2 DE DEZEMBRO DE 2019
59ª SESSÃO SOLENE PARA OUTORGA DO COLAR DE HONRA AO MÉRITO
LEGISLATIVO DO ESTADO DE SÃO PAULO AO CORONEL PM RICARDO AUGUSTO NASCIMENTO DE
MELLO ARAÚJO, AO PROFESSOR LUIZ CARLOS MOLION E AO DOUTOR ANTÔNIO FERREIRA
PINTO
Presidência: FREDERICO D'AVILA
RESUMO
1 - FREDERICO D'AVILA
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - ALBERTO MALFI SARDILLI
Mestre de cerimônias, anuncia a composição da Mesa.
3 - PRESIDENTE FREDERICO D'AVILA
Informa que a Presidência convocara a presente sessão solene,
para "Outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São
Paulo ao coronel PM Ricardo Augusto Nascimento de Mello Araújo, ao professor
Luiz Carlos Molion e ao doutor Antônio Ferreira Pinto", por solicitação
deste deputado, na direção dos trabalhos.
4 - ALBERTO MALFI SARDILLI
Mestre de cerimônias, lê mensagem de agradecimento enviada
pelo Dr. Antônio Ferreira Pinto, que não pôde estar presente à solenidade.
Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro".
5 - PRESIDENTE FREDERICO D'AVILA
Discorre acerca dos três homenageados desta sessão, tecendo
elogios ao trabalho realizado por cada um. Declara seu apoio às demandas das
forças de Segurança. Critica o posicionamento da ONU em relação às mudanças
climáticas. Destaca a importância da proximidade entre a sociedade civil e os
militares.
6 - ALBERTO MALFI SARDILLI
Mestre de cerimônias, anuncia a exibição de vídeo sobre a
reforma de quartel da Rota, executada pelo coronel PM Ricardo Augusto
Nascimento de Mello Araújo.
7 - LUIZ CARLOS MOLION
Meteorologista e professor da Universidade Federal de
Alagoas, faz palestra acerca da Amazônia e da seca na região Sudeste.
8 - CASTELLO BRANCO
Deputado estadual, discorre sobre o tema desta solenidade.
9 - MAJOR MECCA
Deputado estadual, tece comentários sobre a presente
homenagem.
10 - CORONEL NISHIKAWA
Deputado estadual, reflete sobre o assunto da sessão.
11 - GUILHERME MURARO DERRITE
Deputado federal, fala acerca dos homenageados nesta
solenidade.
12 - SERGIO OLIMPIO GOMES
Senador da República, discorre sobre temas relativos a esta
sessão solene.
13 - PRESIDENTE FREDERICO D'AVILA
Enaltece o professor Luiz Carlos Molion. Lembra que o
Batalhão Tobias de Aguiar está completando 128 anos. Defende a Polícia Militar
de seus críticos. Outorga o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de
São Paulo ao coronel PM Ricardo Augusto Nascimento de Mello Araújo.
14 - RICARDO AUGUSTO NASCIMENTO DE MELLO ARAÚJO
Coronel da Polícia Militar do Estado de São Paulo, agradece
pela homenagem que lhe foi prestada nesta solenidade. Tece considerações sobre
seu trabalho como policial.
15 - PRESIDENTE FREDERICO D'AVILA
Outorga o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de
São Paulo ao professor Luiz Carlos Molion.
16 - LUIZ CARLOS MOLION
Meteorologista e professor da Universidade Federal de
Alagoas, agradece pela homenagem recebida. Discorre sobre a posição do Brasil
no quadro internacional.
17 - PRESIDENTE FREDERICO D'AVILA
Outorga o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de
São Paulo ao Dr. Antônio Ferreira Pinto, representado neste ato pelo coronel PM
Ricardo Augusto Nascimento de Mello Araújo. Reitera a justeza das homenagens
prestadas nesta sessão solene. Enaltece a atuação do deputado estadual Major
Mecca e do deputado federal Capitão Derrite, quando estes estavam na ativa. Faz
agradecimentos gerais. Encerra a sessão.
* * *
- Assume a Presidência e abre a
sessão o Sr. Frederico d’Avila
* * *
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ALBERTO
MALFI SARDILLI - Bom dia a todos. Gostaríamos de anunciar a presença
do general de brigada Ricardo Carmona, chefe do Estado-Maior do Comando Militar
do sudeste.
Muito obrigado, comandante, pela presença. Do
coronel Reginaldo Blaskovski, assessor parlamentar do Comando Militar Sudeste;
do tenente-coronel Mário Alves da Silva Filho, comandante do 1º Batalhão Tobias
de Aguiar, Rota; do coronel Joselito, chefe da assessoria policial militar da
Secretaria de Segurança Pública; da Sra. Cláudia Pellegrini, vice-presidente da
Comissão de Segurança Pública; coronel Veloso, comandante do 34º Batalhão da
Polícia Militar do Interior; do coronel Mello Araújo, pai dos nossos
agraciados, nosso eterno comandante do policiamento de choque; professor
Molion, um dos nossos palestrantes, meteorologista.
Anunciar também a presença do nosso senador, Major
Olimpio, que muito nos honra com a presença neste evento; do nosso deputado
Castello Branco, que também muito nos honra com a presença; do deputado federal
Capitão Derrite, que deixou as suas atribuições - a gente sabe da correria do
dia a dia - e veio aqui para prestigiar o nosso evento. Anunciamos também a
presença do Major Mecca, deputado estadual desta nossa Casa de Leis.
Sessão Solene para a “Outorga do Colar de Honra ao
Mérito Legislativo do Estado de São Paulo. Deputado Frederico d’Avila. São
Paulo, 2 de dezembro de 2019.”
Bom dia a todos, convidamos para tomar assento aqui
à Mesa da Presidência, já devidamente nos seus lugares, o professor Molion, o
coronel Mello Araújo e o deputado Frederico d’Avila. Chamamos o nosso senador
Major Olimpio, para que tome local à Mesa. (Palmas.)
Anunciamos também a presença do Dr. Flávio Teles de
Menezes, que muito nos honra com a presença. Anunciamos a presença do Joaquim
Leite, o Juca, que aqui representa o ministro Ricardo Salles. É um prazer tê-lo
aqui com a gente Juca, obrigado pela presença. Chamamos para compor a Mesa, o
deputado federal capitão Derrite, para que também componha e faça parte da nossa
Mesa. Chamamos o deputado Major Mecca para compor a Mesa, e chamamos também,
para compor a Mesa, o deputado estadual Castello Branco. Finalizando a
composição da Mesa, chamamos o general Carmona. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D'AVILA -
PSL - Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos
trabalhos, nos termos regimentais esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, minhas senhoras e
meus senhores, amigos e amigas, esta sessão Solene foi convocada pelo
presidente desta Casa, atendendo à Solicitação deste deputado com a finalidade
de “Outorgar o Colar de Honra ao Mérito Legislativo” aos seguintes senhores:
coronel de Polícia Militar Ricardo Augusto Nascimento de Mello Araújo,
professor Luiz Carlos Molion, Dr. Antônio Ferreira Pinto, aqui não presente por
motivo de saúde, representado pelo Sr. Coronel de Polícia Militar Ricardo
Augusto Nascimento de Mello Araújo.
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ALBERTO
MALFI SARDILLI - Senhores presentes, o nosso amigo, então
secretário, Ferreira Pinto, passou por uma cirurgia e mandou um ofício
agradecendo. Gostaria de fazer a leitura a todos.
“Sr. Deputado, comunico à V. Exa. minha
impossibilidade de comparecer à Solenidade de outorga do Colar de Honra ao
Mérito Legislativo, a ser realizada no próximo dia 2 de dezembro, em razão de
cirurgia que me impede, temporariamente, de locomoção.
Registro, que sendo de V. Exa, a iniciativa para
que esta homenagem se concretizasse, ela se reveste de um significado muito
especial pela admiração que tenho por sua dedicada trajetória na vida pública.
Como secretário de Segurança Pública sempre contei
com seu inestimável empenho no alto escalão do Governo do Estado de São Paulo,
respaldo essencial para que os objetivos da polícia paulista fossem alcançados,
possibilitando melhores condições de trabalho, não obstante os entraves da
administração pública.
Aceite, nobre deputado, os agradecimentos de minha
família por essa homenagem que muito me honra.
Atenciosamente,
Antônio Ferreira Pinto”, que subscreve.
Convidamos agora a todos os presentes para, em
posição de respeito, ouvirmos o hino nacional brasileiro, executado pela
Camerata da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do maestro
2º Sargento PM Isael.
* * *
- É executado o Hino Nacional Brasileiro.
* * *
O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA -
PSL - Esta Presidência agradece a Camerata da Polícia
Militar do Estado de São Paulo, em nome do Sr. Maestro, 2º Sargento PM Isael.
Agradece aos demais componentes da Mesa e autoridades, conforme nominata.
Queria agradecer a presença do senador Major
Olimpio, nosso senador que representa São Paulo no Senado Federal, e também
integrante da Polícia Militar, nosso querido capitão Guilherme Derrite,
deputado federal, também representando o nosso estado de São Paulo e a Polícia
Militar, na Câmara Federal.
Nosso capitão do exército, Castello Branco, que
juntando trincheiras conosco, faz a batalha do dia a dia na Assembleia
Legislativa; o deputado Major Mecca, também integrante da Polícia Militar do
Estado de São Paulo, que cerra fileiras conosco na Assembleia Legislativa, na
luta do dia a dia; nosso querido amigo general Ricardo Carmona, aqui presente,
representando o Comando Militar do Sudeste, chefe do Estado-maior deste
comando; o assessor parlamentar do Comando Militar do Sudeste também, coronel
Reginaldo Blaskovski, aqui presente.
O
tenente-coronel Mário Alves da Silva Filho, comandante do 1º Batalhão de
Choque, a Rota, a quem eu cumprimento todo o BTA pelo dia de ontem, que foi o
aniversário do BTA.
Cumprimentando o coronel Mário Alves da Silva
Filho, comprimento toda a equipe da Rota aqui presente e todo o batalhão do
primeiro de choque; coronel Veloso aqui presente, também nos honra com a sua
presença, comandante do 34º BPMI; coronel Joselito, também nosso grande amigo,
chefe da assessoria da Polícia Militar da Secretaria de Segurança Pública;
Cláudia Pellegrini, vice-presidente da Comissão de Segurança Pública, e também,
o Dr. Flávio Teles de Menezes, a quem eu gostaria de cumprimentar toda a
sociedade rural brasileira, que também nos trouxe a sua contribuição para
homenagear aqui o professor Luiz Carlos Molion.
O coronel Mello Araújo aqui presente, que foi
também comandante da Escola Superior de Soldados da Polícia Militar, pai do
coronel Mello Araújo. Então, como a gente pode ver, o fruto não cai longe da
árvore, parabéns.
E o nosso querido Joaquim Leite, representando o
ministro Ricardo de Aquino Salles, ministro de Estado de Meio Ambiente, que vem
fazendo um belíssimo trabalho frente a essa pasta.
Também por último chegando, queria agradecer o
coronel Valdir de Suzano; coronel Sérgio da assessoria militar do Tribunal de
Justiça, anunciado pelo Major Mecca.
Agradecendo todas as pessoas que nominei, as que
não nominei, me desculpem, desde já.
Queria mencionar que me sinto muito honrado, Major
Olimpio, porque de civil aqui só tem eu. O resto dos parlamentares são todos os
militares, então fico feliz. Ainda tem tempo. Até o mestre de cerimônia é
militar. Barbaridade! Professor Molion, nós estamos em minoria aqui, viu?
Bom, prosseguindo, passo a palavra ao coronel
Sardilli.
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ALBERTO
MALFI SARDILLI - Comunicamos aos presentes que esta sessão Solene
está sendo transmitida ao vivo pela TV Alesp, e será transmitida pela TV Alesp
no próximo sábado, dia 7 de dezembro, às 21 horas; pela NET, Canal 7, TV Vivo;
Canal 9 e pela TV digital, canal 61.2.
O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA -
PSL - Bom, rapidamente apresentar uns aos outros.
O secretário Dr. Antônio Ferreira Pinto - como já
disse o coronel Sardilli, não pôde comparecer por conta de cirurgia realizada -
foi secretário de Segurança Pública, iniciando no ano de 2009 até o ano 2013.
Fez um belíssimo trabalho à frente da secretaria de
Segurança Pública, enfrentando vários desafios, combatendo o crime de maneira
bastante corajosa, utilizando-se da Polícia Militar e da Polícia Civil.
Mas, principalmente, trazendo de volta o brio e a
honra da Polícia Militar, onde nós podemos ver bravos policiais, que eu tenho a
honra de ter conhecido.
O capitão Derrite, o coronel Mello, o próprio Major
Mecca, que na época era capitão, e que empenharam muitos esforços no combate ao
crime organizado e tiveram valorosos resultados, reconhecidos na época e, que
hoje se manifestam, nos baixíssimos índices criminais que São Paulo ostenta à
frente dos demais estados da Federação, e também ao lado de outros países que
nós temos em volta, na América do Sul, e alguns até na América do Norte, onde
São Paulo, hoje, desponta na qualidade de prestação de serviço público.
Haja vista que nós temos uma legislação bastante
branda para com os criminosos e muito severa para com os agentes da lei, as
polícias Militar e Civil conseguiram e conseguem levar dia após dia segurança
aos paulistas, a despeito, Major Mecca, dos baixíssimos vencimentos percebidos
pela tropa.
Queria dizer que a nossa briga, a nossa luta, eu,
Major Mecca, Castello Branco, o próprio capitão Derrite e o Major Olimpio, no
senado federal, empenhamos esforços diuturnos para que essa realidade seja
modificada. E que esses bravos agentes da lei sejam reconhecidos à altura de
que devem ser reconhecidos salarialmente e também na questão legal, ou seja,
que eles possam trabalhar com a liberdade de empregar a lei e defender a
população paulista.
Em segundo lugar, aqui ao meu lado, professor Luiz
Carlos Molion, professor da Universidade Federal de Alagoas. Se eu for começar
a discorrer o currículo dele, vai demorar uns 15 minutos, tem diversos cursos,
diversas especializações no Brasil e no exterior.
É um dos grandes críticos do terrorismo ambiental
propalado pela Organização das Nações Unidas, como o que os senhores conhecem
muito bem, chamado de aquecimento global, efeito estufa e todos esses bordões
que foram criados pela Organização das Nações Unidas e seus órgãos adjuntos a
fim de encher o bolso de poucos, criando nas populações urbanas um terror
climatológico que, obviamente, tudo que você cria de fantasma para quem não
conhece que aquilo é falso, você assusta as pessoas.
O professor Molion vai fazer uma pequena palestra
daquele conhecimento que ele adquiriu ao longo de todo esse tempo na academia,
na pesquisa, para mostrar para à população urbana o quanto ela é manipulada, o
quanto ela é enganada e o quanto muitas pessoas, na verdade muito poucas
pessoas, faturam alto com esse tipo de discurso.
E, prosseguindo, o coronel Mello Araújo - ali
sentado ao lado da sua esposa -, que também eu conheci por causa do Dr. Antônio
Ferreira Pinto, ao qual o coronel Mello Araújo cerrou fileiras ao lado dele na
secretaria de Segurança Pública e quando ele comandou o glorioso 1º Batalhão de
Choque, a Rota, que todos conhecem.
Logo que assumiu o comando, ele me procurou, me
chamou para tomar um café. Ele falou: “Olha, Frederico, o quartel está uma
bagaceira, o quartel está desmontando. Choveu outro dia cento e poucos
milímetros aqui na região central, chovia mais dentro da Companhia do que fora
no pátio. Nós precisamos empenhar esforços”.
E ele sabe da minha luta. Quando eu estava no
Palácio do Governo, Major Olimpio, consegui 32 milhões de reais não só para a
Rota, mas para todo o complexo da Luz e, como o senhor sabe muito bem, consegui
os 32 milhões, mas eles se perderam na burocracia do Estado e não conseguimos
fazer absolutamente nada, nem na Rota, nem na Cavalaria, nem em lugar nenhum.
Não fizemos absolutamente nada, dada a burocracia que corrói toda a máquina
pública brasileira.
E o coronel Mello Araújo - isso que eu estou
contando, eu consegui esse dinheiro em 2012 -, o coronel Mello Araújo me chamou
em 2017 e nós fizemos, junto com outros membros da sociedade civil, a AAR -
Associação Amigos da Rota, dois eventos noturnos, no final do expediente.
O coronel Mello Araújo sempre muito caprichoso, fez
junto da chama de Canudos, junto da Bandeira e nós conseguimos, em dois
momentos, acho que arrecadar perto de 700 mil reais nas duas ocasiões, junto à
sociedade civil.
E o coronel Mello Araújo fez algo inédito, que foi
conseguir essa captação junto à sociedade civil, que o sucesso foi tão grande
na primeira versão da Associação Amigos da Rota, que nós tivemos que fazer a
segunda porque tinham pessoas que vinham me procurar, procurar o coronel Mello
e demais integrantes, dizendo: “Não, eu quero ajudar também”, e conseguimos
levantar 700 e poucos mil reais.
E vocês podem ver que todas aquelas melhorias na
pintura, nas janelas, na caixilharia, nas coberturas de telhado, enfim, tudo o
que vocês veem hoje no 1º Batalhão de Choque, foi conseguido graças aos
esforços do coronel Mello Araújo, que propiciou, fez com que houvesse esse
ombreamento da sociedade civil com a Polícia Militar e levantar esses recursos
para transformar, retransformar aquele quartel de 1891 na beleza que está hoje.
Se Deus quiser, eu até falei para o coronel Mello,
que não desistisse na reserva de fazer a mesma coisa, que nós podemos. Se, quem
conseguiu 700 mil naquela época de crise, consegue um milhão, graças ao novo
momento da economia que nós vamos viver no ano que vem.
Vai conseguir mais recursos e dar mais condições
para aquele glorioso Batalhão e também para o Quartel da Luz inteiro, que
precisa ser recuperado. A própria Cavalaria da Polícia Militar está em estado
muito ruim e precisa ser recuperada, e não dá, como eu disse ao Major Olimpio,
para ficar aguardando a boa vontade do poder público para que transpasse todos
aqueles itens burocráticos que consomem a vida do País.
E por fim, tive a honra, vou ter a honra de
presentear os três, condecorar os três com o Colar de Mérito Legislativo da
Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ALBERTO
MALFI SARDILLI - Anunciamos a presença do deputado Gil Diniz,
presidente do nosso partido na Casa e do Coronel Nishikawa, também deputado
estadual presentes aqui, para quem peço uma salva de palmas. (Palmas.)
Aproveitando as palavras do presidente desta
sessão, deputado Frederico d’Avila, nós produzimos um material a respeito
dessas inovações trazidas pelo coronel Mello Araújo lá no Batalhão Tobias de
Aguiar.
Então foi feito um vídeo, onde apresentam as
imagens das condições em que se encontravam o Batalhão, realmente com
infiltração. Um Batalhão de 128 anos - que fez ontem -, se encontrando numa
situação bastante deteriorada.
Após a gestão desses recursos - e que salienta-se o
custo feito com a iniciativa privada - saiu praticamente um terço do recurso
que seria feito pelo serviço público. Então a gestão, além de rápida, foi
eficiente e muito menos custosa, não aos cofres públicos, mas no geral, no
ponto final dos custos da obra.
Hoje, o quartel se encontra em condições,
inclusive, de visitação pública sem passar vergonha nenhuma. Então, Mello
Araújo, obrigado, em nome dos integrantes e ex-integrantes da Rota pelo
trabalho executado lá junto à sociedade civil.
Mais algumas imagens das condições atuais, já, do
quartel. Não foi só pintura, foi estrutural, construção de telhado, elétrica,
teve realmente bastante coisa feita na melhoria das instalações em benefício da
tropa.
Chamamos agora o professor Luiz Carlos Molion,
meteorologista, que vai nos trazer uma brilhante apresentação sobre o tema “A
Amazônia e a Seca no Sudeste”.
O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA -
PSL - Enquanto o professor Molion se dirige ao local, eu
queria pedir uma salva de palmas para o coronel Mello Araújo, pelo brilhante
trabalho. E agradecer a presença do meu líder, Gil Diniz e do Coronel
Nishikawa. (Palmas.)
O SR. LUIZ CARLOS MOLION - Muito bem.
Então nessa luta de desmistificação, como o deputado mencionou, com relação ao
aquecimento global, nós temos um outro mito que, infelizmente, também tem o
apoio do Papa Francisco, onde, nesse último documento de junho deste ano, do
Sínodo - documento para o Sínodo da Amazônia - que ocorreu agora no mês de
outubro em Roma, ele disse que a Amazônia é responsável pela distribuição das
chuvas no restante da América do Sul.
Vocês vão ver que isso é mentira, não existe isso.
E, na realidade, a nossa seca de 2014 não tem absolutamente nada a ver com o
que ocorreu na Amazônia. Já tivemos secas severas no passado, como vocês vão
ver. E aí, está ligado? Tem que apontar para onde? Agora vai.
Antes de
mais nada, mostrar que - vocês vão ter que me aturar durante uns 30 minutos - o
clima, ele é variável por natureza, naturalmente variável. Por exemplo, de 1916
a 1945 teve um aumento na temperatura - essa série é do Centro Hadley, da
Inglaterra, preparada pela unidade de pesquisa do clima da Universidade de East
Anglia -, a variação da temperatura, vocês notem, que de 1916 a 1945 houve um
aumento na temperatura global.
E, é claro que a atividade humana nesse período,
principalmente emitindo gás carbônico, era ínfima antes da guerra.
Posteriormente, depois da Segunda Guerra, em que os aliados tomaram as
indústrias dos países do eixo, a industrialização se acelerou, foi necessária
mais energia, termelétricas queimando mais carvão e petróleo.
E, por incrível que pareça, vocês veem que de 1946
a 1975 a temperatura diminuiu, exatamente quando houve um aumento nas emissões,
a temperatura diminuiu.
E, só por curiosidade, eu estava fazendo o meu
doutorado na Universidade de Wiscosin, nos Estados Unidos, entre 1970 e 1975. E
o que a imprensa dizia na época?
Que estávamos indo para uma nova era glacial.
Inclusive, se vocês tiverem a paciência de procurar, no dia 30 de junho de 1974
tem uma página inteirinha do jornal o “Estado de S. Paulo”, assinada pelo professor
Ernesto Giacaglia, do Instituto Astronômico e Geofísico, mostrando como é que
íamos para uma nova era glacial e como poderíamos sobreviver.
Na realidade, o “homo sapiens” tem cerca de 160 mil
anos de existência, e o “homo sapiens” já passou por uma glaciação de mais de
100 mil anos, e sobreviveu, e a prova é que nós estamos aqui.
Estação da Luz: desde que os ingleses começaram a
construir - os ingleses são fanáticos por isso - colocaram um pluviômetro lá,
então nós temos dados desde 1887 até 2018. Notem esse período aqui, no final da
década de 1910 até 1928, com uma seca tremenda em 1924.
Aí vocês se perguntam: “Qual era o desmatamento da
Amazônia capaz de produzir essa seca em 1924?”. Tivemos também uma seca severa
em 1963. Só que essas secas de 1924 e 1963 não tiveram uma repercussão social e
econômica muito grande, porque a população era pequena ainda e o agronegócio
não era globalizado, uma seca como a de 2014 tem um impacto social muito maior.
Então o que
nós fizemos? Contra números não existem argumentos: “Eu acho que, talvez...”.
Não, números. Colocamos uma caixa virtual na Amazônia, com paredes norte, sul,
leste e oeste, uma tampa para não sair nenhuma umidade, há oito quilômetros de
altura.
E, com dados bastante confiáveis de 1999 a 2014,
nós calculamos quanta umidade entrou e quanta saiu - porque eu me arrepiava
toda vez que aquela menina, Maju, do “Jornal Nacional”, dizia assim: “A umidade
que vem da Amazônia”. Não vem umidade nenhuma da Amazônia, a fonte de umidade é
o Oceano Atlântico.
Nós
colocamos essa caixa e calculamos quanto entrou, quanto saiu. E números
redondos, de maneira geral: do Oceano Atlântico entra o equivalente a 500 mil
metros cúbicos por segundo, sendo que 400 mil são transformados em chuva, 200
mil saem pelo rio, e os outros 200 mil são evapotranspirados, ou seja, a
floresta recicla aquela água que está no Solo, para jogar na atmosfera.
E a floresta faz isso para manter a temperatura da
folhagem, porque se a temperatura da folhagem passar de 34 ou 35 graus, as
plantas podem ficar danificadas.
Então, ela usa esses princípios da transpiração, ou
como nós chamamos de evapotranspiração, que, ao transformar água em vapor,
consome uma quantidade muito grande de energia.
É como o nosso organismo, não é? Se a temperatura
da pele tende a passar dos 37 graus, as glândulas sudoríparas entram em ação e
ao evaporar o suor que está na pele, rouba calor da pele e baixa a temperatura,
as plantas fazem a mesma coisa.
Então, chegamos à conclusão, nesse estudo publicado
no ano passado, que o desmatamento da Amazônia não interfere na distribuição -
muito embora o Papa Francisco e os documentos do Vaticano vão na contramão
disso - e a fonte de umidade para o restante da América do Sul não é a Amazônia
e sim o Oceano Atlântico Tropical.
Normalmente se forma na Amazônia, ou mais no Brasil
central, durante o verão há o aquecimento do ar, esse ar se torna mais leve,
sobe levando umidade e produz nuvens de chuva.
Mas há
períodos em que ocorre o contrário: quando se tem o “El Niño” - que é aquele
fenômeno oceânico que ocorre no Pacífico - o aquecimento do Pacífico acima do
normal, nós sabemos como diagnosticar, mas não sabemos o que gera esses “El
Niños”.
Nessas circunstâncias, o ar sobe em cima do
Pacífico e desce em cima da América do Sul como um todo; ao descer, ele provoca
o que os paulistanos conhecem muito bem, que é a inversão de temperatura: o ar
sobe no Pacífico e provoca uma alta pressão que domina todo o País, inclusive
chegando até a África do Sul.
Quer dizer, temos aqui um gráfico que mostra
esquematicamente a altura versus temperatura. Temperatura crescendo da esquerda
para a direita. Então, quando este ar começa a descer, ele vai se aquecendo na
taxa de dez graus centígrados por cada quilômetro que desce.
Vai chegar numa altitude, mais um menos em torno de
três mil metros, em que este ar está mais quente do que este ar que está em
baixo. O ar mais quente é menos denso, mais leve, então fica em cima do ar
frio, criando uma situação estável.
O topo desta
chamada camada de inversão - que a gente vê muito aqui em São Paulo,
principalmente durante o inverno -, e ela é chamada de camada de inversão
porque, normalmente, a temperatura decresce com a altura.
Naquela camada em que a temperatura passa a crescer
com a altura, inverte o sentido, é que nós chamamos de camada de inversão.
No topo, a umidade relativa é abaixo de 20%, as
nuvens não conseguem crescer nesse ambiente. E entre a superfície e a base, que
está a mais ou menos dois mil metros de espessura, fica tudo retido, inclusive
poluentes, o que é muito ruim no caso da cidade de São Paulo, mas também a
umidade não consegue sair dessa camada.
Então foi exatamente isso que aconteceu: a umidade
entrou do Atlântico, mas como tinha esse sistema de alta pressão e a inversão,
ela foi canalizada e foi chover lá no Rio Grande do Sul.
Então não é que tenha faltado umidade, como mostra
aqui. O fluxo pela fronteira sul, neste período de 1999 a 2014 que nós
utilizamos os dados, mostra que o maior fluxo de umidade em quilos, por
segundo, foi exatamente 2013/2014, quando nós tivermos as secas severas.
Quer dizer, não faltou umidade, foi esse mecanismo
de alta pressão que impediu que essa umidade fosse convertida em chuvas e
causou essa seca severa.
Floresta, árvore, tem muitos vídeos circulando pela
internet: “A máquina de fazer água”. Árvore não produz água, 99% da água que a
árvore usa é para a evapotranspiração, para manter a temperatura da folha e ela
devolve para a atmosfera que, incorporando os 200 mil metros cúbicos por
segundo de evapotranspiração e mais os 100 mil que passou direto - 500 menos
400 -, essa umidade chega aqui.
Lembre-se: a floresta existe porque chove e não o
contrário, a floresta tem uma interação com a atmosfera, mas a causa principal
da existência da floresta é a chuva, que permite que ela exista.
E tenho sido alvo de críticas, principalmente agora
neste ano, com as queimadas e com os sete mil e novecentos quilômetros
quadrados de área desmatada.
Mas, se esquecem que em 1978, quando foi feito o
primeiro levantamento, chegou-se a 28 mil. No primeiro ano de governo de
Fernando Henrique, chegamos a 29 mil quilômetros quadrados desmatados e, no
governo de Lula, os três primeiros anos, também os desmatamentos foram severos,
só que a imprensa não dava atenção nenhuma, sendo que em 2004 chegou a 28 mil
quilômetros quadrados.
Hoje, estamos com sete mil e novecentos, não há
nada glorioso em se dizer isso. A tendência é, realmente, a gente passar a ter
um outro padrão de desenvolvimento que inclua a floresta e não desmatando.
Pensa-se no desenvolvimento, sempre plantando soja,
milho, ou pastagens para gado. Mas, certamente, essa floresta tem um valor
muito maior do que pastagens e sacos de soja - que afinal de contas a soja até
que está bem neste ano com a quebra dos Estados Unidos, já chegou a 90 reais a
saca.
Na hipótese
absurda, da gente desmatar a Amazônia no ritmo atual, sem levar em conta o
crescimento de volta da vegetação, levariam uns 700 anos. Quer dizer,
absolutamente ridículo.
E dá para a gente, intuitivamente, perceber o
seguinte: a floresta é um elemento rugoso, é um obstáculo para o vento nos
baixos níveis. É como se tivéssemos um carrinho elétrico que está andando na
cerâmica e ele sobe no tapete, ele dá aquela freada, a mesma coisa acontece com
o vento.
O vento sai do oceano, que é uma superfície lisa,
encontra a floresta, que é uma superfície rugosa e parte desse movimento é
convertida em turbulência vertical, produzindo chuva.
Em princípio, intuitivamente, a gente percebe que
se retirar a floresta, os ventos nos níveis baixos vão se acelerar, vão
transportar mais umidade para o Centro-Oeste e para o Sudeste e irá chover mais
aqui e não o contrário, como se diz.
Por exemplo, como saiu recentemente, no dia 17 de
outubro na “Folha de S.Paulo”, um artigo chamado “O mundo sem a Amazônia”, que
diz que se retirar a floresta vai reduzir 25% a chuva aqui.
Então, intuitivamente, a gente percebe que se
retirar a floresta os ventos nos níveis baixos se aceleram, transportam mais
umidade para cá. Chove menos lá, mas aqui choveria mais.
Está aí: o mundo sem a Amazônia, onde diz que com
100% teríamos então uma redução de chuva na maior parte do País; no cenário
pior, que é o cenário 5, com 50%. E chega o jornal, o articulador, chega até a
dizer que haveria um aumento global de 0,25 graus centígrados na temperatura.
Olha o detalhe: 0,25.
O meio-oeste americano seria afetado com temperaturas
mais elevadas e choveria mais na Indonésia, devido ao desmatamento da Amazônia,
é isso que o artigo fala, decorrente de um experimento que foi feito com modelo
de clima do GFDL, “Geophysical Fluid Dynamics Laboratory”, nos Estados Unidos,
na Universidade de Princeton.
Então são resultados de modelo, assim como essas
projeções de aumento de quatro ou cinco graus até o ano 2100 são feitas com
modelos, também esses experimentos são feitos com modelo. Só que tem um pequeno
detalhe: esses modelos têm um problema sério, que se chama ciclo hidrológico.
Modelo não sabe criar nuvem, não sabe fazer chover,
entre outras coisas. E eu explico o porquê disso: o computador não tem ideia do
contínuo, quer dizer, eu posso traçar uma reta contínua, estou vendo que é uma
reta, para o computador é uma sequência de pontinhos.
Então os dados, no computador, ele vê de uma forma
discreta. Então o que você faz? Coloca-se uma grade de latitude e longitude e
depois em níveis de altitude e os pontos são inseridos, os dados são inseridos
nos pontos de grade. Modelo a rodar: pressão, temperatura, vento, umidade,
etc., são colocados nos pontos de grade.
Agora, pasmem, vocês: por questão de máquina,
tempo, a distância de um ponto de grade a outro é um grau de latitude e
longitude que, na região Tropical, são 110 quilômetros, ou seja, entre um ponto
e outro e tem uma distância de 110 quilômetros.
Qualquer coisa que aconteça dentro desse espaço, o
modelo não tem condições de captar: uma nuvem poderosíssima, capaz de produzir
100 milímetros de chuva, pode simplesmente aparecer e desaparecer em questão de
quatro ou cinco horas.
Terá um diâmetro equivalente, digamos de 50
quilômetros, o modelo não consegue saber. Se o modelo não consegue saber que a
nuvem está lá, ele não vai conseguir resolver o problema da formação de nuvens
e chuva.
Portanto, os resultados desses modelos, de maneira
geral, são inúteis, gasta-se muito dinheiro com esses supercomputadores e os
modelos e eles não servem para nada, porque eles não conseguem resolver o problema
do ciclo hidrológico.
Só como exemplo - eu não peguei nada assim que fui
procurar a pior situação não - o modelo do GFDL, esse mesmo que foi usado nesse
artigo, com dados de outubro de 2018, prevendo março de 2019, dados de modelo
rodando.
Modelo em outubro para prever março - na
agricultura a gente adoraria ver um modelo bom, que pudesse dar ao agricultor
essa segurança durante o cultivo -, notem: o modelo colocou praticamente zero
de chuva na maior parte do País, as observações de março mostram exatamente o
contrário.
Em regiões que o modelo previu reduções de 120 a
180 milímetros por mês, ocorreu, na realidade, excesso de chuva de 200 a 400
milímetros. Coloquem na cabeça de vocês: tudo isso que sai com relação ao clima
global.
E hoje, está sendo iniciada a COP - Conferência das
Partes, a 25ª - para vocês verem, há 25 anos esses caras estão enganando a
população -, em Madri. O nosso ministro está lá, para passar as duas semanas,
normalmente o ministro só vai na segunda semana, mas acho que ele tem outras
agendas para tratar.
Todos esses modelos, todos esses resultados
catastróficos, decorrem de modelos de clima que não representam o clima atual.
O modelo é bom?
Então ele deveria conseguir reproduzir o clima
passado, não acha que é justo você dizer: “Olha, eu tenho dados daquele
aquecimento de 1916 a 1945, vamos ver como que os seus modelos reproduzem
aquilo”. Notem o detalhe do aquecimento, com um pico aproximadamente em 1938.
Comparação de 81 modelos, olha a bagunça: um
dizendo que a temperatura da Terra estava em torno de 15 graus e outro aqui
embaixo em torno de 12 graus e, entre um e o outro, tem mais de três graus de
diferença entre os modelos.
E agora estão preocupados em dizer que, até 2030,
nós não podemos deixar a temperatura aumentar meio grau, senão o planeta
explode. Quer dizer, baseado em quê? Em modelos. Isso aparece uma macarronada
de espaguete na realidade.
Outra coisa que fazem: fazem com que o modelo
reproduza um período passado. Por exemplo, dados de 1975 a 1990 foram usados
para sintonizar o modelo porque o modelo tem tantos parâmetros que ele vai
mexendo, tortura o modelo até o modelo confessar o clima atual e bota o modelo
para a frente.
Por esses modelos - a média deles -, em 2015, nós
já devíamos estar com uma temperatura de 0,6 graus acima do que as observações
indicam. Notem que, nos últimos 20 anos, praticamente a temperatura tem estado
estável, embora as emissões de CO2 tenham aumentado mais de 10%.
A pergunta é: “Haverá mudança?” Claro, a constância
do clima é de estar sempre mudando, mudando constantemente, e vai para um
resfriamento pelos próximos 10 ou 12 anos e não para um aquecimento. Por quê? O
Sol, tem um ciclo de 11 anos de atividade Solar: quatro anos crescendo, sete
anos baixando, e quanto mais mancha Solar estiver, mais ativo está o Sol.
Vejam que cada pico desses tem um número de manchas
diferente. Por exemplo, em 57/58 chegou, em média, 230 manchas por dia,
bastante ativo o Sol. Mas superposto a esse ciclo, parece existir um ciclo de
100 anos e em todo início de século o Sol entra no mínimo de atividade.
Foi assim no início do século XIX, no início do
século XX e agora os físicos Solares estão dizendo que esse próximo ciclo, que
começa agora no ano que vem, 2020, vai durar possivelmente até 2031 ou 2032,
vai ser um ciclo de atividade extremamente baixa, inferior inclusive ao que
ocorreu há 200 anos atrás.
Então o efeito é essencialmente indireto, porque
quando o Sol reduz a sua atividade, o fluxo de radiação Solar não reduz
significativamente, mas o campo magnético Solar enfraquece.
E, se o campo magnético Solar enfraquece, a Terra
fica sujeita a um bombardeio maior do que eles, erroneamente, chamam de “raios
cósmicos galácticos”, que na verdade são partículas, não são raios.
Essas partículas de alta energia, que são
produzidas pela explosão de estrelas supernovas, chegam ao nosso planeta e,
segundo a teoria do físico Henry Szkermark , dinamarquês, elas produzem mais
nuvens baixas. E nuvem é, realmente, o grande controlador do clima deste
planeta.
Você imagina que você tem uma sala envidraçada que
está entrando Sol, está aquecendo o ambiente. Você puxa a cortina, aí o Sol
bate na cortina e é refletido para fora. As nuvens são assim: se aumenta a
cobertura de nuvens, a radiação Solar vem de fora e é devolvida para o espaço.
Se diminui a cobertura de nuvens, entra mais radiação.
Entrando mais radiação, como foi o caso desse
período de 1976 a 2000, em que os dados de satélite mostram que houve uma
redução de 5% na cobertura de nuvens.
Houve um
aumento pequeno de quatro lotes por metro quadrado, mas nós estamos falando da
média para o planeta, que tem 510 milhões de quilômetros quadrados, ou seja,
510 trilhões de metros quadrados que, multiplicado por este quatro
pequenininho, dá uma quantidade enorme de energia: aquecer os oceanos, e os
oceanos, o clima.
Agora os oceanos mostram, eu peguei dados de 1999 a
2018, esses últimos 20 anos, e subtraí dos 20 anos passados, aquele período em
que estava quente, de 1976 a 1998.
E esses dados estão mostrando que os oceanos estão
se esfriando: próximo da América do Sul, da América do Norte está mais frio e a
linha de zero de anomalia, de desvio, está chegando já até a linha da data.
Significa então que, se os oceanos se esfriarem
devido ao aumento da cobertura de nuvens, que deve ocorrer nesses próximos 10
ou 12 anos, vai entrar menos radiação, os oceanos se esfriam e, como a
atmosfera é aquecida por baixo, o ar em contato com a superfície.
Você vê que a temperatura aqui pode ser 25 ou 30,
mas na vertical é 45/50 negativos, tem pelo menos uma diferença de uns 70°
entre a superfície. Por que lá é frio? Por que o ar é muito mal condutor de
calor e o transporte de calor é difícil, já o ar em contato com a superfície,
se aquece, porque o Sol aquece a superfície e a superfície, aquece o ar.
Então, os oceanos constituem 71% da superfície
terrestre, se mudar a temperatura dos oceanos muda o clima, tá? E a Amazônia? A
Amazônia, 5,5 milhões - um por cento da superfície do planeta.
Claro, não sou defensor do desmatamento, mas a
intuição diz que se desmatar toda a Amazônia, o clima global nem vai perceber.
Afinal de contas, são 71% de oceanos contra 1% de floresta.
E aqui
deixar um alerta para vocês: antigamente se estudava a influência da Lua, e
hoje não se ensina mais, embora os antigos dizem: “Olha, você tem que plantar
em lua tal, não sei o quê, porque a Lua interfere no clima”.
Interfere? Não diretamente, porque é a força
gravitacional da Lua mudando marés e correntes marinhas é que muda a
temperatura dos oceanos que, indiretamente, vai mudar o clima
Então existe
um ciclo que ninguém mais conhece, chamado ciclo nodal. Aqui nós conhecemos.
Mas aqueles caras que fizeram aquele amontoado de pedras lá na Inglaterra, o
Stonehenge, já tinham 19 pedras por dentro, e 56 peças por fora, há 3500 anos
atrás, eles sabiam exatamente a posição em que a Lua nascia a cada ano.
A Lua tem o seu plano de órbita variável,
inclinações variáveis com relação ao Equador terrestre. Ela fica 28,6 graus
latitude norte e sul e, quando está nessa máxima inclinação ela varre esse
retângulo amarelo, que é metade da superfície terrestre, onde estão todos os
oceanos praticamente também. Depois - 9,3 anos depois - ela baixa para 18,4 e
fica dentro da região tropical, e a força gravitacional cobre uma área
equivalente a esse retângulo azul.
Para vocês
terem uma ideia, nos 28 dias - que é aproximadamente o período em que a Lua dá
volta em torno da Terra - quando está na inclinação máxima do plano, ela tem
que viajar 13 mil quilômetros e, quando está na mínima, oito mil quilômetros.
Existe uma diferença de cinco mil quilômetros que
significa que, quando está mais inclinado, a velocidade relativa da Lua com
relação à superfície terrestre é muito maior, agita mais as marés e acelera as
correntes marinhas.
As correntes marinhas transportam mais calor da
região Tropical em direção aos polos, derrete o gelo lá, como foi em 2006. Aí
ficam dizendo que o Ártico está derretendo por culpa do homem. Claro, muito
claro.
Eu construí uma tabelinha - já que o evento é
astronômico, você pode ir mil anos para a frente, um bilhão de anos para a
frente ou para trás - desde 1885 até 2090 eu estava procurando essencialmente
períodos de degelo, que coincidem quando o plano da órbita está mais inclinado,
acelera as correntes marinhas, a força gravitacional transporta mais e me
deparei com essa primeira coluna aqui.
Quando o plano da órbita está no mínimo, dentro da
região tropical. Toda vez que isso aconteceu ocorreram “El Niños” muito fortes
e secas severas para nós: 2015/16, 97/98, 77/88, 58/59, 41/42 e assim por diante.
Então meus caros, minha preocupação é a seguinte:
2013/2014 nós tivermos uma seca severa aqui no estado de São Paulo e a cidade
de São Paulo ficou sem água, com essa população atual, se essa minha teoria
estiver correta, a próxima dor de cabeça vai ser aqui: 2033/2034.
Portanto, os senhores deputados têm bastante tempo
para tratar de como trazer água para esta cidade, porque até lá a população vai
estar maior e o caos social e econômico vai ser maior nesta cidade.
De onde
vamos trazer água? Da Ribeira de Iguape, por exemplo; Ubatuba, ou “Ubachuva”,
não é? Chove quase cinco mil milímetros por ano em Ubatuba. Fazer coleta nas
encostas voltadas para o Atlântico, para trazer água para cá. “Ah, mas Ribeira
de Iguape precisa passar por uma serra de 700 metros” – e daí? A água mais cara
é aquela que você não tem.
Então, se
você começar a agir agora para se preparar para uma possível falta de água em
2033 e 2034 - e pode notar então, toda vez que nós tivermos a Lua bem no mínimo
do seu plano da órbita, nós tivemos transtornos e secas severas -, então é um
problema sério porque, entre outras coisas, a falta d’água leva a uma
desestabilidade da sociedade e leva a conflitos sociais.
Para concluir, lembrar sempre:
clima varia por causas naturais. É muita pretensão do homem achar que algumas
toneladas de gás carbônico que ele lance vai mudar o planeta, pois só basta um
“El Niño”, um oceano quente para jogar milhares de toneladas de gás carbônico.
Já aconteceu no passado em
eventos extremos: a pior inundação de São Paulo foi janeiro de 1929. Qual era o
desmatamento da Amazônia, qual era a atividade humana capaz de ter produzido a
pior inundação? E secas também, como vocês viram pela Estação da Luz - os dados
da Estação da Luz - já ocorreram no passado.
Lembrar que a floresta não produz água, apenas
recicla a água da chuva que estava no solo; se não chover, não tem floresta; o
desmatamento não é a causa porque a floresta não é fonte de umidade, a umidade
vem do Oceano Atlântico e, daqueles 16 anos que nós estudamos, 2013/2014 foram
os dois anos em que a concentração de umidade foi maior no Sudeste.
Só que não existia um mecanismo
capaz de converter essa umidade em chuva; nos próximos 10 ou 12 anos
resfriamento global, com uma frequência maior de invernos rigorosos fora das
regiões tropicais.
O Brasil não sofre muito, o Rio Grande do Sul, os
estados do Sul sofrem com esse resfriamento. Mas, certamente, os países fora da
região tropical, como é o caso dos Estados Unidos - que é o grande produtor de
grão -, nós vimos neste ano que uma massa de ar polar deixou os solos
congelados até abril aproximadamente e os estados do norte, que são grandes
produtores de soja e milho, plantaram com três a quatro semanas de atraso.
Com isso, hoje estão colhendo milho debaixo de neve
e um grão com uma qualidade inferior, porque passou por várias geadas.
Então, é
muito importante lembrar isso que, nesses próximos 10 ou 12 anos, devido ao
fato de que o Sol está entrando num período mínimo. Aliás, é fantástico: pela
primeira vez a humanidade, desde que o “homo sapiens” existe, vai ter condições
de estudar o Sol de perto para ver como é que ele se comporta num ano como
esse, que ocorre a cada 100 anos, a cada 100 anos esse mínimo Solar.
E lembrar que, se eu tiver razão - se minha
hipótese estiver correta -, nós temos que nos preparar para uma possível crise
de água no ano de 2033/2034.
Então, fica a sugestão para que a Assembleia
Legislativa de São Paulo comece já a pensar um pouquinho para a frente e ver
que existe grande chance de passarmos por um evento catastrófico por volta de
2033/2034.
Devemos estar preparados para isso. Muito obrigado,
lembrar das palavras de Francis Bacon: “Nós não podemos comandar a natureza,
nós temos apenas que nos curvar e nos adaptar ao que ela nos oferece”.
Muito obrigado.
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ALBERTO
MALFI SARDILLI - Agradecemos a brilhante palestra do professor Luiz
Carlos Molion, que desmistifica falsas premissas pregadas por interesses
escusos.
Professor, muito obrigado pela palestra, foi muito
elucidativa e, certamente, fez um alerta aos parlamentares desta Casa. Passamos
a palavra agora ao deputado Castello Branco, para que faça uso da tribuna.
O SR. CASTELLO BRANCO - PSL - Agradecer a
ilustre presença do senador Major Olimpio, que muito nos honra, e não posso
deixar de, a cada vez que vejo o senhor, agradecê-lo por aquela vez que nos
encontramos na Associação dos Deficientes Físicos da Polícia Militar e o senhor
disse que eu era um herói.
Eu fiquei 25 anos no Exército, nunca ninguém tinha
me dito isso e eu com certeza fiz muito, então eu nunca vou me esquecer,
independentemente de qualquer coisa, o senhor tem um amigo, muito obrigado
Deputado
Frederico d’Avila, parabéns pela iniciativa, mais uma vez, pela aula que, com
certeza, vai se propagar pelo éter a partir de agora, se depender de nós aqui
da Assembleia.
Major Mecca; deputado capitão Derrite, obrigado
pela presença; general Carmona, meu companheiro de escola de cadetes, bem-vindo
a bordo. Eu só tenho a elogiar a iniciativa, agradecer e a colocar a nossa
Casa, professor, à disposição do senhor, para que a gente transforme, no que
for tangível a nossa atuação parlamentar legislativa em prol dessa aula e desse
nosso futuro.
Muito obrigado a todos, Brasil acima de tudo e Deus
acima de todos.
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ALBERTO
MALFI SARDILLI - Muito obrigado, deputado Castello Branco, pelas
palavras.
Chamamos agora o deputado estadual Major Mecca,
para usar a palavra.
O SR. MAJOR MECCA - PSL - Senhoras e
senhores, bom dia a todos os integrantes da Mesa. Parabéns, deputado Frederico
d’Avila pela iniciativa.
O Major Olimpio, nossa referência; nosso irmão,
capitão Derrite, deputado federal, trabalhamos juntos na Rota: eu, comandante
de Companhia e ele ficou comandando o pelotão; general Carmona; professor
Molion; coronel Mello Araújo, pai do homenageado coronel Mello Araújo, era
comandante do CPE Choque, do Comando de Policiamento de Choque, quando para lá
fui como aspirante, fui recepcionado pelo o senhor, o senhor não se lembra mas
eu me lembro muito bem da recepção do senhor.
É a recepção
do coronel Suzano, que era o comandante do 3º Batalhão de Polícia de Choque,
aprendi muito com os senhores; aos homenageados; a todos os presentes; o
tenente-coronel Mário, fomos tenentes juntos na Rota. Ontem, o 1º Batalhão de
Polícia de Choque completou 128 anos, desde de 1891 os nossos bravos guerreiros
defendem São Paulo. Na época, percorreram todo o Brasil lutando e defendendo a
honra da nossa Nação.
Vejo aqui vários amigos, coronel Sérgio, que
também, quando eu cheguei a aspirante eu era tenente no COE, no Comando de
Operações Especiais, junto com o tenente Mello Araújo, que hoje é homenageado;
coronel Veloso; major Carvalho; Paulo César, que está aqui.
É uma honra. O coronel Joselito, também comandou o
3º de Choque. Com todos os senhores eu aprendi muito, e é uma honra estar aqui
para abraçar o coronel Mello Araújo, em particular, porque fomos tenentes
juntos na Rota noturna.
Mellinho, eu aprendi muito comandando o pelotão
junto com você. Todas as demandas que atendemos no combate ao crime organizado,
combatendo o crime, ajudando, salvando vidas nas ruas em São Paulo, eu tive
essa grata oportunidade de estar ao seu lado.
Conte sempre com o nosso apoio, com o nosso
trabalho aqui na Assembleia Legislativa, onde nós procuramos trazer esses
valores aprendidos na vida de caserna: a honestidade, a lealdade, a honra, o
respeito ao próximo, para que nós, policiais, possamos ser contemplados com
esse respeito, porque, hoje, dentro do Estado, nós não somos.
Nós, policiais, nos dedicamos de forma a entregar a
nossa vida para defender o cidadão, e não somos valorizados à altura do serviço
que prestamos ao estado de São Paulo.
Tivemos, nesta Casa aqui, uma votação na semana
passada de um reajuste salarial desrespeitoso, de 5%, que nós fomos contra,
colocando aqui, e externando a vontade de quem nós representamos, que são os
nossos policiais que, numa pesquisa feita a todos eles, 95% foram contundentes
em dizer: “comandante, vote não a esse gesto de desrespeito do governo do
Estado de São Paulo com todos nós, policiais”.
E nós estamos aqui para fazer valer o
descontentamento desses homens, e mulheres, que estão defendendo São Paulo, e
fazer valer a honra de todos eles. O coronel Mello Araújo, como todos que estão
aqui, tiveram uma participação muito grande nos resultados que, hoje, a
sociedade paulista desfruta da queda de homicídios, queda dos roubos, dos
furtos, e de outros índices criminais, os senhores são responsáveis por esses
números.
E nós estamos aqui sempre, para fazer valer esse
trabalho, esse esforço, e fazer com que todos nós sejamos valorizados. Parabéns
coronel Mello Araújo pela homenagem, é pouco para reconhecer o seu trabalho,
mas tenha certeza que é feita de coração.
E nós estamos aqui para abraçar você, a sua
família, sua esposa, os seus filhos, com muito carinho, com muito amor e com
muito respeito.
Parabéns. Que Deus abençoe a todos.
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ALBERTO
MALFI SARDILLI - Muito obrigado, deputado Major Mecca, pelas
palavras.
Chamamos, agora, para fazer o uso das palavras, o
deputado estadual Coronel Nishikawa.
O SR. CORONEL NISHIKAWA - PSL - Bom dia a
todos, coronel Mello Araújo, parabéns pela sua homenagem, parabéns ao d’Avila.
Eu iria falar coronel d’Avila, mas não chegou lá ainda não, pela homenagem
prestada aos nossos heróis do cotidiano, aqueles que salvam vidas e que, em
detrimento de muitos, infelizmente, como diz o Major Mecca, que prefere ser
chamado assim, nós não somos valorizados.
Nós temos
que nos valorizar, acima de tudo... General Carmona, obrigado pela presença, em
nome do general Carmona cumprimento todos os militares aqui presentes, aos
colegas, e nome do nosso querido amigo, Major Olímpio, os nossos parlamentares.
Dito isso, eu digo o seguinte: que muita gente fala
que eu sou bombeiro, realmente a minha alma é mais bombeiro do que polícia,
entretanto, eu tive a oportunidade de ser comandante e subcomandante de
batalhão.
Eu comandei o 6º Batalhão. Eu comecei a minha
carreira como soldado, e fui subcomandante do 10º, então eu tenho uma vida
também de rua, e muitos aqui acham que só fui bombeiro, mas não fui só
bombeiro, não, eu sei o quanto é árdua a batalha diária nas ruas.
Tirávamos Tático-Comando de madrugada. eu tenho visto
que hoje cumprem uma jornada de 12 horas em uma viatura, e eu já tinha até
solicitado para o nosso secretário para fazer um estudo para diminuir esses
horários.
Aliás, no nível federal, poderia até vir alguma
coisa dessa natureza, porque é um absurdo ficar 12 horas em uma viatura. Oito
horas que a gente ficava a gente já achava bem pesado, porque a gente não se
limita às oito horas dentro da viatura.
Quando nós pegamos um flagrante, por exemplo, nós
viramos a noite, viramos o dia. Tudo o que for feito em prol da Polícia
Militar, para aqueles que podem fazer, vão fazer gente, porque o Governo não
nos reconhece ainda, queremos que reconheça, sim.
Tida como a melhor polícia do Brasil, é referência
no mundo inteiro, tanto é que o nosso comandante-geral esteve em Chicago,
falando sobre a diminuição do índice de criminalidade, eu acho que eu estou
falando demais, mas era preciso falar isso.
Muito obrigado a todos, parabéns a todos, um grande
abraço, coronel Mello Araújo.
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ALBERTO
MALFI SARDILLI - Deputado Coronel Nishikawa, obrigado pelas
palavras. Chamaremos agora o deputado federal capitão Derrite para fazer o uso
da palavra.
O SR.
GUILHERME MURARO DERRITE - Senhoras e senhores, bom dia,
quero iniciar cumprimentando o proponente desta sessão solene, o deputado
Frederico d’Avila, que, pouca gente sabe, mas me ajudou muito desde a época em
que eu era tenente lá na Rota, quando o governo PSDB tentava me tirar da rua –
não é, Fred?
E você, como assessor especial na época do
governador me segurou por algumas vezes, duas vezes - e eu sou muito grato a
isso, e faço questão de falar publicamente sempre nas minhas palavras.
Eu quero cumprimentar, em que pese não estar
presente, quem está representando aqui o Dr. Ferreira Pinto, que é o próprio
homenageado também, o coronel Mello Araújo, o Dr. Ferreira Pinto foi um
secretário de Segurança que fez história no estado de São Paulo, teve coragem
de enfrentar o crime organizado, e não há outro caminho para controlar a
criminalidade que não seja enfrentando da maneira como eles merecem ser
enfrentados.
Eu acho que a polícia comunitária é válida, ela é
precisa, ela é necessária, mas a gente não pode deixar de lado, e deixar de
encarar, uma realidade, a hipótese, do confronto, e foi isso que o secretário
fez, resgatando a Rota, e hoje nós temos aí o resultado.
A Rota é o que é hoje porque ela foi resgatada pelo
secretário Ferreira Pinto, e eu aproveito aqui para cumprimentar o trabalho que
o coronel Mário, e toda a sua equipe aqui representada, realiza no estado de
São Paulo, também pelo aniversário de ontem, de 128 anos de Batalhão Tobias de
Aguiar.
Eu sou muito grato a Deus por ter tido a oportunidade
de servir nessa centenária, e gloriosa, unidade, cumprimentar o senador Major
Olímpio, cumprimentar o deputado Major Mecca, o professor Luiz Carlos, que deu
literalmente uma aula, e parabenizá-lo, professor, pela merecida honraria que o
senhor vai receber hoje, o coronel Mello Araújo, pai do homenageado, que eu só
conhecia, coronel, as histórias, e hoje estou conhecendo pessoalmente o senhor,
general Carmona, representando o Exército brasileiro.
E dizer da minha felicidade, coronel Araújo, de estar
aqui hoje prestigiando o senhor. Eu fiz questão de estar aqui, até perdendo uma
reunião lá com o ministro general Ramos, esta semana eu estou representando o
governo Bolsonaro na Câmara, assumindo a função de líder do Governo, porque o
major Vitor Hugo está fora do País.
Mas fiz questão de vir aqui prestigiar, para dizer
para o senhor que, talvez o senhor não saiba, da influência que o senhor teve
para a minha geração, nossa geração, que hoje é capitão da Polícia Militar, se
espelhava no então tenente Mello Araújo na Rota noturna, no tenente Mecca, no
tenente Mário, na época do tenente, depois capitão, Sérgio Moretti, pessoa que
eu admiro e respeito muito.
E dizer para o senhor que o legado que o senhor
deixa, não só como um oficial da Polícia Militar, como tenente e capitão, mas
principalmente como comandante da Rota.
Ele, sem dúvida alguma, será eternizado. O senhor
que, além da postura como comandante, e o que mais me admira no senhor foi
nunca ficar em cima do muro, quando uma reportagem perguntou para o senhor quem
você iria votar para presidente da República, o senhor não pensou duas vezes, e
foi sincero, falou: “Eu vou votar no Jair Bolsonaro”.
E o presidente sabe disso, e é grato ao senhor por
conta disso, então eu venho aqui deixar o meu abraço publicamente, registrar
aos nossos homenageados, ao professor, especialmente ao senhor que, como eu
disse, foi exemplo e inspiração para a nossa geração, e que o nosso sagrado
Batalhão Tobias de Aguiar será eternamente lembrado e grato ao trabalho que o senhor
fez por lá.
Muito obrigado a todos.
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ALBERTO
MALFI SARDILLI – Obrigado, deputado Derrite, pelas palavras.
Chamamos agora o senador Major Olímpio, para fazer uso da palavra.
O SR. SERGIO
OLIMPIO GOMES - Quero cumprimentar o deputado Frederico d’Avila,
Fred, presidente proponente desta sessão, cumprimentar os parlamentares desta
Casa, para que nós tenhamos uma sessão ela tem que ser aprovada, e eu não tenho
dúvida que esta sessão foi aprovada pela unanimidade dos 94 deputados.
Aqui estão deputados que são amigos de todos os
dias, Major Mecca, não porque pertença ao meu partido, como o Fred, mas é uma
grande referência para todos nós aqui, foi uma grande referência como oficial
da Polícia Militar, e nos engrandece pela sua postura, e pelo seu alinhamento
permanente com os ideais da Polícia Militar, dos profissionais da Segurança
Pública, dos Servidores Públicos, e com a vossa própria consciência.
Coronel Nishikawa, nosso amigo, nosso veterano,
nosso respeito, quando dizem que o senhor é bombeiro é para enaltecer um pouco,
mas nós sabemos a sua história de luta, que começou como um soldado da Polícia
Militar, e fez uma carreira brilhante, e por seus valores, nos representa com
muita dignidade aqui nesta Casa de Leis.
Professor Molion, o senhor nos deu uma aula, e
tenho certeza que vai me dar grandes lições de casa, digo que, para a minha
felicidade, aprendi, não conheço da matéria, mas sou um bom papagaio, se o
senhor me ensinar eu falo que é uma beleza.
E eu tenho certeza que nós temos que multiplicar
não só a verdade, mas principalmente antever o futuro, se eu sou senador de São
Paulo, se nós estamos aqui numa Casa que representa a população de São Paulo,
quando o senhor faz um alerta para 2033, 2034, nós temos que observar o seu
alerta, e fazer uma preparação do estado aqui, da Assembleia, em relação às
possibilidades orçamentárias, às possibilidades técnicas.
Mas nós temos lição de casa assim, e,se V. Exa. me
permitir, nós vamos nos aproximar mais para que a gente possa ajudar o estado
de São Paulo. General Carmona, meu respeito ao Exército brasileiro, às Forças
Armadas, tivemos uma solenidade juntos que V. Exa. presidiu no sábado, da
formatura de oficiais do CPOR, e transmita ao nosso general Amaro a nossa
consideração.
Amanhã nós temos uma lição de casa, na Comissão de
Relações Exteriores, que é a aprovação do Projeto 1.645, que trata justamente
da malha de proteção social das Forças Armadas e, por consequência, luta e
esforço empreendido por muitos parlamentares, e dentre eles aqui já faço o
registro do capitão Derrite, com a inclusão das polícias militares e dos corpos
de bombeiros.
Nós temos amanhã a votação, para levar a plenário
essa matéria, para que nós possamos ter, na semana que vem, a aprovação
definitiva em plenário para se levar ao presidente Jair Bolsonaro para a sanção
ainda este ano.
Nós temos reflexos da própria malha de proteção
social, e das garantias, e das alterações de carreira das Forças Armadas, com
implicações orçamentárias, inclusive a partir do 1º de janeiro. E é um
compromisso do governo Bolsonaro, é um compromisso com o País terminarmos o ano
com um novo sistema previdenciário.
Já foi feita a nova Previdência e, aos militares
que, pela sua especificidade, não têm Previdência, têm uma malha de proteção
social, e será reconhecido e consagrado, neste momento, a condição dos
militares estaduais em simetria aos nossos militares das Forças Armadas, que
também têm as mesmas restrições, as mesmas obrigações, e um comprometimento
permanente com o País.
Então as Forças Armadas estão nessa expectativa,
semana passada, em várias vezes, tive reuniões com o general Ramos, com o
general Fernando, que é nosso vizinho – não é, Derrite? Mora no mesmo hotel que
a gente.
Temos conversado permanentemente da necessidade,
haja vista que nós ainda temos reflexos de alguns segmentos no País que têm um
sentimento de ranço em relação às Forças Armadas, em relação às polícias
militares.
Não é o momento se tratar nada de política
partidária, nem ideologia, mas nós temos que garantir o respeito às Forças
Armadas, a dignidade necessária às polícias militares e aos corpos de bombeiros
pelo que fazem, fizeram, fazem e hão de fazer pela população brasileira o tempo
todo.
Quero dizer e saudar, para a nossa alegria na Mesa,
o coronel Carlos Augusto de Mello Araújo, nosso coronel da Polícia Militar, é
pai do Mello Araújo, homenageado, mas é alguém que tem no sangue, e tem nos
seus valores, a defesa de São Paulo, e a defesa intransigente da nossa Polícia
Militar, seu pai já fazia isso, ele passou um legado, e V. Senhoria transmitiu
com maestria ao vosso filho, que é uma referência para todos nós.
Outro dia me emocionei em uma manifestação na
Avenida Paulista, onde cidadãos, aos milhares, estavam ali perdendo dignidade,
respeito, civismo, patriotismo, e o coronel Mello Araújo lá estava, como uma
referência, uma lembrança para todos nós.
Porque nós temos o nosso tempo de serviço ativo,
mas os nossos compromissos, comandante, eles não acabam nunca, e V. Exa. sempre
é essa referência para todos nós, para a sua família, sua esposa aqui presente,
Mellinho, que está aqui presente com a sua esposa, justamente homenageado –
viu, Fred?
Você teve uma iniciativa magnífica de homenagear
três homens de honra, a Bíblia já diz: “Dai honra a quem tem honra”. Professor
Molion, eu fico imaginando o tamanho das batalhas que enfrenta no momento em
que diz, com todo respeito, com toda a nossa admiração e veneração, mas nessa o
papa Francisco pisou na bola.
Eu fico imaginando os reflexos disso. Também dizer,
coronel Mário, comandante da Rota, que o nosso respeito sempre, que ontem fez
28 anos, e à tarde estaremos lá homenageando a tropa do senhor, valorosos
homens, que fazem muito pela sociedade.
Coronel Veloso, meu amigo, meu colega de turma, se
Deus quiser um grande representante para a cidade de São Paulo muito
oportunamente, coronel Suzano, nosso comandante referência, e que as vidas
acabam se cruzando sempre, o coronel Mello Araújo, que foi uma referência para
o senhor.
O senhor que deixou uma grande referência para
todos nós, e que as vidas vão nos aproximando, e dizem: “As aves de boa
plumagem sempre voam juntas”, e acabam voando mesmo ao longo do tempo, a vida
vai nos mostrando.
Coronel Joselito, que aqui representa a nossa
Polícia Militar, o nosso agradecimento. Sergião, me permita, coronel Sérgio
Ricardo, nosso Sergião, tivemos um evento maravilhoso no Tribunal de Justiça há
alguns dias atrás, que V. Senhoria fez um evento digno da Polícia Militar, em
que todo o Tribunal de Justiça se manifestou, reconhecendo a grandeza da nossa
instituição, V. Exa. ali engrandeceu o mais jovem soldado que está nas ruas
neste momento.
E, presidente, eu vim aqui, também temos
compromissos de toda ordem, mas não poderia deixar, major Carvalho, nosso amigo
comandante do COE, major Paulo César, de dizer da minha satisfação de vida, de
ser amigo, ter sido instrutor, ter sido comandante, mais meu amigo, o coronel
Mello Araújo, homenageado neste moment.
Conheci o Mellinho cadete, menino no curso
preparatório, depois tive a felicidade de, no momento em que a organização
achou que ia me castigar, me colocou no batalhão em Bragança Paulista, e eu
tive a felicidade de ter o tenente Mello Araújo como o meu subcomandante, meu
amigo.
E tudo o que se falar profissionalmente em relação
ao Mello, ele sempre se esmerou para fazer o melhor pela sociedade, Mello nunca
fez política, ele o tempo todo fez polícia, foi sempre um grande defensor dos
ideais, preservou os valores que aprendeu em casa, que veio do avô, que passou
pelo pai, que são os valores da nossa instituição, e sempre como um grande
comandante.
E a gente sabe quem é o grande comandante, Mecca,
não é no momento da festa, é no momento da dor maior, e o Mello, fiz questão de
estar aqui na Casa do povo de São Paulo, na Assembleia Legislativa, quando está
acontecendo a entrega desta homenagem, para dizer que a Assembleia, através da
sua manifestação, Fred, está sendo mais do que justa.
Em inúmeras situações, de maior ou de menor perigo,
seria sempre desejável para a gente ter alguém com o perfil do coronel Mello
Araújo. Líder corajoso, sensato com as situações, sensível às causas da
sociedade, e sensível às causas da sua tropa.
Entre os valores de política interna e de
vantagens, e as necessidades da sua tropa, o Mellinho Araújo sempre optou pela
defesa da sua tropa, até o último instante, em que ele esteve no comando no
Batalhão Tobias de Aguiar.
Me lembro uma passagem, Mello, que a vida vai nos
educando, e em Bragança Paulista nós perdemos juntos, mataram um policial,
nosso comandado, nosso amigo, nosso irmão, num horário de folga, e foi num fim
do ano, já uma coisa triste para todos nós, mas num 31 de dezembro o coronel
Mello Araújo me fez uma ligação, eu já estava com a família, então o tenente
Araújo para dizer: “comandante, missão cumprida”.
O indivíduo enfrentou a Polícia Militar, o Mello
mesmo foi ferido, mas não virou o ano sem que a Polícia Militar desse uma
resposta, que não melhorou, mas minorou a dor para família, a dor para todos
nós, quero só lembrar: era 31 de dezembro, e o Mello não precisava estar em
serviço naquele momento.
Mas o comprometimento dele com a sociedade sempre
foi acima de todas as circunstâncias. Fiz questão de estar na despedida dele,
como comandante lá no BTA, no 1º Batalhão Tobias de Aguiar, e vi a sua tropa
chorando a despedida do comandante.
Isso eu acho que, Mello, não tem coisa melhor no
mundo que seja uma valorização dessa natureza, talvez você estivesse tão
emocionado naquele momento, que você não conseguia se ater ao semblante de toda
a sua tropa, do sentimento da perda do grande comandante.
Na Polícia Militar nós não dizemos “adeus”, nós
dizemos sempre “até breve”, e as substituições são mais do que naturais ao
longo do tempo, para substituir veio o coronel Mário Alves, seu companheiro,
amigo de muitos anos, amigo, que trabalharam juntos, e levou o legado que você
deixou, e está levando até esses dias.
Mas eu digo para você: sinta muito orgulho, estou
vendo os teus filhos ali, os dois ali atrás, sintam verdadeiramente muito
orgulho, eu sei que você já sente um orgulho danado da história do bisavô, da
história e da tradição do seu avô aqui presentes, mas tenha realmente, tenho
muito respeito pelo profissional, vocês conhecem o pai, nós conhecemos o amigo,
o profissional, a pessoa humana maravilhosa que é o coronel Mello Araújo.
E pode ter certeza, Mellinho, nós ainda temos muito
por fazer juntos nas nossas vidas, o destino vai se cruzando, e vai se cruzar
muito breve para coisas que são importantes para o nosso País, para o nosso
Estado, para a nossa sociedade.
Que Deus abençoe o Dr. Ferreira Pinto, que não está
presente aqui, mas também uma referência e um amigo, que eu faço questão de
exaltar, porque fazer discurso, dizendo que vai enfrentar a criminalidade, já
vi muitos fazendo, como o atual governador também faz com hipocrisia, mas não
transforma em realização as suas palavras.
Daí o apelido de Pinóquio, a cada dia mais colando,
mas o Ferreira Pinto foi um secretário da Segurança, secretário de Assuntos
Penitenciários que, muitas vezes, a nossa tropa, os policiais civis, não
conseguem imaginar o quanto é duro ser o anteparo das mesquinharias políticas,
das injustiças políticas, para se fazer o que tem que ser feito, e o Ferreira
Pinto, em todos os momentos, ele prestigiou os profissionais da Segurança
Pública.
Encerrando, não posso deixar de pedir à população,
neste momento, respeito, e consideração, e crença nos valores da Polícia
Militar, nós tivemos no final de semana uma ocorrência que teve a participação
da Polícia Militar, em que nove pessoas morreram pisoteadas, outros feridos, na
comunidade de Paraisópolis.
Estão aqui todos que serviram no Choque, ou naquela
região, Veloso foi comandante lá, são sabedores que tipo de situação dessa pode
acontecer lá, como quando pode acontecer em qualquer aglomerado nessas
comunidades, e não foi a Polícia Militar quem deu causa a isso.
Dá causa a isso toda a sociedade. A minha, talvez,
incompetência como legislador hoje, em não conseguir sensibilizar os demais no
Congresso a termos leis que possam fazer, e dar, estrutura maior para a
sociedade.
Nós sabemos que nessas comunidades, 99% das pessoas
são gente de bem, mas o 1% que é escória, que são traficantes, que financiam os
pancadões, que querem os jovens lá consumindo droga, fazendo-se de mula de
drogas.
A prostituição, sexo explícito nas ruas, a venda de
bebida alcoólica, e aí a sociedade como um todo: a prefeitura é omissa, o
Estado covarde, a União não se mobiliza, a Justiça vai dizer: “olha, só se
vocês fizerem a lei”, mas também não se mobilizam, o Ministério Público vai na
bola certa quando tem o holofote da televisão, e acaba, muitas vezes,
explodindo as consequências na mão da Polícia Militar.
Policiais militares foram atacados a tiros, pediram
o apoio, e a Polícia Militar: “ah, por que a polícia foi lá?”, mas não é para
ir? Qual é a alternativa que tem a polícia para isso?
Se fosse o Major Mecca, o tenente Mello Araújo, o
tenente Mário, o tenente Carvalho, se receber sem uma comunicação por rádio:
“policiais militares atacados a tiros”, e usaram os meios gradativos.
Sergião, você foi homem do Choque, usaram munição
química? Sim, usaram a bala de borracha, o elastômero? Sim, que são as
alternativas táticas que possam resultar em menor dano.
Então, nesse momento, eu peço a todos aqui desta
Casa, vou fazer isso no Senado, Derrite, faça, e nós vamos fazer um
enfrentamento para a sociedade. Nós vamos defender aqueles que defendem a
sociedade neste momento, aproveitando a homenagem a você Mello, mas dizendo que
nós não podemos, neste momento, deixar que hipócritas queiram atirar nas costas
da Polícia Militar a responsabilidade que não é da Polícia Militar, citando o
deputado Gil Diniz aqui, líder do PSL nesta Casa, é uma responsabilidade da
sociedade.
Polícia Militar que tem feito, e fez só neste ano,
mais de 300 operações só na cidade de São Paulo, Mecca e Castello Branco, para
evitar essas aglomerações, que são sem autorização do poder público, mas o
poder público sem fiscalizar, com toda sorte de crime sendo praticados, e a
Polícia Militar, com as ações ofensivas, a única esperança, e o último arremedo
que tem a sociedade.
Então, aqueles que querem a segurança e a sociedade
mais justa neste momento, não permitam a hipocrisia, vamos dizer a toda a
sociedade da grandeza e do respeito, Arns, da OAB que você representa, e da
Comissão de Segurança Pública, por favor, leve aos 450 mil advogados filiados à
OAB a mensagem, exatamente, que a instituição preserva, a instituição se pauta
pelo cumprimento da lei. Jamais nós prestigiamos que se extrapole, em qualquer
circunstância.
Onde se extrapola o cumprimento da lei, nós mesmos,
não existe instituição que corte mais na carne do que faz a nossa instituição,
em uma guerra permanente.
Esses tristes efeitos colaterais, de jovens mortos,
pisoteados, que nós temos a certeza: não eram os grandes traficantes que
atiraram, ou seguranças dos traficantes ali, não. Esses atiraram, e devem ter
saído muito rapidamente incólumes dali.
Jovens que não têm alternativa de lazer, talvez
estivessem ali, e sucumbiram pisoteados. Que não aconteça isso mais na nossa
história. Está fadado a acontecer a qualquer momento, isso nós precisamos ter
na consciência, isso nós temos que tomar atitudes, porque pode acontecer, se
houver quebra da ordem, ninguém vai chamar nenhuma comunidade religiosa, ou
psicólogo, ou repórter, vai ser a instituição Polícia.
Polícia extensiva, que vai chegar para agir em nome
da sociedade. Então, defendam essa polícia ostensiva, defendam a nossa Polícia
Militar, em homenagem a você nesse dia, Mello, que a nossa Polícia Militar
continue a ser a grandeza que é, daqui a 100 anos nenhum de nós estará mais
aqui, mas daqui a 100 anos, no estado de São Paulo e no Brasil, nós teremos uma
instituição chamada Polícia Militar.
Que estará, como você fez por mais de 30 anos, como
seu pai seu pai fez por mais de 35 anos, nas ruas defendendo a sociedade, e até
morrendo se preciso for, na defesa dessa sociedade.
Parabéns.
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ALBERTO
MALFI SARDILLI - Muito obrigado ao nosso senador, Major Olímpio.
Passamos a palavra agora para o presidente desta sessão solene, deputado
estadual Frederico d’Avila.
O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA -
PSL - Antes de darmos início à entrega dos colares às
personalidades, queria pedir aqui ao nosso querido deputado, capitão Derrite -
eu sei que é difícil, viu, Derrite?
O presidente da Comissão de Meio Ambiente lá da
Câmara é meio complicado -, mas que você consiga um requerimento para levar o
professor Molion para fazer uma palestra na Comissão de Meio Ambiente na
Câmara, e eu sei, Major Olímpio, que o senador Contarato também não é muito
fácil, mas o requerimento de V. Exa., as letras do requerimento têm o mesmo
volume do som da sua voz, então acho que ele vai convocar, vai topar.
E aproveitando, o nosso querido amigo Fausto Pinato,
deputado Henrique, que é presidente da Comissão de Agricultura, aí você não vai
ter dificuldade nenhuma, em também levar o nosso querido professor Molion lá.
Bom, o Mello Araújo, mais do que festejado aqui
agora, eu queria dizer que hoje – ou desculpe –, ontem foi comemorado 128 anos
do Batalhão Tobias de Aguiar, que vai ser comemorado hoje às 16 horas, o qual
estarei lá presente, e lembrando que o aniversário da Rota foi no último dia
15/10, que fez 49 anos, e hoje é o Batalhão Tobias de Aguiar, 128 anos.
Como bem disse aqui o Major Mecca, e o deputado
Derrite também agora, com o episódio em si do Major Olímpio, a culpa é sempre
da PM – não é, comandante? Então tudo de ruim que acontece a culpa é da PM, que
eles conseguem personificar todas as mazelas na Polícia Militar, aproveitando a
presença do nosso querido representante da OAB, que leve essa mensagem.
Eu tenho essa vantagem de não ser militar neste
momento, de poder reconhecer o quanto essa instituição sofre para dar segurança
a todos os paulistas, e os brasileiros que aqui residem.
Então, dando prosseguimento à cerimônia, vamos
agora dar início a entrega dos colares, iniciando pelo Coronel Mello Araújo,
eterno comandante do 1º Batalhão de Choque.
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ALBERTO
MALFI SARDILLI - Chamamos à frente o Sr. Coronel PM Ricardo Augusto
Nascimento de Mello Araújo, eterno comandante do 1º Batalhão de Polícia de
Choque Tobias de Aguiar, Rota. Para fazer a entrega desta homenagem, chamamos o
deputado estadual, Frederico d’Avila, chamamos o pai do homenageado, coronel
Mello Araújo, e o General Carmona.
O tenente coronel Ricardo Augusto de Mello Araújo,
nasceu em 1971 em São Paulo, e ingressou na Polícia Militar em 1987, onde
possui grande trajetória.
Foi ajudante de ordens do secretário de Segurança
Pública, Comandante de diversos batalhões da PM e comandante do 1º Batalhão de
Polícia de Choque Tobias Aguiar, Rota, com formação sólida e extensa, graduado
em direito, e graduado na Escola de Educação Física da Polícia Militar do
Estado de São Paulo, especialista em fisiologia do exercício, pós-graduado na
Universidade de São Paulo, e mestrado CAO, realizou diversos cursos no âmbito
da Polícia Militar, instrutor de direção defensiva, patrulhamento tático,
segurança física de dignitários, curso de operações COE, e cursos de
paraquedismo.
Fora da Polícia Militar do Estado de São Paulo,
também participou de cursos de guerra na selva no Exército brasileiro em
Manaus, especialização em segurança técnica de tiro israelense antiterror, em
Israel, e especializado em segurança de dignitários pela SWAT de Miami, Estados
Unidos.
Parabéns, coronel Mello Araújo, por esta honrada
homenagem. Pedimos aqui aos policiais militares do 1º Batalhão de Choque,
juntamente com o seu comandante, que se postem ao lado do seu eterno
comandante.
Gostaria que, também, a Sra. Valdirene, com seus
filhos, viesse participar das congratulações ao coronel Mello Araújo, os dois
futuros recrutas, deputado Derrite, pode chegar lá mais perto para a foto? Essa
foto é Rota pura.
Valdirene, depois vem por aqui e já entra nessa
foto também com os seus filhos, vai, agora pose.
* * *
- É feita a outorga do Colar de
Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo.
*
* *
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ALBERTO
MALFI SARDILLI - Pedimos uma salva de palmas ao homenageado.
Convidamos o Coronel Mello Araújo para ocupar a Tribuna, e fazer uso da
palavra.
Coronel Mello Araújo fará uso da palavra na Tribuna
da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, com a palavra Coronel Mello
Araújo.
O SR.
RICARDO AUGUSTO NASCIMENTO DE MELLO ARAÚJO - Bom dia a todos e a todas, antes
de mais nada, parabenizar o professor Molion pela belíssima aula, até fiquei
contente, meus filhos já aprendendo logo de cedo um pouquinho, então a gente
fica muito contente, um prazer conhecê-lo, e parabéns pela homenagem também. Em
nome do senador Major Olímpio, cumprimento todas as autoridades políticas aqui
presentes.
Não posso deixar de falar também do capitão
Derrite, do major tenente-coronel Mecca, coronel Castello Branco, general
Carmona a qual conheci como o coronel, comandante do CPOR, e depois foi lá para
o Mato Grosso, agora retornando aí como chefe do estado-maior do comando
sudeste, um grande amigo.
Em nome do qual o cumprimento todos os militares
aqui presentes. Eu só tenho agradecer a Deus por ter colocado na minha vida
pessoas tão brilhantes como as que estão aqui hoje. Como bem falou o nosso
senador Major Olímpio, que foi meu comandante lá no Barro Branco, meu
instrutor.
Lembro das aulas de educação física naquele pátio,
depois trabalhamos juntos em Bragança Paulista, subcomandante do batalhão, onde
passei a conhecê-lo mais a fundo, e ver a capacidade do senador, deputado
estadual, federal, hoje senador da República.
Então, Deus colocou na minha frente pessoas que
brilham, que estão brilhando. Capitão Derrite, começando agora na política, mas
já fazendo a diferença, a gente acompanha e vê os seus pronunciamentos,
mostrando realmente que é um oficial diferenciado, o próprio Major Mecca,
dividimos pelotão juntos na noturna, e hoje aí também iniciando como deputado,
e já fazendo a diferença, que eu acho que é isso que nós precisamos.
Não simplesmente o deputado, mas aquele deputado
que veio para fazer a diferença. E a gente tem constatado, dia a dia, a sua
postura, as suas palavras. Isso deixa a gente muito contente.
O deputado Frederico d’Avila, suspeito para falar,
está fazendo esta homenagem para mim, embora eu não considere essa homenagem
para mim, e sim para todo o Batalhão Tobias de Aguiar, para todos os policiais
militares. Uma pessoa sozinha não faz nada, na verdade a gente é fruto de todo
o esforço desses policiais aí, diuturnamente defendendo a sociedade, e o
Frederico faz parte dessa história.
Deus colocou ele também na minha frente através do,
então, o nosso grande amigo, Antônio Ferreira Pinto, ex-secretário de
Segurança, na minha concepção também foi o melhor secretário de Segurança que o
estado de São Paulo já teve, trabalhei próximo dele, na sua segurança de
ajudante de ordens, e a postura dele que realmente marcou São Paulo.
E o Dr. Ferreira falou assim: “Olha, procura o
Frederico d’Avila, que ele vai poder te ajudar”. O Batalhão passando uma
situação realmente triste, onde o policial chegava para trabalhar de manhã e,
muitas vezes, ele retornava do serviço operacional e o armário dele se
encontrava com a roupa para ir embora toda molhada, isso a gente está falando
da Rota, a tropa mais conhecida aqui no nosso País, também mundialmente
conhecida.
E eu já tinha passado por batalhões de área, e já
tinha passado com problemas parecidos, até pedi ajuda para o senador Major
Olímpio, então deputado, na 2ª Companhia do 11, que ele foi fazer uma visita eu
mostrei as condições, ali ficava o antigo Centro de Triagem de pessoas mais
simples, e na verdade eu já tive a oportunidade de ir a alguns presídios, lá
estava pior que presídio, muito pior as instalações.
Então, a gente sempre procura condições melhores
para a nossa tropa, e o Frederico me ajudou muito quando veio a ideia de a
gente reformar o Batalhão. Nós tínhamos orçamentos lá em torno de três a cinco
milhões via Estado, e a conversa com o Frederico, não posso deixar de falar do
Sr. Carlos Ebner, junto com o Marcelo Braga, que era o presidente da Associação
Amigos da Rota, onde, numa conversa, nos veio a ideia de montar essa
associação, com fins específicos de consertar, de arrumar, restaurar a unidade.
E no começo muitos falavam assim: “Isso daí é
loucura, não vai chegar a lugar nenhum”, quando nós fizemos o primeiro encontro
à noite e ficamos surpresos, não é?
A princípio a gente queria fazer uma coisa mais
simples, em torno de 100 mil reais, e já chegou nessa primeira noite com 200
mil, e com a participação de vários empresários, a nossa tropa começou a
acreditar também que isso seria possível, e cabe aqui lembrar que todos os
policiais da unidade voluntariamente deram dinheiro, e o nome desses policiais
estão escritos no Batalhão Tobias de Aguiar, no pátio do Batalhão o nome de
cada policial que contribuiu de alguma forma.
E chegamos aí a quase um milhão de reais, com o
apoio, realmente, da sociedade civil, e dos policiais da unidade, mostrando que
essa união de sociedade civil e a polícia, quando unidas, realmente se torna
muito forte.
E o Frederico teve essa participação muito
importante, em que conseguiu juntar mais amigos, e nós fomos mostrando o
trabalho, o desejo de reconstruir a unidade, e a unidade foi restaurada,
fizemos também até uma unidade aumentando, fizemos uma unidade de saúde lá, que
hoje atende 4.500 do CP Choque, então fizemos mais do que estava previsto.
Mas isso, mais uma vez eu falo, isso aí foi fruto
de esforço de todos, de cada policial que estava na base, que está na base,
junto com os Amigos da Rota, que são pessoas que resolveram ajudar sem nenhum
interesse em contrapartida, simplesmente ajudaram e foi bem claro, bem colocado
isso a todo momento, estão ajudando não em troca de favores, e sim por
reconhecer que a unidade precisava, e por reconhecer o tamanho e a necessidade
disso.
Então hoje aqui, como eu falei, me sinto um
privilegiado já na reserva, mas com grandes amigos, veteranos hoje aqui vieram
prestigiar. Muito obrigado.
Agradeço ao coronel Bezerra, a todos os veteranos
do Batalhão, e a presença de vocês é muito importante, porque nós somos o que
nós aprendemos, a gente vai aprendendo com os nossos antepassados, com as
pessoas que já passaram, e cada um vai semeando, e a gente vai crescendo mais
ainda.
Aos amigos da carreira ao longo da carreira, o PC
da minha turma, Paulo César, o major Carvalho, fizemos várias operações.
Esse período que eu fiquei no comando do Batalhão,
nós conseguimos fazer diversas operações por São Paulo, mostrando que realmente
se diminui o crime com o trabalho eficiente.
Cada operação que nós íamos nós conseguimos pontuar
quanto de crime se diminuía naquele dia, no horário em que as tropas do Choque,
da Rota, do COE se encontravam, e eram tudo acima de 70 ou 80% de crime a
menos, então realmente mostrando que o trabalho deu certo.
E o coronel Joselito, da Secretaria de Segurança
Pública, tive a honra também de dividir, trabalharmos juntos, um grande amigo,
coronel Suzano, meu comandante do 3º de Choque, com o qual muito aprendi, me
honra a presença do senhor.
Coronel Sérgio Ricardo, também dividimos pelotão do
COE, fui estagiário dele, paguei muita flexão, e nos tornamos grandes amigos.
Então hoje, aqui, eu estou rodeado de amigos, de
pessoas brilhantes, que estão chegando cada vez mais alto porque são
merecedores, então nós torcemos aí para o nosso senador, espero que, em breve
aí, venha aqui para São Paulo, retorne como o governador, tenho certeza que
capacidade o senhor tem.
Os deputados que começaram agora na carreira, tenho
certeza que vão muito além, porque são pessoas diferenciadas, gabaritadas.
Então o deputado Gil Diniz, os outros deputados que por aqui estão, eu só tenho
a agradecer.
A minha família, a gente não é nada se não tem uma
boa retaguarda, e eu posso falar que nesses 32 anos de Polícia eu não posso
deixar de agradecer ao meu pai, coronel Mello Araújo, com o qual foi o meu
maior espelho.
Sempre procurei me espelhar sobre a sua postura, as
suas qualidades de lealdade, de honestidade, e são os exemplos que a gente traz
de casa, que eu procurei levar na minha carreira juntamente com a minha mãe.
Então muito obrigado por toda a educação que ainda
dá, sempre dá, muito agradecido. E a minha esposa, a Valdirene, o Pedro e
Gabriel, pela dedicação, por me aturarem, por estarem sempre junto com a gente,
então acho que é isso que faz a diferença: é Deus no coração, família atrás e
grandes amigos, então a todos muito obrigado, desculpa a extensão aí da
palavra.
Muito obrigado a todos.
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ALBERTO
MALFI SARDILLI - Muito obrigado coronel Mello Araújo. Parabéns pela
carreira e pela homenagem hoje aqui recebida.
O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA -
PSL - Eu queria aqui pedir, quebrando rapidamente o
protocolo, coronel Sardilli, para o professor Molion se encaminhar para receber
a medalha, e chamar o deputado Major Mecca, deputado capitão Derrite, que
simbolizam dois perseguidos na polícia pela sociedade, pela política.
Quando estavam defendendo o interesse da sociedade,
o professor Molion também é perseguido pela academia. Então vou por dois
perseguidos para condecorar, um perseguido aqui.
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ALBERTO
MALFI SARDILLI - Chamamos então para receber essa homenagem o
professor Molion, para que se posicione em frente à Mesa da Presidência.
Para entregar essa homenagem, chamaremos o deputado
Frederico d’Avila, o deputado Major Mecca e o deputado federal capitão Derrite.
Professor Luiz Carlos Baldicero Molion é professor
e meteorologista, nasceu em São Paulo em 1947. Possui graduação em física pela
Universidade de São Paulo, Ph.D. em Meteorologia pela Universidade de Wisconsin,
pós-doutorado em Hidrologia de Florestas pelo Instituto de Hidrologia de
Wallingford, e é “fellow” do Wissenchaftskolleg de Berlim, Alemanha.
É pesquisador sênior aposentado do INPE/MCT, e
professor associado, aposentado, da Universidade Federal de Alagoas. Também é
professor visitante de Western Michigan University, professor de pós-graduação
da Universidade de Évora Portugal.
Molion tem experiência na área de geociências, com
ênfase na dinâmica de clima, atuando principalmente em variabilidade e mudanças
climáticas, Nordeste do Brasil e Amazônia, e nas áreas correlatas energias
renováveis, desenvolvimento regional, e dessalinização de água.
Parabéns, professor Molion, uma salva de palmas.
Convidamos o professor Molion para ocupar a tribuna, e fazer o uso da palavra.
* * *
- É feita a outorga do Colar de
Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo.
*
* *
O SR. LUIZ CARLOS MOLION - Bom, eu já
cansei vocês demais com a oportunidade que eu tive, de trazer essas
preocupações que ocorrem ao nível mundial, esse exagero de, como o deputado
Frederico falou, que só vai beneficiar alguns poucos.
Na realidade, nós não deixamos de ser colônia
ainda. Infelizmente o Brasil ainda é colônia, e o colonialismo moderno, o
neocolonialismo, ele se dá por três grandes linhas de ação: a primeira é o
sistema financeiro, como entidades como o FMI, Banco Mundial, Organização
Mundial do Comércio.
A segunda se dá pela tecnologia, porque se a gente
não desenvolve nada, se não temos essa capacidade de criar coisas, tudo o que
nós utilizamos nós temos que pagar royalties, direitos autorais.
E, muitas vezes eu pergunto para as pessoas:
quantos sacos de soja custa um celular, como o que você tem na mão? Ou quantos
sacos de soja custa um aparelho de ressonância magnética, feito pela Philips,
ou Siemens, necessário nos nossos hospitais?
Bem, infelizmente nós não desenvolvemos nada,
apenas exportamos matéria-prima, e, lamentavelmente, a terceira grande linha de
ação, que se tornou mais forte no pós-guerra, é o ambientalismo.
Então, hoje, o ambientalismo, e o Brasil tem
aceitado isso, o ambientalismo faz com que façamos aberrações como, por
exemplo, uma hidrelétrica como Belo Monte sem reservatório. Existia um
reservatório de 2.600 quilômetros quadrados, que era pouco para a Amazônia, e a
pressão ambientalista foi tão grande que retiraram esse reservatório, e o País
que está à beira...
Sintam, o nosso País está à beira de um colapso
energético, não adianta o ministro Guedes dizer que vamos crescer 2% se a
energia elétrica disponível não crescer 3 por cento. Então não há crescimento
sem energia elétrica.
Um país como o nosso, que precisa de energia
elétrica, hoje tem uma Belo Monte a fio d’água, chove em outubro a março, gera,
de abril s setembro não gera, por conta de toda essa pressão que a gente tem
sofrido dessa linha de ação que, na verdade, é o neocolonialismo, que é o
ambientalismo.
Apesar de perseguido, também eu não me preocupo
muito com isso, porque como fui funcionário público federal concursado, só
poderia ser despedido se provassem que eu sou corrupto. Como não mexo com
dinheiro, então eles têm que me ouvir, não é? Obrigatoriamente tem que ouvir o
que eu tenho que falar, e tentam essa satisfação de encabeçar essa luta contra
essa hipocrisia que existe.
Basta dizer para vocês que a Alemanha, por exemplo,
acabou de construir 23 termelétricas a carvão, num total de 12 Gigawatts de
potência. Para vocês terem uma ideia do que é isso, Itaipu tem 20 turbinas de
700 metros.
Oficialmente, a potência instalada Itaipu é 14 GW,
mas o Rio Paraná só roda 55%, 56% do tempo. Portanto de Itaipu a gente só
espera 8 GW, enquanto a Alemanha acabou de construir 12 GW, que os
especialistas chamam de energia despachável.
Se é eólica e não tem vento não gera, se é solar e
não tem sol não gera, hidrelétrica sem reservatório, como Belo Monte, também
não gera. Agora termoelétrica, você apertou o botãozinho verde, ela está
rodando.
Aí vocês perguntem: para que um paisinho de 340 mil
quilômetros quadrados, 82 milhões de pessoas, quer tanta energia assim? E vocês
sabem qual é a resposta. Então, lamentavelmente, essa terceira linha de ação,
que é o ambientalismo, tem prejudicado muito o Brasil.
E no que eu puder fazer, enquanto eu tiver
condições, eu vou continuar lutando. Este ano, seguramente, eu passo de 40
palestras proferidas de norte a sul do país, de leste a oeste. Acabei de voltar
sábado de Rio Branco, no Acre, e no dia 6 estarei em Bento Gonçalves, no Rio
Grande do Sul, e no dia 11 em Mossoró, no Rio Grande do Norte.
Então, enquanto eu tiver condições eu vou continuar
lutando para mostrar a hipocrisia que existe neste mundo, e tentar contribuir
para que a gente possa continuar desenvolvendo o nosso País, e dar condições mínimas
e adequadas para o nosso povo.
Muito obrigado.
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ALBERTO
MALFI SARDILLI – Parabéns, professor Molion, pelo trabalho de
contraguerrilha ambiental, essa luta incansável de contraguerrilha ambiental.
Como o secretário de Segurança Pública não pôde
receber, ele solicitou ao coronel Mello Araújo que fizesse as vezes de receber
a comenda, a homenagem dada a ele, nesse momento. Então, eu peço que o coronel
Mello Araújo compareça aqui à frente, para que seja entregue essa comenda.
O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA -
PSL - Eu queria chamar para entregar a comenda do
secretário Antônio Ferreira Pinto, para o coronel Mello Araújo, o general de
brigada Carmona, o senador Major Olímpio, o deputado Castello Branco, e
representando aqui a sociedade rural brasileira, o Sr. Rubens Resstel, filho do
general de brigada, Rubens Resstel, para que faça a entrega da comenda ao
coronel Mello Araújo.
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ALBERTO
MALFI SARDILLI - Dr. Antônio Ferreira Pinto foi Procurador de
Justiça de São Paulo, e nasceu em 1943. Aos 21 anos ingressou na Polícia
Militar. Foi tenente em Bauru e Ourinhos, e se tornou promotor de Justiça na
área criminal, no Ministério Público.
Trabalhou em Avaré, Santa Cruz do Rio Pardo,
Fartura, Ourinhos e na Capital paulista. Ferreira Pinto foi assessor do
corregedor-geral do Ministério Público por quatro anos, e atuou como secretário
adjunto da Secretaria de Administração Penitenciária.
Em 1998, Ferreira Pinto tornou-se procurador de
Justiça. No Ministério Público foi eleito para compor o órgão especial no
Colégio de procuradores, e para o Conselho Superior do Ministério Público.
Em 2006 foi empossado como secretário da
Administração Penitenciária, onde ficou até 2009, quando deixou a SAP para
assumir a Secretaria de Segurança Pública, até 2012. Parabéns, Dr. Ferreira
Pinto, por esta homenagem.
* * *
- É feita a outorga do Colar de Honra
ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo.
* * *
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ALBERTO MALFI
SARDILLI - Mais uma vez passamos a palavra ao presidente desta
sessão solene, deputado estadual Frederico d’Avila.
O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA -
PSL - Fico feliz aqui com o prestígio dos agraciados, e
também com a alegria daqueles que têm, por essas figuras que foram
homenageadas, grande admiração.
Confesso eu que já li vários estudos, livros, e
citações a respeito do professor Molion, que eu, pela primeira vez, estou tendo
a oportunidade de conhecê-lo mais proximamente, uma vez que a gente só se
encontra naqueles palcos onde professor Molion faz as suas apresentações, as
suas palestras, e depois ele é mais cobiçado do que final de Miss Brasil.
Então todos ali ficam querendo saber do professor
Molion, mais detalhes, dada a quantidade de mentiras que são propaladas através
dos grandes meios de imprensa.
Aqui, o coronel Mello Araújo, dispenso
apresentações e o carinho que não só a tropa, mas a sociedade civil também tem
por ele, grande apreço todos nós que conhecemos de um tempo maior.
Eu que o conheço acho que há uns 10 ou 12 anos,
vejo que, desde então, ele sempre foi muito respeitado e muito querido por
aqueles que o cercam, sejam civis ou militares.
E o Dr. Ferreira Pinto também, pelas próprias
palavras do coronel Mello Araújo, e também aqui o deputado Derrite e o senador
Major Olímpio, nós verificamos que é um homem corajoso, e que merece não só
esta homenagem, mas como tantas outras, quero aqui fazer referência que eu
estive presente nas vezes em que tentaram tirar o capitão Derrite das ruas,
quando então tenente, que tentaram tirar o Major Mecca, então capitão, das
ruas, por causa da sua atuação brilhante, e exemplar, em favor da defesa da
sociedade paulista.
E quero dizer que, normalmente, os bons policiais
acabam sentando nesses bancos aqui da Assembleia, da Câmara Federal, do Senado
e da República, porque fizeram mais do que o esperado, fizeram aquilo que a
sociedade demandou que eles fizessem.
Sendo assim, eu gostaria de finalizar a sessão
agradecendo a presença de todos os senhores e senhoras, aos homenageados,
principalmente aqui ao professor Molion, que se deslocou desde Maceió, no
estado de Alagoas, para estar aqui conosco.
E, esgotado o objeto da presente sessão, a
Presidência agradece às autoridades presentes, à minha equipe do meu gabinete,
aos funcionários do Serviço de Som, da Taquigrafia, do Serviço de Atas, do
Cerimonial da Assembleia Legislativa, da Secretaria Geral Parlamentar, da
Imprensa, da TV Alesp, das assessorias da Polícia Civil, Polícia Militar, nossa
gloriosa, bem como todos que colaboraram para o êxito desta solenidade.
Declaro encerrada a presente sessão.
* * *
- É encerrada a sessão às 12 horas e 24 minutos.
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