29 DE OUTUBRO DE 2019
134ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: ANALICE FERNANDES, EDNA MACEDO, DOUGLAS GARCIA,
TENENTE NASCIMENTO, GILMACI SANTOS e SEBASTIÃO SANTOS
Secretaria: EDNA MACEDO
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - ANALICE FERNANDES
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - TENENTE NASCIMENTO
Cumprimenta alunos do curso de Direito da Uninove, presentes
neste plenário. Comunica que estivera presente no Encontro Nacional dos
Militares Cristãos e Evangélicos. Disserta acerca do evento.
3 - EDNA MACEDO
Assume a Presidência.
4 - ANALICE FERNANDES
Para comunicação, faz coro ao discurso do deputado Tenente
Nascimento. Disserta acerca da 6ª Caminhada de Combate ao Câncer de Mama, em
Taboão da Serra. Afirma que a deputada federal Maria Rosa esteve presente no
ato. Discorre acerca do câncer de mama.
5 - PRESIDENTE EDNA MACEDO
Anuncia visita de alunos do curso de Direito da Uninove.
6 - TENENTE NASCIMENTO
Para comunicação, faz coro ao discurso da deputada Analice
Fernandes. Comenta que sua esposa venceu o câncer. Aconselha a população para
que faça visitas preventivas aos profissionais da Saúde.
7 - ANALICE FERNANDES
Assume a Presidência.
8 - EDNA MACEDO
Afirma que esteve presente em reunião, no município de
Sorocaba, para discutir a prevenção do câncer de mama e de colo de útero.
Prestigia a administração e os trabalhos prestados pelo Hospital Darcy Vargas.
Clama por melhorias em hospitais públicos. Lamenta o estado de saúde do
prefeito Bruno Covas, diagnosticado com câncer no aparelho digestivo.
9 - PRESIDENTE ANALICE FERNANDES
Concorda com o discurso da deputada Edna Macedo. Presta apoio
ao prefeito de São Paulo. Parabeniza a vereadora Priscila Sampaio pela
organização de passeatas em combate ao câncer de mama em Taboão da Serra.
10 - MAJOR MECCA
Parabeniza conduta do coronel Salles, comandante-geral da
Polícia Militar, durante a Conferência Internacional de Chefes de Polícias, em
Chicago. Tece críticas às iniciativas do Executivo para a Polícia Militar que,
a seu ver, não beneficiam a categoria. Acusa o governo de não reconhecer o
trabalho destes profissionais. Agradece à Associação de Oficiais, Praças e
Pensionistas por homenagem aos policiais militares. Lembra atos cívicos em
apoio aos agentes de Segurança. Cobra o reajuste salarial à categoria.
11 - THIAGO AURICCHIO
Discorre acerca da conclusão de sub-relatórios da CPI da
Furp, instalada nesta Casa. Lê e critica contrato de PPP, pela instituição.
12 - PRESIDENTE ANALICE FERNANDES
Declara apoio ao discurso de deputado Thiago Auricchio.
13 - CARLOS GIANNAZI
Prestigia os professores e os gestores da Escola Estadual
Prof.ª Maria Aparecida Verissimo Madureira Ramos, por seu projeto pedagógico.
Discorre acerca da visita da deputada Leticia Aguiar à escola, após denúncia de
ideologia de gênero. Critica a iniciativa da parlamentar, que, afirma, teria
ameaçado e filmado professores. Assevera que a deputada afrontou a autonomia
pedagógica. Afirma que trabalho de orientação sexual deve ser discutido nas
instituições.
14 - DOUGLAS GARCIA
Repudia o discurso do deputado Carlos Giannazi. Tece críticas
ao PSOL. Acusa o partido de doutrinar estudantes. Opõe-se ao estudo de
orientação sexual em escolas. Comenta que manifestantes, contrários ao aborto,
estão acampados em frente ao Hospital Pérola Byington há 40 dias. Afirma que a
imprensa adota uma postura parcial em relação ao tema. Afirma que a deputada federal
Sâmia Bomfim tem propagado informações falsas em suas redes sociais acerca do
ato.
GRANDE EXPEDIENTE
15 - DOUGLAS GARCIA
Pelo art. 82, acusa militantes de esquerda de incentivar a
violência contra conservadores nas redes sociais. Defende os manifestantes
pró-vida, acampados em frente ao Hospital Pérola Byington, criticados pela
deputada federal Sâmia Bomfim.
16 - TENENTE NASCIMENTO
Comunica a realização do 19º Congresso Nacional da Umceb -
União de Militares Cristãos Evangélicos do Brasil, em Atibaia. Exibe vídeo
acerca do evento. Menciona trecho bíblico. Faz votos pelo restabelecimento da
saúde do prefeito de São Paulo, Bruno Covas.
17 - DOUGLAS GARCIA
Assume a Presidência.
18 - LETICIA AGUIAR
Comenta a realização de evento pró-vida em São José dos
Campos. Opõe-se à legalização do aborto. Cobra do governo estadual a concessão
de reajuste salarial aos policiais militares. Discorre sobre a instalação de
novos radares na Rodovia dos Tamoios. Justifica sua ida a uma escola de São
José dos Campos, para apurar uma denúncia feita a seu gabinete.
19 - MONICA DA BANCADA ATIVISTA
Combate os projetos enviados pelo governo estadual a esta
Casa. Critica manifestantes pró-vida, acampados em frente ao Hospital Pérola
Byington. Acusa o grupo de assediar mulheres que buscam auxílio no local.
Defende o direito ao aborto legal. Afirma que deverá trazer a esta Casa o
debate a respeito do tema.
20 - CARLOS CEZAR
Informa que em 31/10 é comemorada a Reforma Protestante.
Observa que uma das principais motivações do movimento foi o combate à venda de
indulgências. Discorre sobre a vida de Martinho Lutero. Tece comentários acerca
do legado do protestantismo no Brasil e no mundo. Enaltece a Igreja
Quadrangular, à qual pertence.
21 - TENENTE NASCIMENTO
Assume a Presidência.
22 - DOUGLAS GARCIA
Para comunicação, rebate o discurso da deputada Monica da
Bancada Ativista acerca do grupo pró-vida, acampado diante do Hospital Pérola
Byington.
23 - CARLOS GIANNAZI
Pelo art. 82, anuncia a visita de alunos da Unesp de
Presidente Prudente, que reivindicam maiores investimentos nos alojamentos
estudantis. Informa que apresentou emenda ao Orçamento, para que sejam feitas
reformas no local.
24 - ED THOMAS
Para comunicação, faz coro ao pronunciamento do deputado
Carlos Giannazi. Lamenta as condições enfrentadas pelos estudantes da Unesp de
Presidente Prudente.
25 - MÁRCIA LULA LIA
Pelo art. 82, concorda com os deputados Carlos Giannazi e Ed
Thomas quanto à situação da Unesp de Presidente Prudente. Lê e comenta
reportagem sobre o fechamento de indústrias por todo o Brasil. Atribui os
problemas econômicos ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. Critica o
governo Bolsonaro.
26 - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS
Para comunicação, faz votos pela recuperação do prefeito da
Capital, Bruno Covas, que se encontra internado.
27 - JANAINA PASCHOAL
Elenca e pede o apoio de seus pares a diversas emendas, de
sua autoria, ao Orçamento estadual. Afirma que as emendas tratam de assuntos do
interesse de toda a população paulista. Destaca a necessidade de destinar
recursos para o tratamento do esgoto em Guarulhos.
28 - GILMACI SANTOS
Assume a Presidência.
29 - TEONILIO BARBA LULA
Pelo art. 82, comenta defesa a trabalhadores da Ford. Tece
considerações sobre sua experiência na montadora. Informa que há impasse entre
a instituição, o governo, a Caoa e o BNDES. Lembra aprovação do PL 752/19.
Comenta emenda aglutinativa ao PL 752/19, de sua autoria, aprovada e vetada, em
parte, pelo governo estadual. Afirma que deve pleitear a derrubada do veto.
ORDEM DO DIA
30 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Convoca sessão extraordinária a ser realizada hoje, às 19
horas.
31 - GIL DINIZ
Para comunicação, afirma que o veto parcial ao PL 752/19 era
esperado.
32 - CARLÃO PIGNATARI
Para comunicação, informa que o veto parcial ao PL 752/19
deve ser derrubado.
33 - CARLÃO PIGNATARI
Solicita a suspensão da sessão até as 17 horas e 30 minutos,
por acordo de lideranças.
34 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovado
requerimento de urgência ao PL 710/19. Coloca em votação e declara aprovado
requerimento do deputado Wellington Moura, para participar da "Vigésima
Terceira Conferência Nacional da Unale", a realizar-se entre os dias 20 e
22/11, em Salvador. Coloca em votação e declara aprovado requerimento da
deputada Monica da Bancada Ativista, para representar a Assembleia Legislativa
de São Paulo no evento "A Toda Marcha: Emergência Climática, Feminismos e
Governos Locais", a realizar-se entre os dias 8 e 9/11, na cidade de
Coquimbo, no Chile. Convoca as comissões de Constituição, Justiça e Redação, e
de Finanças, Orçamento e Planejamento para uma reunião conjunta a ser realizada
hoje, às 17 horas; as comissões de Assuntos Desportivos, de Defesa dos Direitos
da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais, e de
Finanças, Orçamento e Planejamento para reunião conjunta a ser realizada hoje,
um minuto após o término da anterior; as comissões de Assuntos Desportivos, e
de Finanças, Orçamento e Planejamento, para reunião conjunta a ser realizada
hoje, um minuto após o término da anterior; e as comissões de Constituição,
Justiça e Redação, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, e de Finanças,
Orçamento e Planejamento, para uma reunião conjunta a ser realizada hoje, um
minuto após o término da anterior. Defere o pedido do deputado Carlão Pignatari
e suspende a sessão às 16h46min.
35 - SEBASTIÃO SANTOS
Assume a Presidência e reabre a sessão às 17h30min. Convoca
as comissões de Constituição, Justiça e Redação, e de Finanças, Orçamento e
Planejamento para uma reunião conjunta ser realizada hoje, às 17 horas e 40
minutos.
36 - PAULO LULA FIORILO
Solicita a suspensão da sessão por 20 minutos, por acordo de
lideranças.
37 - PRESIDENTE SEBASTIÃO SANTOS
Defere o pedido e suspende a sessão às 17h30min.
38 - GILMACI SANTOS
Assume a Presidência e reabre a sessão às 17h51min. Convoca
sessão extraordinária a ser realizada hoje, 10 minutos após o término da
primeira.
39 - VINÍCIUS CAMARINHA
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
40 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária do dia 30/10, à hora regimental, com Ordem do Dia. Lembra sessão
extraordinária a ser realizada hoje, às 19 horas. Levanta a sessão.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão a Sra. Analice
Fernandes.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
A
SRA. PRESIDENTE - ANALICE FERNANDES - PSDB - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos.
Esta Presidência dispensa a leitura da
Ata da sessão anterior e convida a nobre deputada Edna Macedo para ler a
resenha do expediente.
A
SRA. EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - Indicação, nos
termos do Art. 159 da 14a Consolidação do Regimento Interno, ao
Exmo. Sr. Governador do Estado, que determine aos órgãos competentes do Poder
Executivo para que inclua no itinerário da carreta da mamografia - programa
“Mulheres do Peito” - o município de Itapeva, de autoria do deputado Professor
Kenny.
Temos outro requerimento, que propõe um
voto de congratulações pelo aniversário do município de Cruzeiro, do deputado
Jorge Caruso.
Está lida a resenha.
A
SRA. PRESIDENTE – ANALICE FERNANDES – PSDB – Esta
deputada na Presidência agradece V. Exa., deputada Edna Macedo, pela leitura da
resenha.
E, entra na lista de oradores do
Pequeno Expediente chamando neste momento a nobre deputada Dra. Damaris Moura.
(Pausa.) Nobre deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Nobre deputado Carlos Giannazi.
(Pausa.) Nobre deputado Paulo Lula Fiorilo. (Pausa.) Nobre deputado Delegado
Olim. (Pausa.) Nobre deputada Leci Brandão. (Pausa.) Nobre deputada Professora
Bebel (Pausa.) Nobre deputado Castello Branco. (Pausa.) Nobre deputada Janaina
Paschoal. (Pausa.) Nobre deputado Coronel Telhada. (Pausa.) Nobre deputado
Jorge Wilson. (Pausa.) Nobre deputado Gil Diniz. (Pausa.) Nobre deputado
Adalberto Freitas. (Pausa.) Nobre deputado Douglas Garcia. (Pausa.)
Entrando, agora, na Lista Suplementar,
chamo neste momento o deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Nobre deputado Ricardo
Madalena. (Pausa.) Nobre deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Nobre deputado
Tenente Nascimento. Deputado Tenente Nascimento vai fazer uso da palavra. Este
é o horário do Pequeno Expediente, onde cada deputado tem a liberdade de
tergiversarem entre vários itens.
E, neste momento, o deputado Tenente
Nascimento tem a palavra pelo tempo regimental de cinco minutos.
O
SR. TENENTE NASCIMENTO – PSL –
SEM REVISÃO DO ORADOR – Senhoras e senhores, uma boa tarde a todos, a você que
nos assiste pela TV Alesp, que nos dão esse prazer imenso e também, Sra.
Presidente, hoje nós temos o privilégio de ter a presidente e a secretária, as
mulheres que fazem a diferença nesta Casa; sem vocês, nada somos.
Quero tomar a
tribuna para falar do nosso evento, que nós tivemos. Quero, também, aqui,
tivemos, no fim de semana passado, e também temos aqui, alunos da Uninove, né?
Nossos companheiros lá da Uninove, que estão aqui prestigiando esta Casa.
Eu quero dizer
a vocês que são muito bem-vindos; e, que façam desta Casa a casa de vocês; que
não fique só nesta visita, mas que venham, sim, participar, atuar e saber como
são os trabalhos nesta Casa de Leis.
Que são futuros
acadêmicos, que são acadêmicos de direito hoje, futuros advogados,
procuradores, juízes. Então, a importância de vocês estarem aqui é muito
grande. Eu quero parabenizar em nome do Mairos, que é o nosso companheiro de
sala. Eu cumprimento todos vocês, parabenizando a Uninove, que é uma excelente
universidade, do qual tem o nível cinco hoje na Academia de Direito.
* * *
- Assume
a Presidência a Sra. Edna Macedo.
* * *
Quero também
dizer que nós estivemos no último final de semana, no evento Encontro Nacional
dos Militares Cristãos e Evangélicos. Tivemos lá a presença de mais de 1.400
participantes, dos quais esses 1.400 de todo o Brasil.
E, ali tivemos
a oportunidade, presidente, de fazer uma oração pela nossa nação. Uma oração
pelo nosso presidente Jair Messias Bolsonaro, que está em viagem representando
e mostrando ao mundo o nosso querido Brasil, a nossa querida nação.
E, ali nós
tivemos essa oportunidade e fizemos essa oração. Foi uma palestra. Foram três
dias maravilhosos. Eu levei a família, logicamente, minha esposa, meus, filhos,
netos. Foi algo maravilhoso em que tivemos oportunidade de falar, tivemos
palestras maravilhosas, pastores, enfim, os militares cristãos evangélicos de todo
o Brasil.
O que é o PMs
de Cristo? São voluntários que visitam os nossos quartéis em suas folgas, em
horários diferenciados, horário noturno, horário diurno, para levar ali ao
nosso policial militar aquela palavra de tranquilidade, levar aquele conforto,
que muitas vezes se faz necessário, porque a atividade policial militar é muito
estressante.
Ele
atende a ocorrência da desinteligência, como atende uma ocorrência de
homicídio, como atende a ocorrência de um parto. Em viaturas nossas, já tivemos
vários partos, em que a vida ali floresce realmente. Então, às vezes ele também
é um ser humano comum. Precisamos, sim, os PMs de Cristo estão em ação, através
do comando do nosso major Joel, que tem feito um excelente trabalho e sendo
vice-presidente nacional dos PMs de Cristo.
Então, eu quero aqui agradecer,
parabenizar o major Joel, o coronel Emilson, que é o presidente nacional desse
grande evento, dessa atuação dos nossos policiais, dos PMs de Cristo. Ele foi
brilhante. Saímos de lá realmente enriquecidos com as grandes falas e com
também o evento maravilhoso que foi esse.
Peço a vocês, você que está aí na sua
casa: vamos orar para a nossa Nação, vamos pedir a Deus que o nosso presidente,
que os nossos governantes conduzam da maneira melhor possível, para o nosso
povo, esta Nação tão querida que é o nosso Brasil.
Muito obrigado, presidente.
A SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Sra. Presidente, para
uma comunicação.
Primeiro, cumprimentar, aqui, o deputado
Tenente Nascimento, que faz essa solicitação para todo o povo brasileiro. Muito
sábias as palavras de Vossa Excelência. Nós precisamos mesmo que o povo do
nosso país dobre seus joelhos e clame para uma nação melhor, mais justa, e que
os nossos governantes, sim, tenham sabedoria na condução da nossa Nação.
Mas, nesse momento, aproveitando que vejo
presidindo os trabalhos, na tarde de hoje, minha querida amiga, deputada
atuante, deputada Edna Macedo, quero agradecer e cumprimentá-la, porque, nesse
sábado, deputada Edna, nós tivemos, em Taboão da Serra, a cidade onde moro, a
sexta caminhada de combate ao câncer de mama. E eu me lembro de que no ano
passado V.Exa. esteve comigo fazendo aquela caminhada.
E neste ano, nós tivemos a presença da
deputada federal, uma pessoa querida que também faz parte da mesma congregação
de V.Exa., a Igreja Universal, uma igreja que eu admiro também pela sua
trajetória, pelo seu trabalho social feito em toda a nação brasileira: nós
tivemos a deputada federal Maria Rosa. Então, foi um momento assim bastante
precioso. Inclusive, nós tivemos ali a presença de inúmeras mulheres, quase 500
mulheres nesta caminhada na conscientização de que, realmente, o câncer de
mama, quando é detectado precocemente, tem cura. O Ministério da Saúde tem
divulgado que 30% de nossas mulheres poderiam ter a sua morte evitada se esse
câncer tivesse sido descoberto rapidamente.
Então, é um mês em que buscamos a
conscientização, não só das mulheres, porque câncer de mama também ataca e
atinge o sexo masculino. Então, é para que todas as mulheres e os homens fiquem
atentos. É importante se conhecer; é importante se apalpar para que qualquer
eventualidade nessa área leve essa pessoa rapidamente a detectar esse problema:
no mastologista, no ginecologista.
E
atenção: as mulheres acima de 40 anos, deputado Tenente Nascimento, devem ir às
nossas unidades básicas de saúde buscar anualmente fazer a sua mamografia.
Outra coisa muito simples que todas nós deveríamos fazer, e aí peço para que os
homens também se incluam nessa missão: alimentação saudável, exercícios com
frequência, não fumar, não beber. As mulheres, que amamentem e tenham muita
preocupação e cuidado com a reposição hormonal.
Então, deputada
Edna, deputado Tenente Nascimento, como estamos no mês em que chamamos a
atenção de todo o povo brasileiro para esse problema seriíssimo que é o câncer
de mama, estamos aqui também levando essa mensagem para quem nos assiste pela
TV Assembleia, para que vá às unidades básicas de saúde e não se esqueça de fazer
a sua mamografia anualmente.
Muito obrigada
por essa oportunidade, deputada Edna Macedo.
O
SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL - Pela ordem, deputada,
se possível.
A
SRA. PRESIDENTE - EDNA MACEDO - REPUBLICANOS -
Um minutinho. Quero agradecer à deputada pelas palavras e quero registrar a
presença dos alunos do curso de direito da Uninove, da cidade de São Paulo.
Sejam todos muito bem-vindos. Com a palavra o deputado Nascimento.
O
SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL -
PARA COMUNICAÇÃO - Eu gostaria de pedir, primeiramente, que nossa fala fosse
encaminhada - as notas taquigráficas - à Uninove.
Complementando
a fala da deputada Analice, quero dizer o seguinte, uma frase muito simples,
mas bonita: “Mulher dá a vida, mulher é a vida”. E nos dá o exemplo para que
nós possamos, sim, os homens, também estar atentos a essa doença que tem
assolado a nossa Nação.
Quero dizer,
deputada Analice, que nós somos medrosos. Se tiver que fazer um exame, tomar
injeção, os homens ficam: “O que será que vai acontecer?” Têm medo de ir ao
médico. Eu digo a você, deputada Analice: parabéns por essa iniciativa, por uma
cidade que realmente se preocupa com as mulheres.
Passei por uma
situação dessas, uma situação difícil. Minha esposa, há seis anos, teve um
câncer. Nós vencemos o câncer por meio da medicina e também por meio da graça
de Deus. Mas o que a médica nos disse, a Dra. Angelita Gama, a quem quero
parabenizar, mestre na oncologia digestiva? Ela disse: “Se vocês, mulheres, se
vocês, homens também, soubessem da importância... O melhor remédio para essa
doença é, de fato, a prevenção. Vocês façam a prevenção e aqui não teremos
muito o que fazer”.
Mas,
infelizmente, quero convocar os homens: vão fazer o seu exame a partir dos 40
anos. Vão fazer o seu exame, as mulheres. Vocês, fazendo isso, a prevenção é
garantia de saúde, é segurança e é o melhor que temos a oferecer.
Muito obrigado.
Parabéns às duas mulheres que estão aqui na direção dos trabalhos hoje. Muito
obrigado, presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - EDNA MACEDO - REPUBLICANOS -
Por nada. Gostaria de pedir à nobre deputada que assuma a Presidência.
*
* *
- Assume a
Presidência a Sra. Analice Fernandes.
*
* *
A
SRA. PRESIDENTE - ANALICE FERNANDES - PSDB - Convido agora
para que faça uso da palavra por cinco minutos a deputada Edna Macedo. Tem V.
Exa. o tempo regimental de cinco minutos.
A SRA. EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra.
Presidente, nobres colegas deputados e deputadas, turma da Uninove, estudantes
da Uninove, sejam muito bem-vindos à nossa Casa. Mais uma vez, uma boa tarde.
Boa tarde a todos os assessores da direita e da esquerda e a todos vocês que
nos assistem pela TV Assembleia.
Bem,
deputada presidente Analice Fernandes, eu não pude estar lá na sua terrinha, em
Taboão, porque estava justamente em Sorocaba fazendo uma reunião com as
mulheres sobre a prevenção do câncer de mama e de colo de útero. E também
falando sobre feminicídio. Foi uma tarde muito abençoada, muito bacana, levando
sempre informação para as mulheres. Muitas vezes, as pessoas sofrem por falta
de conhecimento e isso é muito importante. Falo que é uma utilidade pública que
nós prestamos à sociedade.
Mas
eu quero também aqui agradecer ao Dr. Sérgio Sarrubbo, do Hospital Darcy
Vargas, o qual eu visitei semana passada, na quinta-feira, e fui muito bem
recebida. O Dr. Sérgio faz um trabalho com as crianças, é um hospital de alta
complexidade para crianças. Eu fiquei surpresa de ver como se trabalha,
deputada, com pouco, com pouca verba. É difícil, V. Exa. sabe que não é fácil
administrar um hospital daquele tamanho, daquela complexidade, com pouca verba.
Eu
fiquei encantada com tudo o que tem lá no hospital. Aproveitei para prestar
atenção naquelas brinquedotecas, no que eles fazem. Vou até pedir para as
pessoas que tomam refrigerante... Qualquer tampinha de garrafa PET é
aproveitada para fazer brinquedo para as crianças. Eu achei aquilo fantástico e
já me prontifiquei a guardar as tampinhas para ajudar o hospital, isso é
maravilhoso.
Então
eu gostaria até de pedir a V. Exa., deputada Analice, para, juntas, pedirmos
que deem um pouquinho mais de atenção lá para o Dr. Sérgio, para ajudar, porque
a verba está muito difícil, está muito pouca. Eu acho que o governador tem que
ter um olhar mais cuidadoso para a saúde. Infelizmente hoje os nossos hospitais
estão superlotados, e, se não tiver verba, realmente é difícil, a senhora sabe
que é difícil, principalmente em se tratando de crianças com câncer, crianças
que precisam de transplante. Enfim, fica aqui o meu apelo não só à senhora, mas
ao nosso governador.
Outra
coisa que eu quero deixar aqui registrada foi a minha tristeza em saber da
saúde do nosso prefeito Bruno Covas. Gosto muito do prefeito, uma pessoa
bacana, um jovem de 39 anos que foi fazer uma consulta, passou mal, e
descobriu-se o câncer no estômago, no meio do estômago, entre o estômago e o
esôfago. Ele nem sabia. Há doenças silenciosas das quais as pessoas não têm nem
noção.
Há
pessoas que dizem: “Eu não sinto nada, eu não vou ao médico. Pra que vou ao
médico se eu não sinto nada?”. Mas olha aí, foi uma surpresa desagradável, e eu
quero aqui pedir a todos que têm sensibilidade uma oração para que Deus possa
ter misericórdia e dar a ele longos anos de vida, porque é muito triste. Quem
já teve esse tipo de câncer ou outro tipo na família sabe como é doloroso lidar
com essa doença.
Então,
fica aqui a minha tristeza. Eu queria dizer para todos que estarei orando
sempre. Enquanto ele estiver lá, estarei orando para que Deus dê força, dê
saúde, para que ele não perca as esperanças, porque, enquanto a vida tem
fôlego, há esperança, e para Deus nada é impossível.
Muito
obrigada, Sra. Presidente, uma boa tarde.
A
SRA. PRESIDENTE - ANALICE FERNANDES - PSDB - Eu quero parabenizar
a deputada Edna Macedo por essas palavras. Ela fez um clamor aqui na tarde de
hoje pelo prefeito de São Paulo, e nós também queremos, na mesma linha, pedir
para que as pessoas façam essa intercessão sim. São Paulo é uma cidade que
realmente tem inúmeros problemas, e nós sabemos que a questão emocional, todos
os problemas, eles aceleram até processos infecciosos e doenças no organismo da
gente.
É um prefeito dedicado,
uma pessoa querida de 39 anos que nós tivemos o prazer de conhecer. Eu o
conheço desde menino, desde que o avô, Mário Covas, foi a Taboão da Serra fazer
a distribuição das casas populares. O Bruno acompanhava, era um menino, ainda
de calção, visitando a minha cidade.
Depois cresceu, e tive a
oportunidade de conviver com ele aqui por dois mandatos. Fiz a minha dobrada
com ele no interior de São Paulo, quando ele foi candidato a deputado federal,
fez um mandato maravilhoso. Trabalhou como secretário também do Meio Ambiente,
enfim, por onde Bruno passa ele deixa a sua marca e o seu trabalho fica
registrado, de pessoa séria, comprometida e muito preparada para a vida
pública.
Então, nós estamos bastante
sensibilizados com esse problema sério que foi diagnosticado. Mas, como disse,
deputada Edna Macedo, nada para Deus é impossível. Nós estaremos orando e
levando, é lógico, muita energia, através das nossas preces, para que ele possa
se recuperar.
E não cometendo nenhuma injustiça, eu
quero parabenizar, também, na tarde de hoje, a vereadora Priscila Sampaio, que
faz anualmente as caminhadas do câncer de mama na cidade de Taboão da Serra.
Eu elogiei a 6ª Caminhada, falei da
importância de tudo isso e acabei me esquecendo daquela que é a grande
protagonista de todo esse processo na minha cidade, uma brilhante parlamentar,
que luta por essa causa e é, também, ali, uma pessoa muito dedicada e
batalhadora pela saúde da cidade de Taboão da Serra.
Então, ficam aqui registrados os
parabéns à vereadora Priscila Sampaio.
Passo, neste momento, a palavra ao
nobre deputado Major Mecca, que tem, regimentalmente, o tempo de cinco minutos
para usar a nossa tribuna.
O
SR. MAJOR MECCA - PSL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sra. Presidente, integrantes da Mesa, nobres
deputados e deputadas, funcionários da Alesp que nos dão suporte ao trabalho,
amigos da galeria e a todos que nos acompanham pela TV Alesp, eu gostaria,
neste momento, de parabenizar e enaltecer a presença do nosso comandante-geral,
coronel Salles, um grande amigo que encontra-se em Chicago, na Conferência
Internacional de Chefes de Polícias.
E o coronel
Salles fez a explanação sobre o tema: a Polícia Militar e a redução de 80% dos
homicídios dolosos contra a vida no estado de São Paulo, nos últimos 20 anos.
Esses
resultados, esse trabalho, trata-se de um árduo planejamento, de uma dedicação
muito intensa dos nossos oficiais, das nossas praças, no combate ao crime em
São Paulo. E esses resultados produzidos pelas forças policiais que,
logicamente, não são somente a Polícia Militar que participa desses resultados.
A Polícia Civil, a Polícia Técnico-Científica, as Guardas Civis Metropolitanas
também têm um protagonismo muito grande nesses resultados. Além de outros
órgãos que também contribuem para isso.
Mas, diante
dessa realidade, nós não temos tempo mais para protelar uma lei orgânica que
discipline a designação de um comandante-geral, que ele seja eleito
internamente, uma lista tríplice apresentada ao governador e esse
comandante-geral tem um mandato de dois anos, podendo ser reconduzido ao cargo
por mais dois anos. Nós não podemos mais permitir que a cadeira de
comandante-geral da Polícia Militar seja utilizada ao bel prazer do governador,
ou seja, em um simples aceno ou cumprimento que desagrade o governador esse
comandante-geral não mais o é e é designado outro no outro dia.
Nós precisamos
evoluir como instituição e uma lei orgânica como essa traria muita luz,
independência e autonomia à nossa instituição Polícia Militar. Como nós também
trabalhamos e falamos muito aqui sobre o estatuto da Polícia Militar, que
disciplinaria e designaria também o tempo que o policial tem que exercer a sua
atividade operacional, que hoje são de 12 horas. É desumano um trabalho de 12
horas ininterruptas, que chegam a até 20, 24 horas. O policial tem que
trabalhar por oito horas, um turno de serviço, com instruções diárias.
Estou fazendo
essa observação, porque nosso comandante-geral teve destaque nos Estados
Unidos.
As polícias de
São Paulo produzem resultados de primeiro mundo, mas não têm o reconhecimento
de polícia de primeiro mundo. Nós sabemos que várias categorias sofrem muito
com o descaso do governo e, no entanto, a gente bate muito nessa tecla das
forças policiais, porque são homens e mulheres que estão morrendo, dando a sua
vida, derramando seu sangue para proteger o cidadão de bem. Não podemos adiar
esse aceno e esse apoio a essa categoria.
Gostaria aqui
também de agradecer as associações que nos homenagearam, a Associação de
Oficiais, Praças e Pensionistas da Polícia Militar. Muito obrigado pela
homenagem que fizeram ao trabalho que estamos levando adiante, aqui na
Assembleia Legislativa de São Paulo. Muito obrigado, Associação de Oficiais,
Praças e Pensionistas, pela homenagem a nós feita.
A Associação de
Oficiais da Polícia Militar também fez. Muitíssimo obrigado pelo reconhecimento
ao nosso trabalho. Estamos aqui justamente para dar voz ao sentimento desses
homens e mulheres. Quero mostrar aos senhores, destacaram o nosso ato cívico,
que foi levado a efeito no dia 27 de setembro, na Praça da Sé, onde juntamos
mais de 12 mil veteranos e pensionistas. As associações reconheceram esse nosso
trabalho.
No último dia
24, o governador João Doria convidou os presidentes de associação ao Palácio,
para conversarem. Isso se faz muito importante porque essa aproximação, levando
a verdade e o sentimento desses homens e mulheres, é indispensável para as
medidas que serão adotadas, principalmente a do dia 31, quinta-feira, que será
direcionado a esta Casa o reajuste salarial das forças policiais.
Estamos
aguardando e esperamos, que nada abaixo de 20% nos ajudará. Então, estamos
ansiosos aguardando a chegada desse pacote.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA PRESIDENTE - ANALICE FERNANDES - PSDB – Dando
continuidade à Lista Suplementar, chamo agora o nobre deputado Thiago
Auricchio. Tem V.Exa. o tempo regimental de cinco minutos.
O
SR. THIAGO AURICCHIO – PL – SEM
REVISÃO DO ORADOR – Boa tarde a todos, boa tarde a todas. Excelentíssimo Sr.
Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados presentes no plenário, Major Mecca,
Tenente Nascimento, Giannazi, Sra. Edna Macedo, Analice Fernandes, a todos os
presentes, telespectadores da TV Alesp, desejo a todos uma boa tarde.
Hoje tivemos a
conclusão dos sub-relatórios da CPI da Furp, instalada aqui nesta Casa, no
início dos nossos trabalhos. Foram meses intensos de trabalho, colhendo
depoimentos de várias pessoas que estiveram aqui para contribuir com essa CPI.
Quero parabenizar os outros dois sub-relatores, deputado Danilo Balas, deputada
Beth Sahão, pelo nobre relatório, pelo exemplar relatório que fizeram.
Entregaram hoje na CPI.
Foi uma
bandeira de campanha, que eu já tive no ano passado, de defender o aumento da
cesta de medicamentos, que a Furp oferecia para o nosso Estado. Então, foi um
orgulho muito grande fazer parte dessa CPI. A gente pôde entender melhor o que
vem acontecendo na Furp.
Queria deixar
algumas observações, o registro do nosso relatório que apontou uma série de coisas.
Até algumas vou
fazer questão de ler porque é muito detalhado. Deixei duas perguntas em questões.
Quero saudar também o nobre deputado Alex de Madureira, que é o relator final
da nossa CPI. Deixei a seguinte pergunta: o contrato de concessão
administrativa entre Furp e CPM foi lesivo aos cofres públicos? Sim. Era
possível perceber que ele seria lesivo e prejudicial ao Estado, quando foi
feito esse contrato? Sim. Aqui trago os 10 apontamentos que o nosso
sub-relatório deixou registrado.
Quanto ao
primeiro apontamento que quero deixar aqui é que, quando realizado o contrato
de concessão, já era previsto que a concorrência aumentaria no mercado, no
estado de São Paulo como em todo o Brasil, porque chegariam novos concorrentes,
chegariam empresas da Índia, da China. Já tinha um estudo da Fundação Getúlio
Vargas dizendo que o aumento do genérico chegaria no ano de 2013 em quase 50
por cento. No ano de 2010 já era 30% do mercado.
O medicamento
comprado já era o genérico. Então já era previsto que o preço do medicamento ia
aumentar. Um absurdo: usaram a tabela CMED. Seis meses antes da elaboração
deste contrato, para o nosso espanto, o Tribunal de Contas da União já tinha
trazido um relatório que a tabela CMED não era mais um parâmetro para a compra
de medicamentos na área pública.
Outro absurdo
que fizeram na realização deste contrato é que os valores praticados pelo
contrato de PPP não dissociariam o custo do medicamento do valor referente à
gestão, operação e manutenção da fábrica de Américo Brasiliense. O preço
cobrado pela Furp, da Secretaria de Saúde, pela compra de medicamentos, era
aquele relativo ao custo global da contratação da PPP. O que dificultou, ao
Estado, à Secretaria de Saúde, saber quanto era de fato o preço do medicamento
produzido pela Furp.
Se o ente não
sabia ao certo quanto era o preço do medicamento, como poderia exercer a
cláusula de preferência exposta no contrato? Outro absurdo, um erro primário
que cometeram nesse contrato, na elaboração dele, que essas coisas a gente não
tem como deixar de falar, pelo absurdo tão grande que é: o contrato de PPP
expressamente constou que os valores da remuneração seriam sempre corrigidos
para cima, independente do movimento de mercado.
Ou seja: quando
tenho uma concorrência alta, o preço diminui. Infelizmente, o preço que a CPM
cobrava, ele só aumentava anualmente.
Outra quinta
observação que fiz: o contrato de PPP não foi confeccionado prevendo ganho de
escala. Então se a secretaria comprasse um medicamento ou 1 milhão, ela pagaria
o mesmo preço.
Isso é um
absurdo. Se a gente for numa concessionária da Volkswagen e comprar um Gol ou
30, obviamente que o preço dos 30 Gols será muito menor. A sexta observação,
vou ser mais breve para poder finalizar: em que pese o mercado de medicamentos
ser muito dinâmico, todo ano tem uma medicação nova. Todo ano os laboratórios,
com os estudos, trazem um novo medicamento.
E a cesta de
medicamentos que a CPM oferecia, os 96 medicamentos, essa cesta era muito
engessada para a secretaria e a Furp conseguir trocar. Era 10% ao ano. E quando
realizaram a PPP, passou um ano, metade dos medicamentos já não tinha mais serventia
para o Estado. Então, ou seja, a metade já estava comprometida.
Também, um
relatório da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e
Financeiras, a Fipecafi, encomendada pela Companhia Paulista de Parcerias, que
é um órgão do Governo do Estado ligado à Secretaria de Fazenda e Planejamento,
apontou que a CPM obteve ganho financeiro devido à não realização dos
investimentos que foram acordados no contrato de PPP.
Em que pese a
oitava observação, o contrato da PPP não apontou que o investimento em registro
deveria ser na modalidade clone. E sim, tendo que ser o registro ordinário.
Pois constava no projeto de parceria, formulado em agosto de 2011, que uma das
vantagens do acordo seria a transferência de tecnologia que o negócio traria.
Se falarmos de transferência de tecnologia, falamos em registro ordinário, pois
esse sim passaria a ser uma titularidade para a Furp.
Nona
observação: a secretaria de diretoria geral do Tribunal de Contas apontou -
ainda não há um relatório final do conselheiro Dimas Ramalho – que, segundo
essa equipe de fiscalização, pode ter havido cláusulas de cunho restritivo à
competitividade, na medida em que apenas uma empresa participou do pleito,
dentre um universo de 75 que retiraram o edital.
E essa aqui,
não por ser a última, mas é a mais chocante e que chamou muito a atenção de
todos na colheita de depoimentos na CPI: a possibilidade de invalidação... É
até uma tese da deputada Janaina Paschoal, com quem conversei muito para
elaborar esse relatório. Se forem aprofundadas as investigações e comprovarem
uma ligação entre a PPP e os repasses financeiros recebidos pelas empresas que
continham, como sócio, o então secretário Giovanni Guido Cerri, pois teria
ocorrido, em tese, desvio de finalidade na constituição administrativa... Ou
seja, o processo de contratação da parceria poderia ter sido realizado para
satisfazer finalidade alheia ao interesse público.
Eu coloquei
aqui, nos meus encaminhamentos: encaminhar esse sub-relatório, Tenente
Nascimento, para que se continuem as investigações, porque a CPI tem um tempo
muito curto. Então, acho que ainda tem muita coisa a ser desvendada, a ser
descoberta. E eu fiz esse encaminhamento à Polícia Civil, ao Ministério
Público, à Polícia Federal; a todos os órgãos de controle capazes de aprofundar
essa investigação.
Novamente, eu
queria agradecer a todos os deputados que participaram dessa CPI. Eu espero que
o nobre relatório do deputado Alex de Madureira venha com uma sensibilidade,
também, de a gente achar uma solução para esse fato que, infelizmente, vem
acontecendo no nosso estado.
Obrigado.
A
SRA. PRESIDENTE - ANALICE FERNANDES - PSDB - Parabéns por
suas palavras, deputado Thiago Auricchio. Nós temos mesmo que nos debruçar
sobre o relatório dessa empresa, da Furp, e trabalhar seriamente para verificar
essa questão, porque tem alguns medicamentos, deputado, que realmente o único
laboratório que pratica e que faz é a Furp. Então, nós temos que ter muito zelo
nessa questão de acabarmos vendendo essa empresa que é tão importante para São
Paulo.
Com a palavra o deputado Carlos
Giannazi. Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Deputada Analice Fernandes, Srs. Deputados, Sras.
Deputadas, público aqui presente, telespectador da TV Assembleia.
Primeiramente, eu gostaria, deputada Analice Fernandes, presidente em exercício
dessa sessão, de manifestar o nosso total apoio e parabenizar os professores e
a gestão da Escola Estadual Professora Maria Aparecida Verissimo Madureira
Ramos, uma escola de São José dos Campos que tem um projeto pedagógico muito
importante. É um grupo de professoras, professores e também um quadro de apoio
escolar. Um grupo dedicado.
Eu quero
parabenizar e apoiar o projeto pedagógico da escola, sobretudo apoiar a gestão
que está sendo feita agora pela professora Ana Lúcia, que é a vice-diretora da
escola, substituindo a diretora em férias. E ao mesmo tempo dizer que nós recebemos
uma denúncia gravíssima, deputados e deputadas, de que na semana passada uma
deputada estadual, deputada Leticia Aguiar, foi até a escola para acompanhar
uma denúncia de que a escola estaria praticando ideologia de gênero no projeto
pedagógico.
Na verdade, ela
foi pautada por esse movimento do Miguel Nagib, o “Escola sem Partido”, que tem
um site, onde apareceu a denúncia, e a deputada foi averiguar. Até aí, tudo
bem. Qualquer deputado pode visitar escolas, equipamentos públicos, conversar
com os servidores, apurar denúncias; é o que todos nós fazemos. Acontece que a
deputada Leticia Aguiar foi até a sala da diretora, ela foi recebida pela
diretora em exercício, a professora Ana Lúcia a recebeu, só que ela foi
recebida já com... não só pela... ela foi recebida, a deputada, juntamente com
o seu assessor, mas o assessor estava filmando, fazendo uma filmagem de toda a
conversa, o que era desnecessário.
Se uma pessoa
vai averiguar, vai conversar, então ela não pode entrar já filmando a diretora.
É um absurdo total, uma falta de respeito à diretora da escola. E, tudo ali era
transmitido ao vivo, me parece. Enfim, isso já foi grave, até porque a diretora
foi firme e pediu para que ela não filmasse, não gravasse aquilo, porque ela
estava prestando um esclarecimento, e achou estranho que uma deputada entrasse
na sua sala já filmando.
Então, já
começou por aí. A diretora se sentiu assediada, e com razão; se sentiu
intimidada e constrangida. Mas, não bastando isso, depois a deputada a ameaçou:
disse que iria tirar o trabalho pedagógico que os alunos tinham feito, e esse
material estava num mural.
Ou seja, a
deputada chamou a Polícia Militar, tinha uma equipe da Polícia Militar
esperando a deputada. Eu fiquei chocado, porque isso está no vídeo. É só entrar
no Facebook da deputada e as pessoas vão ter acesso ao que aconteceu numa
escola estadual.
Então, ela
ameaçou retirar o trabalho pedagógico das crianças que estava no mural da
escola. Só não conseguiu isso porque o material não estava mais lá. E, tinha o
apoio da polícia, ainda. É um absurdo total. Isso é abuso de autoridade, nós
não podemos permitir.
A escola está
revoltada com a deputada, com essa atitude da deputada; foi uma atitude
totalmente infeliz que agrediu frontalmente a autonomia pedagógica. Porque não
é função de um deputado ou de uma deputada fiscalizar o projeto pedagógico da
escola. É para isso que temos gestão pedagógica, gestão escolar, diretoria de
ensino, supervisão escolar, Secretaria da Educação e Conselho Estadual da
Educação.
Nós temos todo o
aparato, temos mecanismos, de supervisão e acompanhamento das atividades
pedagógicas da rede estadual. Um deputado não pode entrar e fazer esse tipo de
coisa: assediar, filmar professor, diretor, ameaçar, retirar material
pedagógico.
Não é só porque
não concorda com aquilo. É um absurdo total. Nós, professores da rede estadual,
nós, profissionais da Educação, estamos indignados com isso. E, nós estamos
prestando toda a solidariedade à escola, que está totalmente revoltada, e com
razão, com esse tipo de atitude. Que a Assembleia Legislativa oriente aqui,
tome providências em relação aos novos deputados, explicando que deputado não é
supervisor de ensino.
Pode conversar
até com os professores, conversar. Não tem o direito de entrar numa sala, numa
direção de escola, filmando uma diretora de escola, uma educadora, ameaçar
retirar o trabalho pedagógico porque não concorda, falando que aquilo é
ideologia de gênero: um absurdo total.
A escola faz um
trabalho de orientação sexual. Isso é importante, tanto é que o Estado, quando
distribuiu as suas apostilas, tinha esse conteúdo, e o Doria, o governador,
pediu para retirar o material; mas, imediatamente, o próprio Ministério Público
entrou com uma ação e ganhou na Justiça, e o Estado teve que devolver as
apostilas, porque está, inclusive, no currículo do estado.
É um absurdo
isso. A escola tem que debater, sim, orientação sexual. Até porque não só nos
tópicos relacionados à questão de doenças sexualmente transmissíveis, mas
também a prevenção da gravidez é importante. E, também, até de combate à
homofobia, à transfobia.
O Brasil hoje
criminalizou a homofobia e a transfobia; recentemente, o Supremo Tribunal
Federal considerou, considera, crime a homofobia e a transfobia. É disso que se
trata orientação sexual nas escolas.
Mas,
distorceram tudo, e criaram esse movimento Escola Sem Partido, criou ideologia
de gênero, justamente para introduzir a mordaça e a censura nas escolas. É um
ataque frontal à autonomia das escolas e aos professores. Nós não vamos
permitir isso. Todo o apoio aos professores e à direção da Escola Professora
Maria Aparecida Veríssimo Madureira Ramos. E nós vamos tomar providências em
relação a isso.
Muito
obrigado, deputada Analice Fernandes.
A
SRA. PRESIDENTE - ANALICE FERNANDES - PSDB - Com a palavra o
deputado Douglas Garcia, pelo tempo regimental de cinco minutos.
O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, Sra.
Presidente.
O deputado Carlos Giannazi fugiu, mas eu
vou falar. Ele disse: “a Assembleia Legislativa precisa tomar providências
contra os novos deputados".
Quem V.Exa. pensa que é para ficar metendo
o bedelho no mandato dos outros? O senhor coloque-se no seu lugar, deputado.
Não é porque o senhor é de uma legislatura anterior que tem que ficar mediando
o que o deputado tem que fazer, o que não deve fazer. O partido de V.Exa., que
é o PSOL, é o que mais entra nas escolas, e antes fosse para fiscalizar
qualquer coisa. Mentira.
Os senhores invadem as escolas única e
exclusivamente para ficar doutrinando os nossos alunos e descendo goela abaixo
deles que a reforma da Previdência é ruim, o pacote anticrime vai contra os
pobres, Bolsonaro é fascista, blá blá blá blá blá blá, como, inclusive, a
deputada federal Sâmia Bomfim, que daqui a pouquinho, é a que mais faz isso.
O senhor não tem a menor vergonha de subir
a esta tribuna e dizer que a Assembleia tem que fiscalizar mandato alheio. A
ideologia de gênero foi repudiada em todos os municípios paulistas, em todas as
câmaras municipais do nosso Brasil, inclusive.
Não teve uma. Lave sua boca antes de falar
de qualquer deputado do PSL, porque o senhor não tem moral nenhuma para falar
sobre isso, principalmente contra mulheres, só lembrando aqui que o senhor foi
um dos deputados que agrediu uma mulher aqui na Assembleia Legislativa, no
final do ano passado. E eu vou lembrar disso nos próximos quatro anos. Então, é
melhor já ir se acostumando.
Senhores, é com muita tristeza que eu subo
a esta tribuna para falar a respeito do que aconteceu nos últimos dias. Existe
um grupo Pró-Vida acampado em frente ao Hospital Pérola Byington, nesse exato
momento, 40 dias pela vida. E esse grupo Pró-Vida está agora, nesse exato
momento, lutando contra o aborto. A imprensa, de forma completamente parcial,
divulgou que esse grupo estava na porta do hospital constrangendo as mulheres
que são vítimas de estupro.
Ora, não bastasse a imprensa mentir, o que
nós temos também para representar, inclusive, o estado de São Paulo, fazendo a
gente passar vergonha, uma vergonha: a deputada federal Sâmia Bomfim, do
partido do deputado que me antecedeu, publicando em suas redes sociais, disse o
seguinte: “Acerca de um mês, o movimento que se declara antiaborto se mobiliza
para ficar na porta do Hospital Pérola Byington para constranger pacientes.”
Esses "manifestantes" foram
autorizados a montar essa banquinha fascista. Foi isso que ela colocou. Vou
pedir para que a câmera da TV Alesp foque aqui. Olhe, foi isso que ela colocou
para não ficar só nas minhas palavras. Ela chamou o pessoal que está lá em
frente ao Hospital Pérola Byington de fascistas, a galera que está se
organizando, de forma pacífica, para ficar em frente ao hospital lutando contra
o aborto.
Gostaria de começar o meu discurso dizendo
que deputada federal Sâmia Bonfim é uma mentirosa, mau caráter, mentirosa,
porque eles não estão na porta do hospital; eles estão do outro lado da avenida
com a sua banca estabelecida, e de forma pacífica lutando contra o aborto,
constrangendo absolutamente ninguém. O que aconteceu recentemente foi que uma
pessoa que se sentiu incomodada, que estava do outro lado da avenida, foi até a
banquinha e resolveu fazer um escândalo. Foi isso o que aconteceu. E,
infelizmente, o pessoal que estava lá lutando contra o aborto foi agredido.
Então,
a Sra. Sâmia Bomfim, deputada federal, inclusive espalhando fake news, deveria
ser chamada para ir lá na CPMI da Fake News para dizer o porquê que ela está
espalhando esse tipo de informação aqui nas redes sociais, quando não passa de
uma mentira. A senhora, que gosta de forma demasiada de se alimentar, poderia
pelo menos ingerir um pouco de vergonha na cara. É um verdadeiro absurdo que
nossos deputados, que representam o povo, estejam inventando isso.
E é claro, só
para não ficar nas minhas palavras, eu trouxe também alguns impactos que traz o
discurso da deputada federal Sâmia Bomfim. Sabem por quê? Porque diante desse
anúncio que ela fez, algumas pessoas “paz e amor” da esquerda em geral disseram
o seguinte: “Nós precisamos responder com a mesma energia que esses grupos têm
agido. Logo menos, estarão entrando nas clínicas e coagindo os trabalhadores e
pacientes.”
O
SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL - Sra. Presidente, para
indicar o deputado Douglas Garcia, pelo Art. 82, para continuar.
A
SRA. PRESIDENTE - ANALICE FERNANDES - PSDB - Deputado, eu
preciso dar como encerrado o Pequeno Expediente. Neste momento, o dou por
encerrado.
*
* *
- Passa-se ao
GRANDE
EXPEDIENTE
*
* *
A
SRA. PRESIDENTE - ANALICE FERNANDES - PSDB - Pela ordem,
deputado Tenente Nascimento.
O
SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL - Para indicar o
deputado Douglas Garcia para continuar pelo Art. 82.
A
SRA. PRESIDENTE - ANALICE FERNANDES - PSDB - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. Tem a palavra por mais cinco minutos o deputado
Douglas Garcia.
O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - PELO ART. 82 - As consequências
do discurso da deputada federal Sâmia Bomfim são isso daqui, um bando de
intolerantes espalhando nas redes sociais o seguinte: “Nós precisamos responder
com a mesma energia que esses grupos têm agido. Logo menos, eles estarão
entrando na clínica e coagindo trabalhadores e pacientes”.
Prestem
atenção: “Um molotov nessa barraca cairia bem”. E o outro vai lá e comenta:
“Qualquer coisa, me chamem”. E o último vai lá e manda o seguinte: “Minha
vontade é essa, tacar um molotov”. E vejam só que absurdo: “Mas esse é o mais
provável eu ser responsabilizado do que essa raça”.
Está
reclamando, dizendo que, se tacar um coquetel molotov, vai ser
responsabilizado. Olha só, quer dizer então que eles incentivam a violência, se
preparam para violência e, quando cometem a violência, reclamam porque foram
responsabilizados. Ah, pelo amor de Deus.
Tivemos aí uma
marcha de antifascistas que não passam de fascistas neste final de semana e um
deles incentivou a visitarem o Hospital Pérola Byington, onde está acampado
aquele grupo Pró-Vida, para fazer o quê? Para descer a porrada em todo mundo.
Fica registrado aqui, desta tribuna, no dia de hoje: se acontecer alguma coisa
com os manifestantes pró-vida que estão do outro lado da avenida do Hospital Pérola
Byington, qualquer coisa que seja, os responsáveis serão, sim, todos os
parlamentares, principalmente do PSOL, que incentivam esse discurso de ódio.
Fica aqui
registrado que, se qualquer coisa acontecer com aquelas pessoas que estão se
manifestando de forma pacífica, a responsabilidade - já que gostam tanto de
falar de corresponsabilidade - será direta do Partido Socialismo e Liberdade
que, através dos seus parlamentares, está incentivando discursos de ódio contra
aqueles que se posicionam contra o aborto.
Quando você
chama um grupo de “fascista”, “fascista” é uma palavra muito pesada. Os
senhores utilizam essa palavra sem saber do que se trata. Quando você chama
alguém de fascista, é equivalente a chamá-la de nazista, é equivalente a
chamá-la de comunista, é equivalente a chamá-la de uma pessoa que apoia o
genocídio, que apoia o assassinato, que apoia, sim, essa degradação que,
infelizmente, tem sido feita no nosso Brasil.
Então,
senhores, eu gostaria, Sra. Presidente, que minhas palavras fossem encaminhadas,
através das notas taquigráficas, à Secretaria de Segurança Pública do Estado de
São Paulo, porque, mais uma vez, eu repito: se algo acontecer com esses
manifestantes, será, sim, culpa direta da deputada federal Sâmia Bomfim e
também do PSOL, que estão incentivando discursos de ódio contra as pessoas que
estão lutando contra o aborto.
Não bastasse
Adélio Bispo, que é ex-militante do PSOL, ter feito o que fez... Quase
assassinou o presidente da República, então candidato e deputado federal Jair
Bolsonaro, com uma facada. Através desses discursos, é de tanto os senhores nos
chamarem de fascistas, mesmo sem nós sermos, é de tanto os senhores nos
chamarem de nazistas, mesmo sem nós sermos, é de tanto os senhores utilizarem
palavras como “homofóbicos”, “nazistas”, “fascistas”, “taxistas”, “tenistas” e
tudo quanto podem, é que é alimentado esse discurso de ódio contra o pessoal
conservador, que luta pela vida e que, de forma democrática, está lá, se
arriscando, porque, infelizmente, em nosso país, temos pessoas que são
intolerantes o suficiente para que, de forma completamente irresponsável,
convoque, indiretamente, uma militância a ir lá, no hospital, para descer a
porrada em todo mundo.
Eu quero saber,
se algo acontecer com esses manifestantes, quem do PSOL vai vir aqui repudiar a
violência. Porque eles sempre se dizem contra a violência. Eles sempre dizem
que são contra a intolerância, mas são os que mais pregam a intolerância. São
os que mais pregam a violência.
As pessoas que
estão agora, nesse exato momento, em frente ao Hospital Pérola Byington, 40
dias pela vida, estão correndo riscos, sim. Estão correndo risco físico graças
aos discursos completamente intolerantes por parte dessa esquerda que não
aceita o contraditório, que não aceita a democracia. Vida sim, aborto nunca.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - ANALICE FERNANDES - PSDB - Por permuta de
tempo, chamo, neste momento, o deputado Tenente Nascimento, que permuta com a
deputada Valeria Bolsonaro. Com a palavra o Tenente Nascimento, por dez
minutos.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Douglas
Garcia.
*
* *
O
SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Senhoras e senhores, nossos companheiros, nossos
assessores, Polícia Militar, estamos aqui, mais uma vez.
Eu volto a esta
tribuna para confirmar e falar, ainda, do nosso evento, que nós tivemos no
último final de semana, que foi o 19º Congresso Nacional da Umceb, União dos
Militares Cristãos Evangélicos do Brasil, realizado no município de Atibaia.
O evento reuniu
várias lideranças evangélicas, entre outros, de outros países, tais como Daniel
Pandi, líder do movimento de oração da Indonésia; Ruth Ruibal, escritora cristã
da Colômbia; e dos pastores Silas Malafaia, Jonas Neves e João Staub.
Eu queria
parabenizar aqui o coronel Emilson Carlos de Souza, presidente da Umceb, e o
pastor major Joel Rocha, vice-presidente da Umceb, pela realização desse
evento. Major Joel que serve, hoje, na Secretaria de Segurança Pública.
Quero destacar,
também, o trabalho realizado pelos capelães militares. Eles têm feito aquela
palavra amiga aos nossos policiais em nossos eventos. Em nossos quartéis,
melhor dizendo.
Como cristãos,
devemos, sim, orar por todas as autoridades. E abro um parêntese aqui. Já foi
dito aqui nesta tribuna, já foi pedido, e quero pedir a você, mais uma vez,
você que está aí do outro lado da telinha, temos que orar, sim, pelas nossas
autoridades. Orar, sim, por aquele jovem, o nosso jovem prefeito Bruno Covas,
que está acometido por esta enfermidade.
O que devemos
fazer é orar pela mãe dele, Dona Renata, com a qual fizemos contato e ela
passou uma luta muito grande por ocasião do seu pai, o governador, nosso grande
governador Covas. E agora o seu filho.
Então, é uma
mãe que precisa das suas orações e de um filho que se encontra enfermo. Então,
quero aqui que passe um vídeo de alguns momentos que nós passamos naquele nosso
grande encontro dos militares cristãos.
* * *
- É exibido
vídeo.
* * *
Agradeço essa
oportunidade que tivemos, de participar desse evento. Quero terminar com o
Salmo 33, verso 12, que diz: “Feliz a nação cujo deus é o Senhor; e o povo o
qual escolheu por herança.
Muito obrigado,
presidente. Muito obrigado a todos vocês que nos acompanham pela TV Alesp.
O
SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PSL - Agradeço o
nobre deputado.
Continuando a lista dos oradores
inscritos no Grande Expediente. Nobre deputado Delegado Olim. (Pausa.) Nobre
deputado Agente Federal Danilo Balas, que por permuta cede a palavra à deputada
Leticia Aguiar. Por cessão.
A
SRA. LETICIA AGUIAR - PSL –
Boa tarde a todos. Boa tarde a todos que nos acompanham aqui no plenário. Boa
tarde, Sr. Presidente, deputados, a todos que nos acompanham também pela TV
Assembleia.
Eu gostaria de
trazer alguns temas recentes. O primeiro deles, eu gostaria de, mais uma vez,
agradecer a população São José dos Campos.
Na data de
ontem, segunda-feira, dia 28 de outubro de 2019, realizamos um evento pró-vida
em São José dos Campos, o “Elas pela Vida”, que contou com a presença da
deputada doutora Janaina Paschoal. Ela trouxe argumentos bastante técnicos em
defesa da vida, que precisam ser pontuados, até para ser uma justificativa contra
a legalização do aborto no Brasil, que está em tramitação no STF.
Temos que estar
atentos a essa possibilidade e nos unir no sentido de que o aborto não seja
legalizado no País. Que o SUS não financie um crime. Precisamos que o dinheiro
do pagador de imposto, o dinheiro do contribuinte, financie a Saúde, a vida, e
não a morte. Então, mais uma vez, o meu muito obrigada a todos que nos
prestigiaram ontem.
O evento foi
lindo, brilhante, bonito e muito especial, em prol da Associação Guadalupe, que
é uma associação de São José dos Campos que cuida de gestante em situação de
vulnerabilidade, que pensam em abortar. A Associação Guadalupe já salvou mais
de 5 mil bebês do aborto. Fica o nosso reconhecimento a essa importante entidade.
Eu gostaria de
vir, também, a esta tribuna para falar a respeito do reajuste dos nossos
policiais. Aonde andamos, por onde passamos, os policiais estão perguntando:
“Governador, o senhor vai cumprir a sua palavra?” Estou vindo à tribuna para
perguntar: Governador, o senhor vai cumprir a sua palavra?
Queremos que o
senhor cumpra a sua palavra e traga esse reajuste para as polícias. Não é
possível que a gente espere. O prazo é 31 de outubro. Trinta e um de outubro já
está chegando e a gente, ainda, não tem nada nesta Casa, à respeito desse tema.
Estamos ansiosamente aguardando e cobrando. Estou, realmente, ansiosa para
votar “sim” por esse reajuste, que é mais do que merecido, justo.
Eu gostaria de
aproveitar a ocasião, aqui na tribuna, e falar à respeito da Rodovia dos
Tamoios, que liga ao litoral norte de São Paulo. Provavelmente, vocês já devem
ter passado para ir lá curtir uma praia com a família, passar o Natal, o Réveillon,
em Caraguatatuba, Ubatuba, São Sebastião, Ilhabela, que são as cidades do nosso
litoral norte. Essa rodovia é muito utilizada.
E, hoje, a
imprensa noticiou uma informação de que a Rodovia dos Tamoios está recebendo
quatro novos radares. E aí, quando a gente fala de radar, no Brasil,
automaticamente, a população associa já ao caça-níquel, à fábrica de multas,
que não tem aquele objetivo de educar, mas, sim, de arrecadar.
Quando eu
recebi essa notícia, via imprensa, entrei em contato com o órgão competente,
que faz a gestão desses equipamentos - o DER -, para verificar se seriam
radares de velocidade. Eles me explicaram que os radares têm outra finalidade:
detectar, por meio da leitura das placas, se um veículo que transita pela
Rodovia dos Tamoios está com alguma irregularidade. Pode ser irregularidade de
impostos: IPVA, licenciamento; mas, também, algum alerta criminal, como ser um
veículo produto de furto, ou de roubo, o que garante mais segurança para os
usuários da via.
Estamos
alertando, mais uma vez, à população que estamos atentos. Chega de radares. O
presidente Bolsonaro fez uma recomendação ao seu ministro da Infraestrutura, o
brilhante ministro Tarciso. Uma recomendação, no Decreto no 9.662,
para que os radares móveis e fixos das rodovias federais passem por um estudo
de real necessidade: se eles realmente precisam estar lá, se não são apenas equipamentos
para arrecadar, ou se estão ali para, de fato, garantir maior segurança,
redução da velocidade em determinados trechos.
Sabemos que
existem motoristas irresponsáveis. E, por causa disso, precisa, sim, de um
certo controle e fiscalização, mas, sem abuso. A gente quer, sim, que o usuário
seja orientado. Punido, caso faça alguma coisa de errado. Mas, o Estado não
pode fazer um abuso no sentido de arrecadar mais e mais dinheiro do
contribuinte, que já paga tanto imposto no Brasil e não aguenta mais ser
sangrado.
E, ainda
falando um pouco da Tamoios, quero mandar um abraço a um grande amigo meu, que
trabalha na Rodovia dos Tamoios, o policial militar rodoviário estadual cabo
Matsumoto. Um grande abraço. E, em nome dele, mando um abraço a todos os demais
policiais rodoviários de São Paulo e do Brasil.
Por fim, eu
gostaria de falar à respeito do deputado Carlos Giannazi. Ele me citou, nessa
tribuna, sobre a fiscalização de uma denúncia que eu recebi, sobre uma escola
estadual na minha cidade: São José dos Campos. Fui lá, como representante da
população, apoiadora do movimento “Escola Sem Partido”. Esse é um dos meus
compromissos de mandato. Sim, combater qualquer tipo de doutrinação, ideologia,
seja ela de qual for, dentro do ambiente escolar.
A verdade é que
os professores mal intencionados, nós sabemos que são uma minoria. A maioria
dos professores são professores de bem, éticos, corretos. Mas tem aquela
minoria que, sim, utiliza a audiência cativa da sua sala de aula para
influenciar os alunos a pensarem como
eles. Educação sexual é diferente de influência sexual, de você expor uma
criança a temas que intelectualmente ela não está preparada para receber.
O Brasil é
signatário da Convenção Americana de Direitos Humanos. E, lá está escrito que é
uma prerrogativa dos pais, da família, a orientação moral, sexual e religiosa
dos filhos deles. Não compete a um professor, ao ambiente escolar. Família
educa, escola ensina. Cada um no seu papel.
Fui apurar a
denúncia como representante da população paulista, deputada estadual que sou. Verifiquei,
muito respeitosamente, essa denúncia, se era verdade ou não, antes de sair
falando para todo mundo. A diretora Ana me recebeu bem. Claro, ela ficou um
pouco assustada, porque não esperava. É o fator surpresa. Se avisar antes que
eu vou apurar uma denúncia, o que vocês acham que vai acontecer? É claro que o
efeito surpresa faz parte da questão.
Estive lá, fui
recebida; tratei-a com muito respeito. Inclusive, depois, nos bastidores, ela
veio conversar comigo, também, de maneira muito respeitosa e carinhosa. A
verdade é que os professores estavam tranquilos e calmos, antes de todo esse
movimento do “Escola Sem Partido”, doutrinando à vontade, fazendo o que bem
queriam, dentro de sala de aula, impondo as suas próprias convicções deles para
os filhos dos outros.
Mas, agora,
isso acabou. O que depender de mim, utilizarei, sim, de ferramentas do meu
mandato para contribuir por uma Educação de qualidade, um ensino público de
qualidade, valorização do bom professor, boa estrutura no ambiente escolar,
bons salários para os professores; mas, é claro, a proteção e a defesa das
nossas crianças, estão acima de tudo.
A criança, lá
dentro do ambiente escolar, tem que estar protegida, e não exposta. Então, para
reforçar, aqui, continuarei fazendo as minhas visitas, apuração de denúncia que
assim eu receber, porque isso também faz parte do nosso trabalho e do mandato.
Continuaremos
em frente. Com gente a favor ou contra, o meu trabalho e a minha missão, serão
cumpridos. É o meu dever junto aos meus eleitores e às pessoas que aqui me
colocaram. Vou, sim, continuar trabalhando para orgulhá-los do voto que me
confiaram.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PSL – Agradeço,
nobre deputada.
Continuando a lista dos oradores
inscritos no Grande Expediente, gostaria de convidar o nobre deputado Enio Lula
Tatto, que, por cessão, concede a palavra à deputada Monica.
V. Exa. tem o tempo regimental de dez
minutos.
A
SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL – SEM REVISÃO DO ORADOR – Boa tarde a todos e a todas. Eu
também quero dizer à Leticia que eu queria muito votar um projeto aqui que
dissesse respeito ao bem das pessoas, ao aumento de salário para os servidores
públicos, para os policiais, que ganham uma miséria e colocam, todos os dias, a
sua vida em risco em nome de um projeto de morte que não lhe diz respeito.
Mas, não é essa
a realidade do Governo do Estado de São Paulo, que não manda para esta Casa
nenhum projeto referente à vida e ao bem-estar das pessoas; a gente só vota a
redução da máquina pública, só vota encerramento de empresa, só vota demissão
de pessoas; e, ainda tem a cara de pau, ontem, de desejar feliz Dia dos
Servidores Públicos para os servidores públicos que ele faz questão
sistematicamente de precarizar, de demitir, de colocar para fora.
Mas, não é isso
que me trouxe aqui à tribuna hoje. O que me trouxe à tribuna hoje é a
barbaridade de uma campanha chamada Vigília de 40 Dias Pela Vida e Contra o
Aborto, que se instalou na frente do Hospital Pérola Byington. Para quem não
conhece, esse é um hospital referência no atendimento dos três casos em que o
aborto é legal no Brasil: estupro, caso de risco de morte para gestantes e
fetos anencéfalos.
São esses três
casos que o Pérola Byington atende. Hoje, tem uma tenda de religiosos abordando
e assediando mulheres que buscam atendimento no hospital. Na semana passada,
uma vítima de estupro coletivo do Rio de Janeiro – porque não são todos os
hospitais que fazem esse tipo de atendimento, infelizmente. Embora todos os
ginecologistas estejam aptos, apenas hospitais referências como o Pérola
Byington podem atender – chegava ao hospital para receber atendimento e foi
abordada pelo grupo de religiosos em um momento de fragilidade emocional,
tentando convencê-la a não receber tratamento. O tratamento que ela ia buscar
era psicológico.
Era
psicológico, porque lá também é oferecido esse tipo de tratamento e de ajuda às
mulheres. O resultado foi um caso de polícia, porque a mulher foi agredida,
vítima de estupro coletivo. Saiu de lá arrastada por um mata-leão, por um dos
religiosos.
Eu estive lá
esse final de semana e encontrei crianças ajoelhadas debaixo de sol numa
calçada de pedra orando contra mulheres que iam buscar atendimento num hospital
público.
Isso é assédio,
isso é constrangimento. Nenhuma mulher vítima de estupro, de violência sexual,
deve passar por constrangimento, de nenhuma religião. E, pasmem os senhores: o
grupo Pró-Vida está instalado em frente a uma área de muitos moradores de rua –
muitos moradores de rua – com fome, com frio. Mas, eles não recebem atenção.
Quem recebe a
atenção do grupo são apenas as mulheres. Mulheres que ou desejavam ter filhos,
mas, por questão de saúde, não podem ter, ou porque passaram por um trauma
recente, por uma violência tamanha, estão ali precisando daquele serviço,
passam pelo constrangimento de alguns dogmas religiosos convocados,
infelizmente, pela ministra dos Direitos Humanos do Brasil.
Essa situação é
uma vergonha, mas também é criminosa. Eu quero dizer que o meu mandato está à
disposição, que se soma às mulheres que voluntariamente se colocam como
barreira para que as pacientes possam entrar e sair do hospital sem serem
abordadas ou tocadas pelo grupo de religiosos.
Mas,
mais do que isso: a gente vai judicializar, e a gente vai abrir aqui na
Assembleia Legislativa o debate sobre o direito ao aborto legal. Mulheres
vítimas de violência, mulheres que têm a saúde em risco e que precisam
interromper a gestação devem e podem ser atendidas no posto de saúde e no
hospital da sua cidade. Não é mais necessário que elas viajem quilômetros para
virem a São Paulo e ficarem todas à mercê de grupos fundamentalistas como esse,
que não entendem o seu momento de dor, que não entendem a sua luta e não
respeitam o seu direito à assistência à saúde, porque é disso que se trata
quando elas buscam um hospital público, conquistado na Justiça o direito a
interromper a gestação e vêm até a capital de São Paulo para isso.
Então, eu venho a esta tribuna denunciar,
mas mais do que isso, alertar, porque agora a gente vai abrir o debate e vai
tentar disputar legalmente, dentro do nosso papel de legisladora, que todas as
mulheres tenham a sua saúde atendida dentro dos seus municípios, e que não
tenham mais que viajar e serem alvos, todas juntas, de uma quadrilha, uma
quadrilha fundamentalista que as constrange sistematicamente.
Obrigada.
O
SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PSL - Continuando a lista dos
oradores inscritos no Grande Expediente, gostaria de convidar a nobre deputada
Márcia Lula Lia. (Pausa.) Nobre Deputado Sebastião Santos, que por cessão
concede a palavra ao nobre deputado Carlos Cezar.
Vossa
Excelência tem o tempo regimental de 10 minutos.
O SR. CARLOS CEZAR - PSB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente,
deputado Douglas Garcia, que preside esta sessão; Sras. Deputadas, Srs.
Deputados, público que nos acompanha aqui nas galerias da Assembleia, aqueles
que nos assistem pela rede Alesp.
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Tenente
Nascimento.
* * *
Hoje, dia 29 de outubro; na próxima
quinta-feira, dia 31 de outubro, teremos uma data para nós muito especial,
porque no dia 31 de outubro nós celebramos o Dia da Reforma, o Dia da Reforma
Protestante que aconteceu precisamente no dia 31 de outubro de 1517, ali no
início do Século XVI.
É uma reforma cultural que existia na
época, e aí a reforma protestante trouxe algo novo para o mundo religioso
daquela época. Na verdade, um monge alemão chamado Martinho Lutero, ao ler as
escrituras, ao ler a palavra de Deus, viu que estava escrito no livro de
Romanos 1:17, “que o justo viveria da fé”, e aquilo fez com que ele escrevesse
95 teses e fixasse na igreja de Wittenberg, esse monge alemão, essas 95 teses,
que na sua essência iam contra a venda de indulgências, a venda de salvação
aqui na terra.
Ele entendia que o princípio da Palavra de
Deus era de fé em fé, era aquilo que estava lá em Romanos 1:17. E ele se
levantou contra as bulas papais, aquilo que visava arrecadar dinheiro para
Roma, enriquecer Roma, e isso fez com que pessoas se levantassem contra ele.
Ele acabou sendo convocado para ir a Roma, e no caminho de Roma ele sabia que
seria morto e compôs uma música: “Castelo forte é o nosso Deus.” Seus amigos o
salvaram, fizeram com que ele fosse poupado daquela morte.
E aí ele traduz a palavra de Deus, traduz
a Bíblia para o alemão, e aquilo que poucas pessoas tinham antigamente, poucas
pessoas tinham conhecimento, a Bíblia passa a ser conhecida, interpretada,
estudada. Nascem aí os seguidores de Lutero, o luteranismo, que se desassocia
da Igreja Católica, e começa a surgir aí o protestantismo.
A
Bíblia, mais tarde, vai ser o primeiro livro impresso por Gutenberg e se torna
o maior best-seller de todos os tempos, o livro mais vendido, mais lido em todo
o mundo. E a palavra diz que o conhecimento da palavra é que liberta.
Isso faz com
que muitas nações acabem se desenvolvendo a partir do protestantismo, muitas
nações acabam crescendo com esse pensamento. Se você ouvir o hino da
Inglaterra, por exemplo, é um hino cristão. Na Inglaterra, 59% da população é
protestante, ou seja, protestaram contra a religião da época; na Nova Zelândia,
41%; na Suíça, 40% da população é protestante; nos Estados Unidos, 57% da
população é protestante; na Suécia, 87%; na Noruega, 88% da população é
protestante; na Alemanha, 43%; na Austrália, 44%; na Dinamarca, 89%; na
Finlândia, 85%; na Islândia, 94%; no Brasil, no último Censo, perto de 30%,
mais de 20% da população é protestante, é evangélica.
Aqui nesta
Casa, temos mais de uma dezena, perto de duas dezenas de deputados. Deputado
Nascimento - que, neste momento, preside esta Casa -, tenho a alegria de ser
presidente da Frente Parlamentar Evangélica, já no terceiro mandato consecutivo
aqui nesta Casa. Defendemos pautas, sim, como foi bem colocado aqui pelo
deputado Douglas Garcia, que defendem a vida. Defendemos a vida, acreditamos
nisso, acreditamos nos princípios da palavra de Deus. Vamos defender, sim,
sempre, a criança. Vamos lutar contra tudo aquilo que fere os princípios da
palavra de Deus.
Essas nações se
desenvolveram. As pessoas passaram a ser mais cultas, passaram a estudar mais,
a ler mais. E é provado que aqueles que estão no mundo religioso, nas igrejas,
leem mais, estudam mais.
Então, quero
exaltar o dia 31 de outubro como o Dia da Reforma, o dia de uma grande
conquista para o povo de Deus. Hoje, temos dezenas de milhares de denominações,
de pessoas que confessam a Jesus, que creem nas escrituras, que creem naquilo
que está escrito nos 66 livros da Palavra de Deus. Na verdade, uma coletânea de
livros. Cremos nisso.
Entendemos que,
aqui, hoje... O censo é feito de dez em dez anos. Há um crescimento acentuado,
na nossa Nação, do povo que se entrega, que conhece a verdade, que conhece a
palavra. Temos liberdade para pregar e tenho alegria aqui de representar também
uma denominação, uma das maiores deste País. Segundo o IBGE, no último Censo, perto de dois milhões de
pessoas pertencem à Igreja Quadrangular.
Chegou-se aqui,
deputado Douglas, em 1557. O primeiro culto protestante foi no século 20 e isso
aumentou em 1910, chegando algumas igrejas conhecidas, como Congregação Cristã,
igrejas protestantes, igrejas pentecostais, como Assembleia de Deus. Mais
tarde, na década de 50, surgem novas igrejas, como a Igreja Quadrangular, que chega
aqui no ano de 1951, aqui no Brasil, e algumas outras denominações que vão
surgir da década de 70 para frente, o que mostra que este movimento, que nasceu
lá atrás, que nasceu com esse homem, Martinho Lutero, no dia 31...
Na verdade,
Martinho Lutero não é exatamente a pessoa que lançou, pois precursores dele
existiram no passado, como John Huss e como os valdenses, que seguiam Pedro
Valdo. John Huss, quando morreu - ele era conhecido como Ganso -, ele dizia:
“Estão matando o Ganso, mas 100 anos depois haverá um cisne que não poderá ser
apagado, não poderá ser queimado à sua memória”. E ele estava falando e,
exatamente 102 anos depois, vem Martinho Lutero, com as 95 teses.
Então, quero
exaltar esse tempo, exaltar essa possibilidade que nós temos de ter liberdade e
de profetizar sobre essa nação. Se um dia fomos livres pela palavra, que esta
Nação continue sendo livre, que esta Nação possa ter, verdadeiramente, Deus
como Senhor, porque nós cremos que feliz, realmente, como está em Salmos 33:12:
“Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor”.
Apenas isso,
Sr. Presidente.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, eu
gostaria de utilizar a tribuna pelo Art. 82 do Regimento Interno, pela
liderança do PSOL.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PSL - É regimental.
Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.
O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL -
Para uma comunicação, Sr. Presidente? Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, apenas
para comunicar a esta Casa, diante do discurso da deputada Monica... Eu não
posso deixar de dizer que a deputada Monica mente. Ela mente e mente de forma
deslavada quando diz que o grupo Pró-Vida atacou pessoas que foram estupradas.
Ela
mente, porque nós temos um vídeo, inclusive, comprovando que aquelas pessoas
que estavam incomodadas com a presença do grupo Pró-Vida atravessaram a avenida
para poder confrontar o pessoal que estava do outro lado, para poder reclamar,
e a pessoa ficou um tanto descontrolada e partiu para a agressão. Foi quando um
homem abriu os braços para impedir que ela agredisse os manifestantes que ali
estavam.
Portanto,
a deputada Mônica mentiu quando disse que o grupo Pró-Vida estava atacando as
pessoas que foram estupradas. Ali ninguém está constrangendo absolutamente
ninguém, eles estão exercendo o seu direito à livre manifestação, que é
garantido pela Constituição da República.
Se
acaso o grupo Pró-Vida de fato fosse à porta do hospital ou abordasse alguém -
e não houve abordagem nenhuma, não houve abordagem, que fique registrado isso
aqui -, se acaso existisse esse tipo de abordagem sendo feita às pessoas que
visitam o Hospital Pérola Byington, pode ter certeza que eu vou ser a primeira
pessoa que vai subir à tribuna e reclamar, porque cada uma das pessoas têm a
sua liberdade individual de poder ir e de poder vir, de poder entrar no
hospital e de poder sair do hospital.
É
claro que a luta contra o aborto é uma luta legítima, é uma luta em que vale a
pena você ficar 40 dias acampado em frente ao Hospital Pérola Byington, mas nós
não podemos aceitar de forma alguma que haja esse tipo de contato físico, e não
houve nenhum tipo de contato físico.
Portanto,
a deputada aqui do PSOL mentiu. Não tem nenhum tipo de agressão sendo feita por
parte das pessoas que são contra o aborto, muito pelo contrário. Eles, de forma
pacífica, se manifestam hoje em frente ao Hospital Pérola Byington, e quase
estamos completando 40 dias de luta pela vida. Vida sim, aborto nunca.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PSL - Com a palavra o
deputado Carlos Giannazi, pelo Art. 82, com o tempo regimental de cinco
minutos.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, nós
estamos recebendo hoje aqui a honrosa presença dos estudantes da Unesp de
Presidente Prudente, estudantes que moram na moradia estudantil. Eles estão
conversando com os deputados de vários partidos, logicamente, trazendo aqui uma
reivindicação importante, que é investimento primeiramente na moradia
estudantil, que está totalmente degradada, precarizada.
Eu
me lembro que há dois ou três eu estive lá, fiz uma visita, e a situação já era
de calamidade pública. Eu apresentei emenda ao Orçamento, na época fiz pressão
em cima da reitoria para que houvesse uma reforma emergencial, mas nada foi
feito.
O
fato é que a situação piorou, e os estudantes que estão aqui trouxeram um
dossiê mostrando a situação de precarização da moradia estudantil. São
estudantes de várias regiões do estado de São Paulo, muitos deles, a maioria
deles, oriundos de escolas públicas, que são pertencentes às camadas populares,
à classe trabalhadora, e que estão se mantendo com muita dificuldade, sem
condições econômicas.
A
ajuda do Estado, a bolsa, é ínfima e está muito aquém de bancar as necessidades
essenciais de sobrevivência desses estudantes, e a moradia está totalmente
precarizada. Eu fiquei chocado com as fotos. Depois terei acesso às fotos
coloridas - eu já tive, na verdade -, e nós vamos mandar esse dossiê para a
reitoria. Eu fiquei chocado, porque a situação só piorou, deputada Márcia Lia,
depois que eu fui lá, dois ou três anos atrás. Vossa Excelência foi lá no ano
passado, e é deplorável o sucateamento, o abandono, a falta de investimento.
Eles
estão aqui fazendo essa reivindicação, e eu, por coincidência, já tinha
apresentado inclusive uma emenda. O Marcos me passou uma emenda que nós
apresentamos já no Orçamento para 2020, para que haja a reforma. Então é muito
importante que os deputados possam ajudar apresentando outras emendas e
pressionando a reitoria. Hoje é o último dia, é possível ainda apresentar
emendas ao Orçamento.
Conversando
com os estudantes, ficou claro para nós também que uma parte é falta de
recursos, e a outra é falta de investimento da própria reitoria e da própria
direção do campus, que tem que fazer um investimento mínimo administrativo, de
gestão, como cortar a grama. Coisas básicas de manutenção não são feitas pela
reitoria da Unesp.
A
outra parte logicamente são as reformas estruturais, que dependem de orçamento,
por isso que a nossa luta aqui é para que haja o aumento do investimento nas
nossas universidades públicas, na Unesp, na USP e na Unicamp, porque essas
universidades estaduais estão cada vez mais degradadas e sucateadas, porque há
uma redução do orçamento.
Nós estamos
debatendo isso há anos, então fica aqui o nosso apelo para que os nossos
deputados possam aprovar as nossas emendas agora, neste momento em que o
orçamento para 2020 está sendo debatido. Semana passada houve uma audiência
pública, então é o momento certo para se fazer esse debate e para apresentar e
aprovar emendas.
Mas, além de
aprovar as emendas que nós apresentamos, que os deputados também apresentem
emendas para que nós possamos ter aumento no financiamento das universidades,
porque a situação de degradação só aumenta, principalmente na Unesp, onde a
situação é muito pior.
No ano passado
não houve nem o pagamento do 13º salário. Só depois de muita luta, de muita
denúncia e de muita movimentação é que a reitoria pagou, mas comprometendo já o
orçamento deste ano. Um absurdo o que vem acontecendo com a falta de
financiamento das universidades estaduais que estão sendo, repito, sucateadas e
degradadas.
Então, todo o
nosso apoio à reivindicação de vocês. Espero que todos os deputados comprometidos
com a nossa universidade pública, que é responsável também, não só por um
ensino de qualidade, pela extensão, mas também por pesquisa. A universidade
estadual, as três universidades estaduais são responsáveis por uma boa parte
das pesquisas realizadas em todo o Brasil, em toda a América Latina. Por isso
reivindicamos mais investimento.
Agora, os
alunos não podem ser tratados dessa maneira na moradia estudantil, porque eles
não são de Presidente Prudente. Eles vêm de outras regiões do Estado e precisam
morar, precisam se alimentar. É o que nós chamamos de permanência estudantil.
Ela tem que ser financiada também. Então, fica aqui o nosso apelo aos deputados
e deputadas.
Muito obrigado,
presidente.
A
SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Gostaria de falar
pelo Art. 82, pela liderança da Minoria.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PSL - É regimental.
Tem o tempo regimental de cinco minutos.
Antes, porém, gostaria, enquanto se
dirige à tribuna, de pedir que sejam, as notas taquigráficas do meu
pronunciamento no Grande Expediente, encaminhadas ao major Joel Rocha, do PMs
de Cristo.
O
SR. ED THOMAS - PSB - Pela ordem,
presidente, peço anuência da nossa deputada Márcia Lia para uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PSL - Com a anuência
da deputada Márcia Lia, é regimental.
O
SR. ED THOMAS - PSB -
PARA COMUNICAÇÃO - Eu quero, primeiro, dar um abraço no sempre professor
Giannazi. Acompanhava, agora há pouco, o pronunciamento do deputado Giannazi no
microfone da tribuna e peço desculpas, os alunos estiveram no meu gabinete e eu
estava atendendo à cidade de Álvares Machado. Vocês até erraram o nome do
deputado, a minha secretária falou.
E eu quero me
somar ao que colocou o professor Giannazi, até porque nós temos um estado de
lástima na Unesp de Presidente Prudente e me lembro de ter tratado, ainda, no
ano que se passou, quanto à instalação de um Bom Prato dentro da própria Unesp.
Até porque, na
cidade, bem poucos admitem a ideia. Nesse instante estão admitindo, estão
pensando naqueles que mais precisam, naqueles que mais necessitam. Por quê?
Porque até a alimentação é uma dificuldade para esses alunos. E como é que se
estuda sem alimento?
Sem falar nos
alojamentos, que são deploráveis. São deploráveis. É vergonhoso. Não é
ambiente, com certeza, de uma faculdade, de alunos e de seres humanos. Então,
Giannazi, da mesma forma como você colocou no orçamento, nós fizemos e vamos
fazer outra vez.
Só vim aqui
para me somar a isso, até porque fizemos uma tratativa quanto à pista da Unesp,
de um recurso que passa de 11 milhões, que poderia ser perdido pelo governo
federal e a gente conseguiu protocolar e, ao mesmo tempo, jogar um pouco mais
para a frente. Isso a gente agradece ao governo federal que assim entendeu,
para que a Unesp não perca a pista que construiu tantos e tantos campeões.
Mas eu venho me
somar a esse manifesto do professor Giannazi e dos alunos. Sejam muito, mas
muito bem-vindos. Um respeito e um orgulho recebê-los aqui, e da maneira que
está não pode ficar. É vergonhoso. É deplorável. E aqueles que estudam não
merecem realmente passar por isso. Esse imposto, que é tirado do senhor, de
cada trabalhador do estado de São Paulo, que volta para a Educação, e precisa
voltar, e voltar com dignidade, em especial para a Unesp de Presidente
Prudente.
Obrigado,
Márcia.
A
SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - PELO
ART. 82 – Quero me somar ao deputado Carlos Gianazzi e ao deputado Ed Thomas,
porque conheço a situação. Estive lá na Unesp, com o professor Leonardo Manzano,
com outros professores, discutindo Educação do campo, discutindo algumas
questões. A gente foi visitar alguns espaços dentro da Unesp. No próximo dia 05
vamos ter uma agenda com o reitor da Unesp, Dr. Sandro Valentini, com os
estudantes da Unesp de Araraquara. E vamos colocar então, também, essa questão
dos alojamentos de vocês, ok?
O que me traz
aqui, neste momento, é a discussão grave do que saiu no último fim de semana,
no jornal "O Estado de S. Paulo": “Fechamento de indústrias em São
Paulo mostra o devastador efeito do golpe de 2016. Os dados sobre o fechamento das
indústrias, principalmente pequenas empresas no estado de São Paulo, é um
retrato da crise política forjada no País após a eleição de Dilma Rousseff
(PT), em 2014. Instigada pela grande mídia, setores do Judiciário (Lava Jato) e
setores da elite empresarial e política, o fraudulento processo de impeachment
destruiu a economia do país.”
Em 2015, tivemos o
fechamento de 1.302 indústrias. Esse ano de 2019 nós já tivemos, até agora em
agosto, 2.325 indústrias fechadas no estado de São Paulo. Os números são
impressionantes, porque comprovam que foi uma crise política e econômica
produzida por setores interessados em desestabilizar o País e o governo.
Os dados levantados
pela reportagem do “Estadão” mostram a estabilidade econômica entre 2010 e
2014, durante o governo da presidenta Dilma Rousseff. Em todos esses anos, os
números foram praticamente os mesmos, não oscilavam e se mantinham em torno de
um mil fechamentos.
A partir de 2015,
início do processo fraudulento de impeachment, há já um pequeno aumento no
número de indústrias fechadas. Saltam de 1.300, e com o governo Temer atinge
duas mil indústrias fechadas no estado de São Paulo. E agora, neste ano, até
agosto, 2.300 indústrias fechadas.
Quem é que lucra
com essa crise? Quem lucra é a elite empresarial, é a elite internacional com
as petroleiras que ficaram com o pré-sal e com boa parte da Petrobras. Quem
lucra é a elite política, que mantém os seus privilégios, a elite judicial, que
também mantém os seus privilégios, a elite da mídia, que continua tendo o bolo
orçamentário, publicitário, a elite militar, que escapou da reforma da
Previdência, e ainda recebeu um substancial aumento de soldo.
É isso, é disso que
trata esse impeachment provocado por gente inconsequente, por gente que não tem
amor ao País, por gente que queria destruir a indústria, destruir o emprego.
Hoje nós temos 14 milhões de pessoas desempregadas, e quase 30 milhões de
pessoas vivendo de subemprego. E não há perspectiva nenhuma de melhora, porque
o governo que assumiu a Presidência da República não tem um pingo de
compromisso com o projeto de Nação.
Fica preocupado em
fazer videozinhos na internet, colocando-se como um leão, um leãozinho que tem
aí as hienas no seu entorno. É um negócio ridículo. Foi risível no mundo
inteiro o que ele fez. E depois ele vem, ah, me desculpe, Supremo Tribunal
Federal, não era bem isso que eu queria fazer. Mas ele coloca uma instituição, como o Supremo Tribunal Federal,
na mesma linha de hienas que ele estabelece como sendo os seus opositores.
Então é
ridículo, não é estatura, não é postura, não é aquilo que representa – ou que
deveria representar – o presidente da República. Deveria ter, minimamente,
compromisso com a Economia e com a Educação.
O que o Brasil
está sofrendo hoje é consequência de um golpe de estado, um golpe político, que
acabou com a Economia, que acabou com os empregos, que acabou com os programas
sociais, e que está levando este País a uma crise sem precedentes, igual está
acontecendo em outros países da América Latina.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PSL – Seguindo a
lista de oradores inscritos. Queremos convidar a deputada Marta Costa. (Pausa.)
Deputada Delegada Graciela. (Pausa.) Deputado Teonilio Barba Lula. (Pausa.)
Deputado Tenente Coimbra.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL – Pela ordem, Sr.
Presidente. Por permuta, eu gostaria de utilizar o tempo do Tenente Coimbra.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PSL – É regimental.
Tem V. Exa. O tempo regimental.
O
SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PSL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Enquanto a deputada Janaina se desloca, uma breve comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PSL – É
regimental.
O
SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PSL – PARA
COMUNICAÇÃO – Na verdade, quero utilizar este espaço, independente de sigla
partidária, para desejar boa sorte. Oraremos pelo nosso prefeito, o prefeito
Bruno Covas, embora seja de outro partido. Estamos aqui na tribuna para mandar
boas energias.
É uma doença grave que ele enfrenta.
Então passo aqui para deixar boas mensagens e boas energias para a família e
para o prefeito que se encontra internado.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PSL – Apenas para que
registrem, nas notas taquigráficas, que encaminhem todas as falas durante este
expediente à assessoria do prefeito Bruno Covas.
Com a palavra, deputada Janaina
Paschoal, pelo tempo regulamentar de 10 minutos.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada,
Sr. Presidente. Uno-me ao colega Balas nesses votos de energia positiva para o
nosso prefeito e também aos demais colegas que já se manifestaram. O prefeito é
jovem e forte, e com certeza sairá desse desafio ainda mais forte do que
entrou.
Eu gostaria de
solicitar o apoio dos colegas. Hoje é o último dia para que cada um de nós
protocolize emendas à LOA, sugerindo o envio de recursos para várias regiões do
estado, para projetos e programas. Assinei, em conjunto com colegas do partido,
ou isoladamente, algumas emendas. Eu gostaria de destacar algumas delas. Porque
entendo que são emendas que, vamos dizer assim, representariam bem a Casa como
um todo. Não são emendas de uma pauta que seja minha, que seja do PSL.
Penso que sejam
emendas completamente suprapartidárias. Então peço o apoio dos colegas, em
especial aquele que vier a ser indicado como relator na LOA. Para que aprovemos
uma emenda que remaneja recursos para a instalação de cinco unidades do
restaurante Bom Prato na proximidade de hospitais públicos. Recebi esse pleito.
Conversei com colegas. Muitos colegas trazem esse pleito também.
Visitei algumas
cidades onde vereadores manifestam que seria importante. Então fizemos uma
emenda. Peço encarecidamente aos colegas que apoiem essa emenda. Porque no
final a emenda não é de “a” ou de “b”. A emenda é da Casa. A emenda é do
Estado.
Preparamos
também uma emenda para ajudar a terminar a construção do hospital que atenderá
a mulher. É o Instituto de Saúde da Mulher, em Guarulhos. É uma obra que já
está pela metade. Junto ao hospital, a Associação Beneficente Jesus, José e
Maria. É uma maternidade. Eu visitei essa maternidade. É uma maternidade
beneficente.
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Tenente
Nascimento.
* * *
Ao lado, com
dinheiro público, foi construído um prédio. O prédio está pronto. São
necessários apenas os acabamentos. Todos sabemos que obra abandonada é obra
perdida, é dinheiro jogado fora. Então preparamos uma emenda para encaminhar
recursos para terminar essa obra. Por que esse hospital é importante? Primeiro
porque as mulheres serão atendidas nas suas necessidades básicas, exames
ginecológicos, prevenção ao câncer, tratamento do câncer feminino. Mas essa
unidade também será destinada à realização de perícias das mulheres vítimas de
crimes, em especial crimes sexuais.
Nós sabemos que
essas perícias são feitas no Pérola Byington, mas a estrutura do Pérola não é
suficiente para atender toda a demanda do nosso estado. Sem contar a
dificuldade de deslocamento dessas vítimas. Então, ali em Guarulhos, esse
hospital vai ter uma localização estratégica. Eu peço encarecidamente o apoio
dos colegas para esta emenda.
Preparamos
também uma emenda aumentando o número de vagas na escola em tempo integral. O
governo tinha já uma proposta de aumento dessas vagas, mas, analisando tanto o
PPA como a LOA, pareceram vagas insuficientes, pela importância que é o ensino
em tempo integral. Então, já tínhamos feito essa emenda no PPA; agora, passamos
para a LOA. Eu peço o apoio dos colegas.
Preparamos uma
emenda também para possibilitar a reforma do Palácio da Justiça, em Santos,
onde está instalada a Polícia Civil. Houve laudos de especialistas mostrando
que há risco de desmoronamento, risco para a saúde das pessoas que trabalham
ali, para a integridade física, para as pessoas que passam na frente do
Palácio. Então, tem uma emenda também para atender a essa necessidade da
Segurança Pública.
Fizemos uma
emenda remanejando recursos para a construção de mais creches por meio das
parcerias Estado e Município. Não sei se os senhores se recordam: eu apresentei
aqui um vídeo e algumas fotos de um centro de hemodiálise que está pronto para
ser colocado em uso na cidade de Andradina, com potencial para atender a outras
tantas cidades. Nós emendamos a LOA para destinar recursos para que esse centro
seja colocado em atividade.
Também
apresentamos uma emenda... Recebemos aqui uma comitiva de promotores de Justiça
que trouxeram um problema sério no Guarujá, onde as pessoas ficam se deslocando
entre os prédios que o Ministério Público está ocupando. Dentro do orçamento do
Ministério Público, entendemos que havia recursos que poderiam ser remanejados.
Fizemos essa emenda para construção de um prédio no Guarujá para atender ao
Ministério Público e à população nas suas demandas.
Eu dei uma
entrevista para uma rádio na Baixada, e no meio da entrevista o jornalista falou:
“Doutora, a senhora não vai ajudar São Vicente com a ponte que está caindo?” E
aí eu levantei a situação da ponte, entramos em contato com o município de São
Vicente, e realmente é necessária uma obra de fôlego ali na ponte principal de
São Vicente. Nós fizemos uma emenda na LOA. Peço encarecidamente que os
colegas, sejam da área da Baixada ou não, apoiem essa emenda. Não é só uma
questão de beleza, de valorização da cidade; é uma questão de segurança.
Também
preparamos uma emenda na LOA para atender o bairro do Boqueirão Sul em Ilha
Comprida, que é um bairro que costuma ficar isolado quando chove. Não chega
água para esse bairro. Tem dificuldade também na parte de saneamento. Eles
precisam de obras para a ligação de água e também para o tratamento do esgoto.
Não é um valor tão elevado. Então, eu peço o apoio dos colegas. É uma obra
estrutural importante no bairro Boqueirão do Sul, em Ilha Comprida.
E, talvez
principalmente, eu peço atenção para a emenda que visa enviar recursos para o
programa “Se Liga na Rede”, especificamente para os moradores da cidade de
Guarulhos. Por que eu peço apoio para esta emenda? Porque, quando nós estávamos
debatendo aquele projeto referente ao empréstimo para as obras no Tietê, não
sei se os senhores recordam, eu fui visitar as obras para entender o que já
tinha sido feito e para o que aquele dinheiro seria utilizado. Eu até fiz um
relato, aqui, de que visitei o parque em São Miguel e no Itaim Paulista. Mas
nós fomos parando ao longo das margens do Tietê.
E, nesta
visita, eu recebi a informação dos técnicos de que o esgoto de Guarulhos é
praticamente não tratado. Recentemente, houve uma pequena melhora de 2% do
esgoto tratado para 12% do esgoto tratado. E nós precisaríamos tratar o esgoto
de Guarulhos. Primeiro, por uma questão básica de saneamento. O nome já diz,
“saneamento básico”, e todos os reflexos que tem na saúde.
Mas, também, e
principalmente, pela saúde do Rio Tietê. Eu tenho insistido: nenhuma obra ali,
na várzea do Tietê, vai ter impacto real na recuperação do rio se nós não
investirmos no tratamento do esgoto.
Hoje, uma das
cidades que têm maior responsabilidade pelo envio de dejetos, de esgoto, para o
Rio Tietê é Guarulhos. E, não é por culpa dos munícipes. Nós ouvimos desde
pequenos que a população tem que ser instruída, tem que ser educada: não pode
jogar lixo no rio.
Isso é uma meia
verdade, porque o que se joga mesmo é esgoto. Literalmente, fezes. Então, nós
precisamos, eu acho que é um estado, o estado mais rico da federação, um estado
que tem um papel importante, não é possível que a segunda cidade deste estado
não tenha o seu esgoto tratado.
Me parece que
esse momento de debate em torno do Orçamento seja um momento crucial para que
nós dediquemos, destinemos, recursos para tratar o esgoto de Guarulhos.
Com isso, nós
ajudaremos Guarulhos e ajudaremos o estado de São Paulo inteiro, porque isso
vai ter um impacto direto na limpeza do Rio Tietê. Todas as outras obras viram
perfumaria quando o esgoto não é tratado.
Então, eu venho
encarecidamente solicitar o apoio dos colegas para a aprovação dessas emendas;
fico à disposição para debater as emendas. Eventualmente, se algum colega
quiser entrar como coautor, não importa o partido, será bem-vindo, e se quiser
fazer algum ajuste.
O importante é
que essas iniciativas que eu considero essenciais para o povo de São Paulo
sejam apoiadas e sejam aprovadas primeiro nesta Casa e, depois, no Poder
Executivo.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
– Pela ordem, deputado.
Neste momento, encerramos, então, o
Grande Expediente. Pela ordem, deputado.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT – Para falar pelo 82.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
– Pela liderança do...
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT – PT.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
– Tem V. Exa. o tempo regimental.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT
– PELO ART. 82 – Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público que
nos acompanha aqui no plenário da TV Alesp, pessoal da PEC 02, que está ali
nessa batalha, quem nos acompanha pela TV Alesp, presidente, venho a esta
tribuna primeiro porque hoje foi um dia muito duro para mim, porque nós
iniciamos no início desse ano uma batalha em fevereiro, quando a Ford anunciou
o fechamento da fábrica em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, fábrica onde
eu trabalhei 25 anos – fui diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Ali, eu
construí uma boa parte da minha vida e uma boa parte da minha história. E,
durante um mandato do ano inteiro, nós fomos construindo um processo de
negociação, houve contatos com o governo federal, contato com o governo
municipal, contato com o governo estadual aqui no estado de São Paulo, João
Doria, encaminhamentos para ver qual era o resultado final que saía, para a
gente tentar resolver, ver se conseguia aproveitar parte dos trabalhadores da
Ford.
Houve uma
tentativa de algumas empresas de tentar comprar aquele parque industrial –
porque é um parque industrial importante: a fábrica é antiga, mas os
equipamentos são novos.
E, o final da
história: hoje foi a última assembleia na portaria da Ford. Dia 31 agora ela
encerra todas as operações de caminhões, já encerrou as operações de automóvel.
E, tem um impasse entre ela, o governo e a Caoa, que não deu ainda um acordo.
E nós estamos
lá, presidente, tentando ainda fazer esse acordo, para tentar salvar ali algo
em torno de 800 empregos. E, talvez, no futuro, a Caoa já manifestou que
gostaria de fazer um carro, alguns carros em São Bernardo e com isso pudesse
contratar mais pessoas. Infelizmente a função da questão do BNDES, um problema
empresarial da Caoa, BNDES, a Ford e o Governo do Estado de São Paulo até agora
esse problema não foi resolvido. E aqui, no dia 2 de outubro, nós debatemos um
projeto importante que discutia exatamente as montadoras aqui no estado de São
Paulo, um projeto que era do governo João Doria, o 752, que tratava... o
IncentivAuto, que eu acabei discutindo, negociando com alguns deputados, e 63
deputados acabaram assinando a emenda aglutinativa.
E
nessa emenda aglutinativa - ela foi aprovada aqui na Casa - a semana passada o
governador João Doria acabou vetando parte importante da emenda. Talvez,
deputado Gil, tenha vetado o coração da emenda. Ele vetou o § 4º da emenda e
seus demais incisos, que são três incisos, como ele não entende nada de
indústria e nem conseguiu vender a Ford.
Vamos ver o que ele vetou, o § 4º: “Fica o
Poder Executivo autorizado a dispor, mediante decreto sobre condições
diferenciadas, para concessão do desconto previsto no
§ 1º deste artigo, para projetos de
investimento que contemplem, além dos requisitos previstos no Decreto 64.130,
de 8 de março de 2019, investimento para as seguintes finalidades:
Inciso I - Ampliação ou implementação de
etapas fabris em unidades industriais localizadas no estado de São Paulo...”
O que é essa etapa fabril? É desde quando
chega a bobina de aço na fábrica. Aí se começa a fazer etapa de produção na
empresa de fabricação do carro no estado de São Paulo.
“Desde que alcançado, no mínimo, oito
etapas fabris, dentre as seguintes categorias de atividades: estampagem,
soldagem, tratamento anticorrosivo e pintura, injeção de plástico, fabricação
de motores, fabricação de caixas de câmbio e transmissão, fabricação de
sistemas de direção e suspensão, montagem de sistemas elétricos, fabricação de
sistemas de freios e eixos, montagem e revisão final de ensaios compatíveis,
montagem de chassis de carrocerias, montagem final de cabines ou carrocerias
com instalação de itens, inclusive acústicos, térmicos e de forração e de acabamento.”
Esse é o inciso I.
O II - Fica da seguinte maneira:
“Propulsão energética para emissão de gases de efeito estufa. Fica então...”
O que é propulsão veicular? O que é isso?
São as empresas, de investir no carro híbrido, o carro elétrico híbrido, e na questão
do combustível renovável. Nós somos um dos maiores produtores de combustível
limpo do mundo, que é o etanol a partir da base da cana-de-açúcar.
E o III - “Investimentos em pesquisas,
desenvolvimento, inovação tecnológica, bem como projetos de dispositivos e
serviços de ferramentarias.”
Então, o que o João Doria vetou, como ele
não conhece o projeto, como ele não conhece nada de indústria, vetou
exatamente, presidente, o coração do projeto, que eu vou tentar aqui nesta Casa
negociar com o líder do Governo, com o presidente da Assembleia para derrubar
esse veto, porque o que ele derrubou, presidente, não impõe nenhum custo para o
Estado, não impõe um real de custo. É simplesmente...
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Para conclusão, deputado.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Fazendo com que as empresas... orientem as
empresas a investir cada vez mais em energia limpa, em pesquisa,
desenvolvimento e tecnologia.
Infelizmente este é o Governo do Estado de
São Paulo que tentou ser corretor da Ford, vender a Ford e não conseguiu,
deputado Gil Diniz.
Então, eu precisava fazer aqui esse
chamamento aos deputados, aos líderes para nos ajudar a derrubar esse veto do
João Doria.
Muito obrigado, presidente.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado.
Sras.
Deputadas, Srs. Deputados, vamos
passar à Ordem do Dia.
*
* *
- Passa-se à
ORDEM DO DIA
*
* *
O
SR. GIL DINIZ - PSL - Sr. Presidente, cabe
uma breve comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Sim, só um minutinho para fazer algumas comunicações e já passo a Vossa
Excelência.
Convocação: Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do Art.
100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma sessão
extraordinária a realizar-se hoje, dez minutos após o término da presente
sessão, ou às 19 horas, caso a sessão não atinja seu tempo limite, com a
finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:
*
* *
-
NR - A Ordem do Dia para a 55a Sessão Extraordinária foi publicada
no D.O. de 30/10/2019.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Para comunicação, o deputado Gil Diniz. Tem V. Exa. o tempo regimental.
O
SR. GIL DINIZ - PSL - PARA
COMUNICAÇÃO - Rapidamente, presidente, só para questionar ao líder do Partido
dos Trabalhadores se ele não poderia imaginar que isso iria acontecer. Estava
mais do que claro, deputado Barba. Vossas Excelências já conhecem como funciona
a Casa, como funciona o poder do Palácio. Tentaram construir uma emenda
aglutinativa, mas sabendo que ele iria vetar o que não era importante para o
governador.
Fomos, tentamos
obstruir, colocamos nosso ponto de vista. Vossa Excelência tentou, junto ao
governo, fazer essa aglutinativa. Eu imagino que, pela experiência que toda a
bancada do PT e todas as bancadas de esquerda têm aqui na Casa, sabiam que o
governador não iria acatar.
Foi o que ele
fez: vetou o que o senhor colocou, o coração daquilo que o senhor entendia que
era válido. Agora, vamos ver se esse veto vem aqui para o plenário para a gente
avaliar e verificar. Da nossa parte, votamos contrariamente por entendermos que
não era um projeto bom para o estado de São Paulo.
O
SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Sr. Presidente, apenas
uma comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Tem V. Exa. o tempo regimental.
O
SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Até
entendo o discurso de oposição do deputado Gil Diniz, porque ele está confuso
dentro do seu partido, está muito confusa a história política.
Mas já tem um compromisso do deputado
Barba, feito com o líder do Governo, com o Governo de São Paulo, de a gente
derrubar esse veto assim que a gente for pautar os vetos. Acho que isso é
natural. Foi, na minha opinião... A Fazenda aceitou e houve algum equívoco.
Liguei para o Barba no dia, dizendo a ele que vamos derrubar, porque foi um
acordo feito nesta Casa.
O
SR. GIL DINIZ - PSL - É bonito ver o PT e o
PSDB juntos aqui no plenário.
O
SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Sempre juntos, PT,
PSDB, PSL, tudo o que for bom para São Paulo.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Deputados, depois os senhores podem fazer essa discussão.
O
SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Sr. Presidente,
havendo acordo de lideranças, peço a suspensão dos nossos trabalhos até as 17
horas e 30 minutos.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
É regimental. Antes, porém, temos aqui algumas convocações para serem feitas.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, há
sobre a mesa requerimento de urgência ao Projeto de lei nº 710, de 2019, de
autoria do nobre deputado Marcio da Farmácia.
Em
discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a
discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de
acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.
Há sobre a mesa requerimento do nobre
deputado Wellington Moura, com número regimental de assinaturas, nos termos do
Art. 35 do Regimento Interno, para constituição de uma comissão de
representação com a finalidade de participar da 23ª Conferência Nacional da
Unale, a realizar-se entre os dias 20 e 22 de novembro, em Salvador.
Em
discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as
Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado.
Há sobre a mesa requerimento da nobre
deputada Monica da Bancada Ativista, com número regimental de assinaturas, nos
termos do Art. 35 do Regimento Interno, para constituição de uma comissão de
representação com a finalidade de representar a Assembleia Legislativa de São
Paulo no evento “A Toda Marcha - Emergência Climática, Feminismo e Governos
Locais”, a realizar-se entre os dias 8 e 9 de novembro na cidade de Coquimbo,
no Chile.
Em votação. Os Srs. Deputados e as
Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado.
Convocação: Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do Art. 18,
inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68 do Regimento Interno, convoco
reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, Finanças,
Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 17 horas, no Salão Nobre da
Presidência, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 1.149, de 2019,
de autoria do Sr. Governador.
Nos mesmos termos, convoco V. Exas.
Para um segundo congresso de comissões, um minuto após o término do primeiro, das
seguintes comissões: Assuntos Desportivos, Defesa dos Direitos da Pessoa
Humana, Finanças, Orçamento e Planejamento, com a finalidade de apreciar o
Projeto de lei 346, de 2019, do deputado Altair Moraes, um minuto após o
término da primeira reunião.
Nos mesmos termos, convoco a terceira
reunião das seguintes comissões, um minuto após o término da segunda,
Constituição, Justiça e Redação, Assuntos Desportivos, Finanças, Orçamento e
Planejamento, para observar, debater e deliberar sobre o Projeto de lei nº 15.512,
de 2015, de autoria do nobre deputado Alexandre Pereira.
Nos mesmos termos, convoco V. Exas.
Para um quarto congresso de comissões, um minuto após o término do terceiro,
das seguintes comissões: Constituição, Justiça e Redação, Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável, Finanças, Orçamento e Planejamento, para deliberar sobre o Projeto
de lei nº 710, de 2019, de autoria do nobre deputado Marcio da Farmácia.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados,
havendo acordo de lideranças, vamos suspender os nossos trabalhos até as 17
horas e 30 minutos. Antes, porém, apenas para informar que a Comissão de
Representação da deputada Monica é sem ônus para esta Casa.
Está suspensa a sessão.
*
* *
- Suspensa às 16 horas e 46 minutos, a
sessão é às 17 horas e 30 minutos, sob a Presidência do Sr. Sebastião Santos.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - SEBASTIÃO SANTOS – REPUBLICANOS – Sras.
Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, Inciso III,
alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco
reunião conjunta da Comissão de
Constituição, Justiça e Redação, e da Comissão de Finanças, Orçamento e
Planejamento a realizar-se hoje, às 17 horas e 40 minutos, no Salão Nobre da
Presidência, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 1.149, de 2019,
de autoria do Sr. Governador.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT – Pela ordem, Sr.
Presidente. Solicito a suspensão dos trabalhos por 20 minutos.
O
SR. PRESIDENTE - SEBASTIÃO SANTOS - REPUBLICANOS - Havendo
acordo, estão suspensos os nossos trabalhos até as 17 horas e 50 minutos.
*
* *
- Suspensa às 17 horas e 30 minutos, a
sessão é às 17 horas e 51 minutos, sob a Presidência do Sr. Gilmaci Santos.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos
termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma
segunda sessão extraordinária a realizar-se hoje, dez minutos após o término da
primeira sessão extraordinária, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem
do Dia:
*
* *
-
NR - A Ordem do Dia para a 56a Sessão Extraordinária foi publicada
no D.O. de 30/10/2019.
*
* *
O
SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Sr. Presidente,
havendo acordo de líderes, requeiro o levantamento da presente sessão.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - É
regimental. Sras. Deputadas, Srs.
Deputados, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta
Presidência vai levantar a sessão. Antes, porém, convoca V. Exas. para a sessão
ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje,
lembrando-os ainda da sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 19 horas.
Está levantada
a sessão.
*
* *
- Levanta-se a
sessão às 17 horas e 52 minutos.
*
* *