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2 DE DEZEMBRO DE 2019

59ª SESSÃO SOLENE PARA OUTORGA DO COLAR DE HONRA AO MÉRITO LEGISLATIVO DO ESTADO DE SÃO PAULO AO CORONEL PM RICARDO AUGUSTO NASCIMENTO DE MELLO ARAÚJO, AO PROFESSOR LUIZ CARLOS MOLION E AO DOUTOR ANTÔNIO FERREIRA PINTO

 

Presidência: FREDERICO D'AVILA

 

RESUMO

 

1 - FREDERICO D'AVILA

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - ALBERTO MALFI SARDILLI

Mestre de cerimônias, anuncia a composição da Mesa.

 

3 - PRESIDENTE FREDERICO D'AVILA

Informa que a Presidência convocara a presente sessão solene, para "Outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao coronel PM Ricardo Augusto Nascimento de Mello Araújo, ao professor Luiz Carlos Molion e ao doutor Antônio Ferreira Pinto", por solicitação deste deputado, na direção dos trabalhos.

 

4 - ALBERTO MALFI SARDILLI

Mestre de cerimônias, lê mensagem de agradecimento enviada pelo Dr. Antônio Ferreira Pinto, que não pôde estar presente à solenidade. Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro".

 

5 - PRESIDENTE FREDERICO D'AVILA

Discorre acerca dos três homenageados desta sessão, tecendo elogios ao trabalho realizado por cada um. Declara seu apoio às demandas das forças de Segurança. Critica o posicionamento da ONU em relação às mudanças climáticas. Destaca a importância da proximidade entre a sociedade civil e os militares.

 

6 - ALBERTO MALFI SARDILLI

Mestre de cerimônias, anuncia a exibição de vídeo sobre a reforma de quartel da Rota, executada pelo coronel PM Ricardo Augusto Nascimento de Mello Araújo.

 

7 - LUIZ CARLOS MOLION

Meteorologista e professor da Universidade Federal de Alagoas, faz palestra acerca da Amazônia e da seca na região Sudeste.

 

8 - CASTELLO BRANCO

Deputado estadual, discorre sobre o tema desta solenidade.

 

9 - MAJOR MECCA

Deputado estadual, tece comentários sobre a presente homenagem.

 

10 - CORONEL NISHIKAWA

Deputado estadual, reflete sobre o assunto da sessão.

 

11 - GUILHERME MURARO DERRITE

Deputado federal, fala acerca dos homenageados nesta solenidade.

 

12 - SERGIO OLIMPIO GOMES

Senador da República, discorre sobre temas relativos a esta sessão solene.

 

13 - PRESIDENTE FREDERICO D'AVILA

Enaltece o professor Luiz Carlos Molion. Lembra que o Batalhão Tobias de Aguiar está completando 128 anos. Defende a Polícia Militar de seus críticos. Outorga o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao coronel PM Ricardo Augusto Nascimento de Mello Araújo.

 

14 - RICARDO AUGUSTO NASCIMENTO DE MELLO ARAÚJO

Coronel da Polícia Militar do Estado de São Paulo, agradece pela homenagem que lhe foi prestada nesta solenidade. Tece considerações sobre seu trabalho como policial.

 

15 - PRESIDENTE FREDERICO D'AVILA

Outorga o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao professor Luiz Carlos Molion.

 

16 - LUIZ CARLOS MOLION

Meteorologista e professor da Universidade Federal de Alagoas, agradece pela homenagem recebida. Discorre sobre a posição do Brasil no quadro internacional.

 

17 - PRESIDENTE FREDERICO D'AVILA

Outorga o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao Dr. Antônio Ferreira Pinto, representado neste ato pelo coronel PM Ricardo Augusto Nascimento de Mello Araújo. Reitera a justeza das homenagens prestadas nesta sessão solene. Enaltece a atuação do deputado estadual Major Mecca e do deputado federal Capitão Derrite, quando estes estavam na ativa. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Frederico d’Avila

 

* * *

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ALBERTO MALFI SARDILLI - Bom dia a todos. Gostaríamos de anunciar a presença do general de brigada Ricardo Carmona, chefe do Estado-Maior do Comando Militar do sudeste.

Muito obrigado, comandante, pela presença. Do coronel Reginaldo Blaskovski, assessor parlamentar do Comando Militar Sudeste; do tenente-coronel Mário Alves da Silva Filho, comandante do 1º Batalhão Tobias de Aguiar, Rota; do coronel Joselito, chefe da assessoria policial militar da Secretaria de Segurança Pública; da Sra. Cláudia Pellegrini, vice-presidente da Comissão de Segurança Pública; coronel Veloso, comandante do 34º Batalhão da Polícia Militar do Interior; do coronel Mello Araújo, pai dos nossos agraciados, nosso eterno comandante do policiamento de choque; professor Molion, um dos nossos palestrantes, meteorologista.

Anunciar também a presença do nosso senador, Major Olimpio, que muito nos honra com a presença neste evento; do nosso deputado Castello Branco, que também muito nos honra com a presença; do deputado federal Capitão Derrite, que deixou as suas atribuições - a gente sabe da correria do dia a dia - e veio aqui para prestigiar o nosso evento. Anunciamos também a presença do Major Mecca, deputado estadual desta nossa Casa de Leis.

Sessão Solene para a “Outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo. Deputado Frederico d’Avila. São Paulo, 2 de dezembro de 2019.”

Bom dia a todos, convidamos para tomar assento aqui à Mesa da Presidência, já devidamente nos seus lugares, o professor Molion, o coronel Mello Araújo e o deputado Frederico d’Avila. Chamamos o nosso senador Major Olimpio, para que tome local à Mesa. (Palmas.)

Anunciamos também a presença do Dr. Flávio Teles de Menezes, que muito nos honra com a presença. Anunciamos a presença do Joaquim Leite, o Juca, que aqui representa o ministro Ricardo Salles. É um prazer tê-lo aqui com a gente Juca, obrigado pela presença. Chamamos para compor a Mesa, o deputado federal capitão Derrite, para que também componha e faça parte da nossa Mesa. Chamamos o deputado Major Mecca para compor a Mesa, e chamamos também, para compor a Mesa, o deputado estadual Castello Branco. Finalizando a composição da Mesa, chamamos o general Carmona. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D'AVILA - PSL - Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos, nos termos regimentais esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, minhas senhoras e meus senhores, amigos e amigas, esta sessão Solene foi convocada pelo presidente desta Casa, atendendo à Solicitação deste deputado com a finalidade de “Outorgar o Colar de Honra ao Mérito Legislativo” aos seguintes senhores: coronel de Polícia Militar Ricardo Augusto Nascimento de Mello Araújo, professor Luiz Carlos Molion, Dr. Antônio Ferreira Pinto, aqui não presente por motivo de saúde, representado pelo Sr. Coronel de Polícia Militar Ricardo Augusto Nascimento de Mello Araújo.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ALBERTO MALFI SARDILLI - Senhores presentes, o nosso amigo, então secretário, Ferreira Pinto, passou por uma cirurgia e mandou um ofício agradecendo. Gostaria de fazer a leitura a todos.

“Sr. Deputado, comunico à V. Exa. minha impossibilidade de comparecer à Solenidade de outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo, a ser realizada no próximo dia 2 de dezembro, em razão de cirurgia que me impede, temporariamente, de locomoção.

Registro, que sendo de V. Exa, a iniciativa para que esta homenagem se concretizasse, ela se reveste de um significado muito especial pela admiração que tenho por sua dedicada trajetória na vida pública.

Como secretário de Segurança Pública sempre contei com seu inestimável empenho no alto escalão do Governo do Estado de São Paulo, respaldo essencial para que os objetivos da polícia paulista fossem alcançados, possibilitando melhores condições de trabalho, não obstante os entraves da administração pública.

Aceite, nobre deputado, os agradecimentos de minha família por essa homenagem que muito me honra.

Atenciosamente,

Antônio Ferreira Pinto”, que subscreve.

Convidamos agora a todos os presentes para, em posição de respeito, ouvirmos o hino nacional brasileiro, executado pela Camerata da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do maestro 2º Sargento PM Isael.

 

* * *

 

- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PSL - Esta Presidência agradece a Camerata da Polícia Militar do Estado de São Paulo, em nome do Sr. Maestro, 2º Sargento PM Isael. Agradece aos demais componentes da Mesa e autoridades, conforme nominata.

Queria agradecer a presença do senador Major Olimpio, nosso senador que representa São Paulo no Senado Federal, e também integrante da Polícia Militar, nosso querido capitão Guilherme Derrite, deputado federal, também representando o nosso estado de São Paulo e a Polícia Militar, na Câmara Federal.

Nosso capitão do exército, Castello Branco, que juntando trincheiras conosco, faz a batalha do dia a dia na Assembleia Legislativa; o deputado Major Mecca, também integrante da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que cerra fileiras conosco na Assembleia Legislativa, na luta do dia a dia; nosso querido amigo general Ricardo Carmona, aqui presente, representando o Comando Militar do Sudeste, chefe do Estado-maior deste comando; o assessor parlamentar do Comando Militar do Sudeste também, coronel Reginaldo Blaskovski, aqui presente.

 O tenente-coronel Mário Alves da Silva Filho, comandante do 1º Batalhão de Choque, a Rota, a quem eu cumprimento todo o BTA pelo dia de ontem, que foi o aniversário do BTA.

Cumprimentando o coronel Mário Alves da Silva Filho, comprimento toda a equipe da Rota aqui presente e todo o batalhão do primeiro de choque; coronel Veloso aqui presente, também nos honra com a sua presença, comandante do 34º BPMI; coronel Joselito, também nosso grande amigo, chefe da assessoria da Polícia Militar da Secretaria de Segurança Pública; Cláudia Pellegrini, vice-presidente da Comissão de Segurança Pública, e também, o Dr. Flávio Teles de Menezes, a quem eu gostaria de cumprimentar toda a sociedade rural brasileira, que também nos trouxe a sua contribuição para homenagear aqui o professor Luiz Carlos Molion.

O coronel Mello Araújo aqui presente, que foi também comandante da Escola Superior de Soldados da Polícia Militar, pai do coronel Mello Araújo. Então, como a gente pode ver, o fruto não cai longe da árvore, parabéns.

E o nosso querido Joaquim Leite, representando o ministro Ricardo de Aquino Salles, ministro de Estado de Meio Ambiente, que vem fazendo um belíssimo trabalho frente a essa pasta.

Também por último chegando, queria agradecer o coronel Valdir de Suzano; coronel Sérgio da assessoria militar do Tribunal de Justiça, anunciado pelo Major Mecca.

Agradecendo todas as pessoas que nominei, as que não nominei, me desculpem, desde já.

Queria mencionar que me sinto muito honrado, Major Olimpio, porque de civil aqui só tem eu. O resto dos parlamentares são todos os militares, então fico feliz. Ainda tem tempo. Até o mestre de cerimônia é militar. Barbaridade! Professor Molion, nós estamos em minoria aqui, viu?

Bom, prosseguindo, passo a palavra ao coronel Sardilli.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ALBERTO MALFI SARDILLI - Comunicamos aos presentes que esta sessão Solene está sendo transmitida ao vivo pela TV Alesp, e será transmitida pela TV Alesp no próximo sábado, dia 7 de dezembro, às 21 horas; pela NET, Canal 7, TV Vivo; Canal 9 e pela TV digital, canal 61.2.

 

O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PSL - Bom, rapidamente apresentar uns aos outros.

O secretário Dr. Antônio Ferreira Pinto - como já disse o coronel Sardilli, não pôde comparecer por conta de cirurgia realizada - foi secretário de Segurança Pública, iniciando no ano de 2009 até o ano 2013.

Fez um belíssimo trabalho à frente da secretaria de Segurança Pública, enfrentando vários desafios, combatendo o crime de maneira bastante corajosa, utilizando-se da Polícia Militar e da Polícia Civil.

Mas, principalmente, trazendo de volta o brio e a honra da Polícia Militar, onde nós podemos ver bravos policiais, que eu tenho a honra de ter conhecido.

O capitão Derrite, o coronel Mello, o próprio Major Mecca, que na época era capitão, e que empenharam muitos esforços no combate ao crime organizado e tiveram valorosos resultados, reconhecidos na época e, que hoje se manifestam, nos baixíssimos índices criminais que São Paulo ostenta à frente dos demais estados da Federação, e também ao lado de outros países que nós temos em volta, na América do Sul, e alguns até na América do Norte, onde São Paulo, hoje, desponta na qualidade de prestação de serviço público.

Haja vista que nós temos uma legislação bastante branda para com os criminosos e muito severa para com os agentes da lei, as polícias Militar e Civil conseguiram e conseguem levar dia após dia segurança aos paulistas, a despeito, Major Mecca, dos baixíssimos vencimentos percebidos pela tropa.

Queria dizer que a nossa briga, a nossa luta, eu, Major Mecca, Castello Branco, o próprio capitão Derrite e o Major Olimpio, no senado federal, empenhamos esforços diuturnos para que essa realidade seja modificada. E que esses bravos agentes da lei sejam reconhecidos à altura de que devem ser reconhecidos salarialmente e também na questão legal, ou seja, que eles possam trabalhar com a liberdade de empregar a lei e defender a população paulista.

Em segundo lugar, aqui ao meu lado, professor Luiz Carlos Molion, professor da Universidade Federal de Alagoas. Se eu for começar a discorrer o currículo dele, vai demorar uns 15 minutos, tem diversos cursos, diversas especializações no Brasil e no exterior.

É um dos grandes críticos do terrorismo ambiental propalado pela Organização das Nações Unidas, como o que os senhores conhecem muito bem, chamado de aquecimento global, efeito estufa e todos esses bordões que foram criados pela Organização das Nações Unidas e seus órgãos adjuntos a fim de encher o bolso de poucos, criando nas populações urbanas um terror climatológico que, obviamente, tudo que você cria de fantasma para quem não conhece que aquilo é falso, você assusta as pessoas.

O professor Molion vai fazer uma pequena palestra daquele conhecimento que ele adquiriu ao longo de todo esse tempo na academia, na pesquisa, para mostrar para à população urbana o quanto ela é manipulada, o quanto ela é enganada e o quanto muitas pessoas, na verdade muito poucas pessoas, faturam alto com esse tipo de discurso.

E, prosseguindo, o coronel Mello Araújo - ali sentado ao lado da sua esposa -, que também eu conheci por causa do Dr. Antônio Ferreira Pinto, ao qual o coronel Mello Araújo cerrou fileiras ao lado dele na secretaria de Segurança Pública e quando ele comandou o glorioso 1º Batalhão de Choque, a Rota, que todos conhecem.

Logo que assumiu o comando, ele me procurou, me chamou para tomar um café. Ele falou: “Olha, Frederico, o quartel está uma bagaceira, o quartel está desmontando. Choveu outro dia cento e poucos milímetros aqui na região central, chovia mais dentro da Companhia do que fora no pátio. Nós precisamos empenhar esforços”.

E ele sabe da minha luta. Quando eu estava no Palácio do Governo, Major Olimpio, consegui 32 milhões de reais não só para a Rota, mas para todo o complexo da Luz e, como o senhor sabe muito bem, consegui os 32 milhões, mas eles se perderam na burocracia do Estado e não conseguimos fazer absolutamente nada, nem na Rota, nem na Cavalaria, nem em lugar nenhum. Não fizemos absolutamente nada, dada a burocracia que corrói toda a máquina pública brasileira.

E o coronel Mello Araújo - isso que eu estou contando, eu consegui esse dinheiro em 2012 -, o coronel Mello Araújo me chamou em 2017 e nós fizemos, junto com outros membros da sociedade civil, a AAR - Associação Amigos da Rota, dois eventos noturnos, no final do expediente.

O coronel Mello Araújo sempre muito caprichoso, fez junto da chama de Canudos, junto da Bandeira e nós conseguimos, em dois momentos, acho que arrecadar perto de 700 mil reais nas duas ocasiões, junto à sociedade civil.

E o coronel Mello Araújo fez algo inédito, que foi conseguir essa captação junto à sociedade civil, que o sucesso foi tão grande na primeira versão da Associação Amigos da Rota, que nós tivemos que fazer a segunda porque tinham pessoas que vinham me procurar, procurar o coronel Mello e demais integrantes, dizendo: “Não, eu quero ajudar também”, e conseguimos levantar 700 e poucos mil reais.

E vocês podem ver que todas aquelas melhorias na pintura, nas janelas, na caixilharia, nas coberturas de telhado, enfim, tudo o que vocês veem hoje no 1º Batalhão de Choque, foi conseguido graças aos esforços do coronel Mello Araújo, que propiciou, fez com que houvesse esse ombreamento da sociedade civil com a Polícia Militar e levantar esses recursos para transformar, retransformar aquele quartel de 1891 na beleza que está hoje.

Se Deus quiser, eu até falei para o coronel Mello, que não desistisse na reserva de fazer a mesma coisa, que nós podemos. Se, quem conseguiu 700 mil naquela época de crise, consegue um milhão, graças ao novo momento da economia que nós vamos viver no ano que vem.

Vai conseguir mais recursos e dar mais condições para aquele glorioso Batalhão e também para o Quartel da Luz inteiro, que precisa ser recuperado. A própria Cavalaria da Polícia Militar está em estado muito ruim e precisa ser recuperada, e não dá, como eu disse ao Major Olimpio, para ficar aguardando a boa vontade do poder público para que transpasse todos aqueles itens burocráticos que consomem a vida do País.

E por fim, tive a honra, vou ter a honra de presentear os três, condecorar os três com o Colar de Mérito Legislativo da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ALBERTO MALFI SARDILLI - Anunciamos a presença do deputado Gil Diniz, presidente do nosso partido na Casa e do Coronel Nishikawa, também deputado estadual presentes aqui, para quem peço uma salva de palmas. (Palmas.)

Aproveitando as palavras do presidente desta sessão, deputado Frederico d’Avila, nós produzimos um material a respeito dessas inovações trazidas pelo coronel Mello Araújo lá no Batalhão Tobias de Aguiar.

Então foi feito um vídeo, onde apresentam as imagens das condições em que se encontravam o Batalhão, realmente com infiltração. Um Batalhão de 128 anos - que fez ontem -, se encontrando numa situação bastante deteriorada.

Após a gestão desses recursos - e que salienta-se o custo feito com a iniciativa privada - saiu praticamente um terço do recurso que seria feito pelo serviço público. Então a gestão, além de rápida, foi eficiente e muito menos custosa, não aos cofres públicos, mas no geral, no ponto final dos custos da obra.

Hoje, o quartel se encontra em condições, inclusive, de visitação pública sem passar vergonha nenhuma. Então, Mello Araújo, obrigado, em nome dos integrantes e ex-integrantes da Rota pelo trabalho executado lá junto à sociedade civil.

Mais algumas imagens das condições atuais, já, do quartel. Não foi só pintura, foi estrutural, construção de telhado, elétrica, teve realmente bastante coisa feita na melhoria das instalações em benefício da tropa.

Chamamos agora o professor Luiz Carlos Molion, meteorologista, que vai nos trazer uma brilhante apresentação sobre o tema “A Amazônia e a Seca no Sudeste”.

 

O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PSL - Enquanto o professor Molion se dirige ao local, eu queria pedir uma salva de palmas para o coronel Mello Araújo, pelo brilhante trabalho. E agradecer a presença do meu líder, Gil Diniz e do Coronel Nishikawa. (Palmas.)

 

O SR. LUIZ CARLOS MOLION - Muito bem. Então nessa luta de desmistificação, como o deputado mencionou, com relação ao aquecimento global, nós temos um outro mito que, infelizmente, também tem o apoio do Papa Francisco, onde, nesse último documento de junho deste ano, do Sínodo - documento para o Sínodo da Amazônia - que ocorreu agora no mês de outubro em Roma, ele disse que a Amazônia é responsável pela distribuição das chuvas no restante da América do Sul.

Vocês vão ver que isso é mentira, não existe isso. E, na realidade, a nossa seca de 2014 não tem absolutamente nada a ver com o que ocorreu na Amazônia. Já tivemos secas severas no passado, como vocês vão ver. E aí, está ligado? Tem que apontar para onde? Agora vai.

 Antes de mais nada, mostrar que - vocês vão ter que me aturar durante uns 30 minutos - o clima, ele é variável por natureza, naturalmente variável. Por exemplo, de 1916 a 1945 teve um aumento na temperatura - essa série é do Centro Hadley, da Inglaterra, preparada pela unidade de pesquisa do clima da Universidade de East Anglia -, a variação da temperatura, vocês notem, que de 1916 a 1945 houve um aumento na temperatura global.

E, é claro que a atividade humana nesse período, principalmente emitindo gás carbônico, era ínfima antes da guerra. Posteriormente, depois da Segunda Guerra, em que os aliados tomaram as indústrias dos países do eixo, a industrialização se acelerou, foi necessária mais energia, termelétricas queimando mais carvão e petróleo.

E, por incrível que pareça, vocês veem que de 1946 a 1975 a temperatura diminuiu, exatamente quando houve um aumento nas emissões, a temperatura diminuiu.

E, só por curiosidade, eu estava fazendo o meu doutorado na Universidade de Wiscosin, nos Estados Unidos, entre 1970 e 1975. E o que a imprensa dizia na época?

Que estávamos indo para uma nova era glacial. Inclusive, se vocês tiverem a paciência de procurar, no dia 30 de junho de 1974 tem uma página inteirinha do jornal o “Estado de S. Paulo”, assinada pelo professor Ernesto Giacaglia, do Instituto Astronômico e Geofísico, mostrando como é que íamos para uma nova era glacial e como poderíamos sobreviver.

Na realidade, o “homo sapiens” tem cerca de 160 mil anos de existência, e o “homo sapiens” já passou por uma glaciação de mais de 100 mil anos, e sobreviveu, e a prova é que nós estamos aqui.

Estação da Luz: desde que os ingleses começaram a construir - os ingleses são fanáticos por isso - colocaram um pluviômetro lá, então nós temos dados desde 1887 até 2018. Notem esse período aqui, no final da década de 1910 até 1928, com uma seca tremenda em 1924.

Aí vocês se perguntam: “Qual era o desmatamento da Amazônia capaz de produzir essa seca em 1924?”. Tivemos também uma seca severa em 1963. Só que essas secas de 1924 e 1963 não tiveram uma repercussão social e econômica muito grande, porque a população era pequena ainda e o agronegócio não era globalizado, uma seca como a de 2014 tem um impacto social muito maior.

 Então o que nós fizemos? Contra números não existem argumentos: “Eu acho que, talvez...”. Não, números. Colocamos uma caixa virtual na Amazônia, com paredes norte, sul, leste e oeste, uma tampa para não sair nenhuma umidade, há oito quilômetros de altura.

E, com dados bastante confiáveis de 1999 a 2014, nós calculamos quanta umidade entrou e quanta saiu - porque eu me arrepiava toda vez que aquela menina, Maju, do “Jornal Nacional”, dizia assim: “A umidade que vem da Amazônia”. Não vem umidade nenhuma da Amazônia, a fonte de umidade é o Oceano Atlântico.

 Nós colocamos essa caixa e calculamos quanto entrou, quanto saiu. E números redondos, de maneira geral: do Oceano Atlântico entra o equivalente a 500 mil metros cúbicos por segundo, sendo que 400 mil são transformados em chuva, 200 mil saem pelo rio, e os outros 200 mil são evapotranspirados, ou seja, a floresta recicla aquela água que está no Solo, para jogar na atmosfera.

E a floresta faz isso para manter a temperatura da folhagem, porque se a temperatura da folhagem passar de 34 ou 35 graus, as plantas podem ficar danificadas.

Então, ela usa esses princípios da transpiração, ou como nós chamamos de evapotranspiração, que, ao transformar água em vapor, consome uma quantidade muito grande de energia.

É como o nosso organismo, não é? Se a temperatura da pele tende a passar dos 37 graus, as glândulas sudoríparas entram em ação e ao evaporar o suor que está na pele, rouba calor da pele e baixa a temperatura, as plantas fazem a mesma coisa.

Então, chegamos à conclusão, nesse estudo publicado no ano passado, que o desmatamento da Amazônia não interfere na distribuição - muito embora o Papa Francisco e os documentos do Vaticano vão na contramão disso - e a fonte de umidade para o restante da América do Sul não é a Amazônia e sim o Oceano Atlântico Tropical.

Normalmente se forma na Amazônia, ou mais no Brasil central, durante o verão há o aquecimento do ar, esse ar se torna mais leve, sobe levando umidade e produz nuvens de chuva.

 Mas há períodos em que ocorre o contrário: quando se tem o “El Niño” - que é aquele fenômeno oceânico que ocorre no Pacífico - o aquecimento do Pacífico acima do normal, nós sabemos como diagnosticar, mas não sabemos o que gera esses “El Niños”.

Nessas circunstâncias, o ar sobe em cima do Pacífico e desce em cima da América do Sul como um todo; ao descer, ele provoca o que os paulistanos conhecem muito bem, que é a inversão de temperatura: o ar sobe no Pacífico e provoca uma alta pressão que domina todo o País, inclusive chegando até a África do Sul.

Quer dizer, temos aqui um gráfico que mostra esquematicamente a altura versus temperatura. Temperatura crescendo da esquerda para a direita. Então, quando este ar começa a descer, ele vai se aquecendo na taxa de dez graus centígrados por cada quilômetro que desce.

Vai chegar numa altitude, mais um menos em torno de três mil metros, em que este ar está mais quente do que este ar que está em baixo. O ar mais quente é menos denso, mais leve, então fica em cima do ar frio, criando uma situação estável.

 O topo desta chamada camada de inversão - que a gente vê muito aqui em São Paulo, principalmente durante o inverno -, e ela é chamada de camada de inversão porque, normalmente, a temperatura decresce com a altura.

Naquela camada em que a temperatura passa a crescer com a altura, inverte o sentido, é que nós chamamos de camada de inversão.

No topo, a umidade relativa é abaixo de 20%, as nuvens não conseguem crescer nesse ambiente. E entre a superfície e a base, que está a mais ou menos dois mil metros de espessura, fica tudo retido, inclusive poluentes, o que é muito ruim no caso da cidade de São Paulo, mas também a umidade não consegue sair dessa camada.

Então foi exatamente isso que aconteceu: a umidade entrou do Atlântico, mas como tinha esse sistema de alta pressão e a inversão, ela foi canalizada e foi chover lá no Rio Grande do Sul.

Então não é que tenha faltado umidade, como mostra aqui. O fluxo pela fronteira sul, neste período de 1999 a 2014 que nós utilizamos os dados, mostra que o maior fluxo de umidade em quilos, por segundo, foi exatamente 2013/2014, quando nós tivermos as secas severas.

Quer dizer, não faltou umidade, foi esse mecanismo de alta pressão que impediu que essa umidade fosse convertida em chuvas e causou essa seca severa.

Floresta, árvore, tem muitos vídeos circulando pela internet: “A máquina de fazer água”. Árvore não produz água, 99% da água que a árvore usa é para a evapotranspiração, para manter a temperatura da folha e ela devolve para a atmosfera que, incorporando os 200 mil metros cúbicos por segundo de evapotranspiração e mais os 100 mil que passou direto - 500 menos 400 -, essa umidade chega aqui.

Lembre-se: a floresta existe porque chove e não o contrário, a floresta tem uma interação com a atmosfera, mas a causa principal da existência da floresta é a chuva, que permite que ela exista.

E tenho sido alvo de críticas, principalmente agora neste ano, com as queimadas e com os sete mil e novecentos quilômetros quadrados de área desmatada.

Mas, se esquecem que em 1978, quando foi feito o primeiro levantamento, chegou-se a 28 mil. No primeiro ano de governo de Fernando Henrique, chegamos a 29 mil quilômetros quadrados desmatados e, no governo de Lula, os três primeiros anos, também os desmatamentos foram severos, só que a imprensa não dava atenção nenhuma, sendo que em 2004 chegou a 28 mil quilômetros quadrados.

Hoje, estamos com sete mil e novecentos, não há nada glorioso em se dizer isso. A tendência é, realmente, a gente passar a ter um outro padrão de desenvolvimento que inclua a floresta e não desmatando.

Pensa-se no desenvolvimento, sempre plantando soja, milho, ou pastagens para gado. Mas, certamente, essa floresta tem um valor muito maior do que pastagens e sacos de soja - que afinal de contas a soja até que está bem neste ano com a quebra dos Estados Unidos, já chegou a 90 reais a saca.

 Na hipótese absurda, da gente desmatar a Amazônia no ritmo atual, sem levar em conta o crescimento de volta da vegetação, levariam uns 700 anos. Quer dizer, absolutamente ridículo.

E dá para a gente, intuitivamente, perceber o seguinte: a floresta é um elemento rugoso, é um obstáculo para o vento nos baixos níveis. É como se tivéssemos um carrinho elétrico que está andando na cerâmica e ele sobe no tapete, ele dá aquela freada, a mesma coisa acontece com o vento.

O vento sai do oceano, que é uma superfície lisa, encontra a floresta, que é uma superfície rugosa e parte desse movimento é convertida em turbulência vertical, produzindo chuva.

Em princípio, intuitivamente, a gente percebe que se retirar a floresta, os ventos nos níveis baixos vão se acelerar, vão transportar mais umidade para o Centro-Oeste e para o Sudeste e irá chover mais aqui e não o contrário, como se diz.

Por exemplo, como saiu recentemente, no dia 17 de outubro na “Folha de S.Paulo”, um artigo chamado “O mundo sem a Amazônia”, que diz que se retirar a floresta vai reduzir 25% a chuva aqui.

Então, intuitivamente, a gente percebe que se retirar a floresta os ventos nos níveis baixos se aceleram, transportam mais umidade para cá. Chove menos lá, mas aqui choveria mais.

Está aí: o mundo sem a Amazônia, onde diz que com 100% teríamos então uma redução de chuva na maior parte do País; no cenário pior, que é o cenário 5, com 50%. E chega o jornal, o articulador, chega até a dizer que haveria um aumento global de 0,25 graus centígrados na temperatura. Olha o detalhe: 0,25.

O meio-oeste americano seria afetado com temperaturas mais elevadas e choveria mais na Indonésia, devido ao desmatamento da Amazônia, é isso que o artigo fala, decorrente de um experimento que foi feito com modelo de clima do GFDL, “Geophysical Fluid Dynamics Laboratory”, nos Estados Unidos, na Universidade de Princeton.

Então são resultados de modelo, assim como essas projeções de aumento de quatro ou cinco graus até o ano 2100 são feitas com modelos, também esses experimentos são feitos com modelo. Só que tem um pequeno detalhe: esses modelos têm um problema sério, que se chama ciclo hidrológico.

Modelo não sabe criar nuvem, não sabe fazer chover, entre outras coisas. E eu explico o porquê disso: o computador não tem ideia do contínuo, quer dizer, eu posso traçar uma reta contínua, estou vendo que é uma reta, para o computador é uma sequência de pontinhos.

Então os dados, no computador, ele vê de uma forma discreta. Então o que você faz? Coloca-se uma grade de latitude e longitude e depois em níveis de altitude e os pontos são inseridos, os dados são inseridos nos pontos de grade. Modelo a rodar: pressão, temperatura, vento, umidade, etc., são colocados nos pontos de grade.

Agora, pasmem, vocês: por questão de máquina, tempo, a distância de um ponto de grade a outro é um grau de latitude e longitude que, na região Tropical, são 110 quilômetros, ou seja, entre um ponto e outro e tem uma distância de 110 quilômetros.

Qualquer coisa que aconteça dentro desse espaço, o modelo não tem condições de captar: uma nuvem poderosíssima, capaz de produzir 100 milímetros de chuva, pode simplesmente aparecer e desaparecer em questão de quatro ou cinco horas.

Terá um diâmetro equivalente, digamos de 50 quilômetros, o modelo não consegue saber. Se o modelo não consegue saber que a nuvem está lá, ele não vai conseguir resolver o problema da formação de nuvens e chuva.

Portanto, os resultados desses modelos, de maneira geral, são inúteis, gasta-se muito dinheiro com esses supercomputadores e os modelos e eles não servem para nada, porque eles não conseguem resolver o problema do ciclo hidrológico.

Só como exemplo - eu não peguei nada assim que fui procurar a pior situação não - o modelo do GFDL, esse mesmo que foi usado nesse artigo, com dados de outubro de 2018, prevendo março de 2019, dados de modelo rodando.

Modelo em outubro para prever março - na agricultura a gente adoraria ver um modelo bom, que pudesse dar ao agricultor essa segurança durante o cultivo -, notem: o modelo colocou praticamente zero de chuva na maior parte do País, as observações de março mostram exatamente o contrário.

Em regiões que o modelo previu reduções de 120 a 180 milímetros por mês, ocorreu, na realidade, excesso de chuva de 200 a 400 milímetros. Coloquem na cabeça de vocês: tudo isso que sai com relação ao clima global.

E hoje, está sendo iniciada a COP - Conferência das Partes, a 25ª - para vocês verem, há 25 anos esses caras estão enganando a população -, em Madri. O nosso ministro está lá, para passar as duas semanas, normalmente o ministro só vai na segunda semana, mas acho que ele tem outras agendas para tratar.

Todos esses modelos, todos esses resultados catastróficos, decorrem de modelos de clima que não representam o clima atual. O modelo é bom?

Então ele deveria conseguir reproduzir o clima passado, não acha que é justo você dizer: “Olha, eu tenho dados daquele aquecimento de 1916 a 1945, vamos ver como que os seus modelos reproduzem aquilo”. Notem o detalhe do aquecimento, com um pico aproximadamente em 1938.

Comparação de 81 modelos, olha a bagunça: um dizendo que a temperatura da Terra estava em torno de 15 graus e outro aqui embaixo em torno de 12 graus e, entre um e o outro, tem mais de três graus de diferença entre os modelos.

E agora estão preocupados em dizer que, até 2030, nós não podemos deixar a temperatura aumentar meio grau, senão o planeta explode. Quer dizer, baseado em quê? Em modelos. Isso aparece uma macarronada de espaguete na realidade.

Outra coisa que fazem: fazem com que o modelo reproduza um período passado. Por exemplo, dados de 1975 a 1990 foram usados para sintonizar o modelo porque o modelo tem tantos parâmetros que ele vai mexendo, tortura o modelo até o modelo confessar o clima atual e bota o modelo para a frente.

Por esses modelos - a média deles -, em 2015, nós já devíamos estar com uma temperatura de 0,6 graus acima do que as observações indicam. Notem que, nos últimos 20 anos, praticamente a temperatura tem estado estável, embora as emissões de CO2 tenham aumentado mais de 10%.

A pergunta é: “Haverá mudança?” Claro, a constância do clima é de estar sempre mudando, mudando constantemente, e vai para um resfriamento pelos próximos 10 ou 12 anos e não para um aquecimento. Por quê? O Sol, tem um ciclo de 11 anos de atividade Solar: quatro anos crescendo, sete anos baixando, e quanto mais mancha Solar estiver, mais ativo está o Sol.

Vejam que cada pico desses tem um número de manchas diferente. Por exemplo, em 57/58 chegou, em média, 230 manchas por dia, bastante ativo o Sol. Mas superposto a esse ciclo, parece existir um ciclo de 100 anos e em todo início de século o Sol entra no mínimo de atividade.

Foi assim no início do século XIX, no início do século XX e agora os físicos Solares estão dizendo que esse próximo ciclo, que começa agora no ano que vem, 2020, vai durar possivelmente até 2031 ou 2032, vai ser um ciclo de atividade extremamente baixa, inferior inclusive ao que ocorreu há 200 anos atrás.

Então o efeito é essencialmente indireto, porque quando o Sol reduz a sua atividade, o fluxo de radiação Solar não reduz significativamente, mas o campo magnético Solar enfraquece.

E, se o campo magnético Solar enfraquece, a Terra fica sujeita a um bombardeio maior do que eles, erroneamente, chamam de “raios cósmicos galácticos”, que na verdade são partículas, não são raios.

Essas partículas de alta energia, que são produzidas pela explosão de estrelas supernovas, chegam ao nosso planeta e, segundo a teoria do físico Henry Szkermark , dinamarquês, elas produzem mais nuvens baixas. E nuvem é, realmente, o grande controlador do clima deste planeta.

Você imagina que você tem uma sala envidraçada que está entrando Sol, está aquecendo o ambiente. Você puxa a cortina, aí o Sol bate na cortina e é refletido para fora. As nuvens são assim: se aumenta a cobertura de nuvens, a radiação Solar vem de fora e é devolvida para o espaço. Se diminui a cobertura de nuvens, entra mais radiação.

Entrando mais radiação, como foi o caso desse período de 1976 a 2000, em que os dados de satélite mostram que houve uma redução de 5% na cobertura de nuvens.

 Houve um aumento pequeno de quatro lotes por metro quadrado, mas nós estamos falando da média para o planeta, que tem 510 milhões de quilômetros quadrados, ou seja, 510 trilhões de metros quadrados que, multiplicado por este quatro pequenininho, dá uma quantidade enorme de energia: aquecer os oceanos, e os oceanos, o clima.

Agora os oceanos mostram, eu peguei dados de 1999 a 2018, esses últimos 20 anos, e subtraí dos 20 anos passados, aquele período em que estava quente, de 1976 a 1998.

E esses dados estão mostrando que os oceanos estão se esfriando: próximo da América do Sul, da América do Norte está mais frio e a linha de zero de anomalia, de desvio, está chegando já até a linha da data.

Significa então que, se os oceanos se esfriarem devido ao aumento da cobertura de nuvens, que deve ocorrer nesses próximos 10 ou 12 anos, vai entrar menos radiação, os oceanos se esfriam e, como a atmosfera é aquecida por baixo, o ar em contato com a superfície.

Você vê que a temperatura aqui pode ser 25 ou 30, mas na vertical é 45/50 negativos, tem pelo menos uma diferença de uns 70° entre a superfície. Por que lá é frio? Por que o ar é muito mal condutor de calor e o transporte de calor é difícil, já o ar em contato com a superfície, se aquece, porque o Sol aquece a superfície e a superfície, aquece o ar.

Então, os oceanos constituem 71% da superfície terrestre, se mudar a temperatura dos oceanos muda o clima, tá? E a Amazônia? A Amazônia, 5,5 milhões - um por cento da superfície do planeta.

Claro, não sou defensor do desmatamento, mas a intuição diz que se desmatar toda a Amazônia, o clima global nem vai perceber. Afinal de contas, são 71% de oceanos contra 1% de floresta.

 E aqui deixar um alerta para vocês: antigamente se estudava a influência da Lua, e hoje não se ensina mais, embora os antigos dizem: “Olha, você tem que plantar em lua tal, não sei o quê, porque a Lua interfere no clima”.

Interfere? Não diretamente, porque é a força gravitacional da Lua mudando marés e correntes marinhas é que muda a temperatura dos oceanos que, indiretamente, vai mudar o clima

 Então existe um ciclo que ninguém mais conhece, chamado ciclo nodal. Aqui nós conhecemos. Mas aqueles caras que fizeram aquele amontoado de pedras lá na Inglaterra, o Stonehenge, já tinham 19 pedras por dentro, e 56 peças por fora, há 3500 anos atrás, eles sabiam exatamente a posição em que a Lua nascia a cada ano.

A Lua tem o seu plano de órbita variável, inclinações variáveis com relação ao Equador terrestre. Ela fica 28,6 graus latitude norte e sul e, quando está nessa máxima inclinação ela varre esse retângulo amarelo, que é metade da superfície terrestre, onde estão todos os oceanos praticamente também. Depois - 9,3 anos depois - ela baixa para 18,4 e fica dentro da região tropical, e a força gravitacional cobre uma área equivalente a esse retângulo azul.

 Para vocês terem uma ideia, nos 28 dias - que é aproximadamente o período em que a Lua dá volta em torno da Terra - quando está na inclinação máxima do plano, ela tem que viajar 13 mil quilômetros e, quando está na mínima, oito mil quilômetros.

Existe uma diferença de cinco mil quilômetros que significa que, quando está mais inclinado, a velocidade relativa da Lua com relação à superfície terrestre é muito maior, agita mais as marés e acelera as correntes marinhas.

As correntes marinhas transportam mais calor da região Tropical em direção aos polos, derrete o gelo lá, como foi em 2006. Aí ficam dizendo que o Ártico está derretendo por culpa do homem. Claro, muito claro.

Eu construí uma tabelinha - já que o evento é astronômico, você pode ir mil anos para a frente, um bilhão de anos para a frente ou para trás - desde 1885 até 2090 eu estava procurando essencialmente períodos de degelo, que coincidem quando o plano da órbita está mais inclinado, acelera as correntes marinhas, a força gravitacional transporta mais e me deparei com essa primeira coluna aqui.

Quando o plano da órbita está no mínimo, dentro da região tropical. Toda vez que isso aconteceu ocorreram “El Niños” muito fortes e secas severas para nós: 2015/16, 97/98, 77/88, 58/59, 41/42 e assim por diante.

Então meus caros, minha preocupação é a seguinte: 2013/2014 nós tivermos uma seca severa aqui no estado de São Paulo e a cidade de São Paulo ficou sem água, com essa população atual, se essa minha teoria estiver correta, a próxima dor de cabeça vai ser aqui: 2033/2034.

Portanto, os senhores deputados têm bastante tempo para tratar de como trazer água para esta cidade, porque até lá a população vai estar maior e o caos social e econômico vai ser maior nesta cidade.

 De onde vamos trazer água? Da Ribeira de Iguape, por exemplo; Ubatuba, ou “Ubachuva”, não é? Chove quase cinco mil milímetros por ano em Ubatuba. Fazer coleta nas encostas voltadas para o Atlântico, para trazer água para cá. “Ah, mas Ribeira de Iguape precisa passar por uma serra de 700 metros” – e daí? A água mais cara é aquela que você não tem.

 Então, se você começar a agir agora para se preparar para uma possível falta de água em 2033 e 2034 - e pode notar então, toda vez que nós tivermos a Lua bem no mínimo do seu plano da órbita, nós tivemos transtornos e secas severas -, então é um problema sério porque, entre outras coisas, a falta d’água leva a uma desestabilidade da sociedade e leva a conflitos sociais.

Para concluir, lembrar sempre: clima varia por causas naturais. É muita pretensão do homem achar que algumas toneladas de gás carbônico que ele lance vai mudar o planeta, pois só basta um “El Niño”, um oceano quente para jogar milhares de toneladas de gás carbônico.

Já aconteceu no passado em eventos extremos: a pior inundação de São Paulo foi janeiro de 1929. Qual era o desmatamento da Amazônia, qual era a atividade humana capaz de ter produzido a pior inundação? E secas também, como vocês viram pela Estação da Luz - os dados da Estação da Luz - já ocorreram no passado.

 Lembrar que a floresta não produz água, apenas recicla a água da chuva que estava no solo; se não chover, não tem floresta; o desmatamento não é a causa porque a floresta não é fonte de umidade, a umidade vem do Oceano Atlântico e, daqueles 16 anos que nós estudamos, 2013/2014 foram os dois anos em que a concentração de umidade foi maior no Sudeste.

Só que não existia um mecanismo capaz de converter essa umidade em chuva; nos próximos 10 ou 12 anos resfriamento global, com uma frequência maior de invernos rigorosos fora das regiões tropicais.

O Brasil não sofre muito, o Rio Grande do Sul, os estados do Sul sofrem com esse resfriamento. Mas, certamente, os países fora da região tropical, como é o caso dos Estados Unidos - que é o grande produtor de grão -, nós vimos neste ano que uma massa de ar polar deixou os solos congelados até abril aproximadamente e os estados do norte, que são grandes produtores de soja e milho, plantaram com três a quatro semanas de atraso.

Com isso, hoje estão colhendo milho debaixo de neve e um grão com uma qualidade inferior, porque passou por várias geadas.

 Então, é muito importante lembrar isso que, nesses próximos 10 ou 12 anos, devido ao fato de que o Sol está entrando num período mínimo. Aliás, é fantástico: pela primeira vez a humanidade, desde que o “homo sapiens” existe, vai ter condições de estudar o Sol de perto para ver como é que ele se comporta num ano como esse, que ocorre a cada 100 anos, a cada 100 anos esse mínimo Solar.

E lembrar que, se eu tiver razão - se minha hipótese estiver correta -, nós temos que nos preparar para uma possível crise de água no ano de 2033/2034.

Então, fica a sugestão para que a Assembleia Legislativa de São Paulo comece já a pensar um pouquinho para a frente e ver que existe grande chance de passarmos por um evento catastrófico por volta de 2033/2034.

Devemos estar preparados para isso. Muito obrigado, lembrar das palavras de Francis Bacon: “Nós não podemos comandar a natureza, nós temos apenas que nos curvar e nos adaptar ao que ela nos oferece”.

Muito obrigado.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ALBERTO MALFI SARDILLI - Agradecemos a brilhante palestra do professor Luiz Carlos Molion, que desmistifica falsas premissas pregadas por interesses escusos.

Professor, muito obrigado pela palestra, foi muito elucidativa e, certamente, fez um alerta aos parlamentares desta Casa. Passamos a palavra agora ao deputado Castello Branco, para que faça uso da tribuna.

 

O SR. CASTELLO BRANCO - PSL - Agradecer a ilustre presença do senador Major Olimpio, que muito nos honra, e não posso deixar de, a cada vez que vejo o senhor, agradecê-lo por aquela vez que nos encontramos na Associação dos Deficientes Físicos da Polícia Militar e o senhor disse que eu era um herói.

Eu fiquei 25 anos no Exército, nunca ninguém tinha me dito isso e eu com certeza fiz muito, então eu nunca vou me esquecer, independentemente de qualquer coisa, o senhor tem um amigo, muito obrigado

 Deputado Frederico d’Avila, parabéns pela iniciativa, mais uma vez, pela aula que, com certeza, vai se propagar pelo éter a partir de agora, se depender de nós aqui da Assembleia.

Major Mecca; deputado capitão Derrite, obrigado pela presença; general Carmona, meu companheiro de escola de cadetes, bem-vindo a bordo. Eu só tenho a elogiar a iniciativa, agradecer e a colocar a nossa Casa, professor, à disposição do senhor, para que a gente transforme, no que for tangível a nossa atuação parlamentar legislativa em prol dessa aula e desse nosso futuro.

Muito obrigado a todos, Brasil acima de tudo e Deus acima de todos.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ALBERTO MALFI SARDILLI - Muito obrigado, deputado Castello Branco, pelas palavras.

Chamamos agora o deputado estadual Major Mecca, para usar a palavra.

 

O SR. MAJOR MECCA - PSL - Senhoras e senhores, bom dia a todos os integrantes da Mesa. Parabéns, deputado Frederico d’Avila pela iniciativa.

O Major Olimpio, nossa referência; nosso irmão, capitão Derrite, deputado federal, trabalhamos juntos na Rota: eu, comandante de Companhia e ele ficou comandando o pelotão; general Carmona; professor Molion; coronel Mello Araújo, pai do homenageado coronel Mello Araújo, era comandante do CPE Choque, do Comando de Policiamento de Choque, quando para lá fui como aspirante, fui recepcionado pelo o senhor, o senhor não se lembra mas eu me lembro muito bem da recepção do senhor.

 É a recepção do coronel Suzano, que era o comandante do 3º Batalhão de Polícia de Choque, aprendi muito com os senhores; aos homenageados; a todos os presentes; o tenente-coronel Mário, fomos tenentes juntos na Rota. Ontem, o 1º Batalhão de Polícia de Choque completou 128 anos, desde de 1891 os nossos bravos guerreiros defendem São Paulo. Na época, percorreram todo o Brasil lutando e defendendo a honra da nossa Nação.

Vejo aqui vários amigos, coronel Sérgio, que também, quando eu cheguei a aspirante eu era tenente no COE, no Comando de Operações Especiais, junto com o tenente Mello Araújo, que hoje é homenageado; coronel Veloso; major Carvalho; Paulo César, que está aqui.

É uma honra. O coronel Joselito, também comandou o 3º de Choque. Com todos os senhores eu aprendi muito, e é uma honra estar aqui para abraçar o coronel Mello Araújo, em particular, porque fomos tenentes juntos na Rota noturna.

Mellinho, eu aprendi muito comandando o pelotão junto com você. Todas as demandas que atendemos no combate ao crime organizado, combatendo o crime, ajudando, salvando vidas nas ruas em São Paulo, eu tive essa grata oportunidade de estar ao seu lado.

Conte sempre com o nosso apoio, com o nosso trabalho aqui na Assembleia Legislativa, onde nós procuramos trazer esses valores aprendidos na vida de caserna: a honestidade, a lealdade, a honra, o respeito ao próximo, para que nós, policiais, possamos ser contemplados com esse respeito, porque, hoje, dentro do Estado, nós não somos.

Nós, policiais, nos dedicamos de forma a entregar a nossa vida para defender o cidadão, e não somos valorizados à altura do serviço que prestamos ao estado de São Paulo.

Tivemos, nesta Casa aqui, uma votação na semana passada de um reajuste salarial desrespeitoso, de 5%, que nós fomos contra, colocando aqui, e externando a vontade de quem nós representamos, que são os nossos policiais que, numa pesquisa feita a todos eles, 95% foram contundentes em dizer: “comandante, vote não a esse gesto de desrespeito do governo do Estado de São Paulo com todos nós, policiais”.

E nós estamos aqui para fazer valer o descontentamento desses homens, e mulheres, que estão defendendo São Paulo, e fazer valer a honra de todos eles. O coronel Mello Araújo, como todos que estão aqui, tiveram uma participação muito grande nos resultados que, hoje, a sociedade paulista desfruta da queda de homicídios, queda dos roubos, dos furtos, e de outros índices criminais, os senhores são responsáveis por esses números.

E nós estamos aqui sempre, para fazer valer esse trabalho, esse esforço, e fazer com que todos nós sejamos valorizados. Parabéns coronel Mello Araújo pela homenagem, é pouco para reconhecer o seu trabalho, mas tenha certeza que é feita de coração.

E nós estamos aqui para abraçar você, a sua família, sua esposa, os seus filhos, com muito carinho, com muito amor e com muito respeito.

Parabéns. Que Deus abençoe a todos.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ALBERTO MALFI SARDILLI - Muito obrigado, deputado Major Mecca, pelas palavras.

Chamamos, agora, para fazer o uso das palavras, o deputado estadual Coronel Nishikawa.

 

O SR. CORONEL NISHIKAWA - PSL - Bom dia a todos, coronel Mello Araújo, parabéns pela sua homenagem, parabéns ao d’Avila. Eu iria falar coronel d’Avila, mas não chegou lá ainda não, pela homenagem prestada aos nossos heróis do cotidiano, aqueles que salvam vidas e que, em detrimento de muitos, infelizmente, como diz o Major Mecca, que prefere ser chamado assim, nós não somos valorizados.

 Nós temos que nos valorizar, acima de tudo... General Carmona, obrigado pela presença, em nome do general Carmona cumprimento todos os militares aqui presentes, aos colegas, e nome do nosso querido amigo, Major Olímpio, os nossos parlamentares.

Dito isso, eu digo o seguinte: que muita gente fala que eu sou bombeiro, realmente a minha alma é mais bombeiro do que polícia, entretanto, eu tive a oportunidade de ser comandante e subcomandante de batalhão.

Eu comandei o 6º Batalhão. Eu comecei a minha carreira como soldado, e fui subcomandante do 10º, então eu tenho uma vida também de rua, e muitos aqui acham que só fui bombeiro, mas não fui só bombeiro, não, eu sei o quanto é árdua a batalha diária nas ruas.

Tirávamos Tático-Comando de madrugada. eu tenho visto que hoje cumprem uma jornada de 12 horas em uma viatura, e eu já tinha até solicitado para o nosso secretário para fazer um estudo para diminuir esses horários.

Aliás, no nível federal, poderia até vir alguma coisa dessa natureza, porque é um absurdo ficar 12 horas em uma viatura. Oito horas que a gente ficava a gente já achava bem pesado, porque a gente não se limita às oito horas dentro da viatura.

Quando nós pegamos um flagrante, por exemplo, nós viramos a noite, viramos o dia. Tudo o que for feito em prol da Polícia Militar, para aqueles que podem fazer, vão fazer gente, porque o Governo não nos reconhece ainda, queremos que reconheça, sim.

Tida como a melhor polícia do Brasil, é referência no mundo inteiro, tanto é que o nosso comandante-geral esteve em Chicago, falando sobre a diminuição do índice de criminalidade, eu acho que eu estou falando demais, mas era preciso falar isso.

Muito obrigado a todos, parabéns a todos, um grande abraço, coronel Mello Araújo.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ALBERTO MALFI SARDILLI - Deputado Coronel Nishikawa, obrigado pelas palavras. Chamaremos agora o deputado federal capitão Derrite para fazer o uso da palavra.

 

O SR. GUILHERME MURARO DERRITE - Senhoras e senhores, bom dia, quero iniciar cumprimentando o proponente desta sessão solene, o deputado Frederico d’Avila, que, pouca gente sabe, mas me ajudou muito desde a época em que eu era tenente lá na Rota, quando o governo PSDB tentava me tirar da rua – não é, Fred?

E você, como assessor especial na época do governador me segurou por algumas vezes, duas vezes - e eu sou muito grato a isso, e faço questão de falar publicamente sempre nas minhas palavras.

Eu quero cumprimentar, em que pese não estar presente, quem está representando aqui o Dr. Ferreira Pinto, que é o próprio homenageado também, o coronel Mello Araújo, o Dr. Ferreira Pinto foi um secretário de Segurança que fez história no estado de São Paulo, teve coragem de enfrentar o crime organizado, e não há outro caminho para controlar a criminalidade que não seja enfrentando da maneira como eles merecem ser enfrentados.

Eu acho que a polícia comunitária é válida, ela é precisa, ela é necessária, mas a gente não pode deixar de lado, e deixar de encarar, uma realidade, a hipótese, do confronto, e foi isso que o secretário fez, resgatando a Rota, e hoje nós temos aí o resultado.

A Rota é o que é hoje porque ela foi resgatada pelo secretário Ferreira Pinto, e eu aproveito aqui para cumprimentar o trabalho que o coronel Mário, e toda a sua equipe aqui representada, realiza no estado de São Paulo, também pelo aniversário de ontem, de 128 anos de Batalhão Tobias de Aguiar.

Eu sou muito grato a Deus por ter tido a oportunidade de servir nessa centenária, e gloriosa, unidade, cumprimentar o senador Major Olímpio, cumprimentar o deputado Major Mecca, o professor Luiz Carlos, que deu literalmente uma aula, e parabenizá-lo, professor, pela merecida honraria que o senhor vai receber hoje, o coronel Mello Araújo, pai do homenageado, que eu só conhecia, coronel, as histórias, e hoje estou conhecendo pessoalmente o senhor, general Carmona, representando o Exército brasileiro.

E dizer da minha felicidade, coronel Araújo, de estar aqui hoje prestigiando o senhor. Eu fiz questão de estar aqui, até perdendo uma reunião lá com o ministro general Ramos, esta semana eu estou representando o governo Bolsonaro na Câmara, assumindo a função de líder do Governo, porque o major Vitor Hugo está fora do País.

Mas fiz questão de vir aqui prestigiar, para dizer para o senhor que, talvez o senhor não saiba, da influência que o senhor teve para a minha geração, nossa geração, que hoje é capitão da Polícia Militar, se espelhava no então tenente Mello Araújo na Rota noturna, no tenente Mecca, no tenente Mário, na época do tenente, depois capitão, Sérgio Moretti, pessoa que eu admiro e respeito muito.

E dizer para o senhor que o legado que o senhor deixa, não só como um oficial da Polícia Militar, como tenente e capitão, mas principalmente como comandante da Rota.

Ele, sem dúvida alguma, será eternizado. O senhor que, além da postura como comandante, e o que mais me admira no senhor foi nunca ficar em cima do muro, quando uma reportagem perguntou para o senhor quem você iria votar para presidente da República, o senhor não pensou duas vezes, e foi sincero, falou: “Eu vou votar no Jair Bolsonaro”.

E o presidente sabe disso, e é grato ao senhor por conta disso, então eu venho aqui deixar o meu abraço publicamente, registrar aos nossos homenageados, ao professor, especialmente ao senhor que, como eu disse, foi exemplo e inspiração para a nossa geração, e que o nosso sagrado Batalhão Tobias de Aguiar será eternamente lembrado e grato ao trabalho que o senhor fez por lá.

Muito obrigado a todos.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ALBERTO MALFI SARDILLI – Obrigado, deputado Derrite, pelas palavras. Chamamos agora o senador Major Olímpio, para fazer uso da palavra.

 

O SR. SERGIO OLIMPIO GOMES - Quero cumprimentar o deputado Frederico d’Avila, Fred, presidente proponente desta sessão, cumprimentar os parlamentares desta Casa, para que nós tenhamos uma sessão ela tem que ser aprovada, e eu não tenho dúvida que esta sessão foi aprovada pela unanimidade dos 94 deputados.

Aqui estão deputados que são amigos de todos os dias, Major Mecca, não porque pertença ao meu partido, como o Fred, mas é uma grande referência para todos nós aqui, foi uma grande referência como oficial da Polícia Militar, e nos engrandece pela sua postura, e pelo seu alinhamento permanente com os ideais da Polícia Militar, dos profissionais da Segurança Pública, dos Servidores Públicos, e com a vossa própria consciência.

Coronel Nishikawa, nosso amigo, nosso veterano, nosso respeito, quando dizem que o senhor é bombeiro é para enaltecer um pouco, mas nós sabemos a sua história de luta, que começou como um soldado da Polícia Militar, e fez uma carreira brilhante, e por seus valores, nos representa com muita dignidade aqui nesta Casa de Leis.

Professor Molion, o senhor nos deu uma aula, e tenho certeza que vai me dar grandes lições de casa, digo que, para a minha felicidade, aprendi, não conheço da matéria, mas sou um bom papagaio, se o senhor me ensinar eu falo que é uma beleza.

E eu tenho certeza que nós temos que multiplicar não só a verdade, mas principalmente antever o futuro, se eu sou senador de São Paulo, se nós estamos aqui numa Casa que representa a população de São Paulo, quando o senhor faz um alerta para 2033, 2034, nós temos que observar o seu alerta, e fazer uma preparação do estado aqui, da Assembleia, em relação às possibilidades orçamentárias, às possibilidades técnicas.

Mas nós temos lição de casa assim, e,se V. Exa. me permitir, nós vamos nos aproximar mais para que a gente possa ajudar o estado de São Paulo. General Carmona, meu respeito ao Exército brasileiro, às Forças Armadas, tivemos uma solenidade juntos que V. Exa. presidiu no sábado, da formatura de oficiais do CPOR, e transmita ao nosso general Amaro a nossa consideração.

Amanhã nós temos uma lição de casa, na Comissão de Relações Exteriores, que é a aprovação do Projeto 1.645, que trata justamente da malha de proteção social das Forças Armadas e, por consequência, luta e esforço empreendido por muitos parlamentares, e dentre eles aqui já faço o registro do capitão Derrite, com a inclusão das polícias militares e dos corpos de bombeiros.

Nós temos amanhã a votação, para levar a plenário essa matéria, para que nós possamos ter, na semana que vem, a aprovação definitiva em plenário para se levar ao presidente Jair Bolsonaro para a sanção ainda este ano.

Nós temos reflexos da própria malha de proteção social, e das garantias, e das alterações de carreira das Forças Armadas, com implicações orçamentárias, inclusive a partir do 1º de janeiro. E é um compromisso do governo Bolsonaro, é um compromisso com o País terminarmos o ano com um novo sistema previdenciário.

Já foi feita a nova Previdência e, aos militares que, pela sua especificidade, não têm Previdência, têm uma malha de proteção social, e será reconhecido e consagrado, neste momento, a condição dos militares estaduais em simetria aos nossos militares das Forças Armadas, que também têm as mesmas restrições, as mesmas obrigações, e um comprometimento permanente com o País.

Então as Forças Armadas estão nessa expectativa, semana passada, em várias vezes, tive reuniões com o general Ramos, com o general Fernando, que é nosso vizinho – não é, Derrite? Mora no mesmo hotel que a gente.

Temos conversado permanentemente da necessidade, haja vista que nós ainda temos reflexos de alguns segmentos no País que têm um sentimento de ranço em relação às Forças Armadas, em relação às polícias militares.

Não é o momento se tratar nada de política partidária, nem ideologia, mas nós temos que garantir o respeito às Forças Armadas, a dignidade necessária às polícias militares e aos corpos de bombeiros pelo que fazem, fizeram, fazem e hão de fazer pela população brasileira o tempo todo.

Quero dizer e saudar, para a nossa alegria na Mesa, o coronel Carlos Augusto de Mello Araújo, nosso coronel da Polícia Militar, é pai do Mello Araújo, homenageado, mas é alguém que tem no sangue, e tem nos seus valores, a defesa de São Paulo, e a defesa intransigente da nossa Polícia Militar, seu pai já fazia isso, ele passou um legado, e V. Senhoria transmitiu com maestria ao vosso filho, que é uma referência para todos nós.

Outro dia me emocionei em uma manifestação na Avenida Paulista, onde cidadãos, aos milhares, estavam ali perdendo dignidade, respeito, civismo, patriotismo, e o coronel Mello Araújo lá estava, como uma referência, uma lembrança para todos nós.

Porque nós temos o nosso tempo de serviço ativo, mas os nossos compromissos, comandante, eles não acabam nunca, e V. Exa. sempre é essa referência para todos nós, para a sua família, sua esposa aqui presente, Mellinho, que está aqui presente com a sua esposa, justamente homenageado – viu, Fred?

Você teve uma iniciativa magnífica de homenagear três homens de honra, a Bíblia já diz: “Dai honra a quem tem honra”. Professor Molion, eu fico imaginando o tamanho das batalhas que enfrenta no momento em que diz, com todo respeito, com toda a nossa admiração e veneração, mas nessa o papa Francisco pisou na bola.

Eu fico imaginando os reflexos disso. Também dizer, coronel Mário, comandante da Rota, que o nosso respeito sempre, que ontem fez 28 anos, e à tarde estaremos lá homenageando a tropa do senhor, valorosos homens, que fazem muito pela sociedade.

Coronel Veloso, meu amigo, meu colega de turma, se Deus quiser um grande representante para a cidade de São Paulo muito oportunamente, coronel Suzano, nosso comandante referência, e que as vidas acabam se cruzando sempre, o coronel Mello Araújo, que foi uma referência para o senhor.

O senhor que deixou uma grande referência para todos nós, e que as vidas vão nos aproximando, e dizem: “As aves de boa plumagem sempre voam juntas”, e acabam voando mesmo ao longo do tempo, a vida vai nos mostrando.

Coronel Joselito, que aqui representa a nossa Polícia Militar, o nosso agradecimento. Sergião, me permita, coronel Sérgio Ricardo, nosso Sergião, tivemos um evento maravilhoso no Tribunal de Justiça há alguns dias atrás, que V. Senhoria fez um evento digno da Polícia Militar, em que todo o Tribunal de Justiça se manifestou, reconhecendo a grandeza da nossa instituição, V. Exa. ali engrandeceu o mais jovem soldado que está nas ruas neste momento.

E, presidente, eu vim aqui, também temos compromissos de toda ordem, mas não poderia deixar, major Carvalho, nosso amigo comandante do COE, major Paulo César, de dizer da minha satisfação de vida, de ser amigo, ter sido instrutor, ter sido comandante, mais meu amigo, o coronel Mello Araújo, homenageado neste moment.

Conheci o Mellinho cadete, menino no curso preparatório, depois tive a felicidade de, no momento em que a organização achou que ia me castigar, me colocou no batalhão em Bragança Paulista, e eu tive a felicidade de ter o tenente Mello Araújo como o meu subcomandante, meu amigo.

E tudo o que se falar profissionalmente em relação ao Mello, ele sempre se esmerou para fazer o melhor pela sociedade, Mello nunca fez política, ele o tempo todo fez polícia, foi sempre um grande defensor dos ideais, preservou os valores que aprendeu em casa, que veio do avô, que passou pelo pai, que são os valores da nossa instituição, e sempre como um grande comandante.

E a gente sabe quem é o grande comandante, Mecca, não é no momento da festa, é no momento da dor maior, e o Mello, fiz questão de estar aqui na Casa do povo de São Paulo, na Assembleia Legislativa, quando está acontecendo a entrega desta homenagem, para dizer que a Assembleia, através da sua manifestação, Fred, está sendo mais do que justa.

Em inúmeras situações, de maior ou de menor perigo, seria sempre desejável para a gente ter alguém com o perfil do coronel Mello Araújo. Líder corajoso, sensato com as situações, sensível às causas da sociedade, e sensível às causas da sua tropa.

Entre os valores de política interna e de vantagens, e as necessidades da sua tropa, o Mellinho Araújo sempre optou pela defesa da sua tropa, até o último instante, em que ele esteve no comando no Batalhão Tobias de Aguiar.

Me lembro uma passagem, Mello, que a vida vai nos educando, e em Bragança Paulista nós perdemos juntos, mataram um policial, nosso comandado, nosso amigo, nosso irmão, num horário de folga, e foi num fim do ano, já uma coisa triste para todos nós, mas num 31 de dezembro o coronel Mello Araújo me fez uma ligação, eu já estava com a família, então o tenente Araújo para dizer: “comandante, missão cumprida”.

O indivíduo enfrentou a Polícia Militar, o Mello mesmo foi ferido, mas não virou o ano sem que a Polícia Militar desse uma resposta, que não melhorou, mas minorou a dor para família, a dor para todos nós, quero só lembrar: era 31 de dezembro, e o Mello não precisava estar em serviço naquele momento.

Mas o comprometimento dele com a sociedade sempre foi acima de todas as circunstâncias. Fiz questão de estar na despedida dele, como comandante lá no BTA, no 1º Batalhão Tobias de Aguiar, e vi a sua tropa chorando a despedida do comandante.

Isso eu acho que, Mello, não tem coisa melhor no mundo que seja uma valorização dessa natureza, talvez você estivesse tão emocionado naquele momento, que você não conseguia se ater ao semblante de toda a sua tropa, do sentimento da perda do grande comandante.

Na Polícia Militar nós não dizemos “adeus”, nós dizemos sempre “até breve”, e as substituições são mais do que naturais ao longo do tempo, para substituir veio o coronel Mário Alves, seu companheiro, amigo de muitos anos, amigo, que trabalharam juntos, e levou o legado que você deixou, e está levando até esses dias.

Mas eu digo para você: sinta muito orgulho, estou vendo os teus filhos ali, os dois ali atrás, sintam verdadeiramente muito orgulho, eu sei que você já sente um orgulho danado da história do bisavô, da história e da tradição do seu avô aqui presentes, mas tenha realmente, tenho muito respeito pelo profissional, vocês conhecem o pai, nós conhecemos o amigo, o profissional, a pessoa humana maravilhosa que é o coronel Mello Araújo.

E pode ter certeza, Mellinho, nós ainda temos muito por fazer juntos nas nossas vidas, o destino vai se cruzando, e vai se cruzar muito breve para coisas que são importantes para o nosso País, para o nosso Estado, para a nossa sociedade.

Que Deus abençoe o Dr. Ferreira Pinto, que não está presente aqui, mas também uma referência e um amigo, que eu faço questão de exaltar, porque fazer discurso, dizendo que vai enfrentar a criminalidade, já vi muitos fazendo, como o atual governador também faz com hipocrisia, mas não transforma em realização as suas palavras.

Daí o apelido de Pinóquio, a cada dia mais colando, mas o Ferreira Pinto foi um secretário da Segurança, secretário de Assuntos Penitenciários que, muitas vezes, a nossa tropa, os policiais civis, não conseguem imaginar o quanto é duro ser o anteparo das mesquinharias políticas, das injustiças políticas, para se fazer o que tem que ser feito, e o Ferreira Pinto, em todos os momentos, ele prestigiou os profissionais da Segurança Pública.

Encerrando, não posso deixar de pedir à população, neste momento, respeito, e consideração, e crença nos valores da Polícia Militar, nós tivemos no final de semana uma ocorrência que teve a participação da Polícia Militar, em que nove pessoas morreram pisoteadas, outros feridos, na comunidade de Paraisópolis.

Estão aqui todos que serviram no Choque, ou naquela região, Veloso foi comandante lá, são sabedores que tipo de situação dessa pode acontecer lá, como quando pode acontecer em qualquer aglomerado nessas comunidades, e não foi a Polícia Militar quem deu causa a isso.

Dá causa a isso toda a sociedade. A minha, talvez, incompetência como legislador hoje, em não conseguir sensibilizar os demais no Congresso a termos leis que possam fazer, e dar, estrutura maior para a sociedade.

Nós sabemos que nessas comunidades, 99% das pessoas são gente de bem, mas o 1% que é escória, que são traficantes, que financiam os pancadões, que querem os jovens lá consumindo droga, fazendo-se de mula de drogas.

A prostituição, sexo explícito nas ruas, a venda de bebida alcoólica, e aí a sociedade como um todo: a prefeitura é omissa, o Estado covarde, a União não se mobiliza, a Justiça vai dizer: “olha, só se vocês fizerem a lei”, mas também não se mobilizam, o Ministério Público vai na bola certa quando tem o holofote da televisão, e acaba, muitas vezes, explodindo as consequências na mão da Polícia Militar.

Policiais militares foram atacados a tiros, pediram o apoio, e a Polícia Militar: “ah, por que a polícia foi lá?”, mas não é para ir? Qual é a alternativa que tem a polícia para isso?

Se fosse o Major Mecca, o tenente Mello Araújo, o tenente Mário, o tenente Carvalho, se receber sem uma comunicação por rádio: “policiais militares atacados a tiros”, e usaram os meios gradativos.

Sergião, você foi homem do Choque, usaram munição química? Sim, usaram a bala de borracha, o elastômero? Sim, que são as alternativas táticas que possam resultar em menor dano.

Então, nesse momento, eu peço a todos aqui desta Casa, vou fazer isso no Senado, Derrite, faça, e nós vamos fazer um enfrentamento para a sociedade. Nós vamos defender aqueles que defendem a sociedade neste momento, aproveitando a homenagem a você Mello, mas dizendo que nós não podemos, neste momento, deixar que hipócritas queiram atirar nas costas da Polícia Militar a responsabilidade que não é da Polícia Militar, citando o deputado Gil Diniz aqui, líder do PSL nesta Casa, é uma responsabilidade da sociedade.

Polícia Militar que tem feito, e fez só neste ano, mais de 300 operações só na cidade de São Paulo, Mecca e Castello Branco, para evitar essas aglomerações, que são sem autorização do poder público, mas o poder público sem fiscalizar, com toda sorte de crime sendo praticados, e a Polícia Militar, com as ações ofensivas, a única esperança, e o último arremedo que tem a sociedade.

Então, aqueles que querem a segurança e a sociedade mais justa neste momento, não permitam a hipocrisia, vamos dizer a toda a sociedade da grandeza e do respeito, Arns, da OAB que você representa, e da Comissão de Segurança Pública, por favor, leve aos 450 mil advogados filiados à OAB a mensagem, exatamente, que a instituição preserva, a instituição se pauta pelo cumprimento da lei. Jamais nós prestigiamos que se extrapole, em qualquer circunstância.

Onde se extrapola o cumprimento da lei, nós mesmos, não existe instituição que corte mais na carne do que faz a nossa instituição, em uma guerra permanente.

Esses tristes efeitos colaterais, de jovens mortos, pisoteados, que nós temos a certeza: não eram os grandes traficantes que atiraram, ou seguranças dos traficantes ali, não. Esses atiraram, e devem ter saído muito rapidamente incólumes dali.

Jovens que não têm alternativa de lazer, talvez estivessem ali, e sucumbiram pisoteados. Que não aconteça isso mais na nossa história. Está fadado a acontecer a qualquer momento, isso nós precisamos ter na consciência, isso nós temos que tomar atitudes, porque pode acontecer, se houver quebra da ordem, ninguém vai chamar nenhuma comunidade religiosa, ou psicólogo, ou repórter, vai ser a instituição Polícia.

Polícia extensiva, que vai chegar para agir em nome da sociedade. Então, defendam essa polícia ostensiva, defendam a nossa Polícia Militar, em homenagem a você nesse dia, Mello, que a nossa Polícia Militar continue a ser a grandeza que é, daqui a 100 anos nenhum de nós estará mais aqui, mas daqui a 100 anos, no estado de São Paulo e no Brasil, nós teremos uma instituição chamada Polícia Militar.

Que estará, como você fez por mais de 30 anos, como seu pai seu pai fez por mais de 35 anos, nas ruas defendendo a sociedade, e até morrendo se preciso for, na defesa dessa sociedade.

Parabéns. 

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ALBERTO MALFI SARDILLI - Muito obrigado ao nosso senador, Major Olímpio. Passamos a palavra agora para o presidente desta sessão solene, deputado estadual Frederico d’Avila.

 

O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PSL - Antes de darmos início à entrega dos colares às personalidades, queria pedir aqui ao nosso querido deputado, capitão Derrite - eu sei que é difícil, viu, Derrite?

O presidente da Comissão de Meio Ambiente lá da Câmara é meio complicado -, mas que você consiga um requerimento para levar o professor Molion para fazer uma palestra na Comissão de Meio Ambiente na Câmara, e eu sei, Major Olímpio, que o senador Contarato também não é muito fácil, mas o requerimento de V. Exa., as letras do requerimento têm o mesmo volume do som da sua voz, então acho que ele vai convocar, vai topar.

E aproveitando, o nosso querido amigo Fausto Pinato, deputado Henrique, que é presidente da Comissão de Agricultura, aí você não vai ter dificuldade nenhuma, em também levar o nosso querido professor Molion lá.

Bom, o Mello Araújo, mais do que festejado aqui agora, eu queria dizer que hoje – ou desculpe –, ontem foi comemorado 128 anos do Batalhão Tobias de Aguiar, que vai ser comemorado hoje às 16 horas, o qual estarei lá presente, e lembrando que o aniversário da Rota foi no último dia 15/10, que fez 49 anos, e hoje é o Batalhão Tobias de Aguiar, 128 anos.

Como bem disse aqui o Major Mecca, e o deputado Derrite também agora, com o episódio em si do Major Olímpio, a culpa é sempre da PM – não é, comandante? Então tudo de ruim que acontece a culpa é da PM, que eles conseguem personificar todas as mazelas na Polícia Militar, aproveitando a presença do nosso querido representante da OAB, que leve essa mensagem.

Eu tenho essa vantagem de não ser militar neste momento, de poder reconhecer o quanto essa instituição sofre para dar segurança a todos os paulistas, e os brasileiros que aqui residem.

Então, dando prosseguimento à cerimônia, vamos agora dar início a entrega dos colares, iniciando pelo Coronel Mello Araújo, eterno comandante do 1º Batalhão de Choque.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ALBERTO MALFI SARDILLI - Chamamos à frente o Sr. Coronel PM Ricardo Augusto Nascimento de Mello Araújo, eterno comandante do 1º Batalhão de Polícia de Choque Tobias de Aguiar, Rota. Para fazer a entrega desta homenagem, chamamos o deputado estadual, Frederico d’Avila, chamamos o pai do homenageado, coronel Mello Araújo, e o General Carmona.

O tenente coronel Ricardo Augusto de Mello Araújo, nasceu em 1971 em São Paulo, e ingressou na Polícia Militar em 1987, onde possui grande trajetória.

Foi ajudante de ordens do secretário de Segurança Pública, Comandante de diversos batalhões da PM e comandante do 1º Batalhão de Polícia de Choque Tobias Aguiar, Rota, com formação sólida e extensa, graduado em direito, e graduado na Escola de Educação Física da Polícia Militar do Estado de São Paulo, especialista em fisiologia do exercício, pós-graduado na Universidade de São Paulo, e mestrado CAO, realizou diversos cursos no âmbito da Polícia Militar, instrutor de direção defensiva, patrulhamento tático, segurança física de dignitários, curso de operações COE, e cursos de paraquedismo.

Fora da Polícia Militar do Estado de São Paulo, também participou de cursos de guerra na selva no Exército brasileiro em Manaus, especialização em segurança técnica de tiro israelense antiterror, em Israel, e especializado em segurança de dignitários pela SWAT de Miami, Estados Unidos.

Parabéns, coronel Mello Araújo, por esta honrada homenagem. Pedimos aqui aos policiais militares do 1º Batalhão de Choque, juntamente com o seu comandante, que se postem ao lado do seu eterno comandante.

Gostaria que, também, a Sra. Valdirene, com seus filhos, viesse participar das congratulações ao coronel Mello Araújo, os dois futuros recrutas, deputado Derrite, pode chegar lá mais perto para a foto? Essa foto é Rota pura.

Valdirene, depois vem por aqui e já entra nessa foto também com os seus filhos, vai, agora pose.

 

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- É feita a outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ALBERTO MALFI SARDILLI - Pedimos uma salva de palmas ao homenageado. Convidamos o Coronel Mello Araújo para ocupar a Tribuna, e fazer uso da palavra.

Coronel Mello Araújo fará uso da palavra na Tribuna da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, com a palavra Coronel Mello Araújo.

 

O SR. RICARDO AUGUSTO NASCIMENTO DE MELLO ARAÚJO - Bom dia a todos e a todas, antes de mais nada, parabenizar o professor Molion pela belíssima aula, até fiquei contente, meus filhos já aprendendo logo de cedo um pouquinho, então a gente fica muito contente, um prazer conhecê-lo, e parabéns pela homenagem também. Em nome do senador Major Olímpio, cumprimento todas as autoridades políticas aqui presentes.

Não posso deixar de falar também do capitão Derrite, do major tenente-coronel Mecca, coronel Castello Branco, general Carmona a qual conheci como o coronel, comandante do CPOR, e depois foi lá para o Mato Grosso, agora retornando aí como chefe do estado-maior do comando sudeste, um grande amigo.

Em nome do qual o cumprimento todos os militares aqui presentes. Eu só tenho agradecer a Deus por ter colocado na minha vida pessoas tão brilhantes como as que estão aqui hoje. Como bem falou o nosso senador Major Olímpio, que foi meu comandante lá no Barro Branco, meu instrutor.

Lembro das aulas de educação física naquele pátio, depois trabalhamos juntos em Bragança Paulista, subcomandante do batalhão, onde passei a conhecê-lo mais a fundo, e ver a capacidade do senador, deputado estadual, federal, hoje senador da República.

Então, Deus colocou na minha frente pessoas que brilham, que estão brilhando. Capitão Derrite, começando agora na política, mas já fazendo a diferença, a gente acompanha e vê os seus pronunciamentos, mostrando realmente que é um oficial diferenciado, o próprio Major Mecca, dividimos pelotão juntos na noturna, e hoje aí também iniciando como deputado, e já fazendo a diferença, que eu acho que é isso que nós precisamos.

Não simplesmente o deputado, mas aquele deputado que veio para fazer a diferença. E a gente tem constatado, dia a dia, a sua postura, as suas palavras. Isso deixa a gente muito contente.

O deputado Frederico d’Avila, suspeito para falar, está fazendo esta homenagem para mim, embora eu não considere essa homenagem para mim, e sim para todo o Batalhão Tobias de Aguiar, para todos os policiais militares. Uma pessoa sozinha não faz nada, na verdade a gente é fruto de todo o esforço desses policiais aí, diuturnamente defendendo a sociedade, e o Frederico faz parte dessa história.

Deus colocou ele também na minha frente através do, então, o nosso grande amigo, Antônio Ferreira Pinto, ex-secretário de Segurança, na minha concepção também foi o melhor secretário de Segurança que o estado de São Paulo já teve, trabalhei próximo dele, na sua segurança de ajudante de ordens, e a postura dele que realmente marcou São Paulo.

E o Dr. Ferreira falou assim: “Olha, procura o Frederico d’Avila, que ele vai poder te ajudar”. O Batalhão passando uma situação realmente triste, onde o policial chegava para trabalhar de manhã e, muitas vezes, ele retornava do serviço operacional e o armário dele se encontrava com a roupa para ir embora toda molhada, isso a gente está falando da Rota, a tropa mais conhecida aqui no nosso País, também mundialmente conhecida.

E eu já tinha passado por batalhões de área, e já tinha passado com problemas parecidos, até pedi ajuda para o senador Major Olímpio, então deputado, na 2ª Companhia do 11, que ele foi fazer uma visita eu mostrei as condições, ali ficava o antigo Centro de Triagem de pessoas mais simples, e na verdade eu já tive a oportunidade de ir a alguns presídios, lá estava pior que presídio, muito pior as instalações.

Então, a gente sempre procura condições melhores para a nossa tropa, e o Frederico me ajudou muito quando veio a ideia de a gente reformar o Batalhão. Nós tínhamos orçamentos lá em torno de três a cinco milhões via Estado, e a conversa com o Frederico, não posso deixar de falar do Sr. Carlos Ebner, junto com o Marcelo Braga, que era o presidente da Associação Amigos da Rota, onde, numa conversa, nos veio a ideia de montar essa associação, com fins específicos de consertar, de arrumar, restaurar a unidade.

E no começo muitos falavam assim: “Isso daí é loucura, não vai chegar a lugar nenhum”, quando nós fizemos o primeiro encontro à noite e ficamos surpresos, não é?

A princípio a gente queria fazer uma coisa mais simples, em torno de 100 mil reais, e já chegou nessa primeira noite com 200 mil, e com a participação de vários empresários, a nossa tropa começou a acreditar também que isso seria possível, e cabe aqui lembrar que todos os policiais da unidade voluntariamente deram dinheiro, e o nome desses policiais estão escritos no Batalhão Tobias de Aguiar, no pátio do Batalhão o nome de cada policial que contribuiu de alguma forma.

E chegamos aí a quase um milhão de reais, com o apoio, realmente, da sociedade civil, e dos policiais da unidade, mostrando que essa união de sociedade civil e a polícia, quando unidas, realmente se torna muito forte.

E o Frederico teve essa participação muito importante, em que conseguiu juntar mais amigos, e nós fomos mostrando o trabalho, o desejo de reconstruir a unidade, e a unidade foi restaurada, fizemos também até uma unidade aumentando, fizemos uma unidade de saúde lá, que hoje atende 4.500 do CP Choque, então fizemos mais do que estava previsto.

Mas isso, mais uma vez eu falo, isso aí foi fruto de esforço de todos, de cada policial que estava na base, que está na base, junto com os Amigos da Rota, que são pessoas que resolveram ajudar sem nenhum interesse em contrapartida, simplesmente ajudaram e foi bem claro, bem colocado isso a todo momento, estão ajudando não em troca de favores, e sim por reconhecer que a unidade precisava, e por reconhecer o tamanho e a necessidade disso.

Então hoje aqui, como eu falei, me sinto um privilegiado já na reserva, mas com grandes amigos, veteranos hoje aqui vieram prestigiar. Muito obrigado.

Agradeço ao coronel Bezerra, a todos os veteranos do Batalhão, e a presença de vocês é muito importante, porque nós somos o que nós aprendemos, a gente vai aprendendo com os nossos antepassados, com as pessoas que já passaram, e cada um vai semeando, e a gente vai crescendo mais ainda.

Aos amigos da carreira ao longo da carreira, o PC da minha turma, Paulo César, o major Carvalho, fizemos várias operações.

Esse período que eu fiquei no comando do Batalhão, nós conseguimos fazer diversas operações por São Paulo, mostrando que realmente se diminui o crime com o trabalho eficiente.

Cada operação que nós íamos nós conseguimos pontuar quanto de crime se diminuía naquele dia, no horário em que as tropas do Choque, da Rota, do COE se encontravam, e eram tudo acima de 70 ou 80% de crime a menos, então realmente mostrando que o trabalho deu certo.

E o coronel Joselito, da Secretaria de Segurança Pública, tive a honra também de dividir, trabalharmos juntos, um grande amigo, coronel Suzano, meu comandante do 3º de Choque, com o qual muito aprendi, me honra a presença do senhor.

Coronel Sérgio Ricardo, também dividimos pelotão do COE, fui estagiário dele, paguei muita flexão, e nos tornamos grandes amigos.

Então hoje, aqui, eu estou rodeado de amigos, de pessoas brilhantes, que estão chegando cada vez mais alto porque são merecedores, então nós torcemos aí para o nosso senador, espero que, em breve aí, venha aqui para São Paulo, retorne como o governador, tenho certeza que capacidade o senhor tem.

Os deputados que começaram agora na carreira, tenho certeza que vão muito além, porque são pessoas diferenciadas, gabaritadas. Então o deputado Gil Diniz, os outros deputados que por aqui estão, eu só tenho a agradecer.

A minha família, a gente não é nada se não tem uma boa retaguarda, e eu posso falar que nesses 32 anos de Polícia eu não posso deixar de agradecer ao meu pai, coronel Mello Araújo, com o qual foi o meu maior espelho.

Sempre procurei me espelhar sobre a sua postura, as suas qualidades de lealdade, de honestidade, e são os exemplos que a gente traz de casa, que eu procurei levar na minha carreira juntamente com a minha mãe.

Então muito obrigado por toda a educação que ainda dá, sempre dá, muito agradecido. E a minha esposa, a Valdirene, o Pedro e Gabriel, pela dedicação, por me aturarem, por estarem sempre junto com a gente, então acho que é isso que faz a diferença: é Deus no coração, família atrás e grandes amigos, então a todos muito obrigado, desculpa a extensão aí da palavra.

Muito obrigado a todos.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ALBERTO MALFI SARDILLI - Muito obrigado coronel Mello Araújo. Parabéns pela carreira e pela homenagem hoje aqui recebida.

 

O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PSL - Eu queria aqui pedir, quebrando rapidamente o protocolo, coronel Sardilli, para o professor Molion se encaminhar para receber a medalha, e chamar o deputado Major Mecca, deputado capitão Derrite, que simbolizam dois perseguidos na polícia pela sociedade, pela política.

Quando estavam defendendo o interesse da sociedade, o professor Molion também é perseguido pela academia. Então vou por dois perseguidos para condecorar, um perseguido aqui.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ALBERTO MALFI SARDILLI - Chamamos então para receber essa homenagem o professor Molion, para que se posicione em frente à Mesa da Presidência.

Para entregar essa homenagem, chamaremos o deputado Frederico d’Avila, o deputado Major Mecca e o deputado federal capitão Derrite.

Professor Luiz Carlos Baldicero Molion é professor e meteorologista, nasceu em São Paulo em 1947. Possui graduação em física pela Universidade de São Paulo, Ph.D. em Meteorologia pela Universidade de Wisconsin, pós-doutorado em Hidrologia de Florestas pelo Instituto de Hidrologia de Wallingford, e é “fellow” do Wissenchaftskolleg de Berlim, Alemanha.

É pesquisador sênior aposentado do INPE/MCT, e professor associado, aposentado, da Universidade Federal de Alagoas. Também é professor visitante de Western Michigan University, professor de pós-graduação da Universidade de Évora Portugal.

Molion tem experiência na área de geociências, com ênfase na dinâmica de clima, atuando principalmente em variabilidade e mudanças climáticas, Nordeste do Brasil e Amazônia, e nas áreas correlatas energias renováveis, desenvolvimento regional, e dessalinização de água.

Parabéns, professor Molion, uma salva de palmas. Convidamos o professor Molion para ocupar a tribuna, e fazer o uso da palavra.

 

 

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- É feita a outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo.

 

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O SR. LUIZ CARLOS MOLION - Bom, eu já cansei vocês demais com a oportunidade que eu tive, de trazer essas preocupações que ocorrem ao nível mundial, esse exagero de, como o deputado Frederico falou, que só vai beneficiar alguns poucos.

Na realidade, nós não deixamos de ser colônia ainda. Infelizmente o Brasil ainda é colônia, e o colonialismo moderno, o neocolonialismo, ele se dá por três grandes linhas de ação: a primeira é o sistema financeiro, como entidades como o FMI, Banco Mundial, Organização Mundial do Comércio.

A segunda se dá pela tecnologia, porque se a gente não desenvolve nada, se não temos essa capacidade de criar coisas, tudo o que nós utilizamos nós temos que pagar royalties, direitos autorais.

E, muitas vezes eu pergunto para as pessoas: quantos sacos de soja custa um celular, como o que você tem na mão? Ou quantos sacos de soja custa um aparelho de ressonância magnética, feito pela Philips, ou Siemens, necessário nos nossos hospitais?

Bem, infelizmente nós não desenvolvemos nada, apenas exportamos matéria-prima, e, lamentavelmente, a terceira grande linha de ação, que se tornou mais forte no pós-guerra, é o ambientalismo.

Então, hoje, o ambientalismo, e o Brasil tem aceitado isso, o ambientalismo faz com que façamos aberrações como, por exemplo, uma hidrelétrica como Belo Monte sem reservatório. Existia um reservatório de 2.600 quilômetros quadrados, que era pouco para a Amazônia, e a pressão ambientalista foi tão grande que retiraram esse reservatório, e o País que está à beira...

Sintam, o nosso País está à beira de um colapso energético, não adianta o ministro Guedes dizer que vamos crescer 2% se a energia elétrica disponível não crescer 3 por cento. Então não há crescimento sem energia elétrica.

Um país como o nosso, que precisa de energia elétrica, hoje tem uma Belo Monte a fio d’água, chove em outubro a março, gera, de abril s setembro não gera, por conta de toda essa pressão que a gente tem sofrido dessa linha de ação que, na verdade, é o neocolonialismo, que é o ambientalismo.

Apesar de perseguido, também eu não me preocupo muito com isso, porque como fui funcionário público federal concursado, só poderia ser despedido se provassem que eu sou corrupto. Como não mexo com dinheiro, então eles têm que me ouvir, não é? Obrigatoriamente tem que ouvir o que eu tenho que falar, e tentam essa satisfação de encabeçar essa luta contra essa hipocrisia que existe.

Basta dizer para vocês que a Alemanha, por exemplo, acabou de construir 23 termelétricas a carvão, num total de 12 Gigawatts de potência. Para vocês terem uma ideia do que é isso, Itaipu tem 20 turbinas de 700 metros.

Oficialmente, a potência instalada Itaipu é 14 GW, mas o Rio Paraná só roda 55%, 56% do tempo. Portanto de Itaipu a gente só espera 8 GW, enquanto a Alemanha acabou de construir 12 GW, que os especialistas chamam de energia despachável.

Se é eólica e não tem vento não gera, se é solar e não tem sol não gera, hidrelétrica sem reservatório, como Belo Monte, também não gera. Agora termoelétrica, você apertou o botãozinho verde, ela está rodando.

Aí vocês perguntem: para que um paisinho de 340 mil quilômetros quadrados, 82 milhões de pessoas, quer tanta energia assim? E vocês sabem qual é a resposta. Então, lamentavelmente, essa terceira linha de ação, que é o ambientalismo, tem prejudicado muito o Brasil.

E no que eu puder fazer, enquanto eu tiver condições, eu vou continuar lutando. Este ano, seguramente, eu passo de 40 palestras proferidas de norte a sul do país, de leste a oeste. Acabei de voltar sábado de Rio Branco, no Acre, e no dia 6 estarei em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, e no dia 11 em Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Então, enquanto eu tiver condições eu vou continuar lutando para mostrar a hipocrisia que existe neste mundo, e tentar contribuir para que a gente possa continuar desenvolvendo o nosso País, e dar condições mínimas e adequadas para o nosso povo.

Muito obrigado.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ALBERTO MALFI SARDILLI – Parabéns, professor Molion, pelo trabalho de contraguerrilha ambiental, essa luta incansável de contraguerrilha ambiental.

Como o secretário de Segurança Pública não pôde receber, ele solicitou ao coronel Mello Araújo que fizesse as vezes de receber a comenda, a homenagem dada a ele, nesse momento. Então, eu peço que o coronel Mello Araújo compareça aqui à frente, para que seja entregue essa comenda.

 

O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PSL - Eu queria chamar para entregar a comenda do secretário Antônio Ferreira Pinto, para o coronel Mello Araújo, o general de brigada Carmona, o senador Major Olímpio, o deputado Castello Branco, e representando aqui a sociedade rural brasileira, o Sr. Rubens Resstel, filho do general de brigada, Rubens Resstel, para que faça a entrega da comenda ao coronel Mello Araújo.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ALBERTO MALFI SARDILLI - Dr. Antônio Ferreira Pinto foi Procurador de Justiça de São Paulo, e nasceu em 1943. Aos 21 anos ingressou na Polícia Militar. Foi tenente em Bauru e Ourinhos, e se tornou promotor de Justiça na área criminal, no Ministério Público.

Trabalhou em Avaré, Santa Cruz do Rio Pardo, Fartura, Ourinhos e na Capital paulista. Ferreira Pinto foi assessor do corregedor-geral do Ministério Público por quatro anos, e atuou como secretário adjunto da Secretaria de Administração Penitenciária.

Em 1998, Ferreira Pinto tornou-se procurador de Justiça. No Ministério Público foi eleito para compor o órgão especial no Colégio de procuradores, e para o Conselho Superior do Ministério Público.

Em 2006 foi empossado como secretário da Administração Penitenciária, onde ficou até 2009, quando deixou a SAP para assumir a Secretaria de Segurança Pública, até 2012. Parabéns, Dr. Ferreira Pinto, por esta homenagem.

 

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- É feita a outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ALBERTO MALFI SARDILLI - Mais uma vez passamos a palavra ao presidente desta sessão solene, deputado estadual Frederico d’Avila.

 

O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PSL - Fico feliz aqui com o prestígio dos agraciados, e também com a alegria daqueles que têm, por essas figuras que foram homenageadas, grande admiração.

Confesso eu que já li vários estudos, livros, e citações a respeito do professor Molion, que eu, pela primeira vez, estou tendo a oportunidade de conhecê-lo mais proximamente, uma vez que a gente só se encontra naqueles palcos onde professor Molion faz as suas apresentações, as suas palestras, e depois ele é mais cobiçado do que final de Miss Brasil.

Então todos ali ficam querendo saber do professor Molion, mais detalhes, dada a quantidade de mentiras que são propaladas através dos grandes meios de imprensa.

Aqui, o coronel Mello Araújo, dispenso apresentações e o carinho que não só a tropa, mas a sociedade civil também tem por ele, grande apreço todos nós que conhecemos de um tempo maior.

Eu que o conheço acho que há uns 10 ou 12 anos, vejo que, desde então, ele sempre foi muito respeitado e muito querido por aqueles que o cercam, sejam civis ou militares.

E o Dr. Ferreira Pinto também, pelas próprias palavras do coronel Mello Araújo, e também aqui o deputado Derrite e o senador Major Olímpio, nós verificamos que é um homem corajoso, e que merece não só esta homenagem, mas como tantas outras, quero aqui fazer referência que eu estive presente nas vezes em que tentaram tirar o capitão Derrite das ruas, quando então tenente, que tentaram tirar o Major Mecca, então capitão, das ruas, por causa da sua atuação brilhante, e exemplar, em favor da defesa da sociedade paulista.

E quero dizer que, normalmente, os bons policiais acabam sentando nesses bancos aqui da Assembleia, da Câmara Federal, do Senado e da República, porque fizeram mais do que o esperado, fizeram aquilo que a sociedade demandou que eles fizessem.

Sendo assim, eu gostaria de finalizar a sessão agradecendo a presença de todos os senhores e senhoras, aos homenageados, principalmente aqui ao professor Molion, que se deslocou desde Maceió, no estado de Alagoas, para estar aqui conosco.

E, esgotado o objeto da presente sessão, a Presidência agradece às autoridades presentes, à minha equipe do meu gabinete, aos funcionários do Serviço de Som, da Taquigrafia, do Serviço de Atas, do Cerimonial da Assembleia Legislativa, da Secretaria Geral Parlamentar, da Imprensa, da TV Alesp, das assessorias da Polícia Civil, Polícia Militar, nossa gloriosa, bem como todos que colaboraram para o êxito desta solenidade.

Declaro encerrada a presente sessão.

 

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- É encerrada a sessão às 12 horas e 24 minutos.

 

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