11 DE OUTUBRO DE 2019
42ª SESSÃO SOLENE DE REALIZAÇÃO DA ABERTURA DOS TRABALHOS DO
IBGE PARA O CENSO 2020
Presidência: MAURO BRAGATO
RESUMO
1 - MAURO BRAGATO
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - NADIR ALVES BARBOSA RIBEIRO
Mestre de cerimônias, nomeia a Mesa e demais autoridades
presentes.
3 - PRESIDENTE MAURO BRAGATO
Destaca a importância do Censo para retratar a abrangência da
população. Informa que a Presidência efetiva convocara a presente sessão solene
para a "Abertura dos Trabalhos do IBGE para o Censo 2020 no Estado de São
Paulo", por solicitação deste deputado.
4 - FRANCISCO GARRIDO BÁRCIA
Chefe da Unidade Estadual do IBGE e coordenador estadual do
Censo 2020, saúda os presentes. Demonstra satisfação por participar da
solenidade. Ressalta a colaboração da Presidência desta Casa. Defende o uso
eficiente de bases do IBGE em políticas públicas. Informa que reuniões devem
ser realizadas nos 645 municípios do estado.
5 - CORONEL VIANNA
A representar Marcelo Vieira Salles, comandante-geral da
Polícia Militar do Estado de São Paulo, saúda os presentes. Ratifica o compromisso
dos profissionais de Segurança Pública de garantir a execução do trabalho do
Censo 2020. Afirma que as divisões operacionais da Polícia Militar estão à
disposição para a realização de reuniões preparatórias. Destaca a importância
da atualização do cadastro de imóveis rurais.
6 - NADIR ALVES BARBOSA RIBEIRO
Mestre de cerimônias, convida os presentes para ouvirem, de
pé, o "Hino Nacional Brasileiro".
7 - ANA LÚCIA KAZAN
Coordenadora estadual das Repac, saúda os presentes. Exibe e
comenta slides a respeito dos objetivos das reuniões de planejamento e
acompanhamento do Censo 2020.
8 - VANDO DA PAZ NASCIMENTO
Coordenador-técnico estadual do Censo 2020, saúda os
presentes. Discorre acerca da missão institucional do IBGE. Exibe e comenta
slides a respeito da execução e divulgação da pesquisa demográfica, de modo a
cobrir todo o território.
9 - ERIC DANIELE
Coordenador administrativo estadual do Censo 2020, saúda os
presentes. Agradece pela oportunidade de estar presente na solenidade. Exibe e
comenta slides sobre processos seletivos para preenchimento de cargos
operacionais do Censo 2020, e suas remunerações. Tece considerações sobre
postos de coleta, instalações destinadas ao apoio aos recenseadores. Ressalta a
importância de sinal de internet adequado, nos locais.
10 - WAGNER MAGALHÃES
Coordenador estadual de disseminação de informações, saúda os
presentes. Exibe e comenta slides acerca do IBGE Educa, em prol de facilitar a
abordagem e a efetividade da pesquisa, com segurança, utilidade e benefício.
Coloca-se à disposição da população.
11 - NADIR ALVES BARBOSA RIBEIRO
Mestre de cerimônias, concede tempo e espaço para perguntas,
as quais foram respondidas pelo Sr. Francisco Garrido Bárcia, chefe da Unidade
Estadual do IBGE e coordenador estadual do Censo 2020.
12 - PRESIDENTE MAURO BRAGATO
Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Mauro Bragato.
*
* *
A SRA. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - NADIR ALVES BARBOSA RIBEIRO - Estamos aqui
reunidos em sessão solene na abertura dos trabalhos do IBGE para o Censo 2020
no estado de São Paulo. Nesse sentido, a Unidade Estadual do IBGE no estado de
São Paulo tem a honra de recebê-los nesta sessão solene para a primeira reunião
de planejamento e acompanhamento do Censo Demográfico 2020 no estado de São
Paulo.
O
Censo 2020 será o 13º censo demográfico realizado no Brasil e consistirá na
principal e mais completa investigação estatística sobre a estrutura
populacional brasileira, pois os dados coletados sobre as condições de
habitação e características socioeconômicas e demográficas serão associadas aos
recortes territoriais dos estados e municípios, produzindo informações
geoestatísticas que são essenciais à formulação e avaliação de um amplo
conjunto de políticas públicas e de programas descentralizados.
Esta
reunião, portanto, representa um importante canal de comunicação entre o IBGE e
os representantes dos poderes constituídos, das lideranças comunitárias, dos
representantes das entidades de Estado e da sociedade civil, pois é através
dessa aproximação que o IBGE atende aos princípios de transparência, de
engajamento e de cidadania, dando maior nitidez às suas atividades e ampliando
a possibilidade de apoio das comunidades locais não apenas na realização da
operação censitária de 2020, mas também nas pesquisas que realiza no dia a dia.
As
“Repacs”, como chamamos as reuniões de planejamento e acompanhamento do censo,
são primordiais para o sucesso da operação censitária, pois promovem parcerias,
possibilitam acompanhamento dos trabalhos por parte da sociedade nesse
importante levantamento de dados, contribuindo assim para garantir a completa
cobertura do estado e a qualidade das informações levantadas.
Portanto,
nossos sinceros agradecimentos. A Unidade Estadual do IBGE em São Paulo externa
sinceros agradecimentos às autoridades legislativas aqui presentes, às
lideranças comunitárias, aos profissionais de imprensa, aos representantes de
entidades de Estado, aos servidores desta Casa, que nos receberam de forma tão
carinhosa, aos colegas ibgeanos e a todos os cidadãos que nos prestigiam hoje.
Vamos
partir para a composição da Mesa. Chamaria para compor a Mesa o deputado
estadual Mauro Bragato, que é o proponente desta sessão. (Palmas.) Chamaria
também o Sr. Francisco Garrido Bárcia, que é chefe da Unidade Estadual do IBGE
em São Paulo e coordenador estadual do Censo Demográfico 2020. (Palmas.)
Chamaria, ainda, para compor a Mesa, o coronel Vianna, que é coordenador
operacional da Polícia Militar no Estado de São Paulo, representando o coronel
Salles, comandante-geral. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE - MAURO
BRAGATO - PSDB - Senhoras e senhores, um bom dia a todos.
Eu quero inicialmente saudar as autoridades aqui presentes, o coordenador estadual
do censo, o Sr. Francisco Bárcia. Agradecer a sua presença aqui na Assembleia
Legislativa do Estado, do coronel Vianna também.
Queria
agradecer também a presença de representantes da sociedade civil e do Estado:
Evaldo Roberto Coratto, coordenador estadual dos Consegs; José Paes de Almeida
Nogueira, da Unesp; representantes da Associação dos Condomínios, Walter e
Daniela; Ana Paula Bittar de Carvalho, da Comgás - Relações Institucionais;
Valmir Aquilino de Freitas, secretário da Secretaria de Educação do Município
de São Paulo.
E
logo assim que tiver e chegar mais gente que representa o governo, o município
e os estados, nós vamos aqui noticiar. Vamos dar início a esta sessão solene
que abre os trabalhos do IBGE para o Censo de 2020. A importância do censo
demográfico é nos fazer conhecer o estado, o País, em números.
Por
meios desses dados e das informações atualizadas, traçamos um retrato fiel e
abrangente da nação e do estado, fundamental para o desenvolvimento de
políticas públicas e para a realização de investimentos.
A cada 10 anos temos os dados
atualizados. No último censo, de 2010, 58 milhões de domicílios foram visitados
em 5 mil 565 municípios de todos os estados do Brasil.
Hoje estamos reunidos na Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo para participar dessa sessão de planejamento
e acompanhamento do censo demográfico. O trabalho é fundamental para conhecer
metodologias e ações no campo do Censo 2020. Também devemos divulgar e engajar
a população e as autoridades desse importante levantamento de dados.
Uma ótima sessão para todos. Quero
desejar o nosso muito obrigado pela presença de todos na Assembleia Legislativa
do Estado de São Paulo. E o abraço do presidente da Assembleia, o deputado Cauê
Macris, que gostaria de estar aqui presente, mas, não podendo, me pediu para
representá-lo. Um bom dia a todos. (Palmas.)
O
SR. FRANCISCO GARRIDO BÁRCIA - Bom dia a todos e a
todas. É uma imensa satisfação participar dessa solenidade na Alesp. Confesso
que, quando estivemos aqui pela primeira vez, visitando o deputado presidente,
Cauê Macris, já antevíamos essa possibilidade de uma parceria exitosa.
Eu gostaria de, inicialmente, saudar o
deputado, o presidente Cauê Macris, um parceiro de longa data. Que, inclusive,
quando era vereador na cidade de Americana, abriu as portas para o IBGE,
cedendo um espaço para a nossa agência de Americana. Essa nossa tão importante
unidade funciona no mesmo local até hoje, pela colaboração do deputado Cauê
Macris. Então quero deixar um abraço fraterno e caloroso a essa parceria de
longa data.
Quero saudar também o deputado Mauro
Bragato pela intensa colaboração que tem prestado ao IBGE. Inclusive, em
discussões em relação à estimativa de população, nas questões que a gente tem
em relação às estimativas dos municípios paulistas.
Saúdo também o coronel Marcelo e o
coronel Vianna. Reafirmo o compromisso do IBGE para aquela reunião técnica que
estávamos entabulando, justamente para que a gente possa utilizar as bases do
IBGE de forma mais efetiva nos trabalhos da PM, nas políticas públicas que
tanto interessam à população paulista, de todos os 645 municípios.
Hoje estamos aqui para prestar contas
para as autoridades estaduais, prestar contas para a sociedade paulista,
prestar contas para os 645 municípios do estado, à quantas andam as atividades
censitárias neste estado. Com a mesma dinâmica, estamos realizando rodadas de reuniões
de planejamento e coordenação dos trabalhos censitários em todos os 645
municípios do estado.
É uma tarefa não muito fácil, mas
necessária para dar transparência e objetividade às atividades censitárias no
estado de São Paulo. No dia 15, estarei em São Sebastião, na reunião do
município. No dia 22, estarei um pouco mais longe no estado, em Presidente
Bernardes. Assim é a dinâmica de um ibgeano.
Eu queria, com essas breves palavras,
saudar as autoridades que compõem a mesa, as autoridades presentes, aos demais
representantes das entidades que colaboram com o IBGE e aos ibeganos que, com
essa união, força e competência levam esse trabalho adiante.
Um trabalho tão importante para que a
gente consiga atualizar as informações, esse retrato fiel do Brasil, que o País
tanto precisa, que a sociedade precisa, para que a gente consiga monitorar e
melhorar as políticas públicas em benefício da sociedade brasileira.
Porque o cidadão tanto precisa, nesse
momento, de transformação do País. Queremos que o IBGE seja cada vez mais
utilizado, cada vez mais demandado, para que a gente possa, firmemente,
colaborar nessa transformação que o País precisa.
Muito obrigado pela presença de todos.
Já antes de qualquer solicitação, deixo o IBGE de portas abertas a todas as entidades
presentes e a todos os representantes aqui. Muito obrigado pela oportunidade
concedida ao IBGE. É uma honra e satisfação poder servi-los.
Muito obrigado. (Palmas.)
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - NADIR ALVES BARBOSA RIBEIRO - Com
a palavra, o coronel Vianna.
O
SR. CORONEL VIANNA - Muito bom dia a
todos. Quero saudar inicialmente o deputado Mauro Bragato, o doutor Francisco
do IBGE, todos aqui presentes nessa manhã de trabalho. Venho, em nome do nosso
comandante geral, o coronel Marcelo Vieira Salles. Falo também em nome do
general Campos, secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo.
Acompanho e me faço acompanhar do
Evaldo Corato, coordenador estadual dos conselhos comunitários de Segurança; e
do major Élcio, da coordenadoria operacional da Polícia Militar. Quero
reafirmar o compromisso da Segurança Pública em apoiar o Censo 2020. Temos participado
e feito reuniões preparatórias para garantir que os funcionários, aos agentes
que participarão desse momento importante da nação, em 2020, poderão
desenvolver o seu trabalho com a garantia da segurança.
Então, todas as nossas bases
operacionais, nos 645 municípios, terão, na Polícia Militar, um ponto de apoio
para qualquer necessidade. Bem como, também, estamos colocando à disposição as
nossas divisões operacionais em todas as 10 regiões administrativas do
interior. E aqui na capital e região metropolitana também, para reuniões
preparatórias, antes de desenvolver propriamente o censo.
Colocaremos à disposição tudo o que
pudermos para colaborar com o Censo 2020. E também pretendemos ser os usuários
desse momento importante, na medida em que poderemos cruzar informações do
censo com as informações que são tão importantes para a questão da Segurança
Pública. Falava o doutor Francisco, por exemplo, da necessidade de atualizarmos
as áreas rurais.
Aliás, a Secretaria da Agricultura e
abastecimento está fazendo um trabalho belíssimo ligado a rota rurais,
cadastrando mais de 350 mil imóveis, por exemplo, que não estão cadastrados. E
que, quando o produtor rural, um funcionário, tem alguma necessidade da
Segurança, quando liga para o 190, muitas vezes, por não ter o endereço, fica
difícil até de receber o apoio do Estado na Segurança Pública.
Então, por tudo isso, reafirmo o
compromisso da Segurança Pública em ajudar o IBGE a promover o censo de 2020.
Muito obrigado. Tenhamos uma excelente
manhã de trabalho. Um bom dia a todos. (Palmas.)
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - NADIR ALVES BARBOSA RIBEIRO - Eu
pediria ao deputado Mauro Bragato, ao senhor Francisco e ao coronel Vianna, que
ocupassem os seus lugares na plenária.
Porque vamos, agora, compor a mesa com
os técnicos que darão início às apresentações da primeira reunião de
planejamento e acompanhamento do Censo 2020.
Peço a gentileza de que todos fiquem de
pé para a execução do Hino Nacional.
*
* *
- É executado o Hino Nacional
Brasileiro.
*
* *
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS – NADIR ALVES BARBOSA RIBEIRO
– Chamamos, para compor a Mesa, para darmos início às apresentações, a
servidora Ana Kazan, coordenadora estadual das reuniões de Planejamento e
Acompanhamento do Estado de São Paulo; o Sr. Vando da Paz Nascimento,
coordenador técnico do Censo Demográfico 2020; o servidor Eric Daniele,
coordenador administrativo do Censo Demográfico 2020; o Sr. Wagner Magalhães,
coordenador estadual de Disseminação de Informações do Estado de São Paulo.
Depois dessa rodada de apresentações,
nós vamos abrir um painel de perguntas e respostas, onde o chefe da unidade
estadual - e também o coordenador estadual do Censo Demográfico 2020 - vai
compor a Mesa, para que os senhores tirem dúvidas e peçam esclarecimentos.
A primeira apresentação, da
coordenadora Ana, por favor.
A
SRA. ANA LÚCIA KAZAN – Bom dia, muito
obrigada pela presença aqui hoje. Vou pedir para o Oto, por gentileza, colocar
a apresentação de slides.
Estamos aqui para a primeira reunião do
estado de São Paulo, já houve outras, mas esta é a estadual, de abertura das
reuniões de Planejamento e Acompanhamento do Censo.
O que são essas reuniões? Por que
estamos aqui? É essa a nossa oportunidade de trazer a comunidade para
participar do IBGE, participar da nossa contagem. Quem somos nós, quantos
somos, como nós vivemos? Essa é a chance de termos a colaboração, a ajuda ao
nosso trabalho, para que a transparência do IBGE se espalhe, e as pessoas
possam confiar nos dados que o IBGE divulga, para os quais batalhamos tão intensamente.
Então, é o engajamento, é hora do
engajamento da cidadania, de trazermos todos os representantes de todos os
setores da sociedade brasileira para participarem, e muito especificamente, nós
aqui estamos chamando o Estado de São Paulo.
Mais uma vez, é o exemplo da
transparência com que o IBGE conduz seus trabalhos, garantindo a nitidez e a
confiança dos nossos dados, porque vocês, e todos os setores convidados vão
participar da feitura disso, percorrer as muitas ruas do nosso estado de São
Paulo. Por favor, obrigada.
Objetivos bem claros das Repac, como a
gente chama, reunião de planejamento e acompanhamento do Censo, são informar
sobre as nossas etapas, como o Francisco falou agora há pouco. Estamos
prestando contas à sociedade do que fazemos, e como fazemos, e permitindo a
todos darem a sua contribuição.
Então, informar sobre o Censo
Demográfico, reforçar a importância que o Censo tem, através de divulgar o que
fazemos, e o resultado desses dados, contribuir para que os municípios, que
precisam desses números, saibam se mudaram, como mudaram da faixa de Fundo de
Participação Municipal, muito importante isso daí, para cada município. São
Paulo, talvez, exatamente o nosso município, não precise, mas os municípios do
nosso interior, com certeza.
Apresentar a equipe do IBGE.
Evidentemente, aqui é um pequeno braço. O IBGE está presente em cada canto do
Estado de São Paulo, pessoas muito valiosas, que vão atrás das informações. E
pedimos a vocês, aqui presentes, que isso será pedido exponencialmente em todos
os 645 municípios do Estado, que venham e conheçam a equipe que vai estar perto
de todos nós, perto das populações, divulgar o nosso processo seletivo.
Isso é muito importante, numa fase como
a nossa, atual, do Brasil, do desemprego. O IBGE está dando quase 50 mil vagas
de empregos no estado de São Paulo. Um dos processos seletivos está atualmente
aberto. Teremos mais dois em fevereiro e março. Muito importante essa
divulgação.
E solicitar sua colaboração. De que
jeito? Postos de coleta, para que possamos instalar as nossas equipes,
espalhadas pelo estado, seja em escolas, universidades, igrejas, onde puder,
nas prefeituras, nas subprefeituras, onde tivermos oportunidade. Precisamos
desses espaços.
As Repacs reúnem as pessoas, reuniões
em intervalos, para acompanhar os trabalhos do Censo. Essas pessoas
participantes, representantes de todos os níveis da comunidade, não podem
compartilhar, lá fora, o que elas ficam sabendo ali.
O IBGE não vai compartilhar endereço de
pessoas específicas nem nada, mas é uma operação que exige que as pessoas sejam
comprometidas com as operações do IBGE, e que contribuam, quando for percebido
que não cobrimos alguma parte, então avise, e vamos cobrir.
Então, existe o compromisso da
manutenção de sigilo. E o sigilo, aliás, das informações individualizadas, ou
identificatórias, seja de cidadãos ou de empresas, ou instituições, faz parte
da lei que criou o IBGE. A mesma lei que diz que todos os cidadãos, as pessoas
residentes no solo brasileiro, devem responder às perguntas do IBGE, essa mesma
lei diz que as informações pessoais não serão compartilhadas nunca.
Ainda no sentido das informações, os
participantes dessas reuniões não podem, então, interferir na metodologia do
IBGE. É uma metodologia que é pensada durante anos e anos, antes dos censos e
depois dos censos. É uma metodologia que garante a validade dos dados
coletados.
Então, podem acompanhar os
recenseadores. Essa é uma coisa muito importante, acompanhar os recenseadores
durante as entrevistas, para não ter o perigo de divulgar, de saber de alguma
informação pessoal, com que os recenseadores do Censo estão comprometidos em
sigilo.
Não pode consultar os questionários
preenchidos, então não precisa haver essa preocupação entre os cidadãos que
respondem ao IBGE. Não podem fornecer relatórios que o IBGE fornece, de
acompanhamento do Censo, e nem a terceiros, os materiais que distribuímos nas
reuniões.
O que temos feito para facilitar a
entrada dos nossos recenseadores, o acesso deles à população? Não é um trabalho
muito fácil. Todos nós moramos em algum lugar, e muita gente tem medo de
atender à porta e receber quem esteja batendo lá, apresentando-se como alguém
do IBGE.
Então, o IBGE vai desde as subnormais,
que é como chamamos as comunidades, é o nome oficial, desde as comunidades ao
redor das cidades, até os condomínios mais luxuosos. Tivemos contato com
instituições públicas e privadas, buscando apoio e a divulgação do nosso
trabalho, para que esse acesso ficasse mais fácil.
Cada representante de cada uma dessas
comunidades, ou instituições, melhor dizendo, tem a confiança daqueles que eles
representam. Então, as pessoas, ouvindo de fontes confiáveis, que o IBGE está
fazendo essa operação, que é uma coisa para o bem do Brasil, vai ser mais fácil
que elas recebam o IBGE.
Essas são algumas das instituições,
muitas delas aqui representadas, com as quais nós fizemos contato e estando
tendo apoio para a realização do Censo.
Então, o Censo Demográfico vai ocorrer
no ano que vem. Parece estranho, não é? Falta quase um ano, mas estamos já
nessa atividade febril. Mas vai ser coletado. Então, nossos recenseadores vão
estar nas ruas em agosto de 2020, primeiro de agosto até dia 30 de outubro do
ano que vem.
No estado de São Paulo, vão ser mais de
14 milhões de domicílios visitados e quase mil postos de coleta espalhados pelo
estado, onde precisamos da colaboração de todos. E vamos ter mais de 43 mil
recenseadores nas ruas, além dos cinco mil coordenadores. São esses os
processos seletivos que estamos fazendo, para todos esses trabalhadores.
Não vamos esquecer que o Censo é a hora
de sabermos quem somos, as nossas características socioeconômicas. Todos os que
fazem decisões aqui precisam desses dados. É um retrato profundo da população
brasileira, que nos permite planejar o nosso futuro com base em dados, com
muita segurança. É um momento único de cidadania.
E como faremos tudo isso? Parece uma
tarefa gigantesca. E é. Então, para falar como faremos tudo isso, vou chamar o
coordenador técnico do Censo Demográfico do estado de São Paulo, Vando da Paz
Nascimento. (Palmas.)
O
SR. VANDO DA PAZ NASCIMENTO - Bom dia a todos. Quero
agradecer a presença de todos os que estão aqui prestigiando o IBGE. A missão
do IBGE é retratar o Brasil com informações necessárias ao conhecimento de sua
realidade e ao exercício de sua cidadania.
O Censo Demográfico é onde a
instituição é mais desafiada. É uma pesquisa muito importante, muito grande em
todas as suas dimensões, que a gente realiza a cada dez anos.
Nós, da instituição, nos sentimos muito
estimulados e desafiados para cumprir essa missão institucional nessa operação
de caráter socioeconômico, que a gente sabe que é tão importante para o
planejamento público, para o planejamento privado e para que a sociedade também
se conheça e entenda suas principais demandas, como ela vive, em que situação e
onde cada brasileiro se encontra.
Estamos aqui em uma etapa muito
importante de passar o planejamento do IBGE contando com a sociedade. Uma
operação desse tamanho é impossível que o IBGE consiga realizar sem o apoio da
instituição.
Então, cada etapa do trabalho precisa
do apoio de alguma entidade ou do poder público, da participação e da
colaboração de pessoas que possam contribuir para que a gente percorra todo o
território, acesse toda a população e consiga informações de qualidade.
Neste momento, estamos em uma etapa que
é a mais desafiadora, que é de atualização dos nossos mapas, que a gente chama
de base territorial. Basicamente, o trabalho do Censo é realizado para que a
gente consiga atualizar toda a malha, a divisão político-administrativa do
País, para que a gente represente em nossos mapas.
No interior dessa representação, a
gente tem que atualizar todos os logradouros, que são vias, que às vezes são
escadarias, avenidas, rios. A gente tem que representar todos esses acessos
para que nosso recenseador consiga percorrer o território no ano que vem. A
primeira etapa é atualizar essas informações e também delimitar a área de trabalho
do recenseador.
A gente faz isso utilizando mapas
municipais, para que a gente consiga representar todos os municípios. Então,
aqui no estado de São Paulo, em todos os 645 municípios, existe um mapa que
permite que a gente planeje o nosso trabalho. Mas essa é uma forma em que a
gente ainda tem a tradição do IBGE de representar isso em mapas, mas a gente
tem evoluído muito em ferramentas digitais.
A gente consegue, dentro do equipamento
do recenseador... Ele tem um dispositivo móvel de coleta para que ele consiga
visualizar também a área de trabalho dele. Ele tem o mapa em papel, mas também
tem os mapas que permitem que ele saiba a sua área de atuação.
Esse é um exemplo de como a gente
divide o nosso território. O IBGE tem autonomia para criar os setores
censitários. É uma área normalmente composta por um conjunto de quadras, mas,
em áreas mais verticalizadas, alguns prédios já compõem um setor censitário.
Esse setor censitário é dimensionado por aquilo que...
O nosso conhecimento, que a gente está
sempre realizando pesquisas domiciliares, a gente garante que o recenseador
consiga percorrer no período inferior a um mês de trabalho. Esse é um exemplo
de setor censitário, em que um conjunto de quadras determina essa área de
atuação do recenseador.
Lembrando que o Censo Demográfico é uma
pesquisa domiciliar. Então, a gente conta toda a população a partir do local de
residência, de onde ela reside. Essa residência, no conceito do IBGE, é bem
ampla.
A gente considera desde casas
estruturadas de alvenaria, mas, se é uma residência, uma barraca, qualquer
domicílio, mesmo precário ou mais simples, se é um local fixo de residência, o
IBGE considera como domicílio. Através dele, a gente acessa a população.
Então, esse é um exemplo de uma
ferramenta de supervisão nossa, que a gente utiliza para garantir que todo
território seja percorrido. Quando a gente passa cada setor censitário para
cada entrevistador, que é o recenseador do IBGE, a gente vai ter que
supervisionar se ele está correndo todo aquele setor.
Então, esse é um exemplo. Hoje, com
ferramentas mais modernas de supervisão, a gente consegue visualizar onde
percorreu o recenseador e o supervisor também, que vai garantir a qualidade da
coleta, se ele percorreu todos os logradouros.
Não é o caso dessa imagem, mas a gente
consegue saber também onde foi registrado cada endereço. É uma informação que
vamos ter também de produto para 2020, que é a localização dos endereços de
todos os domicílios recenseados.
Para conseguir atualizar os mapas e
dimensionar corretamente esses setores censitários, a gente precisa estar
constantemente em contato com o poder público. Por isso, é muito importante
essa reunião da Repac. Muitos contatos são feitos diariamente pelo IBGE
diretamente com secretarias de municípios, secretarias de governo, para
atualizar os mapas e o cadastro de endereços.
A Repac é um momento de consolidação
desses contatos. A gente precisa saber se nossos mapas estão atualizados e são
muito importantes as informações de nossos parceiros para saber se o nome do
logradouro está certo, se todas as vias estão registradas, e saber se a
quantidade de domicílios estimada para aquele setor está próxima da realidade,
sabendo que sempre tem alguma margem de correção que a gente atualiza de fato
no Censo, durante a operação que será no ano que vem.
O que a gente espera dessas reuniões?
Que todos os parceiros... A gente faz isso durante a reunião e também
constantemente ao longo do Censo: que a gente consiga verificar as estruturas
territoriais e os limites distritais, a grafia dos nomes e toponímias de
referência dos municípios, distritos e demais localidades, indicação dos
aglomerados subnormais, que é um conceito do IBGE e, dentro desse conceito,
estão contempladas favelas, ocupações, assentamentos precários, cortiços,
cabeças-de-porco e similares, que são o maior desafio nosso de atualização de
base para que a gente consiga entregar um bom material para o recenseador
realizar a coleta no ano que vem.
Também indicação de agrupamentos, como
aldeias e localidades indígenas, comunidades quilombolas e outras localidades.
O IBGE tem feito um trabalho já há alguns anos de identificação dos territórios
indígenas, um trabalho específico com alguns quesitos no questionário de
identificação étnico-racial indígena. Em 2020, também teremos um trabalho de
identificação das comunidades quilombolas.
Teremos também, nesse trabalho,
identificação de novos loteamentos, bairros e conjuntos habitacionais, e também
definição de apoio logístico para operação. Como falei, a operação tem várias
etapas de localização de áreas para treinamento, instalação de postos, que o
Eric vai mencionar daqui a pouco.
Os parceiros são importantes em todas
essas etapas, da divulgação à localização de espaços e, às vezes, para ajudar o
recenseador a percorrer uma área rural que é mais difícil. Os parceiros
contribuem em todas essas etapas do planejamento e da execução do Censo
Demográfico.
Então, vou passar aqui um cronograma
resumido das etapas do Censo. Como eu falei, é uma etapa que começou já em
2018, quando teve uma consulta pública e também uma consulta com a reunião
consultiva, que são especialistas que trabalham junto ao IBGE para definição
dos quesitos.
Então, é a etapa que já foi
consolidada. Desde 2018, a gente tem feito testes do questionário, desde o
teste de autopreenchimento pela internet, que é um recurso que já teve em 2010
e vai ter também em 2020. Mas também testes em campo, que a gente chama
internamente como prova piloto e censo experimental.
Então, estamos vindo desde 2018, e
agora, nesse momento, estamos exatamente no momento do censo experimental, que
é a última etapa de teste do Censo, que é quando você testa toda a cadeia,
desde treinamento, contratação, coleta, internet, pagamento dos licenciadores.
Ela está sendo feita em todo o município de Poços de Caldas, mas outras
unidades estaduais estão com alguns setores também fazendo esse teste.
Aqui no município de São Paulo, nós
estamos realizando o Censo experimental também; não em todo o município,
obviamente, mas em casos específicos, para testar esse questionário e garantir
que no ano que vem ele vai estar eficiente e garantir uma boa qualidade de
coleta.
Então, em 2020, nós vamos efetivamente
fazer a contratação de pessoal de treinamento. E também, já no final de 2020,
entregaremos os primeiros resultados do Censo, que são os dados preliminares,
com as informações mais básicas do questionário. E aí a gente inicia um
cronograma de divulgação que vai até 2023, com dados, tanto resultados
preliminares sem imputação de dados quanto, depois, com resultados com
imputação de dados, onde não for possível obter a coleta.
E divulgação de microdados, o volume
metodológico com toda a metodologia do Censo. E vai até 2023. A gente entrega
todo o material. Então, das preliminares, já no final de 2020, já no final do
ano que vem, a gente divulga esses dados. Depois, tem um calendário de
publicações específicas, mais detalhadas, que vão até 2023.
Então, os produtos previstos são
volumes e tabulações do atlas demográfico. Então, a gente tem as tabulações no
Sidra; no site do IBGE, tem um sistema de consulta mais rápida, com dados do
Sidra ou de bancos multidimensionais de estatística. E também com base em
Estatcart (Ininteligível.) Lembrando que todo esse dado é público e gratuito.
Falar especificamente da coleta de
dados, que até é a parte que mais me cabe. O Censo demográfico, como eu falei,
tem como unidade de investigação o domicílio e ele é feito... A gente já vem desde
2017 informatizando toda a coleta. O recenseador comparece ao domicílio com um
equipamento que a gente chama de MC.
Ele tem todos os mapas digitais. Então,
aqueles mapas em papel ainda são importantes para o planejamento, mas a gente
tem evoluído cada vez mais para que o recenseador consiga visualizar a área de
trabalho dele, saber... O próprio equipamento informa quando ele sai da área,
quando ele deixa de registrar algum endereço. E a gente consegue coletar todos
os dados a partir de um equipamento móvel de coleta portátil.
Por esse questionário, a coleta de
dados pressupõe dois tipos de questionários: o básico e o ampliado, o que a
gente chama de amostra. É como se tivesse uma amostra dentro do Censo. Então, o
básico, todo o questionário... Os quesitos do questionário básico são muito
rápidos, muito objetivos. Os quesitos estão contemplados no questionário da
amostra também. Então, a amostra costuma aprofundar alguns dados. E a amostra
varia... A fração amostral que a gente chama. A quantidade de questionários da
amostra varia de município para município.
Então, ela vai desde 5%, como é no
município de São Paulo, até, em municípios menores do estado, ela poder chegar
a 50%. Então, a cada um questionário básico, um questionário da amostra. Isso
para garantir que você consiga informar dados que estão presentes só na amostra
para todos os municípios.
Essa é a grande diferença do censo
demográfico, que a gente consegue dar resultados para cada município do país.
Ainda, muitas vezes, nas pesquisas de amostragem, a gente não consegue dar esse
detalhamento em nível municipal. Mas, no censo, ele consegue dar, no caso de
alguns municípios, informações até em nível de distrito.
Então, nas outras reuniões, é muito
importante que todo mundo participe, porque a gente vai aprofundar o
questionário. Mas, basicamente, no questionário básico, a gente pega lista de
moradores; identificação étnica e racial; registro civil, educação e
rendimento. E, no questionário da amostra, a gente entra em fecundidade,
nupcialidade, deficiência - que é um quadro muito importante no questionário
ampliado -, e imigração e migração interna. Então, o questionário ampliado
aprofunda essas questões.
Essa era a minha parte. O Eric vai
entrar na questão dos processos seletivos, mas é muito importante que a gente
consiga passar a relevância de toda a população, todos os representantes da
sociedade contribuírem para esses dados, que são dados que ao longo de 10 anos
vão ser referência para o planejamento público e privado.
Então, é muito importante que a gente
faça isso com a colaboração da sociedade, que nos ajudem a garantir que os
nossos dados sejam de qualidade. Então, eu quero agradecer mais uma vez a
oportunidade e me colocar à disposição para qualquer esclarecimento. (Palmas.)
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - NADIR ALVES BARBOSA RIBEIRO -
Antes de passar a palavra ao colega Eric, eu gostaria de agradecer a presença
do Sr. Sergio Donizete Ferreira, presidente da Câmara Municipal de Paraguaçu
Paulista; do Sr. João da Silva Filho, vereador do município de Assis; do Sr.
Ricardo Garcia, prefeito de Sagres; do Sr. Marcelo Ribeiro Marciano, vereador
do município de Sagres; do Sr. José Luiz Bregaida, presidente do Sindicato dos
Condomínios; e do Sr. Waldir Beraldo, diretor jurídico do Sindicond. Muito
obrigada pela presença.
Chamar para a apresentação Eric, por
favor.
O
SR. ERIC DANIELE - Bom dia a todos. Agradeço a
oportunidade de estar aqui hoje falando do nosso trabalho. Cabe a mim, como
coordenador administrativo, dentre outras funções, acompanhar o processo
seletivo que o IBGE conduz no país inteiro e com foco, evidentemente, aqui no
estado de São Paulo. São, ao total, para a execução dos trabalhos do censo,
46.000 vagas no estado de São Paulo.
São quatro editais, sendo um deles já
executado; inclusive, estamos na presença de três analistas censitários que
entraram neste mês. E mais três processos; um deles, inclusive, aberto até o
dia 15 de outubro, com 431 vagas para o estado de São Paulo, para os cargos de
coordenador censitário de subárea e agente censitário operacional.
Ambos os cargos exigem apenas nível
médio, com o acréscimo, para o primeiro cargo - de coordenador censitário de
subárea -, que o candidato tenha carteira nacional de habilitação; pode ser a
provisória ou a definitiva. Salários: para o primeiro cargo, é de R$ 3.100.
Para o segundo, agente censitário operacional, R$ 1.700, mais os benefícios.
No ano que vem, contaremos com dois
processos seletivos muito grandes. Nós estamos, por assim dizer, numa espécie
de pirâmide; nós estamos compondo as estruturas dos andares de cima, para
chegarmos até aquele que vai bater na casa das pessoas, que é o recenseador.
Os dois processos seletivos que
ocorrerão no ano que vem serão para as vagas de agente censitário municipal e
agente censitário supervisor. Devem ocorrer bem no começo do ano, por volta de
fevereiro, com pouco mais de 5.000 vagas, quase 6.000 vagas no total.
E por fim, por volta de maio, esse sim
é o grande processo seletivo do censo, com mais de 40.000 vagas, que são para recenseadores.
Ocorrerá por volta de março; a prova deve ocorrer em meados de maio. E em
julho, eles já estarão conosco, sendo treinados, capacitados, para, no dia
primeiro de agosto, iniciarmos o censo demográfico.
Esses processos são extremamente
importantes e é muito importante que nós contemos com a colaboração de todos no
que diz respeito à sua divulgação. Nada mais importante para nós do que
contarmos com uma mão de obra das próprias regiões. Então, que os prefeitos, as
instituições as mais diversas possíveis, divulguem isso, espalhem isso nos seus
rincões, para que as pessoas possam prestar.
Agora
há pouco, ouvi a fala do nosso colega da Polícia Militar a respeito desse
projeto de vias rurais. Quão bom e importante é nós contarmos com uma pessoa
que é do município, conhece o município, conhece essas vias. Então, é muito
importante que haja uma divulgação com o maior nível de capilaridade possível.
Está bom?
Falaremos agora do apoio logístico para o censo demográfico.
Posto de coleta: o posto de coleta é a
unidade mais próxima da população num censo demográfico. O posto de coleta é
fundamental porque é ali que se estruturam os equipamentos, as orientações ao
recenseador, a visita do recenseador para uma conversa com os seus superiores e
a gente, não é o momento, por assim dizer, que nós pediremos postos de coleta,
mas estamos já de antemão comunicando que, por volta do começo do ano,
iniciaremos um contato com muitas instituições, tanto do Governo do Estado,
quanto das prefeituras, para que consigamos espaços para montagem dos postos de
coleta.
Posto de coleta, dentre outras
estruturas do espaço, do mobiliário, da segurança que é fundamental - porque
existem equipamentos, existem patrimônios públicos guardados -, nós precisamos
de um espaço seguro. Também necessitaremos de acesso à Internet, é fundamental
que os postos de coleta possuam acesso à Internet, dado que temos um censo
totalmente informatizado e não é possível realizarmos o nosso acompanhamento da
coleta sem o acesso à Internet.
Eu estou frisando essa questão porque
nós temos muita dificuldade durante o censo de obtermos contratos de banda
larga, porque as instituições que fornecem esse serviço pedem que a gente fique
pelo menos um ano com o contrato em vigor, e o censo demográfico é menor do que
um ano, não é?
Então, para nós não é tão interessante
realizarmos esse contrato e termos essa disputa com essas instituições de
fornecimento. Portanto, como muitos prédios públicos também já estão
estruturados com Internet banda larga, pedimos que nos forneçam o espaço e nos
forneçam também o acesso naquele local, para que possamos realizar todo o
acompanhamento e estruturação do censo.
Agora eu vou passar a palavra ao nosso
colega Wagner, mas eu fico também à disposição. Como o Francisco disse, todos
nós estamos muito honrados de estarmos aqui e esse é só o primeiro contato de
muitos. Estamos muito felizes e honrados de podermos falar daquilo que a gente
fala o tempo todo, que é o nosso trabalho.
Muito obrigado, gente. (Palmas.)
O
SR. WAGNER MAGALHÃES - Bom dia a todos. Bom,
a minha é a última apresentação e prometo ser rápido também, para a gente não
demorar muito na nossa atividade.
Bom, eu vou falar um pouquinho do IBGE
Educa. Mas qual é o princípio do IBGE Educa?
Porque na verdade o censo é uma mega
pesquisa e para responder uma pesquisa, três coisas vêm na nossa cabeça
intuitivamente: a gente quer ter segurança, que ter utilidade e quer ter um
benefício. Quando a gente responde a uma pesquisa essas três coisas,
intuitivamente, passam pela nossa cabeça.
Como comentou o coronel Viana, as
estratégias de segurança a gente vem trabalhando na medida do possível, até por
reconhecimento de todas as instituições e da sociedade, de maneira geral, de
como vai ser transparente, como vai ser segura toda essa operação. A segunda,
justamente, a utilidade: para que serve o censo? - como comentaram a Ana e o
Vando - para que isso será feito e para que servem os dados? E a terceira, é o
benefício: o que eu estou ganhando respondendo o censo?
Estamos tentando trabalhar, além de
todas essas estratégias de comunicação, com as crianças também. Então, o IBGE
Educa, tem essa ideia de sensibilizar as crianças e jovens - e, através deles,
as famílias que estão ligadas a essas crianças - para reconhecer a importância do censo, para
o que ele serve como pesquisa e, também, para caracterizar o recenseador dando
uma ideia de segurança, de que aquele representante do IBGE estará levando esse
questionário, pegando essas informações, de maneira que não terá interferência
depois na vida das pessoas. Então, são essas duas coisas que nós estamos
trabalhando.
Bem, aqui é um material que já está sendo testado no censo experimental
em Poços de Caldas. Então, está sendo feito um teste num município a 100%, que
irá reproduzir o que será feito no País no ano que vem. Então, tanto os
equipamentos, a forma de contratação e também essa estratégia de divulgação
junto às escolas está sendo testada, neste momento, em Poços de Caldas.
Está sendo preparado um material
didático voltado a professores, alunos e diretores de forma a orientar como
trabalhar esses conteúdos dentro da sala de aula.
Inicialmente tem uma instrução ao diretor,
como ele deve distribuir esse material dentro da escola, como ele deve
acompanhar a aplicação dos conteúdos com vários professores e coordenadores e
qual a efetividade disso diretamente com o aluno.
Aqui a gente dividiu em dois grupos:
terá um material voltado para os pequeninhos, para o ensino infantil, a
pré-escola; e um segundo material, que será voltado para o ensino fundamental e
ensino médio.
No ensino fundamental, a ideia é
justamente criar materiais lúdicos. Então nós vamos ter gibi, cartilhinha,
caça-palavras, labirinto e a identificação do recenseador com uma das figuras,
um dos personagens do gibi. Então, o recenseador irá interagir com as crianças
nessa historinha em quadrinhos, mostrando passo a passo como é feita uma
abordagem num domicílio. De forma lúdica, a ideia é que passe essa informação
depois para os pais.
Para os jovens, é lógico, a abordagem é
um pouco diferente, já é ideia não só de aproximação. A ideia do para que serve
e qual é o benefício? qual é o conteúdo? Aqui a gente já trabalharemos com a
ideia de mapa, de localização, de dados de população, de informação, de
infraestrutura dos municípios. Inclusive, teremos um ebook, que também já está
sendo testado em Poços de Caldas, com orientações de atividades para o
professor desenvolver em sala de aula.
Aqui também são dois exemplos de
utilidade de material que está sendo testado lá. E, por fim, temos aqui o
trabalho do recenseador e respondendo ao censo. Então, vai ter toda uma série
de orientações feitas para esses dois grupos de alunos, sempre com essa
caracterização do menininho.
Aqui é uma parte do IBGE Educa, que já
estamos divulgando em municípios. Então, aqui são algumas salas de aulas que
alguns colegas nossos do interior de São Paulo já desenvolveram em algumas
escolas: divulgando material, mostrando site.
Porque o site do IBGE Educa já está no
ar, quem entrar na página do IBGE, terá link para o IBGE Educa, já há um monte
de atividades falando inclusive do censo. Eu convido a todos depois a darem uma
entrada no IBGE Educa, que é bem interessante. Tem jogos de perguntas e
respostas, tem o quebra-cabeça de mapa do Brasil, quebra-cabeça de mapa da
América do Sul.
E isso aqui é o que nós pensamos, como
passo futuro, já para o censo mesmo, não agora no censo experimental. Porque
estamos pensando em desenvolver materiais, dando destaque, incluindo materiais
de vídeo. Então, quando falamos não é só o material impresso, também a ideia é
produzir vídeos para estimular a interação diretamente com os alunos.
Então, daremos destaque para sotaques,
expressões regionais, histórias e contos, receitas, tentando regionalizar esse
tipo de informação nesses materiais. Serão divulgados para os alunos, até para
ficarem mais próximo de cada um, na hora que você fala com sotaque, ou fala alguma
história que é muito correlata à sua região, você fica mais próximo, dá uma
intimidade maior para responder.
Outra coisa que nós estamos pensando -
isso ainda está em análise -, é o Certificado Escola Parceira do IBGE. Como tem
a Fundação Abrinq, que tem um certificado que é Prefeitura Amiga da Criança, a
ideia é que o IBGE crie algum tipo de certificado das escolas que realmente
apresentarem uma boa interação, que conseguirem levar a contento esses
conteúdos que nós estamos trabalhando.
Qual é o benefício, além do
certificado? Vai falar “que um papel vai colocar num quadrinho?” A ideia é que
também esse certificado depois abra as portas para receberem materiais
didáticos do IBGE: doação de atlas e outros conteúdos que estaremos produzindo,
futuramente, voltados para a divulgação do censo já com os resultados.
Bom, obrigado para todos. Foi uma
apresentação breve e estamos abertos, no IBGE, como falou o Francisco e os
demais, para qualquer tipo de informação. E teremos, com certeza, um grande
sucesso.
Obrigado a todos. (Palmas.)
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - NADIR ALVES BARBOSA RIBEIRO -
Vamos abrir agora para perguntas da plateia. E eu convido também o Francisco,
como coordenador estadual do censo demográfico, para compor a Mesa nesse
momento, caso alguém queira fazer a pergunta.
E quem quiser fazer pergunta, eu peço a
gentileza de se dirigir a um dos microfones da frente, falar o nome e da
entidade que representa.
O
SR. TARCÍSIO - Sou o padre Tarcísio, da
Arquidiocese de São Paulo e coordenador da Arquidiocese de São Paulo. Ontem eu
estive em reunião com o trabalho que a Igreja desempenha com a população de
rua, e nós comentávamos sobre um Censo municipal para a população de rua e
algumas coisas que o Censo terá dificuldade.
Por
exemplo, a população de rua se desloca pela cidade, ela não tem um lugar fixo.
Alguns moram no subterrâneo da cidade, e alguns se identificam com o município,
mas transitam também fora do município, o que seria difícil para um Censo
municipal. Então a curiosidade seria como seriam abordadas, por exemplo, essas
populações nômades, não só em termos de cidade, mas em termos de regiões e do
Brasil inteiro.
Outra
questão que vem como curiosidade na temática religiosa: um dos comentários que
ouço com frequência nas reuniões de que participo, inclusive com o cardeal Dom
Odilo, é que, no outro Censo, algumas perguntas que foram dirigidas à população
definiam, por exemplo, Igreja Católica Carismática.
Nós
temos, na Igreja Católica, grupos carismáticos, então a pergunta não fica clara
para diferenciar católicos e não católicos, porque muitos católicos poderiam
dizer que eles são católicos da Igreja Carismática e católicos romanos, e
outros não católicos romanos. Seria possível corrigir ou clarificar melhor determinadas
definições religiosas, para que o Censo pudesse apontar com mais clareza essas
especificações da população?
O SR. FRANCISCO GARRIDO BÁRCIA
-
Bom, eu queria agradecer inicialmente a participação e a oportunidade de a
gente prestar esse esclarecimento. Vocês devem ter acompanhado a questão de uma
reivindicação - aliás, duas, uma mais afastada, mas uma bem recente -, dos
representantes das entidades de população de rua, e nós recebemos esses
representantes na nossa sede estadual, na Rua Urussuí, 93.
Nesta
última, inclusive, nós fizemos uma reunião no nosso auditório, que foi ao ar
inclusive no programa Profissão Repórter, de uma forma bem objetiva, bem
transparente, e explicamos novamente.
Recebemos
um documento, esse documento foi protocolado, virou um processo interno, e o
IBGE vai responder. Explicamos novamente que o Censo brasileiro é um Censo
domiciliar. Como o parceiro mesmo relatou, há dificuldade de se fazer o Censo
municipal, porque uma hora essa população está aqui, outra hora essa população
está lá.
Então,
o Censo brasileiro, historicamente, é um Censo de domiciliar. Aquela família
tem que estar morando em algum lugar com endereço, mesmo que não tenha número,
mesmo que seja um domicílio improvisado, um domicílio com características
precárias. Se ele está residindo ali, o IBGE vai lá, faz o cadastro - o CNEFE,
que nós falamos - e vai ser coletada aquela família, aquela pessoa, vai haver a
coleta.
Em
razão dessa população de rua, o IBGE está desenvolvendo, está começando a
desenvolver uma metodologia da melhor maneira de fazer esse levantamento,
ficando claro que, até o momento, não seria por um Censo. Aí eu gostaria de
aproveitar a pergunta para comentar uma dimensão de saúde.
Sempre
que a gente chega próximo ao Censo, e como falou o Vando, tudo começou com uma
oportunidade que o IBGE abriu no portal do IBGE para receber sugestões em como
fazer essas investigações e recebemos milhares de contribuições. O que o IBGE
fez?
O
IBGE foi peneirando essas sugestões, foi peneirando, foi avaliando com colaboradores,
com técnicos, com a academia, com entidades colaboradoras, até chegar a esses
dois instrumentos de coleta que estão sendo testados no centro experimental, em
Poços de Caldas, o básico e o amostra.
Em
verdade, o Censo não é uma atividade do IBGE. Eu diria que o IBGE é o operador,
mas é uma atividade de Estado, então precisa que aquele instrumento de coleta
seja a representação adequada, necessária para o Estado, para aquela sociedade.
Então o IBGE vem de lá com esses milhares de colaborações. Até agora nós não
temos uma metodologia na casa para fazer esse levantamento, e o IBGE está
buscando isso.
Da
mesma forma ficaram, nos instrumentos de coleta, as denominações das religiões.
Para o momento, não há como mudar essa denominação que está posta naquele
determinado quesito que está a campo, entendeu? Os instrumentos de coleta já
estão formatados, os aplicativos já foram feitos, e aquilo já está sendo
testado em Poços de Caldas.
Então,
funciona assim: para levar a coleta lá em agosto, nós temos que construir esses
dois aplicativos, fazer todo aquele trabalho de base, para que a gente possa
colocar na rua esse exército de recenseadores, para que eles possam bater de
casa em casa.
Então
é uma operação imensa, com um cronograma que a gente não pode estar mudando.
Não duvidamos dessa necessidade de melhoria dessa denominação, mas talvez ela
vá ficar para uma próxima edição.
Da
população de rua, também o IBGE está estudando uma metodologia. Eu só queria
frisar o que eu estava falando anteriormente: sempre quando se avizinha um
Censo, todo mundo quer colocar questão no Censo. Eu vou pegar a dimensão Saúde,
que é o que nos coloca em pé, o que põe uma família em condições de estudar,
buscar emprego, é a maior necessidade que temos, não é isso?
Nós
estamos, no momento, com o maior inquérito de Saúde que o Estado brasileiro
pode fazer, que é a Pesquisa Nacional de Saúde. Nós estamos indo a vários
domicílios que foram previamente selecionados, fazendo o levantamento de um
aplicativo em um questionário com várias perguntas, inclusive coletando medidas
de um determinado morador de referência. Não seria possível incluir tudo isso
em um questionário de Censo.
Fora
essa questão desse inquérito, nós temos levantamento de quesitos de saúde em
outras pesquisas que o IBGE faz. Então, em verdade, o Estado brasileiro tem que
se apropriar cada vez mais de todas as informações que o sistema estatístico
nos proporciona. Por exemplo, eu gostaria apenas, por gentileza, que
levantassem a mão os nossos parceiros de Paraguaçu Paulista, Sagres.
Recentemente
nós levamos a campo, estamos finalizando, uma pesquisa que denominamos Munic,
que se chama Informações Básicas do Município. Nós vamos a cada prefeitura e
fazemos um levantamento da estrutura daquela prefeitura, de equipamentos públicos,
e depois isso é divulgado, entendeu?
Então
o IBGE tem várias pesquisas que coloca em campo tratando de várias dimensões
dessas informações estatísticas que talvez nós não conseguiríamos colocar tudo
no Censo, até porque recentemente também houve um debate em relação à
diminuição do questionário do Censo, como bem falou o Wagner. Hoje todos nós
temos a nossa dinâmica de vida, os cidadãos e as famílias, muito mais
atribulada: trabalho, estudo...
Então,
a questão da diminuição do questionário que está sendo testada em Poços de
Caldas não foi só uma questão orçamentária. O IBGE precisa trabalhar com outras
bases, então o IBGE está se esforçando para fazer um Censo rápido, objetivo, de
qualidade, com cobertura total em todos os domicílios, como fizemos no Censo
agropecuário, do qual já estamos devolvendo resultados à sociedade.
Até
o momento, as nossas informações são de que foi o melhor Censo agropecuário já
realizado pelo IBGE, isso por conta das ferramentas que foram disponibilizadas,
inclusive, a gente poderia acompanhar online a rota que o recenseador estava
fazendo.
Então,
o Sistema Estatístico Nacional está prosperando com novas ferramentas, novas
maneiras de coleta. A próxima que o IBGE vai utilizar - está buscando essa
articulação institucional para isso - é a maior utilização dos registros
administrativos no País.
Infelizmente,
ainda é muito pequena essa utilização para a finalidade estatística, porque a
maioria esmagadora desses registros administrativos, que são abundantes, não
foram preparados para que fossem utilizados dessa forma, para a finalidade da
estatística.
Então
o IBGE está convergindo para esse futuro, para onerar menos o informante, para
ter mais informação e poder servir melhor, com utilidade, de uma forma mais
rápida, para que a informação retorne de uma forma mais ágil, mais rápida, para
que a gente cumpra nossa missão de retratar a realidade com aqueles dois
núcleos, o exercício da cidadania, que é muito importante. Quando eu pedi aí
aos colegas que se identificassem, é importante a gente conhecer o nosso
município e, principalmente, o bairro onde a gente mora, a comunidade onde a
gente mora.
Quando o Vando falou que os dados vão
descer a distrito, mas há o município que tiver legislação de bairro vai
receber essas informações do Censo demográfico por bairro. Se houver uma
legislação específica, vai receber por bairro. Então, veja que o IBGE está,
também, prosperando em sua maneira de agir, querendo ser menos invasivo, mais
ágil e mais útil.
Eu me estendi um pouco porque essa oportunidade
foi muito boa para a gente já esclarecer um pouco mais as nossas atividades.
Obrigado e peço perdão por ter me estendido um pouco mais.
Vamos a uma outra pergunta. Por favor.
A
SRA. CLAIR - Bom dia. Está aberto aqui? Está
ouvindo?
Bom dia, meu nome é Clair, eu sou da
região de Cidade Ademar, Pedreira, aquela região. Fiz, junto com o Felipe e
mais alguém, o mapeamento de base territorial um tempo atrás lá na minha
região.
Eu estive gerente do Bom Prato da
Cidade Ademar e pude conhecer essa população que o padre Tarcísio falou. E um
dos motivos que me trouxe aqui foi isso, moradores em situação de rua, pessoas
que não tem um CEP, vamos dizer assim;
Inclusive, lá da minha região, foi
aquele menininho açoitado, que passou nas redes sociais. Ele comia nesse Bom
Prato pelo qual o Felipe também passou e é uma preocupação muito grande da
minha parte, porque a Cidade Ademar é uma subprefeitura que tem acho que
426.000 habitantes.
Ela é quase uma cidade mesmo. Tem
muitas cidades do interior que não têm essa quantidade de habitantes e muitos
moradores em situação de rua foram migrados do centro para os seus bairros,
porque houve toda uma mudança de visão, de olhar para essas pessoas e elas
voltaram para os lugares de onde elas ficavam lá no centro.
A Cidade Ademar cresceu muito em
relação a essa população. Não estou mais no Bom Prato, mas estou ainda no
terceiro setor, participando, lá, dos movimentos de moradia. O Jardim Apurá,
acho que alguns já conhecem, está recebendo, hoje, 3.860 moradias, que são do
projeto anterior, chama Residencial Espanha, que também modificou muito a
característica da nossa região.
Então, a minha preocupação, realmente,
é com as pessoas que não tem CEP, que moram lá nas comunidades e que não vão
fazer parte desses números do... pelo que eu estou entendendo, muitas pessoas
da minha região não vão fazer parte das estatísticas do IBGE. Pelo que eu
entendi.
Acho que no momento é só. Eu tenho mais
algumas dúvidas, mas acho que, ao longo do tempo, eu vou poder esclarecer. Eu
moro em um condomínio que também tem 540 famílias, um condomínio na região do
Apurá e que quer saber como pode acontecer o Censo lá dentro e é isso.
Mas a minha preocupação maior fica
junto com a pergunta do padre Tarcísio, que é essa população em situação de
rua. E lá tem, inclusive, uma ocupação, que é onde morava esse menininho que
foi açoitado pelo segurança do supermercado, que também moram nesse local.
Vivem. Eles não moram, eles vivem ali.
Obrigada.
O
SR. FRANCISCO GARRIDO BÁRCIA - Wagner, antes de
passar a palavra, eu queria fazer um esclarecimento. Existe a população de rua,
que ainda estamos estudando a metodologia. Existem aqueles moradores que,
eventualmente, moram em comunidades em que a rua não tem nome, não tem CEP, a
casa é improvisada, não tem número. Essa população é residente e será
recenseada. Será recenseada, certo?
Até porque, nesse trabalho de base que
o Vando falou, nós estamos fazendo uma ampla atualização de todas as quadras,
de todas as faces pelo município, por todos os municípios, incluindo domicílios
improvisados e, eventualmente, condomínios, sejam eles horizontais ou
verticais.
Essa atualização nós pretendemos que
seja a melhor possível, mas sabemos que, em termos de atualização, nada é
perfeito. Pode mudar um aglomerado normal, subnormal, de uma semana para outra,
como aconteceu, recentemente, no município de Carapicuíba, perto da Cohab 5:
todos aqueles domicílios saíram daquele lugar e foram para outros.
A nossa base é dinâmica, mas queremos
entregar o melhor recenseador para que aquele exército... O melhor insumo para
que aquele exército de recenseadores vá à rua e, aí sim, faça a coleta do Censo
a partir de agosto de 2020.
Por favor, Wagner.
O
SR. WAGNER MAGALHÃES - Só queria
complementar as duas perguntas, porque acho que elas estão associadas. Até o
padre Tarcísio, primeiro só queria falar um pouquinho da divisão das religiões,
porque, mesmo em 2010, e a gente está pensando em fazer a mesma coisa para
2020, além do leque de respostas de religião, a gente depois fazia dois níveis
de agrupamentos, até para minimizar essas distorções na interpretação da
pergunta.
Então, só para dar um exemplo, fala:
“Evangélicas de missão”, a gente agrupava isso em um primeiro nível. Depois,
segundo: evangélicas, então agrupava maior quantidade de igrejas. Estou dando
só um exemplo de evangélicas, mas vale para todas. Então, a gente, aí, reduz
esse viés de interpretação equivocada da pergunta. Já foi feito em 2010 e a
gente está até refinando para 2020.
A segunda coisa, falando um pouco de
populações especiais. Eu não vou falar só de populações de rua porque, em
outras pesquisas que o IBGE já fez em anos anteriores, a gente já levantou até
acampamentos ciganos, que é uma população muito difícil também, porque ela
migra ao longo de vários municípios, até ao longo de estados, não é?
O IBGE já aplicou essa metodologia, foi
exitosa na época, então não é que a gente desconhece totalmente o tema. É
lógico que morador de rua a movimentação é muito mais rápida e dinâmica, então
é muito mais difícil de pegar, identificar esse tipo de população, mas não é
que o IBGE está partindo do zero nesse tema.
É uma coisa que a gente já trabalhou no
passado e tem condições de levantar futuramente, não em Censo, porque talvez em
Censo seja mais difícil, porque são tantos temas que vão ser levantados, a
gente ficar detalhando em particular, às vezes há alguma coisa que a gente vai
identificar mal.
Então, por isso, o IBGE está partindo
para, talvez, montar, em uma segunda, em outra pesquisa, uma pesquisa
diferente, identificar essas populações e, aí sim, levantar políticas públicas
direcionadas para esse grupo.
Eu estive, no princípio da semana,
dando um treinamento para o pessoal do fundo de populações das Nações Unidas,
que fica lá em Brasília, eles chamam de A Casa da Onu. Uma das preocupações
deles era, justamente, com esse grupo de moradores de rua. Então, eles também
vão estar desenvolvendo ações e compartilhando com o IBGE estratégias para a
gente, futuramente, conseguir fazer esse tipo de mapeamento.
Está bom? Obrigado.
O
SR. FRANCISCO GARRIDO BÁRCIA - Só para aproveitar a
manifestação da Clair, tem uma parte que eu entendi política e administrativa,
até pelo crescimento da Cidade Ademar, que aí não está no nível de nossa
competência, mas...se, por exemplo, já fizemos uma reunião com todos os
subprefeitos do município de São Paulo, todos.
Se for necessário o IBGE estar lá na
subprefeitura para fazer uma palestra dos dados de que o IBGE dispõe, essa é a
nossa função, uma função técnica.
E, isso, fique à vontade, é só solicitar
para o IBGE, para a nossa agência local lá, ou para a nossa unidade que a gente
faz e vai colaborar nessa dimensão técnica, que é competência do IBGE para que
possamos, também, colaborar com essa dimensão política e administrativa em
razão do crescimento de Cidade Ademar.
Aí ficamos ao seu inteiro dispor.
A
SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - NADIR ALVES BARBOSA RIBEIRO -
Mais perguntas? Ninguém mais?
A
SRA. SAMIRA - Bom dia, eu sou Samira, sou
assessora parlamentar aqui da Casa, do gabinete da deputada Monica da Bancada
Ativista. Eu gostaria que vocês falassem um pouco mais sobre as perguntas que
foram modificadas da última versão do Censo, o que vai ter comparabilidade com
a versão anterior e o que não vai ter.
O
SR. FRANCISCO GARRIDO BÁRCIA - Bom dia, Samira. O
questionário teve uma racionalização dos quesitos, então teve... Boa parte das
alterações, elas já estavam sendo previstas em nossos testes, desde 2018. Teve
algumas alterações: por exemplo, em relação à característica do domicílio, a parte
de bens, de geladeiras, essas coisas, foi retirada.
Basicamente, ficou a informação sobre
se tem máquina de lavar e acesso à internet. Então, assim, mas de toda a
caracterização de acesso a... Se tem acesso à rede esgoto, toda essa parte,
mais a estrutura do domicílio, permanece inalterada.
Tá? Então, é mais em relação a bens,
mas até porque teve uma avaliação técnica de que geladeira não estava
retornando uma informação relevante para... Nem servir como crítica de nível de
renda, porque esse esquisito, às vezes, determina nível de renda, ele não
estava sendo eficiente para isso, e a máquina de lavar também já retorna sobre
se tem acesso a luz elétrica e se tem acesso à água. Então, já era o
suficiente.
No caso de migração, estava sendo
previsto que ele fosse para o básico, mas em 2010 já estava na amostra, ele
permaneceu na amostra, teve algum quesito sobre Educação. Existe a informação -
o que saiu bastante na imprensa até - sobre o valor do aluguel. A gente
continua perguntando se o domicílio é cedido, próprio ou alugado. Então, essa
informação ainda existe.
O que saiu do questionário é o valor do
aluguel, também, pelo tempo de resposta dessa informação, ela não sai no dado
preliminar do Censo, então, existem outras formas mais eficientes de captar esse
dado; e também sobre Educação pública e privada, também, o Censo escolar foi
avaliado que foi eficiente. Então tem um entendimento técnico da casa de que
alguns dados eles são mais eficientes sendo captados por registros
administrativos, ou melhorando as nossas pesquisas amostrais.
Então, boa parte das perguntas que
foram reduzidas, elas foram reduzidas porque a forma não é só a pergunta em si,
a forma como a pergunta é feita. Às vezes a pergunta está quebrada em uma
sequência, e ela foi racionalizada para, de uma forma, tipo nupcialidade.
Então, tem uma racionalização, na forma de perguntar, que ela se tornou mais
clara para o informante.
Então, acho que seria essa a resposta.
Trabalho e renda agora está sendo
questionado para o responsável da família. Então, não teve alteração no
conceito da pesquisa, mas ela era questionada para todos os moradores, e agora
vai ser questionada para o responsável da família.
A
SRA. NADIR ALVES BARBOSA RIBEIRO - Mais alguém? Eu
pediria, então, à Ana, ao Vando, ao Eric e ao Wagner que ocupassem os lugares
na plateia, por favor. O Francisco eu pediria que permanecesse à Mesa. Peço,
gentilmente, que o deputado Mauro Bragato ocupe a Mesa, porque nós vamos então
para as considerações finais.
Francisco, a palavra é sua.
O
SR. FRANCISCO GARRIDO BÁRCIA - Bom, tentamos, nessa
reunião inaugurar uma maior motivação aos presentes, às entidades presentes, e
tentar que vocês sejam os nossos formadores de opinião, e, com isso, a gente
não encerrar esta reunião. Viu, Clair?
Assim como estamos fazendo esta reunião
aqui, de planejamento e acompanhamento do Censo, se for necessário, seja pela
autoridade constituída, o subprefeito lá de Cidade Ademar, seja por uma parcela
da população que você julgar conveniente como representante, o IBGE estará lá
naquela região do município, mesmo que seja um município grande como este.
Às vezes, nós não temos força para
chegar em todos os locais tão rapidamente, mas estaremos lá prestando conta em
Cidade Ademar, da nossa atividade, o que faremos lá. Então, fique à vontade.
Entendeu? Um dos propósitos desta reunião é justamente disponibilizar o IBGE
para que a gente desdobre esta prestação de contas estadual - viu, deputado
Mauro Bragato? - onde for necessário.
Agora mesmo, eu pedi ao deputado aí que
tentasse, com seus grandes conhecimentos, cinco minutos em um Congresso, que
acontecerá em Campos do Jordão, a edição 63 da Associação Paulista de
Municípios, que está na edição 63, que vai ocorrer de 15 a 18, em outubro, lá
em Campos do Jordão. Para que o IBGE tivesse cinco minutos para falar dessa
campanha censitária.
O IBGE está pedindo, se ofereceu desde
janeiro. Eu mandei o ofício lá desde janeiro, e, da mesma forma que nos
oferecemos para o Congresso, tivemos as portas abertas aqui da Assembleia, pela
recepção, assim, tão calorosa de Cauê Macris - que já é um parceiro de longa
data -, estaremos em Cidade Ademar; estaremos
em Sagres, se for necessário; estaremos em Paraguaçu Paulista; em Assis.
Estaremos agora na região do deputado,
vamos em reunião lá do município de Presidente Bernardes, no dia 22 estaremos
lá. No dia 16, às 10 horas da manhã, na Câmara Municipal, eu estarei presente
lá na primeira reunião de São Sebastião.
É assim que um órgão público, eu acho,
tem que agir, para que seja útil, essa operação seja transparente, e que vocês
fiquem à vontade para colaborar com essa campanha censitária, que não é só do
IBGE, e sintam-se à vontade, com confiança para falar que essa atividade
censitária está sendo desenvolvida de forma objetiva, transparente, sem
qualquer ingerência política, com pura conotação técnica, com o objetivo de
cumprir a missão institucional do IBGE, que tanto interessa ao estado
brasileiro, ao estado de São Paulo, à unidade da Federação de São Paulo, e aos
645 municípios.
É por isso que eu agradeço a presença
de todos, e fico honrado em poder servi-los, onde for. Vou repetir o que eu
falei lá na Câmara Municipal, e venho falando. Como o Mano Brown falou: “até o
IBGE passou aqui e nunca mais voltou”, o IBGE continua voltando em todos os
lugares, até em Cidade Ademar, o IBGE volta lá para fazer pesquisa domiciliar.
Podem não ter chegado lá as políticas públicas a contento com esse crescimento
que Cidade Ademar teve, mas o IBGE continua voltando nos lugares.
É assim que queremos que vocês entendam
a nossa missão, que é para servi-los, é para servir a sociedade brasileira.
Muito obrigado a todos. Muito obrigado às prezadas autoridades presentes, ao
deputado Mauro Bragato, e reitero um abraço caloroso ao deputado Presidente
desta Casa, Cauê Macris, parceiro de longa data.
Muito obrigado.
O
SR. MAURO BRAGATO - PSDB - Eu quero, não só em
meu nome, Francisco, mas também do Presidente Cauê Macris, agradecer esse
trabalho do IBGE, hoje, nesta manhã, na Assembleia do Estado, e dizer que nós
estamos aqui à disposição. Não só este deputado, mas, seguramente, os 93
restantes.
Porque o trabalho que o IBGE faz é um
trabalho de cidadania e, acima de tudo, levarmos em conta que ano que vem
teremos o Censo, e é fundamental para a sociedade brasileira.
Então, em meu nome, em nome do deputado
Cauê Macris, o nosso muito obrigado por terem comparecido aqui, à disposição.
Nós vamos procurá-lo para agendar em várias reuniões com municípios, agendar a
presença do IBGE, para explicar a importância do envolvimento dos municípios
nesse processo de realização do ano que vem, do Censo de 2020.
Um bom dia a todos, e nosso muito
obrigado.
Queria agradecer aqui e, esgotado então
objeto da presente sessão, a Presidência agradece as autoridades, a minha
equipe, os funcionários dos serviços de Som, da Taquigrafia, de Atas, do
Cerimonial, da Secretaria Geral Parlamentar, da Imprensa da Casa, da TV
Legislativa e das assessorias policiais Civil e Militar, bem como a todos que,
com as suas presenças, colaboraram para o êxito da solenidade.
*
* *
- Encerra-se a
sessão às 11 horas e 47 minutos.
*
* *