17 DE DEZEMBRO DE 2019
167ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: GILMACI SANTOS e CAUÊ MACRIS
Secretaria: LECI BRANDÃO
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - GILMACI SANTOS
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - LECI BRANDÃO
Agradece pelos serviços prestados por servidores e
parlamentares desta Casa. Valoriza a democracia. Comenta realizações de seu
mandato.
3 - DR. JORGE LULA DO CARMO
Discorre acerca de realizações de seu mandato, como
parlamentar desta Casa. Afirma representar a população de São Paulo. Agradece a
todos que contribuíram com o seu mandato. Valoriza o respeito nesta Casa.
4 - CARLOS GIANNAZI
Tece comentários sobre o PLC 74/19. Discorre acerca de escola
estadual, em Barueri, que teria tido aulas suspensas no período noturno. Afirma
que estudantes reagiram ao fechamento. Exibe vídeo de abordagem policial a uma
educadora. Afirma que o agente da Polícia Militar teria intimidado a docente.
5 - MÁRCIA LULA LIA
Exibe vídeo de abordagem policial a uma professora da rede
estadual de ensino. Defende a educadora. Discorre acerca de abordagens da
Polícia Militar, que, a seu ver, são agressivas. Comenta que fora abordada por
policiais, no ano passado. Assevera que a população é intimidada pela
categoria.
6 - ALTAIR MORAES
Tece críticas à cantora Ludmilla, pela música
"Verdinha". Afirma que a canção faz apologia ao consumo de drogas.
Declara-se contra a liberação da maconha.
7 - DOUGLAS GARCIA
Afirma não concordar com a postura de policial durante
abordagem a uma professora, em Barueri. Valoriza a Polícia Militar. Reafirma
que o Brasil não é um país homofóbico e racista. Lastima ataque homofóbico à
ativista Karol Eller, em 15/12.
8 - LECI BRANDÃO
Afirma que o Brasil é um país racista. Lastima a postura de
agente militar durante abordagem a uma educadora, em Barueri. Parabeniza o
deputado Carlos Giannazi pela exibição de vídeo relativo ao fato. Tece
comentários acerca de bailes funk. Rebate discurso do deputado Douglas Garcia.
9 - ROBERTO MORAIS
Lamenta a morte de policial militar, vítima da criminalidade
urbana. Afirma que o responsável pela morte do agente da Polícia Militar fora
morto. Comenta que o governador João Doria deve estar presente em inauguração
de um Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar, em Piracicaba.
10 - ROBERTO MORAIS
Solicita a suspensão da sessão até as 16h30min, por acordo de
lideranças.
11 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Defere o pedido e suspende a sessão às 15h21min.
12 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Reabre a sessão às 16h32min.
13 - CARLOS GIANNAZI
Pelo art. 82, apela aos deputados para que possam aprovar o
PLC 74, referente aos servidores da Procuradoria Geral. Afirma que os mesmos
estão com os salários defasados há muito tempo. Denuncia a Secretaria Estadual
de Educação pelo fechamento de salas, turnos e escolas em diversos locais do
estado. Lamenta a transferência de alunos para escolas mais distantes de suas
moradias. Menciona ocupação de escola, em Barueri, para evitar o seu
fechamento. Diz ter sido a ação efetiva. Critica a agressão de professora negra
da Rede Estadual de Ensino por policial. Ressalta a situação da Educação no
estado de São Paulo.
14 - CAMPOS MACHADO
Pelo art. 82, lamenta a ausência do deputado Arthur do Val em
plenário. Informa que o mesmo foi entrevistado pela revista Vejinha no último
domingo. Lê trecho da entrevista do deputado. Diz ter protocolado um ofício
para que o deputado informe quais são os gabinetes que têm rachadinha e onde
estão os nepotismos cruzados. Considera sua obrigação tomar atitude, como
membro do Conselho de Ética da Casa. Afirma que, indiretamente, todos os
gabinetes estão sendo acusados. Esclarece que o deputado terá que provar o que
disse na entrevista. Ressalta que o mesmo ofendeu todos os deputados. Destaca
que, se não for provado pelo deputado, está disposto a ir até o Judiciário
contra ele.
ORDEM DO DIA
15 - LETICIA AGUIAR
Para comunicação, parabeniza a Comissão de Constituição e
Justiça da Câmara dos Deputados, por ser a favor do voto impresso, já para as
próximas eleições. Afirma que esta medida atende o clamor popular. Diz que os
eleitores se sentem mais seguros. Menciona o envio de moção em apoio ao voto
impresso. Parabeniza o capitão Pontes, da Polícia Militar, pela sua promoção a
major. Valoriza esta importante promoção. Destaca a importância do trabalho
realizado nesta Casa.
16 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Parabeniza o major Pontes pela promoção. Encerra a discussão,
coloca em votação e declara aprovados, requerimentos de urgência: ao PDL 33/19;
e PLs 1321 e 1320/19. Coloca em votação e declara aprovados requerimentos: do
deputado Castello Branco, de criação de comissão de representação com a
finalidade de participar de cerimônia de transmissão do cargo ao vice-almirante
Cláudio Henrique Mello de Almeida, a realizar-se entre os dias 16 e 17 de dezembro,
na cidade do Rio de Janeiro; e do deputado Itamar Borges, para a constituição
de comissão de representação, para participar da primeira reunião de Diretoria
Executiva e posse da nova presidente da Unale, deputada Ivana Bastos, eleita
para a gestão 2020/2021, a realizar-se no dia 10 de fevereiro de 2020, em
Brasília.
17 - WELLINGTON MOURA
Solicita a suspensão da sessão por 30 minutos, por acordo de
lideranças.
18 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Anota o pedido. Convoca a Comissão de Fiscalização e Controle,
para uma reunião extraordinária, a realizar-se hoje, às 16 horas e 55 minutos.
Defere o pedido do deputado Wellington Moura e suspende a sessão por 30 minutos
às 16h50min; reabrindo-a às 17h26min. Convoca os Srs. Deputados para uma sessão
extraordinária, a realizar-se hoje, dez minutos após o término desta sessão.
19 - DELEGADO OLIM
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
20 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária de amanhã, à hora regimental, com Ordem do Dia. Lembra a realização
de sessão extraordinária a realizar-se hoje às 19 horas. Levanta a sessão.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Gilmaci Santos.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a
proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a
leitura da Ata da sessão anterior e convida a nobre deputada Leci Brandão para
ler a resenha do Expediente.
A
SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - Sr. Presidente, temos
dois requerimentos aqui. O primeiro é do nobre deputado Itamar Borges, com votos
de congratulações com a população de Miguelópolis pelo aniversário do
município, a ser comemorado no dia 14 de janeiro. Requer também que dessa
manifestação seja dada ciência ao Sr. Prefeito, ao vice-prefeito, ao Sr.
Presidente da Câmara Municipal e a todos os seus pares.
O outro requerimento é do nobre
deputado Gil Diniz. Requer que seja registrado nos Anais desta Casa um voto de
congratulações com a população de Maracaí, pelo aniversário do município, a ser
comemorado dia 19 de dezembro. Requer ainda que desta manifestação seja dada
ciência ao Sr. Prefeito, Eduardo Correa Sotana e ao Sr. Presidente da Câmara
Municipal, Luiz Fernando de Oliveira.
Está lida a resenha, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Muito obrigado, nobre deputada Leci Brandão. Passamos, então, ao nosso Pequeno
Expediente convidando, para fazer uso da palavra, o nobre deputado Delegado
Olim. (Pausa.) Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Alex de
Madureira. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. Tem V. Exa. o tempo regimental no
Pequeno Expediente.
A
SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Excelentíssimo Sr. Presidente, deputado Gilmaci, Sras.
Deputadas, Srs. Deputados, deputado Carlos Giannazi, aniversariante da semana,
deputado Jorge do Carmo, senhores assessores, membros desta Casa, público que
nos assiste pela nossa TV Alesp e cidadãos que estão na galeria, obrigada pela
presença, continuem sempre lutando, não desistam nunca, permaneçam na luta,
isso é muito importante. É muito importante sempre ter pessoas nessa galeria.
Eu venho a esta
tribuna, Sr. Presidente, para agradecer. Na verdade, hoje eu venho agradecer a
todas as pessoas que nos auxiliaram no cumprimento das nossas tarefas aqui
nesta Casa. Quero agradecer a toda a assessoria do plenário, dos dois lados,
porque a gente não vê, na hora de agradecer aos servidores, quem é de esquerda,
quem é de direita e quem é de centro.
A gente vê as
pessoas que nos ajudam sempre, as pessoas que ficam aqui nos cantos, dando todo
o apoio para nós. Quero agradecer ao conselho jurídico, ao conselho das
mulheres e de comunidades tradicionais do nosso mandato.
Nós temos,
graças a Deus, no nosso mandato muito humilde e muito simples, um conselho da
questão jurídica, das mulheres e, principalmente, das comunidades, comunidades
tradicionais.
Agradeço aos
servidores e servidoras de todas as secretarias e departamentos da Alesp,
principalmente, ao pessoal dos serviços gerais que, afinal de contas, é o povo
que limpa, que lava, e a Casa está sempre dando duro. Faz parte da minha
criação, da minha vida, porque a minha mãe, com muita honra, foi servente de
escola, e eu trato com muito carinho todo esse povo aqui dos serviços gerais,
mesmo.
Quero agradecer
também aos policiais militares, ao pessoal da manutenção, informática, recursos
humanos, enfim, recebam todos os nossos cumprimentos. Que vocês tenham um Natal
abençoado e um ano de muita luz e vitórias.
Quero também
agradecer aos 93 colegas do Parlamento, porque, afinal de contas, se a gente
não entender que nós precisamos uns dos outros, vai haver sempre discussão,
briga e atracação no plenário, e a gente não quer que isso aconteça mais.
Quero dizer o
seguinte: democracia é conviver com as diferenças; quem pensa diferente de mim
não é meu inimigo. A gente usou essa frase na nossa camiseta de campanha. Quem
pensa diferente de mim, absolutamente, não é meu inimigo. Acho que todo mundo
tem o direito de pensar, de viver e gostar do que quiser.
É importante
também dizer que a gente passou de formas distintas, mas nós não somos inimigos
uns dos outros, nós somos colegas de Parlamento, isso é importante.
Tivemos alguns
momentos tristes aqui, neste plenário, e a gente não tem que se orgulhar disso,
mas podemos aprender com os erros e superar as atitudes agressivas que só
prejudicam o povo. O povo é o prejudicado com isso. Que 2020 marque o início da
pacificação e do diálogo.
Ressalto que
foi muito importante - muito importante - o adiamento da votação da reforma.
Foi muito importante, porque as coisas não podem acontecer num atropelo, num
afogadilho.
Não é desse
jeito que o povo quer, não é desse jeito que o povo merece. Vamos ter mais uma
chance de promover o diálogo, ano que vem, e encontrar uma resolução que seja
boa para todas as partes.
Todo mundo tem
que receber pelo menos alguma coisa positiva. A gente não pode só pensar de um
lado e se esquecer do outro, esquecer, inclusive, das pessoas que nos trouxeram
para cá.
Quero
apresentar, Sr. Presidente, rapidamente, um balanço do nosso mandato, que foi
muito produtivo, graças, em grande parte, ao apoio que tivemos dos servidores e
das nossas assessorias.
Afinal de
contas, foram 124 indicações, 13 requerimentos de informação, 27 projetos de
lei, três projetos de lei complementar, sete emendas à Constituição, 29
requerimentos, três projetos de decreto legislativo, 172 ofícios e uma moção.
Também
promovemos e participamos de 160 agendas oficiais, que incluem audiências com
secretários de Estado, audiência pública, comissão, atos, seminários, rodas de
conversa, plenárias nas comunidades e sessões solenes e reuniões. Foi um ano
intenso, e nós agradecemos a cada uma das pessoas que nos procuraram, nos
acompanharam e nos apoiaram em 2019.
Quero que Deus
abençoe, proteja e ilumine todas as pessoas. Quero agradecer todas as
manifestações que aconteceram, mesmo com proibições, mesmo com coisas muito
agressivas em relação às galerias, mas é importante a gente sempre lembrar,
deputado Carlos Giannazi, nosso professor, que aqui é a Casa do Povo. A
Assembleia Legislativa é a Casa do Povo, e o povo tem que vir aqui.
Eu fiquei muito
feliz, porque, neste ano, a gente viu mais a presença da população nas
galerias, e isso fez com que muita coisa que estava encaminhada de um jeito
fosse encaminhada de outro, porque tem que se respeitar a população. Afinal de
contas, é essa população que colocou aqui os 94 deputados, eu inclusive.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Obrigado, nobre deputada Leci. Convidamos agora o nobre deputado Major Mecca.
(Pausa.) Deputado Dr. Jorge Lula do Carmo.
O SR. DR. JORGE LULA DO
CARMO – PT – Sr. Presidente, Sras.
Deputadas, Srs. Deputados, público da galeria que nos assiste hoje, assessoria
aqui presente, policiais militares, e todas as pessoas que fazem parte da Casa,
administração, que fazem com que esta Casa de leis seja a grandeza, e trabalhe
com a grandiosidade que tem.
Sr. Presidente, assomo à tribuna, na mesma linha da
nobre deputada Leci Brandão, com quem eu tenho o prazer de conviver aqui, e de
respeitar pelas suas posições, pelas suas convicções, e pelo ser humano, a
pessoa maravilhosa que é, venho à tribuna para falar um pouco sobre a minha
pequena experiência, durante esses nove meses aqui de Parlamento.
Eu sempre estive no Parlamento, mas nunca tinha sido
parlamentar. Tenho aqui uma experiência, aprendido muito aqui com os colegas da
minha bancada, os colegas desta Casa de Leis, exatamente para, junto com eles,
aprender um pouco como é que se conduz, como é que se comporta no Parlamento
aqui do estado de São Paulo.
Eu tenho, ao longo desses noves meses, trabalhado
muito, trabalhado como eu sempre trabalhei, independentemente de ser deputado.
Até para chegar a ser deputado foi preciso trabalhar muito, e continuar
trabalhando mais ainda.
Minha trajetória de luta é de mais de 30 anos no
movimento social, e foi isso, a partir desse trabalho constante, que me fez
junto com as pessoas que me ajudaram a conquistar o mandato, mandato sobre o qual
eu tenho muita responsabilidade de lidar, de pensar o que falo.
Sábado agora fizemos uma atividade aqui. E eu falava
que cada vez que eu assumo a tribuna, cada vez que eu falo daqui, eu penso nas
pessoas que foram às urnas, no dia 7 de outubro de 2018, e me elegeram
deputado.
Penso nelas e penso também em toda a população
paulista e paulistana, porque quando a gente se elege, não somos deputados
daqueles que votaram na gente, tão-somente, somos deputados de todo o estado de
São Paulo.
E isso eu tenho feito com muito afinco, deputadas, com
responsabilidade de apresentar os projetos que sejam de interesse público,
projetos de lei que sejam do interesse da sociedade paulista e paulistana.
Aqui, nas comissões de que eu participo, tenho me
comportado a pensar sempre no direito do público, no direito da sociedade,
naquilo que a sociedade quer, e penso no estado, e penso que um deputado pode
representá-la, sempre me esforçando para ser o melhor, dentro das minhas
limitações e convicções. Ser o melhor deputado possível. Evidente que eu tenho
muito a aprender. E é necessário cada vez a gente aprender e ter humildade para
isso.
Então, nesse sentido, eu tenho me comportado aqui nas
comissões, na frente parlamentar de que eu faço parte, da Habitação, dos
pescadores, nas outras frentes parlamentares que recentemente constituímos
aqui, em defesa das Linhas-11 Coral e 12-Safira, enfim, os projetos de lei, as
comissões, as ações fora do Parlamento, as ações do gabinete, os atendimentos
têm feito com que eu tenha cada vez mais crescido na responsabilidade de
representar bem a sociedade.
Quero aproveitar esta oportunidade para agradecer às
pessoas com quem eu tive a oportunidade de conviver, que me auxiliaram, me
ajudaram, à assessoria, aos meus assessores, aos amigos, aos meus eleitores, às
pessoas que estavam junto, a cada dia, comigo, torcendo por mim, torcendo para
eu ser um deputado à altura da expectativa daqueles que votaram em mim, e
desejar a cada um que tenha um final de ano maravilhoso, boas festas.
Nós temos até o dia 31 ainda este ano, nós temos o
Natal, umas festas para a gente curtir com a nossa família. Que 2020 seja um
ano melhor do que 2019. Realmente tivemos muitos embates aqui, embates
ideológicos, embates de convicções, de pensamentos diferentes.
Mas o Parlamento é para discutir mesmo, para debater
as ideias. Ninguém é obrigado a pensar igual, mas que a gente tenha sempre
respeito um pelo outro, porque é assim que a gente constrói uma sociedade mais
justa e mais fraterna.
E nesse sentido, eu quero desejar a cada um dos
paulistanos e paulistas um feliz 2020. Que 2020 seja um ano abençoado. Que a
gente consiga realizar aquilo que nós não conseguimos, com muita saúde, com
muita paz e com muita alegria para toda a sociedade paulista e paulistana.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE -
GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, nobre deputado
Dr. Jorge. Chamamos agora para fazer uso da palavra o deputado Itamar Borges.
(Pausa.) Deputado Coronel Telhada. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal. (Pausa.)
Deputado Luiz Fernando Lula da Silva. (Pausa.) Deputado Douglas Garcia.
(Pausa.) Deputado Carlos Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr.
Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente, servidores,
servidoras, primeiro, dizer que nós estamos empenhados pela aprovação imediata
do PLC nº 74 no dia de hoje ou, ainda, na Ordem do Dia ou numa sessão
extraordinária, deputada Márcia Lia, deputada Leci Brandão.
Tenho certeza de que o
deputado Gilmaci Santos também está empenhado nessa luta hoje, o deputado
Altair, para que o projeto seja votado e que se faça o mínimo de justiça com a
questão salarial dos servidores, sobretudo da Procuradoria Geral do Estado, que
estão com os seus salários arrochados e defasados há muitos anos. Então é muito
importante a aprovação do PLC 74 na data de hoje.
E gostaria, Sr.
Presidente, de dizer que eu acabei de chegar agora da Escola Lênio Vieira de
Moraes, lá em Barueri, a escola que estava sendo ameaçada de ser fechada no seu
período noturno. Ela é uma escola compartilhada. A escola é do estado e ela é
compartilhada com a Prefeitura de Barueri, mas o ensino médio fica a cargo do
estado.
E o estado estava
fechando o Ensino Médio do período noturno, sobretudo a Educação de Jovens e
Adultos sem comunicar, sem avisar os alunos, os pais de alunos, de uma forma
autoritária e criminosa, como vem acontecendo.
Eu queria até fazer um
registro, deputada Leci Brandão - V. Exa. que é da nossa Comissão de Educação -
que esse secretário da Educação, esse Rossieli, é um dos mais autoritários da
história da Secretaria da Educação. Talvez só esteja perdendo para a
ex-secretária Rose Neubauer, mas é horrível.
Ele fecha salas, fecha
turno, sem consultar as escolas, autoritário. Não recebe a comunidade escolar e
isso acontece também com as diretorias de ensino.
Nunca se fechou tantas
salas e tantos turnos como nessa gestão desse secretário Rossieli e, sobretudo,
do governo Doria. Estão acabando com a Educação no estado de São Paulo, mas
teve uma reação na escola lá em Barueri. Nós estávamos já cobrando da
Secretaria da Educação o não fechamento de salas.
Eu já falei na tribuna
várias vezes sobre o fechamento de salas em várias regiões do estado. Fiz
várias denúncias aqui e venho fazendo, acionando o Ministério Público, o
Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.
E lá na região de
Barueri, Itapevi, lá naquela fronteira, tem várias escolas tendo o fechamento
de salas e turnos. Além dessa escola que virou notícia agora, porque os alunos
ocuparam a escola ontem à noite e conseguiram que o governo imediatamente
recuasse, que é a Escola Professor Lênio Vieira de Moraes, mas tem também ainda
o fechamento de salas na Escola Estadual República de Cuba, a Escola Estadual
Ivani Maria Paes, a Escola Estadual Estudante Henrique Fernando Gomes, essas em
Barueri.
Todas elas da mesma
Diretoria de Ensino de Itapevi. Estão fechando salas, turnos e essa escola
seria fechada, pelo menos a parte da rede estadual. Isso é um crime, um
atentado criminoso contra o direito à Educação Básica garantido pela
Constituição Federal, Sr. Presidente. Então, o Ministério Público tem que
entrar com muito peso nisso, fazendo uma devassa nesse processo de desmonte da
Educação estadual.
Mas para piorar a
situação - já tem esse autoritarismo na Secretaria da Educação, no governo
Doria - isso também foi potencializado na violência policial que aconteceu com
a professora Ângela, que foi lá para intermediar, para proteger os alunos e foi
agredida por um policial - não fisicamente, mas do ponto de vista emocional, do
ponto de vista psicológico.
Temos umas imagens aqui
que eu gostaria de encerrar a minha fala mostrando o que aconteceu ontem à
noite, como que um policial militar tratou uma educadora, uma professora.
Gostaria de mostrar as imagens aqui no telão.
* * *
- É feita a
exibição de vídeo.
* * *
É assim que o
governo trata a professora, trata a educadora, Sr. Presidente. É um absurdo
total. Mas já estamos acionando a Corregedoria da Polícia Militar, o Ministério
Público do Estado, a nossa Comissão de Educação aqui da Assembleia Legislativa
(Manifestação nas galerias.), a nossa Comissão de Direitos Humanos, para que
providências sejam tomadas contra o policial, mas também, sobretudo, contra o
secretário de Educação, que está destruindo a rede estadual.
Está fechando
salas e turnos em várias escolas do Estado, em várias regiões. Repito: tenho
denunciado exaustivamente este fato, dando o nome de escolas, inclusive. Há
muito tempo venho fazendo isso. Então, eu gostaria que cópias do meu
pronunciamento fossem encaminhadas ao Ministério Público do Estado para
reforçar esse nosso pedido de uma profunda investigação do MP, não só em
relação à violência policial contra uma professora, uma educadora negra.
Negra, diga-se
de passagem. Da periferia. Porque duvido que o policial faria isso com uma
pessoa do Jardins, se ele iria abordar uma outra pessoa dessa maneira. E para
que o MP também investigue o fechamento de salas e turnos do estado de São
Paulo.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
De nada, deputado.
Com a palavra o nobre deputado Daniel
José. (Pausa.) Deputado Paulo Lula Fiorilo. (Pausa.) Deputado Conte Lopes.
(Pausa.) Deputada Professora Bebel Lula. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas.
(Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado Dirceu Dalben. (Pausa.)
Deputado Vinícius Camarinha. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputada
Márcia Lula Lia.
A
SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Eu
gostaria de começar a minha fala passando o mesmo vídeo que o deputado Carlos
Giannazi acabou de passar. Por gentileza. Começo a minha fala por aí.
* * *
- É feita a
exibição de vídeo.
* * *
É dessa forma
que as pessoas têm sido abordadas no estado de São Paulo. A gente tem visto
muitas abordagens onde as pessoas são, infelizmente, tratadas sem nenhum
respeito.
Tenho certeza
de que essa violência toda na abordagem diz respeito a todo um contexto que vem
sendo construído no nosso País. Um contexto de intolerância, de desrespeito, de
ódio. Porque uma professora não pode, em hipótese alguma, ser tratada da forma
com a professora Angela foi tratada.
Assim como o
deputado Carlos Giannazi, nós também estamos tomando várias providências,
porque a abordagem policial à professora Ângela Soares, de Barueri, é uma
amostra de que a orientação do Estado a seus policiais está absurdamente
equivocada.
Nós estivemos
na Corregedoria da Polícia Militar, na semana passada, conversando com o
corregedor Marcelino, e nós tivemos a oportunidade de dizer a ele, deputada
Leci Brandão, que um dos grandes problemas que nós enxergamos é o absoluto
despreparo dos policiais que estão fazendo abordagem nas ruas.
Eles chegam
para crianças, muitas vezes jovens de 12, 13, 14 anos, com metralhadoras
empunhadas. Eles chegam de uma forma extremamente violenta, como se o papel da
polícia não fosse de proteger a população. Hoje, as pessoas têm medo. Nós temos
medo. Se nós formos abordados por um...
Eu fui
abordada, no ano passado, só que eu não estava no carro oficial; eu estava num
carro comum, indo de São Paulo para Araraquara. E eu fui abordada, na estrada,
por um policial rodoviário. E aí, ele começou a pedir documentos; normal. A
gente tem que de fato prestar contas.
Se nós estamos
com tudo em ordem, nós não temos que temer absolutamente nada. Conforme ele
pediu os documentos, nós fomos entregando: carteira de motorista... Não era eu
que estava dirigindo, era uma outra pessoa. Nós entregamos a carteira de
motorista, entregamos o documento do carro. Tudo o que ele pediu, prontamente
nós entregamos.
E ele demorou
mais de 20 minutos para voltar a falar conosco. A gente teve que ficar ali
esperando. A certa altura da abordagem, eu cheguei até ele e falei: “Olha, eu
estou com um pouco de pressa, porque eu tenho horário para chegar à minha
terra, tenho compromisso lá”.
Aí, ele demorou
mais ainda para terminar o atendimento. Não tinha nada errado: o carro estava
perfeito, toda a situação sob controle. Mas eu perdi mais de 30 minutos numa
abordagem de um policial rodoviário, próximo de Americana, por ali.
Então, é um
desrespeito com o cidadão, desrespeito com as pessoas. É nós dissemos isso para
o corregedor. Dissemos para ele: “Olha, Marcelino, não é possível que as coisas
se deem da forma como se deu, por exemplo, lá em Paraisópolis, onde boa parte
daquelas crianças foram mortas por estrangulamento, por braço, apertão no pescoço.
Morreram por gravata mecânica, que chama. Acho que é isso”.
Então, nós
também não vamos aceitar. Eu já pedi para um assessor meu ir até a escola hoje,
lá em Barueri. A ocupação teve um resultado positivo, porque tem um compromisso
da delegacia de ensino de não fechar a escola. Porém, toda essa agressividade,
essa humilhação, essa violência, foi extremamente desnecessária com a
professora Ângela, que foi lá para evitar que as crianças tivessem essa
abordagem que foi feita com ela, por exemplo. Então, é uma mostra de que a
polícia está absurdamente mal preparada, equivocada no seu protocolo de
atendimento à população.
Uma corporação
tão importante quanto é a Polícia Militar está virando sinônimo de medo. As
pessoas têm medo da polícia. Ameaçar e humilhar indefesos e desarmados não é um
bom sinal.
O Estado tem de
rever suas orientações e coibir os excessos. Então, eu quero deixar claro aqui
que nós vamos resistir, vamos tomar todas as providências em relação a essa
situação. Já pedimos para o nosso gabinete elaborar requerimentos.
Vão apresentar
requerimentos ao secretário de Segurança Pública. Queremos saber qual é o nome
desse moço que fez essa abordagem tão desnecessária, para que ele seja melhor
preparado, para que ele tenha uma orientação devidamente correta de como ele
deve cuidar dos cidadãos. Porque a função dele é proteger e não violentar as
pessoas.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado,
deputada. Com a palavra, o deputado Teonilio Barba Lula. (Pausa.)
Passamos agora à Lista Suplementar,
convidando o nobre deputado Ricardo Madalena. (Pausa.) Deputado Sebastião
Santos. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa.
(Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Altair
Moraes. Tem V. Exa. o tempo regimental.
O SR. ALTAIR MORAES -
REPUBLICANOS - Boa
tarde a todos. Vou direto ao assunto para não me alongar muito.
A gente está
vivendo uma verdadeira inversão de valores no Brasil. Uma vergonha, na verdade.
Como se já não bastasse esse grupo, a companhia de comédia Porta dos Fundos,
colocaram “A primeira tentação de Cristo” que é uma verdadeira aberração e
ofende os valores cristãos, agora vem uma cantora chamada Ludmila - acho que
alguns devem saber – que lançou a música “Verdinha”.
Preste muita
atenção nisso. Vou ler um pedaço aqui desse lixo musical, porque é um lixo na
verdade, a Ludmila diz o seguinte: “eu fiz um pé lá no meu quintal, estou
vendendo o grama da verdinha a um real; minha mãe já perguntou, meu pai já
perguntou, a minha avó já perguntou: que planta é essa, meu amor?”.
E aí, depois
ela diz assim: “Eu vou tacar fogo em mais uma. Fiquei loucona”. Prestem
atenção: “fiquei loucona, chapadona, só com a marola da “ruhama”. É essa
cultura que nós estamos tendo. Esse lixo de música que influencia os nossos
jovens. Uma verdadeira incitação às drogas.
E ainda tem um
monte de doidinho aí que “ah, quero que libere droga”. Não sei que diabo tem na
cabeça. Deve ser droga também, não sei não. Já que querem que libere, não é?
Agora, vou dar alguns dados aqui para você
entender: “Após alguns anos de liberação, em Portugal, da maconha, o número de
internações por surtos psicóticos aumentou 30 vezes, principalmente por
esquizofrenia, revelam os estudos da Universidade do Porto.
Quase 600
pessoas, 600 consumidores da maconha, da cannabis, são hospitalizadas por ano
com graves” - preste muita atenção - “com graves surtos psicóticos ou
esquizofrenia. As pessoas têm em média 30 anos e pelo menos duas dezenas delas
são menores de idade por uso das drogas.” E tem os malucos “ah não, libera a
droga, libera a droga. Droga é legal. Droga é muito bom.”
“No ano de 2000, contaram 20 casos; em 2015,
588 casos, o que dá um aumento de quase 30 vezes, em 15 anos. Fenômeno
semelhante já está acontecendo no Uruguai e nos Estados Unidos e em alguns
países que liberaram a maconha.”
Aí vão me
chamar de quê? Vão falar que é por causa da nossa religião, da nossa base? São
dados, meu amigo. E eu queria dizer para a Ludmila o seguinte: se você não
quiser ser cantora, você pode ser traficante, se quiser.
Já que você
está fazendo incitação às drogas então decida, minha filha, o que você quer
ser: ou canta essa porcaria, esse lixo que você está cantando, ou vai ser
traficante, pô. Agora, calado eu não vou ficar. Eu vou me posicionar porque nós
queremos o bem da nossa sociedade, o bem dos nossos jovens. E droga, já está
dizendo o nome, é uma droga, não merece ser liberada.
Obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Com
a palavra o deputado Douglas Garcia.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, Sr. Presidente. Quero cumprimentar a todos
os pares aqui presentes. Senhores, eu vou fazer o discurso breve e objetivo.
Começando aqui
respondendo aos meus pares que vieram aqui falar a respeito da Polícia Militar
do Estado de São Paulo, realmente acho completamente lamentável a situação que
foi exposta aqui na Assembleia.
De fato, o
professor deve ser respeitado. Não concordo com a atitude que foi feita por
esse policial militar em específico, mas isso não reflete, de forma alguma, o
que acontece na maioria da corporação.
Os policiais
militares são pessoas de bem. A maior parte da corporação são pessoas de bem, e
não podem ser rotuladas por causa da atitude de um ou de outro.
A forma com que
o professor Carlos Giannazi trouxe é como se toda a complexidade da Polícia
Militar agisse de forma despreparada quando não. Nossos policiais, eles, são
muito bem preparados, sim.
É muito difícil
você estar nas ruas lutando contra o crime organizado com uma arma nas mãos,
combatendo o crime fortemente armado. E, é completamente diferente a vida de um
deputado estadual, principalmente que passou a vida inteira nas salas de aula,
e vir aqui em cima da tribuna para poder querer opinar a respeito de como deve
ser tratada uma ocorrência.
Cada um tem o
seu tipo, cada um tem a sua experiência. Então, eu acredito que ele não tenha
nenhum tipo de experiência nesse sentido para querer dizer que os policiais
militares são despreparados.
Quanto ao que
aconteceu no caso da deputada Márcia Lia, talvez o policial em questão, ao
fazer a investigação envolvendo o nome dela, tenha encontrado a matéria da
revista Veja em que diz que ela foi citada em um desdobramento da operação Lava
Jato. Então, ele deve ter parado ali um momentinho para poder ler toda a
matéria.
Sr. Presidente,
eu vim aqui nessa tribuna hoje colocar meu total repúdio ao que aconteceu,
infelizmente, na data de ontem. Eu sou um deputado que eu brigo muito contra a
militância LGBT, pois ela não me representa, não representa a população LGBT do
estado de São Paulo, do Brasil e etc.
Eu fiz um
debate, sim, a respeito desse tema e disse, e ainda afirmo hoje, que o Brasil
não é um País homofóbico, mas existem homofóbicos no Brasil; da mesma forma que
o nosso País não é um país racista, mas existem racistas no nosso Brasil.
A totalidade
não pode ser responsabilizada por o que acontece a partir de alguns casos
específicos. Como foi feito aqui a questão dos policiais militares, também não
se pode colocar a população como sendo homofóbica, como sendo racista, graças
às atitudes de alguns.
E, senhores, eu
quero aqui falar a respeito do que aconteceu ontem com uma pessoa que eu muito
tenho admiração por ela, chamada Karol Eller. Karol Eller, ela, é, sim, uma
ativista que batalha pelos direitos de quem realmente necessita, e não dessas
minorias fracassadas que ficam gritando pedindo mais para o estado.
É uma pessoa
que tem uma personalidade ímpar, uma vez que durante a campanha de Jair
Bolsonaro o apoiou. E, o principal diferencial de Karol Eller, nesse sentido,
por ser tão aguerrida e corajosa, é porque ela é assumidamente lésbica.
Então, ela
recebeu muitos ataques por parte da militância LGBT por causa disso. Só que eu
sempre disse nessa tribuna, nesse plenário, que se existe alguém que ameaça
aqueles LGBTs que se consideram como conservadores, é a própria militância
LGBT. São intolerantes.
E, nós tivemos
ontem um resultado dessa intolerância, porque quando deseja o mal para alguém,
quando você prega que aquela pessoa venha, sim, sentir uma espécie de
violência, é lógico que você está incentivando o público que os assiste, quem
está ao redor, tendo acesso àquelas informações, para que eles ajam com
violência também.
E ontem, Karol
Eller, sendo apoiadora de Jair Bolsonaro, foi brutalmente espancada. Está aqui.
Eu quero que por gentileza mire aqui a câmera da TV Alesp.
* * *
- É feita exibição de imagem.
* * *
O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL – Foi brutalmente espancada
enquanto estava na praia.
Mas, por que
que eu estou trazendo esse caso? Para endossar a narrativa da militância LGBT?
Não, mas para mostrar a hipocrisia dela. Nós não tivemos por parte da defesa de
Karol Eller o mesmo nível de defesa que esses supostos defensores dos LGBTs têm
quando acontece qualquer coisa do tipo com outra pessoa, que reza a cartilha da
militância LGBT.
Inclusive,
senhores, eu também já fui muito atacado. Trouxe aqui, inclusive, alguns
exemplos. O Sr. Paulo Henrique defendeu nas redes sociais que eu mereço levar
uma lampadada fluorescente na fuça para que eu crie consciência.
Não apenas o
Sr. Paulo Henrique aqui, olha. Pode mirar mesmo, quero mostrar como é que
funciona aqui a situação da militância LGBT, o quanto eles são tolerantes, o
quanto eles adoram defender o mal para aqueles que pensam diferente.
Não apenas o
Sr. Paulo Henrique, como nós também tivemos o Sr. Carlos Marcelo Ribeiro
dizendo que eu tenho que tomar muita porrada na cara. Está aqui. Sendo que esse
mesmo Sr. Carlos Marcelo Ribeiro disse que homofobia agora é crime e um nocaute
no preconceito e no fascismo, olha só. Por eu apoiar Jair Bolsonaro ele diz que
eu tenho que tomar muita porrada na cara.
E, só para
concluir, Sr. Presidente, eu quero trazer a esta tribuna o tamanho do meu
desafeto, o tamanho do meu descontento a essa militância repugnante, que é a
militância LGBT.
E, não pelo
fato de serem gays, lésbicas, transexuais, travestis, ou o que quer que seja.
Mas, pelo fato de serem hipócritas, pessoas nojentas, que querem descer goela
abaixo daquela população LGBT que pensa de forma livre e diferente a sua
cartilha ideológica.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado. Com a palavra a deputada Leci Brandão.
A
SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB -
SEM REVISÃO DO ORADOR -
Excelentíssimo Sr. Presidente,
deputado Gilmaci eu já havia falado aqui, logo no início desta sessão, para
fazer um agradecimento por tudo o que aconteceu aí no nosso mandato, enfim,
mas, ouvindo o meu amigo, e colega de Parlamento, professor Carlos Giannazi, eu
realmente não podia ficar aqui sentada ouvindo um relato de tamanho desrespeito
e tamanho racismo.
O Brasil é
racista sim. O Brasil é racista sim. Até porque eu tenho absoluta certeza de
que, se aquela professora não fosse uma mulher negra, ele teria falado com ela
de outra forma. Ele só usou a truculência, a falta de educação, a violência, a
agressividade, porque ele falou com uma mulher negra. Foi só por isso que ele
fez isso. (Manifestação nas galerias.)
Agora, quero
também ressaltar... Porque agora nós temos aqui na Assembleia muitos militares,
muita gente da Polícia Militar agora está aí na Assembleia Legislativa, e eu
conheço todos eles.
Falo com todos
eles, me respeitam, e eu os respeito também, só que é o seguinte, o secretário
de Segurança Pública de São Paulo tem que tomar uma medida, e o governador
também. Porque quando acontece qualquer coisa que vai para a imprensa, o governador
imediatamente aparece, muda de posição, faz uma série de coisas.
Ele tem que dar
uma resposta, principalmente aos professores do estado de São Paulo. Tem que
dar uma resposta, porque uma professora foi desrespeitada e o seu agressor
falou o tempo inteiro: “Eu sou a polícia, eu sou um policial, cala a boca”.
Sabe, isso é um absurdo.
A gente não
pode mais ficar calada, não pode mais aceitar esse tipo de atitude, porque, se
esse governo federal que está aí manda armas serem liberadas, o ministro da
Justiça faz todo um conjunto de coisas para poder blindar quem ataca os outros,
principalmente a sociedade civil, a gente tem que pensar, refletir e ver o que
está para acontecer mais.
Porque assim,
houve nesse final de semana o Festival do Funk, foi permitido o festival do
funk. Foi dito aqui que voltaram a liberar o pancadão. Eu, realmente, estou
muito preocupada com tudo isso, porque todo mundo sabe que, há três anos, nós
temos aqui um projeto de lei que fala para que o funk seja entendido como
cultural e musical.
A gente, em
nenhum momento, falou para liberar pancadão, que é a favor de palavrão, que é a
favor da forma como eles tratam as mulheres nas suas letras. Isso a gente
jamais poderia apoiar, até porque quem conhece a nossa história sabe que a
gente não tem nada a ver com isso.
Agora, para
ficar bem na fita, bem na foto, liberaram o Festival do Funk, e agora está a
discussão, porque uma hora vocês têm uma posição, outra hora têm outra, então
as pessoas ficam tontas, sem saberem o que fazer.
Agora, a questão
desse policial, eu até gostaria que os deputados que são militares, que são da
Polícia Militar, também viessem a esta tribuna nesta semana, para dizerem o que
que eles acham da atitude do colega dele em relação à professora.
Ela disse para
ele, em alto e bom tom: “Eu sou professora,
quero ser respeitada”. Quando ela disse que ia procurar um advogado, o que ele
respondeu para ela? “Procura quem você quiser”. Ou seja, ele não teve nenhum
tratamento de respeito com essa mulher, e o deputado Carlos Giannazi, que
sempre foi um defensor da Educação, e defensor das professoras e dos
professores, fez muito bem em tomar as atitudes que tomou, denunciando,
mostrando aqui o vídeo, e os deputados desta Casa têm que, pelo menos nesta
hora, serem unânimes em dizer que essa atitude é uma atitude racista.
É uma atitude
racista, e racismo é um crime inafiançável. Tá? Racismo é um crime
inafiançável. Racismo é inafiançável. Agora, fico espantada também quando tem
deputado que vem à tribuna dizer que aqui não tem racismo, que o Brasil não é
um país racista, que o Brasil não é um país homofóbico. Acho que tem gente
delirando nesta Casa.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputada. Com a palavra o deputado Roberto Morais.
O
SR. ROBERTO MORAIS - CIDADANIA - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados,
assessorias, pessoas que nos acompanham das tribunas da Alesp - é sempre
importante tê-los aqui -, infelizmente, tivemos no último sábado, em minha
cidade, Piracicaba, a morte de mais um PM.
O soldado Melo
estava há 60 dias em Piracicaba. Ele é da Baixada, ele pediu sua transferência.
Ele tem um pai que já está na reserva, capitão da Polícia Militar. A família
mora em São Vicente.
Ele falou:
“Olha, quero ir para uma cidade do interior”. Uma cidade que, apesar de seus
410 mil habitantes, é uma cidade que tem um índice baixo, felizmente, de
violência. Ele foi transferido há 60 dias. Há 30 dias, sua esposa e os dois
filhos - um de seis, outro de quatro anos - foram levados para a cidade,
mudaram-se para o bairro Noiva da Colina.
Em uma
abordagem, no último sábado de manhã, no bairro Alvorada, que é um grande
bairro, na Av. Rio das Pedras, que é um grande corredor comercial, um Fit fez uma
ultrapassagem à direita de outro carro, um City. Quando viu a polícia, fez a
ultrapassagem pela direita.
Ele podia... Eu
vi até um alto comandante dizendo o seguinte: “Ele podia ter olho de vidro, mas
ele não teve. Ele tem sangue de policial, ele tem sangue do militar, daquela
pessoa que trabalha com seriedade, em defesa da população”. Estavam em dois na
viatura: o motorista e ele, ao lado do motorista.
Eles abordaram
esse Fit e, imediatamente, o cidadão saiu com um fuzil na mão e acertou a
cabeça do soldado Melo. Vinte e oito anos, começando na profissão, saindo de
São Vicente, escolhendo a nossa cidade, dizendo que ali realmente ele teria
tranquilidade para criar os seus filhos, trabalhando no 10º BPM/I, lá do CPI-9,
cujo comando é em nossa cidade, ele acabou falecendo.
Desfigurou,
praticamente, um lado do seu rosto. O caixão acabou ficando lacrado. Foi um
momento de muita emoção na cidade.
O helicóptero
Águia passou a sobrevoar, foi pedido o reforço do COE, que é o Comando de
Operações Especiais da Polícia do Estado de São Paulo, essa valorosa Polícia
Militar que defendo aqui, como defendo a Polícia Civil, como defendo a Polícia
Federal. Eles foram à Piracicaba.
Esse cidadão...
Não é cidadão, quem faz isso é um criminoso, é um bandido. Ele abandonou o
carro. No carro, armas pesadas e muita munição. Há até a suspeita de que ele
faça parte de uma quadrilha de assaltantes de bancos que, inclusive, teria
assaltado, na segunda-feira passada, um banco na cidade de Botucatu, do nosso
querido deputado Fernando Cury, que é da nossa bancada.
Houve a morte
do nosso PM, ele fugiu, conseguiu pular por cinco casas. Ele era morador do
bairro Alvorada. “Era”, porque também já se foi. Entrou em uma mata fechada.
Com a chegada da polícia, com o helicóptero Águia, o COE chegou a Piracicaba e
eles conseguiram localizar esse rapaz, esse bandido, esse assassino no meio da
mata.
Ali houve a
troca de tiros e ele também faleceu. Por volta das três da tarde, aconteceu o
óbito desse bandido que tirou a vida desse PM de 28 anos, casado, pai de duas
crianças, filho de um militar aposentado.
No mesmo dia,
recebemos um convite do coronel Érico, que comanda o CPI-9, do nosso secretário
de Segurança, general Campos, que reside na cidade de São Pedro, vizinha da
cidade de Piracicaba.
Nós fomos,
apesar da forte chuva, à Praça José Bonifácio, o marco zero de Piracicaba, ao
lado da Catedral de Santo Antônio. Ali, todo o comando de polícia, o Dr. Kleber
Altale, que dirige o Deinter-9, que é da nossa Polícia Civil.
Estávamos ali
quando chegou o corpo. Antes, tinha chegado a família. Com o caixão lacrado,
houve uma homenagem, o toque de silêncio e aí, em comboio, o corpo do soldado
Melo foi levado à cidade de Santos, onde foi, infelizmente, sepultado na tarde
do último domingo.
Venho aqui
lamentar a morte desse valoroso PM, iniciando sua carreira, pai de duas
crianças. Escolhendo a nossa cidade, infelizmente, ali ele foi assassinado.
Nosso motivo de vir aqui hoje é realmente levar a nossa homenagem, pedindo que
ele tenha um descanso em paz, e a família, os amigos, sejam consolados neste
momento de dor.
Na próxima
quinta-feira, presidente, daqui a dois dias, às dez horas da manhã, o
governador João Doria estará em Piracicaba para inaugurar o Baep 10. Nós
conseguimos que fosse inaugurado neste ano e será na antiga Faculdade de
Serviço Social, ali no bairro Taquaral, na cidade de Piracicaba, ao lado da
Rodovia do Açúcar, vamos ter o Baep 10 inaugurado.
Já estão
trabalhando, é um prédio, realmente, todo remodelado. Trabalho sério do
comandante, que é o coronel Erick e toda a sua equipe. O major Golini e todos
os que trabalharam para que se pudesse colocar aquele prédio em condições para
que pudéssemos ter, então, a inauguração do nosso Baep.
E teremos, ali,
quase 300 PMs, 30 viaturas para comandar, para dar segurança não só a
Piracicaba, mas a 52 cidades. Vai até São João da Boa Vista, Mococa, o comando
do policiamento. E hoje a sede é em Piracicaba.
Então, eu
agradeço aqui, claro, estou satisfeito com o Baep, mas, ao mesmo tempo, muito
triste com o falecimento, com o assassinato ocorrido do soldado Melo, da nossa
cidade, no último sábado.
Obrigado, Sr.
Presidente. Obrigado, Sras. Deputadas e Srs. Deputados.
O
SR. ROBERTO MORAIS - CIDADANIA - Havendo acordo
de lideranças, solicito a suspensão dos trabalhos até as 16 horas e 30 minutos.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
É regimental o pedido de V. Exa., nossos trabalhos estão suspensos até as 16
horas e 30 minutos.
Está suspensa a sessão.
*
* *
- Suspensa às 15 horas e 21 minutos, a
sessão é reaberta às 16 horas e 32 minutos, sob a Presidência do Cauê Macris.
*
* *
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Reaberta a sessão.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Eu gostaria de utilizar a tribuna pelo Art. 82.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra
V. Exa., pelo Art. 82.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público aqui
presente, telespectador da TV Assembleia, boa tarde.
Primeiramente
eu gostaria de fazer um novo apelo aos 94 deputados e deputadas, para que
possamos hoje, sem dúvida nenhuma, aprovar o PLC nº 74, de 2019, que é o
projeto dos servidores da Procuradoria Geral do Estado que, como eu disse,
estão com seus salários arrochados e defasados há muitos anos.
Um projeto
importante, que tem prazo para ser votado, que é até o dia vinte e um. Aliás,
já deveria ter sido votado há muito tempo.
Sr. Presidente,
eu gostaria ainda de continuar denunciando e cobrando a Secretaria Estadual da
Educação, que vem fechando salas e turnos em várias regiões do estado.
Tivemos esse
caso que foi revertido, da Escola Lênio Vieira de Moraes, que é uma escola que
fica em Barueri, que teve o anúncio do seu fechamento sem que houvesse... Porque
o governo Doria é tão autoritário, e o seu secretário de Educação, também, que
eles nem comunicaram a comunidade escolar.
Não houve
debate nenhum. Os alunos não foram chamados, os pais dos alunos. Simplesmente
fecharam a escola, transferindo os alunos para escolas distantes do bairro
Santa Monica. Fui lá hoje de manhã e conversei com a comunidade escolar.
Eles fecham as
escolas sem dar satisfação alguma. Primeiro, boicotando as matrículas, não
autorizando as novas matrículas, e fazendo a transferência sumária de alunos.
Um verdadeiro absurdo, Sr. Presidente. Eles pensam que escola é comércio, que
você fecha e abre a hora que você quer. Numa escola, tem vida emocional, tem
história, tem vivências. As pessoas depositam ali a sua vida emocional, a
história, a memória. Não é só um estabelecimento, um prédio. Ali tem comunidade
escolar organizada.
A escola é uma
referência importante na vida das pessoas, sobretudo na vida das comunidades,
sobretudo na periferia de São Paulo, onde a escola é o único equipamento
público que existe ali, é o único braço do Estado, do Poder Público.
E eles fecham,
do nada, salas, turnos e até mesmo escolas. Mas, na escola de Barueri, houve
resistência. Os alunos ocuparam a escola, uma ocupação política, democrática,
para que a escola não fosse fechada. E conseguiram.
Teve um
episódio lamentável, de um PM, um policial que agrediu uma professora negra.
Nós mostramos hoje no Pequeno Expediente, aqui, as cenas deploráveis, de
agressão a uma mulher, a uma educadora, uma professora da rede estadual que
estava ali protegendo os seus alunos. Mas o fato é que o autoritarismo vem,
sobretudo, da Secretaria da Educação, que fecha salas e turnos.
Por falar em
secretaria, eu quero registrar também que a Educação no estado de São Paulo
está à deriva. Só hoje, exatamente no dia de hoje, foi publicada a portaria de
atribuição de aulas. Não houve, nesse ano ainda, o processo de remoção dos
agentes de organização escolar, dos professores, dos diretores, dos
supervisores de ensino.
E, pelo jeito, não
haverá, porque nós já estamos encerrando o ano letivo das nossas escolas.
Inclusive, nós já entramos com medidas contra isso, porque a remoção consta no
Estatuto do Magistério, no Estatuto do Funcionalismo Público. E não aconteceu a
remoção.
Saiu hoje uma
resolução falando dos professores categoria “O”, dizendo que eles vão voltar
com aquela famigerada provinha, que já tinha sido praticamente extinta. Não há
data, não há previsão para contratação dos novos professores categoria “O”.
Então, eu diria
que a secretaria está totalmente à deriva, sem projeto para a rede. Há um
desmonte das escolas, através do fechamento de salas e de turnos.
Mas a ocupação
da escola de Barueri foi simbólica e nos lembrou as grandes manifestações de
2015, quando o ex-governador Doria anunciou aquele projeto de reorganização,
fechando mais de 100 escolas.
Aí, houve uma
grande mobilização dos alunos secundaristas, que ocuparam 250 escolas. E esse
movimento foi vitorioso, em 2015; teve o apoio da sociedade, da imprensa, do
Ministério Público, da Defensoria Pública, até do Tribunal de Justiça.
E o projeto foi
derrotado, o projeto de fechamento, de reorganização. O secretário foi
demitido, e os alunos venceram aquela etapa, acabando com a reorganização e o
fechamento de salas.
É a única forma
de vencer esse governo autoritário, que nega o acesso ao direito fundamental à
educação básica, no ensino fundamental e no ensino médio, no estado de São
Paulo.
Muito obrigado,
Sr. Presidente. (Manifestação nas galerias.)
O
SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr. Presidente, para
usar o Art. 82 pelo PTB.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra
V. Exa. pela liderança do PTB.
O
SR. CAMPOS MACHADO - PTB -
PELO ART. 82 - Sr. Presidente, deputado Cauê, queria que V. Exa. prestasse um
pouco atenção, pela gravidade do que eu vou falar agora. Pena que não esteja
aqui o deputado “Vovó Falei”, “Minha Sogra Falei”, “Vovô Falei”.
O Sr. Arthur
foi entrevistado no último domingo pela revista Vejinha. E o que ele disse? Vou
ler textualmente o que é que disse, o “Cunhado Falei”: “Aqui na Assembleia tem
rachadinhas para todos os lados e nepotismo cruzado adoidado.”
Aí continua
ele: “Cadê o Conselho de Ética nessas horas?” Quero informar, meu caro deputado
Giannazi, que eu protocolei há uma hora, lá no gabinete do deputado, um ofício
para que ele informe quais são os gabinetes desta Casa que tem rachadinha para
que informe onde estão os nepotismos cruzados? Se ele é bravo, se ele é
valente, se ele é corajoso ele vai falar, porque se não falar é covarde.
Eu sou membro
do Conselho de Ética. Tão logo eu li isso, na Vejinha, achei que era obrigação
minha tomar as providências independentemente da Presidência do Conselho de
Ética.
Eu sou membro
do Conselho de Ética. Está tudo bem aí atrás? Estou atrapalhando a conversa de
vocês aí atrás? Se eu estiver atrapalhando eu peço licença. Eu estou
atrapalhando os senhores aí atrás?
Srs. Deputados,
estou tratando de um assunto de grande importância. Não perceberam, não?
Indiretamente todos os gabinetes estão sendo acusados. Se um deputado vem e diz
que aqui está cheio de rachadinha e o nepotismo adoidado, deputado Roque
Barbiere, ele vai ter que provar.
Eu já mandei um
ofício, como membro do Conselho de Ética, para o gabinete dele. Pena que ele
não está aqui. Quando ele vier aqui, eu vou falar na cara dele quando ele
estiver aqui na próxima sessão.
É um absurdo o
que está acontecendo. Ele se deixou levar por essa fotografia na Vejinha em
forma de defesa e diz uma bobagem dessa, Sr. Presidente, que ofende a todos os
deputados?
Eu quero que
ele diga, se é que ele é bravo e tem coragem, e é auxiliado por alguns
deputados, por algum partido que vai ter que vir aqui, Sargento, vai ter que
dizer quais são os gabinetes desta Assembleia que têm rachadinha? Quais são os
gabinetes desta Casa que têm nepotismo? Eu quero saber, “Cunhado Falei”? Eu
quero saber?
É um direito
que eu tenho, Sr. Presidente. E quero afirmar peremptoriamente: nesse caso eu
não quero que nenhum deputado venha pedir para mim para aliviar, ir mais devagar.
Não.
Ou ele prova,
ou ele prova, ou eu estou disposto ir até o Judiciário contra ele, porque até
prova em contrário 94 gabinetes desta Assembleia têm rachadinha, 94 gabinetes
da Assembleia têm nepotismo. Quem fala é
o Arthur, o “Minha Sogra Falei”.
Ele vai ter que
provar, Sr. Presidente. Eu vou descer da tribuna e vou esperar quem sabe um dos
amiguinhos dele, da Casa, venha cá explicar. Pode ser que tenha algum, não é,
deputado?
Eu vou esperar
se algum amiguinho dele vem aqui para dizer que ele falou sem querer, está aqui
na “Vejinha”.
Não dá para
ofender as pessoas desta maneira, publicamente, em uma revista pública.
A
SRA. LETICIA AGUIAR - PSL – Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Deputada
Leticia.
A
SRA. LETICIA AGUIAR - PSL – Para uma
comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – O deputado
Campos Machado já encerrou. Então, Ordem do Dia.
*
* *
- Passa-se à
ORDEM DO DIA
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Passo a
comunicação a Vossa Excelência.
A
SRA. LETICIA AGUIAR - PSL
– PARA COMUNICAÇÃO – Presidente, eu gostaria de parabenizar a CCJ, (Comissão de
Constituição e de Cidadania da Câmara dos Deputados), que aprovou, por trinta e
três votos a cinco, que já seja aplicado o voto impresso a partir das próximas
eleições municipais. Acho que isso atende a um clamor popular, pela
transparência das urnas eletrônicas, para que o eleitor se sinta mais seguro na
hora de escolher os seus representantes políticos.
Apresentei
Moção nesta Casa, direcionada ao TSE e à Câmara Federal, em apoio ao voto
impresso. Vamos continuar apoiando e acompanhando a tramitação dessa inciativa,
que trata do voto impresso. Ela será muito importante para as eleições
municipais.
E, aproveito
este momento de comunicação para parabenizar, hoje, que, no dia 15 de dezembro
o capitão Pontes, que trabalha na Assembleia Legislativa, na nossa Polícia
Militar, por ter sido promovido a major, o nosso major Pontes, que está, aqui,
neste plenário.
Gostaria de
reconhecer e valorizar essa importante promoção. Ele faz um trabalho muito
importante, é um cara generoso, proativo, muito profissional. Além disso, é um
atleta, um campeão de jiu-jitsu.
Ele merece o
nosso reconhecimento, como deputados. Parabenizo a ele, que agora é major da
Polícia Militar na ativa.
Parabéns!
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Agradeço,
deputada Leticia. De fato, muito bem lembrado, promoção hoje do capitão Pontes.
Eu tive a oportunidade de entregar a
insígnia como major, nosso novo major da Polícia Militar. E, até por conta da
qualidade do serviço prestado pelo capitão, nós fizemos questão de preservar o
quadro de major até que essa promoção pudesse sair, e ele continuasse prestando
serviços aqui para o nosso Legislativo.
Então, parabéns ao major Pontes pela
sua promoção.
Há sobre a mesa requerimento de
Urgência ao Projeto de decreto legislativo nº 33, de 2019, de autoria da
Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, que considera regulares e
aprovadas as contas anuais apresentadas pelo Sr. Chefe do Executivo relativas
ao exercício econômico e financeiro de 2018.
Em discussão. Não havendo oradores
inscritos está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs.
Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado o requerimento de urgência.
Há sobre a mesa requerimento de
urgência ao Projeto de lei nº 1321, de autoria da Mesa Diretora, que prorroga
para o exercício financeiro de 2020 os efeitos da Lei 16.929, de 16 de janeiro
de 2019, que dispõe sobre o subsídio do governador, para o vice-governador e
secretários de estado para o exercício do ano de 2020.
Em discussão. Não havendo oradores
inscritos está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs.
Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado o requerimento de urgência.
Só lembrando que a Mesa propôs a
manutenção dos salários atuais.
Há sobre a mesa requerimento de
urgência ao Projeto de lei nº 1320, de 2019, de autoria da Mesa, que prorroga
para os exercícios financeiros 19 e 20 o efeito da Lei 16.090, de 8 de janeiro
de 2016, que fixou os subsídios dos deputados estaduais para o exercício de
2016.
Em discussão. Não havendo oradores
inscritos está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs.
Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado o requerimento.
Só lembrando que também a Mesa fixou o
mesmo subsídio no ano de 2019 e 2018, zero por cento de aumento.
Há sobre a mesa requerimento do nobre
deputado Castello Branco com o número regimental de assinaturas, nos termos do
Art. 35, do Regimento Interno, para a constituição de uma comissão de
representação, com a finalidade de participar da cerimônia de transmissão de
cargo ao vice-almirante Claudio Henrique Mello de Almeida, entre os dias 16 e
17 de dezembro do corrente ano, na cidade do Rio de Janeiro.
Em votação. As Sras. Deputadas e os
Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado o requerimento.
Há sobre a mesa requerimento do nobre
deputado Itamar Borges com o número regimental de assinaturas, nos termos do
Art. 35, do Regimento Interno, para a constituição de uma comissão de
representação, com a finalidade de participar da reunião da diretoria executiva
e de posse da nova presidente da Unale, deputada Ivana Bastos, eleita para a
gestão 2020/2021, a realizar-se no dia 10 de fevereiro de 2020, em Brasília.
Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas
que estiverem de acordo, permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o
requerimento.
O
SR. WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente. Havendo acordo,
peço a suspensão por 30 minutos dos trabalhos.
O
SR. PRESIDENTE – CAUÊ MACRIS – PSDB - Trinta minutos.
Convocação. Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado
com o Art. 45, § 5º, ambos do Regimento Interno, convoco reunião extraordinária
da Comissão de Fiscalização e Controle, a realizar-se hoje, às 16 horas e 55
minutos, no salão nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o Projeto
de decreto legislativo nº 33, de 2019.
Consulto os líderes se existe acordo
para a suspensão por 30 minutos. Havendo acordo, estão suspensos os nossos
trabalhos por 30 minutos, e, quem é membro da Fiscalização e Controle, reunião
agora, em cinco minutos, no salão nobre da Presidência.
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* *
-
Suspensa às 16 horas e 50 minutos, a sessão é reaberta
às 17 horas e 26 minutos, sob a Presidência do Sr. Cauê Macris.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Sras.
Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento
Interno, convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária a realizar-se hoje,
dez minutos após do término da presente sessão, ou às 19 horas, caso a sessão
não atinja o seu tempo limite, com a finalidade de ser apreciada a seguinte
Ordem do Dia: Projeto de lei
Complementar nº 74/2019, e Projeto de decreto legislativo nº 33/ 2019.
O
SR. DELEGADO OLIM - PP - Havendo acordo de
lideranças, solicito o levantamento da presente sessão.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Questiono as
lideranças se existe acordo para o levantamento. Havendo acordo entre as
lideranças está levantada a sessão, antes, porém, Sras. Deputadas e os Srs.
Deputados, esta Presidência adita a Ordem do Dia com o PL 1112/2019, que orça a
receita e fixa as despesas do Estado para o exercício de 2020 e com o Projeto
de decreto legislativo nº 33/2019, que dispõe sobre as contas anuais
apresentadas pelo Sr. Governador, relativas ao exercício financeiro de 2018.
Havendo acordo de líderes, antes de dar
por levantados os trabalhos, convoco V. Exas. para a sessão ordinária de
amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje e os aditamentos
anunciados, excetuando as posições que não são de natureza constitucional,
conforme o Art. 26 e 28, § 6º, da Constituição do Estado, e do Art. 246, § 6º
do Regimento Interno, lembrando-os, ainda, da sessão extraordinária a
realizar-se hoje às 19 horas.
Está levantada a sessão.
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- Levanta-se a sessão às 17 horas e 28
minutos.
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