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19 DE SETEMBRO DE 2019

107ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: GILMACI SANTOS

 

Secretaria: CORONEL TELHADA

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - GILMACI SANTOS

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - CORONEL TELHADA

Parabeniza a cidade de Guararema pela data comemorativa de seu aniversário. Tece considerações sobre a Batalha de Hürtgen. Lamenta ocorrência em que aluno de 14 anos esfaqueara professor, na zona leste da capital. Defende a penalização de menores de idade e o ensino de libras nas instituições policiais. Manifesta-se contra o PL 899/19, por prejudicar, a seu ver, o funcionalismo público estadual. Clama pelo reajuste salarial para profissionais da Segurança Pública, inclusive a paridade salarial.

 

3 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS

Cancela, em nome da Presidência efetiva, sessão solene anteriormente convocada para o dia 27/09, às 20 horas, para "Homenagem aos Trabalhadores da Indústria Química do Estado de São Paulo", a pedido do deputado Luiz Fernando Lula da Silva.

 

4 - CORONEL NISHIKAWA

Agradece os votos de pronta recuperação, em razão de cirurgia a que se submetera. Tece considerações contrárias ao PL 899/19. Clama a seus pares que não aprovem a matéria. Lamenta suicídios praticados por policiais militares. Defende a implantação do Proerd na grade curricular. Informa-se autor de projeto que visa ao reaproveitamento de policiais militares da reserva.

 

5 - PAULO LULA FIORILO

Ressalta reunião da Frente Parlamentar em Defesa da Soberania Nacional, e a audiência pública Luta Popular e Meio Ambiente, realizadas hoje, nesta Casa. Informa que amanhã deve acontecer manifestação, na Avenida Paulista, em atenção ao clima. Lista mazelas sociais decorrentes das alterações climáticas. Defende reflexão sobre o tema, inclusive em âmbito mundial.

 

6 - PAULO LULA FIORILO

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

7 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 20/09, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Lembra sessão solene a ser realizada no dia 20/09, às 10 horas, para "Comemoração dos 40 anos do Projeto Sol e Outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo à Irmã Ângela Mary e ao Sr. Luiz Carlos dos Santos". Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Gilmaci Santos.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e convida o nobre deputado Coronel Telhada para a leitura da resenha do expediente.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Sr. Presidente, nós temos aqui uma indicação do deputado Aprigio, indicando, nos termos regimentais, ao Sr. Governador, para que determine a adoção das medidas necessárias junto aos órgãos competentes da Administração Estadual, objetivando a liberação de recursos para investimentos em obras de infraestrutura no município de Apiaí.

Temos também uma indicação do prezado deputado Rogério Nogueira, indicando, nos termos regimentais, ao Sr. Governador, para que determine providências visando ao aumento do policiamento nos bairros Higienópolis e Consolação, na capital do Estado. É somente isso, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Muito obrigado, nobre deputado Coronel Telhada. Passamos então ao nosso Pequeno Expediente, convidando para fazer uso da palavra o nobre deputado Ricardo Madalena. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputada Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Enio Lula Tatto. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Deputado Vinícius Camarinha. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge Lula do Carmo. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal. (Pausa.) Deputado Douglas Garcia. (Pausa.) Deputado Emidio Lula de Souza. (Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Sr. Presidente, senhores e senhoras funcionários e assessores aqui presentes, telespectadores da TV Assembleia, quero saudar aqui os policiais militares presentes: o cabo Luiz e o cabo Robson, em nome de quem saúdo a nossa assessoria policial militar.

Como sempre, Sr. Presidente, quero iniciar minha fala saudando o município aniversariante na data de hoje. Nesta quinta-feira, dia 19 de setembro, é o município de Guararema, aqui em São Paulo, que aniversaria. Quero mandar um abraço a todos os amigos e amigas do querido município de Guararema, aqui na região do Alto Tietê. Parabéns a todos, contem conosco também.

Neste dia 19 de setembro também, para quem curte história militar, na 2ª Guerra Mundial, em 1944, no dia 19 de setembro, ocorreu a batalha mais longa do exército americano. Existe até um filme sobre isso, da Batalha de Hürtgen. Não sei falar alemão, o nome é complicado, mas enfim, é um filme que vale a pena ver, mostra toda a agressividade, toda a loucura que uma guerra produz.

São Paulo, dizem que não estamos em guerra, mas estamos sim. Além da guerra constante, Sr. Presidente, entre policiais e criminosos, a guerra também, agora, está sendo entre aluno e professor. O senhor viu o que aconteceu hoje, na zona leste, inclusive está sendo noticiado hoje na imprensa. Um aluno de 14 anos esfaqueou um professor dentro do CEU Aricanduva, aqui em São Paulo.

O professor foi socorrido, mas está em estado grave. Está no Hospital Vila Alpina. O aluno de 14 anos, aproveitando a troca de aulas, acabou esfaqueando o professor. Dizem que ele teve um surto psicótico. Agora todo mundo tem surto psicótico, né? Depois do vagabundo que esfaqueou o Bolsonaro falar que era xarope, todo mundo fala que é xarope agora.

Ou seja, o vagabundo, safado, faz uma loucura dessa e depois fala que é louco. Louco é quem acredita nisso. Menor de idade, não vai dar nada. Não vai dar nada. O que vai dar para esse moleque? Nada. É capaz de receber um prêmio, quem sabe uma mesada ainda, porque é uma vítima da sociedade. Safado. Tem que ir em cana, tem que pagar. Não tem que ter negócio de menor de idade. Cometeu crime, tem que pagar, doa a quem doer. É o único jeito de a gente conseguir arrumar a nossa sociedade. Se a gente continuar com essa safadeza, nunca vamos arrumar coisa nenhuma. Vai de mal a pior.

Também quero dar ciência aos senhores aqui de que eu fiz uma indicação ao senhor secretário de Segurança Pública propondo que seja ensinado, nas escolas de polícia, libras, que é a comunicação para surdos que não conseguem se comunicar. Só através das libras. Sinais de língua, libras.

E eu quero agradecer aqui que houve a resposta da Polícia Civil, assinada pela Dra. Elizabete Sato, delegada-geral adjunta, informando que já estão fazendo estudos para que seja implantado, nos cursos da Polícia Civil, a comunicação por sinais, libras.

A Polícia Militar ainda não respondeu e a SAP respondeu que não. Eu fico muito triste, porque é uma alternativa simples, que ajudaria muito todos os policiais, seja o civil, seja o militar, seja o técnico-científico, seja o pessoal da SAP, que fica com a administração penitenciária e, às vezes, se depara com uma pessoa surda. E saber nunca é demais. A gente fala tanto em cultura, em aprendizado, quando a gente propõe isso aqui o pessoal simplesmente responde não ou não responde. Ainda estou aguardando a resposta da Polícia Militar, mas creio que seria um algo a mais que ajudaria muito o patrulheiro na rua, o uso da linguagem de sinais.

Então, Sr. Presidente, é isso que eu tinha a tratar. Quero, mais uma vez, aqui, me colocar contra o Projeto de lei 899, que procura diminuir o valor dos precatórios alimentícios de 30 mil reais para 11 mil reais, solicitando a todos os deputados desta Casa que não entrem nesse projeto, não votem a favor. É um projeto que ataca, diretamente, todo o funcionalismo público estadual. Vai trazer prejuízo para muita gente e, como eu disse aqui, mais uma vez, é uma economia, desculpem o termo, mas é uma economia porca. Não vai ajudar em nada e vai prejudicar, sim, muitas pessoas que, diariamente, tem que batalhar pelos seus direitos e, quando conseguem ganhar na Justiça, agora querem travar um dos poucos direitos que nós conquistamos em Justiça.

Então, mais uma vez, me coloco totalmente contrário ao Projeto de lei 899/19, que veio do Executivo para esta Casa.

Digo também, Sr. Presidente, sobre nossa luta diária em favor da Segurança Pública. Estamos aí em tratativa com o governo para que venha, o mais rápido possível, para esta Casa, a nota com o reajuste para todas as polícias. Lembrando, também, que tal reajuste deverá vir para a SAP também, para a Secretaria de Administração Penitenciária, que tem o seu valor na Segurança Pública e merecem toda a nossa consideração. 

E também lembrando, sempre, que a gente não aceita, a gente não quer e a gente pede para o Sr. Governador que seja mantida, totalmente, a paridade salarial entre os homens da ativa das polícias e os homens e mulheres aposentados.

Sr. Presidente, é isso. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado Coronel Telhada.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esta Presidência, atendendo à solicitação do nobre deputado Luiz Fernando Teixeira Ferreira, cancela a sessão solene convocada para o dia 27 de setembro de 2019, às 20 horas, com a finalidade de homenagear os trabalhadores da Indústria Química no estado de São Paulo.

Dando continuidade a nossa lista do Pequeno Expediente, convidamos o deputado Cezar. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputada Adriana Borgo. (Pausa.) Deputado Ed Thomas. (Pausa.) Deputado Mauro Bragato. (Pausa.)

Passamos, então, à Lista Suplementar. Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputada Márcia Lula Lia. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Paulo Lula Fiorilo. (Pausa.) Deputado Ricardo Madalena. (Pausa.) Deputado Vinícius Camarinha. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Cezar. (Pausa.) Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa.             

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Enquanto o deputado Coronel Nishikawa se desloca até a tribuna, eu queria solicitar de V. Exa. - possivelmente, não haja mais nenhum orador após a fala do querido amigo Coronel Nishikawa - que, havendo acordo de lideranças, seja levantada a presente sessão.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - É regimental, nobre deputado. Com a palavra o deputado Coronel Nishikawa.

 

O SR. CORONEL NISHIKAWA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR -  Ainda bem que sobrou espaço para mim. Boa tarde. Boa tarde, assessorias; boa tarde, presidente da Casa. Nesta data, gostaria de agradecer ao pessoal que me ligou. Estava afastado por licença médica. Fizemos uma cirurgia do olho, estou enxergando melhor.

Nós estamos aqui hoje para dizer, Sr. Governador, que nós somos funcionários públicos. Uma verba de 32 de indenização de precatório é uma verba que todos anseiam em receber; ser diminuída para 11 mil reais, para quem é funcionário público, é um golpe muito grande.

Nós esperamos que os colegas aqui entendam isso, e não aprovem. Desculpe-me, Sr. Governador, mas essa é a nossa intenção, de não aprovar essa diminuição de valor de precatório, porque, além do salário, que é de baixo valor, ainda tira uma expectativa de muita gente que está aguardando há muito tempo uma indenização de 32 mil reais - que também não é lá essas coisas - para resgatar muita coisa que foi deixada para trás.

Então, por favor, colegas deputados, pensem nos seus colegas que são funcionários públicos, que dependem de qualquer valor para sobreviver. Hoje, nós sobrevivemos com o salário que é pago. Dito isso, eu gostaria de dizer que policiais militares ainda continuam morrendo, se suicidando. Qual será a motivação para isso?

É difícil nós vermos os nossos companheiros se matando por uma causa ou outra. Isso faz com que nós façamos reflexões para ver o que está ocorrendo. Não é normal. A vida dos policias, que não são tão reconhecidos como deveriam ser, é tão valorosa como de qualquer pessoa. Aliás, eu diria que são mais valorosos, porque estão nas ruas para defender a sociedade.

Nós estamos vendo pessoas se matando e se suicidando por motivos que nós desconhecemos. Então, tudo que nós fazemos aqui é tentar dar qualidade de vida aos nossos policiais. Eu tenho dois ou três projetos que eu acho de suma importância que sejam aprovados. Entretanto, ainda não foram nem encaminhados para a nossa Mesa para serem votados.

Uma das coisas que, ontem, foi votada aqui e passou, foi sobre o Proerd. A nossa proposta é que o Proerd seja implantado como matéria. Não é, simplesmente, uma vez por ano, duas vezes por ano, ter aula de Proerd. Que ele seja inserido na grade curricular. Outra coisa que nós estamos apresentando como projeto de lei, que ainda não subiu para ser aprovado, é o reaproveitamento dos policiais que estão na reserva ou estão reformados e aqueles que estão ou foram aposentados por deficiência adquirida no seu trabalho. Muitos desses que estão aposentados estão se matando também. Não é só o pessoal da ativa, não.

Quando eles sofrem impacto de estarem trabalhando e irem para a inatividade, muita gente se mata porque não tem o que fazer. Uma vida totalmente voltada para a Segurança Pública numa atividade altamente de risco. Afeta psicologicamente as funções que ele exerce na rua e isso faz com que a pessoa fique deprimida em casa e com isso, apesar de nós não sabermos a consequência, como eu disse, tem levado à morte de vários policiais. Isso tem que acabar.

O Estado nesse aspecto se esquece de que a responsabilidade da vida do policial que representa o Estado é do Estado. Cada policial que se suicida, o Estado está perdendo, a sociedade está perdendo. Isso tem que mudar. Nós estamos aqui na defesa dos policiais militares, seja em que época for.

Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado. Continuando a lista suplementar, chamamos o deputado Paulo Lula Fiorilo.

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, público presente, telespectador de TV Assembleia, assessoria das bancadas. Tivemos hoje aqui nesta Casa várias atividades, mas duas delas que eu gostaria de ressaltar.

Uma é a que fiz referência ontem, que era a Frente em Defesa da Soberania Nacional. Uma atividade importante que ocorreu hoje pela manhã com a presença do Roberto Requião, conhecido de todos, do Bresser Pereira, dos deputados federais e estaduais não só do PT e também da senadora do PROS lá do Rio Grande do Norte, que coordenou a atividade junto com o líder da bancada do PT, o deputado Teonilio Barba.

E a outra atividade foi a audiência pública “Luta Popular e Meio Ambiente”. Eu vou fazer referência a essa porque nós estamos vivendo um momento difícil, não só pelas queimadas no Brasil todo, mas pela situação do clima no mundo.

E amanhã, nós teremos uma manifestação na Paulista, a partir das 14 horas, que eles estão chamando de uma greve geral pelo clima diante do risco que a gente vive com as queimadas, com o desmatamento e com uma série de outras coisas.

E dois dados interessantes, presidente Gilmaci. O primeiro é que o estado de São Paulo é o quarto maior produtor de poluição, que contribui com a poluição no Brasil. A cidade de São Paulo é a oitava. Então nós vivemos num momento delicadíssimo e é preciso que as pessoas olhem para o que está acontecendo. Nós estamos vivendo o colapso global.

O produto sempre em construção pela atividade humana nessa era cunhada como Antropoceno. Aumento da concentração de gases de efeito estufa, temperaturas cada vez mais extremas, derretimento acelerado das geleiras, aumento dos níveis dos oceanos e de suas temperaturas, o que faz com que a ocorrência de furacões seja cada vez maior.

Poluição e escassez de recursos hídricos, devastação das florestas através de desmatamentos e incêndio, deslocamento de populações e enchente, aumento da fome e de doenças, conflitos e instabilidades políticas, tudo isso já em curso se agravando cada vez mais. E o governo brasileiro potencializa essa crise. A negação da crise ambiental, os desmontes, cortes orçamentários, privatizações, estimulam ainda mais as ações nocivas contra a natureza, agravando as condições de vida. Em especial, das populações mais pobres. Só é possível conceber formas de sobreviver a essa crise se houver construções coletivas que levem a sério a potência das diferenças e das experiências, entendendo que não é possível esperar que outras florestas queimem para colocar respostas. A luta e a construção de uma agenda socioambiental propositiva e crítica ao modelo econômico precisa ser elaborada pela população, suas organizações e movimentos, com o objetivo de manter humanos e não humanos vivos; de baixar as emissões do GEE; segurar a temperatura do Planeta a 1,5 ou 2 graus para que seja possível sustentar os diversos Céus.”

Acho que aqui tem uma chamada para todos aqueles que se preocupam com a Terra. Amanhã é um dia para se fazer essa reflexão. Por isso trago esse debate aqui para que a gente se preocupe um pouco mais. Não só com a nossa cidade, com o nosso Estado e com o nosso País, mas com o mundo. É uma luta que tem que envolver todos aqueles que sabem a importância de viver num país, numa cidade, num bairro como o nosso.

É só observar o que tem acontecido com as temperaturas. Estamos ainda no inverno, com temperaturas de 35, 37, 42 graus. Temos nuvens de fumaça. É importante observar. Em especial os bombeiros, que precisam enfrentar todos os dias as queimadas. Aqueles que enfrentam, aqueles que estão no dia a dia, lá na ponta, apagando incêndio, e tentando conscientizar as pessoas do mal que têm feito, as queimadas que têm feito, as atividades econômicas do jeito que são desenvolvidas.

Por isso eu queria deixar o convite para amanhã à tarde: um grande ato lá na Paulista, em defesa do Meio Ambiente, contra aqueles que desmatam, que queimam e que não se preocupam com o ser humano, ou com os não humanos também.

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Eu queria aproveitar, Sr. Presidente, para pedir o levantamento da sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - É regimental. Havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia.

Lembrando-os ainda da sessão solene a realizar-se amanhã, às 10 horas da manhã, com a finalidade de homenagear os 40 anos do Projeto Sol e outorgar o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo à irmã Angela Mary e ao senhor Luiz Carlos dos Santos.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 14 horas e 52 minutos.

 

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