2 DE OUTUBRO DE 2019
49ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
Presidência: CAUÊ MACRIS
RESUMO
ORDEM DO DIA
1 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Abre a sessão.
2 - TEONILIO BARBA LULA
Para comunicação, anuncia a presença, nas galerias, de
membros do Sindicato dos Metalúrgicos.
3 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Coloca em votação requerimento de método de votação ao PL
752/19.
4 - CASTELLO BRANCO
Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao
PL 752/19, em nome do PSL.
5 - ADALBERTO FREITAS
Para comunicação, comenta matéria do jornal "Istoé
Dinheiro".
6 - TEONILIO BARBA LULA
Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao
PL 752/19, em nome do PT.
7 - SERGIO VICTOR
Para comunicação, justifica posição contrária ao Projeto de
lei nº 752, de 2019.
8 - DANIEL JOSÉ
Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao
PL 752/19, em nome do Novo.
9 - BARROS MUNHOZ
Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao
PL 752/19, em nome do PSB.
10 - TEONILIO BARBA LULA
Para comunicação, valoriza a carga tributária produzida pelo
setor automotivo.
11 - CAMPOS MACHADO
Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao
PL 752/19, em nome do PTB.
12 - MARINA HELOU
Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao
PL 752/19, em nome da Rede.
13 - RAFAEL SILVA
Para comunicação, tece considerações a respeito da economia,
no mundo. Justifica posição favorável ao PL 752/19.
14 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Coloca em votação e declara aprovado requerimento de método
de votação ao PL 752/19.
15 - GIL DINIZ
Solicita verificação de votação.
16 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Defere o pedido. Determina que seja feita a verificação de
votação, pelo sistema eletrônico.
17 - CARLOS GIANNAZI
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSOL.
18 - GIL DINIZ
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSL.
19 - HENI OZI CUKIER
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Novo.
20 - MARCIO NAKASHIMA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PDT.
21 - TEONILIO BARBA LULA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PT.
22 - ANDRÉ DO PRADO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.
23 - LECI BRANDÃO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PCdoB.
24 - FERNANDO CURY
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do
Cidadania.
25 - VINÍCIUS CAMARINHA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.
26 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Dá conhecimento do resultado da verificação de votação, que
confirma a deliberação anterior. Coloca em votação e declara aprovado o PL
752/19, salvo emendas e emenda aglutinativa. Coloca em votação e declara
aprovada a Emenda Aglutinativa nº 13.
27 - GIL DINIZ
Solicita verificação de votação.
28 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Defere o pedido. Determina que seja feita a verificação de
votação, pelo sistema eletrônico.
29 - GILMACI SANTOS
Para comunicação, anuncia a visita de Marcos Neves, prefeito
de Carapicuíba.
30 - DOUGLAS GARCIA
Declara voto contrário ao PL 752/19.
31 - JANAINA PASCHOAL
Declara voto contrário ao PL 752/19.
32 - VALERIA BOLSONARO
Declara voto contrário ao PL 752/19.
33 - MARINA HELOU
Declara voto contrário ao PL 752/19.
34 - SERGIO VICTOR
Declara voto contrário ao PL 752/19, em nome do Novo.
35 - CARLOS GIANNAZI
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSOL.
36 - RICARDO MELLÃO
Declara voto contrário ao PL 752/19.
37 - DANIEL JOSÉ
Declara voto contrário ao PL 752/19.
38 - CAMPOS MACHADO
Declara voto contrário ao PL 752/19.
39 - GIL DINIZ
Declara voto contrário ao PL 752/19.
40 - MAJOR MECCA
Declara voto contrário ao PL 752/19.
41 - ARTHUR DO VAL
Declara voto contrário ao PL 752/19.
42 - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS
Declara voto contrário ao PL 752/19.
43 - TENENTE NASCIMENTO
Declara voto contrário ao PL 752/19.
44 - HENI OZI CUKIER
Declara voto contrário ao PL 752/19.
45 - TEONILIO BARBA LULA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PT.
46 - GIL DINIZ
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSL.
47 - FERNANDO CURY
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do
Cidadania.
48 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Dá conhecimento do resultado da verificação de votação, que
confirma a deliberação anterior. Coloca em votação as emendas n°s
1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12, englobadamente, ao PL 752/19.
49 - GIL DINIZ
Encaminha a votação das emendas n°s 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,
englobadamente, ao PL 752/19, em nome do PSL.
50 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Coloca em votação e declara rejeitadas as emendas nºs
1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,e 12, englobadamente, ao PL 752/19.
51 - GIL DINIZ
Solicita verificação de votação.
52 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Defere o pedido. Determina que seja feita a verificação de
votação, pelo sistema eletrônico.
53 - CAMPOS MACHADO
Para comunicação, afirma que o deputado Gil Diniz perdera a
oportunidade de solicitar verificação de votação, quando da aprovação do PL
752/19.
54 - TEONILIO BARBA LULA
Para comunicação, rebate o pronunciamento do deputado Gil
Diniz.
55 - CARLÃO PIGNATARI
Para comunicação, afirma que 63 deputados votaram a favor da
Emenda Aglutinativa n° 13, ao PL 752/19, e não somente o PT.
56 - TEONILIO BARBA LULA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PT.
57 - CARLOS GIANNAZI
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSOL.
58 - GIL DINIZ
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSL.
59 - FERNANDO CURY
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do
Cidadania.
60 - ANDRÉ DO PRADO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.
61 - VINÍCIUS CAMARINHA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.
62 - HENI OZI CUKIER
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Novo.
63 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Dá conhecimento do resultado da verificação de votação, que
confirma a deliberação anterior. Convoca reunião extraordinária da Comissão de
Constituição, Justiça e Redação, a ser realizada hoje, cinco minutos após o
término da sessão.
64 - PAULO LULA FIORILO
Para comunicação, critica o deputado Gil Diniz. Discorre
acerca da coerência do PT.
65 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Informa que o governador João Doria deve estar presente nesta
Casa, amanhã.
66 - CARLÃO PIGNATARI
Para comunicação, agradece a seus pares pela aprovação do PL
752/19.
67 - TENENTE NASCIMENTO
Para comunicação, comemora a manutenção da paridade e da
integralidade para policiais militares, na reforma da Previdência.
68 - TEONILIO BARBA LULA
Para comunicação, agradece aos pares que votaram
favoravelmente à Emenda Aglutinativa n°13, de sua autoria, ao PL 752/19.
69 - CARLA MORANDO
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
70 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Defere o pedido. levanta a sessão.
*
* *
-
Abre a sessão o Sr. Cauê Macris.
*
* *
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB - Presente o número
regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior.
Ordem
do Dia.
*
* *
-
Passa-se à
ORDEM
DO DIA
*
* *
O SR. TEONILIO BARBA
LULA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Quero anunciar a
presença aqui do Aroaldo, que é o secretário-geral do Sindicato dos
Metalúrgicos, e do Wellington, que é diretor-executivo dos metalúrgicos e
discute política industrial e ajudou a fazer o debate desse projeto
IncentivAuto.
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB - Em nome da Assembleia
Legislativa agradecemos aos nossos convidados, convidados do deputado Barba, em
nome de todo o Poder Legislativo.
Item
01 - Em votação o requerimento de... A votação adiada do Projeto de lei 836, de
2019.
Retificando,
votação adiada do Projeto de lei 752, de 2019.
Há
sobre a mesa um requerimento de método de votação. Em votação o requerimento de
método de votação.
O SR. GIL DINIZ - PSL
- Indicar o deputado Castello Branco para encaminhar pela
bancada do PSL.
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Castello
Branco, então, para encaminhar em nome da bancada do PSL.
O SR. CASTELLO
BRANCO - PSL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Nobres deputados, vamos falar hoje do PL 752, de 2019.
Vou me permitir fazer, nobre deputado Barros Munhoz, uma apresentação técnica
em dez minutos.
Nós estamos falando de um programa
de incentivo para fortalecer e modernizar o setor automotivo paulista, tão
carente, tão necessitado, uma vez que nosso parque industrial está muito
defasado em todos os sentidos.
É um perfil meu fazer análises
técnicas, fundamentações teóricas, abordagens acadêmicas, com propriedade
intelectual. E estou fazendo aqui, hoje, uma sustentação oral para que esse
projeto seja economicamente viável, ambientalmente correto e socialmente justo.
As minhas bandeiras têm sido a
redução de tributos, a redução na máquina pública e a eficiência da gestão.
Então, nesse sentido, o tema me é afeto. Por isso tomei a liberdade de fazer a
exposição.
O fenômeno da globalização está
fazendo com que as indústrias automotivas se tornem, todas, montadoras. E o
“supply chain”, ou seja, o “cluster” da corrente produtiva, está fazendo com
que você não consiga montar mais nada sozinho. Você vai ter que montar tudo
junto com alguém. A indústria mãe vai exigir muita tecnologia, o projeto e a
gestão.
E isso está acontecendo em outros
segmentos, não apenas no setor automotivo.
Tudo começou, não se iludam, de
uma guerra comercial mundial. Estamos falando de um grande conflito mundial,
que substituiu a Guerra Fria. E, nesse sentido, isso chegou, também, ao Brasil,
com a guerra fiscal entre os estados, que já é declarada há mais de 20 anos, e
a cada ano aumenta mais.
É uma disputa interna
pela redução de impostos, visando atrair investimentos para os seus estados.
Esse aqui é o mapa da fábrica de automóveis no Brasil hoje. Eu não vou perder
muito tempo, mas eles empregam 111.400 pessoas, sendo 57 mil no estado de São.
Dos 23 fabricantes que ainda estão no Brasil, 65 plantas industriais.
O estado de São Paulo tem
16 desses fabricantes e 24 dessas plantas industriais. Muito bem. O mercado de
automóveis flutuou muito nos últimos anos, teve uma queda. Hoje, ele está
estabilizado, e a macroeconomia mundial e a macroeconomia brasileira estão
estagnadas. Isso é fato, e isso tem afetado a nossa vida, o Brasil tem crescido
a menos.
Isso aqui é uma venda
global de veículos por países. O Brasil ocupa hoje 0,5% do mercado mundial.
Mesmo assim, nós somos o 18º maior produtor de automóveis do mundo. Para que
vocês tenham uma ideia, isso aqui são os últimos programas de governo. Quem
inaugurou foi o Juscelino Kubitschek, em 1956, com o Geia.
Depois, no governo
militar, em 64, nós tivemos o Befiex para estimular as exportações. No governo
Collor, nós tivemos a abertura comercial, com acordo para redução dos impostos
sobre produção de veículos. No governo FHC, em 96, nós tivemos o regime
automotivo que estabelecia metas de nacionalização. No governo Lula-Dilma, nós
tivemos, em 2012, o Inovar-Auto, com a redução de IPI para automóveis e outros
benefícios. No governo Michel Temer, agora em 2016, o Rota 2030, com a redução
do IPI para veículos híbridos e elétricos.
Esse programa em São
Paulo é o segundo. O governo Serra teve um programa, em 2008, que previa um
benefício parecido com o que hoje estamos vendo. Os principais concorrentes do
Brasil no mundo, hoje, são esses. As principais concorrentes de São Paulo,
hoje, são o mercado internacional ou outros estados que tentam tirar a nossa
indústria daqui.
O único veículo
originalmente brasileiro que nós tivemos foi o famoso Gurgel, lá em São Carlos
e Rio Claro. Infelizmente, de uma maneira muito triste, o projeto não avançou.
É uma judiação. O que nós temos, hoje, são inúmeras montadoras que juntam
peças, e sai o produto final.
Nós estamos passando por
uma crise financeira que foi iniciada em Nova York. Teve uma depressão,
interrompida em 2019, mas que ainda não se recuperou. O IncentivAuto quer gerar
emprego, quer gerar renda, com descontos de ICMS. Vai gerando emprego com
controle.
Na verdade, ele quer
estimular os 11 polos industriais paulistas, vinculando o financiamento à
efetiva produção de novos veículos e novos produtos. Essa aqui é uma linha do
tempo muito rápida. Entre a aprovação do decreto-lei e sair o carro, nós
estamos falando em, no mínimo, de dois a quatro anos, dependendo de cada
planta, de cada projeto.
Então, talvez o próprio
governador não veja isso acontecer na prática. Se tudo transcorrer bem, eu
diria que vai acontecer, daqui para frente, mais três anos. Muito bem, isso
aqui é um detalhamento, em sete etapas, do que vai acontecer caso isso vá para
frente. O importante aqui é que a Assembleia Legislativa vai, lá na frente,
dizer sim ou não, de novo, na Lei Orçamentária Anual, na Lei de Diretrizes
Orçamentárias e no Plano Plurianual.
Portanto, se alguma coisa
não acontecer a contento nesse caminhar, aqui a Assembleia tem a oportunidade,
de novo, de dizer sim ou não. Isso aqui é um exemplo básico de como vai funcionar
o financiamento. Ele vai ser liberado em parcelas, até 80% do ICMS devido no
mês. O pagamento com desconto é quando ele for feito anteriormente ao prazo, e
o risco é minimizado pela auditoria.
Aqui você tem uma tabela
de isenções crescentes. Quando você faz essa conta, eu não vou fazer agora, o
desconto não é tão tentador como pode parecer. Isso aqui é um exemplo, que eu
também não vou perder tempo, é uma simulação de redução de imposto, lembrando
que é sobre produtos novos e carros novos.
Isso aqui são os pilares
para que você desenvolva qualquer polo econômico. Você tem que ter
simplificação tributária, tem que ter financiamento competitivo, tem que ter
tecnologia e inovação, tem que qualificar a mão de obra, tem que ter
infraestrutura e serviço, e tem que ter um ambiente de negócios favorável. Se
você não reunir essas seis condições, o polo não é desenvolvido. E o dinheiro
vai vir do Fundo de Apoio ao Contribuinte, que é um decreto dos anos 70,
portanto, ainda no regime militar, que visava: apoio à modernização,
reorganização e recuperação das empresas contribuintes do ICMS.
É um fundo de
financiamento e investimento para fortalecer a indústria, desenvolver novos
produtos e fomento de setores estratégicos, como é o setor automotivo. Aqui é
uma simulação também. Eu vou pular este slide porque ele é muito técnico. Pode
passar essas todas. É a fundamentação da legislação. É a explicação detalhada.
Vamos caminhando aqui
para o final. Essa é a emenda aglutinativa que foi proposta inicialmente pelo
ilustre deputado Barba e que depois foi aperfeiçoada e que chegou agora nessa
outra versão que eu acredito que atenda. Por quê? Ela permite a adesão de
projetos já iniciados antes do decreto. Ou seja, aquele empresário que
acreditou e que já começou, ele pode aderir.
Dois, ele amplia ou
implementa as etapas fabris em oito fases - estão aqui elas descritas - o que
garante que efetivamente o investimento vai chegar na ponta. E por fim, o
programa de desenvolvimento para veículos híbridos, a melhora da eficiência energética
e a queda da emissão de poluentes, que foi uma grande sacada que não estava
prevista no projeto original.
Os filtros. Eles vão
passar por três auditorias diferentes, sendo uma da Secretaria da Fazenda, uma
da própria Assembleia e mais uma externa, além da nossa participação aqui. A
produção em si. A fiscalização do fundo. Enfim, os meus agradecimentos aqui à
Secretaria da Fazenda.
Nós fizemos aqui quatro
horas de reunião. Explicaram-me, me desenharam, tirei uma série de dúvidas.
Aqui são algumas perguntas - indo para o final - importantes. Esse projeto de
lei atende a Lei de Responsabilidade Fiscal no Art. 14? Atende. A Lei de
Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual estão previstas como
regulatórias? Sim.
Vai gerar renda e receita
para o Estado? Sim, com uma arrecadação de 75% de novos produtos e novas
receitas que não existiam antes. Há uma projeção positiva? Sim, a partir do
segundo ano. Falta transparência? Por que estamos beneficiando só esse setor?
Não é verdade. A lei vai beneficiar outros setores, vai ajudar. Tanto que temos
aqui 59 pedidos em tramitação na Secretaria da Fazenda para atender outros
segmentos que não o automotivo. Vai gerar emprego? Sim. Vai gerar renda.
E aqui um ponto delicado
da equação. Caso pessoal da Caoa. Existe uma grande desconfiança de que essa
lei tenha sido direcionada para o Grupo Caoa. Isso de fato pode ter acontecido
porque o Sr. Carlos Alberto de Oliveira Andrade realmente tem um passado
suspeito, muitas críticas a seu respeito no meio empresarial e um benefício com
destino certo. Ou seja, há desconfiança.
Porém, mesmo que isso
ocorra, ele terá que se submeter a todos os critérios e isso não vai beneficiar
só ele. Poderá beneficiar outras pessoas, sem me aprofundar muito no caso dele.
Por fim, a visão de futuro. O mercado automotivo está passando por uma
transformação muito grande, isso é fato. Nós vamos caminhar para a
eletricidade, para a vocação para os híbridos, para o elétrico mais combustão.
O veículo como hoje nós
conhecemos está com os seus dias contados. Isso é fato. O mercado mundial vai
mudar muito até 2050 e o que hoje nós conhecemos como carro não mais existirá.
Essa é a tendência de mercado e, repito, indo para a conclusão, que na minha
visão hoje não há vícios processuais, não há inconformidade, nem ilícito, nem
improbidade, nem qualquer obstáculo para aprovação do PL 752.
Obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Com a palavra o
deputado Barba.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Para encaminhar em
nome da bancada do Partido dos Trabalhadores.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra
Vossa Excelência.
O
SR. ADALBERTO FREITAS - PSL - Posso dar uma
comunicação, presidente?
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra
V. Exa. enquanto o deputado Barba vai à tribuna.
O
SR. ADALBERTO FREITAS - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Só para complementar o que o deputado
Castello falou. Matéria do jornal “Istoé Dinheiro”. Economia. A venda de veículos
cresceu 10,1% em setembro, antes de setembro de 2018. Isso é dado da Fenabrave.
Mais uma observação. A Fenabrave também revisa a projeção de crescimento da
venda de caminhões em 2019, para crescimento. Obrigado, Barba.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esse é
um momento importante desse debate.
Quero iniciar
esse debate, primeiro, agradecendo a minha bancada: as três deputadas e os
outros seis deputados que depositaram toda a confiança no meu conhecimento pela
minha passagem na indústria. Me autorizaram, com a maior tranquilidade, a
negociar a emenda aglutinativa. Então quero iniciar já agradecendo a minha
bancada.
E iniciar
reconhecendo o papel do Carlão como líder do Governo. Você me ouviu com muita
paciência. Trocamos várias mensagens. Acabamos chegando numa emenda que não
resolveu tudo o que apresentamos. Mas a emenda aglutinativa. Aqui em cima está
o Wellington. Levanta a mão, Wellington. Eu, o Wellington, o Aroaldo... Levanta a mão, Aroaldo. O Aroaldo é o
secretário-geral do sindicato. O Wellington é empregado, trabalhador da
Volkswagen, diretor do sindicato.
Na
segunda-feira da semana passada, às 8 horas da manhã, estávamos dentro da
Volkswagen, discutindo com o diretor de Recursos Humanos da Volkswagen para a
America Latina sobre esse projeto. Ele ficou incumbido de consultar as outras
montadoras. Consultou. E consultou, inclusive, algumas empresas de autopeças.
Por que dizemos
isso? Porque esses caras estão acostumados a trabalhar com esse modelo de
projeto que apresentamos aqui na emenda aglutinativa. O projeto do governo, o
decreto tinha uma boa intenção. Mas a única coisa que o decreto fala é no Art.
3º, que fala da empresa beneficiária, de investir 1 bilhão de reais, que
continuo achando que é muito alto, mas ficou 1 bilhão. E do investimento no
território paulista, e da contratação de 400 trabalhadores.
O projeto de
lei tinha um artigo e um parágrafo único que não diziam nada. Então precisamos
colocar algumas coisas. O primeiro ponto que colocamos, para as empresas não
nos enganarem, é que elas têm que manter o nível de emprego ampliado.
Manutenção do nível de emprego ampliado.
Por que isso?
Se uma empresa tem 10 mil trabalhadores, vai investir 1 bilhão, faz a adesão ao
acordo, ela tem que contratar mais 400 trabalhadores. Ela não pode demitir 400
para contratar 400. Essa foi a primeira das conquistas que colocamos.
Segunda coisa.
Entramos no processo das etapas fabris, apresentada uma parte pelo deputado
Castello Branco na apresentação dele. O que são etapas fabris dentro da
fábrica?
Elegemos 12
operações que se considera que uma montadora, fazendo essas 12 operações, de
10, lá no Inovar-Auto, do governo federal, se ela fizer 10, é uma fabricante.
No estado, para não impedir, para não assustar ninguém, botamos que, das 12,
tem que praticar oito. Na emenda são 12 operações. Essa é uma outra conquista
importante.
Qual é a outra
conquista importante? O processo de pesquisa e desenvolvimento tecnológico,
inovação tecnológica. Essa é uma parte importante do projeto que precisamos
debater. Porque o estado de São Paulo tem que sair na frente para fazer com que
as outras montadoras vão atrás e realmente se tornem fabricantes de veículos.
Sei que isso demora. Não é uma coisa da noite para o dia. Mas é uma coisa para
você perseguir em oito ou 10 anos. Então tem também essa conquista.
Tem também a
questão de ferramentaria. Quando você desenvolve um protótipo, dispositivos,
ferramentaria, isso é uma inteligência de uma mão de obra qualificada. É uma
mão de obra qualificada e muito bem remunerada. Hoje, o que acontece? Se você
contratar uma hora de ferramentaria na China, possivelmente ela custe 15
dólares. Se você contratar no Brasil, possivelmente ela custa 30 dólares.
Mas tem um
setor do polo de ferramentaria brasileiro discutindo como melhorar a
produtividade e reduzir esse custo do polo de ferramentaria. Conheço, dos
empresários que trabalham com isso. Estive na Abimaq segunda-feira, no quinto
congresso deles, que é um congresso de empresários. Eu estive lá e conversei um
pouco com o Paulo Braga, que é um dos caras que lideram esse debate no polo de
ferramentaria.
Tem uma outra
conquista importante. E aí, deputado Barros Munhoz - você que foi ministro da
Agricultura, foi secretário da Fazenda, foi várias coisas -, por exemplo, nós
estamos falando aqui da questão da propulsão veicular, melhorar a energia. Nós
somos um dos países mais ricos do mundo em combustível renovável, que é o
etanol. Então, nós estamos propondo aqui o carro elétrico, o híbrido elétrico e
o combustível renovável, que é o etanol. Lógico que isso não quer dizer que nós
vamos abrir mão da nossa riqueza do pré-sal, dos 280 bilhões estimados; 280
bilhões de barris de petróleo que nós podemos ter para explorar. E é
imensurável esse tempo.
Mas por que eu
trouxe esse debate? E a minha bancada me autorizou. Porque eu vivi, deputado
Barros Munhoz, na minha vida de operário... Trabalhei 11 anos na indústria de
móveis, trabalhei cinco anos na Volkswagen, trabalhei 25 anos na Ford. Eu fiz
parte do processo de negociação desse projeto, quando ele se chamava
Inovar-Auto. Não só eu, eu e toda a diretoria do sindicato. Sexta-feira, eu vou
estar na diretoria do sindicato debatendo isso a convite dos meus companheiros
do sindicato. É um momento importante na vida da Assembleia paulista.
O senhor, que
tem mais tempo do que eu, o deputado Campos Machado, os mais antigos aqui na
Casa: eu acho que existe um ineditismo nesse projeto. Embora esteja setorizado,
mas aqui vai abrir uma demanda das indústrias do estado de São Paulo. O setor
de autopeças vai querer discutir isso aqui. O setor de autopeças, José Américo,
no estado de São Paulo, emprega 152 mil trabalhadores. No Brasil, o setor de
autopeças emprega 257 mil trabalhadores. Ele faz parte da cadeia automotiva. As
montadoras, no Brasil, empregam próximo de 110 mil trabalhadores. No estado de
São Paulo, elas empregam 57 mil trabalhadores.
Alguns
deputados me provocaram; eu não entrei na provocação. Perguntaram: “Por que
você está defendendo um projeto do governo?” Eu não estou defendendo um
projeto; eu estou defendendo um projeto que tem uma contrapartida. Uma
contrapartida com base na manutenção no nível de emprego, na inovação
tecnológica, em pesquisa e desenvolvimento, em ferramentaria, em combustíveis
renováveis.
Então, nós
temos pela frente uma oportunidade para que essa Casa comece a discutir,
deputado Sergio... Eu acho que é você, não sei se é você que vai falar, se é o
deputado Heni. Mas comece a discutir, no estado de São Paulo, um parque
industrial. Nós não podemos ter um país do tamanho do Brasil, onde a indústria
de transformação - deputado Heni, você que é o líder do Novo - foi algo próximo
de 10 por cento. Isso é muito pouco. Se somar hoje as três indústrias, a da construção
civil, a de transformação e a do agronegócio, no Brasil, nós não chegamos a 14%
do PIB brasileiro. Isso é um perigo, isso é um risco.
O deputado
Arthur do Val falou uma besteira aqui, naquele debate. Eu respeito o debate que
vocês tiveram, de maneira qualificada. Vocês não são contra as indústrias,
vocês são contra o incentivo para as indústrias. Vocês têm uma visão liberal
que eu respeito, e vocês fizeram um debate altamente qualificado. Eu disse isso
para o Heni, inclusive, a sua participação no debate foi muito importante. Eu
discordo totalmente da visão de vocês, mas o debate foi qualificado. Não dá
para um país de 210 milhões de habitantes abrir mão de indústria de ponta no
setor automotivo, de autopeça, de eletroeletrônico, de ferramentaria, de
estamparia, de indústria de máquinas.
Não dá para um
país igual ao Brasil, que é um dos oito países do mundo fabricantes de avião,
fazer a sacanagem que o governo brasileiro está fazendo, entregando - deputado
Castello Branco, você que conhece bem o setor - a Embraer, que tem tecnologia
própria, que desenvolve tecnologia, que venceu a Bombardier na Organização
Mundial do Comércio e na disputa comercial, está sendo entregue para a Boeing
toda a parte comercial e, depois, agora, vai incorporar a parte tecnológica.
Os americanos
não são bobos e vão, se quiser, poderão até destruir esse parque da aviação
brasileira. Então, se nós queremos ver este País avançar com conquistas, o
setor de serviços é importante, é o maior PIB do Brasil hoje; o setor de
comércio responde por mais de 20% do PIB; o setor de serviços, por 63% do PIB,
o último dado.
Mas, não dá
para abrir mão da indústria brasileira e da indústria no estado de São Paulo.
Então, por isso que eu construí, defendi, minha bancada, estou convocando toda
ela para que esteja presente no plenário, porque nós vamos votar a favor,
porque aceitaram a nossa emenda aglutinativa.
Por último,
para encerrar, presidente, estamos na tolerância: também conversei com o
deputado Carlão Pignatari. Ficou uma parte fora, ficou uma parte importante, em
que a gente trata da formação, da qualificação da mão de obra.
Qualificação e
requalificação. E, tem um compromisso que se aprovado o projeto, na hora do
decreto regulamentatório a gente tentar incluir essa parte que ficou de fora,
que é importante para as indústrias do estado de São Paulo, e é importante para
os metalúrgicos do ABC e os metalúrgicos do estado de São Paulo que trabalham
no setor automotivo.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. HENI OZI CUKIER - NOVO - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem,
deputado Heni.
O
SR. HENI OZI CUKIER - NOVO - Eu queria indicar o
Excelentíssimo Deputado Daniel para encaminhar pela bancada do partido Novo.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a
palavra o deputado Daniel em nome do encaminhamento do partido Novo.
SR.
SERGIO VICTOR - NOVO - Pela ordem,
presidente. Para uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Comunicação.
Enquanto o deputado Daniel vai à tribuna, tem a palavra.
SR.
SERGIO VICTOR - NOVO - PARA COMUNICAÇÃO -
Só com relação ao que o deputado Barba falou, o debate foi respeitoso, sempre
respeitoso. Mas, eu reforço aqui o que eu já falei no discurso: o presidente da
Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Luiz Carlos
Moraes, afirma: “Da porteira para dentro, nossas fábricas estão preparadas.”
Não adianta a gente ficar pegando dinheiro do
pagador de imposto para ficar dando benefício e privilégio para uma indústria,
para um segmento. Porque é isso que a gente está fazendo na prática: você está
bancando o emprego de uma indústria que já está preparada da porteira para
dentro. Eles sempre falam: nosso problema no Brasil é logística,
infraestrutura, burocracia.
E, para isso, a gente vê pouco esforço
para a gente melhorar o ambiente de negócios. Por isso, também, de novo, que a
gente está com um projeto para ser aprovado, imagino que não vai mais ser hoje,
o PL 4, que é o Plano Estadual de Desburocratização, o Código de Defesa do
Empreendedor, o revogaço, para a gente revogar outras leis.
Mas, a gente tem que focar no que é
preciso, no que a gente tem realmente um gargalo, e não ficar pegando dinheiro
do pagador de imposto e repassando para empresas e para um setor específico.
Obrigado.
O
SR. DANIEL JOSÉ - NOVO -
Na semana passada, a gente teve uma discussão de alto nível aqui neste plenário
sobre aspectos técnicos do projeto do IncentivAuto.
E, uma premissa
que a gente fez questão de deixar claro e que acho que é importante reforçar é
que a nossa preocupação principal é com o desenvolvimento do estado, fazer com
que o estado de São Paulo tenha uma economia produtiva, competitiva a nível internacional.
Proteger a
indústria ineficiente não é o caminho. As evidências mostram que as indústrias
que são mais protegidas são menos competitivas. A gente se preocupa com
emprego, óbvio. a situação no Brasil é de dificuldade econômica e nós nos preocupamos
com a alta quantidade de desemprego que está presente hoje no país.
Mas, muitas
vezes, por querer fazer as coisas do jeito certo, sem ter as informações
corretas, acabamos sendo induzidos a erros. Na semana passada, também, o
deputado Carlão Pignatari, o líder do Governo, pediu para que eu trouxesse aqui
economistas para falar por que que incentivo fiscal e subsídio para indústria
automotiva são ruins.
E, eu resolvi
trazer um economista aqui. Eu queria pedir para o pessoal colocar um vídeo de
uns cinco minutos do economista Marcos Lisboa apresentando em um evento
organizado pela Quatro Rodas, na Volkswagen, o porquê de o subsídio para a
indústria automobilística é ruim para a competitividade da indústria, e o
porquê que a gente vê essa desindustrialização no Brasil, justamente onde o
Estado brasileiro protege mais.
Então, queria
pedir para o pessoal colocar a exposição do economista.
* * *
- É feita a
exibição de vídeo.
* * *
Então, esse é o
trecho que eu escolhi colocar do economista Marcos Lisboa, que fala justamente
sobre como a agricultura no Brasil prosperou, justamente por conta dos
subsídios diminuírem, por conta das condições para abertura de mercado
aumentarem, e, por consequência, um maior acesso aos produtores brasileiros a
mercados internacionais e, em consequência, um aumento constante de
produtividade.
É nessa linha
que a gente deveria seguir, e não na linha do projeto que está sendo proposto
hoje, que, infelizmente, muitos de vocês vão votar a favor. Infelizmente, é um
projeto que vai na contramão do que o Brasil precisa, do que o estado de São
Paulo precisa.
Subsídio para a
indústria automobilística é algo que já deveria ter ficado na década passada, e
hoje, em 2019, no estado de São Paulo, que, supostamente, tem um governo liberal,
traz aqui um projeto que vai exatamente na contramão daquilo que deveríamos
defender. E o deputado Carlão, líder do Governo, também sempre fala: “Poxa, mas
vocês do Novo moraram fora do país, vocês do Novo não estão por dentro da
realidade brasileira.”
Nós vamos
estudar fora do Brasil para nos prepararmos o melhor possível, para depois
voltar aqui e fazer o melhor trabalho para servir a população paulista. Não
estamos desconectados da realidade. Pelo contrário, sabemos exatamente o que
acontece, pois temos o preparo técnico e rodamos todo o estado e entendendo na
ponta o que está acontecendo.
Então, deputado
Carlão, eu queria deixar muito claro que quem entende da realidade não é só
quem está na ponta, mas quem também estuda os números, quem estuda economia.
Isso é superimportante, e, infelizmente, a maior parte dos políticos no Brasil
não fazem essa lição de casa, e é por isso que esses políticos caem nessas
armadilhas, como as de hoje, desse projeto que, claramente, não resolve os
problemas da indústria; esse projeto que não aumenta a competitividade e
produtividade da indústria, mas que vem embalado como uma suposta forma de
modernizar a indústria automotiva.
Isso já não
funcionou desde 92, e não vai ser agora que vai funcionar. Então, infelizmente,
hoje estamos aqui tendo que discutir um projeto que não deveria ser mais tema
de discussão há muito tempo. É uma pena que a maior parte dos deputados aqui
presentes na Casa, e não presentes, sejam favoráveis a um projeto, muitas vezes
bem intencionado, com o coração no lugar certo, mas que, tecnicamente, não têm
respaldo. Tecnicamente vão na contramão daquilo que deveria ser feito. É usar
dinheiro do pagador de impostos para financiar uma indústria ineficiente, e
essa, como disse o economista Marcos Lisboa, é a receita para a gente continuar
sendo um país pobre.
Obrigado.
O
SR. BARROS MUNHOZ - PSB - Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem,
nobre deputado Barros Munhoz.
O
SR. BARROS MUNHOZ - PSB - Para encaminhar pelo PSB.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra
V. Exa., com anuência do líder, Vinícius Camarinha.
O
SR. BARROS MUNHOZ - PSB - Caro presidente, Cauê Macris, Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, colaboradores da Assembleia, senhoras e senhores que nos honram com
suas presenças, senhores telespectadores da TV Assembleia, minha gente, há um
grande equívoco no Brasil. Quem quebrou este país não foram os políticos. Foram
os economistas. Isso é indiscutível e inquestionável. Um mais poderoso do que o
outro, um mais dono da verdade do que o outro. Eu vejo esse Marcos Lisboa falar
abobrinhas há vários e vários anos. São teóricos, não conhecem absolutamente
nada da realidade.
O jovem e
voluntarioso deputado Daniel José, que está fazendo um grande mandato, se
esforça, tem conteúdo no que fala, está redondamente enganado. O senhor não
conhece absolutamente nada da agricultura brasileira, e nem da agricultura
mundial.
Eu me lembro
que, quando fui indicado para o ministério do presidente Itamar, estive na Fiesp.
Era moda, pelos economistas à lá Marcos Lisboa, criticar subsídios. Eu, caipira
de Itapira, aprendi com os caras de mãos calejadas, com os caras de rostos
sulcados de suor e, muitas vezes, de lágrimas, pela injustiça com que é tratado
quem produz em nosso país. Eu disse aos empresários que nós precisávamos, sim,
fazer como a França faz, fazer como os Estados Unidos fazem.
Os Estados
Unidos são contra a taxa de importação. Economistas como Marcos Lisboa defendem
isso. Não deve existir taxa de importação de produto agrícola dos Estados
Unidos. Só que a laranja do Brasil, para entrar nos Estados Unidos, tem que
pagar uma contribuição que sabem como se chama? “Taxa de proteção ao produtor
americano de laranjas”. É o fim do mundo.
E vem aqui...
Como eu disse a um secretário da agência de agricultura dos Estados Unidos: “O
senhor vem querer nos dar lição? Por que o senhor não vai dar lição na Flórida?
Por que o senhor não vai dar lição na Califórnia e acabar com os incentivos que
os senhores dão?”.
Um dia, em
Paris, houve uma conflagração de produtores de leite. Não tinha lugar para ir.
Você ia para cá, estava o trânsito congestionado; ia para lá, também; ia para
lá, também. Falei para o motorista: “Que chato isso. Vocês defendem essa
situação? Não tem jeito de acabar com isso?”. “Não, pelo amor de Deus. Esse
povo é o que nos mantém vivos. Precisamos deles para viver.” E assim é no mundo
inteiro.
O grande
Ulysses Guimarães, meu caro líder Carlão, defendeu que o dinheiro que ficava
nos bancos não rendesse juros, a conta corrente, e que fosse aplicado todo esse
dinheiro, sabem onde? No subsídio da agricultura.
E foi assim,
corrigindo grandes injustiças, bem antes da Embrapa - o Marcos Lisboa não sabe
nada disso -, com o Instituto Agronômico de Campinas, fundado ainda no tempo do
império. O pai de todas as culturas do Brasil é o IAC, da Secretaria de
Agricultura do Estado de São Paulo. Então, construímos uma agricultura que
afronta o mundo, mas que tem que ser defendida, como o é em todo o mundo.
Eu acho muito bacana
as pessoas bem-sucedidas no mundo financeiro, todas ricas, milionárias,
trilhardárias, defenderem que não deve haver subsídio. É, realmente, eles não
precisam mesmo. Eles já tiveram tantos. A coisa mais subsidiada no Brasil é
banco. Onde, em qualquer lugar do planeta Terra, existe um banco que cobre 400%
de juros ao ano? Onde existe isso? Vinte, trinta por cento ao mês. É isso que
precisa acabar. Precisamos falar a verdade.
Minas Gerais!
Eu vou cobrar do pessoal do Novo. Vou cobrar. Quero ver o que o Zema vai fazer,
porque todas as indústrias que estão lá são subsidiadas. Todas. Vou repetir: é
só ir a Jacutinga ou a Extrema e ver como eles conseguiram indústrias. É lógico
que não foi o Novo, é lógico que não foi o Zema. Mas eles são contra, eles têm que
acabar com isso.
Então, minha
gente, realisticamente, emprego! Vamos aprovar esse projeto, sim. Ele foi o
melhor concebido até hoje na história do Brasil. É um subsídio que só começa a
ser dado depois que o empresário investe. Aliás, quero parabenizar o Barba. O
Barba deu um show aqui. É difícil, porque a ideologia, ela prejudica o combate,
porque as pessoas são pichadas: então a esquerda tem que ser assim, a direita
tem que ser assim. Olha, minha gente, vamos parar com isso. Nós precisamos de
subsídio. A nossa agricultura, repito, foi subsidiada e é subsidiada.
Sabe quanto era o
investimento na agricultura, deputado Campos Machado, no tempo em que ela
começou a se fortificar e havia disposição da agricultura brasileira? Vinte e
três bilhões de dólares. Quando eu fui ministro, o depois presidente e ministro
da Fazenda, Fernando Henrique, queria dar para a safra brasileira de 93/94 dois
bilhões e meio de dólares. Eu consegui com o presidente Itamar Franco sete
bilhões e meio, três vezes mais o que o ministro Fernando Henrique queria dar.
E foi assim que nós
podemos bater no peito e dizer: nós temos a agricultura mais competitiva do
mundo. Só temos vantagem comparativa com qualquer outro país do planeta Terra
em matéria de agropecuária. Perdemos em todos os demais segmentos, todos, mas
ganhamos nesse, que é o sustentáculo do Brasil: agropecuária. Vamos aprovar
esse projeto, e o governador João Doria vai poder fazer aquilo que todos nós
precisamos e queremos que ele faça: gerar emprego e renda para São Paulo.
O SR. CAMPOS MACHADO -
PTB - Sr. Presidente, para encaminhar pelo PTB.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ
MACRIS - PSDB - Vossa Excelência tem a palavra, em nome
da liderança do PTB.
O SR. TEONILIO BARBA LULA
- PT - Sr. Presidente, para fazer uma comunicação, com a
anuência do orador.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ
MACRIS - PSDB - Tem a palavra.
O SR. TEONILIO BARBA LULA
- PT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, aqueles dois
rapazes que estão ali têm um estudo, deputado Barros Munhoz, que acabou de
falar agora, o nosso Sindicato dos Metalúrgicos tem, sobre a produção de carga
tributária neste país. Enquanto o setor automotivo produz para todos os
governos do Brasil, na esfera federal, estadual e municipal, próximo de 600
milhões reais, o setor do agronegócio produz próximo de 60 milhões de reais,
exatamente pelo tamanho do subsídio que o deputado Barros Munhoz acabou de
falar aqui agora.
Então,
comparar o setor do agronegócio com a indústria em termo de produção... A
arrecadação do Estado é tributo, não tem jeito. Então o setor agropecuário, o
agronegócio é importante, mas não produz, deputado Campos Machado, nada
comparado para os países, enquanto riqueza, à mesma carga tributária que produz
o setor automotivo.
O
SR. CAMPOS MACHADO - PTB -
Sr. Presidente, inicialmente eu quero dizer que não são apenas alguns deputados
que vêm à tribuna que defendem o emprego, deputado Paulinho. Nós também
defendemos o emprego. O meu partido, se eu não me engano, chama-se Partido
Trabalhista Brasileiro, responsável por todas as conquistas sociais e
trabalhistas que existem no Brasil. Nós defendemos o emprego.
Mas eu queria também
dizer - me desculpe o deputado Barros Munhoz -, que esse não é o maior projeto
da história, não é. Acabamos de ouvir o deputado Castello Branco. O deputado
Castello Branco, um homem que eu respeito, que pertence à gloriosa Aeronáutica,
deixou implícita a possibilidade - tendo em vista o dono da empresa ter um
passado nebuloso - de esse recurso estar sendo direcionado. Não fui eu apenas
que falei isso, foi o deputado Castello Branco que fez aqui um maravilhoso
estudo.
Eu sou um criminalista, o
deputado Castello Branco é um técnico. Ele fez um grande trabalho técnico.
Agora, deputado Roque Barbiere, meu grande e querido amigo, nós temos uma
posição. Somos contra o projeto. Fomos, sim, contra o projeto. Mas eu não posso
deixar de louvar, também, o esforço que foi feito pelo deputado Barba, que
apresentou uma proposta alternativa, discutiu essa proposta com o líder do
Governo.
Essa proposta
alternativa me impede de avançar no terreno da especulação, que eu deveria
seguir o que fiz anteriormente. Mas, em respeito, deputado Barba, ao seu
trabalho. E reconheço o trabalho do líder do Governo. Olha quem está falando.
Eu sou obrigado a me ater a apenas algumas circunstâncias.
Eu não confio
na finalidade desse projeto. Faz pouco tempo votamos o que aqui? Vamos baixar o
ICMS do querosene. Mas as passagens aumentaram, deputado Emidio! Qual é o
milagre? Qual é o “passe mandraquiano” que fez com que se abaixe o ICMS e o
preço da passagem subisse?
Aí diz o
deputado Barros Munhoz, meu amigo, meu irmão,... ”o governador João Agripino
enviou um projeto histórico”. Onde está a história, deputado Heni? Desculpe-me.
Eu tenho uma série de restrições, deputado Carlos Cezar. Será possível que não
existam outras empresas que também precisem?
Eu quero
cumprimentar o meu amigo, deputado Camarinha, sorridente e feliz, porque esse
projeto, segundo o nosso irmão, deputado Barros Munhoz, é o maior projeto da
história. Nem em Marília esse projeto passaria pela Câmara Municipal.
Mas, deixando
isso de lado, vamos ao que interessa, deputado Conte Lopes. Evidentemente esse
projeto vai ser aprovado. O Novo tem uma posição que tem que ser respeitada.
Nós respeitamos a posição do partido Novo. Para que respeitem a minha posição é
preciso que eu respeite a posição dos outros.
O deputado
Roque Barbiere, por exemplo, vai votar a favor do projeto. Eu não tenho
condições de votar a favor. Primeiro que eu não acredito no projeto, segundo
que eu não acredito no espírito do projeto. “Mas Campos Machado, falando em
espírito?” Todo mundo entendeu o que eu quis dizer.
Eu não acredito
no espírito do projeto. Na benevolência do governador João Agripino. Nesse
coração majestoso, nessa visão de estadista. Não posso concordar, deputado
Heni.
Daí a minha
posição contrária. Mas, por outro lado, sou obrigado a reconhecer que, em
matéria de agricultura, nenhum deputado desta Casa tem a experiência que tem o
deputado Barros Munhoz.
Ele foi
secretário de Agricultura indicado pelo PTB, quando aqui cheguei. Ele foi
ministro da Agricultura. Ministro. O que eu entendo de agricultura é o que os
senhores deputados entendem. Nada. O deputado Barros Munhoz entende. Ninguém
seria ministro sem experiência.
Voltando o
relógio do tempo, tomando o trem da saudade, deputado Barros Munhoz, eu me
lembro da sua indicação. Cheguei ao seu escritório perguntando pelo deputado
Barros Munhoz, já estava na Casa há algum tempo. Disseram “ele está trancado lá
em cima, estudando questões de agricultura”. Antes de assumir o cargo de
secretário, ele já entendia perfeitamente do assunto. Visitou quase todos os
municípios do estado e foi escolhido ministro não porque ele tinha partido,
porque o presidente Itamar Franco disse, lá no Bandeirantes, que ele escolhia
um técnico, um homem capacitado.
Eu tenho que fazer esse
registro aqui, deputado Barros Munhoz, em nome da história, e para quem está aqui agora. Vossa Excelência está
percebendo que esta legislatura está caminhando, a passos largos, para ser a
pior legislatura da história desta Casa, mas vai fazer o quê?
Assistimos hoje a um fato
lamentável, de uma deputada sair dançando nos corredores. Mas deixando esse
fato para lá, voltando ao deputado Barros Munhoz, quero fazer justiça. Quando o
deputado Barros Munhoz sobe aqui para falar de agricultura, eu nunca pedi um aparte a ele. Ser proprietário de fazenda
não me dá o direito de dizer que eu entendo de agricultura.
Ele entende, como a
deputada Bebel entende de Educação. “Eu não gosto da deputada Bebel.” Eu posso
não gostar, mas de Educação ela entende, faz 500 anos que ela está na Educação.
Então, tem algumas questões que nós somos obrigados, deputado Carlão, a
reconhecer pela história. Eu sou obrigado. Eu acabei de dizer do papel fundamental
que tiveram V. Exa. e o deputado Barba na elaboração dessa proposta, que eu
posso votar contra, mas eu não posso deixar de reconhecer que ela é muito
avançada.
É por isso, Sr.
Presidente, que eu quero reiterar, uma vez mais, saudando o meu grande amigo e
irmão, deputado Milton Leite Filho, 2º secretário, meu futuro afilhado de
casamento – ....“Dessa você não sai mais” - , que temos que ser coerentes. A Adão, o que é de Adão; a
Eva, o que é de Eva. Não dá para retirar do deputado Barros Munhoz, para encerrar,
o conhecimento profundo que tem pela agricultura.
Eu quero manter aqui, uma
vez mais, a minha posição. Vou votar contra, por questões implícitas de
consciência e de convicção, mas não posso deixar de reconhecer, volto a dizer,
o grande trabalho que foi feito pelo deputado Barba e pelo líder do Governo.
Sr. Presidente, o tempo se esvai. Verifico que me faltam
apenas 28 segundos. Eu quero dizer a V. Exa., deputado Cauê Macris,
que se, por acaso, eu fui indelicado com V. Exa. hoje, como sempre acontece, eu
lhe peço desculpas, porque V. Exa. não é apenas meu amigo, é meu irmão de fé, e que o considero, por ter
caráter e ser leal.
A SRA. MARINA
HELOU - REDE - Sr. Presidente, gostaria de encaminhar pela Rede.
O SR.
PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra Vossa Excelência.
A SRA. MARINA HELOU - REDE - Boa noite, caros colegas, todas as pessoas que nos assistem pela TV Alesp
e todas as pessoas que nos acompanham na tribuna. Eu quero começar
parabenizando o líder do Governo, deputado Carlão, e o líder da Oposição,
deputado Barba.
Ainda que eu
seja completamente contra esse projeto, eu valorizo muito a iniciativa deste
Parlamento trabalhar para melhorar e construir políticas públicas em que
acreditam para a população. Acho que o trabalho de vocês foi importante, porém,
não me convence a votar em um projeto que, na minha visão, acelera diretamente
para o passado.
O nosso papel,
enquanto representantes do Legislativo, é construir leis e políticas públicas
que construam o hoje e o amanhã, que construam um projeto de futuro, e esse
projeto, por três motivos, nos leva diretamente ao passado. O primeiro deles já
foi amplamente debatido, nesta tribuna, pelos colegas do Novo, pelo Marcos
Lisboa, sobre o quanto um projeto intervencionista no setor automobilístico não
funciona.
A indústria se
tornou dependente, gera empregos que não são consistentes a um preço muito alto
para o estado e não sou eu, não é o Daniel, não é o Marcos que estão dizendo.
São anos e anos do Brasil investindo nessa mesma política sem resultados, com
dados e estatísticas que nos mostram o contrário, mostram-nos que não funciona.
O segundo motivo pelo
qual esse projeto é acelerar diretamente para o passado é a falta de clareza
que ele nos traz. Num momento de restrição orçamentária que vivemos num estado
tão importante, a gente pega um pouco do dinheiro que a gente tem, não sabe
quanto é o valor para destinar para um projeto que a gente não sabe por quanto
tempo dura, e nem quais serão os critérios para as indústrias serem escolhidas.
Elas irão colocar
projetos e o Conselho do Governo irá escolher quais indústrias serão
agraciadas, quais empresas poderão ser escolhidas, criando uma
discricionariedade muito perigosa entre o poder público e o poder privado. A
gente não tem como saber a partir desse projeto quem que a gente está apoiando
e como será feita essa escolha.
Isso não é bom para
políticas públicas. Mas o terceiro motivo, que é o principal que me faz subir
aqui nesta tribuna hoje, é que a gente precisa urgentemente usar as
oportunidades para construir um modelo de desenvolvimento do futuro, um modelo
de desenvolvimento que seja sustentável. E hoje, a indústria automobilística é
prejudicial ao nosso planeta e às nossas pessoas.
A combustão, ou seja, a
poluição dos carros, mata mais do que a Aids, malária e cigarros juntos. Isso é
um dado comprovado. E a gente investir esse setor, não investir num novo modelo
de desenvolvimento, é perder a chance de construir uma nova forma de se
conectar com o futuro e existe sim uma necessidade de criação de empregos. Ela
é urgente e ela é real, mas ela pode ser feita sim incentivando uma indústria
que seja sustentável.
Essa semana, eu visitei
em Atibaia uma empresa incrível de reciclagem de plástico que a partir do lixo
cria, exporta para cinco países matéria-prima de primeira qualidade. Emprega
mais de 500 pessoas diretamente e indiretamente mais de 1.000 pessoas, sem
nenhum incentivo, porque na verdade é bitributada.
A gente precisa entender
que essa indústria de futuro, uma indústria que se conecte com as necessidades
ambientais que a gente vive, com as necessidades das pessoas, ela é urgente. O
estado tem pouco dinheiro para investir. A gente tem que investir na agenda que
nos constrói o futuro.
Não dá mais para a gente ignorar
que a indústria do passado não vai nos levar a construir uma agenda de futuro.
Einstein há mais de 70 anos já disse que não dá para continuar insistindo nas
mesmas formas e esperar resultados diferentes. O que isso quer dizer?
A Universidade Paulista
de Medicina comprovou que 4.000 pessoas morreram no último ano por conta da
poluição atmosférica causada por carros à combustão. E a gente incentiva a
indústria sem nem ao menos obrigar que sejam novas tecnologias renováveis, que
poderia ser uma forma da gente se colocar numa agenda de futuro e se tornar
protagonista nesse tema. Mas não, a gente insiste na mesma forma que já não
funciona.
O planeta vive uma crise
ambiental. A gente pode continuar ignorando ou não, não vai fazer diferença. O
clima vai continuar sendo um risco para a vida das pessoas, para a nossa
continuidade na Terra e para os empregos, para a geração de vida das pessoas.
As pessoas vão ser
primeiramente impactadas por esse modelo de desenvolvimento ultrapassado que a
gente escolhe em continuar apoiando. Essa é uma chance única que a gente tem de
repensar qual o modelo de desenvolvimento que a gente quer construir para agora
e para os nossos filhos, qual é o modelo de desenvolvimento que a gente pode
ser protagonista, porque o mundo vai continuar e caminhar nessa direção porque
a gente não tem escolha.
E a gente pode seguir
nesse barco, estar à frente disso ou mais uma vez ficar atrás e a reboque do
que o futuro nos constrói. De novo, não é um problema pequeno. É um problema
estrutural da nossa sociedade. Qual é o modelo de desenvolvimento que a gente
quer construir? Qual é a indústria que a gente quer incentivar? Onde que a
gente quer gerar emprego? Onde estão os empregos do futuro? A gente vive
dizendo que temos uma crise de empregabilidade. Temos mais de 13 milhões de
desempregados. A gente vive dizendo que os empregos do futuro não estão aqui
hoje, que a gente destrói empregos. Como a gente incentiva a construção de
empregos do futuro? Empregos na tecnologia, empregos na Saúde, na Educação, na
Segurança Pública, que são necessidades das pessoas. Como a gente incentiva
novas formas?
Como essa
grande empresa de reciclagem de plástico, que cria emprego e criou um produto a
partir de um problema. É isso que a gente precisa. É isso que a gente pede a
oportunidade nesse momento. E votar a favor de um projeto que incentiva uma
indústria que mata pessoas e piora o clima do planeta é acelerar diretamente
para o passado.
É esse o
convite que eu queria fazer a cada um dos deputados presentes: uma reflexão de
como a gente pode usar o nosso papel e a nossa responsabilidade, enquanto
representantes da população, em construir o futuro, em construir uma nova forma
de desenvolvimento, em incentivar sim as indústrias que estejam à frente disso,
em incentivar o agronegócio.
Hoje o Brasil é
uma potência no agronegócio porque somos uma potência hídrica, porque somos uma
potência florestal. Como pensamos numa forma de incentivar o desenvolvimento
casado entre essas três frentes? Como a gente continua incentivando a melhor
tecnologia para a geração de empregos e geração de produtos numa indústria
conectada com o futuro, e não mais com o passado?
A gente precisa
entender que isso é uma prioridade. E que é nosso papel dar o tom, dar a
direção, estar à frente e ser protagonista na causa ambiental, na causa do
desenvolvimento sustentável. Mas, principalmente, na causa da vida das pessoas.
Porque é a vida das pessoas que impacta.
São 4 mil
pessoas que morreram pela poluição. É mais gente do que Aids, malária e cigarro
juntos. É uma indústria que não está no Brasil investindo em tecnologias
renováveis, na velocidade que está no mundo, porque falta incentivo público.
Porque falta regulamentação pública. Há países inteiros na Europa em que não é
mais possível ter carros a combustão, porque sabem disso. A gente continua
incentivando sem isso ser uma prioridade.
Então esse é o
principal motivo que subo hoje nesta
tribuna. Para colocar o meu voto contrário a esse projeto. Para indicar que os
senhores façam essa reflexão e pensem como o voto de vocês pode contribuir para
um projeto de futuro, para um projeto para as próximas gerações. Como a gente
pode convidar esse governo que está sim disposto a criar empregos, que está sim
disposto a pensar no futuro, a acelerar na direção correta?
É importante
lembrar que o mundo inteiro já entendeu o protagonismo dos governos locais e
municipais, dos estados e das cidades, na agenda ambiental. A gente pode ser um
exemplo para o mundo. O estado de São Paulo tem tudo para construir um novo
modelo de desenvolvimento, ser protagonista, e surfar essa onde à frente de
todo o mundo, virar referência
internacional.
Mas é na
contramão disso que a gente vai ao aprovar um projeto que incentiva uma
indústria poluidora, como a indústria automobilística, sem tecnologia, sem
obrigação em energias renováveis. A gente pode e a gente deve ser essa
referência. É esse o convite que faço para todos vocês: a construir um novo
modelo de desenvolvimento, um modelo que seja sustentável.
Muito obrigada.
O
SR. RAFAEL SILVA - PSB - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem,
deputado Rafael Silva.
O
SR. RAFAEL SILVA - PSB - Para um comunicado.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra
Vossa Excelência.
O
SR. RAFAEL SILVA - PSB -
PARA COMUNICAÇÃO - Eu gostaria da atenção dos Srs. Deputados. A Europa pratica
juros negativos. Ou então, faz empréstimos subsidiados. O correto é subsídio.
Vamos falar de forma correta. Com subsídio, faz empréstimo, dá dinheiro para
indústria que tem estrutura, que se desenvolve, que dá emprego e recolhe
impostos. A Europa faz isso. Temos, na história da economia do mundo... Vamos
começar com Adam Smith.
Adam Smith, um
pensamento, ele falava que o padeiro faz o pão de primeira qualidade, não é
porque iria matar a fome do povo, não. Que o cervejeiro fazia a cerveja tal
qual. E tinha a mão invisível, que oferecia o trabalho, a distribuição de
renda. Aí ele tinha uma teoria. Essa teoria dele, da não intervenção.
O mundo entrou
numa crise em 1930. Franklin Delano Roosevelt, o único que foi presidente
quatro vezes dos Estados Unidos, interveio na economia, segundo a teoria de
John Maynard Keynes, que a gente fala “queines”, mas é Keynes. John Maynard
Keynes tinha uma teoria da intervenção, sim, sempre que necessária. Agora, na
Europa, ninguém sabe nada; nos Estados Unidos, Frank Delano Roosevelt não sabia
nada; Barack Obama também não sabe nada. Nós sabemos tudo?
Essa
intervenção governamental é o princípio de uma nova era. “Ah, mas ela poderá
não ser bem feita”. A Assembleia está aqui para fiscalizar e para acompanhar.
Eu quero dizer o seguinte: João Doria está pensando muito na frente. Só que,
para Franklin Delano Roosevelt, isso foi coisa do passado. Na crise de 30, os
Estados Unidos estariam arrebentados se não fosse a intervenção de Franklin
Delano Roosevelt. E Barack Obama também praticou intervenção, não tão
necessária.
Então, Doria
está iniciando uma nova era. Pode não ser bem feita no princípio; eu não sei se
será. Mas se nós não jogarmos o Brasil para o futuro, nós teremos mais e mais
problemas, sem a busca da solução. Então, eu entendo que nesse momento João
Doria está buscando solução, está buscando desenvolvimento. Esta Casa, no meu
modo de ver, tem que dar apoio a esse projeto...
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Para concluir, deputado Rafael.
O SR. RAFAEL SILVA - PSB - Concluindo, Sr. Presidente. Não é
bom? Vamos acompanhar, vamos ver, vamos mudar. Mas é o princípio da vontade do
desenvolvimento.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Em votação o
requerimento de método de votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que
estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.
O
SR. GIL DINIZ - PSL - Sr. Presidente, para
uma verificação de votação.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. Vamos proceder à verificação de votação pelo
sistema eletrônico. A partir deste momento, estamos fazendo soar o sinal
intermitente por quatro minutos, para que as Sras. Deputadas e os Srs.
Deputados que não se encontram em plenário tomem conhecimento da votação que se
realizará.
*
* *
- É iniciada a verificação de votação
pelo sistema eletrônico.
*
* *
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente,
gostaria de informar que a bancada do PSOL está em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esta
Presidência registra a manifestação de obstrução da bancada do PSOL.
O
SR. GIL DINIZ - PSL - Sr. Presidente,
gostaria de informar que a bancada do PSL está em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esta
Presidência registra a manifestação de obstrução da bancada do PSL.
O
SR. HENI OZI CUKIER - NOVO - Sr. Presidente,
gostaria de informar que a bancada do Novo está em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esta
Presidência registra a manifestação de obstrução da bancada do Novo.
O
SR. MARCIO NAKASHIMA - PDT - Sr. Presidente,
gostaria de informar que a bancada do PDT está em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esta
Presidência registra a manifestação de obstrução da bancada do PDT.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Sr. Presidente,
gostaria de informar que a bancada do PT está em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esta
Presidência registra a manifestação de obstrução da bancada do PT.
O
SR. ANDRÉ DO PRADO - PL - Sr. Presidente,
gostaria de informar que a bancada do PL está em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esta
Presidência registra a manifestação de obstrução da bancada do PL.
A
SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - Sr. Presidente,
gostaria de informar que a bancada do PCdoB está em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esta
Presidência registra a manifestação de obstrução da bancada do PCdoB.
O
SR. FERNANDO CURY - CIDADANIA - Colocar o
Cidadania em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O Cidadania
está em obstrução.
O
SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Declarar a bancada do
PSB em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - PSB está em
obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Participaram
deste processo 78 Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sendo 63 votos “sim”, 14 “não”, e este presidente, que
não vota, quorum suficiente, que aprova o método de votação.
Em votação o Item 1 do requerimento de
método.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Só para uma
comunicaçãozinha.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Estamos no
processo de votação, deputado Gilmaci.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - É rapidinho.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É sobre o
processo de votação?
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Não. É só uma
comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Eu vou pedir
só um minuto, para eu fazer essa votação do processo de votação. Por favor,
deputado Gilmaci.
Em votação o projeto, salvo emendas. Em
votação. As Sras. Deputadas e Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam
como se encontram. (Pausa.) Aprovado o projeto.
Em votação o item...
O
SR. GIL DINIZ - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Gil.
O
SR. GIL DINIZ - PSL - Verificação de
votação.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Neste momento
não cabe mais verificação, deputado Gil. Eu já passei para o segundo item de
votação.
Em votação o item 2 do requerimento de
método de votação. Em votação a emenda aglutinativa. As Sras. Deputadas e Srs.
Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovada a emenda aglutinativa.
O
SR. GIL DINIZ - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem,
deputado Gil Diniz.
O SR. GIL DINIZ - PSL - Pedir uma verificação de votação.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Neste
momento estamos fazendo transcorrer os quatro minutos do sinal eletrônico, para
que as Sras. Deputadas e Srs. Deputados que não se encontram em plenário tomem
conhecimento da votação que se realizará.
* * *
- É iniciada
a verificação de votação pelo sistema eletrônico.
* * *
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Eu só queria lembrar aos deputados que o momento da
votação é o momento exato que se deve pedir a verificação de votação. Se passar
esse momento, não é mais cabível o processo de verificação.
Então, é importante que os deputados que queiram fazer a
verificação estejam no microfone no momento exato. Quando eu vou para o outro
item, não tem como voltar mais. Eu, inclusive, parei para ver se existia algum
deputado. Não existia nenhum deputado, por isso fui para o segundo item.
Para uma comunicação, deputado Gilmaci.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - PARA
COMUNICAÇÃO - Obrigado, presidente. É só para comunicar aqui que está visitando
nesta tarde ali atrás o nosso ex-parlamentar, nosso prefeito de Carapicuíba,
Marcos Neves. Está visitando a Assembleia. Seja bem-vindo, Marcos Neves. Nosso
respeito aqui ao senhor. Seja bem-vindo sempre a esta Casa.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - Sr. Presidente, para registrar o meu
voto contrário ao item número um.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está
registrado o voto contrário de Vossa Excelência.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Para registrar voto
contrário.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Registrando o
voto contrário de Vossa Excelência.
A
SRA. VALERIA BOLSONARO - PSL - Valeria Bolsonaro
também.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputada
Valeria. Registrando o voto contrário de Vossa Excelência.
A
SRA. MARINA HELOU - REDE - Registrando voto
contrário.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Registrando o
voto contrário de Vossa Excelência.
O
SR. SERGIO VICTOR - NOVO - Declarando o voto
contrário da bancada do Novo.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Registrando o
voto contrário de Vossa Excelência.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Obstrução da bancada
do PSOL.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PSOL está em
obstrução.
O
SR. RICARDO MELLÃO - NOVO - Pela ordem, registrar
o meu voto contrário.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está
registrado o voto contrário.
O
SR. DANIEL JOSÉ - NOVO - Registrar também voto
contrário.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está
registrado o voto contrário.
O
SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr. Presidente, para registrar o voto
“não”.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Registrando o
voto contrário. Primeira vez que eu vejo V. Exa. registrando voto contrário.
O
SR. GIL DINIZ - PSL - Para registrar meu
voto contrário.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está
registrado o voto contrário de Vossa Excelência.
O
SR. MAJOR MECCA - PSL - Registrar o voto
contrário.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está
registrado o voto contrário de Vossa Excelência.
O
SR. ARTHUR DO VAL - DEM - Registrar o voto
contrário.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está
registrado o voto contrário de Vossa Excelência.
O
SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PSL - Registrar voto
contrário.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está
registrado o voto contrário de Vossa Excelência.
O
SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL - Para registrar voto
contrário.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está
registrado o voto contrário de Vossa Excelência.
O
SR. HENI OZI CUKIER - NOVO - Registrar voto
contrário.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está
registrado o voto contrário de Vossa Excelência.
Transcorridos os quatro minutos, neste
momento, vamos abrir o sistema eletrônico para que os parlamentares possam
votar “sim”, “não” ou “abstenção”.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Sr. Presidente, para
botar o PT em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PT está em
obstrução.
Neste momento, vamos abrir os
microfones de aparte para que os parlamentares que não conseguiram registrar os
seus votos pelo sistema eletrônico possam fazê-lo pelos microfones de aparte.
O
SR. GIL DINIZ - PSL - Para colocar a
bancada do PSL em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - A bancada do
PSL está em obstrução.
O
SR. FERNANDO CURY - CIDADANIA - Para colocar o
Cidadania em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O Cidadania
está em obstrução.
*
* *
- É feita a verificação de votação pelo
sistema eletrônico.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Sras.
Deputadas, Srs. Deputados,
participaram do processo de votação 78 Srs. Deputados e Sras Deputadas, sendo
62 votos “sim”, 15 “não” e este presidente, que não vota, quórum suficiente
para aprovar a emenda aglutinativa.
Em votação o item 3, do requerimento do
método.
O
SR. GIL DINIZ - PSL - Para encaminhar pelo
PSL.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa
Excelência tem a palavra para encaminhar em nome da liderança do PSL.
O
SR. GIL DINIZ - PSL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa noite, presidente. Boa noite, nobres deputados, boa
noite quem nos assiste pela TV Assembleia. É interessante para quem nos assiste
e, mais uma vez, nessa noite, é uma aula de regimento, Carlão.
Acho que foi o
Delegado Olim que me disse aqui. A lei não socorre quem dorme, e é verdade,
está uma prova aqui na votação. Declarei o meu voto contrário ao projeto, mas,
ao final, vai estar, deputado Carlão Pignatari, aprovado por unanimidade,
apesar do registro ao final, ou seja, precisamos ficar mais atentos ao
Regimento.
Mas vou dizer
da minha surpresa, deputado Teonilio Barba, de o PT, que sempre critica o PSL,
se unindo hoje ao PSDB, se unindo ao governador João Doria e aprovar,
praticamente por unanimidade, dentro da bancada, esse projeto. É histórico
hoje, Carlão, e eu tenho que lhe dar os parabéns, tenho que deixar consignado
meu registro de parabéns ao líder do Governo, porque, nesses seis meses que
estamos aqui, sempre vimos o PT e a bancada de esquerda fazer o “kit obstrução”
até o final, até o limite, inclusive entrando nas madrugadas.
Hoje, eu ainda
questionei ao deputado Barba: “não vai mais ter encaminhamento?” “Não.” Só
fizeram um encaminhamento, Cury. Não iam pedir verificação de votação, tudo
acordado com o governo, Barba, me surpreendeu, realmente me surpreendeu.
Mantivemos a coerência dentro do PSL, de cada um votar conforme o seu entendimento.
Boa parte iria
para o voto não, aconteceu aqui de ser aprovado sem a verificação, para que nós
pudéssemos ter registrado quais eram os nossos votos, mas fica a lição. É uma
noite histórica, em que eu não vi o PT fazer obstrução a um projeto que é do interesse
do Sr. Governador. Voltamos aos acordos pré-março e pré-Mesa? Acredito que não,
espero que não, tomara que não.
Sei que, dentro
da bancada de vocês, havia um entendimento para votar sim, mas me surpreendeu
vocês não levarem ao limite da discussão a obstrução. Se quiser um aparte,
fique à vontade, Barba ou Fiorilo. Não pode neste momento? Infelizmente. Mas se
puder subir à tribuna para explicar, realmente, Fiorilo, me surpreendeu essa
postura do PT.
Novamente,
deixo registrado aqui que boa parte da bancada do PSL iria com o voto
contrário. Por essa questão regimental, não conseguimos registrar o voto
contrário. Passou batido. Tentamos, Carlão. Tentamos, deputado Mecca, deputado
Balas, pelo menos no início, chamar a atenção, inclusive pedindo a verificação
de votação, para o método de votação.
Olhe,
conversando aqui com os pares, não me lembro de ter visto o governador Alckmin,
deputado Campos Machado, ter uma votação tão elástica.
Olhe que o Alckmin tinha uma base considerável, mas ele não tinha esse tamanho
de voto, essa enxurrada de votos, mais de 60 votos, facilmente. E teria os
mesmos votos, deputada Janaina, tanto no projeto, quanto na aglutinativa. Olhe,
teremos dificuldade nos próximos meses com essa adesão do Partido dos
Trabalhadores ao governo tucano.
A bancada do
Partido dos Trabalhadores, que sempre nos criticou, dizendo que entregamos
milhões de reais aos grandes empresários, votou com o governador. É preciso
deixar claro que votaram com o governador para dar incentivo fiscal para os
grandes empresários.
Eu sei que
talvez beneficie a região do deputado Barba, não tenho dúvidas, ABC, São
Bernardo, talvez gere um pouco mais de emprego, talvez não. Vai ser
regulamentado, deputado Barba, via decreto, e o governador tem essa
prerrogativa de colocar ali os seus decretos, mas eu espero que essa postura,
nesta noite, não se repita no Orçamento.
Ano passado, no
Orçamento, acompanhando a transmissão da TV Assembleia, deputado Campos, se eu
não me engano, foi aprovado o Orçamento aqui, Carlão, me corrija, lá pelo dia
27 de dezembro, mas olhe, se o PT mantiver essa postura governista, dia 15 de
dezembro vocês podem comprar a passagem para descansar porque a Casa já estará
em recesso. Então, espero que agora pelo menos, Barba, na Lei Orçamentária,
nessa questão com as emendas, questão também da discussão ali...
Tem a discussão do PPA
também, nós possamos fazer alguma resistência ao governo, porque ver todos os
votos do PT enviados para o governo... É o que o Campos Machado coloca aqui da
tribuna: esse perfume palaciano, esse perfume do Morumbi. Talvez Campos, talvez
tenha sido o presidente Cauê Macris, governador em exercício, que convidou ali
por cortesia os líderes ao Palácio.
Saíram de lá encantados
com o Palácio dos Bandeirantes. E repito, noite histórica aqui, José Américo.
Bancada do PT unânime governista. Criticam-nos tanto. O PSL novamente, no PL 01
foi a mesma coisa: oito votaram pelo “sim”, seis votaram pelo “não” e uma
obstrução.
Fomos criticados pelo PT
aqui da tribuna, microfone de aparte e daqui a três minutos eles vêm aí ao
microfone para justificar talvez o injustificável ou o justificável, o trabalho
do líder do Governo, que conseguiu, entre outras coisas, trazer as bancadas da
esquerda também.
E parece, Carlão, que
dentro da aglutinativa todos os pleitos da esquerda, do PT principalmente, que
é a bancada de oposição - o PSL se mantém independente - foram atendidos porque
dificilmente eu vi essa unanimidade.
Então, eu espero no final
desse ano legislativo uma postura diferente do Partido dos Trabalhadores, que
sempre veio aqui a esta tribuna nos criticar por sermos independentes e por
votarmos parte da bancada sim com o governo e não, porque hoje o PT entregou
seus dez votos e não fez nenhuma resistência.
Resistência praticamente
zero ao projeto do Sr. Governador, que sim, beneficia grandes empresários. O
Mamãe Falei colocou aqui da tribuna inclusive o nome de um, o Sr. Caoa. O
Carlão disse que não, que é uma outra questão, mas fica muito nítido. Então,
espero que a bancada do PT não faça essa adesão ao governo, porque senão vai
sobrar o PSL de independente aqui nesta Casa. Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Em votação o
item 3 do requerimento.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É sobre o
processo de votação?
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - É para fazer uma
comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Então, eu dou a
comunicação logo em seguida do processo de votação.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Tudo bem.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Em votação o
item 3, que são as demais emendas englobadamente. As Sras. Deputadas e os Srs.
Deputados que forem contrários permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Rejeitadas.
O
SR. GIL DINIZ - PSL - Verificação de
votação.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. Vamos proceder à verificação de votação pelo
sistema eletrônico. A partir deste momento estamos fazendo soar o sinal intermitente
por quatro minutos, para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que não se
encontrem em plenário tomem conhecimento da votação que se realizará.
Só lembrando aos deputados que o
comando dado foi o comando de “rejeitadas”. Então, para manter a rejeição, voto
“não”. Quem quiser desfazer e aprovar as emendas, voto “sim”.
O
SR. CAMPOS MACHADO - PTB - PARA COMUNICAÇÃO - Eu
quero deixar claro aqui ao deputado Gil Diniz... Ele que perdeu a oportunidade
de pedir a verificação. Eu ia pedir e ele me disse: “Deixe que eu peço”. Aí ele
estava dormindo em berço esplêndido, o que impediu que eu pudesse pedir a
verificação. Então, quero registrar aqui que foi o deputado Gil Diniz que me
impediu de fazer a verificação do projeto.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - PARA COMUNICAÇÃO -
Primeiro, Sr. Presidente, é para deixar muito claro para o deputado Gil Diniz
que eu não vou entrar na provocação barata dele. Aqui, nós sabemos quem é que
está no colo do governador. Aqui, nós sabemos quem está.
Vocês têm votado onze deputados de
vocês, doze deputados, votado tudo, tudo com o governador. Aliás, na LDO,
deputado Gil Diniz, você não foi capaz de fazer uma intervenção de cinco
minutos na tribuna para falar contra a LDO e na LDO tinha 17 bilhões e 490
milhões de reais de renúncia fiscal.
O senhor também votou a favor do QAV,
que reduziu o ICMS do querosene de 25% para 12%, 13 pontos percentuais. O
senhor não teve capacidade de falar dois minutos no microfone de aparte,
contrário. Você é a favor. Então é esse projeto, a emenda que discutimos, para
aprimorar. Porque o projeto do governador não dizia nada. Se você pegar
praticamente todo o texto - o caro deputado Carlão Pignatari está de testemunha
- todo o texto é da bancada do Partido dos Trabalhadores.
Os meus companheiros me autorizaram a
fazer a negociação. Agradeço mais uma vez à minha bancada e à deputada Leci
Brandão que me acompanhou no voto. Que sou da indústria. Fui 30 anos: 25 de
Ford e cinco de Volkswagen. Conheço esse debate como poucos deputados aqui. Então,
essa provocação barata, não vou aceitar. Essa provocação barata, não vou
aceitar. Só para deixar isso claro para você, deputado.
O
SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Só para fazer uma
colocação de 30 segundos.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Um minuto e
colocaremos em votação.
O
SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO -
Essa foi uma emenda aglutinativa assinada por 63 deputados. Não é da bancada do
PT. Não é do governo. Foram 63 deputados, como alguns membros do PSL, do PDT,
do Podemos, do PR, do PL, do PTB. Quer dizer, são vários partidos. São 63
deputados. Do Republicanos, do PPS, do Cidadania. De vários. Isso não é uma
emenda aglutinativa.
Foi melhorado o projeto, que é o papel
do Parlamento. Então acho que isso é uma coisa importante da gente dizer. Todos
foram assinar. Todos. O PROS, enfim, todos. Por isso que deu certo. O PHS,
todos os partidos foram. O PP, que é o Progressistas. Agora, para encaminhar a
maioria, pela liderança do Governo, o voto “não” para as emendas.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Neste momento
estão abertos os terminais eletrônicos para que possam votar “sim”, “não” e
abstenção nos seus terminais.
*
* *
- É iniciada a verificação de votação
pelo sistema eletrônico.
*
* *
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Para botar o PT em
obstrução e votar a favor das emendas apresentadas pelo PT.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está
registrado o voto de Vossa Excelência. O PT está em obstrução.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Para colocar o PSOL
em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PSOL está em
obstrução.
O
SR. GIL DINIZ - PSL - Já abriu para colocar
em obstrução? Obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PSL está em
obstrução.
O
SR. FERNANDO CURY - CIDADANIA - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para colocar o Cidadania em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O Cidadania
está em obstrução.
Neste momento vamos abrir os microfones
de aparte para aqueles deputados que não conseguiram realizar os seus votos
pelos terminais eletrônicos.
O
SR. ANDRÉ DO PRADO - PL - Para colocar o PL em
obstrução e votar “não”.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - PL está em
obstrução. O voto “não” de V. Exa., registro.
Só lembrando que vamos dar a
oportunidade dos deputados alterarem os seus votos ainda.
O
SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Declarar o PSB em
obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PSB está em
obstrução.
O
SR. HENI OZI CUKIER - NOVO - Colocar o Novo em
obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O Novo está
obstrução.
*
* *
- É feita a verificação de votação pelo
sistema eletrônico.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Neste momento,
então, está encerrado o processo de votação. Participaram desse processo 67
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, com oito votos “sim”, 58 “não”, e este
presidente que não vota, quórum que rejeita as demais emendas, englobadamente.
Convocação. Sras. Deputadas, Srs.
Deputados, nos termos do Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art.
45, parágrafo 5o, ambos do Regimento Interno, convoco reunião
extraordinária da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, a realizar-se
hoje, cinco minutos após o término da presente sessão, no Salão Nobre da
Presidência, com a finalidade de oferecer redação final ao Projeto de lei no
752, de 2019.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT - PARA
COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu imagino o dilema que vive o líder do PSL. É
uma crise de identidade, esse é o grande problema do deputado. Por quê? Porque
o PSL, em todas as votações... Ou pior, nem sempre em todas as votações segue a
orientação do líder, mesmo quando tem orientação. Quando libera, libera geral.
Aí liberou geral: é oito a seis, sete a seis. Isso mostra que a bancada do PSL
está unida. Isso deve trazer para o deputado Gil uma dificuldade tão grande de
entender o processo legislativo, que ele acaba querendo colocar o PT nesse
debate.
Eu queria
explicar ao deputado Gil que o PT mantém uma coerência no debate e na votação.
Por exemplo, nós, aqui, ajudamos a votar e a aprovar um projeto importantíssimo
para a Educação, que é o que distribui recursos para os diretores de escolas,
que vivem um problema gravíssimo. Era um projeto do governo. Agora, nós fizemos
uma oposição, e vamos continuar fazendo, naqueles projetos que nós entendemos
que não são coerentes com a nossa política, com a nossa visão ideológica,
diferentemente do PSL, que se divide sempre. O PT, não; mantém uma coerência.
Aliás, eu
queria dizer que o líder do Governo deveria ser elogiado pelo senhor. Porque o
líder do Governo, o líder do Governo conseguiu dividir o PSL, conseguiu levar
uma parte do PSL para o colo do governo.
E, aí, o senhor
precisa ficar discutindo com o PT. O senhor deveria discutir e resolver esse
problema no divã do PSL, não com o PT. O PT está resolvido. Sabe por quê?
Porque tem
coerência. Nesse debate que o Barba propôs, a lógica era defender a indústria
nacional e gerar emprego. Nós temos uma divergência grande com o Doria, e vamos
continuar tendo.
Aliás,
divergência que o PSL não consegue ter, porque não tem unidade. O problema de
um partido de quinze é que não ter unidade significa fragmentar e ser levado
para os ventos do governo.
É essa a
lógica. E, o senhor, que vai poder assistir de novo, acompanhe o debate: o
senhor vai ver que é isso que está acontecendo todos os dias.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Só lembrando
todos os deputados, aproveitar que nós temos um quórum alto. Por falar em
governo e governador, amanhã o governador estará aqui na Assembleia às, 14
horas, para que a gente possa fazer a reunião mensal que os deputados têm com o
governador do estado.
Estão todos os deputados convidados
para esta reunião mensal com o governador.
O
SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem,
deputado Carlão Pignatari.
O
SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO -
Quero, numa simples comunicação, primeiro, agradecer a todos os deputados que
votaram "sim", entender os deputados que tiveram que votar
"não", agradecer muito o apoio dos 63 deputados que assinaram a emenda
aglutinativa.
No fim, nós melhoramos o projeto do
Governo de São Paulo.
Cumprimentar o deputado Barba, que é
uma pessoa que é do ramo, que conhece o ramo, que nos auxiliou e nos ajudou.
Mas, agradecer a todos. Eu acho que
quando nós temos um projeto do Governo aprovado é mais um projeto para
beneficiar São Paulo e para melhorar a vida do povo paulista.
Apenas isso, presidente.
O
SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem,
deputado Nascimento.
Só lembrando, gente, que nós temos
ainda o item 2 da pauta, que eu vou continuar a discussão. Se ninguém pedir o
levantamento da sessão, eu tenho que continuar a sessão.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para fazer uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É que o
deputado Nascimento já havia pedido.
Deputado Nascimento.
O
SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL - PARA COMUNICAÇÃO -
Pela ordem, presidente. Para comunicação.
Eu queria aqui dar uma notícia
importante aos militares, aos nossos policiais da área de Segurança, em que foi
aprovado, na reforma da Previdência, o Projeto de lei 1645/2019, que permanece
a paridade e integralidade, e também manutenção do posto imediato, regra de
transição para militares da ativa; enfim, uma grande vitória hoje no Congresso
para a aposentadoria dos nossos policiais militares.
Muito obrigado, presidente.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem,
deputado Barba.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - PARA COMUNICAÇÃO -
Para também agradecer todos os deputados que assinaram a emenda aglutinativa,
os 63 deputados.
Agradecer o deputado Campos Machado,
que o tempo todo, embora discutindo contrário, mas, manteve uma posição coerente.
Agradecer quem encaminhou contrário, também, presidente, e dizer que eu não
tenho nenhum apego. Eu sei que a emenda do deputado Gil, ela é importante para
mim, mas é mais importante para os trabalhadores da indústria automobilística,
do setor automobilístico. Então, estou agradecendo em função disso.
Reconhecer o papel importante que o
Carlão teve, representando o governo para negociar. Eu já havia agradecido
pessoalmente: liguei para o Carlão de manhã para agradecer isso.
E, vou fazer publicamente aqui, porque
eu sou da política e sei da importância de ter testemunha. Não são testemunhas,
são profetas, porque eles estão aqui assistindo à votação, e veem um projeto de
interesse deles aprovado.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
A
SRA. CARLA MORANDO - PSDB - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem,
deputada Carla Morando.
A
SRA. CARLA MORANDO - PSDB - Gostaria de pedir o
levantamento da sessão, havendo acordo de lideranças.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Havendo
acordo de lideranças... Questiono os líderes se existe acordo, lembrando a
todos que nós temos, logo mais, em cinco minutos, no Salão Nobre da
Presidência, a redação final, aos membros da Comissão de Constituição e
Justiça, todos estão convocados.
Está levantada a presente sessão.
* * *
- Levanta-se a sessão às 21 horas
e 13 minutos.
* * *