21 DE NOVEMBRO DE 2019
65ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
Presidência: CAUÊ MACRIS
RESUMO
ORDEM DO DIA
1 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Abre a sessão. Coloca em votação requerimento de preferência
para apreciação do PLC 28/16.
2 - RICARDO MELLÃO
Para comunicação, pergunta acerca do projeto em apreciação.
3 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Presta esclarecimentos ao deputado Ricardo Mellão. Encerra a
discussão, coloca em votação e declara aprovado o PLC 28/16, restando
prejudicado o PLC 79/11.
4 - RICARDO MELLÃO
Declara voto contrário ao PLC 28/16, em nome do Novo.
5 - ARTHUR DO VAL
Declara voto contrário ao PLC 28/16.
6 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Registra as manifestações. Encerra a discussão, coloca em
votação e declara aprovado o PL 292/18.
7 - RICARDO MELLÃO
Declara voto contrário ao PL 292/18, em nome do Novo.
8 - ARTHUR DO VAL
Declara voto contrário ao PL 292/18.
9 - GILMACI SANTOS
Declara voto contrário ao PL 292/18, em nome do Republicanos.
10 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Registra as manifestações. Encerra a discussão, coloca em
votação e declara aprovado o PL 892/19.
11 - ARTHUR DO VAL
Declara voto contrário ao PL 892/19.
12 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Registra a manifestação. Informa haver sobre a mesa
substitutivo ao PL 976/19, de modo que a propositura retorna ao exame das
comissões, ficando adiada a sua apreciação.
13 - TEONILIO BARBA LULA
Para comunicação, parabeniza o presidente Cauê Macris por
suspender a realização de homenagem a Augusto Pinochet, que ocorreria nesta
Casa.
14 - GILMACI SANTOS
Para comunicação, menciona e comenta notícias que considera
preocupantes acerca de diversos temas.
15 - MÁRCIA LULA LIA
Para comunicação, agradece a seus pares pela aprovação do PLC
28/16, de sua autoria.
16 - ANALICE FERNANDES
Para comunicação, comemora a aprovação do PL 292/18, de sua
autoria.
17 - MARCIO NAKASHIMA
Para comunicação, faz agradecimento ao deputado Carlão
Pignatari, por interceder junto ao governo estadual para a solução de problema
em hospital de Guarulhos. Parabeniza seus pares pela aprovação do PL 892/19.
18 - CAMPOS MACHADO
Para comunicação, cumprimenta as deputadas Márcia Lula Lia e
Analice Fernandes, pela aprovação de projetos de sua autoria nesta sessão.
Solicita ao presidente a realização de novas audiências públicas para tratar da
proposta de reforma da Previdência.
19 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Comenta o pronunciamento do deputado Campos Machado.
20 - MONICA DA BANCADA ATIVISTA
Para comunicação, agradece ao presidente Cauê Macris por
impedir a realização, nesta Casa, de homenagem a Augusto Pinochet. Fala sobre a
necessidade de mais audiências públicas sobre a reforma da Previdência.
21 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Comenta o pronunciamento da deputada Monica da Bancada
Ativista.
22 - ADALBERTO FREITAS
Para comunicação, parabeniza as deputadas Analice Fernandes e
Márcia Lula Lia pela aprovação de projetos de sua autoria. Acusa o PT de apoiar
ditadores de esquerda na América Latina.
23 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Justifica sua decisão de impedir que se fizesse homenagem a
Augusto Pinochet. Pede aos parlamentares que evitem discussões ideológicas e
lutem pelo bem da população paulista.
24 - PROFESSORA BEBEL LULA
Para comunicação, cumprimenta as deputadas Analice Fernandes
e Márcia Lula Lia pela aprovação de projetos nesta sessão. Concorda com o
pedido do deputado Campos Machado, referente à realização de audiências
públicas sobre a reforma da Previdência.
25 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Comenta o pronunciamento da deputada Professora Bebel Lula.
26 - CARLA MORANDO
Para comunicação, parabeniza as deputadas Analice Fernandes e
Márcia Lula Lia, pela aprovação de matérias de sua autoria nesta sessão.
Entrega ao presidente Cauê Macris quadro com a ata de fundação do PSDB.
27 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Agradece à deputada Carla Morando.
28 - JANAINA PASCHOAL
Para comunicação, considera produtiva a reunião, feita hoje
nesta Casa, a respeito da proposta de reforma da Previdência estadual. Agradece
a intervenção do deputado Carlão Pignatari junto ao governo, para a solução de
problema em hospital de Guarulhos. Concorda com o presidente Cauê Macris,
quanto aos debates nesta Casa.
29 - CARLOS GIANNAZI
Para comunicação, comenta a reunião acerca da proposta de
reforma da Previdência, à qual se opõe. Avalia que é preciso trazer o
secretário estadual da Fazenda a esta Casa, para tratar do assunto.
30 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Encerra a sessão.
*
* *
-
Abre a sessão o Sr. Cauê Macris.
*
* *
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB - Presente o número
regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior.
Ordem
do Dia.
*
* *
-
Passa-se à
ORDEM
DO DIA
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Item 1 -
Discussão e votação do Projeto de lei Complementar nº 79, de 2011, em anexo com
o Projeto de lei nº 28, de 2016, de autoria da nobre deputada Márcia Lia.
Há sobre a mesa um requerimento de
preferência para a votação do Projeto de lei Complementar nº 28, de 2016. Em
votação o requerimento. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de
acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovada a preferência ao Projeto
nº 28, de 2016, ao invés do 79, de 2011.
O
SR. RICARDO MELLÃO - NOVO – PARA COMUNICAÇÃO - Sr.
Presidente, qual seria esse projeto?
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Votamos a
preferência. Havia uma anexação de dois projetos, do PLC 79, de 2011, ao PLC
28, de 2016. A preferência ficou aprovada pelo 28, de 2016, de autoria da nobre
deputada Márcia Lia.
O
SR. RICARDO MELLÃO - NOVO - Perfeito.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Agora vamos
entrar na discussão do projeto.
Em discussão o PLC 28, de 2016. Não
havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação o PLC 28, de
2016. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam
como se encontram. (Pausa.) Aprovado o projeto, prejudicado o PLC 79, de 2011.
O
SR. RICARDO MELLÃO - NOVO - Sr. Presidente, só
para comunicar que a bancada do Novo já protocolou uma declaração de voto
contrário a esse projeto.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Registro a
declaração de voto contrário do Partido Novo.
O
SR. ARTHUR DO VAL - SEM PARTIDO - Pela ordem.
Voto contrário.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está
registrada também a declaração de voto contrário do deputado Arthur do Val.
Item 2 - Em discussão o PL 292, de
2018, de autoria da deputada Analice Fernandes. Não havendo oradores inscritos,
está encerrada a discussão. Em votação o projeto, com pareceres favoráveis. Os
Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se
encontram. (Pausa.) Aprovado.
O
SR. RICARDO MELLÃO - NOVO - Sr. Presidente, só
para comunicar que a bancada do Novo protocolou uma declaração de voto contrário
a esse projeto.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está
registrado o voto contrário da bancada do Novo.
O
SR. ARTHUR DO VAL - SEM PARTIDO - Pela ordem.
Registrar voto contrário.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está
registrado o voto contrário de Vossa Excelência.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Sr. Presidente,
também manifestar o voto contrário a esse projeto.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está
registrado o voto. É de V. Exa. ou do Republicanos?
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Republicanos.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Do
Republicanos. Está registrado o voto contrário de V. Exa. e do partido.
Item 3 - Discussão e votação do Projeto
de lei nº 892, de 2019.
Em discussão o projeto. Não havendo
oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação o projeto, com
pareceres favoráveis. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas queiram
conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.
O
SR. ARTHUR DO VAL - SEM PARTIDO - Sr. Presidente,
para registrar o voto contrário.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Arthur do Val
registra voto contrário ao Projeto de lei nº 892, de 2019.
Item 4 - Discussão e votação do Projeto
de lei nº 976, de 2019, de autoria do nobre deputado Gil Diniz.
Há sobre a mesa emenda de plenário...
Um substitutivo de plenário com número regimental de assinaturas, nos termos do
Art. 175, inciso II, do Regimento Interno, motivo pelo qual este projeto
retorna às comissões.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Sr. Presidente, para
fazer uma comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa
Excelência tem a palavra para uma comunicação. Já esgotamos a nossa pauta,
agora concederemos as comunicações necessárias. Tem a palavra o deputado Barba.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - PARA COMUNICAÇÃO -
Presidente, quero parabenizar o presidente que, sabiamente, corretamente, em
nome desta Casa, suspendeu uma homenagem a um ditador que assassinou milhares e
milhares de pessoas no Chile, quando deu o golpe.
Todo mundo mandando mensagens, vários
deputados receberam, perguntando se a Assembleia Legislativa iria permitir
isso. Àqueles que me mandaram mensagem, eu respondi o seguinte: “Não é um ato
da Assembleia Legislativa, é um ato de um deputado.
Qualquer deputado, se quiser, em um ato
isolado, pode homenagear qualquer pessoa”. Mas confesso que isso me deixou
muito indignado e quero expressar aqui essa indignação e deixar registrados os
parabéns a V. Exa., que não permitiu e não pode permitir. Seja qualquer
ditador, de centro, de direita, de esquerda. Não podemos permitir homenagens a
quem matou e assassinou pessoas neste país.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Presidente,
também para uma comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa
Excelência tem a palavra.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, é algo que está me deixando
preocupado, alguns acontecimentos que tivemos em nosso país nesses dias.
O primeiro
acontecimento que me deixou um pouco estarrecido foi uma notícia que vem lá de
Brasília, onde um professor, em sala de aula, ensinando crianças de dez anos,
do sexto ano, na sala de aula, uma aula de sexo oral, anal e outras coisas
mais, escritas na lousa que esse professor, lá em Brasília, fazia na sala de
aula.
É um absurdo.
Não sei onde vamos parar em relação a isso. O que tem a ver um professor...
Temos ali o gráfico, foi tirada uma foto da lousa, quando o professor está
ensinando a se fazer sexo oral, anal, a crianças de dez anos. É um absurdo. Não
sei onde vamos parar. É uma coisa que deixa a gente realmente preocupados.
A outra
situação é daqueles pais, o padrasto e o pai, que, em um ato cruel, mataram a
filha, uma menina de três anos de idade. Um ato também covarde, cruel.
E outra coisa
também que hoje está no site da UOL, onde diz o seguinte: “Sarah Poncio,” - que
não sei quem é - “pastora evangélica, aparece seminua em ensaio, abençoando
casal gay. Primeiro casamento homoafetivo foi realizado ontem na Igreja
Pentecostal Ana Batista, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro”. Nada contra o
casamento. Nós estamos aqui para falar sobre isso. Tenho a minha opinião, mas
não é o caso eu vir dar a minha opinião. Tenho o meu conceito e respeito isso,
mas não é o caso de vir falar a respeito da união dos dois homens. Isso é
problema de cada um.
Não é a minha opinião que
vai mudar a história deles. A minha opinião aqui, só para concluir, Sr.
Presidente, é a respeito dessa senhora Sarah Pôncio, que parece que é mãe de um
artista famoso, que foi lá fazer o casamento e fez o casamento e tirou uma foto
seminua entre os dois homens e diz que é pastora. Desculpe-me, minha senhora. A
senhora não é pastora nem aqui e nem em lugar nenhum, porque pastor que é
pastor de verdade não faz isso.
Então aqui a minha
preocupação porque nós estamos vendo aqui, Sr. Presidente, uma clara
demonstração de pessoas, infelizmente, querendo desmoralizar e acabar com
aquilo que é mais sagrado que existe na face da Terra, que é a família.
É o que nós temos visto
acontecer e fica aqui o meu total repúdio a essas três atitudes, a essas três
coisas que nós falamos nesse momento aqui.
Obrigado, Sr. Presidente.
A SRA. MÁRCIA LULA LIA -
PT - PARA COMUNICAÇÃO - Eu quero aproveitar o ensejo para agradecer
aos nossos deputados e deputadas pela aprovação do nosso projeto de lei. Um
projeto de lei importante que regulamenta concursos públicos no estado de São
Paulo.
O
estado de São Paulo é o único estado que não tem regulamentação para concurso
público. Então eu espero de verdade - é um projeto muito bom, foi elaborado com
muito carinho, com muita atenção - que a gente possa através do governador
sancionar esse projeto de lei para que a gente tenha uma regulamentação efetiva
no estado de São Paulo.
Muito
obrigada.
A
SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - PARA
COMUNICAÇÃO - Também na mesma linha parabenizar a deputada Márcia Lia também
pela aprovação do seu projeto. É uma luta, presidente Cauê Macris, de longa
data. Vossa Excelência acompanha a tramitação desse projeto aqui, o 292. É
sabido que a categoria dos enfermeiros vem de longa data fazendo plantões
exaustivos.
É uma profissão que
trabalha muito. É pouco remunerada. É pouco reconhecida. Há uma luta da
categoria em nível nacional para que a gente possa ter algumas conquistas. Uma
delas V. Exa. acompanhou, que é a luta pelas 30 horas para os profissionais da
enfermagem. Inclusive esta Casa deu um exemplo para o Brasil no ano passado,
Srs. Deputados, aprovando esse projeto de lei das 30 horas.
Um projeto
importantíssimo de regulamentação da jornada de trabalho desses profissionais e
agora nós estamos também dando um outro exemplo importante, reconhecendo o
valor desses profissionais.
Reconhecendo que é
inevitável que quando profissionais que fazem uma atividade tão importante como
esta que cuida da vida das pessoas, têm que estar no seu estado físico, mental
e emocional em perfeitas condições.
E nós sabemos também que
o Art. 7º da Constituição Federal é claro nessa questão de regulamentar e dar
condições adequadas de trabalho para esses profissionais.
Então eu quero agradecer
imensamente todos os nossos pares, todos os deputados que votaram quase que por
unanimidade a importância e a valorização da Enfermagem no estado de São Paulo,
permitindo que toda a rede pública, privada, filantrópica, todos hospitais e
clínicas disponibilizem um espaço adequado para a sala de descompressão.
É o descanso justo e
merecido de uma categoria que trabalha e trabalha muito pela saúde de qualidade
no nosso estado.
Muito obrigada.
O SR. MARCIO NAKASHIMA -
PDT - PARA COMUNICAÇÃO - Quero primeiro agradecer ao líder
Carlão Pignatari, que na terça-feira Guarulhos passou por um problema lá e foi
noticiado que o Hospital JJM seria fechado por uma questão financeira, por uma
questão de falta de recursos. E eu conversei com o deputado Carlão e ele de
imediato entrou em contato com o governo.
O
secretário Germann foi muito atencioso e hoje pela manhã nós estivemos com o
Miquinho e outras pessoas da Secretaria de Saúde. E lá, hoje, nós, em reunião
com a diretoria do hospital, com representantes da Secretaria de Saúde, então
ficou decidido que o Hospital JJM não mais vai fechar as portas e que o Estado
está socorrendo e fazendo um aporte do recurso que lá faltava.
E
ainda aproveitando a comunicação, quero aqui parabenizar os Srs. Deputados aqui
pela aprovação do PL 892, que institui o Dia de Prevenção ao Feminicídio,
feminicídio este que, infelizmente, vem crescendo no Brasil e aqui no estado de
São Paulo não é diferente.
No
primeiro trimestre deste ano, nós tivemos um aumento de 70% e eu tenho certeza
de que a aprovação dessa lei, a aprovação desse dia vai ser um marco para que
passemos a entender e combater o feminicídio aqui no estado de São Paulo.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ
MACRIS - PSDB - Pela ordem, deputado Campos Machado.
O
SR. CAMPOS MACHADO - PTB - PARA
COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu quero inicialmente cumprimentar duas grandes
deputadas, a deputada Márcia Lia, a deputada Analice Fernandes e cumprimentar
também o marido da deputada Márcia Lia, um médico de renome - que está aqui -
lá em Araraquara, que pode se orgulhar pela esposa que tem. Sr. Presidente, eu
andei pensando, andei meditando, refletindo.
Quantas entidades fazem
parte ou vão integrar este projeto da Previdência? Mais de 30 ou 50. É
impossível que numa única audiência pública tenha condições de discutir essas
questões. Por esta razão eu acabo de protocolar a V. Exa. que sejam feitas mais
audiências públicas. Nada de procrastinação não. É impossível reunir numa mesma
audiência pública 30 entidades. É impossível.
Então eu queria que V.
Exa. analisasse. Não precisa me responder hoje não. Analisasse, ponderasse a
necessidade que nós temos. Primeiro, V. Exa. defende com unhas e dentes esta
Casa. Vossa Excelência defende este Legislativo. Então eu queria que V. Exa.
ponderasse, refletisse, meditasse nesse fim de semana sobre esse pedido que eu
faço a V. Exa. hoje aqui.
Faz muito tempo que eu
não venho às quintas-feiras. Eu vim em função do projeto da deputada Analice,
porque comentou-se que teria verificação de votação e eu vim aqui para dar
total apoio a ela caso necessitasse.
Sr. Presidente, eu deixo
nas mãos de V. Exa. este requerimento que eu fiz dizendo da necessidade que
esta Casa tem de debater com mais profundidade essas questões, motivo pelo qual
eu requeiro a V. Exa. que realize mais de uma audiência pública. Uma audiência
pública não vai resolver nada. Portanto, deixo essa ponderação para Vossa
Excelência.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ
MACRIS - PSDB - Deputado Campos Machado, recebo o pedido
de V. Exa. e já te adianto que vamos realizar a primeira audiência pública na
semana que vem e conforme a necessidade do andamento da audiência pública eu
não tenho problema nenhum em pensar em outra audiência pública.
A SRA. MONICA DA BANCADA
ATIVISTA - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Eu vim agradecer a responsabilidade e lisura
no cumprimento da nossa Constituição, porque eu passei o dia de ontem muito
assustada com a possibilidade da Assembleia Legislativa, esta importante Casa,
ser palco para homenagem e celebração de um torturador, de um ditador, o
primeiro condenado na história de um Comitê Internacional de Direitos Humanos.
Foi
muito ponderada a ação do senhor. Então a gente vem aqui agradecer. Tem que
tomar cuidado em tempos tão difíceis como é usado o espaço e o dinheiro público
e também fazer um apelo que eu gostaria de agradecê-lo da mesma forma por uma
possível ponderação na tramitação da reforma da Previdência, haja vista a
quantidade de dúvidas que apareceram hoje à tarde na conversa com o presidente,
haja vista o curto prazo, haja vista a necessidade da gente debater a contento o
orçamento, o Plano Plurianual.
Então
eu quero aqui deixar o meu desejo de um dia também agradecer o senhor pela
sensibilidade de tramitar essa reforma num prazo mais razoável.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Eu não vi o
líder do Governo. O deputado Carlão, acho que não está no plenário. Está na
sala dele. Eu não estive na reunião. Mas, pelo que fui informado, foi uma
reunião muito produtiva, de bom diálogo com a equipe técnica a respeito da
questão da Previdência. Já pedi ao líder do Governo que segunda-feira, às 3
horas, a gente possa, para aqueles parlamentares que não conseguiram participar
dessa reunião, ou outras possíveis dúvidas.
Acho que agora temos que fazer uma
rodada constante de diálogo sobre dúvidas que vão sendo levantadas ao longo do
processo de discussão da Previdência. Então peço ao líder do Governo se pode
convocar de novo essa equipe para segunda-feira, às 3 horas, para poder estar
de novo à disposição dos parlamentares. Novamente, tantas vezes quantas forem
necessárias para poder dirimir muitas dúvidas.
Parece que muitas foram dirimidas. Tem
outras ações ainda para serem superadas. Mas acho que já é o início do avanço
do debate, de um bom debate de um tema tão importante quanto a questão da
Previdência.
O
SR. ADALBERTO FREITAS - PSL - PARA COMUNICAÇÃO -
Quero parabenizar a deputada Analice Fernandes e a deputada Márcia Lia - minha
vizinha - por terem aprovado o projeto delas. Porque é muito importante para a
Casa ter esse projeto apresentado. Parabéns.
Quero fazer uma menção ao que o
deputado Barba falou. Ele não está presente. Pensei que estivesse. Mas o que é
líder da bancada do PT falando sobre um ato de um ditador? Não sou advogado do
deputado d’Avila, que não está presente.
Mas o partido que a vida toda lutou
para implantar no Brasil uma ditadura do proletariado, e que é fã de todos os
ditadores - Cuba, Venezuela, Bolívia - a presidente do partido deles está
sempre presente nos atos desses ditadores que matam pessoas. Cuba mata muita gente.
A Venezuela agora está matando muito. E
vem falar de um ato contra um ditador? A pessoa é tão demagoga que ela vem
falar de um ato de um ditador, sendo que o partido dele apoia todas as
ditaduras do nosso continente.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Meu amigo
Adalberto, com todo o respeito que tenho a V. Exa. e tenho a todos. Eu não
estava falando sobre esse tema. Como acho que não vou polemizar. Hoje fui
convidado para centenas de entrevistas. Não dei nenhuma entrevista à imprensa
sobre esse tema porque já ficou clara a minha posição.
Mas o que peço aos parlamentares num
momento de tanta polarização de extremos, de discursos de radicalismo: vamos
amenizar e serenizar. Vamos fazer os debates que são importantes para o povo
paulista. Independentemente do que seja, de ponto “a”, ou de ponto “b”, essa
discussão não vai nos levar a lugar nenhum.
Então faço essa solicitação e esse
pedido a V. Exa., que é uma pessoa ponderada, um grande deputado, que tem feito
a diferença no Parlamento paulista. Que leve a todos os seus companheiros de
bancada. Falei bastante hoje com a deputada Janaina e com outros deputados do
PSL.
O deputado Castello Branco estava
comigo num compromisso. Estava participando, representando o Parlamento
paulista no Congresso dos Parlamentos, em Salvador, com todos os presidentes de
Assembleias Legislativas de todo o Brasil. Então vamos focar e nos ater em
ações que sejam importantes para o povo paulista.
Por que a gente continuar com essa
discussão? Seja de um lado ou de outro. Não estou colocando culpa em ninguém.
Esses extremos, forçando essa briga ideológica que não está favorecendo em nada
a nossa população, não é bacana e não tem trazido nada concreto à nossa
população.
Então peço encarecidamente para todos
os parlamentares. Não vou polemizar. Não tenho esse interesse em polemizar em
relação a nenhum partido político, independente se é de direita ou de esquerda.
Mas que a gente se atenha às discussões que são importantes ao nosso povo de
São Paulo. É só esse pedido que faço a todos vocês.
O
SR. ADALBERTO FREITAS - PSL - Presidente, o senhor
citou o meu nome. Eu gostaria de falar que em nenhum momento falei algo quanto
ao seu ato.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Eu não falei
isso.
O
SR. ADALBERTO FREITAS - PSL - Também sou a favor.
Acredito até que, conversando com o deputado, ele pode ponderar isso também.
Sou contra essa questão. Deixar o passado no passado. Acho que estamos numa
outra época, democrática. Tem que ser respeitado. O comentário que fiz foi em
cima do comentário que o deputado Barba fez. Espero que o senhor tenha
entendido. Obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Já falei para
o deputado Barba que quanto mais a gente serenizar e fazer o debate que precisa
ser feito, o bom debate, a boa discussão... A competência de V. Exa. e do
deputado Barba, tenho certeza que chega à altura. Esse é o debate que eu
gostaria como presidente da Assembleia. Acho que aqui falo em nome de 45
milhões de paulistas. Gostariam de assistir a todos nós. Esse é o debate que
nos interessa.
Vamos discutir a Previdência. Vamos
discutir projetos de lei importantes. Como votamos, hoje, vários projetos de
lei importantes. Muita gente questiona: “Poxa, é uma quinta-feira,
pós-feriado.” Não. Os deputados de São Paulo estão aqui trabalhando em prol da
nossa população, debatendo, discutindo, levando coisas concretas. Então peço a
ajuda de Vossa Excelência.
Não vim aqui questionar a fala de Vossa
Excelência. Vim aqui pedir a ajuda de V. Exa., até dentro da bancada do PSL,
dentro das demais bancadas. Que nos ajudem a serenizar os ânimos. E que a gente
consiga, dentro de um processo de equilíbrio, melhorar a vida do povo paulista.
Porque é para isso que estamos aqui. É esse pedido que faço, não só a V. Exa.,
mas para todos os deputados e para a Assembleia.
O
SR. ADALBERTO FREITAS - PSL - Com certeza, Sr.
Presidente. Pode contar com o meu apoio.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Obrigado.
Agradeço.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT -
PARA COMUNICAÇÃO - Quero cumprimentar a deputada Analice Fernandes. É um
projeto de monta, muito importante para a Saúde. Garantia de Saúde pública de
qualidade.
Como também a
minha companheira Márcia Lia, por pedir para instituir concursos públicos. Quero
me ater a um tema que acho que está bastante evidente nesta Casa. A tarde toda
estivemos na sala de reunião.
Pode não ter me
agradado a reforma da Previdência. Isso não está a contento. Mas acho que
quanto mais debatermos, quanto mais a gente sentar, a gente vê saída. Costumo
dizer, sempre, que a gente não tem saída para a morte. Para as demais questões,
a gente tem saída. Então estou reiterando o pedido do meu querido colega
deputado.
Não posso falar
“companheiro” porque... É “cum panis”, então é companheiro, é companhia, “cum
panis”. Mas vamos falar “colega” para não gerar adversidade ideológica. Vamos
lá.
Mas quero dizer
que corroboro com a posição dele, de que tenha mais audiências públicas. Acho
que com isso, você acalma muitas coisas. Sei que vou ter momentos difíceis,
presidente.
Terça-feira vai
ser, para mim, um dia muito difícil. Dia de ser espetada por todos os lados.
Porque, quem é sindicalista, muitos acham que a vida é fácil. Mas não é não. A
gente anda no fio da navalha. Você está no fio da navalha e pode se cortar.
Então quero
pedir isso. E pedir também para que a carreira do magistério não entre nesta
Casa sem fazer um amplo debate com a categoria. Ela ainda não entrou, a
modernização da carreira do magistério. Tem mudanças substanciais. E, essas
mudanças, queremos debater com toda a categoria.
Muito obrigada.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputada
Bebel, para quem conseguiu construir o Plano Estadual de Educação com a
aprovação de toda a categoria, dos partidos de oposição, e construiu por
unanimidade, tudo temos saída. Só não temos, como você disse, saída para a
morte.
Acho que precisa fazer o bom diálogo. O
que precisa, é sentar na mesa. O que precisa, é ampliar, cada vez mais, as
rodadas de conversa, chamando gente. Vamos ouvir.
Agora, o que não pode, é a gente não
ouvir, a gente não participar. Por isso que eu disse para o deputado Campos
Machado: “Vamos fazer a primeira audiência. Se necessário, vamos fazer a
segunda. Se necessário, vamos fazer a terceira.”
Não temos problema com o debate. O que
precisamos é fazê-lo, com muita cautela, dialogando naquilo que for necessário,
avançando naquilo que dá para avançar, não avançando naquilo que não dá.
É natural. O Parlamento é isso. É o bom
debate, é o bom diálogo. Muitas coisas, vão se encontrar saída. Muitas coisas,
não vão se encontrar saída.
Então é isso que queremos e que tenho
tentado construir aqui na Casa. Esse processo de que a gente faça o debate
quantas vezes forem necessárias para que a gente chegue, pelo menos, num bom
denominador comum.
Agradar 100% não é fácil. Você mesma
sabe; você preside um sindicato importante no estado de São Paulo, de uma
categoria em que são todos formadores de opinião, pessoas bem esclarecidas,
sabem o que estão fazendo. Inclusive, minha sogra é filiada ao sindicato, é
professora do estado de São Paulo. Então, sei como funciona e como isso se
conduz. O que nós precisamos é estabelecer o debate. É isso que nós queremos.
Passar a palavra. Se V. Exa. quiser
falar novamente, eu passo primeiro para a Carla, depois eu...
A
SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Não, mas é que
o senhor me citou na fala.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Não, mas eu
passo... Todo mundo... Na verdade, eu já deveria até ter levantado a sessão.
Estamos aqui num momento de reflexão.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Desculpa,
deputado, mas quando foi a vez do deputado Adalberto, na fala dele, ele falou.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa
Excelência pode falar, então. Tenho certeza de que a deputada Carla Morando
abre a posição dela.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Eu serei mais
breve e mais célere do que V. Exa. foi.
A
SRA. CARLA MORANDO - PSDB - Pode falar.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Eu quero dizer
o seguinte: eu não tenho problema com ouvir. A gente não quer só ouvir, a gente
também quer ser atendido em pontos. E tenho certeza de que nós vamos contribuir
com propostas quando vamos para as audiências públicas. É só isso, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Não tenha
dúvida. Inclusive, tem dois pontos que eu sei que V. Exa. já solicitou e que
estão sendo estudados.
Com a palavra, a deputada Carla
Morando.
A
SRA. CARLA MORANDO - PSDB – PARA COMUNICAÇÃO - Também
gostaria de começar parabenizando as nossas colegas deputadas que tiveram o
projeto aprovado: a Analice, que é do nosso partido... Cadê? Parabéns, Analice.
Sei da sua luta pela categoria. E hoje foi uma grande vitória para você e para
todas as enfermeiras.
E também gostaria de fazer uma entrega.
Um mês atrás, mais ou menos, nós tivemos uma sessão solene, aqui no plenário,
com a questão dos 20 anos da morte de Franco Montoro. E hoje eu gostaria de
fazer a entrega para você, nosso presidente, de um quadro da primeira folha da
fundação do nosso partido, do PSDB. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Eu agradeço à
deputada Carla Morando. Só lembrando que ela faz essa entrega porque, nessa
primeira folha, consta a assinatura do senhor meu pai, hoje deputado federal,
Vanderlei Macris, que é um dos 109 fundadores do PSDB no Brasil.
Com a palavra, a deputada Janaina
Paschoal.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL
- PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Muito
obrigada. Na verdade, até para comunicar à população que houve, hoje, aqui na
sala da Presidência, uma reunião muito produtiva. Foram horas de diálogo, de
exposição de várias visões dos parlamentares, de esclarecimentos por parte dos
técnicos que vieram. Porque a população pode pensar que nós não estamos debatendo,
mas nós estamos debatendo. Então, houve uma comparação das mudanças na reforma
federal com o que está sendo proposto na reforma estadual.
Houve debates
em torno da PEC paralela que está sendo debatida no Congresso Nacional. Falamos
muito da situação dos policiais civis, porque realmente, infelizmente está
ocorrendo uma diferenciação no tratamento da Polícia Militar e da Polícia
Civil, o que gera... Não é nem só um problema, vamos dizer assim, de ordem
financeira. É também uma questão de ordem psicológica.
Porque nós
criamos uma filosofia, no estado de São Paulo, por anos - e eu participei
disso, porque trabalhava na Secretaria da Segurança Pública na época -, de que
a Polícia Militar e a Polícia Civil são coirmãs. E, de repente, as regras, em
termos de Previdência e de aposentadoria no geral, estão sendo muito alteradas
para a Polícia Civil e mantidas para a Polícia Militar.
Então, isso foi
debatido de forma a encontrar um caminho para minorar o impacto da reforma para
os policiais civis. Houve uma discussão, que eu acho que avançou de maneira
muito positiva, com relação à alíquota dos 14%, sobretudo para aqueles
funcionários que ganham pouco. Parece ser um consenso, entre os parlamentares,
que elevar para esses funcionários, de 11% para 14%, vai ser uma injustiça.
Então, foi uma
tarde muito produtiva. E eu entendo que a vinda dos técnicos, na próxima
segunda, é também saudável, porque todos nós poderemos, vamos dizer assim,
amadurecer o que foi debatido hoje, para voltar a essa discussão na
segunda-feira. Então, acho que foi muito bom, produtivo e que encontraremos
caminhos.
E também senti,
da parte dos técnicos, uma abertura para essa reflexão. É claro que eles vêm
com aquela mentalidade mais econômica, no sentido de fazer contas: “não, mas se
eu acolher essa sua proposta, vai diminuir em tanto o que a gente ganharia”.
Mas eles também sentiram que o intuito da Casa não é inviabilizar; é fazer essa
reforma de maneira justa.
E também
aproveito para fazer um agradecimento para o líder do Governo, para o governador
e para o secretário de Saúde, porque eu também fiquei muito aflita com a
notícia de que a maternidade de Guarulhos, Jesus José Maria, fecharia as
portas.
Também
conversei com essas autoridades, e veio essa notícia boa de que a maternidade
não vai fechar. É uma maternidade essencial para Guarulhos, que é a segunda
maior cidade, o que não significa que nenhuma cidade é melhor que a outra, mas
atende a uma população muito significativa.
E aí eu faço
coro a V. Exa. no pleito: peço, pelo amor de Deus, que todos os colegas
entendam que nós perdemos um tempo precioso com esses embates absolutamente
desnecessários. Então, as pessoas têm direito a pensar e a falar o que
acreditam; eu defendo esse direito, mesmo quando eu não concordo.
Mas essas
homenagens a figuras históricas no mínimo complexas geram implicações para a
Casa. Então, é um pedido: que colegas à direita e à esquerda evitem esse tipo
de iniciativa. Porque são pessoas que mataram, que torturaram, e nesse momento
não importa qual é a ideologia. Importam os crimes praticados.
Então, eu
realmente me uno a V. Exa. no pedido para que todos os colegas façam o esforço
para não reverenciar nem ditadores do passado e do presente, independentemente
da linha ideológica seguida. Eu acho que essa Casa tem que privilegiar a
república, a democracia, os valores constitucionais.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, eu participei da reunião com o presidente da São
Paulo Previdência, o Sr. José Roberto. Mas eu não fiquei satisfeito com as
respostas. E acho que esse tipo de encontro tem que ser ampliado.
Nós queremos
debater com o secretário da Fazenda, queremos debater com, de fato,
representantes do governo, porque tem questões de fundo que o presidente da São
Paulo Previdência não vai responder: a questão da dívida ativa do estado de São
Paulo, a questão da política de desoneração fiscal, que ele não vai responder,
porque não está na alçada dele. A questão da dívida do estado com a São Paulo
Previdência.
Eu falei que,
quando nós fizemos a reforma da Previdência, quando ela foi aprovada em 2007,
havia uma dívida bilionária da Fazenda com o Ipesp, com os servidores. Eu não
fiquei satisfeito com a resposta do presidente da São Paulo Previdência.
Então, nós do
PSOL somos totalmente contra essa reforma da Previdência, como fomos contra a
reforma do Bolsonaro, a que o Temer apresentou, a que o Doria também apresentou
aqui, foi aprovada pelo Bruno Covas. Porque é uma reforma, na verdade, dos
banqueiros, do sistema financeiro. Nós não fomos domesticados com uma lógica do
mercado. Então, nós somos oposição a essa reforma.
Nós queremos
debater com profundidade essa questão da dívida. Tem vários pontos que nós
queremos debater, mas não só com o presidente da São Paulo Previdência.
Nós queremos
discutir com o secretário da Fazenda essa questão da dívida ativa do estado de
São Paulo, de quase 400 bilhões de reais; a dívida passiva, que é a dívida do
estado com os servidores, que não foi paga até hoje. Por que penalizar os
servidores? Então, esse é o debate que nós queremos fazer também, ampliando um
debate com o governo e sobretudo com o secretário da Fazenda, Henrique
Meirelles.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esgotado o
objeto da presente da sessão, está levantada a sessão. Boa noite a todos.
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* *
- Encerra-se a sessão às 19 horas e 39
minutos.
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