16 DE SETEMBRO DE 2019
104ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: LECI BRANDÃO, CONTE LOPES e TENENTE NASCIMENTO
Secretaria: CORONEL TELHADA
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - LECI BRANDÃO
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - JANAINA PASCHOAL
Relata a morte de uma gestante, com 41 semanas de gravidez,
que optara pelo parto cesariano, mas não foi atendida. Afirma que o episódio
demonstra que a Lei 17.137/19, de sua autoria, não está sendo cumprida. Cobra
explicações do secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann Ferreira.
3 - JANAINA PASCHOAL
Para comunicação, expressa sua oposição a projeto de lei, em
tramitação nesta Casa, que trata da redução do pagamento dos precatórios.
4 - CORONEL TELHADA
Transmite mensagem do secretário estadual da Administração
Penitenciária, que afirma que os servidores da pasta serão incluídos em
revalorização salarial das forças de Segurança. Parabeniza as cidades que
fizeram aniversário hoje e no final de semana. Comunica a morte de uma policial
militar e de um guarda civil metropolitano.
5 - CONTE LOPES
Assume a Presidência.
6 - LECI BRANDÃO
Presta homenagem ao músico Arlindo Cruz, que completou 61
anos no sábado. Faz resumo da trajetória artística do sambista. Alude aos
problemas de saúde enfrentados pelo compositor nos últimos dois anos. Agradece
aos que a parabenizaram pelos seus 75 anos. Deseja uma boa semana de trabalho a
todos os parlamentares.
7 - TENENTE NASCIMENTO
Comenta que se tornou policial militar inspirado pelo seu
irmão, que fez parte da Força Pública. Enaltece o deputado Conte Lopes. Relata
encontro com a ministra Damares Alves, acerca do índice de suicídios entre
adolescentes e jovens. Menciona a campanha do Setembro Amarelo. Defende a
importância da família.
8 - ALTAIR MORAES
Cita leis que proibiram a comercialização de armas e cigarros
de brinquedo, sob o argumento de que tais produtos teriam influência negativa
sobre as crianças. Diz que o mesmo raciocínio deve ser aplicado a material
escolar que, a seu ver, promove a ideologia de gênero. Defende-se de críticas
que foram feitas a seus pronunciamentos nesta Casa.
9 - TENENTE NASCIMENTO
Para comunicação, concorda com o deputado Altair Moraes. Fala
a respeito do direito dos policiais militares de averbar à contagem do tempo de
serviço a contribuição feita em carreira civil.
10 - GIL DINIZ
Faz coro ao pronunciamento do deputado Altair Moraes. Acusa o
governador João Doria de não combater devidamente a distribuição, nas escolas públicas
estaduais, de material escolar que, a seu ver, difunde a ideologia de gênero.
Exibe imagem pedindo ajuda financeira a um policial militar cuja esposa morreu
durante o parto.
11 - TENENTE NASCIMENTO
Assume a Presidência. Concorda com as palavras do deputado
Gil Diniz.
12 - CONTE LOPES
Tece considerações sobre os índices de suicídio entre jovens.
Declara que é preciso refletir seriamente sobre o assunto. Discorre sobre a
pressão psicológica a que são submetidos os policiais. Elogia os comandantes
das Polícias Civil e Militar. Relata a prisão, no final de semana, de um
integrante do crime organizado.
13 - ADALBERTO FREITAS
Endossa o pronunciamento do deputado Conte Lopes acerca dos
índices de suicídio entre os jovens brasileiros. Defende a presença de
psicólogos nas escolas, para atender os alunos. Menciona a influência das
mídias sociais no comportamento juvenil.
14 - PRESIDENTE TENENTE NASCIMENTO
Apoia a presença de psicólogos nas escolas.
15 - GIL DINIZ
Pra comunicação, repudia reportagem da revista
"Época", envolvendo a esposa do deputado federal Eduardo Bolsonaro.
GRANDE EXPEDIENTE
16 - PRESIDENTE TENENTE NASCIMENTO
Anuncia que hoje é o aniversário da deputada Valeria
Bolsonaro.
17 - GIL DINIZ
Para comunicação, reitera suas críticas à reportagem da
revista "Época".
18 - PRESIDENTE TENENTE NASCIMENTO
Concorda com o deputado Gil Diniz.
19 - DOUGLAS GARCIA
Argumenta que estudantes com ideias conservadoras sofrem
perseguição e censura nas escolas e universidades. Relata a abertura de
processo disciplinar contra estudantes que tiraram uma foto, nas dependências
da Universidade de São Paulo, comemorando a eleição do presidente Jair
Bolsonaro. Acusa a administração da universidade de tratar os alunos com
parcialidade, em razão de eventos organizados pela esquerda não despertarem, a
seu ver, reação similar.
20 - GIL DINIZ
Para comunicação, reitera o pronunciamento do deputado
Douglas Garcia. Critica punição a alunos da Universidade de São Paulo. Pede
audiência com o reitor da USP para tratar do caso.
21 - GIL DINIZ
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
22 - PRESIDENTE TENENTE NASCIMENTO
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária do dia 17/09, à hora regimental, com Ordem do Dia. Lembra a realização
de sessão solene, hoje, às 20 horas, em "Homenagem às entidades que
prestam serviços relevantes às pessoas com necessidades especiais e
outros". Levanta a sessão.
* * *
- Assume a Presidência e abre a sessão
a Sra. Leci Brandão.
* * *
- Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
* * *
A SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Presente o número regimental de Sras.
Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos
trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e
convida o nobre deputado Coronel Telhada para ler a resenha do expediente.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP - Sra. Presidente, nós
temos aqui uma indicação do Major Mecca indicando, nos termos regimentais, ao
governador do estado, que determine aos órgãos competentes a elaboração de
estudos sobre a possibilidade de desoneração tributária, especificamente a
redução da alíquota do ICMS relacionado à circulação de carne bovina, suína,
aves e peixes em municípios fronteiriços com o estado de Mato Grosso do Sul,
que tem uma alíquota reduzida se comparada com o nosso estado. Somente isso,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Seguindo a
lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente, chamamos o deputado Delegado
Olim. (Pausa.) Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Jorge Lula do
Carmo. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal, tem
V. Exa. o uso da palavra pelo tempo regimental
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Obrigada. Sra. Presidente, Sr. Secretário, colegas
deputados, funcionários da Casa, hoje não temos visitantes. Então para as
pessoas que estão nos acompanhando à distância, primeiramente, eu gostaria de
retomar rapidamente o que falei na sexta-feira passada.
Até tive o apoio da
deputada Leci Brandão, que hoje aqui é presidente da nossa sessão. Houve uma
morte, presidente, de uma mãe com 41 semanas de gestação pedindo para fazer seu
parto por cesárea. O marido deu uma entrevista, foi testemunha de que ela
implorou para fazer a cesárea; uma amiga também, que acompanhou toda a
situação.
Ela ficou dias sendo
submetida a um parto normal que ela não desejava. Diziam para ela que ela
estava fazendo um parto humanizado e o resultado foi que essa mulher morreu.
Isso aconteceu no estado de São Paulo, quando a lei que foi aprovada nesta Casa
já estava em vigor.
Então alguém vai ter
que explicar o que é que está acontecendo. Eu já escrevi duas vezes nas redes
sociais. Já é a segunda vez que eu falo isso aqui e o secretário da Saúde até
onde eu sei não se manifesta. Ele precisa explicar o que é que está
acontecendo.
Se nós temos uma lei em
vigor que dá direito à mulher se manifestar, por que as mulheres não estão
sendo ouvidas nas maternidades e hospitais públicos deste País? Porque ele
falou em rede nacional que tinha condições de cumprir a lei, mas ele não está
cumprindo.
É necessário ter uma
resposta oficial do secretário da Saúde. Eu quero saber se existe algum grupo,
algum programa, recebendo dinheiro público para fazer essa política toda do tal
do parto humanizado. Eu quero saber quanto é que esses grupos ganham de
dinheiro público, seja diretamente, seja por meio de isenções fiscais, porque
não é possível o que está acontecendo neste estado.
Se acham que eu vou
ficar calada fingindo que as coisas estão funcionando quando elas não estão,
estão muito enganados. Eu não gosto de teatro. Eu fui ao ministro da Saúde
tratar do mesmo tema. O ministro, apesar de me dar razão, disse que naquele
momento não tinha condições de implementar a lei que eu gostaria que fosse
implementada no País inteiro.
Eu acho que ele tem
condições, mas ele não me prometeu nada que não pudesse ou não quisesse
cumprir. Ou seja, ele não falou: “Olha, Janaina, eu vou fazer” e depois deixou
de fazer. O secretário da Saúde, em rede nacional, ao lado do governador, ao
lado da primeira-dama, me disse que a lei seria cumprida.
Hoje, eu respondi
vários e-mails de mulheres grávidas nas mais diversas fases de gestação.
Mulheres que foram aos postos de saúde, foram às maternidades e o que elas
estão ouvindo é o seguinte: “A lei só entra em vigor no ano que vem”. “Essa lei
não mudou nada, o médico faz o que quiser”. “Não existe esse tal direito”.
“Como assim a senhora quer assinar um termo de consentimento livre, informado e
esclarecido dizendo que a senhora prefere fazer cesariana?”.
Ou seja, a gente que
votou aqui está passando por palhaço. Eu principalmente. Então exijo uma
explicação formal do secretário de Saúde. Estou aguardando, amanhã, que ele
estará aqui na Comissão de Saúde. Espero que ele explique o que está
acontecendo. Houve uma morte no estado de São Paulo pelo descumprimento de uma
lei vigente. Quem vai responder por isso? Quem vai responder por isso? Sou
menos trouxa do que pareço. Não é possível que a gente tenha que passar... Não
é teatro. Senão, fecha isso aqui, gente. Fecha isso aqui.
A gente se
matou aqui dentro, com discussões, cada um defendendo o seu ponto. A lei é
aprovada, a lei é sancionada. Fala-se em rede nacional que vai ser cumprida. E
a mulher morre implorando cesárea? Que brincadeira é essa?
Então, quero
explicações formais do secretário de Saúde a respeito da vigência de uma lei
que formalmente vigora neste estado, mas não está sendo observada.
Vossa Excelência
permite uma Comunicação, só para fechar?
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL -
PARA COMUNICAÇÃO - Hoje devo ter recebido uns 20 e-mails de pessoas tratando
daquele projeto de lei que vai passar aqui pelo plenário, que diminui o valor
do pagamento dos precatórios, de 30 mil reais para 11 mil reais. Esse projeto
foi debatido na Comissão de Constituição, Justiça e Redação.
Lembro que uma
colega, não tenho certeza se foi a deputada Marina Helou... Mas alguém
apresentou um substitutivo, colocando que valeria a partir da data da
publicação para frente, não atingiria aquelas pessoas que já têm os créditos
constituídos. Se não estou equivocada, votei com essa divergência. Mas
prevaleceu o projeto original.
Pelo que
levantei, que a assessoria levantou no sistema, passou pela Comissão de
Assuntos Administrativos. Nem sei se entendi bem. O Coronel Telhada pode até
confirmar. Mas parece que perdeu, derrubaram o projeto na Comissão e que o
senhor vai dar o voto divergente. Então não sei exatamente se o trâmite desse
projeto vai parar nesta fase ou se virá aqui para o plenário.
Mas quero dizer
publicamente que, se o projeto chegar aqui no plenário, vou votar contra.
Porque acho que o projeto não é justo - 30 mil reais são praticamente verbas
alimentares.
Não posso
diminuir de 30 para 11, obrigando a pessoa a abrir mão do seu crédito. Não
teremos condição de olhar crédito por crédito. Pode ser que haja alguns que são
mais justos, outros menos justos, uns mais necessários, outros mais
desnecessários. Mas não tenho como passar a régua e dizer: “Olha, abra mão do
seu crédito. Agora todo mundo vai ganhar 11 mil reais.” Porque os 30 mil já são
valores - vamos dizer assim - alimentares.
Então aquelas
pessoas que estão mandando e-mail não precisam mais ter problema. Pelo menos,
não comigo. Mandem para os demais colegas. Estou dizendo aqui que, se o projeto
chegar para ser votado no plenário, vou votar contra. Compromisso público
assumido com o estado de São Paulo.
Muito obrigada,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Seguindo a
lista de oradores inscritos, Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado Jorge
Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. Tem V. Exa. o
uso da palavra pelo tempo regimental.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP -
Muito obrigado, Sra. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados.
Quero iniciar a
minha fala hoje, informando à Casa que tenho recebido vários e-mails, várias
mensagens de WhatsApp. Tenho encontrado o pessoal, não só da Secretaria de
Administração Penitenciária, mas também o pessoal do sindicato, que vem à nossa
procura, ou que nos encontramos em eventos. Tenho notado uma aflição por parte
dos funcionários da Administração Penitenciária. No sentido de que eles estão
sendo esquecidos quanto à valorização que haverá ainda esse ano para as Forças
de Segurança.
Foi anunciado
que até outubro chegaria aqui uma documentação do Sr. Governador dando um
aumento real para a Polícia Civil, a Polícia Militar, a Polícia
Técnico-Científica. Então muitos homens e mulheres da Secretaria de
Administração Penitenciária estão muito preocupados com isso.
Tendo em vista
isso, fiz um e-mail ao Sr. Coronel Nivaldo Restivo, que é o secretário da
Secretaria de Administração Penitenciária, dizendo dessa preocupação, dizendo
que esses funcionários estão nos procurando. O coronel Nivaldo Restivo nos
respondeu na data de 13 de setembro, na própria sexta-feira - perdão, ele me
respondeu no dia 15, domingo, ontem -, informando o seguinte:
“Excelentíssimo
deputado Coronel Telhada, com meus cordiais cumprimentos, esclareço a V. Exa.
que a Secretaria da Administração Penitenciária faz parte do conselho de
segurança instituído pelo governador João Doria e, todas as quintas-feiras, das
19h às 21h, nos reunimos para alinhamento de ações, avaliação de resultados e
apresentação de novas propostas. Nesse aspecto, a valorização das carreiras que
compõem o sistema merece grande espaço nas discussões.
Posso garantir
que a SAP e o governo do estado reconhecem a grande importância dos
profissionais da área, e estamos atentos às necessidades dos nossos servidores,
motivo pelo qual as tratativas que buscam a valorização das carreiras de
Segurança encontram forte defesa da Pasta para inclusão dos nossos
funcionários” - ou seja, dos funcionários da SAP - “nos projetos que
contemplarão benefícios a todos os servidores da área de Segurança.
Os ajustes
estão bem avançados, e temos a convicção de que alcançaremos o resultado
pretendido. Agradeço por sua permanente mobilização e defesa dos interesses
comuns, e reitero nossa disposição em colaborar no que for necessário.” Assina
o coronel Nivaldo César Restivo.
Então, eu quero
deixar bem claro, a todos os amigos e amigas da SAP, para ficarem tranquilos,
pois não só o secretário, coronel Nivaldo, está brigando por esse devido
reajuste, mas nós aqui na Assembleia também estamos atentos. Nós, que nos
preocupamos com a Segurança Pública, em todos os nossos contatos com o
governador temos falado desse reajuste. Eu tenho certeza de que junto com o
reajuste das polícias, com o aumento das polícias, virá também o da Secretaria
de Administração Penitenciária. Podem ter certeza. Contem com nosso trabalho.
E quero dizer
aos amigos, também, para terem prudência. Estou vendo muita gente reclamando,
já querendo fazer manifestação, por acharem que vai acontecer alguma coisa. E
não é assim que funciona. Vamos trabalhar para que aconteça. Não por achar que
não vai acontecer, nós vamos fazer manifestação. Eu trabalho pelo resultado; eu
não trabalho pelo barulho, trabalho pelo resultado. E continuarei trabalhando,
aqui, por um resultado concreto.
Dito isso, eu
quero saudar as cidades aniversariantes. Sra. Presidente, quero saudar a cidade
de Presidente Prudente, que aniversariou no último sábado. Um grande abraço aos
nossos amigos e amigas de Presidente Prudente. No domingo, dia, 15,
aniversariaram as cidades de Euclides da Cunha Paulista, General Salgado,
Limeira, Avaré e Guará. Para essas cinco cidades, nosso grande abraço por esse
aniversário no domingo. E hoje, segunda-feira, é o aniversário da querida
cidade de Paranapuã. Um abraço a todos os amigos e amigas da querida cidade de
Paranapuã.
Hoje, dia 16 de
setembro, também é um dia histórico para a história militar, porque é quando se
completam 75 anos do primeiro tiro de combate da Força Expedicionária
Brasileira. No dia 16 de setembro de 1944, as Forças Brasileiras começaram,
realmente, o efetivo combate contra as forças nazistas. E hoje, portanto, se
completam 75 anos. Parabéns aos verdadeiros heróis, aos grandes heróis do
Brasil, à nossa Força Expedicionária Brasileira.
Infelizmente,
Sra. Presidente, temos mais uma morte a relatar, de uma policial, uma mulher,
uma bombeiro do Distrito Federal: a soldado Marizelli Armelinda Dias. Essa
jovem mulher, negra, que infelizmente faleceu no domingo. A soldado Marizelli
Armelinda Dias faleceu no domingo depois de ser atingida por uma árvore e um
fio de alta tensão em Taguatinga, no Distrito Federal. Então, nossos
sentimentos a todos os irmãos e irmãs do Bombeiro Militar do Distrito Federal. A
soldado Marizelli estava no Bombeiro Militar há somente quatro meses. E
infelizmente se tornou herói daquela grande corporação. Ela tinha 31 anos de
idade. Nossos sentimentos à família da Marizelli e de todos os nossos irmãos
bombeiros.
Para finalizar,
eu quero trazer aqui aos senhores a morte de mais um guarda civil, um jovem
guarda civil que foi morto hoje, nessa madrugada de segunda-feira, no centro de
São Paulo. Ele estava com a esposa dele e veio fazer compras na Feirinha da
Madrugada, e acabou sendo baleado na cabeça. Apesar de socorrido, faleceu. É o
guarda Denilson Bispo de Lima, que morava em Campinas e estava na Guarda Civil
desde 2016. Nossos pêsames, portanto, à família do guarda civil Denilson Bispo
de Lima.
Então, é isso,
Sra. Presidente. Nós estamos, aqui, atentos aos problemas de Segurança, dizendo
mais uma vez aos amigos e amigas da Secretaria de Administração Penitenciária
para terem certeza de que haverá um reajuste esse ano, sim, um reajuste junto
com a Polícia Militar, junto com a Polícia Civil e junto com a Polícia
Técnico-Científica. Haverá também um reajuste para todos os homens e mulheres
da Secretaria da Administração Penitenciária.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
*
* *
- Assume a
Presidência o Sr. Conte Lopes.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PP - Próximo orador
inscrito, nobre deputada Leci Brandão.
A
SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Exmo. Sr. Presidente, deputado Conte
Lopes, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, deputado Gil, deputada Janaina, queridos
assessores, público que nos assiste pela nossa TV Alesp, hoje eu venho aqui
para falar sobre um assunto, a pauta é cultural.
Tenho muito
prazer de dizer que no último sábado, dia 14, foi aniversário do meu querido
amigo, grande artista brasileiro, completou 61 anos de vida, Arlindo Cruz.
Todos nós sabemos da situação que Arlindo está passando. Ele é uma pessoa de
muito talento, compositor de primeira grandeza, um sambista sem igual, acerca
de 15 meses ele foi internado em decorrência de um AVC. E desde então, ele está
lutando para se recuperar de sequelas causadas por esse problema.
Eu venho a
público para prestar minhas homenagens ao companheiro de arte, companheiro de
vida que desde cedo ganhou o primeiro cavaquinho ainda criança e nunca mais
parou de tocar e de compor. Aliás, a gente sente muita falta porque a ausência
das músicas de Arlindo Cruz a gente percebe claramente. Acredito que a música
brasileira, o samba deve muito a esse artista e ele merece todas as homenagens.
No início da
carreira ele foi da famosa roda de samba do Bloco Cacique de Ramos e lá
encontrou grandes parceiros como Aragão, Beth Carvalho, Beto sem Braço, Berani,
Almir Guineto.
E devo dizer,
aqui, que tenho muito privilégio de ter gravado músicas de Arlindo,
principalmente uma que foi muito sucesso, que foi Fogueiras de Uma Paixão, que
foi um samba de parceria dele com o Luiz Carlos da Vila e o Acyr Marques.
Tivemos também a felicidade de citar o nome dele numa música nossa de 1985,
chamada Isso é Fundo de Quintal, em que a gente cita o nome de todos os
componentes do grupo Fundo de Quintal, e a gente fala que ele tinha carinha de
anjo: “Com a cara de anjo, tocando seu banjo, Arlindo Cruz”. Foi compositor
também de samba enredo, é autor de letras memoráveis de sua escola do coração,
que é o Império Serrano, ganhou o Estandarte de Ouro do jornal O Globo em 2003,
2006 e 2007. Em 2015 ele ganhou o 26º Prêmio da Música Brasileira, na categoria
de Melhor Cantor de Samba. Além disso, dele nós gravamos “Maria de Um Só João”,
1985; “O Show Tem Que Continuar”, em 87; “Sei Que Não Valeu Te Amar,
Testamentos de Partideiro” e também “Fogueiras de Uma Paixão”, como eu já
citei.
Eu quero
encerrar desejando que o nosso Arlindo se restabeleça. E que ele volte a
alegrar o Brasil com sua música, que continue tocando o seu banjo e fazendo
aquelas rodas de samba que só ele sabe fazer. A gente sempre está aqui nessa
tribuna falando de coisas tristes, coisas desagradáveis, de violência, de
feminicídio, de genocídio, enfim, mas hoje eu fiz questão de prestar essa
homenagem ao Arlindo.
E continuo
agradecendo ainda a todas as pessoas que estão nos felicitando pelos nossos 75
anos. Quero também publicamente agradecer aos editores e também ao diretor de
jornalismo da “Globo News”, pela fantástica homenagem que foi feita para a
nossa pessoa; fiquei extremamente comovida.
Na sexta-feira
eu tive também o prazer de receber uma homenagem do Tenente Nascimento, que
está aqui. Muito obrigada. Foi bastante comentada com os meus amigos.
E dizer que a
gente espera que esta semana seja uma semana em que a gente possa realizar
muitos trabalhos. Que os projetos possam ser discutidos, aqui, com muito
respeito, com muita paz e desejar a todos os meus colegas que os seus projetos
de lei possam ter encaminhamento. É para isso que a gente vem para cá. Ou seja,
para criar os projetos de lei, ter a esperança de que eles sejam aprovados e
poder dar uma resposta para o povo do estado de São Paulo.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PP - Eu que
agradeço, nobre deputada.
Próximo orador inscrito, nobre deputado
Castello Branco. (Pausa.) Nobre deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.) Nobre
deputado Delegado Olim. (Pausa.) Nobre deputado Itamar Borges. (Pausa.) Nobre
deputado Tenente Nascimento.
Vossa Excelência tem o prazo regimental
de cinco minutos.
O
SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Uma boa tarde a todos. Boa tarde, presidente, sempre
capitão e amigo Conte Lopes, no qual a nossa chegada até aqui tinha, sempre
teve, V. Exa. como exemplo.
E quero dizer a
V. Exa., deputado e capitão, que é uma palavra fácil de se dizer, mas difícil
de se executar: “exemplo”. Quando, na nossa infância e adolescência, nós... eu
tinha como exemplo meu irmão mais velho, então na Força Pública, e, às vezes,
ele deixava lá as divisas, quando então sargento, para minha mãe lavar o
uniforme.
E, às vezes, eu
pegava e colocava no braço com alfinete, e saía na rua, todo orgulhoso: “Olha,
ele é irmão do sargento”. Que coisa maravilhosa, não é, quando a gente vê um exemplo.
E assim foi e, mais tarde, eu me tornei policial militar e, graças a Deus,
cumprimos nossa missão na corporação e, agora, estamos neste Parlamento.
Então, eu quero
dizer a você, capitão, meu amigo: o exemplo é difícil, e muitas pessoas falam
de exemplo. “Ah, não pode uma pessoa ter um exemplo de um pai policial
militar”. Ou, até de um servente, até de um pedreiro. Eles gostam, eles estão
ali ajudando a fazer exemplo.
Mas o que a
minha fala vem me trazer neste dia, comandante, deputada Janaina, deputado Gil
Diniz, cabo DeLonghi, é que nós estamos muito preocupados. Esta semana, eu
estive com a nossa ministra Damaris, de Direitos Humanos, em defesa da família
e das nossas crianças, nosso maior patrimônio, que vê exemplos.
E os exemplos
que estão sendo seguidos aí na rede social, é uma preocupação que eu quero
trazer para o Parlamento, que nós estamos trazendo já. Já há uma preocupação,
já há uma movimentação: é que os nossos adolescentes, as nossas crianças estão
se automutilando; é que as nossas crianças, é que muitos adolescentes estão
indo ao suicídio.
Então a
Damaris, nossa ministra, pediu para que nós venhamos a ter conhecimento e
ajudar os conselhos tutelares para que nós venhamos realmente a fazer alguma
coisa. Porque o índice de suicídio hoje, no País, no Setembro Amarelo, nós
vemos aqui uma média de 32 suicídios por dia.
E 50% de
adolescentes e jovens que estão nessa onda. Eu acabei de receber, não é - não
consegui nem finalizar ainda o vídeo -, uma cartilha, uma professora leva uma
cartilha e, no final dessa cartilha, eu vou mandar para o Ministério da
Educação, para que, realmente, seja retirado esse livro ou essa cartilha. E, no
final, fala sobre o suicídio para os nossos jovens.
Então, como eu
disse no início da nossa fala: exemplo. Que exemplo de pai você é? Que exemplo
de pai nós somos? E estamos vendo a rede social, uma malignidade. E nós
estamos, também, em nossas igrejas, pedindo para que venhamos a dar atenção às nossas crianças e adolescentes.
No dia 12 de
outubro, nós vamos promover um grande encontro com os adolescentes em nossa
igreja, onde reuniremos ali mais de mil adolescentes para dizer a eles que a
família é o melhor que nós temos, é o nosso maior patrimônio, nosso maior
tesouro. E que possamos, sim, continuar seguindo esses exemplos, como eu falei
aqui de V. Exa., para que possamos dar a esses que nos colocaram aqui, ao povo
que nos colocou aqui, o melhor. E que possamos, realmente, coibir essa
desenfreada onda que assola a mídia social aí sobre a questão da criança, sobre
a automutilação.
Pedimos o seu
apoio, que tem dado com muita maestria aqui nesta Casa, e a todos os deputados.
E a você que está me assistindo aí pela TV Alesp, veja o que seu filho, o que o
seu neto está fazendo na rede social. Ajude-os também, porque não adianta nós
aqui apresentarmos leis, projetos importantes para coibir essa desenfreada
ação. Mas você também tem que participar; você também tem que nos ajudar para
que possamos, realmente, coibir, enfim, parar essa desenfreada ação de
malignidade que tenta desestruturar a família brasileira, e as nossas crianças,
que são o nosso maior patrimônio.
Muito obrigado,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PP - Obrigado pelas
palavras, deputado Tenente Nascimento. Parabéns pelas colocações.
Próximo orador inscrito, nobre deputado
Coronel Telhada. (Pausa.) Nobre deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor.
(Pausa.) Nobre deputado Altair Moraes.
Vossa Excelência tem o prazo regimental
de cinco minutos.
O
SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Hoje eu subi aqui armado. Estou aqui com a arma. O pessoal
gosta de falar, então, vamos falar. Amigos deputados, Sr. Presidente, caros
colegas, a Lei Estadual nº 15.301, de 2104, proíbe fabricar e vender,
comercializar armas de fogo de brinquedo no território do estado de São Paulo.
Isso aqui.
Eu sou filho de
militar, e eu sempre recebi armas de brinquedo que o meu pai trazia para mim.
Coronel, acho que o senhor lembra disso, presidente. Eu, como filho, ficava
doido para chegar o Dia das Crianças porque o papai vinha com uma metralhadora
e eu ficava brincando de atirar.
Bom, segundo
essa lei, foram feitos estudos que influenciam a criança. Eu até acho também
que influencia para matar, ou para a violência. Por isso que eu concordo com
essa lei.
Antigamente,
não sei se o senhor lembra, deputado Gil e deputada Janaina, já que temos
praticamente a mesma idade - apesar da
senhora ser muito mais nova - que tinha um cigarrinho de chocolate. Lembram-se
disso?
A foto desse
cigarro era uma criança fumando cigarrinho de chocolate, que era coisa muito
bonitinha, e foi proibido. Está no telão a foto pra vocês acompanharem.
* * *
- É exibida uma
imagem.
* * *
Está ali,
cigarrinho de chocolate ao leite. Olhe que coisa linda. Um menininho, uma
criança fumando cigarro. Foi proibido. Sabe por quê? Mostrar uma criança
fumando um cigarrinho de chocolate vai influenciar aquela criança a,
futuramente, fumar e entrar em outras drogas. Da mesma forma, entende-se que
dar uma arma para uma criança influencia a criança a ser violenta.
Aí você quer
dizer na minha cara, atenção pais que estão em casa, a senhora que é mãe, o
senhor que é pai, você quer dizer para mim que a ideologia de gênero, dentro
dos colégios, com essa cartilha nojenta, podre, que está sendo mostrada aí com
dois homens se beijando, duas mulheres se beijando não vai influenciar uma
criança? Isso aqui influencia. Agora, dois homens se beijando numa cartilha e
colocar para uma criança estudar, aí pode? Olhe, acho que eu deveria comer um
prato de capim. Eu devo ser burro, devo ser louco, ou pegar uma camisa de força
e colocar, porque eu devo ser muito doido.
Eu entendo que
isso daqui influencia, mas eu também entendo - é meu entendimento - que quando
uma criança é doutrinada nos colégios com essa porcaria, essa nojeira de
ideologia de gênero, que se coloca para as crianças, de que menino não nasce
menino, nem menina nasce menina, vai influenciar as nossas crianças. Aí querem
dizer que “não, isso é cultura, isso é preconceito”.
Isso aqui
influenciou a criança, mas dois homens se beijando, duas mulheres se beijando,
numa cartilha para a criança estar estudando, e pregar a ideologia de gênero
nos colégios, é claro que isso influencia. Pior ainda porque mexe com o caráter
da pessoa.
Sabem o que
estão fazendo com as nossas crianças? Atenção, pais, prestem muita atenção
nisso. Estão querendo tirar a pureza das nossas crianças. Deixem as nossas
crianças em paz. Eu sou pai, meus filhos já estão grandes, mas eu tenho neto, e
eu não quero ver o meu neto sendo influenciado por essa porcaria chamada ideologia
de gênero.
Para encerrar,
eu fui criticado por algumas coisas que eu disse aqui, mas vou deixar bem
claro. Eu falei que dois homens juntos só fazem barriga de chopp. O que é que
eu falei demais? Torno a dizer: dois homens juntos só fazem barriga de chopp,
dois homens juntos não fazem menino. A prova é tanta que a gente se depara no
jornal... Olhe a aberração: “Homem engravida do seu namorado”.
Como assim,
homem engravida do seu namorado? Olhe o que a reportagem coloca de capa: “Homem
engravida”. Homem não engravida, homem não tem útero. Torno a dizer: dois
homens juntos, barriga de chopp; só homem e mulher fazem menino.
Agora, também
teve um gesto, que dizem que foi de muito amor; para mim, não foi. Um casal, um
casal não, um par de homens, porque casal, eu já disse, é homem e mulher. O
camarada quis ter um filho agora e pegou a barriga de aluguel da mãe. Tem
certas coisas que não dá para engolir.
Eu imagino que,
nós temos que tomar um posicionamento. Eles estão achando que a gente é
criança, estão achando que a gente é muito doido. No meu pronunciamento aqui,
fica a minha nota de repúdio a essa porcaria, nojeira, essa atrocidade chamada
ideologia de gênero. Do que depender de mim, neste lugar aqui, eu vou lutar
contra. Você pode ter certeza disso.
Obrigado a
todos.
O SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL -
PARA COMUNICAÇÃO - Primeiro, quero dizer, deputado Altair, que, de fato, é uma
coisa nojenta, é uma coisa impura o que estão tentando fazer com as nossas
crianças, tanto é que tem um projeto nesta Casa, que está na CCJ, ao qual já
fizemos o nosso voto, em separado, contrário.
Outra coisa absurda é que uma criança de oito, dez ou 12
anos possa realmente definir se pode tomar ou não hormônio, entre outras coisas
mais, mas que, com certeza, vai morrer ali no nascedouro. Estamos juntos, sim.
Queremos pedir aos pais que estejam atentos ao que está acontecendo com as
nossas crianças nas escolas, para que possamos coibir a caminhada dessas forças
insignificantes, dessas forças do mal.
Quero aqui também, presidente, dizer que nós tivemos, na
semana passada, um ato do comandante-geral da Polícia Militar aos nossos
policiais, em que a averbação venha ser a qualquer tempo, no boletim geral, no
dia 6 de setembro. O que acontece é que os nossos policiais, logicamente,
procuraram fazer essa averbação do tempo de serviço fora, para que conte na sua
aposentadoria, o mais rápido possível. É natural, até porque está vindo uma
reforma política aí, que eles tenham assegurados os seus direitos.
Acontece que, no site do INSS, está havendo alguns altos
picos desses pedidos. Quero dizer aos nossos policiais para ficarem tranquilos.
Eu fiz contato hoje com a Superintendência do INSS, não é somente pelos nossos
policiais militares, mas também por aqueles que já têm o seu tempo para
averbação e para aposentadoria.
É por isso que, realmente, estão acontecendo algumas
dificuldades no aplicativo do INSS, mas é para eles continuarem fazendo. Se tiver
alguma dúvida, ligar no telefone 135. Faça lá o seu cadastro e que ele vai ter
realmente sua averbação, suas garantias asseguradas. Muito obrigado,
presidente.
O SR. PRESIDENTE -
CONTE LOPES - PP - Próximo orador inscrito, nobre deputado
Gil Diniz.
O
SR. GIL DINIZ - PSL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente. Boa tarde a toda a Mesa, ao
público presente aqui na galeria, a quem nos assiste pela TV Assembleia, aos
nossos deputados aqui no Pequeno Expediente, aos nossos assessores, policiais
militares e civis.
E eu tenho que
concordar, deputado Altair, com a sua fala sobre essa influência que o Estado
tenta impor às nossas crianças. Só vou discordar no sentido da questão do
brinquedo, porque aí são o pai e a mãe, é dentro de casa que essa criança vai
ser influenciada.
Então eu acredito que é
direito da família inclusive saber com quais brinquedos seus filhos brincam.
Agora, não o professor, o Estado impor ali à criança esse tipo de influência,
esse tipo de situação. E vou mais além. A deputada Janaina veio aqui falar
sobre o não cumprimento da lei aprovada neste plenário sobre a questão da
cesárea e cobrar o secretário, capitão Conte Lopes, sobre a efetividade da lei.
Nós precisamos cobrar
também o secretário de Educação e o Sr. Governador sobre as cartilhas que foram
distribuídas na rede estadual para crianças de 13 anos. O governador, deputado
Altair, deputado Nascimento, após ser denunciado por esse material indevido,
reconheceu publicamente que era indevido.
Pelo menos disse que
reconhecia que era indevido e mandou retirar, ou melhor, disse que mandou
retirar. O MP entrou ali com ação, a Justiça mandou devolver e o que o
governador disse? Que não iria recorrer da decisão da Justiça, que aqui no
estado de São Paulo não tem censura e mandou devolver talvez aquilo que nem foi
retirado das escolas.
Aí eu pergunto para
você que me assiste em casa: você acredita no governador do estado de São
Paulo? Eu não acredito. Para mim é jogo de cena. Para mim é mais fumaça. Após a
máscara cair, disse que tomou uma atitude e por que não vai recorrer agora, se
ele discorda?
Quem vai ser
responsabilizado por esse material? Milhões, deputado Altair, gastos com esse
material. Ele disse que discorda, mas alguém mandou publicar. Tem lá o nome do
Sr. Governador, o nome do Sr. Secretário, e está lá a cartilha agora para
crianças de 12, 13 anos para rede pública estadual.
Fiz o requerimento de
informação e espero logo ser respondido para justamente responsabilizar quem
criou, quem fez esse material. E fico triste com a covardia do governador do
estado de São Paulo, que não vai recorrer da decisão quando, deputado Altair,
poderia sim ter recorrido.
E para finalizar, Sr.
Presidente, gostaria de passar aqui uma imagem no telão, se for possível.
* * *
- É exibida a
imagem.
* * *
O tenente Gonçalves é
tenente do 46º Batalhão de Polícia Militar, aqui na cidade de São Paulo, região
do Ipiranga. Para você que não sabe da história do tenente, no sábado, deputado
Altair, ele ia se casar, a noiva grávida de seis meses.
Nas redes sociais,
vídeo dela se dirigindo para o casamento, ele já no local e ela passou mal. Foi
para a maternidade, teve a filhinha Sofia prematura de 6 meses. Nasceu com
cerca de um quilo, só que a esposa veio a óbito, veio a falecer, morte
cerebral. Então imagine agora a situação. Não teve a celebração, obviamente,
teve todo aquele gasto e, justamente, essa tragédia.
O que venho
pedir para vocês? Não sou de compartilhar isso. Não sou de pedir isso. Mas peço
para você, e vou deixar na minha rede social, os dados do tenente, os dados
bancários. Inclusive, para que você possa doar cinco, 10, 15 reais. A
internação da Sofia vai custar um valor alto. Vai ter o velório, agora, da
esposa do tenente. É um momento de profunda tristeza. Justamente, nesse momento
de alegria, de festa, no casamento, a esposa vir a falecer.
Então deixo
aqui o meu sentimento ao tenente Gonçalves, do 46º Batalhão. E peço aos amigos
e aos irmãos que contribuam, ainda que minimamente, pelo menos para confortar o
tenente nesse momento de dor. Ficam os meus sentimentos à família e também à
família policial militar.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
*
* *
- Assume a
Presidência o Sr. Tenente Nascimento.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PSL - Deputado Gil,
realmente vimos esse fato muito triste na família policial militar. Estamos
empenhados também. Queremos reforçar o pedido para que venham ajudar o nosso
companheiro.
O próximo orador inscrito é o deputado
Conte Lopes.
O
SR. CONTE LOPES - PP - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs.
Deputados, boa tarde. Também ficamos sensibilizados com a história do tenente
Gonçalves, que a esposa veio a falecer dando à luz no dia do casamento, com
todo mundo lá na festa, os oficiais se preparando para cruzar a espada. E
aconteceu esse lamentável incidente.
Sr. Presidente,
eu queria cumprimentá-lo pelas colocações de Vossa Excelência. Realmente, como
é que estamos num país onde jovens se suicidam? Alguma coisa deve estar errada.
Afastamento de Deus? Falta de religião? Alguma coisa está errada. Porque, a
verdade, o país onde mais jovens se suicidam... Ou realmente as redes sociais
estão induzindo a isto. Então fica aí uma maneira da gente analisar tudo isso.
Porque todo mundo aqui é perito em Pedagogia, mas, infelizmente, alguma coisa
deve estar falhando.
Ontem também,
no “Fantástico”, apresentaram o problema psicológico dos policiais. Porque
realmente é difícil. O policial, numa viatura, só recebe desgraça.
Toda vez que o
Copom nos informa, é bandido que matou pai, uma vítima, matou a esposa, matou
criança, estuprou. Então o policial realmente carrega essa tensão no seu
próprio trabalho, nas 24 horas. Porque o policial, mesmo os aposentados,
continuam na ativa. Essa é a grande verdade. Porque um policial aposentado, se
houver um assalto de uma residência ao lado da casa dele, evidentemente que os
vizinhos o chamam, como fui chamado várias vezes.
Você que estava
dormindo, às 2 ou 3 horas da manhã, você acaba tendo que se envolver em
ocorrência. Como aconteceu comigo. Seu Antônio, um vizinho meu onde eu morava,
sabedor que eu era tenente da Rota, os bandidos na casa dele, onde ele
procurou? A mim. Realmente tive que sair para pegar o bandido.
Peguei. E
comprei uma guerra desgraçada. Porque, só vizinhos meus, morreram 14. Mas eu
fiquei lá. Fiquei lá. Os vizinhos morreram, e eu fiquei. Porque eles achavam
que eu tinha que mudar. Como eu era tenente de Rota e morava lá? Não, tinha que
sair. Diziam que eu ia morrer. Todo dia ligavam para o Copom, que eu ia morrer
naquela noite. Dá para ver que não morri, e estou aqui até agora.
Eu queria
também cumprimentar os policiais civis. A Polícia Civil, o doutor Ruy Ferraz,
que é um grande delegado de polícia. Sempre foi um grande delegado. Lembro do
doutor Ruy Ferraz desde 1993, quando se criou o PCC. Já estávamos nesta Casa,
na CPI do Crime Organizado, quando surgiu o PCC.
Inclusive, os
nossos governantes à época, o Mario Covas, o secretário dele: “Como é que pode?
Ter um grupo de bandido, de PCC, se o estatuto está escrito de forma errada?”.
O Afanásio Jazadji que era deputado na época: “Espera, estamos falando de
bandidos, não é curso de português”. O PCC se criou naquela época.
O Ruy Ferraz
esteve nesta Casa naquela época. Vejam bem: foi escolhido pelo governador João
Doria. Está fazendo um excelente trabalho à frente da Polícia Civil, como o
coronel Salles à frente da Polícia Militar.
A prisão, neste
domingo, de um bandido que simplesmente havia trocado uma lancha de três
milhões e meio por uma de seis. Ele morava em Angra dos Reis. Tinha
helicóptero. O André do Rap. Membro do PCC.
Então, nesse
aspecto também, a gente tem que cumprimentar a polícia de São Paulo e até o
próprio governador, por retirar a cabeça do PCC, os líderes do PCC aqui de São
Paulo. Estamos cobrando isso há anos e anos e anos. Cobramos do Serra, cobramos
do Alckmin; quantas e quantas vezes. Mas não, eles ficaram. Agora é que foram
retirados.
E veja: foi
preso esse bandido em Angra dos Reis. Alugou uma mansão por 20 mil reais
mensais. Possuía vários empregados. Vejam como o crime compensa, né. Então, é
isso: bandidos sendo endeusados, policiais sendo criticados. Será que tudo isso
também não atinge a cabeça dos nossos jovens? Porque é uma inversão de valores
total, não é verdade? Na periferia, principalmente: o traficante é o herói, o
policial é o bandido, para muitos.
Então, fica aí
esse exemplo. Mas, de toda forma, parabéns ao delegado Ruy Ferraz, ao delegado
Dr. Nico e a todos os policiais que agiram e prenderam esse bandido. E que ele
vá para um presídio de segurança máxima federal e não saia mais da cadeia.
Obrigado, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PSL - Próximo orador
inscrito, deputado Adalberto Freitas.
O
SR. ADALBERTO FREITAS - PSL - Boa
tarde a todos. Cumprimento a Mesa, os assessores de ambos os lados, a Polícia
Militar, que está sempre aqui nos guarnecendo, a Polícia Civil, o pessoal que
nos assiste em casa. Só complementando o que deputado Conte estava falando: há
uma preocupação muito grande com essa questão de suicídio. Essa Casa tem que
começar a pensar em algo, muito urgente, a ser feito nessa condição. A gente
está vendo aí, todos os dias tem notícias, cada vez piores, sobre essa questão.
Me informei,
também, e parece que há um projeto de lei, nessa Casa, para que tenham
psicólogos, em cada escola. Eu acho que é muito importante essa questão de ter
um psicólogo na escola para, desde cedo, a criança já se acostumar com essa
questão de ter um acompanhamento.
Porque não somos
só nós, adultos, que trabalhamos, que temos nossos afazeres, nossa correria, o
trânsito, que nos deixam um pouco pirados na vida, com nossos compromissos, mas
a criança também sofre uma pressão muito grande, ao passar de criança para
adolescente, aquela pressão escolar de ter que passar de ano, isso tudo. E,
também, a internet, a informação, que traz muita coisa boa, mas traz muita
coisa errada, também.
Então, é uma
pressão muito grande. As crianças, hoje, também não têm um caminho bom a
seguir, porque na própria rede social, nós sabemos que tanto tem gente boa,
como tem gente ruim, que influencia. E a gente fica sabendo, cada vez mais, de
notícias que são desagradáveis.
Então, quero
deixar aqui, presidente, a agenda para nós verificarmos a situação, se
realmente há um projeto na Casa, para podermos ver isso com outros olhos. Se
precisar agilizar alguma coisa, vamos acelerar. Porque acho que é importante o
psicólogo nas escolas, para desde cedo as nossas crianças estarem assistidas
psicologicamente. Era isso.
Muito obrigado.
Boa tarde.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PSL - Exatamente,
deputado. Temos que verificar isso, trazer assistência social, para que
possamos, realmente, coibir esse avanço, essa desenfreada caminhada dessas
ações negativas para as nossas crianças.
O
SR. GIL DINIZ - PSL - PARA
COMUNICAÇÃO - Presidente, venho ao microfone repudiar uma reportagem da revista
“Época”, produzida pelo João Paulo Saconi. O jovem jornalista fez uma
reportagem com a esposa do deputado Eduardo Bolsonaro, que é psicóloga.
Contratou um serviço pela internet, fez ali algumas sessões pela Internet e
tentou tirar algumas coisas dela, tentou tirar algumas informações sobre a
família, algum indício de homofobia por parte dela, mas caiu do cavalo, não conseguiu
absolutamente nada. Mas fez uma matéria porca expondo a esposa do deputado
Eduardo Bolsonaro.
Nós não
pregamos a censura aqui no estado de São Paulo, muito menos no País, mas o
jornalismo tem que ter uma responsabilidade. Expor a família. Imagina só, expor
a minha esposa, a vossa esposa para tentar lhe atingir, ou tentar atingir o
presidente Bolsonaro?
Atitudes como
essa mostra o baixo nível da nossa imprensa, que não quer mais informar. A
“Época”, chamada de “É Porca” aí nas redes sociais, no twitter se mostra mais
como uma revista de fofoca do que uma revista de informação.
Deixo aqui no
microfone da Assembleia esse nosso repúdio a esse jornalista que na verdade ele
sabe para quem ele serve, para quem ele trabalha. Mas, jornalismo mesmo, nessa
reportagem ele não fez.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PSL - Não havendo
mais oradores inscritos, nós vamos para o Grande Expediente. Antes, porém, eu
queria pedir que as notas taquigráficas, que faça essa comunicação chegar ao
deputado federal Eduardo Bolsonaro, para que, realmente, coloque a sua família
desse repúdio que fez esse jornalista de uma forma antiprofissional.
Quero aqui também relatar e dizer que
hoje é um dia especial para a nossa deputada Valeria Bolsonaro. É aniversário
dela. Queremos aqui parabenizar. Vamos, então, dar prosseguimento à nossa
sessão.
*
* *
- Passa-se ao
GRANDE
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. GIL DINIZ - PSL – PARA COMUNICAÇÃO - Sr.
Presidente, agradeço aí por esse detalhe de enviar as notas taquigráficas ao
deputado federal Eduardo Bolsonaro. Só para complementar, presidente, nós
publicamos a reportagem na rede social, no facebook e no twitter,
principalmente no facebook.
O facebook retirou a foto do jornalista
do ar. Crime mesmo, para o facebook, foi publicar a foto do jornalista e não a
matéria porca que ele realizou.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PSL - Concluindo,
deputado Gil Diniz, fazer o bem tem um preço, fazer as coisas certas tem um
preço, mas nós estamos aqui para isso. E vai chegar, sim, ao nosso deputado
Eduardo Bolsonaro e sua esposa, para que venhamos continuar a defender a
família em nossa sociedade.
Queremos chamar
para a sua fala, o deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Alex de Madureira.
(Pausa.) Deputada Edna Macedo. (Pausa.) Deputado Ricardo Madalena. (Pausa.)
Deputado Douglas Garcia. Vossa Excelência tem o tempo regimental para o seu
pronunciamento.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, Sr.
Presidente. Uma boa tarde a todos. Caros pares aqui presentes, deputado Gil
Diniz, deputado capitão Conte Lopes, servidores da Assembleia Legislativa,
policiais militares, público que nos assiste aqui na galeria da Assembleia e
também na TV Alesp, é um prazer muito grande para mim novamente subir a esta
tribuna para defender a população do estado de São Paulo.
Senhores, é,
também, com revolta que eu venho, mais uma vez, aqui a esta tribuna denunciar
uma perseguição. Uma perseguição que alunos estudantes, principalmente os
conservadores sofrem todo o santo dia, sim, nas salas de aula de ensino médio,
nas salas de aula de ensino superior, aqui no nosso Brasil.
A gente sabe
muito bem que as faculdades hoje em dia viraram trincheiras de comunistas. Pois
é: PCdoB, PSOL, PT utilizam as universidades a bel-prazer para pregar a sua
ideologia e simplesmente fazer com que quem pensa diferente seja completamente
suprimido do local, seja completamente achincalhado, não tenha a sua liberdade,
seja de pensamento ou, principalmente, liberdade de expressão, exposta. Vocês
sabem muito bem o que acontece na Universidade de São Paulo. Já cansei de
denunciar aqui aquilo que ocorre na USP. Porém, os últimos dias, senhores, é
lamentável a situação que ocorreu.
E eu trouxe uma
prova viva hoje da forma completamente parcial com que é tratada dentro da
Universidade de São Paulo, a forma parcial que aquela instituição tomada pela
esquerda faz com que os alunos que são conservadores, que assumem o
posicionamento ou que se expressam de alguma forma sejam achincalhados, sejam
tratados como demônios prestes a ser exorcizados do ambiente estudantil.
Quem não
lembra, ora, dessa foto aqui? Eu vou pedir para que a câmera pegue. Dessa foto
aqui, olha.
* * *
- É feito
exibição de imagem.
* * *
Essa é a imagem
que foi feita por alguns estudantes da Universidade de São Paulo, dentro da
sala, em que eles comemoravam a vitória do presidente Jair Messias Bolsonaro.
Essa imagem foi feita, sim, dentro da Universidade de São Paulo, e eles tiraram
essa foto como uma forma de comemoração. Foi parar na imprensa, foi parar na
mídia, foram achincalhados, chamaram de tudo quanto é coisa ruim, “extrema
direita, radical, intolerantes”, aquela balela toda que todo mundo já sabe.
Pois bem.
Ocorre que eu não estou aqui defendendo que eles façam esse tipo de ação. Para
mim, faculdade não é um local onde a gente tem que fazer isso, muito pelo
contrário. Faculdade é um local onde deve-se estudar.
Mas, senhores,
eu não posso deixar de informá-los o tamanho da parcialidade com que a
Universidade de São Paulo tem tratado esse assunto. Pois bem, foi aberto um
processo disciplinar contra esses estudantes na Comissão Disciplinar
Processante da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São
Paulo; e eles querem aplicar, vejam só, para três estudantes, os senhores José
Osvaldo, Henrique Prado e Pedro Henrique de Andrade, sabe o quê, deputado Gil
Diniz? A pena de 30 a 40 dias de suspensão. Sabe o que acontece se eles levarem
30 a 40 dias de suspensão? Eles vão perder o semestre. E adivinha só o que
ocorre quando o estudante perde o semestre na Universidade de São Paulo: ele é
expulso da faculdade.
Ou seja, esses
três estudantes, por fazerem essa brincadeira aqui, eles estão prestes a ser
expulsos da Universidade de São Paulo. Pergunto aos senhores: quando o bando de
feministas foi fazer a oficina de siririca - é esse o nome mesmo, foi fazer a
oficina de siririca - na Universidade de São Paulo, quantos processos foram
abertos para pedir a expulsão delas ali de dentro? Zero. Absolutamente nenhum.
Quando aquele
outro estudante colocou o órgão reprodutor masculino para fora e urinou em cima
daquela outra estudante, que estava lá embaixo fazendo uma exposição artística,
toda pintada de preto, fez isso no campus da Universidade de São Paulo, quantos
processos foram abertos para a expulsão de ambos? Nenhum.
Quando eles vão
fumar maconha na Universidade de São Paulo, um bando... Olha, eu não vou nem
falar a palavra, porque já me rendeu um processo no Conselho de Ética, já que
essa palavra está proibida aqui na Assembleia. Mas é um bando de pessoas que
não têm o que fazer e vão usar droga lá na universidade.
Foram abertos
processos disciplinares contra esses? Nenhum. É isso que eu estou mostrando
para os senhores, o tamanho da parcialidade, da forma como é tratada a situação
na Universidade de São Paulo.
Estava hoje
revendo um processo que eu havia enviado até o reitor da USP quando eles
trataram o presidente da República Jair Bolsonaro como se fosse um fascista a
ser combatido. Na maior cara de pau, a direção da FFLCH me respondeu que eles
não podem intervir em assuntos dos estudantes porque não podem promover uma
censura prévia.
Ora, o que
aconteceu foi um crime. Foi um crime. A difamação à honra do presidente da
República, chamando-o de fascista. E quem vai ser responsabilizado por isso?
Não tem responsabilização.
Mas quando três
estudantes fazem uma brincadeira... Uma brincadeira que não chega a um terço da
metade daquilo que é feito pelos esquerdistas da Universidade de São Paulo, que
arrastam professor de dentro da sala de aula - eu já tive testemunhas disso.
Professor que quer dar aula, mas não pode, porque eles estão em dia de trancar,
em dia de greve, que colocam aquelas porcarias, aquelas cadeiras, não deixam
estudante nenhum entrar ali para poder estudar, porque querem fazer a sua greve
legítima. Até quando a Universidade de São Paulo viverá nessa ditadura?
Eu peço encarecidamente
ao reitor, porque o reitor me falou aqui, na CPI das Universidades. E sabe o
que ele me disse, Tenente Nascimento? Com essas palavras: “Não existe
perseguição ideológica na Universidade de São Paulo.” Ora, reitor, está aqui a
perseguição ideológica, exacerbada. Os senhores não querem expulsar esses três
estudantes porque eles fizeram alguma coisa de errado. Se fizeram, isso daqui
não chega ao nível de expulsão! Os senhores estão querendo expulsar porque eles
não são idiotas, porque eles não vão para a rua gritar “Lula livre”, porque
eles votaram em Jair Bolsonaro. Os senhores querem expulsar esses estudantes
porque eles são conservadores. Essa é a realidade: não aceitam que exista na
universidade o contraditório, a pluralidade de ideias. Hipócritas, hipócritas,
é o que o presidente disse na comissão lá no Congresso Nacional mesmo. São
canalhas, canalhas mil vezes, que não conseguem conviver com a democracia.
Tanto falam de democracia, mas não convivem com ela.
Eu vou escrever, vou
pessoalmente à Universidade de São Paulo, porque esse absurdo, essa injustiça
que está acontecendo não pode prosseguir, de forma alguma. E a defesa dos
estudantes disse que, no mínimo, deve haver o contraditório e a ampla defesa.
Portanto deve se seguir o quê? O Processo Civil. Não é o Processo Civil, o
Código de Processo Civil? Mas a administração da faculdade diz que a USP não
segue o Processo Civil. O Código de Processo Civil não se aplica à Universidade
de São Paulo. Quer dizer, é em outro país. A USP não fica no Brasil; ela fica
na lacrolândia. É República Federativa da Lacrolândia, porque além de eles
fazerem coisas que são proibidas, que não podem, de forma alguma, quando deve
se seguir o devido processo legal não seguem. Por quê? “Porque nós somos
inimputáveis, aqui a gente fala o que a gente quiser, a gente faz o que a gente
quiser, segue à risca aquilo que a gente quer e aquele que não segue tem que
ser expulso.”
Isso é uma ditadura,
senhores, uma ditadura escancarada. E eu espero que o Sr. Reitor da
Universidade de São Paulo, se ele honra, sim, as palavras que disse aqui, aqui
nessa comissão, nessa CPI das Universidades, que ele venha intervir nesse caso,
porque a USP está prestes a cometer uma das maiores injustiças que já aconteceu
naquela faculdade.
Não basta perseguir os
alunos; não basta perseguir os estudantes conservadores; não basta proibir que
eles se manifestem; não basta proibir que eles vão até a aula, assistam aula;
não basta reduzir o salário de professores conservadores, agora a gente vai promover
a expulsão? Que se expulsem todos os comunistas da USP que fazem essa
chafurdaria de ficar impedindo estudante de estudar, de ficar montando piquete,
de ficar levando para a Universidade de São Paulo depravação cultural. Não
existe outra palavra que não seja essa: injustiça. E nós vamos acompanhar este
caso de perto, que seja, levando até o STF, mas isso aqui não vai passar
batido.
Muito obrigado, Sr.
Presidente.
O
SR. GIL DINIZ - PSL - Sr. Presidente, para uma breve
comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PSL - Tem o tempo
regulamentar para comunicação.
O
SR. GIL DINIZ - PSL - PARA
COMUNICAÇÃO - Presidente, também quero fazer minhas as palavras do deputado
Douglas Garcia. Conheço o Zé Oswaldo, os outros dois alunos eu não, não lembro
se conheço.
O Zé Oswaldo, Douglas,
que já é formado na USP, já tem uma graduação lá, se eu não me engano
engenheiro elétrico, ou seja, não estão olhando nem para o histórico do aluno.
Fez uma brincadeira, presidente. Pegou ali uma bandeira, colocou ali a bandeira
atrás, escreveu B 17 na lousa. O outro aluno pegou uma arma de brinquedo,
tiraram uma foto, e parece, Douglas, que picharam a universidade inteira, ou
que estavam usando maconha dentro da sala de aula, ou que estavam trancando os
portões para os outros alunos não adentrarem. Os alunos querem estudar, como
alguns que acabam fazendo greve.
Então, fica também
aqui, Douglas, o nosso repúdio a esse processo administrativo que estão
colocando. A gente sabe que é perseguição, sim. Se puder ir com V. Exa. falar
com o reitor, e quem mais de direito, sobre esse caso, ficarei muito honrado,
porque conheço o Zé Oswaldo. Sei da índole dele. Dar essa suspensão para, no
final, expulsá-lo, é, no mínimo, uma punição que foge a qualquer outra punição
que eu vi ali, de alunos que depredam a universidade, que picham e que fazem
uma tremenda balbúrdia, como diria o ministro da Educação.
Então, que se
faça chegar essa mensagem ao reitor, presidente. Vamos marcar essa audiência
com ele para entender por que esses alunos conservadores vão ser punidos dessa
maneira, enquanto outros fazem coisas muito piores na Universidade de São
Paulo.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente,
apenas para pedir que as notas taquigráficas do meu discurso sejam encaminhadas
para a Reitoria da Universidade de São Paulo.
O SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO -
PSL -
Estamos pedindo ao Serviço de Taquigrafia para que... É regimental. Não somente
o seu pronunciamento, deputado Douglas Garcia, como também a comunicação do
deputado Gil Diniz.
O
SR. GIL DINIZ - PSL - Sr. Presidente,
havendo acordo entre as lideranças, quero pedir o levantamento da presente
sessão.
O SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO -
PSL - É
regimental.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esta Presidência, cumprindo determinação
constitucional, adita à Ordem do Dia da sessão ordinária o Projeto de lei nº
836, de 2019. Havendo acordo de líderes, antes de dar por levantados os
trabalhos, convoco V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora
regimental, com a mesma Ordem do Dia de quinta-feira e o aditamento anunciado,
lembrando-os ainda da sessão solene a realizar-se no dia de hoje, às 20 horas,
com a finalidade de homenagear as entidades que prestam serviços relevantes às
pessoas com necessidades especiais e outros. O deputado Dalben convida todos para estarem presentes.
Está levantada
a sessão.
*
* *
- Levanta-se a
sessão às 15 horas e 41 minutos.
*
* *