3 DE MARÇO DE 2020
13ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
Presidência: CAUÊ MACRIS
Secretaria: ANALICE FERNANDES e GILMACI SANTOS
RESUMO
ORDEM DO DIA
1 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Assume a Presidência e abre a sessão. Coloca em votação
requerimento, do deputado Carlão Pignatari, de método de votação à PEC 18/19.
2 - CAMPOS MACHADO
Solicita verificação de presença.
3 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Defere o pedido. Determina que seja feita a chamada de
verificação de presença, tendo a Presidência verificado quórum antes de
iniciado o processo.
4 - CARLÃO PIGNATARI
Para comunicação, solicita um minuto de silêncio em razão de
tragédia ocorrida na Baixada Santista.
5 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Defere o pedido. Determina um minuto de silêncio.
6 - CAMPOS MACHADO
Para comunicação, critica o governador João Doria pela
presença no carnaval do Rio de Janeiro, em detrimento do auxílio a famílias
vitimadas por chuvas, em São Paulo.
7 - TEONILIO BARBA LULA
Defende a liberação dos plenários para acomodar os
manifestantes.
8 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Determina a liberação dos plenários.
9 - CARLOS GIANNAZI
Para comunicação, defende a retirada, desta Casa, da Tropa de
Choque da Polícia Militar.
10 - PROFESSORA BEBEL LULA
Para comunicação, faz coro ao pronunciamento do deputado
Carlos Giannazi.
11 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Afirma que a presença da Polícia Militar é para assegurar a
segurança de todos os cidadãos.
12 - CARLOS GIANNAZI
Encaminha a votação do requerimento de método de votação à
PEC 18/19, em nome do PSOL.
13 - TEONILIO BARBA LULA
Encaminha a votação do requerimento de método de votação à
PEC 18/19, em nome do PT.
14 - MÁRCIA LULA LIA
Encaminha a votação do requerimento de método de votação à
PEC 18/19, em nome da Minoria.
15 - CAMPOS MACHADO
Encaminha a votação do requerimento de método de votação à
PEC 18/19, em nome do PTB.
16 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Solicita à plateia comportamento regimental.
17 - EMIDIO LULA DE SOUZA
Para comunicação, defende a saída da Tropa de Choque, desta
Casa. Informa que inalara gás de pimenta nos corredores.
18 - CARLOS GIANNAZI
Para comunicação, manifesta-se contra o uso de gás de pimenta
pela Polícia Militar.
19 - ISA PENNA
Para comunicação, defende a retirada, desta Casa, da Tropa de
Choque da Polícia Militar.
20 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Solicita à Polícia Militar que mantenha a ordem nesta Casa.
21 - DANIEL JOSÉ
Encaminha a votação do requerimento de método de votação à
PEC 18/19, em nome do Novo.
22 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Coloca em votação e declara aprovado o requerimento de método
de votação à PEC 18/19. Coloca em votação e declara aprovado requerimento, do
deputado Carlão Pignatari, de votação nominal.
23 - CAMPOS MACHADO
Solicita verificação de votação.
24 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Defere o pedido. Determina que seja feita a chamada de
verificação de votação, pelo sistema eletrônico.
25 - CARLOS GIANNAZI
Declara voto contrário ao requerimento de método de votação e
obstrução ao processo de votação, em nome do PSOL.
26 - TEONILIO BARBA LULA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PT.
27 - SEBASTIÃO SANTOS
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do
Republicanos.
28 - TEONILIO BARBA LULA
Declara voto contrário ao requerimento de método de votação,
em nome do PT.
29 - VINÍCIUS CAMARINHA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.
30 - LECI BRANDÃO
Declara voto contrário ao requerimento de método de votação e
obstrução ao processo de votação, em nome do PCdoB.
31 - RODRIGO GAMBALE
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSL.
32 - DELEGADO OLIM
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PP.
33 - CAMPOS MACHADO
Declara voto contrário ao requerimento de método de votação,
em nome do PTB.
34 - MARCIO NAKASHIMA
Declara voto contrário ao requerimento de método de votação e
obstrução ao processo de votação, em nome do PDT.
35 - ALEX DE MADUREIRA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.
36 - ROGÉRIO NOGUEIRA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do DEM.
37 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Anuncia o resultado da verificação de votação, que aprova o
requerimento de votação nominal. Coloca em votação a PEC 18/19, salvo emendas
3, 30, 32, e partes destacadas rejeitadas em 1º turno e destaques constantes no
item 3.
38 - PROFESSORA BEBEL LULA
Encaminha a votação da PEC 18/19, salvo emendas 3, 30, 32, e
partes destacadas rejeitadas em 1º turno e destaques constantes no item 3, em
nome do PT.
39 - MAJOR MECCA
Encaminha a votação da PEC 18/19, salvo emendas 3, 30, 32, e
partes destacadas rejeitadas em 1º turno e destaques constantes no item 3, em
nome do PSL.
40 - BETH LULA SAHÃO
Encaminha a votação da PEC 18/19, salvo emendas 3, 30, 32, e
partes destacadas rejeitadas em 1º turno e destaques constantes no item 3, em
nome do PT.
41 - ISA PENNA
Encaminha a votação da PEC 18/19, salvo emendas 3, 30, 32, e
partes destacadas rejeitadas em 1º turno e destaques constantes no item 3, em
nome do PSOL.
42 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Solicita à Polícia Militar a manutenção da ordem.
43 - CAMPOS MACHADO
Encaminha a votação da PEC 18/19, salvo emendas 3, 30, 32, e
partes destacadas rejeitadas em 1º turno e destaques constantes no item 3, em
nome do PTB.
44 - LECI BRANDÃO
Encaminha a votação da PEC 18/19, salvo emendas 3, 30, 32, e
partes destacadas rejeitadas em 1º turno e destaques constantes no item 3, em
nome do PCdoB.
45 - CAIO FRANÇA
Encaminha a votação da PEC 18/19, salvo emendas 3, 30, 32, e
partes destacadas rejeitadas em 1º turno e destaques constantes no item 3, em
nome do PSB.
46 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Inicia o processo de votação nominal da PEC 18/19, salvo
emendas 3, 30, 32, e partes destacadas rejeitadas em 1º turno e destaques
constantes no item 3.
47 - TEONILIO BARBA LULA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PT.
48 - CARLOS GIANNAZI
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSOL.
49 - VINÍCIUS CAMARINHA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.
50 - MARCIO NAKASHIMA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PDT.
51 - LECI BRANDÃO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PCdoB.
52 - TENENTE NASCIMENTO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSL.
53 - CARLÃO PIGNATARI
Para comunicação, informa que deputados do DEM estão
impossibilitados de saírem dos seus gabinetes.
54 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Solicita à Polícia Militar que favoreça a locomoção de
deputados.
55 - ALEX DE MADUREIRA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.
56 - SARGENTO NERI
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Avante.
57 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Anuncia o resultado da verificação de votação, que aprova a
PEC 18/19, salvo emendas 3, 30, 32, e partes destacadas rejeitadas em 1º turno
e destaques constantes no item 3. Encerra a sessão.
*
* *
-
Abre a sessão o Sr. Cauê Macris.
*
* *
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB - Presente o número
regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos
os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão
anterior.
Ordem
do Dia.
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* *
-
Passa-se à
ORDEM
DO DIA
*
* *
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela
ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela
ordem, deputado Barba.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Quero
uma informação, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pois
não?
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Primeiro,
saber sobre como será o procedimento do roteiro de votação.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Perfeito.
Vou inclusive fazer a leitura do roteiro. Eu já pedi para a SGP tirar cópias do
roteiro e poder distribuir a todos os parlamentares que tenham interesse em
conhecê-lo. Mas já antecipando, foi apresentado um roteiro pelo deputado Carlão
Pignatari, o Item 1, com três itens: Item 1, 2 e 3, perfeito? Vou distribuir o
roteiro à Vossa Excelência.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Ok.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Item
1...
O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Pela
ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela
ordem, deputado Campos Machado.
O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Pedir
uma verificação de presença.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É
regimental o pedido de Vossa Excelência. Convido o deputado Gilmaci e o
deputado Mellão para auxiliarem esta Presidência. Deputado Mellão, a deputada
Analice já está aqui. Se V. Exa. abrir mão para a deputada Analice auxiliar a
Presidência...
Então, deputada
Analice e o deputado Gilmaci. Agradeço ao deputado Mellão para poder colocar...
O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pela
ordem, presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Constatado
o quórum regimental agora, neste momento, deputado Campos Machado, com os
deputados que estão adentrando. Agradeço já de antemão à deputada Analice e ao
deputado Gilmaci por auxiliarem. Pela ordem, deputado Carlão Pignatari.
O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Eu
gostaria de pedir para a Assembleia Legislativa para que todos nós possamos
fazer um minuto de silêncio pela tragédia na Baixada Santista desta madrugada.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É
regimental o pedido de Vossa Excelência. Peço a todos os deputados que se
postem de pé, em posição de respeito, para que a gente possa fazer um minuto de
silêncio devido à tragédia hoje ocorrida na Baixada Santista.
*
* *
- É respeitado
um minuto de silêncio.
*
* *
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Transcorrido um minuto. Parabéns, deputado Carlão Pignatari. Muito bem lembrado
por Vossa Excelência. É um momento que a gente realmente tem que refletir.
Deputado Campos Machado, pela ordem.
O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Para
uma comunicação.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Tem a palavra V. Exa. para uma comunicação. Logo em seguida, vamos dar início
ao processo de votação.
O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - PARA
COMUNICAÇÃO - O método do deputado Carlão Pignatari, temos que lamentar. Quero
lamentar que, enquanto gente morria na enchente, o governador passava o
Carnaval tranquilamente no Rio de Janeiro. (Manifestação nas galerias.)
Não perdeu uma
festa. Enquanto isso, o povo sofria com uma morte atrás da outra. E o
governador, cantando tranquilamente as músicas carnavalescas. Alegre, feliz. E
o povo de São Paulo, da Baixada Santista, sofrendo, morrendo. E o rei da folia
se encontrava no carnaval.
Fiquei sabendo
que ele não perdeu um camarote. Não perdeu um camarote, mas não deu assistência
a nenhuma família, a nenhum bairro inundado aqui em São Paulo. Lamento
profundamente o comportamento do Sr. Governador.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT -
Pela ordem, Sr. Presidente. Eu queria fazer um pedido a Vossa Excelência.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Pois não, deputado Barba.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT -
É que tem muita gente hoje no entorno da Casa, nos corredores e nas galerias.
Pedir para abrir o plenário, para preencher essa galeria. E abrir os outros
plenários: o Franco Montoro, o Paulo Kobayashi. (Manifestação nas galerias.) E
onde puder acomodar o povo, que possa assistir esse debate.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Peço ao nosso secretário geral parlamentar que determine a abertura de todos os
plenários que estão fechados. Franco Montoro já está aberto. E os demais
plenários que puderem ser abertos, com transmissão ao vivo da TV Assembleia.
Está acatada a solicitação de Vossa Excelência.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT -
Deixa só eu fazer mais um pedido, presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Pois não.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT -
Então vou pedir às nossas assessorias de bancadas, de todos os deputados, que
ajudem a orientar o pessoal quais são os plenários que o pessoal pode ocupar.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Todos eles estarão abertos, com transmissão ao vivo da sessão.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL –
PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, pela ordem. Só também, dentro do que o
deputado Barba colocou. Eu gostaria de que V. Exa. determinasse a retirada da
tropa de choque aqui da Assembleia Legislativa. (Manifestação nas galerias.)
Eu vi aqui a
Força Tática, tropa de choque. Não combina. Temos aqui servidores, professores,
servidores do Judiciário, servidores da Segurança Pública. Então é muito
opressiva e desnecessária a presença da tropa de choque dentro da Assembleia
Legislativa.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o pedido de Vossa Excelência. Deputado Emidio?
O SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - Eu
gostaria de saber por que foram retirados os ponteiros do relógio pelo qual a
gente acompanha.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está quebrado. Os dois relógios estão em manutenção. Está aqui o relógio, o
mesmo relógio que está ali, que estaria aqui, está ali.
O SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - Vamos
nos guiar hoje por esse relógio?
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB –
Sim, senhor. Estão quebrados, estão em manutenção.
A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT -
Pela ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Deputada Professora Bebel.
A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT –
PARA COMUNICAÇÃO - Eu gostaria de reafirmar a posição do deputado Giannazi.
Porque tivemos, na última sessão, uma sessão aguerrida, mas uma sessão que todo
mundo ficou numa boa nas galerias. E que não precisa de Polícia Militar para
nos deter. Até porque, não viemos aqui para brigar (Manifestação nas galerias.)
Viemos para
acompanhar uma questão que é de direito nosso. Muito obrigada.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Perfeito. A Polícia Militar está aqui para garantir a proteção de todos os
cidadãos.
Votação em
segundo turno da Proposta de emenda Constitucional nº 18 de 2019, de autoria do
Sr. Governador.
Há sobre a mesa
requerimento assinado pelo líder do Governo, deputado Carlão Pignatari, que
requer nos termos regimentais que a votação em segundo turno da Proposta de
Emenda Constitucional nº 18, de 2019, se proceda da seguinte conformidade:
Item 1.
Proposta de emenda Constitucional nº 18, de 2019, salvo emendas nos
3, 30 e 32, partes destacadas rejeitadas em primeiro turno, e destaques
constantes no item nº 3.
Item 2. Emenda
nos 30, 3 e 32, salvo partes destacadas, rejeitadas em primeiro
turno.
Item 3.
Destacadamente:
a)
A expressão “quando for sofrida no
exercício ou em razão da função”, constante no Art. 1º, inciso III, parágrafo
7º da Proposta de emenda Constitucional nº 18, de 2019.
b) Os
parágrafos 2º, 3º, 4º, 5º do Art. 6º da Proposta de emenda Constitucional nº
18, de 2019.
Em votação, o
requerimento.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr.
Presidente, para encaminhar pela liderança do PSOL.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Vossa Excelência tem a palavra para encaminhar em nome da liderança do PSOL.
O SR. CARLOS GIANNAZI
- PSOL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público
aqui presente, telespectador da TV Assembleia, primeiramente, quero saudar
todos os servidores e servidoras presentes na Assembleia Legislativa hoje, as
várias delegações que vieram de várias regiões distantes, inclusive que
viajaram a noite toda, além de outros que estão chegando.
Além
dessa saudação aos servidores que lutam contra a farsa da reforma da
Previdência, quero também manifestar o meu total repúdio a esse golpe dentro do
golpe que foi dado, porque a sessão extraordinária seria às 19 horas. Isso é um
golpe.
Trazer
a sessão para as nove horas é porque, na verdade, o presidente da Assembleia
Legislativa e a base do governo estão com medo da mobilização. Então, tentaram
neutralizar a nossa mobilização mudando o horário da sessão extraordinária de
hoje, para tentar aprovar a toque de caixa, passando o rolo compressor nessa
proposta de reforma da Previdência.
Eu
tenho dez minutos e tenho que aproveitar bem esse tempo. Primeiro, tenho dito e
apresentado os números sobre a farsa da reforma da Previdência. Por que é uma
farsa? Porque o secretário da Fazenda veio à Assembleia Legislativa e disse que
o objetivo central da reforma da Previdência é economizar, em dez anos, 32
bilhões de reais.
Quero
até mostrar aqui os gráficos, os números. Suposta economia com a reforma: 32
bilhões em dez anos, aproximadamente 3 bilhões por ano de economia. Esse é o
objetivo oficial apresentado pelo secretário da Fazenda, Henrique Meirelles,
que inclusive foi ministro do Temer, ministro da Economia, e tentou aprovar a
reforma da Previdência, que nós derrotamos no governo Temer.
Só
que nós estamos apresentando outros números e outros dados que são superiores a
esses valores. Eu me refiro, por exemplo, à dívida ativa do estado de São
Paulo, que já é, hoje, de 340 bilhões de reais.
Vamos
colocar o gráfico da dívida ativa do estado de São Paulo. São as grandes
empresas que devem, no mínimo, 340 bilhões. São devedores, não cabem mais
recursos. Essas empresas devem 340 bilhões para o estado de São Paulo.
Aqui,
temos os maiores devedores: a Drogavida deve quatro bilhões; a Telefônica,
quase quatro bilhões; a Petrobras, três bilhões e meio; Pão de Açúcar... São
bilhões que são devidos ao Fisco por essas grandes empresas e elas não são
cobradas.
O
estado faz corpo mole e não cobra dessas empresas, mas vem cobrar dos
servidores públicos. E por que o governo não cobra o pagamento das empresas? Só
o pagamento da Drogavida já daria a economia solicitada pelo Henrique
Meirelles, de três bilhões por ano.
É
porque muitas dessas empresas foram financiadoras de campanhas eleitorais de
governadores do PSDB, de deputados estaduais, federais, de senadores e de
partidos políticos. Por isso, não cobram essa dívida como deveriam cobrar, não
criam as condições para a cobrança.
Fora
a sonegação fiscal, que é altíssima no estado de São Paulo e não é combatida,
porque o governo mantém a Secretaria da Fazenda sucateada, degradada e sem
investimento, sobretudo nos seus servidores.
Mas
além da dívida ativa - estou correndo por conta do tempo -, temos também a
dívida pública do estado de São Paulo, que consome 17 bilhões por ano dos
cofres públicos. Uma dívida ativa que, em última instância, serve para
alimentar o mercado financeiro, pagar os especuladores, os rentistas, os bancos
nacionais e internacionais. Nunca houve uma auditoria dessa dívida aqui no
estado de São Paulo.
Nós,
desde 2007, estamos lutando para implantar uma auditoria da dívida ativa do
estado de São Paulo. Tem que ter auditoria já da nossa dívida ativa.
Então,
o problema está aqui na dívida ativa, na dívida pública, na dívida ativa. E,
mais ainda: nós temos a criminosa e perversa política de desoneração fiscal,
que transfere, que transfere para as empresas privadas, para os grandes
empresários, e para algumas daquelas empresas que eu citei aqui, o outro quadro
da desoneração fiscal.
Não
há ainda um outro da desoneração fiscal, esse daqui. A desoneração fiscal são
os descontos, os benefícios que os empresários, as grandes empresas, têm do
governo estadual.
Inclusive,
no ano passado, o Doria aprovou aqui na Assembleia Legislativa uma desoneração
fiscal, um desconto, para as empresas aéreas do estado de São Paulo; os
frigoríficos são beneficiados com essa política de desoneração.
Isso
dá mais ou menos 20 bilhões por ano. É muito dinheiro, é muito dinheiro. Então,
eu citei aqui só três dívidas. Então: a política de desoneração, 20 bilhões
para os empresários, dívida ativa, trezentos e quarenta bilhões que não são
cobrados com veemência pelo governo estadual, a dívida pública, 17 bilhões.
E,
o governo vem falar aqui de 32 bilhões, de três bilhões por ano? É um ato de
covardia, de crueldade, o governo não cobrar essas empresas e atacar e
confiscar salários dos servidores.
Por
isso, eu faço um apelo à base do governo para que V. Exas. votem contrariamente
à perversa e falsa reforma da Previdência. Porque os números demonstram que se
tem crise fiscal no estado de São Paulo, ela não é causada pelos servidores
públicos, muito menos pela reforma, pela Previdência estadual.
Então,
faço novamente um apelo, deputados e deputadas: não vale a pena. V. Exas. vão
manchar as suas respectivas histórias. Vossas Excelências não podem deixar a
digital, V. Exas. têm história, têm trajetória, e vão jogar no lixo essa
história votando num projeto contra os trabalhadores.
E
o que me deixa mais estarrecido é que tem muitos deputados que são servidores
públicos, e vão votar contra os servidores públicos. Vão trair os servidores. E
traição não tem perdão. Os servidores não perdoam traição.
Porque
muitos vêm aqui defender a Polícia, os servidores da Segurança Pública; mas,
vão votar contra os servidores da Segurança Pública. Muitos defendem os
professores aqui na tribuna. Mas, agora chegou a hora da verdade.
A
hora da verdade é o voto. Quem votar na reforma da Previdência do Doria vai
votar contra todos os servidores do estado de São Paulo. E, aí, eu quero ver
como que um deputado que votou a favor da reforma vai chegar numa escola
pública, numa delegacia de polícia, e vai encarar os servidores.
Como
que ele vai entrar no hospital público para conversar com os médicos, com as
enfermeiras, se ele votou contra esses servidores? Então, ele vai cair numa
grande contradição.
E,
todo mundo sabe, porque todos acompanham pela internet, pelas redes sociais. Eu
queria registrar aqui, olha: nós temos um abaixo-assinado, senhores deputados e
deputadas – mais de 50 mil assinaturas – que foi organizado aqui por uma
servidora do Judiciário.
E,
tem vários outros documentos contra a reforma da Previdência. Então, faço um
apelo aqui a cada deputado, a cada deputada. Eu sei que a pressão é muito
grande em cima de Vossas Excelências.
Mas
o governo passa. Aliás, esse governo só tem três anos de existência porque o
Doria é candidato a presidente, depois ele abandona a Assembleia Legislativa e
V. Exas. vão se prejudicar.
E,
tem mais: o Doria não cumpre palavra. Não é à toa que ele é conhecido como João
Pinóquio Doria. É o João Pinóquio Doria. Não caiam nessa cantilena do governo.
O governo não cumpre palavra.
O
governo vai abandonar vocês. Eu acho que o governo prometeu mil emendas
parlamentares, cargos no governo. O Bolsonaro, para aprovar a reforma, ofereceu
40 milhões para os deputados em
emendas parlamentares, praticamente comprou os deputados em Brasília.
Eu
não sei como está a negociação aqui na Assembleia Legislativa, mas outro dia a
deputada Edna Macedo veio aqui e fez uma grave denúncia em relação a isso.
Então, nós vamos votar contra a nefasta, perversa e cruel reforma da
Previdência.
Muito
obrigado.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela
ordem, Sr. Presidente. Para
encaminhar em nome do PT.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Tem a palavra Vossa Excelência.
A SRA. MÁRCIA
LULA LIA - PT - Para um comunicado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Não vou ceder comunicados, deputada.
A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT -
Sr. Presidente, eu estou me
sentindo amedrontada.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Não vou ceder comunicados, deputada. Com a palavra o deputado Barba.
O SR. TEONILIO BARBA
LULA - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente. (Manifestação nas
galerias.) Sr. Presidente, por
favor, presidente. Pede para melhorar o som aqui, por favor.
Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, o que a deputada Márcia
está reclamando é que está cheio de delegados de Polícia aqui, armados. Não
precisa, porque aqui embaixo só estão os deputados. Então, a segurança fica dali pra fora, não é aqui
dentro. Não precisa de ninguém armado aqui dentro. Essa é a reclamação da
deputada Márcia.
Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, quero me dirigir a todos
os deputados que, no primeiro
turno, votaram “sim” aqui, a favor da reforma da Previdência, principalmente o
PSL. O PSL, bolsonarista e “doriano”. O PSL é bolsonarista e “doriano”. Votaram
a favor da reforma.
Bombeiro
Nishikawa, Douglas Garcia, vários deputados do PSL ajudaram a aprovar
aqui no primeiro turno, e aprovaram uma coisa... Vocês não entenderam o que vocês
aprovaram aquele dia. Nós votamos primeiro o requerimento de votação. Depois votou a PEC 1. Ao
votar a PEC 1, derrubou o substitutivo da Professora Bebel.
Aí
aprovou o Item 3, que recepcionava duas emendas, uma emenda do Delegado Olim, a
Emenda 3, e a emenda do Campos Machado, a emenda trinta. Aí, no quarto item,
vocês votaram a favor da exclusão de parte da emenda.
A
emenda que era para atender 28 mil e 63 policiais civis no estado de São
Paulo não atende
tudo isso. Atende algo em torno de dez mil policiais. De dois mil e quinhentos
e poucos delegados, atende apenas 600, 700 delegados, os mais antigos na
carreira. Eu sei porque eu fui conversar com o sindicato.
Você
é base governista. Suba aqui para falar contra. Não me interrompa. Você mentiu
para o pessoal. Não me interrompa. Você mentiu para o pessoal. Não me
interrompa.
Então,
a Polícia estava prejudicada, da maneira como a emenda foi aprovada. Os deputados aqui votaram a favor da
exclusão, da supressão de parte da emenda que atende os policiais.
Então,
quero me dirigir a vocês, deputados
e deputadas do Podemos, do Marcio da Farmácia. Marcio, nós vamos panfletar
Diadema, dizendo que você votou contra os trabalhadores lá do ABC, do
funcionalismo público do ABC. Rafa Zimbaldi, você, que é candidato a prefeito
lá em Campinas, nós vamos panfletar em Campinas que você vota a favor da
reforma da Previdência.
O
PSDB, é natural, o PSDB é o maior assaltante de direitos dos trabalhadores e
das trabalhadoras no estado de São Paulo e no Brasil. O que me surpreende
é a turma do PSL, que fala que quer derrotar o Doria. Virou “doriana”. A turma
do PSL virou “doriana”. A turma do PSL é todo mundo “doriana”.
Não
adianta. Votaram a maioria a favor, e dizem que fazem oposição ao João Doria.
Eu não sei se estiveram ontem ou não no Palácio dos Bandeirantes, mas quero me
dirigir também a outro partido aqui, o PSB. Uma parte do PSB dividiu a bancada,
votou conosco.
Quero
invocar os outros deputados do PSB a votarem contra essa reforma nefasta que
retira direito dos trabalhadores e das trabalhadoras. Quero me dirigir aos
deputados do Novo.
Como os deputados do Novo
gostam de dar dinheiro para os empresários. Votam contra o aumento dos
funcionários públicos, mas votam a favor da renúncia fiscal de 17,5 bilhões.
Eles votaram a favor da
renúncia fiscal aqui na LDO do ano passado, o deputado Sílvio Victor - falei
certo hoje - o deputado Heni, que é o relator, que fez o relato de joelho,
conforme mandou o Palácio dos Bandeirantes. Mandou: “Você leia o que eu
escrevi. Você só tem o direito de fazer isso. Não mude mais nada. Só isso”,
como mandou o deputado Carlão Pignatari.
É assim que eles estão
agindo. O Carlão manda, o Doria manda. O Cauê perdeu autonomia, não é mais
presidente. Ele faz o que o Doria manda. O Doria mandou que esta sessão fosse
feita hoje.
O reizinho está
ajoelhado; o reizinho ajoelhou. Então tem uma série de coisas que os traidores
e as traidoras não passarão. Os traidores e as traidoras não passarão.
Pode aprovar essa
reforma, mas tem gente aqui que visitou esta Casa neste mandato e não voltará
mais. Duzentos e trinta e seis milhões de emendas impositivas não foram pagas
aos deputados, sabe por quê? Porque o Doria guardou as emendas para comprar
deputados, para assaltar o direito de vocês, para roubar o direito de vocês e
entregar na mão dos banqueiros, na mão dos empresários.
É esse o debate que nós
vamos fazer aqui hoje não sei por quantas horas - a princípio são duas extras,
são cinco horas de debate. Então vamos ver como é que nós vamos desenrolar isso
aqui hoje.
Veja bem, até os
ponteiros do relógio foram tirados. É um negócio incrível nesta Casa. Faz tempo
que os relógios estavam com problema, mas é incrível que tiraram no dia -
deputado Roberto Engler, você que votou contra essa reforma - que vai votar
pela manhã o debate aqui da reforma da Previdência.
Esse relógio aqui do lado
direito estava quebrado há mais de seis meses. É incrível, Carlão. Eu estou
vendo; eu já vi que tem o digital ali atrás, mas estou falando das
coincidências, do casuísmo. Um encontro antes no Palácio dos Bandeirantes com
os líderes de cada bancada: “Dê apoio”.
Foram para acertar como é
que faz a votação e o Doria falou: “Cauê, se passar das 9 horas e 15 minutos eu
destituo você do cargo da Presidência. Eu tiro você e boto outro”. O Cauê
obedeceu certinho. Veio aqui e falou: “Pode deixar que eu cumpro”. E é o Doria
mandando de um lado e o Carlão do outro. O Carlão aqui pressiona deputados. Os
deputados reclamam sabe por quê?
Porque eu falo o nome de
deputados que votaram a favor. Bombeiro Nishikawa, nós vamos panfletar em São
Bernardo dizendo que você votou a favor se você não mudar o seu voto. Nós vamos
fazer. Não tem moleza. Política é guerra.
Eles vêm aqui: “Não tem
disputa ideológica”. Tem disputa ideológica sim. É disputa de quem quer
proteger, dar maior seguridade aos trabalhadores e às trabalhadoras, aos
aposentados, aos idosos e o discurso de quem quer tirar essa seguridade.
Aí é o Novo; é o PSDB; é
o partido do Delegado Olim; é o DEM, embora tenha alguns deputados que tenham
votado conosco. Quero reconhecer aqui: Coronel Telhada, Conte Lopes, que tudo
votou contrário; o deputado Roberto Engler votou contrário. Vários deputados
votaram contrário e hoje vão continuar votando contrário. Não cederam à pressão
financeira do Palácio dos Bandeirantes.
O
Novo, que chegou todo novo, vi uma fala do deputado Daniel José reclamando que
ele não recebeu as emendas. É justo, tem que reclamar mesmo, que as emendas que
você indicou não foram recebidas. Tem uma fala sua na CBN ontem. Você dizia:
“Lá falam que vão pagar as emendas. Conversa num canto e no outro. As emendas
que indiquei até agora não foram pagas.”
Você
não recebe emenda. Você indica emenda para algum setor onde você tá organizado.
Nenhum deputado aqui recebe emenda. Ele indica nas bases eleitorais deles. É
justo, é democrático, mas o Novo cedeu muito rápido. Foi muito rápido.
Aí
posso falar com a maior tranquilidade: foram muito rápidos para cair no colo do
governador de maneira muito ideologizada, porque vocês pensam assim. Vocês
pensam que têm que enxugar o Estado. Vocês pensam que têm que privatizar todo
esse povo.
Vocês
pensam que não têm que ter serviço público gratuito para ninguém. Vocês
defendem o tal do voucher, o vale, para algumas coisas. Só questão ideológica.
Vocês estão afinados ideologicamente com João Doria. Não se ofendam por isso,
porque assim vocês são. Não adianta. Vocês defendem o estado mínimo, o estado
enxuto.
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB -
Para concluir, deputado Barba.
O SR. TEONILIO BARBA
LULA - PT -
Para concluir, Sr. Presidente. Então quero invocar todos os deputados: vamos
derrotar essa reforma da Previdência, aguardar ser aprovada a PEC paralela em
Brasília. E vamos discutir em cima da PEC paralela. (Manifestação nas galerias.)
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Pela
ordem, Sr. Presidente. Para encaminhar pela Minoria.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem
a palavra Vossa Excelência. (Manifestação nas galerias.)
A
SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Muito
bom dia a todos e a todas. Cumprimentar os servidores e dizer que essa Casa,
hoje, está de luto. Sabe por quê? Porque os servidores estão sendo tratados
como bandidos. (Manifestação nas galerias.)
Nunca vi tanta
polícia nesta Casa. Os servidores, hoje, aqueles que têm a prerrogativa dentro
das suas funções, de ajudar as pessoas, de curar as pessoas, de estar nos
hospitais cuidando das pessoas, de estar na Polícia Civil, decifrando os
crimes, hoje vocês estão sendo tratados como se fossem marginais. Quero dizer
que não concordamos com isso. (Manifestação nas galerias.)
Quero dizer
mais ainda. Estávamos com vários homens dentro deste plenário, armados, como se
nós, deputados da esquerda, fôssemos enfrentar os demais deputados. É uma
vergonha. Ainda bem que as pessoas se deram conta do ridículo que era a
situação, e retiraram as pessoas armadas. E com revólveres enormes, fazendo
questão de mostrar que estavam armados.
Isso é uma
afronta aos deputados. Isso é uma afronta aos deputados. Isso é uma afronta às
mulheres que estão dentro deste plenário. É uma vergonha o que está acontecendo
nesta Casa hoje.
E mais. Quero
dizer, para todas as pessoas que nos assistem, que estão assistindo, que estão
acompanhando este debate nesta Casa hoje: esta reforma do Doria vai fazer com
que os servidores tenham que trabalhar muito mais. Ela vai tirar boa parte das
pensões, boa parte das aposentadorias. Ela vai fazer com que o servidor público
viva em condição de miserabilidade.
É uma vergonha.
E aí dizem: “Ah, mas o estado de São Paulo está com muitas dívidas. O estado de
São Paulo precisa tirar dinheiro dos servidores.” Agora, eu pergunto a vocês:
quem deixou o estado de São Paulo na condição de quase falência em que se
encontra? Foi o PSDB, que durante 25 anos governa este Estado. (Manifestação
nas galerias.)
Foi o dinheiro
que foi para o ralo do Metrô. Foi o dinheiro que foi para o ralo da CPTM. Foi o
dinheiro que foi para o ralo da limpeza do Tietê. Foi o dinheiro que ninguém
sabe onde foi parar. E agora vocês, servidores públicos, vão pagar a conta do
desmando, da ineficiência, da ineficácia e da bandidagem que foi cometida no
estado de São Paulo. E agora o servidor público será o grande penalizado.
A mim, não me
comove. A mim, não me comove. Quero dizer aos deputados que aqui se encontram
que o povo vai se lembrar, sim, nas próximas eleições. O povo há de se lembrar,
porque faremos questão de avisar o povo quem foi que votou contra o servidor
público do estado de São Paulo.
Nós vamos pelo
interior do estado de São Paulo, por onde andamos muito, dizer aos servidores,
nas rádios, nas TVs, na mídia alternativa, dizer que o deputado da cidade “X”,
da cidade “A”, da cidade “B”, da cidade “C”, votou contra os servidores, votou
contra vocês, para que vocês paguem a conta do desmando do governo Doria, para
que vocês paguem a conta daquilo que eles deveriam prestar contas.
E a gente vê o
Judiciário amedrontado, a gente vê o Tribunal de Contas do Estado amedrontado,
a gente vê o Ministério Público amedrontado, a gente vê todo mundo amedrontado
e todo mundo vai sofrer da mesma forma.
Portanto, você,
que é da cidade de Franca; você, que é da cidade... (Manifestação nas
galerias.) Tem muita gente de Franca! Vocês vão ver quem votou a favor e quem
votou contra. Vocês, que são da cidade de São Bernardo do Campo, vão saber quem
votou a favor e quem votou contra.
Vocês, que são
de todas as cidades do interior, na campanha da próxima eleição, por favor, se
empenhem, mas se empenhem de verdade. Os deputados que são de Presidente
Prudente, os deputados que são de Bauru, os deputados que são do interior.
Vocês têm um compromisso firmado.
Eles vão
aprovar, provavelmente, essa reforma. Eles vão aprovar, mas quero pedir a cada
um de vocês que nos ouvem, que nos assistem pela televisão, que a gente possa
somar forças.
Infelizmente, o
nosso povo escolheu a maioria dos deputados que estão aqui. E o troco que o
povo está recebendo é um soco na cara. É um murro na cara. O que o povo está
recebendo em troca por ter escolhido os deputados para estarem aqui é um belo
de um tapa na cara.
Portanto,
deputado que votar “sim” ... (Manifestação nas galerias.). Olha lá, está tendo
confusão lá, Bebel. Deputados, está tendo confusão lá em cima. (Manifestação
nas galerias.) A polícia acha que vai nos amedrontar. A polícia acha que vai
nos amedrontar. Não vai! (Manifestação nas galerias.) Tem cadeiras vazias
ainda, Sr. Presidente. Quero pedir que autorize a liberação... Eu te dou. Não
pode?
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Na verdade, V. Exa.... Suspendam
o tempo da deputada Márcia Lia, por favor. Dois minutos e cinquenta e três.
Deputada Márcia Lia, V. Exa. pode compartilhar o tempo, passando para outro
deputado da sua bancada. O que não pode, na verdade, são apartes. Compartilhar
é possível.
A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Quero compartilhar o restante do
meu tempo com a deputada Bebel. Olha, a informação que chega...
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vou devolver o tempo a Vossa
Excelência. Caso V. Exa. entenda, pode compartilhar o tempo com qualquer
deputado da bancada da senhora, mas não aparte. Devolvo o tempo a Vossa
Excelência.
A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Quero informar que, lá do lado de
fora, estão batendo em servidores públicos. Eu gostaria de pedir que, por
favor, V. Exa. tomasse providências, porque não é possível que a gente bata em
servidor público, aquele que serve à população do estado de São Paulo. É uma
vergonha. É uma vergonha. É uma vergonha o que está acontecendo nesta Casa no
dia de hoje.
Por favor, Sr.
Presidente. O senhor, que teve a maestria de mudar o horário desta sessão sem
combinar conosco. O senhor faça o favor de interromper as agressividades que
estão acontecendo lá fora. Nós não vamos aceitar essas agressividades. Nós não
vamos aceitar que os servidores sejam espancados.
Nós não vamos
aceitar. Nós não vamos aceitar. Sr. Presidente, o senhor por favor peça para a
Polícia que não bata nas pessoas.
Nós temos aqui
na Assembleia professores, professoras; nós temos aqui na Assembleia policiais
civis, nós temos agentes penitenciários, nós temos servidores da Saúde, que
merecem e têm que ser respeitados.
Então, eu quero
pedir ao Sr. Presidente desta Casa que, por favor, na condição e na sua
prerrogativa de manter a ordem, mantenha a ordem sem que as pessoas sejam
espancadas. O senhor está entendendo, Sr. Presidente? O senhor está me ouvindo,
Sr. Presidente? Está me ouvindo?
Então, por
favor, o senhor é que tem a prerrogativa de organizar a sessão e de fazer com
que não haja esse tipo de afrontamento e de enfrentamento com os servidores
públicos.
Quero dizer
para vocês que nós vamos continuar na luta. E, se a reforma passar, vocês já
sabem: quem votou contra vocês não volta mais. Quem votou contra o servidor não
volta mais. Quem votou contra o servidor vai ficar fora da próxima.
Está tendo
pancadaria. Eu pediria a algum deputado nosso que fosse até lá, por gentileza.
Está tendo pancadaria lá, gente. Eles estão batendo em servidor público.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Concluído o tempo de V. Exa.,
deputada Márcia Lia.
A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT – Não, eu não pude falar, olha o
barulho.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Dando continuidade. Para
concluir. V. Exa. conclua, por favor.
A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT – Eu vou concluir dizendo que
ainda tem lugares no plenário que nós estamos solicitando a V. Exa. que libere,
para que as pessoas possam entrar no plenário e acompanhar a sessão daqui,
daqui de dentro.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Para concluir, deputada Márcia
Lia.
A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT – Não é possível que a Polícia
faça o que está fazendo nesta Casa. É uma vergonha, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Para concluir.
A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT – Concluí.
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB
– Concluído o tempo de V. Exa., deputada Márcia Lia.
A SRA. MÁRCIA LULA LIA
- PT – Não, eu não
pude falar, olha o barulho.
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB
– Dando continuidade. Para concluir. V. Exa. conclua, por favor.
A SRA. MÁRCIA LULA LIA
- PT – Eu vou
concluir dizendo que ainda tem lugares no plenário que nós estamos solicitando
a V. Exa. que libere, para que as pessoas possam entrar no plenário e acompanhar
a sessão daqui, daqui de dentro.
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB
– Para concluir, deputada Márcia Lia.
A SRA. MÁRCIA LULA LIA
- PT – Não é
possível que a Polícia faça o que está fazendo nesta Casa. É uma vergonha, Sr.
Presidente.
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB
– Para concluir.
A SRA. MÁRCIA LULA LIA
- PT – Concluí.
O SR. CAMPOS MACHADO - PTB –
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
– Deputado Campos Machado.
O SR. CAMPOS MACHADO - PTB – Para
encaminhar pelo PTB.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
– Tem a palavra V. Exa. para encaminhar em nome da liderança do PTB.
O SR. CAMPOS MACHADO - PTB – Requeiro a
V. Exa. que peça que pelo menos em plenário haja respeito aos oradores.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
– Eu solicito a todos os que estão no plenário que respeitem a fala do deputado
que vai à tribuna.
Tem a palavra
V. Exa., deputado Campos Machado.
O SR. CAMPOS MACHADO -
PTB – Sr.
Presidente, há uma passagem na Bíblia, e me refiro agora aos evangélicos...
Sr.
Presidente. Sr. Presidente, peço suspensão dos nossos trabalhos por dois
minutos. É impossível continuar assim, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB
– Deputado Campos, infelizmente, não tem como suspender os trabalhos. Todos os
deputados falaram dessa... Infelizmente, não temos o que fazer.
O SR. CAMPOS MACHADO -
PTB – Sr.
Presidente, há uma passagem na Bíblia que diz: “tem tempo para tudo”. Tempo
para nascer, tempo para morrer, tempo para plantar, tempo para colher, tempo
para rir, tempo para chorar, tempo para juntar pedras, tempo para separar
pedras, tempo para odiar, tempo para amar, tempo de paz e tempo de guerra, e
nós estamos em guerra.
Os
evangélicos deveriam prestar atenção naquilo que eu acabei de falar, se é que
são evangélicos também. É impossível que nós estejamos em paz quando o
Judiciário é amedrontado, quando o Judiciário é cerceado, quando o Judiciário,
para atender pedidos do governo... Ontem deixou de apreciar uma liminar
apoiada...
O SR. EMIDIO LULA DE
SOUZA - PT -
Pela ordem. Com licença, deputado Campos Machado, posso pedir uma questão de
ordem?
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB -
Pois não, deputado Emidio.
O SR. EMIDIO LULA DE
SOUZA - PT -
Presidente, determine que a Tropa de Choque saia daqui.
O SR. CAMPOS MACHADO -
PTB - Preserve
o meu tempo, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB -
Queria pedir para preservar o tempo do deputado Campos Machado.
O SR. EMIDIO LULA DE
SOUZA - PT -
PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, estão
jogando gás de pimenta nos corredores da Assembleia. Aqui na frente a Tropa de
Choque. Não é razoável. Preservar a ordem é uma coisa. Eu mesmo respirei gás de
pimenta, junto com centenas de professores lá. Não é possível uma coisa dessas.
(Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB - Perfeito.
Peço que a Polícia estabeleça a ordem dentro da sede do Poder Legislativo.
O SR. EMIDIO LULA DE
SOUZA - PT - Tropa
de Choque nos corredores da Assembleia. Não há razão.
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB - Conclua
a questão de ordem de Vossa Excelência. Já
fez a colocação. Deputado Campos Machado, devolvo agora a palavra a Vossa
Excelência. Peço para restituir dez segundos que V. Exa. perdeu do tempo de
Vossa Excelência.
O SR. CAMPOS MACHADO -
PTB -
Sr. Presidente, eu lamento
profundamente que o Judiciário, na tarde de ontem, tenha se acovardado diante
da pressão do Executivo, da pressão de um governador desumano, de um governador
que passou o carnaval inteiro lá no Rio de Janeiro, enquanto as pessoas morriam
aqui com enchentes.
Nós
tínhamos certeza absoluta de que o mandado de segurança teria a liminar
concedida, mas eis que, de repente, o presidente da Assembleia é instruído pelo
Judiciário a responder uma questão de ordem na segunda-feira, às três horas da
tarde.
Aí
eu fico indagando: “quem é que manda nesta Casa?”. (Manifestação nas galerias.)
Quem manda nesta Casa é o Sr. João Agripino.
O SR. CARLOS GIANNAZI
- PSOL –
PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente,
deputado Campos Machado. Não tem condições de continuar. A polícia está jogando
gás de pimenta.
O SR. CAMPOS MACHADO -
PTB -
Preserve o meu tempo, Sr. Presidente.
O SR. CARLOS GIANNAZI
- PSOL -
Eu vim de lá agora com o deputado Barba. A situação é grave.
O SR. CAMPOS MACHADO -
PTB -
Preserve o meu tempo, Sr. Presidente.
O SR. CARLOS GIANNAZI
- PSOL -
Nós temos que suspender a sessão, deputado.
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado
Giannazi, o plenário está todo calmo. Eu peço às forças de Segurança que contenham
as ações e devolvo a palavra ao deputado Campos Machado.
O SR. CAMPOS MACHADO -
PTB -
Será que os deputados desta Casa
não têm sentimento? Vou mais longe. Não têm respeito a si próprios? Vou mais
longe. Não têm dignidade? Estão aceitando passivamente que o Judiciário... Aí
diz alguém: “o Judiciário não pode interferir aqui”. Como? Mais?
Ontem
houve interferência indevida na decisão do relator, chamado para almoçar. Ele
não pôde apreciar a liminar, e hoje, segunda-feira, nove e meia da manhã, os membros
do partido das emendas se encontram aqui, pouco preocupados com os tais
parasitas, que o próprio Sr. João Agripino diz.
Não
há respeito ao funcionário público. Embora com o barulho, Sr. Presidente, eu
sou obrigado a reconhecer: onde estão os homens de Deus desta Casa? Onde estão
os homens de Deus, aqueles que leem a Bíblia, que professam e que estão
receosos, que estão no chão?
A covardia chegou ao
ponto de um deputado entregar a sua consciência a troco de emendas. Os
candidatos a prefeito no interior nós vamos trabalhar contra, porque não
merecem ser eleitos, porque se se acovardam aqui, vão se acovardar lá. É
impossível.
Eu não posso acreditar
que o Sr. João Agripino possa mandar e desmandar nesta Casa como está
acontecendo, mas quero dizer aqui: nós vamos propor um outro recurso, uma Adin,
porque ontem houve violação flagrante à Constituição.
Não importa o que vai
acontecer hoje aqui. Nós vamos até o final. Política não é feita para covardes.
Política não é feito para quem tem medo. Política não é feita para quem se
vende por emendas. Política não é feita para quem se curva; não é feita para
quem rasteja. Nós vamos sim.
Teremos quase 500
candidatos a prefeito e vice-prefeito do estado. Não adianta rir não, deputado
Carlão Pignatari. Nós vamos correr este estado com os nossos 23 departamentos
dizendo cidade por cidade quem são os corajosos desta Casa.
Quem são aqueles que
estão se entregando, que estão vendendo o servidor público, que estão apoiando
um governador que só se preocupa com o carnaval. Fantasiou-se de colombina lá
sei o que e se esqueceu de ir ver a Baixada. Quinze mortes na Baixada, mas
enquanto isso ele não perdeu um desfile no Rio de Janeiro.
E nós vamos trabalhar até
o fim. A guerra para nós não tem fim. Nós vamos lutar até o último segundo para
evitar que essa Previdência seja aprovada. Não aqui. Eu confio no Judiciário.
Ontem, eu recebi mais de dezenas, Sr. Presidente, de manifestos judiciários
dizendo para mim: “Que covardia, Campos, que covardia”.
O próprio Judiciário
mandando mensagem a mim dizendo: “Nós estamos nos sentindo mal. Nós nos
acovardamos”. Sabe por causa do quê? Porque o governo prometeu dinheiro para o
Judiciário. Eu sempre defendi o Judiciário. Tenho filho juiz, primo
desembargador, sobrinho desembargador federal, mas eu não posso aceitar essa
covardia e é por isso que nós vamos continuar.
Quando eu voltar de novo
aqui à tribuna eu vou dizer quais são os argumentos que nós temos. Enquanto
isso eu quero pedir: não desanimem. Srs. Deputados, nós temos recursos ainda.
Não desanimem. Nós temos que confiar ainda no Judiciário, porque é impossível o
que está acontecendo aqui nesta Casa.
É impossível que apenas
um homem vaidoso, orgulhoso, desumano, que só pensa nele e só pensa em festa,
domine esta Casa como se fosse o quintal da casa dele. Aqui, muita gente já foi
jogar futebol lá no campinho da casa dele.
Quem foi lá, deixou lá a
dignidade. Quem pisou lá, deixou lá a vergonha. Quem foi lá, deixou lá o
respeito. (Manifestação nas galerias.)
Por
isso quero fazer um desafio aqui, para terminar, Sr. Presidente. Mostrem a
coragem. Esta Casa não é de covardes. Esta Casa é de quem tem coragem. E o
momento é de coragem. Não dá para sacrificar o funcionário público.
Em
nome do que, Sr. Presidente? É por isso que quero deixar claro aqui: o PTB vai
até o último fim, até o último segundo, até o último minuto. Vão perder de
cabeça erguida, se perder. Mas não vamos rastejar no chão, como tem muita gente
rastejando, para receber emendas.
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB -
Para concluir, deputado Campos.
O SR. CAMPOS MACHADO -
PTB - Para
concluir, deputados. Temos dois caminhos: ou da dignidade, ou das emendas. É
preciso escolher. E também é preciso perguntar...
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB -
Para concluir, deputado Campos.
O SR. CAMPOS MACHADO -
PTB - Para
terminar, Sr. Presidente. Para terminar. É preciso perguntar aos homens que
trabalharam com Bolsonaro: de que lado eles estão? Eles são bolsonaristas ou
são “doristas”? Não pode ter dois lados.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
A SRA. ISA PENNA - PSOL – PARA
COMUNICAÇÃO - Pela ordem, Sr. Presidente. Eu queria pedir expressamente que o
presidente dê a ordem para que a polícia pare de jogar gás de pimenta em
pessoas, em servidores que estão exercendo o seu direito constitucional, de
liberdade de expressão, agora. Tanto dentro da Alesp quanto aqueles que estão
lá fora, Sr. Presidente. A ditadura acabou. (Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Qual é a questão de ordem de Vossa Excelência? Só a solicitação? Peço à Polícia
Militar que faça o cumprimento para garantir a ordem dos deputados.
Em votação, o
requerimento de método de votação.
O SR. HENI OZI CUKIER - NOVO -
Pela ordem. Eu queria indicar o deputado Daniel José para encaminhar pelo Novo.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Tem a palavra o deputado Daniel José.
O
SR. DANIEL JOSÉ - NOVO -
Obrigado, presidente. Bom dia a todos os parlamentares, toda a assessoria aqui
presente, imprensa, manifestantes aqui presentes na Assembleia.
Logo cedo o
deputado Barba falou sobre um pronunciamento meu, sobre emendas parlamentares,
que saiu na CBN. Eu gostaria de explicar, mais uma vez, pela milésima vez, ao
deputado Barba, qual é o nosso posicionamento sobre emendas parlamentares.
(Manifestação nas galerias.)
Nós, do Novo,
somos contra... Eu gostaria de pedir a preservação do meu tempo, presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Como não fiz com nenhum deputado,
não tenho como preservar o tempo de Vossa Excelência. Peço que aumente o som do
deputado Daniel José.
O SR. DANIEL JOSÉ - NOVO - Nós, do Partido Novo, somos
contra a existência de emendas parlamentares. Dito isso, dado que as emendas
existem, destinamos as emendas com base em critérios técnicos. São critérios
que vêm através de editais, que vêm através de democracia.
Eu gostaria de
aproveitar para fazer um pedido para o deputado Barba. Ele tem dito que vai
panfletar em diversos lugares, dizendo que votamos a favor da reforma da
Previdência.
Eu gostaria de
pedir ao deputado Barba que, por favor, escolha as áreas onde tive uma alta votação,
e, por favor, panflete nessas áreas, dizendo que votei a favor da reforma da
Previdência. Por favor, deputado Barba. Me ajude, divulgando o meu trabalho, e
defendendo os cidadãos paulistas.
A questão da reforma da Previdência, para nós
do Novo, está diretamente ligada aos nossos valores e princípios. Não
negociamos votações.
E buscamos, em
tudo aquilo que fazemos, defender o interesse da menor minoria, que é o
indivíduo, que é o cidadão que paga impostos e que não tem a capacidade de se
organizar como esses manifestantes que estão aqui, defendendo uma minoria do
setor do funcionalismo público.
Nós, do Partido
Novo, não somos contra os funcionários públicos. Somos a favor dos bons
funcionários públicos: os funcionários públicos que entregam resultado.
Os funcionários
públicos que fazem um bom trabalho, esses merecem ser bonificados. Esses
merecem ter promoções rápidas. Agora, os funcionários públicos que não entregam
resultados, eles deveriam ser, sim, punidos.
Eles deveriam
ser repreendidos de alguma maneira, porque recursos públicos de uma população
vulnerável. Somos um país pobre. Esse dinheiro que é pago por impostos deve ser
muito bem utilizado e, para isso, precisamos fazer com que os funcionários
públicos entreguem o resultado que deveriam entregar. Então, somos a favor dos
bons funcionários públicos.
Hoje, aqui, nos
corredores da Alesp, recebi esse documento, que é da Focae, um fórum de
associações de funcionários públicos. E olha a lista dessas associações: são
funcionários da associação de magistrados, da associação do Ministério Público,
da associação de procuradores do estado, da associação de defensores do estado,
da associação de delegados e de fiscais da receita também.
Ou seja, a
elite do funcionalismo público. Ela é a que mais sofre com a reforma da
Previdência, por uma questão matemática.
A Previdência é
insustentável e ela vai se tornar cada vez mais insustentável. Hoje, temos mais
funcionários na ativa do que aposentados. Daqui a três anos, esse cenário vai
mudar. A gente vai ter muito mais funcionários aposentados do que na ativa.
Isso implica que o déficit da Previdência, que hoje está em 22 bilhões, vai
aumentar cada vez mais.
O valor do
déficit da Previdência é múltiplas vezes maior do que é investido na Educação.
Cada um real que gastamos no déficit da Previdência, são recursos que poderiam
ir para a merenda nas escolas. (Manifestação nas galerias.)
A cada um real
que damos de aposentadoria a um juiz, é um real a menos que poderia ir para a
sala de aula, que poderia ir para remédios nos hospitais públicos. Essas são as
escolhas, porque orçamentos são limitados. Quando orçamentos são limitados,
temos que definir prioridades.
O Brasil e o
estado de São Paulo priorizam mais a aposentadoria da elite do funcionalismo
público do que o remédio nos hospitais, do que o giz nas salas de aula, do que
a estrutura das escolas e até mesmo do que um salário melhor para os
professores, para os bons professores.
Portanto, nós,
do Partido Novo, temos muita convicção e orgulho de estarmos votando a favor da
reforma da Previdência. Não precisamos negociar emenda parlamentar e nem cargo.
O que queremos
é que o estado de São Paulo faça as escolhas certas e priorize aquelas pessoas
que mais precisam, que são os alunos que estão nas escolas, que são os doentes
que estão nos hospitais. É por isso que defendemos, integralmente, a reforma da
Previdência. (Manifestação nas galerias.)
Ela ainda não é
perfeita. Não é a reforma que gostaríamos, mas, como a política é a arte do
possível, defendemos aquilo a que conseguimos chegar como um acordo que vai
fazer com que a reforma da Previdência passe e nós transformemos o estado de
São Paulo em um estado mais justo, que aloca melhor os recursos para a
população que mais precisa, para a população mais vulnerável.
Obrigado,
presidente. Vamos aprovar essa reforma da Previdência. (Manifestação nas
galerias.)
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Em votação o roteiro. Os favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado.
Item nº 1.
A SRA. BETH LULA SAHÃO - PT -
Pela ordem. Pela ordem.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Pois não, deputada.
A SRA. BETH LULA SAHÃO - PT -
Para uma verificação de votação.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Já foi o tempo da verificação do roteiro. Já foi o tempo da verificação. Já
entrei no item 1.
A SRA. BETH LULA SAHÃO - PT -
Não, mas ele estava... O que é isso? Ele estava vindo encaminhar. Para uma
verificação de votação! Vossa Excelência... Para uma verificação de votação!
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Item nº 1. Proposta de emenda à Constituição nº 18, de 2019, salvo emendas 3,
30, 32 e partes destacadas rejeitadas em primeiro turno e destaques constantes
no Item 3.
A SRA. ISA PENNA - PSOL - Está sem som!
Estava sem som, Cauê! Isso é antirregimental, é ilegal. Presidente, pela ordem!
O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Votação
nominal, presidente!
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
É regimental o pedido de Vossa Excelência. Coloco em votação o pedido de
votação nominal.
A SRA. ISA PENNA - PSOL - Não tem som
esse microfone, presidente. Pare de cortar o nosso microfone, Cauê.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Estava ligado. Estava ligado.
A SRA. ISA PENNA - PSOL - Este microfone
estava sem som. Não estava ligado. Eu tentei várias vezes para falar aqui. Não
tinha som.
O SR. MARCIO NAKASHIMA – PDT - Sr. Presidente, pela ordem. Eu havia
pedido para encaminhar.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
– Não existe pedido de encaminhamento, deputado.
A SRA. ISA PENNA - PSOL – Ele acabou
de fazer, Cauê.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
– Vossa Excelência estava no fundo do plenário e veio depois de eu ler o item
um. Não vamos tumultuar. Todo mundo aqui quer o tumulto.
A SRA. ISA PENNA - PSOL – Verificação
de votação, Cauê.
O SR. MARCIO NAKASHIMA – PDT - Sr. Presidente, o microfone estava sem
som. O microfone estava sem som.
A SRA. ISA PENNA - PSOL – Estava sem
som. Estava sem som. (Falas sobrepostas.) O senhor é presidente, o senhor não é
rei. (Falas sobrepostas.) O senhor não é rei. Cauê, o senhor não é rei. (Falas
sobrepostas.) Respeite o nosso direito enquanto deputados. Respeite o nosso
direito enquanto deputados. (Falas sobrepostas.)
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
– Em votação o pedido de verificação nominal. Os favoráveis permaneçam como se
encontram. (Pausa.) Aprovado.
A SRA. ISA PENNA - PSOL – Respeite o
nosso direito enquanto deputados. Autoritário. Presidente ... (Fala fora do
microfone.)
O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr.
Presidente, eu requeiro uma verificação de votação.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
– A partir deste momento, vamos fazer soar o sinal intermitente por quatro
minutos para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que não se encontrem em
plenário tomem conhecimento da votação que se realizará.
E, já
adiantando a todos os deputados que estão querendo trazer qualquer tipo de
confusão ao plenário, não existe nenhum momento, porque todas as vezes em que
encerra um orador, eu religo os microfones.
Infelizmente,
infelizmente, agora está desligado o som, porque nós estamos em processo de
chamar os deputados ao plenário. Perfeito? Então, vamos aguardar os quatro
minutos.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL
– Pela ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
– Pela ordem, deputado Giannazi.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL
– Primeiro, eu quero declarar o voto contrário da Bancada do PSOL ao roteiro
que foi votado simbolicamente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
– Não cabe declaração de votos neste momento. Vossa Excelência pode colocar a
Bancada em obstrução, se V. Exa. entender.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL
– E, declarar a obstrução da Bancada do PSOL.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
– O PSOL está em obstrução.
O SR. CORONEL TELHADA - PP – Pela ordem,
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
– Coronel Telhada, pela ordem.
O SR. CORONEL TELHADA - PP – Tendo em
vista o barulho, a gente não está conseguindo entender direito. O que será
votado? É que foi feito pedido de votação.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
– Já foi feita a votação do roteiro de votação.
O SR. CORONEL TELHADA - PP – Ok. E agora?
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
– Nós estamos votando um pedido formulado pelo líder do Governo Carlão Pignatari
para que o processo de votação seja todo ele feito de maneira nominal.
Com o pedido de
verificação efetuado pelo deputado Campos Machado, vamos verificar. Se o
plenário entender que devemos fazer votação nominal, votem “sim”; se entender
que não devemos, votem “não”.
O SR. CORONEL TELHADA - PP – Sim, senhor.
Muito obrigado.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT
– Pela ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
– Deputado Barba, pois não.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT
– Para colocar o PT em obstrução.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
– O PT está em obstrução.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT
– E orientar todo mundo que é contra a reforma a votar “não”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
– Perfeito.
O SR. SEBASTIÃO SANTOS - REPUBLICANOS
– Pela ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
– Deputado Sebastião.
O SR. SEBASTIÃO SANTOS - REPUBLICANOS
– Para colocar o Republicanos em obstrução.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
– O Republicanos está em obstrução.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT
– Pela ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
– Pois não, deputado Barba.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT
– Em relação ao roteiro de votação que o senhor aprovou aqui, para declarar o
voto contrário da bancada do Partido dos Trabalhadores, contrário ao roteiro de
votação.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está
registrado o voto contrário da bancada do Partido dos Trabalhadores em relação
ao roteiro.
O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB -
Pela ordem, Sr. Presidente.
Colocar o PSB em obstrução.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
O PSB está em obstrução.
A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB -
Pela ordem, Sr. Presidente.
Colocar o PCdoB em obstrução.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
O PCdoB está em obstrução.
A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - Voto
contrário ao roteiro de votação.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está
registrado o voto contrário ao roteiro também de Vossa Excelência.
O SR. RODRIGO GAMBALE - PSL - Pela
ordem, Sr. Presidente. Colocar o
PSL em obstrução.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
O PSL está em obstrução.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
Pela ordem, Sr. Presidente.
Vossa Excelência colocou voto contrário da bancada do PSOL no roteiro?
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa
Excelência pediu o voto contrário?
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
Pedi.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Então, desculpa. Registro o voto contrário do PSOL.
O SR. DELEGADO OLIM - PP - Pela
ordem, Sr. Presidente. Colocar o
Progressistas em obstrução.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
O Progressistas está em obstrução.
O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Pela
ordem, Sr. Presidente. Para registrar o voto contrário ao
roteiro de votação.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto contrário ao roteiro de votação.
O SR. MARCIO NAKASHIMA - PDT -
Pela ordem, Sr. Presidente.
Colocar o PDT em obstrução e registrar o voto contrário ao roteiro de votação.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
O PDT está em obstrução e está registrado o voto contrário de Vossa Excelência.
O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Sr. Presidente, é possível já fazer a votação?
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Não, ainda não. Só quando eu abrir os terminais eletrônicos.
O SR. ALEX DE MADUREIRA - PSD - Pela
ordem, Sr. Presidente. Colocar o
PSD em obstrução.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
O PSD está em obstrução. Neste momento vamos abrir os terminais eletrônicos,
para que os parlamentares possam votar “sim” e “não” ou registrar obstrução.
Registrando que nós estamos fazendo votação do pedido formulado pelo líder do
governo, deputado Carlão Pignatari, para que a votação seja nominal.
O SR. ROGÉRIO NOGUEIRA - DEM - Pela
ordem, Sr. Presidente. Colocar o
DEM em obstrução.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
O DEM está em obstrução.
*
* *
- É feita a
verificação de votação pelo sistema eletrônico.
*
* *
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Não
havendo alteração de votos, está encerrado o processo de votação.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela
ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Só
para concluir o processo de votação, deputado Barba. Participaram deste
processo 88 Sras. Deputadas e Srs. Deputados: 60 votos “sim”, 27 “não” e este
presidente que não vota, quórum suficiente que aprova votação nominal dos
próximos itens. Item 1...
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela
ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pois
não, deputado Barba.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Ainda
não é sobre encaminhamento...
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Questão
de ordem de Vossa Excelência.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - O
procedimento agora é uma questão de ordem.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pois
não.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Bom,
nós agora aprovamos o requerimento, o roteiro de votação nominal.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Perfeito.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Até
aí só requeria 48 votos a favor?
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Isso.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - A
partir de agora todos os itens são 57 votos, presidente?
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Para
aprovação são necessários 57 votos.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Só
para pedir aos deputados, para orientar, para a gente começar a trabalhar para
derrotar essa reforma nefasta.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Item
1.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela
ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Em
votação. Proposta de emenda à Constituição nº 18, de 2019, salvo emendas nºs 3,
30 e 32, partes destacadas rejeitadas em 1º turno e destaques constantes no
item III.
Pela ordem,
deputado Barba.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Para
indicar a Professora Bebel para encaminhar em nome da bancada.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem
a palavra a Professora Bebel para encaminhar em nome do PT.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Bom dia, Sr. Presidente, Mesa Diretora dos trabalhos,
aos assessores que sentam à minha esquerda, que sentam à minha direita. Srs.
Deputados, Sras. Deputadas, público aguerrido presente aqui nesta Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo, eu quero dizer o seguinte...
Eu lamento, deputado
Campos Machado. Não sou... O senhor sabe disso, nós tivemos momentos
aguerridos, mas eu o respeito pelo respeito que o senhor dá para o
funcionalismo público do estado de São Paulo.
Deputado Marcio
Nakashima, deputado Aprigio, a nossa aguerrida bancada do Partido dos
Trabalhadores... Deputado Bruno Lima, espero contar com o voto do senhor, contrário,
agora no segundo turno.
Chamo a atenção para o
seguinte: que não tem que tergiversar. Não tem nada dado. Lá fora, já fechamos
aquela avenida que é da Álvares Cabral. Está lotada de gente. Tem mais de 20
mil servidores lá. (Manifestação nas galerias.) Não conseguiram nos conter.
Mudaram o horário.
Desculpa,
vou citar o senhor, deputado Barros Munhoz. Mas já tive a oportunidade de estar
nesta Casa quando o senhor então foi presidente, foi líder. Nunca vi nada igual
como está agora. Nunca vi. Posso ter visto momentos de tensões, divergência no
projeto, poxa! Mas, essa coisa na marra, não pode acontecer.
Aí
perguntam para a gente: “Professora Bebel, a senhora não negociou?”. Não fui
chamada para isso, deputado. Se fui chamada, peguei a proposta, dei na mão.
Pergunta para o líder qual é a resposta que ele me deu. Nenhuma.
Quando
dizem que vou na sala, diz que é para quebrar regimento. Isso, eu não admito.
Não vi nenhuma retratação do Sr. Presidente. Não vou fazer retratação do que
não errei. Não vou. Faço retratação do que eu erro.
O
senhor já me viu na Comissão de Educação. Aquilo que não acerto, eu me retrato.
O que nós assistimos na quarta-feira passada foi a tentativa desesperada de
pegar alguém como eu, que gasta menos. Isso ele não diz.
Por
que ele não diz que estou entre os...? Não estou nessa de gastar mais ou menos
porque não sou do Arthur Vovó Falei, Mamãe Falei, como diz o deputado Campos
Machado. Não estou nessa.
Mas
não estou entre as que gastam. Mas omitiu, vergonhosamente, quando me ameaçou
no microfone: “Vou te expor”. A minha vida é um livro aberto. Eu não escondo
nada. (Manifestação nas galerias.)
Não
escondo nada. Qualquer parlamentar aqui, qualquer um de V. Exas., sabe que
entrou para a vida pública, vira alvo de tudo quanto é coisa. Tudo mundo tem
processo aqui. Acham que vou fazer uso disso? Nunca. Isso se chama ética.
A
gente tem que se prezar por princípios éticos quando a gente assume. A
Presidência passa a ser uma instituição. Não só de um partido, mas de todos os
partidos. Por isso votamos nele.
Essa
é a questão. O mais triste é que não vejo o governo recuar uma linha. Não
recua. Qualquer recuo, qualquer aceno, é demonstração de sentimento, de
sensibilidade. Mas não sinto isso.
O
que estou sentindo, na verdade, é: tem que acabar com o rombo das contas
públicas. E os culpados sempre, quem paga a conta, são os servidores públicos.
Mas e a isenção fiscal? (Manifestação nas galerias.)
E
a isenção fiscal? O deputado Heni deu uma entrevista comigo no “Estadão”. O que
ele diz da regra de transição? “Ah, não é justo que tenha regra de transição
porque, quem vai pagar a conta?” Ora, ora, quem é que está há 25 anos no poder?
Quem que está há 25 anos no poder, que diz que saneou a dívida no estado? Quem
é que está? Não somos nós. Nós somos vítimas desse processo.
Professor,
servidor público, trabalhador da Educação, da Polícia, da Justiça, do
Judiciário. Todos, todos, todos são os que levam o funcionalismo público do
estado de São Paulo.
Mas
a maior cara de pau é ouvir que tem que fazer uma reforma quando o então
candidato ao Governo do Estado de São Paulo, perguntado pelo nobre Márcio
França se faria uma reforma da Previdência, falou: “Não, São Paulo já tem sua
Previdência, a Assembleia Legislativa já fez a sua reforma.
Eu
não mexerei”. “Eu não mexeria”, ele disse. “Foi feito em 2007”. Citou até a
data. E é verdade. Por que ele está mexendo agora? Por que esse confisco de 14
por cento?
Porque
vai ter um processo de desaposentação também. Quem subir no teto que já pagou a
sua aposentadoria... Subiu o teto de seis mil reais para cima, vai contribuir
com os 14 por cento. Não dá para falar que essa negociação foi feita com
polícia. Eu não sou policial, mas conversei com policiais. “Contempla a todos.”
Não
é verdade. Contempla a elite da polícia. Bom, querem continuar votando com o
governo... Ok, mas saibam que vão deixar... Estive em Piracicaba, conversei com
um delegado de polícia de lá. Ele disse: “Não, Bebel, vou trabalhar o dobro. Eu
estava com cinco anos, vou para nove anos para aposentar”.
É
injusto, é desumano tirar direitos sociais. E eu tenho cá comigo que qualquer
mudança que é desumana atinge os direitos humanos. Quando, por exemplo, não
atende quem estiver doente. Todo mundo: “Vai aposentar, sim”. Não é verdade.
Vai aposentar depois que morrer?
O
readaptado, é culpa dele ser readaptado? Ou é o estado que não deu as condições
para ele trabalhar? (Manifestação nas galerias.) Esse é o debate de fundo. Mas
não fazem o debate de fundo. Fazem assim: “Eu fiz uma má gestão e tenho que
cortar aqui”. Vamos debruçar? Vamos ver onde estão mesmo os problemas?
Meus
companheiros e minhas companheiras, querido público presente: eu prezo porque
sou servidora pública também. Estou deputada. A minha profissão não é deputada,
a minha profissão é professora. (Manifestação nas galerias.)
E
tem gente que vem aqui dizer que não sou professora. Eu não sou empresária da
Educação. Não sou especialista em fazer projeto para a Educação, como alguns
que vão para os Estados Unidos, vêm falando um pouquinho de inglês e querem
ensinar para nós a escola brasileira, como é que funciona o chão da escola
pública no estado de São Paulo e no país.
Aí
vem com projetinho de ICMS, com disputa no ICMS... Fazer guerra fiscal entre os
próprios municípios, dando nota. Tudo isso vai estar no entulho autoritário
depois da reforma, para nós apreciarmos.
E
eu tenho muito medo, sabe? Medo, não, mas fico indignada. Medo, graças a Deus,
quem tem o funcionalismo, quem tem uma categoria ao seu lado, que confiou a
você o voto, tranquilamente, você não tem medo.
Você
tem segurança. Mas estou indignada com o autoritarismo com que essa reforma foi
posta aqui na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
O SR. ADALBERTO
FREITAS - PSL -
Pela ordem, Presidente.
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB -
Só deixe a oradora concluir. Para concluir, Professora Bebel.
A SRA. PROFESSORA
BEBEL LULA - PT - Quero
dizer o seguinte: eu não aceito, não. Não aceito. No dia seguinte, vamos
recorrer, deputado Aprigio. Vamos recorrer. E oxalá, no dia 18, vamos fazer uma
grande greve do funcionalismo público no estado de São Paulo e vamos mostrar a
que viemos. (Manifestação nas galerias.)
Porque
nunca baixaram a nossa cabeça e não é agora que vão baixar. Quero dizer para os
senhores e para as senhoras o seguinte: vocês saíram meia-noite de casa, dez
horas da noite, oito horas da noite. Tem gente lá fora, 20 mil servidores lá
fora...
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB -
Para concluir, deputada Bebel.
A SRA. PROFESSORA
BEBEL LULA - PT
- O senhor está impaciente hoje, hein, deputado.
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB
– Não, não. Já passou um minuto do tempo de Vossa Excelência.
A SRA. PROFESSORA
BEBEL LULA - PT
– Menos, né?
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB
– Para concluir. V. Exa. não vai concluir?
A SRA. PROFESSORA
BEBEL LULA - PT
– O senhor dá um minuto para quem o senhor quer.
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB
– Não, não. Eu dou um minuto para todos os deputados.
A SRA. PROFESSORA
BEBEL LULA - PT
– O senhor quer me tirar no tapa daqui.
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB
– Para concluir, deputada.
A SRA. PROFESSORA
BEBEL LULA - PT
– Eu vou concluir. Eu quero dizer o seguinte.
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB
– Não, não, não. Não cabe mais dizer, deputada Bebel. Para concluir. V. Exa.
tem a conclusão da fala.
A SRA. PROFESSORA
BEBEL LULA - PT
– Se o senhor me permitir eu concluo.
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB
– Então, conclua, por favor. V. Exa. precisa concluir.
A SRA. PROFESSORA
BEBEL LULA - PT
– O senhor tem que permitir que eu conclua.
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB
– Não, não tenho que permitir.
A SRA. PROFESSORA
BEBEL LULA - PT
– O senhor tem que me permitir.
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB
– Deputado Adalberto.
A SRA. PROFESSORA
BEBEL LULA - PT
– O senhor permita, por favor. Permita que eu conclua.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
– Está encerrada a fala da deputada.
É regimental. O
Major Mecca pode encaminhar em nome da Liderança do PSL.
Só lembrando
que eu estou sendo tolerante com todos os deputados até um minuto. Até um
minuto para todos os deputados. Então, passo a palavra ao deputado Major Mecca.
A palavra está
com o Major Mecca. Vou passar a palavra para o deputado Major Mecca. Deputado
Major Mecca, peço que V. Exa. se poste na tribuna.
Com a palavra o
deputado Major Mecca.
O SR. MAJOR MECCA -
PSL – SEM REVISÃO
DO ORADOR – Dentro da medida do possível, nós desejamos um bom dia a todos.
Presidente.
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB
– A palavra está com V. Exa. Eu restituo os dez minutos, e peço que V. Exa.
comece a palavra.
A
palavra está com V. Exa., deputado Major Mecca.
O SR. MAJOR MECCA -
PSL – Eu gostaria
de registrar, deixar consignado aqui nesta tribuna, deixar consignado para o
estado de São Paulo que nós, policiais do nosso estado, nunca nos sentimos tão
traídos como nos sentimos neste momento.
Enquanto
segue essa bagunça aqui neste plenário, que aparentemente parece ser algo
proposital, nós temos no Guarujá cinco pessoas mortas num deslizamento de
terra. Nós temos o cabo Moraes em óbito. Temos o cabo da Polícia Militar
Bombeiro cabo PM Batalha desaparecido num soterramento.
Enquanto
tudo isso se desenrola aqui, o desrespeito a todos nós policiais, um policial
enterrado embaixo da lama, o outro no PS, a família policial chorando.
Presidente
não tem condições de continuar.
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB
– A palavra está com V. Exa., deputado Mecca. A palavra está com V. Exa. A
palavra está com Vossa Excelência.
O SR. MAJOR MECCA -
PSL – Àqueles que
são policiais: que nós façamos um minuto de oração aos dois policiais mortos na
data de hoje. E, à Polícia do estado de São Paulo: é essa a situação que nós
atravessamos.
É
diante desse cenário que nós temos a oportunidade de trazer o descaso do estado
em relação a todas as polícias. É diante desse cenário aqui.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Em votação o processo. Está em votação. Eu vou fazer a votação do item nº 2.
Vossa Excelência quer encaminhar? O deputado Barba já encaminhou pela liderança
do PT? Vai encaminhar, deputado? Liderança do PT? Vai encaminhar Vossa
Excelência?
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT -
Sim. A deputada Beth vai encaminhar.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
A deputada Beth Sahão vai encaminhar em nome da bancada do PT. (Manifestação
nas galerias.) O tempo está correndo, deputada Beth.
A SRA. BETH LULA SAHÃO
- PT - Eu estou
deixando o meu tempo correr para eles se manifestarem, porque o que eu
presenciei agora ali no primeiro andar é vergonhoso. A Tropa de Choque está
aqui dentro da Assembleia. Eu estou no meu quinto mandato. Nunca vi isso aqui
nesta Casa.
Nunca vi um
presidente autoritário e antidemocrático como o Cauê Macris. Nunca vi. Está com
gás, e eu não consegui ir no primeiro andar, deputado Barba. Vai lá V. Exa.,
vai lá, deputado Giannazi. Está cheio de gás de pimenta, dentro de uma Casa
democrática. Isso é inadmissível.
As deputadas e
os deputados desta Casa deviam
se envergonhar do que está sendo feito aqui hoje. Deviam se envergonhar.
Impedir que os servidores se manifestem? Por isso, se eles quiserem gritar,
podem se manifestar. O meu tempo é dedicado a vocês. O meu tempo é para que
vocês possam falar também. É uma vergonha.
Já não basta o
golpe que foi dado hoje de manhã, de pautar esse projeto hoje, às nove e 15 da
manhã. Mas nós estamos aqui firmes e fortes, para derrotar esse projeto
trágico, esse projeto insano, para atender os caprichos do governador.
(Manifestação nas galerias.)
Sr. Presidente
Cauê Macris, eu gostaria que V. Exa. me desse um segundo de atenção, da mesma
forma como V. Exa. dá atenção aos deputados
da sua base. Aliás, eu acho que a postura de V. Exa. devia ser mais democrática.
Eu reconheço
que o senhor tem que defender o governo que lhe apoia, mas o senhor também tem
que respeitar os deputados da
oposição, e o deputado Marcio acabou de me dizer que o pessoal não está
conseguindo ficar dentro dos gabinetes, porque o gás de pimenta está invadindo
os gabinetes.
Eu não consigo.
Eu não tenho estrutura física para aguentar gás de pimenta. Tem que mandar
suspender isso agora. Por favor. Por favor, estou pedindo com delicadeza e com
educação.
Mande suspender
e mande retirar a Tropa de Choque aqui da Assembleia. Esta Casa não prevê esse
tipo de conduta. Trata servidor público como se fosse bandido. Trata servidor
público como se fosse ladrão.
Aqui não tem
bandido. Aqui não tem ladrão. Aqui tem trabalhadoras e trabalhadores, que estão
lutando pelos seus direitos, para que eles não sejam vilipendiados pelo
governador.
Vossa
Excelência tem que tomar uma medida. E o duro, sabe o que é? Que ele se coloca
como se nada estivesse acontecendo. É indiferente às nossas críticas, é
indiferente aos nossos apelos.
Isso é
inadmissível, mais uma vez eu repito, de acontecer nesta Casa. O que é isso, Sr. Presidente? Como que o senhor
tolera, aceita e manda acontecer esse tipo de coisa? Porque se está cheio de
polícia aqui, se a Tropa de Choque está aqui, é uma determinação sua,
exclusivamente sua.
A deputada
Márcia Lia está dizendo que jogaram spray de pimenta nela. É assim que trata
parlamentar? Não pode tratar nem parlamentar e nem o povo que está aqui. As
pessoas não podem ser tratadas desta forma e muito me indigna... Sabe o que me
indigna e me deixa absolutamente...
Olha, eu fico dizendo
para vocês que eu tenho uma dor no coração quando eu vejo que deputadas e
deputados que foram eleitos em cima do tal do discurso e da narrativa da nova
política, da política da mudança, vêm aqui e votam com práticas antigas dos
governos tucanos, porque isso é assim que funciona. É assim que funciona esta
Casa; é o toma lá dá cá.
É fazer acordo no Palácio
dos Bandeirantes. É fazer acordo para liberação de emendas. É fazer acordo para
conquistar cargos. É fazer acordo para ter projetos aprovados e sancionados
pelo governador. Se isso acontecer, nós vamos votar a favor.
Esses são os partidos que
se dizem a novidade, desde o Novo ao PSL e tantos outros, com raras exceções de
deputados que têm consciência de classe, que têm consciência da categoria que
eles representam e do peso que essa categoria tem nas suas costas; e eles sabem
que serão cobrados.
E quero dizer uma coisa:
nós vamos fazer tudo para que esses deputados que votaram aqui sejam de fato
cobrados nas suas bases, para que as pessoas não se esqueçam de que lado que
eles estão. Eles estão, na verdade, do lado de um governo que é inoperante, que
é incompetente, que não tem nada de gestão.
Os governos tucanos
alardeiam pelo País afora que eles são grandes gestores. Grandes gestores do
quê? Grandes gestores do dinheiro que eles querem tirar de vocês, servidores,
do trabalho suado, para poder custear os gastos da pré-campanha do Sr.
Governador à Presidência da República.
Isso é que está oculto na
pressa, no fato desse projeto ter sido discutido nas coxas; ter sido discutido
no apagar das luzes; ter sido discutido para poder nos enfiar goela abaixo um
projeto que a gente mal teve tempo de colocar uma emenda para tentar reduzir os
danos, para tentar reduzir os impactos negativos que ele vai provocar na vida
de milhares de servidores públicos no estado de São Paulo.
E este estado é um estado
de luta. Esses servidores que estão aqui são servidores de luta. São servidores
que estão vindo aqui de forma recorrente, com frequência. Em todas votações
estão presentes, estão nos estimulando, nos motivando. É a presença de vocês
também que nos ajuda, que nos dá força para que a gente possa fazer esse
enfrentamento.
Um enfrentamento
desequilibrado, um enfretamento desleal. Como é desleal a força bruta que se
coloca na polícia aqui nos corredores desta Casa. Isso é absolutamente desleal.
Isso é insuportável da gente passar pelos corredores e ter que conviver com
isso. Que absurdo que é esse? Eu nunca vi isso na minha vida.
Eu nunca vi uma Casa
Legislativa que preza, que deveria prezar democracia, colocar a força física da
polícia e daquilo que há de mais forte nela, que é a Tropa de Choque, para
reprimir os trabalhadores e as trabalhadoras aqui na Assembleia Legislativa.
Portanto, quero dizer que
nós vamos dar muito trabalho para eles. Eles podem até conseguir aprovar essa
fatídica reforma da Previdência, mas se nós perdermos, nós vamos perder em pé,
como vocês vão perder em pé.
Nós vamos perder com
honra. Nós podemos perder com dignidade. E como disse a deputada Bebel, vamos
entrar com recurso. Vamos para a Justiça. Vamos judicializar esse processo.
Vamos até o fim. Nós não
vamos deixar isso acontecer. O deputado Campos entrou com ação; a bancada do
Partido dos Trabalhadores entrou com representação e vamos usar de tudo aquilo
que a lei nos confere. E a presença de vocês aqui tem que ficar. Não se deixem
amedrontar.
Não se deixem intimidar
por essa força bruta que toma conta da Assembleia na manhã de hoje. Isso, Sr.
Presidente, V. Exa. devia ter o mínimo de sensibilidade. Devia ter o mínimo de
bom senso e mandar retirar essa tropa de choque que agride trabalhadoras, que
agride trabalhadores e que agride parlamentares. Isso é uma vergonha. Vossa
Excelência demonstra uma frieza que, sinceramente, é algo que eu não esperava
de Vossa Excelência.
É uma face sua
que eu não conhecia. Eu não conhecia essa sua face. Essa sua face da
indiferença. Essa sua face de fortalecer; esse tipo de prática autoritária
dentro desta Casa. Por isso eu queria pedir para V. Exa.: repense os seus atos.
Repense aquilo que o senhor está mandando fazer, porque amanhã, aquilo que vai,
volta.
A vida nos
cobra. Certamente o senhor será cobrado por essa atitude que o senhor está
tomando na manhã de hoje. Já não basta o senhor ter pautado duas sessões
extraordinárias para votar esse projeto? E ainda assim o faz da forma mais
autoritária, mais estúpida possível, que é em cima das trabalhadoras, em cima
dos trabalhadores e dos servidores públicos.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Para concluir, deputada Beth.
Para concluir, deputada Beth. Para concluir, deputada Beth.
A SRA. BETH LULA SAHÃO - PT - Por isso que, todas as vezes que
formos agredidas, vamos ocupar esta tribuna e vamos denunciar isso. Se for o
caso, vamos levar adiante. Vamos denunciar isso na própria justiça, porque
estamos sendo agredidos no nosso direito democrático de defesa e de poder usar
o Regimento da maneira mais correta possível.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Para concluir, deputada Beth.
Para concluir, deputada Beth.
A SRA. BETH LULA SAHÃO - PT - Algo que o senhor não está
fazendo. Vossa Excelência está usando o Regimento a seu favor, a favor do
governo que o senhor representa.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Para concluir, preciso que V.
Exa. conclua a sua fala, deputada Beth.
A SRA. BETH LULA SAHÃO - PT - O governo que quer retirar
direitos dos trabalhadores, fazendo-os trabalhar cada vez mais.
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB -
Para concluir, deputada Beth. Para concluir, deputada Beth.
A SRA. BETH LULA SAHÃO
- PT -
Algo que o senhor não está fazendo. Vossa Excelência está usando o Regimento a
seu favor, a favor do governo que o senhor representa.
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB -
Para concluir, preciso que V. Exa. conclua a sua fala, deputada Beth.
A SRA. BETH LULA SAHÃO
- PT -
O governo que quer retirar direitos dos trabalhadores, fazendo-os trabalhar
cada vez mais.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
Pela ordem, Sr. Presidente. Pela ordem, pela ordem. Quero indicar, para
encaminhar, a deputada Isa Penna, pela liderança do PSOL.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Tem a palavra a deputada Isa Penna, pela liderança do PSOL.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
Sr. Presidente, só uma comunicação? O gás...
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Não, não. Não estou cedendo comunicação, deputado. Não estou cedendo
comunicações a nenhum deputado.
A SRA. ISA PENNA -
PSOL - SEM REVISÃO DO
ORADOR - Quero começar perguntando: tem professor aí? (Manifestação nas
galerias.) Tem agente da Saúde aí? (Manifestação nas galerias.) E agente
penitenciário, tem aí? (Manifestação nas galerias.)
Agora
quero perguntar outra coisa. Alguém tirou dinheiro do próprio bolso para vir
aqui hoje? (Manifestação nas galerias.) Então aqui não tem vagabundo. Aqui tem
trabalhador. Aqui tem servidor público do estado de São Paulo. Estou aqui para
falar que o PSOL tem lado. E a gente está com vocês até o final. (Manifestação
nas galerias.)
Quero
dizer o seguinte. Esse governador sem-vergonha, playboy, é dono de uma das 10
maiores mansões da cidade de São Paulo. Aplica essa reforma para trabalhadores
que já vivem em condições indignas de trabalho. Vergonha. Vergonha.
Sabe
para quê? Porque ele quer ser presidente. O João Doria quer ser presidente.
Está, para isso, fazendo uma demonstração ao capital financeiro, dizendo: “Olha
como eu sou eficiente.” Eficiente, nada.
Essa
reforma da Previdência foi aprovada com 57 votinhos, numa manobra golpista
desse Sr. Presidente que agora fala que votou. Teve o mínimo de votos.
Deputados que não têm sequer coragem de subir aqui em cima e defender o
conteúdo da reforma que vocês estão votando.
Que
não têm coragem de olhar na cara dos trabalhadores que vocês vão prejudicar,
inviabilizar a vida dessas pessoas.
Subam
aqui, deputados. Encarem o povo. O povo é muito corajoso perto de vocês. Está
ali, tomando bomba. Está ali, tomando bala de borracha. E vocês aí, sentados,
insensíveis. E depois, perguntam por que o Brasil está em crise.
Nossa,
gente, por que será que as instituições no Brasil estão em crise, não é mesmo,
gente? Vocês estão dando aqui o exemplo do porquê o Brasil está no que vocês
mesmos gostam de chamar de “caos institucional”. O Brasil está nesse caos
institucional porque as instituições estão surdas aos anseios, ao que a
população precisa.
Quando
falamos de serviço público, estamos falando... Não é, ao contrário do que se
quer vender para as pessoas que estão em casa me assistindo, não é o
servidor... Em média, são
aproximadamente 600 mil funcionários públicos no estado de São Paulo. Mais de
60% não ganha sequer quatro salários mínimos.
Isso
não é um salário digno de um trabalhador. A gente sabe o custo que é viver em
São Paulo. (Manifestação nas galerias.) Bomba de gás! Bomba de gás agora na
Alesp! Abaixo a repressão! Abaixo a repressão! Abaixo a repressão! Abaixo a
repressão!
Peço
meu tempo, presidente. Bala de borracha! Bala de borracha! Eu peço a suspensão
da sessão, presidente. Peço a suspensão da sessão. Presidente, eu peço a
suspensão. Bala de borracha! Ditadura nunca mais!
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB -
Só para avisar os deputados: são os próprios manifestantes batendo no painel de
madeira. Perfeito? Só para todos os deputados ficarem cientes.
A SRA. ISA PENNA -
PSOL -
O senhor é um autoritário, Sr. Presidente. O senhor é um covarde que não tem
coragem de ir àquele corredor encarar o trabalhador, explicar para ele que não
vai se aposentar, explicar para ele as condições indignas de trabalho.
Esse
presidente se acha rei, mas a gente vai lembrar que, gostem ou não gostem, os
governantes deste país ainda vivem em uma democracia. E essa democracia foi conquistada
com muito suor e muito sangue.
Nós,
com muito suor e muito sangue, se for preciso, a defenderemos. Nós não vamos
deixar fazerem o que querem. Filma lá, por favor. Para as pessoas que estão me
ouvindo em casa, estamos aqui agora... (Manifestação nas galerias.) Para de
atirar! Para de atirar bala de borracha!
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB -
Quero pedir à polícia que preserve o ambiente. A polícia tem que preservar o
ambiente para que os deputados possam fazer o processo de votação.
A SRA. ISA PENNA -
PSOL -
Para de atirar bala de borracha! O senhor é um autoritário, Sr. Cauê Macris. O
senhor é um autoritário, um reizinho, um reizinho que não tem coragem, não tem
metade da coragem que esse povo tem.
O
senhor não é digno de estar sentado nessa cadeira, só porque o papai te colocou
aí. O senhor saia dessa cadeira, que o senhor não é digno dela. (Manifestação
nas galerias.)
O
que eles estão falando? (Manifestação nas galerias.) Tem um provocador lá no
meio, é isso? Tem um provocador lá no meio? Ah, tem um provocador da liderança
do PSDB, é isso mesmo? Cadê o líder Carlão Pignatari? É da liderança do PSDB,
esse ser humano que está aí em cima? Quem é o cidadão, o corajoso, o machão?
Cadê? Desce aqui! Desce aqui. Foi lá provocar. Provocador! Provocador!
Para
de atirar nos servidores! Para de atirar nos servidores! Para de atirar nos
servidores! Cauê Macris é um reizinho, Doria é um playboy.
Mas,
tudo bem. Tempo é tempo. A esquerda cometeu seus erros, e isso dificulta na
hora de a gente resistir.
Mas,
eu quero deixar bem claro que nós... Tem militante do MBL batendo em mulher
ali, é isso? E a Polícia, cadê? Só está para bater em servidor, mesmo, né? Para
bater em gente que bate em mulher não precisa.
Para
de atirar bomba e bala de borracha num espaço minúsculo. Vai acontecer uma
tragédia, Cauê. Isso vai ser ruim até para você. Não é possível. Presidente, eu
peço a suspensão da presente sessão.
Presidente,
eu peço a suspensão da presente sessão. É um absurdo. É lamentável. Lamentável.
Lamentável.
Presidente,
se o senhor não se sensibiliza com essa cena, o senhor não é digno de sentar
nessa cadeira em que o senhor está. Não é digno. E, o dinheiro não vence tudo.
Por hora, ele conseguiu que esse presidente mau-caráter, preconceituoso, se
elegesse; conseguiu que esse playboy fosse eleito; conseguiu que essa pessoa,
esse reizinho, aí, que está até vermelho, porque finge indiferença, mas não é
indiferente, esteja ali agora.
Mas,
o dinheiro não compra tudo. O dinheiro não compra mobilização. Olha ali, ó. Olha
ali, ó. Olha ali. Gente do céu. E, o presidente da Alesp, calmo, tranquilo. O
presidente da Alesp parece não se importar com os servidores públicos do estado
de São Paulo. Não se importa.
Cauê
Macris, você não volta. Viva os servidores públicos do estado de São Paulo. A
nossa luta é de vocês.
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB
– Para concluir, deputada Isa.
A SRA. ISA PENNA -
PSOL – Eu queria
pedir uma salva de palmas dos deputados de oposição aos servidores que estão em
luta aqui hoje. Nós queremos vocês aqui. Nós queremos vocês aqui.
Estamos
com vocês. Olhem bem quem está com vocês.
Lamentável,
Sr. Reizinho.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
– Para concluir, deputada.
Em votação.
O SR. CAMPOS MACHADO - PTB – Pela ordem,
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
– Pela ordem, deputado Campos Machado.
O SR. CAMPOS MACHADO - PTB – Para
encaminhar pelo PTB.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
– Tem a palavra Vossa Excelência.
O SR. CAMPOS MACHADO -
PTB – Sr.
Presidente, inicialmente, eu quero que esse pessoal que fica aqui na frente não
possa atrapalhar o meu pronunciamento. Quero que preserve meu tempo.
Sr.
Presidente, quero me dirigir agora àqueles que falam em nome de Deus nesta
Casa. Àqueles que invocam Deus. Se esse pessoal que fala em nome de Deus quer
efetivamente, se aguarda a justiça de Deus, por que não faz justiça aos homens?
Por que não faz justiça aos servidores? Por que não faz?
É
fácil ir às igrejas e depois cometer o pecado que estão cometendo aqui contra o
funcionário público. Me desculpe. Chega de hipocrisia. Chega de hipocrisia. O
que é isso?
E,
alguns policiais militares que me desculpem. Como é que eles podem trocar de
opinião desta maneira? Como é que é possível mudar de opinião desta maneira?
Até ontem, eles tinham um pensamento, deputado Conte, hoje alguns policiais
militares mudaram, como se fosse por encanto.
O
que é que receberam? Os cinco por cento de aumento, essa miséria? Não, mudaram
de opinião, e deve ter um motivo, mas eu quero me ater agora também à palavra
do relator, o deputado Henri. O deputado Henri, meu amigo... Heni, seja o que
for, Henri, Heni, a bobagem é a mesma que está aqui.
Imagine
que ele... Primeiro ele compara o quê? Uma coisa séria como esta a um jogo
Brasil e Argentina, e depois o Judiciário não atentou para isso. O
desembargador Alex, o que apreciou ontem o mandado de segurança foi ofendido
pelo deputado Heni, que disse que ele é parte interessada.
O
que é isso, meu caro desembargador, Dr. Alex? Como é que o senhor aceita isso?
Como é que o senhor pode aceitar, meu desembargador? Ontem, ao apreciar o
mandado de segurança, o senhor deu razão ao deputado Heni, dizendo que o senhor
é parte interessada. Aí eu pergunto. De que lado está o Judiciário?
Eles
não estão preocupados com essa agressão, deputado Engler, que é essa proposta
de Previdência. Como disse o Major Mecca, com muita coragem, onde está a
preocupação dos militares desta Casa,
quando tem um bombeiro morto, quando tem um policial soterrado?
E
o nosso João Agripino, fantasiado de Leopoldina no Carnaval do Rio de Janeiro.
Aí eu faço a pergunta: onde estão os policiais militares, deputado Conte Lopes,
que deveriam ser contra a Previdência, e hoje mudaram de lado? Onde estão?
Daqui a pouco nós vamos ver policiais militares votando a favor da Previdência.
Enquanto
isso, bombeiro enterrado, bombeiro morto. Eu não quero mais ouvir esses deputados que estão votando a
Previdência falarem em nome de policiais mortos. Não podem ser cínicos. Não
podem ser arrogantes.
Eu
não posso aceitar mais que os policiais militares desta Casa, que estão votando
a favor desse monstrengo, venham aqui falar: “mas como? O salário é baixo. Os
militares estão assim, como?”.
Quem
é que vai explicar a morte do bombeiro? Está enterrado, soterrado. E onde
estava o governador? Desfilando nas 12 escolas de samba do Rio de Janeiro. Aí
eu quero fazer uma pergunta aos bolsonaristas.
No
segundo turno, eu votei no Bolsonaro, e tenho intenção de votar em vinte e
dois. Agora, eu pergunto. Quem é bolsonarista mesmo aqui? O que tem aqui é
turista. Turista. Eu acho que todos devem fazer um desfile no Carnaval, e,
junto com o Doria, fazer a corrente da felicidade.
Deputada
Edna Macedo, como é que eu posso aceitar que homens de Deus que olham para
cima, pregam à vontade, defendem o Evangelho, querem a justiça de Deus e não
fazem a justiça aos homens?
Os
servidores estão sendo injustiçados, vilipendiados, ofendidos. Enquanto isso os
homens de Deus, os pastores, fazem o quê? Defendem o João Agripino. Qual é a
justiça dos senhores, a de Deus?
Não, a justiça dos
senhores está sendo feita aqui; é a injustiça. E eu vou dizer isso
constantemente. Não é possível mais aceitar calado o que acontece nesta Casa,
deputado Enio Tatto.
Quando interessam, quando
as emendas falam mais alto, eles se esquecem da justiça divina. Os cargos, o
perfume morumbiano, as emendas falam mais alto. E o povo, e o servidor público,
para que servem? De massa de manobra.
É por isso que eu estou
aqui hoje, para dizer que nós, inclusive em cima da fala do deputado Heni,
crítico... Criticou o desembargador, disse que ele age em causa própria. E o
Judiciário não diz nada, silencia? Srs. Judiciários, estão receosos do deputado
Heni? Estão com medo? O que é isso?
Eu não estou acreditando
que esse é o nosso Judiciário, que se acovarda diante de uma matéria publicada
no jornal O Estado de S. Paulo, onde o deputado Heni deixa claro que o
desembargado Alex, que deu a liminar, defendeu causa própria. Qual é a resposta
do Judiciário?
Será que o governo tem
força para calar o Judiciário? Será? Eu estou anunciando aqui: eu vou propor
uma Adin, uma ação por ser inconstitucional não só esse projeto, como a
estupidez da decisão de ontem. E é por isso, deputado, que nós podemos perder,
mas de cabeça erguida. Tem muita gente aqui que vai sair de cabeça baixa, que
vai sair olhando para o chão, envergonhado.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Para
concluir, deputado Campos.
O
SR. CAMPOS MACHADO - PTB -
Para complementar, Sr. Presidente, eu deixo esta tribuna - desculpe o termo
forte - com vergonha deste plenário, que não está agindo com dignidade e com
coragem.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ
MACRIS - PSDB - Em votação.
A SRA. LECI BRANDÃO -
PCdoB - Pela ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ
MACRIS - PSDB - Deputada Leci Brandão.
A SRA. LECI BRANDÃO -
PCdoB - Para encaminhar pelo PCdoB.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ
MACRIS - PSDB - É regimental. Vossa Excelência tem a
palavra.
A
SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Deus abençoe, proteja, ilumine todas as pessoas que
estão aí. Eu gostaria de dizer que eu não estou aqui para apontar nenhuma
pessoa, mas enquanto cidadã brasileira, a gente pode falar o que a gente quiser
quando é em prol do direito e quando é em prol da justiça.
Parece-me que esta Casa é
uma Casa de legisladores. As pessoas que estão aqui, os 93 e mais uma deputada,
têm aqui o dever de fazer projetos de lei, defender os interesses do povo,
atender as demandas do povo.
Outro
dia foi dito aqui neste plenário que as mulheres de esquerda são hipócritas. Eu
não sou hipócrita. Muito pelo contrário. (Manifestação nas galerias.)
Já
fui apontada, muitas vezes, pelo fato de ter lado. Lado é uma coisa muito
importante. Sempre tive lado na minha vida.
Como
disse ainda há pouco a deputada Bebel - que, aliás, quero parabenizá-la pela
mobilização fantástica que V. Exa. fez - é o seguinte: a senhora não é
deputada. A senhora é professora. Estou deputada, mas sou artista popular, que
sempre defendi os direitos do povo.
Parabenizo
V. Exa. por isso. Vou me oportunizar dessa semana. Dia 8 é o Dia Internacional
da Mulher. Não é isso? Tenho certeza que onde for, seja no Anhangabaú, na Praça
da República, a mulherada toda estará na rua para comemorar esse dia.
As
pautas dos tempos atuais dizem que as mulheres são protagonistas, que agora é a
vez das mulheres. As mulheres estão ocupando grandes espaços. As mulheres têm
força, têm capacidade. Não discordo disso. Dizem também que as mulheres têm
sensibilidade.
Aqui
nesta Casa não temos tantas mulheres. Temos poucas mulheres. Mas tenho certeza
que cada uma delas tem uma coisa chamada sensibilidade. Não posso acreditar que
uma mulher queira prejudicar um ser humano.
Porque
são muitas mulheres que serão prejudicadas se essa reforma passar. Como que vai
ficar o coração dessas mulheres? (Manifestação nas galerias.)
Como
elas vão ter coragem de falar com professoras, com enfermeiras, com serventes,
com operárias? Não vão ter condições, porque a consciência vai pesar muito.
Ninguém vai poder sair daqui tranquila, dormir bem, se votar a favor dessa
Previdência. Queremos dizer uma outra coisa. Foi dito aqui também que a
esquerda jamais voltaria. Que a esquerda não vai voltar. Só Deus é que pode
dizer isso. Quem não é Deus não pode dizer isso. (Manifestação nas galerias.)
Entendeu?
Não pode dizer isso. Foi dito aqui que a esquerda jamais voltaria e que as mulheres
de esquerda são hipócritas. Não sei se nasci de esquerda, se nasci de direita.
O que sei é que nasci para defender os meus. Nasci para defender quem não tem
voz, que não tem acesso, quem não tem inclusão. (Manifestação nas galerias.)
Vejo
que a plateia está um pouco menor. Até entendo por quê. Porque eu aqui estou
sofrendo. A garganta está ardendo pra caramba. O deputado Barba me deu água
porque chegou.
E
a deputada Márcia Lia chegou aqui dizendo o seguinte: jogaram spray de pimenta
no rosto dela. Isso é um absurdo. Isso é um absurdo. Até porque, houve uma
manobra de imagens na TV. Eu tenho coragem para falar isso, porque não tenho
medo da mídia.
Acontece
o seguinte. As imagens que tiveram naquela semana, foram imagens seletivas.
Aparece V. Exa. dando soco. Aparece a deputada Márcia Lia tentando conter
alguma coisa. Mas aí, para o público que assiste, o que aconteceu? A esquerda
bagunçou a Assembleia. Não é nada disso, não. (Manifestação nas galerias.)
A
bagunça é outra. A bagunça é outra. A forma como as pessoas estão tratando isso
aí, não quero saber, não quero entrar nos conteúdos de gabinetes, porque não me
interessa. Gosto muito de cuidar da minha vida. Tem gente que gosta de se meter
na vida dos outros: ilações, mentiras, fake news, é um monte de coisa que tem.
Outra
coisa. Fui lá fora para ver o que estava acontecendo. Tinha lá uma pessoa. Não
sei nem o nome. Sei que é um de MBL. Tem alguma coisa, esse nome MBL? Estava
incitando os professores, estava ofendendo os professores.
Não
devo nada para o MBL. Não tenho esse tipo de acordo com ninguém. Porque fiz a
minha vida com a arte, defendendo o povo. Não tenho tramoia com ninguém. Comigo
não é assim. Comigo é olho no olho. Não preciso gritar, não preciso brigar, não
preciso fazer nada.
A
gente tem que ter postura. A gente tem que ter dignidade. Eu tenho dignidade de
vida, graças a Deus. A formação que V. Exas. têm é infinitamente superior à
minha. Mas não dá para entender como a maioria das pessoas que estão aqui,
homens e mulheres, vieram através do voto popular. Vieram através do povo. O
povo está aqui. O povo tem vindo aqui todos os dias. E aí acaba o compromisso?
Acabou o compromisso? Eu não acredito nisso.
Não
estou aqui para ofender a quem quer que seja. Eu respeito todo mundo, mas quero
falar principalmente com as mulheres, porque nesta semana a mulherada toda vai
aparecer, vai causar, vai fazer um monte de coisa.
Não
interessa isso, não. O que interessa é o compromisso, é a verdade, é a
sensibilidade. Mulher tem sensibilidade. E mulher parlamentar que tem
sensibilidade aqui dentro terá que votar contra a reforma da maldade. Vai ter
que votar contra a reforma da maldade.
Essa
reforma é a reforma da maldade, ela não vai acrescentar nada, não vai
fortalecer, vai destruir famílias, vai fazer com que pessoas procurem... Pobre
não procura analista, nem psiquiatra, não é? Pobre vai ao botequim, toma uma
cachaça e tal, porque tem que fazer isso. No momento em que você não tem pão
dentro de casa, não tem condição, não tem saúde, não tem nada...
Porque
é assim: eles acham que a questão do orçamento dá prejuízo para o estado de São
Paulo, o estado mais rico do Brasil? Prejuízo é você tirar saúde, prejuízo é
você não entender que servidor público não é vagabundo, prejuízo é você achar
que as pessoas não têm direito a reivindicar suas coisas.
O
funcionalismo público é necessário, ele tem que existir. As pessoas estão aí
para isso, mas as pessoas não podem ser ludibriadas, as pessoas não podem ser
enganadas, as pessoas não podem ser prejudicadas.
Eu
quero, inclusive, agradecer aos deputados e deputadas que sempre nos ajudam
aqui. Afinal de contas, é o terceiro mandato, fiz pouca coisa, enfim, mas são
mais de 40 leis, leis que têm compromisso com pessoas. Não sou do comércio, não
sou da indústria, não sou empresária, não sou nada.
Sou
filha da dona Leci, que está lá no céu. Fui servente de escola, telefonista e
operária. (Manifestação nas galerias.) É isso que eu sou, mas não posso me
abster de tomar uma posição dentro dessa votação que vai acontecer aqui, porque
acho que, se Deus nos ajudar, a gente pode não vencer hoje, mas as coisas vão
acontecer de uma forma legal, pela Justiça, e os servidores terão direito de
poder ter uma oportunidade de ter uma outra questão para essa votação.
E
queria dizer, para concluir, que não tenho nada contra a polícia, nem contra o
Exército, a Aeronáutica ou a Marinha, não tenho nada contra ninguém. Mas não dá
para entender que policiais, que também tiveram prejuízos, não estejam a favor
desses servidores que estão aí. (Manifestação nas galerias.) Não dá para
aceitar.
E
outra coisa: não posso dizer que sou única, que tudo é comigo, que posso tudo.
Eu dependo dos nossos companheiros e companheiras. Se eles não tivessem votado
em nossos projetos, é claro que não haveria sanção e eu não teria leis.
Devagarzinho,
estamos construindo a nossa caminhada. Mas é o seguinte: nós, mulheres de
esquerda, não vamos aceitar mais essas ilações que fazem, as ofensas que são
feitas.
É
assim: eu sou uma cidadã brasileira, antes de tudo. Sou artista. Sou comunista
com muita honra. (Manifestação nas galerias.) Sou comunista com muita honra. E
respeito o PSOL, respeito o PT. Só que é o seguinte: muita coisa que não posso
fazer aqui... Eu não tenho bancada. A bancada sou eu.
Eu
e eu, é tudo comigo, é tudo com a gente. Mas essa mocinha negra que está aqui
está do lado de vocês e sempre esteve, desde antes de entrar aqui. Sempre
esteve. E que vocês possam ter a continuidade dessa sessão de hoje sem gás, sem
tiro, sem tapa na cara, sem empurrão, sem agressão. Eu poderia dizer outra
coisa, mas não vou dizer, porque não quero faltar com decoro parlamentar. É, as
pessoas continuam agredindo.
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB -
Para concluir, deputada Leci.
A SRA. LECI BRANDÃO -
PCdoB - Estou
concluindo, Sr. Presidente. Só estou repetindo a informação que é muito
importante, que a deputada Márcia Lia me trouxe, de que está tendo pancadaria
lá fora. Ou seja, servidores, trabalhadores, homens e mulheres honrados estão
apanhando. É só isso.
Muito
obrigado.
O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB -
Sr. Presidente, para encaminhar pelo PSB, o deputado Caio França.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
– Tem a palavra o deputado Caio França.
O SR. CAIO FRANÇA -
PSB – SEM REVISÃO
DO ORADOR – Sr. Presidente, Srs. Deputados, agradecer aqui a minha bancada por
ter me permitido fazer o encaminhamento neste momento, fazer um cumprimento
especial aqui, a minha saudação, o meu respeito, a todos os servidores públicos
que estão aqui hoje, dignamente acompanhando uma mudança na sua expectativa de
vida.
Por
isso, é fundamental a presença de vocês aqui hoje. Parabéns pela mobilização.
Presidente,
quero antes de iniciar também aqui, deixar minha solidariedade aqui hoje à
Baixada Santista que, infelizmente, vive uma tragédia. Nove pessoas já morreram
diante das chuvas que nós tivemos, de ontem à noite e hoje na madrugada.
Guarujá,
Santos, São Vicente, as cidades estão em calamidade pública. Então, quero
registrar aqui a minha solidariedade. Nós estamos aqui, mas o meu coração está
na Baixada Santista neste momento.
Mas,
presidente, voltando aqui ao tema que hoje é motivo desta reunião, primeiro,
dizer que acho que foi infeliz a decisão de colocar a sessão para as 9 da
manhã. Não pelo motivo de ter que vir para cá, chegar mais cedo. Sem problema
em relação a isso.
O
problema é que o que é combinado não sai caro. Não foi combinado com ninguém,
com nenhuma bancada, que às 9 da manhã nós teríamos essa votação. Por isso, eu
quero fazer aqui a minha primeira manifestação contrária a esse momento dessa
reunião.
A
gente sabe que de manhã é mais difícil de você conseguir organizar os
servidores, porque muitos deveriam e teriam que estar trabalhando, e estão
encontrando caminhos para poder estar aqui. Se fosse à noite, a gente teria
ainda mais essas galerias lotadas, enfim. As ruas estariam tomadas.
Então,
primeiro, a minha posição contrária à reunião de hoje às nove horas da manhã.
Como de comum, deveria ter iniciado às 19 horas.
Aí,
presidente, falar também a respeito dos servidores, que, neste momento, alguns
tratam como privilegiados.
Eu,
minha mãe foi professora da rede pública. Meu pai foi oficial de Justiça e teve
a honra de por alguns meses ser governador do estado de São Paulo. E, eu fui
pesquisar quanto é que ganha um professor da rede pública de São Paulo.
Eles
iniciam ganhando 2.550 reais. Os oficiais de Justiça iniciam a sua carreira
ganhando seis mil reais. São privilegiados esses servidores públicos? São
privilegiados?
E,
eu aposto, aposto, que todo mundo aqui, independente de ter vindo através de
sindicatos, ter relação mais próxima ou não com sindicato, mas todo mundo
conhece um servidor público.
Coloque
a mão na consciência, pense nessa pessoa agora. Essa pessoa é uma pessoa
privilegiada? Todos os que eu conheço não são. Não são, eu vejo o trabalho.
Professores e professoras, em especial, que agora terão mais sete anos para se
aposentar. Sete anos a mais do que já tinham.
Não
é justo que, ao mesmo tempo em que a gente faz uma reforma que pune o servidor
público, com a outra mão a gente abra mão de receita e dê dinheiro para as
empresas que prestam serviços para o Estado.
Não
é justo. Por isso, eu quero aqui, e na votação, na primeira votação, foi muito
apertada a votação, a ponto de ter que fazer o presidente votar. Vamos colocar
a mão na consciência para poder explicar o seguinte: é preciso discutir reforma
da Previdência, sim, mas, de uma forma adequada, de uma maneira correta.
Até
mesmo, como aconteceu no Congresso Nacional, onde tiveram 12 audiências
públicas, onde servidores puderam se manifestar. E, aliás, pasmem: a reforma da
Previdência aprovada no Congresso Nacional é melhor do que esta aqui, que nós
estamos em breve de votar.
Por
que não faz previsão do direito adquirido, da noventena. Não tem vacatio legis
para que os servidores que estão na iminência de se aposentar possam fazer o
seu pedido de aposentadoria.
Por
isso, meus amigos, minhas amigas, que estão aqui hoje, eu insisto, todo mundo
tem relação com algum servidor. Às vezes, até familiar. Essas pessoas não são
privilegiadas. A esmagadora maioria não é privilegiada.
Então,
é momento. E, mais do que isso, lembrando, só é servidor público porque passou
num concurso público, estudou para isso. Ninguém está lá colocado por ninguém.
Os servidores públicos têm o seu mérito, estudaram para isso e criaram uma
expectativa de vida também. Se organizaram, organizaram a sua vida e da sua
família.
Por
isso, eu quero mais uma vez aqui pedir que todos os colegas possam colocar a
mão na consciência. A votação está apertada, todo mundo sabe disso. Então, cada
voto faz diferença.
Vamos
colocar a mão na consciência e perceber que não é o servidor público, que é
descontado na fonte... Não tem a possibilidade de pagar ou não pagar a
Previdência, porque a própria SPPrev faz o desconto, diferente de profissional
liberal, diferente até mesmo de empresas privadas, que acabam não conseguindo
pagar.
O
servidor público não. Ele é obrigado a pagar, porque ele nem tem a
possibilidade de não pagar. Houve sim má gestão, ao longo do tempo, da SPPrev,
do antigo INSS aqui do servidor público, entre outros mais. Nós já fizemos aqui
outras duas reformas, e é mais uma vez o servidor público que está pagando esse
pato.
Por
isso, eu quero mais uma vez pedir para os colegas colocarem a mão na consciência,
pode dizer “não” a essa reforma da Previdência. E terminar dizendo, eu lembro
muito bem, na campanha foi perguntado ao então candidato João Doria: “João
Doria, o senhor vai mexer na Previdência dos servidores?”. E ele disse que não,
e mais uma vez aqui o que a gente havia dito na campanha está se cumprindo.
O
governador fala uma coisa e depois faz outra. Eu aprendi na minha vida - não é
para política, não - que qualquer pessoa, na vida, tem que ter palavra, tem que
ser correto, tem que ser coerente, e, nesse momento, não está sendo correto e
não está sendo coerente com a maneira como está tratando os servidores
públicos.
Presidente,
para concluir, então, da minha parte, só pedir aqui aos colegas que possam
avaliar muito bem essa questão em relação à Previdência, e que a gente possa,
nesse caso aqui, fazer a mudança. Foi por um voto apenas que nós não
conseguimos ganhar aqui.
Então,
aos colegas que votaram favoráveis à reforma da Previdência, que possam colocar
a mão na consciência, e que, aí sim, a gente possa discuti-la de maneira
transparente e democrática, com mais tempo, para que as pessoas possam se
manifestar, algo que não conseguiram até este momento.
Fazer
uma sessão às nove horas da manhã, sem prévia comunicação a nenhuma bancada,
não é a melhor maneira de discutir a vida de mais de um milhão de servidores,
fora os seus familiares.
É
isso, presidente. Eu reforço aqui o meu pedido para que a gente possa votar
contra essa reforma da Previdência.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, vamos proceder à verificação de votação pelo
sistema eletrônico. A partir deste momento, estamos fazendo soar o sinal
intermitente por quatro minutos, para que as Sras. Deputadas e Srs. Deputados
que não se encontram em plenário tomem conhecimento da votação que se
realizará.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT -
Pela ordem, Sr. Presidente. Para
colocar o PT em obstrução.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
O PT está em obstrução.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT -
Orientar os deputados que votam
contrários à reforma da Previdência. Nós vamos votar “não”.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
Pela ordem, Sr. Presidente. Para
colocar o PSOL em obstrução.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
O PSOL está em obstrução.
O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB -
Pela ordem, Sr. Presidente. Para
colocar o PSB em obstrução.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
O PSB está em obstrução.
O SR. MARCIO NAKASHIMA - PDT - Pela
ordem, Sr. Presidente. Para
colocar o PDT em obstrução.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
O PDT está em obstrução.
A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - Pela
ordem, Sr. Presidente. Para
colocar o PCdoB em obstrução.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
O PCdoB está em obstrução.
O SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL -
Pela ordem, Sr. Presidente. Com
anuência do líder, para colocar o PSL em obstrução.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
O PSL está em obstrução.
O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB -
PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, um breve relato ou uma
comunicação. Hoje eles estão entrando no gabinete do DEM e não estão querendo
deixar sair para vir votar. Essa é a democracia que a esquerda tanto fala aqui
na Assembleia Legislativa de São Paulo.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Todos os deputados vão conseguir
vir ao plenário. Eu peço que a Polícia Militar garanta que aqueles deputados que queiram vir fazer o seu
voto, que garantam o direito do deputado de votar. Pela ordem, deputado Campos
Machado.
O SR. CAMPOS MACHADO - PTB -
Sr. Presidente, esta sessão se encerra a que horas?
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esta
sessão já se encerrou na verdade, deputado Campos, às 11 horas e 45 minutos,
mas como diz o Regimento, como já entramos no processo de votação o processo
precisa ser concluído até o fim.
O SR. ALEX DE MADUREIRA - PSD -
Colocar o PSD em obstrução.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O
PSD está em obstrução.
O SR. SARGENTO NERI - AVANTE -
Colocar o Avante em obstrução.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O
Avante está em obstrução.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Transcorridos
os quatro minutos, neste momento vamos abrir o sistema eletrônico para que os
parlamentares possam votar “sim”, “não” ou registrar “abstenção”.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela
ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Sobre
o processo de votação, deputado Barba?
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - É
sobre o processo de votação.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Então
tem a palavra Vossa Excelência.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Estamos
votando o item 1, que trata da PEC 18, ok?
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Perfeito.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Se
o item 1 não for aprovado cai tudo, é isso?
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Não.
O item 1, para ser rejeitado precisa de 57 votos “não”, maioria simples, para
rejeição.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Então
para aprovar você precisa de 57 votos?
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Votos
“sim”, exatamente. Perfeito.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Não
obtendo os 57 votos caiu a pauta, ok?
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Fica
em votação adiada.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Votação
adiada nós vamos começar a debater tudo novamente na próxima extra?
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Exatamente.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Só
para orientar os deputados...
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado
Barba, não cabe orientação de voto. Não é orientação de voto. Vossa Excelência
fez uma questão de ordem. Neste momento V. Exa. já encaminhou e orientou o voto
da bancada.
Transcorrido o
tempo regimental, neste momento abriremos os microfones de apartes para aqueles
parlamentares que não conseguiram realizar os seus votos nos terminais
eletrônicos.
O SR. ROBERTO ENGLER - PSB -
Para votar “não”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está
registrado o voto “não” de Vossa Excelência.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Para
votar “não”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “não” do deputado Barba.
Pedir para os
deputados para que a gente faça um processo um pouco mais lento para dar tempo
para o registro dos votos.
O SR. ROQUE BARBIERE - PTB -
Para votar “sim”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “sim” do deputado Roque Barbiere.
Pela ordem,
deputado Carlos Giannazi. Como vota Vossa Excelência?
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
Sr. Presidente, está tendo bala de borracha lá fora, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Como vota Vossa Excelência? Como vota Vossa Excelência? Como vota Vossa
Excelência?
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
Não seja, Sr. Presidente, não seja irresponsável.
O SR. MARCOS ZERBINI - PSDB -
Para votar “sim”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.
Como vota o
deputado Carlos Giannazi? Não vai votar?
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
Voto “não”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.
O SR. MILTON LEITE FILHO - DEM -
Voto “sim”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “sim” do deputado Milton Leite.
A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT -
Contra a injustiça, “não”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “não” da deputada Professora Bebel.
O SR. PAULO CORREA JR - PATRIOTA -
Para votar “sim”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “sim” do deputado Paulo Correa.
O SR. ENIO LULA TATTO - PT -
Para votar “não”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “não” do deputado Enio Tatto.
O SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PSL -
Voto “não”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.
A SRA. BETH LULA SAHÃO - PT -
Contra a violência sobre os servidores, voto “não”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “não” da deputada Beth Sahão.
O SR. MAURO BRAGATO - PSDB - Voto
“sim”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “sim” do deputado Mauro Bragato.
O SR. CONTE LOPES - PP - Como
funcionário público, voto “não”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “não” do nobre deputado.
O SR. BARROS MUNHOZ - PSB - Para
votar “sim”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “sim” do deputado Barros Munhoz.
O SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - Voto
“não”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.
O SR. ESTEVAM GALVÃO - DEM -
Para votar “sim”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “sim” do nobre deputado Estevam Galvão.
O SR. RAFAEL SILVA – PSB – Para votar
“não”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “não” do deputado Rafael Silva.
O SR. PROFESSOR KENNY - PP -
Voto “sim”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “sim” do deputado Professor Kenny.
A SRA. ERICA MALUNGUINHO - PSOL -
Voto “não”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “não” da deputada Erica.
O SR. ED THOMAS - PSB - Sr.
Presidente, o deputado Ed Thomas vota “não”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.
O SR. DR. JORGE LULA DO CARMO - PT - Para
votar “não”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “não” do deputado.
O SR. MAJOR MECCA - PSL - Voto “não”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.
O SR. JOSÉ AMÉRICO LULA - PT - Voto
“não” contra a injustiça.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “não” do deputado José Américo.
O SR. ITAMAR BORGES - MDB -
“Sim”, presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “sim” do deputado Itamar Borges.
O SR. LUIZ FERNANDO LULA DA SILVA - PT -
Pelos servidores, voto “não”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “não” do deputado Luiz Fernando.
O SR. RODRIGO GAMBALE - PSL - “Sim”,
presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.
O SR. BRUNO GANEM - PODE - Voto “não”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.
O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - “Não”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.
O SR. APRIGIO - PODE - Voto “não”,
presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.
A SRA. EDNA MACEDO - REPUBLICANOS -
Contra a injustiça, voto “não”. (Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.
A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Contra
a crueldade e a violência, voto “não”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.
O SR. ANDRÉ DO PRADO - PL - Voto
“sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.
A SRA. ISA PENNA - PSOL - Contra o
coronelismo, voto “não” ao autoritarismo.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.
O SR. MARCIO NAKASHIMA - PDT -
Consignar o meu voto como “não”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.
O SR. CAIO FRANÇA - PSB - A favor do
servidor público, voto “não”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.
O SR. CASTELLO BRANCO - PSL - Castello
Branco vota “não”. (Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.
O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Contra
a injustiça, “não”. (Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.
A SRA. MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Voto
“sim”. (Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.
O SR. RICARDO MELLÃO - NOVO -
Com convicção, eu voto “sim”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.
O SR. DELEGADO OLIM - PP - “Sim”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “sim” do Delegado Olim.
O SR. DANIEL JOSÉ - NOVO - A favor da
Reforma da Previdência, “sim”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.
A SRA. ALESSANDRA MONTEIRO - REDE -
Voto “sim”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.
O SR. DELEGADO BRUNO LIMA - PSL -
Delegado Bruno Lima vota “não”. (Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.
O SR. TENENTE COIMBRA - PSL -
Voto “sim”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.
A SRA. MÔNICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL -
Voto “não”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.
O SR. ROGÉRIO NOGUEIRA - DEM -
Voto “sim”. (Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “sim” do deputado Rogério Nogueira.
A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB -
Cortaram o meu microfone.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Desculpa, deputada Leci.
A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB -
Voto “não”. É que cortaram o meu microfone.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.
O SR. CORONEL TELHADA - PP - Coronel
Telhada vota “não”. (Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “não” do deputado Coronel Telhada.
O SR. EDMIR CHEDID - DEM - Sr.
Presidente, para votar e votar “sim”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.
A SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - Para
votar “sim”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “sim” da deputada Analice Fernandes.
O SR. WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - Para
o equilíbrio do nosso estado, voto “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Registro o voto “sim” de Vossa Excelência.
O SR. DOUGLAS GARCIA
- PSL - Voto “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.
O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Com
muita consciência, voto “sim”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.
A SRA. ADRIANA BORGO - PROS -
“Não”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.
Pergunto se
mais algum Sr. Deputado ou Sra. Deputada gostaria de registrar o seu voto.
O SR. CORONEL NISHIKAWA - PSL -
Votando pela consciência e não pela pressão: “não”.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Registro o voto “não” de Vossa Excelência.
Pergunto se
mais algum Sr. Deputado ou Sra. Deputada gostaria de registrar o seu voto.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Este presidente registra o voto “sim” ao projeto.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Não havendo mais nenhum deputado a registrar o voto, neste momento, passamos à
alteração de voto. Gostaria de perguntar se algum Sr. Deputado ou Sra. Deputada
gostaria de alterar o seu voto. Não havendo alteração de voto, está encerrado o
processo de votação.
Participaram do
processo 91 Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sendo 59 votos “sim”, 32 votos
“não”, quórum que aprova o Projeto de Emenda à Constituição nº 18, de 2019,
salvo emendas 3, 30, 32 e partes destacadas rejeitadas em primeiro turno e
destaques constantes do Item 3.
Esgotado o
objeto da presente sessão, lembramos os Srs. Parlamentares que teremos outra
sessão extraordinária, já convocada, daqui a dez minutos.
Está esgotado o
objeto da sessão.
*
* *
- Encerra-se a
sessão às 11 horas e 56 minutos.
*
* *