bebel.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR -
Boa tarde, Sr. Presidente, Mesa de trabalho, enfim, os assessores que estão
sentados à esquerda, estão sentados à direita, todos que nos assistem através
da TV Assembleia. Eu vou começar pelo último ponto da fala do deputado Carlão
Pignatari no que tange mesmo a ter inveja, não ter inveja.
Carlão
Pignatari, eu não era deputada desta Casa e tive a honra desta Casa, por unanimidade,
ou quase, ter votado favoravelmente ao Plano Estadual de Educação, que ora está
pautado na Comissão de Educação e foi sancionado pelo governador Alckmin. Eu
não tenho relação político-ideológica com o governador Alckmin.
Então, eu não
tenho inveja. Eu tenho orgulho de ter feito um movimento político junto, claro,
com as lideranças da Casa. Aqui, o atual presidente Cauê Macris, que articulou
a bancada, que articulou os outros partidos, que entenderam a justeza da causa
da Educação e votaram favoráveis àquele Plano Estadual de Educação, construído
pela Secretaria de Estado da Educação e entidades da Educação do estado de São
Paulo.
Não tenho
porque ter inveja. Acho que nem o Partido dos Trabalhadores tem que ter inveja.
O Partido dos Trabalhadores era, senão, aquele que estava aqui junto, mas junto
com todos vocês que votaram nesse plano.
É um plano
(conforme foi apresentado na primeira meia hora de trabalho hoje) audacioso,
ambicioso. É um plano muito bem fundamentado, construído por todos, inclusive
os deputados da Casa. Então não tem porque ter inveja. Eu não tenho.
Sinceramente, não.
Quero me ater e
quero, de forma muito verdadeira, deputada Valeria Bolsonaro... Peço desculpas,
não por mim. Peço desculpas daquela pessoa aparecer lá. Que não tem nada a ver
com a minha categoria, mas que pedi para sair. Alguém do meu pessoal colocou o
cara para fora. Porque também não concordo que se dirija. Chamei o pessoal e
falei: “Quando é assim, levante-se e fale para a pessoa sair, no meu lugar. Não
me deixe no desconforto.”
Sinceramente, é
isso. Peço desculpas. Não tenho problema nenhum. Porque, naquela comissão,
independente de vertente ideológica, estamos caminhando juntos pela Educação.
Tanto que a apresentação foi tão interessante, que todos nós nos envolvemos.
Nos envolvemos. Lamentavelmente, aquele sujeito falou aquela coisa lá. Não vou
repetir o que ele falou, porque eu discordo.
Tenho,
talvez... Costumo dizer que gosto de mostrar a minha veemência nas palavras, e
não no tom delas. Peço desculpa porque eu presidia os trabalhos nessa hora.
Então, por favor. Não é a mando meu e jamais será. Gosto de ganhar no debate.
Sempre aprendi isso. A gente ganha no convencimento e no debate. Quero dizer,
para todos e todas aqui, que tivemos um debate de monta hoje. “Monta”, que eu
falo, positivo.
Por alguns
momentos, há uma divergência (e aí lamento até que não tenha vindo o
secretário) com relação à implantação das escolas de tempo integral no ensino
médio. Até intermediei com o representante do secretário, que não era nem o
adjunto. Porque o doutor Haroldo até conhece um pouco mais essa questão
debatida. Intermediei com o seguinte: por que não pensar em escola de tempo
integral, por exemplo, do primeiro ciclo do ensino fundamental?
No primeiro
ciclo do ensino fundamental e no segundo, no período da manhã e até as 15
horas. E das 15 até as 20 horas, por exemplo, ensino médio. Acabou. Você
inclui. Tanto o menino, se trabalha de manhã, pode ir para o ensino médio por
mais tempo. E você também inclui ensino fundamental I e II no integral. Então
não há problemas com integral.
Qual é o grande
problema que se coloca com as escolas de tempo integral implantadas no estado
de São Paulo? É que, quando se transforma em tempo integral, estou nesta
escola, estou efetiva desta escola. O que acaba acontecendo? Tenho que ser
removida “ex officio” para outra. Está errado. Eu poderia ficar na mesma
escola, poxa.
Para que trocar
professor? “Ah, vai escolher por perfil.” Espera aí, mas ele estava dando aula
naquela escola, para os mesmos alunos. Isso é um problema sério. Isso acaba
levando professor para outra escola, que disputa aula com outro professor. Que,
de certa forma, acaba levando para uma disputa. E o professor fica adido.
“Adido” significa ficar sem aula na escola. E vira uma bagunça na rede. Isso
tem que ser corrigido pela Secretaria de Estado da Educação.
Esse seria um
pedido para nós, seria um atendimento valioso. Agora, tem problemas de
fechamento de curso noturno, não é? Claro que tem. Mas não pode falar. O moço
lá não aceita. Ele chegou a me chamar de mentirosa, de um monte de coisa. Tudo
bem, eu sei que eu não sou. Eu estou andando o estado. Eu sei que não. Eu sei
que está acontecendo isso. Está fechando noturno, está fechando educação de
jovens e adultos. É verdade, porém, que diante da denúncia volta atrás. Mas não
precisava nem...
Então, nós
estamos passando um momento de implantação das políticas que podem dar certo.
Mas só não dá certo pela forma de fazer. É essa a questão, porque não ouve
mais. E ainda indelicado. Estive na sexta-feira para tratar da vinda dele aqui,
quem é que vinha, se não vinha, para eu manter. Mas ele foi e tornou pública a
reunião nossa; indelicado. Falei isso para ele. Por isso estou falando aqui.
Não falaria se não fosse. Não se fala.
Eu estive em
gabinetes de deputados, deputada Márcia Lia, e eu não conto o que eu vou fazer.
É indelicado. Mostra uma imaturidade. Acho que o secretário tem que escolher
melhor as pessoas que os representa em determinados fóruns. E aqui, a Comissão
de Educação da Assembleia Legislativa, ela não é a mais importante. Ela é
importante tanto quanto as demais. Mas a gente também precisa respeitar, com
divergências ou não, quem está presidindo. Não é? Não é porque está no governo, então eu
suponho que tenho a maioria e eu falo o que eu quero. Não fala; e eu não
permito. É essa a questão. Tirando o caso da deputada, lamentavelmente, o
acontecido com a deputada Valéria Bolsonaro, segundo o qual eu reitero as
minhas desculpas, eu considerei até muito boa a discussão. Tocamos, não é? Acho que eu também não me sentiria bem,
sairia. É natural que sim. Mas, de qualquer forma nós tocamos e foi num nível
muito bom, e isso é que é importante. Nosso companheiro ali também, o deputado
Roberto Engler; agradeço muito deputado.
Aliás, não teria comissão hoje se o senhor não
tivesse a ação que teve. Foi muito importante. E eu agradeço, profundamente,
todos os movimentos que o senhor faz no sentido de entender. Não, a Educação é
importante. Não tem que ter essas coisas entre nós. E o senhor tem razão, tá?
Muito obrigada por tudo. E aí digo que essa tarde para mim também foi
importante. Chateada, um pouco no final, mas no grosso da comissão, muito boa.
Muito obrigada por tudo.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem,
deputado Barba.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Para indicar o
deputado Paulo Fiorilo para encaminhar em nome da bancada do PT.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra o
nobre deputado Paul Fiorilo, em nome da bancada do PT.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs.
Deputados, público presente, TV Assembleia, assessoria das bancadas, eu ouvi
aqui vários discursos, mas eu gostaria de tratar de pelo menos dois. O
primeiro, dizer que a bancada do PT tem muito orgulho de utilizar o Lula nos
nomes dos seus parlamentares, porque entende que o Lula tem sofrido ao longo
desses 500 dias, 600 dias, 700 dias, dois anos, uma série de injustiças, que
aliás estão sendo reveladas pelo Intercept Brasil.
São as chacotas
a que fez referência a deputada Márcia Lia, dos promotores de Curitiba, sobre a
morte da Marisa, sobre a morte do neto, sobre a morte do irmão. São as
revelações feitas pela Intercept Brasil mostrando que havia ali a intenção de
impedir o Lula de dar entrevista antes das eleições. Cada dia a gente percebe o
quanto foi feito para impedir a participação do presidente Lula ou no processo
eleitoral, como candidato, ou defendendo a candidatura do Fernando Haddad, que
teve 47 milhões.
E é
interessante como a língua felina do líder do Governo busca atacar
permanentemente a bancada do PT falando sobre escândalos de corrupção, sobre
bandidos. Eu tenho a impressão, como disse aqui o deputado líder do Governo,
que ele tem uma formação familiar forte. E, eu acho até que a formação familiar
forte passa por entender e por ter aprendido conceitos de companheirismo, de
lealdade, de coisas desse tipo.
E, digo isso
porque aí eu quero entrar num outro assunto, que diz respeito ao debate aqui
sobre a extinção da Dersa e a CPI que as bancadas do PT, do PSOL, do PSL, do
PCdoB e de outros partidos, do Novo, vêm defendendo. Não é uma disputa
qualquer. Não é. Não é. Se o deputado entende que todas as denúncias já foram
feitas, que tem Polícia Federal e Ministério Público, a gente deveria ter lido
os jornais de ontem.
Ontem, a
"Folha de S. Paulo" estampa o seguinte título: "Gestão Alckmin
ergueu viaduto que liga rodovia à fazenda de empreiteira". Não foi o PT,
não foram os partidos de esquerda que plantaram essa matéria.Aliás, eu tenho a
suspeita de que o maior plantador dessa matéria trabalha no Palácio dos
Bandeirantes, trabalha, dá expediente, e milita contra uma parcela do PSDB.
Essa parcela tem nome e sobrenome.
E, aí, eu
queria dizer aqui que aprovar a CPI da Dersa significa avançar nas denúncias
que a matéria do jornal de ontem traz: são as obras do contorno, lá da Baixada,
que liga Caraguá a São Sebastião.
Ali, eles
falaram de um viaduto que liga uma fazenda, que o proprietário é da empresa que
está construindo a obra. É só o PSDB que faz isso. É impressionante. A
quantidade de desvio feito pela Dersa para encher os bolsos dos políticos do
PSDB é impressionante. Impressionante.
Cada dia tem
uma denúncia nova. Passa pela Dersa, CPTM, Metrô. Quem sabe, agora, surja outra
denúncia, que é ligada aí a essa questão das empresas do Estado. Nós devemos
ter várias outras coisas.
Aliás, eu
queria só fazer um reparo: eu não sou Bolsonaro, que antecipa quem vai cair.
Não sou. Bolsonaro tem essa prática, já fez isso ontem, já fez outras vezes.
Tem um cara que vai entrar em desgraça, ele já avisou quem era. Eu estou
dizendo outra coisa. Eu estou dizendo que aqui não é uma questão de visionário;
é uma questão de apuração.
É por isso que
nós precisamos instalar a CPI da Dersa. O governador quer extinguir. Aliás, eu
queria deixar aqui uma outra questão àqueles que estão na linha da extinção da
Dersa: qual é a dívida da Dersa hoje?
Aliás, o
Governo do Estado informa muito pouco. Mas, eu queria perguntar aos deputados
que são especialistas em orçamento para que apurem quanto a Dersa deve. Qual é
a dívida da Dersa? Eu nunca vi extinguir empresa que deve sem nenhuma apuração.
Para não falar nos esqueletos defuntos e corruptos.
E, eu queria
distinguir: tem muitos funcionários de qualidade. Agora, uma parte fez parte do
esquema do PSDB, que roubou o estado durante anos, que dilapidou o patrimônio
público durante anos.
E, aí, o
deputado líder do Governo, com a maior cara de pau, vem aqui falar de
corrupção, do PT, de não colocar o nome do Lula? Não precisa colocar o nome do
Lula. A opção de colocar o nome do Lula nos nomes dos parlamentares foi nossa.
Não cabe a ele fazer nenhuma observação ou comentário. A decisão é política e é
da bancada do PT, porque entende as injustiças que foram cometidas.
Eu queria
perguntar ao deputado se ele vai colocar Alckmin, Serra, Paulo Preto, Aécio.
Talvez isso o envergonhe. Talvez isso faça ter dificuldade. Nós não temos essa
dificuldade. Nós não temos essa dificuldade porque ao longo desses anos a gente
sempre fez o debate público, para bater, para apanhar. Não tem problema.
Agora, o que
nós não podemos esconder nunca são as evidências e as verdades. O que nós
estamos assistindo no Brasil nos últimos meses é para ficar estarrecido a cada
denúncia. Mas parece que as pessoas estão numa letargia, num sonho embalado
talvez pelos 30 anos do Raul. Se a gente aqui não começar a acordar e olhar o
que tem do nosso lado nas denúncias de corrupção da Dersa, que desviou muito
dinheiro. Só do Rodoanel são 625 milhões. Isso é a parte que a gente sabe, que
os delatores já indicaram. Falta ainda descobrir do contorno, falta a gente
apurar a CPTM, Metrô, falta apurar muita coisa.
E esta
Assembleia tem responsabilidade. Eu já falei, disse aqui, mais de uma vez,
deputado Campos Machado. O problema é que é mais fácil se esconder atrás de uma
língua ferina do que ter coragem de aprovar a CPI. E vou aproveitar para dizer
o que o governador mandou como nota para o jornal que fez a matéria. Na visão
do governo “as construtoras paralisaram os serviços unilateralmente em dezembro
passado.” A nota afirma que “a nova diretoria da Dersa apoia toda e qualquer
investigação e vai colaborar de forma integral com a Justiça e outros órgãos de
controle para elucidação de dúvidas em busca do interesse público.”
Pergunto aqui
aos deputados e deputadas: qual é o medo, por que se esconde atrás da
verborragia? Por que o deputado aqui não diz aquilo que ele já disse: “Vamos
aprovar a CPI. Tem acordo. Nós não temos problema nenhum. Não é culpa nossa.”
Bom, se não é culpa nossa, se não tem problema nenhum, por que a gente não
aprova? Por que a gente não cria a sexta CPI? Qual é a dificuldade, qual é o
medo? O próprio governador, em nota, diz que vai colaborar com os órgãos de
investigação.
A CPI é um
deles. Qual é o problema? Por que esta Assembleia não pode trazer o debate para
esta Casa? Aliás, quando trouxe o debate, por exemplo, da venda de suco de
laranja, ajudou muito, inclusive a poder corrigir erros. Aqui tem mais uma
possibilidade. Nós podemos fazer agora ou não fazermos mais. É uma decisão.
Aliás, queria pedir para aqueles deputados que querem votar a extinção, que
antes de votar que a gente crie a sexta CPI. A gente vai ajudar o governador,
vamos dar a ele discurso, que é o que ele precisa, quem sabe para extinguir,
expurgar a parte velha do PSDB, porque a parte nova é a que está com o
governador.
O governador
Doria agora criou o novo PSDB, novo porque ele vai levar o deputado do PSL,
novo porque ele vai propor aqui as investigações que nunca ocorrem, novo porque
é velho, ultrapassado e tem medo da verdade. Esse é o grande desafio que nós
temos que colocar para o PSDB nesta Casa e para o governador. Aliás,
governador, aproveite a sua vinda aqui na Assembleia para orientar a bancada
para pedir para votar a favor da CPI.
Você poderia
fazer um grande favor aqui para esta Assembleia. Dizer: “Não, não tem nenhum
problema, não; vamos aprovar a sexta CPI. Investiguem, apurem. Não deixem nada
sem apurar. Aí, sim, a bancada do PT virá aqui, deputada Bebel, e dirá: “Esse
governador é do novo PSDB, o que quer a transparência, o que quer a verdade.” E
não apenas o discurso fácil da oposição.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Em votação o
requerimento de urgência do Projeto de lei nº 683, de 2016.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Sr. Presidente, para
indicar a deputada Valeria para encaminhar pelo PSL.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Na verdade, o
líder está presente no plenário. Com anuência do líder, tem a palavra para
encaminhar a deputada Valeria Bolsonaro.
O
SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Sr. Presidente, com
anuência da líder... da oradora Valeria Bolsonaro eu gostaria de fazer uma
comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Só lembrando
que nós estamos no requerimento de urgência do Projeto de lei nº 683, de
autoria do nobre deputado Sebastião Santos.
Tem a palavra para uma
comunicação, enquanto a deputada Valeria vai à tribuna.
O
SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PARA
COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu ouvindo aqui os discursos de uma pessoa, um
deputado que veio para esta Casa este ano, o deputado Paulo Fiorilo, discurso
fácil, com boa fala de uma militância no PT há muitos anos, que nunca viu
nenhum problema nos governos do PT. Gozado isso. E vem aqui para tentar falar
do meu partido, ou de outros partidos. Eu acho que não é para isso que nós
estamos aqui. Eu estou dizendo o seguinte, deputado Paulo Fiorilo, como já
disse isso várias vezes, e que, às vezes, vocês ficam muito nervosos. Eu não
tenho bandido de estimação.
Se alguém do
meu partido for condenado em primeira instância e segunda instância, eu não vou
pôr o nome dele no meu nome, porque eu tenho vergonha. Vergonha pelo que eu
aprendi na minha vida, do meu pai, do meu avô, da minha finada mãe, e eu sei
que isso tem algumas pessoas que não têm, que gostam de ter bandidos de estimação.
Eu volto a
dizer. Eu não tenho. Se alguém do partido errou, está aí o Ministério Público,
como foi feito com o ex-presidente da República. Foi a Procuradoria, foi o Ministério Público, foi julgado em primeira
instância, foi julgado em segunda instância, e está preso, por 12 anos, ou dez
anos, não sei por quanto tempo.
Dizem que é
preso político, mas está lá com uma vida de mordomia, porque, afinal de contas,
é um ex-presidente da República. Tem esteira, tem televisão, toma sol todo dia,
tem visitas quase todos os dias. Na minha opinião, preso é preso, não poderia
ter esse tipo de regalia, mas a Constituição brasileira determina que tenha.
Então, é por
isso que eu digo. Eu não tenho bandido de estimação. Se alguém no PSDB errou,
pode ser quem for, deputado Paulo Fiorilo, tem que pagar na Justiça, e se
estiver com crime, tem que ser preso, e, se for preso, eu não vou dizer que é
preso político e colocar o nome no meu nome.
O
SR. ROBERTO MORAIS - PPS - Pela ordem, Sr. Presidente, com a anuência.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem anuência,
deputada? Com a palavra o deputado Roberto Morais.
O
SR. ROBERTO MORAIS - PPS – PARA
COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, Sras.
Deputadas, Srs. Deputados, obrigado, deputada Valeria. Eu não vou falar
de PT aqui, não vou entrar nessa briga. Tenho minha opinião, mas vou fazer um
agradecimento. Inicialmente, ao nosso líder, ao Carlos Pignatari, que há 20
dias atrás, acompanhando o secretário de Segurança Pública, acompanhando o
vice-governador, Rodrigo Garcia, esteve na nossa cidade de Piracicaba, fazendo
entrega de 70 novos veículos para o Deinter-9, que foi criado na gestão do
governador Geraldo Alckmin, em 2006.
Piracicaba
cortou ali também - já tinha cortado a Polícia Federal, já tinha vindo o
Comando da Polícia Federal de Piracicaba - o cordão umbilical com Campinas, com
todo o respeito a Campinas, na questão da Segurança Pública, criando Deinter-9
e o CPI-9. Logo depois, veio o nosso helicóptero Águia. Aí o governador Geraldo
Alckmin instalou no aeroporto Pedro Morganti, em Piracicaba, a Escola de
Formação dos pilotos do Águia. Então, todos os Águias que vocês veem voando no
estado de São Paulo, os pilotos são formados na nossa
cidade. Isso para nós, realmente, é motivo de orgulho.
Nessa ida do
vice-governador, o governador João
Doria estava na China, buscando investimentos para o estado de São
Paulo, porque ele já está anunciando que
chineses irão investir aqui. Irão gerar emprego e renda aqui no nosso
Estado, e lá o vice-governador anunciou o nosso Baep, e hoje, o Diário Oficial
publicou a portaria do governador Doria, criando o Baep-10, que é o de
Piracicaba, e o Baep-11, da cidade de Ribeirão Preto.
A prefeitura já
está atrás de um prédio. Vai alugar um prédio e, em dois anos, vai construir a
sede. Já tem terreno, que o prefeito Barjas arrumou, para construir a sede do
Baep. São quase 300 policiais, que vão dar um reforço para toda a região. O
nosso CPI-9 hoje comanda 52 cidades.
Sai de Piracicaba e vai até São João da Boa Vista. Eu brinco que vai até quase
Minas, divisa lá com Arceburgo.
São cidades que
dependem do Comando de Piracicaba. Nós, que somos deputados aqui, no sexto
mandato, para nós é motivo de orgulho que o governador realmente atendeu esse
clamor. Um abaixo-assinado, com quase 30 mil assinaturas, envolvendo Câmara,
Prefeitura, o nosso gabinete. Colocamos uma banca na Praça José Bonifácio, a
população disse “sim” e hoje, oficialmente, embora já tivesse sido anunciado
pelo Rodrigo Garcia e pelo Carlos Pignatari, o Carlão, há 20 dias atrás, hoje
foi publicado no Diário Oficial.
Obrigado,
governador Doria. Conte com nosso partido, conte com nosso apoio aqui. Claro, a
gente está sempre pedindo. A gente precisa de muito mais, não só para
Piracicaba, como para toda aquela região, que nós temos orgulho de representar
no maior parlamento do país, que é a Assembleia Legislativa.
Obrigada,
deputada.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Com a palavra
a deputada Valeria Bolsonaro.
A SRA. VALERIA BOLSONARO - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa noite a
todos. Eu venho trazer uma alegria muito grande que eu gostaria de compartilhar
com todos, que foi o dia de ontem, quando eu fiz o lançamento da minha Frente
Parlamentar de Combate ao Câncer.
O
auditório estava cheio, com pessoas engajadas nessa causa, pessoas de muito
peso e principalmente de muita dedicação. Tivemos médicos, tivemos
pesquisadores, voluntários, pessoas que trabalham envolvidas com as famílias,
que são os voluntários, as casas de apoio, que são beneficiadas por empresas
que vão lá e dão a sua colaboração, fazem a sua parte social.
Gostaria
também de agradecer principalmente a Deus pela oportunidade que me concedeu do
poder de poder ajudar. Isso para mim é o mais fantástico poder que nós
deputados podemos ter: o poder de poder ajudar.
Nós
podemos ajudar as instituições, nós podemos fomentar com que outras pessoas
ajudem também. Então, eu fiquei muito grata ontem com o lançamento da Frente
Parlamentar de Combate ao Câncer, um assunto muito caro.
Quem
de nós já não teve um conhecido, um familiar, que teve essa doença e junto com
ele nós sofremos também? Eu perdi meu pai numa idade muito nova ainda. Nós
estamos aqui para fazer um trabalho e esse trabalho está sendo feito com muita
dignidade, com muita força.
Gostaria
também de aproveitar e direcionar o olhar dos companheiros parlamentares para
essa causa também. Quero me colocar à disposição e quero também pedir ajuda
para que todos nós parlamentares possamos direcionar o olhar com mais atenção
para essa causa.
Tantos
são os hospitais que precisam de ajuda, tantas são as entidades que precisam do
apoio de nós parlamentares com emendas, às vezes com problemas jurídicos de
documentação para que possam amparar não só o paciente, mas principalmente os
familiares, que acabam adoecendo também, porque eles também sofrem.
Andei
bastante pelo estado de São Paulo. Estou passeando com o projeto Pé na Estrada,
no qual a gente vai e visita várias santas casas, vários hospitais voltados ao
câncer, ao trabalho oncológico, vários institutos de pesquisas voltados a isso
e principalmente o pessoal do voluntariado. Gente, um pessoal maravilhoso.
Ontem, vieram aqui os Anjos Azuis, que é um grupo de voluntariado.
Todos
são aposentados que dedicam seu tempo para ajudar as famílias, os pacientes e
todo o trabalho que envolve essa doença, que as pesquisas estão tentando com
força total para ver se a gente consegue a cura. Sabemos da dificuldade, mas
temos aí sempre luzes no fundo do túnel. Ontem, foi um dia de muita alegria. Eu
fiquei particularmente emocionada.
Quero
agradecer à deputada Janaina, ao deputado Gil Diniz, ao deputado Rafa Zimbaldi,
que estiveram lá me prestigiando na frente parlamentar. Muito obrigado a vocês.
Vou contar com a ajuda de vocês porque o trabalho é grande e a gente precisa de
ajuda. Eu gostaria de falar exatamente sobre esse trabalho.
Vou
pedir ajuda de vocês. Vou de gabinete em gabinete conversar e ver como que nós
podemos ajudar de forma consistente não só os hospitais, mas também as
pesquisas, que vão desenvolver medicamentos e melhorar o atendimento aos
pacientes com câncer.
Outro
assunto que me traz aqui hoje, deputada Bebel, desculpas totalmente aceitas.
Obrigado pela sua solidariedade. Sei da dificuldade que é presidir uma comissão
e participo ali e vejo que não é fácil, mas eu peço a Vossa Excelência... Eu me
senti desconfortável de ter que pedir para que a senhora intervisse. Então peço
que a senhora não seja tão condescendente com os seus colegas, para que a gente
possa desenvolver o nosso trabalho de forma suprapartidária. Estamos ali em
defesa da Educação. É isso que quero, também.
A senhora é professora, como também sou. Então acho muito importante que
estejamos ali para discutir a Educação, independente de partido.
As pessoas às
vezes vão ali e nos ofendem. Não é a primeira vez que isso acontece. Já tivemos
outros problemas, já tivemos outros grupos que foram, que falam, que não
permitem o bom desenvolvimento do nosso assunto, da nossa comissão. Então peço
à senhora, por gentileza, um pouco mais de dureza, vamos colocar assim. Porque
senão prejudica o nosso trabalho. Saí de lá realmente muito chateada.
Vou fazer um boletim de ocorrência porque
achei gravíssimo o que aconteceu. Não é nada pessoal com o seu posto ou com
Vossa Excelência, deputada. Nada pessoal, mas com o tipo de ameaça que me foi
dirigida. Vou fazer um boletim de ocorrência.
E peço a
gentileza. Porque precisamos trabalhar. E para a gente trabalhar a gente tem
ali... É lógico que eles podem e têm o direito de se manifestar. Mas tudo tem a
hora. Nós, como professores, sabemos que a gente precisa dar limites, né?
Afinal, estamos ali numa Comissão de Educação.
Então, o que
peço é a sua colaboração, de professora para professora. Aceito as suas
desculpas, é lógico. Sei que a senhora não teve culpa nenhuma sobre o episódio.
Mas é grave. É grave e acho que, se não tomarmos nenhum tipo de posicionamento,
o que pode ocorrer é que isso se repita e se torne uma coisa constante. Então
peço a gentileza. Vou fazer o boletim de ocorrência porque não concordo.
Sou educadora.
O que aconteceu lá não foi educado, não foi democrático, não foi ético. Não foi
nada. Se ele tem problemas, todos temos. Não podemos descontar os nossos
problemas pessoais em cima dos outros. Então, o que peço, é isso: parceria para
o nosso trabalho. Precisamos, acima de tudo, ter força para que possamos
trabalhar em prol da nossa Educação brasileira, que tanto sofre. E
principalmente em prol da nossa Educação paulista. Conto com a sua colaboração.
A SRA. -
(Voz fora do microfone.)
A SRA. VALERIA BOLSONARO - PSL - A senhora tem aparte.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Não cabe aparte, deputada
Bolsonaro. Para encaminhamento não cabe aparte.
A SRA. VALERIA BOLSONARO - PSL - Comunicação, ela não pode?
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Também não cabe, neste momento.
Não tem outra alternativa.
A SRA. VALERIA BOLSONARO - PSL - Mas eu só queria deixar aqui
posto que, nada pessoal. Só precisamos, realmente, de postura para que isso não
ocorra mais. Até para que as pessoas que vêm a esta Casa, ou que vão à
universidade, aprendam que não é tudo que se pode falar, da forma que quer e do
jeito que quer. Vivemos numa sociedade. Para isso existem regras sociais que
precisam ser respeitadas para o bom trato entre todos.
Só peço isso: comprometimento
da parte, inclusive, da instituição que a senhora representa. Porque ali tinham
representantes da sua instituição. Então peço que a senhora converse e fale que
precisamos dar o exemplo. Somos educadores. Cabe a nós dar o exemplo. Eles não
podem, fazendo parte de um sindicato de professores, ter uma conduta daquela.
Então agradeço e aceito as suas desculpas de coração.
Muito obrigada.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Em votação o
requerimento de urgência do projeto do nobre deputado Sebastião Santos. As
Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo, permaneçam como se
encontram. Aprovado o requerimento.
Há sobre a mesa, requerimento de
urgência ao Projeto de lei nº 164, de 2014. Em discussão. Não havendo oradores
inscritos, está encerrada a discussão.
Em votação...
O
SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem,
deputado Campos Machado.
O
SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Para encaminhar pelo PTB.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Só lembrando
que esse é o requerimento de urgência do deputado Roberto Engler. Do projeto de
lei do deputado Roberto Engler.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Pela ordem,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem,
deputada Bebel.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Para fazer uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra
V. Exa., enquanto o deputado Campos Machado dirige-se à tribuna.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT – PARA
COMUNICAÇÃO - Deputada Valéria, a pessoa que fez aquela atitude ela me procurou
no corredor e me pediu desculpa. Eu disse “não, a mim não”. Eu tive o meu
papel. Aliás, foi um membro. A pessoa da Apeoesp que levou para fora. Foi uma professora. A
Nilcéa levou essa pessoa em questão para fora.
Então, eu quero dizer para a senhora
aqui que eu não gosto também. Costumo dizer que talvez um aplauso, é até
natural, mas que eu não concordo com palavras de baixo calão. Sabe por que,
deputada? Eu já fui chamada com palavras de baixo calão de cima de um caminhão.
Eu não admito isso; entendeu? E eram setores de oposição. Agora a pessoa em
questão não tem a ver com a pessoa da Apeoesp. É isso que eu quero que a
senhora entenda. Muito obrigada.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Com a palavra o nobre deputado Campos Machado.
O
SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr.
Presidente, Srs. Deputados, queria inicialmente afirmar ao deputado Carlão
Pignatari, que eu posso ter ciúmes mas não sou cínico. Cinismo é uma coisa que eu
não tenho. Eu quero me dirigir ao senhor. O governador Geraldo Alckmin é do seu
partido. Foi seu governador. E V. Exa. não move uma palavra em defesa do
governador Geraldo Alckmin, não se posiciona.
Vossa
Excelência, antes, andava lá pelos corredores do Palácio na época alckminiana.
Agora V. Exa. Esquece-se de que ele é do seu partido. Foi seu governador por 14
anos. E V. Exa. vem aqui e ainda tem a coragem, deputado Enio Lula Tatto, de
dizer o seguinte: “na época do Geraldo Alckmin era só veto. Eu fico imaginando
o que é que está acontecendo.
Os deputados do
PSDB não vêm a esta tribuna para defender o governador Geraldo Alckmin; não
vêm. Nem vieram para defender o prefeito Orlando Morando, que é meu amigo.
Quero dizer, deputada Carla, que eu sempre tive o seu marido Orlando Morando
como um homem correto. Aqui na Assembleia foi honesto, sério comigo. Eu tenho
coragem - eu não sou PSDB - para dizer para a senhora de que Orlando Morando, o
prefeito Orlando Morando, merece todo o meu crédito.
Para mim é um
homem de caráter e o caráter de um homem, diz um pensador, é o seu destino.
Agora, o deputado Carlão Pignatari, primeiro ele ofende gratuitamente a bancada
do Partido dos Trabalhadores, que não adota bandidos. Talvez o deputado Carlão
Pignatari nem sabe o que quer dizer o Art. 5º da Constituição Federal que diz
que para alguém ser culpado, definitivamente culpado, tem que ter trânsito em
julgado. Vossa Excelência nessa ânsia de defender o governador João Agripino se
esquece. Ofendeu a bancada do Partido dos Trabalhadores, sim; desculpe.
Não tenho
procuração, não sou do PT, temos divergências históricas, mas foi ofensivo. E
depois o que faz ele? Finge que não está ouvindo, ouvidos de mercador. Ah, eu
não. Eu quero dizer ao deputado Paulo de que ele foi um tanto quanto leviano
hoje ao fazer menção ao meu amigo, estou dizendo claramente, ao meu amigo, ao
meu irmão, e ao meu governador Geraldo Alckmin.
Eu não deixo
amigos. Nunca deixei amigos. Amigo de praia, deputado, não serve. Quando eu
estou na praia, debaixo de uma barraca de sol, deputado Gil Diniz, tomando
guaraná eu preciso de amigos? Amigo eu preciso nas dores, nos sofrimentos, nas
angústias. Eu aqui quero afirmar taxativamente: eu confio plenamente na
humildade, na decência, na honradez, do meu amigo Geraldo Alckmin. Não fujo,
não.
O deputado
Carlão Pignatari, para agradar o governador João Agripino, se esquece que o tal
do Alckmin, volto a dizer, governou 14 anos, deputado Enio. E, ele não saía do
Palácio. Ele era alckmista. Hoje, ele é dorista, esqueceu o passado.
Eu, não,
deputado. Não importa as consequências. Eu vou defender enquanto eu puder um
homem do seu partido, Geraldo Alckmin. E, vou defender também, me desculpe, PT,
o prefeito Orlando Morando. Ele é meu amigo, eu conheço o caráter dele,
deputada Carla Morando. Ele não precisa agradar a senhora.
Agora, cadê o
PSDB? Onde está o PSDB, que só vem aqui para falar em ciúme? Tem que deixar o
cinismo de lado, deixar a ironia de lado. Mas, não. Para cumprir com o seu
compromisso de líder do Governo, ele pouco se importa, deputada Márcia Lia, com
a idoneidade e a honra das pessoas.
Eu estou
afirmando aqui: não posso confiar num deputado de um partido que não defende a
sua história, que não defendeu a história de 14 anos do governador Geraldo
Alckmin. Não posso acreditar. E pouco importa as consequências. Estou falando
de coração aberto.
Lá vem de novo
o Sr. Carlão Pignatari para explicar o inexplicável. Mas, tudo bem, estamos
aqui a noite inteira. Eu não vou recuar, deputado Enio Tatto, do que eu estou
afirmando aqui. Disse ele que eu fiquei com ciúmes do projeto sancionado da
Sra. Paschoal no Palácio.
Ele confunde
ciúmes com outra palavra: eu fiquei perplexo. Nem as palavras adequadas ele diz
aqui. Fiquei perplexo. Ele que fez tudo: ele ligou para o presidente da Casa,
da Assembleia, falou com o presidente Cauê Macris, ligou para um, ligou para
outro, e fez, lá.
Eu lá estou
atrás de ter projeto sancionado com festa? O que me traz aqui... Está aqui o
filho do ex-governador Márcio França. Você acha que eu não vou defender,
deputado Caio, o seu pai? Que eu apoiei publicamente? Vou concordar que falem
mal do seu pai? Não.
Não me importam
as consequências. Um homem tem que ter lado. Lado. Ele não pode é não ter lado,
não importa. Eu prefiro perder do lado certo, deputado Douglas, do que ganhar
do lado errado.
É por isso que
eu vim aqui hoje, para dizer ao deputado Paulo, Paulo Lula Fiorilo, que ele
andou um pouco pela estrada da leviandade. Não se faz julgamento precipitado.
Eu já vim aqui
defender o prefeito, ex-prefeito, Haddad. Ele foi condenado em primeira
instância. Ele não tem condenação definitiva, deputado Barba. Espera um pouco.
Todos nós estamos sujeitos a ser abatido pela fúria, pelos ventos, pelas
nuvens, do Ministério Público, deputado Olim. E, V. Exa. sabe o que eu estou
dizendo, que já sofreu na pele a injustiça, a ingratidão, de membros do
Ministério Público.
Vamos esperar
transitar em julgado, quando não tiver mais recurso nenhum. Vamos falar do
Lula. Não existe nem inquérito policial aberto contra Geraldo Alckmin, nem
inquérito policial. Ele foi indiciado? Não.
"Mas,
Campos, ele não é mais governador." E, me preocupa isso? Vai deixar de ser
meu amigo porque não é governador mais? O deputado Carlão pensa diferente. Ele quer
agradar o rei do momento, sabendo que o tempo passa, o tempo tem asas, vai
chegar um dia em que o Sr. João Agripino não vai ser mais governador. Será que
ele vai defendê-lo? Desculpe-me, deputada Carla Morando.
Eu vou esperar
que o deputado Carlão Pignatari venha aqui a esta tribuna e defenda o seu
marido, que foi deputado, colega dele, foi liderado por ele no PSDB. Ele vem
aqui, sim. Já está se aproximando do microfone de apartes, ele vai defender,
seguramente, o prefeito Orlando Morando.
Deputado Carlão
Pignatari, V. Exa.... Que foi deputada Penna? A senhora falou comigo? Sabe,
deputada, eu tenho mania de ter lado. Desculpe-me. Eu não posso deixar de vir à
tribuna para defender o que eu acredito.
Deputada Carla
Morando, a minha palavra de apreço, de respeito ao meu amigo Orlando Morando.
Até prova em contrário, ele não é do PTB, mas eu jamais vou deixar de
defendê-lo, como jamais vou deixar de defender o meu amigo, e vou repetir, meu
irmão Geraldo Alckmin.
Eu não mudo ao
sabor dos ventos, como muitos deputados desta Casa fazem. Mas teremos a noite
inteira para discutir. Se Deus quiser. Eu quero ver V. Exa. aqui na tribuna
defendendo o marido da Carla Morando, o prefeito Orlando Morando.
O
SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB – PARA
COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, rapidamente apenas para colaborar com o deputado
Campos Machado. Eu não preciso provar minha lealdade a ninguém do meu partido,
como alguns outros deputados aqui precisam sempre provar. O deputado Orlando
Morando é uma pessoa com moral ilibada, um homem decente, correto, que não
precisa de ninguém aqui para fazer defesa dele.
Segundo, o
deputado Orlando é um amigo de muito tempo, não só um companheiro de partido. E
também ele sabe da dificuldade que é ser prefeito de uma cidade.
Agora, quando
ouço o senhor falar sobre o governador Geraldo Alckmin, eu sempre disse aqui, e
o deputado sabe disso, que eu confio muito no governador e confio cegamente no
governador Geraldo Alckmin.
Se alguém
cometeu algum erro no seu governo, não foi o governador Geraldo Alckmin, e sim
outras pessoas que o cercavam talvez poderão ter feito alguma coisa, mas o
governador, não. E eu não preciso provar isso ao governador Geraldo Alckmin,
nem a ninguém.
O senhor fica
falando sobre isso todos os dias. Acho que o senhor tem que provar isso a
alguém. E o senhor sabe que não é esse o meu feitio. E o governador, João
Agripino, não, é o governador João Doria, que ganhou a eleição e é o governador
de São Paulo, contra a vontade, inclusive, do senhor, que fez campanha contra,
que é um direito que o senhor e o seu partido tem, mas que é respeitado por
esse governo.
Obrigado,
presidente.
O
SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr. Presidente...
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Campos
Machado.
O
SR. CAMPOS MACHADO - PTB - PARA
COMUNICAÇÃO - Eu confesso que não entendi o deputado Carlão Pignatari. Eu nunca
ouvi, nesses oito meses, sete meses de mandato, o deputado defender o
governador Geraldo Alckmin. O que eu tenho a ganhar com um ex-governador, que
está isolado, que não tem mais amigos? Quem tem amigo como você está mal.
Por isso, meus
senhores, deputada Isa Penna, V. Exa. toda colorida de vermelho, da cor do
sangue, da cor da revolução, que está no seu coração, na sua alma, entende o
que eu estou dizendo. Não dá para defender as pessoas só na época em que as
pessoas estão bem, na época da glória, da fartura.
Hoje o PSDB
volta as costas para Geraldo Alckmin e todo mundo sabe disso. Eu já falei aqui
em relação a um marginal chamado Alexandre Frota, que humilhou o governador com
palavras de baixo calão. E eis que de repente aparece na primeira página do
jornal João Agripino abraçado com Alexandre Frota. O presidente, Cauê Macris,
me pediu que retirasse do meu pronunciamento as palavras ofensivas que o Sr.
Alexandre Frota proferiu em relação a Geraldo Alckmin, e eu atendi, porque as
famílias paulistas não podem conviver com aquela baixaria.
Portanto,
deputado Carlão Pignatari, V. Exa. não devia esperar a minha fala. Deveria se
antecipar à minha fala e defender os seus amigos do PSDB, como o prefeito
Orlando Morando.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Em votação o
requerimento de urgência do Projeto de lei nº 164, de 2014, do nobre deputado
Roberto Engler. As senhoras deputadas e senhores deputados que estiverem de acordo, permaneçam como se encontram.
(Pausa.) Aprovado o requerimento.
Há sobre mesa requerimento de urgência
do Projeto de lei nº 113, de 2019, de autoria da nobre deputada Isa Penna.
A
SRA. ISA PENNA - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem,
nobre deputada Isa Penna.
A
SRA. ISA PENNA - PSOL - Eu queria solicitar a
prorrogação da presente sessão.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Na verdade, V. Exa. não é vice-líder do PSOL.
A
SRA. ISA PENNA - PSOL - Eu sou vice-líder da
Minoria.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pergunto à
Mesa aqui. Então, V. Exa. pode fazer a solicitação. Por quanto tempo?
A
SRA. ISA PENNA - PSOL - Por 15 minutos.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Colocarei
então, no momento oportuno, em votação a solicitação de Vossa Excelência.
Para falar contra, já convido o nobre
deputado Douglas
Garcia. Está inscrito para falar contra o
requerimento da nobre deputada Isa Penna.
Deputado Campos Machado?
O
SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Eu ia encaminhar.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É que, na
verdade, nós estamos na discussão. Não entramos ainda na fase de
encaminhamentos.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem,
deputado Barba.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Para pedir a
prorrogação da presente sessão por 60 minutos.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - No momento
oportuno colocarei em votação.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PSL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito
obrigado, Sr. Presidente, nobres
pares aqui presentes, gostaria de saudar a todos com uma boa noite, aos
servidores da Assembleia Legislativa,
da TV Alesp, e público que nos assiste aqui também na galeria da Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo.
Senhores, muito
foi cobrada, a questão da bancada do PSL, para não querer discutir o projeto,
para não querer debater a respeito do projeto, porque é um projeto... Se trata
de um requerimento de urgência. Entretanto, nós não vimos a mesma disposição
quando foi discutido o projeto de requerimento de urgência da deputada Janaina
Paschoal.
Então, acredito
que, por uma questão de isonomia, a bancada do PT e a bancada do PSOL têm que
entender que a vida é como uma roda gigante. Uma hora você está lá embaixo,
outra hora você está lá em cima. Então, vamos discutir a respeito do projeto
113/2019, da deputada Isa Penna.
Senhores, antes
que alguns outros deputados, principalmente os deputados de esquerda, digam que
eu não devo discutir esse projeto, porque eu não sou mulher, já digo que o
primeiro que disser isso eu vou processar por homofobia. Eu estou no meu lugar
de fala para poder discutir a respeito de um projeto que acredito que é um
projeto completamente desnecessário a esta Assembleia Legislativa, e é um
projeto que já começa absolutamente errado.
Aqui nós temos
o § 1º, do Art. 2, que diz: “O dossiê
consistirá na elaboração de estatísticas periódicas sobre as mulheres vítimas
de violência atendidas pelas políticas públicas, sobre ingerência do Governo do
Estado de São Paulo”.
Aí, olha só,
presta atenção que absurdo, nobres deputados da Assembleia Legislativa do Estado de São
Paulo. Aqui, eles
colocam o seguinte. É um dossiê a respeito das mulheres que são vítimas de
violência, mas eles colocam o seguinte: “para os fins desta lei, deverá ser
considerada a identidade de gênero auto-declarada, independentemente do que
constar em documento ou registro público, abrangendo assim mulheres
transgêneros e mulheres transexuais”.
Ou seja, se, por
acaso, amanhã, o deputado Douglas Garcia acordar se sentindo diferente, não
querendo mais ser chamado de deputado Douglas Garcia - sei lá, qualquer outro nome... O
deputado Douglas Garcia, durante o seu trajeto à Assembleia Legislativa, foi
terrivelmente agredido, e entrou na taxa de uma violência absurda vista no
estado de São Paulo, e agora eu me sinto mulher. Então, por eu me sentir
mulher, eu quero que todas as agressões que eu sofri até então estejam em uma
estatística voltada às mulheres.
Pergunto aos
senhores. Isso é certo? Isso é moral? É isso que o projeto da deputada Isa
Penna está trazendo aqui a esta Casa. Agora, vamos falar aqui de direitos?
Vamos falar sobre os direitos das mulheres, o direito que as mulheres tanto
batalharam e conquistaram o direito ao voto, conquistaram o direito a serem
votadas.
Inclusive,
diga-se de passagem, graças à civilização ocidental, baseada na cultura
judaico-cristã, porque não existe em países no Oriente Médio, onde, muito pelo
contrário, elas são sim agredidas, são violentadas, e parece que o movimento
feminista fecha os olhos para isso, e querem sim apoiar culturas extremamente
radicais, extremamente opostas à nossa, para virem aqui ao Brasil. E o que eles
querem com isso? Trazer aquelas que se acham transgêneros e transexuais
simplesmente por achar que são mulheres. Isso é cuspir nos direitos das
mulheres, isso é dizer: “Olha, você é indigna, você, tudo que você conquistou
até hoje, pode ser simplesmente equiparado se um homem que se sente mulher
disser ‘Pronto, me sinto mulher hoje, agora eu quero ter esse determinado
direito, agora eu quero ser julgado de acordo com a Lei Maria da Penha’”.
Pergunto
aos senhores: isso é certo? Isso é um absurdo, senhores, isso é uma aberração.
Esse projeto de lei trazido a esta Assembleia não deveria nem sequer passar na
Comissão de Constituição e Justiça, quanto mais ser considerado requerimento de
urgência. Olha só, agora falando especificamente do projeto. Suponhamos que nós
tiremos essa parte que fala sobre transgêneros e transexuais, o projeto estaria
voltado apenas à questão da violência contra a mulher.
Todos
são radicalmente contra a violência à mulher, ninguém é a favor da violência à
mulher - se bem que eu duvido um pouco da bancada do PSOL quanto à sua
disposição de lutar contra a violência à mulher, porque até agora não vi
nenhuma deputada do PSOL ou deputado do PSOL vir aqui à tribuna se colocar de
forma veemente contrária a como se comportou o deputado Carlos Giannazi no
final do ano passado, quando ele tacou o microfone em uma ativista aqui no
auditório Franco Montoro. Até agora eu não vi nenhum posicionamento de nenhum
deputado do PSOL, então isso é uma, é um verdadeiro...
A
SRA. ISA PENNA - PSOL -
Sr. Presidente, para uma Questão de Ordem.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Suspendo
o tempo do deputado Douglas Garcia. Qual a Questão de Ordem, deputada Isa
Penna?
A
SRA. ISA PENNA - PSOL -
Eu queria retirar o meu pedido de prorrogação.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está retirado o pedido de Vossa Excelência. Devolvo a palavra ao deputado
Douglas Garcia.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - Até
agora eu não ouvi nenhum deputado do
PSOL vir aqui e se colocar contrário à forma com que o deputado Carlos Giannazi
tratou uma ativista pró-escola sem partido. Ele, sim, agiu de forma machista.
Infelizmente nós vimos que, diante de tantos discursos chamando o nosso
presidente Bolsonaro de machista, trata-se de uma hipocrisia, porque não se
colocaram contra a forma brutal com que se comportou o líder do PSOL aqui nesta
Assembleia. Por isso muito me estranha trazer um projeto aqui para combater a
violência contra mulher, quando dentro do próprio partido a violência contra a
mulher não é combatida.
Senhores, é claro, falando
especificamente do projeto, tirando a parte que fala de transexual e etc.,
olhem só, prestem atenção: com base nos dados do Datasus, o Instituto Avante
Brasil constatou que, dos 52.260 homicídios contabilizados no País em
2010, 91,4% eram de homens, 91,4% dos homicídios praticados
no Brasil em 2010 eram de homens. Noventa e um por cento, quase a totalidade de
homicídios que acontecem no Brasil, você tem de homens.
Então por que a gente estaria criando um
projeto de lei especificamente para tratar da questão das mulheres, quando nós
temos na totalidade a maioria masculina morrendo? Nós precisamos de políticas
públicas voltadas a proteger tanto os homens como as mulheres. Agora, se fosse
um projeto de lei voltado à questão da violência doméstica, eu até entenderia,
mas este projeto aqui não fala da violência doméstica, ele fala da violência
como um todo, de forma geral. Então ele não pode ser tratado da forma com que
está sendo abordado.
Para não ficar nas minhas palavras, para
dizerem aqui “Ai, mas ele é um deputado homem querendo falar a respeito de um
projeto voltado para as mulheres”, beleza, vamos lá. Nós temos aqui a
jornalista Claudia Wild, uma grande jornalista que tem uma força tremenda,
principalmente nas redes sociais. Ela diz o seguinte, palavras de uma mulher:
“Todavia, o Brasil padece de um quadro
endêmico de violência no qual as maiores vítimas da barbárie nacional são eles,
os homens. Em 2016, no Brasil, por exemplo, 61.619 pessoas foram assassinadas,
das quais 4.657 eram mulheres. Sem dúvida, um número inaceitável e altíssimo de
mortes, mas esse número reflete menos de 8% do total dos homicídios nacionais,
dos quais, ainda segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2017,
apenas 533 assassinatos se enquadrariam no chamado feminicídio, o homicídio
praticado em virtude da condição de mulher, assim tipificado pelo legislador
brasileiro.
Entretanto, para as feministas de
plantão, sociólogos, cientistas, políticos, filósofos, coletivos financiados
por verbas públicas, ideólogos marxistas, psicólogos, jornalistas, ongueiros,
líderes esquerdistas e especialistas em Segurança Pública só a violência contra
as mulheres merece destaque, por muitas vezes, desmerecendo aquele que responde
no polo passivo por quase a totalidade dos crimes desta natureza: o homem! Palavras
de uma mulher: “Não podemos aceitar esta seletividade falaciosa, pois o Brasil
é um país violento e não poupa ninguém, mas como mostram os dados estatísticos,
as maiores vítimas da violência são os ‘opressores’ homens”. O combate ao crime
não deve ser seletivo nem ideológico. Todos devem gozar da mesma proteção e
preocupação com relação à violência.
Senhores,
sabem o que vai garantir a segurança das mulheres? Sabem o que vai garantir que
as mulheres sejam de certa forma resguardadas, não só no estado de São Paulo,
como no Brasil todo? Essas são as medidas que vão garantir às mulheres
segurança maior e não um simples dossiê que além de desnecessário, vai gerar
muitos gastos para o estado.
Prestem
atenção, a flexibilização do porte de armas, porque uma arma de fogo faz para
defender uma mulher...
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Eu vou pedir licença à Vossa
Excelência. Preservando o tempo de Vossa Excelência, estava cinco minutos e 45
segundos, eu preciso colocar em votação o pedido do deputado Barba de
prorrogação da sessão por 60 minutos.
Em votação. Os
deputados que forem favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.
A
SRA. CARLA MORANDO - PSDB - Gostaria de pedir a
verificação de votação.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. A partir deste momento vamos soar o sinal
intermitente enquanto os deputados que não souberam ainda da votação tomem
conhecimento da votação que se realizará.
*
* *
- É iniciada a verificação de votação
pelo sistema eletrônico.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Transcorridos
quatro minutos. Nesse momento ficarão abertos os terminais eletrônicos para que
os deputados votem “sim”, “não”, ou registrem abstenção. Peço encarecidamente
que os deputados utilizem os terminais eletrônicos, deixando os microfones
apenas para aqueles que não conseguirem registrar o seu voto. Estamos em
votação do requerimento do deputado Barba de prorrogação dos nossos trabalhos
por 60 minutos. Pela ordem, deputado Barba.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Para botar o PT em
obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PT está em
obstrução.
O
SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Para colocar o
Republicanos em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O Republicanos
está em obstrução.
O
SR. ED THOMAS - PSB - Para colocar o PSB em
obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PSB está em
obstrução.
A
SRA. MARTA COSTA - PSD - Para colocar o PSD em
obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PSD está em
obstrução.
O
SR. ROBERTO MORAIS - PPS em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PPS está em
obstrução.
O
SR. MARCIO DA FARMÁCIA – PODE - Para colocar em
obstrução o partido.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O Podemos está
em obstrução.
A
SRA. DRA. DAMARIS MOURA - PHS - PHS em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PHS está em
obstrução.
O
SR. GIL DINIZ - PSL - O PSL em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PSL está em
obstrução.
O
SR. SARGENTO NERI - AVANTE - O Avante está em
obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O Avante está
em obstrução.
O
SR. ANDRÉ DO PRADO - PL - Para colocar o PL em
obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PL está em
obstrução.
O
SR. ROGÉRIO NOGUEIRA - DEM - O DEM em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O DEM está em
obstrução.
O
SR. PAULO CORREA JR - PATRIOTA - O Patriota em
obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O Patriota
está em obstrução.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Eu voto sim.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Não abri os
microfones ainda para realizar os votos do deputado Giannazi. É a ânsia de
votar no projeto da deputada Isa Penna.
A
SRA. ADRIANA BORGO - PROS - PROS em obstrução,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PROS está em
obstrução.
O
SR. DELEGADO OLIM - PP - Para colocar o
Progressistas em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O
Progressistas está em obstrução.
A
SRA. ISA PENNA - PSOL - Meu voto é sim.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Não abri os
microfones ainda, deputada Isa, para a votação.
A
SRA. CARLA MORANDO - PSDB - Gostaria de colocar o
PSDB em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PSDB está em
obstrução.
O
SR. REINALDO ALGUZ - PV - O PV em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PV está em
obstrução.
Neste momento, vou abrir os microfones
de apartes para que os deputados que não conseguiram realizar os seus votos pelo
terminal eletrônico possam fazer pelos microfones de apartes.
O
SR. JORGE CARUSO - MDB - Para manifestar a
obstrução do MDB.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O MDB está em
obstrução.
O
SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Presidente, deputado
pode votar sem terno e gravata na Assembleia?
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado não
pode votar sem terno e gravata, deputado Carlão, é verdade. Requisição de V.
Exa., coloco de volta o voto do deputado Roque Barbiere em obstrução. Não é
permitido, pelo nosso Regimento Interno, a votação sem o terno e a gravata.
Peço ao painel que, por favor, reconsidere e retorne... Obstrução não, porque o
PTB não está em obstrução. Peço para que ele volte como não votado.
O
SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem,
deputado Campos Machado.
O
SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Vossa Excelência
colocou o deputado Roque Barbiere em obstrução?
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Não, não. Não é
obstrução. Eu coloquei errado. Eu achei que o PTB estava em obstrução. Eu peço
para que volte, como se o deputado Roque Barbiere não tivesse votado neste
momento. A não ser que V. Exa. coloque o PTB em obstrução.
O
SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Estou colocando em
obstrução para que o deputado Roque Barbiere, um grande deputado, não fique com
falta na noite de hoje.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PTB está em
obstrução.
A
SRA. MARINA HELOU - REDE - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem,
nobre deputada Marina Helou.
A
SRA. MARINA HELOU - REDE - Acho que é importante
a gente rever o Regimento Interno. Uso essa oportunidade para a gente discutir
isso. E, sim. Quero votar “sim”.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Qualquer
alteração de Regimento Interno parte a proposição dos senhores parlamentares.
A
SRA. MARINA HELOU - REDE - A gente tem uma
comissão. Vamos fazer funcionar.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Peço ao deputado
Jorge Caruso - cadê o deputado Jorge Caruso? Deputado Jorge Caruso, que preside
a comissão de reforma do Regimento, eu faço encarecidamente um apelo público a
V. Exa. que traga a este plenário a tão sonhada reforma do Regimento, sempre
defendida pelo nosso grande líder, deputado Barros Munhoz e por outros
parlamentares desta Casa, deputado Jorge Caruso, solicitada pela deputada
Marina e registro o voto “sim” de V. Exa., deputada Marina.
O
SR. JORGE CARUSO - MDB - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem,
deputado Jorge Caruso.
O
SR. JORGE CARUSO - MDB - PARA COMUNICAÇÃO - Só
para comunicar que de fato já foi feito um pré-estudo, que houve na legislatura
passada. Já há um projeto inclusive de V. Exa. muito bom, que nós pretendemos
em breve avançar na questão que envolve a diminuição do tempo da discussão, que
é muito importante para dar mais agilidade nesta Casa, tirarmos a discussão,
por exemplo, nos vetos, que também é fundamental. Enfim, nós queremos, acima de
tudo, dar agilidade. Vamos ver se a gente vai contar com o apoio dos pares na
hora da votação.
O
SR. WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - Questão de
Ordem, Sr. Presidente. Nós estamos em momento de votação?
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pois não,
estamos no processo de votação.
O
SR. WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - É possível,
então, haver um bate papo aí?
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Não é possível.
Mas como presidente, eu apelei ao deputado Jorge Caruso, abri uma pequena exceção
nesse processo. Deputado Marcio Nakashima.
O
SR. MARCIO NAKASHIMA - PDT - Para colocar o PDT em
obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PDT está em
obstrução. Pergunto se mais algum senhor parlamentar ou senhora parlamentar...
O
SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem,
deputado Carlão Pignatari.
O
SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Para uma Questão de
Ordem, agora.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Questão de Ordem.
É sobre o processo de votação?
O
SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - É sobre o processo de
votação.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Se é sobre o
processo de votação,, V. Exa. tem a palavra, deputado Carlão Pignatari.
O
SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB – PARA QUESTÃO DE ORDEM
- No processo de votação. Estamos construindo um acordo para que a gente dê por
discutido e ficar faltando apenas uma hora e quinze do projeto das duas extras.
Eu questiono o senhor numa Questão de Ordem: há possibilidade da gente
prorrogar a sessão apenas com o acordo feito para que possa continuar
discutindo para não atrapalhar o projeto dos deputados? Essa é que é a questão
de ordem.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - A única maneira
que podemos nesse momento, como eu não encerrei o processo de votação, é o
deputado Barba retirar o pedido, ou melhor, a deputada Carla Morando retirar o
pedido de verificação da prorrogação dos nossos trabalhos, porque se ela
retirar, ficarão prorrogados os nossos trabalhos por 60 minutos, continuando
nós a discutirmos o requerimento de urgência do projeto da deputada Isa Penna,
e com isso a gente conseguiria continuar os trabalhos de projetos de deputados.
O
SR. ROQUE BARBIERE - PTB - Pela ordem, Sr.
Presidente. Ainda está em processo de votação?
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Estamos em
processo de votação ainda.
O
SR. ROQUE BARBIERE - PTB - Para votar “sim”, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Neste momento,
devidamente trajado com gravata e terno, V. Exa. pode votar, sim. Está
registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.
Pergunto se mais alguma Sra. Deputada
ou Sr. Deputado gostaria de registrar o seu voto.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado
Douglas Garcia.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - Apenas pelo prazer de
votar “não”.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Registrado o
voto “não” de Vossa Excelência.
Pergunto se mais alguma Sra. Deputada
ou Sr. Deputado gostaria de registrar o seu voto. (Pausa.) Não havendo mais
registro de votos, está encerrado.
O
SR. JOSÉ AMÉRICO LULA - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado José
Américo.
O
SR. JOSÉ AMÉRICO LULA - PT - Voto “sim”.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Não cabe mais,
Vossa Excelência. Já encerrei o processo de votação. Não havendo mais registro
de votos nesse momento, passamos à alteração de votos. Pergunto se alguma Sra.
Deputada ou Sr. Deputado gostaria de alterar o seu voto. (Pausa.) Não havendo
alteração de voto, está encerrado o processo de votação.
Participaram desse processo 24 Sras.
Deputadas e Srs. Deputados, sendo 15 votos “sim”, 8 votos “não” e esse
presidente que não vota, quórum insuficiente para prorrogar os nossos
trabalhos.
O
SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Não cabe mais
questão de ordem. Estamos sem tempo; não estamos mais em sessão, deputado
Carlão Pignatari. Não há mais qualquer possibilidade de fala neste momento,
porque não temos mais sessão em andamento.
Esgotado o tempo da presente sessão,
antes de dar por encerrados os trabalhos esta Presidência convoca V. Exas. para
a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia do dia
de hoje, lembrando-os ainda da sessão extraordinária a realizar-se hoje, dez
minutos após o término da presente sessão.
Está encerrada a sessão.
*
* *
- Encerra-se a sessão às 19 horas 09
minutos.
*
* *