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25 DE SETEMBRO DE 2019

111ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: CORONEL TELHADA, LECI BRANDÃO e MAJOR MECCA

 

Secretaria: LECI BRANDÃO

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - LECI BRANDÃO

Assume a Presidência.

 

3 - DOUGLAS GARCIA

Para comunicação, solicita que seja feita uma correção do partido ao qual pertence, em vídeo da TV Alesp durante a discussão do projeto de ontem.

 

4 - CORONEL TELHADA

Informa ser comemorado hoje o Dia Internacional do Farmacêutico e o Dia Nacional do Trânsito. Lamenta que o trânsito continua sendo um problema sério em nosso País, matando muitas pessoas. Relata ter sido homenageado, durante solenidade comemorativa no Centro de Preparação dos Oficiais de Reserva, com a "Lasca da vitória", confeccionada com pedras de Monte Castelo. Lembra que a Força Expedicionária Brasileira combateu neste local, durante três meses, na Segunda Guerra Mundial. Agradece a homenagem e se coloca à disposição. Comenta a morte de policial militar no Rio de Janeiro. Exibe vídeo sobre ocorrência, hoje pela manhã, e outro sobre bandidos atirando em favela com fuzil.

 

5 - DOUGLAS GARCIA

Lamenta a derrubada dos vetos ontem, pelo Congresso Nacional, da Lei de Abuso de Autoridade. Considera uma vergonha para a população brasileira. Lembra que esta ação impacta todos os estados da Federação. Pede que os brasileiros reflitam e não elejam aqueles que foram favoráveis à derrubada dos vetos na próxima votação. Considera que o Congresso Nacional deveria legislar a favor do povo. Critica a atuação do presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia. Repudia a ação de alguns deputados federais, que de acordo com o deputado, não honram os seus cargos. Afirma que os vetos do presidente Jair Bolsonaro refletiam a vontade da população brasileira.

 

6 - PRESIDENTE LECI BRANDÃO

Convoca os Srs. Deputados para uma sessão extraordinária, a realizar-se hoje, dez minutos após o término desta sessão.

 

7 - SARGENTO NERI

Informa que a imprensa vem criticando a atuação do CPI-1, que atua entre Jacareí e Queluz, em razão do aumento do número de mortes de bandidos. Exibe os índices criminais do CPI-1. Afirma que estes são os menores índices de crimes violentos desde 2005. Parabeniza o comandante do CPI-1 pelo trabalho realizado. Esclarece que o aumento da morte de bandidos é resultado da atuação da polícia, já que há um aumento dos conflitos. Considera que São Paulo vive uma guerra civil. Ressalta que os nossos policiais são preparados para os combates.

 

8 - LETICIA AGUIAR

Para comunicação, discorre sobre o PL 673/19, de sua autoria, que será discutido hoje, na sessão extraordinária. Informa que o projeto tem como objetivo autorizar a instalação de cardápios em braille em diversos estabelecimentos, buscando a acessibilidade e a inclusão de pessoas com deficiência visual. Afirma que os estabelecimentos que se adequarem a esta lei serão reconhecidos com o selo Empresa Amiga da Inclusão, contribuindo para o crescimento da reputação do mesmo e para o aumento de seu público consumidor. Pede o apoio dos deputados e do Governo do Estado para a aprovação deste projeto.

 

9 - MAJOR MECCA

Parabeniza o presidente Jair Bolsonaro pelo seu discurso na ONU. Considera que o discurso impõe a soberania de nosso País, abrindo o Brasil para quem queira investir aqui e contribuir com o crescimento. Esclarece que o discurso demonstrou a personalidade do presidente, que manteve o mesmo caráter e personalidade de quando foi eleito pelo povo brasileiro. Informa que participará de manifestação no dia 27/09, às 15 horas, na Praça da Sé, em favor da paridade entre ativos e aposentados, buscando a garantia dos direitos da Constituição Federal. Afirma que não trabalha por cargos e benefícios, mas sim para representar a sua categoria e o cidadão de bem.

 

10 - FREDERICO D'AVILA

Rebate a acusação feita ontem pelo deputado Paulo Lula Fiorilo, de que ele havia espalhado uma fake news, por meio de um vídeo, envolvendo o pai do presidente da OAB. Esclarece que o que estava errado era a pessoa que havia sido justiçada no vídeo, que seria Márcio Leite de Toledo e não Fernando de Santa Cruz. Explica que o justiçamento era uma prática comum das organizações terroristas. Afirma que todos que ingressam em agremiações terroristas, só podem virar terroristas. Relembra as vítimas do atentado realizado pela Ação Popular, da qual Felipe de Santa Cruz fazia parte, onde foi colocada uma bomba no Aeroporto de Guararapes. Diz que o PLC 31/19, de sua autoria, que extingue a Ouvidoria, entrará em breve para discussão e votação em plenário. Destaca que este será o momento de ver quem realmente será a favor dos policiais.

 

11 - CORONEL NISHIKAWA

Demonstra seu respeito pela deputada Leci Brandão. Lamenta as pessoas que falam sem conhecimento de causa. Afirma que o presidente Jair Bolsonaro foi eleito para colocar o Brasil de volta nos trilhos, tendo como principal bandeira a Segurança Pública. Ressalta que o Brasil está sendo resgatado. Comenta que sempre estudou em escolas públicas, com exceção da faculdade, em São Bernardo do Campo. Lembra tempo no qual os professores eram respeitados, o que não acontece hoje em dia. Pede um salário digno para os policiais militares. Demonstra seu apoio aos servidores que defendem a PEC 2/18.

 

12 - CONTE LOPES

Critica as discussões a respeito do discurso do presidente Jair Bolsonaro na ONU. Esclarece que o discurso demonstra a personalidade do presidente. Lamenta que nem todos torcem para que o seu Governo dê certo. Afirma que o povo será prejudicado se o Governo não der certo. Lembra que Jair Bolsonaro ganhou a eleição sozinho.

 

13 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência.

 

14 - GIL DINIZ

Diz estar em dúvida sobre a posição do PT em relação ao projeto de incentivo à indústria automotiva, discutido ontem. Informa que votará contrário à aprovação deste projeto. Deixa sua bancada livre para votar de acordo com a consciência de cada um. Discorre sobre o discurso do presidente Jair Bolsonaro na ONU. Lamenta as críticas do governador João Doria ao discurso do presidente. Considera estas desnecessárias e fora de propósito. Defende o deputado Frederico d'Avila de representação no Conselho de Ética, em razão de vídeo postado em sua rede social.

 

15 - LECI BRANDÃO

Saúda visitantes que apoiam a PEC 2/18. Lamenta ofensa à atriz Fernanda Montenegro, por Roberto Alvim. Lê e comenta trecho de artigo do jornal "Folha de S.Paulo", em defesa da artista. Parabeniza a deputada Monica da Bancada Ativista por discurso proferido na primeira sessão extraordinária de ontem. Manifesta apoio à deputada Márcia Lula Lia.

 

GRANDE EXPEDIENTE

16 - JANAINA PASCHOAL

Externa apoio e discorre a respeito do movimento "Muda Senado, Muda Brasil". Repudia decisão do presidente do Senado que condiciona votação da reforma da Previdência à desistência de CPI, por senadores. Mostra-se insatisfeita com argumento do governo estadual de extinguir a Furp - Fundação para o Remédio Popular, e o Oncocentro. Acrescenta que são instituições essenciais para a Saúde. Clama a seus pares que se imponham perante o Poder Executivo. Exibe e comenta fotos de visita de assessores ao Oncocentro, ontem. Informa diálogo com farmacêutico, a respeito da relevância, inclusive mercadológica, da Furp. Defende a venda do laboratório de Américo Brasiliense. Informa que deve visitar o Hospital das Clínicas para verificar a possibilidade de mudança da estrutura do Oncocentro para a instituição. Assevera que a Saúde, a Educação e a Segurança Pública não devem ser objeto de política privatista.

 

17 - FREDERICO D'AVILA

Critica o PL 1073/19, de autoria do deputado Emidio Lula de Souza. Lê e comenta artigos do referido projeto. Afirma que a liberação de moléculas de defensivos agrícolas, pelo governo Bolsonaro, deve favorecer a economia de custos para o produtor rural. Afirma que durante governos petistas, diretores da Anvisa tiveram incremento patrimonial. Cita caso a envolver Agnelo Queiroz e Carlinhos Cachoeira. Indaga se assessores do PT, na Câmara dos Deputados, vão socializar valor recebido em prêmio de concurso de prognósticos.

 

18 - EMIDIO LULA DE SOUZA

Faz coro ao pronunciamento da deputada Janaina Paschoal em defesa do Oncocentro. Rebate o discurso do deputado Frederico d`Avila. Esclarece que seu projeto visa a fornecer ao consumidor informações sobre o uso de agrotóxicos em produtos. Afirma que o presidente Jair Bolsonaro liberara a aplicação de 325 agrotóxicos. Lamenta acusações sem provas. Lembra o caso Queiroz, ainda sem explicação. Defende investigação do envolvimento da família Bolsonaro com energia elétrica do Paraguai. Critica discurso do presidente Jair Bolsonaro na ONU, ontem. Desafia o governo estadual a proibir o uso de agrotóxicos permitidos pelo governo Bolsonaro, em São Paulo.

 

19 - FREDERICO D'AVILA

Para comunicação, comenta a liberação de moléculas de defensivos agrícolas pelo governo Bolsonaro. Lembra prisão de Agnelo Queiroz por superfaturamento em obra do estádio Mané Garrincha.

 

20 - DANIEL JOSÉ

Lembra discussão sobre o PL 752/19, realizada ontem. Justifica sua posição contrária à matéria. Exibe e comenta slide explicativo sobre o tema. Afirma que há baixa competitividade e produtividade da indústria automobilística no Brasil. Tece considerações históricas a respeito de isenções fiscais para a citada categoria. Ressalta o poder de influência política do setor, em razão de sua organização. Estabelece relação entre o aumento do PIB e o aumento da produtividade. Critica o programa IncentivAuto. Defende gestão fiscal responsável e isonomia de tratamento entre setores. Convida o governador João Doria a ler o documento Agenda Perdida, de 2002, elaborado por economistas brasileiros.

 

21 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Informa que hoje é aniversário do deputado Altair Moraes.

 

22 - ALTAIR MORAES

Para comunicação, agradece ao deputado Coronel Telhada pelos cumprimentos.

 

23 - CARLOS GIANNAZI

Critica o aplicativo Olho na Escola, de iniciativa do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Afirma que a funcionalidade afronta direções de instituições de ensino. Defende que a medida seja direcionada ao governo estadual, à Secretária da Educação, e à FDE - Fundação para o Desenvolvimento da Educação. Afirma que fizera representação ao TCE, a favor da tomada de providências.

 

24 - MAJOR MECCA

Assume a Presidência.

 

25 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência.

 

26 - GIL DINIZ

Pelo art. 82, parabeniza ação do policial militar Lucas Galdino de Lima Bezerra, da região do ABC, que reagiu a assalto com sucesso. Informa que, amanhã, o TRE deverá julgar pedido de cassação do governador João Doria por publicidade ilegal. Critica propaganda do governo estadual sobre a Polícia Militar, considerando a publicidade eleitoreira. Comunica que esteve presente em revista geral do 38º Batalhão e lamenta as péssimas condições de infraestrutura do local.

 

27 - MAJOR MECCA

Para comunicação, lamenta más condições dos quartéis no estado de São Paulo. Critica investimentos em marketing do governador João Doria.

 

28 - MONICA DA BANCADA ATIVISTA

Pelo art. 82, critica o IncentivAuto, programa do governo estadual de incentivo à indústria automobilística. Considera que o governador deseja utilizar o programa para beneficiar seus parceiros empresários. Condena a violência nas ruas do Rio de Janeiro, que atinge policiais e civis. Reflete que o verdadeiro combate ao crime deve se dar nos altos escalões. Comunica que a Bancada Ativista protocolou projeto de lei que garante assistência médica e psicossocial integral aos trabalhadores da Segurança Pública.

 

29 - APRIGIO

Para comunicação, faz comentários sobre a situação política e eleitoral de Taboão da Serra.

 

30 - ALTAIR MORAES

Pelo art. 82, discorre sobre massacres envolvendo jovens e crianças ocorridos recentemente no Brasil. Comenta caso de aluno que, por meio de redes sociais, ameaçou promover atentado a tiros no Colégio Metodista de São Bernardo do Campo. Alerta sobre o crescimento do ódio na adolescência. Pede atenção aos pais em relação ao comportamento de seus filhos.

 

31 - TEONILIO BARBA LULA

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

32 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 26/09, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia. Lembra a realização da sessão extraordinária de hoje, com início previsto para as 19 horas. Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos nossos trabalhos.

Esta Presidência dispensa a leitura da ata da sessão anterior e convida a nobre deputado Leci Brandão para ler a resenha do expediente.

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - Sr. Presidente, temos aqui duas indicações.

A primeira é da nobre deputada Dra. Damaris Moura para que seja determinado aos órgãos competentes o auxílio ao município de Franca no tocante ao atendimento para castração de animais; e, também, do nobre deputado Bruno Ganem, indicando que seja determinado aos órgãos competentes do Poder Executivo, em especial a Secretaria de Turismo, a realização de estudos e a adoção de todas as medidas necessárias para o aumento do número de cidades reconhecidas como Município de Interesse Turístico - MIT.

Somente isso, Sr. Presidente. Está lida a resenha.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sra. Deputada.

Entramos, portanto, no Pequeno Expediente com os seguintes deputados inscritos: primeiro deputado, deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Deputado Wellington Moura. (Pausa.) Deputado Ricardo Madalena. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge Lula do Carmo. (Pausa.) Deputado Vinícius Camarinha. (Pausa.) Deputada Beth Lula Sahão. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputado Paulo Lula Fiorilo. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.)

Solicito à Sra. Deputada Leci Brandão que assuma a Presidência dos trabalhos para que eu possa fazer uso da tribuna.

 

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- Assume a Presidência a Sra. Leci Brandão.

 

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O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - Pela ordem, Sra. Presidente. Antes, eu gostaria de solicitar uma comunicação, com a anuência do orador.

 

A SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Com a anuência do...

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigado, Sra. Presidente.

É bem sucinto. Apenas para pedir uma correção da TV Assembleia, TV Alesp. Em um vídeo publicado, meu, de 11 minutos, que eu fiz ontem durante a discussão de um projeto, colocaram "Douglas Garcia, deputado do PSOL".

Eu pediria para que fosse arrumado. Eu acho que o pessoal do PSOL ficou um pouco bravo com relação a isso, e a galera do meu partido também não deve ter gostado um tanto.

Então, peço para que a TV Alesp faça essa correção.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Com a palavra o nobre deputado Coronel Telhada.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP -  Sra. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, assessores e funcionários aqui presentes, as pessoas presentes aqui no plenário sejam bem-vindas, a todos que nos assistem pela TV Assembleia.

Quero saudar aqui em nome da nossa Assessoria Policial Militar a cabo Vânia e o soldado Ferreira. Eu vou aprender o nome de todo mundo até o final do mandato, fiquem tranquilos. O soldado Ferreira está aqui do meu lado, que eu sempre erro o nome, em nome de quem saúdo sempre a nossa Assessoria Policial Militar.

Vamos lá. Quero começar, hoje, dia 25 de setembro, é uma quarta-feira. Eu quero começar aqui saudando as datas festivas. Portanto, primeira coisa para lembrar aqui que hoje é o Dia Internacional do Farmacêutico. Parabéns a esses homens e mulheres que trabalham aí cuidando das pessoas, cuidando dos remédios. Na Polícia Militar, dona Leci, nós temos oficiais farmacêuticos e temos também policiais que trabalham com farmácia. A Polícia Militar tinha um trabalho de farmácia muito bonito; infelizmente nós acabamos com isso. É uma pena, e nós fazíamos uma diferença bem forte na parte de farmácia.

Hoje também lembrando, é o Dia Nacional do Trânsito. Infelizmente, o trânsito continua matando muito, muitas pessoas ainda dirigem embriagadas, dirigem após ingerir bebida alcoólica e, realmente, isso traz um problema sério ao nosso Brasil, com milhares de pessoas mortas todo o ano.

Quero lembrar a todos aqui que, hoje pela manhã, eu estive no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva, aqui em Santana, onde nós participamos de uma solenidade comandada ou presidida pelo coronel Murray, que é o comandante do Cpor, e também pelo Douglas, que é o presidente da Soami, Sociedade Amigos do Cpor, e foram feitas algumas homenagens, e eu acabei sendo contemplado com uma homenagem até diferente. Está aí a foto.

 

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- É exibida a foto.

 

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 Nós recebemos aí o que eles chamam de Lascas, Lascas da Vitória. É um mimo que foi feito com pedras trazidas de Monte Castelo. Ponha outra foto, por favor.

 

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- É exibida a foto.

 

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Dá para ver de perto, Machado. Essa pedra trazida de Monte Castelo é uma pedra que foi... aí, dá para ver bem o trabalho. Monte Castelo foi um local em que a FEB, a Força Expedicionária Brasileira, combateu aproximadamente durante três meses, no final de 44 até fevereiro, dia 21 de fevereiro de 1945. Então, quero agradecer ao Coronel Murray, ao meu amigo Douglas também, presidente da Soami, e agradecer, colocando-nos sempre à disposição aqui na Assembleia Legislativa, Douglas Ramos, presidente da Soami e o coronel Murray, comandante do Cpor.

Infelizmente nós temos mais uma morte a lamentar, mais um policial militar morto no Rio de Janeiro, e morto de forma covarde. É o policial militar que está na foto que você vai colocar em seguida, policial militar Rafael de Jesus Souza, 39 anos. Ele foi baleado no centro do Rio. Aqui a notícia disse que foi ao reagir a um assalto, mas não foi nada disso, não. Foi socorrido ao Hospital Souza Aguiar, mas, infelizmente, faleceu.

O sargento Rafael de Jesus Souza, sargento da Polícia Militar, ele estava numa rua, uma loja na Rua Frei Caneca, quando dois bandidos anunciaram o roubo. Vejam só, ele não reagiu ao roubo; os criminosos, os bandidos, os vagabundos teriam reconhecido o policial e levado o mesmo para fora da loja. E lá ele foi simplesmente fuzilado, simplesmente exterminado. Está havendo um genocídio de policiais, não só no Rio de Janeiro, mas em toda a nossa Nação. É necessário e urgente mudar essa triste situação.

 

* * *

 

- É exibida a foto.

 

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E a gente vê justamente o contrário, deputado Frederico d'Avila. O que a gente vê é que quando a PM leva vagabundo preso para audiência de custódia, o vagabundo é solto e só falta... e têm os policiais que são ainda indiciados em inquérito. Então, esse País é o paraíso para o crime. Parabéns, bandidos de todo o mundo. Os senhores têm um lugar, não é Sargento Neri? Os senhores têm um lugar ideal para trabalhar aqui no Brasil. Aqui no Brasil os senhores podem ficar à vontade, porque aqui vocês matam, roubam, estupram e ainda são elogiados, não só por uma parte tendenciosa da imprensa, mas por muitas pessoas que gostam de valorizar o crime, em detrimento da Polícia Militar.

Em contrapartida, eu quero passar um vídeo aos senhores aqui. Ocorreu na manhã de hoje, na manhã de hoje, um policial militar, ainda novato - espere um pouquinho -, pode soltar o vídeo, pode soltar.

 

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- É feita a exibição de vídeo.

 

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Um policial militar ainda novato - volte um pouquinho, só para eu explicar, por favor. O policial é o que vem de cima da tela. Ele está indo para o trabalho. Ele está na parte de instrução da Polícia Militar. Estava chovendo, ele está de guarda-chuva e por baixo vocês vão ver o vagabundo encostando. Pode soltar.

O vagabundo chega, anuncia o roubo, o policial para, não sabe se corre ou não, mas ele está armado. Ele está com... sacou, derrubou o ladrão, e o ladrão com a arma na mão. O ladrão não se entrega. Pronto, conseguiu. Quando ele vai pegar a arma do ladrão, o ladrão entra em luta corporal com ele novamente. Quer ver? Tenta tomar a arma do policial. O policial atira mais uma vez. Graças a Deus o ladrão morreu. Graças a Deus esse maldito foi para o inferno, e o policial militar é o policial Lucas Galdino de Lima Bezerra, um jovem policial militar que está lá no CPA/M-6, na região do ABC. E o legal é que ele não larga o guarda-chuva. Trocando tiro e segurando o guarda-chuva. O menino é bilão mesmo, que nem a gente costuma falar.

Ele desferiu os tiros contra o Ademir. Não vou falar o nome do ladrão aqui, mas o ladrão, graças a Deus, morreu, e o policial militar está bem. Parabéns ao policial Galdino por essa ocorrência.

Só para fechar, Sra. Presidente, mais um vídeo da série “bala perdida, a culpa é da PM”. Está no ponto aí, Machado? Vamos ver como a polícia criminosa do Rio de Janeiro vive matando crianças inocentes. Pode soltar, por favor.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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  Está aí. É o policial que dá tiro perdido. Fiquem vendo. Vagabundo, no meio da favela, armado de fuzil. Fiquem vendo o que ele vai fazer. Pode soltar o som, Machado. Tem uns palavrões, mas tudo bem.

Olha aí. Está atirando sem olhar, mas a culpa da bala perdida de quem é, Sargento Neri? Da PM. Vamos ver. Vocês viram que nem visada ele faz. Ele atira a esmo, mas a culpa é da PM. A Globo sempre deixa a PM como a pior atiradora do mundo.

Vocês vão ver o cara que tá falando. Olha lá. A culpa é da PM quando dá bala perdida. Lógico que é. Você acha que bandido atira para errar? Olha lá. De pistola. Está atirando em quê? Em nada. Essas balas, esses projéteis, com certeza, pararão em algum lugar. Infelizmente, às vezes, acertam um inocente, mas eu quero lembrar aqui que a culpa é sempre da Polícia Militar.

Então, esse é mais um vídeo. Eu falei que diariamente eu vou passar os vídeos aqui. “Bala perdida, a culpa é da PM” É um absurdo, uma hipocrisia o que se faz com as polícias no Brasil. Bandido com liberdade, bandido com força total, e a Polícia Militar,  a Polícia Civil, a Polícia Técnico-Científica, enfim, as forças de segurança, a guardas municipais, as forças armadas, totalmente paralisadas, totalmente amordaçadas e algemadas para enfrentar o crime. Precisamos mudar essa triste realidade.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Seguindo a ordem dos oradores do Pequeno Expediente, convidamos o deputado Cezar. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputada Adriana Borgo. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal. (Pausa.) Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Deputado Roberto Morais. (Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputada Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.)  Deputado Douglas Garcia. Tem V. Exa. o uso da palavra pelo tempo regimental.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR -  Muito obrigado, Sra. Presidente. Gostaria de saudar todos os pares aqui presentes, servidores da Assembleia Legislativa, corpo da Polícia Militar e público que nos assiste também aqui na galeria da Assembleia.

Senhores, hoje é um dia muito triste para o povo brasileiro. Aliás, esse dia muito triste para o povo brasileiro se iniciou no final do dia de ontem, depois que nós votamos os vetos, que foi... Depois que o Congresso Nacional votou os vetos que foram dados à Lei de Abuso de Autoridade, pelo Sr. Presidente Jair Messias Bolsonaro.

O que se passou foi uma vergonha, uma vergonha absoluta. Muito embora isso seja tema do Congresso Nacional, acaba impactando todos os estados da federação, e o que foi feito por parte do Congresso foi um cuspe na cara de milhões de brasileiros, que confiaram nessa nova legislatura para lutar contra o crime organizado, para lutar contra a impunidade, votando uma lei aí pró-bandido, votando uma lei pró-corruptos.

Ora, que já fique registrado. A partir de 2022, todos aqueles que votaram favoráveis a que esses versos fossem derrubados, que não sejam, de forma alguma, eleitos a partir da próxima legislatura, porque o que aconteceu foi uma vergonha, senhores.

O Congresso Nacional, que deveria legislar a favor do povo, do cidadão que acorda cedo, para trabalhar, e é assaltado, é roubado. Da mãe de casa que, infelizmente, muitas vezes, é estuprada, porque o estuprador sabe que existe impunidade neste país.

E o que eles fazem? Colocam juízes para se submeterem aos bandidos, aos assassinos, àquelas pessoas que são cruéis. O que aconteceu ontem não tem desculpa, não tem perdão. Foi uma vergonha para a população brasileira. Mais uma vez, estamos usando o estado para atender as demandas de bandidos. E depois eles querem reclamar que a população vai às ruas para se manifestar de forma um tanto quanto radical quando dizem que o Congresso não está fazendo absolutamente nada pelo povo.

O Rodrigo Maia, a utilizar da Presidência da Câmara dos Deputados de forma ditatorial, cortando a palavra de outros deputados, passando por cima do Regimento Interno, o que ele passa com isso? Ele quer dizer para o próprio povo que o elegeu, e também os demais, que eles não têm poder nenhum, que eles não têm representatividade nenhuma. É um absurdo que o presidente da Câmara dos Deputados se comporte dessa forma. E depois quer reclamar: “Ah, porque a democracia precisa ser protegida”. É o primeiro a cuspir na cara da democracia, a pisoteá-la.

O que aconteceu ontem, senhores, vai ficar registrado como um dia de vergonha para o povo brasileiro. Eu não poderia deixar de subir a esta tribuna hoje para falar o quanto eu repudio a ação de alguns deputados federais que, infelizmente, não honram o cargo que hoje exercem no Congresso Nacional.

Os vetos dados pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, refletem muito bem a vontade da população. E agora temos um Judiciário que, infelizmente, estará rendido às vontades da criminalidade, da bandidagem, por causa da covardia - repito, covardia - de alguns parlamentares que não tiveram a coragem de se posicionar contra esse absurdo que é a Lei de Abuso de Autoridade.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Seguindo a ordem de oradores inscritos, deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado Sargento Neri. Vossa Excelência tem o uso da palavra.

Enquanto isso, gostaria de dizer que, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária, a realizar-se hoje, dez minutos após o término da presente sessão, ou às 19 horas, caso a sessão não atinja o seu tempo limite, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

 

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- NR - A Ordem do Dia para a 47a Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de 26/09/2019.

 

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O SR. SARGENTO NERI - AVANTE - Boa tarde, presidente. Boa tarde a todos, aos nossos policiais militares, ao público.

Presidente, a imprensa vem massacrando o CPI-1, que cuida de Jacareí a Queluz, pegando o litoral norte, porque aumentou o confronto e aumentou o número de marginais mortos, que é o resultado que esperamos, não é? O que não pode é o policial morrer. A imprensa vem massacrando o comando, que é o coronel Stanelis e o seu efetivo, mas coloca só uma parte disso e não demonstra o trabalho da Polícia Militar.

Então, vou pedir para colocar imagens, por favor. Olha só os dados fornecidos pelo CPI-1. Prisões: de 5.970 aumentou para 6.500 prisões. Armas apreendidas: de 602 foi para 651. Homicídios: de 197 a 172. Então, diminuiu a quantidade de homicídios. Vítimas de homicídios: de 206 para 181. Diminuiu também. Latrocínios: de 12 para sete. Roubos de veículos: de 926 para 759. É o menor índice de crimes violentos desde 2005. O que eu tenho que fazer?  Parabenizar o Coronel Stanelis e o seu efetivo pelo bom trabalho. Vai morrer ladrão? Vai morrer ladrão, a polícia está presente. O que não pode é morrer policial. Então, a mídia está massacrando o CPI-1 por estar trabalhando.

Então, presidente, eu quero que enviem as minhas falas ao governador e ao Comando Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Nós aqui, pelo menos os militares que são deputados, estamos parabenizando o comando do CPI-1, o coronel Stanelis e seu efetivo. Entre o ladrão e o policial, que viva o policial.

Eu não posso falar mais de morte de ladrão, que eles querem pedir minha cassação. Já fizeram o pedido lá, mas não adianta, não vou me calar. Entre o cidadão e o marginal, que morra o marginal. Nós não podemos mais ficar sacrificando os nossos policiais, crucificando os nossos policiais por estarem trabalhando.

Quando a polícia é efetiva, quando a polícia trabalha e atua, ela tem esse resultado. É lógico que o confronto aumenta, é lógico que, por sorte nossa, os nossos policiais sobrevivem nesses confrontos e aumenta a morte de ladrão. Não é apologia ao crime, é fato. Eu já falei: São Paulo vive uma guerra civil, como outros estados. Os nossos policiais são preparados para isso.

Por mais problemas que nós tenhamos em infraestrutura, o nosso comando consegue fazer um trabalho de formação e também de preparação para que os policiais possam atuar e dar esse resultado e principalmente sobreviver no confronto. E que aumente o bom índice, e que diminua a baixa de policiais. E mais uma vez: que aumente o índice de ladrões mortos no confronto, desde que não morra policial. Obrigado, presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Sr. Deputado, suas palavras serão enviadas para publicação após o seu exame, nos termos do Art. 18, inciso 5º, do Regimento Interno.

 

A SRA. LETICIA AGUIAR - PSL - Sra. Presidente, por gentileza, uma comunicação.

 

A SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - É regimental.

 

A SRA. LETICIA AGUIAR - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Obrigada. Eu gostaria de falar sobre o Projeto de lei 673/2019, de minha autoria, que será votado hoje na extraordinária, que dispõe sobre a autorização da instalação de placas com cardápios em braile nos restaurantes, lanchonetes, bares e rede hoteleira do território do estado de São Paulo.

Gostaria de falar um pouco sobre esse projeto. Ele autoriza a instalação de placas em braile com a relação de produtos e preços constantes nos cardápios dos estabelecimentos que comercializam refeições em todo o estado de São Paulo, propiciando mais um meio de acessibilidade e inclusão às pessoas com deficiência visual.

Quando dizemos autoriza, eu quero deixar claro a todos que nos assistem que significa incentivar e ampliar a inclusão nos estabelecimentos do estado de São Paulo.

Eu não concordo que uma lei tenha que obrigar uma empresa da iniciativa privada a ser inclusiva. Porém, podemos fomentar o assunto, para que essas empresas possam abraçar e acolher essa causa de inclusão, porque é um público que precisa ser notado, respeitado e incluído.

De acordo com o último censo, Sra. Presidente, são mais de seis milhões e meio de pessoas com algum tipo de deficiência visual. Mais de 500 mil pessoas são incapazes de enxergar, e mais de seis milhões de pessoas possuem baixa visão ou visão subnormal.

Além de o nosso projeto estimular a inclusão dessas pessoas, também estamos propondo que os estabelecimentos comerciais que se adequarem a esse projeto de lei sejam reconhecidos. Para isso, a gente criou o Selo Amigo das Pessoas com Deficiência, com o objetivo de dar maior prestígio àquelas empresas que proporcionam acessibilidade e comodidade a essas pessoas com deficiência, para que, uma vez reconhecidas, possam conquistar também um aumento significativo dos seus consumidores.

É importante dizer que a inclusão contribui para a reputação desses estabelecimentos comerciais e gera mais oportunidades de negócio. A acessibilidade é mais uma ferramenta eficaz para o atendimento ao cliente, fazendo também o melhor posicionamento da marca e, consequentemente, o crescimento desses estabelecimentos.

Para finalizar, presidente, estamos diante de um enorme público consumidor, que encontra muitas barreiras para ter acesso a serviços simples. A aprovação dessa proposição é uma maneira de fomentar a economia. Portanto, isso representa mais um passo na luta pela defesa dos nossos deficientes, que precisam, realmente, ser respeitados e incluídos.

Então, pelas fundamentações que aqui expus, em nome da enorme população de deficientes visuais, ressalto a importância do incentivo junto à iniciativa privada e acredito, verdadeiramente, que esta Casa, que os meus colegas deputados irão me apoiar nesse projeto, unidos ao governador e ao Governo do Estado, para que este tema seja votado, aprovado e colocado em prática, para que a gente possa proporcionar à população ambientes mais inclusivos. Conto com o auxílio dos meus nobres pares para essa aprovação.

Muito obrigada, presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Seguindo a ordem dos oradores inscritos, deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando Lula da Silva. (Pausa.) Deputado Major Mecca. Tem V. Exa. o tempo regulamentar, para a sua fala.

 

O SR. MAJOR MECCA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sra. Presidente, integrantes da Mesa, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nossos funcionários e amigos que dão suporte ao nosso trabalho. Aos amigos que se encontram nas galerias, é uma grande satisfação tê-los aqui conosco.

Quero aproveitar a oportunidade para agradecer e parabenizar o presidente Jair Messias Bolsonaro pelo seu discurso, na Organização das Nações Unidas. É um discurso que impõe a soberania do nosso país, um discurso que mantém aberto o nosso país, aberto o nosso mercado para quem queira investir e contribuir pelo crescimento verdadeiro do nosso país, discurso esse feito sem hipocrisia, que é o que todos nós brasileiros esperamos da classe política, da postura de cada um de nós, discurso que demonstre a personalidade de cada um de nós, após o eleitor depositar a sua confiança e o seu voto e nos eleger para o trabalho parlamentar, algo que não acontece hoje na política.

É extremamente comum nós acompanharmos e testemunharmos políticos que ingressam nessa carreira e entregam-se ao sistema, rendem-se à máquina do Estado, que é pesada, e procura cooptar cada um de nós para que a sua vontade e os seus feitos sejam levados adiante.

O presidente Jair Messias Bolsonaro demonstrou que é a mesma pessoa, mantém o mesmo caráter e a mesma personalidade na política e na condução do nosso país. Nós temos que nos espelhar nesse caráter e nessa personalidade.

Aqui em São Paulo, temos a mesma postura de diálogo, no entanto, não nos rendemos a sermos uma ferramenta de marketing, uma ferramenta de manobra. Nessa sexta-feira próxima, dia 27 de setembro, às 15 horas, na Praça da Sé, de forma ordeira e disciplinada, estaremos reunidos com veteranos e pensionistas, os amigos da Segurança Pública, com policiais civis, técnico-científicos, agentes de segurança penitenciária, agentes de escolta e vigilância penitenciária, agentes socioeducativos da Fundação Casa, para que nós possamos mostrar que nós não estamos mortos. Estamos vivos e atentos aos movimentos de desrespeito aos nossos direitos e garantias que temos na Carta Magna.

A paridade é uma delas, que hoje já é uma realidade que foi arranhada e desrespeitada, porque dentro das patentes e graduações já existe diferença salarial. Eu como tenente-coronel, ganho menos que um tenente-coronel da ativa e assim por diante.

E se nós não nos mobilizarmos, não mostrarmos que estamos vivos, esse desrespeito será potencializado e daqui a pouco um policial veterano ganhará no máximo um terço de um policial da ativa. E nós estamos aqui, estamos vivos e não nos rendemos ao sistema, que é o que o nosso eleitor, é o que o nosso policial quer: personalidade, caráter.

Nós não trabalhamos por cargos. Não trabalhamos por benefícios. Nós trabalhamos para representar e dar voz aqui a nossa categoria, ao cidadão de bem que clama hoje por mudanças no nosso País. Uma política de combate à corrupção e essa política de benefícios que é espalhada por todo canto para que parlamentares se rendam ao sistema e digam amém e permaneçam de joelhos.

Há pessoas que trabalham em benefício próprio e não em benefício de quem realmente precisa de ajuda. Estamos vivos e permaneceremos firmes da trincheira com honra, dignidade, sempre. Estamos juntos, meus irmãos. Contem conosco na Assembleia Legislativa e, sexta-feira, estaremos juntos, unidos, mostrando que nós estamos vivos e exigimos respeito.

 

A SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Seguindo a ordem de oradores inscritos, convido o nobre deputado Frederico d'Avila para o uso da palavra pelo tempo regimental.

 

O SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, prezados colegas, eu gostaria aqui de rapidamente fazer um comentário sobre o que disse ontem aqui o deputado Paulo Fiorilo, que eu havia espalhado uma fake news a respeito do atentado ao Aeroporto dos Guararapes envolvendo o pai do presidente da OAB, Sr. Felipe Santa Cruz, o Sr. Fernando Santa Cruz.

Vou deixar claro aqui, deputado Conte, Leticia, Coronel Nishikawa e demais colegas. O vídeo que eu fiz está totalmente correto, não tem nada errado. O que estava errado ali, deputado Conte, que conviveu com esses terroristas aí?

O que estava errado é que havia um vídeo lá de uma entrevista no GNT do jornalista Geneton Moraes Neto entrevistando o ex-terrorista Carlos Eugênio Paz, que era da Aliança Libertadora Nacional. E ele havia feito um comentário lá sobre um justiçamento que ele havia participado aqui em São Paulo, logo aqui pertinho da Assembleia, na Rua Caçapava, no dia 23 de março de 1971.

Foi-me enviado como sendo o justiçado o pai do Sr. Felipe de Santa Cruz, Sr. Fernando Santa Cruz, quando na verdade se tratava do membro da Aliança Libertadora Nacional, Márcio Leite de Toledo. Essa é a única coisa que estava errada, que era a pessoa, não era o fato.

Inclusive, eles mostram que o justiçamento era uma prática comum nas organizações terroristas. E a única coisa que fiz de errado foi não checar que a vítima desse justiçamento era o senhor Márcio Leite de Toledo, e não o senhor Fernando de Santa Cruz. De novo, repetindo, entrevistado pelo Geneton Moraes Neto.

Então, quando o Coronel Telhada, o capitão Conte, o Major Mecca e o Coronel Nishikawa entraram na Academia do Barro Branco, eles esperavam sair de lá policiais. Doutora Janaina cursou Direito, e esperava sair uma advogada. Assim sucessivamente. Deputada Leci, se estudou Música ou não, mas se fez a sua formação no mundo musical, se espera que saia músico. Quem ingressa numa agremiação terrorista, só pode ser terrorista.

O pai do presidente da OAB fazia parte da Ação Popular de Pernambuco, uma organização conhecidamente terrorista. O senhor Felipe de Santa Cruz não tem culpa nenhuma de ser filho de terrorista. Mas ele não pode ficar enaltecendo terrorismo por causa disso.

Ele não tem culpa nenhuma por causa disso. A senhora Paula Rousseff, filha da Dilma Rousseff, também não tem culpa nenhuma de ser filha de terrorista. Ela não tem a menor culpa disso.

Então, as pessoas têm que parar de tomar as dores dos outros, como fez o líder do PT, o deputado Barba. Eu não sabia que, além de metalúrgico, ele também era advogado de advogado. Então, agora ele advoga pelo senhor Felipe de Santa Cruz.

Então, eu queria relembrar as vítimas desse atentado, no qual estavam um tio meu e duas primas minhas de cinco e seis anos de idade.

Secretário de governo Edson Régis de Carvalho: morreu no Aeroporto de Guararapes, vítima da bomba colocada pela Ação Popular. Vice-almirante da Marinha do Brasil, Nelson Gomes Fernandes: morreu por conta da bomba colocada pela Ação Popular, da qual o senhor Fernando de Santa Cruz fazia parte.

Quem veio falar que ele só tinha 14 ou 15 anos, não tem nada disso. Ele tinha 18 anos de idade nessa ocasião, que foi no dia 25 de julho de 1966. O GCM Sebastião Tomás de Aquino, que teve a perna amputada. E também o general Silvio Ferreira da Silva, que perdeu quatro dedos da sua mão.

Para finalizar, o PLC 31, de minha autoria, o qual tenho a honra de ter os senhores como coautores, que extingue a Ouvidoria, está para entrar na pauta logo mais. E aí vamos ver a hora da verdade: quem são os deputados que vêm aqui e falam que gostam de policial, na hora de botar o dedinho para votar, se vão votar pela extinção da Ouvidoria ou não.

Porque tem muita gente que fica dando beijinho em policial no plenário, abraço, não sei o que, etc e tal. Mas, na hora do “vamos ver”, quero ver quem vai botar o dedo a favor dos policiais. Uma coisa posso dizer, Coronel Telhada, que também conhece o general Campos. O general Campos, não conheço de hoje. Uma coisa que posso dizer, é que ele não é nem frouxo, nem banana.

Então vamos ver quem é que manda na Secretaria de Segurança Pública: se é ele, ou se são aqueles contínuos dele que andam pelos corredores, falando contra o nosso PLC, de extinção da Ouvidoria. E, quando vêm aqui na Casa, vêm dizer que estamos de parabéns pela iniciativa, e não sei o que, e fazendo um verdadeiro  - que é muito condenado na Rota - e famoso duas caras. Faz uma carinha aqui, e faz outra ceninha ali. Está igual banda de casamento: toca a música que o noivo e a noiva pedem.

Então espero que, uma vez votado aqui, a Secretaria de Segurança Pública se manifeste através do secretário, o general Campos. De novo, conheço ele, e ele não é banana nem frouxo que nem uns que por lá passaram. Que vai saber tirar essa adaga do pescoço, da jugular do policial civil e militar. E quero ver: tem uns deputados desse lado aqui que a gente sabe que vai votar contra. Mas eu quero ver os outros, que ficam no meio do caminho, que ficam dando beijinho em policial aqui, se na hora H vão votar com os policiais.

Obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Continuando a lista de oradores, Coronel Nishikawa. Tem V. Exa. o uso da palavra pelo tempo regimental.

 

O SR. CORONEL NISHIKAWA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos, Sra. Presidente, assessorias, colegas deputados. Eu não tenho o hábito de vir aqui entrar em embate. Entretanto, ontem, o pessoal que se diz de esquerda falou tanto mal do Bolsonaro, e nós que somos legalistas, idealistas de direita... Eu faço ressalva à nossa amiga Leci Brandão, que sempre é uma pessoa pautada, uma pessoa que fala aquilo que realmente sente, de coração, que eu sei disso. Por isso, os meus respeitos para a senhora. Eu tenho muito respeito pela senhora, por ser essa pessoa que a senhora é - verdadeira.

Mas aqui a gente nota que tem pessoas que falam por falar, sem conhecimento de causa. O nosso presidente veio para poder colocar o país nos trilhos. A bandeira principal dele era Segurança Pública e é Segurança Pública. Até por isso, nós resolvemos ajudar e até saímos candidatos a deputado. Eu jamais sonhei em ser deputado. Eu vim do interior, ingressei na Força Pública como soldado. E muito me orgulha eu ter ido para a academia, me formado.

Eu estava comentando, antes de estar aqui: os meus pais me ensinaram, moldaram um caráter. A academia deu o acabamento a esse procedimento, a essa forma de a gente agir. Então, por mais que nós tenhamos tido embates anteriores, discordâncias de ideias, ideologicamente falando, eu não vejo a necessidade de estar aqui rebatendo esse tipo de coisa.

Entretanto, o nosso presidente não falou nada de mais. Muito pelo contrário, enalteceu o espírito daquele que gosta do nosso país, daquele que ama o nosso país, daquele que quer o país entre os melhores do mundo, onde merece estar. Nós estamos nesse caminho, resgatando o nosso país, que por décadas foi colocado de lado, tentando modificar a formação das nossas crianças. Hoje, tem até adultos com formação totalmente equivocada, ideologizando pessoas que estavam em formação.

Aqueles que tiveram a oportunidade de estudar em escolas públicas, como eu tive... A minha formação foi totalmente de escola pública. O único estabelecimento de ensino em que eu estudei que não era público, mas de economia mista, foi a Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo. Fora isso, eu só assentei em escolas públicas. Me formei em escolas públicas.

Nas escolas, nós respeitávamos os professores. Nós entrávamos em fila para poder assistir aula. Nós respeitávamos os professores. Hoje, os professores não são mais respeitados como deveriam ser. São quem forma aquele que um dia vai ser médico, vai ser promotor, vai ser funcionário público no geral.

Então, gente, vamos resgatar esses valores. O nosso presidente entrou aqui para poder resgatar esses valores. Nós parávamos toda vez que cantávamos o Hino Nacional, sinal de respeito. Ficávamos em pé, não mascando chicletes, como a gente vê hoje.

São esses valores que nós queremos para os nossos policiais, que estão na rua auxiliando, ajudando. Em todas as ocorrências há interferências de toda natureza, seja socorrendo parturiente, acidentado. Não interessa se é bombeiro ou não.

Então, nós temos que ter um salário digno, para poder sobreviver, para a gente poder conviver com os nossos familiares. Nós estamos sempre juntos com o pessoal da PEC 2, sim.

Podem ficar tranquilos, nós estaremos aqui sempre, lutando por vocês, aqui. É o nosso espírito, é o nosso trabalho. Nós viemos aqui os quatro anos para fazer isso.

Muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Seguindo a ordem de oradores inscritos, convido o nobre deputado Conte Lopes para o uso da palavra, pelo tempo regimental.

 

O SR. CONTE LOPES - PP -  Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectador da TV Alesp, visitantes, funcionários desta Casa, achei uma piada, Frederico d'Avila, que o vídeo que V. Exa. apresenta serve para os deputados desta Casa mover uma ação, sei lá o que, contra Vossa Excelência.

Eu não estou entendendo mais. Eu estou aqui nesta Casa há 30 anos. Cheguei aqui em 87. Ganhei a eleição de 86. Enfrentamos, sim, o PT, junto com o Paulo Maluf. Grande governador, hein? Grande governador. Aliás, acho que foi o único que fez muitas coisas por São Paulo. Que o resto não faz mais nada, só faz discurso, o que é uma grande verdade.

Agora, também é isso, hoje em dia o político é meio bandido. E, como meio bandido, ele pode ir parar na cadeia, sim. Porque vão denunciando, denunciando, denunciando, se faz a imagem do político, e, a partir daí, entram as emissoras de televisão e jornais e vão batendo no político até acabar com ele. Essa é uma grande verdade.

Eu acho triste os deputados aqui fazerem a mesma coisa. Enquanto eu vejo um deputado chegando: "Oh, vamos chamar o Ministério Público". Espera aí, a Assembleia Legislativa é um poder. Nós temos três poderes: Executivo, Judiciário e Legislativo.

E, nós mesmos não aceitamos. O Ministério Público pertence ao Executivo. E, nós mesmos, não aceitamos, denunciamos todo mundo, é um negócio do outro mundo. É um absurdo umas brigas.

Há briga sobre o discurso do Bolsonaro. O Bolsonaro ganhou a eleição para presidente da República. Então, o discurso do Bolsonaro é o discurso do Bolsonaro. Queriam que ele fosse lá falar o que? "Lula livre"? Ele não vai falar isso, não é?

O discurso dele é dele, do Bolsonaro, e foi feito. Em 2022 se ganhar a eleição outra pessoa, o cara vai lá fazer o discurso dele. Agora, não, as pessoas, a imprensa quer que ele fale o que a imprensa quer, o que a esquerda quer, o que o PT quer.

Não, eu acho que não é por aí. Então, eu não entendo isso. Não entendo o que está acontecendo, e é uma guerra sem cabimento. As pessoas torcem para que o governo do Bolsonaro de errado. Por quê?

O próprio governador falando a respeito do discurso, eles já estão fazendo campanha política de 22 com o discurso que o presidente fez. Eu acho isso o fim do mundo.

A gente deve torcer para que o Brasil vá para a frente, como o governo de São Paulo vá para a frente, como a gente torceu na Câmara, quando o Haddad era prefeito, para que fizesse um bom governo.

Eu acho que a democracia é isso. Porque, se não, quem se ferra é o povo. Quem vai se ferrar é o povo. Se o Bolsonaro for mal, quem vai se ferrar é o povo. Essa é a grande verdade.

Ideologia? Discurso? Agora, não, as pessoas ficam forçando uma situação. Quando o Bolsonaro assumiu a própria imprensa, “Agora é o Mourão que vai assumir, que é o vice, ele é general e o outro é capitão”. Espere aí, não tem nada a ver uma coisa com a outra. “O Mourão era competente, é competente, vamos então...” Acho que o mundo não é esse. O Bolsonaro ganhou a eleição e ganhou uma eleição sozinho. O Bolsonaro pertencia ao meu partido, o PP. Eu falei com ele aqui, num quartel, numa noite: “Meu, por que você não sai pelo PP, tem cinco minutos de televisão.” “Porque o tempo já foi dado para o PSDB”. “E por aí eles não me dão legenda”, e não davam mesmo. Agora, ele saiu sozinho, ganhou a eleição, ganhou do PT, ganhou de todo mundo, ganhou da Globo, ganhou de toda a imprensa, e ele é o presidente da República. Queiram ou não ele é presidente da República. E como ele falou: “Eu não vou para a cadeia como foi o Michel Temer e o Lula. Eu não vou.”

Então, ele está fazendo o governo dele. Agora, eu não entendo por que se torce contra o governo Bolsonaro para que seja cada vez pior. Eu não entendo isso. O Lula foi presidente da República? Foi. Foi bom presidente da República? Foi, tanto é que ele se reelegeu. Ele conseguiu eleger a Dilma. A Dilma é uma figura, não é? A Dilma é uma figura, porque se a Dilma saísse e o Lula voltasse, o Lula não estaria na cadeia. Certo, Emidio de Souza? Se a Dilma saísse, cumprisse o acordo e o Lula voltasse, o Lula não estaria... porque o Lula é político. Pode gostar dele, pode não gostar, pode falar o que quiser, mas ele não estaria na cadeia, não. A situação dele seria outra.

Agora, aqui no Brasil também é assim: tiram do bolso candidatos, como o Quércia tirou o Fleury, e acabou se ferrando. O Maluf tirou o Pitta, acabou se ferrando. O Lula tirou a Dilma e acabou se ferrando. E tem mais um aí que se ferrou também, ultimamente amigo do Frederico d’Avila. E eu falei na Câmara Municipal várias vezes: esse negócio de ficar tirando candidato do colete, é um problema. E realmente nenhum acertou até agora. Infelizmente é isso, ninguém acertou.

Obrigado, Sra. Presidente. Obrigado, deputados.

 

A SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Seguindo a lista de oradores inscritos, deputada Márcia Lula Lia. (Pausa.) Deputado Rafael Silva. (Pausa.) Deputada Delegada Graciela. (Pausa.) Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Deputado Marcio da Farmácia. (Pausa.) Deputado Teonilio Barba Lula. (Pausa.) Deputado Daniel José. (Pausa.) Deputado Gil Diniz.

Tem V. Exa. o uso da palavra pelo tempo regimental.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Coronel Telhada.

 

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O SR. GIL DINIZ - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente; boa tarde a toda a Mesa; boa tarde aos deputados presentes aqui no Pequeno Expediente, ao público presente aqui na galeria, aos nossos assessores, aos policiais militares e civis, a você que nos assiste pela TV Assembleia.

Eu gostaria de começar falando... Ontem me perguntaram aqui, questionaram-me por que não subi à tribuna nas discussões, deputado Frederico d’Avila. Eu fiquei escutando ali os bons argumentos sobre o projeto aí que está na Casa, do governador, o financiamento aí dos autos.

Estou na dúvida ainda, deputado Emidio, como a bancada do PT vai votar, porque o líder do PT geralmente sobe aqui à tribuna para falar, criticar quando nós aprovamos algumas desonerações, e parece que há um incentivo, talvez vão entregar milhões aí a alguns empresários.

De repente o PT vai votar a favor aí, vai votar junto com o PSDB. Eu fiquei na dúvida. Juro que tentei entender a posição dos petistas, ontem, do Caoa, o projeto aí que para alguns... O Mamãe Falei subiu aqui, o Arthur do Val subiu aqui e diz que vai beneficiar o Caoa, mas estou querendo entender. Vamos ver se... O líder do governo criticou o PSOL, que está junto com o Novo, parece que se entenderam ali, mas eu gostaria de entender também se o PT agora vai nessa junto com o PSDB. Vamos aguardar.

Vou votar “não”, já deixo consignado meu voto aqui da tribuna para manter essa coerência desde o início do mandato.

Mas é engraçado, Major Mecca, porque, na véspera de uma votação extremamente importante - pelo menos parece importante ao governo -, nosso Presidente vai até a ONU, faz um discurso, e um discurso razoável, capitão Conte Lopes, ponderado - falou ali da soberania nacional, falou sobre família, deputada Letícia Aguiar, falou sobre nossos valores - e o nosso governador...

Porque parece agora que ele não é mais governador de São Paulo. Continua sendo marqueteiro, e agora é comentarista político do governo federal. Fez uma fala absolutamente fora de lugar, falando sobre o pronunciamento do presidente. Senti ali, Coronel Nishikawa, um pouco de dor de cotovelo. Sei lá, talvez inveja.

De repente, quando ele assumiu a prefeitura de São Paulo, ele já estivesse sonhando, deputado Conte, em estar ali na ONU abrindo a assembleia geral, e teve que assistir pela TV. O Bolsodoria, Coronel Telhada, teve que assistir o presidente Bolsonaro na ONU, em seu discurso ali na ONU, na abertura, pela TV, deputado Major Mecca. E ele, como é muito vaidoso - nosso governador é muito vaidoso - teve que ir lá dizer que foi inapropriado, que repercutiu negativamente na imprensa internacional.

Falei para o líder do Governo ontem, quando chegar aqui hoje na hora de encaminhar vou falar novamente isso, parece que o governo não precisa, de forma nenhuma, dos votos do PSL, porque na véspera de uma votação extremamente importante, o nosso governador, que é mais um comentarista político do governo federal, vem e sai fazendo críticas aleatórias, desnecessárias e fora de propósito, do nosso presidente.

É incrível a capacidade que ele tem de sabotar a sua liderança do Governo dentro desta Casa. É incrível. É incrível. Então, peço aí aos nossos deputados do PSL que reflitam bem na hora de votar junto ao governador. Como não lembrar, deputado Frederico d'Avila? Conselho de Ética. Vejam vocês. O deputado Frederico d'Avila foi representado no conselho de ética por um vídeo que ele postou em sua rede social. Meu Deus do céu. Nunca tinha visto isso em casa legislativa nenhuma.

Tudo bem. Na hora de aceitarem ali, de admitirem no Conselho de Ética esse processo, foi cinco a quatro. Cinco votos a quatro. A deputada do PSDB votou, Frederico, para admitir o seu processo no Conselho de Ética, e mais dois deputados da base do governador. Olha, se tem um deputado nosso aqui que é coerente no que defende, que fala dos bons projetos do governo, que defende aí o seu ponto de vista, inclusive para falar “olha, vamos votar com o governo, porque o projeto é bom”. É V. Exa., e neste momento, de um projeto surreal, sem pé nem cabeça, deputada Janaina, a base do governo aceita um processo contra V. Exa., deputado Frederico d’Avila.

Olha, eu não sei como que é o jogo político. Sou neófito aqui, meu primeiro mandato, meus seis primeiros meses de mandato, mas, olha, parece que, dos 94 deputados, o governo não se preocupa de forma alguma com a bancada do PSL, os 15 votos extremamente importantes do PSL aqui nesta Casa de Leis.

Então, é um momento de reflexão, e deixo aqui governador. O meu voto já era não, mas depois da sua fala desnecessária, de comentarista político do governo federal, é não com convicção.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. Próximo deputado é o Tenente Coimbra. (Pausa.) Pela lista suplementar, deputado Ricardo Madalena. (Pausa.) Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputada Professora Bebel Lula. (Pausa.) Deputado Frederico d’Avila, já fez uso da palavra. (Pausa.) Deputado Vinícius Camarinha. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.)  Deputado Coronel Telhada, já fez uso da palavra. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. Vossa Excelência tem o tempo regimental. É a última deputada do Pequeno Expediente.

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Exmo. Sr. Presidente Coronel Telhada, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, assessores desta Casa, público que nos assiste pela nossa TV, eu quero só me defender, porque estão xingando muitos socialistas e, como eu sou socialista, não posso deixar de vir a esta tribuna também para fazer a minha pequena reclamação.

Outra coisa: o meu lado é o lado da Cultura. Sou da Comissão de Educação e Cultura. Por eu ser uma pessoa ligada à Cultura, primeiramente, quero fazer meu reconhecimento às pessoas que vêm à galeria, principalmente as que estão defendendo a PEC 2. São pessoas permanentes aqui nesta Casa, que vêm aqui todos os dias. Um dia, pode ser que chegue um resultado positivo. É disso que a gente gosta.

Mas eu queria falar sobre uma questão muito séria em relação à Cultura. O Sr. Diretor da Fundação Nacional de Artes, Roberto Alvim, por causa de uma foto que uma grande artista do teatro deste país mostrou - ela amarrada como se fosse na Inquisição -, a nossa grande artista Fernanda Montenegro... Ela foi ofendida de forma vil, de forma agressiva pelo Sr. Diretor.

Sobre isso, quero fazer minhas as palavras do ator e escritor Gregório Duvivier,  em seu artigo de hoje, na Folha:

Para assumir um cargo no governo atual, você precisa provar que nunca, em toda a sua vida, você conseguiu concluir nada que preste. O único ponto em comum entre todos os integrantes desse elenco é que ninguém nunca se destacou em nada.

Quem cuida da Educação se comporta como um moleque, quem cuida da política externa não acredita no globalismo, quem cuida da Justiça é um juiz de primeira instância.

A agressão desse governo a Fernanda faz todo sentido: ela está no diâmetro oposto do que o país está se tornando. Fernanda nos lembra todo dia daquilo que nunca podemos esquecer: a mediocridade não está no nosso DNA. Não estamos condenados à lanterninha, à submissão, à vergonha mundial. Não somos 200 milhões de subalternos, jagunços, capitães-do-mato, lambe-botas, pela-sacos, fantoches, títeres e canastrões.

Fernanda nos lembra que já fomos, e ainda podemos vir a ser, um país digno de aplauso.”

Quero concluir, Sr. Presidente, parabenizando a nossa colega do PSOL, a Monica, que ontem - eu não estava aqui, pois tive um problema de saúde e não estava presente - se referiu aqui a um artigo do Regimento Interno, o art. 110, inciso XIV: Nenhuma deputada ou deputado poderá referir-se à Assembleia ou a qualquer de seus membros em forma descortês ou injuriosa”.

Hoje, o comentário na Casa, ou até fora, de quem assistiu ontem à sessão plenária,  é de que aconteceram aqui, infelizmente, mais uma vez, diversas trocas de ofensas, impropérios. Enfim, as pessoas continuam se digladiando, continuam se ofendendo, continuam não reconhecendo que esta Casa é uma Casa Parlamentar, uma Casa para se falar, para se dialogar, para se discutirem projetos e não um lugar para as pessoas ficarem aqui o tempo inteiro... É uma coisa que está ficando cansativa. Há deputados que estão com vergonha de vir a este plenário, de vir a esta Casa, pois estão cansados de ver isso.

Queria também dizer que conheço o marido da nobre deputada Márcia Lia, uma  pessoa que esteve presente, inclusive, no dia em que recebi o título de cidadã de Araraquara. Ele esteve lá para nos prestigiar. Portanto, queria também me referir à deputada Márcia Lia dizendo a ela que estou ao seu lado. Defendo-a em qualquer situação, primeiro, por ser uma mulher, e, segundo, por ser uma progressista também, uma pessoa que já foi a nosso favor em várias ocasiões.

Aproveito para agradecer aos 93 deputados que fizeram com que a gente conseguisse tornar lei mais um projeto de lei. Graças a Deus, nossa lei foi sancionada. Estou muito feliz e muito grata a todos os 93 deputados.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sra. Deputada.

Encerrado o Pequeno Expediente. Portanto, a partir deste momento, nós vamos começar o Grande Expediente.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Deputado Delegado Bruno Lima, que permuta o seu horário com a deputada Janaina Paschoal. Vossa Excelência tem dez minutos regimentais.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, Sr. Presidente. Cumprimento todos os parlamentares presentes, servidores da Casa, cidadãos que vieram nos visitar na data de hoje, nos honrando muito com suas presenças.

Na verdade, fiz um rolzinho aqui de temas, mas inicio, pela importância da data de hoje, externando o meu apoio ao Movimento Muda Senado, Muda Brasil. Hoje, haverá uma manifestação pacífica em Brasília, em apoio à CPI da Lava Toga. Obviamente, eu preferiria que o pedido de impeachment que apresentei ao lado do MP Pró-Sociedade para o afastamento do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, fosse recepcionado pelo presidente do Senado.

Um processo de impeachment é muito mais efetivo do que uma CPI. Entretanto, dadas as dificuldades postas, a CPI é uma alternativa com a qual podemos trabalhar. Pela profundidade dos problemas a serem investigados, não duvido que uma CPI bem feita, uma CPI centrada, nos termos dos requerimentos apresentados pelo senador Alessandro Vieira, levará a um número até maior de crimes de responsabilidade, quiçá trazendo o material para que nós instruamos outros pedidos de impeachment.

Então, fica aqui o meu apoio formal e oficial à manifestação de hoje em Brasília, manifestação do Movimento Muda Senado, Muda Brasil, a favor da CPI da Lava Toga, o meu repudio ao fato de o presidente do Senado condicionar a votação da reforma da Previdência a uma desistência dos senadores em torno desse pedido de CPI. Claro que tentativas de convencimento, com argumentação, fazem parte da vida parlamentar, mas o constrangimento de parlamentares, não.

A reforma da Previdência possui importância, não pode ser utilizada como moeda de troca, e é isso que está acontecendo em Brasília no dia de hoje, nesta semana, neste momento. Então, fica aqui o meu apoio ao grupo que está lá trabalhando em nosso nome.

Também gostaria de voltar agora um pouco mais para a nossa seara, para a nossa competência e externar uma chateação, vamos dizer assim, com a entrevista que o governador de São Paulo deu, dizendo que já está tomada a decisão de extinguir a Furp e o Oncocentro.

É bem verdade que quando ele foi questionado sobre a extinção, ele disse: “Não sei se vai ser extinção, privatização; o projeto ainda está sendo construído, vai ser enviado para a Assembleia, mas a decisão está tomada”. Eu, como membro desta Casa, me senti, de certa forma, incomodada, porque se a decisão está tomada, e o projeto não foi nem feito, afinal de contas, o que é que nós representamos então?

Somos o quê? Ao tentar explicar o porquê do governador entender que já estava tudo certo, ele fez menção aos projetos anteriores que foram aprovados nesta Casa, todos na linha da desestatização. Esses projetos contaram, inclusive, com o meu voto, depois de ajustes na redação. Já falei sobre isso, muitas vezes, aqui.

O fato de ter votado favoravelmente à desestatização de empresas não significa que votaremos favoravelmente à desestatização de equipamentos imprescindíveis para a Saúde pública. Então, esse raciocínio privatista não pode ser transportado de maneira automática. Não é assim que funciona. Então, é muito importante que os deputados se imponham, porque não é possível. A decisão já estava tomada. Somos o que então, carimbadores?

E quero deixar muito claro que esse posicionamento não tem absolutamente nada a ver com as críticas que o governador fez ao discurso do presidente. Não tem nada a ver com questões partidárias. Não tem nada a ver com nenhum tipo de retaliação. Não é isso, eu estou falando do mérito.

Ontem, como eu estava aqui o dia todo, dois assessores meus foram visitar o Oncocentro. Semana passada, eu fui à Furp, apresentei as fotografias para os senhores. Ontem, meus assessores foram visitar o Oncocentro. Eu peço, por favor, para a gente ver aqui as fotos da visita.

 

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- São exibidas as imagens.

 

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O Oncocentro é um centro de saúde especializado em câncer de cabeça e pescoço. Lá eles fazem todo o atendimento oncológico de pacientes devastados pelo câncer. Essas são próteses: prótese de olho, prótese de bochecha, prótese de nariz, prótese de boca, prótese de orelha. Olhe aqui, gente. Uma face, estão vendo? Uma parte de uma face.

As pessoas chegam lá sem cara, literalmente sem cara. Um paciente que estava lá retirou a prótese para os meus assessores perceberem que sem a prótese esse paciente não podia falar. Os laboratórios estão todos instalados. São feitos cursos de longo prazo nesse local.

Não é um instituto ocioso como se faz crer. Tem trabalhadores, tem pacientes, muitas são as consultas, muitos são os cursos. Aqui é a foto por cima. Fundação Oncocentro, tem dois prédios públicos ali. Isso fica na Oscar Freire. Talvez o problema ou a questão ou o interesse seja um interesse imobiliário, porque efetivamente o terreno vale muito.

Mas será que vale a pena mexer num instituto que gasta menos do que 500 mil reais por mês e tem uma utilidade para a Saúde de São Paulo e para a Saúde do País indiscutível? Será que vale a pena por uma questão territorial? A mentalidade privatista não pode imperar em todo e qualquer assunto. Hoje, eu recebi um e-mail de um farmacêutico explicando de maneira mais detalhada a importância do laboratório da Furp.

Eu estive lá, assisti à apresentação dos funcionários. Estou todo santo dia levantando mais elementos. E esse farmacêutico explicou que apenas um laboratório público pode estabelecer uma parceria de desenvolvimento produtivo com o setor privado.

Então, se houver uma emergência em termos de saúde, um laboratório público pode fazer uma parceria com um laboratório privado para tentar, por exemplo, desenvolver uma vacina, fazer um medicamento às pressas, pedir uma autorização em termos de patente para produzir algo que se mostre de extrema necessidade para a Saúde pública.

Isso é possível. A Furp pode fornecer medicamento para o estado sem o processo de licitação, que é importante em termos de transparência? É, mas demora muito. Nós estamos falando de Saúde. A Furp, ao entrar numa licitação, ajuda no ajuste dos preços.

A saída da Furp no mercado dá mais conforto para os agentes privados apresentarem preços altos no processo licitatório. Isso sem contar tudo que eu já falei aqui nos últimos dias em termos de falta de interesse dos laboratórios privados produzirem muitos dos medicamentos baratos, porém importantíssimos, produzidos pela Furp.

Se houve uma decisão política errada, em construir o laboratório de Américo Brasiliense, vamos ter coragem de reconhecer isso e tomar as medidas políticas e jurídicas necessárias para fechar ou para vender o laboratório de Américo Brasiliense. E já vai entrar dinheiro para o Estado. Mas vamos preservar o laboratório de Guarulhos, que tem um potencial de crescimento que qualquer um que se dispõe a ir lá visitar vai constatar.

Então, é um assunto importante em termos de Saúde pública. O secretário da Saúde, muito gentilmente, por meio do deputado Carlão, me convidou - e aí estendo para todo mundo o convite - a visitar o HC, numa ala para a qual eles pretendem transportar o que hoje é o Oncocentro. Eles garantem que é suficiente. Vou lá para tentar constatar.

Me parece um risco muito grande fazer essa mudança. O HC é importantíssimo. O HC atende o País inteiro. Mas o HC já não está dando conta da própria demanda. Quantos de nós não recebem emails diários...

Só mais um minutinho, excelência. Uma comunicação para complementar. É possível, excelência?

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Sra. Deputada, tenho mais deputados inscritos. Se puder encerrar...

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL – Quantos não são os emails que recebemos todos os dias, que as pessoas estão nas filas, que não conseguem atendimento, no próprio HC. Vamos aumentar essa demanda? Então, estou pedindo essa reflexão dos colegas deputados, do Sr. Governador, do Sr. Secretário da Saúde, porque Saúde, Educação e Segurança não podem ser pensadas com a mentalidade privatista.

Depois peço uma comunicação e complemento.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sra. Deputada. Próxima deputada é a deputada Damaris Moura. (Pausa.) Deputado Rodrigo Gambale, que permuta o seu horário com o deputado Frederico d’Avila.

 

O SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, prezados colegas, eu gostaria de comentar a respeito do projeto do colega deputado Emidio, o Projeto de lei nº 1073, onde trata da questão de defensivos agrícolas e para a informação da população.

Li com atenção o projeto e fiz algumas anotações. Tem coisas aqui que já acontecem em âmbito federal, nos órgãos de controle, como o Ministério da Agricultura, Ibama, Anvisa, e principalmente no que diz respeito ao que o senhor coloca, do disposto no Art. 3º, na questão de detectar a presença de resíduos de produtos, de defensivos agrotóxicos.

Isso já acontece quando da aprovação dos produtos, para que eles possam ser comercializados para o mundo agrícola. Então, essas avaliações de resíduos já são feitas previamente, antes desses defensivos serem colocados na prateleira para serem comercializados.

Outras questões do projeto de lei, tem uma que é praticamente impossível de se cumprir, por mais que seja inócua no que diz respeito à questão da saúde das pessoas, uma vez que isso já acontece no âmbito da Anvisa e dos órgãos de controle.

Aqui diz: “O estado de São Paulo realizará a análise dos produtos.” Isso aqui não tem como fazer. Não existe pessoal, equipamento, papel ou processamento de dados que deem conta de fazer essas análises no âmbito da indústria ou do comércio de produtos agrícolas ou alimentícios, comercializados no estado de São Paulo, uma vez que muitas indústrias de processamento de alimentos estão aqui no estado de São Paulo, e exportam para outros estados da federação. Como acontece o oposto também. Por exemplo, o estado de São Paulo é o maior consumidor de trigo do Brasil e é um dos menores produtores de trigo do Brasil. A maioria vem ou do exterior ou do estado do Paraná. Então, esse caso do Art. 3o é redundante no que já acontece previamente, quando da avaliação dos produtos no âmbito do Ministério da Agricultura, Ibama, Anvisa etc.

Outra questão aqui, no que diz respeito ao Art. 4o, parágrafo 3o: “os representantes da sociedade civil serão indicados pelas associações de defesa do direito do consumidor e entidades dos movimentos agroecológicos e serão eleitos na mesma forma de regulamento”. Isso aqui é complicado, porque esse negócio de “assembleismo” do PT... Eu até entendo que isso aí vem lá dos sovietes, fazer “assembleismo” etc. e tal. Mas isso aqui não tem cabimento, porque essa própria associação da sociedade civil é parcial, porque esses movimentos agroecológicos têm lá suas pautas. Não tem problema nenhum; eles podem continuar se alimentando da forma que lhes melhor convier.

Mas não é possível que você queira fazer uma discussão plural num ambiente de ideias únicas. A gente só vê esse aproveitamento máximo das ideias nos parlamentos de Cuba ou da Coreia do Norte, que só têm um partido. Aqui, depois, na justificativa, diz que apenas neste ano o governo Bolsonaro já liberou 325 agrotóxicos. Não é verdade isso aqui. Liberaram muitas moléculas genéricas ou similares de moléculas que já haviam sido liberadas.

Isso aqui vai trazer uma economia de custos para o produtor rural, porque assim como a gente tem lá os medicamentos de referência na farmácia, como aspirina, Tylenol, nós também temos o genérico. No caso dos agroquímicos, nós também temos os genéricos. E as grandes empresas logicamente não tinham interesse nenhum que abrisse o mercado para os genéricos, porque você vai diminuir, justamente, a competitividade e a margem delas.

Inclusive, eu queria fazer aqui um elogio, até, à época do governo do PT, porque foi quando a Anvisa mais liberou novas moléculas e eventos transgênicos na história do Brasil. Foi no período do PT. Agora, também teve, lá na Anvisa, Coronel Telhada... Acho que tinha um curso, acho que devia ser feito ali ao lado, em alguma parte da Anvisa, devia ter um curso lá... Porque todo mundo que saiu da Anvisa nesse período teve um incremento patrimonial fantástico. Eu não sei o que acontecia lá na Anvisa.

O ex-governador, deputado, senador Agnelo Queiroz, que era do PT, que também foi presidente da Anvisa, foi grampeado. Teve seu chefe de gabinete grampeado na Operação Monte Carlo, falando com nada mais, nada menos que o bicheiro Carlinhos Cachoeira. O Sr. Agnelo Queiroz, ex-presidente da Anvisa, teve uma ação contra ele no Ministério Público, porque ele fez uma quadra de tênis e um campo de futebol na sua casa no Lago Sul.

Que eu saiba, o Agnelo Queiroz não é de família rica. Como é que ele, fazendo carreira na vida pública a vida inteira, tem casa no Lago Sul, em Brasília, onde a mais baratinha custa, sei lá, cinco, seis milhões de reais? Ainda mais a dele, com quadra de tênis e campo de futebol, Coronel Telhada.

Mas é impressionante que se o senhor for ver, os diretores, chefes de departamento, superintendentes da Anvisa, entre 2003 e 2016, na época do PT, todos eles, com raríssimas exceções, tiveram grande sucesso financeiro. Eu não sei se tinha algum curso de educação financeira ou se tinha alguma vidente lá, que fazia as pessoas ganharem na loteria.

Sei lá. Agora, inclusive, ganharam, agora, na loteria. Eu quero ver se eles vão socializar lá o bilhete de 120 milhões que eles ganharam lá, né, com os demais, ali, no próprio eixão de Brasília, ali, na rodoviária, tem um monte de gente pobre, pedinte, ali, na rodoviária. Eles podiam ir lá dar uma socializada nesse valor.

Então, eu vou pedir à Anvisa que mande aqui a relação - porque creio eu que eles devem ter isso -, do imposto de renda daqueles diretores e superintendentes que ocuparam as cadeiras da Anvisa no período entre 2003 e 2016, que eu gostaria aqui de novo de elogiar, onde foram aprovados diversos eventos transgênicos, Coronel Telhada, diversos eventos transgênicos, que trouxeram muita modernidade para o País; e, também, várias moléculas novas e modernas para a agricultura brasileira.

Inclusive, outras moléculas antiquadas foram retiradas. Tudo bem que demorava bastante, deputada Janaina, para ser aprovado. Mas, eu acho que a demora era mais ou menos em compasso com as reformas ou as compras de material de construção que eles usavam para fazer aquelas belíssimas casas ali no Lago Sul.

Então, nós temos que verificar essa evolução patrimonial, que é interessante, porque eu acho que só na Anvisa que tinha esse curso, aí, ou essa vidente maravilhosa, aí, que fazia todo mundo ter sucesso financeiro.

E, também, verificar por que houve tanta aprovação de eventos transgênicos e de novas moléculas durante esse período do governo do PT, e, agora, o PT fica atacando essa questão de defensivos agrícolas. Ou será que é porque na época em que eles tinham o comando da Anvisa com esse pessoal aí, será que eles tiravam alguma vantagem?

Eu acho que não, eu prefiro acreditar na parte do bilhete sorteado, ou desse curso extra horário de trabalho que eles tinham lá para multiplicação dos seus bens. Então, fica aqui meu registro, vou ilidir da melhor maneira possível aqui as questões colocadas nesse PL 1073. E, também, vamos verificar a evolução patrimonial desses senhores que ocuparam as cadeiras mais importantes da Anvisa.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr. Deputado.

O próximo deputado é o deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Ricardo Madalena. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputado Rafa Zimbaldi. (Pausa.) Deputado Emidio Lula de Souza.

Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado no exercício da Presidência hoje, deputado Coronel Telhada, Srs. Deputados, deputadas, público que nos acompanha pela TV Assembleia, eu quero, por primeiro, comentar aqui, primeiro, elogiar a intervenção da deputada Janaina Paschoal na questão do desmonte do Oncocenter.

Dizer que em Osasco foi criado cinco ou seis anos atrás, vamos dizer, como se fosse uma sucursal, em alguns lugares foi criado, para fazer os procedimentos, a radioterapia, as coisas mais básicas do tratamento ao câncer.

Fica na Vila Iara, em Osasco. O governador, o Alckmin, na época, foi lá e inaugurou. E, agora, ele está sendo praticamente desativado, também, um centro que beneficiava toda a população que precisava desse tratamento na zona oeste da Grande São Paulo.

Então, quero cumprimentar V. Exa. e me solidarizar com essa causa.

Em segundo lugar, eu queria responder ao deputado Frederico d'Avila. O deputado, como representante do agronegócio, veio aqui tecer comentários acerca de um projeto de lei que eu apresentei na Assembleia, o Projeto 73, que diz respeito exatamente sobre o direito do consumidor de ter no rótulo dos produtos a identificação de que produtos, se aquele produto utilizou agrotóxico no seu processo de fabricação ou não, e que agrotóxicos.

Bom, o deputado tece uma série de comentários aqui, primeiro dizendo que não é necessário porque isso a Anvisa já faz.

Deputado, nós teremos oportunidade de debater esse projeto nas comissões quando chegar a hora, mas como V. Exa. trouxe esse tema aqui, eu quero dizer o seguinte: primeiro, é verdade, sim. O Bolsonaro liberou 325 novos agrotóxicos no País entre 1º de janeiro e até o mês de agosto, melhor, até o mês de setembro. E não adianta falar assim: “Eram moléculas, eram coisas que já estavam liberadas.” Bom, se está liberado por que liberou de novo? Qual é a importância disso?

Se V. Exa. quiser debater o que acha, se é necessário ou se não é, acho muito bom. O que não é razoável, deputado, é o senhor ficar distribuindo acusação sem provas, porque acusação sem prova, o senhor falou aqui “a Anvisa, no tempo do PT, não sei quem tinha casa não sei onde, em área nobre de Brasília.”

Deputado, eu quero que o senhor entenda uma coisa: primeiro, nós não temos compromisso com quem faz coisa errada. Se fez coisa errada, tem que ser investigado e punido. Não só quem recebeu, mas também quem corrompeu. Então, é bom V. Exa., ao falar disso, que gosta de falar do PT, fale dos seus amigos também, porque se teve alguém corrompido, teve alguém que corrompeu. E esse merece tanta punição quanto o outro.

Sou daqueles que não temo investigação, acho que quando tem denúncia de coisa errada tem que investigar tudo. Agora, eu gostaria de ver, sinceramente, a sua mesma disposição para investigar o caso do Queiroz, que até hoje ninguém consegue explicar, o amiguinho do Bolsonaro, da família Bolsonaro, que vai, que mexe com tudo, mexe com milícia, mexe com tráfico de armas, mexe com tudo ali no Rio de Janeiro. E esse cidadão sai da zona oeste do Rio de Janeiro para vir se tratar no hospital mais caro de São Paulo, o Hospital Einstein, e não tem explicação nenhuma.

Então, talvez esse furor investigatório e novo de V. Exa. possa ser dirigido também para explicar como é que o Queiroz consegue se tratar durante tanto tempo num hospital tão caro, o mais caro de São Paulo, sem ser uma pessoa... a única fonte de renda que ele fala é que ele tem venda de carro, de vez em quando ele consegue. Eu conheço vendedor de carro em São Paulo, em Osasco, em tanto canto, eu não conheço um com essa condição, a condição de ostentar um nível de vida como esse. Acho que seria importante, realmente, depois a família Bolsonaro também explicar as relações com a energia do Paraguai, a dívida de Itaipu. Seria bom para a sociedade falar, saber, ter conhecimento dessas questões.

Eu queria ainda comentar aqui com V. Exas. a questão do discurso do Bolsonaro ontem. Eu, sinceramente, acho que fora aqueles que são completamente... que acompanham as ideias malucas do Bolsonaro, eu acho que os brasileiros e as brasileiras, todo mundo se sentiu envergonhado de ver um chefe da nação, que foi eleito para governar o Brasil, e no principal organismo internacional, no principal momento, na sua assembleia-geral, frente a 200 chefes de estado do mundo inteiro fazer um discurso tão rebaixado, tão ridículo, tão violento, de tanto ódio quanto aquele discurso que ele fez. Não dá para entender.

Nós já tivemos vários chefes de estado brasileiros, como é a tradição da ONU, que abrem a assembleia-geral: o presidente Lula, a presidente Dilma, o presidente Fernando Henrique, o presidente Sarney, lá atrás até os presidentes militares costumavam mandar os chanceleres, porque acho que eles não tinham muita coragem de fazer diretamente a abertura.

Pois bem, o Bolsonaro vai lá, ao invés de falar dos grandes temas mundiais, falar da necessidade de ter um mundo de paz, de combater a fome no mundo, de ver como as economias vão reagir para gerar emprego para milhões, bilhões de seres humanos que não têm como sobreviver, esse é o desafio do momento. Não, o chefe de estado vai lá para discutir temas internos, para xingar os seus adversários internos, que não têm direito de se defender no mesmo local. Vai lá para acusar, fazer propaganda do seu governo, falar que o Brasil não tem destruição da Amazônia. Negou queimadas na Amazônia. Quer dizer, onde nós estamos?

Para completar, fazer aquele espetáculo patético de declaração de amor aos Estados Unidos, como se o Brasil fosse uma colônia, fosse o 51º estado norte-americano. O Trump chegou ao ponto... O tratamento que deu ao Bolsonaro mostra bem como o americano gosta de brasileiro, mostra bem. Quem não se dá o valor, quem não é capaz de defender o próprio país, não merece respeito dos demais chefes de estado.

Por isso que ele esperou por uma hora, em pé, o Trump chegar, para receber dele um cumprimento de exatos 17 segundos, e tirar uma fotografia, que ele ainda deu a ordem de onde ele deveria se posicionar. Então, o comportamento é realmente patético.

O deputado Conte Lopes, meu amigo, falou aqui: “ah, mas ele foi eleito, ele tem o direito”. Ser eleito não quer dizer que ele teve pode fazer tudo que ele quer. Representar o Brasil, é preciso ter postura. Dialogar com outros chefes de estado, com outras nações, é preciso ter respeito.

Não é razoável que ele vá à assembleia geral da ONU para atacar países que nós não temos por que atacar. Quem é o Brasil para ficar... Porque que o Brasil tem que ficar se metendo em assuntos que não lhe pertencem. Por que ele quer atacar a França, com o desrespeito que ele fez?

Então, o Bolsonaro, realmente, ontem, passou de todos os limites. Ele mostrou que ele é um homem despreparado para o governo, e eu quero dizer uma coisa a vocês. Ele poderia se comportar como chefe de estado, mas ele se comportou como chefe de facção, foi assim que ele se comportou.

Um presidente inepto, despreparado, arrogante, violento, propagador de ódio, não só no Brasil, mas fora. Envergonhou o povo brasileiro naquela sessão das Nações Unidas ontem, como nunca. Desde 1948, da primeira assembleia das Nações Unidas, nunca o Brasil foi tão humilhado, tão mal representado e tão envergonhado como na sessão de ontem.

Eu queria dizer também ao Doria: se tem uma coisa que eu dou razão ao deputado Gil Diniz é que o Doria agora está querendo embarcar numa onda de crítica ao Bolsonaro, mas ele fez a campanha Bolsodoria. Quer dizer, ele até abriu mão do próprio nome de Doria e agregou ao Bolsonaro, para falar “é Bolsodoria, vote em um e vote no outro”. Ora, eu vou te falar uma coisa, governador Doria, se o senhor quiser se diferenciar um milímetro sequer do Bolsonaro, o senhor pode começar proibindo os agrotóxicos que ele liberou no país, proibindo no estado de São Paulo. São Paulo não é obrigado a seguir esse tipo de legislação.

Nós somos um estado mais moderno, não somos? Nós temos que dar exemplo para o mundo e para os demais estados do país, não é isso? Então, o senhor está desafiado a aí sim divergir do Bolsonaro. Não nesse tipo de coisa, porque você não tem autoridade para divergir, porque você e o Bolsonaro são farinha do mesmo saco.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. Próximo deputado, deputado Enio Lula Tatto. (Pausa.) Deputado...

Pessoal, posso falar? Se eu não puder, eu paro aqui. Posso falar aqui ou não? Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Delegado Bruno Lima. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Cezar. (Pausa.) Deputado Daniel José. (Pausa.)

 

O SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - Só uma comunicação, deputado Coronel Telhada?

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É  regimental, Sr. Presidente.

 

O SR. FREDERICO D’AVILA - PSL – PARA COMUNICAÇÃO - Só para esclarecer para deputado Emidio, com relação aos 325 defensivos liberados. Molécula é molécula. Paracetamol, tylenol, ácido acetilsalicílico, aspirina, é nesse sentido que foram 325, tem vários aqui que são dez, 12, 15, cada qual o seu qual.

Agora, só para finalizar, rapidamente, deputado Daniel José: “Seu pai era servidor público municipal e sua mãe ajudava na renda familiar com um salão de beleza semidoméstico após concluir o segundo grau. Mudou-se para Salvador, onde se formou em medicina pela Universidade da Bahia. No curso, conheceu sua esposa, etc. Em meados de 1980, se transferiu para Brasília, fazendo residência médica. Fez pós-graduação em cirurgia-geral e torácica.

Em 1989, foi nomeado chefe de cirurgia do Hospital do Gama. Em 1990, foi eleito para a Câmara Legislativa do Distrito Federal pelo PCdoB, deputado Agnelo Queiroz, depois federal, etc e tal, tal, tal, até chegar a governador do estado, quando, em 2017, foi preso”.

Olha lá, deputada Janaina. A senhora é uma grande criminalista e professora de direito. Por quê? Superfaturamento no Estádio Mané Garrincha.  Então, aquele curso de profusão de lucros, acho que era bem eficiente nos ambientes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr. Deputado. Com a palavra, o deputado Daniel José.

 

O SR. DANIEL JOSÉ - NOVO - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente. Ontem, a gente teve aqui na Assembleia uma discussão muito boa, uma discussão de alto nível sobre um projeto extremamente importante que tem tramitado aqui na Casa, que é o projeto do IncentivAuto.

Acho que foi uma das primeiras vezes que vi aqui na Assembleia Legislativa, desde o início do nosso mandato, nos últimos seis meses, uma discussão de alto nível sobre um tema que, de fato, vai impactar a vida das pessoas, dos cidadãos paulistas.

Acho que é importante dizer, antes de começar a falar sobre qual é o nosso ponto de vista sobre esse projeto e por que temos buscado obstruir e bater nele, que existe uma coisa que coloca todos nós no mesmo lugar, que é a preocupação com o desenvolvimento do estado, a preocupação com o crescimento da economia paulista e da economia brasileira, a preocupação com a geração de empregos e, em consequência, de renda e oportunidades. Isso é um ponto em comum. Todos nós queremos chegar a esse caminho, o que a gente tem de diferente é como chegar até lá.

Eu não acredito que subsídios para a indústria automotiva sejam o caminho certo. Acho que esse projeto tem um erro de diagnóstico que está na raiz e, por ter um erro de diagnóstico, ele não trata a causa-raiz de verdade, ele trata o sintoma. Então, ele nunca vai conseguir resolver os problemas que a gente está tentando resolver.

Eu queria pedir para o pessoal colocar uma apresentação em que explico um pouco dos pontos que falei ontem, em um discurso maior. Acho que é uma oportunidade que a gente tem para falar com um pouco mais de calma sobre alguns dos argumentos de que lancei mão ontem.

Em primeiro lugar, existe uma grande - como eu disse - boa intenção de todas as partes para fazer com que o estado se desenvolva. Boas intenções é o que levam a gente a se candidatar, é o que levam a gente a vir aqui trabalhar todos os dias, tentar fazer com que o estado de São Paulo melhore em seus mais diversos aspectos. Só que boa intenção não basta. A gente tem que olhar o lado técnico e entender se aquilo que a gente está fazendo é bom ou não, se está de fato melhorando a vida das pessoas ou não.

Então, qual é o contexto no qual a gente está inserido? A economia brasileira está estagnada, isso não é novidade para ninguém. Em consequência disso, a gente tem uma alta taxa de desemprego, em virtude dessa crise. E também um baixo nível de investimentos, uma alta capacidade ociosa. Então, hoje, na indústria automotiva, a capacidade ociosa é altíssima. Tem muita estrutura sendo pouco utilizada.

A gente tem um cenário em que a gente não está só competindo dentro do Brasil. Tem um cenário de competição internacional e a gente tem que buscar competir com outros países ao redor do mundo. Tem China, tem Chile, tem México, como usei no exemplo de ontem. E a gente tem uma baixa competitividade. A indústria automotiva no Brasil é pouco competitiva, porque tem uma baixa produtividade. A gente produz pouco, de acordo com aquilo que a gente poderia, com os insumos que a gente tem, com o capital que a gente investe.

E o projeto tem a ideia, tem a intenção de trazer benefícios que... São das mais diversas formas que a gente pode encontrar em diversos outros projetos que já aconteceram pelo Brasil, de subsídio para a indústria automotiva, sejam eles de benefícios fiscais, taxas subsidiadas de empréstimo, e todos eles têm mecanismos diferentes financeiros, mas o fim é o mesmo, é dar proteção, dar subsídio para a indústria automotiva.

E aí, junto com esse incentivo à indústria automotiva e à economia local, a ideia qual é, o que tem por trás como grande objetivo? Efetuar investimentos em pesquisa, o desenvolvimento da cadeia de fornecedores, gerar emprego e renda. Então esses burocratas acreditam, o governo acredita que ele consegue induzir a economia a gerar emprego e, em consequência, renda e aumentar a competitividade da indústria nacional.

Mas qual é a realidade? Se puderem passar o slide... A gente começou muito tempo atrás com essas políticas, né? Desde 1957, foi quando o governo brasileiro começou a investir mais em indústria, com a teoria de fazer com que essa indústria recém-criada substituísse as importações que o país sempre realizou.

Então a gente não começou a nossa indústria porque descobriu que poderia se tornar bom em fazer alguma coisa ou porque a gente poderia contribuir para a cadeia global de produção, produzindo algo. Não, a gente começou a nossa indústria justamente com a mentalidade de proteção, com a mentalidade de substituir as importações que a gente fazia. Só que, em 1990, o governo Collor abriu a economia, e logo em seguida vieram vários programas de proteção ao setor automotivo.

Aqui há um ponto importante: por que o setor automotivo foi bastante protegido e outros não? Porque o setor automotivo é bastante concentrado, são poucos produtores que investem uma quantidade maior de investimentos, e eles, por consequência,  organizam-se muito bem.

Naquela época, por exemplo, o agronegócio era muito mais pulverizado, e tinha muito mais produtores e, portanto, muito mais dificuldade de se organizar e fazer lobby no governo. O setor automotivo não, ele desde cedo já tinha um poder de lobby muito grande, então já vieram vários programas. Logo em 92, a Câmara Setorial Automotiva, depois o Regime Automotivo; em 2013, no governo Dilma, o Inovar-Auto; e, mais recentemente, o Rota 2030.

Só que essa experiência não deu certo, então a gente já alocou, no Brasil, um Plano Marshall inteiro em substituição de importação e proteção a uma indústria local. O Plano Marshall , para aqueles que não lembram dos livros de história, foi um plano de ajuda liderado pelo governo americano que reconstruiu a Europa.

A gente colocou uma quantidade de recursos equivalente à reconstrução da Europa em subsídios à indústria brasileira, em subsídios. Isso não deu certo, então a gente tem ali a quantidade de desembolsos entre 1995 e aproximadamente 2015, do BNDES. Entre 2009 e 2017, a gente tem as políticas de substituição de importação que aumentaram e muito os desembolsos do BNDES. Então o BNDES emprestou cerca de 200 bilhões de dólares, sendo que metade desses recursos eram subsídios diretos e indiretos para empresas privadas. Será que isso dá certo? Será que isso dá resultado?

Se puder passar o slide, por favor. Será que dá resultado? Aqui eu quis trazer uma fórmula muito básica de economia. Quando a gente quer medir produção, quais são as variáveis que a gente leva em consideração? Em primeiro lugar, ela tem uma função de capital e de trabalho. Então K, capital; L, trabalho. Se você tem recursos para investir, se você tem pessoas trabalhando, e pessoas com boa formação, você produz mais.

Em terceiro lugar, ali, com a letra A, a gente tem um elemento que, na economia, a gente chama de produtividade total dos fatores. É algo que engloba uma série de coisas e é meio difícil de explicar mesmo, mas ela tem ali dentro tecnologia, tem o quão bem a gente aloca os investimentos, tem o quão bem a gente sabe fazer os produtos que a gente se propõe a fazer, ou seja, as evoluções e as melhorias internas dos setores. Ali na direita há a função Cobb-Douglas, que é uma função bastante básica que mostra a disposição de cada um desses elementos.

Então o desenvolvimento da economia brasileira depende de produtividade, e, para a gente produzir mais, depende de capital, depende de trabalho. Dentro de trabalho, não só o número de pessoas trabalhando, mas a capacidade delas de entregar produtos. Isso, ali dentro, tem educação, porque quanto mais bem formada uma mão de obra é, mais produtiva ela vai ser. Por último, a produtividade total dos fatores, que é o que eu disse: é quão bem a gente sabe fazer alguma coisa, é quão bem a gente aloca os recursos dentro da economia, é o quanto a gente tem em tecnologia.

E aí tem o IncentivAuto, que é uma medida, no final de contas, que tem as suas especificidades de mecanismos financeiros, mas que, no final de contas, no frigir dos ovos, ela é benefício concentrado para as montadoras a custos difusos para a população. Então, é a população pagando para que as montadoras tenham uma proteçãozinha para produzir, em teoria, mais e melhor. Quais são as contrapartidas do governo? Gerar, no mínimo, 400 postos de trabalho, plano de investimento de um bilhão de reais e a aplicação desse investimento em território paulista.

Mas será que esse é o resultado que a gente vai atingir? Será que, com esse programa, a gente vai conseguir melhorar a produtividade, trazer inovação e por aí vai? Não, a gente não vai conseguir, porque é aquilo que aconteceu em todos os projetos anteriores. Então, a gente não conseguiu gerar inovações com os programas anteriores como, por exemplo, o Inovar-Auto.

Ele gerou um enorme excesso de capacidade instalada. A indústria não se tornou mais competitiva. Ela se tornou, momentaneamente, mais competitiva, por causa de proteção, mas ela não é competitiva, porque ela está deslocada da cadeia global de produção. Foi alocado no Inovar-Auto um bilhão e meio de reais por ano para essas indústrias automotivas.

Essas políticas de proteção do setor automotivo, no final de contas, ainda foram condenadas na Organização Mundial de Comércio. Então, a gente tem aqui um diagnóstico completamente errado sobre como aumentar a produtividade da indústria. Acho que vai faltar tempo, se puder colocar o último slide, que é a agenda que a gente deveria percorrer se, de fato, quiser resolver esse problema.

Se a gente quiser resolver esse problema, a gente vai precisar, em primeiro lugar, de abertura comercial, melhorar o ambiente de negócios, melhorar o ambiente institucional, não fazer política de subsídios utilizando recursos públicos e, para isso, uma gestão fiscal responsável. A gente vai ter que incentivar o setor privado na melhoria da infraestrutura e, por último, garantir isonomia de tratamento.

Então, não é tratando um setor diferente do outro que a gente vai conseguir melhorar a economia do estado de São Paulo. Pelo contrário, vai ainda prejudicar o ambiente de negócios. Aqui tem um documento que eu gostaria de convidar o governador a se debruçar sobre ele.

Ele se chama Agenda Perdida, foi organizado pelos economistas Marcos Lisboa, hoje presidente do Insper, e também pelo economista José Alexandre Scheinkman, que hoje é professor da Universidade de Columbia. São dois dos melhores economistas do Brasil, que falam justamente sobre esses pontos, na melhoria do ambiente de negócio,  na melhoria da competitividade, inserindo no comércio internacional.

É um documento curto, de aproximadamente 50 páginas. Só que ele tem um ponto que eu acho muito curioso. Aqui eu termino, presidente. Ele é um documento de 2002. A gente tem os diagnósticos de como melhorar a competitividade da indústria brasileira, de como fazer São Paulo e o Brasil mais competitivo diante do mundo, a gente tem diagnósticos que estão aí há década, desde 2002. São 17 anos de diagnóstico que está disponível para todos os governantes estudarem, para todos os governantes se aprofundarem.

Sinceramente, quando a gente vê um programa de subsídio aparecendo mais uma vez em São Paulo, é uma confissão de que esses governantes não estudaram, não fizeram a lição de casa mínima. Então, eu queria convidar o governador João Doria a ler este documento. É um documento muito completo, composto pelos melhores economistas do Brasil, de 2002, que fala em como melhorar a competitividade da indústria brasileira e paulista.

Muito obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. O próximo deputado é o deputado Tenente Coimbra. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada, que, por permuta, passa o seu tempo ao deputado Carlos Giannazi.

Quero também dar ciência aos Srs. Deputados que hoje é aniversario do nosso amigo, o deputado Altair Moraes, a quem nós desejamos felicidades. Uma salva de palmas. (Palmas.) Muita saúde e muitos anos de vida, deputado.  

Com a palavra o deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Obrigado.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Para uma breve comunicação?

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Primeiro, agradecer ao deputado Telhada pela cessão do tempo. Vossa Excelência queria fazer uma... Parabéns pelo seu aniversário.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Rapidinho, Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Parabéns pelo seu aniversário, deputado.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Obrigado. Só agradecer ao nosso presidente Telhada, a todos os deputados. Muito obrigado. Cinquenta anos, meio século e vamos trabalhar. Obrigado, Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente, a Educação tem sido atacada em várias frentes pelo governo federal, aqui pelo governo Doria, tanto do ponto de vista do seu financiamento, como também do ponto de vista ideológico. E hoje nós estamos assistindo a mais um ataque.

Um ataque agora contra a gestão das escolas, contra as diretoras e diretores não só da rede estadual de ensino, mas também de todas as redes municipais, exceto a rede municipal de São Paulo. E esse ataque agora vem do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, do TCE. O TCE está lançando um aplicativo que se chama Olho na Escola. Eu até gostaria de colocar aqui no telão.

 

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- É exibida a imagem.

 

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Acabou de lançar agora o Olho na Escola, que é um aplicativo que, segundo o TCE, visa a trabalhar a melhoria da qualidade de ensino. Eu vou ler aqui: “O aplicativo destina-se aos pais, alunos, professores, funcionários e outros interessados. A função básica do aplicativo é dar voz à sociedade, integrando-a no controle social, tendo o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo como um intermediário com a área da Educação”.

Aparentemente é uma boa iniciativa, mas quando você começa a ler o projeto, a proposta, aí você fica estarrecido, estarrecida porque, na verdade, esse aplicativo nessas perguntas, essas indagações, serão feitas para a gestão da escola.

Então por que, por exemplo, a escola estadual de uma determinada região não tem a quadra para as aulas de Educação Física? Então, o pai pode indagar: “Por que a escola do meu filho é de lata?”. Então, é o diretor que tem que responder. “Por que na escola estadual do Jardim Campinas não tem funcionário, não tem agente de organização escolar?”. O diretor tem que responder.

“Por que na escola estadual do Jardim Varginha está faltando a merenda escolar?”. O diretor tem que responder e assim por diante. “Por que faltam professores na escola tal?”. Até na rede municipal é a mesma situação, porque o Tribunal de Contas do Estado também julga e acompanha as contas dos municípios, tirando o município de São Paulo, que como eu disse, já tem um tribunal de contas próprio.

Mas o fato é que o alvo das perguntas será a diretora da escola, será o diretor. Enfim, a gestão será responsável pelas respostas das indagações, das perguntas e até mesmo de elogios. Acontece que, aparentemente, repito, o projeto parece interessante, mas quando nós aprofundamos o conhecimento sobre o projeto, aí ele mostra claramente a sua cara.

Ele tenta jogar na prática a população, os pais de alunos, os alunos, os servidores e outras pessoas interessadas contra a diretora da escola. A diretora vai ter que responder e se responsabilizar por tudo. Quando nós sabemos - nós que somos gestores... E aí eu falo também com a experiência própria como diretor de escola.

Eu já fui diretor de rede estadual, sou licenciado da rede municipal de São Paulo desde 1997. Eu conheço profundamente escola. Então, eles querem criminalizar, jogar toda a culpa da crise educacional agora nas costas do diretor e da diretora da escola. Um verdadeiro absurdo quando o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo sabe muito bem qual é a causa real e principal da crise da Educação estadual.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Major Mecca.

 

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O tribunal sabe por que as escolas estão sucateadas, degradadas. O tribunal sabe muito bem por que não tem funcionários do quadro de apoio escolar. O próprio Tribunal de Contas já fez denúncias.

Fico chocado como o Tribunal de Contas do Estado lança um aplicativo desse, criminalizando e satanizando diretoras e diretores das redes públicas de ensino, da rede estadual e das redes municipais. Primeiro que o diretor não vai ter condições e tempo de responder todas as perguntas feitas, porque ele já está imerso, sobrecarregado, afogado com o trabalho do cotidiano escolar, sobretudo da parte burocrática, que consome uma boa parte do tempo do professor. Tem a questão pedagógica, a questão do relacionamento dele com a comunidade. Ele ainda vai ter que se preocupar em responder perguntas de um aplicativo, perguntas direcionadas a ele, à direção, à gestão da escola.

Já conversei com os diretores. Estão em pânico. Já conversei com vários, com dezenas de diretores e diretoras de escola, da rede estadual e das redes municipais. Eles estão extremamente revoltados com essa situação, e em pânico também. Porque dizem: “Olha, deputado. Não temos condições de atender esse aplicativo, essa exigência do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.”

Ou seja, esse aplicativo, na verdade, deveria ser direcionado, primeiro, para a Secretaria da Educação. Ela que tem que responder, porque 90% do que acontece nas escolas tem a ver, não com a escola em si - 90% ou até mais -, mas com a falta de investimento nas escolas.

Então, o pai vai reclamar: “Na escola do meu filho, não tem papel higiênico”. Não tem papel higiênico porque a Secretaria da Educação não financia o papel higiênico. “Na escola do meu filho, a quadra não é coberta. E meu filho está sem aula de Educação Física.” Quem cobre a escola não é o diretor da escola, é a FDE.

Então, tinha que cobrar da FDE, da Secretaria da Educação, tem que cobrar do governo estadual. Pouca coisa pode ser cobrada da escola: alguma coisa do cotidiano escolar, de horário. Agora, as maiores perguntas serão feitas para o diretor, mas que têm relação, ou com a Secretaria da Educação - com a sua omissão em relação ao financiamento da Educação - mas sobretudo com o FDE, porque não há investimento na estrutura. As nossas escolas estão todas sucateadas, degradadas, abandonadas. Temos centenas de escolas de lata no estado de São Paulo, centenas de escola sem quadras para as aulas de Educação Física.

As nossas escolas não têm salas de leitura, não têm salas de informática, não têm internet, não têm laboratórios, não têm oficinas. É uma degradação geral da rede.

As diretoras pedem reformas, ampliação, substituição de escola de lata por escola de alvenaria. A gestão escolar cumpre o seu papel o tempo todo. Agora, a FDE não cumpre o seu papel. E muito menos a Secretaria da Educação.

Então, Tribunal de Contas do Estado, faço um apelo ao Tribunal de Contas do Estado, ao presidente do TCE, para que reveja esse aplicativo e direcione, não para o diretor da escola responder, mas para o presidente da FDE, para o secretário de Educação e para o governador Doria.

Eles que terão que responder por que não estão reformando as escolas da rede estadual; por que mantêm mais de 100 escolas de lata; por que não estão comprando material de limpeza, merenda escolar, papel higiênico para as escolas; por que não contratam servidores do quadro de apoio escolar. As nossas escolas estão sem funcionários, inclusive, escolas de tempo integral. Ou não têm nenhum funcionário, ou têm um ou dois, no máximo.

Isso, quem tem que responder, não é a diretora, que ela pede. Não depende dela, não depende do diretor. Isso, não só da rede estadual, mas das redes estaduais também. Então, quero fazer um apelo ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Estou entrando, inclusive, com uma representação. Estou protocolando, hoje, uma representação no Tribunal de Contas do Estado, pedindo a anulação desse aplicativo.

Se ele pretende fazer um aplicativo, que ele direcione as perguntas, não para o diretor de escola, porque ele estará criminalizando e satanizando o diretor de escola, e jogando toda a população contra a direção, contra a gestão escolar. Já estão criminalizando os professores com o Escola sem Partido e vários outros projetos que tentam criminalizar o Magistério, os profissionais da Educação.

Agora estão atacando também a gestão, os diretores e diretoras das escolas estaduais e municipais dos 644 municípios do estado de São Paulo.

Então, eu quero repudiar esse projeto, em nome de todos os diretores e diretoras de escolas públicas do estado de São Paulo, e apelar ao Tribunal de Contas para que reveja esse aplicativo e direcione as perguntas para a FDE, para a Secretaria de Educação, e não para o diretor de escola. Primeiro que ele não tem tempo de responder essas perguntas. E não é atribuição dele. Ele nem tem o que responder. Tem que perguntar para a FDE e para a Secretaria da Educação. E sobretudo para o governador Doria, que se omite.

Agora lançou esses projetos marqueteiros, de PEI - Programa de Ensino Integral -, que é um projeto excludente; de Novotec, que eu já exaustivamente critiquei aqui, mostrei as contradições, realizei audiência pública desmontando os principais argumentos desse projeto.

Então, Sr. Presidente, para encerrar, eu gostaria que cópias do meu pronunciamento fossem encaminhadas para o presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, para a Secretaria Estadual de Educação e para o presidente da FDE, para que eles tomem conhecimento do meu pronunciamento e reformem as escolas, invistam nas escolas estaduais. Ninguém aguenta mais projetos marqueteiros. Isso é um absurdo total.

A rede estadual de ensino está destruída. E o TCE não pode lançar um aplicativo criminalizando diretores e diretoras da rede pública de ensino. Isso é um absurdo. Estou protocolando hoje uma representação.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Coronel Telhada.

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. Então, que as palavras do deputado Carlos Giannazi, por gentileza, sejam encaminhadas ao Sr. Presidente do Tribunal de Contas do Estado, ao Sr. Secretário de Educação e ao Sr. Presidente da FDE.

Encerrado o Grande Expediente.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Sr. Presidente, falar pelo Art. 82 pela liderança do PSL.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É regimental, Sr. Deputado. Vossa Excelência tem cinco minutos regimentais.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - PELO ART. 82 - Obrigado, presidente. Mais uma vez aqui na tribuna. Presidente, eu ia passar um vídeo, mas acredito que o senhor já tenha passado, de um aluno soldado da região do M-6. Salvo engano, aluno soldado Galdino. Mas eu queria consignar meus parabéns para o aluno, deputado Douglas Garcia.

Parece que eram cinco e meia da manhã. De guarda-chuva na mão, e o vagabundo veio fazer o quê? Assaltá-lo. Aluno soldado armado, devidamente preparado, o que fez? Fogo. Esse ladrão não assalta mais ninguém. Nenhum cidadão paulista, cidadão brasileiro vai ser importunado, deputado Douglas, indo ao trabalho. Saco. Morreu. É isso que nós esperamos. A legítima defesa sempre será legítima.

Ato contínuo, presidente, eu gostaria de comunicar à Casa: amanhã vai ser julgado o pedido de cassação do nosso governador. Tem a reportagem aqui; depois vou disponibilizar na minha rede social. O TRE São Paulo - Tribunal Regional Eleitoral - vai julgar, na quinta-feira, a ação que pede a condenação do governador de São Paulo, João Doria, e de seu vice, Rodrigo Garcia, por uso da publicidade da prefeitura da capital paulista para promover, durante a gestão de Doria, aquilo que viria a ser sua candidatura nas eleições de 2018. Talvez uma eleição frustrada à presidência da República, mas se beneficiou ao governo de São Paulo. E segue a matéria.

Para finalizar, a matéria do Poder 360 fala: as três propagandas, de acordo com a ação, destacavam a figura do ex-prefeito utilizando slogans publicitários não autorizados, sempre conectados com a futura campanha do governador. No caso do programa Asfalto Novo, você, cidadão paulistano, sabe o tipo de asfalto que nós temos na cidade de São Paulo, o queijo suíço que é essa cidade. E principalmente, Major Mecca, a redondeza da Assembleia Legislativa.

Imaginem só: nossas avenidas, aqui, já estão extremamente esburacadas. Vira e mexe, eu faço um ofício pedindo ao subprefeito que asfalte, que feche alguns buracos, deputado Douglas.

Na Assembleia, outro dia, tinha uma cratera aqui em frente. Passaram três meses. Só quando solicitei, vieram fazer o fechamento. Imagina na periferia de São Paulo como que não é.

Mas o gasto da prefeitura de São Paulo com propaganda, Jesus amado.

E, segue aqui: “o uso para promoção pessoal deu ensejo ao ajuizamento pelo Ministério Público do Estado de São Paulo de ação por improbidade administrativa em face de Doria. O julgamento da ação está marcado para as 15 horas dessa quinta-feira.” Não espero um resultado positivo; mas, espero que tenhamos, aí, Justiça, muito embora os processos que eu tenha colocado, eu, particularmente, perdi todos.

E, quando é contra um partido que governa o nosso estado há mais de 20 anos, aí é certeza que eu vou perder. Então, vamos esperar aí o resultado amanhã.

Mas, falando de propaganda do governador do estado de São Paulo, me chamou atenção, deputado Nascimento, uma propaganda que está passando inclusive no horário nobre, entre aspas, da TV brasileira. Eu achei que nós estávamos em outro país.

Eu gostaria de passar aqui a propaganda, por favor.

Tem outro vídeo? Então não é esse, não. Depois eu passo esse aqui.

A propaganda fala de uma polícia militar, Mecca, que eu acho que é de um outro país, uma polícia militar altamente preparada, motivada, ações especiais, deputada Monica, que, olha, dá gosto de ver.

Mas, Major Mecca, conhecendo a nossa Polícia Militar, que eu tanto admiro - ontem fui na revista geral, Coronel Telhada, no 38º Batalhão, estive lá com o coronel Friano, tenente coronel Friano, com a coronel Daniele, visitei o Batalhão, vi as necessidades do Batalhão.

Nossos policiais, nossos praças e oficiais não têm um alojamento decente para descansar. Eu deixei ali meu compromisso, não só com o comandante, mas com todos os policiais, de conseguir emendas parlamentares para construir o mínimo, para dar o mínimo, de dignidade para esses policiais.

Mas, a propaganda, Major Mecca, e no horário comercial, passando em várias emissoras de TV. Quanto será que o nosso governador não gastou nessas propagandas, talvez visando, aí, a campanha de 2022.

Então, começou cedo. Começou em 2017, na Prefeitura de São Paulo; e, agora, utiliza do seu cargo, utiliza do estado de São Paulo, para tentar se promover ao governo federal, a Brasília, ao cargo do nosso presidente Jair Messias Bolsonaro para 2022.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

A SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr. Deputado.

Pela ordem, deputada Monica.

 

A SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL - Gostaria de falar pelo Art. 82, pela Bancada do PSOL.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É regimental. Vossa Excelência tem o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. MAJOR MECCA - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Pois não, deputado. Dois minutos.

 

O SR. MAJOR MECCA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Complementando o que o deputado Gil Diniz acabou de dizer, o nobre deputado Carlos Giannazi citava agora há pouco as condições das escolas estaduais em todos os municípios do estado de São Paulo.

Nobre deputado, não diferente são as condições dos quartéis da Polícia Militar no estado de São Paulo. O deputado Gil falava no 38 Batalhão. Lá, o quartel está sendo construído com ajuda dos amigos da Polícia Militar na zona leste, pois o estado abandonou os nossos quartéis, as nossas estruturas.

Aí, nós perguntamos: quais são as prioridades do governo do estado de São Paulo? Porque não são os professores, não são os policiais, os homens e mulheres que produzem esses resultados de primeiro mundo no estado de São Paulo.

Um investimento em marketing fora do comum, passando propaganda em horário nobre na televisão. Quanto custa essa propaganda? Quanto custa isso? E o salário dos policiais e dos professores? Será que esses homens e mulheres não merecem uma atenção especial do governador que se diz ser um gestor, que não está gerindo olhando para as pessoas e está deixando à míngua seres humanos, como policiais militares?

Que, até a propaganda é real. Os homens e mulheres das forças de segurança de São Paulo estão entregando a sua vida, deixando o seu suor em solo paulista, para defender a vida do cidadão de bem. E, a prioridade é fazer marketing?

Isso é extremamente desumano e desrespeitoso, muito desrespeitoso com os nossos homens e mulheres.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado.

 Deputada Monica, V. Exa. tem os cinco minutos regimentais.

 

A SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL - PELO ART. 82 -  Mais uma vez eu subo aqui para falar do incentivo a auto, ou um projeto de filantropia, de caridade do governo do estado de São Paulo com o setor automobilístico, que não cai do céu, que tem relação com uma relação do governador do estado de São Paulo com o grupo Caoa e com o favorecimento de um segmento que muito contribui para que o estado de São Paulo...

O estado de São Paulo, antes da economia, antes da situação de Segurança Pública, tem outra questão de segurança, que é a segurança da vida das pessoas por causa da causa ambiental. Os especialistas estimam que em 12 anos o município de São Paulo vai ser irrespirável, e 73% dessa poluição vêm da indústria automobilística. Ontem a gente teve uma série de debates aqui sobre o incentivo a auto, mas eu queria chamar a atenção para a operação financeira.

Que fique explícito: a gente está aqui debruçado nessa mesma semana sobre dois projetos, um que fala de emprestar bilhões para a indústria automobilística, na base da caridade, porque é doação. É doação mesmo, transferência do dinheiro público para a iniciativa privada, porque um empréstimo subsidiado cria condições, que quem tomou o empréstimo pode chegar a pagar menos do que o valor que tomou emprestado. Ou seja, é caridade, é filantropia com dinheiro público.

A gente está fazendo caridade com bilhões de dinheiro público, e ao mesmo tempo o governo do estado de São Paulo fala para a gente que vai tomar dinheiro emprestado de banco estrangeiro para o projeto de despoluição do rio Tietê e do rio Pinheiros, pagando juros, porque lá no mercado externo não tem caridade com o governo paulista.

Então, vocês... várias teorias, ontem, sobre quem se posiciona, o que, mas ninguém conseguiu adjetivar o governador João Doria e a sua, no mínimo, inabilidade com as operações matemáticas e o cálculo financeiro.

Eu poderia falar que ele é um aventureiro político que surfa nas pautas para se eleger, mas cada vez mais está se caracterizando que João Doria não passa de um lobista que está no governo do estado de São Paulo fazendo política para beneficiar os seus colegas empresários.

Outra temática que eu queria debater, hoje, é, sim, uma temática muito importante para todo mundo, que o Brasil desconhece, mas que muito se usa no terrorismo eleitoral de aventureiros políticos, como João Doria, que é o tema da Segurança Pública. O Brasil desconhece, porque nós não temos uma Segurança Pública. O público, em geral, do Brasil, nunca conheceu o direito de ir e vir com segurança para casa, nem os trabalhadores que são trabalhadores, servidores públicos policiais, nem a população periférica dos centros urbanos.

Enquanto a vida não for uma garantia irrevogável para todos; enquanto nós não tivermos esse conceito que a vida é uma garantia irrevogável para todos, todos nós estaremos com uma arma constantemente apontada para nossa cabeça. E para ganhar voto e para usar como palanque político, as pessoas têm idolatrado e cultuado a morte.

O estado do Rio de Janeiro vive um estado de guerra. Morrem todos os dias favelados. No Morro de São Paulo, mais uma criança foi alvejada por bala, e morrem todos os dias os trabalhadores, servidores públicos da Segurança Pública, que eu repito, já disse muitas vezes aqui nessa tribuna: desconhecem para si, porque não têm para si garantidos os direitos humanos. São destratados dentro da corporação, são destratados nos seus direitos trabalhistas, são destratados cotidianamente quando o estado, numa política de guerra, os coloca para morrer no morro, quando os maiores traficantes ocupam os arranha-céus e os lugares mais ricos desse País.

Não é no morro que está traficante, não, e nem é na favela que a gente vai vencer a guerra às drogas, mas se a gente precisa avançar no sentido de Segurança Pública, para além de uma mudança cultural a Bancada Ativista protocolou, semana passada, um projeto que foi aprovado nesta Casa, mas o governador João Doria, que só usou a pauta da Segurança Pública para se eleger, a gente reprotocolou um projeto de lei que garante assistência médica e psicossocial integral aos trabalhadores da Segurança Pública: policiais, agentes penitenciários e trabalhadores da Fundação Casa.

O Fantástico mostrou, há duas semanas, que as doenças psicológicas fazem parte dos grandes males que acometem os policiais que trabalham sob forte pressão e que não têm garantida, pelo estado, essa assistência.

Por isso eu peço aqui a todos os parlamentares dessa pauta o apoio ao nosso projeto, que ainda está aberta a coautoria para quem quiser participar e ajudar a gente na aprovação desse projeto.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, senhora deputada.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Pela ordem, Sr. Deputado.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Eu gostaria de falar pelo 82.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É regimental. Vossa Excelência tem os cinco minutos regimentais.

 

O SR. APRIGIO - PODE - Sr. Presidente, só para uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É regimental, Sr. Deputado.

 

O SR. APRIGIO - PODE – PARA COMUNICAÇÃO - Aproveitando aqui o que a deputada está falando, do caso de o governador ou alguém proteger alguns amigos, eu queria te dizer, Monica, que lá em Taboão da Serra também acontecem essas coisas. Lá em Taboão da Serra nós temos pessoas que são secretários da prefeitura e que são empreiteiros da prefeitura, e que corre ainda um boato que ainda esse cara, a empresa do cara, é fantasma.

O Ministério Público já está investigando isso, e dizem que o prefeito ainda vai ter coragem de lançar esse cara que tem empresa fantasma para ser candidato a prefeito da cidade. Isso é abusar muito das pessoas. Isso é abusar da capacidade do ser humano e, principalmente, dos taboanenses, que não merecem um tipo de gente desses para administrar aquela cidade.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. Deputado Altair Moraes, V. Exa. tem o tempo regimental.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS – PELO ART. 82 - Obrigado, Sr. Presidente. Obrigado a todos os deputados, assessores, todos que estão aqui e  nos assistem na TV Alesp.

Hoje eu quero deixar um alerta para os pais. Algo que está me chamando muita atenção, e a gente tem que se pronunciar em relação a isso.  Massacre de Goyases, em Goiás: dois mortos, quatro feridos. Massacre de Suzano: 10 mortos, 11 feridos. Massacre de Realengo: foram 12 mortos e 22 feridos.

Antigamente isso acontecia dentro de nossas fronteiras. A gente tinha certo domínio, mas hoje nós vivemos em um mundo globalizado. O advento da internet tem inspirado alguns ataques e mortes às nossas crianças e jovens. Muitos pais aqui - fica um alerta para os pais - deixam os filhos diante do computador, de um tablet, de um celular, e pouco se importam com o que eles estão vendo, qual é a opinião deles, o que está passando na cabeça desses jovens e adolescentes.

Eu gostaria que os pais entendessem mais isso. Enquanto isso, a criança vai sendo bombardeada por estímulos negativos, até chegar o ponto que chegou agora. Um aluno - eu acho que vocês devem ter acompanhado - do Colégio Metodista de São Bernardo do Campo - ameaçou fazer com que esses massacres de Realengo, de Suzano, parecessem nada diante do que ele faria. Uma ameaça, uma ameaça clara.

Nós estamos falando de um jovem de 17 anos, de São Bernardo. Um jovem de 17 anos, isso é assustador. Estamos criando uma juventude agressiva, que quer matar, que quer destruir, e isso muito me preocupa.

Hoje eu faço 50 anos de idade, mas, como pastor, como pai, como marido, como avô, eu percebo que o ódio tem crescido a cada dia que passa na juventude, especialmente na juventude. Deixo aqui um alerta para os pais. Por favor, cuidem mais dos seus filhos. Vejam o que eles estão vendo na internet.

Como eu falei, vivemos em um mundo globalizado. As pessoas têm acesso a tudo hoje, e para que não aconteçam mais massacres como esses, eu sou totalmente contra o ódio. Eu sou a favor do que é justo, mas eu nunca peguei ódio. Ódio não.

Então, senhores pais, prestem mais atenção nos seus filhos, para que não aconteçam outras coisas, outros massacres, como têm acontecido. É só um alerta.

Obrigado a todos.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Presidente, pelo alerta. Eu consulto os senhores deputados, tendo em vista que nós não temos mais deputados no 82, e que o assunto da sessão está encerrado, se nós podemos levantar a sessão. Pois não, deputado?

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela ordem. Vim pedir exatamente, havendo acordo entre os líderes, o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Agradeço a V. Exa. por ter feito esse pedido, então. Portanto, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje, lembrando-os ainda da sessão extraordinária a realizar-se hoje às 19 horas. Muito obrigado a todos.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 16 horas e 54 minutos.

           

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