13 DE NOVEMBRO DE 2019
145ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CORONEL TELHADA, FREDERICO D'AVILA e CAUÊ MACRIS
Secretaria: FREDERICO D'AVILA
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - LECI BRANDÃO
Agradece a presença de integrantes e responsáveis do
Parlamento Jovem do município de Pedreira, que vieram por solicitação do
deputado Edmir Chedid. Informa que ontem fora comemorado o Dia Mundial do
Hip-Hop. Elogia o gênero musical como uma cultura de diversidade que forma
artistas nas periferias. Menciona a Lei nº 17.039/19, que inclui no calendário
cultural do Estado o "Encontro Paulista de Hip-Hop". Lamenta notícia
que informara o aumento de racismo no País.
3 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA
Cumprimenta os jovens parlamentares de Pedreira e seus
responsáveis.
4 - FREDERICO D'AVILA
Exige que o Governo do Estado duplique as rodovias SP-258 e
SP-270. Exibe fotos e vídeos de acidentes. Clama aos responsáveis que auxiliem
nesta solicitação.
5 - FREDERICO D'AVILA
Assume a Presidência.
6 - CORONEL TELHADA
Lembra o Dia Mundial da Gentileza, comemorado hoje. Discorre
acerca da criação do fuzil AK-47, nesta data, há 72 anos. Lamenta atentado em
Paris, ocorrido há quatro anos. Tece comentários acerca da aprovação, ontem, do
PLC nº 77/19. Elenca projetos que ainda devam ser votados pela Casa.
7 - DR. JORGE LULA DO CARMO
Discorre acerca da decisão do STF que possibilitara a
liberdade de presos condenados em segunda instância, cuja sentença ainda não
transitara em julgado. Assevera que o otimismo renascera no povo brasileiro,
com a liberdade do ex-presidente Lula. Comenta sua participação em reunião com
secretário municipal de Saúde da Capital e líderes comunitários de vários
bairros. Elogia a disposição do secretário em colaborar com as comunidades.
8 - DELEGADO OLIM
Informa que o Executivo apresentou proposta de reforma da
Previdência para servidores estaduais, nesta Casa. Confessa que irá
manifestar-se quando tiver acesso ao citado documento. Comunica a visita do
secretário estadual de Segurança Pública, nesta Casa, hoje, às 16 horas.
9 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência.
10 - RODRIGO MORAES
Afirma que trabalha pela população de São Paulo, em todas as
áreas. Lamenta fatalidades em UPAs no município de Itu. Exibe vídeo acerca do
tema. Clama aos pares apoio na Saúde para Itu e todo o estado. Exige que os
municípios cumpram com suas obrigações junto à população.
11 - CONTE LOPES
Comenta a aprovação, ontem, do PLC nº 77/19. Defende
policiais militares que são presos sem serem julgados. Lamenta o aumento
salarial dos policiais militares, que julgara insatisfatório. Assevera que não
irá desistir de melhores condições salariais. Narra fatos de sua carreira como
deputado.
12 - FREDERICO D'AVILA
Assume a Presidência.
13 - MAJOR MECCA
Informa a visita do general Campos, secretário de Segurança
Pública, nesta Casa. Demonstra interesse no planejamento que o Executivo
traçara para atingir as metas de campanha referentes à citada pasta. Exige que
o secretário esclareça os reajustes salariais da classe. Assevera que a função
dos parlamentares é cobrar o governo estadual.
14 - TENENTE NASCIMENTO
Faz coro ao pronunciamento do deputado Major Mecca. Cita
emenda, de sua autoria, à LDO nº 578/19, que ampara os agentes de Segurança
Pública. Elenca pares que defendem estes profissionais. Enumera benefícios que,
a seu ver, são fundamentais para a atuação da polícia.
15 - CARLA MORANDO
Solicita a suspensão da sessão até as 16h30min., por acordo
de lideranças.
16 - PRESIDENTE FREDERICO D'AVILA
Defere o pedido e suspende a sessão às 15h28min.
ORDEM DO DIA
17 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h30min. Coloca em
votação e declara aprovado, sem debate, requerimento de não realização de
sessões nos dias 20/11 do corrente ano; 24 e 26/02; 20/04; e 12/06, de 2020.
Coloca em votação requerimento, da deputada Erica Malunguinho, com a finalidade
de "representar a Assembleia Legislativa em encontro com lideranças
quilombolas a convite da Associação Ádapo da Comunidade Muquém de Remanescentes
Quilombolas, a realizar-se entre os dias 15 e 17/11, na cidade de União de
Palmares, Minas Gerais".
18 - DOUGLAS GARCIA
Encaminha a votação do requerimento, em nome do PSL.
19 - CAMPOS MACHADO
Encaminha a votação do requerimento, em nome do PTB.
20 - CARLOS GIANNAZI
Encaminha a votação do requerimento, em nome do PSOL.
21 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Coloca em votação e declara aprovado o requerimento da
deputada Erica Malunguinho, com a finalidade de "representar a Assembleia
Legislativa em encontro com lideranças quilombolas a convite da Associação
Ádapo da Comunidade Muquém de Remanescentes Quilombolas, a realizar-se entre os
dias 15 e 17/11, na cidade de União de Palmares, Minas Gerais".
22 - JANAINA PASCHOAL
Declara voto contrário ao requerimento.
23 - DOUGLAS GARCIA
Declara voto contrário ao requerimento.
24 - HENI OZI CUKIER
Declara voto contrário ao requerimento, em nome do Novo.
25 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovado
requerimento de urgência ao PL 1188/19. Coloca em votação e declara aprovado
requerimento de alteração da Ordem do Dia. Coloca em votação e declara aprovado
o PL 1241/15.
26 - JANAINA PASCHOAL
Declara voto contrário ao PL 1241/15.
27 - HENI OZI CUKIER
Declara voto contrário ao PL 1241/15, em nome do Novo.
28 - DOUGLAS GARCIA
Declara voto contrário ao PL 1241/15.
29 - CARLOS GIANNAZI
Declara voto contrário ao PL 1241/15, em nome do PSOL.
30 - JOSÉ AMÉRICO LULA
Declara voto contrário ao PL 1241/15, em nome do PT.
31 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Coloca em votação e declara aprovado requerimento de método
de votação ao PL 1512/15. Coloca em votação o substitutivo apresentado pela
Comissão de Assuntos Desportivos, salvo parte destacada.
32 - JANAINA PASCHOAL
Encaminha a votação do substitutivo apresentado pela Comissão
de Assuntos Desportivos, salvo parte destacada.
33 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Coloca em votação e declara aprovado o substitutivo
apresentado pela Comissão de Assuntos Desportivos, salvo parte destacada,
restando prejudicados o PL 1512/15 e a emenda 1.
34 - JANAINA PASCHOAL
Declara voto contrário ao substitutivo.
35 - DOUGLAS GARCIA
Declara voto contrário ao PL 1512/15 e favorável à emenda 1.
36 - HENI OZI CUKIER
Declara voto contrário ao substitutivo, em nome do Novo.
37 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Coloca em votação e declara rejeitado, destacadamente, o
inciso IV do art. 2º do substitutivo apresentado pela Comissão de Assuntos
Desportivos, restando prejudicados o substitutivo apresentado pela Comissão de
Constituição, Justiça e Redação, o PL 1512/15 e a emenda 1. Convoca as
Comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Administração Pública e
Relações do Trabalho, e de Finanças, Orçamento e Planejamento para reuniões
conjuntas a serem realizadas hoje, às 18 horas e às 18 horas e 30 minutos; as
Comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Administração Pública e Relações
do Trabalho, e de Finanças, Orçamento e Planejamento para reuniões conjuntas a
serem realizadas hoje, um minuto após o término das anteriores; e reunião
extraordinária da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, a ser realizada
hoje, um minuto após o término da anterior.
38 - PAULO CORREA JR
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
39 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária do dia 14/11, à hora regimental, com Ordem do Dia. Levanta a sessão.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e convida o nobre deputado Frederico d'Avila para ler a resenha
do expediente.
O SR. FREDERICO D’AVILA -
PSL - Indicação do deputado Aprigio. “Indico, nos termos do
Art. 133, inciso II, e Art. 159 do Regimento Interno ao Exmo. Sr. Governador do
estado de São Paulo para que determine a adoção de medidas necessárias junto
aos órgãos competentes da administração estadual objetivando a liberação de recursos
para fins específicos de custeio para a Saúde no município de Ibitinga”.
Deputado
Aprigio. “Indico, nos termos do Art. 159 da 14ª Consolidação do Regimento
Interno, ao Exmo. Sr. Governador do estado de São Paulo, juntamente com a
Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, para
disponibilizar os cursos profissionalizantes do programa ‘Via Rápida do
Emprego’ no município de Ilhabela. Está lida a resenha do dia de hoje, Sr.
Presidente”.
O SR. PRESIDENTE -
CORONEL TELHADA – PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. Então,
portanto, entramos no Pequeno Expediente. Deputado inscritos: Deputado Douglas
Garcia. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Vinícius Camarinha.
(Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.)
Deputado Wellington Moura. (Pausa.) Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Deputado
Paulo Lula Fiorilo. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Sra. Deputada
Leci Brandão. Vossa Excelência tem o tempo regimental.
A
SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB – SEM
REVISÃO DO ORADOR - Excelentíssimo Sr. Presidente Coronel Telhada, Sras.
Deputadas, Srs. Deputados, deputado Roberto, obrigada por revê-lo. Sras.
Assessoras, Srs. Assessores, Dr. Jorge do Carmo, assessoria militar, assessoria
civil, público que nos assiste pela nossa TV Alesp, aproveito a oportunidade
para cumprimentar, aqui, os integrantes do parlamento Jovem da Câmara Municipal
de Pedreira, em São Paulo. Muito obrigada pela presença, sejam sempre muito
bem-vindos.
A gente
respeita muito essa atuação aqui da Assembleia, trazendo, sempre, jovens para o
Parlamento. Os responsáveis são o senhor Mario Fratta, vereador da Câmara
Municipal de Pedreira; Sr. Alcides Júnior, assessor; Sra. Tânia Regina,
diretora da Câmara; Sra. Ana Rita Sartori, responsável pelo Parlamento Jovem; e
a Sra. Rosângela Cardoso, do atendimento legislativo. Solicitação do nobre
deputado Edmir Chedid. Obrigada pela presença de todos.
Sr. Presidente,
a gente, que é da Comissão de Educação e Cultura tem muito respeito e muita
responsabilidade de falar de todo tipo de arte e de cultura. Deputado Jorge,
ontem, 12 de novembro, foi o Dia Mundial do Hip-Hop. Faço questão de destacar a
data nesta tribuna porque eu vejo, no hip-hop, a tradição da diversidade. Uma cultura
que nasceu em vários lugares do mundo ao mesmo tempo, juntando diversas
influências.
Dada a
importância da cultura hip-hop como canal para dar voz e formar artistas,
principalmente nas periferias da nossa cidade, nós apresentamos, nesta Casa, um
projeto que foi aprovado e tornou-se lei, neste ano, a Lei 17.039, que inclui
no calendário turístico do estado o encontro paulista de hip-hop. Ou seja, o
estado de São Paulo hoje tem isso.
A minha
admiração e respeito pela cultura hip-hop e pelas pessoas que fazem o hip-hop
acontecer já vem de algum tempo, pois sei que esse movimento sempre teve papel
importante para a juventude das favelas, da periferia, e é fundamental para o
movimento negro, pois hoje, quem mais denuncia as mazelas da sociedade, entre
elas o racismo, é o pessoal do hip-hop.
Aliás, eu
fiquei sabendo aqui, por assessores, que hoje saiu uma matéria, acho que foi no
jornal “O Globo”, dizendo que o racismo aumentou. Principalmente aqui no estado
de São Paulo as questões racistas dispararam. É por isso que a gente tem que
estar aqui, constantemente nesta tribuna, falando sobre essa pauta.
Diante da
conjuntura atual, tão adversa para os movimentos sociais e para todos aqueles
que lutam por justiça social, essa data ganha mais importância ainda, pois o
hip-hop tem dado voz à parcela da população mais atingida pelas medidas cruéis
que vêm sendo adotadas pelos atuais governantes deste país.
Por isso, minha
mensagem, hoje, é para toda a juventude periférica, para toda a juventude negra
que solta a voz e expressa a sua arte através do hip-hop.
Viva a cultura
da periferia, viva a cultura hip-hop!
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito
obrigado, Sra. Deputada.
Próximo deputado, deputado Roberto
Engler. (Pausa.)
Quero aqui, novamente, saudar a
presença dos integrantes do Parlamento Jovem da Câmara Municipal de Pedreira.
Sejam todos bem-vindos. Os responsáveis são o vereador da Câmara Municipal de
Pedreira, o Sr. Mario Wilson Fratta. Está presente? Não está presente. Sr.
Alcides Gritti Júnior. Sr. Alcides, muito obrigado pela presença do senhor.
Senhora Tânia Regina Camparini. Obrigado, Dona Tânia, pela presença da senhora.
Sra. Ana Rita Sartori. Obrigado, Ana, pela presença. E a Sra. Rosângela
Cardoso. Veio? Não veio a Rosângela. O solicitante é o deputado Edmir Chedid.
Então, todos vocês de Pedreira, do
Parlamento Jovem, sejam bem-vindos. Muito obrigado pela presença de todos.
Tenham um ótimo dia aqui na Assembleia Legislativa.
Já chamei o deputado Roberto Engler, a próxima
é a deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.)
Deputado Enio Lula Tatto. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado
Sargento Neri. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Tenente
Nascimento. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Rodrigo Gambale.
(Pausa.) Deputado Emidio Lula de Souza. (Pausa.) Deputado Frederico d’Avila.
Vossa Excelência tem o tempo regimental.
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PSL -
Sr. Presidente, demais colegas, boa tarde a todos. Gostaria aqui de... Quer
dizer, não gostaria, mas, infelizmente, vou ter que fazê-lo. De novo, mais uma
vez - acho que deve ser a 15ª, 16ª semana já, Coronel Telhada - pedir para o
Governo do Estado tomar as providências, Delegado Olim, que é muito amigo do
governador João Doria, para duplicar a nossa SP-258.
Esse sábado agora
aconteceu de novo um acidente que graças a Deus não foi fatal, mas vejam,
Delegado Olim e Coronel Telhada, que já viram muito acidente rodoviário, a
situação que ficou o veículo em questão.
* * *
- São exibidas
as imagens.
* * *
Isso foi sábado agora por
volta das 20 horas e 10 minutos entre Taquarivaí e Itapeva. Essa SP-258 já
passou da hora de ser duplicada. Então vocês podem ver aí aonde eu estou
fazendo o vídeo. Todos os trevos são em nível, Delegado Olim. É um perigo isso.
Olhe o tamanho dos caminhões que passam ali, tudo em nível. Isso foi um dia após
o acidente, por quê?
Porque todos os trevos
são em nível. Nenhum é em desnível e já passou da hora da SP-258 ser duplicada.
Está no contrato de concessão, mas eles inventam aquela questão do VDM, colocam
um número altíssimo de VDM justamente para não fazer a obra e faturar o que dá
com a pista simples. Veja só isso. Isso é um sábado, Delegado Olim.
O senhor veja a
quantidade de veículos que circulam nesse trevo só, que não é da cidade mais
movimentada da região, que é Itapeva. Aí é o trevo de Capão Bonito, que é uma
cidade de 50.000 habitantes que o senhor conhece. Itapeva tem quase 100 mil
habitantes e tem trevo em nível também.
E nesse intervalo da
rodovia tem vários outros trevos. Veja lá, isso é logo em seguida do acidente
lá na SP-258, no Km 277. Veja o estado em que ficou o veículo que colidiu lá.
Agora não é possível que no estado mais rico da Federação - 44,5 milhões
habitantes, interligação com o estado do Paraná, com um estado importantíssimo
parceiro nosso - ainda nós tenhamos uma rodovia nesse estado, como a SP-258.
Ela está concessionada,
ela está bem conservada, só que ela já não comporta mais o tráfego da região
com pista simples. E mais vergonhoso ainda, Delegado Olim, é a questão da
SP-270, Raposo Tavares entre Itapetininga e Ourinhos. Ali é um verdadeiro caos,
porque lá nem concessionada é e é uma estrada de padrões totalmente
incondizentes com o estado de São Paulo.
São mais de 160
quilômetros de extensão, numa situação calamitosa que também já ceifou muitas
vidas. Então eu estou aqui já pela 15ª ou 16ª semana, reclamando, chamando a
atenção do Governo do Estado. Já na gestão anterior não fez. Na outra também
não fez. E nessa foi prometido - quando o deputado federal Guilherme Mussi
estava em campanha junto com o governador João Doria, foi prometido, ao lado do
deputado Guilherme Mussi também, que é um lutador por essa duplicação.
O governador João Doria
prometeu que ia duplicar a SP-258. Tanto prometeu... Porque é mais fácil. Como
o senhor sabe que ela está em concessão, você tem condições de falar, fazer uma
negociação com a concessionária para que seja duplicada.
Não é possível que nós
percamos mais vidas e às vezes não é questão nem só a morte, mas as pessoas que
ficam aleijadas, as pessoas que ficam feridas, que deixam de poder trabalhar,
fazer a sua atividade por causa dessa situação...
Então vou pedir à Mesa
que encaminhe esse meu pronunciamento para o Sr. Governador do estado, para a
Artesp, a agência reguladora de transportes do estado de São Paulo, e também
para a Secretaria de Logística e Transportes. Pois não é possível que São
Paulo, o estado mais rico da Federação, que cobra 4% de IPVA sobre os veículos
automotores, tenha que assistir semanalmente imagens como essa.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado,
Sr. Deputado.
Próximo deputado é o deputado Sebastião
Santos. (Pausa.) Deputado Cezar. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal. (Pausa.)
Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputado Roberto Morais. (Pausa.) Deputado
Carlos Giannazi. (Pausa.)
Solicito que o Sr. Deputado Frederico
d'Avila assuma a Presidência.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Frederico
d’Avila.
*
* *
O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D´AVILA - PSL
- Deputado Coronel Telhada. O senhor tem cinco minutos regimentais.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP - Muito
obrigado, deputado Frederico d’Avila, que preside esta sessão. Srs. Deputados,
assessores, funcionários aqui presentes, boa tarde. Quero saudar a nossa
Polícia Militar, na figura do cabo Salvador e da cabo Vanessa, a quem saúdo
sempre a nossa Assessoria Policial Militar. Saúdo a todos os senhores e
senhoras presentes, em especial o pessoal do Parlamento Jovem, lá de Pedreira.
É um prazer recebê-los aqui.
Sr. Presidente,
quero começar hoje lembrando que dia 13 de novembro é o Dia Mundial da
Gentileza. Como sou um cara muito gentil, faço questão de dizer que a gentileza
remove montanhas.
* * *
- É feita a
exibição de slide.
* * *
Não só a fé
remove montanhas, mas a gentileza também. Quando você trata as pessoas com
gentileza, normalmente você tem a gentileza de resposta também. Se não vier a
resposta de gentileza, a gente muda de postura. Mas a princípio somos gentis.
Então, hoje, Dia Mundial da Gentileza. Vamos lembrar a todos que a gentileza é
um fator muito importante para o entendimento e o bem-estar entre as pessoas.
Quero lembrar
também às pessoas para consultarem o nosso Facebook e o nosso Instagram. A
gente sempre procura colocar assuntos diversos. Hoje, por exemplo, dois
assuntos de curiosidade, que muita gente não sabe. Mas, nós que somos policiais
militares, é um assunto importante.
* * *
- É feita a
exibição de slide.
* * *
Hoje, dia 13 de
novembro, pra vocês terem ideia, está se completando 72 anos... No dia 13 de
novembro de 1947 foi criado o fuzil AK47. Para quem não sabe o que é um AK47, é
só você ver qualquer reportagem sobre guerrilha, em qualquer parte do mundo.
Esse é o fuzil usado: Automatic Kalashnikov 47, o AK47.
Foi criado logo
após, durante a Segunda Guerra Mundial, por um sargento do Exército Soviético,
o sargento Kalashnikov, que depois chegou até o posto de general daquele
exército. A AK47 é uma das armas mais usadas até o dia de hoje. Todos os
exércitos que participam de guerrilha e contraguerrilha utilizam esse
armamento.
E lembrando
também que hoje se completam quatro anos do atentado de Paris, onde morreram
130 pessoas. 130 pessoas, com 368 vítimas feridas, 10 delas em estado grave,
gravíssimo. Então é uma situação que a gente não pode esquecer. Há quatro anos
tivemos esse atentado em Paris, que trouxe muita tristeza nas famílias daquele
país e de países próximos também.
Ontem
conseguimos aprovar o Projeto de lei Complementar nº 77, de 2019. O PLC 77, de
2019 - agora essa mensagem vai para os nossos policiais militares - é o PLC
vindo do governo, que propôs à Caixa Beneficente estabelecer regimes de pensão
e de assistência médico-hospitalar e odontológica. Além disso, assistência
total jurídica para os policiais militares.
Antigamente,
quando eu era tenente, até quando eu era capitão, a Caixa Beneficente fornecia
advogados para trabalhar em todas as ações que os PMs fossem autores. Por
exemplo, um homicídio ou uma lesão corporal, quando os policiais fossem autores
desse crime, a Caixa Beneficente nos fornecia o advogado. Isso parou. Agora,
através desse PLC nº 77 retornou. A Caixa Beneficente vai fornecer assistência
jurídica total e gratuita.
Quero lembrar
que isso é um PLC que acabou gerando uma lei, instituída pelo Delegado Olim e
por mim. Uma lei que foi gerada nesta Casa e depois sofreu Adin da OAB. Por
quê? Porque a OAB ia perder dinheiro. Os advogados estão perdendo dinheiro.
Porque é muito bom para o advogado advogar pela Polícia Militar.
Ferra o
polícia, toma carro, toma casa, toma moto. E depois ainda fala que “estou
ajudando o polícia”. É 25 pau para atender o polícia, mas “estou lá ajudando o
polícia”. Tudo amigão.
Então agora o
policial militar terá assistência jurídica total e gratuita, fornecida pela
Caixa Beneficente da Polícia Militar do Estado de São Paulo, através do PLC 77,
de 2019. Agradeço aqui aos deputados que nos ajudaram a aprovar essa lei ontem
e ao Sr. Governador, que encaminhou esse PLC também.
Aqui, nós ainda
temos, para votar, o PLC nº 79, que reclassifica os vencimentos e salários dos
servidores das carreiras da Segurança - SSP e SAP -, que são os famigerados
cinco por cento. Não é o que a gente queria; a gente queria muito mais, é
lógico. No mínimo, deveriam ser uns 10%. Não é, Conte; não é, Olim? Mas é o que
tem para hoje. E tem muita gente aqui perguntando, Dr. Jorge: “vocês não têm
que votar”.
Porra, como é
que não tenho que votar? Cinco por cento já é pouco. Ainda nós vamos dar zero
por cento? É cabeça de jerico isso, né. Nós temos que votar e vamos votar.
Cinco por cento é pouco, mas é o que nós conseguimos esse ano. E, no ano que
vem, nós vamos batalhar para que venha, o mais rápido possível, um reajuste
muito melhor, porque é o que as polícias merecem.
E nós também
temos aqui - muita gente não sabe - o PLC 78, de 2019, que institui a
bonificação por resultados. No caso, isso aqui é para a Polícia
Técnico-Científica e para a Polícia Civil, porque a Polícia Militar já tem essa
bonificação, já está no patamar que o PLC 78 propõe. Então, vai ser mais
utilizado pela Polícia Civil e pela Polícia Técnico-Científica. E nós vamos
trabalhar pela aprovação desses outros dois PLCs, sim, porque nós entendemos
que é pouco o reajuste que veio, mas nós não vamos abrir mão do pequeno
reajuste que veio.
Lembrando que,
no último governo, em quatro anos, foram quatro por cento - horrível. Esses cinco
por cento não aliviam nada, mas é o que nós temos. Portanto, nós vamos
trabalhar por essa aprovação e vamos continuar batalhando pela valorização das
carreiras policiais, das carreiras da Segurança Pública, para que venha um
reajuste muito maior e muito melhor, não é verdade, deputado Campos Machado?
Não podemos deixar de batalhar por isso. Muito obrigado a todos.
O
SR. PRESIDENTE - FREDERICO D'AVILA - PSL - Obrigado,
deputado Coronel Telhada.
Prosseguindo com a lista: deputado Dr.
Jorge do Carmo. O senhor tem cinco minutos regimentais.
O
SR. DR. JORGE LULA DO CARMO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas,
Srs. Deputados. Público da galeria, que nos visita hoje, sejam sempre
bem-vindos à nossa Casa. Público das assessorias, da TV Assembleia. Sr.
Presidente, quero, nesta tribuna hoje, falar de dois assuntos que reputo serem
importantes.
Quero falar da
presunção de inocência. É sabido por todos nós que a nossa Constituição Federal
de 1988, a chamada Constituição Cidadã, preconiza, no Art. 5o,
inciso LVII, que “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado da
sentença penal condenatória”. Isso também está escrito no Art. 283 do Código de
Processo Penal, que foi exatamente objeto das ADINs que foram julgadas na
última semana.
O que o STF
fez, no meu entender - e eu sou advogado militante do movimento social -, foi,
anteriormente, em 2016, declarar a inconstitucionalidade da Constituição. Veja
só: o Supremo Tribunal Federal, que é o guardião da nossa Constituição, havia
declarado a inconstitucionalidade dela, do
Art. 5o, inciso LVII. Pois bem, na última semana, o STF, numa
votação apertada, de seis a cinco, corrigiu esse equívoco. Isso fez com que
muita gente que estava presa em segunda instância obtivesse a liberdade, dentre
eles o nosso ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
E por que estou
falando isso? Porque, com a soltura do ex-presidente Lula, renasceu no Brasil o
otimismo. E eu pergunto para as pessoas que me assistem: a Lava Jato melhorou a
vida das pessoas? A Lava Jato trouxe mais emprego, mais desenvolvimento, mais
bem-estar para o povo brasileiro? E eu mesmo respondo. Evidentemente que não. E
aqui nós não estamos pregando que haja impunidade. Muito pelo contrário.
Queremos é um Brasil melhor. Queremos um Brasil com desenvolvimento, com
emprego, com mais direitos e não com menos direitos, como faz o governo federal
no dia de hoje.
Por isso eu
estou muito feliz de dizer que foi restabelecida a ordem na Constituição
Federal e a presunção de inocência diz que ninguém será considerado culpado da
sentença penal condenatória, até o trânsito em julgado.
Daqui para a
frente se quiser prender em segunda instância teria que mudar a Constituição
Federal. E esse que vos fala também entende que o Art. 5, inciso 57, por ser um
direito de garantia fundamental é uma cláusula pétrea.
Sr. Presidente,
quero também falar de outro assunto que reputo ser importante.
Hoje,
participei de uma reunião com o secretário municipal de Saúde de São Paulo, o
Sr. Edson Aparecido, e junto comigo foram, nessa reunião, várias lideranças da
região leste e norte da nossa cidade, da cidade de São Paulo. Entre elas Jardim
Robru, no Itaim Paulista, Jardim Nélia,
todos da UBS, UBS Jardim Nélia, UBS Jardim Robru, UBS Vila Mara, em São Miguel
Paulista, UBS Jardim Bandeirantes, em Lajeado, UBS Três Pontes, no Itaim
Paulista, UBS Atualpa, Itaim Paulista, UBS Jardim Vitória, Cidade Tiradentes, e
UBS Jardim Fontalis, na zona norte, na região do Tremembé.
Quero dizer,
Sr. Presidente, que a reunião foi muito produtiva. As pessoas levaram as
reivindicações, e o secretário deu resposta. Aquilo que ele não tinha resposta
ele encaminhou. Eu fiquei muito contente
com os encaminhamentos. E tem novidades, construções de novas UBSs, projetos
para outras, encaminhamentos de resolução de algumas UBSs que funcionam
precariamente. Fiquei muito contente que lá na região de Guaianazes vai
construir a UBS Santa Luzia, vai construir a Atualpa, vai construir também a
UBS lá no Jardim Vitória, Cidade Tiradentes, enfim vai melhorar as UBSs.
Fiquei muito
contente que o secretário se predispôs a fazer os encaminhamentos daquilo que
estava ao alcance dele. E é por isso que a gente precisa de deputado para
encaminhar, para cobrar, para fazer intermediação através da comunidade, dos
líderes comunitários que lá participaram.
Eu reputo que a
reunião foi muito importante. E vamos continuar defendendo a Saúde, porque
Saúde é um direito universal e esse deputado tem dentre as suas bandeiras de
luta a Saúde pública. Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PSL - Obrigado
deputado Jorge do Carmo. Prosseguindo com a lista, deputado Caio França.
(Pausa.) Deputado Fernando Teixeira. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.)
Deputado Ed Thomas. (Pausa.) Deputada Beth Lula Sahão. (Pausa.) Deputada
Delegada Graciela. (Pausa.) Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.)
Dando continuidade à lista suplementar,
deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Itamar Borges.
(Pausa.) Deputado Ricardo Madalena. (Pausa.) Deputada Maria Lúcia Amary.
(Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do
Consumidor. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Cezar.
(Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. O senhor tem
cinco minutos regimentais.
O
SR. DELEGADO OLIM - PP - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos, boa tarde ao nosso vice-presidente da
Mesa, nosso presidente que também está à Mesa, quero cumprimentar os deputados
aqui presentes, funcionários, policiais militares, cumprimento também a cidade
de Pedreiras, que estava aqui com alguns jovens assistindo a nossa fala.
Eu vim
rapidamente hoje aqui, viu Conte, porque hoje eu acordei com as minhas redes
sociais batendo forte por causa do pacote que chegou aqui hoje, pacote esse que
o governador mandou aqui para a Assembleia Legislativa, para que seja aprovado
da nossa aposentadoria, o pacote da
Previdência.
Eu não vou chamar de pacote da maldade, porque eu vou esperar primeiro,
porque estou fazendo uns estudos. Amanhã, por volta das nove e meia, vou me
reunir com os funcionários, porque tem muito funcionário competente aqui nesta
Casa, e vamos acertar todas que foram mandadas nesse pacote, porque, pela
Polícia, o policial civil vai se aposentar hoje com 60% do que tem direito.
Em 2003 teve uma mudança aqui da Previdência, o governador na época era o
Serra, e mudou a Previdência. Até 2003, os funcionários, até 2003, ficariam com
a integralidade e paridade, mas, pelo que estão me falando hoje aqui nesse
pacote que chegou, isso muda. Não tem mais essa paridade e integralidade.
Para a Polícia Civil mudou. Para Polícia Militar não mudou nada, porque
lá em Brasília ficaram juntamente com as Forças Armadas. Para nós, funcionários
públicos demais, nós dançamos bem aí nesse pacote que veio para cá. Então, eu
não vou falar antes de ter certeza, depois de estudos, aí eu vou, realmente, me
pronunciar.
Então, eu quero deixar aqui bem claro a todos que estão aí nessas redes,
batendo e falando. Vamos aguardar primeiro, estudar cada item que o governador
mandar aqui, antes da gente falar, porque, para alguns aqui da Assembleia,
pessoas que estão estudando o pacote, não é isso que estão falando nas redes da
polícia.
Então, amanhã eu me pronunciarei. Vou fazer aqui um estudo, para a gente
poder saber o que cobrar e o que não cobrar do governador. Com certeza, não
podemos apoiar esse pacote, mas teremos que ver aí o que for melhor para nós,
policiais civis e funcionários públicos.
Tenho também que entender que a situação do estado é grave e, como disse
aqui o Coronel Telhada, e não podemos também aqui deixar de aprovar cinco por
cento. Porque, na verdade, nós vamos ganhar 5% de aumento e vamos tomar mais
três de aposentadoria, que vai para 14%, desse pacote. Não mudará para a
Polícia Militar, mas mudará para nós, funcionários em todo, mas faz parte aí
desse pacote, e eu não quero me pronunciar.
Só vim aqui falar hoje isso, que é um jeito... Já gravei um vídeo, para
que amanhã, com os estudos feitos aqui, com as pessoas ligadas a esta Casa, que
estão acostumados com vários pacotes que o governo manda... Então, a gente terá
certeza do que é bom e o que é ruim.
Hoje, quero avisar aqui a todos que o general Campos virá aqui para
avisar os policiais, todos que se encontram aqui, o Conte, vamos chamar também
o Frederico d’Avila, que faz parte da Polícia, sempre fez, e o nosso coronel
que se encontra aqui, o Coronel Telhada. Hoje ele vai vir aqui falar sobre o
aumento para as polícias, e explicar esse pacote, por que ele vai pagar abono
para os policiais, como é que funciona isso.
Parece-me que era o Meirelles que vinha, mas agora não é mais o
Meirelles, é o general. O general será bem-vindo. Virá aqui juntamente com o
Dr. Youssef e juntamente com o nosso coronel Camilo, às 16 horas, na liderança.
Acho que é importante para nós. Vamos ouvi-lo, vamos cobrá-lo.
Hoje eu cobrei ele de manhã, logo cedo, esse pacote. Nem ele sabia do
pacote. Falou: “Acabei de ouvir aqui da delegada Sato”, nossa delegada-geral
adjunto. Nem ele foi informado, nem o Camilo foi informado, nem o Youssef foi
informado. Ninguém foi informado desse pacote, só a área econômica do governo
João Doria que foi informada.
Então, quer dizer, nós estamos vendidos. Vamos aguardar. Não vou ficar
aqui batendo em governador, nem batendo em ninguém. Vamos esperar primeiro,
vamos fazer os estudos, para depois nós podermos dar a nossa opinião do que a
gente vai bater aqui, as emendas que faremos, e vamos obstruir tudo que for
errado, que for prejudicar mais do já prejudica a Polícia Civil de São Paulo.
Muito obrigado.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Coronel
Telhada.
*
* *
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP
- Obrigado,
senhor deputado. Próximo deputado, deputado Rodrigo Moraes. Vossa Excelência
tem o tempo regimental.
O SR. RODRIGO MORAES -
DEM - Sr. Presidente,
Coronel Telhada, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, cumprimentando o público na
galeria, quero cumprimentar a todos os funcionários desta Casa, a Polícia
Militar, a imprensa, e dizer que temos trabalhado muito em prol do nosso estado
de São Paulo, buscando, aqui nesta Casa, votar importantes projetos para que
possamos destravar, ver a economia, ver o emprego, as melhorias nas condições
da população do nosso estado.
Falando em
melhorias, a gente vai falar de um tema importante, que é a Saúde. A Saúde tem
sofrido muito. Muitos problemas, muitas reclamações. E tivemos, na região de
Itu, uma matéria muito triste de muitas pessoas que acabaram tendo as suas
vidas ceifadas. E aí a gente não sabe se foi devido aos profissionais que ali
estavam atuando ou se foi algum tipo de descaso da administração municipal.
Até como
deputado, vou agora pedir o apoio desta Casa, fazer alguns requerimentos para
que a gente possa realmente diagnosticar, constatar esse problema que tem
acontecido na cidade de Itu, do qual temos sido muito cobrados, e com razão.
Mas, como o pronto atendimento, as UBSs, correspondem à municipalidade, nós
aqui, como deputados, vamos entrar com medidas para que a gente possa saber o
motivo desses questionamentos e dessas fatalidades que têm acontecido lá na
cidade. E em muitas outras também. Temos acompanhado pela imprensa e pelas
pessoas que têm nos trazido também essas informações.
Gostaria de
pedir que soltassem agora um vídeo dessa matéria da televisão, da TV Sorocaba.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Está aí, Sras.
Deputadas, Srs. Deputados. Não podemos mais permitir que casos como esse
aconteçam na cidade de Itu, na região. Temos que agir. É inaceitável uma
criança, um bebezinho ter a sua vida ceifada devido a uma negligência ou falta
de condições para fazer um exame.
Então, nós, aqui,
temos que ir para cima. Não podemos aceitar e, como deputado, estarei
requerendo e cobrando, para poder saber os motivos destes fatos que foram
noticiados pela imprensa e que a população, revoltada, e com razão, não pode
aceitar.
Como deputado,
quero contar com o apoio desta Casa para que, juntos, possamos trabalhar forte
para melhorar a Saúde na cidade de Itu, na região e no estado de São Paulo.
Tenho feito uma
boa parte com as minhas emendas, mandando emendas parlamentares para a Saúde,
para comprar equipamentos, para custeio, para ampliação, para reforma, mas
precisa ser feito muito mais. E precisamos cobrar das autoridades municipais
para que aquilo que está na constituição, que é um dever do município, que é o
pronto atendimento, que aquilo seja cumprido para que a população não passe
isso que nós estamos vendo, que é um descaso total e não podemos aceitar.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito
obrigado, deputado. O próximo deputado é o deputado capitão Conte Lopes.
O
SR. CONTE LOPES - PP -
Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público que nos acompanha da
tribuna da Assembleia, eu acompanhava aqui as colocações do Coronel Telhada,
que preside a nossa sessão, a respeito do projeto aprovado ontem, nesta Casa.
É bom colocar
que esse projeto aprovado ontem se refere à volta a 74. Em 74 eu era tenente da
Rota e, em 74, nós tínhamos advogados pagos pela caixa beneficente. Quer dizer,
se a gente se envolvia em um tiroteio com bandido, obviamente tínhamos direito
a advogados que nós escolhíamos na caixa beneficente da Polícia Militar. E bons
advogados. E agora não tem mais. Depois de 45 anos acabou e não tem mais.
Como falava o
Coronel Telhada, o policial é obrigado a pagar do seu bolso para se defender de
um tiroteio com bandidos. Não estou falando de corrupção, não. Não estou
falando de achaque não. Não estou falando de extorsão. Estou falando de
tiroteio com bandido, de tiroteio com marginais, é disso que eu estou falando.
Os advogados
nos defendiam no Tribunal do Júri ou na Justiça Militar. Eram nossos advogados
e nos defendiam pagos pela caixa beneficente. Então, depois de 45 anos, voltou
à lei anterior.
E é bom
colocar, Coronel Telhada, que se debateu muito sobre a segunda instância do
Lula. Se é segunda instância e tal. É bom colocar aqui, Frederico d’Avila, que
na Polícia Militar não tem nem segunda instância e nem primeira. O policial, às
vezes, é preso por denúncia da mulher de bandido ou por um telefonema anônimo
que se dá para o Copom e a corregedoria ou alguns oficiais pegam o policial que
agiu em legítima defesa combatendo bandidos com fuzis, com metralhadora e
coisas mais.
E, por uma
simples denúncia, esse policial é recolhido ao presídio Romão Gomes. Não é ao
quartel não. E sem ser julgado sequer na primeira instância ele fica lá meses e
meses. Se não me falha a memória, há 15 dias, na semana passada, três policiais
foram absolvidos. Estavam presos há dois anos e meio.
Então, vejam
bem. No caso do Lula, ele foi condenado na primeira instância e foi condenado na
segunda. O policial militar, nem na primeira ele foi condenado e nem na
segunda, porém foi determinado por um juiz a prisão dele, preventiva, e ele
fica dois anos e meio preso. E depois é absolvido. Defendendo a sociedade. É um
homem que estava combatendo o crime, expondo a própria vida.
Mas, como eu
falo sempre aqui. Às vezes as pessoas dão risada quando a gente fala de
polícia. A pessoa quando está em dificuldade, ela lembra de Deus e chama a
polícia. Acabou a dificuldade, ela esquece Deus e xinga a polícia. Isso é muito
natural. A gente está acostumado a conviver com isso. Agora estou fazendo essa
colocação, de policiais que são presos e nem na primeira instância são
julgados. E por enfrentamento contra bandidos. Vão para a cadeia e depois são
absolvidos.
Eu pergunto,
por que não se cobra, então, desses juízes que os condenaram? Por que não
cobram? Como o próprio Lula, não é? Se é inocente devia cobrar, futuramente, o
tempo que ele ficou preso, como deviam pagar para o policial militar se ele
ficou preso injustamente, porque ninguém quer ser preso injustamente. Porque
ele ia ter o que ninguém quer, que aí seria um absurdo qualquer um ser preso
injustamente. Mas não, se prende primeiro o policial, vai primeiro para a
cadeia e depois resolve. Vai embora, fica preso, expulsa e depois ele se vira.
Tanto é que em
1988, quando houve a Constituição de São Paulo, eu aprovei um projeto de lei na
Constituição de São Paulo que o policial que fosse absolvido do crime tinha o
direito de retornar à Polícia. Só que aí criaram uma nova lei. Se fosse
absolvido por falta de prova, aí não. Quer dizer, mesmo que o camarada seja
absolvido, nós não aceitamos que ele foi inocentado.
Ele vai ser
condenado assim mesmo por falta de provas. Então foi uma lei que Polícia
Militar e a Justiça Militar também criaram. Então é um absurdo isso. Falava o
Coronel Telhada e é óbvio o negócio de aumento. Como é que você vota contra o
aumento de cinco por cento? É ruim, é uma porcaria? É mesmo. Eu participei do
show, que me ligaram.
Eu fui lá no
Palácio, uma baita de uma festa para o Doria falar que ia dar cinco por cento,
mas eu já estava na festa. Não dava para sair mais, fiquei lá na festa.
Ligaram-me: “Vá lá.” Falei: “Vai dar 20 por cento.” Deram cinco. Agora eu
pergunto: imagine votar contra isso aí? Como é que você vota contra? Aí vão
falar que você votou contra a Polícia Militar e vai sair...
Hoje, tem um
negócio de vocês aí que é a internet. “Conte Lopes votou não. O cara votou
contra o aumento da polícia.” Você vai explicar para quem isso aí? Como é que
você sai de uma dessa aí? Então é uma situação realmente difícil, mas também
estamos lutando. O Major Mecca lutando, todos aqui lutando, o Coronel Telhada,
o Olim mesmo falou aqui, o Coronel Nishikawa.
Todo mundo está
lutando, o Frederico d’Avila. O secretário vem aqui às 16 horas. Então vamos
lutar para que saia alguma coisa melhor. É nossa obrigação. Vamos ver se
consegue tirar mais alguma coisa. Eu acho difícil.
Agora, como é
que você vota contra um aumento? E se hoje é de cinco por cento, se o ano que
vem ele der mais dez, obviamente soma com os cinco. Se ele der mais cinco, soma
com os cinco. Se tirar os cinco não dá nada.
E até uma
colocação, que eu já passei nesta Casa, do Saulo Gomes, quando secretário do
Geraldo Alckmin. Tinham dado um aumento, que era o auxílio-localidade, aumento
onde o policial trabalhava. E nós não quisemos porque achamos que todo mundo
tinha que receber. Se o cara trabalha em Campinas, ganha um salário; em
Guarulhos, outro; na Capital, outro?
Um belo dia
chegou o secretário Saulo Gomes aqui e disse o seguinte: “O governador mandou
dizer que se vocês não quiserem o aumento nós vamos transferir para a
Educação”. E nós tivemos que engolir, fazer o quê? Punir os policiais e não dar
o aumento?
Obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr.
Deputado. O próximo deputado é o deputado Major Mecca e eu solicito ao deputado
Frederico d’Avila que assuma a Presidência dos trabalhos.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Frederico
d’Avila.
*
* *
O
SR. MAJOR MECCA - PSL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Uma boa tarde, Sr. Presidente, os integrantes da Mesa, Srs.
Deputados, Sras. Deputadas, os funcionários da Casa que nos dão suporte, os
nossos irmãos policiais militares que aqui estão, os nossos irmãos na galeria,
sejam sempre bem-vindos. Estamos aqui firmes e fortes trabalhando por vocês.
Agora às 16 horas, o
secretário estará aqui na Casa. Foi feita ontem uma solicitação para que o
secretário Henrique Meirelles estivesse aqui. Por outros problemas, estará o
secretário da Segurança Pública, o general Campos.
A nossa indagação, a
nossa dúvida e a nossa curiosidade é saber do governador, dos seus secretários,
qual o planejamento que foi traçado para que as polícias do estado de São Paulo
ocupem a segunda colocação no ranking de polícias mais bem pagas do Brasil.
Essa é a nossa dúvida e é
essa a resposta que nós queremos. É essa a resposta que os policiais do estado
de São Paulo querem. Qual o planejamento? Porque não existe gestão sem planejamento.
Não é possível que estejam fazendo um governo, do maior estado do País, o
estado mais rico, sem planejamento. É esse planejamento que queremos ver.
Porque o governador, em todas as suas entrevistas, é convicto em dizer que as
polícias do estado de São Paulo serão a segunda polícia mais bem paga do País.
Temos aqui, tem
a fonte, da Associação das Polícias Militares do Brasil. Está aqui. As polícias
de São Paulo, para ocupar o segundo lugar, precisaremos, em média, de 70% de
aumento; 70% de reajuste salarial. Como ele anunciou agora, a partir de janeiro
do ano que vem, 5%, queremos saber qual o planejamento para que esses outros
65% sejam dirigidos às forças policiais nos próximos três anos. É isso que
queremos saber.
Como todos os
deputados falam aqui, ele é o dono da caneta, é quem dá aumento. Realmente é.
Entretanto, a nossa missão é cobrá-lo em relação às suas promessas, aos seus
compromissos com o povo de São Paulo.
A função do
legislador, do deputado, é cobrar. É representar os seus eleitores. Estou aqui
como representante das polícias de São Paulo: Polícia Militar, Polícia Civil,
Polícia Técnico-Científica, agentes de segurança penitenciária, agentes de
escolta e vigilância, e agentes socioeducativos.
Então, queremos
saber qual o planejamento que o Estado traçou para que possamos atingir esses
70% de aumento ao longo dos quatro anos, pois é uma promessa de campanha e um
compromisso de governo. É somente isso que queremos saber do governador e do
seu secretariado. O secretário estará às 16 horas aqui. E é justamente essa a
pergunta que faremos: esse planejamento, como está distribuído esse reajuste ao
longo dos três anos que restam de governo?
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PSL - Prosseguindo
com a lista suplementar. Deputado Tenente Nascimento tem cinco minutos
regimentais.
O
SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos: Sras. Deputadas, Srs. Deputados, Sr.
Presidente, você que nos assiste pela TV Alesp, que nos dá a alegria de
entrarmos na sua casa.
Venho a esta
tribuna nesta tarde, confirmando o que nos antecedeu aqui, o nosso deputado
Major Mecca. Quero dizer o seguinte: realmente o secretário estará conosco
aqui, agora à tarde, para que possa esclarecer melhor qual foi o critério para
que viéssemos a ter esse aumento de 5%, que não era o esperado. Como toda a
tropa, todos nós estávamos ansiosos e querendo uma notícia um pouco melhor. Um
pouco melhor não: muito melhor.
Fiz também, e
vou apresentar ao secretário agora à tarde, uma indicação ao governo para que
possamos ter 10% de reajuste, para que viesse 10% de reajuste, nessa indicação.
Ele vai nos responder. Indicação é um requerimento que fazemos ao governador,
por escrito, ao governo, para que ele, juntamente com o secretariado, nos expliquem
melhor, e também possam melhorar essa condição.
Estaremos
apresentando isso agora, na vinda do secretário. E também, que possa indicar
qual será o critério, doravante, como será o procedimento daqui para frente,
para que possamos entender e saber como será cumprida a promessa do governo.
Além disso, nós pedimos também algumas emendas, sendo que já apresentei, na
LDO, a questão da recomposição salarial.
Uma emenda de
nossa autoria, também do deputado Danilo Balas, foi aprovada na LDO, para que
em 2020 não venha a acontecer o que aconteceu anteriormente, nesse ano de 2019.
Que seja assegurada a recomposição salarial dos policiais, dos agentes de
Segurança, dos ASPs, dos agentes penitenciários, dos bombeiros. Nós temos essa
emenda aprovada já, para que não aconteça o que está acontecendo esse ano.
Essas são ações que estamos fazendo juntamente com os nossos pares.
Também
apresentamos agora, na LOA, no Orçamento próximo, vindouro, em conjunto com os
nossos deputados da bancada da Assembleia Legislativa... Eu vou citar aqui,
inclusive: deputados Agente Federal Danilo Balas, Castello Branco, Conte Lopes,
Delegado Bruno Lima, Gil Diniz, Major Mecca, Tenente Coimbra. O que estou
apresentando aqui? Vocês sabem muito bem que ocorreu, dias atrás, a morte de um
policial nosso, o sargento Ruas. E, segundo informações que nos chegaram, a
arma dele não conseguiu ou teve um travamento lá. E ele veio a falecer em
confronto.
Então, nós
pedimos, junto a esses deputados que aqui estão, defendendo realmente a classe,
principalmente na área de Segurança, a aquisição de 40.000 pistolas calibre 40.
Não essas que estão aí; que seja uma concorrência internacional, inclusive. A
aquisição de 20.000 coletes de proteção de balística; a aquisição de 1.500
fuzis 556 x 45 milímetros; a aquisição de 500 fuzis 762 x 51; a aquisição de
três fuzis “sniper”; e a aquisição de 2.500 armas em capacitação neuromuscular.
Então, nós
temos assim... E queremos pedir aos nossos pares, aos deputados, que realmente
possamos aprovar, no Orçamento, para que nós venhamos dar a melhor condição,
além da questão salarial, é claro, mas uma condição melhor de trabalho aos
nossos policiais. Também apresentamos para que possa promover, juntamente, as
reformas de nossos estabelecimentos, do Copom, enfim. Nós temos essa condição
que nós apresentamos aqui. No total de 150 milhões, esse Orçamento.
Então, nós
queremos pedir, aos nossos deputados, que as ações do governo sejam realmente
reiteradas e que nós possamos, aqui... Estarei apresentando ao secretário isso
aqui. Essa emenda já foi colocada no Orçamento. E que possamos sim apresentar,
e que ele atenda a esse pedido de todos nós, todos os deputados. E que venha,
então, rever essa questão do aumento e que venham a ser os 10%. Meu muito
obrigado, presidente. Uma boa tarde a todos.
A
SRA. CARLA MORANDO - PSDB - Pela ordem,
presidente. Gostaria de pedir a suspensão dos trabalhos até a Ordem do Dia, às
16 horas e 30 minutos.
O
SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PSL - Pois não,
deputada Carla Morando. Havendo acordo, está suspensa essa sessão até 16 horas
e 30 minutos.
*
* *
- Suspensa às 15 horas e 28 minutos, a
sessão é reaberta às 16 horas e 29 minutos, sob a Presidência do Sr. Cauê
Macris.
*
* *
- Passa-se à
ORDEM
DO DIA
*
* *
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ
MACRIS - PSDB - Há sobre a mesa um requerimento de não
realização das sessões ordinárias nos dias 20 de novembro do corrente ano; 24 e
26 de fevereiro; 20 de abril; e 12 de junho do ano de 2020.
Em
discussão. Não havendo oradores inscritos está encerrada a discussão. Em
votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo
permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.
Há
sobre a mesa requerimento da nobre deputada Erica Malunguinho com o número
regimental de assinaturas, nos termos do Art. 35, do Regimento Interno, para
constituição de uma comissão de representação com a finalidade de representar a
Assembleia Legislativa de São Paulo no Encontro das Lideranças Quilombolas, a
convite da Associação Adapo e da Comunidade de Muquém e Remanescentes
Quilombolas, a realizar-se entre 15 e 17 de novembro, na cidade de União de
Palmares, no estado de Minas Gerais. Em votação.
A SRA. JANAINA PASCHOAL -
PSL - Para encaminhar pelo PSL, eu indico o deputado
Douglas Garcia, Excelência.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ
MACRIS - PSDB - Tem a palavra o deputado Douglas Garcia
para encaminhar em nome da liderança do PSL.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PSL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, Sr. Presidente. Sr. Presidente, eu
serei bem sucinto apenas para colocar a esta Casa que nunca, jamais me coloquei
contra a comissão de representação de deputado nenhum porque eu acredito que é
um papel do deputado representar a Assembleia naquilo que lhe compete.
Entretanto, o que está acontecendo é que a deputada Erica Malunguinho nunca
para na Assembleia.
Ela vai para
representação de comissão quase que toda semana. Então, isso é um verdadeiro
absurdo. A Casa não pode pagar o ônus da viagem dela, seja lá para onde ela for
e simplesmente deixar o seu trabalho como deputada aqui na Assembleia
Legislativa para ir representando institucionalmente. É o quê? Transquilombolas
ou outras coisas assim nesse sentido?
Que peça sim uma comissão
de representação sem o ônus da Casa e a própria deputada vá fazer o que ela
achar interessante no seu mandato pelo qual ela foi eleita, mas o que está
acontecendo é um verdadeiro absurdo.
Eu falo, já houve sim uma
comissão de representação feita por boa parte dos deputados do PSL quando nós
fomos ainda este ano visitar Brasília para trazer sim algumas pautas que são de
interesse do estado de São Paulo, visitando o Ministério de Direitos Humanos,
como foi o meu caso, ou alguns outros visitaram o Ministério da Segurança e da
Justiça.
Entretanto, o que está
acontecendo é a deputada Erica Malunguinho indo quase sempre na comissão de
representações e nunca para nesta Assembleia e a gente tem que ficar arcando
com os custos da viagem dela. Ela que arque com os próprios custos da sua
viagem. O que está acontecendo é um verdadeiro absurdo.
Por isso que eu votarei
“não”, Sr. Presidente, neste momento, mas eu peço que esta Casa repense quanto
a esse tipo de coisa que acontece, porque eu acredito que a gente tem que mudar
isso. Infelizmente, não dá mais para continuar.
Muito obrigado, Sr.
Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ
MACRIS - PSDB - Só fazer o registro, deputado Douglas. Na
verdade, a deliberação sobre essa possibilidade não é do plenário, é dos
próprios parlamentares. Eu acho que essa rediscussão em relação a isso deve ser
feita entre os próprios parlamentares. É importante, inclusive debatemos um
pouco sobre isso no último Colégio de Líderes. Deputado Campos Machado.
O SR. CAMPOS MACHADO -
PTB - Para encaminhar pelo PTB.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ
MACRIS - PSDB - Tem a palavra Vossa Excelência.
O SR. CAMPOS MACHADO -
PTB - Encaminhar não?
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ
MACRIS - PSDB - Para encaminhar em nome da liderança do
PTB.
O SR. CAMPOS MACHADO -
PTB - Encaminhar já?
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ
MACRIS - PSDB - Exatamente, está correto.
O
SR. CAMPOS MACHADO - PTB -
Meu caro presidente, deputado Cauê Macris, somos colegas não apenas na
Assembleia. Pertencemos ao grupo dos afônicos. Já faz mais de um mês que eu não
consigo falar direito, que essa afonia toma conta da gente e eu trouxe para o
clube o nosso presidente Cauê Macris.
Em que pese o
respeito que tenho pelo deputado Douglas da Silva, estou aqui há 27 anos. Oito
mandatos. Esse é o oitavo mandato. Sempre votamos comissões de representação.
Exatamente pela deputada Erica não estar aqui - embora esteja o líder - é que
estou tocando nesse assunto. Se ela estivesse aqui, eu não ia falar nada. Não
vejo nada demais em que uma deputada requeira à Mesa o direito de que seja
constituída uma comissão de representação.
Ela vai falar
sobre o quê? Os temas da vida dela. Os seus princípios, o que ela acredita que
é bom para a sociedade. Ela viaja pelo Brasil. Eu pergunto: é muito pequeno o
custo da constituição de uma comissão de representação diante, quase sempre, da
grandeza dos fatos que vão ser discutidos. É questão de grandeza. A deputada
Erica defende com ardor aquilo que ela acredita e que ela leva para todos os
recantos do País, a mensagem dela. A mensagem dela, ela tem a obrigação de
levar.
Esta
Assembleia, este plenário, quando decide aprovar uma comissão de representação
- nunca questionei nenhuma; tem algumas absurdas, nunca questionei nenhuma -,
acho que o plenário está correto e o presidente está correto. Não vejo onde
possa ter alteração - com o devido respeito - nas questões que dizem respeito
às comissões de representação. Porque elas têm um pouco de foro íntimo também.
É muito difícil
algum deputado requerer uma comissão para representar a Assembleia. Na questão
da Amazônia, por exemplo, lá das queimadas. Ela não tem condição de ir às
custas dela. E é pequena a despesa da Assembleia pela grandeza do fato. Aí
temos que verificar quando o fato é importante.
A deputada tem
o discernimento de saber se é ou não é.
A deputada Erica, apesar de eu não concordar em muitas coisas com ela,
ela tem todo o direito de requerer, inclusive como é costume há 30 anos na
Casa, que as despesas da sua viagem, que é uma miséria perto do orçamento da
Assembleia...
Sr. Presidente,
vim requerer para que faça parte do projeto enviado pelo governo, que diz
respeito à reforma da Previdência e à reforma administrativa. Estou requerendo,
que entidades como a Apamagis - dos juízes, dos promotores públicos, dos
defensores públicos - todas essas entidades querem ter uma participação em audiências
públicas e em todos os atos que forem tratadas providências.
Sr. Presidente,
quero requerer a juntada desse documento no projeto que trata da Previdência,
nesta Casa.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É regimental.
Esta Presidência recebe o documento. E vamos fazer a juntada.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Gostaria de
encaminhar, Sr. Presidente, pela bancada do PSOL.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra
V. Exa. para encaminhar pelo PSOL.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados,
público aqui presente, telespectador da TV Assembleia. Primeiramente, eu
gostaria de me associar ao que disse o deputado Campos Machado em relação à
deputada Erica Malunguinho. Primeiro, dizendo que a deputada Erica Malunguinho
é a grande novidade histórica da Assembleia Legislativa. Acho que, desde a
fundação da Assembleia Legislativa até os dias de hoje, ela é a grande
novidade, porque ela é a protagonista, na verdade, de um grande movimento não
só em São Paulo, mas no Brasil, na luta contra o racismo, contra a transfobia,
contra a homofobia, contra a violência que mata as mulheres no Brasil.
Ela tem uma
representação muito importante e é convidada para fazer palestras, seminários,
para fazer parte de vários eventos em todo o Brasil e fora do Brasil também.
Então, é um orgulho para todos nós ter, na Assembleia Legislativa, uma pessoa
como a Erica Malunguinho. Ela tem todo o nosso apoio para nos representar,
porque isso é uma honra enorme para todos nós.
Gostaria ainda,
Sr. Presidente, de registrar aqui a honrosa presença dos cirurgiões dentistas
do estado de São Paulo, do SUS, que estão hoje aqui conversando com os
deputados. É uma comissão que representa os cirurgiões dentistas, reivindicando
algo muito importante e justo, que é a derrubada do veto do PLC 34, que nós
aprovamos no ano passado.
No final do ano
passado, o projeto foi encaminhado pelo Executivo. O Executivo encaminhou o
projeto, nós aprovamos o projeto de lei dos cirurgiões dentistas, equiparando a
carreira dos cirurgiões dentistas com a carreira dos médicos, garantindo a
isonomia salarial entre eles.
No entanto,
estranhamente, o próprio Executivo vetou o projeto. E nós assumimos um
compromisso de derrubar esse veto, para valorizar, do ponto de vista salarial e
funcional, esses importantes profissionais que prestam o trabalho de
assistência gratuita para o estado de São Paulo na área da odontologia.
Eles são
poucos. O estado já não tem esse atendimento; é um atendimento, eu diria,
minoritário. Agora, mesmo com esses poucos profissionais que nós temos, o
estado não faz nenhum tipo de investimento, de valorização desses
profissionais.
Então, eu faço
aqui um apelo para que nós possamos cumprir nosso compromisso com esses
profissionais, votando a derrubada do veto. O projeto já foi votado. É um
projeto do Executivo, e nós o votamos. Então, nós temos um compromisso de
derrubar o veto, para que os cirurgiões dentistas sejam valorizados, e a
população, sobretudo a população que não tem acesso às condições econômicas de
pagar um dentista, possam ter através do SUS estadual.
Por fim, Sr.
Presidente, eu gostaria de dizer que nós estamos aqui preparados para enfrentar
o que foi publicado hoje no Diário Oficial. Me refiro à PEC 18 - PEC estadual -
e ao PLC 80, que são os dois projetos do confisco salarial do governador Doria.
Doria apresentou, de fato, agora oficialmente, o que ele chama de reforma da
Previdência e que nós chamamos de destruição da Previdência, de confisco
salarial, porque haverá a elevação da contribuição previdenciária de todos os
servidores do estado de São Paulo, praticamente de 11% para 14 por cento.
Haverá também a elevação da idade mínima, para as mulheres servidoras, para 62
anos; e para homens servidores, para 65 anos.
É um
retrocesso, um ataque aos nossos servidores. Logicamente, na mesma toada da PEC
6, que já foi aprovada e promulgada em Brasília, a PEC do Bolsonaro, que
dificultou ainda mais o acesso da aposentadoria dos trabalhadores e
trabalhadoras. Essa é a verdade.
Eu tenho dito
aqui, e quero reafirmar que essas reformas da previdência são reformas que
beneficiam o sistema financeiro internacional, os banqueiros nacionais e
internacionais, os rentistas e os especuladores da dívida pública brasileira.
Vem encomendada pelos banqueiros e pelos especuladores da dívida pública. Não
há dúvidas. Já está provado. Já fizemos exaustivos debates mostrando e
provando.
Até a Unicamp,
recentemente, só depois de aprovada na Câmara dos Deputados a Unicamp, a
Faculdade de Economia da Unicamp provou ali cientificamente a falsidade dos
dados apresentados no Congresso Nacional e pelo próprio governo federal em
relação ao déficit da previdência nacional. Isso já foi desmascarado
exaustivamente.
Mas os governos
a serviço dessa lógica dos banqueiros, aprovaram os projetos na Câmara dos
Deputados, no Senado Federal e vai tentar aprovar aqui na Assembleia
Legislativa. Mas nós estamos mobilizados já com os servidores, com os
sindicatos, com as entidades, com as centrais sindicais, com os deputados aqui
que têm compromisso de fato com os nossos servidores e que vão cerrar fileiras
aqui contra a aprovação desse confisco salarial.
E eu tenho
conversado com os servidores da Segurança Pública que estão revoltadíssimos
porque foram enganados pelo governador Doria. O governador disse que ia dar um
aumento para eles de 5%, mas no entanto, esse confisco salarial de 3% a menos
no salário e com o que vem aí, com o anúncio já que nós recebemos ontem, da
comissão mista, deliberativa mista, deliberativa não, desculpa, consultiva.
Antes fosse
deliberativa que é a nossa grande luta, mas a Comissão Consultiva Mista do
Iamspe de que haverá um aumento também da contribuição dos servidores para o
Iamspe de três por cento. Hoje, os trabalhadores contribuem com dois e vai para
três por cento. Então, 1% a menos. Na verdade, somando três mais um, quatro,
menos cinco, um.
Os servidores
da Segurança Pública, que até agora foram os únicos a serem beneficiados com
essa suposta reposição das perdas inflacionárias, porque nem é aumento salarial
isso, longe de ser reajuste, e nem repõe as perdas inflacionárias, só terão 1%
de reposição.
Então, há uma
revolta generalizada entre os servidores da Polícia Civil, do sistema
prisional, da Polícia Militar. Tenho conversado com esses vários segmentos e o
sentimento é de revolta, é de tristeza, é de decepção total com o governo
Doria. Isso nem foi estendido para os outros setores, como a Educação, por
exemplo, a nossa área, minha área de atuação, nada, zero.
A data-base não
foi cumprida, a lei estadual aprovada na Alesp não foi cumprida, o Artigo 37,
também Constituição Federal não foi cumprido e os professores, profissionais da
Educação, continuam na mesma situação, sem nada de reajuste, de reposição das
perdas inflacionárias.
A situação é
tão grave que os servidores, os professores da Rede Estadual de Ensino estão
com salário base inferior ao piso nacional salarial. O piso nacional é muito
baixo por 40 horas semanais. Um professor ganha pelo piso nacional salarial
estabelecido por lei em 2008, apenas 2.557 reais. O professor trabalhar o dia
todo numa escola pública e ele vai ganhar só 2.557 reais.
São Paulo, o
estado mais rico da Federação, paga menos que isso. São Paulo paga 12% a menos
do que o piso nacional salarial.
Por isso que
nós ganhamos na Justiça uma ação que foi parar no Supremo Tribunal Federal.
Ganhamos em todas as instâncias aqui em São Paulo. No final, o ano passado o
governador Alckmin recorreu, foi ao Supremo Tribunal Federal e suspendeu, interceptou
esse reajuste de 10,15%, dizendo que isso causaria um caos na economia do
Estado, nas finanças do Estado.
Mas ele, na
verdade, não debateu a questão, não colocou para a Cármen Lúcia na época que
havia uma desoneração de mais de 20 bilhões de reais para o setor privado, os grandes frigoríficos, as grandes mineradoras, a Ambev, empresas do
agronegócio, recebendo isenções fiscais no estado de São
Paulo. O próprio
Tribunal de Contas reclamou, falou que isso é um absurdo, que não tem
transparência, não tem retorno para o estado de São
Paulo.
Aí isso não
coloca em risco as finanças do estado, mas quando é para dar reposição das
perdas inflacionárias para os servidores, para os professores, daí o governo
diz que vai colocar em risco as finanças. Um verdadeiro absurdo.
Concluo a minha
fala, Sr. Presidente, dizendo
que nós estaremos aqui fazendo um grande movimento, e convencendo. Tenho
certeza de que uma boa parte da Assembleia Legislativa vai entender que essa
reforma nefasta e perversa é a reforma dos banqueiros, dos especuladores e dos
rentistas da dívida pública, e não dos trabalhadores.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Em votação o requerimento.
Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo, permaneçam como
se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para registrar o voto
contrário, Excelência.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Voto contrário
de V. Exa. ou da bancada do PSL?
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Meu, Excelência.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - De Vossa
Excelência? Está registrado.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para registrar meu
voto contrário.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está
registrado o voto contrário de Vossa Excelência.
O
SR. HENI OZI CUKIER - NOVO - Pela ordem, Sr. Presidente. Para registrar voto
contrário da bancada do Novo.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Da bancada do
Novo. Está registrado o voto contrário de Vossa Excelência.
Há sobre a Mesa requerimento de
Urgência ao Projeto de lei nº 1.188, de 2019, de autoria do nobre deputado
Marcio da Farmácia, que denomina Parque Maria Cristina Hellmeister de Abreu o
parque Helena, na Capital.
Em discussão. Não havendo oradores
inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs.
Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado
o requerimento.
Há sobre a Mesa requerimento de
inversão da Ordem do Dia, a fim de que:
1 - A matéria constante no item nº 2,
PL 1.241, de 2015, passe a constar como item nº 1.
2 - A matéria constante como item nº 3,
o PL nº 1.512, de 2015, passe a constar como item nº 2.
3 - Renumerando os demais itens.
Em votação o requerimento. As Sras.
Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se
encontram. (Pausa.) Aprovado.
Item nº 1 - Votação adiada do Projeto
de lei nº 1.241, de 2015, de autoria do nobre deputado Marcos Zerbini.
Em votação o projeto. As Sras.
Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo, queiram conservar-se
como se encontram. (Pausa.) Aprovado.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para declarar voto
contrário.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está
registrado o voto contrário de Vossa Excelência.
O
SR. HENI OZI CUKIER - NOVO - Pela ordem, Sr. Presidente. Declarar voto
contrário da bancada do Novo.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está
registrado o voto contrário da bancada do Novo.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para declarar voto
contrário.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está
registrado o voto contrário de Vossa Excelência.
Pela ordem, nobre deputado Carlos
Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Para declarar voto
contrário da bancada do PSOL.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está
registrado voto contrário da bancada do PSOL.
O
SR. JOSÉ AMÉRICO LULA - PT - Declarar voto
contrário da bancada do PT.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está declarado voto contrário da bancada do
PT.
Item nº 2. Votação adiada do Projeto de
lei nº 1.512, de 2015, de autoria do nobre deputado Alexandre Pereira.
Em votação o item nº 1 do requerimento
de método de votação.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente. Pra encaminhar pelo PSL.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. Pode encaminhar em nome da liderança do PSL o item
nº 1 do requerimento de método de votação.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL –
SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, Sr.
Presidente. Cumprimento V. Exa., os colegas presentes, funcionários da
Casa, os visitantes, o pessoal do MBL ali. O pessoal do Lula Livre também, meus
cumprimentos. É a Casa do povo, que vem com suas ideias, que têm que ser
respeitadas, concordantes ou não.
Sr. Presidente,
eu só gostaria de justificar os votos contrários nesta tarde, para não gerar
nenhum tipo de situação com relação aos colegas. No que diz respeito à Comissão
de Representação da deputada Erica... Todos nós temos muito orgulho da deputada
Erica, reconhecemos sua luta, seus méritos. O que chamou a atenção da bancada
do PSL foi o fato de serem muitos pedidos de Comissão de Representação, com o
ônus para a Casa.
Então, para que
a população nos compreenda, e não tire nenhum tipo de conclusão precipitada, é
importante explicar que a deputada, quando viaja em Comissão de Representação
com ônus para a Casa, ela não paga as despesas com a verba do gabinete.
Às vezes as
pessoas pensam assim: “Não, mas todo deputado tem uma verba”. No caso, são 33
mil reais que o gabinete tem disponível para pagar despesas. Quando a deputada
pede a comissão com ônus para a Casa, ela não utiliza os 33 mil reais para
pagar as despesas. Ela pede reembolso pela Casa, o que significa que ela tem os
33 mil reais para suas atividades e ainda está utilizando dinheiro da Casa para
essas viagens. São viagens importantes? Só a colega pode avaliar, como todos os
outros têm essa liberdade.
A questão é que
a colega tem feito esses requerimentos com muita frequência. Então, a sensação
que nós temos - até posso pedir aqui, podemos até peticionar solicitando - é de
que toda semana existe um pleito dessa natureza. Ontem, no Colégio de Líderes,
nós percebemos que todos esses pleitos são com ônus para a Casa.
Então, é
necessário fazer esse esclarecimento para que a população não pense que é algum
tipo de situação com a colega. O problema foi a frequência dessas solicitações,
que chamou a atenção dos líderes, na data de ontem, e nós entendemos que é
importante fazer o registro.
Há de haver
alguma limitação para isso. São 33 mil reais disponíveis no gabinete que não
estão sendo utilizados para esse fim; e a Casa reembolsando. Se fizermos uma
somatória, talvez a colega esteja gastando além, muito além desse valor, que já
é um valor muito significativo. Estou fazendo esse esclarecimento para que não
haja nenhum tipo de ilação com relação ao nosso voto contrário.
Com relação ao
voto contrário ao projeto do deputado Zerbini, quero deixar claro que não é
nada com relação ao colega. Muito pelo contrário, tenho o maior respeito pelo
colega. O projeto do colega prevê que associações e sindicatos poderão doar
terrenos para a construção de conjuntos habitacionais, o que é algo nobre
também. Por que, então, votei contra? Votei contra e até pedi verificação na
semana passada pelo fato de ter um dispositivo dizendo que esse sindicato ou
essa associação que doa o terreno poderá indicar as pessoas que terão
prioridade para morar no conjunto habitacional.
Acredito que
não seja esse o intuito do colega, mas sinto que pode haver algum tipo de
distorção na hora de implementar esse projeto. Então, quero justificar, não é
nada pessoal com o colega, a quem eu renovo aqui os meus protestos de elevada
estima e consideração. E o mesmo com relação à deputada Erica.
Ao projeto que
será votado agora, também vou registrar voto contrário. Pedi verificação por
duas semanas seguidas. Trata da criação de uma categoria de atleta em jogos
virtuais. Fiz um estudo sobre esse projeto. Com todo o respeito ao deputado
Alexandre, conversei pessoalmente com ele, expliquei que não é nada com a
pessoa dele, mas esse projeto desagrada a gregos e a troianos.
Desagrada os
jogadores desses jogos virtuais. Não tem nada a ver com jogo a dinheiro, são
jogos virtuais, joguinhos de internet. Desagrada os jogadores, que não querem o
estado regulamentando essa atividade esportiva. Desagrada as pessoas que são
contra o jogo porque acham que pode gerar algum tipo de vício e assim por
diante. Assim, eu não consigo entender a quem esse projeto atende. Todos os
grupos que eu consultei, todos os pareceres que li, matérias na imprensa, são
contrários a esse projeto.
Então, aqueles
que teoricamente seriam atendidos, que seriam os atletas, não estão
satisfeitos. Até cheguei a solicitar ao colega que viesse aqui defender o
projeto e o colega entendeu que não deveria. Então, estou justificando aqui o
meu voto contrário, porque durante a semana inteira houve muitos comentários:
“Poxa, por que a Janaina está obstruindo projetos de deputados?” Como se eu
estivesse, de alguma maneira, perseguindo os colegas.
Então, minha
postura nunca é com relação à pessoa. Não importa o partido. Não importa mesmo.
É com relação à temática. Quero deixar bem registrado que é um problema de
mérito, e não com qualquer um de nossos colegas.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ
MACRIS - PSDB - Em votação o item 1 do requerimento de
método de votação. Em votação o substitutivo apresentado pela Comissão de
Assuntos Esportivos, salvo parte destacada. As Sras. Deputadas e os Srs.
Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado o substitutivo da Comissão de Assuntos Esportivos e prejudicados o
projeto, o substitutivo apresentado pela Comissão de Constituição, Justiça e
Redação e a Emenda nº 1.
A SRA. JANAINA PASCHOAL -
PSL - Sr. Presidente, para registrar o já anunciado voto
contrário.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ
MACRIS - PSDB - Está registrado o voto contrário de Vossa
Excelência.
O SR. DOUGLAS GARCIA -
PSL - Sr. Presidente,
para registrar voto contrário ao projeto e favorável às emendas.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ
MACRIS - PSDB - Está registrado o voto de Vossa
Excelência.
O SR. HENI OZI CUKIER -
NOVO - Sr. Presidente, para registrar o voto contrário da
bancada do Novo.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ
MACRIS - PSDB - Está registrado o voto de Vossa
Excelência.
Em
votação o item 2 do requerimento de método de votação. Em votação
destacadamente o inciso IV do Art. 2º do substitutivo apresentado pela Comissão
de Assuntos Esportivos. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem
contrários permaneçam como se encontram. (Pausa.) Rejeitado o destaque,
prejudicados os itens 3, 4 e 5 do método de votação.
Convocação.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III,
alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco
reunião conjunta das comissões de Comissão de Constituição, Justiça e Redação,
Administração Pública e Relações do Trabalho e Finanças, Orçamento e
Planejamento a realizar-se hoje, às 18 horas. E faço outra convocação para o
mesmo fim às 18 horas e trinta minutos no Salão Nobre da Presidência, com a
finalidade de apreciar o Projeto de lei Complementar nº 78, de 2019.
Convocação.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III,
alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião
conjunta das comissões de Comissão de Constituição, Justiça e Redação,
Administração Pública e Relações do Trabalho e Finanças, Orçamento e
Planejamento a realizar-se hoje, um minuto após a primeira convocação, a das 18
horas, no Salão Nobre da Presidência,
com a finalidade de apreciar o Projeto de lei Complementar nº 79, de 2019.
Faço
também a segunda convocação para um minuto após as 18 horas e trinta minutos,
quando terminar a reunião das 18 horas e 30 minutos, para apreciar também o
Projeto de lei nº 79, de 2019.
Convocação.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III,
alínea “d”, combinado com o Art. 45, parágrafo 5º, ambos do Regimento Interno,
convoco reunião extraordinária da Comissão de Constituição, Justiça e Redação,
a realizar-se hoje, um minuto após o término da reunião do Projeto de lei nº
79, de 2019, no salão nobre da Presidência, com a finalidade de oferecer
redação final ao Projeto de lei Complementar nº 77, de 2019.
O SR. PAULO CORREA JR - PATRIOTA - Sr.
Presidente, havendo acordo de líderes, peço o levantamento da presente sessão.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Questiono
os líderes se existe acordo para o levantamento da presente sessão.
Sras.
Deputadas, Srs. Deputados, havendo
acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os
trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora
regimental, com o remanescente da Ordem do Dia de hoje.
Está levantada
a sessão.
*
* *
- Levanta-se a
sessão às 17 horas e 02 minutos.
*
* *