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20 DE SETEMBRO DE 2019

35ª SESSÃO SOLENE PARA CELEBRAÇÃO DOS 50 ANOS DE FUNDAÇÃO DO GRÊMIO RECREATIVO CULTURAL ESCOLA DE SAMBA TORCIDA JOVEM (SANTOS)

 

Presidência: CAIO FRANÇA

 

RESUMO

 

1 - CAIO FRANÇA

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - MANUEL NETO

Mestre de cerimônias, anuncia a composição da Mesa.

 

3 - PRESIDENTE CAIO FRANÇA

Informa que a Presidência Efetiva convocara a presente sessão solene, a pedido deste deputado, para a "Celebração dos 50 anos de Fundação do Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Torcida Jovem do Santos". Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro". Anuncia a exibição de vídeo em homenagem à Torcida Jovem do Santos Futebol Clube. Anuncia o "Parabéns a você", cantado pelos presentes, para a Torcida Jovem. Faz breve relato da história da Torcida Jovem. Cumprimenta as autoridades e o público presente. Agradece a oportunidade de poder celebrar o jubileu de ouro da torcida jovem do clube. Afirma ser um admirador dos que ajudaram a construir a história destes torcedores. Exalta os que acompanham o Santos em todos os seus momentos. Relembra o início da história da Torcida Jovem e os percalços e dificuldades enfrentadas. Lembra a primeira sede da torcida e as conquistas do clube. Destaca que hoje são milhares de filiados à Torcida Jovem, sem discriminação, com um amor incondicional pelo time. Menciona o posicionamento da torcida frente aos acontecimentos políticos do Brasil. Comenta a história da bateria e a criação da Escola de Samba da Torcida Jovem. Ressalta que tanto a diretoria como os conselheiros e os melhores jogadores passam, mas a torcida não. Defende o respeito e a valorização dos que acompanham o time nas arquibancadas, a quem demonstra gratidão. Presta homenagem, com entrega de placa, ao Sr. Fernando Raposa, representando o Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Torcida Jovem do Santos.

 

4 - CELSO JATENE

Vereador, cumprimenta as autoridades presentes. Diz ter sido presidente da Torcida Jovem, mas não seu fundador. Destaca seu carinho, respeito e admiração por aqueles que fundaram a torcida, a quem parabeniza. Lembra a primeira sede da Torcida Jovem. Conta fatos da época da fundação da torcida organizada. Rememora as primeiras viagens da torcida organizada, para assistir os jogos do Santos. Considera o deputado Caio França como o representante da Torcida Jovem no Parlamento. Ressalta que o deputado é um representante de todos. Pede um minuto de silêncio e uma salva de palmas a todos os que fizeram a história da torcida jovem até hoje, e que já se foram. 

 

5 - MATHEUS RODRIGUES

Representante do Comitê de Gestão e da Diretoria da Torcida Jovem, cumprimenta as autoridades presentes. Parabeniza o deputado Caio França por esta solenidade. Faz agradecimentos à torcida do Santos. Diz ser o membro que mais acompanha a delegação do Santos e tem presenciado todo o esforço e a dedicação da torcida. Parabeniza os integrantes da Torcida Jovem, não só pelos 50 anos, mas também por tudo o que fazem e ainda vão fazer pelo clube. Considera que a torcida é a única que nunca abandona o time. Elogia Celso Jatene, Márcio França e Caio França pelo trabalho realizado, o qual considera fundamental.

 

6 - ADEMIR QUINTINO

Radialista, afirma que o patrimônio de um clube é a sua torcida. Esclarece que alguns clubes têm arenas bonitas e estádios marcantes, mas que um time sem torcida não existe. Cumprimenta o deputado Caio França pela solenidade. Lamenta a perda da oportunidade única de construir a arena do Santos, em 2014. Esclarece que, se Márcio França tivesse sido eleito governador, não teriam perdido esta oportunidade. Considera o Santos como um gigante e que merece uma arena à altura, como a de seus rivais. Parabeniza a Torcida Jovem do Santos.

 

7 - ANDRÉ VINÍCIUS FEITOSA GUIMARÃES

Vice-presidente da Torcida Jovem dos Santos, agradece a homenagem, em nome da diretoria. Lamenta que atualmente as festas populares estejam se acabando. Considera que a cultura popular está morrendo. Agradece esta Casa pela homenagem. Afirma que o Santos precisa se modernizar e ter um estádio estruturado e moderno. Pede que a torcida do Santos seja tratada com mais carinho.

 

8 - MARCELO PEREIRA RAMOS

Agradece o deputado Caio França pela comemoração desta data especial. Afirma que contar a história da torcida é falar de liberdade. Lembra o nascimento da Torcida Jovem, em 1969, em um momento difícil para o País. Compara a torcida à liberdade, ao direito de ir e vir e de fazer o seu samba e o seu ritmo. Esclarece que a violência não é da torcida organizada, mas, sim, porque vivemos em um mundo violento. Menciona o atentado ao presidente Jair Bolsonaro e o assassinato da vereadora Marielle Franco. Afirma que a torcida organizada é formada pela classe trabalhadora, por aqueles que trabalham para pagar os seus ingressos. Destaca que o futebol é um dos poucos momentos de felicidade desta classe. Ressalta que foi o povo quem fez o futebol ser um sucesso. Diz que, enquanto a Torcida Jovem existir, estarão lutando pelos seus direitos. Enfatiza que precisam pensar nos próximos 50 anos. Pede o apoio do deputado Caio França.

 

9 - MÁRIO BADURES

Vice-presidente da OAB de São Vicente e advogado da Torcida Jovem do Santos Futebol Clube, enaltece o deputado Caio França pela iniciativa desta homenagem. Ressalta que a grandeza da Torcida Jovem merece o reconhecimento desta Casa. Lembra a fundação da Torcida Jovem, em 1969, por um grupo de 13 jovens. Destaca que a fundação ocorreu no mesmo ano em que o Santos conquistou o tricampeonato paulista e Pelé fez seu milésimo gol. Afirma que a Torcida Jovem é considerada uma torcida politizada, participando dos maiores eventos políticos do País. Cita alguns destes eventos. Demonstra gratidão pela torcida. Rememora sua história com a Torcida Jovem do Santos e todos os presidentes do clube, com os quais conviveu. Informa que trabalha há dez anos no departamento jurídico da torcida. Pede que os executivos do clube respeitem as arquibancadas. Diz ser responsável por 20 mil associados da Torcida Jovem. Faz agradecimentos à Torcida Jovem dos Santos.

 

10 - EDUARDO SUPLICY

Vereador, cumprimenta as autoridades presentes. Lembra sua infância e juventude, quando acompanhava o pai aos jogos do Santos. Fala que todos os seus netos são torcedores fiéis do time. Considera que o futebol sempre reuniu as pessoas. Diz preferir o tempo nos quais todas as torcidas podiam entrar ao mesmo tempo nos estádios. Lembra sua visita ao Haiti, em 2004, quando o Brasil foi coordenador das forças de pacificação durante a guerra civil, e houve um jogo da seleção brasileira de futebol, que reuniu mais de um milhão de pessoas. Reflete sobre o poder do futebol, de promover harmonia entre as pessoas.

 

11 - MÁRCIO FRANÇA

Ex-governador, cumprimenta as autoridades e o público presente. Afirma que o futebol no Brasil é mais do que um esporte, ele integra toda a Nação. Destaca a importância das torcidas. Anuncia a presença de seu neto, presente na solenidade, com o intuito de garantir que a Torcida Jovem esteja presente nos próximos 50 anos.

 

12 - FERNANDO RAPOSA

Presidente da Torcida Jovem do Santos Futebol Clube, faz saudação final para os amigos. Cumprimenta o deputado Caio França e todas as autoridades presentes. Exalta os 50 anos da Torcida Jovem do Santos. Agradece os fundadores da Torcida Jovem e todos os associados presentes. Enaltece o Santos Futebol Clube. Saúda Cosmo Damião, fundador e presidente de honra da Torcida Jovem, que não pode estar presente.

 

13 - PRESIDENTE CAIO FRANÇA

Exibe vídeo com depoimentos de grandes personalidades da história do Santos e sua torcida. Traz um bolo para cantar os parabéns para a Torcida Jovem dos Santos. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Caio França.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MANUEL NETO - Sejam bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Neste momento, daremos início à sessão solene com a finalidade de celebrar os 50 anos de fundação do Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Torcida Jovem do Santos.

Comunicamos aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela Rede Alesp e será retransmitida no domingo, 22 de setembro, às 21 horas, pela Net, canal 7; pela TV Vivo, canal 9; pela TV Digital, canal 61.2.

Anunciamos para compor a Mesa principal o deputado estadual Caio França, proponente desta homenagem; chamamos o Fernando Raposa, presidente da Torcida Jovem dos Santos, para compor a Mesa; o sempre governador Márcio França; o membro do Comitê de Gestão do Santos Futebol Clube, Matheus Rodrigues, representando os demais membros e a diretoria executiva do clube; o vereador paulistano, fundador da Torcida Jovem - não é fundador, mas todo mundo o considera -  Celso Jatene, seja bem-vindo. (Palmas.)

Com a palavra o deputado estadual Caio França.

 

O SR. PRESIDENTE - CAIO FRANÇA - PSB - Senhoras e senhores, boa noite a todos. Quero, inicialmente, agradecer a todos vocês que, nesta sexta-feira à noite, estão conosco para fazer essa homenagem ao cinquentenário da Torcida Jovem do Santos; quero, mais uma vez, agradecer a todos os membros da Mesa, em especial ao Raposa e, em seu nome, cumprimentar a todos os amigos da Torcida Jovem do Santos.

Tentaremos fazer uma sessão que seja do tamanho, da altura da Torcida Jovem, mas que possa ser também de maneira rápida, sem ser cansativa a todos, que a gente possa exaltar a nossa agremiação, mas, ao mesmo tempo, que a gente consiga fazer algo que todo mundo possa retornar às suas casas, amanhã eu sei que algumas pessoas também trabalham.

Então, rapidamente, queria anunciar que, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Nos termos regimentais, esta Presidência dispensa a leitura da Ata. Esta sessão solene foi convocada pelo presidente da Casa, Cauê Macris, atendendo solicitação deste deputado, para celebrar os 50 anos da fundação do Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Torcida Jovem do Santos. (Palmas.)

Quero convidar alguns amigos que aqui estão para que possam se postar na mesa ao lado. Inicialmente, pedir para que o amigo Emerson Cholby, representando o presidente do Conselho Deliberativo do Santos, Marcelo Teixeira, possa ficar aqui conosco; quero pedir também que meu amigo e jornalista referência para todos os santistas, Ademir Quintino, possa sentar aqui também conosco; quero convidar, também, os membros do Conselho Gestor do Santos, o Estevam e o Carbone, por favor, venham aqui conosco. (Palmas.)

Quero convidar também o Agostinho, embaixador da nossa embaixada aqui em São Paulo, para que possa, em nome das demais embaixadas, também fazer parte da Mesa conosco; o Deco, André Deco, e o Caverna, que possam também estar aqui conosco, por gentileza, vai ser um prazer;  quero convidar o Carlinhos Fonseca, ex-vice-presidente do Conselho Deliberativo, para que possa também ocupar esse assento; pedir que o Dr. Mário Badures, advogado da Torcida Jovem, também possa ocupar um assento aqui em cima; convidar o Dr. Lúcio, também advogado da Jovem, para que possa fazer assento aqui conosco; pedir que o Mizael, representando a velha guarda, presidente do Conselho, suba aqui à frente conosco. (Palmas.)

Ao longo da cerimônia, a gente vai anunciar algumas autoridades que estão aqui. Têm alguns amigos que também estão chegando, para aqueles que quiserem anunciar, o protocolo está a minha esquerda, então fiquem à vontade.

Peço então que todos, em posição de respeito, possamos ouvir o Hino Nacional do Brasil.

 

* * *

 

- É reproduzido o Hino Nacional Brasileiro.

 

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O SR. PRESIDENTE - CAIO FRANÇA - PSB - Quero anunciar a presença do Sr. Marcelo Arias, representando o Sindicato dos Servidores Públicos de São Vicente; Sr. Celso Silvino, representando o meu amigo, deputado Campos Machado; Sr. Alan Borges, conselheiro do nosso Santos Futebol Clube; Antônio Aguiar, também conselheiro do Santos; Bruno Richards, diretor de bandeiras da Torcida Jovem; Carlos Henrique, diretor da Escola de Samba Torcida Jovem dos Santos; Ayrton Lázaro, que é o nosso amigo, do mestre-sala e porta-bandeira; Patrick, que é mestre-sala; Sofia, que é porta-bandeira; Ayrton, que é diretor do casal; Evandro César, diretor de harmonia da Torcida Jovem do Santos.

Quero convidar a todos para poder assistir a uma homenagem que nós fizemos ao cinquentenário da Torcida Jovem do Santos.

 

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- É feita a exibição de vídeo.

 

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O SR. PRESIDENTE - CAIO FRANÇA - PSB - Isso aí, emoção pura. Queria convidar o amigo Fernando Ferrari, representando aqui a Bancada Ativista, associado do Peixe também, e a Torcida Jovem, para ficar aqui conosco.

Senhoras e senhores, eu farei um breve relato da história da Jovem, acho que vocês vão compartilhar e compreender um pouquinho do que eu estou falando. Queria, em nome do Raposa, cumprimentar a todos os presentes, saudar a todas as autoridades em nome do nosso sempre governador Márcio França.

Boa noite. como o santista apaixonado que sou, quero iniciar agradecendo a oportunidade de poder utilizar essa Casa, por meio do nosso mandato, para fazer essa justa homenagem e celebrar, junto ao Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Torcida Jovem do Santos, o seu jubileu de ouro. Desde já, agradeço a presença maciça dos associados, que vieram de todos os cantos para prestigiar a Jovem.

Inicio dizendo que estou emocionado, confesso que, em alguns momentos da vida pública, é difícil separar o parlamentar do torcedor apaixonado. E hoje é um desses dias. Então, peço licença para abrir mão um pouco da formalidade, da imparcialidade e da isenção, requisitos inerentes ao nosso cargo, para prestar essa homenagem como um grande admirador daqueles que ajudaram a construir a história da gloriosa Torcida Jovem do Peixe.

A ideia de realizar essa sessão surgiu em conversas com meu parceiro e assessor, Manuel Neto, o Netinho, junto com uma parte da diretoria da Jovem. E claro, que 50 anos não são 50 dias! Portanto, precisamos mesmo exaltar aqueles que acompanham nosso Peixe em todos os momentos. Não tem como a gente falar de um cinquentenário sem voltar ao passado, relembrar o início, os percalços e as dificuldades, pois foram eles que fizeram chegar até aqui. E a história dessa torcida, como não poderia deixar de ser, se assemelha muito com a história de luta do nosso Peixe de coração, não há como dissociar.

Então, vou discorrer rapidamente um pouco sobre essa trajetória: guerreira e combativa, nascia, entre 1966 e 1968, a nossa Jovem querida, através da iniciativa de uma molecada na faixa dos 12 aos 13 anos, que fazia questão de comparecer a todas as partidas que o Santos jogava aqui na capital. Após alguns jogos, a paixão pelo mesmo time seria o elo de ligação entre esses garotos, que já combinavam de se encontrar e torcer juntos no estádio, com a finalidade de marcar posição na arquibancada diante da provocação de outras torcidas.

Assim, no dia 26 de setembro de 1969, quando o Santos retornava invicto de uma excursão vitoriosa, de uma série de partidas pela Europa, os 13 garotos se reuniram e decidiram fundar oficialmente a Torcida Jovem, a primeira torcida santista a ser oficializada, sob o lema “com o Santos, onde e como ele estiver”. Na Casa de Cosme e Damião, no bairro do Brás, em São Paulo, passou a funcionar a primeira sede oficial da Torcida Jovem.

Entre os amigos fundadores, estão: Alemão, Tobogã, Menezes, Jatene, Chacrinha, Zé Miguel e outros jovens sonhadores que deram o pontapé inicial nessa linda história marcante. Para marcar o início dessa longa trajetória de vitórias, a primeira caravana da Torcida Jovem saiu do Largo Paiçandu rumo ao estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, onde Pelé fez nada menos do que o seu milésimo gol. Nesse mesmo ano, o time sagrou-se tricampeão paulista e a Jovem foi a pé do Morumbi até o aeroporto para recepcionar os jogadores.

Hoje, são milhares de filiados, pessoas de todas as origens, classes sociais, raça, sexo, religião, sem discriminação. O único pré-requisito é o amor incondicional pelo Santos. Outro diferencial da Jovem é que ela jamais se fez esquecer dos acontecimentos políticos e da democracia no Brasil, no estado de São Paulo e aqui na cidade também. Participou das Diretas Já, da campanha de anistia, sempre se posicionando com muita independência e responsabilidade.

A bateria, que sempre foi o destaque da agremiação nas arquibancadas, acabou se aproximando do universo carnavalesco e, em 26 de setembro de 78, passou a organizar-se como bloco para, mais tarde, constituir-se como uma escola de samba filiada à UESP, do tradicional desfile paulistano.

A sede social, que começou na Casa do Cosme; depois foi para a rua Galvão Bueno, no bairro da Liberdade; em seguida, para a Avanhandava e, mais à frente, para a praça Pérola Byington - cujo local se manteve por 20 anos e fazia a alegria das crianças que assistiam ao ensaio da bateria pela janela do hospital Pérola Byington -, até chegar na atual sede, a quadra da Escola de Samba Torcida Jovem, no Jardim Aricanduva, na zona leste paulista.

Ao longo desses 50 anos, a Torcida Jovem teve o prazer de conviver com os craques que marcaram época e também a oportunidade de presenciar a revelação de grandes novos talentos, marca registrada do nosso Peixe.

Antes de finalizar, preciso dizer que as diretorias, os conselheiros e até mesmo os melhores jogadores - todos eles passam; a torcida, não. Por isso, precisamos valorizar e respeitar aqueles que nos bons e nos maus momentos estão na arquibancada; faça chuva ou faça sol, estão incentivando o nosso Peixe. A minha gratidão a todos vocês, que nos próximos 50 anos possamos comemorar juntos as vitórias do nosso Santos. Que Deus nos abençoe. Viva a nossa Jovem querida. Muito obrigado. (Palmas.)

 

* * *

 

- É feita a apresentação musical.

 

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O SR. PRESIDENTE - CAIO FRANÇA - PSB - Quero convidar aqui nosso amigo, o presidente Raposa, para receber a placa oficial em Homenagem ao Cinquentenário da Torcida Jovem.

 

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- É entregue a homenagem.

 

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O SR. PRESIDENTE - CAIO FRANÇA - PSB - Convidar o Deco e o Marcelo para posarem na foto conosco, aqui também.

Senhores, dando continuidade à nossa solenidade, nós passaremos a alguns membros da Mesa, e também da nossa Mesa estendida, para fazer uma breve saudação. E, ao final, nosso presidente encerra a nossa festa.

Queria passar a palavra ao meu amigo, vereador aqui na capital, e também, sem dúvida, um dos responsáveis por esse momento, meu amigo Celso Jatene. (Palmas.)

 

O SR. CELSO JATENE - Boa noite, Torcida Jovem! Cumprimentar os membros da Mesa na figura do nosso presidente Raposa e do deputado Caio França. Eu não vou chamar o seu pai de sempre governador não, porque o futuro está vindo aí. E governador Márcio França, que são dois santistas de coração como nós.

Primeiro, deputado, vou tomar a liberdade de fazer uma correçãozinha no histórico da Torcida Jovem. Eu não sou fundador da Torcida Jovem; eu fui presidente, mas não sou fundador, porque, quando fundou, tinha dez, não dava para estar lá naquela reunião, mas eu tenho o maior carinho, o maior respeito, a maior admiração por aqueles caras que fundaram a Torcida Jovem.

A torcida do Santos era pequena naquela época. Precisava ter peito mesmo para fundar uma torcida organizada e enfrentar todas as outras, e eles estão todos de parabéns sempre e merecem o nosso respeito sempre.

 Depois, deputada, nas sedes, faltou a primeira, que é a Senador Queiroz. A rapaziada da velha guarda - vou chamar de rapaziada, mas é da velha guarda -, a grande maioria da velha guarda fez a carteirinha na Senador Queiroz, eu fui um deles. Sabe como era? O Santos tinha duas salas, era um escritório de representação do Santos.

Numa ficava o Seu Omar Pupo de Moraes, que fazia parte daquele ataque - Omar, Camarão, Evangelista. Ele era o ponta direita daquele ataque dos cem gols, e o Seu Omar ficava lá, ele era funcionário do Santos. Na outra sala, nós tomamos conta, era a sala da Torcida Jovem. A minha carteirinha, por exemplo, foi feita lá, foi a primeira sede.

Quero fazer uma lembrança, para a gente recordar. O Celso Jatene era o presidente da Torcida Jovem sabe quando? No 7º e no 8º ano da Torcida Jovem. Nós estamos falando de 50, não é? De 50. O cara olha para mim e fala: “Você está com o cabelo branco.” Eu falo: “É lógico, tá na hora, tá na hora.” Uma coisa interessante daquela época é assim: um dia, a gente estava na sede, já era a sede da Avanhandava. Tinha quatro caras na sede: o Dunguinha, que era um compositor da Colorado do Brás; o Machadinho, que era o tesoureiro; o Cabralzinho, que era um carinha de Minas Gerais que era o técnico do nosso time de futebol; e eu. 

O Santos ia jogar em Caxias do Sul na noite seguinte e não tinha caravana. A gente não tinha condições de fazer a caravana. Aí nós falamos: “Pô, nós não podemos deixar de levar a faixa. Vamos embora, vamos nós três”. O Cabralzinho não podia ir, foi até a rodoviária se despedir da gente. Chegamos lá e não tinha ônibus direto para Caxias do Sul, nós pegamos um ônibus para Curitiba e enfiamos o Cabralzinho dentro do ônibus, fizemos ele ir junto, fomos em quatro. Chegando a Curitiba, pegamos aquele táxi fusca laranja e contratamos o cara para ir até Caxias com a gente, para a gente conseguir assistir ao jogo.

“Uma história marcante, a Jovem vem apresentar” nasceu naquele táxi, nasceu naquele táxi. O Dunguinha fez um plágio de um samba que ele estava preparando para disputar no Colorado do Brás. Aí ele falou: “Estou fazendo um samba aqui, vocês me ajudam?” E esse samba nasceu naquele táxi. O Santos empatou de 2 a 2 naquele jogo contra o Caxias do Sul, no final dos anos 70.

Aí, depois, nós fomos jogar a final do Campeonato Paulista com o São Paulo em julho de 79; que era o Campeonato de 78, e a final foi em 79. O Santos foi campeão, e pela primeira vez a gente ouviu a torcida do Santos, que lotou mais da metade do Morumbi, cantando esse samba, com o refrão do “Ôôôô, é campeão!” Ficamos bem arrepiados com isso, é uma lembrança que, toda vez que a gente escuta, eu, pelo menos, lembro bastante daquela viagem no fusquinha cor de laranja de Curitiba.

Para concluir, eu quero falar duas coisas. Primeiro, a maioria de vocês já sabe que em dezembro do ano que vem termina meu quinto mandato como vereador de São Paulo, e eu não vou mais disputar eleição. Mas hoje, por exemplo, eu tenho que dar o meu testemunho de que eu vou para casa em paz, porque o Caio França está aqui.

O Caio França é o cara da Torcida Jovem no Parlamento, sim. É sim, porque ele foi lá pedir apoio na campanha e continua aqui fazendo aniversário, indo na sede, indo na quadra. Pode ser que ele não tenha o tempo que eu tenho de Torcida Jovem, é lógico, ele não tem nem idade para isso, mas ele é um cara de palavra. Aliás, governador, é uma coisa de DNA, é uma coisa de DNA.

A coisa mais fácil que tem é o político que passa na quadra e pede apoio na campanha e, depois que ganha, some. Então, gente, vamos valorizar este cara, vamos valorizar, porque ele é o político que vai pedir o apoio e é o político que, depois que ganha a eleição, vai lá e diz: “Eu ganhei, estou à disposição” e traz a Torcida Jovem para dentro do plenário da Assembleia Legislativa para comemorar os 50 anos. Então eu vou para casa em paz, viu, Caio, porque você nos representa.

Para concluir, gente, eu quero pedir licença ao deputado que preside esta sessão e quero pedir um minuto de silêncio, seguido de uma grande salva de palma, para todos os nossos irmãos que se foram nestes 50 anos. São muitos, mas a gente precisa lembrar deles em um momento como este.

 

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- É respeitado o minuto de silêncio.

 

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O SR. PRESIDENTE - CAIO FRANÇA - PSB - Obrigado. Bom, quero agradecer aqui ao Jatene pela gentileza e dizer que é uma honra para a gente poder ter uma pessoa da envergadura do Jatene na Câmara Municipal também. A gente sabe o quanto ele é apaixonado pelo Peixe e pela Torcida Jovem, ele conhece, como ninguém, a história do Santos. Queria convidar então o Matheus Rodrigues, representando o Comitê de Gestão do Santos e neste ato representando também a Presidência. Que possa fazer uso da palavra.

 

O SR. MATHEUS RODRIGUES - Sr. Presidente desta sessão, torcida, boa noite a todos. Sr. Presidente, de antemão eu gostaria de primeiro parabenizá-lo pela ideia. O senhor é o idealizador desta sessão. Em nome do senhor, eu gostaria de agradecer pelo espaço e por esse convite em nome do presidente. Viemos agradecer também a presença dos sempre atuantes membros do Comitê Gestor, Bruno Carbone e Estevam Juhas, que estão aqui sempre acompanhando o Santos com a gente.

O presidente estava ou ainda está, se eu não me engano, em uma reunião da Globo junto com os clubes, acho que ele mandou uma mensagem para o senhor, mas estamos aqui representando-o. Quero deixar de antemão uma mensagem de agradecimento à torcida. Por que à torcida, Sr. Presidente? Porque eu tenho viajado. Neste ano, inclusive, principalmente, eu tenho sido, senão um dos, o membro que mais tem acompanhado a delegação.

Eu tenho visto - falando agora deste momento, porque a história já foi contada aqui por muitos - o esforço, a dedicação, o carinho, o suor, os perrengues que vocês passam, então vocês merecem todos os parabéns que estão acontecendo aqui nesta noite,  não só pelo aniversário dos 50 anos, não só pelo que vocês fizeram pela história da Torcida Jovem, mas pelo que vocês vêm fazendo e eu tenho certeza - assim como o deputado colocou - pelo que vocês ainda vão fazer, porque estes que estão aqui, tanto políticos eleitos pelo povo, governador, quanto os eleitos pelos sócios, a gente vai passar, e o clube vai permanecer. Os únicos que não abandonam ou que não vão abandonar nunca são vocês.

Então, em nome da Presidência e do Comitê Gestor, eu queria parabenizar muito, em nome de todos os membros, o Raposa e o Deco, que são os caras que eu sei que brigam por vocês, que lutam por vocês. Às vezes a gente tem discussões, não é, Raposa? O que é natural em uma política, a convergência, a divergência, isso vai acontecer.

Quero agradecer mais uma vez o convite e parabenizar mesmo. Vocês fazem bonito demais. Eu tenho acompanhado, no Maracanã, nesta última, principalmente nestas últimas... Na época da fila - que a gente ficou muito tempo na fila, como falavam -, vocês estavam lá. Mas agora, que a gente veio numa sequência de alguns resultados negativos... Perdemos a liderança, que em breve vamos retomar, se Deus quiser. Eu sei disso, eu tenho certeza disso.

Quanto mais eu vejo os jogos, mais a torcida está indo, Deco e Raposa, acompanhar. Quanto mais o resultado é negativo, e as pessoas querem desistir, ou querem pensar assim, “Putz, agora não vai dar”, é quando vocês estão lá, representando e dando aquele show em nome do Santos Futebol Clube. Então, mais uma vez, quero agradecer aqui ao vereador Celso Jatene, parabenizando pelo trabalho, e ao sempre governador Márcio França. 

Mais uma vez, Caio, parabéns. Eu uso das palavras do vereador às minhas. Eu acho que, agora, a Torcida Jovem, que sempre teve um representante lá, tem, mais uma vez, um representante à altura, aqui dentro da Assembleia. Porque o Caio não falha com a palavra dele. Ele é apaixonado. E é difícil para a gente, que tem mandato, eu como vereador na minha cidade, e também como membro do comitê gestor, às vezes tem que separar as coisas que a gente tem que fazer.

 É difícil você estar no vestiário, governador, na hora em que o Fortaleza empata três a três e você receber os jogadores. Você fica com a cabeça a milhão, querendo falar um monte, e você tem que saber dosar a hora certa de falar as coisas. Mas, assim, vocês fazem um trabalho fundamental. A gente só tem a agradecer e eu tenho certeza de que muitos mais vão passar por aqui, agradecer e parabenizar vocês.

Mais uma vez, em nome do Raposo e do Deco, muito obrigado a todos. Parabéns pelos 50 anos e, Caio, parabéns pela sua ideia, parabéns pela sua atitude. Que todos possam te agradecer à altura e que o Santos, ao final de tudo, seja o grande vencedor de tudo isso. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - CAIO FRANÇA - PSB - Agradeço ao Matheus, aqui, agradeço ao Carbone e, também, o Estevam, que representam o Comitê de Gestão. Queria pedir para o meu parceiro, acho que uma referência para todos nós santistas, que acompanhamos o dia a dia do Santos, peço que o Ademir Quintino dê uma breve saudação a nossa torcida. Por favor, Ademir, o microfone é seu.

 

O SR. ADEMIR QUINTINO - Boa noite, galera alvinegra. Saudações alvinegras. Prometo ser breve. O maior patrimônio de um clube, efetivamente, é a sua torcida. (Palmas.)

Alguns tem arenas bonitas, e nós queremos ter a nossa também, estádios marcantes como é o nosso, né? Templo sagrado do futebol, a Vila Belmiro, o próprio Pacaembu, que o Santos tem utilizado bastante. Mas, efetivamente, um time sem torcida não existe. E quem não tem passado não tem história.

Então, vou ser breve, só estou aqui para agradecer ao deputado Caio França pela propositura maravilhosa. Satisfação de ver grande alvinegros aqui nessa mesa, inclusive o governador Márcio França. Reclamo muito que o Santos perdeu o legado da Copa do Mundo de 2014. Podíamos ter construído a nossa arena.

Eu tenho absoluta convicção, governador, que se o senhor estivesse à frente, no comando do estado naquela oportunidade, o Santos não ia passar batido naquele que, para mim, foi o grande passo que nós perdemos.

Tivemos uma oportunidade única de construir a nossa arena. Infelizmente outros se aproveitaram dessa aproximação política e, infelizmente, representantes como V. Exa. não estavam à frente do poder. Eu lamento demais, mas eu tenho um fio de esperança de que, em breve, o senhor vai estar ou à frente da prefeitura municipal aqui de São Paulo, ou mesmo no governo do estado. E aquela oportunidade que nós perdemos, de construir a nossa querida, sonhada e bela arena, possamos concretizá-la, porque o Santos é enorme, é gigante. É maior do que a cidade, é maior do que a região. E merecemos ter um lugar lindo, bonito, como os nossos rivais têm.

E essa torcida maravilhosa que está aqui e que eu fico de pé para cumprimentar. (Palmas.) Merece uma casa. Não que a nossa casa não seja boa, muito pelo contrário, a Vila Belmiro é o templo sagrado do futebol, mas o Santos merece uma casa a sua altura. A Torcida Jovem merece estar em uma casa a sua altura.

Então, pessoas políticas, representadas, e que vão, efetivamente ao estádio? Quantas vezes eu encontro o Caio aqui, é no Rio de Janeiro, em Santos, em São Paulo, em qualquer lugar do Brasil. O governador Márcio França eu vi, por diversas vezes, em jogos do Santos. Então, fico feliz, como disse o vereador Celso Jatene, de que temos representantes alvinegros legítimos, como vocês, que ainda têm muito a dar.

E aproveito a festa da Torcida Jovem para fazer um apelo para vocês. Vocês estão aí e, se Deus quiser, o Caio está com um mandato e, se Deus quiser, o governador também.  O Santos precisa de vocês. Essa torcida maravilhosa precisa de vocês e nós confiamos em vocês. Parabéns, Torcida Jovem. Sem vocês o Santos não era absolutamente nada.

Um abraço. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - CAIO FRANÇA - PSB - Queria agradecer a presença, aqui, do Luan, que é diretor da subsede da Jovem da Baixada. Valeu, irmão, obrigado, Luan. (Palmas.)

Nosso parceiro, Caiçara.

Queria pedir aqui que o Deco pudesse, também, vir aqui para poder fazer uso da palavra. Nosso vice-presidente, e dizer que o Deco, junto com o Caverna, foram os responsáveis pela ideia e aceitaram, na verdade, a propositura de fazer essa singela homenagem à Jovem.

Deco, por favor, queria uma saudação sua também. (Palmas.)

 

O SR. ANDRÉ VINÍCIUS FEITOSA GUIMARÃES - Boa noite, boa noite. Primeiramente, em nome da diretoria, agradeço ao espaço e à homenagem.

Parabenizo os associados que encostaram e digo que, nesses 50 anos a gente viu na homenagem que a Casa fez para a torcida que teve muita festa. A festa na arquibancada prevaleceu durante muito tempo, mas hoje, nos nossos 50 anos de torcida, a gente vê que a festa popular está se acabando.

A gente não consegue mais gritar ao Santos como a gente gritava antes, a gente não consegue mais fazer as festas que a gente fazia antes, hoje tem número limitado de bateria. Queira ou não queira, o futebol, a cultura popular está morrendo, então a gente vai, com certeza, fazer 100 anos, mas a gente vai ter que resistir por muitos golpes que ainda vão vir pela frente.

Então, em nome da diretoria da torcida, a gente pede para vocês que tenham um pouco mais de estrutura. Estão dentro do sistema, então que briguem e lutem por nós, porque o futebol está morrendo, a festa popular está morrendo, a cultura do futebol está morrendo e a gente vai resistir.

A Jovem não vai morrer. Pode fechar, pode acabar com a nossa sede, ela vai resistir na nossa casa. A nossa faixa ninguém vai tirar. Pode tirar o nosso material e a gente vai estar na arquibancada, só que a gente quer que, daqui a cinquenta anos, a gente veja que dos 50 aos 100 a gente fez muito mais festa do que a gente fez nos 50 que passaram.

Então, agradeço à Casa pela homenagem e peço de coração que não deixem morrer a cultura popular. A Vila que a gente merece, como foi citado aí, que o Santos precisa se estruturar, se modernizar, mas modernizar, ter uma arena não significa matar a cultura popular. Ter um estádio estruturado, ter um estádio moderno não significa fechar o espaço para a massa, para o povo.

A torcida do Santos é 90% do povo, da periferia. A torcida organizada é da periferia, quem está lá apoiando os 90 minutos não é o playboy, não é o cara que está bem de vida. O cara está lá na cadeira, comendo, se divertindo, mas quem está lá no sol, na chuva, sofrendo pelo sistema, sofrendo todas as dificuldades que tem é o povo. É a quebrada. Então, olhem para esse pessoal, para a gente, com mais carinho.

Agradeço de novo. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - CAIO FRANÇA - PSB – Valeu, Deco. Obrigado mesmo. Renovando aqui o que eu já disse, o Deco foi um dos responsáveis, junto com o Caverna, pela realização desse momento.

Queria pedir que o Caverna também pudesse vir aqui para poder fazer uso da palavra. Caverna. (Palmas.)

 

O SR. MARCELO PEREIRA RAMOS – Salve, salve, família. Coração a mil, né? Parece final de campeonato.

Primeiramente, agradeço ao deputado por essa nobre atitude de trazer a gente aqui para comemorar uma data mais do que especial.

Porque ser torcida organizada e contar essa história, como já foi contada aqui, é a gente falar de liberdade. A Torcida Jovem nasceu em 69, em um momento que muitos de nós não vivemos, mas a gente sabe. A gente pode contar aí com a história dos nossos pais e dos nossos avós e saber que o momento de ditadura não foi um momento fácil.

E a torcida é um movimento de liberdade acima de tudo. Direito de ir e vir, direito de fazer o seu som, o seu samba, o seu ritmo. A gente traz a nossa culinária, a nossa comida, a gente gosta de sanduíche de pernil, sim. A gente gosta do churrasquinho, a gente gosta do doce, a gente gosta do sorvetinho, da cervejinha e da festa acima de tudo.

E, gente, mais do que tudo, hoje, a gente tem que reafirmar a nossa posição como movimento de liberdade. Mais do que nunca a gente vive esse movimento ameaçado por leis que não funcionam, que não são eficazes. A gente sabe que a primeira lei contra as torcidas organizadas, no movimento de liberdade, foi a proibição da nossa festa. Porque o problema não é a festa. Punir o Cnpj é fácil. Não é assim que se resolve problema, já está mais do que provado. Se fosse assim, não existia mais violência. A violência não é da torcida organizada. Nós vivemos em um mundo violento.

É só estudar história. Todo mundo aqui já estudou, e todo mundo aqui estuda, então, a gente sabe que o país é um país violento, o mundo é violento. A gente teve agora o próprio presidente eleito que sofreu atentado, a gente tem vereadora que foi assassinada e a gente não sabe o que aconteceu.

Então não adianta olhar para a torcida organizada e falar que a torcida organizada é violenta. A torcida organizada é formada pela classe trabalhadora, pelo povão, que trabalha, que luta que junta dinheiro para pagar o seu ingresso, para pegar uma caravana e apoiar o seu clube, onde ali talvez seja o seu único momento de felicidade, porque a gente não tem, dentro da quebrada, essa felicidade. A gente não tem esse sistema que funciona.

Na periferia a gente sabe muito bem como é que é, e o futebol só é sucesso através do seu contato com o povo. Não podemos esquecer, falando de história, que o futebol era um esporte da elite, que negro não jogava futebol, que pobre não jogava futebol, e, se futebol é sucesso, é porque o povo fez o futebol ser sucesso.

Então, não tirem nossos direitos. Enquanto a Jovem existir, e ela vai existir para sempre, como o nosso vice-presidente falou, nós vamos estar aqui lutando por nossos direitos. Então, hoje, Torcida Jovem do Santos, mais do que celebrar, nós temos que pensar nos nossos próximos 50 anos, e nós contamos, deputado, com sua ajuda, com a ajuda de todos aqui, para que a gente não deixe o futebol morrer, não deixe o nosso direito morrer.

Momento de festa? Sim, família, e vamos celebrar. Vamos celebrar com muita energia e muita felicidade, mas a Jovem jamais vai deixar de lutar, porque nós somos um movimento de liberdade.

Salve, salve, família, muito obrigado a todos. Obrigado a todos que fizeram essa história acontecer. (Palmas.) Viva a festa nos estádios. Liberem a nossa festa. Liberdade da cultura popular, e não vamos esquecer que falamos de cultura popular, Santos Futebol Clube, a Torcida Jovem é o maior órgão que representa o Santos, na maior cidade da América Latina, há 50 anos, e representa o Santos na maior festa de cultura popular do mundo, que é a maior festa de artes integradas, que é chamada carnaval.

A Torcida Jovem tem 40 carnavais na história. Queremos mais apoio do Santos e da comunidade santista. Salve, salve, família.

Estamos juntos. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - CAIO FRANÇA - PSB - Boa, caverna. Queria aqui para... Cadê o Badures? Doutor, por favor, a pedido aqui do nosso presidente, por gentileza, você tem a palavra. Queria, antes da sua fala, cumprimentar aqui o Dr. Marcus Vinícius, representando a Prefeitura do Guarujá, meu amigo Dr. Paulo Eduardo, também, nosso parceiro, sempre presente.

 

O SR. MÁRIO BADURES - Senhoras e senhores, boa noite. Que responsabilidade meu amigo Caio me deixa neste momento, mas eu tenho que controlar o coração para poder falar de uma das maiores paixões, naquilo que representa o amor que tem dentro do meu coração, não só ao Santos Futebol Clube, mas, principalmente, à sua maior torcida, que é a Torcida Jovem do Santos. Obrigado.

Tudo que a gente fala com o coração, tudo que envolve a emoção, a mim, se volta à gratidão, ao reconhecimento. Então, antes de tudo, queria prestar minha homenagem ao amigo e ao deputado estadual Caio França, pela iniciativa dessa homenagem justa. O tamanho, a grandeza da nossa torcida merece o reconhecimento desta Casa.

Queria enaltecer também o Legislativo, na pessoa do Celso Jatene, um grande amigo que a torcida me deu, e hoje tenho o privilégio de, junto contigo, estar no conselho do Santos.

Gostaria de saudar todos os amigos, e corro um risco grande de esquecer muitos, mas que moram, definitivamente, no meu coração. Márcio França, principalmente, nosso governador, sempre foi, e óbvio que no futuro também nos reserva tal sorte. Matheus, o Estevão, que representam o clube, o Carbone, grandes amigos. Principalmente, o nosso maior expoente na mídia, que é o Ademir Quintino. Nunca posso me esquecer.

Tantos amigos. O Agostinho, Toninho Teixeira, conselheiro aqui presente, entre muitos outros. Eu queria só lembrar, já que, com muita propriedade, o Caio falou sobre a história da nossa torcida, e realmente foi aquele grupo de 13 garotos que em 66 começaram a se reunir, como nós fazemos hoje, e galgaram o hábito de frequentar todos os jogos do Santos, até que, em 1969, resolveram, de fato, fundar uma torcida oficial, uniformizada.

Nascia a Torcida Jovem, precisamente no dia 26 de setembro daquele ano de 1969, o ano que o Santos conquistou o tricampeonato paulista, ano que Pelé marcava o milésimo gol, véspera da maior conquista, naquela sempre lembrada, que era o tricampeonato mundial, que a nossa seleção realmente era a envergadura da seleção brasileira.

A Torcida Jovem sempre foi, como bem disse o Caverninha, considerada pela imprensa mais como uma torcida politizada. A preocupação nossa sempre foi seguir o Santos, mas, realmente, a torcida fez parte dos maiores eventos políticos desse país.

É impossível não lembrarmos dos anos 60, na época da repressão, mas o papel primordial que a Torcida Jovem teve nesse contexto, e sempre levou a sua bateria e a sua voz, até mesmo para a vida política e social do município de Santos, lá descendo, na Baixada, onde nós somos sediados.

A bateria esteve sempre presente em todos os comícios aqui em São Paulo. Foi uma das fundadoras da Atoesp e da Atos. Os mais, talvez, antigos vão se lembrar do impeachment do Presidente Collor, e lá estava a Torcida Jovem. Isso foi aquela história de poucos que se uniram, mas envolveram essa grande massa, que é, justamente, aquela parte branca na arquibancada, que é o pulmão do time que joga no gramado verde. Então também não tem como esquecer do dia 12 de novembro de 94, ano que nascia a subsede na Baixada Santista, subsede de Santos.

Então, falar disso tudo para vocês, e não vou me alongar, mas é o meu reconhecimento, é a minha gratidão, é o meu carinho pela Torcida Jovem. Saibam vocês que, quando muito pequeno, eu estava na casa da minha tia, que se abria a janela e via parte da arquibancada da Vila, e via a torcida daquele jeito, explodindo, via aquelas manifestações todas e, justamente, aquilo me encantou, e ali sempre falei: “Quero ali estar um dia.”

Então, me lembro que ia em jogos escondido dos meus pais, na adolescência, talvez aqui o Choulby vai lembrar. O Choulby... Uma das namoradas morava no meu prédio, e ele sempre tentava me levar para os jogos, principalmente para as arquibancadas, mas veio a época da adolescência, e que, realmente, ali o carinho pelo Santos e o que movia essa festa toda me encantou.

Veio a época da faculdade, e aí está ali o Carlinhos, ele bem sabe. A gente deixava os alunos de lado, os jogos jurídicos, quem habitava as nossas caravanas era sempre a Torcida Jovem.

Aí eu me formei, e passei no exame da OAB, e me tornei advogado. E o que fazer? Então, assim, a minha carreira foi sempre voltada nessa seara. O nicho sempre foi a torcida. Então, nesse ponto eu não posso falar do Cosmo, lembrar dos presidentes, dos quais eu tive a honra de passar, que é o Pastel, o Gordinho, o Denis, hoje o Raposa, porque completo eu, senhores, em uma história marcante da minha vida, dez anos do departamento jurídico da Torcida Jovem do Santos.

Dez anos que nós não temos condenações. Atualmente, a torcida não tem um associado preso. A torcida é detentora dos dois processos mais rápidos da história do Paraguai, e lá nós somos lembrados como “Los diablos blancos”. O Fafu, o Flavinho, Hércules sabem bem disso. Inclusive, quando a torcida era pichada pela mídia podre, lá recebíamos homenagens.

Então a história da torcida sempre foi grandiosa para mim. Não posso esquecer que tive o privilégio de casar na Vila Belmiro. Mas, na festa, quem estava era a bateria da Torcida Jovem.

Entrei no clube com a promessa de que poderia recriar o departamento das arquibancadas. Mas deixo registrado que estamos na pior gestão administrativa de todos os tempos. É por isso que a torcida não é recompensada. É por isso que eles precisam, o executivo do clube, não obstante tantos amigos aqui presente e membros do CG, respeitar as arquibancadas.

Precisamos voltar com as nossas festas. Não podemos ser impedidos de entrar na nossa própria casa ou sermos tratados como marginais nas arquibancadas da Vila Belmiro. (Palmas.)

Na atual conjuntura da minha vida, Deus me reservou que eu fosse alçado vice-presidente da subseção de São Vicente, onde o governador Márcio França é inscrito. Me falaram: “Olha, é uma responsabilidade muito grande você cuidar de 1.500 advogados.” Falei para eles: “Sou responsável por 20 mil associados da Torcia Jovem. Nos momentos mais difíceis, nós é que estamos na defesa de todos eles.”

Sem mencionar, agora, nos últimos dias, estou na Comissão Especial de Direito Penal da OAB São Paulo, onde habitam todas as grandes autoridades, os doutrinadores. Numa das conversas, um tema estava sendo debatido. Eu falei: “Olha, eu sei disso que vocês estão falando.”

Respeitando a grandeza deles, e talvez as minhas limitações, mas eu falei: “Olha, crimes de multidão, eu sei como funciona. Porque a minha torcida, da qual faço parte, ela é sempre vítima disso.” Mas ela sobrevive, e cada vez ela cresce mais.

Cada vez mais, estamos no âmago do Santos Futebol Clube. Cada vez mais, somos responsáveis por essa energia e esse amor que realmente encantam o maior clube de todos os tempos. É uma história marcante. É a minha história. Muito obrigado, Torcida Jovem, 50 anos com o Santos, como ele estiver. Muito obrigado. (Palmas.) (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE - CAIO FRANÇA - PSB - Quero agradecer ao Badures pela fala. Eu queria convidar com muito prazer o nosso senador, hoje vereador, e santista, Suplicy. (Palmas.) (Manifestação nas galerias.)

É uma referência para todos nós. Por favor, sente-se aqui conosco também.

Senador, por gentileza, sente-se aqui. Vou pedir que o senhor faça uma breve saudação para encerrar os nossos pronunciamentos. Quero agradecer muito a sua presença que nos honra demais, a todos os santistas. Com a palavra, o nosso hoje vereador, Suplicy.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - Prezado presidente, deputado Caio França, querido Márcio França, companheiro também da torcida do Santos, Celso Jatene, que praticamente toda a semana lá na Câmara Municipal, por algum motivo, fala sobre o Santos Futebol Clube. Meu caro Raposo, presidente da Torcida Jovem.

Quero ser breve, mas dizer algumas coisas. Era 1912. Meu pai morava em Santos. Paulo Cochrane Suplicy, filho de Luiz Suplicy, que havia fundado a corretora Suplicy em Santos.

Ele, aos 16 anos, foi jogador do primeiro time amador do Santos Futebol Clube. Quando eu era menino, o meu pai gostava de me levar para assistir os jogos do Santos. Me tornei torcedor do Santos Futebol Clube e acabei fazendo o mesmo com os meus filhos.

O Eduardo, que é o Supla, muitos o veem sempre na Torcida Jovem. O André e o João, todos torcedores do Santos. E aí tenho seis netos. Quatro homens e duas meninas. Os quatro homens, torcedores fieis do Santos. Vou com os meus netos também assistir os jogos dos Santos. Todos torcem veementemente.

Comecei a gostar do Santos antes da era do Pelé. Só para ter a comprovação: eu gostava muito de Manga, Hélvio, Ivã, Ramiro, Formiga e Zito, 109, Antoninho, Nicácio, Vasconcelos e Tite. Você lembra? Esse timaço. Era um timaço. (Palmas.)

Foi vice-campeão paulista. Era uma coisa! Depois chegou o Pelé. Tem uma coisa, prezado Raposo e amigos da Torcida Jovem. Para mim, o futebol sempre foi algo que reúne as pessoas, traz solidariedade.

É uma coisa bonita. Às vezes, até dentre pessoas que possam ter opiniões diferentes. O futebol, eu preferiria muito mais o tempo que qualquer torcida podia entrar para assistir. Não tinha jogo só de uma torcida e, depois, jogos da outra torcida.

Eu gostaria até que voltássemos atrás, desde que, sobretudo, as torcidas organizadas chegassem a um entendimento e falassem para a Federação Paulista de Futebol: “Olha, resolvemos nos entender e ficar numa boa. Ninguém vai criar briga um com o outro.”

Porque, afinal de contas, é muito gostoso ir na Vila Belmiro, no Pacaembu, qualquer outro estádio, e lá vermos o avô, o pai, os netos. Então, portanto, levar as nossas crianças, como eu ia no jogo com o meu pai quando eu era criança. E levei os meus filhos e netos crianças. É tão bom.

Outra coisa, para concluir, que acho tão boa do futebol. Lembrando que havia um país, agora não lembro se foi a Nigéria, ou qual, que estava em guerra. Daí foi jogar o Santos Futebol Clube, com o Pelé. E parou a guerra.

O que o Pelé... Eu queria lhes contar, acho que era 2004. O Haiti estava com aquele problema depois do terremoto e da guerra civil. Então o Brasil foi designado coordenador das forças da ONU, de pacificação. Para criar a boa vontade - o governo era do presidente Lula – foi realizado um jogo da Seleção Brasileira contra a seleção do Haiti. Eu fui lá, alguns senadores, fomos.

Eis que, ao chegar no porto de Porto Príncipe, o aeroporto, ali, até chegar no estádio, que cabia 20 e tantas mil pessoas, tinha mais de 1 milhão de pessoas. Mais da metade da população de Porto Príncipe, que acho que são 2 milhões, aplaudindo os jogadores do Brasil. Sabiam os seus nomes de cor. Foi o jogo de futebol. Estádio lotado. Quando o Haiti fazia uma boa jogada, o pessoal aplaudia. Mas quando o Brasil fez seis gols, o povo também aplaudiu.

Acompanhei o presidente Lula quando ele foi no vestiário. Ali, Ronaldo, Ronaldinho, Romário e outros disseram para o presidente: “Presidente, se quiser contar conosco para mais um jogo assim, para pacificar os povos, pode contar conosco.” Achei tão bonito. Fiz um discurso no Senado e um artigo no jornal, relatando este episódio.

Daí, quando fui, por exemplo, a Israel e à Palestina, propus: “Olha, quem sabe vocês possam chegar a um entendimento para pacificar a nação. Tenho duas propostas. De um lado, façam uma renda básica de cidadania comum para Israel e Palestina. Segundo, convidem a Seleção Brasileira para fazer um jogo contra a seleção mista de Palestina e Israel. Um jogo na capital da Palestina. Outro, na capital de Israel. Até falei isso numa... jogo contra a seleção mista de Palestina e Israel, um jogo na Capital da Palestina, o outro na de Israel.

E, até falei isso numa missa, lá, de Natal para o presidente da autoridade palestina. Falaram: “Ótimo, viu? Então, vamos jogar em Tel Aviv.” E, quando fui à Coreia do Sul, também fiz igual proposta, para que o Brasil, que foi campeão do mundo no Japão-Coreia.

O povo, lá, conhecia os jogadores pelo nome, do Brasil, eram admiradores. Que pudesse haver um jogo do Brasil versus a seleção da Coreia, do Norte e do Sul, uma em cada capital. Eu acho que seria ótimo para pacificar.

Ou seja, na minha vida, eu aprendi que futebol é bom também para aglutinar, harmonizar, as pessoas, e tornarmo-nos muito mais amigos de todos os nossos colegas que gostam de jogar futebol conosco e até de nossos adversários.

Viva o Santos Futebol Clube. (Palmas.)

 

* * *

 

- É entoada a canção.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CAIO FRANÇA - PSB – Agradecendo, aqui, ao Suplicy pela gentileza de comparecer aqui a este evento, uma referência aqui para todos nós.

Dando continuidade, já na fase conclusiva, peço que o nosso sempre governador Márcio França possa fazer a sua saudação, antes do nosso presidente.

 

O SR. MÁRCIO FRANÇA – Boa noite a todos vocês. Boa noite à galera alvinegra, ao deputado Caio França, ao Raposa, o Matheus, o Deco, o Caverna, o Quintino, o meu amigo Jatene, ao Suplicy, a todos vocês.

O futebol no Brasil é mais do que um esporte, não é? É uma maneira, também, de a gente integrar toda a nação. O brasileiro de qualquer lugar pode ter dificuldade de entender a política, pode não ter partido, pode não ter alguma preferência em várias áreas; mas, certamente, no futebol ele tem a sua preferência.

É claro que uma das marcas do esporte, e essa paixão que a gente acumulou, foi em função das torcidas. Cada um de nós tem uma história bonita, como o Jatene contou a dele aqui, o Suplicy contou; certamente, o Caio tem tantas histórias, aí, dos estádios.

Cada um de nós contou um pedacinho dessa história. Eu quero dizer a vocês que talvez, em poucas horas, em poucos minutos, a gente consegue ver pessoas que pensam diferente se unirem em função de uma ideia, como é o caso do Santos Futebol Clube, e tantas outras coisas.

Estava aqui pensando, Jatene, que talvez em pouquíssimos assuntos eu, o governador Doria, e talvez até o Suplicy, a gente pense a mesma coisa; nesse assunto, todos nós somos Santos Futebol Clube.

Então, a gente consegue, mesmo na divergência, conviver em cima de alguns assuntos importantes, que, para nós, o Santos Futebol Clube, a história do Santos, a Jovem. E, a garantia dos próximos 50 anos é a receita que o senador mencionou: a gente levar os nossos filhos ao estádio, levar os nossos netos ao estádio, ter a liberdade de poder conviver com as nossas mulheres nos estádios, para que as pessoas possam conviver em paz.

Hoje, eu trouxe aqui... Cadê o Enzo? Vem cá. O Enzo, que é meu neto, veio aqui hoje para justamente garantir que nos próximos 50 anos, a Jovem vai estar presente aí com todo mundo. Falou? Valeu. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - CAIO FRANÇA - PSB – Bom, agradecendo aqui, mais uma vez, às palavras do nosso sempre governador; saudar aqui o Daniel Brant, o Leandro Brant, que são conselheiros do Peixe, sócios, também, da torcida Jovem. Em nome deles, também, todos os conselheiros que estão aqui presentes.

E, para concluir aqui, quero pedir que o Raposa possa fazer a saudação final aos nossos amigos, e falar sobre o cinquentenário da torcida Jovem do Peixe.

Raposa, com a palavra.

 

O SR. FERNANDO RAPOSA – Boa noite, boa noite, boa noite. A voz está rouca, a emoção está daquele jeito. Antes de eu falar, vou pedir e agradecer ao deputado Caio França, ao governador Márcio França, ao nosso querido Celso Jatene, nossos vereadores, Celso, Suplicy, Matheus, do Santos.

Vou pedir também para... Como eu vou falar um pouco da torcida Jovem, eu não vou falar sozinho, não. Aí, Draco, encosta; Misa, encosta; aí, torcida Jovem, encosta. (Palmas.) Aí, Dr. Lúcio, vamos encostar. Rapaziada do TJ, faz o favor, vamos encostar.

Aí, rapaziada, o que nós vamos falar de 50 anos de torcida Jovem? Nossa. Caramba, mano, chegou o dia. Nós estamos aqui na Assembleia sendo homenageados. Só santista top: Suplicy, Caio França, Márcio França, Celso Jatene. A rapaziada toda aqui presente.

Encosta, você. Não vai se esconder, não. Vem. Vem, que você é danadinho. Encosta.

Rapaziada, primeiramente, agradecer aos fundadores da torcida Jovem, velha guarda, principalmente os associados que aqui se encontram, e os que não puderam vir, também.

Estamos juntos. Nós só existimos esses 50 anos por causa de vocês. Se não fossem vocês do nosso lado, nós não seríamos ninguém. Santos Futebol Clube. (Palmas.)

Agradecer, também, acima de tudo, o que nós amamos, e o que nós viemos lutando por eles nesses 50 anos: Santos Futebol Clube. Se não fosse o Santos Futebol Clube, nós não resistiríamos, não teríamos essas amizades que nós temos, nós não teríamos tido esse tipo de coisa que nós viemos fazendo em prol do Santos Futebol Clube.

Torcida Jovem, nossa filha, nosso amor. Poxa, a maior emoção total. Faltou uma pessoa aqui que se tivesse aqui do meu lado eu estaria chorando junto com ela. Ouve aí o Damião. Puta que pariu. Desculpa aí. (Palmas.) Nós te amamos, porra. (Palmas.)

 

* * *

 

- É entoada a canção.

 

* * *

 

O SR. FERNANDO RAPOSA – E aí, Sr. Cosme? Deus abençoe. Sabemos que o senhor se encontra internado, aí. Nós estamos aí, lutando, orando por você. Sei que você queria estar aqui, e sei como você se sente, olhando para nós aqui, com este time aqui em cima. Aqui, olha.

Você fala: “Puta, mano, eu queria estar lá.” Velhinho. Cuida da sua saúde, velhinho. Cuida da sua saúde, que você é importante para nós. Você nos espelhou para nós estarmos aqui.

Então, continua lutando pela sua vida e pela sua saúde, que nós vamos estar aqui lutando pelo que nós amamos: Santos Futebol Clube, Torcida Jovem do Santos, entendeu?

Estamos juntos, família, sempre. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - CAIO FRANÇA - PSB – Rapaziada, antes de concluir, tem algumas pessoas que não puderam estar aqui e fizeram questão de gravar uma mensagem aí para os 50 anos da Jovem.

Quero pedir que o pessoal aí possa... Vamos embora.

 

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- É feita a exibição de vídeo.

 

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O SR. PRESIDENTE - CAIO FRANÇA - PSB - Rapaziada, para concluir, para terminar aqui a nossa sessão solene, nós fizemos um bolo para a gente poder cantar oficialmente também os parabéns aqui.

Depois nós vamos servir quem quiser. Tem outros aqui no canto, aqui atrás. Com a molecada aqui da Jovem nós vamos cantar os parabéns. Nosso presidente, por favor, você puxa aqui.

 

* * *

 

-              É entoado o Parabéns a Você.

 

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O SR. PRESIDENTE - CAIO FRANÇA - PSB - Sob a graça e a proteção de Deus, declaro encerrada a presente sessão solene. Obrigado pela presença de todos. É Santos! (Palmas.)

 

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- Encerra-se a sessão às 22 horas e 06 minutos.

 

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