28 DE FEVEREIRO DE 2020
16ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CORONEL TELHADA e MARCIO DA FARMÁCIA
Secretaria: MARCIO DA FARMÁCIA
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - MARCIO DA FARMÁCIA
Lamenta o falecimento do ex-deputado estadual e ex-prefeito
de Diadema, Gilson Menezes, ocorrido em 23/02. Discorre acerca da vida e da
carreira do político.
3 - CARLOS GIANNAZI
Tece comentários sobre a votação da reforma da Previdência
estadual que deve acontecer no dia 03/03. Critica o Governo do Estado. Apela
aos pares que não prejudiquem o funcionalismo público. Menciona mobilização que
deve ocorrer, nesta Casa, contra a citada votação.
4 - MARCIO DA FARMÁCIA
Assume a Presidência.
5 - CORONEL TELHADA
Parabeniza municípios que aniversariam hoje. Lembra término
da Guerra do Golfo, ocorrido há 29 anos, nesta data. Agradece a visita do Sr.
Luiz Maurício, prefeito de Peruíbe, nesta Casa, ontem. Anuncia que em 30/03
deve participar de uma palestra sobre carreiras militares, no município citado.
Exibe fotos e comenta sua participação em evento no Conseg da Freguesia do Ó.
Elogia a instituição. Relata ocorrência em que policias militares realizaram
parto dentro de viatura. Enaltece os profissionais que participaram da ação.
Elenca projetos de sua autoria que foram apresentados no mês de fevereiro.
Solicita o apoio de seus pares.
6 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência.
7 - MAJOR MECCA
Elogia a Polícia Militar do Estado de São Paulo. Divulga
matéria publicada no jornal "Folha de S.Paulo" a respeito da não
ocorrência de roubos a bancos, no mês de janeiro. Lamenta os baixos salários da
corporação. Lista os vencimentos de profissionais da categoria. Exibe vídeo de
discurso de campanha do governador João Doria, acerca da valorização salarial
de servidores da Segurança Pública. Cobra o cumprimento das promessas.
8 - JANAINA PASCHOAL
Lê e comenta o Art. 3º da proposta da reforma da Previdência
estadual que discorre acerca da aposentadoria do servidor. Reflete sobre a
convicção do voto favorável ou contrário à matéria. Afirma não acreditar em
voto via pressão.
9 - CARLOS GIANNAZI
Rebate a reforma da Previdência estadual. Cita vários itens
da proposta que, a seu ver, devem prejudicar o funcionalismo público. Convoca
os servidores para manifestação no dia 03/03, nesta Casa.
10 - JANAINA PASCHOAL
Discorre acerca de crise entre parlamentares federais e o
presidente Jair Bolsonaro. Argumenta posição contrária a manifestações contra o
Congresso Nacional, que devem ser realizadas no dia 15/03.
11 - CARLOS GIANNAZI
Comenta participação em audiência pública, realizada ontem,
que discutira a concessão das linhas 8 e 9 da CPTM. Lamenta a demissão de trabalhadores
da CPTM. Comunica que no próximo dia 16/03 deve haver audiência pública, nesta
Casa, para debater o tema. Critica o Governo do Estado por política de
privatização.
12 - CARLOS GIANNAZI
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
13 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária de 02/03, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.
*
* *
- Assume a Presidência e
abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o
número regimental de assinaturas de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a
proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a
leitura da Ata da sessão anterior e convida o nobre deputado Marcio da Farmácia
para ler a resenha do Expediente.
O
SR. MARCIO DA FARMÁCIA – PODE - Temos uma indicação
do deputado Douglas Garcia. Indica, nos termos do Art. 159 e seguintes, do
Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, ao
Excelentíssimo Sr. Governador do Estado de São Paulo, a adesão ao programa
Tempo de Aprender, do Ministério da Educação. Indicado pelo deputado Douglas
Garcia.
Está lida a resenha, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito
obrigado, Sr. Deputado. Vamos, portanto, aos oradores inscritos no Pequeno
Expediente.
Primeiro deputado, deputada Janaina
Paschoal. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Castello Branco.
(Pausa.) Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.)
Deputada Adriana Borgo. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Deputado
Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado Daniel José. (Pausa.) Deputada Carla
Morando. Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Coronel
Telhada. Farei uso posteriormente da palavra. Deputado Adalberto Freitas
(Pausa.) Deputada Damaris Moura. (Pausa.) Deputado Douglas Garcia. (Pausa.)
Deputada Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Deputado Alex de Madureira. (Pausa.)
Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado Emidio Lula de Souza.
Pela lista suplementar. Deputado Enio
Lula Tatto. (Pausa.) Deputado Marcio da Farmácia. Vossa Excelência tem o tempo
regimental.
O
SR. MARCIO DA FARMÁCIA – PODE -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, deputado Coronel Telhada. Venho hoje na
tribuna, cumprimentar a todos que estão presentes hoje aqui. E falar de um
acontecimento que teve no dia 23/2, domingo, que foi o falecimento do
ex-prefeito Gilson Menezes. Um grande amigo, um grande parceiro, um grande
homem e colaborador da cidade de Diadema. Venho aqui discorrer algumas
palavras, em nome dele, como homenagem.
Gilson Luiz Correia
de Menezes nasceu em Miguel Calmon, no estado da Bahia, dia 6 de julho de 1949.
Em busca de uma oportunidade de vida melhor, migrou para a cidade de Diadema,
ainda criança, com seus pais e seus quatro irmãos.
Na
adolescência, começou a trabalhar como operário de ferramenteiro nas fábricas
do ABC, na Petri, que passou, logo mais, em 1973, para a Scania, passando
também pela Mercedes-Benz.
Nesse período,
ele já começou a discorrer e falar sobre movimentos políticos na região. E, em
1980, ele ajudou a fundar o PT na região do ABC. Em 1982, ele foi candidato a
prefeito pelo PT na cidade de Diadema, e ganhou as eleições, onde fez um
trabalho formidável até o ano de 88.
Ele foi eleito
com 23.310 mil votos na época. Em 1997, ele foi reeleito prefeito de novo, o
que levou o mandato dele até o ano de 2000. Foi um excelente mandato também. E,
também passou por esta terra, na Casa da Assembleia Legislativa, ele foi
deputado duas vezes.
Foi eleito em
1990 e reeleito em 1994 deputado estadual aqui na Alesp. Ele, nos feitos da
prefeitura de Diadema, realizou um excelente mandato. No primeiro mandato, uma
das coisas que ficaram gravadas na cidade de Diadema, pelo que agradecemos ao
ex-prefeito Gilson Menezes, agora falecido, foi o pronto socorro de Diadema.
Foi a primeira
unidade de saúde que aconteceu na cidade de Diadema. Ela foi montada pelo
Gilson Menezes.
E também
tivemos uma grande vitória na Segurança Pública, na região de Diadema. O
ex-prefeito Gilson Menezes realizou um feito muito grande, que foi justamente a
criação da GCM, Guarda Civil Municipal da nossa cidade, onde hoje ela exerce um
trabalho com excelência no nosso município e vem desde as histórias quando foi
formada pelo Gilson Menezes.
Pois bem, hoje
eu venho para falar em nome do Sr. Gilson Menezes, para acalentar tanto a
família, os amigos, os colaboradores, as pessoas que acreditaram no mandato do
ex-prefeito Gilson Menezes, e dizer o grande homem que ele foi.
Ele foi um
amigo de muitos na cidade. Foi um trabalhador que pensou sempre no mais
carente, no mais pobre, do nosso município. E conseguiu realizar muitas coisas.
Uma palavra que
ele sempre deixava e ficava em todos os discursos dele era justamente que ele
fez, acreditou no que sempre fez, e fez o que sempre acreditou. É uma palavra
que ele sempre carregava com ele, e isso é muito bacana, porque realmente nós,
da cidade de Diadema, que sou morador da cidade, tenho só a agradecer aos
amigos, à família do Gilson Menezes, a esse grande homem, que ele pôde passar
por esses momentos de vida aqui em São Paulo, justamente na cidade de Diadema.
E, agradecer,
como munícipe que fui, e votei no Gilson Menezes na época em que ele foi
prefeito. Como homem e amigo que fui de Gilson Menezes, e a gratidão por ele
ter tido na nossa cidade um caminho de vitória e de sucesso, que eu só tenho a
agradecer.
Deixo aqui um
grande abraço à família, e que Deus abençoe e que acalante os corações da
família, e que sucesso na vida de todos. Mas, fica aqui um legado, fica aqui o
nome de Gilson Menezes, um grande homem.
Eu, com todo o
respeito, deixo o meu abraço e o meu agrado a toda a família, do deputado
Marcio da Farmácia.
Um grande
abraço a todos. Muito obrigado, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP – Obrigado, Sr.
Deputado.
Próximo deputado é o deputado Carlos
Giannazi. Vossa Excelência tem o tempo regimental.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL
– SEM REVISÃO DO ORADOR – Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
público presente, telespectador da TV Assembleia, na próxima terça-feira haverá
o debate. Não o debate, mas a aprovação da farsa da reforma da Previdência aqui
na Assembleia Legislativa porque, em tese, já foi esgotado o tempo de debate.
Então, só cabe
agora na votação que vai acontecer às 19 horas encaminhamentos das lideranças partidárias.
Cada liderança terá o direito de encaminhar por um tempo de dez minutos e,
depois, a proposta será votada.
Eu
tenho falado muito sobre esse tema e, sobretudo, denunciado que é uma farsa de
reforma, não é? Porque já apresentei dados aqui das dívidas, da dívida pública,
da dívida ativa do estado de São Paulo, da política de desoneração, da dívida
passiva também, que nós queremos debater, que é a dívida do estado com a São
Paulo Previdência, que nós tínhamos debatido em 2007, na reforma da
Previdência, ainda do Serra, quando a própria Secretaria da Fazenda reconhecia
uma dívida de quase 100 bilhões de reais que o estado teria que devolver para o
fundo previdenciário dos servidores do Estado.
E
essa dívida nunca foi debatida. Nós, na época, fizemos uma proposta de implantar
uma CPI do Ipesp, que foi transformado na São Paulo Previdência. E o governo,
na época, logicamente, obstruiu a nossa investigação.
O
fato é que essa dívida não foi paga e nós queremos debatê-la. Ou seja, o estado
não é deficitário, ele está com as contas em dia. Está com as contas tão em dia
que transfere para setores econômicos e empresariais aproximadamente 20 bilhões
de reais.
Na
verdade, essa reforma da Previdência tem um outro objetivo, que é a
transferência do dinheiro público, do fundo previdenciário, para o pagamento de
juros da dívida pública, que vai alimentar ainda mais os altíssimos lucros dos
rentistas, dos especuladores da dívida pública, dos bancos nacionais e
internacionais.
E,
além disso, também é uma reforma da Previdência que vai contemplar, beneficiar
as empresas de previdência privada. Vão ganhar muito dinheiro. Já estão
crescendo, porque já teve a reforma federal do Bolsonaro, agora temos essa no
estado de São Paulo, outros estados já fizeram também. Então, por isso, estamos
afirmando e denunciando que é uma farsa.
Agora,
eu queria fazer um apelo, aqui, aos deputados e deputadas que votaram a favor,
para que façam uma reflexão, para que estudem melhor o contexto da aprovação
dessa dívida. Nem quero entrar no mérito aqui da pressão que o governo vem
fazendo. Tivemos denúncias, aqui na tribuna, de deputados ligados à base do
governo ou, pelo menos, do campo da base do governo, que não são deputados da
oposição ou do espectro político da esquerda, denunciando a pressão.
Deputados
vieram à tribuna dizer que estavam sendo constrangidos, ameaçados e
pressionados a votar a favor da reforma. Falam em emendas parlamentares, falam
em benesses, falam em cargos, para que esses deputados cedam e votem contra
algo que eles não têm nem convicção. Muitos deputados aqui estão constrangidos,
envergonhados de votar a favor dessa farsa da reforma, principalmente
servidores que têm vínculos com o funcionalismo estadual. Estão se sentindo
traidores de uma categoria importante do estado de São Paulo.
São
mais de 800 mil servidores entre ativos, aposentados e pensionistas. Muito mais
do que isso. Não tenho os números exatos aqui, mas o maior funcionalismo do
Brasil está no estado de São Paulo, até porque é o maior estado da Federação.
Então,
eu percebo, nos corredores, o constrangimento de todos os deputados, dizendo:
“Eu sou contra essa reforma, mas vou votar porque o governo está me pressionando,
se não eu vou me queimar com o governo e preciso da ajuda do governo na minha
região, para as minhas coisas, para fazer política, então não posso ficar
contra essa reforma”.
Então,
o deputado acaba cedendo e votando contra os servidores em uma proposta na qual
ele nem acredita. Isso é muito grave,
Sr. Presidente.
Então,
faço aqui um novo apelo para que cada deputado, cada deputada faça uma análise
de consciência e, sobretudo, que faça uma análise dos dados que nós estamos
colocando aqui, das dívidas, dos números e, sobretudo, da perversidade que é
essa reforma, que é a reforma do mercado financeiro.
É disso que se trata: dos
banqueiros, dos rentistas e dos especuladores, que estão impondo uma
mentalidade, uma colonização mental do mercado financeiro em todo o Brasil, em
todas as instituições e a Assembleia Legislativa tem que reagir a isso.
E para finalizar, Sr.
Presidente, nós estaremos mobilizados. No dia 3, a Assembleia Legislativa
estará ocupada por milhares, milhares e milhares de servidores de vários
segmentos do funcionalismo: da Educação, da Segurança Pública, do Ministério
Público, do Tribunal de Justiça, de vários segmentos, para conversar com os
deputados, para convencer os deputados democraticamente a votarem contra a
nefasta farsa da reforma da Previdência.
Muito obrigado, Sr.
Presidente.
*
* *
- Assume a Presidência o
Sr. Marcio da Farmácia.
*
* *
O SR. PRESIDENTE - MARCIO
DA FARMÁCIA - PODE - Boa tarde. Continuando aqui a lista de
oradores da lista suplementar, convido a se dirigir à tribuna o deputado
Coronel Telhada.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP - Sr.
Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, assessores e funcionários aqui
presentes, ao público aqui presente, sejam bem-vindos, a todos que nos assistem
pela Rede Assembleia. Quero saudar aqui a nossa assessoria Policial Militar, na
figura da cabo Vânia e do cabo Cordeiro, que diariamente estão tomando conta
desta Casa e dos seus funcionários.
Hoje, dia 28 de
fevereiro, é o dia em que se comemora o aniversário de alguns municípios, de
algumas cidades. São eles: Sebastianópolis do Sul, Restinga, Salesópolis,
Paulínia e Silveiras. Silveiras, terra do meu amigo Luiz.
Um abraço a todos em
Silveiras; estivemos aí na campanha. Então, a todos esses amigos dos municípios
de Sebastianópolis do Sul, Restinga, Salesópolis, Restinga e Silveiras, um
grande abraço a todos os senhores e senhoras.
Hoje, também um pouquinho
de História Militar. Dia 28, em 1991 - portanto, há 29 anos - terminava a 1ª
Guerra do Golfo. Depois nós tivemos outros problemas lá na região do Iraque que
prosseguem até hoje. Em 1991, dia 28 de fevereiro - portanto, há 29 anos -
terminava a Guerra do Golfo.
Quero dizer a todos
também que ontem nós tivemos aqui a presença do meu amigo prefeito de Peruíbe,
o prefeito Luiz Maurício, que esteve em nosso gabinete assinando uma emenda
parlamentar para infraestrutura na cidade de Peruíbe.
Obrigado, prefeito, pela
presença. Parabéns pelo trabalho. Quero mandar um abraço a todos os amigos e
amigas de Peruíbe; ao meu amigo Cristian, que também trabalha forte na cidade.
Um abraço a todos.
E lembrando que no dia 30
de março nós estaremos lá em Peruíbe com uma palestra sobre o ingresso na
Polícia Militar. Eu, o Ligieri e mais o Christian estaremos fazendo uma
palestra sobre as carreiras militares.
Lembrando sempre da
importância das emendas orçamentárias, das emendas parlamentares, que muitas
pessoas criticam isso achando que esse valor fica com o deputado. Ao contrário,
esse valor é repassado do governo para o município, para a entidade que o
deputado destina.
Então simplesmente cabe
ao deputado destinar essa emenda. E essas emendas são muito bem-vindas por
causa da necessidade dos municípios, das entidades de saúde, das entidades que
necessitam desse apoio governamental.
Então, agradeço ao
governo também por essa emenda destinada de 100 mil reais ao município de
Peruíbe. Um grande abraço a todos.
Aproveitando, ontem
também estivemos na Freguesia do Ó, na reunião de Conseg. Mandar um abraço a
todos que estavam presentes, em especial ao presidente do Conseg Freguesia do
Ó, o Sr. Carlos.
* * *
-
É exibida a imagem.
* * *
Nós temos uma foto aí da
nossa presença ontem, onde pudemos falar com a população presente e nossa
surpresa foi que muitos estavam lá para agradecer o trabalho do Conseg,
agradecer o trabalho da Polícia Militar, da Polícia Civil, da Guarda Municipal;
enfim, pessoas que vão lá, fazem o pedido no Conseg e são atendidas.
Essa é a importância do
Conseg: atender a população. Muitas pessoas não sabem explorar essa ferramenta
que é de grande utilidade para a população. O Conseg foi criado nos idos de
1986 e até hoje tem atividade, mas não devidamente explorado pela população.
A população tem
que frequentar o Conseg. Tem que ir apoiar e ajudar, para que também sejam
ajudados nas suas necessidades. Portanto, um abraço para todos do Conseg
Freguesia do Ó: ao presidente Carlos; ao amigo Cipriano, um grande batalhador
do Conseg e a todos os senhores e senhoras que têm feito essa realidade.
Uma ocorrência
policial, que hoje está na rede da Polícia Militar, é mais uma ocorrência
feliz, onde a Polícia Militar, no seu dia a dia, nos seus trabalhos, acabou
realizando um parto de uma pessoa que estava necessitada de um socorro.
A senhora
Josiane se queixava de fortes dores e graças à ação rápida desses policiais
militares, acabou sendo feito o parto da Isadora. Foi feito o parto dentro da
viatura mesmo, com a ajuda dos policiais.
É uma pena que
não tenho o nome dos policiais aqui. Acho que é uma grande falha da Polícia
Militar não divulgar o nome desses policiais. A gente tenta entrar em contato
com o comando para conseguir os nomes. Mas é mais fácil conseguir o nome do
Papa do que conseguir o nome dos policiais. Fico muito triste que, nessas
ocorrências que são de destaque, e poderíamos estar elogiando os policiais, não
conseguimos o nome.
Se fosse alguma
coisa que alguém estivesse criticando, com certeza não teria só o nome. Teria o
RE, a foto do nascimento, de perfil, de frente e de trás. Quer dizer, a Polícia
Militar tem que entender que tem que divulgar as suas ocorrências de uma maneira
positiva. Inclusive, dando o nome dos policiais militares para que eles sejam
reconhecedores dessa homenagem. Porque trabalham corretamente e merecem o nosso
apoio.
Fechando o mês
de fevereiro, cabe rapidamente uma prestação de contas. Nesse mês de fevereiro,
apresentamos mais alguns projetos. O Projeto de lei nº 37, do dia 13 de
fevereiro, que proíbe o uso e consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos,
cachimbos, narguilés, ou de qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do
tabaco, em parques públicos do Estado. Que é uma grande desgraça, isso aqui.
O fumo é uma
desgraça, tal qual a bebida, na vida das pessoas, e as pessoas não se apercebem
disso. Se o cara quer fumar, quer se matar de fumar, é problema dele. Mas o
vizinho não precisa fumar junto. Então, que vá fumar bem longe de onde
estivermos.
Também temos o
Projeto de lei nº 43, do dia 18 de fevereiro, instituindo o Dia estadual de
Combate e Conscientização do Câncer de Cabeça e Pescoço, incluindo no
calendário oficial do Estado. E o Projeto
de lei nº 43, do dia 18 de fevereiro também, instituindo o Dia Estadual de
Conscientização e Orientação sobre o Câncer de Estômago, incluindo no
calendário oficial do Estado.
Esses dois
últimos projetos são importantes porque incluem no calendário do estado de São
Paulo dias de conscientização e combate ao câncer, especificamente de cabeça,
pescoço e estômago, onde serão realizados simpósios, onde serão realizados
eventos, para que sejam estimuladas e orientadas, as pessoas, como que devem
tratar, como devem evitar e, se tiverem a doença, como se deve tratar. É de
suma importância para a saúde da população.
Então peço aos
pares, e também aos amigos, apoio para que esses projetos sejam analisados. E
que venham a plenário para que sejam votados. De preferência, para que sejam
aprovados. Não só neste plenário, mas sancionados pelo Sr. Governador também.
Muito obrigado
a todos.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - MARCIO DA FARMÁCIA – PODE - Convido ao
deputado Coronel Telhada subir à Presidência.
*
* *
- Assume a Presidência o
Sr. Coronel Telhada.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Agradeço ao
deputado Marcio. O próximo orador inscrito é o Major Mecca. Vossa Excelência
tem o tempo regimental.
O
SR. MAJOR MECCA - PSL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Uma boa tarde a todos. Falar sobre respeito: o
sentimento que leva alguém a tratar as outras pessoas com grande atenção e
consideração. Será que os policiais do Estado de São Paulo merecem essa grande
atenção?
Esses homens e
mulheres, que diariamente dão constantes provas de trabalho e de espírito
vocacionado em servir o povo de São Paulo. Vou dar uma das provas mais recentes
desse trabalho e desse espírito vocacionado dos policiais em São Paulo.
Está aqui uma
matéria da “Folha de S.Paulo”, do dia 24 de fevereiro, que diz o seguinte: “O
estado de São Paulo zera roubo a bancos pela primeira vez em série histórica”.
Isso aconteceu
no mês de janeiro, o mês passado. Está aqui. Uma das mais recentes provas de
trabalho de espírito vocacionado para servir o povo de São Paulo. Dia primeiro
de março, domingo, é a nossa data-base. E eu não posso deixar de reforçar aqui
neste plenário, de reforçar para todos, todo o povo do estado de São Paulo,
como representante desses policiais ativos veteranos e pensionistas, a imensa
insatisfação de todos os policiais militares, civis, técnicos-científicos,
policiais penais, em relação aos percebimentos em folha de pagamento.
E trago
novamente aqui ao conhecimento de todos, mostrando a verdade do nosso Estado. Vamos
lá. Soldado da Polícia Militar, todos holerites do mês de fevereiro, soldado da
Polícia Militar, líquido a receber, 3.116 reais.
Sargento da
Polícia Militar veterano, líquido a receber, 3.500 reais. Investigador da
Polícia Civil, líquido a receber, 3.300 reais. Policial penal, líquido a
receber, 3.099 reais. Fotógrafo técnico-pericial, a Polícia Técnico-Científica,
3.800 reais.
Governador, nós
estamos aguardando medidas práticas, que nos levem a acreditar no seu
compromisso de governo, que, neste momento, eu mostro aqui o compromisso feito
dentro do quartel do Comando-Geral, numa reunião com todos os coronéis da
Polícia Militar.
Nessa reunião,
esses coronéis representam todos os policiais ativos, veteranos ou
pensionistas. Ou seja, compromisso de governo feito diante de toda a Polícia
Militar do Estado de São Paulo. Por favor.
* * *
- É feita exibição de vídeo.
* * *
Governador, nós
respeitamos as leis. Nós respeitamos o povo de São Paulo. E, nós respeitamos os
valores do nosso Estado e da nossa Nação. Peço, encarecidamente, que nos
respeite. E aguardamos suas ações e medidas práticas.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP – Muito
obrigado, deputado.
Próxima deputada, deputada Janaina
Paschoal. Vossa Excelência tem o tempo regimental.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL
– SEM REVISÃO DO ORADOR – Obrigada, Sr. Presidente. cumprimento V. Exa., os
colegas no plenário, os funcionários da Casa, aqueles que nos acompanham à
distância, os que estão aqui também.
Hoje, recebo a
visita de munícipes de Catanduva. O João César, aqui, é ativista contra a
corrupção. Sou testemunha do apoio dele ao presidente Bolsonaro. Ele, como
muitos outros, hoje, vem sendo acusado como um falso apoiador, mas eu sou
testemunha do tanto que ele batalhou para a eleição do presidente. Então,
cumprimento a toda Catanduva, aqui, na pessoa do João César, que hoje nos
visita.
Eu
gostaria, para sanar aqui uma dúvida, que eu já não tenho mais como responder a
tantos e-mails, eu gostaria de dizer uma vez mais que a versão da PEC que foi
votada em primeiro turno contempla o direito adquirido. Eu tenho falado isso
quase todo santo dia e as pessoas seguem com essa dúvida, não é?
Então,
assim, aquela professora, aquele médico, a enfermeira, o policial que, hoje, já
tem todos os requisitos preenchidos para se aposentar, poderá se aposentar
tranquilamente se a reforma for aprovada e sancionada na sequência. Eu quero
ler o dispositivo, aliás, eu tenho distribuído o texto para quem pede no
gabinete e eu quero ler. Está no Art. 3º da PEC:
“A
concessão de aposentadoria ao servidor público estadual, vinculado a regime
próprio de previdência social e de pensão por morte aos respectivos dependentes
será assegurada a qualquer tempo, desde que tenham sido cumpridos os requisitos
para obtenção desses benefícios até a data da entrada em vigor desta emenda
constitucional, observados os critérios da legislação vigente na data em que
foram atendidos os requisitos para a concessão da aposentadoria ou da pensão
por morte”.
Então,
se hoje todos os requisitos, seja para pensão, seja para aposentadoria,
estiverem preenchidos, o funcionário, mesmo depois da reforma, poderá, logo
depois da vigência, um ano depois, dez anos depois, requerer a sua
aposentadoria, como poderia requerer hoje, com os mesmos direitos garantidos.
Tem
um parágrafo único nesse Art. 3º:
“Os
proventos de aposentadoria devidos ao servidor público a que se refere o caput
e as pensões por morte devidas aos seus dependentes serão calculados e
reajustados de acordo com a legislação em vigor à época em que foram atendidos
os requisitos nela estabelecidos para a concessão desses benefícios”.
Então,
até os reajustes estão constitucionalizados, tá? Eu estou insistindo nisso
porque são muitos os e-mails que eu tenho recebido. Telefonemas, whatsapps,
onde as pessoas não conseguem compreender que isso está garantido. Tem gente
pedindo aposentadoria de medo: “Quero garantir a minha aposentadoria”.
Essas
pessoas que já têm os requisitos preenchidos estão com os seus direitos
assegurados. A dificuldade reside, e isso é fato, naquelas pessoas que ainda
não preencheram os requisitos. E todo dia eu recebo alguém: “Olha, doutora, eu
vou preencher daqui a seis meses”, “daqui a um ano”. Por isso ainda há
discussão em torno do processo de transição, das normas de transição.
Ontem
mesmo, recebi pessoas pedindo para mudar a sistemática, para que a pessoa tenha
que trabalhar o dobro do que teria se já tivesse a aposentadoria garantida.
Então, assim, são vários pleitos, várias situações pontuais.
Outra
coisa que está acontecendo, Sr. Presidente, as pessoas enviam para o gabinete a
sua situação pessoal pedindo uma espécie de consulta. Eu peço desculpas, mas é
impossível eu responder cada situação concreta.
Estamos
fazendo esse debate da maneira mais clara, mais transparente possível, eu
respeito o posicionamento de todos os colegas, entendo, verdadeiramente, que
quem vota “sim”, vota por convicção, quem vota “não”, vota por convicção, e não
acredito que um deputado ceda a pressões, porque, se está votando por pressão
do governo, ou de quem quer que seja, não tem gabarito para ser deputado. Eu
penso dessa forma, entendeu?
O
colega vota “não”, vem aqui, defende suas razões, eu respeito. O colega vota
“sim”, vem aqui, defende suas razões. O colega está em dúvida, se abstém,
obstrui, todos são comportamentos dignos, previstos, honestos, lícitos. O que
não me parece adequado é votar de uma maneira e alegar que sofreu pressão.
Porque, se sofreu pressão, tem que vir aqui e falar claramente, sob pena até de
uma prevaricação.
É
isso, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE -
CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, deputado. O próximo
deputado é o deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem o tempo regimental.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr.
Presidente, de volta a esta tribuna eu gostaria de dizer - ainda no tema da
farsa da reforma da Previdência - que essa proposta do Doria tem várias
perversidades que foram apresentadas tanto na PEC 18, como também no PLC, no
Projeto de lei Complementar nº 80, de 2019. Ambos que representam essa reforma
prejudicam imensamente todo o funcionalismo público estadual.
Tem a questão - a
deputada Janaina falou - da regra de transição, deputada Janaina, que é grave,
porque no projeto não fica claro. Nós estamos preocupados porque uma
professora, por exemplo, que hoje pela regra atual se aposenta com 50 anos de
idade e com 25 anos de contribuição, se ela tem ainda um tempo de seis meses,
sete meses para se aposentar e a reforma for aprovada antes - na semana que vem
ou na outra, por exemplo - essa professora entra na nova regra e ela pode
trabalhar mais seis, sete anos, o que é um absurdo.
É uma injustiça perversa
contra essa professora que já está quase com os requisitos básicos, os
critérios atendidos de aposentadoria na regra atual. O projeto não deixa claro
como que fica. Pelo projeto, não tem regra de transição. Essa professora vai
trabalhar sete anos a mais - 57 anos - ou seja, é o fim da aposentadoria
especial do Magistério.
Acabou a aposentadoria do
Magistério. Isso vale também para o professor, que pela regra atual se aposenta
com 55 anos de idade e 30 anos de contribuição. E para o professor que falta um
mês para se aposentar e a reforma for aprovada antes desse período, o professor
vai trabalhar cinco anos a mais, deputado Telhada, por conta dessa reforma.
Então, é uma reforma que é pior do que a do Bolsonaro; e olhe que a do
Bolsonaro é perversa também.
Então o Doria conseguiu
criar uma reforma pior que a do Bolsonaro, pior que a que o Temer tentou
aprovar e não conseguiu graças à mobilização dos trabalhadores. E tem outras
perversidades: uma pessoa que se aposentou por invalidez pode ser
desaposentada.
O governo pode chamar
essa pessoa para fazer uma perícia médica e ela pode ser obrigada a voltar ao
trabalho. Isso é um crime. Uma pessoa que conseguiu um laudo para ter a
aposentadoria por invalidez passou por uma junta médica, por uma perícia
rigorosa. Nós sabemos o quanto é difícil um servidor conseguir uma licença no
Departamento de Perícias Médicas.
As licenças são negadas
em todos estados. Os nossos servidores estão trabalhando adoentados. Outro dia
eu mostrei aqui uma professora que estava andando no andador dentro de uma
escola porque teve a sua licença negada pelo Departamento de Perícias Médicas.
Ela desmaiou no corredor
indo para a sala de aula com andador. Então, o Departamento de Perícias Médicas
trata os servidores de uma forma desumana. Eu já denunciei aqui isso
exaustivamente, acionei o Ministério Público em relação a esse fato. Então,
desaposentar trabalhadores que tiveram já a garantia da sua aposentadoria por
invalidez...
Haverá redução da pensão.
Se um servidor morre, falece, a esposa dele vai receber uma pensão menor do que
ele recebia enquanto estava na ativa. Ela será prejudicada; a família desse
servidor será prejudicada por conta da reforma da Previdência. Vai ter confisco
salarial logicamente de 11% para 14 por cento.
Então haverá um confisco,
uma retirada dos salários dos servidores de três por cento, os servidores que
não tiveram reposição das perdas inflacionárias no estado de São Paulo. Aqui o
Doria fez uma maquiagem, deu uma disfarçada, fez um truque para dizer que agora
vai pagar o piso nacional salarial.
Ele deu um
abono para os professores, mas, na verdade, não incorporou nos salários. Isso
afronta a lei do piso nacional salarial. Existe uma lei federal que estabelece
o piso nacional salarial.
A lei é muito
clara. O valor do piso nacional salarial é de aproximadamente 2.886 reais.
Salário base. Não vale gratificação. Não vale bonificação. Tem que ser o
salário base. O Doria, o estado de São Paulo, não paga o piso nacional salarial
e nem a jornada do piso.
Há um aumento
da idade mínima: mulheres, 62 anos; homens, 65 anos. E outras perversidades. A
média da aposentadoria vai cair porque haverá uma mudança na composição do
valor da base de cálculo. Então, haverá uma redução do valor da aposentadoria
para todos.
E mais ainda,
Sr. Presidente. Para terminar a minha intervenção no dia de hoje, tem uma
questão gravíssima. Para ter acesso, de fato, à integralidade dos vencimentos,
o servidor público vai ter que trabalhar 40 anos. Ninguém consegue contribuir
com 40 anos. Ainda mais hoje, com essa precarização do trabalho, subemprego,
“uberização”, terceirização.
Poucas pessoas,
pouquíssimas pessoas terão como contribuir durante 40 anos com o seu instituto
previdenciário. Então, são essas e muitas outras perversidades que a gente tem
que combater. Por isso que a nossa posição é radicalmente contra a aprovação da
farsa da reforma da Previdência.
Então, dia 3
estaremos mobilizados no plenário, utilizando todas as formas regimentais para
obstruir essa votação. E aliados, logicamente, aqui, ao grande movimento dos
servidores públicos do estado de São Paulo: da Educação, do Judiciário, do
Ministério Público do Estado, do sistema prisional, da Polícia Civil e de
tantas outras secretarias e órgãos públicos do estado de São Paulo.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito
obrigado, Sr. Deputado. Próxima deputada é a deputada Janaina Paschoal. Vossa
Excelência tem o tempo regimental.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigada, Sr. Presidente. Na verdade, eu gostaria de
tratar de um tema que foge um pouco à esfera estadual. Mas me parece que seja
interesse de toda a população, de todo cidadão.
O meu
compromisso sempre foi com o País e com a verdade. Não gosto que as pessoas
sejam manipuladas. Muitas vezes eu luto para que as pessoas participem das
coisas com liberdade, com consciência. E até essas pessoas pelas quais eu luto
me agridem. Mas prefiro ser fiel às minhas convicções do que agir para ser
aclamada ou para ser aplaudida.
Está
acontecendo algo muito estranho. Algo muito estranho. Vou expor os fatos para
que cada um pense por si. Vários deputados federais estão convocando
manifestações, nas suas redes sociais. Muitos, inclusive, são meus amigos.
Estão
convocando manifestações para o dia 15 de março. Manifestações para apoiar o
presidente da República. Eu apoio o presidente Bolsonaro. Manifestações que têm
como pauta um suposto golpe do Congresso Nacional contra o presidente. O
argumento utilizado, o argumento central para essas convocações, é o de que o
Congresso Nacional quer amarrar o presidente com o orçamento impositivo
bilionário.
É verdade que
houve a aprovação do orçamento impositivo bilionário, que retira poderes do
presidente da República? É, é verdade. É verdade que o presidente da República
vetou esses trechos que o limitam sobremaneira? É verdade. É verdade que,
semana que vem, pelo que está no noticiário, terça-feira haverá uma votação
para deliberar sobre a derrubada ou manutenção do veto do presidente? É
verdade. É verdade que é melhor para o País manter o veto, né, respeitando as
impositivas do Congresso, mas, conferindo alguma liberdade para o chefe do
Executivo governar, é verdade.
Então, tudo
isso é verdade. O que tem de estranho, então, Janaina? O estranho é o seguinte:
os deputados que estão convocando esses atos, alegando que está acontecendo um
golpe, que estão tramando contra o presidente, eles, num primeiro momento,
votaram deliberadamente, nominalmente, sim, a esse Orçamento impositivo, que
amarra o presidente.
E, num segundo
momento, no que piora, ainda, a situação, permitiram a votação por presunção,
essa votação simbólica. Então, alguma coisa está errada. É mais ou menos o que
eu estou pondo aqui: eu sou a favor da reforma da Previdência, faço as minhas
objeções, V. Exa. é contrário. Eu respeito isso.
O que não dá
para engolir são parlamentares que têm poder, Sr. Presidente, parlamentar tem
poder de pedir verificação de votação, de obstruir; no limite, de fazer o que
eu já fiz aqui várias vezes, saí gritando. Como é que vai ser simulado, vai ser
presumido, e eu não vou me manifestar?
Aliás, nós
somos eleitos para isso. Então, o que não está descendo na minha garganta é que
os mesmos parlamentares que estão aí nas redes, entendeu, chamando o povo,
pedindo para fazer vaquinha, para armar bonecão na frente do Congresso, para
alugar caminhão, são os parlamentares eleitos que poderiam, no exercício digno,
legítimo, do seu mandato, terem votado contra este Orçamento impositivo absurdo
que foi aprovado.
E, eles votaram
a favor; e, numa segunda votação, ficaram ali vendo o presidente do Senado –
porque foi uma situação de Congresso Nacional, não de Câmara – ficaram ali
vendo o presidente do Senado fazer uma votação simbólica. E, não teve um que
levantou para dizer que declarava voto contrário, que fazia uma objeção.
Ontem, eu
passei a tarde aqui levantando o histórico das votações, o histórico da
tramitação, o histórico das discussões em plenário. Eu não encontrei o discurso
de um desses deputados que estão conclamando as ruas se dizendo heróis, defensores
do presidente.
Eu não
encontrei discurso de um falando contra esse Orçamento impositivo. Então, o que
está acontecendo? Eles não entenderam que eles foram eleitos para trabalhar
como parlamentares? Eles acham que eles ainda são ativistas? Ou eles estão
mentindo para a população?
Porque pode
acontecer, Sr. Presidente.
Vossa
Excelência me concede só mais um minutinho?
Pode acontecer
de uma pessoa ficar sozinha ali, gritando, pedindo para... Né? Mas, ela está
exercendo o seu papel, ela está tentando denunciar no curso do processo
legislativo.
Eles não
fizeram nada disso, e eu percebi que isso não foi porque ninguém me contou, foi
porque quando votaram essa infeliz dessa PEC, que transformou as emendas de
bancada em emendas impositivas na casa dos oito bilhões, antes ainda de ter
essa outra votação que dá direito ao relator do Orçamento também com imposição,
eu liguei para parlamentares em Brasília, falei: “Gente, vocês estão entendendo
o que vocês estão fazendo?
Vocês estão
colocando uma amarra no presidente. O presidente vai precisar pedir crédito
suplementar para tudo. Se ele fizer um gasto sem autorização do Congresso, ele
pode sofrer impeachment, por questão de Lei de Responsabilidade Fiscal.”
Eu liguei, e
eles me disseram que era uma decisão deliberada que eles queriam dar mais poder
para o Congresso. O filho do presidente orientou o voto “sim”, tem vídeos. E,
agora, está chamando o povo para a rua.
O povo é
palhaço? Nós somos palhaços? Alguém tem que explicar por que esses deputados
não cumpriram seu papel de parlamentar tentando, pelo menos, tentando – que a
gente tenta, nem sempre consegue – evitar essa amarra no presidente.
E agora estão
usando o discurso de golpe do Congresso para conclamar a população contra o
Congresso. Fica a pergunta, e eu gostaria de ter uma resposta.
Obrigada, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP – Obrigado,
Sra. Deputada.
Novamente, concedo a palavra ao
deputado Carlos Giannazi, pelo tempo regimental.
O SR. CARLOS GIANNAZI
- PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, ontem eu participei de uma audiência
pública sobre a privatização de duas linhas da CPTM. As linhas 8 e 9. Uma
audiência pública que foi promovida pelo próprio governo, pela CPTM, pela
Secretaria de Transportes e eu fiquei chocado, porque, primeiro, ela foi
realizada em um espaço extremamente pequeno, lá no Pateo do Collegio, dentro de
um auditório pequeno, dentro da Secretaria da Justiça.
Não
houve uma grande divulgação, estavam presentes muitos servidores, funcionários
comissionados, nomeados, representantes de empresas e pouquíssimos
trabalhadores; que nem tiveram acesso à palavra. Não foi franqueada a palavra.
O máximo que eles podiam era fazer perguntas por escrito. Eu achei já um
absurdo isso.
O
fato é que quero denunciar aqui que, mais uma vez, o governo Doria, o governo
do empresário Doria, está liquidando com o patrimônio público. Está vendendo
tudo, dilapidando tudo o que o estado tem. E agora ele vai entregar para as
empresas privadas duas linhas rentáveis e estratégicas na área do transporte
público sobre trilhos no nosso Estado, aqui na região da Grande São Paulo.
Eu
fiz uma rápida intervenção, que foi uma saudação, não deu para eu aprofundar as
nossas críticas e mostrar as contradições dessa proposta que nem passa pela
Assembleia Legislativa, deputado Telhada. Haverá uma licitação e pronto.
Não
vai ter debate na Assembleia Legislativa, essa privatização, que eles chamam de
concessão por 30 anos, não vai ser feita por projeto de lei. É uma licitação
simples e pronto. Um absurdo.
Eu
fiz esse questionamento, a questão da demissão em massa, que eu levantei, dos
trabalhadores da CPTM, que têm experiência, “know how”, que estão lá há muitos
anos e conhecem o funcionamento dos trens e de como funciona o sistema
ferroviário do estado de São Paulo.
Eles
vão terceirizar tudo com essas empresas. O trabalho vai ser precarizado e isso
vai colocar em risco a segurança da população. O fato é que o governo não está
disposto a fazer um grande debate sobre esse tema, mas nós queremos debater e
nós vamos debater.
No
dia 16, eu estou organizando uma grande audiência pública aqui, junto com as
entidades representativas dos trabalhadores, da CPTM, vamos fazer uma
audiência, convidar o presidente da CPTM, o secretário de transportes, os
envolvidos todos, as entidades, estarão todos aqui para fazer um grande debate
contra a privatização, contra o que eles chamam de concessão dessas duas linhas
da CPTM.
E
também já estou convocando, já protocolei, pedi para protocolar um requerimento
na Comissão de Transportes para que tanto o presidente da CPTM, como também o
secretário dos transportes, venham aqui explicar, depor e debater em uma
comissão que é importante, que tem que debater esse tema.
São
duas linhas eu diria, duas linhas importantes, estratégicas para o estado de
São Paulo nessa área do transporte público, que não podem ser dilapidadas e
entregues assim para o setor privado.
Isso,
eu sei, faz parte da política de desmonte do Doria. O Doria está desmontando o
estado, privatizando tudo o que ele encontra pela frente. Já privatizou o
zoológico de São Paulo, o Jardim Botânico, o Ginásio do Ibirapuera, empresas
estatais já foram privatizadas, está tentando privatizar, agora, os presídios,
as estradas.
Ele
anunciou agora 1.200 quilômetros de privatização, o que significa mais
pedágios, o aumento da farra dos pedágios no estado de São Paulo.
Além
de outros projetos que estão em curso, ele já anunciou que aeroportos serão
privatizados no Estado. É um desmonte e agora ele está atacando o transporte
público, a CPTM. Ele já começa com duas linhas, com esse projeto de concessão.
Então,
nós queremos aqui fazer um movimento. Vamos fazer na Assembleia Legislativa uma
audiência pública, vamos levar o caso para a Comissão de Transportes e eu
convido todos os deputados e deputadas a participarem dessa luta contra a
privatização da CPTM e contra o desmonte do patrimônio público do estado de São
Paulo.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL
- Havendo acordo entre as
lideranças, eu solicito o levantamento desta sessão.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP -
Muito obrigado, Sr. Deputado. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo
de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos,
convoca V. Exas. para a sessão ordinária de segunda-feira, à hora regimental,
sem Ordem do Dia. Um ótimo final de semana a todos.
Está levantada
a sessão.
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Levanta-se a sessão às 15 horas e 25 minutos.
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