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16 DE OUTUBRO DE 2019

126ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: CORONEL TELHADA e CORONEL NISHIKAWA

 

Secretaria: CORONEL NISHIKAWA

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - CORONEL NISHIKAWA

Assume a Presidência.

 

3 - CORONEL TELHADA

Lembra que hoje comemora-se o Dia do Instrutor de Voo. Comunica sua visita ao Batalhão Tobias de Aguiar, em comemoração aos 49 anos de criação das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar. Menciona militares vencedores de medalhas olímpicas no Mundial de Boxe e de Ginástica Artística. Opõe-se à fala do governador Doria acerca de policiais militares aposentados. Defende a categoria.

 

4 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência.

 

5 - LETICIA AGUIAR

Para comunicação, disserta sobre o evento em comemoração aos 49 anos de criação das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar. Defende reajuste salarial de agentes militares de Segurança Pública.

 

6 - CARLOS GIANNAZI

Comemora aprovação da lei 17.200/19, que dispõe a ampliação de licença-paternidade para servidores municipais e pais de crianças portadoras de deficiências físicas. Acusa o governo atual de ser contrário aos funcionários públicos.

 

7 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Faz coro ao discurso do deputado Carlos Giannazi. Lembra projeto de lei que visa a ampliação de licença-paternidade aos servidores desta Casa.

 

8 - CONTE LOPES

Tece críticas ao pronunciamento de João Doria acerca de policiais militares, no dia de ontem. Defende o reajuste salarial da categoria. Valoriza os agentes de Segurança Pública do estado.

 

9 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Convoca, em nome da Presidência efetiva, os Srs. Deputados para uma sessão extraordinária, a realizar-se hoje, dez minutos após o término da presente sessão.

 

10 - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS

Para comunicação, repudia o pronunciamento de João Doria acerca de veteranos da Polícia Militar.

 

11 - SARGENTO NERI

Lamenta a fala do governador Doria acerca de veteranos da Polícia Militar. Apela pelo reconhecimento social destes profissionais.

 

12 - CORONEL NISHIKAWA

Faz coro ao pronunciamento do deputado Coronel Telhada. Declara apoio aos policiais militares aposentados. Presta homenagens ao magistério. Comemora aprovação do PL 413, pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação. Rememora comemoração aos 49 anos de criação das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar. Apela por emendas para as Santas Casas.

 

13 - DOUGLAS GARCIA

Repudia possível revisão de decisão do Supremo Tribunal Federal acerca da possibilidade de prisão para condenados em 2º instância.

 

14 - CARLOS GIANNAZI

Acusa a reitoria da Universidade de São Paulo de violar a Lei 1202/13, que visa regulamentar a Lei das Diretrizes e Bases e transformar o cargo de técnico de apoio educativo no de professor de educação infantil.

 

15 - JANAINA PASCHOAL

Para comunicação, informa que a Comissão de Constituição, Justiça e Redação aprovou projeto de lei que regulamenta o ensino domiciliar no estado.

 

16 - ENIO LULA TATTO

Exibe vídeo de discurso de João Doria no qual critica policiais militares aposentados. Lamenta a desvalorização da Segurança Pública por governos anteriores. Afirma que o PSDB é contrário ao funcionalismo público.

 

17 - TENENTE NASCIMENTO

Comemora a aprovação de projeto de lei que que regulamenta o “homeschooling”.

 

GRANDE EXPEDIENTE

18 - JANAINA PASCHOAL

Para comunicação, critica postura do governador João Doria em Taubaté. Combate a antecipação da campanha eleitoral, tendo em vista o pleito de 2022.

 

19 - MAJOR MECCA

Censura a conduta do governador João Doria, que discutiu com manifestantes em Taubaté. Defende os veteranos e aposentados da Polícia Militar, atacados por Doria na ocasião. Discorre sobre o dia a dia dos policiais. Questiona a capacidade de liderança do governador.

 

20 - PAULO LULA FIORILO

Para comunicação, anuncia a presença de uma delegação de deputados austríacos, acompanhados pelo cônsul-geral Klaus Hofstadler.

 

21 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Saúda os visitantes.

 

22 - ROBERTO MORAIS

Para comunicação, comemora a confirmação da instalação de um Baep em Piracicaba. Elogia o comando policial da região.

 

23 - CASTELLO BRANCO

Cumprimenta os visitantes austríacos. Comenta as relações históricas e culturais que existem entre o Brasil e a Áustria. Argumenta a favor da proposta de privatização dos aeroportos paulistas. Defende a eliminação da tributação sobre combustíveis.

 

24 - ED THOMAS

Para comunicação, concorda com o pronunciamento do deputado Castello Branco, a quem enaltece. Ressalta a importância da aviação regional.

 

25 - PROFESSORA BEBEL LULA

Alude à comemoração do Dia do Professor. Cobra a concessão de reajuste salarial aos funcionários públicos. Apresenta demandas relativas ao Iamspe. Critica a redução de verbas destinadas à Educação. Opõe-se ao PL 899/19. Anuncia a realização de manifestação de professores, em 18/10 (aparteada pelo deputado Emidio Lula de Souza).

 

26 - EMIDIO LULA DE SOUZA

Faz coro ao pronunciamento da deputada Professora Bebel Lula. Tece críticas à política educacional dos governos federal e estadual. Lamenta a fala do governador João Doria em Taubaté, dirigida contra manifestantes. Comenta estudo, feito pelo IBGE, sobre a desigualdade de renda no Brasil. Propõe a integração entre trens e ônibus na região de Osasco.

 

27 - ADRIANA BORGO

Pelo art. 82, expressa tristeza por conta da postura do governador João Doria, a quem acusa de ofender os veteranos da Polícia Militar durante evento em Taubaté. Afirma que políticos têm o dever de respeitar a população.

 

28 - ADRIANA BORGO

Solicita o levantamento dos trabalhos, por acordo de lideranças.

 

29 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Anota o pedido. Saúda os visitantes presentes nas galerias.

 

30 - EMIDIO LULA DE SOUZA

Para comunicação, presta homenagem a Lázaro de Mello Brandão, ex-presidente do Bradesco, falecido hoje.

 

31 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Defere o pedido da deputada Adriana Borgo. Convoca os Srs. Deputados para a sessão de 17/10, à hora regimental, com Ordem do Dia. Lembra a realização da sessão extraordinária, prevista para as 19 horas de hoje. Levanta a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP – Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e convida o nobre deputado Coronel Nishikawa para ler a resenha do Expediente.

 

O SR. CORONEL NISHIKAWA – PSL – Indicação do deputado Douglas Garcia. Indicação do deputado Alexandre Pereira. Está lida a presente resenha.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP – Muito obrigado, deputado. Iniciando o Pequeno Expediente com os seguintes oradores inscritos. Primeiro orador, deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputado Jorge Lula do Carmo. (Pausa.) Deputado Alex de Madureira. (Pausa.) Deputada Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal. (Pausa.) Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputado Daniel José. (Pausa.) Deputado Cezar. (Pausa.) Deputado Wellington Moura. (Pausa.)

Solicito ao Coronel Nishikawa que assuma a Presidência dos trabalhos.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Coronel Nishikawa.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL NISHIKAWA – PSL – Próximo deputado inscrito, Coronel Telhada. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP – Muito obrigado, Sr. Deputado Coronel Nishikawa, aos senhores e senhoras aqui presentes, assessores, funcionários, aos Srs. Deputados, ao público aqui presente, a todos os que nos assistem pela TV Assembleia. Quero iniciar, nesse dia 16 de outubro, saudando o Dia do Instrutor de Voo. Hoje é o Dia do Instrutor de Voo, esse profissional que forma profissionais da área de voo e permite que o nosso país tenha segurança na área de voo, formando ótimos instrutores, profissionais, pessoalmente dotadas, pelo bem da aviação no Brasil.

Ontem, Sr. Presidente, nós estivemos no Batalhão Tobias de Aguiar, onde nós comemoramos os 49 anos da criação das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar. Para quem não sabe, a Rota foi criada em meados dos anos 70, sendo o dia 15 de outubro a data oficial da criação da Rota, devido a um documento originado, na época, pelo tenente Paseli, em que passou a ser dada a data do dia 15 de outubro como o dia da criação da Rota.

Parabéns aos irmãos do Batalhão Tobias de Aguiar pela missão que desempenham diariamente no estado de São Paulo. Parabéns ao coronel Mário Alves da Silva Filho, comandante daquele batalhão. E grande abraço a todos os irmãos e irmãs de armas da nossa Polícia Militar.

Sr. Presidente, também queria fazer referência, aqui, que nesse fim de semana, mais propriamente no último domingo, nós tivemos dois brasileiros que foram campeões. A primeira foi a brasileira Bia Ferreira, que é militar. Ela derrotou a atleta chinesa por cinco a zero e conquistou o ouro no mundial de boxe, na categoria 60 quilos. Foi na Rússia, no domingo passado.

E também o brasileiro, sargento da Marinha, Arthur Nory. Não sei, acho que é da Marinha, não lembro. Mas que ele é sargento, ele é. Levou o título mundial de barra fixa no campeonato mundial de ginástica artística, também no domingo, em Stuttgart, na Alemanha. Então, parabéns a esses dois militares por mais essa honra conseguida para o esporte brasileiro.

Eu queria, aqui, fazer referência... Todo mundo está comentando na rede social a fala do governador ontem, numa cidade do interior, onde ele foi muito infeliz. Ele foi afrontado por alguns manifestantes e, num momento grande de infelicidade, num momento sem pensar, acabou falando impropérios que não deveriam ter sido ditos. É uma pena que tenha acontecido isso, porque ele usou, inclusive, o termo “vagabundos”, se referindo a policiais militares aposentados.

Talvez o governador Doria não saiba, mas esse termo “vagabundo” é muito pesado para nós, porque normalmente nós nos condicionamos a chamar de vagabundo o ladrão, o assaltante, o pilantra que pratica o crime. Então, essa palavra, além de ter sido muito mal empregada, é uma afronta a todos os policiais militares da reserva. Tudo bem que era um punhado de gente que estava lá, mas quando falou dos aposentados, acabou se referindo a todos os policiais aposentados. Então, eu queria pedir ao Sr. Governador que se retratasse nas suas palavras, porque não ficou nada bem para nós, policiais militares. Principalmente para nós aqui, que somos da base de apoio, é uma situação muito difícil.

Queria dizer também da infelicidade de aqueles policiais estarem fazendo manifestação e ofendendo o Sr. Governador, chamando-o de mentiroso e outros impropérios. Eu não entendo o que está acontecendo, deputado Nishikawa.

Nós nunca tivemos um governador que falou que iria valorizar a polícia. Nós nunca tivemos um governador que prometeu que vai aumentar o salário da polícia, sendo que a promessa é que até dia 30 de outubro estará entrando o reajuste nesta Casa. E, apesar das promessas, apesar de tudo o que foi feito, o nosso pessoal não para de reclamar e de ofender o governador do estado.

Eu não entendo essa política de enfrentamento, essa política de ofensa, essa política de barulho, porque isso não traz resultado. Isso é mais que comprovado. A nossa política, a nossa maneira de trabalhar é com resultados, com projetos aprovados, com indicações aprovadas, com resultados verdadeiros, com leis aprovadas que apoiem a Polícia Militar. Então, essa situação é desastrosa e desnecessária.

Mas infelizmente, ontem, o Sr. Governador foi muito desagradável. É inaceitável o que o senhor falou. Eu espero que o senhor venha a público retirar essas palavras, porque não são palavras condizentes com homens e mulheres que, durante o tempo de serviço, serviram ao Estado, fazendo o melhor que podem pela segurança de todos os cidadãos brasileiros.

E eu peço a todos os policiais militares, também, que reflitam nas suas atitudes. Eu nunca vi a pessoa xingar a quem tem a obrigação de respeitar. Na Polícia Militar, quando nós entramos, juramos respeitar as autoridades constituídas. Parece que o pessoal esqueceu isso. O pessoal esqueceu o juramento que foi feito.

Então, vamos colocar a mão na consciência, rever a nossa postura, que eu não quero ter o desprazer de ter os nossos direitos rejeitados depois por causa de uma conduta inacertada, por causa de uma conduta indevida.

Nós somos policiais militares, nós respeitamos as pessoas e, por isso, nós obrigamos que sejamos respeitados também. E, nós vamos atrás dos nossos direitos, e vamos fazer valer nossos direitos, tenham certeza disso.

Sr. Governador, nós esperamos a retratação de Vossa Excelência.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE – CORONEL NISHIKAWA – PSL – Solicito a Vossa Excelência: reassuma a Presidência.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Coronel Telhada.

 

* * *

 

A SRA. LETICIA AGUIAR - PSL – Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE – CORONEL TELHADA – PP – Muito obrigado, deputado Nishikawa.

Pela ordem, Sra. Deputada.

 

A SRA. LETICIA AGUIAR - PSL – Presidente, eu gostaria de deixar, mais uma vez, registrado aqui...

 

O SR. PRESIDENTE – CORONEL TELHADA – PP – A senhora quer o quê? Uma comunicação?

 

A SRA. LETICIA AGUIAR - PSL – Uma comunicação, perdão.

 

O SR. PRESIDENTE – CORONEL TELHADA – PP – É regimental.

 

A SRA. LETICIA AGUIAR - PSL – PARA COMUNICAÇÃO – Gostaria de deixar registrado, mais uma vez, o meu apoio à nossa importante instituição da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Ontem, pude prestigiar o aniversário da Rota de 49 anos, e a gente pode ver, realmente, nos olhos daqueles homens e mulheres, o empenho, o amor, que eles têm pela profissão, e a dedicação que eles têm em realizar o trabalho deles, que é tão importante para a população.

A gente precisa, além de reconhecer, valorizar. Eu acho que gratidão não paga as contas dos nossos policiais, e de ninguém. Então, é importante que esse reajuste que o governador prometeu, saia. O prazo está quase acabando. Nós precisamos que o governador envie isso aqui para esta Casa, para que a gente possa votar. Eu estou ansiosa para votar, sim, pelo reajuste dos nossos policiais.

É um reajuste mais do que justo, necessário. Reconhecer, valorizar, mas, sim, fazer justiça na questão financeira, para que os nossos policiais tenham um mínimo de dignidade.

Em nome do tenente- coronel Mário, eu faço a saudação em plenário para todos os rotarianos, agradecendo, mais uma vez, pelo trabalho deles.

Gostaria de dizer que ontem eu conheci a pequena Maria, filha de um ex-rotariano morto em um assalto. Ela estava fardada, linda, orgulhosa do trabalho dos policiais.

E, me vem em mente a questão desses policiais quando são mortos. Eles têm as viúvas, os viúvos. Existe o problema da celeridade em receber as pensões. Muitos policiais, inclusive, fazem vaquinha para conseguir pagar o velório, as custas todas daquele momento tão difícil para a família. Não tem a celeridade do Governo do Estado em dar o respaldo financeiro para essas famílias.

Então, fica, aqui, também, registrado o meu apelo, em nome dessas famílias enlutadas. Que recebam o respaldo necessário do Governo do Estado e mais celeridade nessas situações.

Obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE – CORONEL TELHADA – PP – Obrigado, Sra. Deputada.

O próximo deputado é o deputado Marcio Nakashima. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi.

Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL – SEM REVISÃO DO ORADOR – Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público presente, telespectador da TV Alesp, ontem foi publicada uma lei no “Diário Oficial” do município de São Paulo, da cidade de São Paulo, uma lei muito importante, que trouxe, em um dos seus artigos, em um dos seus parágrafos, uma conquista muito importante para os servidores do município de São Paulo.

Refiro-me aqui, sobretudo, aos servidores que são pais. Servidores e servidoras pais e mães de alunos, de crianças com deficiência. Refiro-me aqui a uma conquista que foi fruto de uma mobilização feita pelo vereador Celso Giannazi, que introduziu na Lei 17.200 uma emenda dando a esses servidores a licença paternidade de três meses.

Ou seja, o que diz, então, a emenda apresentada, aprovada e sancionada na Lei 17.200, de 2019, que “todo servidor público pai de aluno, mãe de aluno”, “aluno” é vício de expressão meu por ser professor, mas é “qualquer pai ou mãe de criança com deficiência”, Sr. Presidente, vai ter acesso, o pai, na verdade, à licença paternidade.

Então, foi aprovada essa conquista histórica aqui na cidade de São Paulo, que pode servir de exemplo, inclusive, para que nós possamos estender esse benefício para os servidores do estado, de outros municípios, e em todo o Brasil.

Então, está aprovada licença paternidade de três meses para os filhos de pais servidores públicos do estado de São Paulo, filhos com deficiências, Sr. Presidente. Então, isso é importante, porque foi fruto de uma mobilização, de um conselho que existe, o conselho de inclusão, que pertence ao mandato, é um dos conselhos do vereador Celso Giannazi na Câmara Municipal e, no momento, essa conquista vem como facho de luz, até porque os governos estão atacando os servidores, retirando direitos trabalhistas, previdenciários e sociais.

Os governos elegeram o servidor público como bode expiatório da crise, e conquistar a licença paternidade de três meses para os servidores pais de crianças com deficiência é um grande avanço. Como eu disse, é uma luz no final do túnel, e mostra que a mobilização é a chave aqui, para que nós possamos ter êxito nas lutas sociais que nós estamos travando no Brasil.

Eu sempre digo que, enquanto o governo Bolsonaro está acabando com a democracia, atacando os conselhos, tentando extinguir os conselhos, o mandato do vereador Celso Giannazi está, na verdade, indo na contramão e criando conselhos, o Conselho de Inclusão, o Conselho Mirim, o Conselho de Educação de Jovens e Adultos, e tantos outros, estimulando a participação popular, estimulando a participação coletiva de vários setores da sociedade, principalmente no campo da Educação.

Então é isso, a lei foi publicada ontem, no Diário Oficial do Município de São Paulo. É a Lei nº 17.200, de 2019, o parágrafo II, que institui a licença paternidade de três meses para pais de crianças com deficiência.

Então, quero parabenizar aqui os servidores da cidade de São Paulo por essa conquista, o vereador Celso Giannazi, autor da proposta, e o Conselho de Inclusão também, que pertence, que compõe o mandato do vereador Celso Giannazi, e que isso sirva de exemplo, para que nós possamos avançar na luta em defesa de todos os servidores e trabalhadores do Brasil, não só dos servidores públicos, mas de todos os trabalhadores e trabalhadoras.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, deputado. É interessante o assunto que o senhor traz à tona aí, porque nós, inclusive, temos um projeto nesta Casa também, visando à licença paternidade de todos os nossos funcionários públicos estaduais aqui, que não têm a devida licença-paternidade também. Muito obrigado pelo assunto.

 

O SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Pela ordem, Sr. Deputado.

 

O SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PSL - Para uma breve comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - O senhor aguarde, Sr. Deputado, porque eu tenho uma lista de deputados inscritos aqui, para não tomar o tempo deles. Ok?

Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Roberto Morais. (Pausa.) Deputado Conte Lopes.

Eu queria alertar os Srs. Deputados que no Pequeno Expediente há uma relação de deputados inscritos. Quando eu concedo comunicação a V. Exas., acaba-se tomando o tempo dos deputados. Então, se os senhores puderem aguardar, porque eu ainda tenho o deputado Conte Lopes, tem o deputado Sargento Neri também aqui presente. Ok? Pode ser, deputado? Muito obrigado, viu?

 

O SR. CONTE LOPES - PP - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, obrigado, público que nos acompanha na TV Assembleia. Ontem eu falava nesta tribuna a respeito da briga entre o mar e o rochedo, e que acaba sobrando para o marisco.

Ontem nós estivemos em Taubaté, mais uma vez uma briga, e o governador Doria xingando os veteranos que o estavam vaiando, ou sei lá o que, se manifestando, de “vagabundos”, que não tinham o que fazer.

O que dá pra achar de uma situação dessa aí? Às vésperas de um aumento. Porque, nós queiramos ou não, nestes 32 anos que eu estou nesta Casa, ou na política, quem dá aumento é o governador. É o governador que dá aumento. Não é deputado, não é senador, não é o presidente da República. É o governador do estado.

É ele que concede o aumento. Então, volto a repetir, não sei se um empresário que é xingado pelos funcionários vai ter vontade de dar aumento para os funcionários ou se vai querer mandar os funcionários embora.

Aí vocês vão dizer: “Não tem forma de agir?” Tem, ele pode agir de outra forma: aumentar as delegadas, aumentar outras coisas e dar um pequeno aumento para todo mundo. Vale essa guerra? Então, é muito fácil ir a quartéis e vaiar o governador. Já vi muito isso. Para certas pessoas, talvez seja bom. Não sei se o é para o restante. Como eu disse, em uma guerra entre o mar e o rochedo, vai sobrar para o marisco mesmo. Não resta a menor dúvida.

Quando cheguei a esta Casa, depois do governo Fleury, o salário da Polícia Militar era idêntico ao da Polícia Civil. De coronel ao de delegado de classe especial. De soldado ao de agente policial. De sargento era idêntico ao dos investigadores, inclusive as vírgulas. Quando saía aumento, saía no Diário Oficial igual. Muita gente xingou e perdemos isso também.

Então, é bom uma certa cautela, porque não sei quem vai sair ganhando com essa briga. O governador tem a caneta na mão. Como diz o nosso presidente Telhada, não seremos nós que vamos ganhar essa briga. Então, sei lá. Vamos torcer para que a coisa ande, porque faltam 15 dias para vir o aumento que foi previsto. E nós temos cobrado. A política também é a arte de conversar, de procurar, de dialogar. Tem a arte da porrada, mas tem a outra do diálogo. Nem sempre na porrada você ganha. Quando você se torna inimigo de alguém, você não dá nada para o inimigo. Inimigo é inimigo.

Então, vamos aguardar os acontecimentos dessas duas semanas. É difícil ver o que vai acontecer com o governador João Doria agora, como ele vai se portar. Espero que ele não leve isso para todos nós, veteranos e aposentados deste estado inteiro, pois realmente são pessoas que precisam do aumento, que querem continuar com a paridade. Agora, ele tem forma de não manter a paridade? Tem! Ele só dá vantagem para alguns e uma pequena porcentagem para todo mundo. Vão reclamar com quem? Com o bispo?

Já passei por isso nesta Casa, quando o Saulo, no governo Geraldo Alckmin, ia dar o aumento do auxílio-localidade. Nós brigamos para caramba aqui. Brigamos e tal. “Como vai acontecer? Se o cara trabalha em Guarulhos é diferente de trabalhar na cidade de São Paulo? Ou no ABC ou em Campinas?” Brigamos, não aceitamos.

Um belo dia, estávamos aqui, chegou o Saulo e falou: “Vocês querem ou não querem? O governador mandou dizer que, se vocês não quiserem, vamos mandar para a Educação”. Então, resolvemos descer e aceitar. Fazer o quê? Iríamos perder o aumento que seria dado ao pessoal da ativa, que era o auxílio-localização? Não atingia, é lógico, os aposentados e os da reserva. E como íamos fazer? Brigar e impedir?

Talvez algumas pessoas não precisem de dinheiro, mas aquele aposentado que precisa tem as suas necessidades, pagando aluguel, pagando remédio, pagando não sei o que lá. Espero que se acalmem os ânimos. Não estou a favor nem contra ninguém, não é esse o problema. É uma questão dos ânimos. Do jeito que está, não sei se vamos ganhar ou se vamos perder.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, deputado. Antes de chamar o próximo deputado, queria pedir licença para fazer a seguinte convocação:

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária a realizar-se hoje, dez minutos após o término da presente sessão, ou às 19 horas, caso a sessão não atinja seu tempo limite, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia: 

 

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- NR - A Ordem do Dia para a 52a Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de 17/10/2019.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Aliás, eu não sei por que a gente fala nobre deputado. Ninguém é nobre aqui, não somos da nobreza. Seria prezado deputado, não é? Nobre é estranho, mas enfim, é o Regimento que diz, não posso falar nada.

6 - Projeto de lei nº 1021, de 2019, de autoria do prezado - eu vou colocar prezado por minha conta - deputado Roque Barbiere.

7 - Foi aqui incluído o Projeto de lei Complementar nº 69, de 2019, de autoria da Mesa. Está lida a convocação.

O próximo deputado é o deputado Frederico d'Avila. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado Sargento Neri. Enquanto V. Exa. se desloca à tribuna, eu vou conceder a comunicação ao prezado deputado Danilo Balas. Por favor, Sr. Deputado.

 

O SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Agradeço, Sr. Presidente. Minha vinda a este microfone é para declarar o meu repúdio às palavras do governador quanto aos veteranos da Polícia Militar na data de ontem. Infelizmente, na cidade de Taubaté, houve um problema, uma manifestação de veteranos, aqueles que representam a gloriosa Polícia Militar, e o governador acabou descendo um pouco o nível e chamando os veteranos de vagabundos.

Nós, da Polícia Militar - eu, que fui policial militar por 12 anos, 14 anos da Polícia Federal -, muitos dedicam 30 anos ou mais à Polícia Militar, ao estado, à sociedade paulista, e acabam, nobre presidente, não se aposentando. Eles se tornam veteranos e continuam trabalhando para pagar as contas, para colocar o pão nosso de cada dia.

Então eu acredito que o nível das manifestações está caindo muito. Ataques estão sendo proferidos de ambos os lados, mas o governador, como governador do estado, não poderia ter chamado os veteranos de vagabundos. A maioria dos veteranos continua, sim, trabalhando, fazendo bico para colocar o dinheiro em casa, para pagar a escola, para fazer o mercado. Então, eu creio que rapidamente esperamos a palavra do governador, um pedido de desculpas por ter chamado os veteranos de vagabundos. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA – Muito obrigado, Sr. Deputado, muito bem colocadas as palavras de Vossa Excelência. Quero retificar aqui, pois acho que, na hora da leitura, eu falei errado o número de um projeto. Então, retificando, é o Projeto de lei nº 1061, mil e sessenta e um, de 2019, de autoria do nobre deputado Roque Barbiere. Justo do Roque. Se eu ler errado, estou perdido aqui.

Deputado Sargento Neri.

 

O SR. SARGENTO NERI - AVANTE - Boa tarde a todos. Boa tarde, presidente; boa tarde aos demais parlamentares, a todos os que nos assistem; à nossa Segurança Parlamentar, tanto a Polícia Civil quanto a Polícia Militar. Eu venho aqui falar também, Danilo, sobre o pronunciamento do governador, que foi um tanto quanto inadequado.

Espero que ele se retrate com os nossos veteranos, mas eu não vou falar para ele. Eu quero falar para a população paulista - para você, população paulista que me assiste. Os nossos veteranos trabalharam 30 anos protegendo vocês, as suas vidas, os seus patrimônios, e lutaram sempre por vocês, mesmo não tendo um bom salário; lutaram sempre por vocês, mesmo não tendo reconhecimento; lutaram sempre por você, cidadão, mesmo sem que o governo fizesse um trabalho de valorização profissional.

Diante disso, eu venho falar para a população paulista: toda vez que você vir um veterano, olhe na pessoa dele e veja um homem ou uma mulher que lutou pela sociedade paulista, que doou sua saúde pela sociedade paulista, que fez da sua vida um sacerdócio, porque muitas vezes deixamos nossos filhos nos dias de Natal, Ano-Novo,  aniversário, para que você possa ter um bom Natal, um bom Ano-Novo.

Muitas vezes lutamos com as intempéries, trabalhando em dia de chuva, calor, frio, e por isso eu falo a cada cidadão paulista: respeite nossos veteranos, faça com que eles realmente tenham o sentimento de missão cumprida, que foi o que fizeram nos 30 anos de serviço. Lutar por este estado, lutar por esse povo e, realmente, fazer com que o estado democrático de direito prevalecesse no estado brasileiro.

E, por isso, eu sou solidário aos nossos veteranos. E, por isso, eu clamo a cada cidadão paulista que seja solidário aos nossos veteranos para que, no futuro, nós tenhamos o reconhecimento, como muitos países que reconhecem o seu veterano. É inadmissível algumas frases chulas para os nossos veteranos.

E eu espero, presidente, com certeza, que o nosso governador se retrate com eles, porque muitos não deram só o tempo de serviço, deram toda a sua saúde. Temos veteranos de cadeiras de rodas, hospitalizados. Temos veteranos com problemas mentais por passar por dificuldades, por passar por trabalhos realmente estressantes.

E não é só na Polícia Militar. Temos veteranos na Polícia Civil, agentes penitenciários e precisamos, cada vez mais, respeitar esses homens e mulheres.

Então, fica aqui o meu clamor à sociedade paulista. Que veja os nossos veteranos não como policiais aposentados, mas como um guerreiro que combateu o bom combate e que fez a sua missão para esse estado bandeirante.

Obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE – CORONEL TELHADA – PP – Obrigado, Sr. Deputado.

Próximo deputado, deputado Luiz Fernando Lula da Silva. (Pausa.) Deputada Adriana Borgo. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputada Delegada Graciela. (Pausa.) deputada Professora Bebel Lula. (Pausa.) Deputado Ed Thomas. (Pausa.) Deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.)

Pela lista suplementar, deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Sargento Neri. Acabou de fazer uso da palavra. Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputado Ricardo Madalena. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Alexandre Pereira. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. Presidindo os trabalhos. Deputado Coronel Nishikawa. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. CORONEL NISHIKAWA – PSL – SEM REVISÃO DO ORADOR – Boa tarde a todos: Sr. Presidente, assessores, colegas deputados, pessoal da plateia aí em cima.

Primeiramente, Sr. Presidente, quero corroborar com as suas palavras sobre aposentados da Polícia Militar. Eu sou coronel da Polícia Militar e estou há 20 anos aposentado. Durante esse período, Sr. Governador, eu fui, durante sete anos, presidente de Conseg, sem receber um tostão, trabalhando em prol da sociedade.

Durante esse período nós chegamos a construir até um quartel pelo nome que nós tínhamos lá em São Bernardo. Segunda Companhia do 6º Batalhão. Com a ajuda de indústrias, com a ajuda da comunidade, foi erguida uma companhia, porque nós batalhamos para isso. Nós não recebemos um tostão para isso. Então, gostaria de que o senhor governador respeitasse os nossos aposentados, inclusive, nós, aqui, que estamos aqui.

Dito isso, as minhas continências para os professores. Eu não pude estar aqui ontem, eu tinha uma agenda com médicos e não pude estar aqui. A minha primeira esposa, falecida esposa, era professora. A minha esposa atual é professora aposentada. Sem os professores nós não estaríamos aqui. São quem nos prepara para que possamos ter uma profissão.

No Japão, o país dos meus ancestrais, a única profissão que não se curva perante o imperador é o professor. Portanto, ao professor o nosso respeito, as nossas homenagens. Dito isto, gostaria de agradecer aos deputados que pertencem à CCJ pela aprovação do nosso Projeto de lei nº 413, reaproveitamento dos aposentados, Sr. Governador, e também daqueles que sofreram um acidente e um tiroteio durante o serviço operacional ou de mobilidade reduzida em serviços administrativos. Inclusive poderão ser reaproveitados em Proerd, em vários setores que o estado necessita.

Tiraria aqueles que têm condições de trabalhar para colocar esses aposentados para trabalhar, os que têm mobilidade reduzida também. E com isso o estado economizaria. Pagaria-se um bônus, não necessariamente que depois vai incorporar ao salário, o que não é justo, mas os nossos policiais trabalhariam num ambiente que conhecem, têm a expertise da profissão.

Vai aqui o nosso PL. Esperamos que os nossos nobres colegas aprovem quando passar por esta Casa aqui para votação. Ontem, nós estivemos também na Rota, no 49º aniversário da Rota. Eu vi o capitão Conte Lopes lá sendo assediado por fãs. É uma coisa impressionante. Ele é um mito lá na nossa Rota. Parabéns a essa unidade que tanto faz pelo povo paulista. Hoje, nós tivemos de manhã na sala da Presidência uma reunião com o presidente da Federação das Santas Casas.

As Santas Casas, que tanto necessitam de emendas parlamentares para poderem continuar com a casa aberta. É necessário que todos se conscientizem de que a tabela SUS, infelizmente, não cobre o valor que eles gastam para cada paciente que se interna por lá. Então eu solicito aos nossos colegas que tiverem condições de mandar emenda para as Santas Casas, que o façam.

Nós enviamos para aprovação um projeto de lei que aparentemente seria inconstitucional porque nós não teríamos que legislar sobre isso, dez por cento dos valores arrecadados de multas das estradas, por quê? Nós tivemos a oportunidade de passar pelo Corpo de Bombeiros. Lá nós recolhíamos os pacientes ou os acidentados para as unidades públicas e com isso a gente percebia a precariedade.

E nós estamos aí rogando que isso vá para frente, dez por cento. Eu sei que na federação estão destinando se não me engano 30%, mas dez por cento daqui gostaríamos que passasse novamente pela CCJ. Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Deputado Roberto Morais. (Pausa) Deputado Douglas Garcia.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, Sr. Presidente. Gostaria de saudar todos aqui presentes, público que nos assiste na TV Alesp, também aqui na galeria, assim como todos os servidores desta Assembleia Legislativa.

Senhores, hoje o Brasil olha atônito e também com muita atenção para o Supremo Tribunal Federal. Os olhos de todos os brasileiros neste momento estão sobre a Suprema Corte brasileira, porque nós temos o perigo de ter todos os bandidos da pior espécie colocados nas ruas, todos aqueles que tiveram sua condenação em segunda instância. Eu venho a esta tribuna expor a minha preocupação quanto ao julgamento que o Supremo Tribunal Federal começará hoje.

Eu não estou falando aqui, senhores, daquele bandido pé de chinelo, daquele bandido que roubou um pão ou que roubou uma galinha. Não! Eu estou falando de estupradores. Eu estou falando de pessoas que são da pior espécie da sociedade e o Supremo Tribunal Federal está mais uma vez revendo a sua decisão.

Essa espécie de revisão de decisão do Supremo Tribunal Federal só causa, no nosso País, insegurança jurídica. Só causa, no nosso País, insegurança nas nossas instituições. O Supremo não pode colocar nas ruas os bandidos que foram condenados após a segunda instância, de forma alguma. Os tribunais superiores não servem para fazer aquilo que o juiz de direito e o desembargador faz.

Os tribunais superiores servem para cuidar, principalmente, da interpretação das leis, para regar os demais tribunais. E não para atender o mérito. O mérito dessas questões vem sim do juiz de direito e dos desembargadores, em primeira e segunda instância. Corremos o risco de colocar bandidos nas ruas. Entre eles, inclusive, o próprio Lula, Luiz Inácio Lula da Silva. Vejam só que absurdo.

Não podemos permitir de forma alguma que isso venha a se concretizar no nosso Brasil. Não podemos permitir que a juristocracia do Supremo atrapalhe a nossa democracia. Porque a população brasileira está cansada de viver em um país onde os bandidos são tratados como vítimas. Está cansada dessa impunidade. Estamos cansados de ver pessoas corruptas roubarem debaixo do nariz do povo, e nada acontecer, e não serem punidas de forma alguma.

Agora o Supremo Tribunal Federal está prestes a dar o aval para que milhares e milhares de presos possam ter a sua liberdade colocada em prática. Vocês vão ver acontecer, aqui no Brasil, a queda da Bastilha, uma revolução. Vocês vão ver acontecer, aqui no Brasil, milhares de bandidos sendo soltos. Porque, o que não vai faltar, vai ser pedido nos tribunais inferiores.

Peço a todos os ministros do Supremo e também à população brasileira que não venha permitir que um absurdo como esse aconteça. O preço da nossa liberdade é a eterna vigilância. E não há vigilante maior que o próprio cidadão que vai às ruas para defender a sua liberdade. Que vai às ruas para defender a sua nação.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. Não temos mais deputados inscritos no Pequeno Expediente. Portanto, chamarei aqueles que já falaram, mas se inscreverem novamente.

Sargento Neri, o senhor fará uso novamente da palavra? Não fará. Deputado Giannazi, o senhor fará uso da palavra? Portanto, tem o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público aqui presente, telespectador da TV Assembleia, de volta a esta tribuna, no dia de hoje, gostaria de me dirigir ao reitor da Universidade de São Paulo e exigir que ele cumpra a lei.

Aprovamos uma lei aqui na Assembleia Legislativa em 2013. Um projeto de lei que foi um projeto encaminhado pela própria reitoria da universidade. A universidade encaminhou um projeto de lei aqui por conta da mobilização das professoras das creches e da Escola de Aplicação da USP. O projeto foi aprovado. Fizemos um esforço enorme para que o projeto fosse aprovado rapidamente. O projeto foi aprovado. O governador, o Executivo, sancionou a lei.

No entanto, isso aconteceu em 2013. E até hoje a Reitoria da Universidade de São Paulo afronta a legislação. Viola a lei, viola o Estado Democrático de Direito, Sr. Presidente. Tem uma lei que entrou no ordenamento jurídico do Estado de São Paulo.

É uma lei muito simples, que apenas regulamenta a LDB, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que transformou a Educação, que reconhece a educação infantil como a primeira etapa da educação básica, juntamente com o ensino fundamental e com o ensino médio. Essa é a educação básica: educação infantil, creche e pré-escola, ensino fundamental e ensino médio.

A lei é muito clara em relação aos profissionais da Educação. Não existe mais essa terminologia de técnico de apoio educativo, que hoje ainda existe, em 2019, na Universidade de São Paulo. As professoras ainda têm essa designação, ainda têm essa terminologia. E, na verdade, o projeto que nós aprovamos regulamenta a LDB, transformando, mudando a designação do cargo, de técnico de apoio educativo para professor de educação infantil. É a Lei no 1.202.

Inclusive, eu já fui ao Ministério Público, conversei com o procurador-geral de Justiça. Ele disse que a lei, na verdade, estava em pleno vigor no estado de São Paulo. A lei foi confirmada pela Procuradoria Geral de Justiça do estado. E no entanto, até agora, o reitor da Universidade de São Paulo viola, afronta a legislação, prejudicando as trabalhadoras, as educadoras, as professoras das creches e da Escola de Aplicação da USP. Então, eu faço aqui um apelo e uma exigência para que o reitor cumpra a lei. A lei tem que ser cumprida.

Agora, o que mais me chama a atenção é que a proposta foi apresentada em 2013 pelo próprio reitor. Na época, o reitor Rodas, da faculdade de direito, um jurista; ele apresentou o projeto de lei. Agora, não sei por que, a procuradoria da USP, me parece, deu uma orientação para o descumprimento da lei. Isso é um absurdo total, Sr. Presidente. Então, nós vamos tomar outras medidas, como já tomamos algumas, para que a lei seja cumprida, a Lei Complementar no 1.202, que transforma o cargo de técnico de apoio educativo no cargo de professor de educação infantil das creches da USP.

Sr. Presidente, gostaria, para concluir, que cópias do meu pronunciamento fossem encaminhadas para o reitor da Universidade de São Paulo e também para o Ministério Público Estadual, para que providências sejam tomadas imediatamente, e a Lei Complementar no 1.202, de 2013, seja cumprida pela reitoria da Universidade de São Paulo.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. Então, solicito à nossa assessoria que encaminhe as palavras do deputado Carlos Giannazi ao Sr. Reitor da Universidade de São Paulo e ao Ministério Público.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Eu queria comunicar que a CCJ acabou de aprovar o projeto de autoria do deputado Tenente Nascimento que reconhece o “homeschooling”, ou seja, o ensino domiciliar no estado de São Paulo. E nós tivemos manifestantes muito especiais na data de hoje, na CCJ, que são as crianças e adolescentes de todas as idades; tem até um bebezinho. (Manifestação nas galerias.) Foi muito fofo, porque eles vieram pleitear os seus direitos, vieram com camiseta, falaram com os deputados antes.

Então, eu deixei bastante claro que não sou uma entusiasta do “homeschooling”, mas entendo que o nosso país é um país plural, que deve contemplar desde a escola em período integral, da qual eu sou defensora, até o ensino domiciliar. Seja num modelo, seja em outro modelo, zelando pela segurança, pela integridade física e intelectual das crianças.

Então, se o país é um país plural, essa liberdade de como aprender e de como ensinar deve ser respeitada. Então, desde já, trago aqui meu apoio formal e no mérito ao projeto do colega, cumprimentando as crianças pelo exercício de cidadania desde cedo. Parabéns, turminha. (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sra. Deputada. Nós temos mais um orador inscrito. Eu vou dar a palavra ao orador. Depois, abro comunicação para Vossas Excelências. Nós temos horário, por favor.

Deputado Enio Tatto. Posteriormente, abrirei a comunicação para Vossas Excelências.

 

O SR. ENIO LULA TATTO - PT – SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público que nos assiste, cumprimentar os alunos, o pessoal que nos visita hoje. Sejam bem-vindos aqui na Casa do Povo. Sr. Presidente, é quase impossível a gente falar hoje, como deputado estadual, e não repercutir a fala do governador do estado no dia de ontem.

Eu até ouvi algumas falas aqui. Eu fiquei imaginando que não aconteceu nada ontem. Parece que o governador fez uma fala lá tranquila, né. Ou eu não assisti direito, ou eu não entendi direito, não interpretei direito.

Por isso, eu puxei o vídeo, e eu gostaria que soltasse aí para a gente assistir, para a gente ver, realmente, para que todo mundo pudesse assistir o que o governador falou e a forma como falou.

 

* * *

 

- É feita exibição de vídeo. 

 

* * *

 

É isso. Esse é o governador. É o que a gente tem: é um em Brasília e outro aqui no estado de São Paulo. Aliás, fizeram a dobradinha, o Bolsodoria, né, que garantiram a eleição.

Mas, o que chama a atenção é o tamanho do preconceito, a falta de respeito com a população e, em especial, a categoria. O pessoal da Segurança Pública. Quem que estava ali?

Ali tinha policiais aposentados reivindicando justas reivindicações. E ele trata dessa forma: “Vai para casa, vagabundos. Vocês não têm o que fazer. Pega os 200 reais que vocês receberam do Major Olímpio, senador, e vai comer mortadela com a mãe de vocês.”

Deputado Aprigio, é o governador do estado que está falando isso. É o governador do estado que está falando isso. A Assembleia está esperando, e a categoria está esperando, e aqui tem gente que pode falar melhor do que eu, estou esperando o aumento prometido na campanha eleitoral, e se elegeu muito em função disso, para os policiais, para a área de Segurança Pública.

Você sabe o que que tem por trás disso, e a preocupação dele, e essa perda de equilíbrio, esse desespero? É porque a gente já sabe, e a gente conhece o PSDB de mais de 20 anos, a forma que ele trata a Segurança Pública no estado de São Paulo.

E vocês são testemunhas. O pessoal da Polícia Civil, Polícia Militar, desde Mário Covas que é sempre a mesma ladainha, que não são atendidas as reivindicações de vocês.

E, tem outro detalhe que chama a atenção quando ele chama aposentado de “vagabundo” e manda ir embora para comer mortadela com a mãe. Porque, se não me engano, teve um presidente do PSDB também que chamou todos os aposentados do Brasil de “vagabundos”.

Então, eles são recorrentes, e é dessa forma que eles tratam os trabalhadores. O que vai acontecer? Vai chegar um projeto aqui na Assembleia Legislativa de aumento. E, aí, vai ser a grande decepção.

E, não é prever o futuro, não. É aquilo que a gente está acostumado com o PSDB, com os governos do PSDB. Os deputados que são mais antigos aqui, que têm mais de um mandato, o Coronel Telhada, o Conte Lopes, sabem muito bem disso.

Mas os deputados novos da área da Segurança: aqui sempre foi desse jeito, essa ladainha. Vai vir três, quatro, no máximo, cinco, por cento, que não cobrem nem a inflação. E aqueles vinte, vinte e cinco, vinte e seis por cento que estão esperando vão cair por terra.

É desse jeito que o PSDB trata todo o funcionalismo público do estado de São Paulo. É por isso que você pode pegar qualquer categoria do funcionalismo público e comparar com outros estados que têm menos condições que o estado de São Paulo: o estado de São Paulo está abaixo, ganha menos.

E, na área da Segurança Pública eles trazem tabelas todos os dias para nós aqui, comparando, inclusive, com estados menores, estados que têm menos recursos.

Então, mais uma vez, é a forma do PSDB governar o estado de São Paulo, de valorizar o funcionalismo público, dessa forma, e, pior de tudo, nas falas dele, de um cara totalmente despreparado, um cara desequilibrado, um cara que está com algum problema. Né?

É da forma de tratar, de chamar de vagabundo o pessoal que estava reivindicando justos salários, justas reivindicações, que têm direito. No máximo, é conversar, explicar, se não pode atender, mas não chamar de vagabundo e mandar comprar mortadela e comer com a mãe deles. Atingir até a mãe dos pobres, as pobres mães dos pobres policiais, do pessoal da área da Segurança Pública.

Esse é o governador do estado de São Paulo.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. O próximo deputado é o deputado Castello Branco. Falará no Grande Expediente ou falará agora? No Grande. (Pausa.) Deputado Nascimento, então, se inscreveu. É o último deputado inscrito no Pequeno Expediente.

 

O SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Senhoras e Senhores que estão nos assistindo pela TV Alesp, presidente, deputado Coronel Telhada, deputado Major Mecca, sempre em comando, forte, que ontem esteve lá na grande festa da Rota, comando das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, do qual nós parabenizamos, mais uma vez, o deputado Agente Federal Danilo Balas, meu sempre capitão Castello, Ed Thomas, Aprigio.

Eu quero aqui fazer uma menção especial às famílias do “homeschooling”, que lá estão. Aquelas famílias... (Manifestação nas galerias.) Tivemos o privilégio, deputada Janaina, e vocês que nos assistem pela TV Alesp, de aprovar hoje, na CCJ, o projeto 707. Sete é o número da perfeição. Vocês, que estão estudando em casa, já aprendam isso também.

Sete é o número da perfeição, do qual vem dar a condição àqueles que optarem, àqueles que têm a condição de praticar, de fazer o ensino domiciliar. Então, nós aprovamos hoje, juntamente com os nossos pares, esse projeto na Comissão de Constituição, Justiça e Redação, e ficamos muito felizes.

Como expressou aqui já a deputada Janaina, a felicidade de ver as crianças, de ver esses jovens do futuro desta Nação, com a camiseta lá, pedindo seus direitos, direitos que lhes são, realmente, importantes. Nós temos aqui, a todos vocês que nos assistem, o nosso maior patrimônio, que são as crianças.

Então, nesta Casa está em andamento esse projeto, que, com certeza, será aprovado, e quero agradecer a vocês por estarem aqui, participando diretamente, conhecendo o parlamento. É isso mesmo. Vocês têm que vir aqui conhecer o Parlamento, onde projetos importantes são aqui aprovados.

Não é só: “não, político não trabalha”. Não, nós trabalhamos sim, em prol do bem comum. Então, eu quero aqui parabenizar a vocês todos, e dizer que nós, juntos, somos mais fortes, que nós, juntos, vamos vencer, e que nós, juntos, vamos estudar. (Manifestação nas galerias.)

Muito obrigado, Sr. Presidente. Obrigado a todos.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. Encerrado o Pequeno Expediente. Grande Expediente.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

GRANDE  EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - O primeiro deputado inscrito é o deputado Major Mecca. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para uma comunicação, é possível, enquanto o colega vai? É rapidinho.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Pode ser, Sra. Deputada.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Não, eu queria só fazer um comentário sobre a fala, desta vez corroborando o que falou o colega deputado Enio, porque desde ontem eu venho recebendo várias mensagens em razão dessa manifestação do governador, de policiais, de parentes de policiais, mas também de pessoas que não têm nenhuma relação com a polícia, mas que se ressentiram muito com a fala do governador.

E eu, aqui, de uma maneira muito respeitosa, queria fazer a seguinte ponderação: toda essa reação exagerada do governador àquela situação concreta está diretamente relacionada a uma antecipação da campanha para a Presidência em 2022. Infelizmente, estamos ainda em 2019 e as pessoas que, legitimamente, almejam concorrer... Porque quem está na política, ou quem quer entrar na política, qualquer cidadão tem legitimidade para postular um cargo. Então, eu não tiro a legitimidade de ninguém. Porém, estamos no início do mandato atual. Não é hora.

Então, o que eu penso que está ocorrendo com o governador? Toda vez em que ele é, de alguma maneira, confrontado ou questionado, até de maneira ríspida, seja com uma vaia, seja com um protesto, ele atribui essa situação à disputa com o atual presidente Jair Bolsonaro.

Porém, o governador tem que entender - e falo isso com a melhor das intenções - que há outras pautas em São Paulo. Então, não necessariamente uma vaia, um protesto ou uma crítica tem a ver com isso. O problema é que as pessoas já estão com a campanha de 2022 na cabeça. Essa antecipação não ajuda o País, não ajuda o estado, não ajuda a Nação. Não ajuda. Até 2022, não sabemos quem vai estar vivo. Então, temos que nos focar, cada um de nós, em nossos mandatos.

Então, fica aqui minha solidariedade aos policiais e quase um pedido ao governador e a todos os outros que já estão em campanha: foquem no presente, porque o futuro ainda não existe. Temos que construi-lo.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Deputado Major Mecca.

 

 O SR. MAJOR MECCA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos. Por gentileza, o senhor poderia colocar o áudio?

 

* * *

 

- É reproduzido o áudio.

 

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Eu quero falar para essa câmera aqui. Por favor, me foca nessa câmera aqui. Essa fala nojenta que nós acabamos de ouvir é do governador do estado de São Paulo, João Doria Júnior, candidato a presidente da República em 2022.

Atenção a todos os veteranos das polícias do Brasil; a todos os policiais da ativa também, porque amanhã, com a permissão de Deus, os senhores também serão veteranos; a todas as pensionistas; a todos os integrantes das Forças Armadas da ativa e veteranos: esse homem pretende, um dia, ser presidente.

Para esse, que acabou de falar, todos os senhores: meu pai, veterano, que está no sofá agora sentado com duas pontes de safena no peito, duas mamárias; meu tio falecido, policial, professor, nome de escola em Carapicuíba; o sargento Turíbio, alvejado na cabeça, tetraplégico hoje, cuidado pelos pais na sala da casa da mãe dele, dos pais dele, que transformaram a sala em uma UTI. Para esse homem, todos vocês são sem-vergonha. São vagabundos. Sabe por quê? Porque os senhores são um peso ao Erário. Os senhores custam para o Estado. E esse homem não pensa em seres humanos, em pessoas, ele pensa em dinheiro. Pensa em escalada pessoal na vida.

O senhor sobe, ou melhor, você sabe, João Doria, quem são esses vagabundos a quem você fez referência? São homens e mulheres que carregam nas costas o peso de um estado. Homens que trocam tiro na rua, homens que trazem vida, fazem partos dentro de viaturas. Você nunca saberá o que é isso.

Você nunca saberá o que é um soldado cair ao seu lado, como já aconteceu comigo, e gritar: “Chefe, estou baleado”. “Segura, aguenta que você vai ser socorrido”. Você nunca saberá o que é isso para chamar esses homens e mulheres de vagabundos e sem-vergonha.

Você nunca saberá o que é recolher um batalhão como aconteceu comigo e o meu pelotão na Rota, integrando o comboio dois carros funerários, trazendo de volta o sargento Varney e o cabo Goulart, mortos no turno de serviço. Você nunca saberá o que é isso. Você entrar pelo portão do quartel e as famílias estarem esperando no pátio, chorando, e o filho do policial correndo, brincando no quartel, sem saber o que está acontecendo. E o corpo dos dois policiais, no final do serviço, depois de mais de 24 horas, nós velamos no quartel da Rota.

Você nunca saberá o que é isso. Você foi até aquela tragédia em Suzano, naquela escola, onde várias crianças foram mortas, você teve que ser amparado, porque você passou mal. Quase caiu. Vomitou. Aquilo que você não suportou por um instante, por um dia, é o que esses homens e mulheres que você chamou de vagabundos e sem-vergonha suportam por 30 anos. É por isso que eles trabalham 30 anos e vão para a reserva. Você nunca saberá o que é isso.

Você é um moleque brincando de forte apache no estado de São Paulo. Brincando com o povo de São Paulo. Você nunca será um líder, nunca foi e nunca será presidente desta nação.

 

O SR. PRESIDENTE – CORONEL TELHADA – PP – Muito obrigado, deputado.

 

O SR. PAULO LULA FIORILO – PT – PARA COMUNICAÇÃO – Nós estamos recebendo uma delegação de deputados da Alta Áustria, que estão aqui, e vou declinar os nomes: o presidente Viktor Sigl, a quem eu peço uma salva de palmas (Palmas.), a vice-presidenta Gerda Weichsler-Hauer, a quem peço também uma salva de palmas (Palmas.), e o segundo vice-presidente, Dr. Adalbert Cramer. Acompanham o presidente, a vice-presidenta e o segundo vice-presidente, os seguintes parlamentares: Michaela Langer Weninger, Herwig Mahr, Christian Makor, Gottfried Hirz, Klaus Mitterhauser, Rudolph Ferdinand Watschinger, Werner Innreiter e Barbara Lenglachner.         

Quero também registrar a presença do cônsul Klaus Rofstadler.

Sr. Presidente, quero agradecer a presença de todos. O presidente Cauê Macris já os recebeu na Sala de Reuniões. Tivemos a oportunidade, além do diálogo, de propor ao cônsul uma relação de proximidade com os parlamentares, até para buscar parceria com empresas austríacas da Alta Áustria.

Muito obrigado pela presença. Danke schön e aproveitem.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, deputado Paulo Fiorilo. Quero também saudar a todos os senhores e senhoras parlamentares da Áustria, pela presença. Contem conosco aqui nesta Casa. A Casa é dos senhores e das senhoras. Sejam bem-vindos.

Chamo, para fazer uso da palavra, o deputado Agente Federal Danilo Balas, que está inscrito, mas permutou o seu tempo com o deputado Castello Branco. Enquanto V.Exa. se desloca à tribuna, concedo a palavra ao deputado Roberto Morais, para uma comunicação.

 

O SR. ROBERTO MORAIS - CIDADANIA – PARA COMUNICAÇÃO – Obrigado, coronel Telhada. Boa tarde a todos. Obrigado, deputado, pela cessão.

Hoje pela manhã, com o coronel Martins, presidente em Piracicaba da Jovem Pan News local, AM, Jornal da Manhã, com a jornalista Adriana Passari, tivemos a oportunidade de receber um amigo seu, coronel Érico, que brilhantemente comanda o CPI-9 da cidade de Piracicaba, hoje apresentando o novo comandante do Baep, que a gente conseguiu, junto ao Governo do Estado, que é o tenente-coronel Souza. Vai assumir no dia 16 de dezembro, às 11 horas da manhã, na antiga Faculdade de Serviço Social, na Rodovia do Açúcar.

Ali será instalado o Baep de Piracicaba, uma conquista que nós conseguimos para a cidade, num trabalho junto ao prefeito Barjas Negri. Ele alugou esse prédio da Faculdade de Serviço Social, e hoje tivemos a confirmação. Já foi publicado no "Diário Oficial", mas da data que será dia 16 de dezembro.

A Baep contará com 265 PMs, sendo composta por um major, 12 tenentes, três capitães, 55 sargentos, 193 policiais militares. São 30 modernas viaturas, que já estão na cidade de Piracicaba. Para nós foi motivo de orgulho hoje, recebê-los e confirmar a inauguração para o dia 16 de dezembro.

E também uma luta agora que me pediu que a gente faça junto ao governo, a criação do Instituto de Criminalística e o IML de Piracicaba. É o único órgão do governo que nesses 21 anos nós não conseguimos levar como sede de Piracicaba. Ainda dependemos de Campinas.

Mas eu tenho certeza de que nosso secretário de Segurança Pública, nosso querido comandante da Segurança Pública, o general Campos, que hoje mora na região, mora em São Pedro, eu o conheci aqui no Exército, aqui do lado da Assembleia, e hoje ele é companheiro nosso e é secretário da Segurança Pública.

Tenho muita convicção de que ele vai atender esse pedido. Foi uma grande conquista para 52 cidades que compõem o CPI-9, que é o Comando de Policiamento do Interior. Temos já a Escola de Formação de Soldados, temos o Comando da Polícia Federal, o Deinter-9, todos os comandos que foram levados para nossa cidade.

Viemos fazer essa comunicação, satisfeitos, por mais essa conquista da região de Piracicaba. E saúdo os nossos queridos visitantes que estão aqui presentes hoje, que vieram da Áustria. A nossa saudação, o nosso muito obrigado pela presença no maior Parlamento do país, que é a Assembleia Legislativa. Obrigado, Coronel Telhada. Obrigado a todos os amigos que nos acompanham nesta tarde de trabalho aqui na Assembleia Legislativa.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, deputado Roberto Morais. Transmita, por favor, o nosso abraço ao coronel Érico Hammerschmidt e ao tenente-coronel Souza pela nova missão que ele vai executar a partir de dezembro e um abraço a todos.

 

O SR. ROBERTO MORAIS - CIDADANIA - Só mais dois segundos. Ele trabalhou em Piracicaba. Ele é de Ribeirão, mas já está de mudança com toda a família e a gente está recebendo mais um ilustre policial militar que tanto orgulha a farda aqui no estado de São Paulo. Levarei o abraço.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. Deputado Castello Branco, V. Exa. tem o tempo regimental.

 

O SR. CASTELLO BRANCO - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Nossas boas-vindas à comitiva da Áustria, que nos dá a honra de visitar a nossa Assembleia, ressaltando que existem laços profundos da Áustria com o Brasil muito mais do que imagina hoje o povo brasileiro, a começar das nossas duas primeiras princesas do Brasil Império de Dom Pedro I e de Dom Pedro II, que eram do Império Austro-Húngaro, dos milhões de imigrantes que recebemos do então Império Austro-Húngaro e depois da Alemanha.

Tive a oportunidade de conhecer a Áustria em 1990, quando servia pelo Exército Brasileiro na França. Nós compramos helicópteros franceses e eu passei seis meses recebendo essas aeronaves em Marignane e depois um estágio na Legião Estrangeira. E naquela ocasião fizemos uma visita à embaixada em Berlim e depois em Viena, de maneira que guardo as melhores recordações da Áustria e desejo a vocês todos uma boa estada aqui no Brasil.

E que vocês apreciem um pouco desta apresentação, que vai falar sobre os aeroportos paulistas. O meu mandato tem como uma das suas bandeiras o desenvolvimento da aviação no estado de São Paulo e nós já apresentamos painéis mostrando que a aviação do estado de São Paulo estava muita atrasada. Foram tomadas algumas medidas positivas no sentido de melhorar esse desempenho.

Então é o chamado Programa de Desestatização dos Aeroportos Paulistas, ou seja, o mundo é feito de fases. Houve uma fase em que foi importante, nobres parlamentares e plateia, que o estado colocasse a sua mão e construísse os aeroportos, porque na época não havia a mínima condição de isso ser feito pela iniciativa privada.

Mas passados mais de cem anos, o cenário se inverte. Hoje, o estado percebe que é necessário colocar na iniciativa privada se não todos, se não os principais aeroportos pelas razões que nós vamos apresentar.

 

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- É exibida a imagem.

 

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Em primeiro lugar, aqui está o mapa do estado de São Paulo. Oito aeroportos do estado estão recebendo voos comerciais que não existiam: cidades de Franca, Barretos, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Araçatuba, Bauru, Marília e Presidente Prudente já estão operando. E outros 13 aeroportos vão receber apenas táxi aéreo ou aviação executiva como, por exemplo, Araraquara, Sorocaba e Votuporanga.

A ampliação na oferta do voo regional é poder conectar o território paulista a outros estados e mesmo à capital, o que não era feito principalmente por aeronaves de poucos assentos. Isso vai dar muita capilaridade para o estado se tudo correr bem.

Então sobre os investimentos, os nossos aeroportos para quem for visitá-los vai ver que eles estão em estado muito depauperado ou por má gestão ou por falta de investimento ou seja lá pelo que for, mas o fato é que os aeroportos do interior do estado de São Paulo hoje estão sucateados, abandonados, judiados. Esse “retrofit”, esse investimento, vai ser feito então para melhorar a infraestrutura.

Lembrando que principalmente no interior os aeroportos são área de lazer, rendem comércio paralelo, além de serem uma das atividades recreativas também. Segundo, agilidade para futuros investimentos de interessados no setor. Vai melhorar a receita nos aeroportos que já existem, que hoje estão parados.

Finalmente, que é o que interessa também, os voos aumentarão, e as conexões entre as cidades. A gente apresentou, na última vez, um mapa fazendo uma comparação entre os Estados Unidos e o Brasil. Como é diferente as conexões lá e aqui. E não tem porque, porque temos potencial para isso. Os voos, inicialmente, serão para ter nove passageiros. Estão sendo comercializados em parceria para viagens a partir do dia 28 de outubro.

Essa aviação pequena, se for a um custo baixo, ela começa a ficar mais interessante do que ir de ônibus. E você ganha agilidade. A operação faz parte de um plano maior de ampliação da malha viária do estado de São Paulo. Participa deste programa o nosso querido coronel Ozires Silva, fundador da Embraer, que é um gênio, e que realmente vislumbra, no estado de São Paulo, um potencial muito maior do que ele tem hoje, e que está parado.

Ou seja, isso já é um resultado prático daquela nossa bandeira de redução do ICMS, que não era só para a aviação comercial. Acabou sendo.  A gente espera ampliar isso ainda esse ano para que todo o segmento de aviação e todos os combustíveis tenham redução de impostos.

Aqui estão as novas cidades que serão contempladas na segunda fase. Araçatuba, São Carlos, Votuporanga, Araraquara e o binômio Santos-Guarujá, que era um aeroporto ocupado pela Força Aérea e hoje está também ocioso.

Para terminar. Está sendo lançada uma campanha nacional: “hashtag” #combustivelsemimposto. Entendemos que todos os combustíveis do Brasil não devem mais pagar imposto, simples assim. Os combustíveis impactam em 40% no custo Brasil. Existe a máfia da adulteração do combustível. Existe a máfia de sonegação fiscal. Existe uma série de problemas na questão chamada combustível.

É muito simples resolver isso: zera os impostos, não só da aviação, como agora estamos ampliando a campanha da “hashtag” #combustivelsemimposto, para tudo. Para caminhões, para carros, para qualquer veículo, a fim de que o Brasil possa realmente alçar voos maiores no seu desenvolvimento.

Muito obrigado pela atenção. Estejam conosco, acompanhando a “hashtag” #combustivelsemimposto, por um Brasil maior, melhor e mais justo. Brasil acima de tudo, Deus acima de todos. Obrigado. (Palmas.)

 

O SR. ED THOMAS - PSB – Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP – Pois não, Sr. Deputado.

 

O SR. ED THOMAS - PSB – É para uma comunicação e para uma saudação ao deputado Castello Branco.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Prossiga.

 

O SR. ED THOMAS - PSB – PARA COMUNICAÇÃO – Eu falava com o deputado Danilo Balas que, sempre que ouvia, é um aprendizado maravilhoso. E que é uma grande conquista a aviação regional. A gente fica muito, mas muito feliz, de ver a cidade de Barretos, que é uma cidade muito, mas muito procurada por aqueles que são acometidos dessa terrível doença que é o câncer.

Quem conhece o Hospital do Amor, em Barretos, sabe do que estou falando. Voos para aquela localidade, é de muita importância. Porque ali eles chegam de vans, ou de carros particulares – aqueles que têm – ou de ônibus, transportados pelas prefeituras. Com certeza a aviação regional vai facilitar, realmente, em muito, naquele centro de tratamento para as pessoas que mais precisam.

Claro que se tenha a sensibilidade a essas passagens. Tomara que a gente consiga ser muito mais barato do que uma viagem de ônibus. Então a explanação do deputado Castello Branco é grandiosa. Eu gostaria muito de dar os parabéns e de falar que é uma grandeza para o estado de São Paulo, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP – Muito obrigado, Sr. Deputado. O nosso abraço ao deputado Castello Branco também. Somos fãs do deputado Castelo Branco. Então é fácil cumprimentá-lo.

Próxima deputada, deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputada Professora Bebel Lula. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT – SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde Sr. Presidente, todos os componentes da Mesa. Cumprimento também os assessores à esquerda, os assessores e assessoras à direita. Cumprimento o público presente, os Srs. Deputados aqui presentes e também aqueles que nos assistem através da TV Alesp.

Subo a essa tribuna... Ontem foi o Dia do Professor. Aliás, o Dia do Professor é todo dia, porque esse é o profissional que, diferentemente de qualquer profissão, acho que nós ficamos 200 dias letivos com alunos nas salas de aula. A gente tem uma relação direta.

Como todas as outras profissões, esta profissão, hoje... Também estendo até, não digo que solidariedade, mas nossa luta conjunta, deputado Coronel Telhada, também com relação aos policiais. Têm um papel importantíssimo também, para proteger a vida de pessoas. Enfim, essa é uma questão fundamental do papel do estado para a vida da população, na Saúde, na Educação, na Segurança.

Nós estamos atravessando outubro, deputado Coronel Telhada. Zero de reajuste. Até que o Orçamento está mais favorável para os senhores do que para nós. Imagina: vão sair da Educação 960 milhões, quase um bilhão de reais. Como assim? No momento em que nós estamos dizendo o seguinte: se o Fundeb – o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica – acabar, a educação básica, deputado Emidio, vai desmoronar. Creches e pré-escolas.

Espero que o senhor seja – hoje, pré-candidato – eleito lá em Osasco para fazer o brilhantismo da governança que o senhor fez lá, como prefeito, de política de inclusão educacional, social, sob toda ótica. Osasco, inclusive, conferiu-lhe um segundo mandato sem nenhum problema. Lembro-me disso. O senhor estava eleito, já, de antemão; a gente sabia. Por quê? São políticas que deram certo.

Agora, pergunto o seguinte: o que vai acontecer se esse Fundeb for desmoronado? Creches e pré-escolas... porque é do Fundeb que sai esse dinheiro. No primeiro ciclo do ensino fundamental, as prefeituras todas estão com ele. Segundo ciclo, ensino médio, educação de jovens e adultos, educação profissionalizante.

A formação dos professores, o piso salarial profissional nacional, que esse estado já não paga. Mas você fala: “então por que a senhora está reivindicando?”. Eu reivindico porque, se está como lei, uma hora tem que implantar. Essa é a pauta permanente de uma categoria que mitiga e que deveria ser respeitada, sobretudo. Não é.

Então, nós já estamos aqui quase no final de outubro, no dia 16, com zero de reajuste, nenhum sinal. O Orçamento reduzido, e nada. Nem Saúde para o servidor público tem. Morrer na fila, porque o Iamspe não dá conta. É um hospital de ponta, mas não dá conta. Essa que é a questão. Nem Saúde Pública nós temos. E a gente paga lá os 2% por mês.

Estamos lá na luta para pelo menos essa Casa pautar o PL 52, que coloca a autarquia especial no servidor do Iamspe. E aí, cria regras, inclusive uma gestão compartilhada, porque se nós pagamos, deputado Emidio, é natural que nós façamos parte da gestão, pô. Quem só paga aqui somos nós.

O governo não coloca a quota-parte dele. Manda sozinho. O senhor já viu isso? É uma coisa que eu acho que é para a gente ficar indignada. É uma coisa que chega a ser autoritária demais. “Eu fui eleito, então...”. Não é assim, não pode.

Então, nesse dia 16, um dia após o Dia dos Professores, eu fazendo todas essas reclamações, muitos em casa falam: “poxa, mas professora não tem...”. Deputado Emidio, eu vou dar o aparte para o senhor. Eu gostaria muito de estar aqui dizendo: “olha, nós vamos desenvolver o projeto A, o projeto B, o projeto C, o projeto D; nós vamos fazer 1.000 projetos de trazer a comunidade e tornar a escola viva, linda, maravilhosa”. Esse é o nosso sonho.

 

O SR. EMIDIO LULA DE SOUZA – PT – COM ASSENTIMENTO DO ORADOR – Deputada Bebel, eu queria, primeiro, cumprimentar V. Exa. pelo trabalho incansável em defesa da Educação pública, gratuita, de qualidade; cumprimentá-la, também, pela sua luta em defesa dos professores paulistas à frente da Apeoesp, o seu mandato todo dedicado a essa questão.

E, queria dizer a V. Exa. o seguinte: o difícil da época que nós estamos vivendo é que a Educação está virando não um direito; ela vai virar, se depender desses governos, tanto do Doria quanto do Bolsonaro, a Educação vai virar um privilégio de poucos, porque, assim, você quer, nós já temos a PEC, o teto de gastos, que já complica muito a situação dos serviços públicos. E, agora, essa questão da diminuição do Orçamento público para a Educação.

E, no caso do Governo Federal, que V. Exa. já levantou aqui, que é a questão do Fundeb. Olha, deputada, eu, na condição de ex-prefeito de Osasco, eu digo a você assim, olha: muito do que nós fizemos, muito, muito, quase tudo o que foi possível fazer na Educação, de CEUs que construímos, de programas que implantamos, sabe, como o Escola Vai para Casa, o Programa de Saúde do Professor, sabe, um programa especial para cuidar da saúde do professor, tudo isso foi possível graças à existência do Fundeb.

Então, se você quiser matar a Educação brasileira, e o ministro atual está se esforçando nesse sentido, nós vamos ter que fazer dessa forma. Então, eu cumprimento V. Exa. pela fala, e me coloco totalmente solidário a ela.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT – Muito obrigada, deputado Emidio.

E, não bastasse, deputado Emidio, tem o PL 899, que são ações judiciais que, aí, não são só professores; todo o funcionalismo que, por uma injustiça, recorreu, ganhou na Justiça, agora querem confiscar também aquilo que a gente ganha na Justiça.

Ou seja, hoje paga-se um precatório no valor de até 30 mil reais. A redução é vergonhosa. Onze mil reais, mas, no bolso, ficam sete mil e quatrocentos reais. Isso é confisco, ou não é?

E, aí, a justificativa que é dada. Qual é a justificativa? “Ah, tem que fazer o ajuste fiscal.” Nós já pagamos o preço desse ajuste fiscal quando ficamos anos a fio com zero de reajuste. Nós já pagamos o preço desse ajuste fiscal quando até porque não se cumpriu a lei. Quando é para ser cumprida...

Então, é uma injustiça tirar o que a Justiça está nos dando como direito. Isso é uma injustiça. Por isso, eu quero dizer, deputado Emidio, eu gostaria muito de contar com a presença do senhor, se possível for.

E, deputado Coronel Telhada, conversei com outros deputados também que não são só da esfera... Aqui não tem direita nem esquerda nessa luta, por favor. Aqui tem direitos de um funcionalismo pauperizado.

E, nós vamos ter audiência pública na próxima terça-feira, às 17 horas, lá no auditório Franco Montoro. Então, está aqui estendido, e chamar, aproveitar, também para avisar que nesse dia 18 de outubro, os professores vão às ruas de novo. Por quê? Por todas essas razões, e mais uma: uma portaria de atribuição de aulas que retira o direito do professor, por exemplo, a ter a sua justa classificação, uma forma de classificação transparente.

Então, está difícil para nós. Está muito difícil. Eu, para terminar, eu quero dizer: muito obrigada, agradeço a oportunidade. Numa outra oportunidade, eu explico melhor o que significa essa Portaria 6 editada pela Secretaria do Estado da Educação.

Muito obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sra. Deputada. Os próximos deputados inscritos. Deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputado Daniel José. (Pausa.) Deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.) Deputado Douglas Garcia. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputado Paulo Lula Fiorilo, que, por cessão, cede seu tempo ao deputado Emidio de Souza. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, prezado presidente em exercício, deputado Telhada, eu queria aqui, na sequência da deputada Bebel, minha colega de bancada, seguir nesse mesmo raciocínio, porque, de fato, o Dia do Professor possibilita, ele cria uma oportunidade, que não se pode perder, de discutir a situação da Educação no nosso estado e no nosso país.

Você sabe, deputada, que o governo federal, chefiado pelo Bolsonaro, e o Ministério da Educação, entregue a uma pessoa evidentemente despreparada, que zomba da Educação pública, que zomba das universidades brasileiras, que imprime um caráter ideológico a tudo quanto é conquista, tudo quanto é coisa importante que se tem notícia...

São Paulo, pela grandiosidade do nosso estado, pela capacidade financeira, orçamentária, e pela tradição e importância estratégica que São Paulo tem, São Paulo tem que estar à frente na sua Educação. Ela tem que apontar rumos para o país, mas é o contrário que está acontecendo. Outros estados estão avançando mais na Educação do que o estado de São Paulo.

E aí que eu falo o seguinte: o Doria, agora, o governador Doria anda em uma política de dizer que ele não tem mais nada a ver com o Bolsonaro. Ora, se ele quer provar que ele não tem nada a ver com o Bolsonaro, ele tem que fazer diferente na Educação, ele tem que fazer diferente no gasto público, e tem que fazer diferente no tratamento com o país, no respeito com as pessoas.

Agora, a grosseria dele, feita ontem na manifestação pública na cidade de Taubaté, é uma grosseria que é do tamanho da que o Bolsonaro fez na ONU, faz em tudo quanto é lugar. O Doria se mostrou uma pessoa intolerante, uma pessoa grosseira, que não sabe.

Quem está na política, quem se elege para um cargo de prefeito, de deputado, e, principalmente, de governador de um estado como São Paulo, tem que estar preparado para a crítica, e a crítica, às vezes, ela vem em um debate civilizado, e às vezes ela vem no meio da rua. E o que que você vai fazer? Você vai pegar todos os críticos e mandar eles para casa, e xingar até a mãe do manifestante, como ele fez ontem?

Será que o Doria não consegue ter respeito? Se ele não teve respeito pelos manifestantes, ele vai ter respeito pela mãe dos manifestantes? Pelo menos isso, governador. Mãe é uma entidade. Nós brasileiros, respeitamos as mulheres e as mães. As nossas mães, quem as têm, quem não as têm mais presentes, mas não se pode permitir o que o senhor falou ontem, “vai com a sua mãe para casa”. Sabe? Como se fosse um castigo ir com a mãe.

Eu achei de uma grosseria, sabe? Uma incapacidade de ouvir, uma incapacidade de ouvir algum nível de crítica. Como é que você vai ocupar um cargo com esse tamanho de intolerância? Quem disse que governador do estado é só para ouvir elogios? Sabe? Por que as pessoas estão ali, senão reivindicando uma melhoria salarial? As reivindicações próprias, no caso dos policiais.

Ora, ele pode, tranquilamente, ouvir, falar dos projetos que ele tem - se por acaso ele tem - de valorização dos policiais, mas isso mostra muito como é que ele trata o servidor público e como é que ele trata os descontentes.

Nós tivemos um presidente da República, que foi o Fernando Henrique Cardoso, que, ainda em 98, chamou os aposentados brasileiros de vagabundos. Nunca mais se falou disso. Agora, vem pela boca de outro tucano, de outro Psdbista, governador do principal estado do país, de novo, falar que os aposentados, os policiais aposentados, são vagabundos, que estavam ali para lutar e deveriam estar na rua ou estar em casa.

Doria, você precisa aprender que a democracia não é feita como você quer. Não é do jeito que você quer. A democracia, às vezes, impõe desafios a todos nós. Às vezes, somos obrigados a ouvir o que não se quer ouvir. Se você não quer ouvir reclamação, volte a cuidar de suas empresas. Volte a ser o vendedor, o mercador que você sempre foi.

Quem quer ser governador de São Paulo e imagina que não vai ouvir críticas, principalmente sobre Educação e sobre a situação dos policiais militares, é melhor arrumar outra função. Então, lamento profundamente e me somo aqui aos que já criticaram. Acho que o Doria saiu menor do episódio de ontem. Esse tipo de agressão é realmente inaceitável.

Professora Bebel, eu queria ainda abordar outro assunto. No dia de hoje, o IBGE publicou um novo estudo - está na “Folha de S.Paulo” e em outros locais - mostrando que a diferença de rendimentos entre pobres e ricos é recorde no país. Ou seja, o objetivo de todos os países deve ser propiciar melhores condições de vida para o seu povo e diminuir o abismo que separa pobres e ricos.

O que o atual modelo econômico está mostrando é que está aumentando o fosso entre pobres e ricos. Temos ricos cada vez mais ricos e pobres cada vez mais pobres, o que é, de fato, lamentável. Mostra que o país não está no caminho que deveria estar. E não adianta ficar falando que a culpa...

Sempre, toda vez em que se coloca esse problema, o Bolsonaro fala que a culpa é do PT. Sabe por quê? Porque ele não tem projeto de desenvolvimento para o país. Um projeto de país não é vender as reservas de petróleo, como ele está fazendo. Um projeto de país não é nomear o filho embaixador dos Estados Unidos. Um projeto de país não é dar força para a milícia, não é usar a Polícia Federal para perseguir adversários políticos, como está fazendo.

Um projeto de país é dizer como vai criar oportunidades para todos, empregos para todos, como vai fazer a economia crescer para distribuir o bolo, para distribuir a renda. Como é que você vai sinalizar para o futuro, como é que você vai manter programas como o “Minha Casa Minha Vida”, criado no tempo do governo do presidente Lula? Como você vai fazer o ProUni ter a força que sempre teve? Como é que você vai fazer isso?

Então, eu repito: o Dia do Professor propicia isso, Bebel. Ainda ontem, eu via um vídeo do professor Fernando Haddad dizendo exatamente isso, dizendo como foi criado o Dia do Professor. Foi criado por Dom Pedro I, quando criou o ensino público. Pela primeira vez, em 1826, criou a ideia de que o Brasil deveria ter um ensino público. É para celebrar essa data que existe o Dia do Professor. E o ensino público, no Brasil, nunca foi tão atacado, tão vilipendiado como tem sido.

No mais, queria abordar um assunto relativo à minha cidade, a cidade de Osasco, e também aos demais municípios da região oeste. Trata-se da integração entre os trens da CPTM e os ônibus.

Ora, várias regiões da Grande São Paulo já têm integração. Eu propus, apresentei um pedido para que o Estado faça estudos visando a integração, porque isso significa que as pessoas vão sair do seu bairro, na zona norte de Osasco, na zona sul, ou em Carapicuíba, ou em Barueri, Itapevi ou Jandira, cidades cortadas pela linha do trem, vão  sair do seu bairro com um ônibus que integrará com a linha de trem, pagando uma única tarifa por isso.

Hoje, isso não acontece. E isso é muito importante, pois significa criar condições, melhorar, tornar menos oneroso o valor do transporte no bolso do trabalhador e da trabalhadora. Então, é preciso que o Governo do Estado veja com carinho essa questão da integração de ônibus e trens, pois isso melhora e muito a vida das pessoas.

Eu vou continuar abordando esse tema aqui não só por Osasco, mas por Osasco, por Carapicuíba, por Barueri, por Itapevi, por Jandira, mas também por todos os lugares onde as pessoas, a partir do seu bairro, possam chegar a uma estação de trem e, de maneira integrada, possam chegar ao centro de São Paulo, chegar ao seu trabalho e gastar menos por isso.

Acho que o nosso papel aqui deve ser buscar a solução para esse tipo de problema. O estado precisa investir nas pessoas, o estado não pode ficar cada vez enxugando mais, cada vez diminuindo a prestação do serviço, cada vez privatizando mais e saindo da responsabilidade. Muito obrigado a todos.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA – PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. Eu pergunto aos Srs. e Sras. Deputados se mais algum deputado fará uso da palavra no Grande Expediente. Não? Portanto, encerro, neste momento, o Grande Expediente.

 

A SRA. ADRIANA BORGO - PROS - Sr. Presidente, peço a palavra para falar pelo Art. 82.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA – PP - É regimental. Vossa Excelência tem cinco minutos.

 

A SRA. ADRIANA BORGO - PROS - PELO ART. 82 - Boa tarde a todos, ao Sr. Presidente, a todos os policiais desta Casa, aos assistentes, assessores, pessoal da galeria que está aqui nos assistindo. Hoje eu venho a esta tribuna muito triste. No dia 27 nós fizemos um grande movimento pacífico e ordeiro na Praça da Sé para chamar a atenção do governador para o nosso reajuste salarial, pela dignidade dos profissionais da Segurança Pública.

Em todo momento, nas minhas chamadas, no meu comportamento, eu sempre aderi ao posicionamento de que até o dia 31 nós deveríamos e devemos esperar e confiar na palavra do governador. Eu não o ofendi, eu não o ataquei, pelo contrário. Na Escola de Sargentos, nós nos encontramos na formatura de sargentos e eu reafirmei o meu compromisso de acreditar nele até o dia 31 agora de outubro, quando ele vai anunciar o pacote para a Segurança Pública, mas hoje eu estou muito triste aqui.

Eu sou mulher de praça. Eu estou deputada, mas eu sou mulher de um sargento e eu tenho oito filhos. Todos os meus filhos foram sustentados pelo salário de um praça que serviu por 30 anos à instituição Polícia Militar, que trabalhou por três empregos, quatro empregos, que não viu os filhos crescerem, que muitas vezes me encontrava de joelhos na volta, porque eu não sabia se ele ia morrer ou voltar vivo, se eu ia tê-lo trocado por uma bandeira.

Então hoje eu venho aqui para dizer, em nome da família da Segurança Pública... Estou bastante emocionada, porque o meu marido não é vagabundo; o meu marido, policial militar, não é folgado; e o meu marido, policial militar, é um herói. É um herói que muitos nem sabem o nome, que saiu da instituição de forma anônima, mas que salvou vidas e protegeu a sociedade, que cuidou da minha família mesmo quando a minha família ficava abandonada para ele cuidar de outras crianças, outros filhos, enquanto nós ficávamos sozinhos.

Todo manifesto tem os dois lados. Eu sei muito bem que nós temos que ser inteligentes. Também não foi inteligente o grupo que estava lá, sabendo que no dia 30 ele vai, supostamente - segundo as palavras dele, e nós temos que acreditar -, anunciar um reajuste, um pacote de valorização.

Então, provocar nesse momento também não foi inteligente, mas, como político e como o governante, governador, o senhor pisou feio na bola, o senhor me decepcionou não só como uma parlamentar, mas também como membro da família da Segurança Pública, porque o senhor chamou os nossos veteranos da Polícia Militar de vagabundos.

Como político, o senhor tem a obrigação de aguentar firme, porque eu aguentei nesta Casa, quando votei na composição da chapa, muitos desaforos. Eu fui chamada de lixo, de porcaria, de vendida, mesmo não sabendo, mesmo sabendo que tudo que eu estava fazendo aqui nesta Casa era para um bem maior para a Polícia Militar, para a Segurança Pública, haja vista que o nosso presidente da Casa, no qual eu votei, acabou de apresentar, na Mesa, um projeto de aumento salarial para os policiais aqui da Casa.

Então, eu sei o que é ser ofendido, mas nós temos obrigação... Eu não saí aí distribuindo palavrões, generalizando e, muito menos, ofendendo quem deu a vida por pessoas que nem conhece.

Então, quero deixar aqui a minha tristeza. Não é nem um repúdio, é a minha tristeza. Eu estou muito triste e decepcionada. Eu sei que a família da Segurança Pública está sangrando hoje. Pode vir o aumento que vier, pode vir a valorização que vier, palavras ditas não voltam. E nós estamos feridos, porque muitos dos nossos veteranos, hoje, aposentam-se e a estatística de vida é de cinco anos, porque eles são devolvidos para a sociedade doentes, sem condições, sem meios financeiros para se manter. Têm que continuar trabalhando.

E mais, só sabem ser polícia e, quando são devolvidos para a sociedade, eles não se enquadram em lugar nenhum dentro desse contexto. Então, fica aqui a minha dor. Compartilho e peço desculpas a todos os profissionais de Segurança Pública, em especial aos policiais militares e digo que nós somos maiores do que tudo isso. A luta muda a lei.

 

A SRA. ADRIANA BORGO – PROS - Sr. Presidente, peço o levantamento da presente sessão, por acordo de lideranças.

 

O SR. PRESIDENTE – CORONEL TELHADA – PP – Muito obrigado, Sra. Deputada. A senhora falou tudo. Pisou na bola, não é?

Antes de encerrar aqui, eu quero saudar as pessoas. Levantem a faixa para eu ver. O pessoal do concurso de AEVP 2014. Muito obrigado pela presença. “Pelo fim do desvio da função, a escolta é nossa”. Vocês não sabem como nós, da PM, queremos passar essa escolta de vez para a AEVP.

Pessoal da PEC 02, também sempre presentes. Obrigado pela presença. As demais pessoas aqui presentes. Deputado Emidio, por gentileza.

 

O SR. EMIDIO LULA DE SOUZA – PT – PARA COMUNICAÇÃO – Pode soar estranho, mas eu quero, não em nome do PT, em meu nome próprio, manifestar meu pesar pelo falecimento do Dr. Lázaro de Mello Brandão, ex-presidente do Bradesco.

Dr. Lázaro, eu digo, porque, como todos sabem, o Bradesco tem a sua sede em Osasco e eu fui testemunha do trabalho, da parceria que ele fez conosco.

Só em Osasco são duas escolas da Fundação Bradesco que devemos a ele. Também a sede da AACD foi construída com o apoio decisivo dele e também a maternidade, hospital e maternidade de Osasco, onde nascem mais de 300 crianças por dia. Foi graças ao trabalho dele.

Então, em que pese qualquer diferença sobre visão do país, visão de mercado, o Dr. Lázaro é um homem que marcou época e prestou um grande serviço ao país.

 

O SR. PRESIDENTE – CORONEL TELHADA – PP – Muito obrigado, deputado. Muito bem lembrado. Então, nossos sentimentos em nome de todos os deputados à família do Dr. Lázaro Brandão, a família Bradesco. Nossos sentimentos pelo falecimento do Dr. Lázaro Brandão.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje. Lembrando-os, ainda, da sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 19 horas.

Antes de fechar aqui, queria, mais uma vez, lembrar ao Sr. Governador que eu e nem todos os policiais militares veteranos somos vagabundos. Aguardamos que V. Exa. venha a público se retratar por essa infelicidade que o senhor cometeu ontem por nos taxar como vagabundos.

Muito obrigado a todos. Está levantada a sessão.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 16 horas e 24 minutos.

 

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