3 DE SETEMBRO DE 2019
40ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
Presidência: GILMACI SANTOS
RESUMO
ORDEM DO DIA
1 - GILMACI SANTOS
Assume a Presidência e abre a sessão. Lembra Comissões
convocadas para tratar do PL 521/19.
2 - CARLOS GIANNAZI
Para comunicação, informa que protocolara representação
contra o governador João Doria, hoje, no Ministério Público, por recolhimento
de apostila estudantil que trata de orientação sexual. Lembra que decisão do
Supremo Tribunal Federal criminaliza a homofobia. Asseverou que há inclusive
prejuízo ao erário público.
3 - JANAINA PASCHOAL
Para comunicação, informa que a apostila estudantil era
disponibilizada para crianças de 11 e de 12 anos. Opina que não é apropriado o
conteúdo para tal faixa etária. Lê e comenta trecho do material. Acrescenta
tratar-se de violência contra as crianças.
4 - CARLA MORANDO
Para comunicação, defende a posição do governador João Doria
quanto ao recolhimento das apostilas estudantis.
5 - CARLOS GIANNAZI
Para comunicação, rebate o pronunciamento da deputada Janaina
Paschoal. Defende o combate a qualquer tipo de discriminação, conforme
mandamento constitucional. Critica o Governo do Estado.
6 - SARGENTO NERI
Para comunicação, manifesta apoio ao pronunciamento da
deputada Janaina Paschoal. Acrescenta que fundamentos sobre sexualidade devem
ser ensinados pela família.
7 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Anuncia a presença de Fábio Riva, vereador à Câmara Municipal
de São Paulo. Encerra a discussão do PL 727/19. Coloca em votação e declara
aprovado requerimento, do deputado Carlão Pignatari, de método de votação ao PL
727/19.
8 - CARLOS CEZAR
Para comunicação, parabeniza o governador João Doria pelo
recolhimento das apostilas estudantis.
9 - DOUGLAS GARCIA
Para comunicação, faz coro aos pronunciamentos em defesa do
Governo do Estado. Rebate o discurso do deputado Carlos Giannazi. Manifesta-se
contra a ideologia de gênero. Defende projeto do deputado Wellington Moura.
10 - BETH LULA SAHÃO
Para comunicação, critica o governador João Doria. Defende a
igualdade entre homens e mulheres. Mostra-se a favor da ideologia de gênero.
Informa que o Brasil ocupa a quinta posição mundial em casos de feminicídio.
Clama pela extinção da ideologia machista.
11 - GIL DINIZ
Para comunicação, saúda seu amigo Alexandre, da Baixada
Santista, presente nas galerias. Parabeniza o governador João Doria pelo
recolhimento das apostilas estudantis com conteúdo de ideologia de gênero.
Afirma que a educação moral é papel da família. Mostra-se contra a sexualização
precoce de crianças.
12 - PAULO LULA FIORILO
Para comunicação, comenta a relatoria do Plano Municipal de
Educação, quando exercera a vereança. Defende a discussão de conceitos.
13 - DRA. DAMARIS MOURA
Para comunicação, afirma que a escola não é local para a
introdução de conteúdos ideológicos. Parabeniza a iniciativa do governador João
Doria.
14 - PROFESSORA BEBEL LULA
Para comunicação, afirma que não existe ideologia de gênero e
sim conceitos. Defende o direito das pessoas assumirem-se como são. Afirma que
há uma apologia à falsa moralidade.
15 - CARLA MORANDO
Para comunicação, comenta mobilização da sociedade de São
Bernardo do Campo contra a ideologia de gênero nas escolas. Indaga o tratamento
destinado aos filhos de deputados favoráveis à ideologia de gênero, quando
crianças.
16 - BARROS MUNHOZ
Para comunicação, manifesta pesar pela morte de Alberto
Goldman. Faz breve relato sobre a trajetória política do falecido.
17 - DOUGLAS GARCIA
Para comunicação, critica a defesa da ideologia de gênero, o
tema Lula Livre, e Paulo Freire, em escolas. Lembra fala do deputado Luiz
Fernando Lula da Silva, em seu ouvido. Critica o PT.
18 - CARLÃO PIGNATARI
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
19 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Defere o pedido. Levanta a sessão.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Gilmaci Santos.
*
* *
O SR. PRESIDENTE -
GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior.
Antes de iniciarmos os nossos trabalhos
na Ordem do Dia, esta Presidência gostaria de informar a presente sessão e
comunicar ao plenário que as comissões que foram chamadas para o PL 521/2019
foram a Comissão de Saúde e a Comissão Finanças e Orçamento. Essas foram as
comissões que foram chamadas.
*
* *
-
Passa-se à
ORDEM
DO DIA
*
* *
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Eu gostaria de fazer
uma comunicação pela liderança do PSOL.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Para
uma comunicação tem V. Exa. dois minutos.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Eu queria informar a todos os deputados, as deputadas, que eu fui
hoje ao Ministério Público e protocolei uma representação contra o governador
João Doria, que de uma forma covarde, que de uma forma obscurantista e
anacrônica pediu para que fosse recolhido o material, uma apostila relacionada
na área de Ciências, que foi distribuída na rede estadual de ensino para os
alunos do oitavo ano, que trata de orientação sexual.
O governador foi
covarde, Sr. Presidente, porque nós já tínhamos denunciado vários erros e os
professores também nessas apostilas, inclusive com propaganda política do
governador, fazendo alusão ao governador no material didático e escolar. O
governador nada fez em relação a isso.
Agora, para fazer média
com o eleitorado conservador, para fazer competição com o Bolsonaro, ele
anuncia o recolhimento de um material didático que tem a ver com a Constituição
Federal, com a LDB, que tem respaldo de toda a nossa legislação, dizendo que
identidade de gênero é ideologia de gênero.
O governador é tão
desinformado e na ânsia de fazer média, de fazer o seu populismo de quinta
categoria, ele nem sabe a diferença entre um conceito e outro e retira um
material importante, Sr. Presidente, inclusive um material que tem respaldo
também - eu diria - numa decisão recente do Supremo Tribunal Federal, que
criminaliza hoje, no Brasil, tanto a homofobia como a transfobia.
São dois crimes
reconhecidos, hoje, pelo Supremo Tribunal Federal. Isso foi aprovado agora,
recentemente. Foi debatido no Supremo e há esse reconhecimento. Então é uma
vergonha o que o governador Doria fez, em relação à critica que ele faz. Mas
sobretudo no recolhimento. As escolas estão devolvendo o material.
As Diretorias
de Ensino estão pedindo a retirada de um material que é extremamente didático,
pedagógico, educacional, que tem o apoio dos professores, dos especialistas em
Educação. É um retrocesso, Sr.
Presidente. É uma volta à Idade Média. É algo anacrônico e covarde. Eu diria,
covarde, do governador Doria, que tenta... É o Bolsodoria, para competir com o
Bolsonaro, para ver quem é mais obscurantista, quem mais volta aos tempos
sombrios da Idade Média ou da ditadura militar.
Então fui ao
Ministério Público, fiz uma representação. O MP tem que tomar providências
contra esse ataque. Porque o material fala sobre sexo biológico, identidade de
gênero, cisgênero, transgênero, o que é um heterossexual, o que é um
homossexual, o que é um bissexual. Qual
é um problema? Isso é um absurdo total, Sr. Presidente.
É um
retrocesso. Não admitimos. Haverá, na verdade, uma agressão também ao Erário
público porque o material vai ser recolhido. Isso custou dinheiro para o
governo estadual, para a população do estado de São Paulo. Então manifesto o
nosso total repúdio a esse comportamento covarde e medieval do governador
Doria, que faz populismo de quinta categoria.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Pela ordem, deputada Janaina.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Penso que é
importante, Excelência...
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Para Comunicação, deputada?
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL -
PARA COMUNICAÇÃO - Sim, por favor. Até em respeito a quem está acompanhando ao
TV Alesp, acho importante esclarecer que esse material estava sendo distribuído
para crianças de 12 anos de idade. Crianças de 11 de idade, 12 anos de idade.
Por óbvio,
essas crianças têm que ter aulas de Biologia, com o que é a reprodução humana.
Podem até ter alguma noção de prevenção à gravidez. Não vejo nenhum problema
nisso. Não vejo nenhum problema nos professores ensinarem essas crianças a
serem tolerantes e respeitosas com as demais pessoas. Não importa quais sejam
as diferenças.
Mas não me
parece apropriado, como um material didático, um livro para crianças de 11 a 12
anos, onde esteja escrito “Podemos dizer que ninguém nasce homem ou mulher; mas
que nos tornamos o que somos ao longo da vida, em razão da constante interação
com o meio social. Há basicamente dois tipos de identidade de gênero: cisgênero
e transgênero.”
Desculpe, isso
não é material para crianças de 11 a 12 anos. Não é! Não é. Respeito quem pensa
diferente. Mas não é lícito o Estado usar o seu poder para incutir essas ideias
na cabeça de crianças. Não estamos falando de faculdade. Vivo 20 anos dentro da
USP, conheço todos esses textos. Sei que a imprensa inteira está me pintando
como ignorante. Eu conheço. Participei de vários debates.
Agora, esse
tipo de linguagem numa universidade é uma coisa. Numa escola fundamental do
Estado, é outra. É violência contra as nossas crianças. É gerar confusão na
cabeça delas. Não tem nenhum acréscimo em termos educacionais com esse
material. Então, com todo o respeito, é importante...
Se a gente
quiser, estou com o material aqui. A gente projeta, para quem está acompanhando
entender do que é que estamos falando. O erro foi fazer esse material. Não,
recolher. Com todo do respeito. Os pais, se souberem disso, vão dar apoio ao
que estou falando e ao que o governador decidiu hoje pela manhã. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputada. Discussão...
A
SRA. CARLA MORANDO - PSDB - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Pela ordem, deputada Carla.
A
SRA. CARLA MORANDO - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO -
Gostaria só de fazer uma comunicação. Na verdade hoje também estive no Palácio
com o governador. Ele realmente teve conhecimento desse material e logo já
pediu para que fosse retirado. Tinha acabado de ser entregue... Não foi
entregue para toda a cadeia de escolas. Mas esse material está sendo recolhido.
E a pessoa que liberou e que fez a encomenda do material será responsabilizada
e terá que devolver aos cofres.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado,
deputada.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA
COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu me sinto na Idade Média aqui na Assembleia
Legislativa, num tribunal de inquisição. Primeiro, deputada Janaina, com todo
respeito, violência? Esse material? Violência é a homofobia no Brasil, é a
transfobia no Brasil, que mata milhares de pessoas no nosso país. Que
discrimina, que violenta não só fisicamente, mas simbolicamente,
emocionalmente. Milhares de pessoas são mortas, são violentadas em todos os
níveis no Brasil. Essa é a grande violência.
Vossa
Excelência, como advogada, deveria conhecer a Constituição Federal, que diz que
nós temos que combater qualquer forma de discriminação, inclusive na área
sexual. E a escola tem que cumprir esse papel. A escola é um instrumento
importante, a educação é um instrumento importante de combate ao preconceito, à
homofobia, à transfobia, ao racismo, à violência contra a mulher. Nada impede
que a escola faça isso.
Agora, V. Exa.,
que nem pedagoga é, nem psicóloga é, vem aqui dar aula dizendo que é impróprio
para adolescentes, para crianças do oitavo ano do ensino fundamental. Eu
realmente me sinto, aqui na Assembleia Legislativa, num tribunal de inquisição
da Idade Média. Até o Doria fazer eu entendo, porque ele está fazendo
populismo. Eu duvido que ele pense dessa maneira.
O governador
Doria é um homem esclarecido; ele faz populismo. Ele usa demagogicamente,
porque ele sabe que tem um setor - e pequeno - da sociedade que inventou essa
história de ideologia de gênero, que nem existe. O que existe é identidade de
gênero. E ele está jogando para a torcida. Está em competição. É o
“Bolsodoria”. Ele está competindo com o Bolsonaro.
Então, Sr.
Presidente, o que me deixa mais perplexo é isso: que tenha apoio, aqui na
Assembleia Legislativa, de parlamentares, reforçando um comportamento, como
esse, de recolher. Parece a Idade Média. Jânio Quadros fez isso; mandou queimar
livros aqui em São Paulo. Hitler mandou queimar, também, livros. É engraçado
isso. É um absurdo. Então, nós não concordamos, Sr. Presidente, com a retirada
desse material didático escolar.
O
SR. SARGENTO NERI - AVANTE - PARA COMUNICAÇÃO - Sr.
Presidente, eu não sou pedagogo, não sou psicólogo, mas comungo da mesma ideia
da Dra. Janaina, como muitos parlamentares, porque sou pai. Sou pai de uma
menina de 11 e de um menino de 12 anos.
E, dentro da minha casa, tem preceitos morais. Nós ensinamos o que é ser
uma menina, o que é ser um menino. E nós não podemos perder essa noção no seio
familiar. E esse material, com certeza, vem ofender, sim, a criação dos nossos
filhos. Meus filhos estudaram, por muito tempo, numa escola evangélica, e agora
estudam em outra escola. Mas nós temos a cautela de ver o material deles.
E eu sou contra. Eu acho que
fundamentos sobre sexo têm que ser feitos pela família, têm que ser orientados
pela família. Então, eu concordo com o que foi explanado aqui por outros
deputados, que acertou no recolhimento desse material. E temos que parar com
essa hipocrisia. Se cada um tem sua opção sexual, problema dele. Não tem que me
obrigar a aceitar que uma pessoa tenha a opção sexual; que tem que aceitar isso
daí. Isso é absurdo. E outra: fazer um trabalho com os nossos filhos, com as
crianças, mais absurdo ainda. E essa Casa tem a democracia de debater e se
posicionar. E, com certeza, eu acho que a maioria se posiciona contra esse
material. Obrigado, presidente.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nós precisamos iniciar aqui a nossa discussão
do projeto de lei. Mas, é claro, peço a compreensão, não quero aqui cercear a
palavra de ninguém, mas peço a gentileza e a compreensão dos senhores para que
possamos dar início à sessão.
Esta Presidência quer também anunciar e
saudar a presença aqui do vereador Fábio Riva, que está visitando a Câmara
Municipal de São Paulo e a Assembleia Legislativa. Seja bem-vindo vereador. É
uma honra estar recebendo V. Exa. aqui nesta Casa.
Discussão e votação do PL nº 727/2019,
de autoria do Sr. Governador.
Para discutir a favor, tem a palavra o
nobre deputado Carlão Pignatari.
O
SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Eu retiro, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Retirado. Deputado Delegado Olim. Retira.
Deputada Carla Morando. Retira.
Para discutir contra, deputada Beth
Sahão. Retira. Deputado Luiz Fernando. Ausente. Deputado Roque Barbiere.
Retira. Deputado Carlos Giannazi. Retira. Abre mão. Deputado Teonilio Barba.
Abre mão.
Não havendo oradores inscritos, está
encerrada a discussão.
Há sobre a mesa requerimento de método
de votação. Em votação o requerimento do método, assinado pelo nobre líder do
governo, deputado Carlão Pignatari.
Em votação. As Sras. Deputadas, e os
Srs. Deputados que forem favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado o método de votação.
O
SR. CARLOS CEZAR - PSB - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela
ordem, nobre deputado Carlos Cezar.
O
SR. CARLOS CEZAR - PSB - PARA COMUNICAÇÃO -
Apenas para reiterar o que eu já disse no Instagram do governador João Doria,
parabenizando pela ação acertada dele de que é algum equívoco, uma vez que esta
Casa aprovou um Plano Estadual de Educação e jamais foi previsto nada com o
material que foi distribuído nas escolas.
Penso que o governador acertou em
retirar esse material que não tem nada a ver com educação nas escolas, com
aquilo que as crianças de dez, 11 anos precisam estar aprendendo.
Então, quero mais uma vez parabenizar a acertada decisão do
governador João Doria e parabenizar
também, e peço ao líder do governo que transmita o sentimento desta Casa ao
nosso governador.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem , nobre deputado Douglas Garcia.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - Para uma comunicação,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Tem V. Exa. o tempo regimental.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - PARA
COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu gostaria de coadunar com os discursos dos meus
pares, colegas anteriores aqui, quanto a esse material que foi retirado da rede
pública de ensino, parabenizar o governador do estado de São Paulo, Sr. João Doria, diferente do que foi trazido pelo
deputado Carlos Giannazi, não há nenhuma forma de combate à homofobia nesse
material. Pelo contrário, esse material promove a depravação, ele ensina na
sala de aula aquilo que não deveria ser ensinado.
A educação
sexual pertence única e exclusivamente aos pais. E muito me surpreende o deputado
Carlos Giannazi citar a violência contra a mulher. Até agora o deputado Carlos
Giannazi não subiu à tribuna e não pegou esse microfone para explicar o porquê
que ele espancou uma mulher aqui nesta Assembleia Legislativa quando ele atacou
o microfone nela. Então, não passa de discurso puramente hipócrita por parte da
bancada do PSOL, falar qualquer coisa sobre violência. Não há que se falar em
homofobia.
Esse projeto,
essa coisa que chegou na Educação paulista não deveria ter chegado. Sabe-se
muito bem que a população brasileira repudia a ideologia de gênero, ela é real.
E eu faço um apelo a todos os deputados desta Assembleia: aprovem o projeto de
lei do deputado Wellington Moura que proíbe a ideologia de gênero de ser
manifestada, de ser disseminada em todas as salas de aula do estado de São
Paulo. Solicito a esta Casa que olhe para isso com urgência.
O que nós
vimos, embora a gente possa retirar esse material, são professores, todo o
santo dia, professores não, doutrinadores travestidos de professores, todos os
dias utilizando a audiência cativa dos estudantes para descer a essa aberração
- não tem outro nome - nas salas de aula.
Pelo amor de
Deus, nobres deputados, aprovem a proibição à ideologia de gênero. Muito
obrigado, Sr. Presidente.
A
SRA. BETH LULA SAHÃO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem, nobre deputada Beth Sahão. Para
comunicação, deputada.
A
SRA. BETH LULA SAHÃO - PT
- PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, para uma comunicação, claro, mas eu tenho
que discordar veementemente dessa ideia do governador João Doria que retirou
dessas cartilhas que ele disse, que pregam ideologia de gênero.
Primeiramente,
precisa definir o que é ideologia de gênero. Se ideologia de gênero for buscar
a igualdade entre homens e mulheres, nós somos favoráveis à ideologia de
gênero.
Se ideologia de
gênero for acabar com os estupros a que as mulheres são submetidas neste
Estado, nós somos a favor da ideologia de gênero. Se ideologia de gênero for
reduzir o alto índice de feminicídio que nós temos aqui neste Estado - aliás,
foi o maior crime já ocorrido, do início do ano até agora, nós também somos a
favor da ideologia de gênero.
Então, eu
queria deixar claro que essa hipocrisia do governador João Doria de querer
tirar a cartilha da ideologia de gênero como ele pregou, ele tira a ideologia
de gênero, mas deixa um questionamento nas escolas para que as crianças
respondam quem é o governador do Estado.
Isso, para mim,
é promoção pessoal. Isso, sim, é usar o dinheiro público de uma forma
equivocada. Nós vamos sempre estar aqui entendendo que ideologia de gênero não
é promover orientação sexual desta ou daquela indicação.
As pessoas são
livres para poderem assumir aquilo que elas quiserem ser do ponto de vista da
sexualidade. Trata-se tão somente de fazer com que os homens e mulheres se
respeitem entre si. Trata-se tão somente de fazer com que nós eliminemos essa
cultura machista que leva à dizimação de milhares de mulheres anualmente no
nosso País.
O Brasil ocupa
a quinta colocação em feminicídio no mundo, um índice que nos envergonha,
exatamente por conta de ideias como estas, de que nós não podemos debater a
questão da ideologia de gênero, que isso seria uma prerrogativa das famílias, o
que é um erro, o que é um equívoco.
Cabe, sim, à
escola, cabe, sim, à Educação, servir como amparo, como suporte, para poder
formar as nossas crianças, os nossos jovens e os nossos futuros adultos, para
que eles possam ter respeito para com as suas companheiras, para com as suas
namoradas.
E, que a gente
possa caminhar por um País e por uma relação humana de gênero de paz, sem
violência, sem agressividade e sem morte de mulheres. Basta de as mulheres
continuarem sendo mortas por conta dessa ideologia machista. Essa, sim, é que
tem que ser extinta, Sr. Presidente.
O
SR. GIL DINIZ - PSL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para uma breve comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
- Pela ordem, deputado Gil Diniz. Para uma comunicação.
O
SR. GIL DINIZ - PSL
- PARA COMUNICAÇÃO - Antes, porém, cumprimentar o meu amigo Alexandre, que está
aqui. Apelido carinhosamente de São Black. Mora na Baixada Santista, mas é um
grande amigo. Foi assessor, comigo, do deputado Eduardo Bolsonaro.
Ele se faz
presente hoje aqui. Seja bem-vindo, moleque.
Presidente,
para entrar nesse tema: sou muito crítico ao governador do estado de São Paulo.
Ele sabe disso. Mas, desta vez, tenho que dar meus parabéns. E, conte com nosso
apoio nesse sentido.
Eu espero que,
inclusive, ele e o secretário de Educação tenham olhos mais apurados nas
formações de professores que o estado de São Paulo coloca também no material
para esses professores, nessas formações, porque também tem muita questão de
ideologia de gênero lá.
E, coloco aqui,
presidente, o meu relato pessoal. Tenho dois filhos matriculados em escola
pública. Escola pública estadual. Um filho de dez e um filho de oito. Não era
na escola pública estadual, era na escola municipal.
A coordenadora
pedagógica me disse claramente que, sei lá, meu filho tinha cinco anos à época,
se lá ele quisesse fazer a unha, pintar o cabelo, brincar de boneca, passar
batom, lá ele podia fazer, na escola ele podia fazer.
Eu disse para
ela que não, porque o responsável, o responsável até ali pelos meus filhos eram
eu, a mãe dele e a minha família. Não a escola. Que ele estava ali para
aprender, não para brincar de boneca, fazer o cabelo, passar batom.
Então, nós
precisamos prestar, sim, atenção. Porque a educação moral é papel da família.
Não é papel de professor ficar incentivando a sexualidade das crianças,
principalmente em tenra infância.
Então, nós
deixamos aqui, a bancada do PSL, o nosso repúdio a esses professores, e esses
professores que fazem esse tipo de cartilha, que, sim, estão sexualizando
nossas crianças precocemente. Lugar da criança e ensinar educação moral é na
família; não é na escola.
Então, deixo recado
aqui aos professores militantes: cuidem do que eles têm que fazer. Larguem mão
dos nossos filhos, porque educação moral pertence à família, e não a esse tipo
de professor.
Muito obrigado, Sr.
Presidente.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Sr. Presidente, para
comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Nobre
deputado Paulo Fiorilo para uma comunicação.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT - PARA
COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu confesso que não gostaria de entrar nesse
tema, e vou dizer por quê.
Eu, quando fui
vereador, relatei o Plano Municipal de Educação, e na Câmara enfrentei um
debate da retirada do que se chama de ideologia de gênero, do relatório. E é
impressionante, porque o obscurantismo era tanto, que eles propuseram tirar
toda a expressão gênero, mesmo quando gênero não se tratava de ideologia, para
perceber como as pessoas acabam ficando cegas para um debate que poderia ser
feito de outra forma.
Aqui a gente percebe de
novo essa aliança do Bolsonaro com o Doria, ou do Doria com o Bolsonaro. É a
pauta de costumes. O governador foi rápido. Houve um erro, vamos retirar o
material didático, porque isso é um absurdo. Como é que pode discutir a questão
da sexualidade nas escolas estaduais, ou nas municipais, ou com os filhos do
deputado, e assim por diante?
Bom, o que tem o texto
senão conceitos? Nós estamos entrando numa lógica que é inadmissível discutir
conceitos. Então, assim, quem acredita que o menino nasceu homem, é homem, a
menina nasceu mulher, é mulher, e acabou. Mas quem acredita nisso deveria olhar
quantas pessoas não sofrem para poder tomar uma decisão na vida, que é de
assumir a sua sexualidade.
Nós, aqui mesmo, nesta
Assembleia vivemos isso, que precisou de ajuda de outra deputada para dizer que
tinha ali uma opção, que estava sendo acuado e que precisava expor. Onde nós
vamos parar com essa visão míope de um debate de conceitos?
E eu encerro, Sr.
Presidente, para dizer que o texto trazia conceitos, mas que não induzia, que
possibilitava o debate. Aliás, diz: “A discussão será feita com o professor
para orientar o debate.” Agora, se a gente for fazer aqui a discussão da Idade
Média, de que não existe a possibilidade do homem não ser homem, de ele ter
outra escolha, ou a mulher não ser mulher, de ter outra escolha, é melhor a
gente rasgar todos os livros que, ao longo dos anos, ensinaram os nossos
filhos, os filhos dos deputados, os seus netos, e assim por diante.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado.
A
SRA. DRA. DAMARIS MOURA - PHS - Sr. Presidente, para
fazer uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Tem
V. Exa. o tempo regimental.
A
SRA. DRA. DAMARIS MOURA - PHS - PARA COMUNICAÇÃO - Eu
acho que cabe aqui, presidente, Srs. Deputados, uma distinção importante.
Ideologia de gênero não tem relação com o princípio da igualdade, nem com o
princípio da isonomia, não tem.
Se a gente tomar emprestado do dicionário, e eu
gosto bastante de identificar o significado pelo dicionário, se a gente buscar
o significado de ideologia no dicionário é aquilo que é ideal ou seria ideal
para um indivíduo, ou para um grupo de indivíduos. Portanto, a meu ver, escola
não é lugar de introdução e nem promoção de conteúdos ideológicos, porque
ideologia, volto a repetir, é aquilo que é ou seria ideal para um indivíduo que
idealizou aquele conteúdo. Escola não é lugar para se introduzir conteúdos que
são ideais, ou seriam ideais para alguém.
E nesse sentido eu também quero cumprimentar a
iniciativa e atitude do governador João Doria, que ao identificar no material
didático um conteúdo de natureza ideológica, providenciou o recolhimento deste
conteúdo.
Quero, mais uma vez, na esteira dos meus colegas que
já se pronunciaram aqui, cumprimentar o governador João Doria, porque escola
não é lugar para introduzir conteúdos ideológicos, que é aquilo que seria ideal
ou é ideal para o indivíduo ou para um grupo de indivíduos.
Muito obrigada.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Sr.
Presidente, para uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Vossa Excelência tem a palavra.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigada, Sr. Presidente. Bem, eu
acho que estamos em um debate de surdo e mudo. Eu acho isso. E de hipocrisia.
Eu não consigo
entender se o que eu vi há uns meses... Se aquilo fosse proibido, se debater
gênero fosse proibido, então o que aconteceu há alguns meses aqui não poderia
ser desvelado nesta Assembleia Legislativa. E quero dizer que fui bastante de
acordo com a posição do nobre deputado que assumiu aqui uma posição, uma
orientação, um direito dele de se apresentar como tal.
Não existe
ideologia de gênero. Quem foi que falou para vocês que isso existe? Não existe.
Ideologia, deputada - lamento, gosto muito da senhora, com todo o respeito -,
não é um conjunto de ideais, não é o ideal. Ideologia é concepção, deputada.
Concepção, conceitos. É isso que é ideologia.
Então, chamo atenção
para o seguinte: isso é uma coisa que foi criada em um ambiente altamente
conservador, de forma a desvelar algo que vinha avançando na sociedade no
sentido de a gente debater de forma aberta e correta o direito das pessoas de
se assumirem tais como são. Só isso. Não é dizer “você pode isso, você pode
aquilo”. Não é isso. É o direito. Isso se encaixa nos Direitos Humanos.
Então, quero
dizer o seguinte: o governador João Doria tomou duas posições em menos de um
mês. Tomou esta posição, mas também teve que voltar atrás quando fez uma
cartilha, uma apostila, fazendo autopromoção. E nós não fizemos disso... Quando
ele retirou, eu falei: “Não, retirou, beleza, parou”.
Agora, não
vamos também fazer apologia à falsa moralidade, porque é isso que estou vendo
aqui. É uma apologia à falsa moralidade.
Para concluir,
quero dizer o seguinte: lamento muito que, em pleno Século XXI - a gente sabe que é dentro das escolas que as
coisas acontecem, é lá dentro que os alunos se desvelam, é lá que eles se
mostram -, a gente tenha que negar isso dentro das escolas.
Muito obrigada.
A
SRA. CARLA MORANDO - PSDB - Sr. Presidente, eu
gostaria de fazer um comunicado.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Pois não, deputada.
A
SRA. CARLA MORANDO - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO -
Quero dizer do meu repúdio aos deputados que defendem essa questão de
destruição das famílias. Eu sei como foi difícil, na cidade de São Bernardo do
Campo, quando eles tentaram empurrar isso goela abaixo, mas a sociedade de bem,
as famílias se mobilizaram e impediram que uma aberração desse nível
acontecesse.
Para isso, queria só deixar aqui no ar
algumas perguntas aos deputados que acham que a ideologia de gênero e a maneira
como eles querem embutir na cabeça das crianças que elas não têm sexo quando
nascem, ou nome, ou qualquer coisa... Então, tenho algumas perguntas para
ficarem no ar e eu gostaria muito que eles respondessem.
Primeiro, se vocês têm filhos. E se,
quando esses filhos nasceram, eles foram registrados como homem ou mulher, ou
se eles têm nomes de acordo com o sexo deles ou não. Se, quando eles eram
pequenos, eles eram tratados com gênero ou sem gênero. Tenho muita curiosidade
de saber dos filhos dos deputados que acham que não deve ter o sexo e deve ser
um cis.
Nada contra quem toma sua decisão
depois, mas, com crianças, acho que não é uma pauta para se colocar.
O
SR. BARROS MUNHOZ - PSB - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Srs. Deputados, apenas para fazer aqui uma comunicação aos senhores e também
pedir sua compreensão. Nós entramos em um debate agora que não estava pautado,
vamos dizer assim, então eu acho que nós temos um roteiro de votação. Quero só
pedir para que nós encerremos este debate que não está correto.
Quero dar a palavra ao deputado Barros
Munhoz e depois dar a palavra ao deputado Douglas, porque ele foi citado duas
vezes. Depois nós encerramos esse debate. Combinado, Srs. Deputados?
O
SR. BARROS MUNHOZ - PSB -
PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu agradeço e peço até desculpas aos
companheiros, mas eu quero abordar um tema totalmente diferente daquele que vem
sendo abordado. Eu me sinto na obrigação e no dever de externar o meu
sentimento de profundo pesar pelo falecimento de uma pessoa que me influenciou
muito na minha vida pública e me influenciou para o bem, o grande deputado,
secretário, ministro e governador de São Paulo, Alberto Goldman.
Eu tive a
felicidade de conhecê-lo em 1966, caro Carlão. Eu estava ingressando no MDB, e
ele foi candidato, foi eleito, foi um grande parlamentar, grande parlamentar.
Depois, em 1970, ele foi novamente eleito, e em 1974 também. Ele era o líder da
oposição aqui, e naquele tempo tinha a Arena e o MDB, a rivalidade era
terrível, tremenda. Ele foi um líder extraordinário, contundente, coerente,
mas, acima de tudo, amando São Paulo e fazendo a verdadeira política.
Então, eu quero
registrar a minha admiração pelo Alberto Goldman. Convivi com ele bastante. Ele
foi secretário do Quércia, eu fui deputado naquela ocasião. Depois disso, fomos
ministros do governo Itamar - ele dos Transportes, eu da Agricultura, do
Abastecimento e da Reforma Agrária. Aprendi muito com esse cidadão honrado e
digno que foi Alberto Goldman.
Senti como se
um irmão tivesse falecido.
Obrigado por me
permitir externar esse sentimento, e que mais políticos como Alberto Goldman
aconteçam no nosso país.
Muito obrigado.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - Sr. Presidente, para
uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Tem V. Exa. o tempo regimental.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - PARA
COMUNICAÇÃO - Muito obrigado, Sr. Presidente. Antes fosse que as crianças do
nosso Brasil aprendessem de acordo com o que viviam as crianças na Idade Média,
porque lá eles aprendiam o trivium, as artes da lógica, gramática e retórica.
Hoje eles aprendem o triunvirato da safadeza. Sabe qual é? Ideologia de gênero,
Lula livre e esse câncer chamado Paulo Freire.
Quando a Dra.
Janaina Paschoal subiu àquela tribuna para dizer algo que diz respeito à minha
vida íntima, havia pedido não por medo de falar que eu sou gay, que eu sou
homossexual, porque eu falo abertamente aqui no microfone, mas porque eu estava
emocionalmente alterado. Sabe por quê? Porque todo santo dia um bando de
hipócritas que dizem defender os negros, as mulheres e os homossexuais são
homofóbicos, racistas, misóginos e não param de fazer esse tipo de discurso ali
na tribuna.
Eu desafio o
senhor principalmente, deputado, que eu não vou aqui citar para não dar o
prazer de ter que usar o microfone de novo. Pergunte ao deputado Luiz Fernando
o que ele falou no meu ouvido quando eu estava aqui falando no microfone outro
dia. Pergunte quem foi homofóbico, pergunte. Eu desafio que ele venha aqui ao
microfone falar.
Não autorizo
que os senhores utilizem algo que aconteceu na minha vida como bandeira
política, porque os senhores não me representam, não representam a totalidade
dos LGBTs que vivem no Brasil. Os senhores não falam por nós, não têm
procuração, não são absolutamente ninguém. Não autorizo que utilizem algo que
aconteceu na minha vida como bandeira política, principalmente se tratando de
um partido corrupto, ladrão, bandido e hipócrita.
O
SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Sr. Presidente, eu
gostaria de pedir o levantamento da presente de sessão por um acordo. Eu
gostaria de propor aos deputados, aos líderes, de a gente votar esse projeto na
próxima terça-feira, com encaminhamento somente no projeto de lei, pelo PT,
pela Minoria, por quem quiser, mas apenas no projeto de lei.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Há acordo, Srs. Líderes? Nosso líder acaba de colocar que na terça-feira então
votaremos o Projeto da Dersa, o 727, apenas para encaminhamento do projeto.
Este é o acordo então, não encaminhando as emendas, apenas no projeto. Este é o
acordo que os Srs. Líderes fizeram em plenário.
Havendo acordo de lideranças, está
levantada a presente sessão.
*
* *
- Levanta-se a
sessão às 19 horas e 39 minutos.
*
* *