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30 DE OUTUBRO DE 2019

57ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA

 

Presidência: GILMACI SANTOS

 

RESUMO

 

ORDEM DO DIA

1 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS

Abre a sessão. Coloca em discussão o PL 1512/15.

 

2 - TENENTE COIMBRA

Discute o PL 1512/15.

 

3 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS

Encerra a discussão do PL 1512/15. Coloca em votação requerimento de método de votação do projeto.

 

4 - TEONILIO BARBA LULA

Encaminha a votação do requerimento de método do PL 1512/15, em nome do PT.

 

5 - BARROS MUNHOZ

Encaminha a votação do requerimento de método do PL 1512/15, em nome do PSB.

 

6 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS

Coloca em votação e declara aprovado o requerimento de método de votação do PL 1512/15.

 

7 - GIL DINIZ

Solicita uma verificação de votação.

 

8 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS

Defere o pedido. Determina que seja feita a verificação de votação, pelo sistema eletrônico.

 

9 - MAJOR MECCA

Para comunicação, ressalta as dificuldades enfrentadas pelos policiais militares. Critica o reajuste a ser concedido à categoria, anunciado pelo governador João Doria.

 

10 - SEBASTIÃO SANTOS

Declara obstrução do Republicanos ao processo de votação.

 

11 - DANIEL SOARES

Declara obstrução do DEM ao processo de votação.

 

12 - MARCOS DAMASIO

Declara obstrução do PL ao processo de votação.

 

13 - ROQUE BARBIERE

Declara obstrução do PTB ao processo de votação.

 

14 - CARLA MORANDO

Declara obstrução do PSDB ao processo de votação.

 

15 - ADRIANA BORGO

Declara obstrução do PROS ao processo de votação.

 

16 - TENENTE NASCIMENTO

Declara obstrução do PSL ao processo de votação.

 

17 - ALEX DE MADUREIRA

Declara obstrução do PSD ao processo de votação.

 

18 - TEONILIO BARBA LULA

Declara obstrução do PT ao processo de votação.

 

19 - RAFA ZIMBALDI

Declara obstrução do PSB ao processo de votação.

 

20 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS

Registra as manifestações. Dá conhecimento do resultado da verificação de votação, que não atinge número regimental, ficando adiada a votação.

 

21 - TEONILIO BARBA LULA

Para comunicação, questiona as razões para o pedido de verificação de votação do deputado Gil Diniz.

 

22 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS

Comenta o pronunciamento do deputado Teonilio Barba Lula.

 

23 - TENENTE COIMBRA

Para comunicação, esclarece o motivo pelo qual o PSL obstruiu a votação do PL 1512/15.

 

24 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS

Encerra a discussão e coloca em votação o PL 1241/15.

 

25 - ROQUE BARBIERE

Encaminha a votação do PL 1241/15, em nome do PTB.

 

26 - MAJOR MECCA

Para comunicação, rebate o pronunciamento do deputado Roque Barbiere.

 

27 - CARLA MORANDO

Encaminha a votação do PL 1241/15, em nome do PSDB.

 

28 - SARGENTO NERI

Para comunicação, lamenta o aumento anunciado pelo governador João Doria aos policiais militares, que considera insuficiente. Opõe-se à inclusão dos policiais na reforma da Previdência.

 

29 - TEONILIO BARBA LULA

Encaminha a votação do PL 1241/15, em nome do PT.

 

30 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS

Coloca em votação e declara aprovado o PL 1241/15.

 

31 - SEBASTIÃO SANTOS

Solicita uma verificação de votação.

 

32 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS

Defere o pedido. Determina que seja feita a verificação de votação, pelo sistema eletrônico.

 

33 - ROQUE BARBIERE

Para comunicação, responde ao pronunciamento do deputado Teonilio Barba Lula.

 

34 - MAJOR MECCA

Para comunicação, discorda dos deputados que defenderam o aumento proposto pelo governador João Doria à Polícia Militar.

 

35 - APRIGIO

Para comunicação, critica o Poder Público por, a seu ver, criar dificuldades à iniciativa privada, diminuindo, assim, a arrecadação.

 

36 - SEBASTIÃO SANTOS

Declara obstrução do Republicanos ao processo de votação.

 

37 - TEONILIO BARBA LULA

Declara obstrução do PT ao processo de votação.

 

38 - GIL DINIZ

Declara obstrução do PSL ao processo de votação.

 

39 - ADRIANA BORGO

Declara obstrução do PROS ao processo de votação.

 

40 - CARLA MORANDO

Declara obstrução do PSDB ao processo de votação.

 

41 - MARCOS DAMASIO

Declara obstrução do PL ao processo de votação.

 

42 - ALEX DE MADUREIRA

Declara obstrução do PSD ao processo de votação.

 

43 - DANIEL SOARES

Declara obstrução do DEM ao processo de votação.

 

44 - ROQUE BARBIERE

Declara obstrução do PTB ao processo de votação.

 

45 - ED THOMAS

Declara obstrução do PSB ao processo de votação.

 

46 - FERNANDO CURY

Declara obstrução do Cidadania ao processo de votação.

 

47 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS

Registra as manifestações. Dá conhecimento do resultado da verificação de votação, que não atinge número regimental, ficando adiada a votação. Dá conhecimento de emenda ao PL 346/19, que retorna às comissões, ficando adiada sua apreciação. Encerra a discussão e coloca em votação o PL 710/19, salvo emendas.

 

48 - CONTE LOPES

Para comunicação, rebate o pronunciamento do deputado Teonilio Barba Lula. Comenta o reajuste a ser concedido à Polícia Militar, anunciado pelo governo estadual.

 

49 - ADRIANA BORGO

Para comunicação, pede o apoio de seus pares a proposta de emenda constitucional referente às emendas parlamentares ao Orçamento. Lamenta o reajuste anunciado pelo governador João Doria aos policiais.

 

50 - GIL DINIZ

Encaminha a votação do PL 710/19, em nome do PSL.

 

51 - ALEX DE MADUREIRA

Para comunicação, parabeniza a deputada Marta Costa pelo seu aniversário, hoje.

 

52 - ARTHUR DO VAL

Para questão de ordem, indaga acerca das atribuições da Presidência, no sentido de orientar os deputados a se ater, em seus discursos, aos projetos em discussão.

 

53 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS

Responde ao deputado Arthur do Val.

 

54 - GIL DINIZ

Para comunicação, rebate as palavras do deputado Arthur do Val.

 

55 - WELLINGTON MOURA

Encaminha a votação do PL 710/19, em nome do Governo.

 

56 - MARCIO DA FARMÁCIA

Encaminha a votação do PL 710/19, em nome do Podemos.

 

57 - GIL DINIZ

Para comunicação, presta apoio ao PL 710/19, do deputado Marcio da Farmácia.

 

58 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS

Coloca em votação e declara aprovado o PL 710/19, salvo emendas. Coloca em votação, separadamente, e declara aprovadas as emendas nº 1 e 2, apresentadas pelo congresso de comissões.

 

59 - DOUGLAS GARCIA

Para comunicação, comenta o fato de ter sido convocado para depor na CPMI das Fake News, no Congresso Nacional.

 

60 - TENENTE NASCIMENTO

Para comunicação, parabeniza o deputado Marcio da Farmácia pelo PL 710/19. Convida todos para solenidade a ser realizada nesta sexta-feira, 01/11.

 

61 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS

Encerra a sessão.

 

* * *

 

- Abre a sessão o Sr. Gilmaci Santos.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior.

Ordem do Dia.

 

* * *

 

- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

                                                                

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Item 1 - Discussão e votação do Projeto de lei nº 1.512, de 2015, de autoria do nobre deputado Alexandre Pereira.

Para discutir contra está inscrito o nobre deputado Tenente Coimbra.

Tem V.Exa. o tempo regimental de 15 minutos.

 

 O SR. TENENTE COIMBRA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, a todos aqui da Casa primeiramente boa noite.

Vou falar aqui de alguns jogos, tendo em vista que esse projeto de lei é sobre o esporte online que, com certeza, não é da ciência de todos: LoL, Counter-Strike, DotA, entre diversos outros.

Pode não ser familiar para a grande maioria dos deputados, mas é um mercado bilionário, um mercado que cresce exponencialmente em todo o mundo. Para ter uma ideia, em 2018, deputado Barba, movimentou mais de 500 bilhões ao longo do mundo. Puxando a parte para o Brasil, movimentou em negócios aqui mais de cinco bilhões. Isso só mostra a relevância dele, trazendo em torno de 76 milhões de jogadores.

Esse mercado se profissionalizou, virou esporte. E, hoje, aqui dentro do Brasil e do mundo movimenta também bilhões; um bilhão de dólares movimentado no ano de 2019, com a perspectiva de, no ano de 2022, ter movimentado mais de três bilhões de dólares, o esporte, o esporte de alto rendimento online.  

Audiência, mais de 500 milhões de espectadores ao longo de todo o mundo. Muito se compara e se tem alguns pré-conceitos referentes a esse esporte, se é ou não é considerado esporte. É, sim, um esporte. Toda a comunidade já aceita como esporte, todo mundo já aceita como esporte, e o projeto de lei vem nesse tocante.

Eu queria citar também aqui algumas premiações para vocês terem a ideia da dimensão do que é falado. No Mundial de LoL de 2018, o prêmio foi mais de oito milhões. No Mundial de DotA 2, o prêmio foi de 106 milhões de reais. Só a fim de comparação, o Campeonato Brasileiro de 2018 colocou em premiação 68 milhões.

Então, o campeonato de jogo online pagou 60% a mais do que o nosso Campeonato Brasileiro. E toda essa demanda levou, inclusive, a nossa Secretaria de Esportes a criar o Campeonato de e-Sports aqui dentro do Estado, só que diferente de campeonatos internacionais que pagam 100 milhões, dez milhões, cinco milhões, aqui dentro do nosso estado.

O campeonato sendo fomentado pela nossa Secretaria de Esportes, ela paga para o primeiro lugar cinco teclados e cinco mouses. É um absurdo, é um desrespeito. É feito nas coxas. É aproveitar uma demanda internacional, e uma demanda nacional, e, por que não, estadual, que mais cresce, e premiar para esses jogadores cinco mouses e cinco teclados.

Falando agora sobre o projeto de lei. O projeto de lei é redundante. Ele tem algumas coisas que realmente são benéficas para o esporte. No Art. 2: “Os praticantes de esportes eletrônicos passam a receber a nomenclatura de atleta”, embora isso já sejam consenso por toda a comunidade. Só para vocês terem uma referência, hoje, um atleta de esportes eletrônicos recebe, em média, no alto rendimento, de 15 a 20 dólares por mês.

É um esporte de alto rendimento. Ele passa por psicólogos, ele passa por nutricionistas. Ele passa, inclusive, por atividades físicas, para ter o melhor e o maior discernimento durante a sua atuação. Porém, tem um artigo dentro desse projeto de lei que acaba sendo, pode-se dizer, mal interpretado, que é o Art. 4: “O estado de São Paulo reconhece como fomentadora da atividade esportiva a confederação, a federação, a liga e entidades associativas que normatizem e difundam a prática do esporte eletrônico”.

Lendo assim, ele parece muito bom, ele fomenta o esporte, mas imagine você, dono de uma empresa que criou o jogo, que tem o direito do jogo, tem a propriedade intelectual do jogo, gasta milhões para desenvolver. Então, agora uma federação, uma liga e uma confederação vão poder pegar essa propriedade intelectual? Vão, possivelmente, e futuramente - vai acabar acontecendo, que nem as confederações e federações de esportes tradicionais - cobrar sobre isso, querer regular sobre isso, algo que é de iniciativa privada?

Esse projeto pode parecer simples, até porque ele tem diversos artigos que não tratam de forma relevante, mas ele precisa sim ser discutido, precisa ser discutido com as indústrias e as empresas que fomentam os jogos. Ele precisa ser discutido com os grandes jogadores, que profissionalizam e alavancam o esporte. Não dessa forma simplista que foi colocada aqui, que foi colocada em diversos estados, que a cópia inclusive de um projeto que está no Senado, com a senadora Leila.

Então, ele precisa ser discutido a fundo, e com a seriedade que o tema merece. O e-sports não é um jogo, ele é um esporte, ele é um método de inclusão. Hoje a gente tem pessoas que não teriam condições físicas de praticar esportes convencionais praticando e-sports. A gente pode citar aqui o Jonathan, mais conhecido como “Firmezinha”, que joga com os pés, pois não possui braços. Ele mexe o teclado, ele mexe o mouse com os pés. Ele tem a inclusão. Em qualquer esporte tradicional ele não conseguiria.

A presença de mulheres, cada vez mais, no esporte eletrônico, ela cresce. Então, isso tudo leva a crer que esse projeto não escutou a real comunidade, os atletas. Não escutou as empresas, não escutou a demanda de toda a categoria. Por isso eu vou votar “não” nesse projeto, me posicionando contra, porque precisa ser melhor trabalhado.

Não podemos fazer aqui as coisas dentro da Assembleia Legislativa só passar, só para constar e só para levantar uma bandeira. Temos que ter seriedade e trabalhar e escutar aqueles que entendem. Aproveito para mandar um abraço a todos jogadores profissionais e não profissionais. O pessoal da Furia, o Yuri, o Piovan, o Vinicius, o Kscerato, e os seus criadores, o Cris e o Akkari.

Vamos trazer para esta Assembleia discussões sérias sobre projetos extremamente relevantes, não só para o nosso estado, mas para o nosso país.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação.

Há sobre a mesa requerimento de método de votação. Em votação o requerimento.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Sr. Presidente, para encaminhar em nome da bancada do Partido dos Trabalhadores.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Para encaminhar, tem V. Exa. o tempo regimental.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público que nos acompanha pela Rede Alesp, amigos e companheiros da Apeoesp presentes - estou vendo ali a turma da Apeoesp -, venho a esta tribuna neste momento para discutir um pouco e estou estranhando que, até agora, não vi a bancada da Segurança Pública se organizar, se mobilizar para discutir o anúncio do governador João Doria, que vai fazer um reajuste de cinco por cento.

Eu avisava para você ontem, deputado Major Mecca, que iria ser de 4,98, o mesmo aplicado nesta Casa para os trabalhadores da Assembleia. E eu não vi essa mobilização de vocês ainda. Parece-me que o reajuste ficou de bom tamanho para vocês. É o que parece, porque era para vocês subirem à tribuna e estarem esbravejando.

Deputado Conte Lopes, meu primeiro ano nesta Casa foi 2015. O IPCA de 2015 foi 10,67. No ano seguinte, 2016, foi 6,27. No ano seguinte, 2017, foi 4,2. No ano seguinte, 2018, foi quatro por cento. Só aí dá 24,57 de IPCA.

No ano de 2018, o governador aplicou 7% para a Apeoesp. Está aqui o pessoal da Apeoesp. Quatro por cento para a Polícia Militar, 3,5% para o pessoal que trabalha como agente penitenciário e para os que acompanham as caravanas que carregam os presos. Foi 3,5 por cento. Para os delegados de polícia... Isso é de 2014 até aqui. Para os delegados de polícia é maior, porque desde 2013 eles não têm nenhuma aplicação.

Então, quando você tira os 4% dos delegados de polícia, dá 31%, a perda acumulada. De vocês, dá 24. A inflação, o IPCA de fevereiro de 2018 até o mês 9, dá 6,03. Os 5% que o governador está aplicando não cobrem sequer a perda que vocês têm de fevereiro de 2018 até agora.

E novamente faz um processo seletivo, porque é só para vocês. A Fundação Casa está de fora. Os outros setores do funcionalismo público estão de fora. Estão sem data-base. Lá em 2018, nós discutíamos que o pessoal do SindSaúde estava desde 2013 também sem reajuste. A Polícia Militar estava com três anos e oito meses sem reajuste. Ele deu quatro, três e meio, e sete.

E parece que o anúncio hoje foi uma festa, porque, de repente, estou vendo a bancada da Segurança Pública toda tranquila. Não sei, pode ser que vocês ainda usem o tempo para poder discutir que isso é insuficiente.

Mas quero fazer uma provocação a vocês, deputados, inclusive ao líder do PSL, que votou, a bancada do PSL todinha, contra os 4.98 de aumento para o funcionalismo da Assembleia Legislativa.

Na hora que o projeto de lei chegar aqui, nós temos condições de alterá-lo, temos condições de dizer que o aumento tem que ser maior. Eu quero ver se vocês topam fazer esse debate, mas não vale só para a Polícia Militar, para a Polícia Civil, para delegados de Polícia e para os agentes penitenciários, tem que valer para todo o funcionalismo público do estado de São Paulo.

Tem uma parte que tem um salário melhor, deputado Aprigio. Eu vou pegar os agentes fiscais, que, depois de 20 anos de carreira, chegam lá ao teto do governador. Nem todos chegam, mas alguns chegam, e daí acham que todo mundo ganha o teto do governador. Aí a bancada do PSL - não foi só a do PSL, a bancada do PSL junto com a bancada do Novo - votou contrariamente ao reajuste do funcionalismo público aqui nesta Casa.

Eu dizia para vocês naquela época: olha, vocês vão fazer isso, mas vão precisar de nós para poder votar a favor em defesa do reajuste da bancada de Segurança Pública, e nós vamos defender o reajuste e vamos defender que tem que ser maior. Eu fico imaginando um policial, uma policial com 48, 50 anos na rua, correndo com a arma do lado, com colete à prova de bala, ou às vezes em pé aqui na entrada da Assembleia, às vezes aqui na entrada do plenário.

Às vezes é obrigado ficar quase que como uma estátua, porque faz parte da função, mas isso pode ser revisado, pode ter um grau de flexibilidade. Entendendo que aqui dentro não tem tanto risco de segurança, poderia ter um banquinho para sentar três minutos a cada uma hora, para aliviar o bico de papagaio. Isso é condição de trabalho, isso é condição de ser humano.

Então eu estou provocando, fazendo esta provocação, deputado Gil Diniz, você que é o líder do PSL e que é defensor das forças de Segurança Pública do Brasil e do estado de São Paulo. Se na hora que nós fizemos essa provocação para fazer esse debate, para fazer a revisão desse reajuste... mas que não fique centralizado só naquilo que você defende, só na corporação que você defende. Tem que valer para todas, não é, deputada Erica Malunguinho?

 Defender só aquilo que eu represento é muito fácil, e eu tenho uma posição muito dura e intransigente em defesa do direito dos trabalhadores e das trabalhadoras. Eu sou defensor de que os trabalhadores... A reposição da inflação tinha que ser uma questão automática, tinha que estar na lei. O que você discutir acima da inflação é aumento real, aí é livre negociação.

Se houvesse uma regra séria no país, seria assim. Se a inflação é zero, não tem reposição de perda salarial, discute só o aumento real. Tem uma inflação de 2 ou 3 por cento? A reposição da inflação tinha que ser automática. O governo não poderia discutir: repõe a inflação de maneira automática, e aí a categoria se organiza e vai discutir o aumento real, vai discutir as condições de trabalho, vai discutir plano de carreira, vai discutir plano de cargos e salários. É assim que funciona.

O pessoal não defende que o mercado, que o setor privado funciona assim? A Casa também tinha que funcionar assim, mas aqui tem gente que, quando é para discutir os interesses do funcionalismo público do estado de São Paulo, só defende se for da categoria dele ou da categoria em que ele acredita, deputado Conte Lopes.

Então eu ainda espero ver vocês subirem aqui hoje, porque hoje é esse, daqui a pouco é esse projeto que vem aqui pra Casa e nós vamos ter que discutir. Semana que vem, se não tiver a emenda aglutinativa, nós vamos discutir o 899, que é, mais uma vez, o governo João Doria tentando dar o calote no servidor público, no funcionalismo público do estado de São Paulo.

Alguns partidos têm ojeriza de ouvir falar em funcionalismo público. Aliás, de maneira concomitante, o Banco Mundial está fazendo estudos no momento em que o governo federal propõe fazer uma reforma administrativa que mexe diretamente com vocês, funcionalismo do estado de São Paulo e de todos os estados do Brasil. Dizendo que, no Brasil, os funcionários públicos ganham 20 vezes, 30 vezes mais do que funções iguais no setor privado. O que é uma mentira.

Em alguns casos pode haver esse ganho, mas isso não é regra geral. Vale para alguns casos. Mas, mesmo nos casos em que estão afirmando ser verdadeiro, é mentira que o salário do funcionalismo seja isso.

Então, são ataques orquestrados com a grande mídia, orquestrados com João Doria, orquestrados com Witzel, orquestrados com Eduardo Leite, orquestrados com o Zema em Minas Gerais, orquestrados com o Bolsonaro para poder atacar todo esse conjunto de direitos que foram conquistados ao longo de vários anos de luta e de intensas negociações para se chegar a um salário melhor.

Então, eu tinha que trazer esse debate aqui. Eu gostaria de ver a bancada aderente, adesiva, aliada do João Doria, que é a bancada do PSL.

Muito obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Em votação o requerimento.

 

O SR. BARROS MUNHOZ - PSB - Pela ordem, Sr. Presidente, para encaminhar em nome da bancada do PSB com a concordância dos deputados Ed Thomas e Caio França.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Vossa Excelência é vice-líder e vai encaminhar pela vice-liderança do PSB. Tem V. Exa. o tempo regimental.

 

O SR. BARROS MUNHOZ - PSB - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, Srs. Colaboradores da Assembleia Legislativa, senhoras e senhores aqui presentes, que nos honram com suas presenças, telespectadores da TV Alesp, eu não estou falando aqui pela liderança do PSB. Logicamente nós não discutimos isso em bancada. Estou tomando a liberdade de usar um artifício para fazer uma manifestação que eu entendo que tenha o dever de fazer neste momento.

O tema do momento hoje, para nós da Assembleia Legislativa e, por que não dizer, para a grande maioria do funcionalismo do estado, especialmente para nossas queridas Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Científica e a nossa rede de estabelecimentos penitenciários, é a questão do reajuste salarial.

Houve uma grande expectativa, criou-se uma grande expectativa, o governador tem um compromisso de resgatar a dignidade salarial dos policiais de São Paulo e óbvio que a grande maioria de quem se preocupava com o assunto esperava números, talvez, melhores e mais animadores do que os atuais.

Como eu estou habituado a surfar em águas tranquilas, mas, principalmente, em águas tumultuadas e, às vezes, preocupantes, eu acho que devo me manifestar neste momento. Até porque eu estou bastante preocupado.

Não é segredo para ninguém que eu participo, muito proximamente, da administração municipal de dezenas de cidades do estado de São Paulo. Não é segredo para ninguém que eu participo da elaboração do Orçamento do estado de São Paulo há muitos anos nesta Casa como presidente, como líder de Governo e como simples deputado. E, há muito tempo, eu acompanho a evolução da economia brasileira, da economia paulista e assim por diante.

O que eu vejo, minha gente, é uma situação calamitosa, uma situação extremamente preocupante. Hoje eu recebi, na minha sala, mais de dez prefeitos. Uma prefeita e mais de nove prefeitos. Todos com a mesma colocação. Situação desesperadora. Não se sabe como vai se terminar o ano. Não se sabe como vai se fechar o exercício sem grande déficit. Não se sabe, em muitos casos, se vai se pagar o décimo terceiro ou não. A situação do Brasil, acho que é desnecessário comentar. A situação dos estados, também.

Alguém me diz assim, alguém que gosta do Doria e não gosta do Márcio. Eu, como gosto do Márcio e gosto do Doria, vou fazer essa comparação. Alguém diz: “O Orçamento não está correspondendo à realidade. Previu-se uma arrecadação muito maior e uma despesa que podia então ser compensada ou equiparada à arrecadação.”

Vou dar apenas um exemplo. Realmente, foi previsto um acréscimo da arrecadação do Estado, da Economia, em quase três vírgula alguma coisa por cento. Será que foi o governo Márcio que errou? Mas não foi só ele. Todos os economistas do Brasil previram isso.

Todas as agências de cálculo da evolução do Brasil, do PIB, disso, daquilo, da economia, se vai melhorar, se vai piorar, previram isso. E não é isso que está acontecendo. O nosso PIB está crescendo – se tanto – 1% esse ano. Um por cento.

O que quer dizer isso para São Paulo? Simplesmente, cada 1% que cresceu a menos, 3 bilhões de reais. 3 bilhões de reais. Então, 2% que tenha caído a arrecadação em face do previsto, significam 6 bilhões de reais. Há muitas outras expectativas que não se concretizam.

Então, quero dizer que esse aumento de 5% choca. A expectativa era muito maior. Mas era maior, principalmente, porque os reajustes anteriores não foram concedidos. Fui líder do governo Alckmin. Mas não vou esconder a verdade. É verdade, e precisamos trabalhar com a verdade. Nos dois últimos governos do governo Alckmin, nunca se cumpriu a lei que determinava a data-base. Aliás, é um preceito constitucional. Não é uma lei estadual.

A Constituição Federal manda que se dê reajuste anualmente, levando em conta, sobretudo ou unicamente, a inflação do período. Isso não se faz aqui nesta Assembleia. Estou achando que é o meu dever vir aqui agora. Porque na hora do bem bom é fácil. Estou achando que essa é uma hora difícil. Venho defender algo que é difícil ser defendido. Por quê? Porque 5% é pouco, mas na circunstância atual não é.  E o nosso Orçamento de São Paulo, deste ano, não comporta aumento maior.

Aliás, nenhuma categoria teve mais do que isso. Qual categoria em São Paulo teve mais do que 5% de reajuste, ou vai ter, a partir de 1º de janeiro? Certamente, nenhuma. Certamente, nenhuma. Me lembro, ano passado, como foi terrível. Foi 3 e meio para todo mundo e 4 e meio para os professores. Os engenheiros agrônomos do Estado me cercavam: “Barros, e nós?” Até fiz bastante força para que eles também fossem, pelo menos, para 4 e meio. E não foram.

(Voz fora do microfone.) Apeoesp? Os professores, sete? Quatro e meio foi uma outra categoria? Perfeito. Exatamente. Exatamente. Então vejam. Com uma inflação bem menor, com uma taxa de juros bem menor, uma perspectiva de um amanhã melhor. Mas hoje não. Hoje o quadro realmente é tétrico, para se dizer o mínimo. Então, a gente quer uma série de coisas, e com razão.

Estamos aqui para isso mesmo. Para defender mais isso, mais aquilo, mais estradas, mais emendas para os deputados porque é fundamental. Elas fomentam o desenvolvimento, talvez mais do que qualquer outro programa de governo.

Vejam bem, minha gente, eu quero dizer que eu não perco a esperança, aliás, se eu perdesse com facilidade eu já não estaria mais aqui, porque já vimos enfrentando momentos extremamente difíceis aqui. Eu vejo uma luz no fim do túnel. Eu quero fazer aqui uma afirmativa: eu acredito no João Doria. Ele não vai querer caminhar com o governo que não seja para melhorar e que não seja para cumprir o compromisso que ele tem de apagar a polícia de São Paulo que é efetivamente, é  só constatar os dados da criminalidade no Brasil todo para nós  concluirmos  que realmente a melhor polícia do Brasil é a polícia de São Paulo.

Eu queria fazer essa consideração por dever de consciência. Para mim seria “ah, só assim...” Mas eu quero dizer que eu estou engajado numa meta de ajudar a melhorar São Paulo, como eu faço aqui desde 87 quando aqui cheguei. E eu gostaria de algumas coisas importantes.

Eu confesso, aliás eu discuti bastante com meu irmão Campos Machado, sobre isso. Eu ficava doente quando a gente queria pagar advogado para o servidor público que era levado às barras da Justiça por causa do exercício da sua função. A causa dele ir à Justiça era o exercício da sua função. E as maiores vítimas, sem dúvida alguma eram os engenheiros.

Tanto que hoje ninguém quer assinar mais nada, porque ele responde. Se ele é acusado criminalmente ele tem que contratar um advogado e se não for bom e caro é difícil ele sair ileso. Então ele gasta. É o fim do mundo a pessoa gastar para se defender de coisa que ele fez no exercício de uma função.  Isso agora vai ser pago. Isso agora vai ser resolvido.

Enfim, tem outros benefícios que eu não quero aqui mencionar, mas que também mitigam o percentual que não é o esperado pelas categorias. E eu quero dizer o seguinte: eu vou continuar também lutando para que tanto os salários dos policiais sejam maiores, como também dos engenheiros agrônomos que eu sempre lutei aqui nesta Assembleia, por eles também, e pelos professores e por todos os servidores. Estamos também bem próximos do limite de gasto, do limite de gasto.

O que nós precisamos, realmente, é destravar o Brasil e destravar São Paulo. Essa questão tributária é a grande inimiga de São Paulo. Perdemos rios de empresas, sobretudo para Minas Gerais.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Para concluir, nobre deputado Barros Munhoz.   

 

O SR. BARROS MUNHOZ - PSB - Estou concluindo, Sr. Presidente. Rios de dinheiro, sobretudo para Minas Gerais em função da guerra fiscal. São Paulo poderia estar arrecadando muito mais do que está arrecadando. Aliás, o Brasil todo está andando para trás. Se nós compararmos... Hoje eu comparei de uma cidade, ela recebe de dívida ativa esse ano por mês 300 mil reais; é o que ela consegue cobrar de dívida ativa. Quando eu fui prefeito dessa cidade, em 2004 ela já arrecadava 300 mil reais. Quer dizer, se fosse com valor corrigido seria hoje talvez um milhão e meio, dois milhões.  Essa é a triste realidade nossa. Mas, com ânimo, com fé, com amor e com coragem nós vamos vencer. E enquanto depender de mim eu estarei pronto para lutar a favor da nossa querida Polícia Civil, da querida Polícia Militar e da querida Polícia Científica do Estado de São Paulo.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Em votação o requerimento de método de votação.

 

 O SR. MAJOR MECCA - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para uma comunicação?

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Deixa só eu concluir aqui. O senhor pode fazer depois a comunicação. Pode ser?

Em votação o requerimento de método de votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados, que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Sr. Presidente, regimentalmente solicito uma verificação de votação.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - O pedido de V. Exa. é regimental. Esta Presidência vai proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que forem favoráveis deverão registrar o seu voto como “sim”, os que forem contrários deverão registrar o seu voto como “não”.

 

* * *

 

- É iniciada a verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Major Mecca, para comunicação tem V.Exa. o tempo regimental.

 

O SR. MAJOR MECCA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigado, presidente.

Gostaria de perguntar qual a categoria em São Paulo ou no Brasil em que já morreram, no exercício da sua atividade, 24 policiais somente este ano, mais de 20 suicídios, homens e mulheres que hoje, para dar sustento a sua família exercem atividade extra corporação, bico, por mais de 12 horas depois de sair de turnos de serviço de 12, 20, 24 horas de uma atividade estressante, que é a atividade policial onde só se lida com desgraças, inclusive sendo uma das atividades com um maior número de separação conjugal, por conta do estresse físico e psicológico.

O homem e a mulher chegam a um nível de estresse que o diálogo, dentro da família, começa a ser infrutífero. Esses homens estão morrendo. Alimentavam uma esperança de uma promessa de campanha. Esperávamos que essa promessa tivesse sido feita calcada num plano de governo, na verdade, em dados técnicos, porque tem um secretariado que nós sabemos que é especializado.

No entanto, enganaram-nos, enganaram esses homens e mulheres que dia e noite derramam seu sangue em São Paulo para defender o povo. Estão entregando ao nosso estado o melhor índice criminal do Brasil, superando cidades de primeiro mundo. E mesmo assim são desrespeitados.

Eu, hoje, tentei manifestar essa decepção e indignação na reunião dentro do Palácio dos Bandeirantes e fui desrespeitado, meteram um som a toda altura para abafar a voz desses homens e mulheres que defendem São Paulo. Não é a minha, é a voz desses homens e mulheres que estão morrendo, derramando seu sangue no solo paulista. E foram contemplados com 5% de reajuste salarial.

Decepção, indignação, mas eu falo uma coisa, hein? Não brinquem com pessoas que entregam a sua vida por um juramento para defender a vida de uma pessoa que eles nem conhecem.

Não brinquem com essa categoria.

 

O SR. SEBASTIÃO SANTOS - REPUBLICANOS - Sr. Presidente, para colocar o Republicanos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - O Republicanos está em obstrução.

 

O SR. DANIEL SOARES - DEM - Sr. Presidente, para colocar o DEM em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - O DEM está em obstrução.

 

O SR. MARCOS DAMASIO - PL - Sr. Presidente, para colocar o PL em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - O PL está em obstrução.

 

O SR. ROQUE BARBIERE - PTB - Sr. Presidente, para colocar o PTB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - O PTB está em obstrução.

 

 A SRA. CARLA MORANDO - PSDB - Sr. Presidente, para colocar o PSDB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - O PSDB está em obstrução.

 

A SRA. ADRIANA BORGO - PROS - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar o Pros em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - O Pros está em obstrução.

 

O SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente. Com a anuência do líder, para colocar o PSL em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Com anuência do líder, já deu o sinal aqui, o PSL está em obstrução.

 

O SR. ALEX DE MADUREIRA - PSD - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar o PSD em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - O PSD está em obstrução.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar o PT em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - O PT está em obstrução.

 

O SR. RAFA ZIMBALDI - PSB - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar o PSB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - O PSB está em obstrução.

 

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- É feita a verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

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O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, participaram do processo de votação 27 Sras. Deputadas e Srs. Deputados: 26 votaram “sim” e este presidente, quórum insuficiente para aprovar o método de votação. Ficando a votação adiada do presente projeto.

Item 2.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Eu queria pedir um esclarecimento aqui, se os deputados aqui me permitirem, o Tenente Nascimento, o Arthur do Val.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Há um deputado na tribuna, vamos ouvi-lo. Por favor, senhores.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Eu queria pedir um esclarecimento, Sr. Presidente. A semana passada, se eu na me engano, o projeto do deputado Alexandre Pereira estava aqui para ser votado. Ele recebeu uma emenda de plenário e a emenda foi do PSL. Achei que, ao receber a emenda, quando o PSL fez a emenda de plenário, coletou as assinaturas, eu achei que estaria resolvido.

Então, queria só entender o que aconteceu. Gostaria que alguém do PSL respondesse, porque, normalmente, quando você emenda um projeto, seja com emenda aglutinativa ou emenda de plenário, significa que você está modificando. É para buscar o entendimento. E esse entendimento parece que teve algum problema aí no meio.

 

O SR. TENENTE COIMBRA - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Só vou responder ao nobre deputado Teonilio Barba. Deputado, existe aqui um método de votação. Ficou com votação adiada. Realmente aconteceu isso. Então, existe um método de votação. Realmente, a emenda foi apresentada pela bancada do PSL. Mas, neste momento, esta Presidência não tem condições de responder à Vossa Excelência. O método não foi aprovado. Teria que realmente o PSL responder. Muito obrigado.

Pela ordem, deputado Tenente Coimbra.

 

O SR. TENENTE COIMBRA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Respondendo ao nobre deputado Barba: a emenda de plenário foi feita por mim, porque existiam alguns artigos no projeto que tinham interpretação dúbia, tendo em vista a magnitude do projeto. Não é um projeto simples, como assim parece. Ele trata de propriedade intelectual de empresas milionárias e, somando, bilionárias.

E o entendimento de outros deputados do PSL era de que esse projeto precisava de mais tempo para ser discutido. A emenda de minha autoria, na semana passada, foi para suprir um artigo do projeto que realmente o prejudicava. E assim conversei, inclusive, com o autor do projeto. Porém, outros deputados do PSL, assim como eu, acham que esse projeto precisa ser mais bem discutido.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Item 2 - Em discussão o Projeto de lei nº 1241, de 2015, de autoria do nobre deputado Marcos Zerbini. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação.

 

O SR. ROQUE BARBIERE - PTB - Sr. Presidente, para encaminhar em nome do PTB.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Tem V. Exa. o tempo regimental para encaminhar em nome da bancada do PTB.

 

O SR. ROQUE BARBIERE - PTB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, a minha esposa é filha de um sargento da PM aposentado. Ela me deu dois filhos maravilhosos, uma menina de oito anos e um menino de sete. Sou fã da polícia. Respeito a polícia. Quem socorre o ser humano é Deus ou é o 190. Na hora da dificuldade, o irmão está dormindo, o vizinho não atende e é realmente a polícia que nos socorre.

É pouco, cinco por cento? É pouco. Mas será que é xingando quem nos dá aumento que vamos ter oito ou dez por cento? A situação do país... O PIB não cresceu 0,9 por cento. Esse homem, que já veio aqui sete vezes - quando nenhum governador veio, em trinta anos que estou aqui, conversar com a gente -, prometeu que, ao término do mandato dele, o salário do policial, tirando o do agente penitenciário, que ainda não estava incluído - agora está -, só vai perder para o salário do policial de Brasília. Vai ser o melhor salário do Brasil. E deu cinco por cento.

Quem se elege às custas dos policiais... Polícia é vocação. Polícia não é salário. Quem quer bom salário tem que trabalhar na Nasa. Quando entra na polícia, já sabe a remuneração. Arrisca a vida para nos proteger, nos defendem, são assassinados, mas é uma vocação que ele escolheu, como a de professor. Quem vai dar aula já sabe que vai receber uma merreca, mas tem a vocação de ensinar os alunos.

O governador esteve aqui sete vezes e, em todas as vezes, falou: “Ao término do meu mandato, o melhor salário da polícia vai ser o do estado de São Paulo, que hoje é um dos piores”. Mas deu cinco por cento neste momento difícil.

Eu lembro quando aprovamos sete por cento, no governo passado. Eu estava em Birigui, na minha cidade. Eu não gosto de ir ao mercado. Eu acho que homem que vai ao mercado ou é dono de restaurante ou é vagabundo. É o que eu penso. Parei em frente ao mercado uma vez e pedi ao motorista: “Compra um negocinho lá para mim”.

Não preciso dizer o que era. Fiquei no carro. Como sou fumante, abri o vidro e fiquei fumando. Nisso, um policial amigo meu passou e falou: “Pô, Roquinho, mas que merda, hein? Votamos, sei lá, sete por cento”. Eu falei: “Bom, primeiro, você não me botou lá, porque nunca fui a nenhuma companhia da polícia pedir voto, nem a delegacia de polícia. Vai cobrar de quem vocês deram o voto, que não foi para mim. Segundo, você é um burro.” Falou: “Por quê?”.

A mulher dele estava com a compra na mão. Eu falei: “A senhora volta lá e fala que eles têm que dar um troco para a senhora de 7%, a senhora vai achar ruim ou vai achar bom?”. “Lógico que vou achar bom”. Falei: “Mas teu marido está achando ruim”.

Nós podemos dar 70, que é o que a polícia merece? Oitenta? Vinte, trinta? Nós não podemos. Nenhum de nós tem competência para isso. Os 5%, na situação atual do País, acho que até o governador não está contente, mas não tem como fazer mágica. Não vai apagar depois.

Tem que ter um pouquinho de paciência. Assim como eu quero elogiar o Bolsonaro que está lá fora buscando recurso para o País. São 10 bilhões de euros que vão vir da Ásia para cá, dá 40 bilhões de reais. O Doria só andando atrás, China, não sei o que mais, ele fala aquelas palavras que eu não entendo, de lá, atrás de recursos para cá. Porque não tem. Está no fundo do poço. Parou um pouquinho de entrar água no barco. Parou de entrar água, deu uma melhoradinha, melhorou em São Paulo também, muitas coisas. Melhorou para nós, deputados, também.

E para a Polícia melhorou um pouquinho. Ela merece mais, mas isso não é motivo para tanta esculhambação. Eu acho que o policial, e que quem se elege às custas da polícia, devia ter um pouco mais de respeito com o governador e saber pedir educadamente. Com argumentos, não com xingamentos.

O homem esteve aqui e falou na nossa frente, mais de dez vezes. Por que duvidar? Porque o primeiro aumento é pequeno. É porque a situação é ruim. A situação do Estado ainda é melhor do que a do País. A situação do Brasil é muito ruim. Está melhorando. Parou de afundar, e eu posso falar porque xinguei ele durante a campanha. Eu fui contra ele, fiz campanha para o pai do Caio, que está aí. E esse homem, mesmo assim, sabendo de tudo isso, tem tratado a mim e a todos os deputados com respeito, vem aqui uma vez por mês. Ele nos convida toda sexta-feira para ir à reunião do secretariado dele.

Quem nos convidou? Em 30 anos, quando um governador convidou um deputado para participar da reunião do secretariado dele? Quando um governador deu um convênio para a gente levar para a cidade? Não quero me alongar para não falar coisas que deverão ser ditas em outra oportunidade, mas não é xingando o governador que o policial vai ter aumento.

Respeito o policial, sou casado com a filha de um policial. Tenho carinho e respeito pelo policial. Ensinei minha menininha a explicar para ela por que é só Deus ou o 190. Moro na zona rural, fiz ela ligar para a polícia um dia que ela pediu. Era meia noite e meia, uma senhora atendeu.

Preocupada, a senhora, que a menina estava em alguma situação de risco. Falou: “É da polícia?”. “É, meu anjo, o que aconteceu com você?”. A mulher preocupada. “Meu papai fala que vocês socorrem a gente, é verdade?”. “É filha, onde você está? Diga onde você está e qual é o seu nome”. “Mas é verdade que você vem socorrer?”. “É verdade, a polícia socorre em qualquer momento”.

E, realmente, arrisca a vida para nos proteger, mas sabe, quando sai o edital do concurso, que a função dele vai ser aquela. Ninguém é pego de surpresa na polícia. Polícia é vocação. E vai ter um bom salário. Não está tendo agora. Eu duvido que o governador Doria esteja feliz com o aumento que está sendo obrigado a dar. Não tem como fazer. Vai tirar de onde? Não tem de onde tirar.

Esse homem está sendo verdadeiro com a gente. Até hoje tem sido verdadeiro com a gente aqui na Assembleia. Tem nos dado convênio para levar para o município. Tem vindo nos ouvir aqui, sendo interrogado uma vez por mês aqui. Nunca veio um governador. Pode falar a merda que quiser para ele naquele salão que eu chamo de sala da mentira brincando, que é onde reúne os líderes. E o homem vem conversar com a gente todo mês. Por que não vai lá educadamente argumentar? Não, é mais fácil fazer demagogia aqui para ter o voto da companhia.

Então é bom que os soldados se alertem na hora de votar também. Eu posso falar isso aí porque nunca fui a um departamento policial pedir voto para a polícia. Não sei se algum deles votou em mim e não importa. Eles merecem respeito e melhor salário. Precisam de um melhor salário, mas não tem como dar. O que vai fazer?

Foi o que o Bolsonaro falou ontem lá, andando naquele oriente todo atrás do quê? De recurso para trazer para cá. Por quê? Porque aqui está quebrado, porque aqui não tem. O Doria a mesma coisa, o Rodrigo Garcia a mesma coisa. Estão andando o mundo todo tentando captar recurso para trazer para cá, para investir no nosso País, para gerar emprego, para melhorar a vida das pessoas, para melhorar a renda. Por quê? Porque estamos saindo do fundo do poço.

Então, fica aqui, presidente, a vocês, policiais, o meu respeito. Vão ter sempre o meu respeito, mas não vou ser covarde de vir xingar aqui e abraçar lá, não. Eu acho que o policial merece. Se o meu sogro achar ruim, problema dele. Se não gostar, pode pegar a filha dele e levar embora também, que eu amo aquela mulher.

Me deu dois filhos. Talvez até venha reclamar comigo quando eu chegar lá: “Pô, você foi defender o governador que deu essa merreca?”. Fui, porque não teve outra saída. Já tivemos 7% em momentos melhores. Não houve rebelião nenhuma da polícia. Espero que não seja com ameaça que se obtenha aumento. Não é com ameaça. É esperar um pouquinho, que vai ter, e vai chegar a hora que o policial vai ter o salário que ele realmente merece: digno. Mas, no momento, infelizmente, não tem como dar esse aumento. E tem que se acatar essa decisão sim.

O projeto, vindo para cá, acho que todos nós devemos aprovar. E falar: “Uma pena, não deu para dar mais.” Mas fiquem com esses 5% que depois vem o resto. Não tem outra saída. Entendo assim. Digo o meu respeito, Conte Lopes foi deputado muito tempo comigo. Coronel Ubiratan foi deputado muito tempo comigo. Quantas vezes o Conte Lopes arriscou a vida dele para proteger as pessoas?

Me lembro daquele episódio em Mogi, Conte, que vim comprar o teu filme. Peguei ontem em Birigui. Vim comprar o teu DVD aqui em São Paulo para assistir o teu filme e a situação daquele sequestro. O Coronel Ubiratan, que foi assassinado, ninguém sabe até hoje por quem. Nem a própria polícia descobriu por quem foi morto aquele homem. Aquele homem maravilhoso, que não deu nenhum tiro no Carandiru.

Montamos a CPI do Carandiru na época. Foi companheiro nosso aqui, um homem de palavra, um homem verdadeiro. Tenho muito respeito pelo policial. E também adquiri e passei a ter muito respeito pelo governador.

Então não é justo que, nesse momento difícil que o estado e o país atravessam, se cobre de maneira deseducada, maldosa, ameaçando, que o policial não teve o aumento que ele merecia nesse momento; que vai ter retaliação, e mandar tomar cuidado como o Major Mecca mandou tomar cuidado com a polícia. Tenho é carinho pela polícia. Não preciso ter nenhum medo da polícia.

Tenho respeito e carinho. Sei que a hora que eu precisar de um policial, ele vai me atender. Que a minha família precisar de um policial – sou morador da zona rural – ela vai atender. Qualquer um de nós, qualquer paulista, quando precisar da polícia, ela vai atender. Mesmo recebendo essa merreca de aumento, que é o que é possível nesse momento.

Fica aqui essa minha palavra em respeito aos policiais. E dar a eles uma nova esperança. Tenham calma. Melhorou só um pouquinho. Mas vai melhorar mais, e o homem vai cumprir o que ele prometeu. Só isso, Sr. Presidente. Muito obrigado.

 

A SRA. CARLA MORANDO - PSDB - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS – Pela ordem, deputada Carla Morando. 

 

A SRA. CARLA MORANDO - PSDB – Eu gostaria de encaminhar pela bancada do PSDB.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS – Tem V. Exa. o tempo regimental para encaminhar pela bancada do PSDB.

 

O SR. MAJOR MECCA - PSL – Pela ordem, Sr. Presidente. Para uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS – Uma comunicação, com a anuência da deputada, tem Vossa Excelência.

 

O SR. MAJOR MECCA - PSL – PARA COMUNICAÇÃO – Só quero dizer ao deputado Roque Barbiere, que tem todo o nosso respeito. Sempre que precisar da polícia, pode ter certeza que, se for necessário se fazer de escudo para defender a sua vida e a vida da sua família, o faremos, pois respeitamos muito a sociedade. É esse mesmo respeito que temos pelos cidadãos, pelo estado de São Paulo, que cobramos.

Inicialmente foi através do diálogo. Mas para tudo existe um limite. Para tudo existe uma questão de respeito que não é tratado com os nossos policiais, com os nossos homens e mulheres que usam farda, que carregam o distintivo da Polícia Civil, da Polícia Técnico-Científica.

Quero que todos saibam que não é ameaça não. Estou representando uma categoria, trazendo a verdade e alertando a todos, que são homens e mulheres que encontram-se no seu limite. No entanto, nunca deixaremos de honrar o nosso juramento e o nosso compromisso com o cidadão de bem. Tanto que estão de pé ali na lateral do plenário, cuidando de todos nós.

E o fazem, se necessário for, por 24 ou 48 horas, sem se alimentar, porque isso é normal dos nossos policiais, dos nossos patrulheiros. Tem o nosso respeito se der o mesmo respeito. Senão, fica-se inviável.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS – Com a palavra, a deputada Carla Morando.

 

A SRA. CARLA MORANDO - PSDB – SEM REVISÃO DO ORADOR – Boa noite a todos e a todas. Eu gostaria muito de ir contrário às palavras do Major Mecca. Muitas vezes até entendo que ele defende a categoria dos policiais. Quero trazer o meu respeito e a minha admiração aos policiais. Também já precisei de policiais e fui prontamente atendida. Mas não é dessa maneira não, viu Major, que se faz política. 

Você pode até brigar pela categoria. Mas não é dessa maneira que as coisas funcionam. Acabou da falar, o Roquinho, que não é em ameaça, não é gritando. Isso tudo que você faz, você pode fazer para aparecer pela categoria. Mas isso não muda uma realidade que é o Orçamento do nosso estado. Isso não tem como mudar no grito, isso não tem como mudar por vontade própria.

Eu tenho certeza de que o governador João Doria deu, com aperto no coração, os cinco por cento, que não era o que ele queria. Mas a gente também tem que entender que trabalho com órgãos públicos a gente deve responsabilidade fiscal. E isso é uma das coisas que ele preza muito, e eu o admiro muito por isso. Então, a responsabilidade fiscal tem que ser cumprida.

Se você não cumprir, você não consegue tomar posse em outro evento, numa outra eleição porque você fica inelegível.  E isso é uma coisa que se toma cuidado. Como o senhor nunca foi do Executivo, Major Mecca, o senhor deveria estudar muito antes de começar a falar o que o senhor fala. Eu sei muito bem disso porque eu tenho marido prefeito e eu sei de todas as dificuldades que o Executivo enfrenta hoje na hora de fazer qualquer tipo de compra, qualquer tipo de contratação ou aumento.

O aumento da Polícia Militar é um aumento grande porque a quantidade do contingente que existe, inativos e ativos é muito grande. São 290 mil pessoas.
Se você for pensar, a cada um real que você aumenta, você aumenta 300 mil. E aí você vai progressivamente fazendo isso, 1% são 200 milhões por ano; 200 milhões por ano fazendo um por cento.

O aumento que o governador deu foi no limite. Ele contingenciou durante todo o ano e eu sou testemunha disso, porque toda sexta-feira eu estou na reunião das Secretaria do Estado e eu estou vendo todo o empenho e todo o esforço em contingenciar todas as Secretarias, tirando Educação, Saúde e Segurança, é claro, que é o que nós estamos aqui dizendo. É muito complicado a gente conseguir fazer tudo de uma vez no primeiro ano com dez meses de mandato fazer um anúncio desse porte.

O anúncio foi feito de 5%, mas ninguém aqui falou sobre o aumento do vale refeição, que o vale refeição foi para 790, que era 500 reais. Também ninguém falou que vai ter uma assistência jurídica, que é muito mais do que uma pauta que a gente tinha aqui, até PLs apresentados na Assembleia e que era extremamente importante. Isso também foi colocado: todos os policiais terão assistência jurídica.

Também não foi colocado que ao invés de quatro bônus anuais agora não serão mais trimestrais e serão bimestrais. Então, serão seis pagamentos de bônus de prêmios para o policial, incluindo mais 40 mil policiais que não tinham esse benefício. Muitas coisas mudaram. A gente precisa enxergar a verdade e não essa briga que não vai levar a lugar nenhum. Sabemos do compromisso que o governador João Doria tem com a Polícia Militar. Ele tem uma prioridade e isso não vai mudar. Isso foi o começo.

Acho que nós temos que dar parabéns ao governador João Doria por ter conseguido fazer esse contingenciamento e fazer esse anúncio do aumento dos policiais. Nós queremos mais. Eu também, viu, Major Mecca. Eu também quero mais. E eu quero, sim, que ele cumpra o que ele prometeu. E eu tenho certeza de que ele irá cumprir. Mas não é assim; não é no primeiro ano.

Em São Bernardo do Campo o prefeito também fez uma campanha em cima da Polícia, da GCM. E ele disse que faria equiparação da Polícia Municipal com a Polícia Militar. Mas não dá para se fazer isso no primeiro ano. O primeiro ano é você colocar a casa em ordem e começar a acertar as contas. E governar é eleger prioridades. E essas são as prioridades do governador. E foi assim que o Orlando conseguiu fazer essa equiparação agora, três anos de mandato, porque é um valor que acaba sendo alto por conta do número de pessoas. Eu tenho certeza, Major Mecca, e todos os policiais e todas as pessoas que são envolvidas com a polícia que estão aqui, amigos deputados, que ele irá fazer. Mas nós precisamos ter um pouquinho de paciência.

O país atravessa uma situação muito complicada. O nosso estado também não é diferente dos outros, apesar de ser o melhor, o mais desenvolvido e ter tido o melhor PIB do que o restante do Brasil nós temos, sim, ainda muita coisa para conseguir acertar e arrumar. Nós temos que dar aumento para muitas categorias também, e são outros pleitos, mas o dinheiro é um só.

Então, você normalmente trabalha isso aos poucos. Não dá para se fazer tudo ao mesmo tempo e tudo de uma vez só. Tenho certeza de que esse primeiro passo que o governador deu foi o primeiro passo, pequeno, da maneira que vocês merecem? Sim, mas esse é o primeiro passo, e podem ter certeza que nas próximas vezes isso será melhor, porque o que a gente acredita é que a economia melhore.

E isso tudo depende de ter um dinheiro novo. Não dá para continuar brigando por um Orçamento que não existe. Se o dinheiro que a gente tem é de um milhão, é um milhão que a gente vai ter para gastar. Se a gente vai ao supermercado com 50 reais, eu não vou fazer um carrinho de 100, porque eu só tenho 50 para pagar.

Isso é responsabilidade, e é isso que ele está fazendo hoje no Governo do Estado, com responsabilidade, com certeza de que esse salário ele vai conseguir pagar e ele vai honrar com esse compromisso. E com certeza os próximos aumentos virão. Ele já disse que todos os anos terão aumento e eu tenho certeza disso.

Vou dar um aparte.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Deputada, não cabe aparte.

 

 A SRA. CARLA MORANDO - PSDB - Bom, então, para finalizar, gostaria aqui de parabenizar o governador João Doria por ter essa coragem de fazer todo esse trabalho durante todo o ano que foi passando em contingenciamento, justamente para ter a prioridade para a polícia, para a Educação e para a Saúde.

Então, quero aqui só registrar e dizer aos nossos policiais e a todos os policiais do estado que o João Doria é uma pessoa de palavra. Ele falou que vai fazer a equiparação durante o mandato dele e não no primeiro ano, até porque para qualquer pessoa, por menos que ela entenda, sabe da situação que o país se encontra, que o estado se encontra. Então, não vai sair por aí gritando aos berros de que se tem que aumentar 30 ou 50% no momento em que o país e o estado atravessa.

Muito obrigada a todos.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Em votação.

 

 O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Sr. Presidente, para encaminhar em nome da bancada do PT.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Tem V.Exa. o tempo regimental.

 

O SR. SARGENTO NERI - AVANTE - Para uma comunicação, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Com anuência do nosso orador na tribuna, tem V.Exa. para comunicação.

 

O SR. SARGENTO NERI - AVANTE - PARA COMUNICAÇÃO - Meu amigo Barba, obrigado.

Presidente, eu realmente fiquei decepcionado com o aumento salarial, porque esperava aí pelo menos 10% de aumento. E foi uma decepção.

Mas o que mais me preocupa é que a partir de janeiro os nossos aposentados e pensionistas de cabo e terceiro-sargento terá ainda a incidência de um desconto previdenciário de 7,5. Então, esse aumento salarial que o governador deu de 5%, ainda ele vai perder 2,5.

Então, os nossos reformados levaram uma pancada em Brasília, que aí, Gil, infelizmente entra o PSL, que deveria ter segurado o Reg, que era promessa do presidente de não nos colocar na Previdência. E não adianta. Eu sou muito sincero porque minha campanha custou 11 mil reais, e eu fiz com o meu suor. É claro que eu tenho toda a referência ao presidente, espero que ele dê certo, como quero que o nosso governador dê certo. Mas são duas pancadas esta semana, uma em Brasília, do governo federal, de 7,5 na Previdência que passarão a pagar, e agora os 5 por cento.

Por que eu esperava 10 por cento? Porque levava a pancada de 7,5 em janeiro, sobraria aí pelo menos 3, 2,5. Já não sairia no prejuízo. E eu pedi nesta Casa e teve deputado federal da Polícia Militar do Estado de São Paulo que ainda veio achar ruim comigo. É uma vergonha o que aconteceu lá em Brasília, e aqui é lamentável que não veio pelo menos uns 10% de aumento salarial. Quanto a outras coisas que nós não tínhamos e agora temos, não tem o que questionar, mas precisávamos, pelo menos, de 10% de aumento salarial.

Obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Com a palavra o deputado Teonilio Barba.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR  - Sr. Presidente, eu volto a esta tribuna novamente porque eu acho que eu provoquei um debate aqui importante que já subiram três aliados do governo para defender o governo. Subiu o deputado Barros Munhoz, com a sua longa experiência. O deputado Roque Barbiere também subiu aqui. Roque, não foi 7% para a Polícia em 2018, foi 7% para Apeoesp, 4% para a Polícia, 3,5% para os agentes penitenciários e para os agentes de escolta.

Esse foi o reajuste do ano passado. Isso foi 2018. Nós brigamos aqui para ver se dava 7% para todo mundo e não teve jeito. Mas, por que eu subi novamente para falar? Prestem atenção aí, Sargento Neri, Major Mecca, Conte Lopes, Adriana Borgo, Tenente Coimbra.

Vamos lá. Os Policiais Civis têm uma perda acumulada, de 2014 até 2018, de 24,57, esse número eu sei de cor, 10,67 em 2015, 6,27 em 2016, 4,2 em 2017 e 4% em 2018. Dá 24,57. Os delegados da Polícia Civil - o Delegado Olim não está aí, nem a Delegada Graciela - têm uma perda que é de 2013 até 2018, que acumula 31,13 por cento.

Polícia Militar também 24,57, e os agentes penitenciários, mais os agentes de escolta, 24,57. Quando aplica os 4%, ou em 2018, aí sobra 20,57, 20,59, acumulados para 2019, considerando de fevereiro de 2018, quando receberam 4%, até o mês de setembro de 2019, a inflação é 6,03. O governador não repôs nem a inflação desses 17 meses.

Vai ter que subir mais base aliada aqui para defender. E aqui não está inclusa a Fundação Casa, aqui não estão inclusas as outras redes do funcionalismo público do estado de São Paulo. Eu ainda estou provocando os deputados, porque nós vamos defender os 5%, de ampliar esse valor para todo mundo.

Eu sei que ninguém vai repor 21,57 de uma vez, mas, se o governo tiver vontade, ele monta um plano de recuperação. Ele fala; “tá bom, eu vou pagar a reposição da inflação agora e um pedaço da inflação atrasada”. Não estou nem discutindo o aumento real. Estou discutindo a reposição da inflação. Reposição da inflação devia ser lei. Teve inflação, aplica-se automaticamente no salário. Não tem inflação, a inflação é zero, zero de reajuste.

Os países mais sérios funcionam assim. O que você discute, que é livre negociação? É aumento real de salário, é se você aumenta o bônus, é se você aumenta se tem uma PLR, é se você negocia as condições de trabalho. O problema aqui parece a história do burro e a cenoura, ou a cenoura e o burro. O burro está sem pegar a cenoura, e vai colocando na dentição dele, e vai mastigando, até acabar a cenoura.

Então qual é a cenoura do burro aqui do PSDB? No caso da Segurança Pública, tem aí cinco anos de falta de reposição. O ano passado que repôs quatro por cento. No caso da Saúde, seis anos sem repor. No caso da Apeoesp, eram quatro anos. A Apeoesp fez uma greve de 92 dias, fez uma luta importante, conseguiu o reajuste na Justiça, e ele não paga.

Até quando vocês, da base governista, vão ficar mentindo aqui? Até quando? Vocês têm que começar a falar, sabe? Então, toda hora que essa história: “está difícil, está difícil”. Que história é essa? Monta um planejamento para se pagar.

Eu acho que nenhum governador... O João Doria não vai conseguir chegar aqui, Roque Barbiere, e dar 21% de perda, não vai conseguir, mas pode montar um planejamento para falar assim: “olha, eu quero realmente repor as perdas salariais do funcionário público no estado de São Paulo”.

Você pode até estabelecer que tem teto. “Vamos estabelecer que essa regra de aplicar para ir recuperando é para quem ganha “x” salários mínimos.” Você pode até fazer isso, sabe? Mas vamos tentar montar um plano que recupere. Vamos parar de contar história.

Eu estou vendo a história se repetir e, infelizmente, estou vendo muito recuada a bancada da Segurança Pública. Eu queria ver o Conte Lopes subir aqui, o Gil Diniz subir aqui e defender. A bancada do PSL votou contra o reajuste do funcionalismo da Assembleia, que era de 4,93: 3,93 de reposição da inflação e 1% de aumento real.

Quero ver vocês subirem para defender, porque estou subindo para defender vocês e eu não tenho militância nem intenção de voto da polícia, porque não é minha área. Ao contrário, da polícia eu só apanhei. Na porta de fábrica. O Conte Lopes fala que não. Só apanhamos.

Era porrada, era luta pela democracia. Faz parte. Mesmo assim, eu trato o Conte Lopes, conheço o Conte Lopes há mais de 30 anos. A gente passou a se conhecer melhor aqui e eu o trato com muito respeito, assim como a todos da bancada que eu chamo de bancada da Segurança Pública. Eu não vou usar o termo que a imprensa usa. Não vou usar. Se você usar, se você quer fazer coro com a imprensa, se você gosta, o problema é seu. Eu vou tratar dessa maneira. Quando tenho que bater em vocês, eu bato. Não tem moleza.

Agora, estou estranhando essa mansidão, essa subserviência da bancada da Segurança Pública. Está muito quietinha. Eu falo para vocês: tinham que estar todos inscritos para falar ao governador que não é suficiente. Não estou pedindo para xingar o governador. Na hora que tiver que xingá-lo, eu vou xingar aqui. Mas tem que dizer que é insuficiente o que ele está fazendo.

E ele trata os trabalhadores dessa maneira, é com preconceito mesmo. Ele é um cara preconceituoso. Ele é um cara que falou, dias atrás, para os veteranos - como gosta de dizer o Major Mecca -, chamou-os de vagabundos, mandou pegarem os 200 reais pagos pelo Major Olímpio, segundo ele, e irem comer lanche de mortadela com a mãe.

Então, o que estou querendo discutir, Roque Barbiere, é que vocês têm que parar com esse negócio. Vocês têm que parar de, a toda hora, querer defender o governo. Fica quieto, pelo menos não passa vergonha. Se ficar quieto, não passa vergonha. É isso.

Não estou discutindo só em função da polícia. Estou discutindo aqui porque quero a reposição das perdas salariais para todo o funcionalismo público do estado de São Paulo. Quero aumento real para todo o funcionalismo público do estado de São Paulo.

Na nossa categoria, lá no setor privado, quando a gente negocia com as empresas, as empresas às vezes falam assim: “Olha, eu não consigo pagar no total para vocês, mas consigo pagar até um teto de “x” salários mínimos”. Então, você estabelece lá dez salários mínimos. Dá 9.998 reais. Acima disso, só aplica o fixo, que é inflação. Abaixo disso, eu aplico a inflação mais o aumento real. Lá funciona assim. Vamos imaginar: se você calculou 5% e deu 1% de aumento real, então você aplica, acima daquele teto de dez salários, fica um fixo aplicado.

Agora, hoje até me surpreendi, porque foi a primeira vez que vi o deputado Roque governista de plantão. Falo na boa, não tem problema. Eu não sabia. É a primeira vez que vejo você subir para defender o governo. (Fala fora do microfone.) O Campos não vai defender isso. O Campos vai ser contrário. Vocês estão rachados. O Campos não é governista, o Campos é independente. Você é governista.

Então, não vamos ficar olhando, assistindo. Eu quero ver o Coronel Nishikawa, o coronel e bombeiro Nishikawa, se manifestar. Quero ver o Tenente Coimbra se manifestar. O Major Mecca já o fez do microfone de apartes, mas teria que fazer aqui da tribuna.

Quero ver esse debate. Nós temos que desmascarar a base governista aqui. A base governista está aqui para suprimir, para sucumbir, para reduzir o salário do funcionalismo público do estado de São Paulo. Foi assim que ela se comportou pelo menos nestes cinco anos em que estou aqui. Muito obrigado pela tolerância, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Em votação o projeto.

 

O SR. ROQUE BARBIERI - PTB - Sr. Presidente, eu fui citado quatro vezes.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Deputado, vou pedir um favor a V. Exa. para só encerrar a votação, e então dou palavra a V. Exa. para comunicação. Pode ser?

 

O SR. ROQUE BARBIERI - PTB - Está bom.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Estamos em votação, vou agora concluir a votação. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. SEBASTIÃO SANTOS - REPUBLICANOS - Sr. Presidente, para pedir uma verificação de votação.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - É regimental. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, vamos proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico. A partir deste momento, estamos fazendo soar o sinal intermitente por quatro minutos, para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que não se encontram em plenário tenham conhecimento da votação que se realizará.

 

* * *

 

- É iniciada a verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

* * *

 

O SR. ROQUE BARBIERI - PTB - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, o meu ídolo aqui, o Barba... Eu brinco com ele que ele nunca entrou dentro da fábrica, só ficava na porta agitando, aí diz que a Polícia batia nele. Eu tenho muito respeito por ele, e ele me citou quatro vezes, dizendo que a bancada governista é mentirosa. Dá a impressão de que nós todos, deputados, somos contra o aumento para o servidor, seja policial, seja de outra área.

Ninguém aqui é contra aumento para funcionário público, nenhum deputado é contra. Acho que V. Exa. comete um equívoco ao falar “A bancada governista é mentirosa, a bancada governista tem que parar com isso, porque a nossa categoria...”. Qual que é a sua categoria? Você fazia o quê? Eu não sei qual era a sua categoria, você passava a mão em tudo o que era do PT e pegava pra você, politicamente falando.

Então eu quero justificar que na fala dele, na hora em que ele chamou a bancada governista de mentirosa, eu acredito que ele estava com brincadeira, porque ele estava sorrindo, porque eu sei que ele não pensa assim. Eu tenho carinho e respeito por ele e volto a dizer: não tem como dar mais, Barba.

Eu gostaria de dar 10, 20, 30, 40, 50, 1.000% de aumento para o policial, mas não tem como dar mais, então tem que aceitar e ajudar o governo a melhorar a vida das pessoas, e não ficar pondo mata-burro na frente do governo igual vocês têm feito ao longo da vida. É um governo que foi herdado do país de vocês. Se a água está entrando no barco, começou a entrar com a dona Dilma. Veio seguindo de lá pra cá, e hoje estão difíceis as coisas.

 

O SR. MAJOR MECCA - PSL - Sr. Presidente, para uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Para uma comunicação, tem V. Exa. a palavra.

 

O SR. MAJOR MECCA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Eu aceito, sim, a sugestão de estudar e sugiro que façam a mesma sugestão ao governador, para que ele não faça promessas que não possa cumprir. E pode vir a tropa de choque para defender o governador aqui, não tem problema algum. Eu falei, falo e falarei sempre que for necessário para defender os policiais do estado de São Paulo, aqui. Muito obrigado, presidente.

 

O SR. APRIGIO - PODE - Sr. Presidente, para uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Tem V. Exa. o tempo para comunicação.

 

O SR. APRIGIO - PODE - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu venho aqui também falar sobre o aumento dos policiais, como os policiais são todos os funcionários. Na minha opinião, o governo não é gerador de recursos. Se quiser, ele sabe como gerar recursos para poder dar o aumento para todo tipo de funcionário e tem uma obrigação para todo ano dar um aumento.

O grande problema que eu vejo aí é que a maioria dos políticos, principalmente os Executivos - porque o Legislativo não tem força para isso - estão matando a galinha dos ovos de ouro. Em vez de você quebrar o ovo, você mata a galinha. Esse cara não é inteligente. Inteligente é o cara que pode quebrar o ovo, mas não mata a galinha dos ovos de ouro.

O que está acontecendo é: o governo, a maioria dos governos do Brasil, em geral, não respeitam as empresas, que são quem geram renda. Quem gera emprego? São as empresas privadas, para poder gerar renda para ele pagar para os funcionários. Quantas empresas no Estado de São Paulo estão fechando? Quantas empresas estão indo embora? Veja a Ford hoje, o último dia de trabalho. Vai sentir isso no Orçamento da prefeitura, ele vai sentir a falta desse recurso. E não é só desse, ele vai sentir a falta de muitas empresas que estão indo embora.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Sr. Deputado, já temos que dar início aqui à votação, por gentileza, para concluir, por favor.

 

O SR. APRIGIO - PODE - Vão sentir a falta de muitas empresas que vão embora, que vão deixar de gerar renda para ele nessas cidades. E é isso que a maioria não vê. Quando você vai tirar uma licença para abrir uma empresa, para gerar um emprego nessa cidade, para você gerar renda na cidade, para o governo para ver se você consegue em menos de dois, três anos.

Então, é aí que acaba não gerando emprego. E não gera emprego, cada dia fica pior e, cada dia ficando pior, vai faltar dinheiro para eles fazerem a obrigação deles.

 

O SR. SEBASTIÃO SANTOS - REPUBLICANOS - Para colocar o Republicanos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - O Republicanos está em obstrução.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Para colocar o PT em obstrução.

E dizer, Roquinho, que a coisa da mentira foi uma brincadeira. Só para provocar.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - O PT está em obstrução.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Colocar o PSL em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - O PSL está em obstrução.

 

A SRA. ADRIANA BORGO - PROS - Para colocar o Pros em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - O Pros está em obstrução.

 

A SRA. CARLA MORANDO - PSDB - Colocar o PSDB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - O PSDB está em obstrução.

 

O SR. MARCOS DAMASIO - PL - Para colocar o PL em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - O PL está em obstrução.

 

O SR. ALEX DE MADUREIRA - PSD - Para colocar o PSD em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - O PSD está em obstrução.

 

O SR. DANIEL SOARES - DEM - Colocar o Democratas em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - O Democratas está em obstrução.

 

O SR. ROQUE BARBIERE - PTB - Para colocar o PTB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - O PTB está em obstrução.

 

O SR. ED THOMAS - PSB - Para colocar o PSB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - O PSB está em obstrução.

 

O SR. FERNANDO CURY - CIDADANIA - Colocar o Cidadania em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - O Cidadania está em obstrução.

 

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- É feita a verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, participaram do processo de votação 29 Sras. Deputadas e Srs. Deputados: 21 votaram “sim”, cinco votaram “não”, dois se abstiveram e este deputado na Presidência, quórum insuficiente para a deliberação do projeto, que fica em votação adiada.

Item nº 3 - Discussão e votação do Projeto de lei nº 346, de 2019, de autoria do deputado Altair Moraes.

Há sobre a mesa emenda de plenário com o número regimental de assinaturas, nos termos do Art. 175, inciso II, do Regimento Interno. Motivo pelo qual o projeto retorna às comissões.

 

O SR. CONTE LOPES - PP – Para uma comunicação, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Item 4. Discussão e votação do Projeto de lei nº 710, de 2019, de autoria do nobre deputado Marcio da Farmácia.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL – Presidente para encaminhar pelo PSL.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS – Só um minutinho.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação, para encaminhar, tem V. Exa. o tempo regimental pelo PSL.

Pela ordem, deputado. Para uma comunicação, tem V. Exa. o tempo.

 

O SR. CONTE LOPES - PP – PARA COMUNICAÇÃO – Sr. Presidente, o presidente do PT, o Barba, cobrou várias vezes que eu teria votado contra o aumento dos funcionários da Casa. Eu votei favorável. Votei favorável. Vossa Excelência misturou. O senhor entendeu que votei contra.

Com relação ao dia de hoje, coloquei o meu terno, bonito, e fui para o Morumbi. Fui convidado. Realmente, eu esperava que seria um grande aumento. Eu não esperava 5%, honestamente. Mas o governador Doria realmente é um artista. Porque ele consegue pôr todo mundo lá e fez o anúncio dos 5 por cento. Estou nesta Casa há muito tempo, com Vossa Excelência. Quando o governador vai dar o aumento, ele manda o papel para cá com o aumento, com o projeto. E a gente aprova ou não aprova.

Obviamente, tem que aprovar. Não adianta votar contra. Porque quem dá aumento é o governador. Não adianta a mídia e os caras das mídias sociais ficarem xingando a gente. Não tenho nada a ver com isso. Quem dá aumento é o governador, não sou eu. Não posso dar aumento para ninguém. Senão, eu daria. Mas não posso. Na verdade, é isso. Cinco por cento, na verdade todo mundo esperava muito mais. Então a gente ficou bastante abatido com isso.

Como colocou a nobre deputada Carla Morando, tem 290 mil homens. Hoje todo mundo falava que vai aumentar mais 10 mil, 12 mil, 15 mil. A polícia cuida de 45 milhões de moradores de São Paulo. Então cada vez mais vamos ter mais policiais. E também é aquilo: o cara que entra hoje na polícia como soldado, provavelmente ele vai aposentar como tenente ou até como coronel se ele não morrer. “Ai, tem muita gente na reserva.”

O próprio Alckmin fala muito: “Tem não sei quantos coronéis na reserva.” Porque o cara não morreu. Se ele morrer, ele não vai para a reserva. Realmente, a gente tem que batalhar por um melhor salário. Agora, infelizmente, quem dá aumento de salário é o governador do estado. Ele que é o responsável.

O deputado tem o direito de chiar, xingar, falar. Mas temos que conquistar o governador para que ele dê um aumento melhor, porque ele prometeu que ia ser a melhor polícia paga. Hoje, realmente, lá no Palácio, fiquei decepcionado. Eu esperava muito mais. Senão eu não ia ter colocado o meu terno bonitinho para ir lá. Para receber cinco por cento?

 

A SRA. ADRIANA BORGO - PROS – Pela ordem, Sr. Presidente. Para uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS – Com a anuência do deputado na tribuna, tem Vossa Excelência.

 

A SRA. ADRIANA BORGO - PROS – PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, Srs. Deputados, acho que devemos urgentemente votar uma PEC que será apresentada. Discutimos no Conselho de Prerrogativas da Casa para que as emendas destinadas aos deputados sejam impositivas e garantidas.

Porque hoje o que se tem aqui na Casa é medo de votar contra ou se expor contrariando a maioria, e ficar sem poder ajudar os 645 municípios. Isso tem calado a nossa voz.

Quanto ao nosso aumento, se é isso que a gente pode dizer, quero dizer que até o dia de hoje respeitei o governador João Doria, como vou continuar respeitando. Acreditei que hoje fosse um dia especial, mas foi um dia lastimável.

A Adriana Borgo, até hoje, que se comportou de uma forma até hoje, não é mais a partir de agora. Quero que todos os deputados que vêm aqui na tribuna, defender os policiais, que vão para as ruas com a gente quando a gente chamar. Porque agora a Polícia Civil já se articula para uma greve, e vamos apoiar.

A SAP articula uma greve. Que os policiais militares veteranos parem junto comigo os batalhões, parem sim o Comando da Polícia, e façamos a nossa parte. Porque ir no microfone é bonito. Quero ver agora, que vamos para as ruas.

Então deixo a minha decepção e a minha indignação com que a gente ouviu hoje naquele Palácio. Muito triste. A família da Segurança Pública não merecia e não merece. A partir de hoje, esta deputada muda o seu comportamento, em nome da família da Segurança.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS – Com a palavra o deputado Gil Diniz.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL – SEM REVISÃO DO ORADOR – Presidente, me inscrevi... Me inscrevi, não. Vim encaminhar em nome da bancada do PSL. Vou votar favorável ao projeto do deputado Marcio da Farmácia. Mas o objetivo agora é esclarecer alguns pontos aqui para os nossos deputados. Já falei anteriormente da questão da denúncia que sofri no MP por um ex-assessor.

E para a minha surpresa, nesta última semana - e tem vários deputados me questionando, e com toda a razão - saiu uma reportagem na Folha de S.Paulo dizendo que eu montei, aqui na Assembleia, uma central de dossiês apócrifos para assassinar reputações de deputados e tudo mais. Todos aqui sabem como foi a disputa para a Mesa Diretora aqui da Casa; é público, é público. Inclusive a denúncia que eu fiz contra o deputado Cauê Macris no MP e tudo mais. Isso é mais do que público.

Então, não tem nada de central de dossiês coisa nenhuma. Inclusive o repórter entrou novamente em contato comigo e eu falei com ele que diálogo com esse tipo de jornalista é somente na Justiça. Ele vai ter que responder e vai ter que provar que esses “prints” que estão colocando dizendo que partiu de um grupo do meu gabinete é verídico. Vejam só vocês. Chegaram hoje vários outros “prints”. Eu já falei para alguns deputados aqui e falo para outros também, que não reconheço como verídico, não reconheço.

Fizeram, deputado Douglas, algumas montagens ali com o presidente Cauê. Uma ou duas ali, eu tenho certeza, sei de onde partiu. Mas são memes. Querem criminalizar memes. 

Agora, tem conversas ali onde supostamente nós falamos sobre o Telhada, o Neri, a Borgo, a própria Erica, que eu não reconheço. Temos as nossas diferenças aqui, Erica, e temos muitas, muitas, mas sempre tratei todos os nossos deputados com o devido respeito, não só aqui, publicamente. E tenho, sim, um profundo respeito por todos aqui.

Temos nossas diferenças. Agora surge essa nova denúncia nesse momento. Novamente, se você pegar o título da reportagem da Folha de S.Paulo dizendo que o deputado Gil Diniz criou uma central de dossiês apócrifos e vai ler o texto, o texto não condiz com o título.

Mas por que eu falo isso para vocês? Hoje, o deputado Alexandre Frota me cita lá na CPI da Fake News, cita também o deputado Douglas Garcia, o seu chefe de gabinete, o Edson Salomon, e nós somos convocados a comparecer à CPI da Fake News. Já convocaram o filho do presidente, o Carlos Bolsonaro, convocaram outros assessores diretamente ligados ali ao presidente, e nós sabemos de onde parte esse tipo de ataque, meu Deus; nós sabemos. E olhe, não tem como culpar o PT, não, Barba. Não tem como culpar a bancada de esquerda, não. É fogo “amigo”. Querem minar novamente. Repito: não estou disputando espaço no PSL com ninguém. O meu espaço eu ocupo naturalmente.

Tem a questão, primeiro, não é? Poxa, tive uma votação razoável no estado de São Paulo, me elegi deputado estadual. Agora sou líder da bancada do PSL nesta Casa Legislativa, mas vice-presidente do PSL em São Paulo... Eu não sabia que partido político - eu imaginava, mas não sabia - parece que é o final do arco-íris, tem um pote de ouro no final desse arco-íris aí, porque a disputa, Barba, é impressionante, é impressionante.  O interesse, essa autofagia de muitos é demais.

Então, não estou disputando a vice-presidência. O Eduardo Bolsonaro há poucos dias era cotado a ser embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Recuou; não vai ser mais. “Opa, já entraram com o pedido de expulsão”. Até ele recuar ali “ah, não, deixa ele ir, está bom, ele vai lá e tudo mais, vai largar a Presidência do PSL aqui, depois a gente dá um jeito de limar o deputado Gil Diniz”.

Não conseguiram. Eduardo continua presidente do PSL. Até quando? Não sei. E começam esse tipo de ataque. Já falei com alguns deputados aqui. Se deputado Telhada, conversei com ele via Whatsapp também, e posso conversar com qualquer outro deputado aqui que se sentiu ofendido, e com todo o direito. Pode me questionar, pode olhar no olho, pode falar comigo. Não tenho problema nenhum.

Agora, esse jornalista, realmente, vai ter que responder na Justiça e vai ter que provar que eu montei uma fábrica de dossiês usando a estrutura da Assembleia Legislativa. Não é possível a irresponsabilidade desse tipo de profissional, que de profissional não tem coisa nenhuma.

Então, nesse momento, desse tipo de denúncia, que vem, por exemplo, ontem, contra o presidente Bolsonaro tentando colocá-lo na cena do crime da Marielle. Meu Deus do céu, aí veio agora a denúncia contra o meu mandato, agora está fabricando central de fake news. Agora fui convocado por conta ali do deputado Alexandre Frota, que hoje é tucano, né? Hoje não é mais do PSL.

Graças a Deus nos livramos desse tipo de gente do nosso convívio, mas fomos convocados. Então, as peças vão se encaixando, Douglas, aos poucos vão se encaixando. Repito: o canalha que me denunciou, que foi exonerado no dia 31 de julho, só lembrou de fazer a denúncia contra o meu mandato dia 15 de outubro, depois de passar por Paris, por Hong Kong e parando em Bali, na Indonésia. Barata uma viagem como essa! Um turismo muito barato. Mas, novamente, aos poucos essas peças aí vão se encaixando e nós vamos vendo CPI da Fake News, ali alguns deputados patrocinando, tentando minar as pessoas mais próximas ao presidente Jair Bolsonaro, ao Eduardo Bolsonaro.

Por que só o deputado Douglas Garcia e eu para a CPI da Fake News? Vão criminalizar o meme, olhem só. Roubar Correios, tranquilo; Petrobras, sem novidade. Então, a gente fica aqui pensando, mas, novamente, aos poucos as peças vão se encaixando. Já fui ao MP levar, previamente, espontaneamente uma prévia defesa. Segunda-feira vou comparecer novamente.

Coloco-me à disposição dos procuradores, coloco-me à disposição do Sr. Smanio, que deu uma entrevista aí, a meu ver desnecessária, mas direito dele também. Não tenho problema nenhum, não tenho medo de ser investigado. Talvez alguns tenham; meu mandato, não. Então, está tudo à disposição.

E respondendo aqui ao deputado Barba, nesse tempo que me resta, eu não estou frustrado com esse aumento de 5%, deputado. É mais do que esperado, é o governo do PSDB. Eu cresci, quando eu cheguei de Pernambuco em São Paulo era isso, e sempre foi isso. Quem acreditou, eu acho que caiu do cavalo. Agora, quando a gente cobra aqui a responsabilidade do governador, nós falamos do compromisso com a verdade, do compromisso com a verdade. Ele prometeu.

Primeiro prometeu na campanha que o reajuste salarial viria no início do mandato. Ele ganhou o governo do estado de São Paulo por uma margem pequena, cerca de 300 mil votos. Quase, olha... para quem ganhou, o PSDB, o tucanato ganhou o governo de São Paulo no primeiro turno, na última eleição com o Alckmin, suou sangue nessa para vencer, e com mentira, e com mentira.

Então, governador, tenha hombridade de vir agora a público e falar: “Menti, faltei com a verdade. Os policiais de São Paulo não serão os melhores remunerados.” Já mudou o discurso. Hoje, no Palácio, “olhe, eles serão um dos melhores”. Um dos melhores é o quarto, quinto, sexto, décimo, qual?

Porque ele tinha prometido que seria o segundo salário do Brasil, exceto o Distrito Federal. Então, deu 5% no salário de um soldado da Polícia Militar. Vai refletir cerca de 150 reais, e não me surpreende. Esse é o padrão João Doria de governar, fazer fumaça, fazer propaganda, fazer marketing.

Então, enquanto nós estamos votando aqui a diminuição do estado, aprovando empréstimo, isso e aquilo, o governador não consegue cumprir promessa de campanha. O líder do governo foi feliz quando disse: “Olha, mas o presidente Bolsonaro também não aumentou”. Respondo: ora, o presidente Bolsonaro não prometeu aumento para ninguém. Pelo contrário, disse que faria reformas, disse que ia apertar o cinto, disse que faria a reforma da Previdência e tudo mais.

Então, governador, tenha hombridade. Ontem um soldado morreu, soldado Erik Cândido. Quando o cabo Fernando morreu, o que o governador foi fazer? Jogar bola e comer pizza com os amigos. Hoje, a Polícia Militar mais uma vez viu, o povo de São Paulo mais uma vez viu o padrão tucano de governar, e, principalmente, para deixar registrado, o padrão João Doria de governar.

Governador, mais gestão no estado de São Paulo. Pare de pensar em 2022, e, com certeza, o senhor será lembrado por nossas forças de Segurança e pelo estado de São Paulo. O Geraldo Alckmin deu 4%, teve ali 4% na eleição, e o senhor vai ter, no máximo, Barba, esses 5%, ou bem menos que isso.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. ALEX DE MADUREIRA - PSD - Pela ordem, Sr. Presidente. Uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Tem V. Exa. o tempo regimental.

 

O SR. ALEX DE MADUREIRA - PSD - PARA COMUNICAÇÃO -Comunicar aqui hoje... Acho que a maioria dos deputados sabe. Hoje é aniversário da nossa colega, da nossa querida deputada líder do PSD aqui na Assembleia Legislativa, deputada Marta Costa. Ela não está presente agora, neste momento, aqui no plenário, mas eu não poderia deixar de me congratular, juntamente com os amigos aqui hoje.

Pediria a todos que podem uma salva de palmas à nossa querida deputada Marta Costa. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Em votação o projeto, salvo emendas.

 

O SR. WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente. Para encaminhar pela vice-liderança do Governo.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela vice-liderança do Governo, tem V. Exa. o tempo regimental.

 

O SR. ARTHUR DO VAL - DEM - Questão de ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Questão de ordem do deputado Arthur do Val.

 

O SR. ARTHUR DO VAL - DEM - PARA QUESTÃO DE ORDEM - De acordo com o Art. 18, letra F, “é função do presidente interromper o orador que se desviar da questão, falar sobre o vencido ou faltar a consideração à Assembleia ou qualquer dos seus membros, advertindo-o em caso de insistência, retirando-lhe a palavra”.

Com todo respeito. O nosso nobre deputado Marcio está em pé aqui esperando a votação do seu projeto. Eu considero um desrespeito a gente tem que ficar ouvindo lavagem de roupa suja do PSL, ou das diferenças do aumento do governador, sendo que o projeto em pauta... Estamos todos aqui convocados em uma sessão extraordinária... São os projetos da pauta, que agora, inclusive, parou na do nosso amigo Marcio.

Então, eu peço o respeito dos deputados com o nosso amigo aqui, Marcio, para que a gente vote o projeto dele e paremos de ficar fazendo sala para deputado lavar roupa suja de partido aqui.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Nobre deputado Arthur do Val, eu concordo em gênero número e grau com V. Exa. sobre esse artigo, e peço aos Srs. Deputados e Sras. Deputadas que se atenham, então, aqui ao tema que nós estamos discutindo e votando, para não abrirmos aqui uma discussão paralela.

Nós estamos falando aqui há muito tempo de um projeto de aumento dos policiais, que nem chegou a esta Casa ainda, e já se abriu uma discussão. Então, eu peço os Srs. Deputados que observem, realmente, esse artigo do Regimento Interno, e vamos nos manter ao tema da discussão dos projetos aqui apresentados.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem, deputado Gil.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Presidente, só para entender...

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - É uma questão de ordem?

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Não, não. Uma comunicação, mas um questionamento também ao senhor. Para entender se essa regra será usada em todas as discussões porque eu já levantei essa questão de ordem quando o presidente Cauê Macris estava aqui.

Porque, olha, parece que o deputado Arthur não gosta de trabalhar. Não gosta de trabalhar. Ele só vem aqui... Ele gosta de subir na tribuna para fazer vídeo para o canal dele no YouTube. É isso. Então, ele se ofende quando nós fazemos discussões dentro das comissões, porque ele tem pressa para sair, porque é muito mais lucrativo para o mandato dele fazer vídeo para a internet.

Quando ele não pode discutir, quando sai do tema dele, quando sai ali do canalzinho do YouTube dele, ele não consegue discutir. Então, se ele quiser discutir os projetos, debater os projetos, da tribuna, desses microfones de aparte, debateremos de igual para igual, porque fica fácil falar somente ele, naquela monotonia do canal dele, para algumas milhões de pessoas, quando não vai ter o confronto.

Então, se essa questão de ordem for respeitada, sou o primeiro a respeitar.  Agora, não dá para vir chorar aqui porque quer ir mais cedo para casa, porque não quer trabalhar. A gente precisa falar a verdade. Não quer trabalhar. Olha aí: calça jeans, tênis, meia, tudo mais.

Pode vir do jeito que quiser, mas não gosta do trabalho. Ele não gosta de estar nesta Assembleia. A gente precisa falar a verdade. Ele não gosta da Assembleia Legislativa. Ele detesta esse trabalho, ele queria estar na Câmara Federal, mas, como no movimento dele tem uma hierarquia e o Kim Kataguiri é o que manda lá, ele teve que engolir o sapo e vir para esta Assembleia. Então, quando nós começamos a discutir os mais variados temas, ele se ofende e vem fazer questão de ordem. Alguém soprou no ouvido dele o número do artigo, porque nem isso ele sabia até cinco minutos atrás.

Então, deixo aqui, Arthur: quando quiser discutir projeto, vamos discutir. Vamos discutir, não tem problema nenhum. Hoje é dia de trabalho, irmão. Vamos trabalhar, vamos produzir e vamos discutir também. Quer ir para casa mais cedo por quê?

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Com a palavra o deputado Wellington Moura.

 

O SR. WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Srs. Deputados, público aqui presente, TV Assembleia, nós estivemos hoje também no Palácio do governador, onde o governador... Sr. Presidente, eu gostaria que... Por favor.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Srs. Deputados, há um orador na tribuna. Por gentileza. Muito obrigado.

 

O SR. WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - Sr. Presidente, nós estivemos hoje no Palácio do Governo, onde o governador João Doria anunciou o aumento de 5% para a Polícia Militar. Eu acredito que todos os deputados que estão aqui esperavam muito mais. Eu também esperava muito mais. Eu acreditava até mesmo que chegássemos a um aumento de dez por cento.

Mas quero que os deputados entendam uma coisa: existe uma palavra chamada “responsabilidade”. É muito fácil o deputado, depois que o governador acaba de anunciar, chegar e começar a gritar para a imprensa. Começar a gritar para a imprensa: “É um absurdo, a polícia não merece essa desvalorização, esse desrespeito”.

É muito fácil, principalmente por causa do número de policiais que temos hoje no nosso estado de São Paulo, estado este que é referência em nosso país em questão de Segurança, principalmente agora que os índices de criminalidade baixaram.

E tudo isso diante de um governador que mostra responsabilidade e tem até mesmo feito um conselho com toda a Secretaria de Segurança Pública, da qual cumprimento o secretário, general Campos. Durante este mês, foram 39 reuniões de conselho. Sabem para quê? Para tratar da Segurança.

Srs. Deputados, não estamos aqui... Acredito que agora nós não devamos trazer essa irresponsabilidade ao governador, sendo que essa responsabilidade é de um crescimento de um país. O próprio vice-governador Rodrigo Garcia, na hora em que também anunciou o aumento, deixou muito claro que o governo, junto com o governador João Doria, pretende aumentar todo ano, fazer esse aumento. Só que esse aumento tem que ser feito com responsabilidade. Não é com grito, Sr. Deputado, que vamos trazer aumento.

Segundo, como o próprio presidente disse aqui, vai passar por esta Casa. Eu acredito que os deputados que agora lutam pela Polícia Militar, como eu também luto... Eu acredito que agora até mesmo a bancada do PSL deveria fazer uma PEC. Deveríamos pegar 50% das nossas emendas e colocar para a Saúde; os outros 50% distribuir nas secretarias da Educação, dos Esportes, ou qualquer outra secretaria. Acho que eles deveriam fazer uma PEC, até para que a bancada do PSL, os deputados, possa colocar 100% na Segurança Pública.

O governador tem feito todos os esforços para trazer um salário digno para nossa Polícia Militar, para a Polícia Científica e para a Polícia Civil. Só que a gente sabe que é muito fácil chegar aqui e falar: “Nós vamos fazer uma greve”. A gente tem que ver a irresponsabilidade que vai gerar uma greve, com as pessoas que serão assassinadas. Será que é o aumento da criminalidade que a gente quer? Eu acho que tem deputado aqui que tem que rever isso. É muito fácil chegar e anunciar uma greve para levantar um palanque político.

Eu conheço muitos policiais militares. Sei da família. Tem policial militar que, infelizmente, mora na comunidade. E sabe o que às vezes ele tem que fazer? Ele não pode ir fardado e não pode voltar para casa fardado, porque se as pessoas souberem que ele é polícia, infelizmente, ele corre um grande risco de vida.

Essa é a realidade que estamos vivendo hoje, mas é muito fácil chegarmos aqui e culparmos o governador, que não deu aumento e que todos aqui querem, inclusive o próprio governador João Doria. Só que a gente tem que fazer isso - e o governador está fazendo isso - com responsabilidade.

É muito fácil chegar, aumentar e fazer essa distribuição e, depois, o 13º de todos os funcionários, de todos os servidores, fica atrasado. É onde vai se criar, realmente, palanques para os outros quererem derrubar o governador que quer levantar o estado, que tem buscado fora, nos outros países, recursos, empresas privadas para virem para cá, para São Paulo, para investir.

E eu acho que é essa responsabilidade que nós, deputados, temos que agir. Porque é muito fácil a gente levantar aqui, falar que o governador não deu aumento. Eu queria que o governador tivesse dado 10, 15, 20%, que prazer é esse que eu teria agora, de o governador dar um aumento de 20%, eu gostaria que fosse feito isso para a Polícia Militar, mas é hora de nós termos responsabilidade. E o Governo do Estado de São Paulo, com o governador, está tendo responsabilidade.

Por isso, eu parabenizo o governador. É muito fácil a gente levantar um palanque por isso, mas o governador tem dado a cara para bater e tem dado a responsabilidade de que vai, todos os anos, aumentar o salário da Polícia Militar e da Segurança Pública do nosso Estado.

Então, Sr. Presidente, é isso que eu tenho que deixar. Eu acredito que tem que deixar isso registrado, porque muito deputado aqui eu acho que deveria estar na Secretaria da Fazenda, ser o secretário da Fazenda, porque é muito fácil chegar aqui e falar: “Pode aumentar sete, deveria aumentar 10 por cento”. Realmente, mas eu acho que falta estudar mais para ver a responsabilidade que isso vai trazer ao estado de São Paulo

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Em votação o projeto salvo emendas.

 

O SR. MARCIO DA FARMÁCIA - PODE - Gostaria de usar a tribuna em nome do partido Podemos, para encaminhar pela liderança.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Tem V. Exa. o tempo regimental.

 

O SR. MARCIO DA FARMÁCIA - PODE - Boa noite deputados, deputadas, público presente. Presidente, eu gostaria de falar sobre o projeto 710/2019, que está em pauta de votação e que é de minha autoria. Eu gostaria de falar dele, mas antes, gostaria de falar sobre o anúncio do aumento de 5% que o governador disponibilizou para os policiais.

A maioria dos deputados aqui acha pouco e a população, acredito que pensa o mesmo, mas deveríamos ter um olhar administrativo para 1%, 2%, 3%, 4%, 5%, e o que isso representa dentro do estado de São Paulo. O deputado Aprigio, do PODEMOS, fez uma comunicação falando que outras categorias também deveriam receber o aumento. Eu concordo, mas o governador do estado de São Paulo pôde dar 5% para a Polícia Militar, para a Segurança Pública.

Eu acho que é importante termos um olhar voltado ao que pode e ao que não pode no Governo do Estado. Eu gostaria que todas as categorias tivessem aumento, mas quero defender, o aumento já deferido, que não é a porcentagem que gostaríamos, mas defendo a iniciativa do Governo do Estado de conseguir este aumento mesmo em tempos de crise.

Tenho certeza de que São Paulo inteira torce pela categoria, não só dos policiais, mas todas as categorias. Fico satisfeito que a iniciativa já tenha começado. Pode ter certeza de que o partido do PODEMOS, com o deputado Bruno Ganem, com o deputado Aprigio, com o deputado Ataide Teruel, e o Márcio da Farmácia vão fazer os esforços, sim, para falar com o governador para que esse aumento seja gradativo até alcançar um valor justo.

É a primeira vez que sou deputado. É o primeiro ano que estou aqui, nesta Casa Legislativa, como deputado estadual aqui em São Paulo, mas acompanhei outros governos passados. E os governos anteriores não tiveram essa mesma iniciativa, igual ao Governo atual, que disponibilizou um aumento no primeiro ano. É importante classificarmos o governador que temos.

Mas lembrar que, promessa, ela tem que ser dada sim, e tem que ser cumprida. Promessa é dada e é cumprida. E é para ser cumprida. Só que temos que lembrar que também tem que ter uma responsabilidade nos atos do administrador. Pode ser prefeito ou governador. E o governador está dando 5% porque é com responsabilidade.

Agora, que esperamos mais, esperamos sim.  Mas deixo aqui os meus parabéns à Polícia Militar, de já começar a receber, a partir do dia 1º de janeiro, os 5% que o governador está destinando. Acho que isso é muito importante para a categoria. Uma categoria que merece o nosso respeito aqui no estado de São Paulo, que é a Segurança Pública.

Há um projeto sendo votado hoje, o 710, que é de minha autoria, que tem o objetivo de unir os cuidadores de animais, às zoonoses, às prefeituras, às pessoas que têm os bons tratos e os bons costumes com os animais, os defensores dos animais.

Um projeto que tem o objetivo de ajudar e contribuir. Tanto na parte física, como jurídica, dos municípios e do Estado. Para que possam, juntos, colaborar com a boa doação dos animais tanto na quantidade quanto na qualidade da doação. Esse projeto faz com que a parte privada e a parte pública caminhem juntas. E não tenha nenhum prejuízo da parte pública.

Mas sim, com a iniciativa privada, beneficiar os atos de doações, porque cada doação, cada animal doado pelas zoonoses ou pelos centros de iniciativa de doação, esses animais serão castrados, vacinados e vermifugados. E o principal: haverá um estudo técnico e auxílio técnico para os bons cuidados com os animais de rua e também de como cuidar de um animal de doação.

Sabemos que, no estado de São Paulo, há uma preocupação muito grande com a causa, temos deputados que a defendem, que brigam constantemente por animais que são maltratados, que na doação irresponsável causam inclusive a morte.

Nós vemos constantemente acontecendo isso. E com essa preocupação, esse projeto veio para ajudar e elaborar, cada vez mais, com os trabalhos das zoonoses dos municípios. Então, deixo o meu pedido e o agradecimento, de estar hoje em votação, a todos os deputados.

Peço a colaboração de todos os colegas aqui. Porque saímos de um acordo, feito dentro das lideranças dos deputados, de que pudéssemos votar no projeto e levar ele à aprovação. E, se Deus quiser, ser sancionado pelo governador. E esse ato começar a agir a partir de janeiro no estado de São Paulo.

Deixo aqui um grande abraço a todos, e um muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS – Em votação o projeto, salvo emendas.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL – Para comunicação, 30 segundos. Presidente, por favor.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS – Deputado Gil, vamos encerrar a votação.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL – Rapidamente. É só para dar um apoio ao projeto do deputado Marcio da Farmácia.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS – Tem V. Exa. o tempo.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL – PARA COMUNICAÇÃO - Deputado, vou votar favorável. Peço que a bancada vote favorável também. Provavelmente vai ser uma votação simbólica, não vamos fazer obstrução.

Eu só queria lembrar que essa semana um cão da Polícia de MG, o Thor, faleceu. Ele encontrou diversos restos mortais lá em Brumadinho. Muitas famílias puderam sepultar os seus familiares por conta do trabalho desse cão. E como não lembrar também do cão pastor belga Malinois que encontrou o terrorista o al - Baghdadi, o líder do Isis, aquela galera paz e amor, que cortava a cabeça, Mellão, lá no oriente médio.

Então, dar parabéns aqui ao trabalho dessas pessoas, desses criadores dos belgas malinois, desses cães que tanto ajudam o Corpo de Bombeiro, nossa Polícia Militar, esses criadores sérios aqui, o Ganem pode falar muito melhor do que eu nesse sentido. Então, peço à bancada do PSL que vote favorável.  Muito obrigado, Sr. Presidente, pela tolerância.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Em votação projeto salvo emendas. As Sras. deputadas e Srs. deputados, que estiverem de acordo queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Em votação a Emenda nº 1, apresentada pelo Congresso de Comissões. As Sras. deputadas e Srs. deputados, que estiverem de acordo queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovada.

Em votação a Emenda nº 2, apresentada pelo Congresso de Comissões. As Sras. deputadas e Srs. deputados, que estiverem de acordo queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovada.

Esgotado o objeto da presente sessão...

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem, deputado Douglas.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - Para uma comunicação, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Tem V. Exa. o tempo regimental.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigado, Sr. Presidente.

Sr. Presidente, hoje, para a minha surpresa eu descobri que a bancada do Partido dos Trabalhadores no Congresso Nacional enviou um requerimento para que eu e o deputado Gil Diniz fôssemos depor na CPMI das Fake News, também conhecidas como “CPMI das Censuras”.

Sr. Presidente, eu vim apenas dizer aqui neste microfone que eu não irei na CPMI da Fake News se acaso no dia, é lógico, é necessário que a Casa esteja trabalhando, porque o Congresso Nacional também trabalha nesse expediente, se o projeto a ser votado for o do deputado Altair Moraes.

Os senhores vão me perdoar, mas eu não saio daqui. Preciso votar “sim” ao projeto do deputado Altair Moraes que estabelece o sexo biológico como critério único nas competições esportivas. Eu desobedeço ao Congresso Nacional se for pra ser votado o seu projeto.

Mas senhores, estou sendo convocado no Congresso para depor nessa CPMI. Veja só, é um complexo narcisista por parte desse pessoal. Eles acreditam que eu sofri durante a campanha, apanhei de esquerdistas na rua para estar aqui na Assembleia e não foi pouco, me atacaram e foi aquela perseguição toda para chegar aqui e fazer o quê? Criar meme para ficar atacando os outros. Eles acham que eu compus toda a minha assessoria para ficar atacando o pessoal. Então, é de uma prepotência muito grande por parte desse pessoal. 

Eles criminalizaram o meme, criminalizaram o pessoal “vaporwave” e estarei agora na CPMI das Fake News. Já que é para mostrar o trabalho que a minha assessoria faz espero que me deem no mínimo, sei lá, umas quatro ou cinco horas para conseguir relatar todas as indicações que coitado do governo estadual não cansa mais de receber todos os requerimentos de informações, que os secretários já estão ferrados comigo, têm  que responder ofícios, projetos de lei...

Espero que o Congresso Nacional ao analisar todo o trabalho que eu tenho feito perceba que as Fake News não vêm da minha parte, mas sim daqueles nos perseguem. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Eu  queria aqui parabenizar o deputado Marcio pela excelente ideia  por esse projeto que nós acabamos de aprovar neste plenário, e que o nosso governador venha realmente sancionar e fazer, ao mesmo  tempo, deputado Marcio, o convite para na próxima sexta-feira, a sessão solene, na qual nós estaremos homenageando a Aviação da Polícia  Militar , o Grupamento Aéreo, pela  excelente e brilhante atuação  em Brumadinho. E dentro dessa solene nós vamos, sim, homenagear e falar do cão Thor que faleceu recentemente.

Muito obrigado e convido a todos que se façam presente nessa solene. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado. Esgotado o objeto da presente sessão está levantada a sessão.  Muito obrigado e boa noite a todos.          

 

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- Levanta-se a sessão às 21 horas e 08 minutos.

 

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