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18 DE FEVEREIRO DE 2020

9ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA

 

Presidência: CAUÊ MACRIS

 

RESUMO

 

ORDEM DO DIA

1 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Abre a sessão.

 

2 - TEONILIO BARBA LULA

Solicita a suspensão da sessão por dois minutos.

 

3 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Indefere o pedido, ante a inexistência de acordo entre as lideranças. Coloca em votação requerimento de método de votação à PEC 18/19.

 

4 - TEONILIO BARBA LULA

Encaminha a votação do requerimento de método de votação à PEC 18/19, em nome do PT.

 

5 - MONICA DA BANCADA ATIVISTA

Encaminha a votação do requerimento de método de votação à PEC 18/19, em nome do PSOL.

 

6 - PROFESSORA BEBEL LULA

Encaminha a votação do requerimento de método de votação à PEC 18/19, em nome da Minoria.

 

7 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Coloca em votação e declara aprovado o requerimento de método de votação à PEC 18/19.

 

8 - CARLOS GIANNAZI

Solicita verificação de votação.

 

9 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Defere o pedido. Determina que seja feita a verificação de votação, pelo sistema eletrônico.

 

10 - CARLOS GIANNAZI

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSOL.

 

11 - JANAINA PASCHOAL

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSL.

 

12 - ADRIANA BORGO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PROS.

 

13 - LECI BRANDÃO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PCdoB.

 

14 - ROQUE BARBIERE

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PTB.

 

15 - DELEGADO OLIM

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PP.

 

16 - TEONILIO BARBA LULA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PT.

 

17 - MARCIO NAKASHIMA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PDT.

 

18 - BARROS MUNHOZ

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB

 

19 - SARGENTO NERI

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Avante.

 

20 - ROGÉRIO NOGUEIRA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do DEM.

 

21 - MARCIO DA FARMÁCIA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Podemos.

 

22 - JORGE CARUSO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do MDB.

 

23 - ANDRÉ DO PRADO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.

 

24 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Anuncia o resultado da verificação de votação, que confirma a deliberação anterior. Coloca em votação e declara aprovado requerimento, do deputado Carlão Pignatari, de votação nominal.

 

25 - TEONILIO BARBA LULA

Solicita verificação de votação.

 

26 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Defere o pedido. Determina que seja feita a verificação de votação, pelo sistema eletrônico.

 

27 - GILMACI SANTOS

Para questão de ordem, indaga à Presidência a consequência da votação nominal.

 

28 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Esclarece que, se aprovada, esta Presidência deve ter direito de votar.

 

29 - MONICA DA BANCADA ATIVISTA

Para questão de ordem, indaga à Presidência a diferença entre a votação nominal e a não nominal.

 

30 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Afirma que na votação não nominal a Presidência não vota.

 

31 - CARLOS GIANNAZI

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSOL.

 

32 - TEONILIO BARBA LULA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PT.

 

33 - ADRIANA BORGO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PROS.

 

34 - JANAINA PASCHOAL

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSL.

 

35 - MARCIO NAKASHIMA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PDT.

 

36 - MARCIO DA FARMÁCIA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Podemos.

 

37 - LECI BRANDÃO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PCdoB.

 

38 - JORGE CARUSO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do MDB.

 

39 - ROGÉRIO NOGUEIRA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do DEM.

 

40 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Anuncia o resultado da verificação de votação, que confirma a deliberação anterior. Coloca em votação a PEC 18/19, salvo substitutivo, emendas e partes destacadas.

 

41 - DR. JORGE LULA DO CARMO

Encaminha a votação da PEC 18/19, salvo substitutivo, emendas e partes destacadas, em nome do PT.

 

42 - CARLOS GIANNAZI

Encaminha a votação da PEC 18/19, salvo substitutivo, emendas e partes destacadas, em nome do PSOL.

 

43 - MÁRCIA LULA LIA

Encaminha a votação da PEC 18/19, salvo substitutivo, emendas e partes destacadas, em nome da Minoria.

 

44 - BARROS MUNHOZ

Encaminha a votação da PEC 18/19, salvo substitutivo, emendas e partes destacadas, em nome do PSB.

 

45 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Solicita à plateia comportamento regimental.

 

46 - CARLÃO PIGNATARI

Encaminha a votação da PEC 18/19, salvo substitutivo, emendas e partes destacadas, em nome da liderança do Governo.

 

47 - ARTHUR DO VAL

Encaminha a votação da PEC 18/19, salvo substitutivo, emendas e partes destacadas, em nome da liderança do Patriotas.

 

48 - ROQUE BARBIERE

Encaminha a votação da PEC 18/19, salvo substitutivo, emendas e partes destacadas, em nome do PTB.

 

49 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Suspende a sessão por dois minutos, por conveniência da Ordem, às 21h10min, reabrindo-a às 21h11min. Clama por respeito entre os parlamentares. Convoca sessão extraordinária a ser realizada hoje, dez minutos após o término desta sessão.

 

50 - CARLA MORANDO

Encaminha a votação da PEC 18/19, salvo substitutivo, emendas e partes destacadas, em nome do PSDB.

 

51 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Solicita à plateia comportamento regimental. Coloca em votação nominal a PEC 18/19, salvo substitutivo, emendas e partes destacadas.

 

52 - JANAINA PASCHOAL

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSL.

 

53 - CARLOS GIANNAZI

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSL.

 

54 - MARCIO DA FARMÁCIA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Podemos.

 

55 - VINÍCIUS CAMARINHA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.

 

56 - ADRIANA BORGO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PROS.

 

57 - LECI BRANDÃO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PCdoB.

 

58 - ROQUE BARBIERE

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PTB.

 

59 - TEONILIO BARBA LULA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PT.

 

60 - ALEX DE MADUREIRA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.

 

61 - MARCIO NAKASHIMA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PDT.

 

62 - SEBASTIÃO SANTOS

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Republicanos.

 

63 - SARGENTO NERI

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Avante.

 

64 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Anuncia o resultado da verificação de votação, que aprova a PEC 18/19, salvo substitutivo, emendas e partes destacadas.

 

65 - TEONILIO BARBA LULA

Declara voto favorável ao substitutivo, em nome do PT.

 

66 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Lembra sessão extraordinária a ser realizada hoje, 10 minutos após o término desta sessão. Encerra a sessão.

 

* * *

 

- Abre a sessão o Sr. Cauê Macris.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Presente o número de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da ata da sessão anterior.

Ordem do Dia.

                       

* * *

 

- Passa-se à

 

ORDEM  DO  DIA

 

* * *

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Pedir a suspensão dos trabalhos por cinco minutos, porque se tem um roteiro...

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pergunto se todos os líderes concordam com a suspensão dos trabalhos.

 

O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Não tem acordo, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Não havendo acordo, temos que dar continuidade no processo de votação, deputado Barba.

Em votação o primeiro turno, Proposta de Emenda Constitucional nº 18, de 2019.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Para encaminhar em nome da bancada do Partido dos Trabalhadores.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Ainda não estamos no processo de encaminhamento.

Há sobre a mesa um requerimento, assinado pelo Sr. Deputado Carlão Pignatari, líder do Governo, que requer, nos termos regimentais, que a votação da Proposta de Emenda Constitucional nº 18, de 2019, se proceda na seguinte conformidade:

I. Proposta de Emenda à Constituição nº 18, de 2019, salvo substitutivo, emendas e partes destacadas;

II. Substitutivo nº 1;

III. Emenda nº 30, com parecer favorável do relator especial em substituição ao da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, e emendas nºs 3 e 32, salvo partes destacadas.

IV. Destacadamente:

- a expressão “decorrente da agressão” constante do §7º do Artigo 1º, Inciso III da Proposta de Emenda à Constituição;

- o Tópico ‘A’ da emenda nº 3, salvo a expressão “Polícia Técnico-Científica”;

- do tópico ‘B’ da emenda 3:

- no item I, o “§8º”;

- no item II, as expressões “Dê-se nova redação aos §§ 2º, 3º, 4º e 5º”; “80% (oitenta por cento) da”, “maiores”, “2º” e “3º”; e os §§4º e 5º.

- a expressão “a que alude o Art. 3º” no Art. 4º; no Art. 5º, ‘caput’, e no seu inciso V; no Art. 6º, ‘caput’ e no Art. 7º, ‘caput’, da proposta de emenda à Constituição;

- a expressão “e o § 1º” no Art. 7º, § 1º, da proposta de emenda à Constituição;

- o § 2º da emenda nº 32, e demais emendas englobadamente com parecer contrário da Comissão de Justiça.

Peço para que o Sr. Secretário Rodrigo Del Nero tire cópias deste roteiro e distribua a todos os parlamentares que assim o desejarem.

Em votação o roteiro.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem, deputado Barba. É regimental, V. Exa. tem a palavra.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público que nos acompanha aqui na Assembleia Legislativa, eu gostaria que - é um debate importante - nós pudéssemos aqui fazer um debate.

A coisa mais estranha aqui de imediato é o líder do Governo, com a truculência que ele acabou de cometer aqui agora. Não custava nada suspender os trabalhos por cinco minutos, porque ele protocolou um roteiro e ninguém tem conhecimento desse roteiro.

O roteiro trata do método de votação, o que vai ser votado. Provavelmente deve ter articulado com as lideranças da base aliada, com certeza. Os líderes da situação, todos sorridentes, com certeza devem ter se articulado para tratar o assunto desta maneira, de não poder suspender os trabalhos no início, agora, por cinco minutos, para que a gente pudesse dar uma olhada nos documentos.

E ele foi o único, porque, dos outros líderes, parece que não teve manifestação contrária. Se está tão confiante de que fez mudanças que vão atender - porque tem que fazer mudanças na PEC, para a PEC poder recepcionar o PLC 80 -, se está tão confiante disso, por que não suspendeu os trabalhos por cinco minutos?

Então, quero repudiar a ação do líder do Governo, deputado Carlão Pignatari, que mostrou e expôs toda a sua truculência quando não aceitou suspender os trabalhos por cinco minutos. Isso é a primeira coisa.

Segunda coisa: os relatores que tiverem a capacidade de, por exemplo, aceitar a Emenda 03 e a Emenda 30 e rejeitar 101 emendas que foram debatidas. Esse relator foi o deputado Gilmaci Santos, e o da PEC é o deputado Heni Ozi Cukier, relatório que não foi elaborado por eles, veio pronto do Palácio do Planalto, das mãos da assessoria do João Doria, e eles tiveram o trabalho de apenas ler; papel da submissão, da omissão.

Eu não tenho problema de o cara aceitar ser o relator; aceita, mas fala assim: “Eu vou ser o relator”. Senta com a assessoria, inclusive do governo, e fala: “Eu vou fazer o relatório”. Não.

É o papel da submissão, é o papel do deputado ajoelhado para o governo. Os deputados que se submetem a isso, é o papel de estar ajoelhado para o governo. Ajoelhe e cumpra o que o governo manda. Se não cumprir, boto grãozinho de feijão lá e você vai pagar o castigo.

Aqui não é nenhuma ofensa. Porque sei que funciona assim. O deputado Carlão vai ficar por aqui, em cima dos deputados. Agora há pouco, daqui da tribuna, vi ele falar para o deputado Aprigio: “Você me ajuda a aprovar o projeto?”.

Deputados, se vocês querem garantir alguma coisa no PLC, não podemos deixar eles terem 57 votos. Porque o PLC só vai precisar de 48 votos. A PEC precisa de 57 votos. A PLC está judicializada ainda. Que é o PLC 80. Esse precisa apenas, depois de aprovada a PEC, só precisa de 48 votos. Maioria de 48 votos. Quer dizer, 50% dos votos mais um.

Então estão ali todo mundo. Alguns, sorridentes. Sorriso de orelha a orelha. Porque está tratando uma questão que diz respeito ao funcionalismo público do estado de São Paulo. Parte deles têm ojeriza ao funcionalismo público do estado de São Paulo, do município e do Brasil. (Manifestação nas galerias.)

Haja visto a fala do banqueiro Paulo Guedes, que chamou o funcionalismo público de parasita. Na mesma semana, chamou vocês de parasitas e, logo em seguida, mostrou e demonstrou todo o preconceito que está incrustado nesse governo que trata a classe trabalhadora com ódio, dizendo que as empregadas domésticas no máximo podem ir até Foz do Iguaçu.

Então aquilo está incrustado no governo Bolsonaro. Tem uma base bolsonarista que está numa alegria, sorridente.

Provavelmente já deve ter sido contemplado. Ou não, ou tenha promessa de ser contemplado pelo deputado Carlão Pignatari, que é o líder do Governo. Então estamos nesse debate. Mas eles precisam, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, botar 57 votos. Estou conclamando os deputados para que possamos derrotar o governo. Porque, se quiser melhorar a PEC, tem que derrotar o governo hoje. Se quiser derrotar o PLC, tem que derrotar o governo hoje.

Quero ver qual texto da redação que eles estão falando que vai atender, que vai garantir o direito adquirido, que vai garantir que a questão dos 90 dias não ocorrerá, que vai garantir que não aumentará o tempo da Polícia Civil, que vai garantir o papel dos trabalhadores que estão em reabilitação, que é um dos grandes debates que a Professora Bebel tem feito, esse debate da reforma da Previdência.

Então, meus companheiros e companheiras, aqui tem vários itens a serem debatidos hoje aqui no roteiro de votação. Então vamos precisar, aqui, de todos aqueles deputados que estavam no final do ano, junto conosco. Que eu imagino que tínhamos por volta de 35 deputados, talvez. Mas o governo também não tinha 57.

Mas, como tem um último detalhe, estamos fazendo hoje, demos entrada num mandado de segurança contra o governo. E uma representação contra ele no Ministério Público.

Por quê? Porque o governo não pagou as emendas impositivas dos deputados o ano passado. De 2018. A de 2019, vai pagar esse ano, se pagar. E provavelmente tem deputado que recebeu 30%, 20 por cento. Provavelmente não pagou para guardar o dinheiro para negociar com a base aliada, para pagar em emendas paralelas para eles votarem a favor da reforma da Previdência que prejudica vocês.

Quero conclamar vocês, porque, se eles ganharem o debate aqui hoje, amanhã começa o debate do segundo turno. Aí vamos ter seis horas de debate. Já tem convocadas, para amanhã, duas extras; para quinta-feira, duas extras. Vamos precisar lotar a Assembleia.

Vamos precisar trazer carro de som e botar em frente à Assembleia. Vamos precisar visitar novamente os gabinetes de deputados. Vamos precisar novamente falar com os deputados. E tem deputado que é candidato a prefeito que está morrendo de medo de votar esse projeto.

E aí vamos precisar encher este plenário. Quando não couber neste plenário, vamos botar nos outros plenários. Vamos negociar com a Casa para botar nos outros plenários.

E se não couber aqui, ficam pelos corredores. Se não couber, bota o carro de som o dia inteiro para ficar fazendo barulho aqui na frente. E se for preciso, bota carro de som na casa de deputados. Essa é a luta. Estou dizendo isso porque, se quisermos garantir que haja avanços na reforma, teremos que fazer isso.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Para concluir, deputado Barba.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Vou concluir, mais 15 segundos, por favor, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Perfeito, deputado Barba. Mais 15 segundos.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - O governo está se mobilizando. Com certeza, ligou para todos os deputados. Temos agora 71 deputados na Casa. Então, ele vai lutar por isso hoje, nas duas extras. Mas nós vamos lutar, vamos verificar aqui item por item. Não tem moleza aqui hoje.

Um grande abraço a todos. Muito obrigado. (Manifestação nas galerias.)

 

A SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL - Sr. Presidente, para encaminhar pela bancada do PSOL.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pergunto ao líder, deputado Carlos Giannazi, se dá anuência. Dada a anuência pelo líder, V. Exa. tem a palavra para encaminhar em nome do PSOL.

 

A SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Não sei se a gente está conseguindo contribuir, mas desconfio que sim, viu?

Estou vendo que vários parlamentares estão estudando a matéria agora, porque estão tendo hábil agora de entender o que vai mudar nessa nova proposta de alteração proposta pela base do governo.

Então, é muito difícil que alguém neste plenário hoje tenha a segurança de saber o que está votando, o que é que vai aprovar. Faço um apelo aqui, reivindicando então. Janaina Paschoal, minha colega, falou que é uma mudança muito extensa.

A gente está falando de muitos anos da vida de muitos trabalhadores, para votar assim em poucos minutos.

Recebi uma minuta e não o roteiro de votação. Minha equipe ficou desesperada tentando comparar a minuta nova com a minuta que já existia. A gente acabou de receber esse roteiro de votação agora.

Então, estou vendo que o plenário está agitado. Inclusive, acharia prudente a gente suspender a sessão, conversar sobre isso, ter certeza de qual é a matéria que a gente está votando. Senão, fica complicado defender que alguém aqui saiba o que está votando. Mas vamos lá.

Voltou hoje a reforma da Previdência, todos sabem. O STF derrubou as duas liminares que protegiam a tramitação, uma tramitação supercomplicada, cheia de vícios, cheia de erros.

Entre eles, a gente extinguiu o tempo de debate de um PLC, de uma lei complementar que cita uma Constituição que ainda não existe, uma Constituição que só vai passar a existir se for aprovada essa PEC do jeito que está aqui neste texto.

A gente não sabe se isso vai se manter até o final e a gente foi obrigado a engolir, em poucos dias, um debate tão extenso quanto a reforma da Previdência. Estamos mobilizados e organizados. Porém, todo mundo está agitado porque está tentando entender a matéria.

Outra coisa que eu queria falar: estava aqui conversando com o Cauê à parte, porque eu fui informada pelos servidores que estão aqui entrando que não estão podendo entrar com um item de protesto legítimo.

Já que o governador Doria disse, durante a campanha, que os servidores eram caros ao governo dele, que ele entendia que não havia problema na Previdência do estado, que o seu antecessor já tinha promovido uma reforma da Previdência e garantiu que não ia fazer, achei justíssimo que os servidores puderam trazer esta máscara. Eles não estão podendo entrar com esta máscara no plenário... (Manifestação nas galerias.)

Eu entendi, e vocês estão sendo censurados por conta desse mesmo governador, porque a Presidência da Casa me informou que a PM está cumprindo um decreto do governador do início do ano passado que proíbe que as pessoas usem máscaras em aglomeração maior que 300 pessoas, se eu não me engano.

O meu mandato está processando o governo do estado, recorreu aos mecanismos internacionais de liberdade de expressão, de liberdade política, a OEA, pedindo a revogação desse decreto que, para mim, é antidemocrático.

Se os senhores não podem protestar, está aqui a minha solidariedade. (Manifestação nas galerias.) Eu concordo em absoluto com os senhores. O João Doria mentiu para os servidores, essa que é a verdade. João Doria disse que não ia atacar os direitos, mas está em uma competição com o presidente Jair Bolsonaro - que já anunciou uma reforma administrativa - de quem é que vai cassar mais e quem é que vai cassar primeiro os direitos dos trabalhadores.

Para além disso - deixa eu ver meu tempo... tenho metade ainda. Para além disso, eu não estou convencida - e falta as pessoas me convencerem - de que existe algum problema na Previdência do estado de São Paulo.

Todo mundo está fazendo, é uma agenda. O Brasil está dizendo que o problema são os aposentados, que o problema são os nossos idosos, mas qual é o problema e o tamanho real do problema do estado de São Paulo?

Porque, veja bem, só dizer que tem um problema não é o suficiente para a gente encaminhar um remédio. A gente não encaminha que todos os doentes tomem antibióticos, a gente não receita a mesma receita médica para todos os tipos de maldade, então a gente precisa entender qual é o problema do Orçamento do Estado de São Paulo, se é que existe um, para a gente poder falar de uma solução real.

A gente precisa ter tempo de estudar e ter certeza de que isto aqui é uma solução de fato real que vai resolver o problema que a gente sequer conhece. O que está acontecendo aqui é mais uma disputa, é mais uma disputa para ver quem entrega para o senso comum a cassação da estabilidade dos servidores.

A reforma da Previdência do estado de São Paulo - a gente já vem dizendo isso há muito tempo -, tem pitadas de reforma administrativa. Ela retira, principalmente dos professores, adicionais por tempo, porque o João Doria já disse que vai transformar a categoria dos professores em uma categoria subsidiada, e todos os subsidiados perderão adicional por tempo.

Outra grande mentira do governador Pinóquio é que ele passou um longo tempo tentando negociar aqui com os parlamentares da base da Polícia, da Segurança Pública. Às Polícias penais e civis que estão na reforma da Previdência foi prometido que seria tirado.

Eu quero dizer que o texto que está aqui na minha mão é o mesmo texto do início da reforma. Não há segurança de que alguém tenha sido poupado da crueldade do governo.

Então, essa chantagem que vai tirar uma categoria e vai deixar outra não beneficia ninguém e pode não ser verdade no fim, porque vai depender a votação item a item aqui, e tem que depender de aprovar isso. Também é um risco para todas as categorias se a gente não colocar na Constituição todas elas garantindo o seu direito constitucional.

Por isso, mais uma vez, a base do Governo tenta mostrar a sua força. E a sua força está bem maior do que o número de parlamentares aqui. João Doria censura, cerceia a liberdade política nos mínimos detalhes, a ponto de os senhores, hoje, não poderem protestar.

Lembrando que ele fez uma promessa aos senhores, na campanha, que não cumpriu, que é não mexer na aposentadoria dos senhores.

Então, ninguém está salvo. A gente não pode acreditar que vai conseguir tirar uma categoria até o fim, porque a proposta de rito de votação em que se pretende excluir alguns itens chegou agora, e ninguém aqui consegue ter certeza de qual será o texto final que sairá daqui.

Mas a única coisa que a gente tem certeza é de que João Doria é inimigo dos servidores públicos, inimigo do serviço público e, sobretudo, inimigo dos professores e da Educação, porque com esses ele não tem vergonha de ser cruel. (Manifestação nas galerias.)

Com esses, ele não tenta mediar; com esses, ele não tenta melhorar; esses, ele não quer nem receber, porque despreza o saber e a liberdade de auto-organização.

Hoje vai ser um daqueles dias em que eu vou gastar a garganta nos discursos. Considero estar contribuindo para o debate, porque enquanto eu falo os meus colegas seguem estudando.

Está todo mundo tentando entender o que vai acontecer. Eles estão tão autoritários que não topam nem suspender a sessão para a gente ter um tempo para de fato conhecer a pauta e o rito de votação. Mas, se vocês não podem usar a máscara, eu vou ficar com a máscara aqui, e ninguém pode me tirar esse direito de protestar à vontade.

Nós vamos seguir ao longo do dia debatendo, discutindo e tentando emperrar essa barbárie que é a reforma da Previdência, que retira os direitos dos senhores, mas retira o direito de toda a população do estado de contar com os serviços públicos que são oferecidos pelo trabalho de vocês.

A gente deveria estar aqui discutindo outras coisas, eu sei. Mas nesse momento a gente vai seguir aqui obstruindo, e falar é a única maneira que a gente tem de segurar a votação para que ela não aconteça.

Deixe-me só explicar nos minutos que me faltam: hoje a gente vai votar a PEC em primeiro turno, item a item desse roteiro de votação. Amanhã deve começar o segundo turno se eles forem bem.

A gente vai tentar impedir isso, e aí a gente tem novas seis horas para debate. A PEC será votada em dois turnos, e na sequência, na quinta-feira, vota o PLC. É no PLC que está a alíquota de contribuição e o aumento da alíquota de contribuição para os senhores.

Então, a gente tem aqui no mínimo três dias - no que depender deles - de debate, mas a gente vai tentar segurar o tempo que for necessário, disputando aqui e disputando na Justiça para assegurar os direitos dos senhores e o direito da população de São Paulo de ter os serviços prestados pelos servidores públicos. (Manifestação nas galerias.)

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Sr. Presidente...

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputada Bebel, é para encaminhar em nome da liderança da Minoria?

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Não, tem a ver com a...

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É questão de ordem sobre o processo de votação?

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Não, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É uma comunicação?

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - É uma pergunta que quero fazer ao senhor.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É uma questão de ordem sobre o processo de votação?

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Também não.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Neste momento, as únicas questões de ordem admitidas são sobre o processo de votação, deputada Bebel.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Não, eu tenho que falar, porque...

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa Excelência ou pode fazer uma questão de ordem sobre o processo de votação ou não cabe, neste momento de votação, qualquer outra questão de ordem. É sobre o processo de votação que V. Exa. quer fazer a questão de ordem?

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Eu indico a deputada Bebel para encaminhar pela liderança da Minoria.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Aí sim, V. Exa. tem a palavra.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Perfeito.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - E lembrando aos deputados que questões de ordem, neste momento, precisam se ater ao processo de votação. Tem a palavra V. Exa. para encaminhar em nome da liderança da Minoria.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Bem, boa noite, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público presente, que está aqui ferrenhamente enfrentando a reforma da Previdência do estado de São Paulo, porque não aceitam mais esse ataque frontal a todos os servidores públicos. (Manifestação nas galerias.)

Porque é isso que está em questão. Encaminhar método de votação? Que método de votação? O método está dado: tirano, autoritário. O método que não permitiu que esta Casa discutisse qual seria a melhor forma.

Esse é o método de votação. É um método dado, que vai ser votado, depois vai lá, todo mundo, nas campainhas votar quietinho, né? É dessa forma que vai funcionar.

Mas, eu subi aqui para informar o seguinte, e quero que o Sr. Presidente preste atenção nisso que eu estou falando, porque eu preciso da resposta dele. A Apeoesp entrou com um salvo-conduto para que as pessoas pudessem entrar aqui nas galerias.

Conseguiu liminar para isso. E, as pessoas estão tendo dificuldades de entrar na galeria. E, a gente tem que garantir que se tem galeria para 300 lugares, não tem que ter veto para ninguém.

Tem que garantir a presença de todos. Isso aqui tem que ser transparente. Isso aqui não é a Casa do povo? O Poder não emana do povo, diz a Constituição?

Por que é que o Poder não emana nesta Casa, quer dizer, o povo não emana nesta Casa. Não, nós não podemos permitir.

Eu quero dizer para vocês: acho lamentável chegar à véspera de Carnaval e duas liminares foram derrubadas, a do meu companheiro Emidio de Souza, que desde dezembro está com a liminar, e a nossa, e a liminar da Apeoesp, que tratou exatamente dos temas que serão estranhos à Previdência pública no estado de São Paulo.

O que pagar por subsídio tem a ver com Previdência? Respondam-me. Nada. O que readaptado tem a ver com Previdência? Nada. Ou façam a pergunta. Por que é que os professores, ou, por que é que os servidores públicos, todos aqueles, em grande parte, vão para a readaptação?

Vão para a readaptação porque querem? Porque querem trocar de lugar? Porque a readaptação não é porque a gente vai dar aula e não consegue falar, aí vai para a readaptação. E por que a gente não consegue falar?

Porque as classes são numerosas, porque o pó de giz, arcaicamente, assenta nas nossas cordas vocais, não conseguimos falar. Que mais? Porque as pessoas, os professores, no caso, vamos pegar o exemplo da Saúde; a pessoa que trabalha no raio-x, se ela ficar muito tempo, o que vai acontecer com ela? O profissional ou a profissional vai ter que se afastar. Em tendo que se afastar, vai se readaptar.

Então, qual é o problema de fundo? O problema de fundo chama-se condições de trabalho. E, não é uma matéria previdenciária. Essa que é a questão. Mas, o mais dolorido é saber que os servidores públicos do estado de São Paulo, desvalorizados, desrespeitados pelos governos sucessivos do PSDB, que não têm tido salário, que não têm tido reajuste, esses vão ter que arcar com mais três por cento do seu salário, ou seja, de 11 para 14 por cento.

Não podemos aceitar. Isso é uma afronta. Uma afronta à nossa sobrevivência. Professor ganha abaixo do piso salarial profissional nacional. Profissional da Saúde, para chegar a míseros mil reais, convive com gratificações, e ainda vai contribuir com 14% de Previdência.

Não à reforma da Previdência. Nós temos que dizer que a culpa da Previdência, como foi dito aqui à tarde, o rombo da Previdência. Rombo de quem? Fomos nós que gerimos o estado por 25 anos? Fomos? Quem foi que geriu? PSDB. É a declaração de incompetência no que diz respeito à gestão pública no estado de São Paulo.

E, agora vem aqui, primeiro, ataca os precatórios; agora, a reforma de Previdência. Não vai precisar fazer reforma administrativa. Indubitavelmente. Por quê? Está contida na reforma da Previdência, deputado Aprigio. Está contida nela.

Isso é a maior injustiça que se pode fazer com os servidores públicos! Isso, na nossa linguagem, chama-se “gato”. Você quer dizer que é uma coisa e aprova outra coisa. Isso é gatunagem. Nós não podemos aceitar.

Eu peço e clamo para as Sras. Deputadas e Srs. Deputados, a gente, às vezes, vai na vala da disputa ideológica, é verdade. Vai pro campo das ideias, vai pro campo. Mas, por favor, não votem favoráveis a essa Previdência do estado de São Paulo, porque nós estaremos chancelando, antecipadamente, uma reforma administrativa aqui no estado de São Paulo. É isso que está em questão.

Eu gostaria muito, muito, meus queridos e minhas queridas, todos que estão aqui, se são da minha categoria ou não, represento e me sinto honrada quando subo nesta tribuna, porque sou servidora pública. Sou uma de vocês também! Essa é a questão. Por isso, na minha singela opinião, acredito que ainda dá tempo de visitar os deputados.

Eu não gosto, deputado Aprigio, eu não gosto, deputado Mauro Bragato, como eu também não gosto, deputado Barba, deputado Enio Tatto, deputado Emidio de Souza, deputado Luiz Fernando, deputada Márcia Lia, eu não gosto de usar isso, mas, se votar, não volta.

E, se pensa que ganha eleição municipal, não ganha, porque quem acaba com os servidores públicos do estado de São Paulo não pode ter a chancela da população para governar um município. (Manifestações nas galerias.)

Por esta razão, eu quero dizer para os senhores e para as senhoras, aqui, dizem muito que eu não entendo de nada. Eu não me importo, sabem por quê? Entende quem? Eles que entendem? Quem sentou e fez esse saco de maldades? São eles que entendem de gente, de pessoas, de seres humanos? Não. Não são eles.

A nossa persistência, nesse processo, é importante. E aí, deputado Barba, já tem encaminhamento, já, conforme o senhor disse aqui pela manhã. Nós articulamos a reunião que era para acontecer na CUT, nós pedimos para vir para cá.

Chamei professores para vir para cá. Outros servidores públicos também, para dizer o seguinte: “Nós não vamos deixar votar com as cadeiras vazias!”. Por isso estamos aqui olhando, no olho a olho. Não há acordo. Estou indignada porque é injustiça.

E a única coisa que me deixa, ainda, confortada, é a frase do Mahatma Gandhi, ele diz, isso eu traduzindo, porque não sou capaz de dizer literalmente, mas, traduzindo, ele diz o quê? Ele diz: “A única coisa que me conforta é saber que podem ter tiranos, assassinos, mas a história não permitirá que eles continuem.

Um dia, todos cairão”. E nós vamos ver todos que votarem contra nós, aqui, caírem, um a um, como foi em outros tempos que nos enfrentaram no estado de São Paulo.

Um forte abraço. Muita força, persistência! Muita gente na Casa contra a reforma da Previdência. (Manifestações nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Em votação o requerimento. Os favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Eu quero pedir uma verificação de votação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É regimental. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, a partir deste momento vamos proceder uma verificação de votação pelo sistema eletrônico.

Estamos fazendo soar o sinal intermitente por quatro minutos, para que as Sras. Deputadas e Srs. Deputados, que não se encontram em plenário tomem conhecimento da votação que se realizará.

 

* * *

 

- É iniciada a verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

* * *

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Para declarar obstrução da bancada do PSOL.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PSOL está em obstrução.

Transcorridos quatro minutos. Neste momento abriremos o sistema eletrônico para que os deputados possam votar “sim”, “não” ou registrar abstenção nos terminais postos em suas mesas.

Só lembrando aos deputados que neste momento estamos votando o roteiro de votação, onde o quórum tem 48 votos, maioria simples de 48 votantes para aprovação.

Pela ordem, Janaina Paschoal.

 

* * *

 

- É iniciada a verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

* * *

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Para colocar o PSL em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PSL está em obstrução. 

 

A SRA. ADRIANA BORGO - PROS - Colocar o PROS em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PROS está em obstrução. 

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - PCdoB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PCdoB está em obstrução. 

 

O SR. ROQUE BARBIERE - PTB - Para colocar o PTB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PTB está em obstrução. 

 

O SR. DELEGADO OLIM - PP - O Progressista em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O Progressista está em obstrução. 

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Para colocar o PT em obstrução e pedir para todos os partidos não votarem.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PT está em obstrução. 

 

O SR. MARCIO NAKASHIMA - PDT - Colocar o PDT em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PDT está em obstrução. 

 

O SR. BARROS MUNHOZ - PSB - Para colocar o PSB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PSB está em obstrução. 

 

O SR. SARGENTO NERI - AVANTE - Para colocar o Avante em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O Avante está em obstrução. 

 

O SR. ROGÉRIO NOGUEIRA - DEM - Colocar o DEM em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O Democratas está em obstrução. 

 

O SR. WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - Para votar “sim”, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Não abri ainda o processo de votação. Estamos apenas nos terminais de votação eletrônica por enquanto. Como temos deputados votando ainda no terminal eletrônico, não abri a votação nos microfones.

 

O SR. MARCIO DA FARMÁCIA - PODE - Queria colocar o Podemos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O Podemos está em obstrução. 

 

O SR. JORGE CARUSO - MDB - Para manifestar a obstrução do MDB.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O MDB está em obstrução. 

Neste momento abro os microfones para aqueles parlamentares que não conseguiram realizar os seus votos nos terminais eletrônicos.

 

O SR. ANDRÉ DO PRADO - PL - Sr. Presidente, para colocar o PL em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PL está em obstrução.

 

O SR. EDMIR CHEDID - DEM - Excelência, o nobre deputado Paulo Correa Jr, do meu partido, Democratas, não consta no painel. Só para lembrá-lo e fazer essa observação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Só lembrando que o deputado Paulo Correa Jr está licenciado, por isso que não consta no painel, deputado. Foi licenciado, exatamente. Mas ele deveria aparecer como amarelo e com um “l” do lado. Peço ao pessoal do painel que, por favor, conste o deputado licenciado. Sempre tem obrigação de constar, até para que os deputados tomem conhecimento, de fato, de que existe um pedido de licença.

Pergunto se mais algum Sr. Deputado ou Sra. Deputada gostaria de registrar o seu voto? Não havendo mais registro de votos, participaram desse processo 82 Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sendo 54 votos “sim”, 26 “não”, uma abstenção e este presidente que não vota, quórum suficiente para aprovar o roteiro de votação.

 

O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Quero pedir uma votação nominal.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É regimental o pedido de Vossa Excelência.

Coloco em votação o pedido de verificação de votação nominal. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Sr. Presidente, para pedir uma verificação de votação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Sras. Deputadas, Srs. Deputados, vamos proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico.

A partir deste momento, estamos fazendo soar o sinal intermitente por quatro minutos, para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que não se encontram em plenário tomem conhecimento da votação que se realizará.

Só lembrando que estamos votando o requerimento do deputado Carlão Pignatari, que pede votação nominal do processo.

 

* * *

 

- É iniciada a chamada.

 

* * *

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS – Presidente, Questão de Ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Questão de Ordem do nobre deputado Gilmaci.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS – PARA QUESTÃO DE ORDEM - Presidente, nós estamos aqui votando agora votação nominal.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – O deputado Carlão Pignatari fez um requerimento de pedido de votação nominal.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS – Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Para a Proposta de Emenda Constitucional, e os demais itens do roteiro são englobados.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS – Minha dúvida, presidente: uma vez aprovada essa votação nominal, como se dará a votação?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Não será mais necessário o pedido de verificação de votação. Se aprovada a verificação, votação nominal, todos os votos necessariamente têm que ser por parlamentar.

Ou seja, é como se verificasse um a um anteriormente.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS – Obrigado. Vossa Excelência, neste caso, pode votar também, presidente?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Não entendi.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS – V. Exa. pode votar também?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Se aprovada a votação nominal, o presidente vota também.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS – Muito obrigado, presidente.

 

A SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL – Pela ordem.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Pela ordem, deputada Monica. Questão de Ordem sobre o processo de votação?

 

A SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL – Sim.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Então, V. Exa. tem a palavra.

 

A SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL – PARA QUESTÃO DE ORDEM - A minha dúvida é se existe diferença desse processo e do processo de votação item a item. Se não houver o processo de votação item a item, o senhor será convidado a votar ou não?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – No processo item a item, sem votação nominal, o presidente da Casa não vota.

Transcorridos os quatro minutos, neste momento vamos abrir os terminais eletrônicos para que os deputados votem “sim”, “não” ou registrem abstenção.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL – Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Deputado Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL – Para colocar a bancada do PSOL em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está em obstrução a bancada do PSOL.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT – Pela ordem, Sr. Presidente. Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Pela ordem, deputado Barba.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT – Para botar o PT em obstrução, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – O PT está em obstrução.

 

A SRA. ADRIANA BORGO – PROS – Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Deputada Adriana.

 

A SRA. ADRIANA BORGO – PROS – Para colocar o Pros em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – O Pros está em obstrução.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL – Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Deputada Janaina.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL – Colocar o PSL em obstrução, excelência.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – O PSL está em obstrução.

 

O SR. MARCIO NAKASHIMA - PDT – Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Deputado Marcio.

 

O SR. MARCIO NAKASHIMA - PDT – PDT em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – O PDT está em obstrução.

 

O SR. MARCIO DA FARMÁCIA - PODE – Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Deputado Marcio.

 

O SR. MARCIO DA FARMÁCIA - PODE – Colocar o Podemos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – O Podemos está em obstrução.

 

A SRA. LECI BRANDÃO – PCdoB – Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Pela ordem, deputada Leci Brandão.

 

A SRA. LECI BRANDÃO – PCdoB – O PCdoB em obstrução, tá?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – O PCdoB está em obstrução.

Neste momento, vamos abrir os microfones de aparte para aqueles deputados que não conseguiram registrar os seus votos, para que eles possam fazer os seus votos nos microfones.

 

O SR. JORGE CARUSO - MDB - MDB em obstrução e voto “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O MDB está em obstrução.

 

O SR. ROGÉRIO NOGUEIRA - DEM - Coloco o DEM em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O DEM está em obstrução.

Participaram deste processo 84 Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sendo 52 “sim”, 31 “não” e este presidente, que não vota, quórum suficiente para aprovar o pedido de votação nominal.

Item 1 - Proposta de Emenda à Constituição nº 18, de 2019, salvo substitutivo, emendas e partes destacadas.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Para indicar o Dr. Jorge para encaminhar em nome da bancada do Partido dos Trabalhadores.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O Dr. Jorge encaminha em nome da bancada do Partido do Trabalhadores.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - E declarar o nosso apoio ao substitutivo da deputada Bebel.

 

O SR. DR. JORGE LULA DO CARMO – PT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, público da galeria, que lota esta Casa hoje, uma saudação a todos e a todas que esta hora da noite estão aqui. Cumprimentá-las, cumprimentá-los, cumprimentar aqui a assessoria, público da TV Alesp.

Cumprimentar a todos que, nesta noite, nesta semana que antecede o carnaval, vemos aqui esta Casa cheia. Sabe por quê? Para retirar o direito de vocês. A grande maioria, infelizmente. O que nós vemos aqui hoje...

Aliás, o que a gente viu neste final de ano foi o Partido dos Trabalhadores, os partidos de esquerda aqui se esforçando para evitar, de tudo para retirar a escalada da retirada de direitos, que o governo Doria, na mesma toada do governo Bolsonaro, aprovasse a reforma, a famigerada reforma da Previdência.

Eu nunca vi alguém querer reformar algo para ficar pior. Quando a gente vai reformar alguma coisa, certamente é para melhorar. Se vocês fossem reformar a casa de vocês, vocês queriam que ela ficasse pior?

Certamente não. Pois aqui na Assembleia Legislativa, assim como foi lá na Câmara Federal, a reforma foi para piorar a vida dos trabalhadores, a vida dos servidores.

Por isso é que o Partido dos Trabalhadores, a nossa bancada, a nossa liderança, o nosso deputado Emidio na comissão, fizemos todo o esforço para evitar que essa reforma prosseguisse da forma como ela está sendo conduzida aqui nesta Casa.

Fomos ao Tribunal de Justiça, caminhamos para o STF, mas hoje, surpreendentemente, vimos aqui os deputados que já estavam querendo ir para os blocos de Carnaval, os deputados que já estavam preocupados e querendo, de certa forma... Porque essa semana é uma semana que antecede a festa cultural do nosso Brasil, todos voltaram aqui para quê? Para dar quorum, para garantir que retire os direitos dos servidores.

Por isso é que a gente está aqui, firme no propósito, para demonstrar, para os servidores do estado de São Paulo, que quando o trabalhador, quando o servidor adquire o seu direito, nenhum governo tem o direto de retirar aquilo que as pessoas conquistaram a duras penas, com o suor do seu trabalho.

Por isso queremos protestar e dizer: cada companheiro, cada deputado, cada deputada que estão hoje traindo, muitas vezes, o voto daquele eleitor que foi no dia 7 de outubro de 2018, votar nele, é por isso que a gente está fazendo coro aqui. Se votar, não volta. Se votar, não volta. (Manifestação nas galerias.)

Por isso vocês têm que lembrar bem: cada uma, deputada, se votar, não volta. Cada deputada e cada deputado, que quando vier aqui dizer “sim” a essa famigerada Reforma da Previdência, vocês têm que falar na base. Vocês, servidores e servidoras, têm que falar na base, exatamente, quem traiu a confiança dos servidores públicos do estado de São Paulo.

Não vamos tolerar. O PT vai obstruir. O PT vai fazer de tudo para garantir os direitos que vocês conquistaram. Porque foram muitos anos. Foram muitos anos de luta dos servidores pela conquista dos seus direitos.

E agora, a toque de caixa, sem nenhum respeito aos trâmites normais, à discussão nas comissões, à tramitação normal de qualquer projeto de lei. De qualquer projeto de lei.

Uma Proposta de Emenda à Constituição tem sua tramitação mais rígida porque estamos alterando a Constituição do Estado de São Paulo. Está sendo feito aqui hoje, vocês estão vendo, a toque de caixa, essa retirada dos direitos dos servidores.

Por isso, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, cada um de nós tem responsabilidade com aquilo que nós fazemos, com aquilo que votamos. Aqui, nossa bancada e os deputados que vão votar “não”, não estamos pedindo nada. Estamos pedindo respeito. Nada para o governo.

Porque o governo não precisa dar nada para a gente. O governo precisa respeitar os direitos que vocês adquiriram. Por isso, vamos insistir e persistir. Mas só vamos conseguir se vocês estiverem aqui. Se amanhã, na próxima vez que for discutir esses assuntos, estivermos mobilizados cada vez mais. (Manifestação nas galerias.)

Então avisem, convidem as pessoas que não puderam estar aqui hoje, que foram surpreendidos igual nós aqui também fomos surpreendidos. Chegamos aqui na Assembleia: caiu a liminar, cassou a liminar. O presidente, rapidamente, mobilizou a tropa, os seus aliados, as pessoas que têm no dia a dia. Todos aqui, mobilização fantástica.

O líder do Governo é um articulador. Ele consegue mobilizar quando precisa garantir os interesses do Governo. Mobiliza todos os deputados. Mas ninguém vai mobilizar nós. Porque estamos mobilizados é com vocês e por vocês. (Manifestação nas galerias.)

É essa mobilização, é isso que queremos reforçar. Que vocês nunca percam isso de vista. Então, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, cada um aqui vai pagar o seu preço.

Quando a gente vai na base, quando a gente vai pedir votos, quando a gente vai dizer que quer ser deputado ou deputada para defender os interesses da população paulista, quando a gente diz: “Eu quero ser deputado para ajudar a elaborar projetos de lei, para fiscalizar o Executivo e representar a população paulista”...

Às vezes a gente vota em alguém e fala: “Nossa, me arrependi de ter votado”. Como muita gente se arrependeu de ter votado no Bolsonaro, como muita gente deve ter se arrependido de ter votado no Doria. Mas tem a oportunidade, porque a eleição, de quatro em quatro anos, ela renova.

Ou não? Esta Casa teve uma renovação espetacular em 2018. Em 2022, pode ter também, mas uma renovação não para piorar a qualidade, mas sim para melhorar cada vez mais a qualidade dos representantes desta Casa, dos representantes do povo paulista.

E aí é a hora em que vamos lembrar e que vocês têm que lembrar de cada deputado em quem você votou, e aquele que não está aqui hoje, mas que sofrerá as consequências dessa famigerada reforma. Ele vai pensar lá: “Em qual deputado eu votei?

Na hora de votar, eu escolhi bem? Na hora de votar, pensei que o deputado em quem eu votaria realmente iria me representar, ele realmente iria defender os interesses da minha categoria, dos professores, dos servidores da Saúde, dos servidores da Segurança, dos servidores em geral do estado de São Paulo?”.

É esse momento que você tem que realmente ver. Não valeu a pena votar em deputado que traiu a sua confiança. Por isso, cada um aqui tem que ter a certeza de que vai pagar esse preço. Se votar, não volta. É isso que temos que pregar nas ruas.

Cada deputado que votar a favor dessa famigerada reforma, aquele que votar pela retirada dos direitos dos servidores deverá, nas urnas, lembrar: “Olha, eu poderia ter pensado melhor, eu poderia não ter feito acordo, eu poderia não ter me indisposto com aqueles que votaram em mim”. Porque o voto tem endereço, o voto tem lado.

Por isso, quero encaminhar aqui para dizer que a bancada do Partido dos Trabalhadores não titubeará. A bancada do PSOL também. Está aqui o líder, Carlos Giannazi, e nossa companheira Leci Brandão, entre outros deputados que têm compromisso com os servidores.

Por isso, concluo minha fala dizendo para vocês: contem conosco, contem com este deputado, contem com a nossa bancada, contem com os deputados comprometidos com os direitos dos servidores. Se votar, não volta! (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, para encaminhar pela liderança do PSOL.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa Excelência tem a palavra pela liderança do PSOL.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público aqui presente, telespectador da TV Assembleia, primeiramente quero saudar os servidores e servidoras do estado de São Paulo e as entidades representativas do funcionalismo público, que são combativas e que estão aqui denunciando a farsa da reforma da Previdência.

Eu vou demonstrar porque eu afirmo que é uma farsa, essa reforma. Primeiro, dizer que esses dois projetos que foram encaminhados - tanto a PEC 18, de 2019, como o PLC 80, de 2019 - estão a serviço, na verdade, da transferência de dinheiro público para os rentistas, para os especuladores da dívida pública brasileira e para os banqueiros nacionais e internacionais.

Esse é o teor de todas as reformas previdenciárias em curso, hoje, no Brasil, como foi a do Bolsonaro, a tentativa do Temer de aprovar uma reforma, que, graças à mobilização social e popular, conseguimos reverter, e as reformas em curso em vários estados e em vários municípios, porque sabemos muito bem que o capital financeiro tem interesse, há muito tempo, em sugar, em capturar os fundos públicos do Brasil, sobretudo o fundo público previdenciário. Por isso é que há uma grande insistência para que as reformas sejam feitas.

Aqui na Assembleia Legislativa, a situação é piorada, primeiro porque a proposta de reforma do Doria é pior, ele consegue ser pior. Essa reforma é pior que a reforma do Bolsonaro, esse é o primeiro ponto.

Ela é mais realista do que o rei, e isso é grave. Se algo é pior do que uma reforma do Bolsonaro, então é para a gente fazer uma reflexão aqui na Assembleia Legislativa.

Por falar em Assembleia Legislativa, eu sempre disse que a Assembleia Legislativa, há muitos anos, não passa de um puxadinho do Palácio dos Bandeirantes, do tucanato, de um departamento, um cartório que apenas homologa e carimba as decisões do Palácio dos Bandeirantes.

Mas, além disso, nós acrescentamos que a Assembleia Legislativa também é um puxadinho do poder econômico, desses cientistas, desses especuladores da dívida pública brasileira e da lógica do mercado e dos interesses econômicos, empresariais. Ela está a serviço também dessa lógica.

Eu quero mostrar isso em números. O secretário da Fazenda, Henrique Meirelles, veio no ano passado a uma reunião de líderes fazer um minidebate com alguns deputados que estavam presentes, e nós indagamos ao secretário, que foi ministro da Fazenda e presidente do Banco Central, sobre a questão da dívida.

Nós queríamos aprofundar com ele a questão da dívida, do rombo da Previdência, fazendo uma contraposição também com as outras dívidas que a Assembleia Legislativa não tem coragem de debater, como, por exemplo, a dívida das grandes empresas com o erário estadual, que já passa de 341 bilhões de reais.

O secretário disse que, para equilibrar as contas da Previdência, São Paulo teria que economizar, em 10 anos, 32 bilhões de reais, isso em 10 anos. Eu tenho aqui um gráfico que eu gostaria de colocar, só para ser um pouco mais pedagógico e didático, sobre essa dívida que é pública, que está na internet.

Suposta economia com essa suposta reforma da Previdência: 32 bilhões em 10 anos, ou seja, segundo isso, o secretário defende que quase três bilhões e dois milhões de reais por ano seria a economia.

Bom, nós temos uma dívida ativa de 340 bilhões de reais. Essa é a dívida, hoje, das grandes empresas, e essas empresas devedoras, muitas delas, são beneficiadas com as isenções fiscais, com os benefícios fiscais, com a política de desoneração.

Cito aqui algumas delas, que eu já citei aqui, e essa dívida só aumenta. A Sadia, por exemplo, deve para os cofres públicos, deputada Leci Brandão, um bilhão e seiscentos milhões de reais, só a Sadia deve isso. É a dívida ativa, já está na dívida, não tem nem mais recurso, não cabe recurso em nenhuma instância do Judiciário.

A Vivo Telefônica deve três bilhões e 400 milhões de reais, deputada Márcia Lia, para o erário público. O Pão de Açúcar deve três bilhões e 300 milhões de reais, um absurdo total, e eles querem mexer com a Previdência, querem atacar os direitos previdenciários dos servidores públicos, que já têm os seus salários arrochados, defasados, onde o governo há anos não cumpre a data-base salarial.

Esse é um ato de covardia, porque, se a Assembleia Legislativa realmente tivesse uma preocupação com a população, com os 45 milhões de habitantes, ela estaria fazendo esforços e gestões junto ao governo Doria para cobrar a dívida ativa de 340 bilhões de reais.

E ao mesmo tempo fazendo uma revisão drástica da política de desoneração fiscal que transfere para setores empresariais sonegadores - é importante que isso seja dito - mais de 20 bilhões de reais. Vinte bilhões de reais de isenções e benefícios fiscais para setores empresariais, como a Sadia.

O ramo frigorífico tem isenção, tem benefício. Só que esse ramo, muitas empresas, muitos frigoríficos devem para o estado de São Paulo. Esse debate não é colocado.

E tem mais um debate importante. Então, dívida ativa do estado de São Paulo, política de desoneração, que canaliza 20 bilhões para setores empresariais. E, mais ainda, a dívida pública do estado de São Paulo, que também canaliza mais de 17 bilhões de reais para a União.

E nós defendemos o quê? Uma auditoria. Nós queremos uma auditoria da dívida estadual. Há muitos anos que nós estamos lutando para que ela seja feita aqui em São Paulo, mas os governos do PSDB obstruem qualquer tipo de discussão e de projeto. Nós queremos auditoria. Auditoria já da dívida pública.

Então, só com esses três pontos que eu toquei aqui, dívida ativa, 340 bilhões; desoneração fiscal, 20 bilhões de reais; mais a dívida pública do estado de São Paulo, mais 17 bilhões, deputada Márcia Lia, já resolveria o problema do estado de São Paulo. Mas não.

Agora, atacar a Previdência dos servidores estaduais, dos trabalhadores e trabalhadoras, é um ato de covardia a serviço dos rentistas e especuladores da dívida pública, e também - não posso deixar de registrar - das empresas de previdência privada. Essas empresas vão ganhar muito dinheiro com essa farsa da reforma estadual, como já vêm ganhando com a que aconteceu em Brasília.

Então, deputados e deputadas da base do Governo, por favor não deixem as digitais de V. Exas. num projeto como esse, porque V. Exas. serão cobradas no futuro. A história não perdoa quem vota contra a população, contra trabalhadores e trabalhadoras do estado de São Paulo. Vossas Excelências têm famílias, filhos, netos.

E isso, a história cobra lá na frente. Eu vejo aqui que tem deputados indecisos ainda. Mas olha, prestem atenção nos números que eu citei aqui. A questão é muito mais grave, não tem nada a ver com a Previdência.

A Previdência do estado de São Paulo não é deficitária, até porque os servidores do estado sempre contribuíram, no seu holerite, ou com o Ipesp ou com a São Paulo Previdência.

O desconto vem na folha de pagamento de cada professora, de cada servidor da Segurança Pública, da Saúde. Já vem o desconto ali. Então, se existe algum déficit, o que é discutível, a culpa não é do servidor público. O servidor público sempre contribuiu.

Eu peço mais uma vez, para encerrar a minha intervenção, deputados e deputadas, que V. Exas. votem contra a farsa da reforma da Previdência.

Muito obrigado. (Manifestação nas galerias.)

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Sr. Presidente, para encaminhar pela Minoria.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra Vossa Excelência.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Muito boa noite a todos e a todas. Agradecer a presença de todos vocês, pela resistência que nós estamos fazendo aqui.

Mas dizer que infelizmente, neste país, infelizmente mesmo, quem paga a conta é sempre o trabalhador, aquele que ganha menos, aquele que tem menos condições de se defender. Por que sabe o que aconteceu aqui, gente? Eu vou contar uma historinha para vocês, e vou contar com muita clareza, porque eu não sou mulher de falar por trás.

O que aconteceu aqui foi uma grande negociação.

Algumas categorias que estavam junto com vocês na defesa de que a reforma da Previdência não fosse aprovada, algumas categorias conseguiram negociar direto com o Governo, e deixaram de fora os professores, os servidores da Saúde, os servidores técnicos do Judiciário, aqueles que ganham menos.

Mas, algumas categorias, aquelas mais proeminentes, essas conseguiram negociar. Por isso que muitos dos deputados que inicialmente estavam conosco contra a reforma da Previdência do estado de São Paulo do Pinóquio, aquele que falou que não ia fazer a reforma da Previdência porque já tinha sido feita. Na campanha eleitoral, ele disse: “Eu não vou fazer, não precisa fazer”. Enganou os servidores.

Eu recebi outro dia no meu gabinete um servidor do estado, um servidor do Poder Judiciário, assim, a pessoa estava até em depressão, porque ele votou no João Doria.

Ele votou no candidato que falou que não ia fazer a reforma e que, agora, não obstante não dê o reajuste e nem a correção da inflação no salário dos servidores, ele vai tirar, vai abocanhar, mais um pouquinho do salário de vocês, passando de 11 para 14% a contribuição.

E, aí, eu quero fazer um outro debate, o debate de que há no estado de São Paulo, segundo os técnicos, aqueles que lidam com as contas do estado de São Paulo, há uma informação de que as contas do estado de São Paulo estão no vermelho. Elas estão no negativo. Elas não estão suficientes para dar conta de todas as demandas do Estado.

Ora, eu pergunto: quem foi que deixou o estado nessa situação? Foram vocês? Foram vocês que deixaram? Vocês estão contribuindo, o servidor contribui com esse estado todos os anos, quando não tem reposição salarial, quando não tem melhoria nas condições de trabalho.

Eu vejo a forma como as nossas professoras e professores têm lecionado nas escolas por esse estado de São Paulo afora. Escolas sem nenhuma condição, muitas vezes, de receber alunos; professores, muitas vezes, em processo de estresse por conta das condições indignas, a falta de motivação, a falta de qualificação, a falta de formação continuada dos professores.

Ah, e se a gente for olhar, então, os servidores da Saúde: o ticket dos servidores da Saúde é o ticket-coxinha, sabia? Ticket-coxinha: dá para comprar uma coxinha. É vergonhoso que o estado mais rico da Federação, é vergonhoso o estado em que o PSDB deixou as contas deste estado.

É vergonhosa a forma como tem tratado os servidores públicos. É vergonhoso que os policiais não têm as condições mínimas de sustentar suas famílias, e de pagar um aluguel digno.

O salário que o Governo do Estado de São Paulo paga para algumas categorias é vergonhoso. A minha mãe é aposentada do estado. A minha mãe ganha 1.170 reais por mês. Ela é aposentada do estado de São Paulo. Dedicou a sua vida inteirinha.

É uma vergonha que todo ano chega nesta Casa um projeto de lei para a gente poder aumentar o salário mínimo do servidor público do estado de São Paulo. Sabe por quê? Porque fica menor do que o salário mínimo do Governo Federal.

Então, nós temos que ajustar aqui para que o salário dos servidores que ganham menos, no estado de São Paulo, chegue, pelo menos, ao mínimo nacional.

E aí eu quero dizer para vocês, contem conosco, nós vamos votar contra e vamos fazer tudo que for necessário para que eles não aprovem esse projeto de lei, porque ele vai acabar ainda mais com os servidores do estado de São Paulo.

Muito obrigada. (Manifestações nas galerias.)

 

O SR. BARROS MUNHOZ - PSB - Para encaminhar em nome do PSB, por designação do nosso líder.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Vinícius Camarinha. Com a anuência do líder, tem a palavra Vossa Excelência.

 

O SR. BARROS MUNHOZ - PSB - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, colaboradores da Assembleia Legislativa, senhores da imprensa, senhores e senhoras que nos honram com suas presenças e telespectadores da TV Alesp, eu participo dos debates de hoje, que dão continuidade a muitos outros debates sobre esse mesmo assunto ocorridos já de muitos dias atrás e eu vejo o seguinte, o aproveitamento de um tema ingrato, de um tema difícil de ser enfrentado e, sobretudo, defendido diante de tanta injustiça que existe no seio do funcionalismo, principalmente em relação àqueles que ganham menos.

E não só aos que ganham menos, mas quase todas as categorias que não são aquelas consideradas de estado e que ganham, ao contrário, excessivamente. Muito acima do que ganhariam em qualquer país do mundo.

Nós estamos aqui ouvindo todos os que nos procuram e hoje eu tive a felicidade de ouvir, de vários companheiros, líderes de movimentos de servidores com os quais já convivo há muitos anos nesta Casa, desde que fizemos a reforma da Previdência que redundou na extinção do Ipesp, na criação da SPPrev, desde que criamos a Prevcom e hoje o que eu vi me deixou bastante satisfeito.

Foi uma confirmação de que o líder do Governo, nosso querido companheiro Carlão Pignatari, atendeu 90 a 95% dos pleitos que recebeu. (Manifestações nas galerias.)

Então, minha gente, eu sei que não...

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Só um minutinho, preservando o tempo do nobre deputado Barros Munhoz, peço para que seja preservado o tempo.

Deputado Barros, preservado o tempo de V. Exa., buscando... Pedir àqueles membros da galeria... O regimento é claro, aqui não é lícito a manifestação de cada um de... O regimento é claro, não é lícita a manifestação das galerias durante... (Manifestações nas galerias.)

 

O SR. BARROS MUNHOZ - PSB - Bem, eu gostaria de dizer que é muito fácil fazer política visando a próxima eleição.

Nós temos o dever de fazer política visando a próxima geração e construindo um país mais justo. O que não dá é para falar uma coisa aqui e fazer outra coisa em Brasília, e fazer outra coisa nos estados governados por governadores dos partidos que aqui criticam a reforma previdenciária.

Eu vejo aqui que o Ceará aprovou já o projeto, e o Ceará é governado pelo PT. Eu vejo aqui que o Piauí aprovou o projeto, e é governado pelo PT, e vejo aqui que o Maranhão, governado pelo PCdoB, também aprovou o mesmo projeto.

Gostaria de lembrar que o grande racha que houve no PT, no governo Lula, foi porque, logo no começo da sua administração, ele mandou um projeto de reforma da Previdência infinitamente pior do que este que o governo atual do Bolsonaro aprovou no Congresso Nacional.

Tanto assim, e o deputado Giannazi se lembra disso, que a Heloísa Helena saiu do partido, que o Vavá saiu do partido, e que outros deputados disseram: “eu não vou compactuar com isso que o presidente Lula, do PT, está fazendo”.

Então, falar é fácil. Ser aplaudido é mais fácil ainda. O duro é ter a consciência de dizer que este País não aguenta tanta injustiça, tão poucos ganhando tanto e tantos ganhando tão pouco.

Nós precisamos fazer essa reforma, sim. Nós precisamos votar com consciência, e aprovar este projeto com as contribuições importantíssimas recolhidas do seio do funcionalismo do estado de São Paulo.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Eu gostaria de falar, mais uma vez, para que todos os deputados... Eu gostaria de pedir para a Polícia Militar. Tem uma senhora ali no meio, de preto. Não peço para retirar, mas para conversar com essa senhora, que está orientando todo o auditório.

Não é lícita a fala e a participação das pessoas que estão no plenário. Eu peço, mais uma vez, encarecidamente, para que todos vocês contribuam com aquelas pessoas...

Vossa Excelência quer presidir a sessão?

 

A SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL - Quero, quero sim. (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Então se eleja presidente da Assembleia.

 

A SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL - Tá bom, eu vou disputar de novo.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tenha votos. Quando V. Exa. tiver a maioria dos votos, se eleger presidente da Assembleia, V. Exa. senta aqui e preside.

 

A SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL - Tá bom.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa Excelência quer presidir a sessão e não tem votos para presidir a sessão. Então, dispute a eleição e ganhe a eleição. Está certo?

Deputado Carlão Pignatari, pois não?

 

O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Para encaminhar pela liderança do Governo.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra V. Exa., para encaminhar em nome da liderança do Governo.

 

O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, uma consideração para a gente fazer. Primeiro, que nós temos que separar matéria da Previdência.

Previdência é primordial para que, em um futuro muito próximo, a gente possa continuar pagando os nossos funcionários ativos e inativos, como a maioria dos estados brasileiros hoje não consegue pagar, parcelando décimo terceiro, parcelando salários, não pagando férias, não pagando os benefícios que os funcionários têm.

Eu quero dizer que o governo tem um respeito enorme, enorme, por todos os funcionários públicos, porque, afinal de contas, esses funcionários públicos que ajudaram a construir esse grande estado, que é o estado de São Paulo.

Todos temos que ter uma responsabilidade enorme nesse momento. Quando a gente fala em Previdência, vi a fala do deputado Barros Munhoz, que os estados administrados por vários partidos, inclusive do Partido dos Trabalhadores, o estado da Bahia, aprovou uma reforma em 12 ou 18 dias.

Onde fez, que brigou, inclusive, um discurso enorme do deputado contra o sindicalismo que estava atrapalhando o desenvolvimento daquele belíssimo estado que é o estado da Bahia.

Queremos fazer uma reforma que possa garantir, aos nossos futuros trabalhadores, o direito de se aposentar e o direito de poder ter a sua aposentadoria por muito e muito tempo.

Hoje, no estado de São Paulo, os funcionários inativos e os funcionários que estão lá na SP Previdência, conseguimos, hoje eles contribuem com 4,8 bilhões por ano. O Estado, são 22 bilhões que a gente tira da Saúde, que a gente tira da Educação, que a gente tira do desenvolvimento econômico, das nossas novas rodovias.

É isso que temos que pensar. Como podemos, com 1 milhão e 300 mil servidores públicos de São Paulo ativos e inativos, onde tenho.... Vou ser sincero. A minha mãe é funcionária pública.

É professora aposentada. Minha finada mãe é professora aposentada. Ficou 32 anos dando aula para o primeiro ano de alfabetização. É isso que é importante, que alfabetizou milhares de crianças.

Ela teve o compromisso de melhorar o estado de São Paulo. Como que podemos hoje, um estado com 40 milhões de pessoas, de brasileiros? Que aqui temos nordestinos, sulistas, pessoas do Centro-Oeste e paulistas que ajudaram a construir São Paulo.

Temos hoje, para 1 milhão e 200 mil servidores públicos, aproximadamente 90 bilhões de reais de despesa para os cofres públicos, para os recursos humanos. Temos 150 bilhões para 40 milhões de pessoas. É uma conta fácil de se fazer. Uma conta fácil.

Se houve um erro lá no passado? Até 1998 ninguém contribuiu nada, nem o Estado, nem o servidor. Se até 2003 começaram as contribuições? Mas temos um déficit atuarial que vai levar o estado de São Paulo à falência. Isso, tem que deixar muito claro. Muito claro, isso.

Temos que ter o respeito sim com todos os funcionários públicos. Todos os funcionários públicos. Mas temos que ter a certeza de que, o que pudemos melhorar, nos trechos aqui na nossa PEC, na proposta de emenda constitucional, onde acho que houve um erro do governo, que enviou a PEC onde não dava garantia de, até 2003, da integridade e paridade para os servidores públicos, isso, alteramos.

Acatamos emenda do deputado Heni, que foi o nosso relator. Acatou emenda, se eu não estiver enganado, do deputado Campos Machado, para que isso pudesse ser colocado.

Onde conseguimos melhorar o trecho, fazer com que a Polícia Civil de São Paulo tenha uma aposentadoria muito semelhante ou aproximadamente a mesma da Polícia Federal, que é a aposentadoria aos 55 anos. Então, é essa a discussão que temos que fazer.

É muito fácil as pessoas virem aqui e jogarem para a plateia, fazerem discurso para serem aclamados. Mas faço um discurso e faço uma colocação e uma sensibilização a cada um dos nossos deputados. Temos que ter a serenidade e a tranquilidade de fazer uma Previdência para que São Paulo possa continuar crescendo e se desenvolvendo. Essa é a diferença que temos.

Tivemos vários estados, no Rio Grande do Sul, do PSDB, que já aprovou a Previdência. Inclusive, cobrando dos inativos, onde quem ganha até o teto do INSS, que é 6 mil e poucos reais, lá, eles vão pagar. No Paraná, eles também vão pagar. Aqui em São Paulo, o governo decidiu que isso não seria possível, que isso não seria justo com nossos inativos. E nós fizemos isso.

Temos compromisso com vários deputados para que venha para cá um projeto imediatamente, este ano, para que a gente possa fazer a regra de transição para o funcionário público de 2003 até 2013, para que eles possam migrar para a Previdência Complementar, porque acho justo.

Temos que dar o direito a essas pessoas de escolherem. Não podemos fazer com que as pessoas tenham aposentadoria só por aposentadoria. Aposentadoria, para mim, é opção de vida. As pessoas têm que definir se elas querem se aposentar daqui para frente e não obrigados por uma nova regra de transição.

Mas vocês não tenham dúvida: estamos pensando e estamos fazendo o melhor que podíamos para o funcionário público de São Paulo, para que, aí sim, possamos ter recursos para investir na Educação, para melhorar, inclusive, o dissídio e, no dissídio, poder dar aumento para o nosso funcionalismo, o que hoje não é possível. Não temos caixa suficiente para isso.

Então, São Paulo é um estado que tem um desenvolvimento enorme. É um dos poucos estados, acho que é o único estado da União que investe nas suas universidades paulistas mais de 10 bilhões de reais para que elas possam formar os melhores alunos.

São Paulo só é grande, São Paulo só é esse estado pujante pelas grandes universidades que temos aqui, principalmente as nossas universidades públicas. Na maioria dos estados, as universidades públicas não têm essa autonomia financeira e também educacional.

São Paulo, desde o governo Quércia, se eu não estiver enganado, houve ali um decreto de resolução onde nós demos a oportunidade para que as universidades pudessem andar com suas próprias pernas. Temos isso e sabemos que isso vai fazer uma diferença enorme no futuro do nosso país.

Estamos fazendo uma Previdência onde conseguimos tirar da Polícia Civil os cinco anos no cargo ou no efetivo para poder se aposentar. Eles podem se aposentar, sim, deputada Janaina, desde que eles se aposentem com o último salário que receberam. Imediatamente anterior. Não é justo, não é justo.

Vou dizer de um escrivão de polícia que cumpriu o seu tempo de serviço, seus 25 anos ou seus 20 anos ou seus 30 anos, e ele presta um concurso, por exemplo, para juiz de direito e, com um dia na sua carreira, ele pede aposentadoria no cargo de juiz de direito, onde ele nunca contribuiu.

A paridade, quando temos que ter, hoje, quase 800, 700 mil funcionários públicos inativos para 400 mil ativos. Está diminuindo. A informatização, a melhoria do serviço, a digitalização. Isso vai, tempo a tempo, diminuindo. Isso vai dando cada vez mais um déficit na Previdência.

Se São Paulo quisesse taxar os inativos, como fez o Paraná, como fez o Rio Grande do Sul, como fizeram outros estados brasileiros, iríamos ter quase 40 bilhões a mais, em dez anos, para a Previdência, para a São Paulo Previdência. Então, isso é importante.

É importante que a gente tenha clareza. Ninguém quer vir aqui para que a gente possa prejudicar o funcionário “A” ou o funcionário “B” ou o funcionário “C”. Queremos fazer uma Previdência que melhore, cada dia mais, a vida do povo de São Paulo. É isso que temos que ter.

Temos que ter a segurança e a clareza de que estamos fazendo o melhor para o funcionalismo público, porque é importante. São funcionários de extrema presteza, que prestaram grandes serviços no nosso estado de São Paulo.

Mas, infelizmente, hoje, na São Paulo Previdência, na Previdência pública de São Paulo, temos um déficit de 22 bilhões por ano, recurso que sai do Tesouro, que sai da Saúde, que sai da Educação das nossas crianças. Então, seria muito melhor eu vir aqui fazer um discurso de que sou contra a reforma previdenciária.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Para concluir, deputado Carlão.

 

O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Para tomar uma claque e receber aplausos. Não é isso que queremos. É isso que o PT faz. O PT vem aqui, faz críticas e os estados que são administrados pelo seu partido,...

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Carlão, preciso que V. Exa. conclua.

 

O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - ...eles conseguem efetivamente aprovar uma reforma muito pior do que esta reforma do estado de São Paulo.

 

O SR. ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - Sr. Presidente, para encaminhar pelo Patriota.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É regimental. Vossa Excelência pode encaminhar em nome da liderança do Patriotas.

 

O SR. ARTHUR DO VAL - PATRIOTA – SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa noite, pessoal. Tudo bem? Todo mundo de costa, hein? Liminha mandou. Vamos lá, segundo turno hoje; todo mundo dando as costas aí. Vamos lá. É isso mesmo, bem obedientes, do jeito que o titio sindicalista gosta.

Eu quero saber, em primeiro lugar, cadê o deputado da gráfica da Lava Jato? Desculpa, o deputado Barba. Cadê o deputado Barba? Barba, tudo bom? Está nervosão hoje ou você está calmo? Hoje você não vai me tirar na porrada, não? Que bom, cara. Obrigado. Está aprendendo com o tempinho; beleza.

Opa, alguém me chamou de bandido aí, ouvi? Dá uma pesquisada no Google quem é o dono da gráfica da Lava Jato, pessoal. Está faltando um pouco de pesquisa aí. Mas vamos lá: eu queria chamar a atenção de um outro deputado, deputado Campos Machado. Cadê ele? Poxa, não está hoje. Justamente hoje, o cara não está. Que pena. Vamos lá, vamos citar o que aconteceu aqui.

Por causa do meu episódio, em que eu chamei os senhores sindicalistas de vagabundos... E reitero aqui: são vagabundos mesmo aqueles que vêm aqui, chamam Janaina Paschoal de fascista; chamam quem votar no projeto, a favor, de assassino; vêm ameaçar de morte.

São vagabundos sim; repito aqui. São vagabundos sim. Recebi duas moções de repúdio aqui, uma da Câmara Municipal de São José do Rio Pardo e outra da Câmara Municipal...

 

O SR. ENIO LULA TATTO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - Enio, você não aprendeu ainda que quando um está falando o outro ouve?

 

O SR. ENIO LULA TATTO - PT - Uma questão de ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - A questão de ordem é regimental, deputado Arthur.

 

O SR. ENIO LULA TATTO - PT - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Sr. Presidente, vai começar tudo de novo? Vossa Excelência está em silêncio?

 

O SR. ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - O que é, Enio? Olha só, a mulher até tirou o microfone do cara.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Enio, todo deputado tem o direito de utilizar da palavra, como o deputado Arthur está fazendo. Está utilizando a palavra, deputado Enio.

 

O SR. ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - Enio, você não gostou, você faz igual ao seu amigo da gráfica. Você me representa na Comissão de Ética.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Arthur, peço que V. Exa. respeite, principalmente, os nossos parlamentares...

 

O SR. ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - Estou respeitando.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Para que a gente não traga novamente uma cena lamentável a esta Casa.

 

O SR. ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - Até agora, eu não adjetivei nenhum deputado.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Perfeito. Devolvo a palavra a Vossa Excelência. Tem o direito de utilizar. E preservei o tempo de Vossa Excelência.

 

O SR. ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - Se alguém ficar ofendidinho, pode ir na Comissão de Ética, que funciona, viu pessoal? Rachadinha, está tudo bem; nepotismo, está tudo bem. Só toma cuidado com as palavras, beleza?

Vamos lá. Recebi duas moções de repúdio, aqui, da Câmara Municipal de São José do Rio Pardo e da Câmara Municipal de Lins.

Engraçado que é bonitinho aqui: uma das moções os caras até assinaram pessoalmente, todos eles assinaram, alguns vereadores. O que me deixa muito triste, porque acho que o povo de Lins e de São José do Rio Pardo merece, com certeza, vereadores muito melhores.

Mas eu deixo a critério de você: você, eleitor de Lins, e você, eleitor de São José do Rio Pardo, sabe muito bem se você se sentiu representado pelo que eu falei ou não. Você tem toda a liberdade de votar ou não em mim ou no seu vereador na próxima.

O que mais aqui? Eu recebi uma carta, em repúdio, do senhor Campos Machado, que não gostou quando eu disse que aqui tem nepotismo adoidado e rachadinha para tudo quanto é lado. Ele não gostou.

Foi lá no Ministério Público. Mas antes disso ele me mandou uma carta. O exímio advogado mandou uma carta para mim com oito erros de português e 12 erros de digitação. E é engraçado: esse pessoal, nem para mandar um PDF; eles querem gastar dinheiro público até com a folha paga por você, contribuinte.

O lance é o seguinte: isso aqui, a meu ver, é uma tentativa... O que foi, cara? Não entendi o que você falou. Repete aí, que não entendi. Tudo bem, vamos lá. Isso aqui, para mim, é uma tentativa institucional de me calar. Isso aqui é uma censura, a meu ver.

Pela minha liberdade irrestrita de expressão, olha o que eu faço aqui, Sr. Barba, Sr. Campos Machado, senhores vereadores de Lins e de São José do Rio Pardo, que não gostaram do que eu falei; olha aqui o que eu faço com a moçãozinha de vocês, com a carta de vocês. Olha aqui: isso, para mim, não representa nada. Representa o custo da folha, que infelizmente saiu do bolso do contribuinte.

Agora, você está fazendo teatro, Isa? Não entendi. Precisa melhorar um pouquinho a sua interpretação, não está muito boa. Não, está bem ruinzinha. Mas tudo bem. O lance é o seguinte: quem não gostar do que eu falei pode continuar sustentando privilégio... Desculpa, defendendo os próprios privilégios. Pode continuar atacando quem quer combater, quem quer de fato fazer uma reforma de austeridade, porque a hipocrisia está escancarada.

Nos governos do PCdoB e nos governos do PT, aí aprovaram... “Ah, mas paga os maiores salários”. Claro que paga os maiores salários.

Claro que paga os maiores salários. Com o pacto federativo tirando 11 vezes mais de imposto de São Paulo do que devolve, aí fica fácil o governador populista aumentar salário de professor e de policial.

Eu quero ver o cara fazer com recursos do próprio estado. Daí, fica um pouco mais difícil. “Não, porque a reforma do mito não vale, mas a reforma do governador petista, aí vale; a reforma do governador do PCdoB, aí vale”.

Muito me espanta, inclusive, a própria deputada Leci Brandão, por quem tenho muito respeito, vir aqui e votar contra a reforma do Doria, sendo que o partido dela lá para cima está emplacando uma reforma similar.

Mas, enfim, o lance é o seguinte, pessoal, a Isa Penna está mandando aqui, então, todo mundo, por favor, se segure. Eu quero todo mundo bem quietinho, de costas, bem bonitinho, se comportando. É isso aí. O pessoal está aprendendo, com o tempo está evoluindo. É muito bom.

E, é o seguinte, cara: quem acha que eu tenho medo de ameaça do pessoal, “não, porque eu vou te pegar na rua”. Meu irmão, fique à vontade, cara. Eu não estou irritado, Isa. Você acha que eu estou irritado com o quê, Isa? Você sabe que a reforma vai passar. A gente vai combater privilégio.

E, outra coisa que eu falo também aos petroleiros, a todo o pessoal que está de greve: o remédio é um só: privatiza tudo. É só privatizar que acaba com a palhaçada. Quem não gosta de trabalhar pode ficar em casa, e deixa quem quer competir, quem quer de fato trabalhar, trabalhar e gerar riqueza. Não é, não, pessoal?

Tem uns que não viraram de costas. O que aconteceu? Vocês cansaram? Pessoal, cadê a força da militância? Vamos levantar e ficar de costas. Pô, o pessoal está cansando, já? Não estou entendendo qual é que é.

Lembrei do senhor. O senhor, mesmo. O senhor postou um vídeo falando que eu estava falando. Estava falando com o senhor, mesmo. Foi com o senhor mesmo que eu falei aquele dia. Obrigado por dar mais exposição ao meu discurso, tá bom?

O que foi, Isa? Você quer usar o microfone, você quer presidir a sessão, o que mais você quer? Vamos aprender as regras. Tem um Regimento Interno, você pode ler. Para você presidir a sessão, você precisa de voto para ser presidente. Para você falar, você pode encaminhar pelo seu partido e vir aqui falar contra o que eu falei. Você consegue. Beleza? O seu curso de teatro não está funcionando bem. Cara, não está impactando ninguém isso daqui.

Fazer o seguinte: nós vamos, realmente, acabar com privilégio. Nós vamos passar essa reforma, aproveitar que hoje a Casa está cheia de deputado. Espero que todo mundo não se acovarde. Inclusive, tem muitos deputados que se dizem de direita, a favor de austeridade, e eu sei que vão votar contra a reforma.

Mas, não tem problema. Na hora do vamos ver a gente vê quem é quem.

Então, pessoal, muito obrigado pela atenção de vocês. Hoje, vocês me ouviram até o fim. Fiquei muito feliz, fiquei muito surpreso. Estou realmente orgulhoso de vocês.

Não entendi, Bebel. Mas, eu não sou novidade faz tempo, Bebel. Fica à vontade. Professora Bebel, eu tenho um milhão de vídeos na internet, vocês podem ver muito bem o que eu defendo.

Inclusive, é muito engraçado o pessoal falando: “Quem votar não volta”. Eu estava até brincando com a Valeria. A Valeria, com sobrenome Bolsonaro, deve estar muito preocupada com a galera do PT falando que você não vai voltar.

Realmente, o seu eleitor, realmente, está lá com a faixinha “Lula livre”. Ainda bem que, enfim.

Pessoal, obrigado, mesmo, pela atenção. A reforma vai passar e a gente vai acabar com privilégio.

Muito obrigado.

 

O SR. ROQUE BARBIERE - PTB – Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Pela ordem, deputado Roque Barbiere.

 

O SR. ROQUE BARBIERE - PTB – Para encaminhar em nome do PTB.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Tem a palavra V. Exa. para encaminhar em nome da liderança do PTB.

 

O SR. ROQUE BARBIERE - PTB – SEM REVISÃO DO ORADOR – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, vocês, que aí estão na plateia, eu venho, primeiro...

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Só um minutinho, deputado Roque. Só um minutinho.

Agora, sim. Preservado o tempo de V. Exa., passo a palavra para encaminhar em nome da liderança do PTB.

 

O SR. ROQUE BARBIERE - PTB – Eu venho, primeiro, contrariando o meu líder, líder do partido, deputado Campos Machado, que é independente e geralmente tem sido contra os projetos do Governo, dizer que eu sou a favor da reforma.

Ela pode não ser uma obra perfeita, mas é uma injeção que tem que ser dada. Não sei ao certo a dosagem, não sei se a dosagem que nós vamos dar é a correta. Mas, eu não dando essa injeção hoje, daqui a dez anos as pessoas não receberão mais, ou será parcelada a aposentadoria, como já é em outros estados.

Tem estado que não pagou nem o décimo terceiro.

E, queria falar com o Arthur. O famoso Arthur, que chama todo mundo para brigar. O Campos Machado está doente, está sem voz, não está presente. Então, Arthur, se entre você e o Campos Machado tem um vagabundo, o vagabundo é você.

Se entre você e o Campos Machado tem um covarde, o covarde é você, porque ele não está aqui para se defender. Eu acho que quando você quer agredir uma pessoa, você tem que pelo menos agredir na presença dela, e não por trás dela, ou longe dela, ou distante dela.

Você tem o seu YouTube, você fatura, tem um bilhão de seguidores, que devem ser todos retardados, os que te seguem. Nenhum que tenha sanidade mental correta. Você fatura no seu YouTube, tudo bem que você fature, você montou, me falaram, uma certa empresa aqui dentro da Assembleia para faturar - uma firminha que você tem aqui para dar aula - aqui dentro da Assembleia.

Outro dia você deslocou uma Ferrari, mostraram para mim. “Olha eu de Ferrari aqui, gente”. Você se acha, mas põe na cabeça uma coisa, você não é o cara não, você é um [Expressão suprimida.]. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Roque Barbiere...

Eu queria pedir para que se retire das notas taquigráficas a expressão de baixo calão utilizada por V. Exa., acho que esse não é o caminho.

Estão suspensos os nossos trabalhos por dois minutos.

 

* * *

 

- Suspensa às 21 horas e 10 minutos, a sessão é reaberta às 21 horas e 11 minutos, sob a Presidência do Sr. Cauê Macris.

 

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O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Reaberta a sessão, eu gostaria de pedir que se retire das notas taquigráficas a expressão de baixo calão utilizada pelo deputado Roque Barbiere, mas, mais do que isso, temos todos que nos respeitar. Não é desse jeito que vamos conseguir fazer a melhora por conta da população, que é o que espera por parte de todos nós.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Presidente, então o senhor peça para ele respeitar os deputados e as pessoas.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputada Márcia Lia, perfeito.

 

O SR. ESTEVAM GALVÃO - DEM - Faço um apelo ao próprio deputado Roque Barbiere para que ele peça para retirar...

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Eu já pedi a retirada, deputado Estevam.

 

O SR. ESTEVAM GALVÃO - DEM - Mas seria conveniente que o próprio deputado pedisse.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Eu já fiz o pedido de retirada das expressões das notas taquigráficas.

Lembrando, gente, que não adianta ficar com questões de ordem, nós estamos no meio do processo de votação. Ou os deputados vão fazer o encaminhamento ou nós vamos à votação. Peço aos deputados que, por favor, não há necessidade de a gente continuar com esse processo de questões de ordem, muito menos questões de ordem que não são questões de ordem.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Questão de Ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É sobre o processo de votação?

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - É sobre o processo de votação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Se é sobre o processo de votação, dou a palavra a Vossa Excelência.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - É que eu estava aqui preocupado um pouco, presidente, que eu estava vendo ali que alguns deputados queriam chegar ao microfone de apartes e vi que uma deputada estava tapando a frente do microfone e queria saber se isso é lícito, se é legal, se tem como resolver esse problema.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Não, não é. Os deputados têm que ter o direito de utilizar o microfone desde que seja necessário.

Deputada Carla Morando.

 

A SRA. CARLA MORANDO - PSDB - Gostaria de encaminhar pela bancada do PSDB.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É regimental o pedido de V. Exa., tem a palavra para encaminhar em nome da liderança do PSDB.

Enquanto a deputada Carla Morando vai à tribuna, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma segunda sessão extraordinária, a realizar-se hoje, dez minutos após o término da primeira sessão, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

 

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- NR - A Ordem do Dia para a 10ª sessão extraordinária foi publicada no D.O. de 19/02/2020.

 

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A SRA. CARLA MORANDO - PSDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa noite a todos, boa noite, deputados e deputadas aqui presentes e pessoal das galerias e da liderança, também as pessoas que estão aqui acompanhando essa votação tão importante para o nosso Estado.

Sabemos que não é algo fácil, principalmente para o funcionalismo, mas, hoje, se faz muito necessário e eu sou a favor, sim, porque, da maneira como as coisas estão, hoje, não está certo e não está correto.

Não dá para a gente continuar empurrando com a barriga um problema que já vem de longe. A gente sabe que a culpa não é do funcionário público, muito menos aqui dos deputados. Estamos, aqui, tentando fazer o nosso trabalho, que é muito necessário e a gente precisa, infelizmente, fazer.

É uma coisa que, hoje, nós precisamos fazer. Não adianta nós, aqui, ficarmos escondendo e empurrando com a barriga uma coisa que está aí, batendo na porta.

Como o próprio Roquinho acabou de dizer, estados que não conseguem pagar o 13º, estados que parcelam o salário dos funcionários, e isso é muito ruim para todos, e é isso que nós estamos aqui hoje tentando mudar, fazer com que o estado consiga fazer novos investimentos para atender toda a população, melhore a distribuição dessa renda, porque hoje, infelizmente, ela está inteira amarrada com a questão da Previdência, e isso, volto a frisar, não é uma culpa dos funcionários.

Isso não é uma culpa do funcionário, e sim da questão do sistema, como foi criado, mas chegou a hora. O governo federal já fez a sua parte, e agora cabe aos estados fazer cada um a sua, e nós estamos aqui certos de que é importante, e é o melhor a ser feito para todos os 24 milhões de paulistas que estão aqui.

Não é justo a Previdência ficar amarrada a um milhão e duzentos mil funcionários, e o restante da população não ter investimento, e lembrando que esse investimento vai atingir a todos vocês também, porque todos vocês vão estar utilizando.

Então, é muito importante que a gente faça essa reforma. Ela precisa ser feita o quanto antes. O estado já perdeu agora dois meses do que ele poderia já estar cumprindo, a noventena que tem que ser feita, e isso foi graças a essa liminar que foi dada, e acabou demorando para cair, mas, graças a Deus, o Judiciário acordou e falou: “Não, está certo, não tem nenhuma parte errada, não foi feito absolutamente nada errado na Assembleia, e ela pode continuar”.

Então, eu acho que eu estou aqui muito tranquila, porque eu sei que eu vou estar ajudando o nosso estado nessa recuperação. O estado vai conseguir economizar 900 milhões no ano, e esse... (Manifestação nas galerias.)

Presidente, poderia pedir silêncio? Presidente, eu não consigo falar.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Eu gostaria de pedir a todos os membros, a todas as pessoas que estão nos assistindo aqui no plenário, que respeitem a oradora na tribuna. Mais uma vez. É a quarta vez que eu faço esse pedido. É importante nós termos, inclusive na Casa do Povo, educação, para que possa respeitar a palavra de um deputado estadual.

 

A SRA. CARLA MORANDO - PSDB - Continuando, eu entendo que cada um aqui preza o seu partido, a sua ideologia. Eu não tenho nada contra nenhum, mas é uma coisa necessária, e que é amargo para o momento, mas é muito importante que a gente faça.

É importante que o funcionário entenda também que é preciso, por mais que isso doa agora. É uma coisa necessária, porque senão, depois, quem vai ficar sem esse salário é o próprio funcionário, e isso é o que a gente acha que é o pior, o funcionário trabalhar durante todo mês, chegar no fim do mês, o governo não ter dinheiro para pagar, que é o que acontece em muitos estados.

Então hoje a gente está aqui para fazer a votação da PEC. Eu tenho certeza que ela será aprovada. Ela precisa ter a consciência de todos os deputados, que entendam a gravidade que o nosso estado atravessa, e, se isso não for feito agora, isso só vai piorar, e a bola de neve nunca vai acabar, e vai chegar o momento em que vocês terão salários parcelados e não receberão mais décimo terceiro.

 Então, eu acho que a questão da reforma da Previdência vai dar um fôlego ao estado, para poder fazer mais investimentos. Vai ter uma distribuição desse dinheiro que entra, dessa arrecadação que entra no estado, para poder fazer esses investimentos, que vão atingir a todos os paulistas do estado de São Paulo, e isso é muito importante.

Então, independentemente de ser uma coisa que vocês gostem ou não, é preciso ser feito, e nós estamos aqui, a grande maioria cientes de que isso tem que ser feito, e hoje. Era só isso, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Sras. Deputadas e Srs. Deputados, neste momento vamos proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico. A partir deste momento, estamos fazendo soar o sinal intermitente por quatro minutos, para que as Sras. Deputadas e Srs. Deputados que não se encontram em plenário tomem conhecimento da votação que se realizará.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para colocar o PSL em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PSL está em obstrução.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Quero colocar a bancada do PSOL em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PSOL está em obstrução. 

 

O SR. MARCIO DA FARMÁCIA - PODE - Colocar o Podemos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O Podemos está em obstrução. 

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Colocar a bancada do PSB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PSB está em obstrução. 

 

A SRA. ADRIANA BORGO - PROS - Para colocar o PROS em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PROS está em obstrução. 

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - Botar o PCdoB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PCdoB está em obstrução. 

 

O SR. ROQUE BARBIERE - PTB - Colocar o PTB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PTB está em obstrução. 

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Para botar o PT em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PT está em obstrução. 

 

O SR. ALEX DE MADUREIRA - PSD - Colocar o PSD em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PSD está em obstrução. Com a anuência da líder Marta Costa.

 

O SR. MARCIO NAKASHIMA - PDT - O PDT em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PDT está em obstrução. 

 

O SR. SEBASTIÃO SANTOS - REPUBLICANOS - Para colocar o PSD em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O Republicanos está em obstrução. 

 

O SR. SARGENTO NERI - AVANTE - Colocar o Avante em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O Avante está em obstrução. 

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT – Agora vamos votar o item 3?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Não, não. Item 1.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Item 1?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Isso. O item 1 é a Proposta de Emenda à Constituição nº 18, de 2019.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Agora são necessários 57 votos?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Para a aprovação de uma Proposta de emenda constitucional são 57 votos, sim.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT – Cinquenta e sete votos a favor?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Sim, exatamente; 57 votos “sim”.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT – Então, vamos pedir para o pessoal não deixar dar os 57 votos a favor. Para votar “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Cinquenta e sete votos “sim” para aprovar uma Proposta de Emenda Constitucional.

Transcorridos os quatro minutos, neste momento vamos abrir os terminais eletrônicos para que os deputados votem “sim”, “não”, ou registrem abstenções nos seus terminais.

Peço gentilmente para que os deputados possam realizar o processo de votação nos terminais eletrônicos para que o processo possa ser mais ágil.

 

* * *

 

- É iniciada a verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Neste momento, como não temos mais votos nos terminais eletrônicos, vou abrir os microfones de apartes para que os deputados possam registrar os seus votos.

 

O SR. ROBERTO ENGLER - PSB - Para votar “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

 

O SR. ROQUE BARBIERE - PTB - Para votar “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Registro o voto “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

 

O SR. ESTEVAM GALVÃO - DEM - Para votar “sim”, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Para votar “não” e orientar o pessoal a votar “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

 

O SR. MAURO BRAGATO - PSDB - Sr. Presidente, voto “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.

 

A SRA. ISA PENNA - PSOL - Para registrar o voto “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “não” da deputada Isa Penna.

 

O SR. ED THOMAS - PSB - Sr. Presidente, para votar “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “não” do deputado Ed Thomas.

 

O SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - Para votar “sim”, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Para votar “não”, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “não” da deputada Professora Bebel.

 

 O SR. MAJOR MECCA - PSL - Voto “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “não” do deputado Major Mecca.

 

O SR. JOSÉ AMÉRICO LULA - PT - José Américo vota “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O deputado José Américo registra o voto “não”.

 

A SRA. MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Para votar “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “sim” da nobre deputada Maria Lúcia Amary.

 

O SR. ENIO LULA TATTO - PT - Sr. Presidente, para votar “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “não” do nobre deputado Enio Tatto.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Sr. Presidente, para votar “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “não” do nobre deputado Caio França.

 

O SR. EDMIR CHEDID - DEM - Para votar e votar “sim”, Excelência.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “sim” do deputado Edmir Chedid.

 

O SR. CONTE LOPES - PP - Para votar “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “não” do deputado Conte Lopes.

 

O SR. DANIEL SOARES - DEM - “Sim.”

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “sim” do deputado Daniel Soares.

 

O SR. APRIGIO - PODE - Para votar “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “não” do nobre deputado Aprigio.

 

O SR. THIAGO AURICCHIO - PL - Para votar “sim”, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “sim” do nobre deputado Thiago Auricchio.

 

A SRA. BETH LULA SAHÃO - PT - Para votar “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “não” da nobre deputada Beth Sahão.

 

O SR. BRUNO GANEM - PODE - Para votar “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “não” do nobre deputado Bruno Ganem.

 

O SR. LUIZ FERNANDO LULA DA SILVA - PT - Para votar “não”, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “não” do nobre deputado Luiz Fernando.

 

O SR. BARROS MUNHOZ - PSB - Para votar “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “sim” do nobre deputado Barros Munhoz.

 

A SRA. ERICA MALUNGUINHO - PSOL - Sr. Presidente, para votar “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “não” da nobre deputada Erica Malunguinho.

 

O SR. DR. JORGE LULA DO CARMO - PT - Para votar “não”, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “não” do nobre deputado Dr. Jorge do Carmo.

 

A SRA. CARLA MORANDO - PSDB - Para votar “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “sim” da nobre deputada Carla Morando.

 

O SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - Voto “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “não” do nobre deputado Emidio.

 

A SRA. DRA. DAMARIS MOURA - PSDB - Para votar “sim”, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “sim” da deputada Damaris.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Para votar “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “não” do nobre deputado Carlos Giannazi.

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - “Não.”

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “não” da deputada Leci Brandão.

 

O SR. ALEX DE MADUREIRA - PSD - Para votar “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “sim” do nobre deputado Alex de Madureira.

 

O SR. RAFAEL SILVA - PSB - Para votar “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “não” do deputado Rafael Silva.

 

A SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - Para consignar meu voto como “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “sim” da deputada Analice Fernandes.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Para votar “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “não” da deputada Márcia Lia.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Para votar “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “não” do nobre deputado Coronel Telhada.

 

A SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL - Para votar “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

 

O SR. SARGENTO NERI - AVANTE - Para votar “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “sim” do nobre deputado Sargento Neri.

 

O SR. DELEGADO BRUNO LIMA - PSL - Sr. Presidente, para deixar consignado o meu voto “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Eu registro o meu voto como “sim”. O presidente vota “sim”.

 

A SRA. ADRIANA BORGO - PROS - Voto “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

Pergunto se mais algum Sr. Deputado ou Sra. Deputada gostaria de registrar o seu voto.

 

O SR. MARCIO NAKASHIMA - PDT - Para consignar meu voto como “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

Pergunto se mais algum Sr. Deputado ou Sra. Deputada gostaria de registrar o seu voto. Neste momento, passamos à alteração de votos. Pergunto se algum Sr. Deputado ou Sra. Deputada gostaria de alterar o seu voto. Não havendo alteração de votos, está encerrado o processo de votação.

Participaram do processo de votação 88 Sras. Deputadas e Srs. deputados, 57 votos “sim”, 31 “não”, quórum que aprova o Projeto de Emenda à Constituição nº 18, de 2019, salvo substitutivos, emendas e partes destacadas, item 1. Prejudicado o item 2.

Esgotado o objeto e o tempo da presente sessão, lembrando V. Exas. que em 10 minutos...

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Sr. Presidente, só para fazer declaração de voto ao substitutivo da Professora Bebel.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Perfeito, está registrado. Não cabe comunicação. Em 10 minutos voltamos à sessão e eu passo a palavra a Vossa Excelência, está certo?

Esgotado o objeto da presente sessão, está encerrada a sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 21 horas e 34 minutos.

           

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