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23 DE OUTUBRO DE 2019

54ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA

 

Presidência: CAUÊ MACRIS

 

RESUMO

 

ORDEM DO DIA

1 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Abre a sessão. Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovado o PLC 46/18, salvo emenda. Coloca em votação e declara rejeitada a emenda nº 1 ao PLC 46/18.

 

2 - TEONILIO BARBA LULA

Declara voto favorável à emenda nº 1, ao PLC 46/18.

 

3 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Coloca em discussão o PL 497/10, anexo aos PLs 1099/17 e 262/12. Coloca em votação e declara aprovado requerimento de preferência ao PL 1099/17. Coloca em votação e declara aprovado o PL 1099/17, restando prejudicados o PL 497/10, e o PL 262/12.

 

4 - HENI OZI CUKIER

Declara voto contrário ao PL 1099/17, em nome do Novo.

 

5 - ARTHUR DO VAL

Declara voto contrário ao PL 1099/17.

 

6 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Dá conhecimento de emenda ao PL 1512/15, que retorna às comissões, ficando adiada sua apreciação. Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovado o PL 840/17.

 

7 - ARTHUR DO VAL

Declara voto contrário ao PL 840/17.

 

8 - HENI OZI CUKIER

Declara voto contrário ao PL 840/17, em nome do Novo.

 

9 - JANAINA PASCHOAL

Declara voto contrário ao PL 840/17.

 

10 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovado o PL 25/18.

 

11 - HENI OZI CUKIER

Declara voto contrário ao PL 25/18, em nome do Novo.

 

12 - DOUGLAS GARCIA

Declara voto contrário ao PL 25/18 e ao PL 840/17.

 

13 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Coloca em discussão o PL 174/19, anexo ao PL 614/19. Coloca em votação e declara aprovado requerimento de preferência ao PL 614/19.

 

14 - ARTHUR DO VAL

Para comunicação, indaga à Presidência informação a respeito da pauta da sessão.

 

15 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Suspende a sessão por dois minutos, às 19h10min, reabrindo-a às 19h10. Explica o andamento da sessão. Coloca em votação e declara aprovado o PL 614, salvo emendas, restando prejudicado o PL 174/19. Coloca em votação e declara aprovada a emenda apresentada pelo Congresso de Comissões.

 

16 - LETICIA AGUIAR

Declara voto contrário ao PL 840/17.

 

17 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Coloca em discussão o PL 233/19.

 

18 - VINÍCIUS CAMARINHA

Para comunicação, agradece a seus pares pela aprovação dos projetos. Clama à Presidência que avance na pauta relativa a projetos de parlamentares.

 

19 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Endossa o pronunciamento do deputado Vinícius Camarinha. Elogia o parlamentar pelo trabalho em comissão para formar a pauta de projetos de deputados.

 

20 - GIL DINIZ

Discute o PL 233/19.

 

21 - MONICA DA BANCADA ATIVISTA

Para comunicação, critica o PSL.

 

22 - SARGENTO NERI

Discute o PL 233/19.

 

23 - ARTHUR DO VAL

Para questão de ordem, clama à Presidência que os pronunciamentos se restrinjam ao tema do projeto em tela.

 

24 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Endossa o pronunciamento do deputado Arthur do Val.

 

25 - GIL DINIZ

Para comunicação, clama à Presidência que adote este entendimento em todas as sessões.

 

26 - RAFAEL SILVA

Para comunicação, lamenta o falecimento do jornalista Saulo Gomes. Tece considerações a respeito da trajetória profissional do falecido.

 

27 - JANAINA PASCHOAL

Discute o PL 233/19.

 

28 - DOUGLAS GARCIA

Para comunicação, informa que dia 25/10 o deputado federal Eduardo Bolsonaro deve ser agraciado, em sessão solene desta Casa, com o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo.

 

29 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovado o PL 233/19.

 

30 - HENI OZI CUKIER

Declara voto contrário ao PL 233/19, em nome do Novo.

 

31 - TEONILIO BARBA LULA

Para comunicação, lamenta a morte de funcionário da CUT, em atropelamento. Clama por maior rigidez na legislação penal, relativa a crime culposo. Agradece a seus pares a aprovação de projetos parlamentares.

 

32 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Encerra a sessão.

 

* * *

 

- Abre a sessão o Sr. Cauê Macris.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior.

Ordem do Dia.

 

* * *

 

- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

                                                                           

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Item 1...

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Sr. Presidente, eu preciso fazer uma fala. É uma fala curta, mas eu quero encaminhar em nome da bancada do PT.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Posso fazer uma solicitação a V. Exa., deputado Barba? Sua fala pode ser no último projeto? Assim a gente encaminha todos.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pode ser, sem problema.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Item 1 - PLC nº 46, de 2018, de autoria do Tribunal de Justiça Militar.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação o projeto, salvo emenda. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Em votação a Emenda nº 1, com pareceres contrários. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem contrários queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Rejeitada.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Sr. Presidente, quero declarar voto à nossa emenda.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Registrado voto declarado à emenda da bancada do Partido dos Trabalhadores.

Item 2 - Proposição em Regime de Urgência. Em discussão o PL 497, de 2010, anexo ao 262, de 2012, e ao 1099, de 2017, de autoria da nobre deputada Beth Sahão.

Há um requerimento de preferência para que o Projeto 1099, de 2017, seja colocado em preferência em relação aos demais. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento de preferência.

Em votação o Projeto de lei 1099, de 2017. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado. Prejudicados os PLs de nº 497, de 2010, e 262, de 2012.

 

O SR. HENI OZI CUKIER - NOVO - Sr. Presidente, queria registrar o voto contrário da bancada do Novo.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto contrário da bancada do Partido Novo.

 

O SR. ARTHUR DO VAL - DEM - Sr. Presidente, queria registrar meu voto contrário.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto contrário do deputado Arthur do Val.

Item 3 - PL 1012, de 2015. Em discussão.

Há sobre a mesa uma emenda de plenário, com número regimental de assinaturas, nos termos do Art. 175, inciso II, do Regimento Interno, motivo pelo qual este projeto retorna às comissões.

Item 4 - Proposição em Regime de Urgência. Em discussão o PL nº 840, de 2017. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação o projeto com pareceres favoráveis. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. ARTHUR DO VAL - DEM - Sr. Presidente, quero registrar meu voto contrário.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto contrário de Vossa Excelência.

 

O SR. HENI OZI CUKIER - NOVO - Sr. Presidente, também quero registrar voto contrário da bancada do Novo.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto contrário da bancada do Novo.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Sr. Presidente, para registrar voto contrário.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto contrário de Vossa Excelência.

Item 5 - Proposição em Regime de Urgência. Em discussão o Projeto de lei nº 25, de 2018. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação o projeto. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. HENI OZI CUKIER - NOVO - Sr. Presidente, quero registrar voto contrário da bancada do Novo.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto contrário da bancada do Novo.

 

O SR. ARTHUR DO VAL - DEM - Sr. Presidente, quero registrar meu voto contrário.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto contrário de Vossa Excelência.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - Para registrar meu voto contrário e, se possível, Sr. Presidente, também registrar voto contrário ao item anterior.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto contrário tanto no item 4 quanto no item 5 do deputado Douglas Garcia. Mais alguém quer registrar votos? Não?

Item 6 - Proposição em Regime de Urgência. Em discussão o Projeto de lei 174, de 2019, e anexo PL 614, de 2019, de autoria do nobre deputado Barros Munhoz.

Há sobre a mesa requerimento de preferência para o Projeto de lei 614, de 2019. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo com o requerimento de preferência permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Em votação o Projeto 614, de 2019, do deputado Barros Munhoz.

 

O SR. ARTHUR DO VAL - DEM - Pela ordem, presidente, só uma dúvida. A gente está no item 6. No 233. Esse? Do Fiorilo.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vou suspender a sessão por dois minutos para que a gente organize, para que fique muito claro para todos o que estamos construindo.

Está suspensa a sessão.

 

* * *

 

- Suspensa às 19 horas e 10 minutos, a sessão é reaberta às 19 horas e 10 minutos, sob a Presidência do Sr. Cauê Macris.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Todos os esclarecimentos, eu vou retomar aqui o esclarecimento para todos os parlamentares, para ficar bem claro.

 Projeto 614, de 2019, de autoria do deputado Barros Munhoz, está anexado ao Projeto de lei 174, de 2019. Então, a primeira votação que nós fizemos foi o requerimento de preferência. Demos a preferência de votação ao projeto 614, de 2019, de autoria do deputado Barros Munhoz.

Esse requerimento foi aprovado por todos os deputados. Nesse momento, nós encerramos a discussão do Projeto de lei 614, de 2019, de autoria do deputado Barros Munhoz e vamos, neste momento, à votação do projeto do deputado Barros Munhoz. Perfeito? É o item 6, não é o último ainda. Estamos no item 6.

Em votação o projeto, salvo emenda. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o projeto e prejudicado o Projeto 174, de 2019.

Em votação a emenda apresentada pelo Congresso de Comissões. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovada.

Agora sim, vamos ao último item. Eu gostaria de pedir aos deputados que queiram fazer o encaminhamento que a gente pudesse encerrar a discussão e aí, aqueles que queiram, podem encaminhar. São dois. Então é necessário, quem quiser falar, que se inscreva.

Eu vou abrir a lista de inscrições aqui para aqueles que só o encaminhamento não é o suficiente, para que os deputados possam se inscrever para utilizar da palavra, porque parece que para algumas bancadas só o encaminhamento não é o suficiente.

 

A SRA. LETICIA AGUIAR - PSL - Deixo registrado meu voto contrário ao Projeto 840.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto contrário de Vossa Excelência.

A lista, neste momento, está aberta. Peço aos deputados que queiram utilizar da palavra que se inscrevam. E aqueles que puderem deixar sua palavra para os encaminhamentos, seria importante.

Então, está inscrito aqui o deputado Gil Diniz.

Em discussão o Projeto de lei nº 233, de 2019. Em discussão. Para falar contra o projeto, nobre deputado Gil Diniz.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, eu queria cumprimentar V. Exa. em nome da coordenadoria de projetos de deputados. Agradecer muito a todos os líderes, a todos os deputados aqui presentes. O avanço que nós estamos tendo aqui na Casa para aprovar projetos de interesse da sociedade, da população em todas as áreas do nosso estado.

E eu queria pedir a V. Exa., porque temos, em média, quase 30 projetos aprovados dentre os 94 deputados. Menos V. Exa. que não apresenta pois é presidente. Para que V. Exa. pudesse avançar ainda mais na pauta de projeto dos deputados, para que até o final do ano nós possamos, todos os deputados, termos um projeto aprovado aqui.

Mas, desde já, cumprimento V. Exa. pelo trabalho e por ter atendido o grande reclame nosso de ter, aqui bons projetos aprovados de autoria dos deputados.

Obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Vinícius, antes de passar a palavra ao deputado Gil Diniz, eu que agradeço V. Exa., que tem se disposto, sem ter essa obrigação, a poder filtrar e discutir com todos os parlamentares e com todas as lideranças. Brilhante trabalho V. Exa. e toda a coordenadoria está desenvolvendo. Parabéns!

Acho que o mérito dessas votações e do destravamento de projetos de parlamentares devemos à formatação dessa comissão que, num primeiro momento, muitos desacreditaram, mas que agora todos têm mostrado. Tem transparecido que a comissão, de fato, está funcionando. Parabéns, deputado Vinícius Camarinha.

Passo a palavra ao deputado Gil Diniz.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente. Como falamos ontem, no Colégio de Líderes, vários dos projetos estão acordados para a votação, então, o intuito de subir à tribuna não é para obstruir, é simplesmente para marcar posição em alguns acontecimentos de hoje.

Para começar, presidente, nosso Major Olímpio, senador pelo PSL, hoje pediu a destituição da nominata do diretório estadual de São Paulo, pediu que o Eduardo Bolsonaro caia. Olhem só, ele era o nosso presidente, sempre teve o nosso respeito. Os nossos deputados sabem o grande respeito que eu sempre tive pelo senador da República Major Olímpio.

Mas, Major, seu tempo à frente do diretório passou. O senhor mesmo entregou o diretório. O senhor deu uma entrevista hoje, dizendo - gostaria que os nossos deputados, principalmente do PSL, prestassem atenção - que a nova Executiva estadual derrubou 350 diretórios municipais. Não existem 350 diretórios municipais do PSL em São Paulo. O próprio ex-presidente do partido em São Paulo não criou, Barba. Então, não existe.

Derrubamos ali cerca de 100 diretórios, um pouco mais, por vários problemas que existiam nas nominatas, principalmente porque tinha em alguns diretórios, deputada Janaina, filiados ao PT, filiados ao PSOL. O que um filiado ao PT ou ao PSOL queria com a nominata do PSL? Havia pessoas investigadas, pessoas condenadas.

Se não fosse para mudar, não precisava uma nova gestão. Então, é lamentável a fala do senador, para o qual nós pedimos votos, que nós sempre respeitamos, e agora pede a destituição do nosso presidente, esse, sim, líder natural do partido, não só em São Paulo, mas no Congresso, na Câmara Federal também, o deputado federal Eduardo Bolsonaro.

Mas como covardia é pouca - e já vim aqui a esta tribuna para criticar vários deputados do meu partido, botar o dedo na ferida - hoje, divulgaram uma foto minha. Olhem só o crime que o Gil Diniz, então carteiro, cometeu. Vejam só, eu tirei uma foto - acho que em 2003, se não me engano - com o deputado federal Ivan Valente, ex-PT, agora PSOL, vestido de carteiro.

Se não me engano, ou foi na faculdade - eu fiz história, só para avisar - ou foi numa manifestação que acontecia ali de repente. Contra a privatização, não; pelo contrário, sempre defendi a privatização. Não me lembro do motivo, talvez por respeito ao parlamentar, tirei uma foto, normal, mas parece que eu cometi um crime.

Então, nessa onda de acusações, nessa avalanche, colocaram aqui: “Gil Diniz, o carteiro safado, tirando foto ao lado de deputado do PSOL. Gil Diniz é ex-militante de esquerda que surfou na onda Bolsonaro. Hoje ele intimida eleitores, no Messenger, ameaçando de processo todos aqueles que compartilham algo sobre ele”.

Olhem só, isso aqui está sendo divulgado por deputado federal do PSL. Meu Deus do céu, arrumem outra coisa. Aos poucos, as peças vão se encaixando. Uma denúncia de um ex-assessor meu contra mim, que foi exonerado dia 31 de julho, mas só resolveu lembrar de mim dia 15 de outubro, depois de viajar - olhem só - para Paris, para Hong Kong e, parando em Bali, ele lembrou de mim e resolveu me denunciar.

Agora, esses ataques aqui que vêm, fogo amigo. “Amigo” entre aspas. Quem tem amigo como esses, só por Deus. Então as peças vão se encaixando. O deputado Nishikawa colocou a cabeça para fora como um possível candidato em São Bernardo: opa, denúncia. Deputado Bruno Lima em Osasco: opa, denúncia. Que era uma denúncia falsa, mas com toda certeza chegou no e-mail da maioria dos nossos deputados.

A imprensa começou a colocar o meu nome como um possível candidato. Sempre neguei. Não tem, nesse momento, essa possibilidade. Mas me coloco sim à disposição do presidente Bolsonaro a disputar uma eleição em São Paulo. Não é o nosso objetivo. Mas sempre me coloquei à disposição do presidente. Inclusive, devo o meu mandato ao presidente Jair Messias Bolsonaro. Devo o meu mandato a ele. A ele.

E agora, para atacar, não só essa questão da eleição municipal, estão tentando sabotar a Executiva estadual de São Paulo. Claro, não é para atingir o deputado Gil Diniz. Quem sou eu? Neófito, aqui. A gente brinca. Eu brinco com alguns: tem muito deputado faixa preta aqui no plenário. Mas sou faixa branca, Barba.

Estou aprendendo ainda. Aprendi hoje na Comissão do Orçamento, na audiência pública. E aprendo todos os dias nesta Casa. O Regimento Interno, o regimento escrito e o não escrito também. Os acordos políticos lícitos. Lícitos. Converso com todas as bancadas. Deve ter foto contigo aqui pelo plenário, com outros membros do PT, do PSOL, de todos os partidos.

Agora, querer colocar uma foto com o deputado federal Ivan Valente? Olha, procurem lá. Procurem. Se não me engano, 2010 ou 2011, na Uniesp, lá em São Mateus. Quebrada, periferia de São Paulo. Eu cursava História ali. Teve um debate. Olha o debate. Foi interessante. Deputado Genoíno e deputado Ivan Valente. Os dois discutindo ali na faculdade. Claro que comparecemos. Claro que fomos ali ouvir os argumentos de ambos. É lógico, vamos ali evoluindo.

Novamente: sempre defendi a privatização dos Correios. Tem texto meu publicado há muito tempo. Então, quando olho esse tipo de ataque, acho que esse pessoal quer que eu ganhe voto da esquerda. Cuidado aí, bancada de esquerda aqui, PT e PSOL.

Porque a gente tem origem. O pessoal sabe a minha origem aqui. A gente sabe dialogar. A gente consegue conversar. Então, não é possível: estão fazendo propaganda. Acham que é negativa.

Então, nessa briga partidária, onde há vários interesses em disputa, não estou disputando nada no PSL. Eu não queria a vice-presidência do PSL São Paulo. Estou ali, como sempre, para ajudar, como sempre, o deputado federal Eduardo Bolsonaro. E me coloquei à disposição, e estou lá na nominata. Mas não estou disputando espaço com ninguém.

Então, esse tipo de deslealdade, por aqueles que, em outubro, estavam conosco lá: “Olha, Gil Diniz. Pelo amor de Deus. Você consegue uma “live” com o presidente? Estou em quinto nas pesquisas. Temos várias pesquisas internas onde “x” e “y” serão eleitos e eu não vou ser. Será que, pela proximidade que você tem com o capitão Bolsonaro, você não consegue um vídeo, uma “live”, para conseguirmos votos aqui?” E conseguimos. E foi feito.  E foi eleito.

E hoje: é mole? Uma baita multidão de hipócritas dizendo: “Eu apoio o Bolsonaro, eu apoio o Bolsonaro. Mas os filhos, não. Os filhos atrapalham”. Como se pudesse desligar. Como se pudesse apertar um botão: “Olha, não são filhos aqui; esquece”. Tiveram a pachorra de falar: “consigam três embaixadas, uma para cada filho, para que eles parem de atrapalhar”.

Olha, não são os filhos do presidente Bolsonaro que atrapalham. Pelo contrário; conheço cada um deles. O que atrapalha é a covardia, é a deslealdade, é falar “a” e fazer “b”.

Quem não se lembra do senador Major Olímpio, quando a deputada federal Joice Hasselmann se postou como candidata ao governo de São Paulo sem falar com o presidente da executiva estadual, o então Major Olímpio. E ele se ofendeu, com razão. Porque tem uma hierarquia no partido; todo partido tem. Não tem jeito.

E nós criticamos a deputada, então candidata, Joice Hasselmann, por ter se colocado candidata ao governo sem consultar a executiva estadual, nacional, simplesmente impondo, como vem impondo uma candidatura à prefeitura de São Paulo. E nós ficamos do lado do senador.

E agora, não; agora ele é Joice Hasselmann futebol clube. É incrível. Está pedindo voto para ela. É a candidata dos sonhos do nosso senador, sendo que até pouco tempo atrás estavam em pé de guerra. Mais uma aula, deputada Monica, de política. Mas não é esse tipo de política que eu quero fazer. O sim é sim; o não é não. Olhar no olho e falar: “olha, eu penso dessa maneira, eu faço dessa maneira”. E cumprir com aquilo que eu falo.

Mas de repente, por que não pensar, deputado Caio França, que apoiando uma suposta candidatura da Joice Hasselmann, a vaga para uma candidatura ao governo de São Paulo em 2022 fique pavimentada, deputado Camarinha? É pensar no próprio umbigo; não é pensar no povo de São Paulo, não é pensar no povo brasileiro. Se você está hoje aqui, já projetando uma próxima candidatura, principalmente para 2022, você não merece o seu mandato. Trabalhe agora; mostre trabalho agora, mostre postura agora.

Nós fomos eleitos, principalmente os deputados do PSL, para defender as propostas do governo Bolsonaro, do nosso presidente. Fomos eleitos para isso e nos comprometemos com isso. Prometemos isso, nos comprometemos com isso. Agora: “olha, não, não sou mais Bolsonaro; não, veja bem”.

Os deputados que falavam, deputado Douglas, o “estadual do Bolsonaro”, o “federal do Bolsonaro”... Faziam de tudo. Eu lembro como se fosse hoje. Agora, deputada Bebel, são o federal de São Paulo, o federal da Bahia, o federal de Pernambuco. Mas não é mais o federal do Bolsonaro.

É lógico: está como mandato agora. Mas nada como um dia atrás do outro dia. Não tenho vergonha nenhuma do meu passado. Não tenho vergonha nenhuma: fui carteiro, sim. Vesti o uniforme do correio, sim; entreguei muita carta na periferia de São Paulo. Não tenho foto só com o Ivan Valente. Se puxar, deve ter muito mais fotos aí, sabe-se lá com quem.

Em 2014, você tinha que escolher: Aécio ou Dilma Rousseff. E agora, fazia o quê? Deus me livre a Dilma. A opção - Deus que me perdoe - era fechar o olho, fechar o nariz e apertar 45. Lá em casa, deputado Douglas, no micro-ondas, ou é 44 segundos ou é 46. Nem no micro-ondas é 45. Mas infelizmente... Quarenta e cinco aqui é com o PT, poxa. Agora, depois de oito meses de mandato, todo mundo é independente. Mas vai ter eleição municipal, e eu vou dar risada desse povo.

O emprego está crescendo, a economia crescendo. Devagar, mas crescendo numa constante. Reformas sendo aprovadas. Em 2022, a economia vai estar organizadíssima. O presidente, provavelmente... Quero ver novamente esse pessoal... Do PT, do PSOL, é claro que a gente espera oposição mesmo. Ficar recebendo elogios de vocês é até complicado na base.

Mas tudo bem. Agora esse pessoal que se elegeu em outubro do ano passado e agora bancam os independentes de ministro de Estado que já caiu, senador da República, deputado federal ou deputado estadual, eu tenho vergonha de vocês. Eu tenho vergonha de vocês. Eu prefiro voltar a entregar carta, a colar selo, a bater carimbo do que passar essa vergonha, do que trair esses eleitores que confiaram, sim, traiu o presidente que confiou, sim, a palavra dele pedindo voto a todos vocês.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

A SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL - Pela ordem, presidente.    

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem, deputada Monica. Antes de passar a palavra para V. Exa., já convido o deputado Sargento Neri para poder se postar à tribuna para falar a favor do projeto.  Com a palavra V. Exa. para uma comunicação, deputada.

 

A SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Eu queria fazer um elogio para o Gil, porque eu estou muito no espírito para contribuir, para a caída, a derrocada do PSL, inclusive, me ofereço para tirar fotos com o parlamentar, se isso for contribuir também.

Mas eu quero elogiá-lo por trazer esse item aqui, tirar do Grande e Pequeno Expediente e trazer para a sessão, porque, assim como todo o Brasil, nós acompanhamos muito atentamente os capítulos da novela do partido sem partido.

E a gente entendeu que os senhores tão entusiastas da possibilidade de uma civilização política sem partido acabaram conquistando isso para dentro do PSL. A gente só não entendeu, e quer entender, quem é que vai competir pelo partido dos senhores aqui em São Paulo.

Então, muito honestamente deixo aí, a Joyce está autorizada, ou não, a concorrer pelos senhores porque é um capítulo que falta, o grande final da novela que todo o Brasil está acompanhando. E mais uma vez, estou à disposição para tirar fotos com os senhores porque eu quero contribuir para jogar pá de cal no partido.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Gil, eu acabei de falar para o deputado Rafael Silva que eu vou permitir uma comunicação por fala. Então, eu vou deixar o deputado Sargento Neri fazer a fala dele e depois cedo uma comunicação, enquanto o deputado vai à tribuna porque, de fato, nós já estamos aí... vamos caminhar para uma discussão e um debate que não é o objeto pleno aqui da nossa posição.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Tudo bem, Sr. Presidente. É só para reconhecer à deputada Monica que sabe que pega mal tirar uma foto com o dela.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Neri, tem a palavra.

 

O SR. SARGENTO NERI - AVANTE - Boa tarde, presidente, boa tarde a todos, todos os parlamentares, o que eu vou tratar aqui, presidente, é sobre o relatório do PL 1649/19, da Câmara dos Deputados. Marcio, fomos obrigados a estudá-lo, porque quando o santo é muito bom a gente desconfia, não é? Mas eu quero parabenizar os deputados que conseguiram manter a paridade, a integralidade, promoção imediata dos policiais militares.

Mas só que colocaram um bode na sala, como sempre. Colocaram esse bode. E quem é mais prejudicado? Os soldados que foram aposentados como cabo e os cabos que foram aposentados como 3º sargento. 

E por que isso? Temos uma lei que regulamentou o regime geral da previdência, que é a Lei Complementar 1013, que tem um limitador para ver a dedução da alíquota da previdência. Quem ganha até 5.800 reais, Conte, é importante você prestar atenção nisso, para quem ganha até 5.800 reais não há essa dedução da alíquota da previdência.  Então, ele é isento da previdência.

Sr. Presidente, fica difícil. Daqui a pouco eu vou ter que berrar aqui, viu presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Gostaria de pedir a atenção dos deputados, preservando o tempo do orador na tribuna, atenção aos deputados da tribuna, e pedir para que aumentem o microfone do deputado Sargento Neri.

Acho que se não está adiantando a gente poder pedir para que os deputados colaborem com o andamento da sessão, o que nós vamos fazer? Vamos aumentar o microfone e aí nós vamos atrapalhar também essas conversas paralelas.

Então, por favor, pode até ampliar um pouco mais o microfone.

 

O SR. ARTHUR DO VAL - DEM – Desculpa, aproveitar que interromperam...   

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É sobre Questão de Ordem? É Questão de Ordem sobre o processo?

 

O SR. ARTHUR DO VAL - DEM - Questão de Ordem.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Então, para Questão de Ordem V. Exa. tem a preferência.

 

O SR. ARTHUR DO VAL - DEM – PARA QUESTÃO DE ORDEM - A gente já tinha combinado aqui, que a gente vai falar sobre o projeto. Se a gente vai ficar esperando o Gil Diniz, que eu tenho o maior respeito por ele, falar, lavar a roupa suja do PSL, aí o Heni falar do Novo, aí o outro do PSOL falar de... nós vamos ficar aqui fazendo o quê? Vamos votar o projeto ou então vamos falar sobre o projeto. Só isso, por favor.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Tem razão. O Regimento, inclusive, deputado Arthur, assim o diz. O que você está pedindo nada mais é que o cumprimento do Regimento da nossa Casa.

Então, eu queria pedir aos deputados que se atentem à discussão daquilo que está no projeto.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL – Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Com a palavra...

 

O SR. GIL DINIZ - PSL – Presidente, poxa.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Eu estou pedindo para os deputados se atentarem, Gil.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL – Não. Quando é conveniente, presidente. A gente tem direito.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Vossa Excelência já falou.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL – Não, tudo bem.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Eu não impedi V. Exa. de falar.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL – Não, tudo bem. Mas vai ficar dentro do tema quando? Quando é conveniente?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Eu estou pedindo para que os deputados se atentem. Eu não impedi V. Exa. de falar.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL – Correto.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Certo?

 

O SR. GIL DINIZ - PSL – Mas tem os próximos deputados a falarem, que, talvez, não abordem o tema. Se for sempre essa lógica, presidente, eu respeito.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Perfeito.

Deputado Sargento Neri tem a palavra.

 

O SR. SARGENTO NERI - AVANTE – Eu até peço atenção, por quê? Tem várias bancadas aqui que podem nos ajudar no âmbito federal.

Eu fiz um vídeo ontem reclamando isso daqui, Barba. Por quê? Aquele policial que aposentou com 5600 reais não tinha dedução da Previdência. Quando passar esse relatório, vão deduzir dez por cento do salário dele.

Vai ter uma cobrança progressiva, vai começar com sete e meio. Então, aquele que ganha 20 mil se deu bem, porque ele vai pagar sete e meio. Mas aquele que não pagava se deu mal, que é o que ganha menos, porque vai ter a dedução de sete e meio.

Então, mais uma vez, beneficiaram quem? Quem ganha bem. E eu estou falando isso daqui, Conte, porque sempre falaram que eu queria dividir a Polícia Militar entre praças e oficiais. E não é bem isso.

Eu tenho que defender aqueles que ganham menos, que são soldados que foram promovidos e aposentados como cabos; que são os cabos que foram promovidos e aposentados como 3º sargentos, que são a maioria. Eu arrisco a dizer que chegam a 60% dos aposentados da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Mas olha só que curioso: eles colocam não só para esses policiais, mas também para as pensionistas. As pensionistas também não pagavam a Previdência, vão passar a pagar.

Aí, eu fiz um vídeo e comecei a estudar o relatório. Ontem, às 22 horas, colocaram mais um bode na sala. Ficou com dois bodes a sala. No Art. 24, parágrafo 2°, colocaram o seguinte: “Somente a partir de primeiro de janeiro de 2025, os entes federativos poderão alterar por Lei Ordinária as alíquotas da contribuição de que trata este artigo, nos termos e limites definidos em Lei Federal”.

O que significa isso? Que a partir de 2025 o governador do estado, eles deram liberdade para os governadores ainda aumentarem a alíquota da Previdência. Tem mais essa. Além de confiscar o salário dos aposentados, dos cabos e 3º sargentos, ainda deram a oportunidade para os governadores, a partir de 2025, confiscar ainda mais a aposentadoria deles e das pensionistas também.

O que que eu quero dizer com isso: além disso, eles colocaram o seguinte: o projeto de lei também prevê que os militares terão um desconto de três vírgula cinco de seus vencimentos para um fundo de saúde. Quer dizer, já não são mais sete e meio por cento, nove e meio por cento. São essas alíquotas mais três e meio por cento. Então, o nosso aposentado, que não pagava nada, vai passar a pagar 14%; então, é uma vergonha.

Eu fiz um vídeo, mandei para os deputados federais, e eu fiquei feliz, porque deu resultado, Marcos. Eles abriram uma pauta de reunião ordinária no para o dia 29/10/2019 para tratar especificamente desse assunto.

Eu vou ser bem sincero: o trabalho que aqueles deputados fizeram na reestruturação da previdência dos policiais militares realmente foi um trabalho maravilhoso. Mas esse bode que colocaram na sala só vai privilegiar os que ganham mais. Eu estou sendo privilegiado. Mas os que aposentaram com o salário até 5800 reais estão sendo confiscados pelo Poder Público; e isso é inadmissível.

Então, não adianta acharem ruim quando eu venho brigar pela classe de praças, até porque eu sou o único praça aqui, Conte: eu vou brigar por quem? Eu tenho que brigar pela minha classe.

Agora, o que me deixa revoltado nesta Casa é que nenhum outro deputado veio aqui falar a verdade. Nenhum outro deputado, que é da bancada da Segurança Pública, vem aqui comentar sobre isso. Eu não vi ninguém, ninguém falar sobre isso da Segurança Pública. Temos aí... hoje a bancada são seis militares. E por que que não falam? Porque os privilegiou em termos de salário? Pode. Nós temos que tratar as coisas como realmente elas são.

E hoje os mais prejudicados são os soldados que se aposentaram como cabo, e os cabos que se aposentaram como terceiro sargento. Com essa dedução de 7,5, 9,5, doutora, aqueles que ganham 20 mil, 15 mil, se deram bem. Agora, aqueles que ganhavam 5.800 reais, que não tinham esse desconto, vão começar a contribuir. E eu arrisco dizer que chega a 60% dos aposentados.

Então, fizeram um belo trabalho? Fizeram, mas só que nós precisamos rever isso daí. Então, eu peço a cada deputado aqui presente, aos líderes que conversem com seus deputados, com suas lideranças em Brasília, para que não deixem fazer isso daqui.

Já que nós vamos ter a reunião, a reunião ordinária dia 29/10 para tratar desse assunto, peço ao PT, ao PSOL, ao PSL, ao seu partido, Marcio, que realmente trate com carinho esse assunto, porque nós não retirar esse valor dos aposentados e pensionistas. Você imagina: se o governador, hoje, der um aumento salarial de 10%, realmente ele não vai ter esse aumento salarial, porque em primeiro de janeiro vão ser confiscados 10% da sua pensão, aposentadoria.

Então, eu acho que realmente o nosso trabalho de ontem surtiu efeito, tanto é que já marcaram a reunião para tentar segurar, ou tentar mexer nisso daí para doer menos no bolso dos nossos aposentados e pensionistas.

E peço aos nossos deputados federais que realmente tenham compaixão por esses homens, que tenham compaixão por essas mulheres que trabalharam 30, 35 anos. Aqueles que têm um salário razoável, que protejam aqueles que têm um salário que é muito abaixo do esperado.

E peço também aos policiais militares, reformados e da ativa, porque serão reformados, que cobrem os seus deputados federais, que cobrem os seus deputados estaduais para que, realmente, tratem desse assunto, porque quem não é aposentado será um dia. E quem será um dia, também terá essa alíquota pesada, sendo um confisco legalizado do governo na sua aposentadoria ou pensão.

Obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Para uma comunicação, o deputado Rafael Silva. E já convido a deputada Janaina Paschoal para poder se colocar na tribuna.

 

O SR. RAFAEL SILVA - PSB - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, nobres colegas, faleceu, nesta madrugada, em Ribeirão Preto, o jornalista Saulo Gomes, com 91 anos de idade. Os mais antigos conheceram o ideal, a capacidade e a seriedade de Saulo Gomes. Trabalhou no rádio, na televisão; foi escritor de vários livros. Ocupou uma cadeira na Academia Ribeirão-pretana de Letras.

Saulo Gomes fez história, foi um exemplo para os jornalistas deste país. Ele tem muitos trabalhos realizados. Ele se considerava um repórter investigativo. Sem medo de errar, eu posso dizer: ele foi o maior ou um dos maiores repórteres desta Nação. Saulo Gomes deixou um exemplo a ser seguido: o exemplo da dignidade, da transparência, da independência.

Saulo Gomes, realmente, Sr. Presidente, nobres colegas, tem que ser seguido. E, hoje principalmente, hoje mais do que nunca, nós precisamos fazer com que esse exemplo realmente seja adotado pelo pessoal da imprensa em geral, pelos comunicadores de rádio e televisão.

Então, Ribeirão Preto sente-se orgulhoso de ter Saulo Gomes morado em seu município nos últimos anos; mas, Ribeirão Preto sente-se triste, como todo o Brasil democrático e independente deve estar triste com o falecimento do Saulo Gomes.

Só isso, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Com a palavra a deputada Janaina Paschoal.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, Sr. Presidente. Cumprimento todos os parlamentares presentes, servidores da Casa, cidadãos que vêm nos honrar com suas presenças. Eu gostaria de voltar a um tema que me parece muito importante, e, muito em breve, chegará a esta Casa, que é a questão da Furp.

Ontem foi disponibilizado o relatório da Fipecafi, que foi encomendado pelo governo, para avaliar a situação da unidade de Américo Brasiliense, onde foi feita uma PPP e se construiu o que seria uma segunda unidade da Furp.

Eu estou analisando o relatório, mas, diferentemente do que eu imaginava, o relatório - pelo menos sob minha ótica - vem a confirmar o que eu tenho dito nesta tribuna e na Comissão de Saúde também, desde o princípio. Falei também quando o governador esteve aqui em visita à Casa.

Não me parece que esse relatório esteja a fundamentar a extinção da Furp. Muito pelo contrário, quando nós visitamos a Furp, foi feita uma apresentação, dizendo que haveria um débito do governo para com a unidade de Américo Brasiliense, ou para com a concessionária, da ordem de mais de 70 milhões. Alguns slides mostravam um débito de 90 milhões.

Esse estudo aqui mostra que o valor é muito menor. A depender, é bem possível que a concessionária ainda deva para o Estado. Para os senhores terem uma ideia, a concessionária, quando do fechamento do contrato, se comprometeu a fazer vários investimentos, que, pelo estudo feito aqui, esses investimentos não foram realizados.

A concessionária se comprometeu a obter, junto aos órgãos competentes, os registros dos medicamentos para a Furp. Então, deixa eu explicar. A concessionária já tem os seus registros. Ela se comprometeu a passar a tecnologia para a Furp, para fazer, em nome da Furp, registros de outros tantos medicamentos. O contrato rezava que estes registros tinham que ter independência com relação aos registros da concessionária, para ter sentido a transferência de tecnologia.

O que fez a concessionária? Fez uma modalidade de registro denominada “clone”. Não é um registro proibido, não é um registro ilícito. Porém, esse registro é absolutamente dependente do registro dos medicamentos da própria concessionária. Significa que, em se finalizando o contrato, automaticamente a Furp perde esses registros. Estão compreendendo? É como se fossem registros derivados. Tá?

Os pagamentos elevados eram feitos porque a Furp estava recebendo tecnologia para ter os registros ao final. Se a concessionária fez registros na modalidade “clone”, esses pagamentos elevadíssimos não serão mais devidos. Então feitas as muitas compensações, o débito que se anunciava, da ordem de 90 milhões, não chega a 25 milhões. Tá?

Vejam os senhores que eu não estou nem falando das ilicitudes que estão sendo apuradas na CPI da Furp, porque se nós levarmos em conta essas ilicitudes, nós poderíamos até chegar à conclusão de que não tem débito nenhum, e que a concessionária, sim, deveria indenizar o Estado. Tá?

Então, qual é o objetivo dessa manifestação a V. Exas. hoje? Dizer que o estudo que foi encomendado pelo governo, que, ao que tudo indica, tem o desejo de extinguir a Furp, não confirma o tal rombo que justificaria extinguir a Furp.

Então, acho muito importante, porque o estudo técnico encomendado, ao que parece, para justificar a extinção da Furp - estou falando da Furp Guarulhos - não referenda essa mesma extinção.

Coincidentemente, na data de hoje, recebi uma resposta formal da Anvisa a uma consulta que fiz a respeito do medicamento Bleomicina. Há algumas sessões, subi aqui para dizer que tem crianças, hoje, que não podem ser tratadas de doenças que poderiam ser tratadas com remédios simples porque, no Brasil, não se permite Bleomicina.

Fiz uma consulta formal à Anvisa, algumas respostas incompletas foram encaminhadas, eu solicitei novos esclarecimentos e a Anvisa disse que, na verdade, não proibiu o princípio ativo Bleomicina, apenas inviabilizou que um laboratório estrangeiro que fornecia não continuasse a fornecer por irregularidades daquele laboratório. E a Anvisa diz que existem outros medicamentos no mundo que têm o princípio ativo da Bleomicina, que seria fundamental para tratar essas crianças.

Pois bem, nenhum laboratório no Brasil tem interesse em produzir esses medicamentos. E temos crianças, hoje, com o pescocinho inchado; quando a gente vê as fotos, parece que as crianças vão explodir, e por falta de um medicamento que tem no mundo inteiro e não é uma questão de valores. Compreendam: não é problema de preço, não é que o medicamento seja de alto custo. Não há.

Quando estou estudando o relatório do órgão que diz que não existe esse rombo que justifica fechar a Furp, recebo um relatório da Anvisa dizendo que existe um medicamento essencial para nossas crianças que nenhum laboratório quer fornecer, quer produzir no Brasil. Parece-me mais um sinal de que não podemos abrir mão de laboratórios oficiais.

Eu gostaria, inclusive, de dizer publicamente que seria o caso de a Furp, que tem capacidade farmacêutica, sim, que tem um corpo técnico competente, sim, levantar a viabilidade e a possibilidade de produzir a Bleomicina, como produz outros tantos medicamentos que os laboratórios particulares não têm interesse de produzir, porque não dão lucro.

Também nesta data, recebi uma moção de apoio da Congregação da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo à manutenção da Furp, como instituição estatal pública de cunho social. É uma carta um pouco longa. Vou disponibilizá-la nas redes sociais. Não sei se os outros colegas receberam; se não receberam, estará à disposição no meu gabinete. Aqui eles contam que a história da Furp se confunde com a história da Faculdade de Medicina da USP.

Vou tomar a liberdade de ler este parágrafo: “O fornecimento de medicamentos pela fundação se estende a secretarias estaduais, hospitais públicos, consórcios de municípios, prefeituras, instituições estaduais, federais, municipais, filantrópicas, além de sindicatos e fundações.

Como exemplo de programas da secretaria da Saúde, há o Dose Certa, que permitiu o acesso da população de municípios do estado de São Paulo a produtos farmacêuticos essenciais, graças à participação desta fundação.” Da Furp. “É imprescindível ressaltar que a Furp produz uma série de medicamentos cuja fabricação não é de interesse das indústrias farmacêuticas nacionais e multinacionais, em razão do baixo retorno financeiro. Medicamentos para tuberculose, por exemplo, entre outros tantos.”

Então, eu peço aos colegas que, por favor, já comecem a estudar essa questão, porque, não sei se será na próxima semana ou no próximo mês, mas o governo tende a enviar um projeto para esta Casa extinguindo um laboratório público importante, estratégico, um laboratório que poderia, inclusive, ser provocado a produzir estes medicamentos dos quais crianças no Brasil inteiro carecem por falta de interesse dos laboratórios privados.

Eu insisto no argumento de que essa é uma temática acerca da qual não se pode refletir com a mentalidade economicista. Um laboratório não é uma empresa como outra qualquer. Estamos tratando de segurança medicinal, estamos tratando de saúde.

Então, esses documentos, que já chegaram antes dos projetos de lei, podem começar a ser analisados pelos colegas deputados, pelos assessores. Eu me disponibilizo a participar do debate, porque nós seremos convidados a decidir e não me parece que para São Paulo e para o Brasil seja interessante pensar em extinguir esse laboratório.

O relatório dos técnicos consultados pelo governo sugere a rescisão do contrato firmado com a concessionária para instalar a unidade de Américo Brasiliense. Em nenhum momento esse relatório fala em extinção da Furp. Poderão alegar, mas a consulta não foi essa. A consulta foi saber sobre a viabilidade da manutenção do contrato com a concessionária. Pois bem, independentemente de a consulta ter sido essa, o resultado é que o tal rombo é muito menor do que vem sendo anunciado.

Então, não me parece que esse rombo possa justificar por si abrir mão dessa segurança medicinal.

É isso, Sr. Presidente, muito obrigada pela atenção dos colegas e de Vossa Excelência.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - O senhor me permite uma comunicação, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Antes, porém, como nós não temos mais inscritos, está encerrada a discussão.

Em votação.

Para uma comunicação, V. Exa. tem a palavra.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Eu gostaria apenas de comunicar a esta Casa que no dia 25 de outubro, sexta-feira, nós iremos receber aqui, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, o deputado federal e também filho do presidente da República, Eduardo Bolsonaro, que... E presidente do PSL São Paulo, Eduardo Bolsonaro, para que ele venha a receber um colar de honra ao mérito legislativo paulista.

Muitos me perguntaram o porquê e lá vai a minha resposta. Nós tivemos, o Eduardo Bolsonaro através das suas emendas parlamentares para o estado de São Paulo, que foram milhões de reais.

Desses milhões, seis milhões apenas destinados à área de Saúde, sem falar também em toda a participação que ele teve nos acordos internacionais que foram importantíssimos para o nosso Brasil. A gente teve aí o acordo de Alcântara que, graças a Deus, foi aprovado no Congresso Nacional.

Então, o trabalho dele como deputado federal, representando o estado de São Paulo, teve um respaldo gigantesco nas urnas, sendo quase dois milhões de votos.

Então, por todas essas razões, nós teremos aqui, na sexta-feira, a entrega de honra ao mérito legislativo ao deputado federal Eduardo Bolsonaro.

E quero deixar aqui a todos os deputados da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, todos estão convidados. O evento será no dia 25 de outubro, sexta-feira, a partir das 19 horas. Todos estão convidados.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Em votação o projeto com parecer favorável do Congresso de Comissões.

As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. HENI OZI CUKIER - NOVO - Registro o voto contrário da bancada do Novo.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Registrado o voto contrário da bancada do Novo.

 

O SR. ARTHUR DO VAL - DEM - Pela ordem, presidente, só registrar o voto contrário.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado, deputado Arthur.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, eu ia falar da tribuna, mas, para ajudar no bom andamento dos trabalhos, vou falar aqui debaixo, só gostaria que os deputados prestassem atenção.

Na verdade, presidente, ontem teve, ali no início das Figueiras, no início da Radial Leste, um jovem de 18 anos, em uma BMW, sem a carteira de habilitação, atropelou e matou um jovem de 27 anos chamado Leandro Caproni, que trabalhava na Central Única dos Trabalhadores, trabalhava na CUT.

O jovem foi preso em flagrante, foi constatado que ele não tinha problemas de drogas e nem de álcool, mas, com certeza, provavelmente, a essa hora esse jovem já deve estar solto sob fiança, já que aquele crime considerado, não lembro a palavra jurídica correta. Homicídio culposo.

Então, a minha declaração aqui é que nós vamos exigir, deputado Vinícius Camarinha, da Secretaria de Segurança Pública, uma ação mais dura com relação a esses crimes. Hoje, se você quiser assassinar alguém, é só você estar são, na rua, sem efeito nenhum de bebida, de drogas, e atropelar alguém. É autuado em flagrante, vai preso, paga a fiança porque é homicídio não culposo. Então, nós precisamos tomar uma ação com relação a isso. Isso pode ser usado, inclusive, para assassinatos.

E o jovem Leandro Caproni, que trabalhava na Central Única dos Trabalhadores.

Era um jovem que tinha os seus sonhos, que lutava pelos seus ideais. Era um jovem que trabalhava com audiovisual, e a família teve essa perda. Nós queremos nos solidarizar com a família, lamentar o acontecido e exigir desse Estado de Segurança Pública uma segurança pública mais eficiente.

Por último, Sr. Presidente, queria agradecer aos deputados que aprovaram os projetos de todos os deputados, para o bom andamento dos nossos trabalhos, inclusive um projeto meu que foi aprovado, o 840. Então, quero agradecer aos deputados que votaram a favor, mesmo os que declararam voto contrário. Não tem problema nenhum para mim.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esgotado o objeto da presente sessão, está levantada a nossa sessão.

Está encerrada a sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 20 horas.

       

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