106ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: GILMACI SANTOS, CORONEL TELHADA e PAULO LULA
FIORILO
Secretaria: LECI BRANDÃO
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - GILMACI SANTOS
Assume a Presidência e abre a sessão. Convoca os Srs.
Deputados para uma sessão extraordinária, a realizar-se hoje, dez minutos após
o término da presente sessão, ou às 19 horas, para apreciar a Ordem do Dia que
anunciou. Cancela sessão solene convocada para o dia 11/10, às 20 horas, com a
finalidade de homenagear o Santos Futebol Clube, a pedido do deputado Paulo
Correa Jr. Anuncia a presença do Grupo Mulheres do Brasil, nesta Casa.
2 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência.
3 - LECI BRANDÃO
Manifesta contrariedade por seu nome não ter sido citado na
convocação de ato em defesa da soberania nacional e contra as privatizações,
que deverá ocorrer amanhã, nesta Casa. Considera que deveria estar incluída no
ato por ser a coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa do Patrimônio e
Serviços Públicos de Qualidade deste Parlamento.
4 - CARLOS GIANNAZI
Solidariza-se com o pronunciamento da deputada Leci Brandão.
Critica política de privatizações de iniciativa do PSDB no estado de São Paulo.
Manifesta-se contrariamente ao PL 899/19, de autoria do Governo, que limita o
valor pago em precatórios. Considera a matéria inconstitucional. Pede apoio dos
demais parlamentares a fim de derrotar esta matéria.
5 - JANAINA PASCHOAL
Informa que ontem o secretário da Saúde do Estado, Sr. José
Henrique Germann Ferreira, esteve nesta Casa. Comunica que solicitou à
autoridade revisão de nota técnica que regula o PL 435/19, que garante à
gestante a opção pelo parto cesariano. Tece considerações sobre a possibilidade
de fechamento da Fundação para o Remédio Popular (Furp) e da Fundação
Oncocentro. Relata visita à Furp e compromete-se a acompanhar a situação da
fundação.
6 - PAULO LULA FIORILO
Assume a Presidência.
7 - CORONEL TELHADA
Apresenta vídeo de ocorrência policial com atentado a tiros.
Comenta notícia da "Revista Veja" sobre sequestro de trem por seis
homens armados com fuzis, no Rio de Janeiro. Critica a legislação penal
brasileira, considerando-a branda. Pede a valorização das forças de segurança.
Posiciona-se contrariamente ao PL 899/19, de autoria do Governo, que limita o
valor pago em precatórios. Destaca a importância da manutenção da paridade
salarial entre os policiais da ativa e os aposentados.
8 - SEBASTIÃO SANTOS
Comunica sua presença em Brasília, ontem, em diversos eventos
políticos. Destaca que reuniu-se com o ministro do Desenvolvimento Regional,
Sr. Gustavo Canuto, para discutir parcerias para os pequenos e médios
municípios do estado de São Paulo. Enfatiza a importância de obras para a
captação de água do Rio Pardo, a fim de distribuí-la para a cidade de Barretos,
assim como a troca de tubulação de amianto do mesmo município.
9 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência.
10 - EDNA MACEDO
Comunica que recebeu mensagem de mulher pedindo socorro, pois
sua filha encontrava-se presa na Coreia do Sul, acusada de estar trabalhando
sem visto adequado. Informa que teve reunião com o cônsul-geral da Coreia do Sul,
e que a moça foi deportada de volta ao Brasil.
11 - PAULO LULA FIORILO
Transmite convite do cônsul mexicano aos deputados para a
comemoração dos 209 anos da República Mexicana, hoje, no Memorial da América
Latina, a partir das 19 horas. Destaca a importância desta Casa estabelecer
boas relações com consulados. Informa a realização de ato da Frente Nacional
contra a Privatização, em parceria com a Frente Parlamentar em Defesa do
Patrimônio e Serviços Públicos de Qualidade, no dia 19/09, no auditório Franco
Montoro. Defende política de geração de empregos em nível estadual e federal.
12 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA
Saúda a presença de seu amigo, João Medeiros, nesta Casa.
13 - CARLOS GIANNAZI
Faz críticas à Secretaria da Educação por desrespeitar a
comunidade escolar sobre a implantação do PEI - Programa de Ensino Integral - e
o programa Novotec. Considera que as escolas precisam de melhorias estruturais
antes da implementação de tais programas. Apresenta fotos da Escola Estadual
João Kopke, sem energia elétrica, e da Escola Estadual Jardim Maria Dirce III,
que tem sua estrutura feita de lata. Considera que a professora Abigail Toniol
Oliveira sofreu perseguição política e ideológica ao ter sua transferência
negada. Repudia o fato.
14 - JANAINA PASCHOAL
Apresenta fotos e vídeo de Centro de Hemodiálise no município
de Andradina, sem funcionamento. Comenta que falta autorização do Ministério da
Saúde para a inauguração do centro. Agradece moção de aplausos de vereadores da
Câmara Municipal da Estância Turística de Barra Bonita pela aprovação do PL
435/19, de sua autoria.
GRANDE EXPEDIENTE
15 - CARLOS GIANNAZI
Para comunicação, exibe fotos da Escola Estadual João Kopke,
há três dias sem energia elétrica. Clama por providências da Secretaria da
Educação. Manifesta-se contra a militarização e a implantação do programa
Novotec na citada instituição de ensino.
16 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA
Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 19/09,
à hora regimental, com Ordem do Dia. Lembra sessão extraordinária a ser
realizada hoje, às 19 horas. Levanta a sessão.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Gilmaci Santos.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a
proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Esta Presidência dispensa a leitura da Ata
da sessão anterior e convida a nobre deputada Leci Brandão para a leitura da
resenha do expediente.
A
SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - Sr. Presidente, temos
aqui duas indicações, uma, que é do deputado Rodrigo Gambale, para pedir ao
senhor governador que se digne, através dos órgãos competentes, a autorizar a
liberação de recursos para a manutenção adequada da Segurança Pública municipal
de Poá. Outra, da nobre deputada Leticia Aguiar, solicitando ao governador que
inscreva o município de Pradópolis no programa Mulheres de Peito, coordenado
pela Secretaria Estadual de Saúde.
Está lida a resenha, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Muito obrigado, nobre deputada Leci Brandão.
Convocação, Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V.
Exas. para uma sessão extraordinária, a realizar-se hoje, 10 minutos após o
término da presente sessão, ou às 19 horas, caso a sessão não atinja o seu
tempo limite, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:
*
* *
-
NR - A Ordem do Dia para a 44a sessão extraordinária foi publicada
no D.O. de 19/09/19.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
- Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esta Presidência, atendendo à solicitação do
nobre deputado Paulo Corrêa Jr. cancela a sessão solene convocada para o dia 11
de outubro de 2019, às 20 horas, com a finalidade de homenagear o Santos
Futebol Clube.
Esta Presidência tem a grata satisfação
de anunciar, e de agradecer, a presença do grupo Mulheres do Brasil, que está
visitando, hoje, a nossa Assembleia Legislativa sob a responsabilidade das
senhoras Alessandra Segantin e Glória Brunetti. Sejam todas bem-vindas à
Assembleia Legislativa. É uma honra receber vocês nesta tarde. Fiquem à
vontade.
Iniciamos, então, o nosso Pequeno Expediente,
convidando o nobre deputado Delegado Olim. (Pausa.) Ricardo Madalena. (Pausa.)
Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputado Rafa Zimbaldi.
(Pausa.) Deputado Emidio Lula de Souza. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge Lula do
Carmo. (Pausa.) Deputado Roberto Engler. (Pausa.) Deputado Paulo Lula Fiorilo.
(Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputada Leci
Brandão. Tem V. Exa. o tempo regimental, no Pequeno Expediente.
A
SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Exmo. Sr. Presidente, deputado Gilmaci, deputado
Coronel Nishikawa, Sras. Deputadas, assessores, público que nos assiste pela
nossa TV Alesp, inicialmente, também quero cumprimentar, com muito prazer, a
presença das mulheres do Brasil. É sempre bom que as mulheres estejam aqui na
nossa galeria, com protagonismo, para poder ajudar a gente. (Manifestação nas
galerias.)
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Coronel Telhada.
* * *
Sr. Presidente Coronel
Telhada, pela primeira vez, o senhor vai ouvir de mim uma reclamação. Eu
normalmente venho aqui para falar das questões de direitos humanos, questões
sociais, direitos das mulheres, mas vocês todos sabem que nós não temos nenhum
constrangimento de elogiar deputados e deputadas, de falar das coisas positivas
que acontecem nesta Casa, de votar favoravelmente aos projetos que são de
interesse da população. Mas, hoje, eu quero apenas fazer uma observação.
Enquanto na maioria das
vezes, aqui nesta Casa, têm acontecido muitas discussões, inclusive discussões
que têm uma pauta pesada, uma pauta agressiva, uma pauta desrespeitosa, eu
queria dizer o seguinte, prestem bem atenção: no dia 15 de maio deste ano, uma
quarta-feira, às 18 horas, foi feito o lançamento da Frente Parlamentar sobre
Privatização e em Defesa do Patrimônio e dos Serviços Públicos de Qualidade.
Foi no Paulo Kobayashi,
e teve aqui os partidos membros: PCdoB, PT, Avante, apoio do PSOL, Rede, PSB,
PSDB, DEM, PR, PRB, PSL, Podemos, PP, MDB, PTB e Patriotas. Coordenação:
deputada Leci Brandão. Todo mundo sabe, todo mundo assistiu. Desde que nós
entramos nesta Casa, antes mesmo de esta frente ser lançada, nós sempre
defendemos trabalhadores e sempre fomos contra a questão da privatização das
empresas públicas de um modo geral.
Amanhã, vai acontecer
aqui um ato em defesa da soberania nacional e contra as privatizações. Muito
bem. Às 9 horas da manhã, aqui na Assembleia Legislativa, com a presença da
senadora Zenaide Maia, do deputado federal Patrus Ananias e também do senador
Roberto Requião. O que eu estou achando estranho é que, em nenhum momento, aqui
nos cartazes, foi colocado o nome da deputada Leci Brandão, que sou eu.
Eu acho que a gente não
pode... Na hora de fazer as coisas, todo mundo se junta, todo mundo vai ao
gabinete um do outro para combinar, para a gente fazer uma coisa coletiva. Na
hora que vem aí o pessoal de Brasília, enfim, de todos os lugares, as pessoas
tentam omitir o nome da gente. Tem lá um pedacinho. Inclusive, nem a sigla do
PCdoB está nesse pequeno panfleto.
Eu gostaria de dizer
que não é uma coisa muito legal, uma coisa muito saudável a gente tentar omitir
ou esconder o nome do colega, porque nós estamos todos juntos. Nós de oposição
somos todos juntos nas horas difíceis. A gente está aqui para votar favoravelmente
aos projetos da oposição, e a gente tem uma coisa chamada lealdade. Lealdade é
uma coisa muito séria, e gostaria que eu fosse tratada da mesma forma que eu
trato os outros deputados.
Certa vez, alguém me
disse: “Cuidado quando você for de roldão às coisas, porque a política é assim,
na hora que interessa, todo mundo está com você, te procura, vai ao gabinete,
liga, mas quando há uma coisa chamada conveniência, nem sempre o comportamento
é o mesmo”.
Como eu sou uma pessoa
extremamente verdadeira, muito direta, olho no olho, não preciso ficar fazendo
acordo de uma forma em um lugar, e outro acordo em outro lugar. Eu pediria aos
meus colegas parlamentares que, por favor, eu não sou uma pessoa para ser
usada. Eu sou uma cidadã brasileira e que por acaso sou artista sim e estou
deputada nesta Casa desde 2011. Eu quis dar esse recado porque fica muito ruim,
é muito constrangedor a gente saber que nem aqui no ofício que veio, o nome da
gente não consta. Constam os dos federais, dos senadores, enfim. Eu gostaria de
dizer que a frente parlamentar do estado de São Paulo sobre privatizações e em
defesa do patrimônio, dos serviços públicos de qualidade, tem o nosso nome na
coordenação. Muito obrigado, Sr. Presidente. Desculpe por eu ter passado o
tempo.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado,
deputada Leci Brandão. A próxima deputada é a deputada Analice Fernandes.
(Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi, V. Exa. tem o
tempo regimental.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público
aqui presente, telespectador da TV Assembleia, quero saudar aqui todos os
presentes, Sr. Presidente, e assim já me associando ao que disse a deputada
Leci Brandão sobre esse movimento contra as privatizações, em defesa dos
servidores públicos.
Deputada Leci
Brandão, queria dizer e digo sempre aqui pela tribuna que o PSDB aqui em São
Paulo, os governos tucanos, desde Mário Covas até o governo Doria, passando
pelo Alckmin, pelo Serra, têm se caracterizado, em primeiro lugar, pelo
desmonte do Estado, pelas privatizações, pelas terceirizações, pela venda do
patrimônio público para as empresas privadas.
Em segundo
lugar, pela política de ódio aos servidores públicos de todas as secretarias:
da Educação, da Segurança Pública, do Sistema Prisional, da Saúde. Enfim, é uma
política colocada em curso, de desvalorização salarial, de desvalorização
funcional, de precarização dos serviços públicos. Essa é a tônica dos governos
do PSDB em São Paulo.
A Educação
Pública está destruída no estado de São Paulo, a Segurança Pública, a Saúde. E
agora como se não bastasse tudo isso, Sr. Presidente deputado Coronel Telhada,
o governo encaminhou mais uma maldade nesse pacote de maldades do governo
Doria, que ele já anunciou principalmente na área das privatizações. Agora ele
encaminhou mais uma maldade.
Eu me refiro
aqui ao Projeto de lei nº 899, de 2019, já conhecido por nós como o projeto do
calote dos precatórios. O governador Doria vai dar calote nos servidores
públicos da ativa, os aposentados, os pensionistas, reduzindo ainda mais o
valor dos precatórios, que são ações que o governo já perdeu em todas as
instâncias, que não cabem mais recursos, Sr. Presidente, de todos os
servidores.
Nós temos aqui
inclusive manifestações já da OAB, que já soltou um documento. Nós temos
manifestações da Confederação Nacional dos Servidores Públicos dizendo que o
projeto, além de imoral, é inconstitucional porque afronta o parágrafo 4º do
Art. 100 da Constituição Federal.
Nós temos aqui
um outro documento importante da Federação dos Sindicatos dos Servidores do
Estado de São Paulo também com documento mostrando a gravidade da situação e
dizendo também que o projeto é inconstitucional. O projeto afronta a lei. O
projeto representa um verdadeiro calote do governador Doria no pagamento dos
precatórios, reduzindo o valor em 61%, deputado Telhada. Sei que V. Exa. também
tem militado nessa área e até está elaborando um parecer contrário.
Parabéns,
deputado Telhada. Eu sei, estou acompanhando. Parabéns pelo seu posicionamento.
Ou seja, há uma redução do valor do precatório que seria pago aos nossos
servidores, pensionistas e, sobretudo aos aposentados, que serão os mais
atingidos por essa maldade do governador Doria, no pagamento da requisição de
pequeno valor.
Então, por
exemplo, a redução, hoje, é feita em 61 por cento. O que o governo pagaria,
esse pequeno valor chegaria a 30 mil reais. Com a redução, isso cai para
praticamente 11 mil reais: 11 mil e 600 reais. Isso é um crime. Isso é um
ataque à dignidade humana dos servidores da ativa, dos aposentados e dos
pensionistas. Então já estamos cerrando fileiras contra a aprovação desse
projeto de lei. Tenho certeza que a Assembleia Legislativa não vai aprovar esse
projeto. Seria um crime contra os servidores.
É o calote
dentro do calote. Porque o precatório já é um calote. É o governo já assumindo
um calote, que ele deu, que já perdeu em todas as instâncias, e que tem que
pagar. Agora não vai pagar o que deve, vai fazer uma redução de 61 por cento.
De 30 mil reais vai cair para 11 mil e 600 reais
Então faço uma
convocação e um apelo para que os 94 deputados e deputadas votem contrariamente
a esse projeto. Aliás, nem deixem chegar aqui na pauta de votação, porque é um
absurdo. Esse projeto já teve uma votação contrária. Ele foi derrotado... Teve
um parecer contrário - deputado Telhada pode falar mais - na Comissão de
Administração Pública e Relações do Trabalho. Então já é um grande avanço.
Faço um apelo:
vamos derrotar esse Projeto de lei nº 889 de 2019, que representa um verdadeiro
golpe. Um verdadeiro calote do governo Doria contra os servidores da ativa,
contra os aposentados e contra os pensionistas, Sr. Presidente. Então o nosso
compromisso é de enfrentamento até o fim, até a derrota final desse Projeto
889.
Eu gostaria
também de terminar o meu pronunciamento pedindo que os documentos elaborados
pelas entidades que citei - a OAB, a Confederação Nacional, e a Federação dos
Sindicatos dos Servidores Públicos do Estado de São Paulo - sejam publicados na
íntegra no Diário Oficial do Estado, para que a população tenha conhecimento
desse golpe criminoso que o governador Doria vai dar nos servidores do estado
de São Paulo.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
* * *
- É inserido
texto não lido em plenário.
* * *
“FEDERAÇÃO DOS
SINDICATOS DOS SERVIDORES PÚBLICOS NO ESTADO DE SÃO PAULO
FESSP-ESP
Filiada á
Confederação dos Servidores Públicos do Brasil
São Paulo, 16
de setembro de 2019
Ofício Circular
FESSP-ESP nº 035-2019
EXMO(A).
DEPUTADO(A) CARLOS GIANNAZI - LIDERANÇA DO PSOL — SALA M.27
A Federação dos
Sindicatos dos Servidores Públicos no Estado de São Paulo - FESSP- ESP,
entidade representativa das Categorias dos Agentes da Administração Pública
Direta, Indireta e Fundacional, que atuam no Estado de São Paulo, representada
por seu Presidente LINEU NEVES MAZANO vem respeitosamente, perante Vossa
Excelência, aduzir acerca de uma necessária reflexão quanto à tramitação do PL
899/2019, que trata da alteração do valor das obrigações de pequeno valor
(OPV), prevista no § 3º, DO ART. 100, DA CF/88, então fixado em 1.135,2885
UFESPs (R$ 30.119,20), pela Lei Estadual nº 11.377, de 14/04/2003, para
440,214851 UFESPs(R$11.678,90), representando uma diminuição de 61,22%, sob a
justificativa de que houve queda na receita do Estado e aumento das referidas
obrigações.
Consideramos
que a atividade parlamentar insere-se no contexto de legítima defesa dos
direitos dos trabalhadores, enfatizando que o parlamentar deve se posicionar em
nome e na defesa dos direitos dos cidadãos, trabalhadores, (neste caso do
servidores públicos) e toda a sociedade, neste momento, o Governo deveria estar
reduzindo os valores milionários de renuncia fiscal, entre tantas outras
medidas que poderão ser implementadas.
Os Servidores
Públicos do Estado de São Paulo, não podem ser apenados, com tal mudança
pretendida, causando prejuízos e ofendendo princípios constitucionais e não
devem ser responsabilizados pela atual crise financeira do Estado, não aceitando
ter seus direitos suprimidos.
Por todo o
exposto, a FESSP-ESP pede e solicita reflexão e apoio de Vossa Excelência para
que o PL 899/2019 seja rejeitado, ou, que seja apresentado um substitutivo,
definindo a redução no mesmo percentual apresentado na justificativa do
projeto, como queda de receita de 10% (dez por cento). E criando um gatilho que
ao retomar o crescimento da receita, sejam atualizados os valores da OPV no
mesmo índice. Só assim podemos garantir segurança, bem-estar social, caso seja
aprovado como apresentado, provocará grandes prejuízos aos servidores que
esperam décadas para usufruir o seu direito reconhecido judicialmente, além de
ser contrário ao princípio da razoabilidade e proporcionalidade.
Segue anexo um
parecer elaborado pelo nosso Departamento Jurídico.
Contando com o
apoio de Vossa Excelência, solicitamos seus esforços como Líder do seu Partido
para manifestar contrário a este PROJETO, que o mesmo não seja incluído na
ordem do dia, sem que haja uma Audiência Pública com a participação dos
principais interessados, os Servidores Públicos.
Desde já a
FESSP-ESP agradece e renova protestos do mais alto apreço e distinta
consideração.
Cordialmente.
Lineu Neves
Mazano
Presidente
FESSP-ESP
* * *
Castilho Bueno
Sociedade Individual de Advocacia
OAB/SP nº
22.401
CNPJ
28.037.005/0001-08
PARECER
Interessada:
FEDERAÇÃO SINDICAL DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO DE SÃO PAULO (FESSP-ESP)
Ref: PL 899, de
2019.
O PL 899 de
autoria do Governo do Estado visa alterar o valor das obrigações de pequeno
valor (OPV), prevista no § 3 º, do art. 100, da CF/88, então fixado em
1.135,2885 UFESPs (R$ 30.119,20), pela Lei Estadual n º 11.377, de 14/04/2003,
para 440,214851 UFESPs (R$ 11.678,90), representando uma diminuição de 61,22 %,
sob a justificativa de que houve queda na receita do Estado e aumento das
referidas obrigações.
De fato, a
mudança pretendida causa prejuízos e ofende princípios constitucionais.
Os cofres públicos
serão mais onerados, devido ao aumento das dívidas, com correção monetária e
juros.
O
jurisdicionado/credor sofrerá com mais protelação no recebimento de seu crédito
judicial, líquido e certo. Em especial os mais pobres e os mais idosos.
Pois, as obrigações
de pequeno valor, em regra, favorecem os que recebem os menores valores de
vencimentos e proventos e com uma redução tão acentuada seriam os mais
atingidos.
De outra parte,
o valor das obrigações de pequeno valor serve de base para o pagamento de precatório
alimentar prioritário, conforme § 3 º, do art. 100, da CF/88 (EC 62) e § 2º, do
art. 102, do ADCT-CF/88 (EC 99).
O idoso recebe,
prioritariamente, até 5 vezes o valor do OPV, ora R$ 150.596,00. De acordo com
o PL ao, O valor que o idoso teria direito passaria para R$ 58.394,50.
O Poder
Judiciário perderia pelo descumprimento de suas sentenças. O tema em questão
foi debatido em 2003, em ação de Intervenção Federal no Estado, no STF, à época
presidente o Min. MARCO AURÉLIO.
Embora não
decretada a Intervenção, houve um alinhamento do Governo do Estado de São Paulo
para o cumprimento das requisições judiciais, que vem ocorrendo até então
(inclusive com a aprovação da Lei Estadual nº 11.377, de 14/04/2003).
O PL 899, tal
como apresentado, quebra o compromisso assumido com o Poder Judiciário e com os
credores do Estado, além de violar o art. 100, caput e § 1 º, da CF/88 e
desrespeitar um dos fundamentos da República Federativa do Brasil que é a
dignidade da pessoa humana (art. 1º, inciso III, da CF/88).
Ademais, a
diminuição em 61,22 % implica em ofensa aos princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade, implícitos na CF/88 e explícitos no art. 111, da CESP/89.
De fato, o PL
899 aplica a velha tática de descumprir decisão judicial, sob a justificativa
de falta de receita, quando, e fato, pretende-se a autopromoção do Governo
atual, em desacordo com o interesse público, pois trata de interesse secundário
do Estado, que só pode ser buscado se coincidente com os interesses primários,
isto é, com os interesses públicos propriamente ditos¹.
Dito isto,
demonstra-se que o PL 899, se aprovado como apresentado, provocará grandes
prejuízos ao próprio Estado, aos jurisdicionados/credores e ao Poder
Judiciário, além de ser contrário ao princípio da razoabilidade e proporcionalidade.
São Paulo, 16
de setembro de 2019
CIDINEY
CASTILHO BUENO
OAB/SP n º
139.520
¹ (RENATO
ALESSI, Sistema Istituzionale del Diritto Amministrativo Italiano, 2 ª ed.,
Milão, Giuffrê, 1960, p 197 e notas de rodapé 3 e 4, apud CELSO ANTÔNIO BANDEIRA
DE MELLO, p 64).
* * *
AASP - NOTA
PÚBLICA
AASP contra a
redução da RPV (Requisição de Pequeno Valor) e o aumento da fila dos
precatórios no estado de São Paulo
A Associação
dos Advogados de São Paulo - AASP, entidade que congrega mais de oitenta mil
advogados, vem a público manifestar sua contrariedade ao Projeto de Lei nº
899/2019, encaminhado pelo Governo do Estado de São Paulo, que tem por objetivo
reduzir em cerca de 62% o valor estabelecido para as chamadas “Requisições de
Pequeno Valor” (RPVs), modalidade de pagamento aos credores judiciais do Poder
Público.
De acordo com o
PL, todos aqueles que possuírem crédito judicial superior a R$ 11.678,90
deverão se submeter ao regime dos precatórios, sendo que o Estado de São Paulo
ainda não quitou os precatórios que foram expedidos em 2002. Atualmente, quem
possui crédito judicial de até R$ 30.119,20 recebe por meio da Requisição de
Pequeno Valor, que deve ser depositada em até 60 dias após sua apresentação.
Além do
prejuízo evidente aos credores, a alteração impactará diretamente o já
fragilizado sistema dos precatórios, aumentando sobremaneira a fila de
pagamentos.
Por outro lado,
é necessário observar a Carta Magna: a Constituição Federal fixa, para os
Estados, o teto de 40 salários mínimos como limite das RPVs, quando ausente lei
local. O Estado de São Paulo já pratica valor inferior a essa referência, muito
embora exista expressa disposição determinando que, nessa fixação, deva ser
observada a “capacidade econômica” de cada ente federativo (CF, art. 100, §
4º).
Não se mostra,
portanto, razoável e proporcional que o maior Estado do país, que ostenta a
maior arrecadação tributária, queira praticar como limite para o pagamento de
suas requisições de pequeno valor apenas 25% do patamar sugerido pela Constituição
Federal.
O PL 899/2019
tramita em regime de urgência, com o prazo de 45 dias expirando na próxima
terça-feira, 17/09. Por essa razão, advocacia e credores do Poder Público
estarão presentes na Assembleia Legislativa, mobilizando-se para prestar os
esclarecimentos necessários com a finalidade de obter o voto contrário dos
Deputados Estaduais.
Associação dos
Advogados de São Paulo – Aasp
* * *
PÚBLICA, CNSP,
ANSJ, Fespesp, ASSETJ, Udemo, Apamesp, ASJ, Aspal e Afalesp
Senhor Deputado
CARLOS GIANNAZI
- PSOL
São Paulo, 17
de setembro de 2019
As entidades
representando mais de 700.000 servidores públicos em todo o Brasil ativos,
aposentados e pensionistas, legítimos credores de precatórios alimentares
reivindicam à Vossa Excelência que vote NÃO ao inconstitucional Projeto de Lei
nº 899/2019, encaminhado pelo Governo do Estado de São Paulo, que reduz
drasticamente o limite para atendimento das obrigações de Requisições de
Pequeno Valor — R.P.V. a que se refere o § 3º do Art. 100 da Constituição
Federal pelas razões expostas nas justificativas, para que não ocorra mais
falecimentos dos credores sem nada ter recebido do legítimo direito, após anos
de disputa judicial.
O
INCONSTITUCIONAL PROJETO DE LEI 899/2019
Estabelece,
para fins de requisição direta à Fazenda do Estado de São Paulo, Autarquias,
Fundações e Universidades estaduais, o limite para atendimento como obrigações
de pequeno valor, nos termos do § 3º do artigo 100 da Constituição Federal.
O
VICE-GOVERNADOR, EM EXERCÍCIO NO CARGO DE GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:
Faço saber que
a Assembleia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:
Artigo 1º - Nos
termos e para os fins de requisição direta à Fazenda do Estado de São Paulo,
Autarquias, Fundações e Universidades estaduais, como disposto no § 3º do
artigo 100 da Constituição Federal, serão consideradas, como obrigações de
pequeno valor, as condenações judiciais em relação às quais não penda recurso
nem qualquer outra medida de defesa, cujo valor individual do credor, na data
da sua conta de liquidação, independentemente da natureza do crédito, seja
igual ou inferior a 440,214851 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo -
UFESPs, da mesma data, vedado o fracionamento ou quebra do valor da execução
para fins de enquadramento de parcela modalidade de requisição.
Parágrafo único
- Mediante renúncia, irrevogável e irretratável, ao valor que exceder o limite
definido no “caput” deste artigo, fica facultada aos credores a opção pela
requisição direta de seus créditos, na forma desta lei.
Artigo 2º -
Esta lei entrará em vigor na data da sua publicação, produzindo efeitos
imediatos e revogando as disposições em contrário.
Palácio dos
Bandeirantes, aos ..... de ... de 2019.
Rodrigo Garcia
* * *
VOTE NÃO -
JUSTIFICATIVA
A
inconstitucionalidade é exatamente o § 4º do art. 100, redação dada pela Emenda
Constitucional nº 62 de 09/12/2009, no que se refere a capacidade econômica do
ente público Governo do Estado de São Paulo.
Assim dispõe o
mandamento constitucional:
“§ 4º Para os
fins do disposto no § 3º, poderão ser fixados, por leis próprias, valores
distintos às entidades de direito público, segundo as diferentes capacidades
econômicas, sendo o mínimo igual ao valor do maior benefício do regime geral de
previdência social.”
Evidencia-se,
cristalinamente, que a capacidade econômica do Governo do Estado de São Paulo,
reconhecidamente, é a maior do Brasil e a proporcionalidade de demandas
judiciais neste Estado é consideravelmente muito maior do que os entes públicos
da federação.
A fixação do
valor do R.P.V. tem que ser pautada pelo critério de proporcionalidade para
compatibilizar a real capacidade financeira, sob uma perspectiva nacional com
elementos objetivos.
Melhor
explicitando: Estado com menor PIB per capta poderá fixar o teto das obrigações
de pequeno valor no menor montante constitucional possível, os demais estados
devem estabelecer o valor segundo a proporção dos respectivos PIBs per capta em
relação ao menor PIB per capita estadual. Exemplificando em números:
MARANHÃO
PIB R$:
85.286.000,00
PARTICIPAÇÃO NO
PIB NACIONAL: 1,36%
PIB PER CAPTA
R$: 12.264,28
RELAÇÃO ENTRE O
PIB DO ESTADO E MENOR PIB: 1,00%
VALOR O.P.V.:
5.839,45
SÃO PAULO
PIB R$:
2.038.005.000,00
PARTICIPAÇÃO NO
PIB NACIONAL: 32,52%
PIB PER CAPTA
R$: 45.542,32
RELAÇÃO ENTRE O
PIB DO ESTADO E MENOR PIB: 8,71%
O Supremo
Tribunal Federal no julgamento da ADI 2868 e especialmente na ADI 4332 decidiu
que apenas a redução manifestamente desproporcional, isto é, em manifesto
descompasso com a capacidade financeira, pode ser censurável por meio de
controle de constitucionalidade.
No RE 197.917
entendeu que o critério da proporcionalidade, expressamente versado no art. 29,
IV, da Constituição Federal a construção de um modelo matemático.
O presente
Projeto de Lei, simplesmente, reduz, drasticamente o valor das R.P.Vs. de R$
30.119,20 (trinta mil, novecentos e dezenove reais e vinte centavos)
correspondente a 1.135,2885 UFESPs para R$ 11.678,90 (onze mil, seiscentos e
setenta e oito reais e noventa centavos), correspondente a 440,214851 UFESPs, o
que não possível, desobedecendo qualquer proporcionalidade.
Nem a questão
da queda da receita tributária pode ser levada em consideração como parâmetro,
pois, se considerada a redução, teria que ser mínima, ou seja, na proporção de
10%, fixando-se o valor de R$ 27.107,27 (vinte sete mil, cento e sete reais e
vinte sete centavos).
Convictos de
que Vossa Excelência votará NÃO AO INCONSTITUCIONAL PROJETO DE LEI Nº 899/2019
em razão das justificativas apresentadas, em nome da Segurança Jurídica, do
cumprimento da Constituição Federal, a decisão Judicial, evitando a drástica
redução do valor das obrigações de pequeno valor — O.P.V., frustrando o
recebimento em vida dos credores com doença grave e idade avançada, registramos
que estaremos acompanhando e comunicaremos à todos os sócios das entidades.
JULIO BONAFONTE
Representando
as Entidades
* * *
Governo de SP
quer reduzir teto de Requisições de Pequeno Valor em 61%
Projeto de Lei
em trâmite na Assembleia Legislativa prejudica credores do Estado com até R$ 30
mil para receber
O Governo do
Estado de São Paulo encaminhou à Assembleia Legislativa do Estado, no dia 9/9,
um Projeto de Lei que visa reduzir em 61% o teto das Requisições de Pequeno
Valor (RPVs). O intuito do Projeto de Lei nº 899/2019, que está tramitando em
regime de urgência na Alesp, é diminuir em 61% o teto das RPVs — de R$30 mil
para R$11,6 mil. Dessa forma, o Governo do Estado busca economizar nos
pagamentos aos seus credores que são, em maioria, servidores públicos que não
receberam as garantias e bonificações que deveriam. “É uma medida arbitrária e
lesiva a milhares de servidores públicos da ativa, pensionistas ou aposentados
que têm pouco ou muito pouco a receber”, afirma o advogado Antonio Roberto
Sandoval Filho, presidente da Comissão de Precatórios da Ordem dos Advogados do
Brasil, seção São Paulo (OAB SP).
O PL 899/19
encaminhado pelo Governo do Estado propõe reduzir o número de Unidades Fiscais
do Estado de São Paulo (UFESPs) utilizadas como base para o cálculo das RPVs.
Hoje, para se tornar uma RPV, a dívida deve ser de até 1.135,2885 UFESPs, que
corresponde, na cotação de 2019, a R$ 30.119,20 mil. O Projeto de Lei
encaminhado pelo Governo do Estado, no entanto, quer reduzir o número de UFESPs
para 440,214851, que equivale a R$ 11.678,90.
A justificativa
é que a arrecadação do Governo paulista caiu nos últimos anos. Mas os números
oficiais mostram que essa queda foi de pouco mais que 10%. “É sempre o mesmo
argumento”, lembra Sandoval Filho. “No entanto, quando a receita sobe eles
nunca se lembram de elevar o percentual dos pagamentos”.
O que são as
Requisições de Pequeno Valor
Requisições de
Pequeno Valor são dívidas reconhecidas pelo Poder Judiciário que provêm de
ações movidas contra a Administração Pública em que não cabem mais recursos.
Pela lei paulista que rege os Pagamentos das RPVs (Lei nº 11. 377/2003), as
dívidas devem ser quitadas pelo ente devedor em até 90 dias.
O teto das RPVs
é calculado por Unidades Fiscais do Estado de São Paulo (UFESPs), cujos valores
mudam a cada ano. O valor máximo de um RPV paulista é de 1.135,2885 UFESPs, que
corresponde, na cotação de 2019, a R$ 30.119,20 mil. As dívidas que ultrapassam
esse valor entram no regime dos pagamentos dos precatórios, que obedecem às
regras estabelecidas pela Emenda Constitucional nº 99/2017.
Pela EC 99, os
precatórios da União, Estados, municípios e Distrito Federal devem ser quitados
até 2024. Entretanto, é comum que credores de precatórios esperem mais de
décadas para serem pagos.
Mais
informações e entrevistas:
Assessoria de
Imprensa da Comissão de Precatórios da OAB SP”
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito
obrigado, Sr. Deputado. Esta Presidência recebe os documentos de Vossa
Excelência. Após o devido exame, nos termos do Art. 18, inciso V, do Regimento
Interno, determinamos que seja publicado em Diário Oficial.
O próximo deputado, ou deputada:
Janaina Paschoal. Fará uso da palavra? Então V. Exa. tem o tempo regimental.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigada, Sr. Presidente. Cumprimento todos os
parlamentares presentes, os servidores da Casa, as pessoas que nos visitam na
data de hoje, aqueles que nos acompanham pela TV Alesp.
Então eu queria
só dar algumas notícias. Ontem o secretário da Saúde praticamente passou o dia
aqui na Casa. Ele veio fazer uma apresentação das ações da Secretaria à
Comissão de Saúde, da qual faço parte. Porém, antes desta apresentação,
participei de uma reunião com ele.
Dentre os
temas, conversamos sobre a lei que garante à mulher escolher a via de parto. O
secretário foi muito atencioso. Expliquei para ele que a nota técnica que foi
preparada pela equipe técnica da secretaria de Saúde, e que foi avalizada por
ele por meio de uma resolução, restringe - não é nem demais -, mas restringe
completamente a lei que foi aprovada nesta Casa.
Expliquei para
o secretário. Por exemplo, a nota técnica diz que, para a mulher poder escolher
a cesariana, tem que estar em uma situação de parto ativo. O que é o parto
ativo? Já tem que estar na cama de parto, literalmente. Já tem que ter passado
por uma tentativa de ter realizado o parto normal. Para, daí sim, fazer a
cesariana conforme o seu pedido.
Ou seja, a nota
técnica nos levava para situação pior do que a que estava antes da lei.
Então, o
secretário compreendeu. Foram feitas várias anotações. Eu mesma fiz anotações
solicitando a ele alterações nessa nota técnica. E ele se comprometeu comigo,
na frente do deputado Carlão Pignatari, da deputada Analice Fernandes, da
equipe dele e da minha equipe, que essa nota técnica será revista, de forma que
a lei que foi aprovada nesta Casa e sancionada pelo governador tenha não só
plena vigência - já tem -, mas também efetividade.
Então, para as
mulheres, as famílias que nos acompanham: a lei está em vigor, diferentemente
do que vem sendo dito em alguns equipamentos de saúde. E a mulher tem direito a
escolher a cesariana. É desejável que deixe os seus exames todos
organizadinhos, separadinhos, para no momento em que sentir qualquer contração
ou que eventualmente venha a estourar a bolsa, possa levar esses exames para a
equipe que vai fazer o parto. Da maneira como estava redigido na nota técnica,
se a mulher não apresentasse os exames, não poderia escolher a cesariana.
Então, nós vamos mudar a palavra que condiciona para “é desejável” ou
“preferencialmente”.
A mesma coisa
com relação ao pré-natal. Da maneira como estava escrito, tinha que estar no
plano de parto que a mulher quer fazer a cesariana. Ocorre que nem todo
equipamento de saúde faz plano de parto. Então, eu falei: “não tem que ter essa
obrigatoriedade aqui”. Nós temos que dar, vamos dizer assim, diretrizes para as
equipes de saúde. Mas não condicionar o exercício de um direito a uma série de
situações.
Então, o
secretário deu a palavra dele. Obviamente, eu vou observar para que essa lei
tenha pleno vigor. Durante a apresentação do secretário, também, eu levei
outras demandas. Na própria reunião que fizemos, eu falei de outros pontos.
Dentre os
vários pontos, perguntei qual era o plano do governo do estado para a Furp e o
Oncocentro. Por que fiz essa pergunta? Porque tenho recebido mensagens de
médicos que não são funcionários públicos, que não têm nenhum interesse, seja
na Furp, seja no Oncocentro, senão interesse de preservar a saúde pública.
E eu perguntei
se era verdade que existia um plano de governo de privatizar ou mesmo extinguir
a Furp e o Oncocentro. O secretário disse que estudos econômicos estão sendo
feitos e, se eles chegarem à conclusão de que economicamente a Furp e o
Oncocentro não são viáveis, o governo pretende, sim, dar algum destino a essas
duas instituições.
O que eu fiz?
Hoje cedo, fui fazer a visita à Furp, porque a CPI da Furp já tinha uma reunião
marcada lá. Então, eu aproveitei o ensejo, fui fazer essa visita. Visitei as
instalações. É um laboratório muito bem montado, com maquinário com potencial,
com capacidade. Eles têm uma produção significativa. Explicaram que eles
fornecem não só para o estado de São Paulo, mas também para outros estados...
Uma comunicação para completar, Excelência, é possível?
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Deputada, pode completar. Não
precisa de comunicação.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Obrigada. Que eles fornecem para
outros estados, porque, inclusive, são fornecedores do Ministério da Saúde. E
falaram muito do impacto da produção da Furp na questão da Aids, porque eles
têm uma larga produção dos retrovirais.
Então, o que eu
solicitei para os funcionários? Que no lugar de fazerem essa discussão com um
viés, vamos dizer assim, de preservação dos próprios cargos, como em regra se
faz quando se fala em extinção de uma empresa pública ou de privatização, que
procurassem evidenciar os benefícios da existência desse laboratório para a
Saúde pública. E qual o impacto da extinção ou da privatização desse
laboratório também na Saúde pública. Um dos argumentos do governo é que o valor
que se gasta com a Furp... Fossem os medicamentos adquiridos de laboratórios
privados, o valor seria reduzido em dois terços, ou seja, pagar-se-ia um terço
do que se gasta hoje em virtude da existência da Furp.
O que eu pedi
para os funcionários? Para fazerem um levantamento técnico para evidenciar
quais medicamentos são produzidos pela Furp que não são produzidos pelo sistema
privado, para demonstrar o risco, se é que existe, mas o risco que existe em
extinguir esse laboratório.
Pela visita que
eu fiz - não sou técnica -, vislumbrei um número significativo de funcionários,
um número significativo de maquinário, e muitos maquinários novos, em condições
de funcionar, que estavam fora de funcionamento, ou seja, estavam parados.
Me parece que o
laboratório tem um potencial maior do que o que está sendo desenvolvido. Então,
talvez haja um meio do caminho. Entre privatizar e extinguir e manter do jeito
que está, nós poderíamos fazer um plano para otimizar a utilização desse
laboratório.
Foi isso que eu
solicitei aos funcionários. Vou aguardar esses dados, e vou noticiando esta
Casa e a população de São Paulo, e do Brasil, conforme os dados forem sendo
enviados.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito
obrigado, Sra. Deputada.
O próximo deputado é o deputado
Castello Branco. (Pausa.) Deputado Cezar. (Pausa.) Fará uso da palavra,
deputado Cezar? Não fará uso da palavra. Deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.)
Deputado Daniel José. (Pausa.) Deputado Enio Lula Tatto. (Pausa.) Deputado
Douglas Garcia. (Pausa.)
Solicito ao deputado Paulo Fiorilo que
assuma a Presidência para que eu possa fazer uso da palavra.
*
* *
- Assume a
Presidência o Sr. Paulo Lula Fiorilo.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - PAULO LULA FIORILO - PT - Próximo
inscrito para fazer uso da palavra no Pequeno Expediente, deputado Coronel
Telhada. Tem a palavra, deputado.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP
- Muito obrigado, Sr. Presidente.
Senhores e
senhoras deputados, assessores e funcionários aqui presentes, a todos os que
nos assistem pela TV Assembleia, saudar também o cabo Janke e o cabo Hércules,
que representam a nossa assessoria policial militar.
Quero aqui
saudar também a todas as pessoas que diariamente nos acompanham pela TV Alesp.
Muitas pessoas têm entrado conosco em contato pelo WhatsApp e pelo Facebook,
dizendo que assistem a este programa, não só em São Paulo, mas no interior,
também. Um abraço a todos vocês, aqui.
Eu quero aqui
começar, primeiro, mostrando um vídeo do que se passou alguns dias atrás.
Quando nós falamos de crime aqui, muitas pessoas, por incrível que pareça,
muitas pessoas ainda duvidam.
Acham, quando a
gente fala que o cara anda armado na rua, atira em criança, atira em mulher,
tem gente que, por incrível que pareça, duvida. E, quando tem um tiroteio, a
gente vê isso muito na televisão.
Oi, João.
Cumprimentar meu amigo João aqui. Seja bem-vindo. Prazer em recebê-lo aqui.
Quando passa na
televisão que teve um tiroteio, principalmente no Rio de Janeiro, entre bandido
e polícia, o tiro perdido é sempre do polícia. Pode ver. A imprensa noticia que
o tiro perdido é sempre do polícia. É um absurdo.
Porque bandido
aqui para esse pessoal é santo; quem não presta é a Polícia. É a grande
realidade para muita parte da imprensa marrom aqui no Brasil e para parte de um
pessoal aqui que só sabe falar mal do estado e da polícia.
Então, eu
trouxe um vídeo que passou essa semana no WhatsApp. Pode pôr. Deixa sem som,
que eu vou narrar, por favor. Pode pôr na televisão.
* * *
- É feita a
exibição de vídeo.
* * *
Nesse vídeo, as
pessoas estão conversando na porta de casa, chega uma moto. Veja bem, o cara
desembarca e tem uma criança e duas mulheres, olha. Ele está atirando. O cara
só acertou no poste. Olha a criança no chão. Uma mulher saiu correndo, a outra
ficou no chão com a criança.
Por incrível
que pareça, graças a Deus, ninguém saiu ferido. Dá para pôr de novo, Machado,
por favor? Por incrível que pareça, ninguém saiu ferido. Mas vocês vão observar
novamente: o cara chega, o garupa. É sempre dois vagabundos na moto. É por isso
que quando eu estava com uma barca de Rota, com uma barca de tático-móvel, dois
indivíduos, viu Wagner? Levou o garupa, não passa batido, mesmo. Tem que ser
abordado.
Então, vocês
vão ver. Os caras estão conversando na esquina, chega uma moto com dois
indivíduos, desembarca o garupa armado e já sapecando, mandando bala para todo
mundo. Pode soltar, por favor.
Olha lá, o
garupa desembarcou com revólver na mão; é um 38 niquelado. E atira, atira. Tem
mulher, tem criança, e ele não está nem aí, ele está atirando. Se acertar um
tiro na cabeça da criança, se matar mulher, mulher grávida, dane-se. Dane-se,
porque o que ele queria era matar o policial ali.
Então, vocês
viram aqui uma realidade que acontece diariamente em São Paulo. Diariamente nós
estamos aqui falando de policiais militares que foram mortos, de pais de
família que foram mortos. E, vira e mexe me aparece alguém querendo defender
vagabundo nesta Casa.
Eu queria aqui citar
uma outra ocorrência que aconteceu na data de ontem, no Rio de Janeiro. O Davi,
meu assessor de jornalismo, me trouxe essa ocorrência, e até falou que parece
que nós estamos no oeste velho. É verdade, Davi, nós estamos no velho oeste.
Nós estamos no velho oeste, só que o Brasil pode ser um país muito bonito, mas
a lei do Brasil é do velho oeste, porque não põe bandido na cadeia, quando a
polícia prende a audiência de custódia solta, e por aí vai.
Ontem, no Rio de
Janeiro, olhe só, gente, parece negócio de filme. A notícia, de quem é? Da
“Veja”. Eu não gosto muito da “Veja”, que a “Veja” também é muito tendenciosa,
mas vamos dar essa notícia aqui hoje. “Um trem foi sequestrado por seis homens
armados com fuzis” - gente, é cena de guerra, seis homens armados com
fuzis. “Na manhã de segunda-feira, dia
16, na altura da zona norte do Rio de Janeiro. O bando ingressou no trem que fazia
a viagem que saía do bairro do Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada
Fluminense, em Duque de Caxias em direção à Central do Brasil. Na altura da
estação Manguinhos, o maquinista foi abordado, teve a cabine invadida e foi
obrigado a fazer um desvio de sua rota”. Ou seja, o trem foi sequestrado. Como
eles faziam com aviões, antigamente, agora estão sequestrando trem. “O trem
circulou por mais três estações, até que o bando obrigou o maquinista a parar
no meio da linha férrea, na altura da Favela da Mangueira, antes de chegar à
estação do Maracanã. Aí os vagabundos desceram do trem, cruzaram a linha e
foram embora. Graças a Deus ninguém ficou ferido.”
Pode parecer uma
notícia sem importância, mas notem onde nós estamos chegando, os caras
abordando trem: “Leve-me para tal lugar. Danem-se os passageiros, não quero
saber.” Poderiam ter feito um arrastão dentro do trem, roubado todo mundo, o
trem cheio de trabalhador, e ninguém dá atenção a isso.
O interessante é que se
esses vagabundos fossem presos, eles responderiam somente pelo porte de arma. E
porte de arma, no Brasil, se você estiver com um 22 e um fuzil, a lei é
praticamente a mesma. Hoje, parece que o fuzil é enquadrado como lei de crime
hediondo. Não sei se ainda é. É, Zé Paulo? Está falando que é, mas a pena é
mínima também, porque enquanto o cara não der um tiro de fuzil na cabeça de
outra pessoa, ele não é considerado bandido.
Então, essa lei do
Brasil é uma piada, não só quando libera os vagabundos na audiência de
custódia, quando também faz com que você toca fogo num ônibus é considerado
danos. É a mesma coisa que você quebrar um orelhão. Você anda de fuzil, para a
lei é como você estivesse com um 22.
Gente, nós precisamos
mudar a nossa lei, nós precisamos apoiar as nossas forças de segurança, porque
somos nós que estamos na rua. É nossa família. Nós precisamos parar de bater
palma para louco dançar, porque é isso que a nossa população faz, bate palma
para louco dançar. Enquanto nós estamos defendendo bandido, nós estamos jogando
a nossa família no fogo. Então, está na hora de nós agirmos com firmeza contra
o crime, valorizar as nossas forças de segurança, Polícia Militar, Polícia
Civil, as Guardas Civis Municipais, as Forças Armadas, enfim valorizar todas as
nossas forças de segurança. E nós estamos aqui diariamente fazendo isso.
E eu quero aqui mais
uma vez, para terminar, Sr. Presidente, colocar-me contra o PL 899/19, que é um
absurdo. Estão querendo baixar o preço, o valor a ser pago nas precatórias.
Gostaria de concitar todos os deputados, inclusive os da base do governo, para estarem
contra esse projeto. Esse projeto vai contra o funcionalismo. Deputado que
votar a favor desse projeto está votando contra o funcionalismo estadual.
E também aqui, mais uma
vez, solicitar ao Sr. Governador, nós estamos em tratativas para isso, não há
nada de concreto, mas lembrar o Sr. Governador que é de suma importância que se
mantenha a paridade salarial entre todos os policiais da ativa e todos os
policiais aposentados. Vamos manter a paridade salarial. E um abraço para o
pessoal da PEC 02, que está sempre presente aqui.
Muito obrigado, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - PAULO LULA FIORILO - PT - Devolvo a
Presidência ao...
Próximo, deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.)
Deputada Carla Morando. Fará uso da palavra? Do Pequeno? Não. Gil Diniz.
(Pausa.) Adalberto Freitas. (Pausa.) Ed Thomas. (Pausa.) Vinícius Camarinha.
(Pausa.) Marta Costa. (Pausa.) Conte Lopes. Deputado fará uso da palavra?
Depois. Sargento Neri. (Pausa.) Marcos Damasio. (Pausa.) Dirceu Dalben.
(Pausa.) Major Mecca. (Pausa.) Isa Penna. (Pausa.) Delegada Graciela. (Pausa.)
Tenente Coimbra. (Pausa.) Adriana Borgo. (Pausa.) Reinaldo Alguz. (Pausa.)
Márcia Lula Lia. (Pausa.) Teonilio Barba. (Pausa.)
Lista suplementar: Ricardo Madalena. (Pausa.) Itamar
Borges. (Pausa.) Delegado Olim. (Pausa.) Enio Lula Tatto. (Pausa.) Deputado
Sebastião Santos. Fará uso da palavra?
Com a palavra o deputado Sebastião Santos, e eu
aproveito para devolver a Presidência.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr.
Coronel Telhada.
*
* *
O
SR. SEBASTIÃO SANTOS - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Coronel
Telhada, quero saudar aqui também a deputada Edna Macedo, do Republicanos, e,
em nome dela, saudar todas as deputadas e deputados presentes.
Quero dizer,
Sr. Presidente, que ontem estivemos em Brasília e foi um dia muito proveitoso,
porque nós conseguimos realizar várias ações. Dentre elas, reuniões em
ministérios, reuniões com os deputados republicanos e várias ações também na
audiência pública que estava debatendo as questões regionais, de como trabalhar
regionalmente o nosso país. Temos que debater muito ainda.
Queria deixar
registrado nesta tarde que a nossa visita a Brasília teve seu viés de buscar
parcerias para os pequenos e médios municípios do estado de São Paulo. Fomos
recebidos pelo ministro Gustavo Canuto e toda a sua assessoria, a quem quero
agradecer. É uma pessoa que eu não conhecia, mas nos recebeu muito bem. Também
estivemos juntos em uma das reuniões com o pessoal de Miguelópolis, a vereadora
Edna com sua assessoria também. Eles estavam justamente buscando a liberação de
100 casas para um programa chamado “Moradia em Associações”. São pessoas de
baixa renda que precisam de moradias.
Em outra
reunião, estivemos com o ministro também e estivemos junto com a
superintendente do SAAE de Barretos, a Elaine. Estivemos com ela, estivemos com
os engenheiros e protocolamos dois projetos, projetos essenciais para a cidade
de Barretos.
O primeiro:
captação de água. Barretos é uma cidade que, infelizmente, tem uma captação de
um rio pequeno, com pouca quantidade de água, então não se pode pegar toda a
água do município. Em segundo, poços artesianos e também poços profundos, poços
profundos que estão perdendo a vazão já.
Nós
protocolamos um projeto para que venhamos retirar a água do Rio Pardo, que é um
rio que está a 16 quilômetros, trazendo essa água até próximo à região mais
alta de Barretos e, por gravidade, tendo ali uma caixa, você encheria essa
caixa com a água do Rio Pardo e, dali, distribuiria, por gravidade, para as
outras caixas. E assim a cidade não teria mais a dificuldade que está tendo
agora, porque toda época que começa a chegar próxima ao verão, já começa a
falta de água. Então, esse foi um dos pedidos.
O segundo
pedido foi a troca de tubulação de amianto. Barretos, infelizmente, hoje, tem
220 quilômetros. São 220 quilômetros catalogados de rede, de tubulação de
amianto. Amianto foi proibido. O nosso país não deveria ter nada mais de amianto,
mas estamos ainda com uma tubulação de 60 anos. O município de Barretos não tem
condições de aportar 33 milhões de reais para poder trocar esses 220
quilômetros. Então, estivemos lá novamente com o ministro Gustavo Canuto, que
recebeu toda essa documentação e nos deu uma forma de termos uma saída para
esse problema.
Isso nós
estamos fazendo por Barretos, mas em quantas cidades da região de Barretos
também a tubulação deve ter lá seus 60 anos? Quantas cidades do interior
paulista estão cheias de tubos de amianto, tubos que quebram, que partem, que
não aguentam mais pressão e que acabam contaminando a água? A pessoa muitas
vezes abre a torneira e diz: “Eu tenho água”, mas, pelo contrário, ela não tem
água, ela tem uma água contaminada.
Nós temos feito um
trabalho incessante para descobrir onde estão esses lugares e buscar, Sr.
Presidente, apoio para esses municípios, porque a população não pode continuar
tendo essa dificuldade. Nós precisávamos ter, aqui no estado de São Paulo, uma
política pública. Eu quero pedir ao secretário Penido que ele possa se engajar
aí nessa benfeitoria, na troca da tubulação de amianto dos nossos municípios,
como também que possa, através da Secretaria de Justiça, inserir, nos projetos
de FID também a troca da tubulação de amianto, para trazer saúde e trazer muito
mais condição de vida para toda a população. Obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE -
CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. A
próxima deputada é a deputada Analice Fernandes. Perdão, perdão, o próximo
deputado é o deputado Carlos Cezar. (Pausa.) A próxima deputada é a deputada
Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputada Edna Macedo. Vossa Excelência tem o tempo
regimental.
A
SRA. EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR -
Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, senhores funcionários,
pessoal que está na galeria, senhoras e senhores, pessoal que assiste a TV
Assembleia, meu boa tarde. Hoje eu estou aqui para contar para vocês que eu
recebi um e-mail de uma senhora me pedindo ajuda no sentido de que a filha dela
está presa na Coreia do Sul e ela precisava que alguém pudesse ajudá-la no
sentido de fazer com que ela saísse da prisão e voltasse para o Brasil. Então
ela me pediu aqui encarecidamente se eu poderia fazer alguma coisa, intervir,
porque ela foi a passeio, com a passagem comprada de ida e volta, e
apreenderam-na e prenderam-na, acusando de estar trabalhando sem visto
adequado. Bem, e aí ela foi presa, com certeza.
O que eu quero
deixar registrado aqui hoje nesta tribuna é que eu tomei conhecimento disso na
segunda-feira, e eu estava de licença, porque estava doente. Na segunda-feira,
às sete horas da noite, no mais tardar, eu saí lá do consulado. Eu fui visitar
o cônsul geral da Coreia do Sul, o Sr. Hak You Kim, que me atendeu com muita
gentileza, foi muito gentil, muito educado e procurou saber o que ela estava
fazendo lá, por que ela foi presa. Eu não sabia realmente dizer, eu imaginei e
falei para o cônsul que ela deveria ter ido procurar emprego e naturalmente, sem
algum visto adequado, foi presa.
Os dados que eu
tinha, que a mãe havia me passado, eu passei. Isso foi na segunda-feira à
noite. Na terça-feira de manhã ele me mandou a seguinte resposta:
“Excelentíssima Deputada Edna Macedo, com relação à reunião de ontem sobre a
brasileira que foi retida pela imigração da Coreia, informo a situação atual em
meio a este e-mail. A imigração da Coreia nos informou que ela está atualmente
no abrigo de estrangeiros de Hwaseong-si, em Gyeonggi. Assim que possível, será
deportada esta semana e poderá retornar ao Brasil”.
Graças a Deus
foi um sucesso. Eu quero agradecer ao Sr. Cônsul pela gentileza, pela maneira
como fui tratada no consulado e muito obrigada. Gostaria que esta Mesa levasse
ao conhecimento do cônsul os meus agradecimentos sinceros pelo feito de estar
deportando ainda esta semana a nossa brasileira, nossa irmã.
Muito obrigada,
Sr. Presidente. É isso que eu gostaria de deixar registrado aqui.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito
obrigado, Sra. Deputada, parabéns pela missão realizada.
O próximo deputado é o deputado Carlos
Giannazi, mas falará posteriormente. Tem gente para falar aqui ainda. Deputado
Carlão Pignatari. (Pausa.) Eu vou chamar o senhor posteriormente. Deputado
Carlão Pignatari. Não. Deputado Paulo Lula Fiorilo. Amigo do nosso cônsul
italiano. De vários cônsules. Mexicano etc.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
público que acompanha o Pequeno Expediente aqui na Assembleia Legislativa,
telespectadores da TV Alesp, assessorias das bancadas, vou aproveitar para
trazer três questões aqui.
Uma é o convite
que o cônsul mexicano enviou aos deputados para a comemoração dos 209 anos da
República Mexicana, hoje, lá no Memorial da América Latina, a partir das 19
horas. Acho sempre importante a Assembleia se aproximar dos consulados. Aqui a
deputada Edna Macedo trouxe um relato importante do que foi uma relação
estabelecida com o cônsul da Coréia e a reposta imediata que teve.
Nós já tivemos
eventos com o cônsul de Portugal, com o cônsul da Itália e, agora, a próxima
relação que queremos estabelecer, já vou deixar o convite, é com a consulesa da
China. O governador Doria esteve na China, abriu um escritório de
representação, então acho que é mais do que necessário que a gente faça aqui o
debate sobre os 70 anos da instalação da República Chinesa, na Revolução
Chinesa. Espero que a gente possa participar desse evento e estabelecer
relações das várias cidades com a República Chinesa, o que nos daria
oportunidades de parcerias importantes.
E, por falar em
parcerias, teremos aqui, amanhã, a realização de uma audiência pública da
frente nacional pela soberania contra a privatização. Essa atividade ocorre
junto com a frente parlamentar sobre a privatização e em defesa do patrimônio
dos serviços públicos de qualidade, que é presidida pela deputada Leci Brandão,
que deve participar do evento. É uma parceria não só da bancada do PT, mas de
duas frentes, essa primeira é uma frente constituída em Brasília, teremos aqui
a presença de senador, de deputado federal, quem sabe de outras autoridades que
fazem parte desse movimento, preocupados com a privatização, com a entrega do
patrimônio público.
Aqui, no caso,
em São Paulo, temos a questão dos Correios, mas também dos portos. Aquilo que
sobrou dos portos. Então, é importante. Quem quiser participar, dia 19 de
setembro, das 9 às 12 horas, no auditório Franco Montoro.
E esse debate
tem importância neste momento, porque temos visto, ontem, nos jornais de hoje,
a fila quilométrica que se formou em torno do sindicato dos comerciários no
centro de São Paulo para conseguir uma vaga de emprego. Disponibilizaram quatro
mil vagas e ali devia ter, sei lá, 20, 30, 40 vezes mais de pessoas buscando
uma vaga.
Eu tenho
insistido nesse debate porque é um debate importante, do qual a Assembleia
precisa participar. A geração de empregos tem que fazer parte da nossa pauta.
Precisamos discutir, aqui, todos os dias, quais são as alternativas para a
geração de emprego, para o crescimento econômico.
O estado de São
Paulo tem um papel importante. Eu ouvi o discurso do deputado Telhada, que
preside, se colocando contra a redução dos precatórios. E o argumento do
governo para fazer isso é exatamente a redução no ICMS. Nós precisamos fazer
esse debate. É muito fácil, “bom, tem redução de ICMS, vamos cortando as
coisas”. Precisamos pensar o contrário.
Acho que as
idas do governador a países como o Japão, esteve na China e em outros países,
sempre pode ter uma importância grande se resultar em ações concretas de
geração de emprego, de aumento da renda. Isso pode fazer com que o nosso ICMS
volte a crescer.
Se a gente não
enfrentar esse debate, aqui no estado de São Paulo são 3,3 milhões de
desempregados. Já usei esse dado. A secretária Patrícia Ellen disse que se
considerarmos, fora aqueles que estão desempregados, que estão em subempregos
ou que já deixaram de pedir emprego, são quase dez milhões. Nós estamos falando
de muita gente, é quase uma cidade de São Paulo.
Então, é preciso que a
Assembleia se movimente nesse sentido. Por isso, nós já tivemos uma conversa da
Frente Parlamentar Ítalo-Brasileira com o consulado e com empresas italianas,
um evento importante. Estava lá o CEO presidente da Pirelli, o presidente de
dois bancos italianos, mais uma construtora que fez a Imigrantes, além da TIM,
como empresa parceira italiana.
Por isso, eu acho que
aqui há um espaço importante e necessário para a gente enfrentar esse debate
que, infelizmente, o governo federal tem deixado em segundo plano e que o
governo estadual tem feito muita fake news, muita imagem e, por enquanto, pouca
coisa concreta.
Muito obrigado, Sr.
Presidente.
O SR. PRESIDENTE -
CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, deputado Paulo
Lula Fiorilo. Deputada Janaina Paschoal. Fará uso da palavra, deputada? Não
fará uso da palavra. Então, o próximo deputado, pela segunda vez, é o deputado
Carlos Giannazi.
Quero
saudar aqui, mais uma vez, o amigo João Medeiros aqui presente. Mande um abraço
a todo mundo da Cohab. Conte conosco aqui, João. Obrigado pela presença. “Tamo
junto”.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR -
Sr. Presidente, de volta a esta tribuna, no dia de hoje, eu gostaria de, mais
uma vez, denunciar o que vem acontecendo na rede estadual, com a imposição da
Secretaria da Educação, que vem mentindo, inclusive, e afrontando a gestão
democrática do ensino público.
O secretário da
Educação tinha se manifestado, dizendo que, na implantação do PEI, desse
projeto, desse Programa de Ensino Integral e do Novotec, haveria uma ampla
consulta à comunidade escolar, que a secretaria estaria respeitando a decisão
do conselho de escola, que tem poder deliberativo. Isso não vem acontecendo,
isso é uma fraude. A Secretaria da Educação, Sr. Presidente, não está
respeitando um princípio da Constituição Federal e da LDB, que é a gestão
democrática do ensino público.
Recentemente,
inclusive, um representante da secretaria, falando em nome do secretário, veio
à nossa Comissão de Educação, numa audiência. Eu fiz uma pergunta em relação a
esse tema, e ele confirmou: “Nós só vamos implantar o PEI e o Novotec onde
houver o consentimento e a autorização da comunidade escolar”. O que nós
estamos assistindo é o contrário disso, em muitas escolas e em muitas regiões.
Esse programa que, para
nós, é um programa excludente, é um programa marqueteiro e eleitoreiro, vai, na
verdade, organizar para o governador Doria uma vitrine de algumas poucas
escolas que ele vai apresentar na sua plataforma eleitoral, porque todos sabem
que ele é candidato à Presidência da República.
Nós já elencamos aqui
todas as contradições dos dois programas. A Rede Estadual de Ensino está
sucateada, está degradada e tem outras prioridades. Esses projetos estão sendo,
muitas vezes, introduzidos em escolas de lata, que deveriam ser transformadas,
antes, em escolas de alvenaria. São escolas que nem energia elétrica têm, Sr.
Presidente, como a Escola João Kopke, que é uma escola que fica na região do
centro da cidade.
Eu trouxe aqui umas
fotos. Essa escola já está há três dias sem energia elétrica. Eles querem
introduzir nessa escola o Novotec, e a escola não aceita, porque a escola diz:
“Olhe, nós não temos energia elétrica, a escola está sucateada, degradada,
precisando de reforma, e eles querem introduzir ali a militarização da escola,
o Novotec”. A comunidade resiste, eles falam: “Nós precisamos de energia
elétrica na nossa escola”.
É uma escola do centro
da cidade, Sr. Presidente. É uma vergonha o que está acontecendo. Esse é um
caso que eu gostaria de apresentar aqui aos deputados e às deputadas para
mostrar a contradição desses dois projetos e desse programa do governo. Eu
quero citar ainda também o caso de uma escola em Guarulhos, de uma escola de
lata, a Escola Estadual Jardim Maria Dirce III.
É uma escola de
lata - imagine - que é uma escola que no calor é muito quente; no frio é muito
frio. Não tem isolamento térmico, não tem isolamento acústico em escola de lata
e nós temos centenas dessas escolas na rede estadual. Então na marra eles querem
introduzir o Novotec.
Ou seja, é
grave a situação, Sr. Presidente, do que vem acontecendo hoje na rede estadual
e professores que se colocam contra são perseguidos. Eu já citei o caso e quero
registrar de novo aqui o caso da nossa professora, nossa colega da rede
estadual, Abigail Toniol Oliveira.
Ela é uma
professora readaptada de São Bernardo do Campo que pediu transferência para a
Escola Estadual Rubens de Oliveira Camargo, na cidade de Rubinéia, e essa
escola pertence à Diretoria de Ensino de Jales. E lá, por conta da sua posição
de crítica a esses projetos, está sendo perseguida.
A transferência
dela foi cessada após ela já ter sido aceita, já estar dentro da escola
assinando o ponto. E ela recebeu um comunicado dizendo o seguinte: “Que por
motivo de força maior - eu nunca vi isso na Administração Pública - o termo de
anuência fica cancelado”.
Isso daqui é um
absurdo. Por motivo de força maior, não. Tem que mostrar a lei. A força maior
da Administração Pública é a legislação e o comunicado que ela recebeu não cita
nenhum tipo de legislação cancelando a transferência da professora. Isso é um
absurdo total.
É uma
perseguição política, uma perseguição ideológica do governo estadual, que está
literalmente perseguindo professores. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, o
governo está mentindo para a população. Está chamando a polícia inclusive em
muitas manifestações, em muitas reuniões dos conselhos e das comunidades.
As diretorias
de ensino - não sei se sabem disso - mas escolas chamam a polícia contra as
mobilizações dos alunos e das comunidades. Então é uma implantação marcada por
perseguições, por fraudes de vários conselhos e pela presença da Polícia
Militar para intimidar a comunidade escolar.
Eu quero fazer
essa denúncia, Sr. Presidente, e pedir para que cópias do meu pronunciamento
sejam enviadas ao governador Doria, ao secretário da Educação e também para o
Ministério Público Estadual, porque nós já temos uma representação lá.
Então o
Ministério Público tem que atuar, averiguar e investigar esse procedimento - eu
diria que criminoso - do Estado em relação às perseguições aos profissionais da
Educação. Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - A próxima
deputada é a deputada Janaina Paschoal. Enquanto V. Exa. se desloca até a
tribuna, solicito a nossa assessoria que encaminhe as palavras do deputado
Carlos Giannazi ao Sr. Governador, ao Sr. Secretário da Educação e ao
Ministério Público, conforme solicitação do deputado. A deputada Janaina
Paschoal tem o tempo regimental.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, Sr. Presidente. Eu recebi faz alguns dias o
bombeiro Moro, de Andradina, que veio falar da situação da Saúde na sua cidade
e ele trouxe uma demanda bastante pontual referente a um centro de hemodiálise
que está pronto em Andradina, mas está sem utilização. Se puder passar as fotos
para a gente mostrar como o centro é bonito e está lá parado.
* * *
- São exibidas
as imagens
* * *
O centro inclusive
recebeu o nome do falecido filho do ex-governador Geraldo Alckmin. Olhe isso,
gente. O centro está lá em Andradina prontinho. Faz parte da Santa Casa de
Andradina. Olhe os maquinários todos prontos para serem utilizados.
Eu entrei em contato
com algumas médicas nefrologistas; uma inclusive tem conhecimento de que esse
centro está parado. Ontem, durante a visita do secretário da Saúde, eu
conversei com ele e também com o próprio deputado Carlão Pignatari, que estava
junto, sobre esse centro de hemodiálise. Tem até um filminho, se puder, na
sequência, passar.
Tanto o
deputado como o secretário já têm conhecimento da existência desse centro. E já
tentaram, de alguma maneira, colocá-lo em funcionamento. Porém, necessita da
habilitação do Ministério da Saúde. Parece que houve mesmo um equívoco na ordem
das ocorrências. Porque primeiro tem que ter essa autorização, para depois
montar o centro. Então houve esse equívoco.
Não estou, com
isso, dizendo que tenhamos que desconsiderar o equívoco. Porém, com o centro
pronto, talvez fosse melhor tentar regularizar, do que perder a oportunidade para
a população usufruir. As pessoas das cidades vizinhas precisam se deslocar, e a
própria população precisa se deslocar para outras regiões para fazer a hemodiálise.
Sendo que, se eles colocassem esse centro em operação, Andradina poderia não só
atender os munícipes locais, mas também pessoas das cidades vizinhas.
Então não sei
até que ponto podemos solicitar que a nossa fala seja enviada ao Ministro da
Saúde. Pretendo oficiar nesse sentido também. Mas, se puder, eu agradeceria,
porque vai ajudar muito São Paulo. A
hemodiálise está muito carente no nosso Estado.
Tenho uma amiga
nefro que sempre me manda notícias. Infelizmente, ruins. Poxa vida! A ordem das
coisas aconteceu de maneira inadequada. Mas o centro está pronto, podendo
atender muita gente. E um centro de hemodiálise significa vida. Então agradeço
muito a passarem o vídeo, mostrarem as fotos, e a visita do bombeiro Moro ao
gabinete.
Neste último
minutinho, eu queria agradecer à Câmara Municipal da Estância Turística de
Barra Bonita, na pessoa do presidente Claudecir Paschoal. Apesar de ser
Paschoal, não é parente. E também aos vereadores Aline Maria de Castro Santos,
Rogério Lodi, Adriano Testa, Maicon Furtado e Lucas Antunes, que promoveram uma
moção de aplausos à minha pessoa (mas estendo à Assembleia) pela aprovação da
lei que garante à mulher escolher a via de parto.
É isso. Muito
obrigada, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito
obrigado, Sra. Deputada Janaina Paschoal.
Então solicito à nossa assessoria que,
por gentileza, encaminhe as palavras da deputada ao Senhor Ministro da Saúde. É
isso, né deputada? Ministro da Saúde.
Está encerrado o Pequeno Expediente.
*
* *
- Passa-se ao
*
* *
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Para uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É regimental,
deputado.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
PARA COMUNICAÇÃO - Eu só queria fazer uma correção. Apresentei fotos de uma
escola que está na escuridão, sem energia elétrica há mais de três dias, e isso
vem se repetindo. É a Escola Estadual João Kopke. Acho que falei Locke, mas é
Kopke. A Escola Estadual João Kopke é uma escola que fica aqui no centro da
cidade. Eu gostaria de mostrar de novo as fotos, por favor.
* * *
- É feita a
exibição de fotos.
* * *
Só para ficar
bem claro que essa é uma escola da rede estadual, do centro da cidade. Escola Estadual
João Kopke. Há três dias sem energia elétrica.
Isso já vem
acontecendo constantemente. Já fiz uso da tribuna inúmeras vezes falando dessa
situação. E a Secretaria da Educação não toma uma providência. Essa escola está
sendo forçada a recepcionar um projeto que a escola não aceita. Porque a escola
precisa de infraestrutura, a escola precisa de agentes de organização escolar.
A escola precisa de investimento nessa área física, Sr. Presidente.
Então eles
querem implantar na marra o Novotec. E querem militarizar uma escola que
resiste a tudo isso. Olha a situação da escola. É importante que as deputadas e
os deputados acompanhem todo esse processo. Porque o que acontece na Escola
Estadual João Kopke tem acontecido em muitas escolas da rede estadual: o
sucateamento e a degradação.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito
obrigado, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, eu gostaria de consultar a todos,
visto que já acabou o Pequeno Expediente, se entramos no Grande Expediente ou
levantamos a sessão.
Podemos levantar? Todos de acordo?
Então é isso. Estando todos os deputados de acordo, levantaremos a sessão. Mas
antes, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças para o
levantamento da sessão, e dos deputados presentes, esta Presidência, antes de
dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de
amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje, lembrando-os,
ainda, da sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 19 horas. Muito obrigado
a todos.
Está levantada
a sessão.
*
* *
- Levanta-se a
sessão às 15 horas e 35 minutos.
*
* *