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13 DE SETEMBRO DE 2019

32ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AOS PAULISTAS QUE MANTÊM VIVOS OS IDEAIS DA REVOLUÇÃO DE 09 DE JULHO DE 1932

 

Presidência: GIL DINIZ

 

RESUMO

 

1 - GIL DINIZ

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - JOSÉ JANTÁLIA

Mestre de cerimônias, anuncia a composição da Mesa e demais autoridades presentes.

 

3 - PRESIDENTE GIL DINIZ

Informa que a Presidência convocara a presente sessão solene, em "Homenagem aos Paulistas que Mantêm Vivos os Ideais da Revolução de 09 de Julho de 1932", por solicitação deste deputado, na direção dos trabalhos. Convida o público a entoar, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro".

 

4 - MAJOR MECCA

Deputado estadual, declara-se honrado por participar desta solenidade. Discorre sobre sua atuação, nesta Casa, em prol das forças policiais paulistas, cujo trabalho enaltece. Afirma que a nova política é aquela que defende os interesses da população. Presta homenagem à policial militar Tais Valéria Fanasca Melloni, morta em serviço.

 

5 - TENENTE NASCIMENTO

Deputado estadual, elogia o deputado Gil Diniz por propor a realização desta homenagem. Agradece à comandante-geral Elza Paulina Souza, por permitir que a policial militar Tais Valéria Fanasca Melloni fosse sepultada no jazigo da Guarda Civil Metropolitana. Discorre sobre a importante participação feminina na Revolução de 1932. Lê o poema "Nossa Bandeira", de Guilherme de Almeida.

 

6 - ADALBERTO FREITAS

Deputado estadual, fala sobre a relevância da Revolução de 1932 para o fortalecimento da democracia brasileira. Considera fundamental manter viva a lembrança dos heróis do período.

 

7 - ELZA PAULINA SOUZA

Comandante-geral da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo, agradece aos parlamentares pelo apoio à corporação. Declara-se honrada por fazer parte da Guarda Civil Metropolitana. Pede a todos que sempre honrem aqueles que se sacrificam pelo estado de São Paulo. Presta homenagem à sargento Tais Valéria Fanasca Melloni.

 

8 - CARLOS ALBERTO MACIEL ROMAGNOLI

Presidente da Sociedade Veteranos de 32, expressa sua alegria por participar de uma solenidade que perpetua a memória dos heróis da Revolução de 1932. Tece elogios aos seus predecessores na Sociedade Veteranos de 32. Enaltece a atitude da comandante-geral da Guarda Civil Metropolitana, Elza Paulina Souza, ao propor que a policial militar Tais Valéria Fanasca Melloni fosse sepultada no jazigo da corporação.

 

9 - LUIZ FERNANDO DE SOUZA MARCONDES

Presidente estratégico dos Núcleos MMDC, declara que esta sessão promove a preservação da história do estado de São Paulo, a qual, avalia, não é bem conhecida pela população. Exalta os méritos dos homenageados desta noite. Considera que o Brasil vive um momento de resgate do espírito cívico e patriótico.

 

10 - RODRIGO GUTENBERG

Professor, presidente do Conselho Fiscal da Sociedade Veteranos de 32, destaca a presença de representantes de diversos setores da sociedade nesta sessão. Diz que a Revolução de 1932 também reuniu pessoas muito diferentes entre si na luta pelos mesmos princípios. Tece considerações sobre a importância da recuperação do civismo e do conhecimento da história do País.

 

11 - GIL DINIZ

Manifesta sua alegria por presidir esta sessão solene. Menciona diversas pessoas que serão homenageadas com a Medalha "São Paulo é o Direito e a Força", criada durante a Revolução de 1932. Informa que foi soldado temporário da Polícia Militar. Diz que a corporação é uma escola de cidadania. Alude à morte, em serviço, da sargento Tais Valéria Fanasca Melloni. Enaltece a participação da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo no desfile do 7 de Setembro. Declara ser um paulista de coração. Enfatiza o apoio de seu mandato às forças policiais do estado de São Paulo. Anuncia a exibição de um vídeo a respeito da Revolução Constitucionalista de 1932. Presta homenagem a diversas autoridades civis e militares, entregando-lhes a Medalha "São Paulo é o Direito e a Força", com histórico lido pelo mestre de cerimônias José Jantália. Agradece a todos pela presença. Faz breve histórico de sua trajetória biográfica e profissional. Enaltece todos os integrantes das forças policiais de São Paulo. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Gil Diniz.

 

* * *

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JOSÉ JANTÁLIA - Boa noite e sejam bem-vindos à nossa Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, Palácio 9 de Julho, pois neste momento vamos dar início à sessão solene com a finalidade básica de homenagear os paulistas que mantêm vivos os ideais da Revolução Constitucionalista de 1932, 9 de julho de 1932.  

Comunicamos aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV Alesp e será retransmitida, em uma reprise, uma reapresentação, pela emissora no sábado, dia 14 de setembro, às 21 horas, pela Net canal 7, pela TV Vivo, canal 9, e pela TV digital, canal 61.2.

Informamos também que, ao final desta solenidade, no Salão dos Espelhos, onde foi servido o coquetel, serão entregues os respectivos certificados, além das medalhas, que serão entregues no ato, aqui em frente à Mesa diretora da Assembleia.

Convidamos para compor a Mesa inicialmente o deputado estadual Gil Diniz. (Palmas.) Deputado estadual Major Mecca. (Palmas.) Deputado estadual Tenente Nascimento. (Palmas.) Deputado estadual Adalberto Freitas. (Palmas.) Inspetora superintendente Elza Paulina Souza, comandante-geral da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo. (Palmas.) Dr. Carlos Alberto Maciel Romagnoli, presidente da Sociedade Veteranos de 32. (Palmas.) Dr. Luiz Fernando de Souza Marcondes, presidente estratégico dos núcleos MMDC. (Palmas.) Prof. Rodrigo Gutenberg, presidente do Conselho Fiscal da Sociedade Veteranos de 32. (Palmas.)

E efetivamente, para a abertura solene deste evento, a palavra do nobre deputado estadual Gil Diniz.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL - Senhoras e senhores, meu boa noite a todos. Gostaria de saudar a Mesa, o Major Mecca, nosso deputado estadual - major é apelido, o tenente-coronel Mecca -; deputado Adalberto Freitas, meu boa-noite; Tenente Nascimento, nosso deputado estadual também, muito nos honra com sua presença. Meu boa-noite à inspetora Elza Paulina Souza, meu muito obrigado pela presença. Sr. Carlos Alberto Maciel Romagnoli, presidente da Sociedade Veteranos de 32; Prof. Rodrigo Gutenberg, amigo querido - é graças a ele a nossa sessão solene. Meu muito boa-noite ao Sr. Luiz Fernando de Souza Marcondes. Deixem que eu dê também esse meu boa-noite à autoridade lá de casa, minha esposa Alessandra, que está aqui presente, para começar esta sessão solene.

Senhoras e senhores, sob a proteção de Deus, iniciamos nossos trabalhos. Nos termos regimentais, esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior.

Senhoras deputadas, senhores deputados, minhas senhoras e meus senhores, esta sessão solene foi convocada pelo presidente desta Casa, deputado estadual Cauê Macris, atendendo a solicitação deste deputado, com a finalidade de homenagear os paulistas que mantêm vivos os ideais da Revolução de 9 de julho de 1932.

Convido todos os presentes para, em posição de respeito, entoarmos o Hino Nacional Brasileiro, letra de Francisco Manoel da Silva e música de Joaquim Osório Duque Estrada. Nesta ocasião, interpretado pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, regida pelo maestro subtenente Eliseu.

 

* * *

 

- É entoado o Hino Nacional Brasileiro.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL - Agradecemos à Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Muito obrigado, senhores, sejam muito bem-vindos.  Gostaria de citar as presentes autoridades aqui nesta noite: Tenente Eldo Bastos, representando o general de Exército Marcos Antonio Amaro dos Santos, comandante Militar do Sudeste; Rafael Pitanga Guedes, representando o defensor público-geral Davi Depiné; Eduardo Anastasi, superintendente estadual da Fundação Nacional de Saúde; Carlos Kendi Fukuhara, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social; Luiz Flaviano Furtado, diretor presidente da Associação de Assistência ao Deficiente Intelectual - Lares; Waldir Comenale, do Conselho Fiscal da Federação Paulista de Futebol; Dr. Arles Gonçalves Junior, presidente da Comissão de Segurança Pública da OAB São Paulo, gestão 2010 a 2018.

Pelo script aqui do Cerimonial estão colocando para eu dar uma breve palavra, mas eu gostaria de começar até quebrando o protocolo e convidar o meu amigo Major Mecca a fazer umas breves palavras em homenagem aos nossos policiais, nossos guardas civis e aos nossos amigos que são condecorados nesse dia de hoje. Se o senhor puder fazer essa saudação da tribuna, fique à vontade, por gentileza.

 

O SR. MAJOR MECCA - PSL - Uma boa noite, senhoras, senhores, todos aqui presentes, os integrantes da Mesa. É uma honra muito grande recebê-los aqui na nossa Casa, onde, na verdade, é desse espaço aqui que nós defendemos os cidadãos de bem e defendemos os integrantes das forças policiais de São Paulo.

É aqui desse espaço que a gente procura fazer justiça, que a gente procura trazer a verdade do que acontece nas ruas. Recebê-los aqui nesse espaço é uma satisfação, uma honra muito grande, principalmente nesse momento do nosso País onde nós atravessamos por uma etapa onde todos, todos nós depositamos uma confiança muito grande na nova política.

Muitas vezes em embates aqui neste plenário perguntam-se: “Mas o que é a nova política?” E nós sempre falamos a mesma coisa: a nova política são homens e mulheres eleitos que vêm aqui pra trabalhar pelas pessoas e não trabalhar em benefício próprio.

E nós aqui desenvolvemos um trabalho para procurar sempre reconhecer as senhoras e os senhores que aqui estão, os integrantes das forças policiais, das Forças Armadas, os seus familiares, esses homens e mulheres que dedicam a sua vida para defender o próximo, muitas vezes com o sacrifício da própria vida.

Como nós estivemos recentemente no velório, no enterro, da sargento Taís, lá no CPAM-9, que defendendo a sociedade, uma mulher de 42 anos, uma guerreira, um exemplo do que é a mulher brasileira, com duas filhas, trabalhando na hora em que ela deveria estar de folga - fazia uma atividade extra remunerada pelo próprio Estado, que deveria pagar bem esse profissional.

Mas como não recebe o salário que deveria receber, no momento em que ela tinha que estar com as filhas em casa, estava nas ruas combatendo o crime, envergando a nossa farda e com 42 anos nos deixou.

Por todos vocês que nós estamos aqui trabalhando e buscando por legislações mais justas que amparem os cidadãos de bem, que quem precise prestar contas à Justiça preste dentro da proporção do mal que pratica.

A todos nós, estar aqui com todos os senhores, para nós, é um momento muito importante e de muita gratidão a Deus e a todos os senhores. Eu me emociono de ver tantas pessoas fardadas num espaço como esse. É sinal que o nosso País está retomando a consciência do que é o bem e de quem realmente são as pessoas de bem.

Sejam muito bem-vindos os senhores, nossos irmãos de farda, os seus familiares e amigos. Esse reconhecimento aqui ainda é muito pouco pelo que os senhores representam e fazem pelo nosso estado. Que deus os abençoe imensamente. Uma boa noite a todos. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL - Com a palavra o deputado estadual Tenente Nascimento.

 

O SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL - Boa noite a todos. Quero saudar aqui todos os homenageados, parabenizando. Saudar a douta Mesa, o meu amigo, irmão, nosso querido deputado Gil Diniz, que teve a brilhante ideia de homenagear para que essa chama se mantenha acesa em nossos corações nessa grande batalha que foi a de 1932.

Quero também falar e agradecer a uma comandante, a uma mulher. Eu vou falar aqui das mulheres um pouco, pouco assim, bem rápido. E nesse momento, eu quero agradecer quando foi dito aqui do meu colega deputado Major Mecca. Quando chegávamos lá naquele cemitério, íamos levar à tumba fria a nossa heroína sargento Taís e o nosso jazigo estava em reforma, o jazigo da corporação, que ela foi enterrada como uma heroína.

A comandante Elza falou: “Não, não vai ser lá, mas vai ser aqui” Mostrou ali um exemplo de união e de força de todos que estão aqui fardados em prol do bem comum do cidadão de bem. E saudando a comandante Elza, eu saúdo todas as mulheres nesse plenário e eu gostaria de uma salva de palmas à comandante Elza e para todas as mulheres que aqui estão. (Palmas.)

Eu pedi licença o nosso Cerimonial, ao Jantália, com o qual eu tenho um imenso prazer e a honra... Cadê eles? Lá estão. Com suas brilhantes narrativas e uma poesia encantada, ele me autorizou. Por isso, presidente, eu vou aqui falar. A Revolução de 32 contou com a participação feminina no desempenho das funções chaves - enfermeiras, costureiras - e algumas até alçaram o posto de heroínas da revolução por assumirem a frente da batalha, como é o caso de Maria Stela, que, ao encontrar a farda e a arma de um soldado desertor, vestiu-as e rumou à trincheira, incorporando à 4ª Companhia. E não parou por aí.

A outra grande heroína foi Carlota Pereira de Queirós, que, durante a revolução, organizou um grupo de mais de 700 mulheres, juntamente com a Cruz Vermelha, dando assistência aos feridos de guerra. Era como um bálsamo suave àqueles feridos. Esse grande feito serviu de incentivo para o início da vida pública. Em 1934, foi a primeira mulher eleita deputada federal no Brasil. Até então, antes, não poderia nem sequer votar.

Quero dizer, Alessandra, que as mulheres são uma força inigualável, porque nós, que estamos aqui, e o nosso líder, que tem feito um trabalho brilhante nesta Casa de Leis, tenho certeza do porquê de ele estar fazendo isso: ele tem ao seu lado uma grande mulher.

Dos jovens que foram mortos - Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo -, podemos dizer uma grande frase: morreram jovens para viver sempre. Perdemos aquela batalha, mas ganhamos a causa, porque a Constituição, em 1934, foi instalada.

Diante desses fatos inesquecíveis, a sociedade paulista segue pujante rumo ao desenvolvimento, com muita luta e coragem, evidenciadas em nossa bandeira, como descreve o poema “Nossa Bandeira”, que diz:

“Bandeira da minha terra,

Bandeira das treze listas:

São treze lanças de guerra

Cercando o chão dos paulistas!

 

Prece alternada, responso

Entre a cor branca e a cor preta:

Velas de Martim Afonso,

Sotaina do Padre Anchieta!

 

Bandeira de Bandeirantes,

Branca e rôta de tal sorte,

Que entre os rasgões tremulantes,

Mostrou as sombras da morte.

 

Riscos negros sobre a prata:

São como o rastro sombrio,

Que na água deixara a chata

Das Monções subido o rio.

 

Página branca-pautada

Por Deus numa hora suprema,

Para que, um dia, uma espada

Sobre ela escrevesse um poema:

 

Poema do nosso orgulho

(Eu vibro quando me lembro)

Que vai de nove de julho

A vinte e oito de setembro!

 

Mapa da pátria guerreira

Traçado pela vitória:

Cada lista é uma trincheira;

Cada trincheira é uma glória!

 

Tiras retas, firmes: quando

O inimigo surge à frente,

São barras de aço guardando

Nossa terra e nossa gente.

 

São os dois rápidos brilhos

Do trem de ferro que passa:

Faixa negra dos seus trilhos

Faixa branca da fumaça.

 

Fuligem das oficinas;

Cal que a cidades empoa;

Fumo negro das usinas

Estirado na garoa!

 

Linhas que avançam; há nelas,

Correndo num mesmo fito,

O impulso das paralelas

Que procuram o infinito.

 

Desfile de operários;

É o cafezal alinhado;

São filas de voluntários;

São sulcos do nosso arado!

 

Bandeira que é o nosso espelho!

Bandeira que é a nossa pista!

Que traz, no topo vermelho, o mapa do Brasil,

E o Coração do Paulista!” (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL - Com a palavra o nosso deputado estadual Adalberto Freitas.

Enquanto ele se dirige à tribuna, gostaria de citar a presença da major Fernanda Santos Pereira da Silva, representando o comandante-geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, nosso amigo coronel Marcelo Vieira Salles.

 

O SR. ADALBERTO FREITAS - PSL - Boa noite a todos os presentes. Quero saudar o nosso deputado estadual Gil Diniz, que está presidindo os trabalhos da Mesa; deputado estadual Major Mecca; deputado estadual Tenente Nascimento; inspetora superintendente, comandante-geral da Guarda Civil Metropolitana, Elza Paulina Souza; presidente da Sociedade Veteranos de 32, Carlos Alberto Maciel Romagnoli; presidente do Conselho Fiscal da Sociedade Veteranos de 32, Prof. Rodrigo Gutenberg; presidente estratégico dos Núcleos MMDC, Luiz Fernando De Souza Marcondes.

Quero também saudar os integrantes da força pública, da Polícia Militar, da Polícia Civil, Guarda Civil Metropolitana e bombeiros que aqui se encontram, além da Banda da Polícia Militar que, com louvor, tem nos acompanhado nos eventos. Quero  saudar também a todos que estão aqui e vão receber essa homenagem.

Como já foram faladas algumas coisas aqui, vou ser breve no meu falar. O evento de hoje tem como objetivo prestar homenagem aos paulistas que conservam os ideais da Revolução de 32. Foram os atos desses paulistas, na ocasião, que nos garantiram a possibilidade de estarmos aqui hoje, nesta Casa de Leis. Na época, não tínhamos essa condição democrática de estar aqui. Por quê? Não tínhamos nenhuma Constituição, não tínhamos Congresso Nacional, nem Assembleia Legislativa, nem câmaras municipais. Os jovens que, na ocasião, tomaram frente: o Mário Martins de Almeida, Euclides Miragaia, Dráusio Marcondes de Souza, Antônio Camargo de Andrade e o jovem Orlando de Oliveira Alvarenga, que morreu logo depois e também tem que ser lembrado.

Foi um sacrifício memorável e nós temos a obrigação e o dever de manter acessa essa chama, essa chama que está hoje guardada aqui no Obelisco do Ibirapuera. Temos sempre que louvar esses heróis que nos permitiram ter essa liberdade que temos hoje, a democracia. Então, muito obrigado a todos.

Boa noite. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL - Com a palavra, nossa inspetora superintendente Elza Paulina Souza, comandante-geral da Guarda Civil Metropolitana.

 

A SRA. ELZA PAULINA SOUZA - Boa noite a todas e a todos, ao deputado estadual Gil Diniz. Com grande honra recebi vosso convite. Quero dizer que estou muito honrada esta noite por estar nesta Casa, ser homenageada e participar deste momento tão importante a todos nós.

Ao Major Mecca, deputado estadual, muito grata pela lembrança sempre, ao introduzir e relembrar a Guarda Civil Metropolitana nas suas falas, nos seus discursos, nas ações, em que nos contempla com essa lembrança e muito nos alegra.

Tenente Nascimento, o senhor quase me fez chorar. Não tinha, naquele momento, outra coisa a ser feita. Quando tomba um de nós... Eu digo “um de nós” porque, quando estamos nas ruas, independentemente da cor, é um dos nossos que está tombando.

Ao deputado Adalberto Freitas, muito obrigado pelo carinho e pela lembrança, pelo carinho que sempre demonstrou à Guarda Civil Metropolitana. A nossa gratidão.

Ao Sr. Carlos Alberto, presidente da Sociedade Veteranos de 32. Muito nos honra estar aqui compondo esta Mesa com pessoas tão honradas, Sr. Luiz Fernando de Souza Marcondes, presidente estratégico dos Núcleos MMDC, e Prof. Rodrigo Gutenberg, presidente do Conselho Fiscal da Sociedade Veteranos de 32.

Eu me lembro de que, na minha infância, eu ouvia MMDC e ficava muito longe, distante da minha consciência e realidade o que significava MMDC. Ao ingressar na Guarda Civil Metropolitana em 1986, após 33 anos de Guarda Civil, em que a Guarda, pelo então prefeito Jânio Quadros, trazia na sua filosofia muito da Guarda Civil do Estado de São Paulo.

Então, naquela época, com 19 anos, passávamos a entender um pouco o que era a história do estado de São Paulo lida nos livros. Não me alongarei, mas quero dizer que hoje é com muita honra e muito orgulho que eu ostento a cor do uniforme azul marinho e participo de um momento tão honroso. Quero dizer que Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, a GCM Paola e a sargento Taís são todos heróis que tombam na cidade pelo Estado de um modo especial, aqueles que fazem parte do Estado e tombam. Lamentavelmente, muitos ainda tombarão.

Que nós, senhores, possamos honrar e relembrar cada momento dessa grande história, para que sempre tenhamos orgulho de, sim, sermos paulistas, sermos paulistanos, mas, acima de tudo, defender a nossa história. Independente de criança hoje, independente de adulto amanhã, defendermos a nossa história. Eu sou grata, eternamente grata.

Eu só tenho uma coisa a pedir: que Deus derrame bênçãos de vitória sobre todo o povo paulistano, todo o povo paulista e, de um modo especial, nas forças de segurança desta cidade de São Paulo, que honrosamente defendem o povo paulistano todos os dias, inclusive com a vida. Que a sargento Taís tenha o seu descanso e tenha seu brilho lá em cima, onde eu tenho certeza que ela está tendo. Que nós tenhamos a nossa luta, todos os dias, aqui embaixo para honrar a vida dela.

Muito obrigada. Que Deus nos abençoe. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL - Com a palavra, Dr. Carlos Alberto Maciel Romagnoli, presidente da Sociedade Veteranos de 32.

 

 O SR. CARLOS ALBERTO MACIEL ROMAGNOLI - Excelentíssimo deputado estadual Gil Diniz, na pessoa de quem eu cumprimento todos os integrantes da Mesa; Exmo. Dr. Umberto Luiz Borges D’urso, na pessoa de quem eu cumprimento todas as pessoas presentes neste auditório, preparei um texto para falar, brevemente, sobre a Revolução Constitucionalista de 32, mas vou me permitir não me apegar a esse texto.

Espanta-me muito e enche de alegria o meu coração ver um rapaz como o Gil Diniz perpetuando a memória desses heróis. Gente, nós estamos completando 87 anos dessa revolução, não é pouca coisa. O Gil provavelmente deve ter uns 30 e alguma coisa, é um menino. O que ele sabe da Revolução Constitucionalista é por se apegar mesmo à Constituição, à legalidade.

Eu tenho certeza de que esses ideais de 32 estão imbuídos em você, Gil. É um prazer poder dividir esta mesa contigo, é uma honra para a Sociedade Veteranos de 32. Não posso deixar também de externar meus cumprimentos ao Luiz Fernando Marcondes, meu querido amigo de luta. A gente está em um empenho louco para fazer da sociedade algo mais moderno.

Eu também tenho um preito de agradecimento ao coronel PM Mário Fonseca Ventura, uma pessoa que conduziu, com mãos de ferro, a Sociedade Veteranos, sem condições nenhuma, durante 20 e poucos anos. Esse homem, sozinho praticamente, liderou essa sociedade. Se ela não morreu, devemos muito a ele. Então, meu preito de agradecimento a esse homem espetacular, coronel Mário Fonseca Ventura.

Comandante, que atitude brilhante que a senhora teve, que coisa maravilhosa. Eu não sabia disso, não esperava nada diferente da senhora. É uma pessoa que está comigo sempre em eventos, que coisa linda. Parabéns.

Senhores, muito obrigado. Uma boa noite. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL - Com a palavra, o Sr. Luiz Fernando de Souza Marcondes, presidente estratégico do Núcleo MMDC.

 

O SR. LUIZ FERNANDO DE SOUZA MARCONDES - Boa noite ao deputado Gil, a todos da Mesa, a todos os homenageados e presentes aqui. Senhoras e senhores, eu acho que é uma data muito feliz que o deputado Gil fez. Ele está plantando uma semente, e essa semente ajuda a nossa história.

Hoje, a gente tem um problema: a história está muito esquecida. O evento de hoje ajuda a história. Temos toda a parte das pessoas. Hoje, elas não conhecem muito bem a história, as crianças têm uma defasagem muito grande. Então, hoje é importante que todo mundo fale da história, é fazer com que as crianças tenham condição de saber como foi, como é e fazer dentro do presente uma história. Fazer o bem faz bem.

Então, eu vejo este evento, dentro desta Casa, extremamente importante, porque não é um evento em que o deputado Gil está querendo votos, essas coisas. Ele está fazendo, e você vai ter homenageados, que são pessoas civis, militares, que têm histórias, que estão recebendo essa condecoração por méritos à Pátria, ao Estado e à história. Então, eu acho uma atitude extremamente importante. Falta muito isso no nosso País.

Eu acho que a gente vem de um período muito apagado, mais de 15 ou 16 anos. Acho que tem uns 30 anos, mais ou menos, que as pessoas se esqueceram do civismo, e isso realmente enobrece a pessoa por dentro, engrandece, traz bons conceitos de família, de base, de liberdade e de Deus.

Então, a gente está num momento ímpar, onde está florescendo esse sentimento de civismo em várias pessoas. A gente chegou a um ponto em que a sociedade realmente estava no fundo do poço. A gente basicamente teve uma geração, a geração do ano de 2000, em que você vai perguntar sobre a história, e ela não sabe sobre a história. Se for perguntar o que é MMDC, que fez a nossa Constituição, onde São Paulo brigou pelo País, pelo Brasil, eles não sabem. Às vezes, você vai perguntar para uma pessoa de 30 anos, 25 anos, e eles vão falar que MMDC é menor múltiplo divisor comum.

Então, hoje, é muito importante que nós, como brasileiros, entendamos essa parte, passar para as crianças. Hoje, a gente sente, no Brasil, esse espírito de civismo, patriotismo, que nem a gente olha, às vezes, em outros países fora. E a gente acha bonito, de ter bandeira e tal. Então, eu parabenizo o deputado Gil pelo evento, pela sua atitude de homenagear pessoas que tiveram destaque. Uma boa noite a todos e parabéns. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL - Com a palavra, Prof. Rodrigo Gutenberg, presidente do Conselho Fiscal da Sociedade Veteranos de 32.

 

O SR. RODRIGO GUTENBERG - Olá, boa noite a todos. Cumprimento a todos da Mesa, para ser mais breve. Sexta-feira 13, é tarde. Bom, o que estamos fazendo aqui? Por que as pessoas serão homenageadas?  O que aconteceu de fato, o que tem a ver com a Revolução de 1932? Bom, primeiramente eu queria destacar que nós vemos todas as classes aqui representadas. Nós temos policiais, guardas civis, pessoas civis, empresários, estudantes, mulheres, homens, estrangeiros; todas as classes estão aqui representadas. E em 1932 foi assim: a guerra contemplou todo mundo. Tinha uma pluralidade de pessoas participando. Todo mundo por um único ideal. E aqui, hoje, fazemos a mesma coisa. Somos herdeiros de tudo isso.

Eu sou presidente do Conselho Fiscal da Sociedade Veteranos de 32, como vocês sabem. Mas eu sou, antes de tudo, explicador: eu sou professor de história e me orgulho muito. Olha, professor de história poderia ser de um espectro político, assim, mais... Vocês sabem, né, mais para esse lado, o que não é o meu caso. Eu gosto de destacar, porque até nesse curso, profissionais dessa área... Há também gente que se destaca e vem para o lado onde os princípios coletivos de convivência, as cláusulas morais, defender a família também... É tida por nós.

Então, eu saio da sala de aula onde eu explico história do Brasil, de São Paulo, história geral, e vou para o campo. O que eu estou fazendo aqui, hoje, é vir para o campo. É uma das frentes de batalha para onde eu vou, para disseminar não só a história, mas todos esses princípios pelos quais, em 1932, as pessoas se bateram. E hoje nós estamos aqui, o quê? Queremos segurar as rédeas disso e colocar esse País na linha, de fato, novamente. E estamos conseguindo, haja vista quem está na presidência hoje. Isso é opinião particular minha.

Então, não só as pessoas estão contempladas nesse evento, mas também esses nossos direitos, essas nossas preocupações com o civismo, como foi falado aqui. O Sr. Luiz Fernando destacou que quem nasceu de 2000 para cá não sabe o que é isso, né. Eu sou de 85, mas mesmo assim não peguei muito. Eu fui aprender sozinho o que era respeitar a bandeira, por que uma está na esquerda, outra na direita etc. etc.

Então, é mais do que agradecer a essas pessoas que tenham se destacado por um serviço relevante. Hoje é um dia onde começa a responsabilidade... Aliás, acho que a gente revalida a responsabilidade. Poxa, hoje eu vou sair daqui reverenciando a bandeira; hoje eu vou sair daqui pensando em não xingar o cara no trânsito, em ter mais paciência. Então, vejam só: o negócio é meio motivacional, né. Não é só histórico.

Então, eu queria destacar isso, porque “ah, a história, porque os heróis de 32...” Show de bola, é bacana. Mas falta, às vezes, a gente lembrar disso aí. Devemos defender os princípios coletivos de convivência, respeitar, defender a família, que é a base de tudo. Parabéns a todos por terem vindo aqui. Isso aqui é um exemplo grandioso do que está por vir nos próximos quatro anos. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL - Gostaria de anunciar a presença do Sr. Jairo Giovenardi, representante do Sindbol, Sindicato dos Clubes de Futebol do Estado de São Paulo; e do coronel PM Flamarion Ruiz, representando a Associação dos Militares Estaduais do Brasil. Me permito usar da tribuna para fazer algumas breves palavras.

Gostaria de saudar a Mesa na figura do Major Mecca e da comandante Elza, de todos vocês aqui, os nossos convidados. Gostaria de saudar, em nome do tenente Lessa, nosso amigo de Guarulhos que se faz presente, a todos vocês.

Pessoal, é difícil para mim vir aqui na tribuna. Eu gosto de estar presente no Pequeno Expediente, no Grande Expediente; a gente, muitas vezes, gosta de bater bastante num determinado partido que governa o nosso estado. Mas hoje não é o caso; hoje é um dia de alegria, de comemorar, saudar a Revolução de 1932.

Tem dois amigos meus que serão homenageados. Inclusive, nós temos um grupo no “WhatsApp” chamado MMDC. O Renan Paes, soldado da Polícia Militar, e o Leandro Gouveia, soldado também da Polícia Militar. Ambos de origem do nosso Exército Brasileiro. Eram sargentos de carreira do Exército Brasileiro; fizeram ESA em Três Corações, Minas Gerais, e largaram a farda verde-oliva, mas colocaram a farda cinza-bandeirante para defender o povo de São Paulo, o povo paulista. Então, muito obrigado a você, Renan, e ao Gouveia, que está aqui e logo será homenageado.

Outro amigo muito querido está aqui; seu irmão também está aqui, o Ney. Meu amigo Gabriel Gomes, ex-soldado da Polícia Militar do Estado de São Paulo, hoje advogado, Freitas. E defende quem? Nós, policiais militares. Então, muito do que às vezes acontece na tropa eu fico sabendo porque ele me avisa, ele vai me atualizando do que está acontecendo. E é uma honra para mim entregar essas homenagens.

Rodrigo, será a primeira medalha que eu vou receber, até mesmo para outorgar a vocês. Primeira medalha. Infelizmente... Me indicaram para receber a Medalha do Cinquentenário da Escola Superior de Sargentos, e aquela seria a minha primeira medalha. Ainda vou receber, com muito orgulho. Mas justamente no dia em que foi marcada a entrega da medalha, a sargento Taís foi sepultada, como foi colocado aqui.

E a Escola de Sargentos, de onde eu tenho algumas lembranças e muitas histórias, porque eu servi à Polícia Militar do Estado de São Paulo, fui soldado PM temporário... Meus primeiros dois meses foram no Batalhão de Choque. Sempre falo dessa tribuna. Cabo Barbosa está aqui em cima, o acompanho há muito tempo pelas redes sociais. E passei pela Polícia Militar do Estado de São Paulo, uma escola de vida, uma escola de cidadania. E eu me sinto um soldado.

Para finalizar, Major Mecca, a minha testemunha no velório da sargento Taís, nossa heroína. Quando nós fomos dar um abraço na mãe dela, que chorava no caixão, ela me perguntou: “Quem é o senhor?” E eu fiquei com vergonha de falar que eu era deputado. Eu queria falar para ela: “Eu sou um soldado e vim aqui te dar um abraço.” Eu ainda falei: “Eu trabalho com o Mecca na Assembleia Legislativa”. O Mecca falou “Não, ele é deputado”.

Mas por que eu digo isso? Porque nós não queremos fazer política, Mecca, com os nossos heróis. Em algumas tragédias, deputado Nascimento, como essa da sargento Taís que, no dia de folga, estava trabalhando, dias depois que a filha fez dez anos... Mas, fomos lá novamente, chorar junto com a família, entregar a bandeira nacional e falar para a mãe dela que nós nos orgulhamos da sargento Taís; foi sepultada no jazigo da nossa Guarda Civil Metropolitana, que eu também tenho uma grande admiração.

Falei para a comandante Elza: “Olha que coisa, no dia 7 de setembro estávamos lá no sambódromo, ali, juntos, perfilados, vendo as tropas desfilarem, e como chamou a atenção a disposição da GCM”. Como, Nascimento, nos chamou a atenção aqueles jovens na arquibancada, gritando e vibrando. E alunos, comandante Elza, imagina quando estiverem prontos, nas ruas de São Paulo, fazendo também a nossa segurança.

Então, senhores, não estamos fazendo campanha eleitoral antecipada. Pelo amor de Deus, não é isso. Nós subimos aqui, diariamente, para defender as nossas tropas, as forças de segurança, mas, principalmente, a nossa Polícia Militar do Estado de São Paulo. E esse gesto, essa medalha, é um grãozinho de areia do que nós gostaríamos de fazer pelos senhores. Gostaríamos e queremos fazer muito mais, muito mais.

Então, que Deus nos abençoe nesse mandato. Não estamos em campanha novamente, não estamos em julho, estamos em setembro. Mas como é importante, não só para o povo de São Paulo - eu falava com a TV Assembleia -, mas o povo brasileiro, saber o que foi julho de 1932.

Comandante Elza, eu não sou paulista. Eu sou nascido em Pernambuco, mas tenho coração paulistano, o coração paulista. Meu coração é vermelho, preto e branco, das cores de São Paulo; adoro as minhas raízes nordestinas, pernambucanas, mas sou um paulista de coração.

Então, sempre que eu posso, visito o mausoléu, venho no Nove de Julho, falo para os meus filhos o que foi o Nove de Julho de 32. E essa epopeia, Rodrigo, de São Paulo, dos paulistas pegando em armas para defender a Constituição, defender as nossas vidas, as nossas famílias, a nossa liberdade. Então, é com muito orgulho, senhores, que eu os recebo aqui, nesta Casa de Leis, que é a casa de todos vocês, Palácio Nove de Julho.

Meu gabinete, a liderança do PSL, está de portas abertas a todos vocês, nos procurem, nos demandem, o mandato... Estava falando outro dia, eu não fiz campanha dizendo que eu era soldado PM temporário. Eu fui soldado PM temporário e visto essa farda cinza bandeirante. Meu apelido é carteiro, Carteiro Reaça. Fui carteiro por cinco anos na periferia de São Paulo, na zona leste de São Paulo.

Sargento Marcelo Melo está aqui, foi da base também do Primeiro Batalhão de Choque, “tatiqueiro”, Mecca. Mais um herói da Polícia Militar do Estado de São Paulo que, graças a Deus, conseguiu iniciar e sair da Polícia Militar com a cabeça erguida, sem nenhuma sequela psicológica, e traz, também, boas lembranças. Traz aí e me ensina muito, diariamente.

Então, senhores, a Casa é de vocês, aproveitem essa noite. Cada medalha que nós vamos colocar no peito de cada um de vocês é um sinal de orgulho para mim. E eu gostaria de condecorar e entregar essa medalha a cada policial militar do estado de São Paulo; a cada agente de segurança do nosso estado, porque vocês nos orgulham e eu me sinto um de vocês, eu me sinto um soldado. E esse mandato é para servir à Polícia Militar do Estado de São Paulo e às nossas forças de segurança aqui pelo estado.

Meu muito obrigado a todos. 

Fiquem com Deus e esta Casa é de vocês. (Palmas.)

Dando continuidade, vamos assistir a um vídeo sobre a Revolução Constitucionalista de 1932. Por favor.

 

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- É exibido vídeo.

 

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O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL - Neste momento, vamos iniciar as homenagens com a entrega das medalhas.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JOSÉ JANTÁLIA - Outorga da medalha. Durante a Revolução de 1932 foi criada a “Medalha São Paulo é o Direito e a Força”. Um emblemático Oiro do Movimento Constitucionalista, sendo que a concepção heráldica da medalha é do escultor paulista Raphael Mattei e do escultor italiano Miguel Langone. Ela era confeccionada em bronze e prata. Na parte anverso há, na verdade o rosto de um soldado constitucionalista, usando um capacete de aço e olhando para o lado esquerdo, e também as inscrições “Pela Constituição, São Paulo, 9 de julho de 1932”. No reverso, a imagem do padroeiro do estado de São Paulo e as inscrições: “São Paulo é o Direito e a Força”.

Esse modelo de medalha, de fato, era um souvenir. Vendido, na verdade, com o intuito de angariar fundos para a guerra e, também, desta forma, muitas pessoas enviavam aos combatentes esta medalha, como um tipo de agradecimento. Sendo assim, então, uma medalha de condecoração em tempos de guerra.

Com o passar dos anos, a Medalha “São Paulo é o Direito e a Força” tornou-se um raríssimo item de colecionador e, em certa medida, na verdade, o valor dessa medalha se encontrava no ostracismo, depois de alguns anos. Sendo reverenciada então apenas por uns poucos colecionadores, que detinham a intelectualidade da memória e também os dados, as informações da Revolução de 1932.

No ano de 2016, o Conselho Superior da Sociedade Veteranos de 32  - MMDC, composto pelo coronel PM Mário Ventura, pelo Prof. Rodrigo Gutenberg e pelo coronel PM Antônio Carlos Mendes - através de um exemplar original da medalha da época -, peça inclusive do próprio Prof. Rodrigo; este conselho decide resgatar essa história que os senhores e as senhoras ouviram, e o valor da Medalha “São Paulo é o Direito e a Força”, outorgando-a para personalidades civis e militares que se destacaram dignamente, por conta de seus inestimáveis serviços prestados à sociedade paulista e à sociedade brasileira.

Neste momento, convido o presidente do Conselho Fiscal da Sociedade Veteranos de 32, Prof. Rodrigo Gutenberg, que venha à frente do plenário. Ele fará a entrega da medalha aos seguintes convidados - que deverão também se posicionar -, convidados a receberem a condecoração, em frente ao plenário. E eu peço que os aplausos apenas ao final da chamada. Ok? Assim nós vamos economizar tempo. Vamos fazer de uma forma mais dinâmica.

Então, nobre deputado estadual Gil Diniz; nobre deputado estadual Major Mecca; nobre deputado estadual Tenente Nascimento; nobre deputado estadual Adalberto Freitas; senhor presidente da Sociedade Veteranos de 32, Dr. Carlos Alberto Maciel Romagnoli, e o senhor presidente estratégico dos Núcleos MMDC, Dr. Luiz Fernando de Souza Marcondes.

Vamos ter aí a participação da nossa gloriosa Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo. A regência é do subtenente PM Eliseu. Nossa comandante da GCM também, por favor, para a senhora colaborar com a outorga. Por gentileza.

 

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- É feita as outorgas das Medalhas “São Paulo é o Direito e a Força”.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JOSÉ JANTÁLIA - Agora sim, uma salva de palmas, então, a todos os homenageados: à comandante Elza, que também está sendo agraciada neste momento; ao deputado Gil Diniz, deputado Major Mecca; Tenente Nascimento; deputado Adalberto; Dr. Carlos Romagnoli; Dr. Luiz Fernando. Bela homenagem. (Palmas.)

Os homenageados podem retornar aos seus respectivos lugares, com exceção do deputado Gil Diniz, deputado Major Mecca e o presidente do conselho fiscal dos Veteranos de 32, Prof. Rodrigo Gutenberg, porque iniciaremos a próxima chamada, e eles farão estas outorgas que vos anunciarei dentro de alguns segundos.

 E começo agora: então, convidamos aqui à frente coronel PM Luiz Flaviano Furtado. Não precisamos aplaudir, vamos aplaudir no final, ok? São seus fãs, viu coronel? Delegada de Polícia Civil Dra. Luciana Peixoto Pinheiro Silva; tenente coronel PM Carlos Henrique Lucena Folha; tenente coronel PM Emerson Massera Ribeiro; segundo tenente PM Marcos Vitor Lessa; primeiro sargento PM Denny Anderson Victorino;  primeiro sargento PM Michele Leia Lopreto Silva; primeiro sargento PM Ricardo Fernandes Soares; segundo sargento PM Marcelo Alencar da Silva; sargento PM Suelen Mendes da Silva; cabo PM Bruno Felipe Pernambuco; cabo PM Eliane Jamacuru e cabo PM Hugo Duarte Lopes Pimenta.

Podem dar início às outorgas.

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- É feita as outorgas das Medalhas “São Paulo é o Direito e a Força”.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JOSÉ JANTÁLIA - Os nossos aplausos aos homenageados, por favor. Agora sim, agora podem aplaudir. (Palmas.) Solicitamos, por gentileza, que retornem aos seus respectivos lugares, com exceção do deputado estadual Gil Diniz, do deputado estadual Tenente Nascimento, e do presidente da Sociedade de Veteranos, doutor Carlos Romagnoli.

Porque, neste instante, convidamos para homenagem: cabo PM Jorge Santos Cardoso; cabo PM Marcelo Curty; cabo PM Marlison José da Silva; cabo PM Oswaldo Mendes Silva; cabo PM Randhor Oliveira Marques; cabo PM Roberto Fernando Guimarães; soldado PM Douglas Bosquet Ibanez; soldado PM Gilson Souza dos Santos Filho; soldado PM Leandro Loves de Souza Gouveia; soldado PM Marcelo Dias dos Santos; soldado PM Renan Leandro Paes; soldado PM Rodrigo Fagundes Silva; soldado PM Wallace Luiz Santos e o senhor Luiz Gustavo Marcondes, representado neste ato, pela senhora Cláudia Andrade.

Para a outorga, deputado Gil Diniz, deputado Tenente Nascimento e Carlos Romagnoli.

 

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- É feita as outorgas das Medalhas “São Paulo é o Direito e a Força”.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JOSÉ JANTÁLIA - Uma salva de palmas a todos os agraciados.(Palmas.)

Nós lembramos que os certificados serão entregues ao final da solenidade.

Deputado Gil Diniz, com a sua licença, deputado Gil Diniz. Deputado Gil Diniz? Aqui, estou aqui atrás. Atrás, nas suas costas.

Com a sua licença, nossa homenagem antes dos dois grupos de homenageados. Nós deixamos há pouco a Semana da Pátria, 7 de setembro, comemoramos a Independência do Brasil.

O Hino da Independência, quando tocado, a melodia é de Dom Pedro I - não é o caso aqui. E, a letra é do inesquecível Evaristo da Veiga.

Vamos, então, homenagear a todos, com o nosso “Hino da Independência”:

 "Já podeis da Pátria filhos,

Ver contente a Mãe gentil!

Já raiou a Liberdade

No Horizonte do Brasil,

Brava Gente Brasileira

Longe vá, temor servil;

Ou ficar a Pátria livre,

Ou morrer pelo Brasil.

Os grilhões que nos forjava

Da perfídia astuto ardil,

Houve Mão mais poderosa,

Zombou deles o Brasil.

Brava Gente Brasileira

Longe vá, temor servil;

Ou ficar a Pátria livre,

Ou morrer pelo Brasil.

Não temais ímpias falanges,

Que apresentam face hostil:

Vossos peitos, vossos braços

São muralhas do Brasil.

Brava Gente Brasileira

Longe vá, temor servil;

Ou ficar a Pátria livre,

Ou morrer pelo Brasil.

Parabéns, oh Brasileiros,

Já com garbo varonil

Do Universo entre as Nações

Resplandece a do Brasil.

Brava Gente Brasileira

Longe vá, temor servil;

Ou ficar a Pátria livre,

Ou morrer pelo Brasil." (Palmas.)

Permanecem para a outorga: Sr. Deputado Gil Diniz, Sr. Deputado Adalberto Freitas, e o Dr. Luiz Fernando de Souza Marcondes.

Convidamos, neste momento: inspetora de divisão da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo Maria Cecília da Silva; GCM-CE Marcos Antonio Pinto de Moraes; GCM Rosimar da Silva; GCM Wellington Ramalho Biembengut; GCM Alex Francisco da Silva; GCM Priscilla Monção de Carvalho; Sr. Alexandre Cacau Ghilardi; Sr. Allan Kardec Campos Igles; Dr. Anderson Oliveira da Silva; Dra. Clarice Maria de Jesus d'Urso; Sr. Daniel Oliveira da Silva Santos; Sr. Eduardo Campos Iglesias; Sr. Jeremias Ribeiro e Dr. João Donizete da Silva.

Convidando a nossa comandante também para realizar as outorgas.

 

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- É feita as outorgas das Medalhas “São Paulo é o Direito e a Força”.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JOSÉ JANTÁLIA - Brasileiros, nossos aplausos, por favor. (Palmas.)

Podem retornar, senhores homenageados, aos seus respectivos lugares. Permanecem, nobre deputado Gil Diniz, nobre deputado Major Mecca e Prof. Rodrigo Gutenberg, para as próximas outorgas:

Dr. Leonardo de Souza Moldero; Sra. Liana Obata; Dr. Manoel Wagner Gabriel Gomes; Sr. Moacir Batista de Albuquerque; Sr. Moussa Diabaté; Dra. Naile Mamede, representada pela senhora Cláudia Pellegrini Neves; Sr. Nestor Correa do Amaral Junior; Dr. Paulo Henrique de Oliveira Santos; Dra. Ruth Camacho; Dra. Terezinha de Oliveira Domingues; Sr. Thiago Hormigo Fagundes de Melo; Dr. Umberto Luiz Borges d'Urso; Sr. Wallace Ramos Coimbra; bombeiro civil Edinaldo Ferreira da Silva.

 

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- É feita as outorgas das Medalhas “São Paulo é o Direito e a Força”.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JOSÉ JANTÁLIA - Nossos aplausos a todos os homenageados, por favor. (Palmas.)

Podem todos, agora, definitivamente, retornar aos seus respectivos locais; inclusive os Srs. Deputados, à Mesa de honra, por favor. Deputado Adalberto, Major Mecca, por favor podem... Deputado Gil Diniz.

Antes do encerramento oficial por parte do deputado Gil Diniz, um poema de 45 segundos do já saudoso Paulo Bomfim, “Os Jovens de 32”. Agora um poema relativo à Revolução de 1932.

“Onde estais com vossos ponchos,

Os fuzis sem munição,

Os capacetes de aço,

Os trilhos do trem blindado,

O lema de nossas vidas,

A saga de vossos passos,

Ó jovens de 32!

Em que ossário vossa audácia

Fala aos que dormem por fuga,

Em que campo vossa morte

Clama aos que morrem em vida,

Em que luta vosso luto

Amortalha os tempos novos

Ó jovens de 32!

Voltai daquelas trincheiras,

Voltai de vosso martírio.

Voltai com vossos ideais,

Voltai com o sangue que destes,

Voltai com os brios de julho,

Voltai ao chão ocupado,

Voltai à casa esquecida,

Voltai à terra traída,

Voltai, apenas voltai,

Ó jovens de 32!” (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL - Procurem aí pelo Jantália nas redes sociais, tem um canal no Youtube, já vi em alguns canais essas poesias declamadas. Já decorei a primeira estrofe: “Bandeira da nossa terra” - nossa bandeira, na verdade -, mas está difícil decorar o final.

Mas parabéns, Jantália. Você sempre nos emociona com esses versos.

Antes de encerrar, gostaria de agradecer novamente à presença de todos vocês. Alguns aqui eu já conhecia, outros não; conheci alguns agora na hora da entrega das medalhas; alguns me falaram que são da zona leste, ali da região do Sapopemba. Eu entregava cartas na Cohab Teotônio Vilela, ali na zona leste de São Paulo; já entreguei na Fazenda da Juta também, vocês conhecem, e conhecem a dificuldade que é para um carteiro entregar cartas lá, porque a numeração é toda bagunçada. E foi lá que eu aprendi a entregar cartas.

Outros amigos queridos que eu já citei aqui no início: Gabriel Gomes, Renan Paes, Gouveia, as pessoas da minha assessoria que também fazem parte da minha história. Está em minha frente o Rodrigo Galdino – Galdino, levante a mão aí.

Ele foi vigilante comigo no Shopping Aricanduva, zona leste de São Paulo. Ele, com certeza, lembra-se de uma ocorrência lá no P15 onde o nosso amigo, vigilante Rubens...

Todos os dias, comandante, eu fazia hora extra, todos os dias. Então, o supervisor nem precisava me perguntar, ele já me colocava na escala, porque ele sabia. Mas, naquele dia eu precisei sair mais cedo e o avisei, e ele mandou um menino me render, por volta das 16 horas, ele me rendeu depois de fazer seu horário de almoço, ou do jantar. E, quando ele retornou, a rendição dele, nosso amigo Rubens, tinha sido alvejado por três tiros e, infelizmente, ele faleceu.

Foi como nós falamos aqui no início: não importa a cor da farda, o crime, a bandidagem não se importa com o valor das nossas vidas, não se importa com as nossas famílias, com os nossos filhos.

Então, mais uma vez muito me honra a presença de todos vocês: policiais militares, guardas civis, policiais civis. Agradecer, especialmente à delegada que nos brindou com sua presença; o Sr. D’Urso, como falei, acompanho pelas redes sociais, pela TV, as reportagens. Falei para ele que agora há pouco, citei que o nosso amigo de Paraíba, nosso bombeiro civil, disse que a namorada ou esposa é de Maranguape II, lá em Paulista, Pernambuco. Como eu falei anteriormente, sou pernambucano também, sou de uma cidade chamada Serra Talhada.

Migramos aqui para São Paulo em meados de 1990, minha esposa sabe disso, sempre fico contando essas histórias. Meu pai, com certeza, assiste, está nos assistindo agora pela TV Assembleia. Seu Gilson veio para cá tentar a vida, conseguiu o seu emprego como ajudante-geral, fez muito asfalto aqui nas ruas de São Paulo. Minha mãe, diarista, dona Nena, até hoje faz faxina. Hoje fui visitá-la na zona leste de São Paulo, lá em São Mateus, eu estava ali na região. Mas, tenho muito orgulho desta minha origem; então, o pouco que eu puder fazer para retribuir ao povo de São Paulo, ao povo paulistano, ao povo paulista. Claro, aos brasileiros de modo geral, nós aqui faremos.

Então, novamente, muito obrigado a todos pela presença. Esta Casa de Leis é de todos vocês, é de cada um dos paulistas que confiam no nosso mandato. Que Deus nos abençoe, que Deus nos proteja, que abençoe cada herói policial militar, cada herói policial civil, cada herói guarda civil metropolitano da nossa cidade, comandante.

O Gabriel conhece nosso amigo soldado Idalgo, trocando tiro com bandidos aqui nas ruas de São Paulo, foi ferido. E, hoje está numa cadeira de rodas se recuperando, mora lá no sul de Minas e também é mais um herói policial militar que me vem à mente aqui, e não poderia deixar de homenageá-lo.

Então, meu muito obrigado mesmo, de coração, a todos vocês. Desse pernambucano com coração paulista, que honra a memória dos Heróis de 32.

Muito obrigado, senhores. (Palmas.)

Esgotado então objeto da presente sessão, a Presidência agradece as autoridades, a minha equipe, os funcionários dos serviços de Som, da Taquigrafia, de Atas, do Cerimonial, da Secretaria Geral Parlamentar, da Imprensa da Casa, da TV Legislativa e das assessorias policiais Civil e Militar, bem como a todos que, com as suas presenças, colaboraram para o êxito da solenidade.

 

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- Encerra-se a sessão às 22 horas e 15 minutos.

 

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