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2 DE DEZEMBRO DE 2019

156ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: GILMACI SANTOS e CORONEL TELHADA

 

Secretaria: CORONEL TELHADA

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - GILMACI SANTOS

Assume a Presidência e abre a sessão. Comunica a transformação da sessão solene a ser realizada hoje, às 20 horas, para "Comemoração do Dia Nacional do Samba", em ato solene.

 

2 - CASTELLO BRANCO

Comenta e exibe slides acerca do projeto de reforma da Previdência estadual. Assegura que deve defender os servidores públicos.

 

3 - CORONEL TELHADA

Felicita os municípios que aniversariantes no final de semana e nesta data. Lembra o Dia da Tecnologia da Informação Aeronáutica, comemorado ontem. Informa que deve participar de evento em comemoração aos 128 anos do Batalhão Tobias de Aguiar. Comunica que hoje é o Dia do Serviço de Saúde da Aeronáutica, da Força Aérea Brasileira. Comenta e exibe fotos de participação em eventos. Critica projeto da reforma da Previdência estadual.

 

4 - LECI BRANDÃO

Lembra ato solene a ser realizado hoje, às 20 horas, em homenagem ao Dia Nacional do Samba. Lamenta episódio ocorrido em Paraisópolis, no final de semana. Diz que está em contato com a Ouvidoria da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Clama pelo fim do preconceito contra moradores de comunidade. Lamenta a falta de investimentos em Educação e em entretenimento na periferia. Expressa condolências aos familiares. Lista o nome das vítimas. Clama à Segurança Pública atenção pela juventude das comunidades.

 

5 - ISA PENNA

Discorre acerca das mortes em Paraisópolis. Alega que, a seu ver, a ação foi planejada. Lamenta a falta de acesso à cultura e ao entretenimento nas regiões periféricas da capital. Clama a seus pares que apoiem a investigação dos fatos. Assevera que deve fiscalizar o fato.

 

6 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência.

 

7 - GILMACI SANTOS

Critica matéria veiculada na internet em que o produtor e crítico musical Nelson Motta afirmou-se usuário constante de maconha há 55 anos. Acrescenta que essa afirmação ajuda a aumentar o narcotráfico no país. Lamenta comentários de membro da Bancada Ativista em redes sociais, que, a seu ver, foram preconceituosos e intolerantes com relação ao seu pertencimento à Igreja Universal do Reino de Deus. Enumera e elogia projetos sociais da entidade religiosa.

 

8 - ENIO LULA TATTO

Lamenta as mortes em Paraisópolis. Afirma que mora na periferia e que conhece a carência de lazer nessas regiões. Solicita que seja feita a devida apuração. Exige que o governo estadual seja responsabilizado pelo ocorrido. Lamenta a ausência do governador João Doria na comunidade, para prestar solidariedade aos familiares.

 

9 - GILMACI SANTOS

Assume a Presidência.

 

10 - FREDERICO D'AVILA

Exibe e comenta vídeo de pancadão em Paraisópolis. Critica a atitude dos civis que, a seu ver, acuaram os oficiais em serviço. Lamenta o pronunciamento dos pares que discordam da ação dos policiais em Paraisópolis. Faz coro ao pronunciamento do deputado Gilmaci Santos. Elogia a Polícia Militar do Estado de São Paulo.

 

11 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS

Convoca os Srs. Deputados para sessões extraordinárias a serem realizadas hoje, a primeira às 19 horas e a segunda 10 minutos após o término da anterior.

 

12 - CONTE LOPES

Lembra policiais militares assassinados em Paraisópolis. Assevera que os pancadões perturbam as comunidades. Lamenta a falta de segurança nos bailes. Lastima as mortes dos jovens na ocorrência. Diz que a realização dos bailes deve ser impedida para que não ocorram casos semelhantes. Elogia os policiais militares.

 

13 - CARLOS GIANNAZI

Repudia o que considera massacre da juventude em Paraisópolis. Lamenta a falta de investimentos na região. Considera que a ação da Polícia Militar fora desastrada. Informa que o Ministério Público e a Defensoria Pública já foram acionados. Tece críticas ao comportamento do governador João Doria com relação ao caso. Lamenta atitudes do presidente Jair Bolsonaro que, a seu ver, estimulam o ódio. Apela ao Executivo para que prorrogue concurso público de diretor de escola e chame os aprovados imediatamente. Afirma que há centenas de escolas aguardando esses profissionais para tomarem posse.

 

GRANDE EXPEDIENTE

14 - CORONEL TELHADA

Pelo art. 82, discorre acerca de ocorrência em Paraisópolis. Assevera que os jovens foram pisoteados, mas não pelos policiais militares. Lamenta as críticas à Policia Militar. Exibe vídeo em que policiais são agredidos por jovens criminosos. Assegura que pancadão não é diversão, mas crime. Lista as diversas operações contra o pancadão. Detalha fatos da ação em Paraisópolis, considerando que foi uma ocorrência comum e rápida dos oficiais. Assevera que os jovens mortos não são heróis, são vítimas do crime organizado e não da Polícia Militar. Lamenta posição do ouvidor da Polícia Militar. Elogia o trabalho dos agentes.

 

15 - FREDERICO D'AVILA

Para comunicação, defende a extinção da Ouvidoria da Polícia.

 

16 - GIL DINIZ

Felicita o deputado Frederico d'Avila por sessão solene realizada hoje pela manhã, nesta Casa. Apoia a ação dos policiais militares na ocorrência em Paraisópolis. Critica os pancadões. Narra circunstâncias de mortes de policiais na comunidade de Paraisópolis, em outras ocasiões. Alega que deve acionar o Conselho Tutelar, contra a presença de menores em bailes funk. Assevera que a morte dos jovens é culpa de criminosos da comunidade.

 

17 - ALTAIR MORAES

Alega tristeza com a morte dos jovens, que considera vitimas do narcotráfico. Exibe e critica vídeo de criança rebelando-se contra mãe. Lamenta o que julga ser a destruição da família na sociedade. Tece críticas ao PT, que, a seu ver, colabora para a atual situação do país. Defende os policiais que atuaram em Paraisópolis. Denomina-se tradicionalista e conservador.

 

18 - DOUGLAS GARCIA

Relata sua experiência como morador de favela por 24 anos. Lamenta a realização dos bailes funk. Considera a morte dos jovens uma tragédia. Condena a posição do PSOL e do PT acerca do ocorrido. Analisa que a reação dos oficiais foi legítima. Informa que protocolara moção de repúdio contra a Rede Globo, pelo que considera um jornalismo de desinformação. Culpa o crime organizado pelas mortes. Defende a Polícia Militar do Estado de São Paulo.

 

19 - CARLÃO PIGNATARI

Para comunicação, afirma que pancadões são pontos de venda de drogas. Condena a participação de menores nesse tipo de evento. Tece críticas ao ouvidor da Polícia Militar, que julga não ter agido corretamente em seus comentários. Elogia o comandante da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

 

20 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS

Endossa o pronunciamento do deputado Carlão Pignatari.

 

21 - PROFESSORA BEBEL LULA

Para comunicação, comenta audiência pública realizada hoje, nesta Casa, contra a reforma da Presidência estadual. Lamenta a ausência de debate e a celeridade do trâmite da proposta. Critica medida pleiteada pelo Governo do Estado, quanto à readaptação de servidores públicos.

 

22 - CARLOS GIANNAZI

Pelo art. 82, repudia a ausência de representação do governo estadual em audiência pública realizada hoje, nesta Casa, para debater a reforma da Previdência estadual. Lamenta política de desoneração fiscal. Afirma que a Unicamp concluíra que não há déficit na Previdência. Critica a deputada Leticia Aguiar por investigação de projeto pedagógico da Escola Estadual Maria Aparecida Veríssimo, em São José dos Campos. Assevera tratar-se de abuso de autoridade. Argumenta que professora tem sido ameaçada. Clama à citada parlamentar que se retrate.

 

23 - MONICA DA BANCADA ATIVISTA

Discorre acerca do falecimento de nove jovens, em Paraisópolis. Informa que estivera com familiares de vítimas e com adolescentes presentes no evento. Responsabiliza o governador do Estado pelo acontecimento. Afirma que há ausência de plano de Segurança Pública. Acrescenta que toda a população da periferia corre risco de morte. Defende abertura de CPI para investigar o fato. Ressalta o direito à vida, de modo inviolável. Aduz que conhecia uma das vítimas. Clama por investimento em Inteligência. Conclui que o apreço pelo funk não deve culminar com a perda da vida. Argumenta que o governo estadual não tem competência para gerir as polícias. Exige exoneração do secretário de Segurança Pública. Conclui que deve acionar o Comitê contra o Genocídio.

 

24 - ADALBERTO FREITAS

Para comunicação, lembra-se do assassinato de policial militar em Paraisópolis. Afirma que há seletividade dos partidos de esquerda nos discursos.

 

25 - DOUGLAS GARCIA

Pelo art. 82, responsabiliza o crime organizado pela morte de nove jovens, em Paraisópolis. Discorre acerca de problemas oriundos de bailes funk. Afirma que apoiadores desses eventos são coniventes com o tráfico de drogas. Defende aplicação do Estatuto da Criança e do Adolescente. Clama pela atuação do Conselho Tutelar. Lembra mortes de policiais militares.

 

26 - MONICA DA BANCADA ATIVISTA

Para comunicação, tece considerações sobre a atividade do PSOL em defesa dos Direitos Humanos. Defende instituição de plano de Segurança Pública, para identificar criminosos.

 

27 - MONICA DA BANCADA ATIVISTA

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

28 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 03/12, à hora regimental, com Ordem do Dia. Lembra sessão extraordinária a ser realizada hoje, às 19 horas. Levanta a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Gilmaci Santos.

 

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O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS – Presente número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior. Convido o nobre deputado Coronel Telhada, para ler a resenha do expediente.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP – Sr. Presidente, nós temos aqui uma indicação do prezado deputado Aprigio, indicando, nos termos regimentais, ao senhor governador do estado, para que determine a adoção das medidas necessárias junto aos órgãos competentes da administração estadual, objetivando providências de restauração dos pontos de ônibus do município de Taboão da Serra.

Temos também o requerimento aqui, Sr. Presidente, da prezada deputada Leticia Aguiar, requerendo, nos termos regimentais, que se registre nos Anais da Casa voto de congratulações com a população de Aparecida, pelo aniversário do município, a ser comemorado no próximo dia 17 de dezembro.

É somente isso, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS – Obrigado, nobre deputado.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esta Presidência altera a sessão solene convocada para hoje às 20 horas, com a finalidade de comemorar o Dia Nacional do Samba, para ato solene, mantidos o local, o horário e o objeto da solenidade.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, vamos passar ao Pequeno Expediente.

 

* * *

 

-  Passa-se ao

           

                                    PEQUENO EXPEDIENTE

 

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            O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS – Convidamos, para uso da palavra, o deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Castello Branco.

 

O SR. CASTELLO BRANCO - PSL – SEM REVISÃO DO ORADOR - O que nos traz hoje a esta tribuna é novamente o tema da reforma da Previdência Social do estado de São Paulo.

Havíamos prometido uma série de exposições técnicas sobre o assunto, e hoje o telespectador da Assembleia Legislativa vai ter oportunidade de acompanhar o nosso raciocínio, sempre nos distinguindo por uma abordagem técnica. Então vamos lá. Estamos falando da reforma estadual da Previdência e vamos ver o que acontece.

Acreditamos que essa explanação é mais uma semente que dará bons frutos, na esperança de que o texto original mandado pelo Executivo paulista seja alterado em, no mínimo, 16 emendas, porque convenhamos, o texto que foi enviado é, no mínimo, muito ruim.

Então primeiro, quem será afetado por essa reforma da Previdência? Um milhão e 200 mil servidores públicos, aposentados e pensionistas. Atinge indiretamente um universo estimado em seis milhões de pessoas quando nós consideramos familiares e dependentes.

Todo e qualquer servidor público e membro dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e dos demais órgãos públicos como, por exemplo, Ministério Público, Defensoria Pública, Tribunal de Contas e demais autarquias e fundações públicas também serão diretamente atingidas por essa reforma.

Por exemplo, cargos afetados. A Polícia Civil talvez seja uma das mais afetadas. Ela engloba além da Polícia Civil, os agentes de Segurança Pública como, por exemplo, escrivães, investigadores, carcereiros, papiloscopistas, delegados de polícia de todas as suas classes, agentes penitenciários, etc. São quase 19 categorias. Todos os servidores da Educação: diretores, professores, auxiliares administrativos, merendeiras, porteiros, seguranças, enfim.

E todos os servidores da Saúde: enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e inclusive os médicos. Ora, as três maiores folhas de pagamento do estado, todos nós sabemos, são: Segurança Pública, Saúde e Educação. Elas correspondem praticamente a 80% da folha de pagamento do estado. Isso é que está sendo diretamente afetado por essa reforma da Previdência.

Aumento da alíquota. O governo pretende aumentar a alíquota da contribuição previdenciária estadual, que atualmente é de 11 por cento, para 14 por cento, conforme os Arts. 28 e 31, do Projeto de lei Constitucional nº 80, de 2019.

Essa mudança atinge todos os servidores públicos sem distinção, inclusive os policiais militares, conforme o Art. 30, do PLC 80. A PEC 18/19, que é uma emenda constitucional estadual, e o PLC 80 são as duas principais leis que regulam a matéria.

Elas incluíram indevidamente uma exigência a mais para a transição nos seguintes termos: “Desde que cumpridos os cinco anos no nível ou classe em que for concedida a aposentadoria”. Isso causa um grande prejuízo a quem está na regra de transição. Talvez de todos os itens esse seja o mais cruel.

Isso prejudica muito várias classes. Tal exigência está em desconformidade com a Emenda Constitucional Federal 103, de 2019. Portanto, já temos aí uma inconstitucionalidade, porque o texto estadual não fala com o texto federal. Isso obriga todos os servidores a ficarem cinco anos a mais no mesmo cargo para que tenham o direito e assim preencherem os requisitos ordinários para a aposentadoria.

Essa é a nossa apresentação de hoje. Amanhã voltaremos com mais informações defendendo os servidores públicos nesta nova legislação de reforma da Previdência estadual.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, nobre deputado Castello Branco. Convidamos agora a deputada Dra. Damaris Moura. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Deputado Gilmaci, que preside esta sessão, deputada Leci Brandão, todos os demais funcionários aqui presentes, assessores, as pessoas aqui presentes, todos que nos assistem pela Rede Alesp, quero saudar aqui a cabo Luciene e o soldado Pelegrini, em nome de quem saúdo a nossa Assistência Policial Militar.

Nessa primeira intervenção no dia de hoje eu quero saudar os municípios aniversariantes. No último sábado, dia 30 de novembro, nós tivemos vários municípios aniversariantes.

Temos os municípios de Adolfo, Álvares Machado, Cosmópolis, Echaporã, Elias Fausto, Franco da Rocha, Guapiaçu, Guaraci, Guarantã, Herculândia, Ibirarema, Irapuã, Lutécia, Manduri, Miracatu, Oriente, Paulo de Faria, Quintana, Registro e Sales. Portanto, um abraço a todos os amigos e amigas dessas queridas cidades.

E hoje, segunda-feira, dia 2 de dezembro, aniversariam os municípios de Avaí, Araçatuba e Presidente Alves. Então, no dia de hoje, um abraço nosso da Assembleia a todos os amigos e amigas de Avaí, Araçatuba, e Presidente Alves.

Nesse dia 2 de dezembro também é comemorado o Dia da Tecnologia da Informação Aeronáutica. Então, um abraço a todos os amigos e amigas da Força Aérea Brasileira, em especial o pessoal da Tecnologia da Informação. Perdão, foi dia 1º de dezembro o Dia da Tecnologia da Informação.

Perdão. Hoje, dia 2 de dezembro, é o Dia do Serviço de Saúde da Aeronáutica, da Força Aérea Brasileira. Nossos amigos e amigas, médicos e enfermeiros, a todos aqueles que cuidam da saúde dentro da Força Aérea Brasileira, um grande abraço.

Também não posso deixar de cumprimentar: ontem, dia 1º de dezembro, completou 128 anos o Batalhão Tobias de Aguiar, o batalhão que tive o privilégio de comandar durante dois anos e meio. Foi o meu último comando na Polícia Militar. Ontem o batalhão completou 128 anos.

Hoje estaremos na solenidade de aniversário dos 128 anos, onde serão homenageados policiais militares e autoridades civis e militares que se destacaram no apoio ao batalhão e no tratamento à cidade de São Paulo.

Neste final de semana, tivemos um final de semana bem puxado, bem corrido. No dia 30, tivemos a formatura dos novos aspirantes do CPOR, aspirantes à reserva do Exército Brasileiro.

 

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- É feita a exibição de foto.

 

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Nessa foto, é o momento que entrego a espada ao primeiro colocado do curso de Engenharia. O aspirante oficial que foi o primeiro colocado do curso de Engenharia. Quero mandar um abraço a todos os formandos, 126 formandos, salvo engano. No último dia 30 de novembro, no Centro de Preparação dos Oficiais da Reserva, aqui em São Paulo, o CPOR.

Um abraço especial ao comandante do CPOR, o coronel Richard Wallace Scott Murray, comandante daquela grande unidade militar. Coronel Richard Wallace Scott Murray. Um abraço a todos os amigos e amigas, ao capitão Schwab, enfim, a todos os amigos e amigas do nosso querido CPOR.

Na tarde de sábado estivemos no 2º Batalhão de Polícia do Exército, onde participamos e colaboramos com o dia da festa das crianças daquele batalhão. Quero mandar um abraço ao comandante do batalhão, o coronel José Paulo; e também ao major Eronides; e a todos os amigos e amigas do 2º Batalhão de Polícia do Exército.

 

* * *

 

- É feita a exibição de foto.

 

* * *

 

Nesta foto estávamos com os super-heróis que estavam homenageando a festa. Ali também temos dois PMs dos PMs da Alegria. São dois soldados da polícia que fazem um serviço voluntário. Um belo serviço, aliás. Então quero parabenizá-los por mais essa bela missão. Os PMs da Alegria, que estão sempre brincando com as crianças e trazendo um incentivo para os eventos.

Também quero parabenizar todos policiais militares e os militares que participaram desse evento, no último dia 30, no 2º Batalhão de Polícia do Exército.

Vou fazer uma nova intervenção posteriormente, porque vou falar de alguns assuntos. Mas não posso deixar, ao final desse discurso, de dizer da situação do projeto da Previdência que está nesta Casa. Este projeto não pode passar do jeito que está vindo. Já falei: temos que aguardar a decisão de Brasília, para que tomemos as nossas medidas aqui em São Paulo. Lá em Brasília, eles estão há mais de dois ou três anos discutindo. E aqui eles querem aprovar em 15 ou 20 dias um projeto dessa envergadura.

Não há condições de fazer isso. Nós policiais militares, a princípio, estamos fora de toda essa malvadeza. Mas mesmo assim, enquanto não passar o projeto de Brasília, teremos um acréscimo de 11 para 14% no desconto da Previdência. Seremos prejudicados também. Então temos que rever isso com muita calma.

Eu já disse isso bem claro: não vou votar nesse projeto do jeito que ele está. Vamos obstruir. Queremos conversar. Hoje está tendo uma audiência pública, para que se converse sobre isso. Então peço mais uma vez, ao Sr. Governador, que retire esse projeto, e aguarde a decisão de Brasília. E que a gente possa estudar juntos uma solução para impactar o mínimo possível o funcionalismo público de São Paulo.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado Coronel Telhada.

Convidamos agora o deputado Doutor Jorge Lula do Carmo (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputada Leci Brandão.

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Exmo. Sr. Presidente, nobre deputado Gilmaci Santos; deputado Coronel Telhada; deputado Coronel Nishikawa; Sras. Deputadas, Srs. Deputados; funcionários que estão sempre aqui conosco, tanto os civis quanto os militares; e também o público que nos assiste pela nossa TV Alesp.

Sr. Presidente, hoje é O Dia Nacional do Samba. Inclusive, haverá aqui um ato solene, a partir das 20 horas, com a presença de algumas escolas de samba do interior, que nunca foram homenageadas.

Mas eu quero, infelizmente, ocupar essa tribuna hoje para falar de uma coisa muito complicada, que é o acontecimento que teve lá em Paraisópolis na madrugada de sábado. A gente, na verdade...Coronel Telhada, eu não estou acusando indivíduos, viu. Eu estou focando o racismo estrutural que existe no sistema, porque eu não tenho por norma acusar coisas que eu não sei. Deixe-me explicar: ele não falou nada comigo; eu já estou me antecipando e falando para ele, que é um defensor ímpar da Polícia Militar.

Eu não sei como as coisas aconteceram, enfim. Eu só sei que a gente precisa tomar providência, precisa se posicionar. O que eu quero dizer é o seguinte: nós estamos em contato constante com a ouvidoria da PM, com o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana.

Além disso, o Comitê Paulista de Prevenção a Homicídios na Adolescência, do qual nós fazemos parte, está compondo uma comissão parlamentar para acompanhar as apurações desse caso. E o nosso mandato faz parte dessa comissão.

O que eu quero perguntar, urgentemente, é onde é que a gente está errando e como devemos corrigir essa visão muito perigosa de que morador de favela - em geral pobre, jovem e negro - é inimigo, tem que ser eliminado de qualquer jeito? Entre as perguntas que devemos fazer, é a seguinte: quais são as propostas do estado, o que o poder público vai fazer para mudar essa realidade de uma vez por todas?

A gente não pode mais viver nesse ambiente cotidiano de violência, de insegurança, enfim. Como é que a gente pode estimular o bom convívio? Cultura, Educação, Saúde, emprego e entretenimento para a juventude das periferias. A gente não pode mais aguentar isso aí; é uma coisa que já vem acontecendo há décadas. E o estado precisa tomar providência.

Por fim, eu quero expressar aqui os meus sentimentos, os nossos sentimentos a todos os familiares que perderam os seus filhos. Marcos Paulo Oliveira dos Santos, 16 anos; Denys Henrique Quirino da Silva, 16 anos; Dennys Guilherme dos Santos Franca, 16 anos; Gustavo Cruz Xavier, 14 anos; Gabriel Rogério de Morais, 20 anos; Mateus dos Santos Costa, 23 anos; Bruno Gabriel dos Santos, 22 anos; Eduardo Silva, 21 anos; Luana Victoria de Oliveira, 18 anos.

Estamos citando aqui os nomes dos nove. E o que a gente espera é que haja, de uma vez por todas, um programa, uma sensibilidade para que se entenda que o jovem da periferia tem que ter um espaço de lazer também, ele tem que ter o direito de poder se divertir com o segmento musical que ele entender, que ele quiser, que ele gostar.

Mas a gente também entende que os moradores das periferias às vezes reclamam pela questão do barulho, das cenas que acontecem lá, que não são muito compatíveis com a questão da liberdade.

Mas democracia é uma coisa muito importante. E a gente luta, a gente vai brigar a vida inteira pela democracia, pela liberdade. E principalmente a periferia, que nunca tem direito a coisa nenhuma. Ela fica lá largada, ninguém quer saber, ninguém quer fazer política pública, fica a coisa só no “fala-se, fala-se, fala-se”, e ninguém faz absolutamente nada. O que eu sei é que hoje nove famílias estão enlutadas porque seus filhos foram para o lazer e acabaram sendo exterminados.

Que a Segurança Pública do estado de São Paulo e do Brasil faça com que haja um pouco mais de sensibilidade em relação à juventude da periferia.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, Sr. deputada. Convidamos agora o deputado Alex de Madureira. (Pausa.) Deputada Professora Bebel Lula. (Pausa.) Passamos, então, à lista suplementar. Convidamos o deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Isa Penna.

 

A SRA. ISA PENNA - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Olá a todas e todos, aqueles que me acompanham aqui, mas também aqueles que me acompanham pela TV Alesp, eu queria dizer que hoje toda a repartição pública do estado de São Paulo deve estar em luto. Luto pelos nove jovens, nove filhos, nove amigos, pelos nove irmãos que foram assassinados, porque os vídeos estão aí para mostrar o que aconteceu na favela de Paraisópolis, aqui de São Paulo.

 

* * *

 

- Assume a Presidência, o Sr. Coronel Telhada.

 

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Primeira coisa: é preciso destacar o comportamento planejado. Foi, em verdade, uma operação que, aliás, até tem um nome: “Operação Pancadão”. Utilizada para assustar, causar a dispersão e assim teve como resultado esses nove assassinatos. A gente teve pessoas pisoteadas em meio a um momento de diversão de uma juventude que não tem acesso, que não tem o seu direito à Cultura, ao seu direito ao lazer garantido.

Assim como o Funk hoje é criminalizado, o rap também já foi, o samba também já foi, não é, Deputada Leci. Precisamos entender que há uma diferença entre ser contra o crime organizado e criminalizar a favela, e criminalizar a juventude negra e pobre do estado de São Paulo. Somos contra o crime organizado. O crime organizado é um desserviço, alicia jovens, perde vidas.  E por isso é inimigo do povo trabalhador.

Mas, o tipo de ação que a Polícia, que aliás parte dela, nós sabemos que também age em conluio com setores do crime organizado aja do jeito cruel, do jeito bárbaro que agiu na favela de Paraisópolis. Nós vamos cobrar. Vamos cobrar do governador, do secretário de Segurança Pública, vamos aos órgãos internacionais para cobrar respostas, porque João Doria começou essa gestão dizendo que na gestão dele lugar de bandido não era na cadeia, seria no cemitério.

Portanto, o que nós estamos vendo, o que nós vimos o episódio lamentável que aconteceu em Paraisópolis é, também, ligado ao episódio que aconteceu do menino Lucas. O menino que sumiu da porta de casa levado por uma viatura.  Há testemunhas. O 41º Batalhão da Polícia Militar. Eu sou membro da Comissão da Segurança Pública e Assuntos Penitenciários desta Casa, apesar de alguns colegas aqui não gostarem.

Eu vou estar exercendo as prerrogativas que eu tenho, por compor essa comissão, para acionar todas as formas de fiscalização. A bancada do PSOL, junto com a bancada de oposição desta Casa e acredito que para além da bancada de oposição desta Casa, isso está aberto para todas e todos aqueles deputados que tenham amor à vida da juventude brasileira.

Nós vamos fiscalizar a investigação, investigar os investigadores, porque, ao que parece, há uma orientação deliberada de assassinato da juventude negra e pobre nas periferias de São Paulo, ou melhor, um aprofundamento desse genocídio.

Nós estaremos lá em Paraisópolis. Já estamos em contato com pessoas em Paraisópolis. Vamos ao 41º Batalhão da Polícia Militar, porque nós somos o Legislativo, e se o Brasil ainda é uma república, nós vamos exercer as prerrogativas de fiscalização que nos cabem, e, por essa razão, eu quero dizer: João Doria, você tem esse sangue nas suas mãos, e cada deputado e cada deputado desta Casa que age em conluio com essa política de Segurança Pública também.

Pode dormir tranquilo, por enquanto, mas o povo vai cobrar, porque são vidas, são filhos que choram e sofrem a mesma dor que os filhos de vocês sofrem. E se fosse o filho de um de vocês? Por um apelo a esta Assembleia Legislativa, para que se tenha um mínimo de empatia, para que se tenha o mínimo de olhar para o outro como igual. Não é possível que nós achemos que o caso do menino que sumiu da porta de casa com 14 anos e 9 jovens mortos seja razoável.

Não é possível. Nós vamos lutar até as últimas consequências para achar os responsáveis, mas, acima de tudo, e eu concluo com isso, mudar o sistema de Segurança Pública, do qual também são vítimas policiais, jovens, estudantes, mulheres que são mães. Não é um lado versus o outro. São aqueles que estão no poder versus o povo, e nós estamos do lado do povo, e vamos continuar assim até o final.

Muito obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Próximo deputado, deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Gilmaci Santos, tem V. Exa. o tempo regimental.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Coronel Telhada, neste momento na Presidência dos trabalhos, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público que nos assiste na Rede Alesp, funcionários presentes, povo na galeria.

Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, o que me traz aqui a esta tribuna hoje são dois temas que, no mínimo, nos deixam indignados, da forma que foi dito esses dias.

O primeiro tema, deputada Leci Brandão, é uma matéria que saiu na UOL e em outros sites da imprensa, onde um jornalista da Globo, Nelson Motta, acho que esse é o nome dele, afirma que fuma maconha todos os dias há 55 anos.

Aí eu fiquei pensando aqui, deputado Enio. Se ele fuma maconha, eu acredito que ele não tem uma plantação de maconha em casa. Acredito que ele não tem uma permuta de maconha. Então, deputado Frederico, com certeza algum traficante vende a maconha para ele.

Com certeza, ele é um jornalista, um formador de opinião, que alimenta, mais uma vez, o tráfico e ajuda a crescer a violência do nosso país, porque, se ele fuma maconha, deputada Leci, ele não planta, ele tem que comprar. Maconha não se vende no bar da esquina. Pode até vender nos bares da esquina, mas não se vende em farmácia, não se vende em loja de departamento, não vende em shopping center.

Maconha se vende por traficante, que vai vender a maconha para a pessoa. Então, isso me preocupa muito. Um jornalista renomado dá uma declaração dessa, que, na minha opinião, ele está também colaborando com a violência do nosso país, ajudando também a matar jovens negros também da favela.

Essa é a realidade, porque ele está ajudando a incrementar o tráfico de drogas no nosso país, e também isso me preocupa muito, e eu queria deixar aqui esse recado.

E outra coisa, deputada Leci e Srs. Deputados: neste final de semana, circulou nas redes sociais, na internet, uma pessoa que se diz membro da Bancada Ativista, que não conheço, não sei o nome e também não estou preocupado em saber, nem estou preocupado em conhecê-la.

Ela faz um comentário a respeito da reforma da Previdência, até pertinente. Depois, quando ela cita o meu nome, dizendo que o Cauê Macris nos colocou para ser o relator especial, o que é uma verdade também, ela faz questão de mostrar toda a intolerância e preconceito religioso em cima do seu comentário.

Ela diz que “foi escolhido o deputado Gilmaci Santos, do Republicanos, que é do partido do prefeito Marcelo Crivella, da Igreja Universal do Reino de Deus”.

Isso é intolerância. Isso é preconceito religioso, sim. Vou dar um recado a essa senhora, que, volto a dizer, não conheço, não quero conhecer, não sei o nome e também não tenho a menor vontade de saber quem é. Não tenho a menor vontade de saber. Dizem que é da Bancada Ativista.

O prefeito Marcelo Crivella é um homem sério, honesto, que está governando o Rio de Janeiro contra tudo e contra todos e que não tem uma acusação de corrupção, nada que desabone o currículo de Marcelo Crivella.

Igreja Universal do Reino de Deus. Estou lá há pouco tempo: somente há 32 anos. Sou membro e pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, uma igreja que a senhora deveria conhecer, que está todos os dias lutando e tirando milhares e milhões de jovens das drogas. São milhares e milhões de jovens, hoje, que saíram das drogas através do trabalho da Igreja Universal do Reino de Deus.

Igreja Universal do Reino de Deus, que tem reconstruído vários lares. Famílias que estavam destruídas e que hoje não estão mais. Estão reconstruídas através do trabalho da Igreja Universal do Reino de Deus.

 Igreja Universal do Reino de Deus, que está todos os dias dentro da Fundação Casa, trabalhando e ressocializando os jovens infratores. Igreja Universal do Reino de Deus, que está todos os dias dentro dos presídios ajudando os presos, para que, quando saírem, tenham uma oportunidade aqui fora, e levando assistência à família dos presos, coisa que a senhora não sabe e tenho certeza de que a senhora não faz, porque não tem capacidade para isso.

Então, minha senhora, ou seja lá quem for, quando a senhora resolver falar da Igreja Universal do Reino de Deus, pense um pouco e, no mínimo, lave a sua boca, porque a Igreja Universal não merece ser falada por uma boca suja igual à da senhora.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. O próximo deputado é o deputado Enio Tatto. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. ENIO LULA TATTO - PT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público que nos assiste, funcionários da Casa, deputada Leci Brandão, é impossível subir à tribuna hoje e não falar sobre o acontecido na comunidade de Paraisópolis neste fim de semana, sobre o massacre de Paraisópolis, sobre a chacina dos nove jovens cujos nomes V. Exa. falou aqui. Todos com menos de 25 anos, nenhum com passagem pela polícia. Apenas jovens que estavam em um lugar para se divertir.

Eu falo isso porque moro na periferia, bem na periferia, lá no fundão da zona sul. E eu ando à noite na periferia, nas ruas, nos bairros. Vivo lá há 41 anos, desde que cheguei a São Paulo. Por isso, sei que falta lazer para nossa juventude.

No horário em que aconteceu esse massacre, essa chacina, não tinha um clube municipal ou estadual aberto, não tinha uma escola aberta, não tinha um CDC, um CDM aberto. Lá não tem lugar para a juventude se divertir. É comum você passar nas ruas da periferia, na frente de um bar, na frente de um estabelecimento, e ter um carro com som ligado e os jovens ficam ali conversando. É assim o lazer por lá.

É o que sobra na periferia. Eles não têm dinheiro para frequentar um clube, eles não têm dinheiro para ir ao cinema - a maioria deles -, ao teatro ou ao shopping.

Isso que aconteceu em Paraisópolis é um massacre sim, é uma chacina sim, e só aconteceu porque lá naquela comunidade vivem mais de 100 mil habitantes, sendo que mais de 80% são jovens, pobres e negros. Essa é a verdade, essa é a verdade. Então a gente tem que lamentar a malfadada ação da Polícia. Não precisa ser especialista em Segurança para ver que aquela ação deveria ter sido evitada.

Todo mundo sabe que naquele lugar, todo fim de semana, ou quase todas as noites, acontecem bailes funk. Não foi um acontecimento esporádico, portanto os policiais poderiam ter se precavido e evitado aquela forma de agir, que encurralou mais de 5 mil pessoas, a maioria jovens, com bomba, com gás, com bala. As pessoas tentaram fugir, sem saber que caminho a seguir. Daí o pânico e as consequências trágicas.

Por isso, a gente tem que lamentar, e não dá para admitir que a Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa não entre nesse caso para que seja feita a apuração devida, que sejam punidos os culpados e que o governador do estado de São Paulo seja responsabilizado, porque desde a época de sua campanha pregou essa forma de tratar as periferias, as comunidades e os movimentos sociais. Esse é o resultado: nove jovens sem passagem nenhuma pela Polícia assassinados, massacrados.

O que lamento também, deputada Leci, é que o governador estava no Rio de Janeiro, estava filiando um líder no PSDB. Estar lá era mais importante. Quando questionado sobre a chacina, a morte dos nove jovens, ele simplesmente disse que São Paulo é um lugar seguro e começou a dar dados da Segurança Pública aqui no estado. Foi assim que respondeu ao caso.

Em nenhum momento ele se deslocou do Palácio, e Paraisópolis - eu conheço muito bem, e V. Exa. conhece - está a dois quilômetros do Palácio. Em nenhum momento ele saiu de lá e foi à comunidade se solidarizar com as famílias e com a comunidade, em nenhum momento ele chamou o secretário de Segurança e o comandante para irem lá prestar solidariedade e acompanhar de perto essa comunidade que está a dois quilômetros do Palácio.

É interessante que, no velório do Gugu, ele foi a primeira liderança que apareceu. Não que não tivesse que vir, tinha que vir aqui também, mas lá na comunidade pobre, negra, lá ele não foi. Morreram nove jovens, e ele não saiu do Palácio no dia, nem até agora. E toda hora que vai falar - acabou de falar hoje em um ato -, ele simplesmente dá os índices de criminalidade do estado de São Paulo.

Lamentavelmente ele falou o seguinte: que vai continuar com sua política de Segurança no estado de São Paulo, ou seja, vamos massacrar, vamos invadir a periferia, as comunidades. Então quero protestar e falar mais uma vez que o grande responsável por isso que aconteceu é o governador, que é a autoridade máxima do estado de São Paulo.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Gilmaci Santos.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado. Com a palavra, deputado Frederico d’Avila.

 

O SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, queria aproveitar aqui esse tema latente, deputado Conte Lopes, Coronel Telhada, para passar um pequeno vídeo aqui, para quando falam... eu, ainda bem que, nesses momentos, não sou policial, então tenho a isenção, deputado Gilmaci, para falar como cidadão.

Isso aí é como a polícia é recebida na cidade de Guariba, ali no entorno de Ribeirão Preto, para ver como a polícia faz as suas emboscadas. Pode soltar aí, Machado.

Aí, Coronel Telhada, o senhor que foi um experiente policial aí. Infelizmente está em pé, mas... Veja como o policial é recebido pelo pessoal do pancadão.

 

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- É exibido vídeo.

 

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O policial na radiopatrulha está acuado ali. Atiraram uma garrafa na viatura e é assim que a polícia é recebida nessas festas populares às quais se referiram aqui alguns deputados que me precederam.

Então, é a legítima, não é, deputado Conte, inversão de valores. Não é possível. A sociedade não aprova isso. Inclusive, vieram deputados e deputadas aqui defender a população, como se ela, em sua maioria, defendesse os criminosos, como se a população em sua maioria defendesse essa questão da realização de bailes funk e pancadões. Consumo de drogas, as pessoas não conseguem dormir.

Como bem disse até uma deputada que estava aqui, a maioria da população dessas comunidades é uma população ordeira, que trabalha nos dias de semana e precisa ter o seu repouso aos finais de semana. E muito me estarrece que a mesma deputada que esteve aqui, o seu partido defende a liberação de todas as drogas, deputado Coronel Telhada. Todas. Sem exceção.

E ainda, o mesmo partido dessa deputada tem uma outra deputada que vem, como bem disse o deputado Gilmaci, atacar uma igreja evangélica, no caso a Universal, por conta das suas posições pró-família, antidrogas, como bem mostrou no final de semana o deputado Altair Moraes, onde um indivíduo quer justificar a questão do abuso sexual de crianças, como se isso fosse uma coisa comum e que a população aceitasse. E, mais uma vez, como também disse o deputado Gilmaci, a questão da perseguição religiosa.

Até agora o pessoal dos direitos humanos, ditos direitos humanos, foi lá no Arautos do Evangelho com a Rede Globo, etc. e tal. Eu quero ver eles irem no Templo de Salomão lá na Celso Garcia, lá na João Dias. Eu quero ver eles aparecerem lá. Quero ver a coragem deles até onde vai.

Então, esse pessoal é muito abusado. Muito abusado e nós sabemos, deputado Coronel Telhada, o senhor que estava há pouco tempo na polícia, têm partidos aqui, representados nesta Casa, que têm ligações íntimas com organizações internacionais do tráfico internacional de drogas, comercialização de drogas. Relações íntimas, fotos, imagens, abraços e beijos em torno de líderes de narcotraficantes e processadores de drogas.

Então, começamos, aqui, hoje, ontem, não é, deputado Conte, foi o aniversário do nosso glorioso Batalhão Tobias de Aguiar. Estou me dirigindo para lá agora para comemorar os 128 anos do Batalhão Tobias de Aguiar lá na Avenida Tiradentes.

E é esse policial, é esse homem público, é esse agente da lei que tem que ser celebrado, comemorado, parabenizado, laureado, como eu fiz semana passada, aqui, com dois policiais da RPM, do 23º Batalhão de Polícia Militar que prenderam aqui, no entorno da Assembleia, um meliante que roubava relógios, celulares, enfim, dos motoristas.

Eu tive a satisfação de parabenizá-los aqui na Casa e fazer uma menção honrosa a eles, que estavam já sendo perseguidos, inclusive por ex-integrantes da Polícia Militar, que eu não vou nem citar o nome aqui. Mas, como diz bem o Coronel Telhada, a culpa é sempre da PM. Então, acontece uma situação como essa aí, e eu acabei de ler no jornal, deputado Conte, deputado Gilmaci, PM encurrala 5.000 pessoas. Mas nem com o Exército brasileiro você consegue encurralar 5.000 pessoas, deputado Altair.

É inacreditável que esse pessoal venha aqui na tribuna e fica falando em ataque a comunidades, como se essas comunidades, essas pessoas que estivessem na rua fossem a favor da ordem e respeitassem o sono das demais pessoas que vão trabalhar no dia seguinte.

E ao mesmo tempo defendem a descriminalização de todas as drogas e concordam, indiretamente, mesmo que não falando, com uma atitude como essa que nós vimos aqui no telão, onde uma viatura da Polícia Militar foi atacada e onde foi jogada uma garrafa nos policiais, e que eles não sabiam o que haveria por trás daquele muro.

Então, aqui minhas honrosas menções à Polícia Militar, e queria parabenizar, desta tribuna, o Batalhão Tobias de Aguiar pelos seus 128 anos na data de ontem.

Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado. Convidamos agora nobre deputado Conte Lopes.

Enquanto V.Exa. se dirige à tribuna, senhoras deputadas e senhores deputados, nos termos do Artigo 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária, a realizar-se hoje, às 19 horas, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia: Projeto de lei Complementar nº 80/2019.

Senhoras deputadas e senhores deputados, nos termos do artigo 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma segunda sessão extraordinária, a realizar-se hoje, às 19 horas e 45 minutos, com a finalidade de apreciada a seguinte Ordem do Dia: Projeto de lei Complementar nº 80/2019.

Com a palavra, o deputado Conte Lopes.

 

O SR. CONTE LOPES - PP - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, a comunidade Paraisópolis foi o local em que uma policial feminina, há poucos dias, foi sequestrada e foi assassinada, depois de ferida, estuprada, barbarizada. O governador da época, Márcio França, impediu até que a Rota, o 16º Batalhão, entrasse na favela para salvar a policial.

Paraisópolis também, se não me falha a memória, foi onde foi morto o sargento Ruas, a semana passada.

Essa é a favela de Paraisópolis, dominada pelo PCC, dominada pelo crime. O pancadão, o baile funk, não é a poesia que o nosso companheiro Enio Tatto falou, não. Não é um carro de som com os jovens dançando. Não, não é isso, não.

Nós recebemos, quando vereador em São Paulo, milhares e milhares de reclamações do que é o baile funk: droga, estupro de menores, o crime dominando, o PCC dominando, e as pessoas sem poder dormir, quinta, sexta, sábado e domingo, quatro dias sem poder dormir, sem direito ao sono, pessoas que têm que trabalhar no outro dia, pessoas que têm que estudar no outro dia.

Não é um sonzinho, como colocou o nosso deputado amigo Enio Tatto, não. É um som quanto maior melhor para eles e pior para a comunidade. Ligam a noite inteira às vezes no nosso celular, que não conseguem dormir, porque têm que trabalhar. Alguns até vão dormir em hotel, vejam que absurdo.

Então é um local dominado pelo crime. Essa é a verdade. O que aconteceu no último domingo já estava previsto, e vai acontecer novamente. Primeiro, como falou o deputado Frederico, como é que 30 pessoas vão encurralar cinco mil?

Não é esse é o problema, 30 policiais. O problema é que é um local onde eles fazem um verdadeiro show, só que o bombeiro não autoriza, não tem segurança, não tem saúde, aonde os moradores não podem entrar e os moradores não podem sair. Então é um local totalmente dominado pelo crime: motos roubadas, carros roubados e tudo ali. E o que acontece?

Os governantes pedem para a polícia agir. O Copom recebe milhares e milhares de telefonemas toda sexta, sábado, domingo, de pessoas que não conseguem dormir, exigindo que a polícia aja. Não houve chacina. Que chacina? Houve um pisoteamento de pessoas e que vai acontecer outras vezes se não impedir que aconteça isso aí. Porque se quer ter show, faça o show com bombeiro, com segurança, com médicos. Aí é um show.

Agora, quer fazer um show da comunidade ou do PCC, aí dá no que dá. Vamos ser coerentes. Os jovens que morreram, infelizmente, perderam a vida e vão outros perder também, porque há muito tempo que a gente combate isso.

Estamos pedindo que a polícia, a Secretaria de Segurança, ajam impedindo que isso aconteça. Até fizemos isso na zona norte quando eu era encarregado da subprefeitura Tucuruvi-Santana e no Jaçanã-Tremembé também.

Nós chegávamos antes de iniciar o baile funk com a prefeitura, com a polícia. Prendíamos os carros, fechávamos os comércios e não havia o baile funk; impedíamos que houvesse os bailes funk. Várias vezes foi feito isso na zona norte. E se deixar que isso aconteça... Veja bem, como é que um garoto sai de Mogi das Cruzes e vai até Paraisópolis participar disso aí?

Qual o objetivo? Qual o intuito? E o pior de tudo: vai acontecer novamente, tanto é que eles continuaram com o baile. O baile não parou. Morreram as pessoas, eles continuaram com o baile e fizeram baile no domingo também. Então eu acho que tem que impedir que aconteçam os bailes. Quer fazer um baile?

Obviamente que tem que ser controlado pelo estado, como qualquer festa, como um campo de futebol, só que no campo de futebol vão 200, 300, 1.000 policiais da Tropa de Choque e coordenam aquilo lá. Agora, como é que vão 30 policiais controlar 5 mil?

Não vão conseguir nunca e nós vamos ter outras mortes também. Agora não vamos culpar a polícia disso aí, não é? Que a polícia está perseguindo bandido, é função dela. E se ela é recebida a pedrada - como mostrou o Frederico - a paulada, é lógico que o policial vai usar o que ele tem: bomba, bala de festim, o que ele tem na mão.

Primeiro, pelo número de policiais que estão na ocorrência. Eles estão em 20. Se eles deixarem 5.000 atacarem, eles acabam morrendo. E só para terminar, Sr. Presidente, Paraisópolis, em 2010, eu fui lá na campanha política com o Serra e com o Alckmin. Nós fomos cercados lá na campanha, até que veio uma autorização que a gente podia ficar lá dentro.

E eu fui muito hostilizado: “Olha, esse aí é o Conte. Esse aí é o Conte que não gosta de bandido”. Então, essa é a Paraisópolis há muito tempo.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Com a palavra o deputado Coronel Telhada. (Pausa.) Desculpe, com a palavra o deputado Gil Diniz. (Pausa.) Não está atualizada a minha lista. Deputado Giannazi, tem V. Exa. o tempo regimental. 

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente, telespectador da TV Assembleia, venho a esta tribuna no dia de hoje para - como fizeram alguns deputados - repudiar veementemente aquele massacre da juventude de Paraisópolis.

Aquilo é inadmissível. Aquilo é um crime hediondo contra uma juventude que está totalmente abandonada, sem investimento social, sem investimento do Poder Público, porque nas periferias das nossas cidades, incluindo ali Paraisópolis, não há investimento em cultura.

Nós não temos espaços de cultura; nós não temos escolas públicas de qualidade; nós não temos Etecs; nós não temos Fatecs; nós não temos assistência social. A periferia está totalmente abandonada, entregue à própria sorte.

E aí o resultado é exatamente esse: uma juventude sem esperança, que fica à mercê, muitas vezes, do narcotráfico, por falta de opção. Não tem emprego. Não tem perspectiva de vida. Não tem Educação de qualidade. Não tem espaços de cultura. Não tem cursos. Não tem nada na periferia.

Tem a própria produção cultural da periferia. Porque temos artistas, temos talentos, temos muitas pessoas querendo fazer coisas. Temos grandes talentos, mas não há espaço e não há financiamento. Então é inadmissível ficar culpando essa juventude que foi morta ontem: nove adolescentes e jovens mortos, massacrados, por uma ação desastrada da Polícia Militar.

A gente viu os vídeos. Assistimos os vídeos todos. A sociedade está indignada com esse massacre. Temos que tomar providências. Alguns deputados já acionaram o Ministério Público, a Defensoria Pública. Já acionamos a Comissão de Direitos Humanos. Queremos a convocação imediata do secretário de Segurança Pública e do comandante geral da Polícia Militar.

Isso tem que ser investigado e repudiado veementemente, como um crime de lesa-humanidade. Que tem a ver com esse momento autoritário que estamos vivendo, que vem do governo federal e passa pelo governo Doria. O governador do Rio de Janeiro também incentiva esse tipo de comportamento.

Até lembro daquela cena, em 1968, durante a assinatura do AI-5. O presidente da época era o Costa e Silva. Ele reuniu os ministros, fez uma reunião com os ministros, para aprovar e assinar o AI-5. O único que não assinou foi o vice-presidente da República, que era civil, que era o Pedro Aleixo. Ele disse o seguinte: “Olha, presidente. Não desconfio do senhor, nem dos ministros. Mas, ao assinar um ato como esse, a minha preocupação é com o guarda da esquina”.

Porque o incentivo para a violência policial, muitas vezes vem de cima, de governantes como Doria, como o govenador do Rio de Janeiro, e sobretudo como o presidente Bolsonaro. Esse é o maior estimulador do ódio e da violência no Brasil. Então eu queria fazer essa manifestação, Sr. Presidente.

Também, aproveitando a oportunidade, quero fazer um apelo ao governo Doria, à secretaria da Educação, à Secretaria de Gestão Pública, para que faça a prorrogação do concurso de diretor. E, ao mesmo tempo, a imediata chamada das pessoas que foram aprovadas.

Vários professores foram aprovados e estão aguardando ansiosamente a chamada e, agora, a prorrogação, porque o concurso foi homologado no dia 2 de dezembro de 2017. Ele tem que ser prorrogado imediatamente. E a chamada tem que ser feita. Até porque, temos centenas de vagas, centenas de escolas da rede estadual com diretores designados.

É um absurdo isso. O estado está cometendo improbidade administrativa. Porque aprovamos a lei autorizando o concurso. Tem lei que autoriza. Também autorizamos e aprovamos dotação orçamentária, previsão orçamentária. Foi aprovada aqui na Assembleia Legislativa a dotação orçamentária e a autorização para a realização do concurso. No entanto, o governo Doria está prevaricando, cometendo improbidade administrativa.

Por isso fica aqui o nosso apelo e a nossa exigência: que o governo Doria faça imediata prorrogação do concurso de diretor, com a imediata chamada. Já acionei o Ministério Público do Estado. Repito: o governo está cometendo improbidade administrativa.

Tem que prorrogar e chamar imediatamente todos os profissionais, Sr. Presidente. Porque é inconcebível que tenhamos tantos cargos vagos, com pessoas designadas, e tantos aprovados. Isso é um desperdício de dinheiro público. Vamos tomar outras medidas se isso não ocorrer imediatamente.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, nobre deputado Carlos Giannazi.

Senhoras e senhores, não há mais tempo hábil para continuação do nosso Pequeno Expediente.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Pela ordem, Sr. Presidente. Para usar a tribuna pelo Art. 82, pelo Partido Progressista.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Então vamos, neste momento, entrar no Grande Expediente.

 

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- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Vossa Excelência tem a palavra pelo Art. 82. Já estamos no Grande Expediente.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - PELO ART. 82 - Muito obrigado, Sr. Presidente, Srs. Deputados, assessores e funcionários aqui presentes.

Venho aqui falar sobre a ocorrência do Paraisópolis. Quando eu vi alguns deputados que me antecederam aqui falando do assassinato de nove jovens... É verdade - eles foram assassinados mesmo. Assassinados pela multidão que estava lá. Nenhum PM pisou em ninguém lá; quem pisou foi a multidão, aliás numa situação totalmente irregular.

Vieram aqui, fizeram o papel... PSOL fez o partido de PSOL; PT fez o partido de PT, que é falar mal da polícia. Aliás, na PM, Conte, tem um monte de gente que acha que o PSOL e o PT defendem a PM e nós falamos mal. É bom ver que aconteça aqui, porque o que eles querem é justamente isso: a destruição da Polícia Militar e o crescimento do crime. Aliás, sempre foram favoráveis a isso.

Eu trouxe aqui um vídeo para passar rapidamente. Deixa no ponto, por favor, Machado, esse vídeo. Por que está de ponta cabeça? Vou ter que entortar a cabeça. Mas tudo bem. É um vídeo que aconteceu dias atrás, numa periferia.

Oito indivíduos hostilizando a polícia, tacando pedra. Os policiais, para não tomarem uma atitude mais drástica, saíram do local. Agora, vocês imaginam uma viatura chegar ao local. Estava havendo, sábado passado, de sábado para domingo...

 

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- É feita a exibição de vídeo.

 

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Pode voltar para mim; muito obrigado. Os policiais saíram do local. Sábado passado, ocorreram 250 operações na cidade de São Paulo com operações pancadão, que não é baile, é crime.

Não é baile pancadão, não. É crime: prostituição, tráfico de armas, tráfico de drogas, violência contra a mulher. É crime. Eu vi mulheres aqui defendendo o pancadão, mulheres que falam que defendem a mulher. Ué, e deixa a menina se prostituir no pancadão, aí pode? Mas para falar mal da polícia vale tudo.

Só no sábado, nós tínhamos 250 operações na capital contra operações. Na favela do Paraisópolis, desde março já foram apreendidas duas toneladas e meia de droga - só no Paraisópolis. Na manhã do último sábado para o domingo, às quatro e meia da manhã, a Polícia Militar fazia a operação bloqueio.

Uma moto passou pelo bloqueio, atirou contra os policiais da Rocam. Houve a perseguição, que acabou dentro da favela do Paraisópolis. O que aconteceu? Quando o bandido entrou, ele entrou direto. Mas quando as viaturas chegaram, foram hostilizadas. Pedra, tiro - tomaram de tudo lá. Mas ninguém vê isso.

Com a ação da polícia, a polícia chegou ao local e dispersou o local, sim. Dispersou como? Com o que tinha na mão: munição química. E os idiotas que estão falando que não tinha para onde correr, é porque não conhecem o local. Tinha muitas vias de fuga.

Acontece o seguinte: dos nove que morreram, capitão Conte, nenhum deles era da favela do Paraisópolis. Nenhum. Todos eram de lugares distantes de São Paulo. O que estavam fazendo lá? Procurando o que não deve. E entraram por uma viela que era apertada. Muitas pessoas, e acabaram se pisoteando.

Aconteceria a mesma coisa se fosse um incêndio, se fosse um desastre; aconteceria a mesma coisa. Mas para falar mal da polícia vale tudo. E nós estamos aqui para falar a verdade. Os PMs não atiraram; em momento algum, houve qualquer disparo por parte da Polícia Militar.

O que houve foi uma ação rápida da polícia para se defender daquelas pessoas que procuravam agredir os policiais. Para vocês terem uma ideia, das oito da noite de sábado até as seis horas da manhã do domingo, foram 40 chamados por perturbação de sossego na área da 1a Companhia do 16, que é a área do Paraisópolis. Quarenta chamadas.

E não pasmem pelo seguinte: depois que acabou toda essa loucura, que as pessoas foram socorridas, o baile continuou, não parou, deputado Frederico. O baile não parou; ele foi até as 10 e meia da manhã. Você acha que os caras estão preocupados que morreram nove caras que estavam no baile?

Eles não estão preocupados; eles querem é continuar vendendo droga, continuar vendendo arma. Porque o que acontece: a ação da polícia atrapalha o tráfico. Então, para eles, é bom que morram as pessoas, porque assim todo mundo vai vir aqui falar mal da polícia, que a polícia é culpada.

Culpado é o crime, e os partidos que defendem criminosos são tão culpados quanto. Ficam chafurdando em cima desses nove cadáveres, fazendo os cadáveres de heróis. E são vítimas. Vítimas do quê? Vítimas do crime organizado, vítimas do tráfico e vítimas desses partidos que defendem o que é errado. A Polícia Militar mais uma vez agiu. E mais uma vez está pagando um preço caro, porque todo mundo tira da reta e fica a polícia sozinha.

Os jornais, aqui, para vocês terem uma ideia... É que jornal, também, a gente não pode esperar muita coisa, né, principalmente da “Folha de S. Paulo”. Para vocês verem como jornal é mentiroso, olha só o que esse jornal fala. Num determinado momento, ele fala o seguinte: “moradores afirmam que foram jogadas bombas até dentro das casas. Grávida de 18 meses, JL” - é o nome de alguém - “29 anos, mora em frente ao baile e acordou...”. Só para completar, Sr. Presidente.

Segundo o jornal, essa grávida de 29 anos, mora em frente ao baile e acordou com a fumaça das bombas dentro de casa”. É a única pessoa que consegue dormir dentro de um baile funk. É a primeira vez que eu vejo na vida. Ela conseguiu dormir dentro do baile funk. Foram as bombas da PM, a fumaça... 

Oh, gente, vá mentir lá longe; que coisa feia. Outro jornal aqui fala “Moradores e feridos acusam PM de armar emboscada”. Mas nem com um Batalhão eu conseguiria armar uma emboscada para 5 mil pessoas quanto mais com 28 policiais militares. Gente, é brincadeira.

Só para fechar, quero dizer duas coisas: o ouvidor, na televisão, andou falando um monte de besteira. Eu tenho mais medo de um cachorro defecando do que de um ouvidor falando. Eu me preocupo mais com o cachorro defecando porque o ouvidor só fala o que não deve. Só fala o que não deve e o que não conhece.

E para fechar, eu não tenho mais tempo hábil, eu queria, inclusive, ler a tabela das “Operações Pancadões” este ano para vocês verem quanto de drogas, quanto de armas, quanto de carro roubado já foram apreendidos.

Então, mais uma vez eu repito: esses nove jovens foram mortos, sim, assassinados. Por quem? Pelos bandidos que frequentavam o Pancadão da Paraisópolis. Parabéns, Polícia Militar. Vamos continuar trabalhando forte.

Muito obrigado. 

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado. Com a palavra o deputado Vinícius Camarinha. (Pausa.) Deputado Gil Diniz, no Grande Expediente. Tem V. Exa. o tempo regimental.

 

  O SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - Para uma comunicação, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Enquanto o deputado Gil Diniz vai à tribuna, tem V. Exa. a palavra.

 

O SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Só corroborando o que disse o Coronel Telhada aqui agora, eu tenho o Projeto de lei Complementar nº 31, para extinguir a Ouvidoria de Polícia, justamente para acabar com esse dispêndio de dinheiro público para falar das polícias Civil e Militar.

Espero que logo mais seja colocado em pauta para nós extinguirmos esse órgão tão terrível contra as nossas polícias.

 

  O SR. GIL DINIZ - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente, boa tarde toda a Mesa, boa-tarde aos deputados presentes aqui no Grande Expediente, boa tarde ao público presente aqui nas galerias da Casa, boa tarde aos assessores, policiais militares e policiais civis e a quem nos assiste pela  TV Alesp, primeiro queria parabenizar o deputado Frederico d’Avila pelo Colar do Mérito Legislativo concedido, hoje, ao coronel Mello Araújo, ao Professor Molion e ao Ferreira Pinto, eterno secretário de Segurança Pública, o melhor secretário de Segurança Pública que o estado de São Paulo já teve. Parabéns, Frederico d’Avila pela atitude. Honra a quem tem honra.

Infelizmente, por conta dessa tramitação da reforma da Previdência, tinha a Comissão de Finanças e Orçamento, eu tive que ficar indo e voltando aqui para o plenário e, infelizmente, não pude colocar aqui algumas breves palavras ao Mello Araújo.

Mas deixo aqui consignados os meus parabéns e todo o meu respeito ao coronel. Conheci ele no 1º Batalhão de Choque, no dia que o presidente Bolsonaro, então deputado federal foi visitá-lo para agradecer o apoio que ele deu, Frederico d’Avila, publicamente, quando ainda era comandante.

O senhor sabe a dificuldade, Coronel Telhada, de um policial na ativa se manifestar politicamente. Sei que o senhor teve muitas dificuldades também, seu filho, Telhadinha, Derriti, por justamente ter opinião. Justamente por defender a tropa, defender a nossa Polícia Militar. Meus parabéns, aqui, ao coronel Mello Araújo. Minha melhor continência a ele.

Eu gostaria de usar esse meu tempo para entrar nesse tema já abordado aqui, faço minhas as palavras do Frederico d’Avila, do Coronel Telhada, do Conte Lopes. O povo de São Paulo, o povo brasileiro, mas o povo de São Paulo, principalmente, precisa dizer claramente o que esperar das nossas polícias, Coronel Telhada, o que esperar, principalmente, da Polícia Militar, polícia ostensiva.

Dizem aí na rede social, mas uma realidade, você não sai de casa para trabalhar, para tirar o seu lazer, para fazer o que for se não tiver ali o 01, a Rádio Patrulha ali no teu bairro fazendo a segurança do teu bairro. E eu que já fui morador de favela, sei muito bem o que é ter um fluxo na porta da viela.

Na minha casa os meus filhos não falam palavrão; não permito. Corrijo, puxo a orelha, dou tapa no bumbum; não deixo falar palavrão. Mas quando vem o final de semana, aquele bando de maconheiro, bando de cheirador vindo de tudo quanto é canto de São Paulo, a maioria não é da região, coloca aquele som alto, com músicas fazendo apologia ao crime, apologia às drogas, apologia ao sexo, inclusive à pedofilia.

Aí tudo bem. O Coronel Telhada falou agora de uma suposta senhora que diz ter acordado com o cheiro do gás lacrimogêneo, mas não se incomodou com a fumaça do cigarro do capeta, da maconha ali daqueles usuários na porta da sua casa. É impressionante.

Parabéns aos policiais do 16º Batalhão. Parabéns ao 01, parabéns à Rocam, parabéns à Força Tática. O porta-voz da Polícia Militar deixou claro, não era uma operação para acabar com o fluxo ali, com o baile funk. O que aconteceu? O Coronel Telhada colocou aqui, passaram dois vagabundos de moto, atiraram na polícia e ela fez o acompanhamento.

Novamente, o povo de São Paulo precisa falar claramente o que espera da nossa Polícia. Você, que já tomou uma pistola na cara, um revólver na cara, você que já teve um parente baleado quando o vagabundo foi roubar um celular, quando a polícia se depara com uma ocorrência como essa, com uma moto roubada, com um carro roubado, o que você espera da Polícia Militar?

“Olha, eu não posso entrar ali porque, veja, tem muitas pessoas lá, tem muito vagabundo, tem muito noia fumando maconha. Tem gente de bem? Desconheço. Talvez tenha, talvez tenha, mas - nós precisamos falar aqui - pelo menos três jovens que eu vi, que morreram pisoteados. Vamos lembrar as equipes, que foram atacadas com pedra, com garrafada.

Foram colocados aqui os vídeos. É daquela maneira que a Polícia é tratada. Lá em Paraisópolis não foi diferente. Usaram bomba de efeito moral, bomba de gás lacrimogêneo. Segundo o porta-voz da Polícia, quatro elastômetros, a famosa bala de borracha. Não foi disparado um único tiro de arma de fogo.

O Coronel Telhada, mais uma vez, precisava de um batalhão ali, e não ia conseguir encurralar cinco mil pessoas. Parem de mentir. A Globonews passou o dia inteiro falando mal da Polícia Militar. Os ditos especialistas em Segurança Pública, os especialistas de sofá, do “Sou da Paz”.

Meu Deus do céu, não tiveram coragem de colocar ali alguém defendendo a ação da Polícia Militar, que, sim, precisou agir sim. Para garantir o quê? A sua integridade física. Ou era para os policiais morrerem?

O Conte Lopes colocou aqui. Agosto do ano passado, uma negra, policial, se eu não me engano soldado ou cabo, Juliane, foi sequestrada na mesma Paraisópolis e foi brutalmente assassinada. Olha que engraçado. Quando a Polícia - aí eu vou ter que usar aqui os termos da grande mídia, Gilmaci - supostamente dá um tapa ali em um candidato a marginal, quatro horas da manhã, sabe-se lá fazendo o que em uma viela, supostamente, o que acontece? Tem vídeo de cima, de lado, de baixo, de todos os cantos.

Quando uma policial, mulher, negra, é sequestrada, violentada, estuprada, assassinada, não tem uma única imagem. O sargento Ruas, mês passado, trocou tiro com vagabundo. Mais de 30 anos de polícia, um herói policial militar que morreu defendendo você, cidadão de São Paulo. Não tem uma única imagem. Não tem, e não vai ter.

Então, para essas pessoas, também, que têm essa balança moral invertida, venha a público. Diga o que você quer, o que você espera das nossas polícias. Vamos cobrar também. Vou acionar aqui, na Comissão de Direitos Humanos, o Conselho Tutelar, os Conselhos Tutelares de São Paulo.

Ora, eu não posso levar meu filho ao cinema para assistir um filme que tem ali aquela tarja dizendo que é proibido para menores de 16, de 14. O que uma criança, um adolescente de 13 ou 14 anos, está fazendo às cinco horas da manhã? Saindo, olha só... Talvez você não conheça, mas sair da Vila Matilde para Paraisópolis... Para quem não conhece São Paulo, olha: é mais fácil ir para o interior de São Paulo, chegar a Campinas, a Jundiaí, do que fazer esse trajeto.

E quando os pais são questionados: “Olha, eu não sabia que meu filho estava lá”. Vi, no mínimo, três ou quatro mães dizendo isso: “Olha, eu não sabia que meu filho estava lá”. Ora, é mais uma discussão que precisamos fazer. Mais uma discussão. Estão minando as nossas famílias. Estão destruindo a autoridade paterna, materna, as autoridades religiosas. E você vê crianças, adolescentes, em um fluxo em uma favela às cinco horas da manhã.

E não foi a Polícia Militar que matou aqueles jovens. A gente precisa deixar bem claro e desmontar essa narrativa. Quem matou esses jovens foi o mesmo traficante, o mesmo vagabundo que matou aquela policial militar, que a sequestrou, que apertou aquele gatilho. Foi o mesmo vagabundo, o mesmo tipo de vagabundo que matou o sargento Ruas naquela favela em Paraisópolis.

Eu sei que muitos se incomodam com a presença ostensiva da Polícia Militar, Operação Saturação, mas tenho certeza de que o cidadão de bem, o trabalhador que mora nessa favela, agradece, aplaude o trabalho da Polícia Militar, porque ele pode entrar, pode sair, pode voltar à hora que for necessário e não é esculachado pela polícia.

Quem esculacha é esse bando de vagabundo que usa a população de bem para traficar, para vender tudo quanto é tipo de droga. Covardes que são, se escondem atrás da população, do povo trabalhador.

Meus parabéns aos policiais do 16º Batalhão. Fica aqui consignado.

Parabéns à Polícia Militar do Estado de São Paulo.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado. Convidamos agora o deputado Wellington Moura.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Sr. Presidente, para falar por permuta no lugar do deputado Wellington Moura.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - É regimental. Tem V. Exa. o tempo regimental para falar por permuta no lugar do deputado Wellington Moura, no Grande Expediente.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Boa tarde a todos. Venho esta tarde mostrar onde começou essa tragédia, onde é que começa tudo isso, a tragédia desse pancadão com nove jovens mortos, o que não nos alegra, de forma alguma. A gente fica triste com a morte de jovens assim, mas que são vítimas do crime também. Vou mostrar onde começa. Começa aí. Solta esse vídeo para mim, por favor.

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

* * *

 

Está aí. Dá para entender agora onde é que começa tudo isso? É nesse conjunto de problemas da família. Se essa mãe vai repreender esse filho, estaria todo mundo falando, vem Lei da Palmada, vem uma série de coisas. É um desrespeito total. Hoje, é o filho que repreende a mãe. É isso o que está acontecendo, deputados.

É o filho que repreende a mãe e a mãe não pode dar uma palmada, não pode puxar a orelha. Não, porque tem a Lei da Palmada, esse conjunto de porcaria que a esquerda fez, tirando a autoridade dos pais, colocando sexualização dentro das escolas, trabalhando nas famílias, destruindo a nossa família. E aí a gente vê falta de respeito com os policiais, falta de respeito com qualquer tipo de autoridade.

A gente fica impressionado quando esse pessoal da esquerda sobe aqui e vem falando do meu amigo deputado Gilmaci Santos, sabe, com intolerância religiosa, e quer respeito. Eu respeito quem me respeita. É assim, é plantação e colheita. Não dá para baixar a cabeça, não dá para ficar calado com essas palhaçadas que o PT colocou e essa esquerda nojenta colocou nas nossas famílias, dentro dos colégios.

Então cria uma sociedade rebelde, deputado Gil Diniz, meu amigo Frederico d'Avila, que está aqui, meu amigo Douglas Garcia, deputados que estão aqui e que sabem muito bem o que a gente está falando. É revoltante esse tipo de atitude. Aí sobem alguns aqui querendo fazer festa na morte de nove adolescentes.

Por sinal, vi algumas reportagens também, deputado Gil, vi algumas reportagens de algumas mães dizendo assim: “O meu filho disse que ia a uma pizzaria, eu não sabia que meu filho estava no pancadão”. Por quê? Justamente pelo vídeo que a gente acabou de assistir agora.

Os pais não repreendem mais os filhos, não têm mais autoridade, e aí entra a lei contra palmadas, lei de uma série de coisas que deixa de ter autoridade de pais com filhos. Os alunos não respeitam mais os professores em sala de aula, os filhos não respeitam mais os pais.

Cresce, como esse vídeo que nós acabamos de ver agora, que o deputado Frederico e o Coronel Telhada colocaram também, a Polícia entrando em favela e sendo ali... Dá até raiva isso, rapaz. O policial tem que sair dali porque jogam pedra, pau, garrafa. Se um policial dá um tiro em um camarada desse, se mata um camarada desse, é errado, o policial agiu errado, mas ele pode ser hostilizado dessa maneira, porque não existe mais respeito na sociedade.

 Aí dizem: “Ah, porque é tradicionalista, porque é conservador”. Sou sim, sou com muito orgulho conservador, sou com muito orgulho tradicionalista sim. Sou a favor que nós tenhamos responsabilidade e autoridade sobre os filhos, porque toda essa porcaria que o PT vem fazendo e a esquerda vem fazendo é simplesmente tirar a autoridade de pais com filhos, e alguns morreram nessa tragédia, infelizmente, por causa desse primeiro vídeo que eu coloquei, o vídeo de um filho batendo na mãe e a mãe dizendo “O que é isso?”, e alguém filmando.

Se essa mãe resolve dar uns tapas nesse menino, meu Deus, aí vem direito dos manos, direito das manas, direito de todo mundo. “Não pode, não pode fazer isso!”. Aí vem um psicólogo qualquer aí dizendo: “Não, nós temos que entender, essa criança é rebelde”.

É rebelde por falta de puxão de orelha, é rebelde por saber que tem que respeitar pai e mãe. Eu tenho um filho de 27 anos de idade, que tem filho e é casado, e nunca levantou a voz para mim. Pergunta se ele me ama. A minha filha é a mesma coisa, porque eu ensino autoridade aos meus filhos, eles sabem quem é pai e quem é filho.

Até hoje eu nunca levantei a voz para os meus pais. O meu pai tem 72 anos, e a minha mãe tem 70. Estão lá em Pernambuco, naquela terra maravilhosa, e nunca levantei a voz para eles, porque fui ensinado a respeitar pai e mãe, me foi ensinado respeitar os mais velhos, me foi ensinado o respeito com o próximo. É isso que essa nojeira dessa esquerda fez com o nosso país.

Muito obrigado a todos.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado Altair Moraes. Tem a palavra o deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Deputado Paulo Lula Fiorilo. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputado Rafa Zimbaldi. (Pausa.) Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Por permuta, deputado Douglas Garcia.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL – SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, Sr. Presidente. Quero cumprimentar todos aqui, nobres pares, servidores da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, público que nos assiste na TV Alesp e também que nos acompanha aqui na galeria da Assembleia Legislativa.

Senhores, este jovem que vos fala viveu durante 24 anos na favela do Buraco do Sapo, na Facchini. Para quem não conhece, fica na zona sul da cidade de São Paulo, próximo à cidade de Diadema, na divisa entre São Paulo e Diadema.

A minha vida inteira eu vivi naquela região e eu sei muito bem o inferno que é ter que lidar todo santo dia com baile funk. Eu tive aqui alguns deputados que falaram a sorte que algumas pessoas têm de ter apenas ao final de semana. Mas não. No Buraco do Sapo era todo santo dia tocando baile funk.

E quem era o principal prejudicado? É claro, era o trabalhador, era o pai de família, era o pobre que mora na favela, que mora na comunidade e tem que passar, infelizmente, por essa desgraça que é ouvir essas letras de baixaria, de podridão, parecendo inclusive com o discurso de uma deputada, que foi dito recentemente nessa Assembleia Legislativa. Essa reprodução sonora pornográfica que tocam noite adentro e que, infelizmente, a população é obrigada a ouvir.

Então, eu venho aqui a essa tribuna, primeiro para colocar que é o seguinte, eles querem responsabilizar a Polícia Militar do Estado de São Paulo diante do que aconteceu em Paraisópolis, onde nove jovens morreram. Infelizmente foi uma tragédia. Ninguém está feliz com o fato de nove jovens terem morrido, porque são nove vidas, porém eles estão colocando a culpa, adivinhem em quem? Na Polícia Militar.

Novamente a Polícia Militar do Estado de São Paulo levando a culpa sobre algo que, inclusive, aqueles que tanto criticam, influenciam, que é a questão do baile funk. Ou vocês vão dizer que não sabiam que é justamente nos bailes funk onde o crime organizado consegue dinheiro através do tráfico? Isso é uma coisa óbvia. Acordem para a realidade!

Eu vi aqui os deputados falando que são contra o crime organizado. Precisamos batalhar contra o crime organizado. Beleza. Primeiro ponto para ser contra o crime organizado: você tem que ser contra os bailes funk. Segundo, para ser contra o crime organizado você não pode ser comunista.

E terceiro, você não pode ser hipócrita, porque semana passada estava aqui, achincalhando o governador do estado de São Paulo, dizendo “ai, porque o governador, ele é contra PM, vejam só os 5% de reajuste salarial”.

Não estou falando aqui da deputada Adriana Borgo nem do Sargento Neri e nem daqueles que foram eleitos pela classe policial militar, estou falando, especificamente, da bancada do PT e do PSOL. Eu falo mesmo, não tenho medo e direciono aos partidos responsáveis, porque são hipócritas sim.

Semana passada estava dizendo que defendia os policiais militares, atacando o governo do estado. Hoje estão aqui, falando que os policiais militares são o quê? São assassinos. Olha só a forma como a deputada Isa Penna se portou aqui em cima: “Existe um plano deliberado de assassinar a juventude pobre, negra e periférica e esse plano sai por parte do estado, através desses agentes”.

Relacionando ao que aconteceu lá na favela de Paraisópolis. Diz, com todas as letras, que a Polícia Militar entra na favela para matar aqueles que são pobres. E essa mesma deputada, semana passada, estava aqui dizendo que defendia os policiais militares.

Eu trago esse aviso à categoria de policiais militares do meu Brasil, não acreditem em discurso de esquerdistas, porque eles são mentirosos, falaciosos, inventam coisas que não têm nada a ver e querem levar vocês ao erro. É isso que eles fazem. E eu digo mais, está aqui, o governador falou que determinou à Secretaria de Segurança Pública que investigue a reação legítima da Polícia Militar.

Não é para investigar a reação da Polícia Militar. É para investigar quem, sim, organizou aquele baile funk no bairro de Paraisópolis. Tem que investigar quem estava distribuindo drogas, quem estava permitindo com que jovens de 16, 14 anos consumissem bebida alcoólica.

Então, já deixo aqui o convite para o Major Mecca, capitão Conte Lopes, todos aqueles que fazem parte da bancada da bala, para que assinem, junto comigo, uma representação provocando o Ministério Público, principalmente a Vara da Infância, a Promotoria da Infância e da Juventude, porque eles precisam investigar quem foi que promoveu esse baile funk e por que estava lá a presença de crianças e menores. Porque, se vocês não sabem, isso é contra a lei. Isso é crime.

Meu Deus do céu! Estão investigando os policiais militares por uma reação legítima. Este país virou o quê? Agora é o poste urinando no cachorro? Para filmar irregularidade de PM, aparecem câmeras até no inferno.

Para filmar irregularidade de policial militar, aparece câmera de onde quer que seja, mas para filmar um professor dizendo, na sala de aula, que a Polícia Militar é assassina, é fascista, que mata pobre e negro, aí não pode. Aí você está trabalhando contra a liberdade de cátedra. Aí você está atacando professor.

Ora essa, o instrumento que bate em Chico também deve bater em Francisco. Estou trocando aqui as palavras, deputado Carlão, porque, infelizmente, eu fui proibido de falar algumas coisas aqui na Assembleia, que levam à conotação de outras palavras, já que agora minhas palavras, as minhas falas estão sendo extremamente perseguidas, então, a gente tem que mudar.

Estou protocolando hoje, nesta Assembleia Legislativa, uma moção de repúdio à Rede Globo, que passou esta tarde inteira, a manhã inteira, e o final de ontem inteiro, o tempo todo falando mal da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Trago, sim, uma moção de repúdio, porque o que acontece na Rede Globo é um jornalismo podre.

É um jornalismo fétido, é um jornalismo que precisa ter um fim. Eu torço a Deus para que na próxima concessão o presidente da República em vigor não venha a dar esse poder à Rede Globo, para que acabe essa porcaria que, infelizmente, traz desinformação ao povo.

Temos aqui, senhores, também, uma lei que já foi aprovada, para fazer que a PM tenha que dar fim aos pancadões, quando eles acontecem. Mas eu trago mais, não apenas essa lei, como todos aqueles agentes públicos que, através de acordinhos, infelizmente isso acontece, esses agentes públicos que deixam esses pancadões acontecerem, também devem ser criminalizados, também devem ser tratados como bandidos, porque quem faz conluio com o crime, criminoso também é.

Eu já aviso aqui, à bancada de esquerda, que, se vier qualquer moção ou propositura nas comissões, contra os PMs do 16º Batalhão de Polícia Militar, eu vou obstruir. Vou trazer, sim, o voto contrário maior do que o livro do Senhor dos Anéis, que é para passar aqui dois meses lendo.

E se acharem ruim, o problema é seu. Estou cansado de tanto esta Casa trabalhar em defesa dos bandidos. Esta legislatura não vai ser assim, e conto com o apoio de todos aqueles que defendem os policiais militares.

Ora, os deputados de esquerda chamam o baile funk de “expressão artística”, porque nenhum deles mora na favela. É porque nenhum deles mora em Paraisópolis. É muito simples defender que esse tipo de expressão artística aconteça, quando você está lá na sua casa, no conforto da sua casa, dormindo tranquilo, enquanto o pobre está se ferrando todo santo dia, graças a essa porcaria, essa desgraça que não representa em nada expressão artística no nosso país.

E eu digo que quem matou esses nove jovens, na favela de Paraisópolis, não foi a Polícia Militar. Quem matou esses nove jovens na favela de Paraisópolis foi, sim, o crime organizado, que é financiado através do tráfico de drogas, muito bem vendidas em bailes funk.

É por isso que o baile funk tem que ter um fim. Não podemos mais permitir que isso se propague no estado de São Paulo, no Brasil. A população não aguenta mais. Isso não é expressão artística. Isso não é expressão de arte. Isso é uma incultura. Isso tem que acabar. É o pedido da população, não só do estado de São Paulo, mas do Brasil como um todo.

Olhem a que ponto isso chegou. O capitão Conte Lopes tem toda razão. Não foi apenas uma vez. Outras vezes acontecerão também, infelizmente, infelizmente. Falar que a Polícia Militar entrou na favela dispersando aquele evento é muito fácil, mas dizer que simplesmente recebeu ataques de outros dois meliantes, que estavam atrás, até agora não vi ninguém falar sobre isso na imprensa.

Até agora não vi a Rede Globo se posicionar a respeito. Bando de hipócritas, lavem as suas bocas para falar da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Não basta os nossos PMs receberem um baixo salário, agora têm que enfrentar também esse bando de hipócritas que, infelizmente, aparelharam não somente as comissões de direitos humanos, não somente os conselhos de direitos humanos, a imprensa, e agora estão aqui, querendo fazer discurso a favor da polícia, quando são radicalmente contra a polícia.

Esperamos que tanto a representação no Ministério Público, quanto a representação que nós abriremos em defesa dos nossos policiais militares, dê prosseguimento, e aqueles verdadeiros culpados pelas mortes que aconteceram na favela de Paraisópolis sejam devidamente punidos.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado Douglas.

 

O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Dizer, deputado Douglas, primeiro, que a Polícia Militar de São Paulo naquela noite participou de 249 outras ações para acabar com os bailes funk. Baile funk não é lazer; baile funk é vender droga.

O que um menino da Vila Madalena de 14 anos, 16 anos, estava fazendo lá tão longe assim de casa? Então eu acho que isso tem uma coisa, foi uma tragédia. É muito triste para as famílias desses jovens ou adultos que faleceram, mas o que a gente tem que ter é que a Polícia Militar foi agredida e entraram correndo no meio da favela.

A primeira pergunta que nós temos que fazer: tem alvará para fazer o baile funk? Não tem. Tem controle de idade para entrar no baile funk? Não tem. É venda... Eu nunca morei na favela e eu não conheço. Você é uma prova viva disso, como o Gil também me disse que conhece muito de perto, de vizinho de casa dele.

Ali é um antro de venda de álcool e droga para a meninada. É por isso que essa meninada, infelizmente, vai atrás desse tipo de barulho e que acaba com os vizinhos, acaba com a família. Então eu acho que nós temos que defender a Polícia Militar. Esse fato tem que ser apurado. Vai ser apurado e vai ser apurado que eles estavam corretos.

 Lógico que quando você tem aquelas vielas, infelizmente, aqueles jovens foram pisoteados pelos outros que estavam lá. E os traficantes, pode ter certeza que saíram muito bem nisso, por isso que querem... E uma nota de repúdio enorme... Eu espero que o governador João Doria não reconduza esse mau caráter desse ouvidor da Polícia que está aqui hoje.

Eu espero que isso não aconteça, porque é um mau caráter ele dizer que era o único lazer que aquela população tem e não foi isso que mostrou. Então quer dizer, é uma falta de responsabilidade uma pessoa que é ouvidor da Polícia falar uma asneira desse tamanho.

Eu espero que o governador João Doria, que essa semana ou no máximo semana que vem terá que reconduzir ou não, não faça a recondução desse mau caráter desse ouvidor público.

Então parabéns, Douglas. Eu só quero me solidarizar. Acredito no comando do coronel Salles. Eu acho que ele tem um comando firme com a Polícia Militar. Se houve excessos, têm que ser corrigidos, mas não venha me dizer que a morte dessas crianças foi por causa da ação da polícia. A polícia estava lá primeiro para se defender e depois para prender os meliantes que estavam ali.

Obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado. Deputado Carlão, deputado Douglas, este deputado, esta Presidência também se solidariza com V. Exas. nesse mesmo projeto, nesse mesmo propósito, em defesa aqui da Polícia Militar, que sempre tem agido da forma como tem que se agir e é isso que nós esperamos cada vez mais.

Lamentamos as mortes dos jovens. Não deveriam acontecer, mas não podemos criminalizar a Polícia Militar, que não é isso que nós acreditamos e vemos.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Dizer que nós estávamos agora na audiência pública, bastante representativa. O que eu pude observar ali é exatamente o que as entidades estão colocando: é a ausência do debate mesmo e a celeridade com que a Casa está levando uma matéria tão complexa, que é a Previdência.

E ontem também, tive a oportunidade de estar olhando a emenda constitucional e para susto meu eu pego numa emenda constitucional, deputado... As condições de readaptação do funcionário público como proposta de emenda constitucional são para mim lamentáveis. Porque readaptação não é para ser regra; é para ser uma exceção e foi colocada na proposta de emenda constitucional.

É uma espécie de questão de tirar mais um direito, como se a gente quisesse adoecer. Não tem como, porque vai para readaptação quem não tem condições, quem apanhou de aluno, sofre de síndrome de pânico, não consegue mais ir para as salas de aula.

Aí ele vai fazer um outro trabalho pelo mesmo salário que ganhava nas salas de aula. Então isso aí para mim é assim uma questão de Direitos Humanos, essa questão do direito, pelo menos, da pessoa poder se cuidar quando ela não tem condições de estar no serviço público como ela gostaria de estar.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para fazer uso da tribuna pelo Art. 82.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Tem V. Exa. o tempo regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, de volta a esta tribuna, eu quero repudiar veementemente a ausência de representação do governo Doria na audiência pública que está sendo realizada agora no Franco Montoro.

O governo fugiu do debate. Novamente enviou o procurador José Roberto, da São Paulo Previdência, que já veio aqui duas vezes. Ele tem um limite de debate, que é o limite técnico, o limite jurídico.

Queremos debater com o secretário da Fazenda, Henrique Meirelles. Queremos debater com os representantes diretos da Casa Civil, com o chefe da Casa Civil. Porque existem questões maiores do que questões técnicas e jurídicas. Queremos debater a dívida do governo estadual com os servidores.

Queremos debater a dívida ativa do Estado, que já passa de 340 bilhões de reais. Queremos debater a política de desoneração fiscal, que canaliza mais de 20 bilhões de reais para grupos econômicos que nada devolvem para o estado de São Paulo, para o erário público.

Queremos fazer esse debate, Sr. Presidente. Não tivemos acesso a um estudo consistente sobre essa possível dívida - que é uma farsa - da Previdência. Como foi uma farsa a dívida da Previdência Social, que é um absurdo total.

A própria Unicamp já desmentiu e mostrou claramente com dados científicos, com pesquisas feitas por cientistas da área, por economistas, que a Previdência Social, no Brasil, não era deficitária, mas que o Congresso Nacional tinha sido enganado.

Isso ficou provado pelo relatório, Sr. Presidente. Então eu queria fazer esse protesto contra a ausência de representação do governo. O governo não faz um debate sério. Atropela o Regimento Interno da Casa para aprovar, a toque de caixa, uma medida que vai penalizar milhares de servidores e servidoras do Estado de São Paulo.

Sr. Presidente, eu queria também manifestar o nosso repúdio ao que aconteceu na Escola Estadual Professora Maria Aparecida Verissimo - já falei sobre isso na tribuna - lá em São José dos Campos, quando a deputada Leticia Aguiar, do PSL, disse ter feito uma diligência.

Na verdade, gravando toda a sua diligência. Inclusive, intimidando a diretora da escola, que atendeu com muita urbanidade, dando todas as informações, porque a deputada Leticia Aguiar foi fazer uma investigação sobre o projeto pedagógico da escola. Porque ela leu ou recebeu alguma denúncia daquele site Escola sem Partido e percebeu que não tinha nada. Tinha até a Polícia Militar acompanhando a deputada.

Um absurdo o que aconteceu ali. Um abuso de autoridade, inclusive. Porque deputado não pode fiscalizar o projeto pedagógico da escola. Quem faz a supervisão é a própria Diretoria de Ensino, a Secretaria da Educação. Temos Conselho Estadual de Educação, temos coordenação pedagógica, temos gestão escolar, que faz esse tipo de acompanhamento.

Então, invadir uma escola, intimidando a direção e a coordenação pedagógica, é crime de responsabilidade. Isso é abuso de autoridade e tem que ser denunciado. Foi o que aconteceu na escola em São José dos Campos.

Agora a diretora, que estava exercendo o cargo naquele momento, a professora Ana Lúcia, adoeceu, porque está sendo perseguida agora pelas redes sociais, ameaçada, por essa irresponsabilidade, de se fazer uma denúncia vazia, leviana, contra uma escola que tem um projeto pedagógico muito importante.

Agora a ação da deputada joga a comunidade contra a escola e contra a professora Ana Lúcia, que está sendo perseguida, está sendo vítima de assédio, de agressões. A honra dela está sendo colocada em risco. Há uma difamação em cima da diretora, por conta desse tipo de procedimento.

É uma professora séria, uma professora conceituada, que está sendo prejudicada por esse tipo de ação, por abuso de autoridade, Sr. Presidente. Porque isso continua na internet, e a diretora, a professora Ana Lúcia, continua sendo vítima desse tipo de ameaça. Outro dia, uma mãe tentou agredi-la dentro da escola, porque foi influenciada por uma denúncia vazia e absurda.

Então, deixo aqui a nossa posição e faço um apelo para que a deputada Leticia Aguiar se retrate em relação a isso nas suas redes sociais, porque a atitude dela está fazendo muito mal para uma educadora e para uma escola pública de São José dos Campos.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado. Com a palavra, ainda no Grande Expediente, a deputada Carla Morando. (Pausa.) Por permuta, deputada Monica da Bancada Ativista.

 

A SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Nove ou 11 mães jamais conhecerão o que é a palavra “sossego”. A Operação Pancadão, política do governador João Doria para as periferias, para as favelas, vitimou, apenas em Paraisópolis, no último mês, 11 pessoas. As nove mortas ontem; um sargento há mais de um mês; e o seu apontado como executor, que foi morto no mesmo dia.

Onze pessoas mortas num estado que ainda não reconhece a vida como um direito. Fala de sossego, mas a vida como um direito ainda não. Hoje pela manhã, eu estive com familiares, estive com mães, estive com adolescentes presentes na madrugada de sábado em Paraisópolis, e tenho certeza absoluta de que essas mães jamais voltarão a conhecer o sentido da palavra “sossego”.

E eu acho que a gente tem um culpado explícito de todas essas mortes, de todo esse sangue, de todas essas lágrimas: é o governador do estado de São Paulo. Porque, no mínimo, é negligente e incompetente.

Uma operação para lidar com um lugar que tem cinco mil pessoas e que provoca pânico, não prende ninguém, não aponta culpados e vitimiza nove pessoas. Essas nove vidas importam e devem ser cobradas por nós. Essas 11 vidas importam e devem ser cobradas por nós.

Não é legítimo que a política do estado contra o som alto nas periferias, contra a aglomeração de pessoas seja a morte. E qualquer discurso que legitime qualquer uma dessas mortes é política de morte, é perpetuação de uma ausência de um plano de Segurança Pública. Existem protocolos para lidar com lugares com muita gente. Existem protocolos, e o comandante da Segurança Pública conhece muito bem.

A gente viu, durante o carnaval, aqui mesmo, na cidade de São Paulo, o município usar água para evadir. A gente vê cotidianamente, em Moema, Vila Madalena, as ruas lotadas de pessoas, e o estado lidando com isso de uma forma completamente diferente.

E não tem justificativa dizer que defende um ou que defende outro, porque todas as pessoas estão sujeitas à morte naquele lugar. Naquele lugar aonde não chega nada, onde não tem política pública para entretenimento, cultura, lazer, esporte, todas as pessoas estão com a vida em risco.

Vir aqui dizer que defende um e que defende outro e que defende não sei o que é ignorar que todos podem morrer, a qualquer momento. E que ninguém tem a vida como um direito inviolável, ainda, para o estado de São Paulo. A Operação Pancadão tem sangue de 11 pessoas na mão.

O estado de São Paulo é responsável por essas 11 vidas de todos os lados porque não planeja, porque não tem protocolo, porque não tem apreço às vidas. É por isso que esta Casa tem que investigar. Por isso que a gente pede hoje a abertura de uma CPI. Estão investigando um monte de coisa nas CPIs.

E a gente está cansada de saber que essas CPIs são fakes. Houve uma fila aí no começo do ano para garantir que o governo e os 20 anos do governo do PSDB não sejam investigados. Mas se querem proteger qualquer vida, qualquer vida, a gente tem que começar a caminhar para evitar que esse Estado vire o Rio de Janeiro; qualquer vida.

Os trabalhadores da Segurança Pública precisam ter protocolos que não atirem para a morte jovens periféricos que não têm acesso a transportes, que não têm acesso à cultura, que não têm acesso à lazer e que se divertem num sábado à noite num baile Funk tem que ter direito à vida. E as pessoas que querem sossego devem contar com o planejamento do Estado para organizar a sociedade.

É o mínimo que nós temos que fazer aqui: organizar a sociedade, organizar o cotidiano e garantir que vidas sejam direitos invioláveis para todas as pessoas. Eu conheço uma das vítimas. Um garoto de 16 anos, trabalhador, que sonhava entrar na universidade, estava estudando. Era a primeira vez que ele ia a um baile Funk. Eu, Monica, deputada, gosto de funk, ouço funk.

Agora que sou deputada e moro num condomínio, as crianças do condomínio de classe média que eu moro dançam funk, gostam de funk. E essas crianças, como esse menino que morreu, não têm culpa da falta de gestão desse Estado. Um estado que não oferece alternativas, não oferece inclusão, não oferece renda, não oferece cultura, não oferece lazer, não oferece espaço e, ao mesmo tempo, não entram aonde estão de fato os verdadeiros criminosos.

O Estado não combate as milícias, não combate os grandes traficantes, sequer tem inteligência, porque não investe em inteligência. A Polícia não conta com inteligência, porque a Polícia Civil, que é responsável por investigar crimes de morte, está desmontada. E isso é um projeto.

Um projeto que nos diz que a Polícia Militar tem que matar e que tem que morrer para a elite não ouvir o barulho do funk, mas que depois de morta ninguém se importa por essas vidas porque ninguém vai investigar. Não tem força de trabalho para investigar essas mortes.

Esse garoto tinha um sonho. Sua família tinha um sonho, assim como o meu filho tem um sonho, assim como eu tenho um sonho.  E o seu único crime foi gostar de funk e por gostar de funk não pode ser punido com pena porte.

Quem concorda com isso é conivente com a barbárie. Quem concorda com isso é conivente com o estado que viola vidas, com o estado que acha que a pena de morte é uma pena razoável para qualquer sinal de ebulição cultural, ebulição cotidiana.

E volto a repetir: se a ação de ontem não foi planejada, demonstra que o problema é bem pior, porque o Governo do Estado de São Paulo, e o secretário de Segurança Pública não têm competência para gerir as polícias.

E deve ser por isso que se justifica numa ação com vídeos bárbaros, rolando pela internet, de pessoas sendo agredidas aleatoriamente sem esboçar nenhuma resistência. Cassetetes, socos, chutes, encurraladas em becos e sendo pisadas.

Se isso não foi um projeto, então, aí mesmo que a gente tem que exigir a derrubada do secretário de Segurança Pública porque ele não porque ele não tem competência para gerir a Segurança Pública do estado de São Paulo. Esta Casa deveria estar de luto.

Esses jovens deveriam estar sendo velados aqui no Hall Monumental como foi o Gugu. Foi uma tragédia, foi um massacre, e o sangue dessas pessoas é nossa responsabilidade.

A ausência de competência das instituições em São Paulo, do governo do estado de São Paulo, e a falta de interesse da Assembleia Legislativa por um plano de segurança que preserve vidas é responsável, indiretamente, por 11 mortes, e essas mortes vão continuar enquanto a gente não refletir sobre a nossa responsabilidade sobre o caso, enquanto, de fato, a gente não tiver um plano verdadeiro e factível para preservação de vidas e a organização cultural das pessoas para o uso da cidade e pela vida da juventude.

A Bancada Ativista faz parte do Comitê contra o Genocídio da Juventude, da Unicef, aqui nesta Casa, e a gente está escrevendo para todas essas instituições, inclusive para a ONU, exigindo que o governo do estado de São Paulo explique como é que a gente chegou em uma ação, não vou chamar de desastrosa, mas lamentável, como a que ceifou nove vidas de jovens inocentes ontem, em Paraisópolis.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputada.

 

O SR. ADALBERTO FREITAS - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente. Queria indicar o nobre deputado Douglas Garcia, para falar pelo Art. 82.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Tem a palavra o deputado Douglas Garcia, para falar pelo Art. 82, pela liderança do PSL.

 

O SR. ADALBERTO FREITAS - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para fazer um comunicado.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Tem V. Exa. a palavra para o comunicado.

 

O SR. ADALBERTO FREITAS - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Gostaria só, brevemente, de falar que quando uma policial militar negra, também bissexual, na ocasião, foi morta dentro da favela de Paraisópolis, eu não vi nenhum partido de esquerda, nem PSOL, nem PT e PCdoB, virem aqui falar da policial que foi morta dentro da favela também de Paraisópolis.

Então, quer dizer, se as pessoas querem defender, elas têm que defender todos que são vítimas, e não uma ou outra pessoa. Então, é muito bom o pessoal que está nos assistindo aqui, para ver que há uma certa seletividade dos partidos de esquerda.

Eles só defendem quem interessa a eles, que, está na moda, que é para poder chegar e aparecerem na televisão. Aparecer nas redes sociais é importante. Agora, quando a policial foi assassinada lá, eu estava aqui, e não vi ninguém vir aqui defender.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

A SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL - Para uma breve comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Deputada Monica, nós vamos encerrar o Grande Expediente. Pode ser depois da fala do deputado Douglas? Nós vamos encerrar, senão não dá tempo. Por favor.

Obrigado, deputada.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL – PELO ART. 82 - Muito obrigado, Sr. Presidente, novamente eu subo a esta tribuna. Senhores, reitero aqui, continuando o meu discurso, porque não consegui falar tudo o que queria no Grande Expediente, por isso eu retornei a esta tribuna.

Mais uma vez eu repito, a culpa dos nove jovens terem morrido naquele baile funk não foi do Estado. A culpa daqueles nove jovens terem morrido no baile funk não foi do Estado. Talvez seja do estado, não pela sua atuação, mas pela sua falta de atuação, no sentido de coibir o crime organizado de propagar baile funk nas favelas.

Repito novamente, aqueles que hoje moram em favelas, como aqui eu nasci e cresci, que é o Buraco do Sapo, sabem o que o inferno, ter que tentar dormir e não conseguir, ter que tentar assistir à TV e não conseguir, ter que tentar ler um livro e não conseguir.

Você não consegue ler livro. Você não consegue se concentrar. Você não consegue assistir à televisão, você não consegue cuidar dos seus filhos. Se a sua criança, bebê, se o seu filho menor de idade está lá querendo descansar, querendo dormir, você não consegue fazer com que ele descanse.

A sua mãe, o seu pai, a sua avó, todos aqueles que fazem parte da sua família sofrem com esse mal, com essa desgraça chamada baile funk.

Até quando, senhores, nós vamos viver com esse amálgama? Até quando nós vamos viver com esse mal que existe no estado de São Paulo? Até quando as pessoas vão ter que pedir socorro, às duas, três horas da manhã, ligando na Polícia Militar. “Pelo amor de Deus, me ajuda, porque amanhã eu preciso trabalhar”. “Pelo amor de Deus, me ajuda, porque amanhã eu preciso descansar, eu preciso levar o meu filho para a escola. A minha mãe, que está doente, o meu filho que tá doente, não é obrigado a ter que ouvir essa porcaria tocando aqui a madrugada inteira”.

Isso é uma falta de respeito, e eu repito aqui. Quem concorda com a promoção de baile funk aqui no estado de São Paulo ou em qualquer canto do nosso Brasil é conivente, sim, com o tráfico. É nesses bailes funk que rola adoidado o tráfico de drogas. É aí que o Primeiro Comando da Capital consegue captar seu dinheiro também.

Portanto, eu repito: a morte daqueles jovens, que aconteceu na favela de Paraisópolis, tem consequência direta com o Primeiro Comando da Capital, quando propaga esse tipo de evento nas favelas, aterrorizando a vida daqueles que querem descansar, daqueles que querem ter uma vida, e que simplesmente são apoiados por alguns deputados que sobem a esta tribuna e defendem esse tipo de baixaria. Isso é uma baixaria. Não pode esta Casa Legislativa deixar, simplesmente se imiscuir de trabalhar nisso.

Precisamos trazer o descanso para a população brasileira e, principalmente, também questionar onde está o Estatuto da Criança e do Adolescente, porque tenho certeza absoluta de que se isso acontecesse dentro de, por exemplo, uma balada, teríamos sim uma resposta rápida, imediata, do Conselho Tutelar, do ECA, da Promotoria da Infância e da Juventude, porque temos um responsável a quem veicular a responsabilidade, a culpa.

Pergunto aos senhores: quem é o responsável por propagar um baile funk em uma favela como Paraisópolis? Por que não é cobrado da mesma forma que se cobra para ter uma balada, por exemplo, em bairros mais nobres? Por que não temos também um responsável por organizar aquilo que acontece nas favelas? Essa pessoa deve responder.

Quero saber onde está o Estatuto da Criança e do Adolescente, a Promotoria da Infância e da Juventude. Cadê vocês? Conselho Tutelar, pelo amor de Deus! Jovens de 14, 15 ou 16 anos estão morrendo graças a esses bailes funk que acontecem na favela. Pela simples ausência de vocês em cobrarem os verdadeiros responsáveis é que eles estão descendo ao caixão.

Sim, de fato, é para ficar de luto, mas esse luto, principalmente, senhores, eu trago a esta Assembleia - já que gostam tanto de falar em corresponsabilidade - a corresponsabilidade sobre todos aqueles que nunca falaram um A contra esse tráfico de drogas que acontece nos bailes funk.

E eu trago a esta tribuna também as centenas de vidas de jovens policiais militares que morrem na mão do tráfico, que morrem na mão dos bandidos. Trago aqui o nome do soldado PM Willian Barbosa Ribas, negro, policial militar de favela, que não teve o mesmo nível de comoção por parte dos defensores de direitos humanos e da bancada de esquerda em geral quando foi assassinado a pauladas por bandidos que, infelizmente, frequentam esses mesmos lugares baixos, bárbaros e vis que essa militância de esquerda tanto defende, que são os bailes funk.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado Douglas.

 

A SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL - Agora posso fazer uma comunicação?

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Deputada Monica para uma comunicação.

 

A SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Eu sei que, para continuar existindo, para angariar votos e para eleger um presidente despreparado como Jair Bolsonaro, o PSL precisa manter as pessoas com raiva. E agora quer ter um inimigo. Não faz sentido você ter raiva se não tiver um inimigo. E tentam nos colocar como esse inimigo, os lutadores dos direitos humanos.

Mas não estou preocupada com isso, porque sei que meu gabinete recebe tantas mães, mães de vítimas adolescentes que morreram, como mães de policiais mortos em operação. E ele mesmo deu a solução. A dificuldade aqui é a falta de um plano para preservar vidas e preservar a infância.

Quero perguntar aos deputados se eles conhecem a Rua Augusta. Já foram à Rua Augusta de madrugada? Também acho que o Conselho Tutelar deveria dar uma passada por lá. Já deram uma volta na Vila Madalena? Já viram ação policial assim? Tem senhores também lá, com mães idosas, querendo dormir, mas nem por isso as pessoas saem mortas de uma noitada na Vila Madalena.

O que a gente precisa é de um plano, um plano para lidar com os problemas, cuidar das crianças como elas devem ser cuidadas; fortalecimento, sim, do Conselho Tutelar; fortalecimento, sim, da Saúde, para cuidar dos dependentes; fortalecimento da inteligência para identificar os verdadeiros criminosos.

E tenho certeza de que eles são engravatados e estão bem longe da favela. A milícia recebe homenagem de alguns parlamentares, mas a gente quer ver o estado paralelo cair. Para o estado paralelo cair, a gente precisa responder quem é responsável pela morte da policial, quem é responsável pela morte desses adolescentes é o estado, que comemora e continua encastelado enquanto vidas continuam a ser ceifadas.

A nossa responsabilidade é fortalecer o Conselho Tutelar, e eu conto com o senhor, agora, para defender a primeira infância, mas para proteger a vida dessas crianças e a vida desses policiais, o que passa por plano decente - que não existe no Brasil - de Segurança Pública.

 

A SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL - Não havendo mais nada, Sr. Presidente, queria pedir o levantamento da presente sessão.

 

 O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - É regimental, Sra. Deputada. Havendo acordo de lideranças aqui em plenário, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, antes de dar por levantados os trabalhos, convoco V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de quinta-feira, lembrando-os ainda da sessão extraordinária a realizar-se hoje às 19 horas.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 16 horas e 35 minutos.

           

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